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Relatório final do GT instituído pela Portaria nº 7.538, de 27 de julho de 2018, com o objetivo de
estudar e revisar a legislação que trata dos adicionais ocupacionais percebidos por servidores da
Administração Pública Federal.
MAIO/2019
RELATÓRIO GRUPO DE TRABALHO - SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal
Secretaria do Trabalho
Fundação Jorge Duprat Figueiredo
Advocacia-Geral da União
Escola Nacional de Administração Pública
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Instituto Nacional de Câncer
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Minas Gerais
Universidade do Rio Grande do Norte
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
AT Acidentes de Trabalho
DW Datawarehouse
GT Grupo de Trabalho
MP Ministério do Planejamento
NR Normas Regulamentadoras
RH Recursos Humanos
2. ANTECEDENTES 10
2.1 BREVE HISTÓRICO NO CAMPO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL 10
2.2 AUSÊNCIA DE NORMAS ESPECÍFICAS PARA SEGURANÇA DO TRABALHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL 12
3. METODOLOGIA DE TRABALHO 14
REFERÊNCIAS 26
APÊNDICES 29
8
A composição do Grupo de Trabalho se deu pelas seguintes unidades, órgãos e entidades do
SIPEC:
I. um representante do Departamento de Remuneração e Benefícios da Secretaria de
Gestão de Pessoas do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;
II. dois representantes da Comissão Nacional de Energia Nuclear;
III. dois representantes do Ministério da Educação;
IV. um representante do Ministério do Trabalho;
V. um representante do Ministério da Saúde;
VI. um representante do Instituto Nacional do Câncer (INCA);
VII. dois representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações;
VIII. um representante da Universidade Federal de Minas Gerais;
IX. um representante da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
X. um representante do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União;
XI. um representante da Advocacia-Geral da União;
XII. um representante da Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do
Trabalho (Fundacentro).
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2. ANTECEDENTES
A Constituição Federal dispõe, no inciso XXII do art. 7º, que os trabalhadores urbanos e rurais
têm o direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança. Assim, além de dar apoio aos servidores que porventura apresentem
alguma doença, cabe à APF desenvolver ações para prevenir acidentes e minimizar os riscos
inerentes à atividade laboral ou no ambiente de trabalho dos servidores federais.
Além do direito à saúde a Constituição Federal previu, em sua redação original,
especificamente no art. 39, que a “União, Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas”,
concretizado por meio da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, norteando as relações de
trabalho dos servidores públicos, e, com isso, estabelecer diferenças entre os Setores Público
e Privado.
Assim, no âmbito da APF, a edição da Lei nº 8.112, de 1990, significou um marco legal no
âmbito do serviço público, pois instituiu um regime jurídico único a todos os servidores
públicos federais, com destaque para dispositivos relativos às licenças do servidor, previsão
de exames médicos periódicos, dos adicionais ocupacionais, entre outros, para atender aos
aspectos gerenciais e burocráticos dos órgãos e entidades públicas federais.
Destaca-se, ainda, o que se encontra previsto no art. 230 da Lei nº 8.112, de 1990, em redação
dada pela Lei nº 11.302/2006, que define quais as estratégias a serem adotadas para o direito
à saúde do servidor, conforme o que segue:
“A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família compreende
assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como
diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da
saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão
ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor ou mediante convênio ou contrato,
ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido
pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou
seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento”.
(grifo nosso)
Dessa forma, sem qualquer avaliação de mérito da previsão legal, pode-se considerar que a
Lei nº 8.112, de 1990, se configurou como importante marco legal, prevendo que todo
servidor público passou a ter todos os direitos e deveres decorrentes do diploma aplicável a
essa categoria de trabalhador, e não mais na figura de trabalhador celetista com direitos
diferenciados.
10
No entanto, mesmo após a aprovação do Regime Jurídico Único em 1990, a ausência de uma
política nacional de saúde do servidor articulada pelo Estado brasileiro propiciou a criação de
serviços de saúde diferenciados no que se refere aos recursos, estruturas físicas, fluxos
organizacionais e critérios periciais pelos órgãos da Administração Pública direta, autárquica,
fundacional e agências reguladoras.
Considerando toda essa diversidade, no ano de 2009, o Governo Federal instituiu o
SIASS/PASS por meio do Decreto nº 6.833, que em seu art. 2º dispõe o seguinte objetivo: “...
coordenar e integrar ações e programas nas áreas de assistência à saúde, perícia oficial,
promoção, prevenção e acompanhamento da saúde dos servidores da administração federal
direta, autárquica e fundacional, de acordo com a política de atenção à saúde e segurança do
trabalho do servidor público federal, estabelecida pelo Governo”.
Pelo exposto, verifica-se que o referido Decreto cita a previsão de uma política de atenção à
saúde e segurança do trabalho do servidor público federal, configurando, por dedução, como
importante marco regulatório no que deve ser observado neste campo.
Observa-se, ainda, que o Decreto nº 6.833, de 2009, contempla a previsão de 3 (três) áreas de
atenção à saúde do servidor público federal, detalhadas no art. 3º da norma, a saber:
I. assistência à saúde: ações que visem a prevenção, a detecção precoce e o tratamento
de doenças e, ainda, a reabilitação da saúde do servidor, compreendendo as diversas
áreas de atuação relacionadas à atenção à saúde do servidor público civil federal;
II. perícia oficial: ação médica ou odontológica com o objetivo de avaliar o estado de
saúde do servidor para o exercício de suas atividades laborais; e
III. promoção, prevenção e acompanhamento da saúde: ações com o objetivo de intervir
no processo de adoecimento do servidor, tanto no aspecto individual quanto nas
relações coletivas no ambiente de trabalho.
Com isso, por analogia, o legislador disciplina na SIASS/PASS o que prevê o art. 230, da Lei nº
8.112, de 1990, em específico nas questões relativas à assistência ao servidor, adotando um
novo paradigma na APF para essa área.
Observa-se, ainda, que o Estatuto do Servidor contempla outros dispositivos que tratam da
saúde dos servidores públicos federais nas referidas áreas supramencionadas, como por
exemplo, nas questões relacionadas à perícia oficial, à oferta de exames médicos periódicos e
à concessão dos adicionais ocupacionais, igualmente disciplinados em outros normativos,
contemplando, assim, outras áreas de atenção à saúde abrangidas pela PASS e pelo SIASS.
Assim, a partir do Decreto nº 6.833, de 2009, o Órgão Central do SIPEC tem instituído uma
série de normativos destinados a fundamentação legal, a estruturação e o cumprimento da
PASS e do SIASS, de forma a auxiliar os gestores dos órgãos do SIPEC sobre o que deve ser
observado para implementação da política e do subsistema, em específico para as áreas de
assistência à saúde (I), perícia oficial (II) e promoção, prevenção e acompanhamento da saúde
do servidor (III), ou seja, os eixos da política e do SIASS, contemplados no referido marco legal.
11
Dessa forma, todo arcabouço legal que dá sustentação à PASS e ao SIASS compõe parte dos
instrumentos necessários ao cuidado da saúde e da segurança do trabalhador no Setor
Público, buscando, assim, sua relevância junto aos diferentes atores.
Com isso, inaugura-se uma nova lógica de atenção à saúde do servidor na APF, fundamentada
a partir da inter-relação entre as áreas definidas na política, constituindo outro paradigma da
relação saúde e trabalho no serviço público, preconizada pela formalização de acordos de
cooperação entre órgãos, estabelecendo uma lógica de intercâmbio de experiências e a oferta
de serviços e contrapartidas definidas entre órgãos do Poder Executivo. A proposta é
favorecer a racionalização de recursos humanos e financeiros, ao encontro dos princípios da
Eficiência, Eficácia e Economicidade previstos para a Administração Pública.
Neste sentido, observou-se a necessidade de avaliar e propor a evolução dos normativos
previstos no processo de concessão dos adicionais ocupacionais e das diretrizes relacionadas
à saúde e segurança do trabalho no serviço público federal, enquanto instrumentos de
redução ou eliminação dos riscos ocupacionais e da proteção contra seus efeitos.
No período da ausência de normas específicas para o serviço público federal quanto à saúde
e segurança no trabalho, a APF adotou como referência a legislação aplicada aos
trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, a exemplo das Normas Regulamentadoras (NR) nº 15
e nº 16, editadas à época pelo Ministério do Trabalho, por intermédio da Portaria/MTE nº
3.214, de 8 de junho de 1978.
Mesmo antes da instituição do Regime Estatutário, a base jurídica prevista para a concessão
dos adicionais aos servidores expostos aos riscos ocupacionais já contemplava uma série de
legislações e normas infralegais, contendo orientações desde o que deveria constar no Laudo
Técnico até a previsão da caracterização e a classificação da periculosidade, conforme o
disposto no Decreto nº 97.458, de 1989. A base legal também tratava dos percentuais
adotados para a concessão das gratificações e dos adicionais ocupacionais, conforme previsto
no artigo 12 da Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 1991.
Cabe destacar que os percentuais adotados para a concessão das gratificações e dos adicionais
ocupacionais diferem dos previstos para os trabalhadores vinculados ao regime celetista,
quando comparados ao regime estatutário. Em se tratando do adicional de insalubridade, a
lei aplicável ao serviço público define percentuais de 5%, 10% e 20%, conforme o tipo de
exposição, sendo que esses percentuais incidem sobre o salário nominal do servidor. Já no
regime celetista, os percentuais de 10%, 20%, e 40%, são calculados sobre o salário mínimo
da região. Quanto ao adicional periculosidade, a lei atribui para os trabalhadores celetistas o
valor de 30% incidente sobre o salário do empregado. Os servidores expostos a agentes
perigosos têm direito a um adicional de 10%, calculado sobre o salário nominal do servidor.
12
Ainda com o intuito de demonstrar as especificidades para o serviço público, cita-se, a Lei
nº 1.234, de 14 de novembro de 1950, que confere direitos e vantagens aos servidores que
operam com Raios X e substâncias radioativas, e que estabelece o regime máximo de vinte e
quatro horas semanais de trabalho, a gratificação adicional de 40% (quarenta por cento) do
vencimento e férias de vinte dias, por semestre de atividade profissional, não acumuláveis.
Por sua vez é garantindo ao servidor em situação de exposição de risco, o pagamento de
adicionais ocupacionais e gratificação com base nas Leis n.º 8.112, de 1990, e n.º 8.270, de
1991, utilizando como parâmetro o vencimento básico do servidor, adotando, assim, critérios
diferenciados daqueles previstos para os trabalhadores vinculados ao regime celetista.
Além dos dispositivos acima mencionados, encontram-se vigentes outros normativos que são
utilizados como parâmetros legais para o processo de concessão dos adicionais ocupacionais
no serviço público federal, conforme o que se segue:
§ Decreto nº 81.384, de 22 de fevereiro de 1978, que dispõe sobre a concessão de
gratificação por atividades com raios-x ou substância radioativas e outras vantagens,
previstas na Lei nº 1.234 de 14 de novembro de 1950, e dá outras providências;
§ Decreto-lei nº 1.873, de 27 de maio de 1981, que dispõe sobre a concessão de
adicionais de insalubridade e de periculosidade aos servidores públicos federais, e dá
outras providências;
§ Decreto nº 97.458, de 11 de janeiro de 1989, que regulamenta a concessão dos
adicionais de periculosidade e de insalubridade; e,
§ Decreto nº 877, de 20 de julho de 1993, que regulamenta a concessão do adicional de
irradiação ionizante de que trata o § 1° do art. 12 da Lei n° 8.270, de 1991.
Percebe-se, assim que, à exceção do Decreto nº 6.833/2009, o arcabouço normativo vigente
no serviço público federal trata tão somente do processo destinado à concessão dos adicionais
ocupacionais, a partir de um complexo ordenamento jurídico, sem menção ao que deve ser
observado quanto à proteção e promoção da saúde e segurança no trabalho.
13
3. METODOLOGIA DE TRABALHO
14
Figura 1 - Descrição do macroproblema e dos descritores da legislação de saúde e segurança da Administração Pública
Federal
15
4. RESUMOS EXECUTIVOS DAS DIMENSÕES DO GRUPO DE TRABALHO
16
da importância dessas ações, tantos pelos gestores como pelos servidores em geral passa,
necessariamente, pela mudança cultural: a consciência de que mais vale alcançar um trabalho
seguro e saudável do que submeter-se a exposição de riscos, tendo como paliativo um
percentual a mais na remuneração.
Para lograr tal mudança cultural, propõe-se o estabelecimento de ações contínuas de
promoção, educação e conscientização da APF, quanto à saúde, segurança e qualidade de vida
no trabalho, detalhadas na seção destinada às recomendações do Grupo de Trabalho.
Dentro de uma perspectiva histórica, a Administração Pública Federal (APF), geralmente tem
abordado de maneira limitada a implementação de políticas de proteção e promoção da
saúde e segurança do trabalho.
A Constituição Federal de 1988 prevê como direito dos trabalhadores a redução dos riscos
inerentes ao trabalho e à saúde, o pagamento de adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou perigosas, bem como a instituição de regime jurídico único e planos de
carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações
públicas.
Nesse contexto, a Lei nº 8.112, de 1990 instituiu um regime jurídico único a todos os
servidores públicos federais, tratando genericamente da assistência à saúde, sendo silente
quanto à questão da segurança no trabalho.
Por haver lacunas nas normas específicas para o serviço público federal quanto à saúde e
segurança no trabalho, a APF adotou como referência a legislação aplicada aos trabalhadores
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Somente em 2009, por meio do Decreto nº 6.833, o Governo Federal instituiu o Subsistema
Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal (SIASS/PASS), estabelecendo uma
política nacional de saúde do servidor. Todavia, mais uma vez foi silente em disciplinar o
campo de segurança do trabalho no serviço público. Observa-se que o arcabouço normativo
existente está focado essencialmente no processo destinado à concessão dos adicionais
ocupacionais, a partir de um complexo ordenamento jurídico, sem menção ao que deve ser
observado quanto à proteção e promoção da saúde e segurança no trabalho. Desta forma,
encontra-se vigente um expressivo número de normativos que, de maneira esparsa, é
utilizado como parâmetro legal para o processo de concessão dos adicionais ocupacionais.
Neste sentido, observou-se a necessidade de avaliar e propor a evolução dos normativos
previstos no processo de concessão dos adicionais ocupacionais e das diretrizes relacionadas
à saúde e segurança do trabalho no serviço público federal, enquanto instrumentos de
redução ou eliminação dos riscos ocupacionais e da proteção contra seus efeitos, por meio de
estudos, revisão e consolidação das normas existentes.
17
4.3 Fiscalização e controle – Resumo Executivo
18
4.4 Benchmarking – Resumo Executivo
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5. RECOMENDAÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO
20
5.2 Legislação
Recomenda-se incluir uma Seção/Subseção na Lei nº 8.112, de 1990, com disposições sobre
Política de Saúde e de Segurança do Trabalho, haja vista que não há nada sobre a política
prevista na referida lei;
Sugestão de criar um capítulo V, logo após o art. 231 (seria denominado 231-A); usar como
tema do capítulo a alínea “h”, inciso I do art. 185 da mencionada Lei (denominado de “garantia
de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias”.
Recomenda-se que deve constar expressamente a obrigatoriedade de observar os dispositivos
das normas regulamentadoras sobre adicionais ocupacionais, oriundas da Secretaria do
Trabalho do Ministério da Economia (NR´s), quando forem aplicáveis, observando que
algumas atividades típicas de Estado não estão contempladas nas referidas normas, cabendo
nesses casos a regulamentação por meio de Decreto.
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Neste sentido, far-se-á necessária à realização de estudos para estabelecimento de critérios
objetivos para disciplinar quais afastamentos poderão ser considerados como efetivo
exercício (Art. 102 da Lei nº 8.112), sendo considerados para fins de pagamento de adicionais
aos servidores ocupacionalmente expostos, considerando o Decreto-Lei 1873/81, alinhando
com o que se encontra previsto na CLT, inclusive aspectos relativos à contribuição
previdenciária e correspondente pagamento de benefício quando do afastamento.
Recomendações: Estudo para verificação das características dos adicionais, considerando que
no regime celetista possui caráter remuneratório. Atualmente, de acordo com o § 2º, do art.
4º da Lei nº 10.887/2004, os adicionais ocupacionais não integram a base de cálculo do Plano
de Seguridade do Servidor (PSS), contudo podem ser incluídas mediante opção do servidor.
Recomenda-se a revogação do art. 12 da Lei nº 8.270, de 1991, devendo fazer constar na Lei
8.112/1990 o seu conteúdo, o qual deve ser harmonizado com a legislação trabalhista, de
modo a disciplinar as regras de base de cálculo para concessão das duas espécies:
insalubridade e periculosidade (preservando a Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada
(VPNI) conforme os termos do §5°, art. 12, da Lei 8.270/91), com a consequente revogação da
Lei 1.234/1950.
Recomendação: Estudo para redefinição dos percentuais e respectivas bases de cálculos
contidos na Lei nº 8.270/1991, para efeitos de equiparação salarial e igualdade.
Considerando a revogação do art. 12 da Lei 8.270, recomenda-se, por consequência, que deva
ser revogado o Decreto 877/1993.
Propõe-se a revogação total desta lei, haja vista que grande parte dos dispositivos da mesma
foram recepcionadas pela legislação pós-constituição de 1988, devendo ser avaliado se será
feita alguma inserção de suas disposições, quando relevantes, na própria Lei nº 8.112, de
1990.
22
Recomenda-se a elaboração de exposição de motivos, contendo elementos técnicos que
justifiquem a revogação desta lei, bem como verificar jurisprudências no Supremo Tribunal
Federal (STF) quanto ao assunto.
Considerando a revogação da Lei 1.234/50, por consequência, deve ser revogado este
Decreto.
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5.4 Benchmarking
5.5 Proposta esquemática saúde e segurança no trabalho para o servidor público federal
A partir das discussões ocorridas durante as oficinas do GT, foi sugerido modelo esquemático
dos trabalhos sugeridos para a área de saúde e segurança no país, conforme apresentando na
Figura 2:
24
Figura 2 - Modelo esquemático da saúde e segurança no trabalho
25
REFERÊNCIAS
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e 842.
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26
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MATUS, C. O Método PES: roteiro de análise teórica. São Paulo: FUNDAP, 1997
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OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador. 6ª. ed. São Paulo:
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27
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http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/protecting-workers'-health. Acesso em:
22 oct. 2018.
28
APÊNDICES
Legislação
desatualizada
29
Ausência de
fiscalização e
controle
30
Cultura de
monetização do
risco
31
Benchmarking
32
APÊNDICE B - Relatório Cultura de Monetização do Risco
33
não visualiza a real necessidade de seus protegidos: a eliminação ou redução dos agentes
agressivos e a verdadeira melhora do ambiente de trabalho. Ou seja, optar pela recompensa
monetária desvia da preocupação central, que é a saúde do trabalhador (VILLATORE, 2018).
Ressalta Oliveira (2011) que a luta dos trabalhadores e seus sindicatos volta-se mais para o
recebimento dos adicionais pelos riscos ou agentes a que estão expostos do que para exigir a
adequação do ambiente de trabalho a condições saudáveis. O autor tece uma crítica acerca
da monetização dos riscos, afirmando que é inegável que as discussões do Direito do Trabalho
estão voltadas para o direito ao recebimento do adicional de insalubridade (monetização do
risco) e infelizmente a referida parcela acabou se transformando num permissivo
institucionalizado para expor o trabalhador ao agente nocivo.
Ainda de acordo com Tavares (2014), a questão não é defender a proibição do trabalho
insalubre ou perigoso. Existem atividades que são essenciais à sociedade, mesmo que
envolvam risco de insalubridade ou periculosidade, não sendo possível impedir que elas sejam
desenvolvidas. Existe uma urgente necessidade social para muitas delas, e não há como
exercê-las sem trabalhadores, tais como médicos, enfermeiros, químicos, profissionais de
clínicas de raios X e ultrassonografia, eletricitários, trabalhadores da construção civil e outros.
Infelizmente, todas envolvem riscos peculiares, maiores do que os presentes em atividades
mais comuns.
A necessidade social não é justificativa que autorize a exposição dos trabalhadores a riscos
desmedidos apenas por serem características desassociáveis da atividade. Nesses casos,
afirmam Tavares (2014) e Oliveira (2011), que é imperativo proporcionar o maior número
possível de elementos de prevenção, bem como reduzir a jornada de trabalho, a fim de que
os efeitos dos riscos presente no meio ambiente de trabalho possam ser contidos cada vez
mais.
Citando Oliveira (2011), a solução para a política da monetização do risco pode ser vista de
duas formas: a possibilidade de redução da jornada, quando houver a exposição a agentes
insalubres e, em segundo plano, adotar uma visão de prevenção, proteção e fiscalização.
Segundo Tavares (2014), outra decisão muito benéfica seria a realização periódica de exames
médicos em trabalhadores passíveis de desenvolver doenças em função do trabalho, mesmo
aqueles que não recebem adicionais por exposição a riscos. Profissionais que trabalham com
digitação, por exemplo, não recebem adicionais, mas constantemente integram os índices de
casos de lesão por esforço repetitivo (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho (DORT) (Tavares, 2014).
Outra estratégia pode ser a conversão dos valores pagos a título de compensação em
assistência à saúde do trabalhador, bem como a melhoria dos ambientes de trabalho.
Principalmente nos casos das atividades que geram maiores danos à saúde, o trabalhador
deve receber um acompanhamento médico periódico (Tavares, 2014).
Neste contexto, e entendendo que a cultura de monetização do risco vem sendo reforçada
pelas últimas décadas, o GT entende imprescindível a adoção de frentes de trabalho que
previnam a exposição ao risco, que reforcem a qualidade de vida no trabalho, o
estabelecimento de ações contínuas de promoção, educação e conscientização da APF,
34
quanto à saúde, segurança e qualidade no trabalho. A seguir são apresentadas algumas
sugestões para o enfrentamento do problema.
35
2. Propor diretrizes e implantar ferramentas para conscientização quanto aos riscos no
ambiente de trabalho
36
atenção à saúde do trabalhador, priorizando a prevenção, a avaliação ambiental e as
mudanças das condições e dos processos de trabalho.
Este módulo é uma importante ferramenta de monitoramento e controle da gestão de risco
nos ambientes de trabalho. Iniciado em 2017, está aproximadamente 70% concluído, e é uma
das prioridades da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal, do Ministério da
Economia. O GT reforça a importância da implementação do mesmo na APF.
De acordo com Tavares (2014), muitos riscos a que estão expostos os trabalhadores causam
danos imprevisíveis, mas muitos podem ser combatidos com a promoção de medidas de
ordem geral, administrativas que alterem o próprio local de trabalho, tornando-o mais seguro
e mais saudável. Ainda a mesma autora reforça, a importância dos Equipamentos de Proteção
Individual (EPI), que são dispositivos ou produtos utilizados para proteger o trabalhador contra
determinado risco ocupacional a sua integridade física ou a sua saúde.
37
Citando Oliveira (2011), “A maioria das doenças profissionais ou do trabalhador poderia ser
evitada se fossem observadas as recomendações técnicas a respeito da segurança, higiene e
medicina do trabalho”.
Neste sentido, torna-se importante a utilização de medidas de proteção no trabalho,
considerando a hierarquia dessas; adotar inicialmente medidas de proteção coletiva e após
então, medidas administrativas (redução da jornada de trabalho, por exemplo) ou de
organização do trabalho (mudança no layout do ambiente de trabalho, por exemplo) para, em
seguida, caso persista algum risco ocupacional – residual, adotar medidas de proteção
individual. Cabe salientar a importância da fiscalização e controle no cumprimento das
legislações em vigor.
Ser saudável é uma necessidade do trabalhador para exercer suas funções satisfatoriamente
e, por conseguinte, se sentir útil no seio familiar. O trabalho dignifica e nenhum trabalhador
fica plenamente satisfeito em receber retribuições em dinheiro para desgastar sua saúde. O
sentimento que resta, após um acidente, é de incapacidade. A luta, na realidade, tem sido
travada em busca do direito ao adicional e não do direito à saúde; o adicional, que foi
instituído como sanção, lamentavelmente se tornou o preceito (OLIVEIRA, 2011; TAVARES,
2014).
Neste sentido é importante que os empregadores se mantenham tanto a par das condições
de saúde de cada trabalhador, realizando exames médicos periódicos, como informados sobre
os mais recentes estudos envolvendo os agentes de risco existentes no meio ambiente de
trabalho (Tavares, 2014).
Os Exames Médicos Periódicos (EMP) estão disposto no art. 206-A, da Lei 8.112/1990, sendo
parte integrante da Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público
Federal, que estabelece um conjunto de avaliações necessárias ao acompanhamento da saúde
dos servidores. Estes exames objetivam, prioritariamente, a preservação da saúde, a partir da
avaliação médica e a detecção precoce dos agravos, relacionados ou não ao trabalho, por meio
de exames clínicos, avaliações laboratoriais e de imagens, baseados nos fatores de riscos aos
quais os servidores poderão estar expostos no exercício das diversas atividades no serviço
público federal.
As informações dos EMP poderão compor o perfil epidemiológico dos servidores públicos
federais, sendo importante para subsidiar o desenvolvimento de ações de promoção à saúde,
prevenção de agravos, bem como de ações de vigilância aos ambientes e processos de
trabalho. Essas informações estão preservadas através do sigilo, e são registradas no Sistema
Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE), no Módulo de Exames Médicos
Periódicos.
38
Os exames podem ser bienais, anuais ou em intervalos menores, conforme faixa etária,
gênero, tipo de atividade e fatores de riscos aos quais podem estar expostos os servidores
públicos. Os Exames Médicos Periódicos surgiram com a inclusão do Artigo 206-A da Lei
8.112/1990 e foram posteriormente regulamentados pelo Decreto 6.856/2009, pela Portaria
SRH nº 04/2009 e pela Portaria SRH nº 783/ 2011. É importante ressaltar que o servidor não
é obrigado a fazer os exames, mas a sua recusa deve ser registrada em termo.
Portanto, o GT sugere que para os servidores que já recebam adicionais ocupacionais, haja
uma mudança na legislação no sentido de tornar obrigatórias a realização do EMP, ou mesmo
estratégias de inclusão como item obrigatório na avaliação de desempenho do servidor, e
também institucional. Além disso, é importante a realização de processos educativos que
demonstrem aos servidores a importância da realização dos exames.
39
Outro ponto é a adoção de regras comuns de SST para todos os servidores observando o
princípio da equidade e gestão participativa, com ênfase na construção conjunta de políticas
ações e metodologias mais claras a serem aplicadas para a realidade da esfera administrativa.
A valorização dos servidores é fundamental para a adoção das propostas da implantação da
cultura de não monetização. Nesse sentido, é fundamental desenvolver programas de
capacitação dos profissionais, para o desenvolvimento das ações em segurança e saúde do
trabalhador, abrangendo a promoção e vigilância da saúde, prevenção da doença, assistência
e reabilitação, não apenas no âmbito do trabalho, mas na vivencia diária do servidor.
Ressalta-se também a importância da capacitação dos gestores quanto aos conhecimentos e
habilidades necessárias para realizar os trabalhos com segurança e passar confiança ao
trabalhador, bem como informar sobre os riscos, identificar o risco, analisar e criar medidas
de controle sobre os mesmos dentro de um comportamento e cultura de segurança
consciente.
A criação de programas de instrução sobre segurança deve buscar estimular que a APF adote
melhores práticas no local do trabalho e tenha como responsáveis os gestores que tratam
sobre segurança e saúde do trabalho dentro dos órgãos e instituições do SIPEC.
40
APÊNDICE C - Relatório Legislação
Após as informações disponibilizadas anteriormente neste Relatório, relativas aos itens sobre
Apresentação e Antecedentes, o GT optou por listar as propostas legislativas em formas de
tópicos, com vistas à melhor elucidação das alterações e inserções sobre cada normativo
referente ao tema.
1. LEI Nº 8.112/90
41
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em
contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida,
fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.
§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade
deverá optar por um deles.
§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a
eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.
Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou
locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a
gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas
atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de
periculosidade, serão observadas as situações estabelecidas em legislação
específica.
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos
termos, condições e limites fixados em regulamento.
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias
radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de
radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria.
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a
exames médicos a cada 6 (seis) meses.
As alternativas aos problemas detectados pelo Grupo de Trabalho foram as elencadas a seguir:
a) Alteração do art. 68 da lei (caput) para o seguinte texto: “os servidores que realizam suas
atividades ou operações, que por sua natureza, condições ou métodos de trabalho expõem
o servidor a agentes nocivos à saúde e/ou impliquem em risco acentuado de vida farão jus
a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. A definição das condições insalubres
ou perigosas serão especificadas em legislação própria.” Justificativa: O artigo apresenta
definições de forma restritiva que são divergentes com as abordagens dos regulamentos
legislativos atuais.
b) Inserir previsão de férias de vinte dias consecutivos, por semestre de atividade profissional,
ao servidor que trabalha com raio x e substâncias radioativas. Justificativa: tendo em vista
que o GT propõe a revogação da Lei 1.234/50, entende-se que o disposto no art. 1º, “b”, da
Lei nº 1.234 deve ser incorporado na Lei 8.112/90.
42
c) Aperfeiçoar a Lei nº 8.112, para que conste expressamente os afastamentos que podem ser
considerados como de efetivo exercício (Decreto-Lei 1873/81), alinhando com o que se
encontra previsto na CLT; e
d) Inclusão de dispositivo da Política de Saúde e Segurança do Trabalho no Serviço Público
Federal (SPF) a ser disciplinada por meio de regulamento.
A Lei nº 8.270, de 1991, dispõe sobre a base de cálculo para pagamento dos adicionais de
insalubridade, periculosidade, irradiação ionizante e gratificação por trabalhos com Raios X.
Eis o artigo 12 da referida lei:
Art. 12. Os servidores civis da União, das autarquias e das fundações públicas
federais perceberão adicionais de insalubridade e de periculosidade, nos termos das
normas legais e regulamentares pertinentes aos trabalhadores em geral e calculados
com base nos seguintes percentuais:
I - cinco, dez e vinte por cento, no caso de insalubridade nos graus mínimo, médio e
máximo, respectivamente;
II - dez por cento, no de periculosidade.
§ 1° O adicional de irradiação ionizante será concedido nos percentuais de cinco, dez
e vinte por cento, conforme se dispuser em regulamento. (Regulamento)
§ 2° A gratificação por trabalhos com Raios X ou substâncias radioativas será
calculada com base no percentual de dez por cento.
Alguns pontos críticos foram levantados referentes a lei que dispõe sobre o cálculo percentual
dos adicionais ocupacionais, senão vejamos:
a) Dificuldade conceitual em relação a diferenciação dos adicionais e gratificação, tendo em
vista que Constitucionalmente só há previsão para pagamento dos adicionais de
insalubridade e periculosidade;
b) Tratamento diferenciado à radiação ionizante e à gratificação de raios X em relação aos
adicionais de insalubridade e periculosidade. Tanto a radiação ionizante quanto a
gratificação de raios X podem ser considerados espécies de adicional de periculosidade e
insalubridade.
c) Possibilidade de interpretação equivocada pois infere-se dos dispositivos que há diferenças
quanto a natureza dos respectivos adicionais;
d) Observa-se, com base no art. 1º, parágrafo único do Decreto-Lei nº 1.873, que a gratificação
de raios X é um adicional de insalubridade, acarretando dessa forma divergência na
interpretação.
43
Neste sentido, entende-se pertinente que a gratificação de Raios X e adicional de irradiação
ionizante sejam considerado como subespécie de “insalubridade” enão categorias de
vantagens a parte. Esta mesma forma de classificação está prevista para os trabalhadores
regidos pela CLT, assim, reforça-se a importância de uma padronização de tratamento em
relação à saúde e segurança do trabalho, tanto na esfera pública como privada.
Portanto, sugere-se que seja identificado, quando for o caso, o pagamento de adicional de
insalubridade ou periculosidade.
a) Pagamento da Gratificação de Raios X e substâncias radioativas, próximo as fontes de
irradiação, no percentual de 40%, de forma equivocada, tendo em vista a previsão contida
na Lei nº 1.234/50, regulamentada pelo Decreto nº 81.384/78. Neste caso, o GT sugere a
revogação da Lei 1.234/50 a fim de eliminar a ocorrência de percentuais diferentes para
pagamentos de adicionais de mesma espécie;
b) É importante destacar que a revogação do §2º do art. 12 em referência, enseja,
necessariamente, a revogação da Lei nº 1234, que estipula o valor percentual de 40% para
Raios X;
c) Nesse sentido, adotando-se a metodologia apresentada no item anterior, têm-se as
seguintes sugestões, como alternativas aos problemas detectados pelo Grupo de Trabalho:
· Alteração/revogação do art. 12, § 1º e 2º da Lei nº 8.270, de 1991;
· A revogação dos dispositivos implicaria na revogação tácita do Decreto nº 877, de
1993, que regulamenta a concessão do adicional de irradiação ionizante mencionado
na Lei nº 8.270, de 1991;
· A revogação desses dispositivos faz com que a Lei nº 1234 também tenha que ser
revogada.
44
A mencionada Lei confere direitos e vantagens a servidores que operam com Raios X e
substâncias radioativas. Dentre os pontos críticos levantados pelo grupo estão:
a) Determina que todos os servidores (civis da União, militares, empregados de paraestatais
de natureza autárquica) devem ter:
· Regime de 24 horas semanais de trabalho - Servidores recém ingressos, com carga
horária superior, tem sua carga horária reduzida em razão da Lei.
· Férias de vinte dias consecutivos, por semestre de atividade profissional, não
acumuláveis; e (disciplinado pela Lei nº 8.112/1990);
· Gratificação adicional de 40% (quarenta por cento) do vencimento.
Obs: revogação tácita do dispositivo porque o percentual a que se refere a alínea “c” foi
redefinido em leis posteriores. (Lei 8.270, art. 12, §2º), passando a ser calculado com base no
percentual de dez por cento.
A Lei nº 1.234 foi promulgada em um contexto de ausência de sistema regulatório de
segurança nuclear e proteção radiológica e também de inexistência de sistemas e
equipamentos dosimétricos que permitem avaliar a dose de radiação à que exposto o
trabalhador. Essa legislação estabelece a limitação da jornada semanal para no máximo 24
horas para o exercício da atividade sob risco de Raios X e substâncias radioativas como
mecanismo de proteção. Tal limitação específica (24h/semana) não assegura a devida
proteção e não encontra amparo nos conceitos atuais de proteção radiológica e na
regulamentação vigente (CNEN 3.01 e Portaria 453, de 1° de junho de 1998) as quais
estabelecem que o Indivíduo Ocupacionalmente Exposto (IOE) deve atuar sob o regime de
proteção radiológica sendo objeto de monitoramento individual. Esses indivíduos atuam,
portanto, observando os princípios de proteção radiológica, cabendo ao titular da instituição,
implementar o programa de proteção radiológica que deve assegurar a manutenção de sua
segurança perante a exposição às radiações ionizantes.
O grupo sugere a revogação total da lei, devendo ser avaliado se será feita alguma inserção
de suas disposições na própria Lei nº 8.112, de 1990.
O referido Decreto dispõe sobre a concessão de gratificação por atividades com Raios X ou
substância radioativas e outras vantagens, previstas na Lei nº 1.234 de 14 de novembro de
1950, e dá outras providências.
A norma possibilita o pagamento da gratificação com outros adicionais. Entretanto, a Lei nº
8.112/90 determina que os adicionais não se acumulam (devendo haver o direito de opção
por parte do servidor, pelo mais vantajoso)
45
O Grupo sugere a revogação do Decreto, tendo em vista que o mesmo é a regulamentação da
Lei nº 1.234, de 1950, cuja revogação foi proposta pelo GT no item 4 desta seção.
Neste sentido, entende-se necessário avaliar o rol que estabelece o que é “efetivo exercício”,
tais como os listados no art. 102 da Lei nº 8.112/ 1990, lembrando que a gratificação é devida
a servidores que exerçam atividades vinculadas à Raio X, e portanto os afastamentos
considerados de efetivo exercício devem estar também, de um certo modo, vinculados a sua
atividade laboral. Ou seja, deve-se considerar a efetiva exposição do agente, independente do
afastamento.
46
Sugere-se, também, a inclusão de prazo de validade do laudo pericial e periodicidade definida
para revisão dos ambientes de exposição.
Também foram apresentadas as seguintes observações:
a) Não há necessidade de estipular prazo de validade para o laudo pericial. Entretanto, o GT
entende que esse ponto deve ser tratado na obrigatoriedade da criação de um plano de
vigilância de ambientes por órgão, assim como o monitoramento periódico, conforme será
relatado na dimensão Fiscalização e Controle.
b) Em casos de laudo vigente deverá ser feita a portaria de localização ou de exercício e a
portaria de concessão, devendo o pagamento ser executado dessa data.
47
APÊNDICE D - Relatório Fiscalização e Controle
Fonte: adaptação da Guidance on the 8th EU Company Law Directive da ECIIA/FERMA, artigo 41.
48
Neste modelo a primeira linha de defesa deve ser realizada pelo gestor primário, responsável
por manter controles internos eficazes e por conduzir procedimentos de riscos e controles
diariamente. As diversas funções de controle de riscos e supervisão de conformidade são da
responsabilidade da segunda linha de defesa. Tais funções têm o intuito de ajudar a
desenvolver e/ou monitorar os controles da primeira linha de defesa. Por fim, a avaliação
independente (externa) é considerada a terceira linha, a qual deve fornecer ao órgão de
governança e à alta administração avaliações abrangentes baseadas em um maior nível de
independência e objetividade. O gerenciamento de riscos, normalmente, é mais sólido
quando há três linhas de defesa separadas e claramente identificadas.
Neste sentido, o GT entende pertinente a necessidade de se definir formalmente um órgão
ou unidade central responsável pela fiscalização da concessão dos adicionais ocupacionais,
para atuar como terceira linha de defesa. No Item 1 (Análise preliminar de possíveis órgãos
do governo federal para fiscalização dos controles do Programa de Saúde e Segurança no
Trabalho (PSST)) mais abaixo, são analisados superficialmente o regimento interno de três
órgãos do governo federal: Secretaria de Gestão e Desempenho Pessoal (SGDP/ME),
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT/ME, ex-MTb) e Secretaria Federal de
Controle Interno (SFC/CGU). Sendo necessário, depreende-se a pertinência de um estudo mais
aprofundado quanto aos normativos regimentais e diretrizes políticas para posterior definição
da unidade central responsável pela fiscalização da concessão dos adicionais ocupacionais.
Num primeiro momento, este GT entende que a Secretaria do Trabalho, mais especificamente
a Inspeção do Trabalho, com as adaptações legislativas necessárias seria a unidade mais
adequada para realizar esse papel.
Outra demanda do grupo foi estudar os controles mínimos necessários que devem ser
implementados pelos gestores primários, além de verificar se tais controles poderiam ser
estabelecidos e acompanhados por sistema informatizado ou por meio de processo de
trabalho.
Com a Instrução Normativa Conjunta CGU/MPOG nº 1 em 2016, os órgãos e entidades do
Poder Executivo Federal tiveram que adotar uma série de medidas para a sistematização de
práticas relacionadas à gestão de riscos, controles internos e governança. A norma estabelece
que cada órgão e entidade é responsável por ações de mapeamento, avaliação e mitigação
dos riscos identificados, bem como estabelecer, de forma continuada, o monitoramento e o
aperfeiçoamento dos controles internos da gestão.
Neste sentido, especificamente em relação ao tema “adicionais ocupacionais”, vislumbra-se
que o maior risco operacional seria o de pagamento indevido de adicionais, ou seja, o
recebimento do mesmo por servidores que não possuem comprovadamente condições de
insalubridade ou periculosidade, conforme determina a legislação vigente. Ressalta-se que
quando nos referimos, nesta parte do relatório, ao termo risco estamos tratando de “riscos
operacionais” e não de “riscos ocupacionais” ou “riscos ambientais”, sendo estes últimos
tratados nas diversas legislações e normas relativas ao tema.
No âmbito do Poder Executivo Federal, atualmente, a concessão dos adicionais ocupacionais
é feita por meio de sistema (Módulo de Adicionais Ocupacionais - SIAPE-Saúde) criado com o
49
intuito de modernizar e aperfeiçoar os processos de trabalho existentes na área de gestão de
pessoas e de segurança do trabalho, como também a uniformização de procedimentos a
serem adotados para a concessão dos adicionais junto aos órgãos e entidades que compõem
o Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal – SIPEC.
Assim, a fim de verificar possíveis ações para mitigar esse risco mais grave supracitado,
procedeu-se o levantamento das regras e controles presentes na legislação vigente e, num
segundo momento se e como esses controles estão sendo utilizados pelos gestores.
De uma forma simples, a partir dos normativos atualmente vigentes identificou-se as
seguintes regras (não exaustivas) que devem ser seguidas pelos gestores, seja por meio dos
sistemas informatizados, seja por meio de processos de trabalho:
a) Portaria de concessão só deve ser emitida com respaldo de laudo técnico, cabendo à
autoridade pagadora conferir a exatidão dos documentos antes de autorizar o pagamento.
b) O laudo técnico deverá conter: identificação do local de trabalho, do agente nocivo à saúde,
e o grau de agressividade deste.
c) Não recebimento de adicionais por servidores que tenham função de chefia, exceto, quando
há laudo específico e individualizado.
d) Deve ser registrado no sistema a avaliação do ambiente com as medidas corretivas
necessárias para eliminar ou neutralizar os riscos ambientais.
e) A data da Portaria de concessão deve ser posterior a data do laudo técnico.
f) Os servidores que fazem jus ao pagamento de adicional devem estar lotados na área
especificada no laudo. O local avaliado pelo perito médico deve pertencer ao órgão/UORG.
g) No caso de alteração de lotação de servidores que fazem jus ao adicional, o pagamento do
adicional deverá ser imediatamente cancelado. Novo laudo é necessário.
h) Não é permitido o acúmulo de adicionais, neste caso, deverá haver controles internos no
RH para que esses pagamentos não ocorram.
i) Os percentuais, referentes a concessão de adicionais, devem ser pagos de acordo com o
especificado no laudo e na legislação correlata.
j) A concessão de adicionais só pode ser realizada mediante cadastramento de informações
no Módulo de Adicionais Ocupacionais do SIAPE-Saúde. Não efetuar concessões fora do
Sistema próprio, evitando-se assim lançamentos manuais no Sistema SIAPE.
k) O laudo técnico só pode ser “assinado” por responsáveis técnicos previamente registrados
no sistema.
l) Deve haver registro da realização dos exames médicos obrigatórios, a cada 6 meses, para
quem recebe adicional por radiação ionizante.
m) Não recebimento de adicional para as gestantes ou lactantes. Bem como, outros servidores
que estiverem afastados.
n) Sempre que houver alteração do ambiente ou diminuição dos riscos ambientais deve ser
emitido novo laudo, bem como revisto o percentual pago ao servidor que faz jus ao
adicional.
50
o) Todas as instalações que operem fontes emissoras de radiação ionizante devem ser
credenciadas junto à CNEN e ao órgão de vigilância sanitária.
p) O adicional de fonte ionizante só deve ser dado a servidor que opere equipamentos de raios
X ou substâncias radioativas por no mínimo 12 horas semanais.
Outro ponto observado pelo grupo ao analisar a atual legislação sobre a concessão de
adicionais ocupacionais, foi a existência em diversos dispositivos de regras, vedações e
orientações de procedimentos acerca da Segurança e Saúde do Trabalhador - SST. Porém, não
há explicitamente a indicação de penalidades ou sanções em caso de descumprimento dos
normativos. Desta forma, realizou-se um estudo sobre a inclusão de dispositivos
sancionatórios em alguns normativos atualmente vigentes, conforme item 3 (Sugestão de
Dispositivos Sancionatórios) mais abaixo.
Vê-se que, de forma geral, a maioria dos normativos vigentes já prevê a responsabilização de
agentes: “Responderão nas esferas administrativa, civil e penal, os peritos e dirigentes que
concederem ou autorizarem o pagamento dos adicionais em desacordo com a legislação
vigente.” Neste sentido, percebe-se que não há dispositivos sancionatórios específicos, mas
uma responsabilização posta de forma abrangente, o que pode incorrer em abusos de poder.
Desta forma, considerando a proposta do grupo de rever e propor nova redação para diversos
51
normativos vigentes, recomenda-se que durante a revisão normativa seja também incluindo,
no que couber, penalidades e sanções, bem como explicitando os agentes responsáveis, por
descumprimento de regras e determinações contidas nas referidas normas.
Ressalta-se a importância da utilização de sistemas informatizados para controle dos riscos
operacionais, tais como o módulo de Concessão e o módulo de Vigilância Ambiental, conforme
figura abaixo. Tais sistemas permitirão o cumprimento das regras normativas vigentes,
diminuindo a necessidade de utilização de instrumentos mais coercitivos, tais como
penalidades e sanções.
52
a) Para subsidiar o nexo causal do quadro clínico do servidor: é indispensável visitas aos
ambientes de trabalho, sendo a função atribuída à equipe multiprofissional de perícia a
função de promover a integração ações de vigilância (Portaria SRH Nº 797, de 22 de março
de 2010).
b) Nos casos de suspeita de acidente em serviço, doença profissional e/ ou doença relacionada
ao trabalho: o perito deverá se valer ou solicitar avaliação ambiental, que inclui avaliação
do posto e/ou processo de trabalho do servidor e a caracterização do acidente de trabalho
por parte da equipe de vigilância e promoção à saúde (Portaria SRH Nº 797, de 22 de março
de 2010).
c) Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas: a legislação relata
que deve haver o controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados
penosos, insalubres ou perigosos, porém não especifica como deve ser realizada e nem a
periodicidade (Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990).
d) Das Ações em Saúde Mental: apresenta a necessidade de identificar nos locais de trabalho
os fatores envolvidos no adoecimento mental. Mostrando a importância da vigilância nos
ambientes de trabalho para prevenção à saúde (Portaria nº 1.261 de 05 de maio de 2010).
e) Da Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nos Ambientes de Trabalho: institui a
importância da vigilância nos ambientes de trabalho para os programas de promoção da
alimentação, segundo as premissas e princípios estabelecidos na Portaria Normativa
SEGEP/MP nº 3, de 25 de março de 2013.
53
É importante registrar que está previsto na Norma Regulamentadora de nº 9 da Portaria
3214/1978 um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais que apresenta como estrutura
mínima um planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
estratégia e metodologia de ação; forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do Programa de Prevenção dos
Riscos Ambientais (PPRA). Ainda nesse dispositivo é relatada uma periodicidade de pelo
menos uma vez ao ano para uma análise global do PPRA a fim de avaliar o seu
desenvolvimento e realizar os que se fizerem necessários, além de estabelecimento de novas
metas e prioridades. Assim, deve ser avaliado a proposta de propagar esse tempo e estrutura
para setor público também.
O último aspecto analisado pelo grupo em relação ao tema “fiscalização e controle” foi acerca
da utilização de indicadores para acompanhamento da mitigação e/ou eliminação dos riscos
ocupacionais, na qual se propõe uma abordagem de prevenção e promoção da saúde e não
somente de informação de sinistros, foco atual destes indicadores.
A avaliação de riscos ocupacionais foi incluída na organização de prevenção a partir da
Convenção n.º 155 da OIT, aprovada na Conferência Internacional do Trabalho em Genebra,
em 22 de junho de 1981 e ratificada pelo governo brasileiro em 21 de dezembro de 1984. O
Art.º 4º desta Convenção dita que:
“1 – Qualquer membro deverá, à luz das condições e da prática nacionais e em
consulta com as organizações de empregadores e trabalhadores mais
representativas, definir, pôr em prática e reexaminar periodicamente uma política
nacional coerente em matéria de segurança, saúde dos trabalhadores e ambiente de
trabalho.
2 – Essa política terá como objetivo a prevenção dos acidentes e dos perigos para a
saúde resultantes do trabalho quer estejam relacionados com o trabalho quer
ocorram durante o trabalho, reduzindo ao mínimo as causas dos riscos inerentes ao
ambiente de trabalho, na medida em que isso for razoável e praticamente
realizável.”
A avaliação dos riscos que surgiu num determinado contexto, principalmente em resposta à
necessidade de avaliar as consequências da exposição dos trabalhadores a substâncias
perigosas, tornou-se um elemento fundamental da gestão da segurança e representa um
“Processo global de identificação dos riscos, análise de risco e avaliação estimativa dos riscos”
(Guia ISO 73:2009). Possui como característica importante à necessidade da sua renovação
constante, face às alterações no ambiente de trabalho, novos processos, alterações nas
equipes, nos equipamentos, nas instalações e até layout.
São diversas as metodologias de identificação e avaliação de riscos trazidos na literatura,
sendo distinguido, principalmente em três tipos de métodos, consoante o grau de
quantificação presente. Métodos qualitativos, para as situações mais simples, em que a
subjetividade não seja nefasta para a avaliação que se pretende; métodos semi quantitativos
e métodos quantitativos, exigíveis nas situações mais complexas que carecem de maior
objetividade.
54
Assim, as necessidades da monitorização, desempenho e melhoria contínua, que esses
sistemas impuseram às organizações, criou naturalmente a busca de instrumentos que
ilustrassem o seu desenvolvimento, os indicadores. De forma mais simples e sintética, o
indicador é uma variável que se referem às informações específicas, cujo objetivo é medir a
mudança em um fenômeno ou processo. Podem ser distinguidos dois tipos de indicadores:
os diretos que se referem diretamente ao assunto para o qual foram desenvolvidos e os
indiretos, os que só se referem de forma indireta ao tema. Geralmente a escolha do tipo a ser
usado na organização depende do contexto que se pretende abordar.
Na área da segurança do trabalho, os indicadores tradicionais são os denominados
indicadores de sinistralidade. Eles medem fundamentalmente número de acidentes e dias
perdidos, ou seja, quantificam ocorrências negativas na organização. Porém, não
representam atitude que convergem com uma perspectiva proativa de alteração da situação
atual. Assim, surgem outras metodologias adaptadas para que possam também compreender
o quanto de positivo se vai fazendo na gestão. Segundo referências (Veloso Neto, H, 2007:34),
tem-se trabalhado com indicadores que assumem esse papel também, tais como:
a) Gestão da Saúde e Segurança: circunscrevendo elementos chave relacionados com a
formulação de objetivos em matéria SST, a representação nos órgãos de SST da organização,
declaração da administração relativamente à implementação de um programa apropriado
para o controle dos riscos ocupacionais, o reporte interno e externo dos resultados da
atuação em matéria de SST, a extensão do cumprimento dos requisitos normativo-legais, a
extensão dos planos de saúde e segurança desenvolvidos, a extensão do envolvimento dos
trabalhadores nas questões da SST, os procedimentos de monitorização e revisão do
desempenho, a cobertura do SGSST;
b) Taxa de Lesões: incorpora, quer os índices relativos aos trabalhadores, quer das empresas
subcontratadas (quando aplicável), quer a contraposição face à média do setor;
c) Gestão do Risco para a Saúde Ocupacional: circunscreve uma série de ações relativas à
prevenção, controle e gestão dos perigos suscitadora de causar doenças profissionais, a
título de exemplo: stress, lesões musculoesqueléticas;
d) Ausências por Doença: circunscrevem o número de dias perdidos por trabalhador devido à
doença;
e) Risco de Grandes Incidentes: circunscreve o número de acidentes de grande dimensão
ocorridos na organização (a título de exemplo: queda em altura, incêndios), o número de
acidentes desse tipo por 100.000 trabalhadores.
Cabe salientar que deve ser estudado e proposto uma metodologia para a definição dos
melhores indicadores que avaliem o sistema de saúde e segurança dos órgãos públicos,
considerando talvez a possibilidade que esse processo possa incluir no novo Módulo de
Vigilância aos Ambientes e Processos de Trabalho em desenvolvimento no SIGEPE. Assim,
seria emitido um relatório anual do desempenho das instituições em relação SST
contribuindo para transparência sobre o assunto, disseminação de boas práticas e a
contribuição para futuramente se definir metas individuais para melhoria do processo.
Relatando ainda que se percebe que muitos órgãos públicos já possuem os levantamentos de
55
alguns elementos que contribuíram para o preenchimento da avaliação da gestão, como os
registros dos acidentes de trabalhos. Porém, não há um estudo ou método de processamento
dos mesmos e acabam se tornando somente informações coletadas.
Pelo exposto, tem-se que, atualmente, já existem alguns indicadores nesta área. Porém, o
mais utilizado é a quantidade de sinistros, que tem um viés negativo. A proposta é a
padronização de indicadores com viés positivo, ou seja, com foco na promoção e prevenção
da saúde do trabalhador, por meio de melhorias no ambiente laboral.
Assim, entende-se necessário o aprofundamento do tema, a fim de estabelecer indicadores e
metas padronizadas, alimentada no sistema SIAPE e controladas pelo órgão gestor federal
(SGDP).
Além disso, a transparência destes dados poderá contribuir para que o governo federal tenha
uma avaliação do desempenho da política SST adotada por cada órgão gestor. Podendo assim,
propor adoções eficazes aos gestores para um efetivo melhoramento dos ambientes de
trabalho.
A seguir serão detalhados alguns assuntos abordados nesta seção.
56
III - exercer a competência normativa e orientadora em matéria de pessoal civil no
âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional;
V - acompanhar a elaboração das folhas de pagamento de pessoal no âmbito da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional, das empresas
públicas e das sociedades de economia mista que recebam dotações do Orçamento
Geral da União para despesas com pessoal, por meio de controle sistêmico e de
administração de cadastro de pessoal;
VI - acompanhar o monitoramento da qualidade da folha de pagamentos dos
órgãos do Sipec e, no caso de omissão do órgão setorial ou seccional responsável,
determinar a regularização de pagamentos incorretos ou indevidos e a correção de
erros nas folhas de pagamento de pessoal civil da administração pública federal
direta, autárquica e fundacional;
VII - acompanhar a evolução quantitativa e qualitativa da força de trabalho, da
remuneração e das despesas de pessoal dos órgãos e das entidades integrantes da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional;
§ 1º Aos departamentos que compõem a estrutura da Secretaria de Gestão de
Pessoas compete:
VI - acompanhar a efetividade dos processos de gestão de Pessoas, em articulação
com a Secretaria Especial de Modernização do Estado da Secretaria-Geral da
Presidência da República.
De forma geral, a SGDP/ME tem uma atuação mais orientativa e propositiva de normas. Desta
forma, visualiza-se ela como o órgão central de supervisão técnica prestando a orientação
normativa necessária e definindo as diretrizes gerais do sistema de gestão de pessoas.
Também cabe à SGDP o acompanhamento da efetividade da política, por meio do
monitoramento de indicadores e proposições de melhoramento da política de saúde e
proteção do trabalhador.
57
ii. Secretaria do Trabalho/Ministério da Economia.
As atividades do antigo Ministério do Trabalho foram absorvidas pelo Ministério da Economia,
por força da Lei nº 13.844, de 18 de junho de 2019. Assim, as competências relativas à
fiscalização e à Segurança e Saúde passaram a ser assim distribuídas (Decreto 9.745/2019):
Art. 71. À Secretaria Especial de Previdência e Trabalho compete:
I - editar os atos normativos relacionados ao exercício de suas competências;
II - supervisionar as seguintes matérias de competência do Ministério:
a) previdência e legislação do trabalho;
b) combate a fraudes, fiscalização e inspeção do trabalho, inclusive do trabalho
portuário, e aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas;
c) relações do trabalho;
d) política salarial;
e) formação e desenvolvimento profissional;
f) segurança e saúde no trabalho; e
g) perícia médica federal;
(...)
V - editar as normas de que trata o Trabalho;
VI - promover estudos e diagnósticos a respeito da legislação trabalhista, legislação
correlata e sobre o mercado de trabalho brasileiro, e propor o seu aperfeiçoamento
por meio de normas legais e infralegais; e
VII - elaborar proposições legislativas sobre matéria previdenciária, trabalhista ou
correlata.
Art. 78. À Secretaria de Trabalho compete:
I - formular, propor e monitorar políticas públicas e diretrizes para a modernização
das relações de trabalho;
II - formular, propor e monitorar políticas públicas e diretrizes de estímulo ao
desenvolvimento do mercado de trabalho, à empregabilidade e ao combate à
informalidade e à rotatividade no mercado de trabalho;
III - formular e propor as diretrizes e as normas referentes à segurança e à saúde do
trabalhador;
IV - promover estudos, pesquisas, análises e diagnósticos a respeito da legislação
trabalhista e correlata e sobre o mercado de trabalho brasileiro, além de propor o
seu aperfeiçoamento por meio de normas legais e infralegais;
V - supervisionar, orientar e apoiar as atividades de mediação em conflitos coletivos
de trabalho;
VI - propor diretrizes e normas para o aperfeiçoamento das relações do trabalho na
sua área de competência;
VII - analisar e emitir posicionamento sobre propostas e projetos de lei em matérias
trabalhistas em trâmite no Congresso Nacional, encaminhados à sanção presidencial
ou submetidos ao Ministério;
VIII - coordenar as Superintendências Regionais do Trabalho, em articulação com as
demais unidades das Secretarias Especiais que utilizem a estrutura descentralizada
das Superintendências;
IX - coordenar, orientar e apoiar tecnicamente as atividades do Conselho Nacional
do Trabalho;
X - prestar apoio à edição das normas de que trata o art. 200 do Decreto-Lei nº 5.452,
de 1943 - Consolidação das Leis do Trabalho ;
58
XI - deliberar, em instância final, sobre diretrizes e normas de atuação da área de
segurança e saúde do trabalhador; e
XII - supervisionar o desenvolvimento da Rede Observatórios do Trabalho.
Art. 79. À Subsecretaria de Inspeção do Trabalho compete:
I - formular e propor as diretrizes da inspeção do trabalho, inclusive do trabalho
portuário, de maneira a priorizar o estabelecimento de política de combate ao
trabalho forçado e infantil e a todas as formas de trabalho degradante;
II - formular e propor as diretrizes e as normas de atuação da área de segurança e
saúde do trabalhador;
III - participar, em conjunto com as demais Subsecretarias, da elaboração de
programas especiais de proteção ao trabalho;
IV - participar, em conjunto com as demais Subsecretarias, da formulação de novos
procedimentos reguladores das relações capital-trabalho;
V - supervisionar, orientar e apoiar, em conjunto com a Subsecretaria de Políticas
Públicas e Relações do Trabalho, as atividades de mediação em conflitos coletivos de
trabalho, quando exercidas por Auditores-Fiscais do Trabalho;
VI - formular e propor as diretrizes da fiscalização dos recolhimentos do FGTS;
VII - propor ações, no âmbito do Ministério, que visem à otimização de sistemas de
cooperação mútua, ao intercâmbio de informações e ao estabelecimento de ações
integradas entre as fiscalizações federais;
VIII - formular e propor as diretrizes para a capacitação, o aperfeiçoamento e
intercâmbio técnico-profissional e a gestão de pessoal da inspeção do trabalho;
IX - promover estudos da legislação trabalhista e correlata, no âmbito de sua
competência, e propor o seu aperfeiçoamento;
X - supervisionar as atividades destinadas ao desenvolvimento de programas e ações
integradas de cooperação técnico-científica com organismos nacionais e
internacionais no âmbito de sua competência; e
XI - propor diretrizes para o aperfeiçoamento das relações do trabalho no âmbito de
sua competência.
O novo Regimento Interno do Ministério da Economia ainda não foi publicado. Porém, espera-
se que a Coordenação-Geral de Segurança e Saúde no Trabalho desenvolva a quase totalidade
das competências outrora atribuídas pelo Decreto 8.894/2016 ao Departamento de
Segurança e Saúde no Trabalho, com poucas alterações.
Art. 20. Ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho compete:
I - subsidiar a formulação e a proposição das diretrizes e das normas de atuação da
área de segurança e saúde no trabalho;
II - planejar, supervisionar, orientar, coordenar e controlar a execução das atividades
relacionadas com a inspeção dos ambientes e das condições de trabalho;
III - planejar, coordenar e orientar a execução do Programa de Alimentação do
Trabalhador e da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;
IV - planejar, supervisionar, orientar, coordenar e controlar as ações e as atividades
de inspeção do trabalho na área de segurança e saúde;
V - subsidiar a formulação e a proposição das diretrizes para o aperfeiçoamento
técnico-profissional e a gerência do pessoal da inspeção do trabalho, na área de
segurança e saúde;
VI - coordenar as atividades voltadas para o desenvolvimento de programas e ações
integradas de cooperação técnico-científica com organismos internacionais, na área
de sua competência; e
59
VII - supervisionar, no âmbito de sua competência, a remessa da legislação e dos atos
administrativos de interesse da fiscalização do trabalho às Superintendências
Regionais do Trabalho.
60
administrativos e operacionais de órgãos e entidades sob sua jurisdição e propor
melhorias e aprimoramentos na gestão de riscos e nos controles internos da gestão;
XIX - planejar, coordenar, supervisionar e realizar auditorias e fiscalizações e atuar
em conjunto com outros órgãos na defesa do patrimônio público; e
Art. 54. Compete à Diretoria de Auditoria de Governança e Gestão – DG, sem prejuízo
do previsto no art. 52:
I) realizar auditorias e fiscalizações nos processos e sistemas de administração e
pagamento de pessoal, de planejamento e orçamento, de transferências
voluntárias, de licitações e de serviços gerais;
61
cooperação técnica que assegure a implementação e a implantação das
ações de vigilância e promoção à saúde do servidor.
IV - Gestor de Pessoas ou de RH: Assegurar o cumprimento desta norma e
promover a formação e capacitação, em conformidade com as orientações
das equipes técnicas de vigilância e promoção à saúde.
V - Equipe de Vigilância e Promoção:
a) planejar, coordenar e executar as ações de vigilância e promoção à saúde,
propondo medidas de prevenção e de correção nos ambientes e processos
de trabalho;
b) sistematizar e analisar os dados gerados nas ações de vigilância e
promoção à saúde, notificando os agravos relacionados ao trabalho no
sistema SIAPE-Saúde;
c) emitir laudos e relatórios dos ambientes e processos de trabalho, bem
como produzir documentos circunstanciados sobre os agravos à saúde do
servidor com vistas ao estabelecimento de nexo dos acidentes e doenças
relacionadas ao trabalho;
d) elaborar o perfil epidemiológico da saúde dos servidores, a partir de fontes
de informação existentes com o objetivo de subsidiar as ações de atenção à
saúde do servidor;
e) opor ações voltadas à promoção da saúde e à humanização do trabalho,
em especial a melhoria das condições de trabalho, prevenção de acidentes,
de agravos à saúde e de doenças relacionadas ao trabalho.
VI - Comissão Interna de Saúde do Servidor Público: contribuir para uma
gestão compartilhada com o objetivo de:
a) propor ações voltadas à promoção da saúde e à humanização do trabalho,
em especial a melhoria das condições de trabalho, prevenção de acidentes,
de agravos à saúde e de doenças relacionadas ao trabalho;
b) propor atividades que desenvolvam atitudes de co-responsabilidade no
gerenciamento da saúde e da segurança, contribuindo, dessa forma, para a
melhoria das relações e do processo de trabalho; e
c) valorizar e estimular a participação dos servidores, enquanto
protagonistas e detentores de conhecimento do processo de trabalho, na
perspectiva de agentes transformadores da realidade.
VII - Servidor: participar, acompanhar e indicar à CISSP e/ou à equipe de
vigilância e promoção as situações de risco nos ambientes e processos de
trabalho, apresentar sugestões para melhorias e atender às recomendações
relacionadas à segurança individual e coletiva.
A NOSS define algumas atribuições básicas de atores importantes no âmbito das ações de
vigilância e promoção à saúde do servidor. Cada ator, dentro de suas competências, pode
contribuir para o aprimoramento da política pública e melhoria do processo de concessão de
adicionais ocupacionais. Assim, os controles primários poderão ser executados de forma
compartilhada e coordenada nas diversas instâncias locais e federais.
62
2. Principais módulos relacionados ao tema (de concessão de adicionais ocupacionais e
de vigilância dos ambientes)
63
Com o volume de adicionais a serem gerenciados pelo SIAPE-Saúde, surge a necessidade de
se ter uma projeção de quanto tempo será necessário para o pleno funcionamento do módulo,
bem como das melhorias sugeridas e devidamente registradas. Para tanto é importante haver
um “plano de implementação das funcionalidades ausentes”.
Destaca-se aqui que a atual forma de relatório dos responsáveis diretos pela atualização dos
sistemas, a princípio, não dispõe de estimativa de prazo para conclusão das demandas
solicitadas.
64
de prevenção a saúde, já que será possível o monitoramento dos prazos das recomendações
(medidas corretivas).
As avaliações técnicas se farão em três tipos: do Ambiente, por Posto de trabalho e por
Atividade. Nestas avaliações, primeiramente, é cadastrado o planejamento, que consiste no
cronograma, na definição de equipes, no registro da localização, na caracterização do
ambiente e posteriormente, são aplicados formulários/questionários de acordo com as
características do local a ser avaliado.
Atualmente a concessão do adicional ocupacional não é vinculada ao relatório ambiental e
sim ao laudo técnico. Porém, é importante que seja levado em consideração a interligação das
informações dos dois sistemas (de concessão e o de vigilância ambiental).
Assim, faz-se necessário que seja definido um cronograma de finalização e implantação do
módulo de vigilância, juntamente com uma campanha de conscientização nos órgãos da
administração pública federal para a sua utilização.
Por fim, entende-se que o novo módulo deve ser de uso obrigatório, para que possa, de forma
efetiva e confiável auxiliar o monitoramento das ações de vigilância.
Cabe salientar que é pertinente não somente sua implantação, como também o estudo de
eventuais novas funcionalidades (a partir de eventos ocorridos nos pilotos). Além disso, deve-
se saber que não basta apenas ter sistemas em funcionamento e processos normatizados, é
importante que haja um trabalho de capacitação e conscientização dos usuários e,
principalmente, dos beneficiários, sobre a mudança de paradigma voltada para a valorização
da saúde do servidor em detrimento do conceito de “monetização” atualmente em uso no
que concerne à concessão de adicionais ocupacionais.
65
Quadro 1 - Proposta de inclusão de dispositivos sancionatórios em algumas normas existentes
DIMENSÃO: “FISCALIZAÇÃO E CONTROLE”
NORMATIVO DISPOSITIVO PROPOSTA
Portaria SRH nº 797, de 22 Nos casos de suspeita de Definir penalidade/sanção
de março de 2010. acidente em serviço, doença em caso de não realização de
Institui o Manual de Perícia profissional e/ ou doença relacionada nova avaliação ambiental.
Oficial em Saúde do Servidor ao trabalho, o perito deverá se valer Sugere-se a inclusão de um prazo
Público Federal, que estabelece ou solicitar avaliação ambiental, que máximo para que essa nova
orientações aos órgãos e inclui avaliação do posto e/ou avaliação seja realizada.
entidades do Sistema de Pessoal processo de trabalho do servidor e a
Civil da Administração Federal – caracterização do acidente de
SIPEC sobre os procedimentos a trabalho por parte da equipe de
serem observados quando da vigilância e promoção à saúde.
aplicação da Perícia Oficial em
Saúde de que trata a Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990.
Lei nº 8.112, de 11 de Dos Adicionais de Insalubridade, O permanente controle
dezembro de 1990. Periculosidade ou Atividades exposto pelo Art. 69 requer da
Dispõe sobre o regime Penosas, definidos no Art. 69, Art. 72 referida lei requer o uso do
jurídico dos servidores públicos e seu Parágrafo único da lei nº 8.112. sistema, definição de pessoas
civis da União, das autarquias e Art. 69. Haverá permanente responsáveis e períodos. Assim,
das fundações públicas federais. controle da atividade de servidores deve-se definir
em operações ou locais considerados penalidade/sanção pelo não uso
penosos, insalubres ou perigosos. do sistema, pela não definição de
Art. 72 responsáveis e prazos, bem como
Parágrafo único. Os servidores a a divulgação dos resultados
que se refere este artigo serão obtidos dos controles utilizados.
submetidos a exames médicos a cada Definição de
6 (seis) meses. penalidades/sanção no caso de
não realização do exame
periódico pelo servidor em 6
meses conforme disposto no
parágrafo único do Art. 72.
Orientação Normativa nº 4, Considerando o conteúdo Definir penalidade/sanção
de 14 de fevereiro de 2017. abordado no § 3º do Art. 10 e o Art. em caso de não comunicação à
Estabelece orientação 16 como também o Art. 18 do área de RH quando houver
sobre a concessão dos adicionais dispositivo referido. alteração de riscos do ambiente.
de insalubridade, periculosidade, Sugere-se a inclusão de um prazo
irradiação ionizante e máximo para que essa nova
gratificação por trabalhos com avaliação seja realizada.
66
DIMENSÃO: “FISCALIZAÇÃO E CONTROLE”
NORMATIVO DISPOSITIVO PROPOSTA
raios X ou substâncias Definir penalidade/sanção
radioativas, e dá outras em caso de não promoção de
providências. medidas para redução ou
eliminação de riscos. Sugere-se
definir também quem é o
responsável por tais medidas.
Propõe-se fortemente que essa
exigência esteja registrada no
módulo de Vigilância (sistema
SIGEPE).
Portaria nº 1.261 de 05 de Considerando o Art. 2: Definir penalidade/sanção
maio de 2010. X - Identificar nos locais de em caso de não promoção de
Institui os Princípios, trabalho os fatores envolvidos no medidas para redução ou
Diretrizes e Ações em Saúde adoecimento mental, mapear os eliminação de riscos. Sugere-se
Mental que visam orientar os locais e os tipos de atividades e definir também quem é o
órgãos e entidades do Sistema de propor medidas de intervenção no responsável por tais medidas.
Pessoal Civil - SIPEC da ambiente e na organização do
Administração Pública Federal trabalho no intuito de valorizar o Propõe-se fortemente que
sobre a saúde mental dos servidor e diminuir o sofrimento essa exigência esteja registrada
servidores. psíquico. no módulo de Vigilância (sistema
SIGEPE)
Portaria Normativa nº 7, de Art. 6º As ações de promoção da Definir penalidade/sanção
26 de outubro de 2016. alimentação adequada e saudável no caso de não realização de
Institui as diretrizes de nos ambientes de trabalho devem avaliação da saúde dos
promoção da alimentação estar baseadas nas seguintes servidores, bem como no caso de
adequada e saudável nos estratégias de implementação: não realização da identificação
ambientes de trabalho, a serem I - Realização de avaliação da de fatores de riscos. Sugere-se
adotadas como referência nas saúde dos servidores, por meio dos definir o prazo para realização de
ações de promoção da saúde e exames médicos periódicos e/ou tais atividades, bem como o
qualidade de vida no trabalho outras intervenções de prevenção responsável pelas medidas.
dos órgãos e entidades dos agravos e de promoção da saúde; Propõe-se fortemente que a
integrantes do sistema de II - Identificação dos fatores de exigência ambiental esteja
pessoal civil da administração riscos passíveis de serem modificados registrada no módulo de
federal - SIPEC. no ambiente e nos processos de Vigilância (sistema SIGEPE), e a
trabalho. exigência de avalição de saúde no
módulo SIAPE-Saúde.
67
APÊNDICE E - Relatório Benchmarking
O referido documento afirma que para estar alinhado com o restante do mundo, o Brasil
precisa seguir tendência da evolução das políticas em saúde e segurança do trabalho que é no
sentido da prevenção com a respectiva redução ou eliminação dos riscos.
68
No quadro abaixo são apresentadas as principais características dos países analisados no
documento da CNI:
Quadro 2 - principais características dos países analisados no documento da CNI
69
Fazendo-se uma comparação com a realidade brasileira, o Grupo de Trabalho elaborou quadro
semelhante ao documento da CNI:
70
BRASIL – Poder Executivo Federal
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g)
comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. h) registrar o seu
fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico. (NR 6)
Deveres dos Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a
empregados finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso; e, d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
(NR 6)
Fonte: elaborada pelos autores, 2018
71
ii. Avaliar a percepção dos atores sobre a política de SST
72
Figura 5 - Médias dos fatores motivacionais
A média dos fatores analisados, conforme figura acima, indicam que a alta administração dos
empreendimentos, segundo a percepção dos dirigentes sindicais, tem uma tendência maior a
se motivar com a melhoria da SST para evitar ações de responsabilidade (risco de sofrer ação
de responsabilidade civil ou criminal em caso de acidente do trabalho) ou fiscalizações (risco
do empreendimento ser fiscalizado, multado ou interditado).
A metodologia do estudo também realizou uma pergunta aberta para indicação de outro(s)
fator(es) de motivação da alta administração para ações em SST, conforme a percepção dos
representantes dos trabalhadores. Foram apontadas: i) a recomendação e intervenção do
Ministério Público; ii) a conscientização e educação para ações de prevenção; e iii) o
afastamento de funcionários.
Faz-se necessário que outros estudos sejam realizados a fim de entender a percepção de risco
dos servidores públicos que recebem adicionais ocupacionais. Segundo Oliveira (2003), o juízo
que os trabalhadores fazem dos aspectos de sua segurança e saúde no trabalho relaciona-se,
intimamente, aos conteúdos e à maturidade dos programas de segurança e saúde
desenvolvidos nas empresas nas quais trabalham.
Tais estudos visam subsidiar o estabelecimento de estratégias para fortalecer as ações de
conscientização e educação para ações de prevenção, e especialmente quanto a criação de
ambientes saudáveis, em contrapartida à cultura de monetização do risco que hoje prevalece
no país.
73
iii. Identificar estudos nacionais quanto a gastos, adoecimento e acidentes de trabalho
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013 (BRASIL, 2014) pelo Ministério
da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informam que 39,3% dos
brasileiros, o equivalente à 57,4 milhões de habitantes, apresentam pelo menos uma doença
crônica não transmissível(DCNT).
Em 2013 a PNS estimou que no Brasil 21,4% da população de 18 anos ou mais de idade
referiram diagnóstico médico de hipertensão, seguidos de 18,5% de problemas crônicos de
coluna, 12,5% de colesterol alto; e 7,6% de depressão. As demais prevalências estão
apresentadas na figura abaixo.
74
Figura 6 - Proporção de pessoas de 18 anos ou mais, segundo autorreferência de DCNT no Brasil – 2013.
0 5 10 15 20 25
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são a principal causa de mortalidade na maioria
dos países do mundo e no Brasil. Dados do Ministério da Saúde, a partir do Sistema de
Informação de Mortalidade, informam que em 2013, após efetuar a correção para sub-
registro e a redistribuição das causas mal definidas de óbitos, observou-se que 72,6% do total
de óbitos registrados no país foram por DCNT e, dentre esses, 79,4% foram devido às quatro
principais DCNT: doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e
diabetes mellitus, cujos percentuais podem ser observados na figura abaixo.
75
Figura 7 - Distribuição dos óbitos corrigidos por grupo de causas dentro do total de óbitos por DNCT no Brasil, em 2013.
Com base na variação temporal da taxa de mortalidade por essas principais DCNT no período
de 2000 a 2013, observa-se redução de 2,5% ao ano na mortalidade por esse grupo de
doenças, com destaque para as doenças respiratórias crônicas (-4,12% ao ano) e doenças
cardiovasculares (-3,35% ao ano), conforme Figura 8.
Figura 8 - Taxa de mortalidade por DCNT padronizada e corrigida por 100.000 habitantes, para Brasil, no período de 2000
a 2013.
76
4. Acidentes de Trabalho
77
Tabela 1 - Distribuição de pessoas com 18 anos ou mais de idade estimadas que referiram ter sofrido acidente de
trabalho nos últimos 12 meses na PNS e número de acidentes de trabalho registrados na Previdência Social, segundo
unidade da federação, em 2013.
78
Figura 9 - Distribuição proporcional dos servidores do RJU da União segundo regiões do Brasil, no período de 2007 a
2014.
79
Figura 10 - Distribuição dos afastamentos de servidores do RJU da União por regiões do Brasil no período de 2007 a 2014.
Quanto aos afastamentos segundo motivo e sexo, observa-se na figura abaixo, que as
“doenças não relacionadas ao trabalho” representaram o maior volume de causas de
afastamento, entre os homens, 77% (910.878) e entre as mulheres, 70% (2.367.461). As
“doenças relacionadas ao trabalho” foram distribuídas da seguinte forma: homens com 5%
(52.629) e mulheres com 4% (119.385). Em relação a “licença sem vencimento” os homens
representaram 15% (172.382) de afastamento e as mulheres 9% (315.404).
Figura 11 - Distribuição dos afastamentos dos servidores do RJU União, segundo motivo e sexo, no Brasil, no período de
2007-2014
80
Com relação a duração média (em dias) dos afastamentos dos servidores do RJU da União, no
período de 2007 a 2014, às licenças sem vencimento correspondem as maiores durações em
dias. Em média os homens se afastaram 169 dias e as mulheres 159 dias. As doenças
relacionadas ao trabalho apresentaram média de duração de afastamento de 45 dias para as
mulheres e 53 dias entre os homens. Os acidentes de trabalho dos tipos “típico” e “trajeto”
apresentam médias de duração significativas (acima de 45 dias), tanto para homens quanto
para as mulheres, conforme observado na figura abaixo.
Figura 12 - Duração média (em dias) dos afastamentos dos servidores do RJU da União, segundo motivo, no Brasil, no
período de 2007 a 2014.
Cabe destacar a análise das questões da Saúde e Segurança no Trabalho para a população dos
dois regimes (RJU e CLT) e sobremodo as implicações para os mesmos, necessita leituras e
análises diferentes face ao embasamento legal que lastreia os direitos das duas distintas
populações.
Outra publicação que merece destaque é o documento intitulado “Saúde e Segurança no
Trabalho no Brasil: Aspectos Institucionais, Sistemas de informação e Indicadores”(CHAGAS et
al, 2011). O referido documento foi fruto da parceria entre Ipea, Fundacentro, Ministérios da
Previdência Social, do Trabalho e Emprego, da Saúde, bem como da equipe da Fundação
Seade.
A referida publicação reúne não apenas o arcabouço relativo aos aspectos institucionais da
organização da Saúde e Segurança do Trabalho (SST) no Brasil, mas também toda a informação
81
necessária ao entendimento do que são os sistemas e as bases de dados que colaboram, ou
que podem vir a colaborar, na estruturação de um sistema integrado de informações para a
área de SST. O documento afirma que muito ainda necessita ser feito para o alcance da
coordenação institucional na área de SST, bem como para a integração dos sistemas de
informação, e o referido documento é mais uma contribuição a esta finalidade.
Figura 13 - Valores gastos e números de servidores que percebem adicionais ocupacionais, Brasil, 2018
82
Fonte: SIAPE net, extraído em março de 2018.
Figura 14 - Quantitativo de servidores que percebem adicionais ocupacionais, Brasil, 2018
83
E. Incorporar a saúde dos trabalhadores em outras políticas.
84
Figura 15 - Cinco chaves para ambientes de trabalho saudáveis – Organização Mundial de Saúde (OMS)
85
7. Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT)
No Brasil o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT)- (BRASIL, 2012) foi
construído em cooperação entre órgãos governamentais e representantes dos trabalhadores
e dos empregadores, articulando ações em busca da aplicação prática da Política Nacional de
Segurança e Saúde no Trabalho – PNSST, instituída pelo Decreto nº 7.602 de 7 de novembro
de 2011(BRASIL, 2011).
Este documento foi fruto da Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST),
instituída em 2008, e que é composto paritariamente por representações de governo,
trabalhadores e empregadores. Atua no sentido de definir diretrizes para atuação coerente e
sistemática do Estado na promoção do trabalho seguro e saudável e na prevenção dos
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
O referido Programa Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho definiu estratégias e planos
de ação para sua implementação, monitoramento, avaliação e revisão periódica, no âmbito
das competências do Trabalho, da Saúde e da Previdência Social (BRASIL, 2012).
Destaque feito para as Estratégia citadas abaixo:
Estratégia Descrição
1.1 Elaboração e Aprovação de Dispositivos Legais, Adotando Princípios Comuns de SST
1.2 Elaboração e Aprovação de Dispositivos Legais em SST para os
Trabalhadores do Serviço Público, nas Três Esferas de Governo
2.1 Promoção de Estudos da Legislação Trabalhista, Sanitária, Previdenciária e Outras
que se Relacionem com SST, e Proposição da sua Harmonização e Aperfeiçoamento
2.2 Fortalecer e Ampliar, nas Matérias de Interesse Comum, Mecanismos Interministeriais
de Regulamentação em SST
3.1 Articular as Ações Governamentais de Promoção, Proteção, Prevenção,
Assistência, Reabilitação e Reparação da Saúde do Trabalhador
6.1 Aperfeiçoamento dos Regulamentos, Instrumentos e Estruturas Relacionadas à
Gestão de SST, que recomenda pautar discussão do tema com o Ministério do
Planejamento, para desenvolvimento do Sistema Integrado de Atenção à Saúde do
Servidor público federal.
Fonte: BRASIL, 2012.
Os referidos temas são também objeto de tratamento deste Grupo de Trabalho, respeitando
o que neste caso, escopo é bem menor, pois trata somente do servidor público federal.
86
8. OIT – Diretrizes sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
Fonte: OIT – Diretrizes sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (OIT, 2005)
Sobre este tema e em consonância com tais Diretrizes da OIT, o Ministério do Planejamento,
quando da implantação do sistema SIAPE-Saúde, referente a Política de Atenção à Saúde e
Segurança no Trabalho, estruturou os módulos em:
87
§ Perícia em Saúde(disponível);
§ Exames Periódicos (disponível);
§ Promoção da Saúde(disponível);
§ Concessão de Adicionais (disponível);
§ Vigilância de Ambientes e Processo de Trabalho (em produção; e
§ Exame de Investidura (em elaboração).
O sistema pode ser adaptado para esferas de governo estadual e municipal, e se constitui em
ferramenta para planejamento e gestão, além do monitoramento de processos de trabalho,
por estarem parametrizados às legislações em vigor.
88
v. Identificar iniciativas parlamentares de mudanças de políticas existentes
89
PL 7195/2014 Dispõe sobre as parcelas constitucionais, não indenizatórias, que não serão
computadas para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
caput, e regulamenta o §11, ambos do art. 37, da Constituição da República.
PL 7276/2014 Dispõe sobre regulamentação da profissão de Guarda-parque, e dá outras
providências.
PL 7151/2014 Acrescenta artigo à Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre os direitos dos jornalistas e demais
trabalhadores em empresas jornalísticas designados para a cobertura de eventos
que impliquem risco previsível a sua saúde, integridade física ou vida.
PL 8181/2014 Altera a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de
1º de maio de 1943, para dispor sobre o trabalho em empresas de transporte de
passageiros sobre trilhos, e dá outras providências.
15 48 resultados (17 Projetos de Lei e 02 Projetos de Emendas Constitucionais)
N.º PL Assunto
PL 187/2015 Alterar o art. 192 do Decreto Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943, com redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, estabelecendo que o adicional
de insalubridade passe a ter como base de cálculo a remuneração do trabalhador.
PL 1007/2015 Acresce o art. 6A à Lei n.º 9.654, de 2 de junho de 1998, estabelece o adicional de
insalubridade para a carreira de policial federal rodoviário.
PL 1947/2015 Dispõe sobre o pagamento de adicional de insalubridade ao trabalhador rural e ao
pescador artesanal.
PL 549/2015 Garante o pagamento do adicional de insalubridade aos fotógrafos, operadores de
câmeras de cinema e televisão e trabalhadores assemelhados, e dá outras
providências.
PL 2137/2015 Altera a redação do § 2º do Art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a
possibilidade de pagamento simultâneo dos adicionais de periculosidade e de
insalubridade.
PL 2135/2015 Acrescenta os artigos 309-A e 309-B à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a
fim de estabelecer o pagamento de adicionais de periculosidade e insalubridade
para os jornalistas profissionais.
PL 3119/2015 Acrescenta parágrafo ao art. 189 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a
insalubridade derivada da higienização de instalações sanitárias de uso público, e a
respectiva coleta de lixo.
PL 2118/2015 Acrescenta parágrafo ao art. 189 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, para dispor sobre a
insalubridade na higienização de instalações sanitárias de escritórios e áreas
internas e a respectiva coleta de lixo.
PL 3062/2015 Acrescenta inciso ao art. 157 da Consolidação das Leis do Trabalho, para
estabelecer a obrigatoriedade de adoção e de aplicação de tecnologias de
eliminação ou de redução da insalubridade e da periculosidade do trabalho.
PL 430/2015 Dispõe sobre as condições de trabalho dos assistentes sociais
PL 1511/2015 Acrescenta o inciso IX ao art. 200 do Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943,
com o fito de atribuir medida especial de proteção ao trabalho realizado em
arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação e memória.
PL 1628/2015 Altera a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para regulamentar as atividades
dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias, suas
condições de trabalho, e seus direitos previdenciários, oriundos da regulamentação
da Emenda Constitucional 51/2006.
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PL 3123/2015 Disciplina, em âmbito nacional, a aplicação do limite máximo remuneratório mensal
de agentes políticos e públicos de que tratam o inciso XI do caput e os § 9º e § 11
do art. 37 da Constituição.
PL 3306/2015 Cria a aposentadoria especial para os Trabalhadores de postos de revenda de
combustíveis
PL 2398/2015 Dispõe sobre a reestruturação da Carreira do Seguro Social, que trata a Lei 10.855
de 1º de abril de 2004, que passa a denominar-se Carreira de Especialista da
Previdência Social do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, altera a composição
remuneratória, organiza o Quadro Suplementar de Pessoal e dá outras
providências.
PL 3486/2015 Dispõe sobre a profissão médico intensivista
PL 193/2015 Regulamenta o §7º do art. 144 da Constituição Federal, que versa sobre
organização e funcionamento dos Órgãos integrantes do sistema de Segurança
Pública, a fim de reconhecer a atividade dos integrantes desses órgãos como
insalubre e de risco.
EMC 2/2015 Acrescenta artigo ao Projeto de Lei 193, de 2015, que "Regulamenta o § 7º do art.
144, que versa sobre organização e funcionamento dos órgãos integrantes do
sistema de segurança pública reconhecendo a atividade como insalubre e de risco."
EMC 1/2015 Prevê a contratação de seguro de vida e acidentes pessoais a repórteres
fotográficos e cinematográficos e trabalhadores assemelhados quando exercerem a
atividade em condições de risco de vida e integridade física.
2016 24 resultados (09 Projetos de Lei)
N.º PL Assunto
PL 5738/2016 Altera a redação do artigo 192 da Lei n° 5.452 de 01 de maio de 1943, que dispõe
sobre a Consolidação das Leis do Trabalho.
PL 4914/2016 Altera o art. 196 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre os efeitos
pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade ou
periculosidade.
PL 4887/2016 Estabelece as condições para o exercício da atividade de Guarda-Vidas, dispõe
sobre a carga horária máxima de serviço, grau de escolaridade e estabelece o
adicional de insalubridade em caso de exposição excessiva ao sol.
PL 5492/2016 Estabelece a periculosidade e a insalubridade para os órgãos integrantes do sistema
de segurança pública, previstos em Artigo 144 da Constituição Federal.
PL 5583/2016 Altera a Consolidação das Leis do Trabalho para dispor sobre a redução da jornada
semanal de trabalho dos empregados do serviço de limpeza urbana.
PL 5709/2016 Acrescenta parágrafo único ao art.189 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
para considerar insalubres as atividades desempenhadas por operadores de
telemarketing.
PL 6726/2016 Regulamenta o limite remuneratório de que tratam o inciso XI e os §§ 9º e 11 do
art. 37 da Constituição Federal.
PL 6317/2016 Acrescenta parágrafo ao art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para
considerar perigosas as atividades de instalação e de manutenção de antenas de
telefonia celular.
PL 5187/2016 Acrescenta dispositivos à Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, a fim de dispor a
respeito de atribuição de honorários periciais a parte sucumbente, a
responsabilidade das partes e de seus procuradores por litigância de má-fé e de
testemunhas por crime de falso testemunho
2017 33 resultados (03 Projetos de Lei)
N.º PL Assunto
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PL 8661/2017 Estabelece adicional de insalubridade aos empregados da área de limpeza e
conservação.
PL 8511/2017 Modifica o art. 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho, alterado pela Lei nº
13.467, de 13 de julho de 2017, a fim de determinar que a empregada gestante ou
lactante seja afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de quaisquer
atividades, operações ou locais insalubres, devendo exercer suas atividades em
local salubre.
MPV 808/2017 Altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943. (Perdeu a Eficácia)
PL 9341/2017 Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de definir "Trabalho Penoso" e aplicar o
percentual devido.
MPV 791/2017 Cria a Agência Nacional de Mineração e extingue o Departamento Nacional de
Produção Mineral
2018 24 resultados (07 Projetos de Lei)
N.º PL Assunto
PL 10028/2018 Acrescenta parágrafo ao art. 189 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT para
dispor sobre a concessão do adicional de insalubridade para os trabalhadores das
drogarias e farmácias comunitárias e hospitalares.
PL 10865/2018 Dispõe sobre o salário profissional e o adicional de insalubridade dos trabalhadores
nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e conservação de áreas públicas.
PL 10679/2018 Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre os adicionais de insalubridade e
periculosidade.
PL 10486/2018 Altera a Lei nº 13.022, de 08 de agosto de 2014, que dispõe sobre o estatuto das
guardas municipais, reconhecendo a atividade como insalubre e de risco, para
todos os fins legais, inclusive previdenciários.
PL 10098/2018 Altera a redação de dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, especialmente no que
tange à proteção da trabalhadora grávida e lactante.
PL 10137/2018 Dá nova redação ao Art. 394-A, acrescenta o §4º do Art. 394-A, dá nova redação ao
caput do Art. 396, dá nova redação ao §1º do Art. 396 e ao §2ª do Art. 396, todos
do Decreto Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943 que aprova a Consolidação das Leis
Trabalhistas, para dispor sobre o afastamento de empregada gestante e lactante de
atividade insalubre, bem como para dispor sobre o afastamento de empregada
lactante, aumentando o período de amamentação do filho até um ano de idade
deste, bem como garantir que os períodos de descanso de amamentação
dependam de orientação de médico pediatra.
PL 10674/2018 Dispõe sobre a regulamentação da profissão de Técnico em Necropsia e dá outras
providências.
Fonte: elaborado pelos autores, 2018, a partir do site www.camara.gov.br
A grande maioria dos projetos de lei estão relacionados a manutenção do sistema vigente de
monetização do risco, inclusão de categorias funcionais ao direito de percepção das
gratificações, permissão de recebimento cumulativo dos adicionais de periculosidade e
insalubridade, regulamentação de atividades que impliquem em risco de vida ou integridade
física, dentre outros assuntos.
92
Por fim identificamos os Projetos de Lei 6193/2013 e 3062/2015, que acrescentam inciso ao
artigo 157 da CLT, para estabelecer a obrigatoriedade de adoção e de aplicação de tecnologias
de eliminação ou de redução da insalubridade e da periculosidade do trabalho.
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vii. Elaborar plano de comunicação para atores envolvidos quanto as possíveis mudanças
da política vigente
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