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Tatiana da Cruz
Beira
2023
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Tatiana da Cruz
Beira
2023
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APLICAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE MARKETING NA GESTÃO
HOSPITLALAR
A Candidata
________________________
(Tatiana da Cruz)
Beira
2023
i
Declaração
i
Agradecimento
Agradeço a Deus por tudo que fez e tem feito em minha vida, pela inspiração e inteligência
que tem me dado dia pôs dia e por me tornar uma mulher abençoada.
Agradeço em especial aos meus pais por tudo que fizeram por mim, a minha maravilhosa mãe
Maria Argentina Bires, que sempre se preocupou com os meus estudos, pelos sacrifícios que
fizeste, para que nunca me faltasse nada, por todo apoio dado para que eu me tornasse essa
mulher brilhante.
Ao meu melhor pai do mundo António da Cruz, pelos puxões de orelha quando necessario,
pelo apoio moral, pelos conselhos que tens me dado com o intuito que a sua querida filha se
torne um ser de sucesso.
Ao meu querido parceiro Guilherme de Jesus Lisboa Lima, por tudo e tanto que faz por mim,
pelas noites mal passadas na tentativa de me ajudar com os estudos, pelo apoio incondicional
e por sempre estares ao meu lado.
Aos meus irmãos, Hamilton Cunene obrigada por nunca teres desistido da sua pequena e pelos
puxões de orelha.
A minha pequena Daniela da Cruz por estar sempre ao meu lado, nos bons e maus momentos
e quero que saibas que tudo que faço épara que um dia tenhas orgulho da sua mana.
A minha querida família, meus primos, tios, pelos ensinamentos epor todo apoio dado durante
e percurso da minha formação.
Ao meu supervisor Abdul Jamal Saide, pela paciência e orientação e todo acompanhamento
dado em todo o processo da elaboração do projecto ate a consecução da monografia.
E por último, a todos aqueles que directa ou indirectamente contribuíram para que fosse
possível a minha formação.
ii
Dedicatória
iii
Lista de tabelas
Tabela 1. Tipos de Ferramentas de Marketing Aplicadas na Gestão Hospitalar………….19
iv
Lista de abreviaturas
ISBN- Internationalstandardbooknumber
v
RESUMO
A gestão de hospitais é um processo muito complexo que exige aos seus gestores aplicação de
mecanismos, ferramentas políticas e estratégias que guiem a organização ao alcance das metas.
E dentre vários modelos e ferramentas que podem ser aplicadas na gestão de hospitais
destacam-se as ferramentas de marketing. As ferramentas de marketing nos dias de hoje têm
ganhado espaço e credibilidade, o principal enfoque estudar as ferramentas de marketing a
serem aplicadas na gestão Hospitalar, e para o alcance deste objectivo seguiu-se uma
metodologia baseada em uma abordagem qualitativa, quanto a natureza será exploratória,
quanto ao procedimento de estudo será bibliográfico e teve-se um conjunto universo de pelo
menos 40 artigos disponíveis no Google académico e outras plataformas digitais, bibliotecas
físicas e online que tinham autenticação e reconhecimento a nível científico e académico. E
para a concretização do estudo usou-se as obras que traziam informações que se julgou fiáveis
e credíveis que tinham uma autoridade, e os que apresentaram actualidade; cobertura/conteúdo;
objectividade; precisão e usabilidade, e foram excluídas todas as obras que não apresentavam
nenhuma das características acima citadas e não só como também aqueles que não apresentava,
o ISBN, ISSN e todos que tiveram mais de dez (15) anos de publicação, Os resultados foram
apresentados e analisados na mesma ordem sequencial da disposição dos objectivos
específicos, a pois a analise dos resultados obtidos conclui-se que as ferramentas de marketing
pode muito bem ser aplicado na gestão hospitalar, desde que se verifique previamente todos
factores inerentes ao hospital como pontos fortes e fracos, é necessário o engajamento de todos
os funcionário para que sua implementação seja de sucesso.
vi
ABSTRACT
Hospital management is a very complex process that requires managers to apply mechanisms,
political tools, and strategies that guide the organization towards achieving its goals. Among
the various models and tools that can be applied in hospital management, marketing tools stand
out. Nowadays, marketing tools have gained space and credibility, with the main focus being
the study of marketing tools to be applied in hospital management. To achieve this objective,
a methodology based on a qualitative approach was followed, with the nature being exploratory
and the study procedure being bibliographic. A universe of at least 40 articles available on
Google Scholar and other digital platforms, physical and online libraries that had authentication
and recognition at the scientific and academic level, was considered. To carry out the study,
works that provided reliable and credible information, had authority, and were up-to-date,
comprehensive, objective, precise, and usable were used. All works that did not meet these
characteristics were excluded, as well as those that did not have an ISBN, ISSN, or were
published more than fifteen (15) years ago. The results were presented and analyzed in the
same sequential order as the specific objectives, and after analyzing the obtained results, it was
concluded that marketing tools can indeed be applied in hospital management, provided that
all inherent factors of the hospital, such as strengths and weaknesses, are verified. It is
necessary to engage all employees for the successful implementation of these tools.
vii
Indice
Declaração................................................................................................................................... i
Agradecimento ...........................................................................................................................ii
Dedicatória ............................................................................................................................... iii
Lista de tabelas .......................................................................................................................... iv
Lista de abreviaturas .................................................................................................................. v
CAPITULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1
1.1. Introdução ....................................................................................................................... 1
1.2. Problematização .............................................................................................................. 3
1.3.1. Objectivo Geral ........................................................................................................ 3
1.3.2. Objectivos específicos ............................................................................................. 3
1.4. Justificativa ..................................................................................................................... 3
1.4.1. Relevância Científica ............................................................................................... 5
1.4.2. Relevância Académica ......................................................................................... 5
1.4.3. Relevância Social ................................................................................................. 6
1.5. Delimitação da pesquisa .............................................................................................. 6
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 7
2.1. Marketing ........................................................................................................................ 7
2.2. Serviços ........................................................................................................................... 7
2.3. Marketing de serviços ..................................................................................................... 8
Objectivos do Marketing de Serviços .................................................................................... 9
2.3. Marketing na gestão hospitalar ..................................................................................... 12
2.4. Ferramentas do Marketing ............................................................................................ 14
2.4.1.Produto .................................................................................................................... 15
2.4.2. Preço ...................................................................................................................... 15
2.5. Ferramentas do Marketing adaptados a realidade hospitalar ........................................ 16
2.5.2. Processo ................................................................................................................. 17
2.5.3. Ambiente físico ...................................................................................................... 17
2.5.4. Pessoas ................................................................................................................... 17
CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................... 18
3.1. Metodologia de Pesquisa .............................................................................................. 18
3.1. Tipo de método ............................................................................................................. 18
3.1.2. Quanto a forma de abordagem ................................................................................... 18
viii
3.1.3. Quanto a natureza do estudo ...................................................................................... 19
3.1.4.Quanto ao procedimento do estudo............................................................................. 19
3.1.5.Critérios de inclusão exclusão .................................................................................... 19
3.1.6.Criterios de inclusão ................................................................................................... 19
3.1.6. Critérios de Exclusão ................................................................................................. 20
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS ........................... 21
4.1. Apresentação de resultados ........................................................................................... 21
4.1.1. Tipos de Ferramentas de Marketing Aplicadas na Gestão Hospitalar ................... 22
Tabela 1. ........................................................................................................................... 22
4.1.2. Impacto da aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar ............. 25
4.1.3. Vantagens e desvantagens da aplicação das ferramentas de marketing na gestão
hospitalar .............................................................................................................................. 27
4.1.3.1. Vantagens Aplicação das Ferramentas de Marketing na Gestão Hospitalar ...... 27
4.1.3.2. Desvantagens da Aplicação das Ferramentas de Marketing na Gestão Hospitalar
.......................................................................................................................................... 28
4.2. Discussão de resultados ................................................................................................ 29
Análise do Impacto das Ferramentas de Marketing na Gestão Hospitalar ...................... 34
5.1. Conclusão...................................................................................................................... 37
5.2. Recomendações............................................................................................................. 38
ix
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
O estudo em causa diz respeito a aplicação de ferramentas de marketing na gestão hospitalar,
partindo-se do pressuposto de que a gestão hospitalar não deve ser encarada como sendo apenas
uma técnica de administrar normas, processos, pessoas, com o intuito de melhorar a qualidade
hospitalar. A gestão hospitalar precisa ser encarada como uma valiosa habilidade, com
capacidade holística e multidimensional para alcançar os objectivos traçados.
Os hospitais são organizações altamente complexas tanto como dinâmicas, e os serviços que lá
são prestados a maioria são muito dispendiosos com isso, é essencial uma gestão muito bem
eficiente principalmente quando se sabe de que os hospitais precisam sempre racionalizar os
recursos devido a sua escassez e maximizar os seus resultados.
Assumindo-se que os hospitais são os grandes responsáveis pelas despesas em saúde, e tendo
em conta que os recursos são limitados, aparenta ser lógico interrogar as suas actuais
ferramentas aplicadas na gestão hospitalar, propondo desta forma novas soluções e
introduzindo modelos de monitoria que trarão melhoria de qualidade na prestação dos serviços
assistenciais, com a utilização eficiente dos recursos disponíveis. E, pelo menos nos hospitais
públicos, a tarefa não é fácil como parece, uma vez que persiste, em quase todos, um enorme
problema de alinhamento dos objectivos (Martinelo, 2013).
1
Constantemente os gestores hospitalares são chamados a inovar, são chamados a actualizar-se
o ambiente organizacional precisa de profissionais com bom desempenho para conduzir a
organização ao alcance do objectivo estratégico, maximizando os resultados e minimizando os
recursos.
Para uma boa gestão hospitalar exige a aplicação de modelos de gestão, modelos que permitam
ao gestor usar como guião de sucesso organizacional. E, existem muitos modelos de gestão que
podem ser adoptados e levarem ao alcance dos objectivos dentre os quais a literatura destaca
as ferramentas de marketing.
Neste sentido acredita-se que o marketing tem ganho uma especial relevância e desempenhado
um papel fundamental nas organizações de prestação de serviços de saúde. Cada vez mais, as
organizações de saúde, utilizam estrategicamente estas duas áreas, no sentido de promoverem
a saúde através da adopção de comportamentos informados. A gestão de hospitais tem vindo a
desenvolver gradualmente, representando, nos dias de hoje, uma boa parte da economia
mundial, os consumidores mais exigentes, a procura de melhor qualidade de vida, as mudanças
demográficas, tecnológicas e socioeconómicas, são algumas das causas que deram origem a
este crescimento do sector (Scandolara, 2016).
Marketing na área hospitalar não se destina somente a criar demanda, mas também como uma
forma de orientação de qualidade de vida, e a sua importância dentro do contexto de uma
comunidade é bastante relevante.
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para os seus pacientes tanto para os acompanhantes. Nesta perspectiva, os conceitos do
marketing passam a ser difundidos para todos os conhecimentos do hospital, tornando a busca
constante da satisfação dos pacientes o objectivo a ser seguidos por todos.
1.2. Problematização
O caso da humanização na área da saúde possui a importância, pois se trata da maneira que
é prestado o auxílio para o paciente, onde se faz a prioridade da qualidade pelo atendimento,
sustentabilidade e como você se compromete com qualidade em dar um bom serviço para o
paciente, e saber a importância que o paciente tem nos hospitais.
A base da existência dos hospitais são os pacientes com isso, é de extrema importância arranjar
mecanismos de melhorar a maneira como os hospitais lidam com os seus usuários (pacientes),
para além da escassez de material, a falta de profissionais realmente comprometidos com os
serviços assistenciais ao paciente, é evidente também a falta duma interacção saudável entre os
profissionais de saúde e os pacientes. Nos últimos anos verifica-se constantemente a queixa
por parte dos utentes sobre a maneira como os funcionários trabalham, outro problema é a
prestação de serviços com ma qualidade provocando a insatisfação dos utentes.
A partir dos problemas expostos acima surge a seguinte questão de pesquisa: Será que as
ferramentas de marketing podem ser aplicadas na gestão hospitalar para melhorar a
qualidade dos hospitais?
1.4. Justificativa
A escolha do tema "A aplicação de ferramentas de marketing na área hospitalar" para pesquisa
é justificada por diversas razões:
Relevância: A área hospitalar é um sector essencial para a sociedade, responsável pelo cuidado
e tratamento da saúde das pessoas. O uso de estratégias de marketing nesse contexto é
3
relevante, pois pode impactar directamente a forma como os serviços de saúde são percebidos,
acessados e utilizados pela população.
Portanto, a escolha desse tema para pesquisa é justificada pela relevância e impacto que a
aplicação de ferramentas de marketing pode ter na área hospitalar, tanto em termos de
diferenciação e competitividade, quanto na melhoria da experiência do paciente e no
desenvolvimento de serviços mais eficientes. A pesquisa nesse campo pode fornecer insights
valiosos para o aprimoramento do setor de saúde e o fornecimento de cuidados de qualidade
aos pacientes.
E não como também, aplicação de ferramentas de marketing na área hospitalar pode ser visto
ainda como um disciplinador de qualidade, um controle de assistência e uma técnica de
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aprimoramento de serviços e de satisfação de necessidades, tais como a prevenção de doenças,
restauração de saúde, reabilitação, medicina preventiva, dentre outras, bem como do conforto
no atendimento dessas necessidades. Deste modo, é possível visualizar o hospital como uma
empresa de nobre função social e compete-lhe a obrigatoriedade de ser eficaz e eficiente para
proporcionar bons serviços à comunidade que é o ponto fundamental. Com o estudo pretende-
se trazer uma concepção sobre como a aplicação das ferramentas de marketing podem interferir
na gestão hospitalar. A escolha do tema que se pretende estudar deveu-se ao facto de se sentir
a necessidade de melhorar cada vez mais a qualidade da imagem hospitalar de modo a
responder aos novos desafios que se fazem sentir rapidamente em todas organizações e
particularmente nas organizações de prestação.
Acredita-se que o tema seja interessante e digno de uma pesquisa, pois o desenvolvimento da
sociedade trouxe uma série de exigências de forma a satisfazer às necessidades do
homem, seja por meio do trabalho, ou da criação, produção e distribuição de produto, bem
como da prestação de serviços. É Possível entender que a aplicação das ferramentas de
marketing em Saúde não é um instrumento ou direcionador de demanda, mas um orientador de
qualidade de vida, e assistência, bem como a dignidade humana nos termos da Constituição da
Republica de Moçambique assim como a carta africana dos direitos humanos.
A pesquisa sobre o tema serve de igual modo de material de consulta para estudos
posteriores sobre a aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar, contribuindo
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deste modo para despertar a qualquer organização a implementação de estratégias na aplicação
de ferramentas de marketing que visam melhorar os serviços de saúde pública.
Em uma visão social o estudo sobre a aplicação das ferramentas de marketing na gestão
hospitalar é uma temática que apresenta extrema relevância visto que a sua aplicabilidade no
campo hospitalar impulsiona a qualidade de vida em sociedade, no sentido em que contribuirá
para uma comunicação saudável entre os profissionais de saúde e os seus utentes, fazendo com
que todos os profissionais estejam a par de que o mais importante nos hospitais e a satisfação
dos pacientes e dos utentes, constituindo assim o seu maior compromisso.
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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Marketing
Marketing é uma actividade humana direcionada para satisfazer necessidades e desejos por
meio de processos de troca (Regina & Zucchi, 2019).
Para Scandolara (2016) O Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para
satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro, ele identifica necessidades e desejos
não realizados, define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o
potencial de lucro.
Os conceitos de marketing devem ser um dos norteadores para o sucesso das corporações.
Existe uma enorme confusão entre os conceitos de marketing e vendas. O de marketing está
associado a várias actividades planejadas para identificar e satisfazer as necessidades do
consumidor e ao mesmo tempo atingir os objectivos da organização(Regina & Zucchi, 2019).
Marketing como um processo social e de gestão pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que
necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com
outros(WOSGRAU, 2021).
Segundo Kotler (2003, citado por Silva & Dockhorn, 2017), “o bom marketing é essencial para
o
sucesso de toda organização, seja ela grande ou pequena, com ou sem fins
lucrativos, nacional ou global”.
2.2. Serviços
Silvas & Dockhorn (2017) salientam que os serviços possuem muitas características
próprias não pertinentes aos produtos. Um produto físico pode ser descrito em
termos de seus atributos como tamanho, partes, material etc. Um serviço não
pode ser facilmente especificado, nem pode ser experimentado antes de sua
compra.
Com esse este acto de direcionar Kotler (2003 citado por Regina & Zucchi, 2019), entende que
os serviços também são perecíveis, pois não podem ser guardados para uma futura venda, como
no caso de uma consulta médica, muitas vezes o paciente não pode comparecer, mas os médicos
acabam cobrando mesmo assim a consulta.
Kotler (1998 citado em Wosgrau, 2021) definiu serviço como "qualquer acto uma parte possa
oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada".
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Este autor complementa a definição do serviço através de quatro características:
Segundo Simões (2014 citado por Mendonça, 2017), para ter sucesso no sector de serviços é
preciso buscar informações necessárias para informar os clientes sobre os serviços, garantindo
confiança e satisfação deles. Mas para isso, as organizações devem contar com profissionais
capacitados, com as devidas informações de cada tipo de serviço, com o foco na satisfação de
clientes.
O marketing de serviços pode ser executado em qualquer empresa. Esta afirmação, abonada
por diversos autores, exprime o fato de que toda empresa vende serviços. O serviço pode estar
ou não acompanhado de um bem, em maior ou menor grau. Este argumento, contemplado por
diversos autores deixa explicita importância à valorização do serviço da empresa para com o
seu cliente. Mesmo que a empresa ofereça um bem material ao seu cliente, este virá
acompanhado de um serviço: seja um bom atendimento, prazo de pagamento, uma garantia,
estacionamento (Wosgrau, 2021).
O marketing de serviços é visto nas organizações como uma ferramenta capaz de interagir com
todas as áreas da organização, de forma que seus resultados possam ser medidos
financeiramente ou mesmo através do fortalecimento da imagem da organização perante seus
clientes (Mendonça, 2017).
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Mendonça, (2017) Salienta que marketing de serviços pode ser conceituado, como um ato, uma
acção, um esforço, um desempenho, que tem por finalidade encantar o cliente, na sua busca de
satisfação de seus desejos por algo que pode comprar, mas que é intangível.
Mendonça (2017), salientam que os objectivos do marketing de serviços são semelhantes aos
do marketing em geral, mas com foco específico nas características e desafios dos serviços.
Aqui estão alguns objectivos comuns do marketing de serviços:
Atrair clientes: O marketing de serviços visa atrair novos clientes para utilizar os serviços
oferecidos pela empresa. Isso envolve a criação de consciência e interesse no mercado-alvo,
comunicando os benefícios e o valor dos serviços para atrair clientes em potencial.
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treino adequado dos funcionários, a avaliação contínua da qualidade e o feedback dos clientes.
O objectivo é oferecer serviços que atendam ou superem as expectativas dos clientes.
Esses são alguns dos principais objectivos do marketing de serviços. No entanto, é importante
destacar que os objectivos podem variar de acordo com as características e necessidades
específicas de cada empresa e sector de serviços.
Para que o marketing de serviços traga melhorias é preciso que o mesmo tenha excelência em
três áreas: marketing interno, marketing externo, e marketing de relacionamento.
De acordo com Kotler e Keller (2012, p. 391). O marketing externo correspomde ao processo
de preparo, estabelecimento de preços, entrega e comunicação dos serviços aos utentes. O
marketing interno diz respeito “ao processo de treino e incentivo dos trabalhadores para que
eles prestem bons serviços aos clientes”. Por sua vez, o marketing de relacionamento, diz
respeito à capacidade dos trabalhadores em servir ao cliente, Já que eles avaliam o serviço pela
sua qualidade técnica e funcional.
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Porém, Lovelock, Writz e Hemzo (2011) salientam que os serviços exigem diferentes desafios
de marketing. Avaliar a qualidade de um serviço prestado, como exemplo, é mais difícil que
avaliar a qualidade de um bem ou produto para o cliente (Kotler & Keller, 2012). Tratando-se
de uma organização hospitalar, devido à sua complexidade em todo o processo de prestação de
serviços de saúde, as actividades de marketing tornam-se mais desafiadoras. A concepção de
serviços segundo Lovelock, Writz e Hemzo (2011) envolve actividades económicas, sendo que
os consumidores não costumam se tornar proprietários dos elementos físicos envolvidos.
Kotler e Keller (2012) acrescentam que serviço é e sua execução pode ou não estar ligada a um
bem concreto. Ainda afirmam que eles possuem características diferentes dos demais produtos
que influenciam intensamente a execução do marketing: intangibilidade, inseparabilidade,
variabilidade e perecebilidade.
Intangibilidade: serviços não podem ser vistos, cheirados, provados antes de serem
adquiridos. Um paciente que fará uma cirurgia plástica não consegue ver exactamente os
resultados antes que o procedimento esteja finalizado.
Inseparabilidade: serviços não podem ser fabricados, estocados e distribuídos
posteriormente como os bens tangíveis. Geralmente são produzidos e consumidos
simultaneamente, como os serviços da área de saúde. O prestador de serviços é parte do
serviço e, se o cliente demonstra interesse em determinado prestador de serviços, o preço
dele pode aumentar para racionar seu tempo ou espaço limitado.
Variabilidade: serviços são altamente variáveis, pois dependem de quem, quando e onde
são efectuados. Alguns médicos são mais carinhosos e atenciosos, outros, nem tanto.
Perecibilidade: como os serviços não podem ser estocados, a variação da demanda pode
ser um problema (por isso alguns médicos, por exemplo, costumam cobrar uma taxa de
não comparecimento à consulta, caso o paciente não compareça na hora agendada).
Sousa & Andrade (2020), apontam para outros factores inerentes ao marketing de serviço:
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de serviços. O valor percebido é um componente crucial para a tomada de decisão do cliente e
para a criação de relacionamentos duradouros.
Esses fatores inerentes ao marketing de serviços têm implicações significativas nas estratégias
de marketing e nas abordagens adotadas pelas organizações para atender às necessidades dos
clientes e alcançar o sucesso no setor de serviços.
A estratégia de marketing tem sido adoptada em muitas organizações e na área de saúde actua
como um diferencial, onde os hospitais são forçadas a modificar seu relacionamento com os
utentes e com o ambiente competitivo de maneira geral, adequando estratégias viáveis e
planeamento eficaz para garantir a sua sobrevivência no mercado (Neres, Ferko, &
Albuquerque, 2014).
Borba (1989) salienta que o marketing hospitalar é proveniente de uma ferramenta de função
social de atendimento aos desejos e conforto, do paciente propiciando o bem-estar e assistência
à saúde e promoção da qualidade de vida. No entanto, o marketing hospitalar é muito peculiar
e ainda pouco conhecido por alguns gestores e principalmente quando o estudo é direcionado
para um hospital público, existindo uma resistência para adequar aos padrões para o
condicionamento da qualidade de vida para os utentes.
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As empresas prestadoras de saúde estão tentando ajustar seus serviços aos desejos e às
necessidades do mercado, e ao mesmo tempo, manter os padrões médicos do serviço prestado.
Além disso, muitos deles criaram cargos em seus organogramas para melhor desfrutar dos
benefícios provenientes de uma estratégia organizada citado por (Neres, Ferko, &
Albuquerque, 2014).
Kuazaqui e Tanaka (2008 citado por Neres, Ferko, & Albuquerque, 2014). Comentam que para
a área de saúde inculca estratégias com objectivos inerentes à saúde, com ênfase nas áreas de
administração, recursos humanos e também de marketing. A área hospitalar tem investido na
estratégia hospitalar de marketing para promover melhores condições de serviços de
assistência.
“Portanto, entende-se que o marketing hospitalar deve atender às necessidades de cada um dos
pacientes assim como, às necessidades colectivas de saúde da população”. O marketing
hospitalar, portanto, pode ser considerado como uma ferramenta extremamente relevante para
o desenvolvimento dos hospitais, para estabelecer e manter um relacionamento saudável com
os seus utentes. Mais não significa presumir que o marketing hospitalar vai alavancar o sucesso
dos hospitais, pois depende também da execução das acções estabelecidas pelo serviço
assistencial do próprio hospital e também da autonomia do gestor com a colaboração da equipe
para o resultado ser positivo e satisfatório. Porém parece que marketing hospitalar ainda
caminha em passos lentos, ou seja, muitos hospitais acreditam que esse estudo é ineficaz para
a sua aplicação nos hospitais (Neres, Ferko, & Albuquerque, 2014).
O marketing hospitalar deve ser visto, pelo gestor, como uma forma básica para avaliar a
maneira como o hospital pode adaptar seus recursos de acordo com as necessidades dos
pacientes externos e internos, ou seja, paciente interno é aquele denominado para prestação de
serviços desenvolvido dentro da própria instituição e paciente externo é o serviço prestado para
aqueles que estão fora do ambiente interno da instituição como laboratórios e área de imagens
(Neres, Ferko, & Albuquerque, 2014).
De acordo com Rodrigues (2002 citado por Silva & Dockhorn, 2017) actualmente os hospitais
também estão directamente conectados a uma época de constantes mudanças, sendo que a
concorrência pela busca de satisfação do paciente se tornou ponto de grande importância
para a sobrevivência, situação essa que exige que os hospitais acabem se
tornando mais competitivos, e que busquem ousar de seus pontos fortes. Seja
a estrutura hospitalar, o bom atendimento ou o serviço com qualidade, as
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instituições devem buscar desviar esse mito de que hospitais são relacionados
com a morte, esquecendo da promoção da saúde, através da recuperação.
Para Gouvêa (1999 citado por Martinelo, 2013), quando se fala de hospitais o marketing
relaciona-se com analisar as necessidades dos clientes (utentes), a adaptação às necessidades é
oferecer um ambiente que o cliente (utente) se sinta bem acolhido com instalações adequadas
para o período que estiver recebendo os cuidados hospitalares.
Neste sentido, Moreira (2008 citado por da Silva 2012), afirma que os hospitais que se atém a
fazer marketing, demonstram estar preocupadas com seus pacientes, pois entendem que assim
como um restaurante é indicado por ter um bom banquete, as pessoas devem ter um hospital
como referência por bons serviços prestados.
Acredita-se que marketing na saúde é complexo, vivendo em constante mutação uma vez que
empresas de saúde exigem uma atenção mais específica e estudos de seu consumidor.
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A partir dos 4 Ps de marketing, a organização passa a utilizar um conjunto de ferramentas para
atingir seus objectivos na oferta e troca tanto de produtos assim como serviços, de forma
adequada com operatividade e qualidade, para conquistar novos clientes e fideliza-los
(Mendonça, 2017).
“Mais do que aplicar ferramentas, o gestor precisa aplicar os conceitos do marketing e procurar
atender o melhor possível de seus clientes”. Essas ferramentas são classificadas em quatro
grupos amplos, os 4P’s de marketing: produto, preço, praça e promoção (Neres, Ferko, &
Albuquerque, 2014).
2.4.1.Produto
“Um produto é dito certo ao consumo quando atende às necessidades e desejos dos seus
consumidores”. O cliente sempre está à busca de inovações no mercado, por isso a equipe de
marketing deve elaborar alguns mecanismos estratégicos para atrair o cliente na compra
(Scandolara, 2016).
2.4.2. Preço
O preço pode ser compreendido com a percepção que o cliente agrega ao produto.
Em marketing, a luta não é por oferecer um preço menor, mas por oferecer maior valor ao
cliente, ou melhor, relação custo-benefício.
Para Martinelo (2013) muitas das decisões das compras são feitas com base no produto. A boa
parte dos consumidores possuem necessidades ilimitadas, porém recursos de formação
eficiente aperfeiçoará a satisfação dos indivíduos de uma sociedade. Por isso o preço deve ser
correcto e o valor deve ser correspondente ao produto.
2.4.3. Praça
A praça corresponde o local onde o produto é vendido, teve essa definição, para continuar, para
continuar com a inicial P do seu equivalente em inglês place. Porém o
lugar não quer dizer apenas ao ponto de venda, mas a toda a logística envolvida no processo
do marketing (Martinelo, 2013). Praça ou distribuição de um produto no mercado tem um
relevante papel no Mix de marketing. É a partir da distribuição que o consumidor terá acesso a
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oferta do produto, ou seja quando o consumidor se interessa pelo produto, procura-o até o ponto
de venda (normalmente varejista).
2.4.3. Promoção
Scandolara (2016) ao descrever sobre “promoção” é possível analisar que é uma das
ferramentas mais conhecidas da promoção é a propaganda, e por isso muitas dúvidas surgem
sobre a respeito da definição. Na actualidade existem vários meios de comunicação que
possibilitam a organização a propagar sobre o produto ou serviço.
Estão no centro da estratégia de marketing de umaempresa e, se for mal planejado, não criará
valor relevante para ospacientes, (Lovelock, Writz, & Henzo, 2011 citado por Brito, 2019).
Como sãointangíveis, torna-se difícil criar padrões para medir sua qualidade. Carecendo desta
forma de uma gestão de qualidade.
Serviços estão no centro da estratégia de marketing de uma empresa e, se for mal planejado,
não criará valor relevante para os pacientes, mesmo que os outros Ps sejam bem executados
(Assis e Oliveira, 2012).
Eles raramente podem ser padronizados e para fornecê-los com qualidade, a organização deve
atender às necessidades e desejos de seus pacientes e criar valor. Como são intangíveis, torna-
se difícil criar padrões para medir sua qualidade (Assis e Oliveira, 2012).
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Lovelock, Writz e Hemzo (2011citado por Brito, 2019) complementam que os serviços
consistem de um produto principal que atenda às necessidades básicas e um leque de elementos
suplementares que ajudarão os pacientes a utilizar o produto principal de maneira mais eficaz.
2.5.2. Processo
Sob a óptica organizacional, serviços são processos a serem projectados e geridos para criar a
experiência do cliente. Os processos mostram o método e a sequência em que acontecem os
sistemas operacionais de serviços e como eles se relacionam para criar o valor prometido ao
cliente (Lovelock, Writz, &Henzo, 2011 citado por Brito, 2019). Com relação à produtividade,
(Neres, Ferko, & Albuquerque, 2014)Afirmam que é difícil mensurá-la emserviços, mas
apresentam alguns indicadores para hospitais como o númerode pacientes tratados em um ano
e a taxa de ocupação, ou média de leitosocupados.
2.5.4. Pessoas
Brito (2019) Muitos serviços baseiam-se na interacção directa entre os pacientes e os
profissionais de uma organização. Nota-se que a diferença entre uma empresa prestadora de
serviço e outra está nas atitudes e habilidades de seus funcionários.
A construção de uma reputação voltada à qualidade não poderá ocorrer se os funcionários não
atenderem às expectativas ou não adoptarem a filosofia organizacional voltadaao serviço para
o paciente. Para os autores, quando os funcionários são tratados correctamente, eles tratarão os
pacientes correctamente(Brito, 2019).
17
CAPITULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA
3.1. Metodologia de Pesquisa
Partindo da temática que se pretende estudar, que retrata sobre a aplicação das ferramentas de
marketing na gestão hospitalar, torna-se pertinente a definição de uma metodologia que seja
útil para atingir o objectivo definido.
“O método é o caminho pelo qual se chega a um determinado resultado” (Freixo, 2009 citado
por Gonçalves, 2020). Segundo (BELLO, 2004 2009 citado por Gonçalves, 2020). O
conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida
quotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e
artigos diversos.
E para isso é necessário dar atenção aos detalhes e à descrição dos factos. Pretende-se que,
através desta investigação qualitativa, se compreenda globalmente este fenómeno e as
especificidades organizacionais que estão a ele associadas.
18
3.1.3. Quanto a natureza do estudo
Segundo Vergara (2000 citado por Gonçalves, 2020) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a
partir de material anteriormente elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos e é importante para o levantamento de informações básicas sobre os aspectos directa
e indirectamente ligados ao tema em estudo.
É nesta fase onde os autores definem, de forma clara, os critérios a usar para a selecção dos
estudos que irão ser utilizados e quais os estudos que irão ser inutilizados (Donato & Donato,
2019 cit. em Mestre, 2020).
Outras fontes que podem vir a se pesquisar os artigos são as bases de dados Scielo, Google
Académico, Science Direct, Engineering Village e Scopus.
3.1.6.Criterios de inclusão
Apenas serão utilizados os estudos que trouxerem nos seus conteúdos informações que se
julguem fiáveis e credíveis que tenha uma autoridade, e os que apresentarem actualidade:
cobertura/conteúdo; objectividade; precisão e usabilidade. E ainda serão incluídos os artigos
que tenham mesmas palavras-chave, descritores ou um tema que minimamente se equipa a
aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar.
19
3.1.6. Critérios de Exclusão
Não serão consideradas pesquisas contendo resultados apenas com diretrizes e revisões
bibliográficas assim como estudos que tenham mais de dez anos de publicação e ainda serão
excluídos todas obras que não apresentarem o ISBN e/ou ISSN.
Quanto aos resultados na qual pretende-se alcançar, serrão apresentado seguindo-se a lógica da
disposição dos objectivos específicos do estudo em causa sequencialmente e, para cada um (1)
dos três (3) objectivos traçados apresentar-se-á um máximo de quatro (4) autores diferentes
que abordam em torno do mesmo, de modo a abrir uma visão mais ampla daquilo que realmente
os autores dizem a respeito da temática em estudo. E, a pois apresentação dos resultados
pretende-se fazer uma análise crítica dos resultados e ideias dos vários autores seguindo-se a
mesma sequencia em que foram apresentados os resultados.
20
CAPITULO IV: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
4.1. Apresentação de resultados
Sendo uma revisão da literatura, onde se pretende trazer informação referente ao estado da arte
no que diz respeito à aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar onde,
procurou-se responder a questão: Será que as ferramentas de marketing podem ser
aplicadas na gestão hospitalar para melhorar a qualidade dos hospitais? Questão esta que
assumiu-se como sendo questão norteadora do estudo.
O planeamento de marketing começa com uma análise da própria situação, onde serão
analisados todos os pacientes activos e inactivos, fluxo de pacientes, o retomo dos pacientes,
as fontes de indicações. Deve-se fazer uma análise dos pontos fracos e fortes como instalações,
horário de atendimento, convénios, formas de pagamento, qualidade no atendimento, imagem
da empresa. As estratégias de actuação podem ser por meio de marketing interno e externo.
21
que o paciente necessita. E a promoção tem o objectivo de oferecer algum serviço com o intuito
de gerar credibilidade a ele, com isso atrair novo paciente.
22
que liga os lucros do prestador de serviços à satisfação do funcionário e do cliente (Freitas,
2021).
Freitas, (2021), complementam que os serviços consistem de um produto principal que atenda
às necessidades básicas e um leque de elementos suplementares que ajudarão os clientes a
utilizar o produto principal de maneira mais eficaz.
Preço: na visão dos fornecedores, a estratégia de preço planeada para um serviço hospitalar
define a maneira como a receita é gerada para compensar os custos de se prestar um serviço e
adquirindo uma margem de lucro. Essa estratégia influencia a maneira como os serviços são
percebidos pelos utentes. Quando eles têm poucos indicadores para medir a qualidade, podem
medi-la tendo como base o preço (Souza & Andrade, 2020).
Praça: Os hospitais, por exemplo, ficam disponíveis apenas em locais limitados e alguns
procedimentos em datas e horários determinados, os pacientes é que devem se dirigir às suas
instalações. Dependendo da situação do paciente, há hospitais desenvolvendo serviços de
atendimento domiciliar, substituindo ou complementando a internamento hospitalar e actuando
na prevenção e na reabilitação do paciente (Assis e Oliveira, 2012).
Promoção e educação: não é suficiente desenvolver serviços com qualidade, preços, valor,
colocar disponibilizá-los aos pacientes sem informar por meio da comunicação, seus
objectivos, suas actividades. Educar pacientes a respeito de como usar seus canais de entrega
de serviços é também uma função relevante para a comunicação. Como exemplo, em uma
cirurgia, o paciente pode ter que passar por um detalhado procedimento pré-operatório (uma
dieta, mudança de hábitos e outros). Se o paciente não entender esses procedimentos, a cirurgia
pode apresentar um maior risco de fracasso (Lovelock, Writz, & Hemzo, 2011, Assis e
Oliveira, 2012).
23
Ambiente físico: Lovelock, Writz, e Hemzo (2011) afirmam que o ambiente físico de serviço
influencia bastante o aumento ou diminuição da satisfação do paciente, sobretudo nos serviços
contacto directo entre paciente e clínico.
Bittner (1997 como citado em Zucchi e Rosaly, 2022) identificou o papel que as evidências
físicas exercem em relação tanto à estratégia quanto à influência sobre o comportamento de
clientes e funcionários. Elas são classificadas em três categorias: “instalações externas;
instalações internas e outras evidências”.
Esses autores reforçam a visão de Joseph (1996 em Zucchi e Rosaly, 2022) que considera que
a construção de uma reputação voltada à qualidade não poderá ocorrer se os funcionários não
atenderem às expectativas ou não adoptarem a filosofia organizacional voltada ao serviço para
o cliente. Para o autor, quando os funcionários são tratados correctamente, eles tratarão os
clientes correctamente. O marketing de serviços deve estar atento à aparência e comportamento
dos colaboradores da linha de frente – como estão vestidos, como e o que dizem (seu “script”),
sua expressão facial e personalidade. Joseph (1996 em Zucchi e Rosaly, 2022) ressalta, ainda,
que motivar a equipe da linha de frente e dos bastidores é uma parte importante da missão do
marketing interno das organizações.
24
4.1.2. Impacto da aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar
O marketing na área de saúde, segundo Souza & Andrade (2020), necessita ter o bom senso,
percepção, ferramentas de marketing e criatividade. A saúde está inserida no segmento de
serviços, sendo evidente que o mercado se comporta como um organismo vivo necessitando
ter uma visão sistémica e abrangente. Devemos pensar que ir a uma consulta não é, na maioria
das vezes, uma experiência agradável, a qualidade executada não é percebida e todo o esforço,
do planeamento às acções, deve ser voltado ao consumidor.
O planeamento de marketing começa com uma análise da própria situação, onde serão
analisados todos os pacientes activos e inactivos, fluxo de pacientes, o retomo dos pacientes,
as fontes de indicações. Deve-se fazer uma análise dos pontos fracos e fortes como instalações,
horário de atendimento, convénios, formas de pagamento, qualidade no atendimento, imagem
da empresa. As estratégias de actuação podem ser por meio de marketing interno e externo
(Wosgrau, 2021 P.17).
A gestão de um hospital deve definir políticas eficientes que sejam executadas de forma que
satisfaça as necessidades da comunidade e atenda a hierarquia da assistência à saúde que são:
Atenção primária – voltada à promoção da saúde e de prevenções.
Atenção secundária – trata-se de atendimento ambulatório e hospitalar nas especialidades
básicas. E
Atenção terciária – atende às situações de maior complexidade como internamentos,
tratamentos e procedimentos cirúrgicos(Zucchi e Rosaly, 2022).
Zucchi e Rosaly (2022), salientam que a busca de entrega de serviço conduziu a um
crescimento de sistemas de entrega alternativo apontando para uma melhora da eficiência dos
cuidados. Mais do que pressão da concorrência, as instituições de cuidados hospitalares terão
que se adaptar às novas exigências de seus consumidores. Compradores de cuidados médicos
têm pedido, e em alguns casos exigido, mais informações sobre os serviços e os benefícios que
estão comprando.
Os hospitais planejam agora boletins incluindo informações detalhadas que ajudam os clientes
a fazer escolhas entre provedores baseados em qualidade, satisfação e custo. Partindo do
pressuposto de que a organização está orientada para o marketing, o processo de implantação
desta visão implicará o desencadeamento de mudanças conjunturais, comportamentais,
estruturais e estratégicas do negócio em si, (Zucchi e Rosaly 2022).
25
Toda essa mudança acaba resultando num plano de desenvolvimento organizacional utilizando
ferramentas como conceitos de administração empresarial e o emprego de tecnologias
avançadas como planeamento estratégico, planeamento empresarial hospitalar, marketing
hospitalar, desenvolvimento de gerência participativa, aplicação de administração flexível,
desenvolvimento de organogramas, manuais de procedimentos etc., de maneira a solidificar os
conceitos da orientação para o mercado e dar ferramentas aos funcionários e colaboradores
para o comprometimento com esta filosofia.
Kuazaqui e Tanaka (2008, p.101) salientam que o “marketing na área hospitalar não se destina
somente a criar demanda, mas também como uma forma de orientação de qualidade de vida, e
a sua importância dentro do contexto de uma comunidade é bastante relevante.” Portanto, o
marketing relacionado ao âmbito hospitalar merece atenção de todos os atores socais
envolvidos. Por isso, a gestão de uma instituição hospitalar deve definir políticas eficientes e
que sejam estabelecidas e executadas para que seja o marco de uma doutrina hospitalar
Bassam (2006 citado em Mendes 2018), o Marketing neste contexto pode também servir para
ajudar os próprios profissionais de saúde a tomarem conhecimento da oferta de serviços noutros
hospitais e assim ajudarem os seus clientes e encontrarem a melhor solução para o seu desvio
de saúde. Obviamente que todo este processo de prestação de serviço e de encaminhamento
dos clientes para o tratamento mais adequado (serviço mais adequado ao fim desejado de
controlo ou cura da doença) deverá ser monitorizado de forma efectiva pela empresa.
26
4.1.3. Vantagens e desvantagens da aplicação das ferramentas de marketing na gestão
hospitalar
Como se diz actualmente, tudo que tem vantagem deve haver desvantagem, a aplicação das
ferramentas de marketing na gestão hospitalar não foge dessa realidade.
27
O uso das ferramentas de marketing representa uma ferramenta valiosa na gestão a operar no
sector da saúde, dadas as suas características de complexidade e alto grau de incerteza Zucchi
e Rosaly (2022):
Objectivos e medidas estratégicas são transmitidos à empresa inteira por meio dos
canais de comunicação;
Medidas estratégicas de alto nível podem ser decompostas pelos sectores em medidas
específicas de nível operacional alinhadas à estratégia global;
28
É considerada complexa, mecanizada e determinística, (Wosgrau, 2021).
29
No contexto hospitalar, a ferramenta de produto refere-se aos serviços médicos oferecidos,
como consultas, exames, cirurgias e internamento. É importante que os hospitais sejam capazes
de oferecer serviços de alta qualidade e adequados às necessidades dos pacientes.
Porém, é importante ressaltar que a aplicação dessas ferramentas deve ser feita de maneira ética
e responsável, considerando sempre o bem-estar e a segurança dos pacientes e seguindo as
normas e regulamentações do sector de saúde.
Fazendo-se uma análise profunda das 7 (sete) ferramentas de marketing propostos por
Lovelock, Writz e Hemzo (2011), pode-se afirmar que as ferramentas conhecidas como preço,
praça, produto, e promoção, processo, ambiente físico e pessoa que devem se adaptar a
realidade dos serviços prestados nos hospitais passando a ser:
Produto ou serviços: referente aos serviços assistenciais aos pacientes e administrativos desde
a recepção do paciente, os cuidados ate a sua saída. Os serviços hospitalares são muito
complexos e diversificados por isso que são segregados em características comuns como idade,
género, sistema, e tipo de doença. Estes em marketing são conhecidos como alvos, ou nicho
que é a escolha criteriosa do tipo ideal a oferecer um determinado tipo de serviço.
Preço: o preço nos hospitais públicos geralmente é uma filantropia total, não passa duma
contribuição básica por parte dos utentes, o valor que se paga nos hospitais públicos geralmente
não é para gerar receitas pois estes são organizações sem fins-lucrativos. Diferente dos
30
hospitais privados que estabelecem preços razoáveis a cada tipo de serviço de modo a elevar
as receita quando se for a diferenciar pelas despesas feitas.
Praça: a praça literalmente é a escolha estratégica do local onde se pretende actuar ou por
outras é a definição de onde os nossos serviços de assistência ao paciente estarão disponíveis
ou poderão ser encontrados. É comuns as pessoas acharem que os serviços hospitalares apenas
podem ser prestados nos hospitais mas, encontra partida, os serviços de assistência médica
estão divididos em 3 (três) regimes a saber: atendimento em ambulatório; atendimento em
regime de internamento; e em regime de urgência.
As ferramentas de (Zucchi e Rosaly, 2022), fazem perceber que para um bom marketing no
ambiente hospitalar é crucial que se faça o uso de mecanismos que ajudem a descobrir em que
pé os hospitais estão em relação ao alcance dos seus objectivos.
31
Desta feita o autor enuncia a qualidade dos serviços como uma ferramenta de marketing na
gestão de hospitais, podendo de tal maneira ser garantido por várias ferramentas e que para se
ter o conhecimento do nível de qualidade dos serviços e do hospital no geral será necessário a
aplicação de indicadores hospitalares, indicadores de processo, resultado e de imagem.
O indicadores de estrutura que servem para medir os recursos existentes no hospital desde
humanos (equipe medica qualificada ou não qualificada), material (qualidade dos instrumentos,
dos fármacos).
Os indicadores de processo ajudarão ao gestor hospitalar a medir a qualidade de cada serviço
de atendimento ao paciente como é o caso de tempo de espera de cirurgia, o mau tratamento
dos pacientes.
Os indicadores de resultado servem para medir como o nome já diz os resultados dos processos,
estes dois indicadores estão estreitamente ligados, os resultados podem ser a satisfação ou a
não satisfação dos serviços prestados em ralação aos problemas de saúde que levou o doente a
procurar uma assistência médica.
32
A Empatia é basicamente a busca constante do entendimento do paciente, é a
procura insaciável de querer perceber o paciente de modo a conseguir trazer
possíveis soluções para a resolução do seu problema de saúde. Com isto, o pessoal
de saúde busca estar na pele do paciente quer dizer, tenta sentir a sua dor tentando
de tal forma colocar-se no lugar do paciente. Este aspecto é muito relacionado com
a humanização.
Embora a aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar possa trazer diversos
benefícios, também é importante considerar as possíveis desvantagens ou desafios que podem
surgir. Algumas das desvantagens potenciais são:
Complexidade dos serviços de saúde: Os serviços de saúde são complexos e envolvem questões
sensíveis, como a vida e a saúde dos pacientes. Isso pode dificultar a aplicação de estratégias
de marketing tradicionais, uma vez que a promoção excessiva ou inadequada dos serviços pode
gerar desconfiança ou dúvidas por parte dos pacientes.
33
Natureza emocional e sensível do cuidado de saúde: Os serviços de saúde envolvem situações
de alta carga emocional, como diagnósticos graves, tratamentos invasivos e momentos de
vulnerabilidade. Nesse contexto, a aplicação inadequada de estratégias de marketing pode
parecer insensível ou desrespeitosa, afectando negativamente a percepção dos pacientes sobre
o hospital.
Concorrência acirrada: O sector de saúde é altamente competitivo em muitas regiões, com uma
variedade de hospitais e clínicas disputando a atenção e a preferência dos pacientes. Isso pode
levar a uma pressão crescente para adoptar estratégias de marketing agressivas ou desleais, o
que pode ser prejudicial à imagem e à reputação do hospital a longo prazo.
Limitações financeiras: A implementação de estratégias de marketing eficazes pode exigir
investimentos significativos em recursos, como publicidade, contratação de profissionais
especializados e desenvolvimento de campanhas promocionais. Hospitais com recursos
financeiros limitados podem enfrentar desafios para competir com instituições maiores ou com
maior capacidade de investimento.
Para superar essas desvantagens, é essencial que os hospitais adoptem uma abordagem
ética e responsável ao aplicar as ferramentas de marketing. É importante considerar as
necessidades e expectativas dos pacientes, valorizando a qualidade dos serviços e o bem-
estar dos indivíduos. Além disso, a transparência, a comunicação clara e a construção de
relacionamentos de confiança devem ser dados a prioridade para garantir uma abordagem
efectiva e respeitosa no contexto da gestão hospitalar.
Em relação ao impacto reportado pelo Wosgrau (2021), pode se comentar que qualquer
actividade antes de sua aplicação ou implementação é necessário que se esboce um plano e,
para o marketing na gestão hospitalar é preciso que se faça um levantamento dos dados de
todos os pacientes sejam internos como não, e esses dados deverão ser agrupados em
34
características semelhantes como por exemplo (idade, sexo, doença, proveniência, causa, etc.)
será ainda muito necessário o estudo dos factores internos do hospital como força e fraqueza.
Força para o hospital é contar com trabalhadores altamente qualificados, fraqueza é não possuir
medicamentos ou aparelhos de electromedicina para solucionar os problemas dos pacientes. E
para factores externos temos a oportunidade e a ameaça.
Partindo do ponto de vista de que os hospitais não garantem a saúde, os problemas de saúde
são 99.9% provocados por factores externos ao hospital logo, para que a população esteja
saudável não é necessário que haja vários hospitais, mas sim que se garanta segurança social,
alimentação de qualidade, emprego, edução entre outros.
Logo, podemos assumir que as oportunidades seriam o elevado índice de educação, a redução
da taxa de emprego, e como ameaça pode-se considerar o índice elevado de marginalidade, o
mau habito alimentar.
E, estes factores obrigam ao gestor do hospital a definir políticas eficientes que sejam
executadas de forma que satisfaça as necessidades da comunidade e atenda a hierarquia da
assistência.
A ferramenta de marketing quando aplicadas na gestão hospitalar, aprestam vantagens tanto
como desvantagens, os resultados apresentados remete-nos a ideia que as vantagens estão
basicamente centradas no alcance de metas, no alinhamento das actividades de rotina com o
plano estratégico, satisfação do paciente, humanização assim como a prestação de serviços de
qualidade.
35
permite que os hospitais personalizem suas estratégias de marketing e ofereçam serviços
específicos para diferentes segmentos, aumentando a relevância e a eficácia das comunicações.
36
CAPITULO V
5.1. Conclusão
Os hospitais são realmente empresas muito complexas e exigem uma boa estratégia para a sua
gestão e, as ferramentas de marketing mostraram-se ser favoráveis para a melhoria de
desempenho da gestão hospitalar.
Após analisar diversas literaturas percebeu-se que a aplicação das ferramentas de marketing
não é tarefa fácil, requer engajamento de todos os responsáveis administrativos na sua
aplicação, e é preciso o envolvimento e colaboração de todos os funcionários do hospital
porque, directa ou indirectamente eles influenciam no sucesso ou insucesso da aplicação.
Notou-se que o impacto pode ser positivo ou negativo, depende de como estão sendo aplicadas
essas ferramentas, independentemente desses 2 (dois) aspectos, existem factores que impactam
como é caso de influência do Governo, o número de população, área de captação do próprio
hospital, a sua localização, nível entre outros.
Em conclusão, a aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar desempenha um
papel fundamental na promoção e no sucesso dos serviços de saúde. Essas ferramentas
permitem que os hospitais se destaquem no mercado, atraiam e retenham pacientes, segmentem
seu público-alvo, façam a gestão sua reputação e promovam a inovação.
37
permite que eles ofereçam serviços mais relevantes e direcionados, aumentando a satisfação e
a fidelidade dos pacientes.
Além disso, o monitoria da reputação online e o engajamento activo com os pacientes permitem
que os hospitais administrem e fortaleçam sua reputação. Isso é especialmente importante, pois
a percepção do público em relação à qualidade dos serviços pode influenciar a escolha dos
pacientes.
Conclui-se que é possível aplicar as ferramentas de marketing na gestão hospitalar ainda que
com a implementação deste modelo na gestão hospitalar torna-se mais fácil a tomada de
decisões por parte dos gestores, porque passarão a contar com informações fiáveis, com a
melhoria da comunicação interna os funcionários passarão a se sentir mais aconchegados
dentro do hospital cultivando assim uma cultura e ambiente organizacional saudável.
5.2. Recomendações
A pois o estudo de revisão de literatura feito, sugere-se que para se implementar as ferramentas
de marketing na gestão hospitalar requer não apenas preparar os hospitais consoante a análise
FOFA mas também, A qualidade em marketing de serviços hospitalares exige a excelência em
três áreas abrangentes: marketing interno, marketing externo, e marketing de relacionamento
ou interactivo”.
Recomenda-se aos futuros investigadores que para melhor analisar se é ou não possível a
aplicação das ferramentas de marketing na gestão hospitalar ou não, devem recorrer a um
estudo de campo.
38
Com base nas informações colhidas importa dizer que a aplicação das ferramentas de marketing
nos hospitais pode ser uma actividade que venha a agregar valor e alavancar a qualidade dos
hospitais mas, pelas dificuldades e barreiras na sua aplicação Recomenda-se:
39
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41