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ESTATÍSTICA APLICADA ÀS

ANÁLISES CONTÁBEIS
AULA 4

Profª Aline Purcote


CONVERSA INICIAL

A probabilidade é utilizada por qualquer pessoa que precisa tomar uma decisão
em uma situação de incerteza ou em situações em que precisamos conhecer a
possibilidade de determinado evento ocorrer no futuro.
Frequentemente usamos expressões como "Improvável”, “Impossível” ou
“provavelmente”, o que demonstra que em alguns momentos não sabemos qual o
resultado de uma situação, mas conseguimos ter a noção da sua ocorrência. Você se
recorda de algum fato ou momento do seu cotidiano que utilizou algumas destas
expressões?

CONTEXTUALIZANDO

“A ideia de probabilidade ocorre sempre que nos deparamos com situações nas
quais não sabemos exatamente o que pode ocorrer, mas temos uma ideia dos possíveis
resultados” (Aula 5, S.d.). Por exemplo, verificamos a probabilidade de chover em um
determinado dia, a probabilidade de ganhar na loteria, probabilidade do nosso time
favorito ganhar o jogo, probabilidade de certo candidato ganhar ou não uma eleição,
probabilidade de um produto ser vendido, probabilidade de um investimento ser mais
lucrativo do que outro e a probabilidade de bons lucros em uma determinada operação
ou compra de ações.
Segundo Castanheira (2010), o termo Probabilidade é usado de modo muito
amplo na conversação diária para sugerir certo grau de incerteza sobre o que ocorreu
no passado, o que ocorrerá no futuro e o que está ocorrendo no presente. Martins (2010)
comenta que a probabilidade é usada por qualquer indivíduo que toma decisões em
situações de incerteza e que ela nos indicará uma medida de quão provável é a
ocorrência de determinado evento.
Pelos exemplos e pelas definições, percebemos que são inúmeras as situações
nas quais a probabilidade está presente, mas como calcular a probabilidade e quais os
seus principais conceitos?

TEMA 1 – PROBABILIDADE

Probabilidade é a possibilidade, chance de ocorrência ou medida de


ocorrência, de um evento definido sobre um espaço amostral, que por sua vez
está relacionado a algum experimento aleatório.
Experimento Aleatório (E) é aquele que podemos repetir sob as mesmas
condições indefinidamente e antes do experimento não podemos dizer qual será
o resultado, mas somos capazes de relatar os possíveis resultados. Por
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exemplo, no lançamento de uma moeda ou um dado podemos realizar o
lançamento quantas vezes julgarmos necessário e antes do lançamento
conhecemos os possíveis resultados:
Resultados possíveis da moeda = cara ou coroa
Resultados possíveis de um dado = 1,2,3,4,5 e 6
O conjunto de todos os possíveis resultados de um experimento
chamamos de Espaço Amostral (S). Em um espaço amostral, quando os pontos
amostrais têm a mesma probabilidade de ocorrerem, eles são considerados
equiprováveis. No exemplo da moeda e do dado temos:
Lançamento de uma moeda: espaço amostral S = {cara, coroa}.
Lançamento de um dado: espaço amostral S = {1, 2, 3, 4, 5,6}.
Outro elemento que utilizamos no cálculo da probabilidade é o evento,
definido como qualquer conjunto de resultados de um experimento. É um
subconjunto do espaço amostral e indicado por qualquer letra maiúscula do
alfabeto. No lançamento de um dado temos que o espaço amostral é S =
{1,2,3,4,5,6} e podemos ter vários eventos, como:
A = {sair número maior que 5} = {6}
B = {sair número par} = {2,4,6}
C = {sair número ímpar} = {1,3,5}
D = {ocorrência de valor par ou ímpar} = {1,2,3,4,5,6}
E = {ocorrência de valor par e ímpar} = { }
F = {ocorrência de valor maior que 6} = { }
Obs.: { } representa um conjunto vazio, sem elementos e também pode
ser representado por Ø.
Observando os eventos anteriores, verificamos que o evento A é formado
por apenas um elemento e os eventos B e C são formados por três elementos.
Quando o evento possui apenas um elemento recebe o nome de evento simples
e quando possui mais de um elemento são denominados de evento composto.
O evento D possui todos os elementos do espaço amostral logo é chamado de
evento certo. Os eventos E e F não possuem elementos, pois não temos
números que sejam ao mesmo tempo par e ímpar e também em um dado não
temos elementos maiores que seis, desta forma os dois eventos são chamados
de evento impossível.
Segundo Catanheira (2010), a probabilidade de um acontecimento é a
relação entre o número de casos favoráveis e o número de casos possíveis.

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Designamos por S o número de casos possíveis e por A o número de casos
favoráveis, temos a probabilidade P, definida por:

ou seja,

Para calcular a probabilidade precisamos primeiro conhecer o espaço


amostral e o evento para depois aplicarmos a fórmula. O valor de P(A) é sempre
uma fração compreendida entre 0 (zero) e 1 (um) ou podemos multiplicar o
resultado por 100 e obter o valor do percentual que será entre 0% (zero) e
100%.Quando temos uma probabilidade igual a zero (P(A)=0) temos um evento
impossível e quando ocorrer P(A) = 1 ou P(A) = 100% temos um evento certo.
Exemplo 1: Em um lançamento de um dado, calcular a probabilidade de
sair:

a) O número 5.
b) Um número par.
c) Um número menor que 5.

Para encontrar a probabilidade precisamos encontrar o espaço amostral


e o evento. Como o experimento é o lançamento de um dado o espaço amostral
é S = {1,2,3,4,5,6}, espaço amostral formado por 6 elementos.
Agora vamos encontrar os eventos:

a) O número 5:

O exercício solicita o número 5, então este é o nosso evento que vamos


chamar de evento A:

A = {5}

Verificamos que o evento é formado apenas por 1 elemento, pois só temos


o número 5 e o espaço amostral formado por 6 elementos S = {1,2,3,4,5,6}. Com
estas informações conseguimos calcular a probabilidade:

4
P(A) = 0,16667 x 100 = 16,66667 = 17%

b) Um número par:

Como queremos um número par o nosso evento, que chamaremos de B,


será formado pelos elementos pares que podem ocorrer quando lançamos o
dado:
B = {2,4,6}
Verificamos “a quantidade de elementos que temos no evento B, neste
caso, há 3 elementos” (Aula 5, S.d.). Com estas informações conseguimos
calcular a probabilidade:

P(B) = 0,5 x 100 = 50%

c) Um número menor que 5:

O exercício solicita um número menor que 5, então este é o nosso evento


que vamos chamar de evento C:
C = {1,2,3,4}
O evento C é formado por 4 elementos, assim a probabilidade será:

P(C) = 0,66667 x 100 = 66,66667% = 67%

Exemplo 2: Escolhendo número, ao acaso, entre 1 e 7. Calcule as seguintes


probabilidades:

a) Saída do número 3;
b) Saída de um número par;
c) Saída de um número ímpar;
d) Saída de um número menor que 6.

5
Inicialmente encontramos o espaço amostral. Como temos que
escolher número entre 1 e 7, nosso espaço amostral é igual a:

S= {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}
Agora definimos os eventos e calculamos a probabilidade de
ocorrência:

a) Saída do número 3:

A = {3}

Número de algarismos 3 existentes 1


P(A) = =
Total dos algarismos 7

P(A) = 0,14286 x 100 = 14,28571%

b) Saída de um número par:

A = {2,4,6}
Número de algarismos pares 3
P(A) = =
Total dos algarismos 7
P(A) = 0,42857 x 100 = 42,85714%

c) Saída de um número ímpar:

A = {1, 3, 5, 7}
Número de algarismos impares 4
P(A) = =
Total dos algarismos 7

P(A) = 0,57143 x 100 = 57,14286%

d) Número menor que 6:

A = {1, 2, 3, 4, 5}

número de algarismos menores que 6 5


P(A) = =
Total dos algarismos 7

6
P(A) = 0,71429 x 100 = 71,42857%

Exemplo 3: Uma urna possui 6 bolas azuis, 10 bolas vermelhas e 4 bolas


amarelas. Tirando-se uma bola, calcule as seguintes probabilidades:

a) sair bola azul


b) sair bola vermelha
c) sair bola amarela

O primeiro passo é encontrar o espaço amostral, que neste caso é o total


de bolas que temos. Assim, devemos somar a quantidade de bolas azuis,
vermelhas e amarelas.
Azuis + Vermelhas + Amarelas = 6+10+4 = 20
Após encontramos o evento calculamos as probabilidades:
a) sair bola azul:
O evento é o total de bolas que temos da cor azul, neste caso são 6 bolas.

6
P(A) = = 0,30 x 100 = 30%
20

b) sair bola vermelha:

10
P(A) = = 0,50 x 100 = 50%
20

c) sair bola amarela:

4
P(A) = = 0,20 x 100 = 20%
20

Exemplo 4: Em um lote de 12 peças, 4 são defeituosas. Sendo retirada uma


peça, calcule:

a) a probabilidade de essa peça ser defeituosa;


b) a probabilidade de essa peça não ser defeituosa;

O nosso espaço amostral é o total de peças, ou seja, 12 peças. Agora


encontramos os eventos e calculamos a probabilidade:

a) a probabilidade de essa peça ser defeituosa:

7
Sabemos pelo enunciamos que do total de 12 peças temos 4 defeituosas,
assim:

4
P(A) = = 0,33333 x 100 = 33,333%
12

b) a probabilidade de essa peça não ser defeituosa:

Como temos de um total de 12 peças 4 peças defeituosas, conseguimos saber


quais não são defeituosas, ou seja, 12 – 4 = 8 peças não defeituosas. Logo a
probabilidade será:

8
P(A) = = 0,66667 x 100 = 66,66667%
12

TEMA 2 – EVENTOS EXCLUSIVOS

Dois eventos são considerados mutuamente exclusivos quando a


ocorrência de um exclui a realização do outro, isso significa que os eventos não
podem ocorrer simultaneamente. Quando lançamos uma moeda temos os
eventos "cara" e "coroa" que são mutuamente exclusivos, já que, ao se realizar
um deles, o outro não se realiza. O mesmo ocorre no lançamento de um dado,
se temos os eventos sair número 5 e sair o número 6, quando retiramos o número
5 automaticamente o número 6 não pode ocorrer.
Considerando dois eventos exclusivos, a probabilidade de que um ou
outro se realize é igual a soma das probabilidades individuais, ou seja:
P ( A  B )  P ( A)  P ( B )

Exemplo 1: No lançamento de um dado qual a probabilidade de tirar o número


3 ou o número 4?

Ao lançar o dado se sair o número 3 automaticamente o número 4 não vai


ocorrer, desta forma temos eventos exclusivos. Para calcular a probabilidade
precisamos encontrar a probabilidade de cada evento ocorrer separadamente:

Espaço Amostral S = {1,2,3,4,5,6}

Sair número 3:

1
P(A) =  0,16667 x100  16,66667%
6

8
Sair número 4:

1
P(B) =  0,16667 x100  16,66667%
6

Agora aplicamos a fórmula:

P( A  B)  P( A)  P( B)

P( A  B)  16,66667% + 16,66667% = 33,33334%

Exemplo 2: Uma caixa contém 5 bolas verdes, 3 pretas e 4 brancas.


Retira-se, ao acaso, uma bola da caixa. Qual é a probabilidade de sair uma bola
verde ou uma bola preta?
Os dois eventos são mutuamente exclusivos, pois não conseguimos
retirar uma bola que ao mesmo tempo seja verde e preta, ou seja, não temos
uma bola que tenha duas cores ao mesmo tempo. Calculando as probabilidades
de cada evento temos:
Bola Verde:

5
P(A) =  0,41667 x100  41,66667%
12

Bola Preta:

3
P(B) =  0,25 x100  25%
12

P ( A  B )  P ( A)  P ( B )

P( A  B)  41,66667% + 25% = 66,66667% = 67%

TEMA 3 – EVENTOS NÃO EXCLUSIVOS

São eventos que podem ocorrer simultaneamente. Quando A e B são


eventos não mutuamente exclusivos temos:

P A  B   P A  PB   P A  B 

9
em que, P A  B  é a interseção, ou seja, a probabilidade dos eventos ocorreram
simultaneamente e é calculado por:

P A  B   P A.PB 

Se considerarmos o lançamento de dois dados e os eventos sair número


2 e número 5 teremos eventos não exclusivos, pois temos dois dados e pode
sair o número 2 no primeiro dado e número 5 no segundo, ou seja, os dois
eventos podem ocorrer ao mesmo tempo. O mesmo ocorre com a venda de dois
produtos, se a venda de um não impede a venda do outro temos eventos não
exclusivos.
Exemplo 1: Se dois dados forem lançados, qual a probabilidade de sair o
nº 5 no 1º dado e o nº 3 no 2º dado?
Como temos dois dados os eventos são não exclusivos e para calcular a
probabilidade precisamos encontrar a probabilidade de cada evento
separadamente:

 Sair número 5:

S= {1,2,3,4,5,6}

A={5}

1
P(A) =  0,1667
6

 Sair número 3:

B={3}

1
P(B) =  0,1667
6

Agora calculamos a probabilidade simultânea, ou seja, P A  B  :

P A  B   P A.PB 

P A  B  0,1667.0,1667  0,0278

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Já temos todos os valores necessários e vamos calcular a probabilidade
dos eventos ocorrem:

P( A  B)  0,1667  0,1667  0,0278  0,3056  30,56%

Exemplo2: Em uma disputa, a probabilidade do jogador 1 atingir o alvo é


de ½ e do jogador 2 atingir 3/5. Qual a probabilidade do alvo ser atingido, se
ambos atirarem?
Temos dois eventos o jogador 1 e o jogador 2 e o exercício já fornece a
probabilidade do alvo ser atingido por cada jogador, assim:

 Jogador 1:

1
P (A) =  0,5
2

 Jogador 2:

3
P (B) =  0,6
5

Não temos P A  B  , desta forma calculamos pela fórmula:

P A  B   P A.PB 

P A  B   0,5.0,6  0,3

Agora calculamos a probabilidade de ocorrência dos eventos:

P A  B  P A  PB  P A  B

P A  B  0,5  0,6  0,3

P A  B  0,80 x100  80%

Exemplo3: Uma pesquisa indicou que as probabilidades de que uma


pessoa selecionada ao acaso tenha um celular, um notebook ou ambos são
respectivamente 0,92, 0,53 e 0,48. Qual a probabilidade de selecionar uma
pessoa e essa possuir um celular, um notebook, ou ambos?

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Neste exemplo temos 3 valores:

 Probabilidade Celular = 0,92


 Probabilidade Notebook = 0,53
 Probabilidade Ambos = 0,48

A probabilidade de ambos significa a probabilidade simultânea, ou seja,


P A  B  .

Como o enunciado nos fornece as três informações necessárias para o


cálculo, aplicamos a fórmula da probabilidade direta:

P A  B  P A  PB  P A  B

P A  B   0,92  0,53  0,48

P A  B   0,97 x100  97%

TEMA 4 – PROBABILIDADE CONDICIONAL

Na Probabilidade Condicional temos dois eventos, nos quais calculamos


a probabilidade do segundo evento ocorrer depois que o primeiro evento tiver
ocorrido. Dados dois eventos podemos calcular a probabilidade condicionada de
ocorrer o evento A quando o evento B já tiver ocorrido, ou seja, estamos
interessados no cálculo da probabilidade do evento A sabendo que o evento B
já ocorreu.
Segundo Castanheira (2010), dois eventos, A e B, de um espaço amostral
S, denota-se por P (A/B) a probabilidade condicionada de ocorrer o evento A
quando o evento B já tiver ocorrido. P (A/B) é igual à probabilidade do evento A,
sabendo que B ocorreu, ou probabilidade condicional de A em relação a B e
calculada pela fórmula:

P( A  B)
P( A / B) 
P( B)

ou seja,

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Lembrando que A  B é a ocorrência simultânea, ou seja, dois eventos
ocorrendo ao mesmo tempo.
Exemplo 1: Considere o lançamento de um dado e os seguintes eventos:

 A={sair o número 2}
 B={sair um número par}

Calcule a probabilidade de que ocorra A, condicionada à ocorrência do


evento B.
Para resolver o exercício precisamos encontrar os eventos A e B após a
interseção dos eventos, pois o enunciado solicita a probabilidade de ocorrer A
condicionada a B.

A={sair o número 2} = {2}

B={sair um número par} = {2,4,6}

A  B  2, ou seja, o número que aparece nos dois conjuntos ao mesmo


tempo.

Após encontrar os três valores aplicamos a fórmula:

P(A/B) = 0,3333 x 100 = 33,33%

Exemplo 2: De uma urna que contém 20 bolas numeradas de 1 a 20,


retira-se uma bola ao acaso. Qual a probabilidade de ocorrer um número par,
dado que ocorreu um número maior que 10?
Como no enunciado solicita um número par dado que ocorreu um número
maior que 10 temos um exemplo de probabilidade condicional, pois algo já
ocorreu, neste caso o número maior que 10.

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Para resolver precisamos encontrar os eventos A,B e a interseção, sendo
que o B é o evento que já ocorreu.

A = {sair par} = {2,4,6,8,10,12, 14, 16, 18, 20}

B={sair número maior que 10} = {11,12,13,14,15,16,17,18,19,20}

A  B  12,14,16,18,20

P(A/B) = 0,5 x 100 = 50%

TEMA 5 – REGRA DA MULTIPLICAÇÃO

Como consequência da definição de Probabilidade Condicional, podemos


calcular a probabilidade da ocorrência conjunta de dois eventos, ou seja, cálculo
da ocorrência simultânea de dois eventos (). P A  B 
A probabilidade de ocorrência simultânea de dois eventos A e B são iguais
ao produto da probabilidade de um deles pela probabilidade condicional do outro,
ou seja,

P A  B   PB .P A / B 
[Ao] analisar um experimento e calcular a probabilidade da ocorrência
simultânea podemos ter experimentos com reposição ou sem
reposição. Em experimentos em que ocorre reposição, o elemento
retirado é devolvido à população, podendo ser escolhido novamente,
ou seja, não há redução de elementos no espaço amostral e/ou evento.
Se não houver reposição, o elemento, uma vez escolhido, não é
devolvido à população, não podendo, assim, ser escolhido novamente.
No caso do experimento ocorrer sem reposição realizamos o desconto
do item no espaço amostral e em alguns momentos no evento (Aula 5,
S.d.).

Exemplo 1: Retiram-se sem reposição duas peças de um lote de 10


peças, no qual apenas 4 são boas. Qual a probabilidade de que ambas sejam
defeituosas?
Como temos 4 peças boas em 10, conseguimos calcular o número de
peças defeituosas: 10 – 4 = 6 peças defeituosas.

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A = {1ª Defeituosa} = 6 = 0,6
10
Agora vamos calcular a probabilidade de a segunda peça ser defeituosa,
lembrando que o experimento ocorre sem reposição. Tínhamos 6 peças
defeituosas, mas já retiramos uma sem reposição, assim sobraram 5 peças
defeituosas e no total tínhamos 10 peças, mas retiramos uma sem reposição
sobrando 9 peças. Com estes dados calculamos a probabilidade de a segunda
ser defeituosa:

B = {2ª Defeituosa} = 5 = 0,5556


9
Com as probabilidades individuais calculadas vamos calcular a
probabilidade simultânea, ou seja, aplicar a regra da multiplicação:

P A  B   PB .P A / B 

P A  B   0,6.0,5556  0,3334 x100  33,34%

Exemplo 2: Considere que temos 9 lâmpadas, 3 defeituosas e 6 boas. Do


conjunto das nove foram escolhidas 2 lâmpadas ao acaso sucessivamente sem
reposição. Calcular a probabilidade de ambas serem boas.

A = {1ª Boa} = 6 = 0,6667


9

B = {2ª Boa} = 5 =0,6250


8
“Descontamos uma peça na segunda retirada, pois o enunciado considerar
o experimento sem reposição” (Aula 5, S.d.).

P A  B   PB .P A / B 

P A  B   0,6667.0,6250  0,4167 x100  41,67%

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Exemplo 3:

Retirar, sem reposição, 3 bolas de uma caixa com 10 bolas brancas e


5 pretas. Calcular a probabilidade de tirar 1ª branca, 2ª preta e 3ª
branca.
Primeiro encontramos a probabilidade da retirada de cada bola
separada lembrando que o experimento ocorre sem reposição. Após
calcular a probabilidade de ocorrência simultânea.

1ª branca 10
  0,6667
15
5  0,6667 x0,3571x0,6923  0,1648x100  16,48%
2ª preta   0,3571
14
9
3ª branca   0,6923
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TROCANDO IDEIAS

Vimos que a probabilidade pode ocorrer em pequenos detalhes do nosso


dia-a-dia desde que levantamos e verificamos a probabilidade de chover ou sair
sol até em situações mais complexas. A probabilidade é sempre utilizada para
tomada de decisão em situações de incerteza. Você se recorda de alguma
situação em que utilizou os conceitos de probabilidade ou se recorda de alguma
aplicação que tenha visto dentro de uma empresa?

NA PRÁTICA

A Probabilidade é usada por qualquer indivíduo que toma decisão em


situações de incerteza, desta forma podemos citar várias aplicações como a
utilização da probabilidade na tomada de decisão e em análise de investimento.
Uma área em que a Teoria das Probabilidades é muito utilizada é a área
de seguros. Quando fazemos um contrato com uma seguradora, o prêmio a
pagar à companhia foi determinado em função da maior ou menor probabilidade
de sinistro com o veículo. Vamos verificar alguns exemplos da aplicação de
probabilidade:

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 ESTADÃO. Saiba como é calculado o valor do seguro de veículos, 8
abr. 2003. Disponível em:
<http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,saiba-como-e-calculado-
o-valor-do-seguro-de-veiculos,20030408p15592>. Acesso em: 30 set.
2019.
 INFOMONEY. Preço do seguro empresarial depende dos riscos e
probabilidades de lesões, 24 abr. 2014. Disponível em:
<http://www.infomoney.com.br/minhas-
financas/seguros/noticia/3307636/preco-seguro-empresarial-depende-
dos-riscos-probabilidades-lesoes>. Acesso em: 30 set. 2019.

Dentro das empresas ou em investimento, a análise de risco pode utilizar


informações referentes à probabilidade para auxiliar na tomada de decisão.
Vamos verificar alguns exemplos da probabilidade na análise de risco:

 QUANTIFICAÇÃO da análise de riscos em investimentos usando


medidas de dispersão. Abepro, S.d. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR34_0667.pdf>.
Acesso em: 30 set. 2019.
 DICIONÁRIO FINANCEIRO. Análise de riscos financeiros. Disponível
em: <https://www.dicionariofinanceiro.com/analise-de-riscos-
financeiros/>. Acesso em: 30 set. 2019.

FINALIZANDO

Nesta aula apresentamos os principais conceitos da Probabilidade como


espaço amostral, evento e a fórmula para calcular a probabilidade de um evento
ocorrer. Vimos também a diferença entre Evento Exclusivo e Não exclusivo, as
definições e cálculo da Probabilidade Condicional, encerrando com as definições
e cálculo da Regra da Multiplicação.

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REFERÊNCIAS

AULA 5: Estatística. Passei Direto, S.d. Disponível em:


<https://www.passeidireto.com/arquivo/40616712/aula-5>. Acesso em: 7 out.
2019.

CASTANHEIRA, N. P. Estatística Aplicada a Todos os Níveis. Curitiba:


InterSaberes, 2012.

LARSON, R.; FARBER, B. Estatística Aplicada. 2. edição. São Paulo: Pearson,


2004.

MARTINS, G. de A. Estatística geral e aplicada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MORETTIN, L. G. Estatística Básica: probabilidade e inferência. São Paulo,


Pearson, 2010.

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