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Na luz mortiça do entardecer, os campos de trigo dançavam suavemente ao sopro do

vento, como um mar dourado que se estendia até os confins do horizonte. No alto de
uma colina, sob a sombra de um velho carvalho, Elias observava aquele espetáculo da
natureza, perdido em seus pensamentos. Ele era um homem de meia idade, com traços
marcantes e olhos que carregavam a serenidade dos que muito viveram. Havia voltado
à terra de sua infância após anos de ausência, buscando algo que nem ele mesmo
sabia definir. Talvez, uma conexão perdida com o passado ou simplesmente a paz que
só aquele lugar parecia oferecer.

À medida que a noite começava a cair, as primeiras estrelas timidamente faziam sua
aparição no céu, agora tingido de tons de laranja e rosa. Elias permanecia imóvel,
sua silhueta quase se fundindo à paisagem. Foi nesse momento que ele ouviu passos
suaves na grama atrás de si. Virando-se, deparou-se com uma figura que lhe era ao
mesmo tempo estranha e familiar. Era uma mulher de beleza atemporal, com cabelos
que capturavam a última luz do dia.

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