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"Legislação em Saúde: Normas

Regulamentadoras" 

Dra. Fernanda Netto


Médica do Trabalho
fernanda@azevedonetto.com.br
Meus Passos Até
Aqui
Normas Regulamentadoras – o
que são?
 As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao capítulo V da CLT, consistindo em
obrigações , direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir
trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho.

 A elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho adotando o sistema tripartite paritário por
meio de grupos e comissões compostas por representantes do governo, de empregadores e de empregados.

 Criadas pela Lei 6.514/77, as Normas Regulamentadoras regulamentam a Segurança e a Medicina do Trabalho em
diversos setores.
Normas Regulamentadoras –
breve histórico
 O Ministério do Trabalho, mediante a Portaria nº 2, de 10 de abril de 1996, instituiu a Comissão Tripartite Paritária
Permanente – CTPP, consolidando o princípio constitucional da publicidade, ao integrar os parceiros sociais no
processo de formulação das NR, contemplando ainda o preconizado na Convenção 144 da OIT.

 No final dos anos 70, o país vivia o período conhecido como “milagre econômico”, o cenário acidentário vinha
alcançando recordes em incidência e mortalidade por acidentes de trabalho, com graves prejuízos sociais e
econômicos.

 Em 1975 o Brasil registrava uma média de 6.238 acidentes de trabalho por dia, contabilizando 4,3 acidentes por
minuto, 12 óbitos por dia. Contando, na época, com aproximadamente 13 milhões de trabalhadores segurados, 15% da
população obreira sofreu algum tipo de acidente de trabalho.
Normas Regulamentadoras –
breve histórico
 O Brasil figura no cenário internacional como o 4° país do mundo em números de acidentes de trabalho.

 Entre 2012 e 2018 ocorreram no país cerca de 4.738.886 acidentes de trabalhos notificados – sendo 17.315 com óbito -, o que
corresponde à média de um acidente de trabalho a cada 49 segundos (MPT).

 Entre 2012 e 2018, 370.174.000 dias de afastamento previdenciário, impondo à Previdência Social custos na ordem de R$ 83
bilhões de reais em benefícios acidentários.

 Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os acidentes e doenças de trabalho resultam na perda anual de 4% do
Produto Interno Bruto, percentual que, no Brasil, corresponde a R$ 264 bilhões, considerando o PIB de 2017
Normas
Regulamentadoras
NR-1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.
NR-2 - INSPEÇÃO PRÉVIA
Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019.
NR-3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO
Última modificação: Portaria SIT n.º 199, de 17/01/2011.
NR-4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE
SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO
Última modificação: Portaria MTPS 510, de 29/04/2016.
NR-5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Última modificação: Portaria SIT 247, de 12/07/2011.
Normas
Regulamentadoras
NR-6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
Última modificação: Portaria MTb 877, de 24/10/2018.
---Manual de Orientação para Especificação das Vestimentas de Proteção
contra os
Efeitos Térmicos do Arco Elétrico e do Fogo Repentino
NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE
OCUPACIONAL
Última modificação: Portaria MTb 1031, de 06/12/2018.
NR-8 - EDIFICAÇÕES
Última modificação: Portaria SIT 222, de 06/05/2011.
NR-9 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS
Última modificação: Portaria MTb 871, de 06/07/2017.
Normas
Regulamentadoras
NR-10 - SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM
ELETRICIDADE
Última modificação: Portaria SIT nº 787, de 28 de novembro de 2018.
NR-11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E
MANUSEIO DE MATERIAIS
Última modificação: Portaria SIT nº 787, de 28 de novembro de 2018.
NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E
EQUIPAMENTOS
Última modificação: Portaria SEPRT nº 916, de 30 de julho de 2019
NR-13 - CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES E
TANQUES METÁLICOS DE ARMAZENAMENTO

NR-14 - FORNOS
Normas
Regulamentadoras

NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


Última modificação: Portaria 1084, de 18/12/2018.
NR-15 - ANEXO 1 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU
INTERMITENTE
NR-15 - ANEXO 2 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO
NR-15 - ANEXO 3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR
NR-15 - ANEXO 4 - (REVOGADO) NR-15 - ANEXO 5 - RADIAÇÕES IONIZANTES
Última modificação: Portaria MTb 1084, de 18/12/2018.
NR-15 - ANEXO 6 - TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS
Última modificação: Portaria SSMT 24, de 14/09/1983.
NR-15 - ANEXO 7 - RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
NR-15 - ANEXO 8 - VIBRAÇÃO
Última modificação: Portaria MTE 1297, de 13/08/2014.
Normas
Regulamentadoras
NR-15 - ANEXO 9 - FRIO
NR-15 - ANEXO 10 - UMIDADE
NR-15 - ANEXO 11 - AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É
CARACTERIZADA POR LIMITE DE TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE
TRABALHO
NR-15 - ANEXO 12 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS
Última modificação: Portaria SSST 1, de 28/05/1991.
NR-15 - ANEXO 13 - AGENTES QUÍMICOS
NR-15 - ANEXO 13A - BENZENO
Última modificação: Portaria SSST 14, de 20/12/1995.
NR-15 - ANEXO 14 - AGENTES BIOLÓGICOS
Última modificação: Portaria SSST 12, 12/11/1979.
Normas
Regulamentadoras
NR-16 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
Última modificação: Portaria MTE 5, de 07/01/2015.
NR-17 – ERGONOMIA
Última modificação: Portaria 876, de 24/10/2018. ---Manual de Aplicação da
NR-17 ---Ponto de Verificação Ergonômica (Livro Fundacentro)
NR-17 - ANEXO I - TRABALHO DOS OPERADORES DE CHECKOUT
Última modificação: Portaria SIT 13, de 21/06/2007.
NR-17 - ANEXO II - TRABALHO EM TELEATENDIMENTO/TELEMARKETING
Última modificação: Portaria SIT 9, de 30/03/2007.
NR-18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
Última modificação: Portaria MTb 261, de 18/04/2018.
Normas
Regulamentadoras
NR-19 - EXPLOSIVOS
Última modificação: Portaria 228, de 24/05/2011.
NR-20 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM
INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS
Última modificação: Portaria 860, de 16/10/2018. ---Perguntas e Respostas
da NR-20
NR-21 - TRABALHOS A CÉU ABERTO
Última modificação: Portaria GM 2037, de 15/12/1999.
NR-22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO
Última modificação: Portaria MTb 1085, de 18/12/2018.
NR-23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
Última modificação: Portaria SIT 221, de 06/05/2011.
Normas
Regulamentadoras

NR-24 - CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS


DE TRABALHO
Última modificação: Portaria 13, de 17/09/1993.
NR-25 - RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Última modificação: Portaria SIT 253, de 04/08/2011.
NR-26 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Última modificação: Portaria MTE 704, de 28/05/2015.
NR-27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA
DO TRABALHO (REVOGADA)
NR-28 - FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
Última modificação: Portaria MTb 167, de 20/02/2017.
Normas
Regulamentadoras

NR-29 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO


TRABALHO PORTUÁRIO
Última modificação: Portaria MTE 1080, de 16/07/2014. ---Guia de Boas Práticas para
Trabalho em Altura em Atividades Portuárias
NR-30 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO
Última modificação: Portaria MTE 1186, de 20/12/2018.
NR-30 - ANEXO I - PESCA COMERCIAL E INDUSTRIAL
Última modificação: Portaria SIT 36, de 29/01/2008.
NR-30 - ANEXO II - PLATAFORMAS E INSTALAÇÕES DE APOIO
Última modificação: Portaria MTb 1186, de 20/12/2018
NR-31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA,
PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
Última modificação: Portaria MTE 1086, de 18/12/2018.
Normas
Regulamentadoras
NR-32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE
SAÚDE
Última modificação: Portaria GM 1748, de 30/08/2011. ---Guia Técnido de
Riscos Biológicos da NR-32
NR-33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS
CONFINADOS
Última modificação: Portaria MTE 1409, de 29/08/2012. ---Guia Técnico da
NR-33 ---Espaços Confinados - Livreto do Trabalhador (Fundacentro)
NR-34 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, REPARAÇÃO E DESMONTE
NAVAL
Última modificação: Portaria MTb 836, de 09/10/2018.
Normas
Regulamentadoras
NR-35 - TRABALHO EM ALTURA
Última modificação: Portaria MTb 1113, de 21/09/2016. ---Manual
Consolidado da NR-35 ---Guia de Boas Práticas para Trabalho em Altura em
Atividades Portuárias ---Cartilha Segurança em Serviços de Manutenção de
Fachadas ---Cartilha Trabalho em Altura
NR-36 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE
ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS
Última modificação: Portaria MTb 1087, de 18/12/2018. ---Manual de
Interpretação e Aplicação da NR-36
NR-37 - SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE
PETRÓLEO
Última modificação: Portaria MTb 1186, de 20/12/2018.
Norma Regulamentadora N°4
 Estabelece a obrigatoriedade da instituição do SESMT – Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

O dimensionamento deve ser efetuado:


 a) CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas
 b) baseada no grau de risco
 c) no número de funcionários da empresa
Norma Regulamentadora N°4
Norma Regulamentadora N°4
Motivos de Fracasso do SESMT

 Selecionar mal a equipe,

 Remunerar mal a equipe do SESMT,

 Isolar o SESMT

 A organização promover o desvio de função

 Não existir investimento na atualização do profissional


Norma Regulamentadora N°17
Ergonomia

 Adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos

trabalhadores​e modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e

desempenho eficiente

 ​Levantamento, transporte e descarga individual de materiais​

 Mobília dos postos de trabalho​

 Equipamentos dos postos de trabalho​

 Condições ambientais de trabalho​

 Organização do trabalho (normas de produção, modo operatório, exigência do

tempo e ritmo de trabalho​, metas...)


Norma Regulamentadora N°17
Ergonomia Cognitiva

O que é esse tipo de ergonomia?

 Os processos cognitivos são cruciais no desempenho de tarefas. As

pessoas precisam ser capazes de tomar boas decisões e ter um foco

ampliado. No entanto, nem sempre as condições favorecem essas

ocorrências.

 Ela está ligada à memória, à concentração, ao raciocínio e à atenção.

Também se relaciona com o desempenho emocional de um colaborador e

da resposta que ele tem no ambiente e em relação às suas funções.


Norma Regulamentadora N°17
Carga mental de trabalho

 Dependendo da atuação ou das exigências, pode ocorrer uma elevada

carga mental de trabalho. Isso faz com que o colaborador se sinta mais

pressionado a entregar resultados, além de deixá-lo sobrecarregado.

 Em níveis extremos, leva à Síndrome de Burnout ou Esgotamento, que

faz com que o funcionário não seja capaz de desempenhar as suas

funções.
Norma Regulamentadora N°17
Transtornos psicológicos

 Outro risco cognitivo tem a ver com o desenvolvimento de questões que

afetam diretamente o psicológico. De acordo com estudos, o Brasil tem a

segunda população mais estressada, com o trabalho sendo a causa

principal.

 Além disso, o país lidera o ranking na América Latina quando a

depressão e a ansiedade são os temas principais. Se o ambiente de

trabalho não tiver a ergonomia adequada, essas tendências são

fortalecidas.
Norma Regulamentadora N°17
Transtornos psicológicos

 Outro risco cognitivo tem a ver com o desenvolvimento de questões que

afetam diretamente o psicológico. De acordo com estudos, o Brasil tem a

segunda população mais estressada, com o trabalho sendo a causa

principal.

 Além disso, o país lidera o ranking na América Latina quando a

depressão e a ansiedade são os temas principais. Se o ambiente de

trabalho não tiver a ergonomia adequada, essas tendências são

fortalecidas.
Norma Regulamentadora N°17
Perda de foco

 A falta de motivação e a baixa percepção sobre o próprio trabalho ainda

conduz o profissional ao risco de não conseguir manter o foco e a

atenção.

 Diante da procrastinação, ele encontra menos facilidade para cumprir

tarefas específicas, bem como obedecer prazos e certas exigências.


Norma Regulamentadora N°17
Dificuldade de aprendizado

 A capacidade cognitiva também pode ser comprometida a ponto de o


colaborador ter dificuldade para aprender e consolidar novas
informações. Isso é prejudicial tanto para o desenvolvimento da carreira
quanto para a atuação na organização.

 Incapaz de reter novos conhecimentos, o profissional corre o risco de não


acompanhar as transformações do mercado.
Norma Regulamentadora N°17
Incapacidade de tomar decisões

 Além de tudo, talvez o talento não seja capaz de decidir de maneira


relevante.

 Isso é especialmente grave no caso de gestores e líderes, mas pode


acontecer em menor escala.

 A paralisia sobre qual caminho seguir compromete o próprio profissional,


bem como aqueles que dependem dele.
Norma Regulamentadora N°17
Quem está exposto a esses riscos?

 Alguns fatores aumentam a exposição a essas situações.


o Quem faz longas
b a lh
o ra
jornadas ininterruptas e quem assume mais tresponsabilidades tem
e
maiores chances de sofrer esgotamento. nte
som
a
cont
 em “congelar” sobre quais decisões tomar,
Gestores e lídereso podem
nd
afuncionários
enquanto
L e v
os de tarefas repetitivas e monótonas talvez
encarem o aprendizado como um obstáculo.

 Isso só demonstra que a ergonomia cognitiva é essencial para todo o


empreendimento, de modo a garantir a melhor gestão de talentos.
Norma Regulamentadora N°17
Como a ergonomia cognitiva atua?

 Um dos aspectos mais relevantes sobre essa abordagem é a sua


versatilidade.

 É possível estimular a questão em diversos pontos, o que melhora a sua


adoção.

 Pode-se, por exemplo, pensar em oferecer jornadas mais flexíveis de


trabalho.

 Cuidar da delegação de tarefas e fortalecer a comunicação também são


pontos importantes para evitar a sobrecarga.
Norma Regulamentadora N°17

Como a ergonomia cognitiva atua?

 Já a criação de um ambiente propício ao aprendizado — inclusive, de


forma remota — ajuda a prevenir problemas na consolidação do
conhecimento.

 Soluções como ginástica laboral e Quick Massage não apenas evitam


impactos físicos, como diminuem a tensão.

 Já um programa de gestão e controle do estresse é essencial para que não


ocorram picos desse cenário.
Norma Regulamentadora N°7

 Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do


Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o
objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus
trabalhadores

 O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico


precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de
natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de
doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores

Objetivo: promoção e preservação da saúde dos seus trabalhadores​

Fonte : e-BOOk ZIVIt – Dra. Rodrigo Camargo


Norma Regulamentadora N°7

 Prevenção, Rastreamento, Diagnóstico Precoce

 Inclusive de Natureza Subclínica

 Constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos


irreversíveis à saúde dos trabalhadores

 EXAME MÉDICO PERIÓDICO


 Anual
 Possibilidade de acompanhamento
 Oportunidade de criação de vínculo : relação médico x paxiente
 Fonte de informações

Fonte : e-BOOk ZIVIt – Dra. Rodrigo Camargo


Norma Regulamentadora N°7
 O Programa deve considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a
coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-
epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho.

Instrumental clínico...
U AL
D
IVI
D
 Anamnese Médica e Ocupacional IN
GEM
 Antecedentes
RDA
O
 Queixas. AB
 Exame Clínico
 Pesquisa de sinais de adoecimento
 Exames Complementares
 indicadores de exposição
 indicadores de efeito
Norma Regulamentadora N°7
... E Epidemiológico

 Tabulação dos dados individuais:

TI VA
E
C OL
 Estudos de Incidência e Prevalência GEM
D A
O R
A B

 Avaliação e Controle do Absenteísmo


Norma Regulamentadora N°7
 A revisão da NR7 teve o objetivo de envolver mais os médicos do
trabalho no gerenciamento dos riscos para evitar que o trabalhador
adoeça.

 O PCMSO teve um caráter ampliado em busca da prevenção,


rastreamento e diagnóstico precoce de possíveis riscos à saúde do
trabalhador.

Fonte : e-BOOk ZIVIt – Dra. Rodrigo Camargo


Norma Regulamentadora N°7

 A norma também conta com um item totalmente novo para ampliar a


participação médica no PCMSO: PROTOCOLOS MÉDICOS

 A obrigatoriedade de se realizar protocolos de atendimento para todos os


exames, clínicos e complementares.

 Segundo a norma, a organização deve garantir que o PCMSO contenha os


critérios de interpretação e o planejamento de condutas relacionados aos
achados dos exames médicos.

Fonte : e-BOOk ZIVIt – Dra. Rodrigo Camargo


Norma Regulamentadora N°7
Relatório Anual

 O PCMSO deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas


as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser
objeto de relatório anual.

O relatório anual deve discriminar, por setores da empresa:

 o número e a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clinicas


e exames complementares

 estatísticas de resultados considerados anormais

 planejamento para o próximo ano

 O relatório deve ser apresentado e discutido com a CIPA


Norma Regulamentadora N°7

 A expressão “relatório anual” de antigamente é substituída por “relatório


analítico”, pois o seu papel agora é de gerar uma análise minuciosa dos
dados envolvidos.

 Ele conta com instrumentos estatísticos e epidemiológicos para fazer a


gestão da saúde ocupacional e ainda traz exceções a alguns grupos de
empresas com baixos riscos.

Fonte : e-BOOk ZIVIt – Dra. Rodrigo Camargo


Norma Regulamentadora N°7

O médico responsável pelo PCMSO deve elaborar relatório analítico do


Programa, anualmente, considerando a data do último relatório, contendo, no
mínimo:

a) o número de exames clínicos realizados;

b) o número e tipos de exames complementares realizados;

c) estatística de resultados anormais dos exames complementares,


categorizados por tipo do exame e por unidade operacional, setor ou função;

Fonte : e-BOOk ZIVIt – Dra. Rodrigo Camargo


Norma Regulamentadora N°7

d) incidência e prevalência de doenças relacionadas ao trabalho,


categorizadas por unidade operacional, setor ou função;

e) informações sobre o número, tipo de eventos e doenças informadas nas


CAT, emitidas pela organização, referentes a seus empregados;

f) análise comparativa em relação ao relatório anterior e discussão sobre as


variações nos resultados.

Fonte : e-BOOk ZIVIt – Dra. Rodrigo Camargo


GESTÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL E
GESTÃO DE PROGRAMAS DE SAÚDE
Ministério da Economia – Secretaria do Trabalho
Ministério da Saúde
SAÚDE OCUPACIONAL GOVERNO INSS

O PCMSO
COMO
FERRAMENTA Condições socioeconômicas SAÚDE INTEGRAL

DE GESTÃO
Condições de saúde
 Promoção de Saúde Guidelines da Empresa
Condições Mental
 Saúde Ocupacional Procedimentos
Cognição
PCMSO Ética
Status Cultural PPRA Produtividade
Condições familiares Monitoramento Biológico Qualidade Negócio
Ergonomia

FUNCIONÁRIO EMPRESA
VIGILÂNCIA DA EXPOSIÇÃO E DOS EFEITOS SOBRE A SAÚDE

NÍVEL DE GRAVIDADE
O PCMSO
Mortes

DOMÍNIO EXTERNO E INTERNO

COMO Doenças que aposentam

FERRAMENTA Doenças que afastam mais de 15 dias


DE GESTÃO
Doenças que afastam até 15 dias

Doenças sem afastamento

DOMÍNIO INTERNO
Alterações de exames laboratoriais e provas
funcionais

Estilo de vida, condições e ambiente de trabalho

BASE POPULACIONAL
Fonte: Mendes, R. 2012
O PCMSO DOENÇAS PROFISSIONAIS E
ACIDENTES DE TRABALHO
Relação com condições de

COMO trabalho específicas

FERRAMENTA
DE GESTÃO DOENÇAS RELACIONADS AO TRABALHO
Frequência, surgimento ou gravidade
modificados pelo trabaho

DOENÇAS COMUNS AO CONJUNTO DA POPULAÇÃO


Não guardam relação de causa com o trabalho, mas
impactam sobre a asúde, qualidade de vida e
capacidade de trabalho

Fonte: Mendes, R. 2012


Oportunidades de Intervenção na Gestão Ocupacional – Exame Periódico

Intervenção no Estilo de Vida


Manter Riscos baixos e ou redução dos Riscos

O PCMSO Controle
COMO
Sem riscos Maus Sinais
Baixo risco Hábitos Sintomas Doenças das
Iniciais Doenças

FERRAMENTA
DE GESTÃO Prevenção
Tratamento/Controle

Check-ups

Tratamento
Prevenção Doenças
de doenças

Fonte: Mendes, R. 2012


O PCMSO COMO
FERRAMENTA DE GESTÃO

PAPEL DO SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONAL NO CENÁRIO ATUAL

 Desenvolver Programas voltados para a SEGURANÇA, SAÚDE E QUALIDADE


DE VIDA dos trabalhadores num cenário global com aumento da expectativa de
vida associado a grande mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis.

DESAFIO

 Promover mudanças no estilo de vida

 Promover mudanças na Gestão pessoal da saúde


O PCMSO COMO
FERRAMENTA DE GESTÃO
EXAMES PERIÓDICOS/ CHECK-UPS

 Questionários de Saúde (Tabagismo, CAGE, SRQ-20, Alimentar, Atividade Física,


Sono e Fadiga, etc)
 Possibilidade dos funcionários realizarem um check-up com conteúdo de acordo
com sua faixa etária.

ePSS Electronic Preventive Services Selector

 O ePSS é um aplicativo desenvolvido para ajudar os médicos de cuidados primários


a identificar serviços clínicos preventivos adequados para seus pacientes.

 Use a ferramenta para pesquisar e navegar pelas recomendações da USPSTF (U.S.


Preventive Services Task Force) na Web ou no seu dispositivo móvel.
GESTÃO DE ABSENTEÍSMO
EM SST
ABSENTEÍSMO

 Termo usado para designar as ausências dos trabalhadores ao processo do


trabalho, seja por falta ou atraso devido a algum motivo interveniente.

 Quando falamos sobre absenteísmo, é necessário que tenhamos em


mente, uma visão global do porque as pessoas se ausentam do trabalho.

 É importante conhecermos as politicas de recursos humanos e o ambiente


corporativo da empresa, e não atentarmos apenas ao fato do adoecimento
ou da falta ao trabalho.
ABSENTEÍSMO
 Elevados custos:
 diretos (produção),
 indiretos (encargos sociais e impostos)

Interferindo amplamente no faturamento e andamento produtivo das organizações.

CUSTO DO ABSENTEÍSMO
 A maioria das empresas já́ possui calculado o seu custo-médio-trabalhador:

 Valor total da folha (+ encargos) dividido pelo número de trabalhadores =


custo médio mês do trabalhador.
 Dividido por 30 dias = custo médio dia do trabalhador
 Custo médio dia do trabalhador multiplicado pelo número de ausências por
determinada doença = custo dia de cada doença para uma determinada
empresa.
GESTÃO DE ABSENTEÍSMO
EM SST
ABSENTEÍSMO

 Além de aumentar os custos para as empresas, o absenteísmo aumenta o


custo para a previdência social, com repasse das despesas à sociedade.

 Reduz a produtividade da empresa com tomada de ações e medidas


reativas e focadas para compensar essa perda inicial.

 Propicia a sobrecarga dos trabalhadores que permanecem em seus postos


de trabalho.
GESTÃO DE ABSENTEÍSMO
EM SST

ABSENTEÍSMO

 A maior perda está no médio absenteísmo (3 a 15 dias de afastamento),


no entanto, o maior número de ocorrências está no pequeno absenteísmo
(1 ou 2 dias de afastamento).

 Existe uma alta incidência de queixas subjetivas.

 O número de funcionários com índices (frequência e gravidade), acima da


média, constitui uma minoria.
GESTÃO DE ABSENTEÍSMO
EM SST

GESTÃO DO ABSENTEÍSMO

1. Principais doenças e agravos à saúde que atingem uma determinada

comunidade;

2. Os grupos mais suscetíveis;

3. As faixas etárias mais atingidas;

4. Os riscos mais relevantes;

5. Os mecanismos efetivos de controle para cada caso.


GESTÃO DE ABSENTEÍSMO
EM SST

GESTÃO DO ABSENTEÍSMO - ESTRATÉGIA

Uso da Epidemiologia Ocupacional

 Ferramenta de Gestão da Informação da Saúde do Trabalhador

 Identificação de necessidades e de problemas a partir de indicadores


GESTÃO DE ABSENTEÍSMO
EM SST
GESTÃO DO ABSENTEÍSMO - ESTRATÉGIA

Uso da Epidemiologia Descritiva

 Ocupa-se da distribuição de um agravo a saúde da população considerando as

variáveis, indivíduos, tempo e lugar

 Pessoas expostas ou atingidas

 Idade

 Tempo de serviço/emprego

 Gênero e sexo

 Escolaridade

 Condição socioeconômica

 Ocupação ou profissão

 Estilo de vida
GESTÃO DE ABSENTEÍSMO
EM SST
GESTÃO DO ABSENTEÍSMO

Contribuição da Epidemiologia para estabelecimento de prioridades

 Número de pessoas atingidas

 Gravidade

 Vulnerabilidade à prevenção

 Custo e efetividade

 Formulação de objetivos quantificados e indicadores

 Criação de alternativas e análise de custos/efetividade

 Monitoramento de programas: PPRA e PCMSO

 Orientação de condutas médicas

 Uso etiológico, causas das doenças


GESTÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL E
GESTÃO DE PROGRAMAS DE SAÚDE
GESTÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL E
GESTÃO DE PROGRAMAS DE SAÚDE

RESULTADOS FAVORÁVEIS E CONTINUOS

 Redução do custo de assistência médica

 Redução do “presenteísmo”

 Redução do “absenteísmo”

 Redução da rotatividade (“turn over”)

 Impactos sobre NTEP

 Impactos sobre FAP

 Otimização da alocação de recursos (custo-efetividade)

 Atração de empregados

 Retenção de empregados

 Imagem externa da Empresa

 ROI = “return-on-investment”
GESTÃO DE SAÚDE OCUPACIONAL E
GESTÃO DE PROGRAMAS DE SAÚDE
EXEMPLOS – AFASTAMENTOS POR LER/DORT

Indicadores de Processo

 Número de análises ergonômicas consideradas de alto risco;


 Numero de expostos à riscos ergonômicos considerados como de alto risco;
 Distribuição de queixas osteomusculares / horas extras trabalhadas nos grupos de
alto risco;
 Pesquisa de clima organizacional por setor.

Indicadores de resultado

 Número de casos de LER/DORT sem afastamento;


 Número de casos de LER/DORT com afastamento;
 Dias perdidos com tratamento de LER/DORT.
A solução estrutural e de longo prazo é:

Promover mão de obra saudável


mão de obra saudável

Bem estar e ambientes de trabalho seguros

Oferta consciente de benefícios de saúde para os


funcionários e suas famílias.
Nos Estados Unidos, estudo recente conduzido pela Liberty Mutual e publicado pela American Society
of Safety Engineers (ASSE) mostrou aos executivos que é:

Para cada USD 1 gasto em custos diretos de um incidente, correlacionam-


se USD 3-5 em custos indiretos.

O mesmo estudo mostra que o ROI para investimentos em saúde e


segurança são da taxa de 1:3

Outros estudos mostram um retorno ainda maior, na taxa de 1:4,41

Fonte: (American Society of Safety Engineers/2014)


A ATUAÇÃO TÉCNICA EM SAÚDE
OCUPACIONAL NAS ORGANIZAÇÕES

Atuação centrada em doenças ocupacionais.

Foco nas avaliações de saúde relacionadas com os riscos definidos nos protocolos
ocupacionais

Ações pontuais e fragmentadas em reação as demandas

Foco na aptidão pro trabalho e não no trabalhador saudável

.
A VISÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOBRE
SAÚDE OCUPACIONAL
Visão focada no cumprimento da legislação com processos cartoriais.

Deficiência na integração da gestão dos processos de SST.

Foco excessivo no controle de documentação para fins legais e não na gestão do


afastamento como fonte de análise e interpretação para implantação de programas de
prevenção.

Falta de avaliação sistemática do resultado.

Foco nos processos trabalhistas (consequência).

Atuação desvinculada da estratégia do negócio sem integração ao contexto do negócio


das organizações .
Obrigada !
Dra. Fernanda Netto
fernanda@azevedonetto.com.br
(11)960538383

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