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Reino de Tepest

A cidade de Abevon era localizada próxima a floresta de Vermevale, localizada entre


montanhas por dentro das quais corria o Rio Escuro. Amma sabia da existência de uma
estrada que atravessava as terras do reino, por onde se encontrava o Monte dos Lamentos,
um local longínquo para o qual pessoas desesperadas recorriam em momento de grande
sofrimento. As cidades mais próximas de Abevon ficavam a mais de 30 quilômetros de
distância, chamadas Viktal e Kellee, e eram fortes parceiros econômicos de Abevon. A
região das cidades era razoavelmente segura devido ao comércio e proteção conjunta dos
burgomestres vizinhos. No entanto, o mesmo cenário não se aplicava a toda a região, que
sofria com ataques de goblins das florestas, animais mágicos ferozes e outras ameaças
indizíveis que pairavam no imaginário popular, como vilas de pessoas nas florestas e
realizavam rituais mágicos profanos, animais que possuíam capacidades mágicas e plantas
que atacavam viajantes. Graças a estas histórias e a facilidade para se viver, os habitantes
quase não saíam de seus vilarejos, abrindo ocasionais exceções para visitas políticas a
Lady governante da região, chamada de Morbélia.
Morbélia era uma mulher humana de grande beleza, com seus cabelos roxos quase
completamente negros, pele macia, voz suave, e olhos acolhedores e compreensivos, Lady
Morbélia alcançou a paz bélica na região, encerrando confrontos pré existentes em prol da
vida pacífica dos vilarejos. Lady Morbélia governou o reino de Tepest do alto de seu
castelo-ilha, no meio do lago Kronov por décadas. Durante este período, Lady Morbélia
não envelheceu 1 minuto sequer, sendo tão jovial quanto em seu primeiro segundo de
governo. Após quase 50 anos, no entanto, as terras de Tepest passaram por um período
problemático: as crianças nascidas nos últimos 10 anos pareciam não atingir a maturidade,
desaparecendo misteriosamente, de forma que as famílias começaram a ficar se
desestruturar, a mão de obra começou a ficar escassa, e a população começou a temer suas
próprias terras.
Neste mesmo período, as névoas surgiram. Cercando a região como num abraço maligno,
o grande nevoeiro se espalhou pelas terras, poupando apenas a cidade de Abevon que
parecia imune aos efeitos daquela maldição. Ninguém conseguia sair das terras além do
povo nômade Vistani, que parecia conseguir atravessar as névoas e voltar. Para que tudo se
tornasse ainda pior, Lady Morbélia desapareceu completamente sem deixar rastros, o que
instaurou o caos completo na população, que em peso se refugiou na cidade de Abevon.
Após os acontecimentos da fatídica noite da dizimação da vila de Abevon, sua única
sobrevivente Ammadreommeama Brokrul procurou o altar de Arawn, fonte de
prosperidade e esperança da vila, em busca de respostas sobre o que fazer. Lá, ao tocar o
anel que sua família lhe deixou no altar com o símbolo de arawn (uma estalactite e uma
estalagmite se tocando), suas mechas douradas brilharam e um turbilhão de névoa foi
criado em torno de seu corpo, que rapidamente perdeu a consciência. Ao acordar, Amma
estava vestida com uma armadura escamosa feita de ossos, bem como uma maça também
feita de ossos com metal incrustrado. Em seu âmago a garota sentia a centelha mágica que
surgia, o presente de Arawn. Olhando ao redor, apenas uma floresta de pinheiros altos,
uma estrada velha e enlameada e uma placa muito apagada, mas ainda légivel com
“Baróvia – 45 milhas” e uma seta apontada. A mensagem era clara, seguir para Baróvia,
mas com que objetivo? Amma ainda precisava descobrir.

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