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Mabel Collins
CURSO AVANÇADO DE FILOSOFIA YOGUE RESUMO
Yogue Remacharca
EXORTAÇÃO DO BUDA
Não acredite em algo simplesmente porque ouviu.
Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito.
Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração.
Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que
conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o.
Siddharta Gautama Buda
QUESTIONAMENTOS EXISTENCIAIS
Homem, conheça-te a ti mesmo
De onde que eu vim
O que é que eu sou
Onde que eu estou
Para onde que eu vou
Estas regras são para TODOS os que seguem o Caminho, para estes foram escritas e não há
melhores. Elas nos foram dadas por aqueles que SABEM:
1. Antes que os olhos possam ver, devem ser incapazes de lágrimas.
2. Antes que o ouvido possa ouvir, deve ter perdido a sensibilidade.
3. Antes que a voz possa falar em presença dos Mestres, deve ter perdido a possibilidade de
ferir.
4. Antes que a alma possa erguer-se na presença dos Mestres, é necessário que seus pés
tenham sido lavados no sangue do coração.
As quatro verdades acima escritas referem-se à prova de iniciação do aspirante a ocultista. Enquanto
não as houver passado, não poderá nem sequer chegar ao guardião da Porta que dá entrada ao
conhecimento.
Há uma lei na natureza que exige que o homem decifre por si mesmo seus significados.
Toda a obra Luz no Caminho é escrita com uma chave astral, e só pode ser decifrada por aquele que
lê astralmente. Enquanto não se tiver dado o primeiro passo neste desenvolvimento, a intuição é a
única forma de conhecimento que permite ao homem alcançar o seu verdadeiro estado superior.
O homem espiritualmente aperfeiçoado vê que tudo isto não é senão um jogo infantil,
embora jogue bem a sua parte, sabe que se trata somente de um jogo e não a realidade. Ele começa a
sorrir através das suas lágrimas, quando é batido no tumulto do jogo, então cessa o choro e, aparece
um sorriso, porque quem vê as coisas em suas verdadeiras relações.
Não pode deixar de sorrir, quando olha ao redor de si e observa os brinquedos à que os
homens consagram a sua vida, julgando que são coisas reais. E quando desperta para a realidade, o
seu próprio jogo evoca nele necessariamente um sorriso.
Estes homens jogam bem a sua partida, com energia e aparente ambição, porque
compreendem que tudo isso tem um fim, um significado e que eles são partes necessárias no
mecanismo da evolução.
Quem quer entrar no Caminho tem que ser valente e adquirir domínio sobre a natureza
emocional. Devemos desejar realizar a consciência do EU SOU, que está acima dos sofrimentos da
personalidade.
Devemos aprender que todas essas coisas não podem prejudicar o Eu Real. A única
possibilidade de escapar das consequências do jogo é se elevar acima do plano material e
morar nas regiões superiores da mente e do Espírito.
A alma é o elo entre o corpo exterior e o Espírito sideral. A Chispa divina mora no lugar
silencioso, em que nenhuma convulsão da natureza a pode estremecer. Porém, a alma pode perder
seu conhecimento dessa Chispa embora sejam partes de um todo.
A sensibilidade aumenta, quando o discípulo principia a sua educação, ele tem que sofrer,
gozar ou suportar mais sutilmente do que os outros homens, ele não pode permitir que o seu
sofrimento o tire de seu propósito.
O gozo mais sutil, a dor mais cruel, a angústia da perda e do desespero se acumulam sobre a
alma temerosa que ainda não encontrou a luz na obscuridade.
Enquanto a alma não puder sofrer estes choques sem perder o equilíbrio, seus sentidos
astrais permanecerão fechados.
O médium que entra no mundo psíquico sem preparação é um violador da lei e transgressor
das leis da natureza superior. Os que violam as leis da natureza perdem sua saúde física, os que
violam as leis da vida interna perdem sua saúde psíquica.
O discípulo é obrigado a ser seu próprio mestre antes de se aventurar nesta perigosa senda e
colocar-se em frente desses seres que vivem e trabalham no mundo astral, a quem chamamos
Mestres, por causa do seu grande conhecimento e de seus poderes.
Os escravos do tempo vivem em meio das sensações e sofrem a mistura constante do prazer
e da dor. Não se atrevem a agarrar a serpente do Ser (eu inferior) e vencê-la, tornando-se divinos,
mas preferem continuar a sofrer as diversas experiências e a receber golpes das forças opostas.
Ele tem que sobreviver ao choque de afrontar o que lhe parece ser o abismo do nada.
Enquanto não tiver aprendido a olhar nesse abismo e não tiver encontrado a paz que lá existe, é
impossível que seus olhos cheguem a ser incapazes de verter lágrimas.
O conhecimento intuitivo é muito diferente. Não se pode adquiri-lo, pois que é uma
faculdade inerente na alma, não da alma animal. O aspirante ou discípulo tem de se elevar à
consciência da alma por um resoluto esforço da vontade.
Com a fé tudo é possível. A fé é um poder enorme, que pode realizar todas as coisas, pois é
o compromisso entre a parte divina do homem e o seu eu inferior. A fé é necessária para obter-se o
conhecimento intuitivo.
Antes que eles se tornem mais do que fantasias, a pessoa tem que afrontar o abismo do nada.
O silêncio completo só pode vir fechando-se os ouvidos a todo ruído transitório, ele vem como um
horror espantoso.
Este silêncio constitui um grande terror para a maior parte das pessoas, e traz à mente a ideia
da aniquilação. Uma vez que o discípulo encontrou seu caminho neste abismo, deve fechar as portas
de sua Alma que nela não possa penetrar nenhum consolador ou inimigo, perceberá que o fato de
que a dor e o prazer não são mais do que uma sensação.
Para se obter o silêncio puro temos que deixar o coração e as emoções, e também o cérebro
e suas intelectualidades. Se tiver poder suficiente para despertar essa parte não conhecida de si
mesmo, a Essência Suprema, então terá forças para abrir as Portas de Ouro.
Ter adquirido os sentidos astrais e do ouvido, ter alcançado a percepção e aberto as portas da
Alma, são tarefas gigantescas, que podem exigir o sacrifício de muitas encarnações sucessivas. No
entanto, quando a vontade alcançou a sua força, todo milagre pode operar-se em um segundo de
tempo. Então o discípulo deixa de ser servidor do tempo.
3. Antes que a voz possa falar em presença dos Mestres, deve ter perdido a possibilidade de
ferir.
As duas primeiras regras compreendem o esforço que necessita o uso do bisturi. Porém é de
se esperar que o discípulo lute com a serpente, seu eu inferior, sem auxílio de outros, reprimindo
suas paixões e emoções humanas com a força da sua própria vontade.
Só se pode pedir o auxilio de um mestre após esta fase, ou ao menos uma parte. Se as
primeiras regras são observadas, o discípulo já se encontra no vestíbulo. Então, se a sua vontade
é suficientemente resoluta, adquire o poder de falar.
Peça e te será dado, mas o discípulo não pode pedir enquanto não tiver adquirido o poder de
ajudar os outros.
Ao pretender o poder de falar, o neófito dirige-se ao Grande Ser, pedindo-lhe que o guie. Ao
fazer isto, a sua voz é repelida pelo Grande Ser. Nenhum discípulo pode cruzar o vestíbulo sem
comunicar esta notícia.
O discípulo que tem poder para entrar e é bastante forte para saltar todas as barreiras, se
esquecerá completamente de si, quando a mensagem divina chegar a seu Espírito na nova
consciência que o invade.
Se realmente este elevado contato pode despertá-lo, ele se torna um dos divinos em seu
desejo de dar mais do que recebe de ajudar mais do que ser ajudado, de alimentar ao faminto mais do
que receber o maná do céu. O egoísmo o abandona por completo.
A voz que mente, abusa, queixa-se e fere, nunca pode atingir os planos mais altos. Antes
que possa falar para aqueles seres elevados na ordem da vida, deve ter esquecido como ferir
outros com palavras ásperas, desprezíveis e indignas.
Ele está longe do desejo de ofender, envergonhar, querer se impor ou humilhar o outro.
prazeres. A petição do neófito fica sem ser ouvida até que a voz em que é pronunciada tenha perdido
toda possibilidade de ferir. Assim é, porque a vida astral e divina é lugar onde reina a ordem.
Ele está pronto a sacrificar-se, vivendo e não morrendo. Sua vida não lhe pertence, mas sim
às forças que operam n ‘Ele.
E para os que são bastante fortes para vencer os vícios da natureza pessoal, conforme se
explicou nestas quatro regras, Ele se acha vivamente disposto, facilmente reconhecível, pronto a
responder.
Enquanto o homem não chegar a ser um discípulo, ele não existirá para os que são Mestres
de discípulos. E chega-se a ser isto só por um meio, a renúncia à humanidade pessoal.
Quando um homem é capaz de considerar a sua própria vida como parte de um todo, não
continuará a lutar para obter qualquer coisa para si. Tal é a renúncia dos direitos pessoais.
Aquele que se julga mais santo do que os outros, aquele que sente orgulho por estar isento
de vícios, aquele que se crê superior aos seus semelhantes, é incapaz de ser um bom discípulo. O
homem tem de transformar-se em criança, antes de entrar no reino dos céus.
Que esse é o caminho para a destruição é evidente. O homem que se faz egoísta, isola-se,
torna-se menos interessante e menos agradável os outros. Os outros acabam fugindo de uma pessoa
muito egoísta, como de uma fera.
Isto é mais terrível quando ocorre em um plano mais elevado da vida, com o acúmulo dos
poderes do conhecimento e ao longo das voltas de sucessivas encarnações.
Portanto, pare no vestíbulo e pense bem. Porque se a petição do neófito é feita sem a
purificação completa, não penetrará no retiro do Adepto divino, mas invocará as terríveis forças que
o espreitam no lado negro da natureza humana.
4. Antes que a alma possa erguer-se na presença dos Mestres, é preciso que seus pés tenham
sido lavados no sangue do coração.
Ao nos desapegarmos gradualmente da nossa velha natureza animal, com dor e sofrimento,
os nossos pés espirituais são como que lavados no sangue do coração.
Apetites, desejo da parte animal em nós, velhos costumes, convencionalismos, ilusões de
raça tem que ser arrancadas até que percebamos o que tudo isso significa.
Temos que nos separar de muitas coisas que nos parecem caras e sagradas, porém que, na
pura luz que começa a emanar da nossa Mente Espiritual, aparecem como coisas infantis.
Tudo isso nos causa dor, pela necessidade de nos separarmos delas, e choramos em alta voz
e o nosso coração verte sangue.
Depois seremos obrigados a abandonar pessoas que nos são caras, deixando-as seguir a
estrada que escolheram, enquanto que nós nos dirigimos a um novo caminho de ideias, que ainda
não conhecíamos.
Depois vem o horror da solidão mental e espiritual, inerente a primeira iniciação, pela qual
passam as almas de muitos dos que lêem estas palavras, aquele sentimento espantoso de estar só,
sem haver ninguém perto de vós.
Enquanto que os outros continuam indo pelo seu caminho, dançando, lutando e mostrando
todos os sinais de cegueira espiritual, tudo isso nos impele a ficar só e nos deixa triste.
Finalmente, quando os pés da alma forem lavados no sangue do coração, o olho começa a
ver as verdades espirituais, o ouvido começa a ouvi-las, a língua começa a ser capaz de transmiti-las
aos outros.
Ser capaz de elevar-se é ter confiança, e ter confiança significa que o discípulo está seguro
de si mesmo, que renunciou à suas emoções a seu próprio eu e até a sua humanidade, que é incapaz
ter temores, que toda a sua consciência está concentrada na Vida Divina.
Quando deixou correr o sangue de seu coração, acha-se em presença do Mestre como um
Espírito puro, que já não deseja encarnar-se para as emoções e experiências.
Por muitos séculos, talvez, o aguardem muitas encarnações sucessivas, mas ele não as
deseja, o desejo de viver o abandonou. Quando assumir a forma carnal de homem, o fará com um
objetivo divino, levar a efeito a obra dos Mestres e sem nenhum outro fim.
Não procura o prazer nem a dor, não pede céu algum, nem teme o inferno, entretanto, entrou
na posse de uma grande herança, que não é tanto uma compensação pelas coisas que renunciou,
como um estado que simplesmente as risca em absoluto da memória.
Ele não vive no mundo, mas com ele, o seu horizonte se estendeu à amplidão de todo o
universo.
Com isso encerramos as quatro regras básicas. Iniciaremos a seguir, as 21 regras para os que
entraram no caminho, ou seja se tornaram discípulos.
1. Mata a ambição.
2. Mata o desejo de viver
3. Mata o desejo de conforto
4. Trabalha como trabalham os que são ambiciosos. Respeite a vida como fazem os que a
desejam. Sê tão feliz como os que vivem para a felicidade.
21. Busca a flor que desabrocha durante o silêncio que segue à tormenta, e não antes. A planta
crescerá e se desenvolverá, lançará ramos e folhas, e formará botões enquanto prossegue a
tempestade e perdura a batalha.