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Introdução a probabilidade
Um Breve Resumo Histórico 2

A Teoria das Probabilidades surgiu no século XVI, com o objetivo


de analisar os jogos de azar, como os jogos de cartas
e o da roleta. O primeiro matemático a conceituar probabilidade
e a calculá-la foi Cardano (1501–1576) e, em seguida,
Galileu Galilei (1564–1642), que analisou e enunciou
problemas sobre jogos de dados. O real desenvolvimento
da Teoria das Probabilidades pode, todavia, ser atribuído a
Fermat (1601-1665) e a Pascal (1623–1662). Um amigo de
Pascal que, frequentemente, apostava em jogos de azar,
enviou-lhe um problema: “Jogando um par de dados 24 vezes
sucessivas, é vantajoso apostar que em nenhuma das
24 vezes sairá 6 nos dois dados ou é melhor apostar que
isto não ocorre, ou seja, pelo menos uma vez sairá 6 nos
dois dados?”.
Pascal interessou-se e escreveu a Fermat sobre esse tipo
de problema. Foi, então que da correspondência desses
dois matemáticos originou-se a Teoria das Probabilidades.
Na carta de 29 de julho de 1654, Pascal relata a Fermat a
fórmula da probabilidade de um evento A.
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𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
P (A) = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠

Pascal, referindo-se à Probabilidade, denomina-a “Geometria do Acaso”, pois, segundo Platão,


“Geometria designa aquilo que eleva o seu raciocínio do mundo sensível (a Terra: Geo) ao mundo
das ideias, para atingir o conhecimento”.
Seguindo essa linha de raciocínio, o acaso, no mundo sensível, estava sendo estudado. Tinha-se,
então, uma Geometria do acaso.
Fundamentos 4

Independente de qual seja a aplicação em particular, a utilização das


probabilidades indica que existe um elemento ao acaso, ou de incerteza,
quanto à ocorrência ou não de um evento futuro. Pode-se dizer, em
muitos casos, ser virtualmente impossível afirmar por antecipação o que
ocorrerá; mas é possível dizer o que pode ocorrer. Por exemplo, quando
se joga uma moeda para o ar de uma maneira geral não há como afirmar
se cairá com a cara ou a coroa para cima.
A de probabilidade desempenha um papel importante em muitas situações
que envolvam uma tomada de decisão. A teoria da probabilidade
permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um
experimento aleatório.
1. Experimentos Aleatórios 5

É aquele experimento que


quando repetido em iguais
condições, podem
fornecer resultados
diferentes, ou seja, são
resultados explicados ao
acaso.
Quando se fala de tempo e
possibilidades de ganho na
loteria, a abordagem
envolve cálculo de
experimento aleatório.
O lançamento de um dado constitui um experimento aleatório, pois esse 6
experimento poderá ser repetido quantas vezes você quiser. Antes do
lançamento não dá antecipar qual será o resultado, porém, os possíveis
resultados: sair 1, 2 , 3, 4, 5 ou 6.
Ao descrevemos um experimento aleatório podemos especificar não
somente que operação ou procedimento a ser realizado, mas também o
que é que você deverá observar.
→ E1: Joga-se um dado e observa-se o número obtido na face superior.
→E2: Joga-se uma moeda 4 vezes e o observa-se o número de caras
obtido.
→ E3: Joga-se uma moeda 4 vezes e observa-se a sequência de caras
e coroas.
→ E4: Um lote de 10 peças contém 3 defeituosas. As peças são retiradas
uma a uma (sem reposição) até que a última defeituosa seja
encontrada. Conta-se o número de peças retiradas.
2. Espaço Amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório, 7
também pode ser denominado de Conjunto Universo, representado por Ω.

3. Eventos
Qualquer subconjunto de um espaço amostral Ω é denominado um evento.
Assim tem-se que:
Ω é o evento certo; { a } é o evento elementar
Ø ( vazio) é o evento impossível.

Regras do Cálculo das Probabilidades


Para facilitar quando precisamos solucionar problemas de cálculos de
probabilidades, é necessário aprender as propriedades e as seguintes
regras:
1. 0 ≤ P (A) ≤ 1: A probabilidade de um evento A deve ser o número
maior ou igual a zero e menor ou igual a 1.
2. P (Ω) = 1: A probabilidade do evento certo é igual a 1.
3. P (Ø) = 0: A probabilidade do evento impossível é igual a zero.
4. Regra da Soma das Probabilidades. Se A e B forem dois eventos mutuamente
exclusivos ( A ∩ B = Ø ), então:
P ( A ∪ B ) = P ( A + B ) = P (A) + P (B)
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Combinação de Eventos
Podemos realizar operações entre eventos da mesma forma
que elas são
realizadas entre conjuntos. Antes de definir as operações é
conveniente
conceituar o que se entende por ocorrência de um evento.
Seja E um experimento com um espaço amostra associado S.
Seja A um
evento de S. É dito que o evento A ocorre se realizada a
experiência, isto
é, se executado E, o resultado for um elemento de A.
Sejam A e B dois eventos de um mesmo espaço amostra S. Diz-
se que
ocorre o evento:
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Exemplo
1)Calcular a probabilidade no lançamento de um dado
equilibrado
obter-se:
a. Um resultado igual a 4.
b. Um resultado ímpar.

2) No lançamento de dois dados calcular as seguintes


probabilidades:

a. qual é a probabilidade de obtermos soma igual a 8?


b. Qual a probabilidade de obtermos números iguais nos dois
dados?
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Solução:
Ω= { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } n = 6
𝑛𝑜.𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 1
a. A = { 4 } = 1 então P(A) = =6= 0,16666 ... 16,67%
𝑛𝑜.𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑙

3
b. B = { 1, 3, 5 } m = 3 então P(B) = = 0,5 = 50%
6

2) Espaço amostral
Ω= {(1,1)(1,2)(1,3)(1,4)(1,5)(1,6)
(2,1)(2,2)(2,3)(2,4)(2,5)(2,6)
(3,1)(3,2)(3,3)(3,4)(3,5)(3,6)
(4,1)(4,2)(4,3)(4,4)(4,5)(4,6)
(5,1)(5,2)(5,3)(5,4)(5,5)(5,6)
(6,1)(6,2)(6,3)(6,4)(6,5)(6,6)}

5 6 1
a) (6,2)(5,3)(4,4)(3,5)(2,6) b) = {(1,1),(2,2),(3,3),(4,4), (5,5) e (6,6)
36 36 6
3)Uma urna contém 6 bolas pretas, 2 bolas brancas e 10 amarelas. Uma bola é escolhida ao acaso. 11

Qual a probabilidade de:


a) a bola não ser amarela?
b) A bola ser branca ou preta?
c) A bola não ser branca, nem amarela?
4) Em um grupo de 500 estudantes, 80 estudam Engenharia, 150 estudam Economia e 10 estudam
Engenharia e Economia. Se um aluno é escolhido ao acaso, qual a probabilidade de que:
a) ele estude Economia e Engenharia ?
b) ele estude somente Engenharia ?
c) ele estude somente Economia?
d) ele não estude Engenharia nem Economia?
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3) Uma urna contém 6 bolas pretas, 2 bolas brancas e 10


amarelas. Uma bola é escolhida ao acaso. Qual a probabilidade
de: (1.0)
8 4
a) a bola não ser amarela? P(NA)= 18 = 9
8 4
b) A bola ser branca ou preta? P(BP) = 18 = 9
6 1
c) A bola não ser branca, nem amarela? P(NBA)= 18 = 3

4) Eng Econ
70 10 140

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Lei binomial da probabilidade - Ensaios de Bernoulli
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Consideremos um experimento que consiste em uma sequência de ensaios ou tentativas
independentes, isto é, ensaios nos quais a probabilidade de um resultado em cada ensaio não depende
dos resultados ocorridos nos ensaios anteriores, nem dos resultados nos ensaios posteriores. Em cada
ensaio, podem ocorrer apenas dois resultados, um deles que chamaremos de sucesso (S) e outro que
chamaremos de fracasso (F). À probabilidade de ocorrer sucesso em cada ensaio chamaremos de p; a
probabilidade de fracasso chamaremos de q, de tal modo que q=1–p. Tal tipo de experimento recebe o
nome de ensaio de Bernoulli.

n é o número de experimentos
k probabilidade de sucesso
p sucesso
q fracasso
DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL 14

Esta importante distribuição é aplicada em casos de experimentos repetidos, onde existem dois possíveis
resultados: cara ou coroa, sucesso ou fracasso, item defeituoso ou item não defeituoso, e muitos outros
possíveis pares. A probabilidade de cada resultado pode ser calculada utilizando a regra da multiplicação,
talvez com o uso do diagrama de árvore, porém é muito mais simples e eficiente utilizar uma equação
generalizada.

1) Uma urna tem 4 bolas vermelhas (v) e 6 brancas(B). Uma bola é extraída, observada sua cor e reposta
na urna. O experimento é repetido 5 vezes. Qual a probabilidade de observarmos exatamente 3 vezes
a bola vermelha?
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1) Uma urna tem 4 bolas vermelhas (v) e 6 brancas(B). Uma bola é extraída,
observada sua cor e reposta na urna. O experimento é repetido 5 vezes. Qual a
probabilidade de observarmos exatamente 3 vezes a bola vermelha?

n =5

K=3

4 5
p= 10 P(3)= .0,43 . 0,65−3
3

6
q=10 P(3)=10.0,064.0,36

P(3) =0,2304

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