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CAPÍTULO III 4
PREÂMBULO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 4
01 4
02 4
03 5
04 6
05 7
CAPÍTULO III 8
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 8
01 8
02 9
03 9
04 10
05 11
06 11
07 12
08 12
09 13
10 14
CAPÍTULO IV 16
DIREITOS FUNDAMENTAIS INDIVIDUAIS E COLETIVOS 16
01 16
02 17
03 18
04 19
05 19
06 20
07 21
08 21
09 22
10 23
11 24
12 25
13 25
14 26
15 27
pedrohcf19201234@gmail.com
CAPÍTULO V 29
DIREITOS SOCIAIS 29
01 29
02 29
03 30
04 30
05 32
CAPÍTULO VI 34
DIREITOS DA NACIONALIDADE 34
01 34
02 34
03 35
04 35
05 36
06 36
07 37
08 38
09 39
10 39
CAPÍTULO VII 41
DIREITOS POLÍTICOS E DOS PARTIDOS POLÍTICOS 41
01 41
02 41
03 42
04 43
05 44
CAPÍTULO VIII 45
PODER LEGISLATIVO 45
01 45
02 45
03 46
04 47
05 47
06 48
07 49
08 50
09 51
10 52
CAPÍTULO IX 55
PODER EXECUTIVO 55
01 55
02 56
03 57
04 57
05 58
06 59
07 60
08 60
09 61
10 62
CAPÍTULO X 64
PODER JUDICIÁRIO 64
01 64
02 65
03 66
04 67
05 67
06 68
07 69
08 70
09 71
10 73
CAPÍTULO XI 75
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 75
01 75
02 76
03 76
04 78
05 78
CAPÍTULO III
PREÂMBULO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
QUESTÕES
01
Predomina na doutrina, bem como na jurisprudência do Supremo Tribunal

Federal, que o Preâmbulo da Constituição Federal de 1988:
A) Tem força normativa, com apoio da Teoria da Relevância Jurídica do

Preâmbulo Constitucional.
B) Não tem força normativa, com apoio da Teoria da Relevância Jurídica do

C) Não tem força normativa, com apoio da Teoria da Irrelevância Jurídica do

D) Tem força normativa, com apoio na Teoria da Relevância Jurídica Indireta do

GABARITO COMENTADO: C
Três teorias discutem sobre a natureza jurídica do Preâmbulo da Constituição

Federal de 1988, a saber: A) Teoria da irrelevância jurídica; B) Teoria da plena
eficácia; C) Teoria da relevância jurídica indireta, sendo elas assim explicadas:
Teoria da irrelevância jurídica: Entende que o Preâmbulo da Constituição se
encontra no domínio da política, consagrando apenas o pensamento que
permeava os ideais do Poder Constituinte Originário naquele momento. Teoria
da plena eficácia: Entende que o Preâmbulo da Constituição se encontra no
domínio do Direito e possui a mesma eficácia jurídica de qualquer outra norma
existente na parte dogmática ou nas disposições transitórias. Teoria da
relevância jurídica indireta: Entende que o Preâmbulo da Constituição se
encontra no domínio do Direito, tendo, portanto, natureza jurídica, mas diferindo
das demais normas constitucionais, por não possuir a mesma relevância e
eficácia jurídica das normas existentes na parte dogmática ou nas disposições
transitórias. Das três teorias acima, que discutem sobre a natureza jurídica do
Preâmbulo da Constituição, a doutrina majoritária, bem como o Supremo
Tribunal Federal adoraram a Teoria da irrelevância jurídica.
02
Assinale a assertiva correta:
A) O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos filosóficos,

ideológicos, sociais e econômicos e, dessa forma, norteia a interpretação do
texto constitucional.
B) O preâmbulo da Constituição Federal tem força normativa assim como as

demais disposições constitucionais.
C) A invocação de Deus no preâmbulo da Constituição Federal torna o Brasil um

Estado confessional.
D) A invocação de Deus no preâmbulo da Constituição Federal é norma de

reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais.
GABARITO COMENTADO: A
Sobre o Preambulo Constitucional, três teorias debatem sobre sua natureza

jurídica, a saber: Tese da Irrelevância Jurídica. Tese da Plena Eficácia. Tese da
Relevância Jurídica Indireta. Sagrou-se vencedora na doutrina e na
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal a Tese da Irrelevância Jurídica do
Preâmbulo: “O preâmbulo (...) não se situa no âmbito do Direito, mas no domínio
da política, refletindo posição ideológica do constituinte. É claro que uma
Constituição que consagra princípios democráticos, liberais, não poderia conter
preâmbulo que proclamasse princípios diversos. Não contém o preâmbulo,
portanto, relevância jurídica. O preâmbulo não constitui norma central da
Constituição, de reprodução obrigatória na Constituição do Estado-membro. O
que acontece é que o preâmbulo contém, de regra, proclamação ou exortação
no sentido dos princípios inscritos na Carta: princípio do Estado Democrático de
Direito, princípio republicano, princípio dos direitos e garantias, etc. Esses
princípios, sim, inscritos na Constituição, constituem normas centrais de
reprodução obrigatória, ou que não pode a Constituição do Estado-membro
dispor de forma contrária, dado que, reproduzidos, ou não, na Constituição
estadual, incidirão na ordem local.” (ADI 2.076, voto do Rel. Min. Carlos Velloso,
julgamento em 15-8-2002, Plenário, DJ de 8-8-2003.) Assim, por não ter ele força
normativa, sendo apenas uma consagração dos valores que predominavam no
momento da promulgação do Texto Constitucional, a invocação a proteção de
Deus não fere a laicidade do nosso Estado.
03
São fundamentos da República Federativa do Brasil, exceto:
A) os valores sociais do trabalho
B) dignidade da pessoa humana
C) a cidadania
D) a livre iniciativa
GABARITO COMENTADO: D
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos

Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos: I. a soberania; II. a cidadania; III. a dignidade
da pessoa humana; IV. os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V. o
pluralismo político.
04
De acordo com a Constituição Federal de 1988, assinale a opção que contém a

afirmação incorreta:
A) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados

e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito
e tem como fundamentos: a soberania; a cidadania; construção de uma
sociedade livre justa e solidária; os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa; o pluralismo político.
B) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Executivo, o

Legislativo e o Judiciário.
C) Dentre outros, constituem objetivos fundamentais da República Federativa do

Brasil: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o
desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais.
D) N. D. A.
Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
pluralismo político. Art. 2º: São Poderes da União, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º: Constituem objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil: I. construir uma sociedade livre,
justa e solidária; II. garantir o desenvolvimento nacional; III. erradicar a pobreza
e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV. promover
o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
05
Constituem fundamentos da República Federativa do Brasil, exceto:
A) soberania;
B) cidadania;
C) valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
D) construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
pluralismo político. Art. 3º: Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil: I. construir uma sociedade livre, justa e solidária; II. garantir
o desenvolvimento nacional; III. erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais; IV. promover o bem de todos, sem
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
CAPÍTULO III
TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
QUESTÕES
01
A) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, apenas os brasileiros e

estrangeiros residentes no país são destinatários de direitos fundamentais.
B) Os direitos se limitam aos que positivados expressamente no Texto

Constitucional.
C) Direitos e garantias fundamentais são sinônimos.
D) N.D.A.
A doutrina majoritária e o Supremo Tribunal Federal acrescentam que os

estrangeiros não residentes em nosso país, bem como aqueles que estejam
apenas a passeio ou em trânsito ou os apátridas e as pessoas jurídicas, também
são destinatários de direitos fundamentais.
Art. 5º, §2º, da Constituição Federal apresenta uma cláusula de

complementariedade, uma norma geral inclusiva, ao dispor que “Os direitos e
garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que
a República Federativa do Brasil seja parte.”.
Direitos fundamentais e garantias fundamentais não podem ser consideradas

palavras sinônimas, devendo ser feita a diferenciação entre elas. Direitos
fundamentais: São os objetos, bens e vantagens que imprimem a existência legal
a um direito. Garantias fundamentais: Caso um direito fundamental venha a ser
violado ou sofrer ameaça de lesão, entram em cena os instrumentos colocados
à disposição do cidadão que permitirão a reparação do direito lesado ou
impedirão a sua lesão.
02
A ideia de que o indivíduo atua de maneira ativa na formação da vontade política

do Estado corresponde, na teoria desenvolvida por George Jellinek ao status:
A) Passivo.
B) Negativo.
C) Positivo.
D) Ativo.
Diversas teorias se incumbem de elucidar o papel desempenhado pelos Direitos

Fundamentais, merecendo destaque a Teoria da Multifuncionalidade dos
Direitos Fundamentais, desenvolvida por George Jellinek, assim sintetizada:
Status Passivo: No status passivo, também conhecido como subjectionis, o
indivíduo se encontra em uma posição de subordinação frente ao Estado, sendo
apenas detentor de deveres perante àquele. Status Negativo: No status
negativo o indivíduo goza de um espaço de liberdade diante das indevidas
ingerências do Estado que possam ser perpetradas, podendo a elas se opor.
Tem-se aqui o exercício de Direitos Fundamentais de 1ª dimensão,
especialmente, os direitos civis. Status Positivo: No status positivo o indivíduo
passar a ter o direito de exigir que o estado implemente prestações positivas a
seu favor. Tem-se aqui o exercício de Direitos Fundamentais de 2ª dimensão.
Status Ativo: No status ativo o indivíduo atua de maneira ativa na formação da
vontade política do Estado. Tem-se aqui o exercício de Direitos Fundamentais
de 1ª dimensão, especialmente, os direitos políticos.
03
A característica dos Direitos Fundamentais que dispõe que eles encontram

limites em outros direitos também protegidos pelo ordenamento jurídico, além de
cederem em caso de eventual conflito de interesses previsto no caso concreto é
a:
A) Historicidade.
B) Universalidade.
C) Relatividade.
D) Concorrência.
De acordo com a característica da Relatividade / Limitabilidade dos Direitos

Fundamentais, esses não são considerados absolutos por encontrarem limites
em outros direitos também protegidos pelo ordenamento jurídico, além de
cederem em caso de eventual conflito de interesses previsto no caso concreto.
A título exemplificativo, veja que a Constituição Federal, em seu art. 5º, XXII,
garante o direito de propriedade, porém, prevê a possibilidade de sua
relativização, com possibilidade de desapropriação, na hipótese prevista em seu
art. 182, §4º, III, caso não atendida sua função social.
Atenção: Em posicionamento minoritário, Norberto Bobbio entende que o direito

a não ser escravizado e direito a não ser torturado seriam considerados Direitos
fundamentais absolutos.
04
Sobre a eficácia dos Direitos Fundamentais, a Teoria que defende que os

Direitos Fundamentais devem ser aplicados nas relações envolvendo
particulares é a teoria da:
A) Eficácia Vertical dos Direitos Fundamentais.
B) Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais.
C) Eficácia Diagonal dos Direitos Fundamentais.
D) N.D.A.
GABARITO COMENTADO: B
Existem 3 [três] teorias que debatem sobre a aplicação dos Direitos

Fundamentais, sendo elas: A) Teoria da eficácia vertical; B) Teoria da eficácia
horizontal, externa, privada ou integradora; C) Teoria da eficácia diagonal.
Eficácia Vertical: Consiste na aplicação dos direitos fundamentais às relações
entre particulares e o Estado. Eficácia Horizontal / Eficácia Externa / Eficácia
Privada / Eficácia em relação a terceiros, direta ou indireta ou integradora:
Consiste na aplicação dos direitos fundamentais às relações entre particulares.
Eficácia Diagonal: Consiste na aplicação dos direitos fundamentais à relação
entre particulares, nas quais existe um desequilíbrio fático, a exemplo da relação
trabalhista e relações de consumo.
05
A passagem de um Estado autoritário, absolutista, para um Estado de Direito,

que se encontrava, a partir de então, sujeito aos ditames legais marca o
surgimento dos direitos fundamentais de:
A) 1ª Dimensão.
B) 2ª Dimensão.
C) 3ª Dimensão.
D) 4ª Dimensão.
Direitos fundamentais da 1ª dimensão: O surgimento dos Direitos Fundamentais

de 1ª dimensão é marcado pela passagem de um Estado autoritário, absolutista,
para um Estado de Direito, que se encontrava, a partir de então, sujeito aos
ditames legais, sendo que nesse momento a marca característica é o respeito
às liberdades individuais, oportunidade em que o Estado adota uma postura
absenteísta, ou seja, não promove mais uma ingerência indevida na vida do
particular. De acordo com o professor Paulo Bonavides, os direitos de primeira
geração ou direitos de liberdades têm por titular o indivíduo, são oponíveis ao
Estado, traduzem-se como faculdades ou atributos da pessoa e ostentam uma
subjetividade que é seu traço mais característico; enfim, são direitos de
resistência ou de oposição perante o Estado.
06
Os seguintes documentos: A) Magna Carta de 1215, assinada pelo rei “João

Sem terra”; B) Paz de Westfália (1648); C) Habeas Corpus Act (1679); D) Bill of
Rights (1688) são marcos normativos dos direitos fundamentais de:
A) 1ª Dimensão.
B) 2ª Dimensão.
C) 3ª Dimensão.
D) 4ª Dimensão.
Os documentos mais importantes que trazem a carga marcante dos Direitos

fundamentais de 1ª dimensão, consistentes em consagração de direitos civis e
políticos, sao os seguintes: A) Magna Carta de 1215, assinada pelo rei “João
Sem terra”; B) Paz de Westfália (1648); C) Habeas Corpus Act (1679); D) Bill of
Rights (1688).
07
O fracasso do liberalismo clássico e a necessidade do Estado adotar prestação

positivas em favor dos cidadãos que não tinham acesso a determinados bens
jurídicos, efetivando o princípio da igualdade material, marca o surgimento dos
direitos fundamentais de:
A) 1ª Dimensão.
B) 2ª Dimensão.
C) 3ª Dimensão.
D) 4ª Dimensão.
Direitos fundamentais da 2ª dimensão: O absenteísmo estatal, a inação do

Estado, a não interferência do Estado na vida privada, revelou-se insuficiente,
com o evoluir da sociedade. O liberalismo clássico, marca dos Direitos
fundamentais de 1ª dimensão, entrou em falência e a exploração indevida da
mão de obra da classe trabalhadora fez eclodir a Revolução Industrial europeia,
na busca de melhores condições de trabalho e implementacao de direitos
sociais.
08
Os seguintes documentos: A) Constituição do México, de 1917; B) Constituição

de Weimar, de 1919, na Alemanha, C) No Brasil, a Constituição de 1934 são
marcos normativos dos direitos fundamentais de:
A) 1ª Dimensão.
B) 2ª Dimensão.
C) 3ª Dimensão.
D) 4ª Dimensão.
Os documentos mais importantes que trazem a carga marcante dos Direitos

fundamentais de 1ª dimensão, consistentes em consagração de direitos sociais,
econômicos e culturais, são os seguintes: A) Constituição do México, de 1917;
B) Constituição de Weimar, de 1919, na Alemanha, C) No Brasil, a Constituição
de 1934.
09
A) Em Direito Constitucional inexistem direitos fundamentais absolutos e até

mesmo o direito à vida pode sofrer relativização em situações especificas,
previstas tanto na Constituição Federal, quanto na legislação infraconstitucional,
bem como por entendimento jurisprudencial chancelado pelas Cortes
Superiores, como por exemplo, o que decidido na ADPF n. 54.
B) Em matéria de Direitos Fundamentais não há que se distinguir o discurso

religioso, que compreende a crença e suas razões, do discurso sobre a crença
alheia, especialmente quando feito com o intuito de atingi-la, rebaixá-la ou
desmerecê-la, haja vista que o direito à liberdade religiosa é amplo, não podendo
sofrer limitações.
C) Para o transexual ter uma vida digna necessário se faz ver reconhecida a sua
identidade sexual, sob a ótica psicossocial, porém, para tanto, necessário se faz
a realização de cirurgia de transgenitalização de sexo e autorização judicial para
mudança de nome.
D) N. D. A.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal não há, no sistema constitucional
brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo
porque razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do
princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente,
a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas das prerrogativas
individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela
própria Constituição. (STF - MS: 23452 RJ, Relator: CELSO DE MELLO, Data
de Julgamento: 16/09/1999, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 12-05-2000
PP-00020 EMENT VOL-01990-01 PP-00086)
Sobre a liberdade de expressão, tal direito deve ser exercido com observância
de marcos civilizatórios mínimos, não alcançando, nessa ótica, condutas
reveladoras de discriminação. Assim, toda e qualquer forma de abuso no
exercício de direitos fundamentais deve ser rechaçada. (RHC 134682,
Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, julgado em 29/11/2016,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-191 DIVULG 28-08-2017 PUBLIC 29-08-2017)
No que diz respeito aos transexuais, tanto o Superior Tribunal de Justiça, quanto
o Supremo Tribunal Federal já decidiram que é reconhecido o direito à retificação
do prenome e do sexo/gênero no registro civil, sendo que tal direito não é
condicionado à exigência de realização da cirurgia de transgenitalização. STJ.
4ª Turma. REsp 1.626.739-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
9/5/2017 (Info 608). STF. Plenário. ADI 4275/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio,
red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 28/2 e 1º/3/2018 (Info 892).
10
Dadas as alternativas abaixo, assinale a correta:
A) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem

aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.
B) Os direitos fundamentais dispõem de caráter absoluto, salvo o direito à vida,

visto que no Brasil, de acordo com a Carta Magna vigente, admite-se pena de
morte em caso de crimes contra os direitos humanos e na hipótese de guerra
declarada.
C) Os direitos e garantias fundamentais são apenas os previstos expressamente

na Constituição Federal.
D) O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação
tenha manifestado adesão.
Sobre o caráter relativo dos direitos fundamentais, mais uma vez, necessário
destacar que de acordo com o Supremo Tribunal Federal não há, no sistema
constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter
absoluto, mesmo porque razões de relevante interesse público ou exigências
derivadas do princípio de convivência das liberdades legitimam, ainda que
excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas
restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os
termos estabelecidos pela própria Constituição. (STF - MS: 23452 RJ, Relator:
CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 16/09/1999, Tribunal Pleno, Data de
Publicação: DJ 12-05-2000 PP-00020 EMENT VOL-01990-01 PP-00086)
As demais questões passam pelo conhecimento dos seguintes dispositivos

constitucionais: Art. 5º, §2º: Os direitos e garantias expressos nesta Constituição
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou
dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte;
§3º: Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais; §4º: O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
CAPÍTULO IV
DIREITOS FUNDAMENTAIS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
QUESTÕES
01
Assinale a alternativa que não guarda correspondência com a realidade:
A) O ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode ter natureza

confessional, de modo que pode ser vinculado a uma religião específica, desde
que se garanta oportunidade a todas as doutrinas religiosas.
B) A ação popular, prevista na Constituição Federal, em seu artigo 5°, LXXIII, é

instrumento de tutela do patrimônio histórico e cultural.
C) Hoje é inadmissível, em nosso ordenamento jurídico, o ensino domiciliar

(homeschooling) como meio de cumprimento educacional a ser efetivado pela
Família, mas não existe uma proibição absoluta à sua criação.
D) Compete privativamente á União legislar sobre proteção patrimônio histórico,

cultural, artístico, turístico e paisagístico.
De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a CF/88 não

proíbe que sejam oferecidas aulas de uma religião específica, que ensine os
dogmas ou valores daquela religião, mas desde que se garanta oportunidade a
todas as doutrinas religiosas. STF. Plenário. ADI 4439/DF, rel. orig. Min. Roberto
Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/9/2017 (Info 879).
Sobre a Ação Popular, dispõe o art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal que
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.
No que tange ao ensino domiciliar, o Supremo Tribunal Federal entende que,

hoje, não é possível sua realização, porém não é vedada constitucionalmente
sua criação por meio de lei federal, editada pelo Congresso Nacional, na
modalidade ‘utilitarista’ ou ‘por conveniência circunstancial’ [RE 888.815, rel. p/
o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 12-9-2018, P, DJE de 21-3-2019, Tema 822.]
Por fim, ressalte-se que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre: VII. proteção ao patrimônio histórico, cultural,
artístico, turístico e paisagístico, ou seja, não se trata de competência privativa
da União.
02
Dadas as alternativas abaixo, assinale a correta:
A) Em havendo autorização do Poder Público, todos podem reunir-se

pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de
aviso prévio às autoridades, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local. Ou seja, exige-se autorização estatal, porém
prescinde de aviso prévio à autoridade competente.
B) É garantido constitucionalmente o direito de propriedade, devendo esta

atender a sua função social.
C) Apesar da casa ser considerado asilo inviolável do indivíduo, como regra é

possível o ingresso mesmo que sem consentimento do morador.
D) N.D.A.
A resposta da questão passa pelo conhecimento dos seguintes dispositivos

constitucionais, inseridos no art. 5º da Constituição Federal: XI. a casa é asilo
inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro,
ou, durante o dia, por determinação judicial; XVI. todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente; XXII. é garantido o direito de propriedade; XXIII. a propriedade
atenderá a sua função social.
No que tange ao exercício do direito de reunião em local público, necessário

salientar que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que a exigência
constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com
a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu
exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no
mesmo local. RE 806339/SE.
03
Acerca dos direitos e garantias fundamentais previstos na CF, assinale a opção

correta.
A) O instituto jurídico do Tribunal do Júri está previsto na Constituição Federal e

esta assegura a plenitude de defesa; o sigilo das votações; a soberania dos
veredictos e; a competência para o julgamento, inclusive, dos crimes culposos
contra a vida;
B) Conforme o texto constitucional, o civilmente identificado somente será

submetido à identificação criminal se a autoridade policial, a seu critério, julgar
que ela é essencial à investigação policial.
C) Em obediência ao princípio da igualdade, o STF reconhece que há uma

impossibilidade absoluta e genérica de se estabelecer diferencial de idade para
o acesso a cargos públicos.
D) É possível, excepcionalmente, a adoção de pena de morte em nosso

ordenamento jurídico, conforme previsão constitucional.
Conforme dicção Constitucional, o Tribunal do Júri não tem competência para

julgamento dos crimes culposos contra a vida, mas tão somente dos crimes
dolosos, conforme prevê o art. 5º, XXXVIII, d: a competência para o julgamento
dos crimes dolosos contra a vida.
Sobre a identificação civil, necessário destacar que o civilmente identificado não

será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei,
conforme prevê o art. 5º, LVIII.
No que diz respeito ao limite etário para acesso a cargos públicos, necessário
lembrar o que diz a súmula 683 do Supremo Tribunal Federal: O limite de idade
para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido.
Por fim, destaque-se que, excepcionalmente, em caso de guerra declarada, nos

termos do art. 84, XIX, da Constituição Federal, é possível a adoção de pena de
morte em nosso ordenamento jurídico.
04
O sigilo bancário pode ser levantado independentemente de autorização judicial,

mas de forma devidamente regulamentada,
A) pela Receita Federal, pelo Fisco Estadual, desde que regulamentado, e pela
CPI federal, estadual ou distrital.
B) pelo Delegado de Polícia, pelo membro do Ministério Público e pela CPI

municipal.
C) pela Receita Federal e pelo membro do Ministério Público, em qualquer

situação.
D) pelo Delegado de Polícia, pelo Fisco Estadual e pela CPI municipal.
O quadro sinóptico abaixo sistematiza todos os pontos que precisam serem

compreendidos sobre o sigilo bancário:
05
Em relação ao Habeas Data, assinale a assertiva correta:
A) Cabe mesmo se não houve recusa de informações por parte da autoridade

administrativa.
B) Pessoa física estrangeira não tem legitimidade para impetrar Habeas Data.
C) Depende do pagamento de custas prévias para sua impetração.
D) Pode ser impetrado com a finalidade de obter dados referentes ao pagamento
de tributos do próprio contribuinte constantes de sistemas informatizados de
apoio à arrecadação dos órgãos tributários da administração fazendária dos
entes estatais.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, o habeas data é a garantia

constitucional adequada para a obtenção dos dados concernentes ao
pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas
informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração fazendária
dos entes estatais. STF. Plenário. RE 673707/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado
em 17/6/2015 (repercussão geral) (Info 790).
Além disso, a Súmula 02 do Superior Tribunal de Justiça, prevê que não cabe o
habeas data (CF, art. 5º, LXXII, letra "a") se não houve recusa de informações
por parte da autoridade administrativa.
Merecendo destaque, ainda, o que dispõe o art. 5º, LXXVII, da Constituição

Federal: São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
06
De acordo com a Constituição Federal e com o entendimento do Supremo

Tribunal Federal, é possível:
A) A prisão civil por dívida do depositário infiel.
B) A extradição de brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado

depois da naturalização, bem como em caso de crime político ou de opinião.
C) O uso de algemas como regra, com vistas à proteção dos agentes envolvidos
e da autoridade policial.
D) A extradição de brasileiro naturalizado em caso de crime comum, praticado

antes da naturalização, mas o brasileiro nato nunca poderá ser entregue pelo
Brasil a outro país.
Para enfrentar essa questão, necessário o conhecimento das seguintes normas
constitucionais, previstas no art. 5º, LXVII, não haverá prisão civil por dívida,
salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LI. nenhum brasileiro será
extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
Bem como das seguintes Súmulas Vinculantes: SV 11: Só é lícito o uso de

algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada
a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e
penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual
a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado; SV 25: É ilícita
a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
07
A Constituição Federal admite expressamente a adoção da seguinte modalidade

de pena:
A) interdição perpétua de direitos.
B) prestação social alternativa, na modalidade de trabalho forçado.
C) morte em caso de guerra declarada.
D) banimento, considerada suspensão ou interdição de direitos.
Para responder a questão, necessário se faz o conhecimento das seguintes

normas constitucionais: Art. 5º, XLVI. A lei regulará a individualização da pena
e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b)
perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou
interdição de direitos; Art. 5º, XLVII. Não haverá penas: a) de morte, salvo em
caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c)
de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis;
08
O Art. 5º da Constituição Federal estabelece que todos os cidadãos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Com relação aos direitos e
garantias fundamentais, analise as assertivas abaixo. e responda em seguida
quais delas são verdadeiras: I. São violáveis a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, representadas pelo direito à indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação. II. Todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, com autorização do
Poder Público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local. III. É violável a liberdade de consciência e de crença, sendo
limitado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias. Das assertivas acima, são
verdadeiras:
A) I, II e III.
B) Apenas I e III.
C) Apenas II.
D) N.D.A.

normas constitucionais, todas previstas no art. 5º da Constituição Federal: VI. é
inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais
de culto e a suas liturgias; X. são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação; XVI. todos podem reunir-se pacificamente,
sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização,
desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
09
A Constituição Federal assegura aos cidadãos, independentemente do

pagamento de taxas, da comprovação de estado de pobreza ou de insuficiência
de recurso:
A) a certidão de casamento.
B) a obtenção de certidões em repartições públicas.
C) a assistência jurídica integral.
D) a certidão de óbito.

normas constitucionais: Art. 5°, XXXIV: São a todos assegurados,
independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes
Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a
obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal. Art. 5°, LXXIV: O Estado
prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos. Art. 5°, LXXVI: São gratuitos para os
reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a
certidão de óbito. Art. 226, §1º: O casamento é civil e gratuita a celebração.
10
Em virtude da descoberta de vacinas contra o vírus da Covid-19, cresceu no

Brasil movimento de indivíduos contrários à aplicação das vacinas. Essas
pessoas se recusam a se vacinar e a vacinar seus filhos invocando crenças
pessoais, argumentos filosóficos, dogmas religiosos ou até supostos motivos
científicos. Com base nessa postura e no direito fundamental da liberdade de
consciência e crença é possível afirmar que:
A) A Constituição Federal não assegura a liberdade de consciência e de crença,

motivo pelo qual a vacinação deve ser compulsória em todos os cidadãos.
B) O direito à liberdade de consciência e de crença é objeto de especial proteção

pelo texto constitucional, porém, de acordo com o entendimento do Supremo
Tribunal Federal é constitucional a obrigatoriedade de imunização por meio de
vacina, não caracterizando tal obrigatoriedade como violação à liberdade de
consciência e de convicção filosófica dos pais ou responsáveis, nem tampouco
ao poder familiar.
C) A Constituição Federal assegura a liberdade de consciência e de crença,

motivo pelo qual a vacinação não pode ser compulsória, haja vista que o Estado
não proteger as pessoas mesmo contra a sua vontade.
D) N. D. A.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, é constitucional a obrigatoriedade
de imunização por meio de vacina que, registrada em órgão de vigilância
sanitária, (i) tenha sido incluída no Programa Nacional de Imunizações ou (ii)
tenha sua aplicação obrigatória determinada em lei ou (iii) seja objeto de
determinação da União, estado, Distrito Federal ou município, com base em
consenso médico-científico. Em tais casos, não se caracteriza violação à
liberdade de consciência e de convicção filosófica dos pais ou responsáveis, nem
tampouco ao poder familiar. STF. Plenário. ARE 1267879/SP, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 16 e 17/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 1103) (Info
1003).
11
A) Embora conste do art. 5º da CRFB a expressão “residentes no Brasil”, a

Constituição Federal e a doutrina majoritária asseguram os direitos e garantias
mesmo que o indivíduo não tenha domicílio no país, esteja ele em trânsito, de
passagem ou férias em nosso país, maximizando assim o postulado normativo
da dignidade da pessoa humana.
B) O direito à vida é direito fundamental de caráter absoluto, sendo essa

característica inerente a praticamente todos os direitos fundamentais.
C) O Supremo Tribunal Federal tem entendido pela constitucionalidade de regra

que impõe limite de idade para ingresso em serviço público, independente da
natureza do cargo a ser preenchido e independente de guardar razoabilidade
justificável.
D) Delações anônimas e escritos apócrifos não podem ser utilizados nem mesmo
como objetivo de levar informação ao conhecimento da autoridade responsável
para que seja investigada determinada situação, devendo, de pronto, ser
desconsideradas, tendo em vista que Constituição Federal veda o anonimato.
Para minimizar o desconforto com a omissão do constituinte, a doutrina

constitucional brasileira buscou meios para atestar aos estrangeiros não
residentes a titularidade dos direitos fundamentais do art. 5º, da CF, agrupando
suas análises em quatro argumentos: A) “Argumento da obviedade”. B)
“Argumento dos direitos naturais”. C) “Argumento da dignidade humana”. D)
“Argumento dos direitos decorrentes”.
12
Assinale a assertiva que está de acordo com os ditames previstos na

Constituição Federal:
A) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as

qualificações profissionais que os respectivos órgãos de classe estabelecerem.
B) A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou

utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em
títulos da dívida pública, ressalvados os casos previstos na Constituição.
C) As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas

atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, em ambos os casos, o
trânsito em julgado.
D) É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da

indenização por dano material, moral ou à imagem
Para responder essa questão, necessário é o conhecimento das seguintes

disposições constitucionais: Art. 5º, XIII. É livre o exercício de qualquer trabalho,
ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
Art. 5º, XXIV. A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; Art.
5º, XIX. As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado e; Art. 5º, V. é assegurado o direito de resposta, proporcional
ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
13
Um indivíduo foi informado de que não teria acesso a financiamento para

aquisição de imóvel a que pleiteava, em função de ter seu nome “negativado"
junto a banco de dados de determinado serviço de proteção ao crédito. Em
consulta à instituição responsável pelo serviço, descobriu que as restrições ao
crédito se deviam a uma série de cheques seus, emitidos e não adimplidos, que
haviam em verdade sido furtados, fato que foi objeto de investigação criminal e
ajuizamento de ação, em andamento, contra o acusado pela suposta prática de
estelionato. Pretende, assim, que essas circunstâncias relativas ao
inadimplemento sejam anotadas no cadastro mantido pela instituição. Sobre
essa situação:
A) Na hipótese de não ser atendido administrativamente, o interessado, em sede

judicial, poderá valer-se de habeas data, devendo instruir a petição inicial com
prova de recusa da instituição em fazer a anotação pretendida, sob pena de
indeferimento, por inépcia.
B) No nosso ordenamento jurídico não se faz necessário proceder administrativa

para impetração de Habeas Data, haja vista que a Petição Inicial da Ação de
Habeas Data não precisa ser instruída com prova: da recusa em fazer-se a
anotação pretendida ou transcurso de seu prazo legal, sob pena de configurar
jurisdição de curso forçado.
C) O indivíduo deve-se valer do remédio constitucional do Mandado de

Segurança, haja vista que possui o direito líquido e certe de que tais
circunstâncias relativas ao inadimplemento sejam anotadas no cadastro mantido
pela instituição.
D) N. D. A.
Súmula 2-STJ: Não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, letra "a") se não
houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.
14
Sobre as Teorias existente acerca do Mandado de Injunção, assinale a assertiva

correta:
A) Para a Corrente não concretista, o Poder Judiciário, ao julgar procedente o

mandado de injunção, deverá apenas comunicar o Poder, órgão, entidade ou
autoridade que está sendo omisso, não podendo concretizar, per si, o direito
fundamental.
B) Para a corrente Concretista, o Poder Judiciário, ao julgar procedente o

mandado de injunção e reconhecer que existe a omissão do Poder Público, não
poderá concretizar, per si, o direito fundamental.
C) Para a corrente Concretista direta, individual, o Judiciário deverá implementar

uma solução para viabilizar o direito do autor e isso deverá ocorrer
imediatamente (diretamente), não sendo necessária nenhuma outra providência,
tendo a decisão efeitos erga omnes.
D) Para a corrente Concretista intermediária, ao julgar procedente o mandado

de injunção, o Judiciário, antes de viabilizar o direito, deverá dar uma
oportunidade ao órgão omisso para que este possa elaborar a norma
regulamentadora. Assim, a decisão judicial fixa um prazo para que o Poder,
órgão, entidade ou autoridade edite a norma que está faltando. Caso esta
determinação não seja cumprida no prazo estipulado, aí sim o Poder Judiciário
poderá viabilizar o direito, liberdade ou prerrogativa.
Correntes sobre o Mandado de Injunção: Não concretista: O Poder Judiciário,

ao julgar procedente o mandado de injunção, deverá apenas comunicar o Poder,
órgão, entidade ou autoridade que está sendo omisso. Concretista: O Poder
Judiciário, ao julgar procedente o mandado de injunção e reconhecer que existe
a omissão do Poder Público, deverá editar a norma que está faltando ou
determinar que seja aplicada, ao caso concreto, uma já existente para outras
situações análogas. Concretista direta, individual: O Judiciário deverá
implementar uma solução para viabilizar o direito do autor e isso deverá ocorrer
imediatamente (diretamente), não sendo necessária nenhuma outra providência,
tendo a decisão efeitos inter partes. Concretista direta, geral: O Judiciário
deverá implementar uma solução para viabilizar o direito do autor e isso deverá
ocorrer imediatamente (diretamente), não sendo necessária nenhuma outra
providência, tendo a decisão efeitos erga omnes. Concretista intermediária: Ao
julgar procedente o mandado de injunção, o Judiciário, antes de viabilizar o
direito, deverá dar uma oportunidade ao órgão omisso para que este possa
elaborar a norma regulamentadora. Assim, a decisão judicial fixa um prazo para
que o Poder, órgão, entidade ou autoridade edite a norma que está faltando.
Caso esta determinação não seja cumprida no prazo estipulado, aí sim o Poder
Judiciário poderá viabilizar o direito, liberdade ou prerrogativa.
15
Determinado estado da Federação editou lei estadual obrigando que todas as

bibliotecas públicas do estado tenham pelo menos uma Bíblia disponível para
consulta. Após sua promulgação, a referida lei foi objeto de intensa discussão
pela população. Mario disse a José que a referida lei era inconstitucional por
violar a laicidade do Estado brasileiro. Mario está:
A) Certo, haja vista que a lei estadual contrariou dispositivo da Constituição

Federal referente a laicidade estatal e o direito à liberdade religiosa.
B) Certo quanto a inconstitucionalidade da lei estadual, mas o fundamento
utilizado por Mário está errado, haja vista que a lei é inconstitucional pelo fato da
matéria ser de competência privativa da União, não podendo ser veiculada por
lei estadual.
C) Errado, haja vista que pelo fato de os Estados gozarem de capacidade de

auto legislação à eles é permitido legislar sobre qualquer matéria.
D) Errado, haja vista que, ao invocar a proteção de Deus no Preâmbulo da

Constituição Federal, fica assegurado aos estados traçarem disposições sobre
livros sagrados, dentre elas a Bíblia.
O art. 19, I, da CF/88 prevê a laicidade estatal, que determina que o Estado deve
manter uma relação de neutralidade em relação às religiões. Assim, ao
determinar que escolas e bibliotecas públicas mantenham exemplares da Bíblia,
a norma estadual ofendeu os princípios da laicidade estatal e da liberdade
religiosa, sendo esse o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que já
analisou situação análoga.
CAPÍTULO V
DIREITOS SOCIAIS
QUESTÕES
01
É a teoria que defende que somente é possível a realização de prestações

positivas por parte do Estado, caso haja recurso financeiro para tanto.
A) Teoria do Mínimo Existencial.
B) Teoria da Vedação do Retrocesso Social.
C) Teoria da Reserva do Possível.
D) N. D. A.
Teoria da Reserva do Possível ou Teoria da Reserva do Economicamente

Possível: Essa teoria surgiu em 1972, no Tribunal Federal Constitucional
Alemão, e entende que a limitação de recursos orçamentários é um obstáculo
para que o Estado atenda as demandas sociais.
02
É a teoria que defende que existem direitos mínimos que devem ser assegurados
ao ser humano:
D) N. D. A.
Teoria do Mínimo Existencial: Essa teoria surgiu em 1953, também, na

Alemanha, sendo extraída dos Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, e
entende que existem determinados direitos sociais, indispensáveis a
coexistência digna do ser humano, que a eles deve ser garantida uma maior
efetividade.
03
É a teoria que defende que existem direitos mínimos que devem ser assegurados
ao ser humano:
D) N. D. A.
Teoria da Vedação do Retrocesso Social ou teoria da Contrarrevolução Social

ou Teoria da Proibição da Evolução Reacionária ou Efeito cliquet: Essa teoria,
que extrai seu fundamento de validade dos Princípios da Segurança Jurídica, da
Dignidade da Pessoa Humana e da Máxima Efetividade, entende que existe um
impedimento de retrocesso na concretização conferida a determinados Direitos
Sociais.
04
Sobre a temática de Direitos Sociais, especificamente sobre o Direito à Saúde,

é correto afirmar que:
A) O Estado, em nenhuma hipótese, pode ser condenado a fornecer

medicamentos experimentais.
B) O Estado, como regra, pode ser condenado a fornecer medicamentos

experimentais.
C) O Estado tem a discricionariedade em fornecer ou não medicamentos

experimentais.
D) O Estado, excepcionalmente, pode ser condenado a fornecer medicamentos

que ainda não foram registrados na ANVISA, mas tenham segurança e eficácia
comprovados.
Direito à Saúde: Medicamentos Experimentais e Medicamentos com Segurança

e Eficácia Comprovados: De acordo com o Supremo Tribunal Federal, como
regra, o Estado não pode ser condenado, a fornecer medicamentos
experimentais, medicamentos que não são registrados na ANVISA. Porém, se
houver A) requerimento de registro da droga; B) uma mora irrazoável da ANVISA
em apreciar o requerimento de registro; C) a existência de registro do
medicamento em renomadas agencias de regulação no exterior, bem como D) a
inexistência de substituto terapêutico equivalente no Brasil; será possível a
condenação do Estado no fornecimento da droga, haja vista que, quando
presentes tais requisitos, o medicamento é considerado um medicamento com
segurança e eficácia já comprovados, conforme julgados abaixo: STF: Direito
Constitucional. Recurso Extraordinário com Repercussão Geral. Medicamentos
não registrados na Anvisa. Impossibilidade de dispensação por decisão judicial,
salvo mora irrazoável na apreciação do pedido de registro. 1. Como regra geral,
o Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos não registrados na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por decisão judicial. O
registro na Anvisa constitui proteção à saúde pública, atestando a eficácia,
segurança e qualidade dos fármacos comercializados no país, além de garantir
o devido controle de preços. 2. No caso de medicamentos experimentais, i.e.,
sem comprovação científica de eficácia e segurança, e ainda em fase de
pesquisas e testes, não há nenhuma hipótese em que o Poder Judiciário possa
obrigar o Estado a fornecê-los. Isso, é claro, não interfere com a dispensação
desses fármacos no âmbito de programas de testes clínicos, acesso expandido
ou de uso compassivo, sempre nos termos da regulamentação aplicável. 3. No
caso de medicamentos com eficácia e segurança comprovadas e testes
concluídos, mas ainda sem registro na ANVISA, o seu fornecimento por decisão
judicial assume caráter absolutamente excepcional e somente poderá ocorrer
em uma hipótese: a de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo
superior ao previsto na Lei nº 13.411/2016). Ainda nesse caso, porém, será
preciso que haja prova do preenchimento cumulativo de três requisitos. São eles:
(i) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso
de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras); (ii) a existência de
registro do medicamento pleiteado em renomadas agências de regulação no
exterior (e.g., EUA, União Europeia e Japão); e (iii) a inexistência de substituto
terapêutico registrado na ANVISA. Ademais, tendo em vista que o pressuposto
básico da obrigação estatal é a mora da agência, as ações que demandem
fornecimento de medicamentos sem registro na ANVISA deverão
necessariamente ser propostas em face da União. 4. Provimento parcial do
recurso extraordinário, apenas para a afirmação, em repercussão geral, da
seguinte tese: “1. O Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos
experimentais. 2. A ausência de registro na ANVISA impede, como regra geral,
o fornecimento de medicamento por decisão judicial. 3. É possível,
excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário,
em caso de mora irrazoável da ANVISA em apreciar o pedido de registro (prazo
superior ao previsto na Lei nº 13.411/2016), quando preenchidos três requisitos:
(i) a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil (salvo no caso
de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras); (ii) a existência de
registro do medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; e
(iii) a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil. 4. As ações
que demandem fornecimento de medicamentos sem registro na Anvisa deverão
necessariamente ser propostas em face da União”. (RE 657718, Relator(a):
MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ROBERTO BARROSO, Tribunal
Pleno, julgado em 22/05/2019, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-267 DIVULG 06-11-2020 PUBLIC 09-11-2020)
05
Sobre os Direitos Sociais, assinale a assertiva correta:
A) Dada a sua importância, constituem cláusula pétrea expressa na Constituição

Federal.
B) As escolhas das políticas públicas cabem precipuamente ao Poder Executivo.
C) A reserva do possível tem como definição ser o núcleo da dignidade da

pessoa humana, o conjunto de bens e utilidades indispensáveis à uma vida
digna.
D) A reserva do possível tem como definição impedir o retrocesso de efetivação

em matéria de direito social.
Sobre a assertiva A, é necessário ter atenção à disposição Constitucional, que

prevê o seguinte: Art. 60. §4º: Não será objeto de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir: I. a forma federativa de Estado; II - o voto direto,
secreto, universal e periódico; III. a separação dos Poderes; IV. os direitos e
garantias individuais. Porém, o conhecimento da Doutrina Majoritária é
indispensável, haja vista que muito embora os direitos sociais não tenham sido
consagrados expressamente no rol das cláusulas pétreas do nosso sistema
constitucional, a doutrina majoritária sustenta que eles estão incluídos neste rol.
A sistematização das teorias que debatem sobre a efetivação dos Direitos
Sociais pode ser assim resumida: Reserva do Possível: Somente é possível a
realização de prestações positivas por parte do Estado, caso haja recurso
financeiro para tanto. Mínimo Existencial: Direitos que compõe o mínimo para
que um ser humano tenha uma existência digna, como por exemplo, saúde,
educação, acesso à Justiça, devem ser garantidos e sobre eles não pode ser
oposta a teoria da reserva do possível. Proteção ao Retrocesso: Direitos Sociais
conquistados não podem não retroceder.
CAPÍTULO VI
DIREITOS DA NACIONALIDADE
QUESTÕES
01
É espécies de nacionalidade imposta, de maneira unilateral, independentemente

da vontade do indivíduo, pelo Estado, no momento do seu nascimento:
A) Jus soli.
B) Jus sanguinis.
C) Nacionalidade secundária.
D) Nacionalidade primária.
Nacionalidade Primária ou Originária ou Involuntária ou de 1º grau: É a

nacionalidade imposta, de maneira unilateral, independentemente da vontade do
indivíduo, pelo Estado, no momento do seu nascimento.
02
É espécie de nacionalidade que se adquire por vontade própria, depois do

nascimento.
A) Jus soli.
B) Jus sanguinis.
Existem duas espécies de nacionalidade, a saber: Nacionalidade Primária ou

Originária ou Involuntária ou de 1º grau: É a nacionalidade imposta, de maneira
unilateral, independentemente da vontade do indivíduo, pelo Estado, no
momento do seu nascimento. Nacionalidade Secundária ou Adquirida ou
Voluntária ou de 2º grau: É a nacionalidade que se adquire por vontade própria,
depois do nascimento. No nosso ordenamento jurídico, a nacionalidade primária
está ligada aos casos de nacionalidade nata e a nacionalidade secundária aos
casos envolvendo os casos de naturalização.
03
A definição da nacionalidade é dada pelo critério do local de nascimento do

indivíduo, ou seja, pelo território de seu nascimento. Essa definição corresponde
ao seguinte critério:
A) Jus soli.
B) Jus sanguinis.
Critério do Jus soli ou critério da territorialidade: A definição da nacionalidade é

dada pelo critério do local de nascimento do indivíduo, ou seja, pelo território de
seu nascimento.
04
A definição da nacionalidade é pelo critério do sangue, da ascendência, ou seja,

o que determina a nacionalidade, de acordo com esse critério, são seus vínculos
de ancestralidade. Essa definição corresponde ao seguinte critério:
A) Jus soli.
B) Jus sanguinis.
Existem dois critérios de aquisição da nacionalidade, a saber: Critério do Jus soli

ou critério da territorialidade: A definição da nacionalidade é dada pelo critério do
local de nascimento do indivíduo, ou seja, pelo território de seu nascimento.
Critério do Jus sanguinis ou critério do sangue: A definição da nacionalidade é
pelo critério do sangue, da ascendência, ou seja, o que determina a
nacionalidade, de acordo com esse critério, são seus vínculos de ancestralidade.
05
Os polipátridas, situação conhecida, também, como multinacionalidade, em que

um indivíduo possui mais de uma nacionalidade; os apátridas, também,
conhecidos como heimatlos, que indicam para os indivíduos desprovidos de
nacionalidade, situação que não configura uma violação aos Direitos Humanos.
A assertiva está:
A) Totalmente correta.
B) Totalmente incorreta.
C) Parcialmente correta.
D) N. D. A.
Polipátridas e apátridas: Sobre essa temática, é importante distinguir os

polipátridas, situação conhecida, também, como multinacionalidade, em que um
indivíduo possui mais de uma nacionalidade; dos apátridas, também, conhecidos
como heimatlos, que indicam para os indivíduos desprovidos de nacionalidade,
situação que configura uma violação aos Direitos Humanos.
06
A) O brasileiro naturalizado, conforme prevê a Constituição Federal, poderá ser

extraditado em caso de crime comum, praticado após a naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
forma da lei.
B) De acordo com a Constituição de 1988, são privativos de brasileiro nato o

cargo de Ministro de Estado de Defesa e da Justiça.
C) De acordo com a Constituição de 1988, 6 assentos do Conselho de Defesa

Nacional são reservados para brasileiros natos.
D) A Constituição Federal prevê que a propriedade de empresa jornalística e de
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou
naturalizados há mais de 10 [dez] anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob
as leis brasileiras e que tenham sede no País.
A resposta da questão passa necessariamente pela compreensão dos seguintes

dispositivos constitucionais: Art. 5º, LI. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo
o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou
de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
na forma da lei; Art. 12, §3º: São privativos de brasileiro nato os cargos: I. de
Presidente e Vice-Presidente da República; II. de Presidente da Câmara dos
Deputados; III. de Presidente do Senado Federal; IV. de Ministro do Supremo
Tribunal Federal; V. da carreira diplomática; VI. de oficial das Forças Armadas.
VII. de Ministro de Estado da Defesa; Art. 89. O Conselho da República é órgão
superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: [...]; VII - seis
cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois
eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução e; Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão
sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há
mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e
que tenham sede no País.
07
Assinale a alternativa correta no que tange aos Direitos da Nacionalidade:
A) Enquanto gênero se divide em primária e secundária. Nacionalidade primária

ou originária é aquela que o indivíduo adquire por força do nascimento, portanto,
o vínculo jurídico estabelecido, emana de uma atribuição unilateral do Estado.
B) Dois são os critérios pelos quais se estabelecem as normas definidoras da

nacionalidade secundária: o jus soli e o jus sanguinis, no qual o primeiro
estabelece a nacionalidade à vista da ascendência, ou seja, aqueles que forem
filhos de nacionais assim também serão considerados.
C) De acordo com o inciso I, do art. 12 da CF, serão considerados brasileiros

natos, os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileira, ainda que nenhum
dos ascendentes esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
D) Um brasileiro nato jamais poderá perder a nacionalidade brasileira.
São definições necessárias para a compreensão da questão: Nacionalidade

primária ou originária: Inerente ao brasileiro nato, resultante do nascimento,
imposta pelo Estado. Nacionalidade secundária ou adquirida: Casos de
naturalização, adquirida por elemento volitivo, após o nascimento. Jus
Sanguinis: Garante-se a nacionalidade de um país por meio de sua
ascendência. Jus Solis: Garante-se a nacionalidade pelo lugar onde nasceu.
Bem como o conhecimento dos seguintes dispositivos constitucionais: Art. 12.

São brasileiros: I. natos: b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do
Brasil e; Art. 12, §4º. Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
II. adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização,
pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
08
São brasileiros natos: I. Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe

brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo,
depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. II. Os que, na
forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e
idoneidade moral. III. Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país. IV. Os
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil.
A) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.

B) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
C) Apenas a assertiva II está incorreta.
D) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
Art. 12. São brasileiros: I. natos: a) os nascidos na República Federativa do

Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço
de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c)
os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida
a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
09
Consoante o que dispõe a Constituição de 1988, são privativos de brasileiro nato

os cargos, exceto:
A) de Ministro do Supremo Tribunal Federal
B) de Ministro de Estado da Justiça
C) da carreira diplomática
D) de Presidente da Câmara dos Deputados
Art. 12, §3º, CF: São privativos de brasileiro nato os cargos: I. de Presidente e
Vice-Presidente da República; II. de Presidente da Câmara dos Deputados; III.
de Presidente do Senado Federal; IV. de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V. da carreira diplomática; VI. de oficial das Forças Armadas.VII. de Ministro de
Estado da Defesa.
10
Nos termos da Constituição Federal, será declarada a perda da nacionalidade

do brasileiro que:
A) tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de

atividade nociva ao interesse nacional, apenas.
B) adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: A) de reconhecimento de

nacionalidade originária pela lei estrangeira; B) de imposição de naturalização,
pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis,
apenas.
C) tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional e adquirir outra nacionalidade, salvo nos
casos: A) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; B)
de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou
para o exercício de direitos civis, sendo que essa última hipótese não é aplicável
ao brasileiro nato.
D) tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de

atividade nociva ao interesse nacional e adquirir outra nacionalidade, salvo nos
casos: A) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; B)
de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou
para o exercício de direitos civis, sendo que essa última hipótese é aplicável ao
brasileiro nato.
Art. 12, §4º, CF: Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I.
tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional; II. adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: A)
de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; B) de
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para
o exercício de direitos civis; Veja que, como regra, o nosso ordenamento jurídico
não admite a dupla nacionalidade, salivo nas hipóteses previstas nos incisos I e
II acima transcritos. A hipótese prevista no inciso I é denominada como perda
punição e é aplicável única a exclusivamente para casos envolvendo brasileiros
naturalizados, podendo ser aplicada somente por ação judicial, proposta pelo
Ministério Público Federal, perante a Justiça Federal. A hipótese prevista no
inciso II é denominada perda mudança e é aplicável aos brasileiros natos,
hipótese em que a perda da nacionalidade independe de ação judicial e se
concretiza em âmbito de procedimento administrativo, conforme se depreende
do julgado abaixo:
CAPÍTULO VII
DIREITOS POLÍTICOS E DOS PARTIDOS POLÍTICOS
QUESTÕES
01
O nosso modelo democrático pode ser classificado como:
A) Democracia direta.
B) Democracia representativa.
C) Democracia semidireta.
D) N. D. A.
A democracia é classificada em 3 [três] espécies, a saber: Democracia direta:

Na democracia direta, o próprio povo, por si só, sem interposta pessoa, debate
e adota a linha política que irá reger o Estado. Democracia representativa: Na
democracia representativa, o povo elege representantes que, através de
mandato popular, irão, em nome do povo, estabelecer a linha política que irá
reger o Estado. Democracia semidireta ou semi-representativa: Na democracia
semidireta ou semi-representativa existe uma miscelânia das duas espécies de
modelos democráticos anteriormente colocados. Nosso ordenamento jurídico
adotou como modelo de democracia uma democracia semidireta ou semi-
representativa, em que representantes eleitos, como regra, adotam a linha
política de regência, mas, também, o povo tem em suas mãos instrumentos que
permitem reger a linha política de nossa nação, conforme se extrai da norma
abaixo colacionada: Art. 1º, parágrafo único, CF: Todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição. E os instrumentos que são colocados à disposição do povo
são os seguintes: Plebiscito; Referendo; Iniciativa popular.
02
Acerca dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal,

assinale a opção correta.
A) A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor um ano após a sua
publicação.
B) São inelegíveis apenas os militares e os analfabetos.
C) O Prefeito deve renunciar ao respectivo mandato, até seis meses antes do

pleito, para concorrer a cargo eletivo majoritário.
D) A idade mínima de vinte e um anos é condição de elegibilidade para os cargos

de prefeito, deputado federal, deputado estadual e vereador.
Para compreensão da questão, necessário o conhecimento das seguintes

normas constitucionais: Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em
vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um
ano da data de sua vigência. Art. 12, §4º. São inelegíveis os inalistáveis e os
analfabetos. §8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I. se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II. se
contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e,
se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Art. 14, §6º. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. Art. 14, VI. a idade
mínima de: a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador; b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal; c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) 18 anos para Vereador.
03
Assinale a alternativa incorreta:
A) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito,
referendo e iniciativa popular.
B) O direito de sufrágio, direito fundamental do cidadão, é o direito público

subjetivo que possui o cidadão de participar da organização política estatal,
permitindo a ele eleger seus representantes e também ser eleito, situação que
configura a capacidade eleitoral ativa e passiva, respectivamente.
C) Segundo o texto constitucional, não será objeto de deliberação a proposta de

emenda tendente a abolir o voto direto, obrigatório, secreto, universal e
periódico.
D) Embora o texto constitucional seja impositivo no que diz respeito ao voto
direto, admite-se, em casos excepcionais, a eleição indireta, que será realizada
pelo Poder Legislativo, sem participação popular.
A cláusula pétrea, também conhecida como cláusula de pré-comprometimento

não traz a obrigatoriedade do voto. Então, atenção ao fato de que o voto
obrigatório não é cláusula pétrea, conforme prevê o art. 60, §4º, da Constituição
Federal: Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
[...]; II. o voto direto, secreto, universal e periódico.
04
Segundo o disposto na Constituição Federal de 1988, após a reforma dada pela

Emenda Constitucional no 97/2017, é correto afirmar que para que um partido
político tenha acesso aos recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
tempo de rádio e televisão é necessário:
A) Obter, nas eleições para a Câmara dos Deputados e do Senado Federal,

conjuntamente, o mínimo de 5% dos votos válidos nacionais, distribuídos em
pelo menos 1/3 das unidades da federação, exigindo-se, para ambos, o mínimo
de 2% dos votos válidos em cada uma delas.
B) Obter, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas, ou se elegerem pelo menos
15 deputados distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da federação.
C) Obter, nas eleições para o Senado Federal, no mínimo 2% dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos 2 unidades da federação, com um mínimo de 1%
dos votos válidos em cada uma delas.
D) Obter, nas eleições para o Senado Federal, no mínimo 5% dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos 4 unidades da federação, com um mínimo de 2%
dos votos válidos em cada uma delas.
A Emenda Constitucional nº 97, de 2017 alterou a redação do art. 17 da

Constituição Federal, que passou a contar com a seguinte disposição: Art. 17, §
3º: Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: I.
obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas; ou II. tiverem elegido pelo
menos 15 Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação.
05
João foi condenado para prática de lesões corporais leves, com sentença
transitada em julgado. Na sentença, em virtude da pena aplicada e das
condições subjetivas favoráveis, o Juiz converteu a pena privativa de liberdade
em pena restritiva de direito, consistente em prestação de serviços à comunidade
pelo prazo de 1 ano. Sobre os direitos políticos de João é correto afirmar:
A) Em virtude da condenação criminal pela prática de lesões corporais leves,

João terá seus direitos políticos cassados.
B) Em virtude da condenação criminal pela prática de lesões corporais leves,

João ficará com seus direitos políticos suspensos apenas em caso de aplicação
de pena privativa de liberdade.
C) Em virtude da condenação criminal pela prática de lesões corporais leves,

ficará com seus direitos políticos suspensos tanto no caso de aplicação de pena
privativa de liberdade como na hipótese de substituição por pena restritiva de
direito.
D) Os direitos políticos de João não serão atingidos pela sentença criminal

transitada em julgado pela prática de lesões corporais leves.
O Art. 15 da Constituição Federal prevê que: É vedada a cassação de direitos

políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: (...) III. condenação
criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. O Plenário do
Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 601182, entendeu que: A suspensão
de direitos políticos prevista no art. 15, III, da Constituição Federal, aplica-se no
caso de substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos.
CAPÍTULO VIII
PODER LEGISLATIVO
QUESTÕES
01
Sobre o Poder Legislativo, é corretor afirmar que:
A) Desempenha funções típicas, de legislar, apenas, bem como funções atípicas,

de administrar e; julgar.
B) Em âmbito estadual, o Poder Legislativo é bicameral, sendo exercido pelo

Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal.
C) A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo

sistema majoritário, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal, ao
passo que o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do
Distrito Federal, eleitos segundo o princípio proporcional.
D) N. D. A.
O Poder Legislativo desempenha funções típicas, de 1) legislar e; 2) fiscalizar,

podendo ser uma fiscalização político-administrativa, bem como econômica-
orçamentária; bem como funções atípicas, de 3) administrar e; 4) julgar. Em
âmbito federal, o Poder Legislativo é bicameral, sendo exercido pelo Congresso
Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A
Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal,
ao passo que o Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do
Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
02
É correto afirmar que:
A) Na Câmara dos Deputados, o número total dos parlamentares que a compõe

[Deputados Federais], bem como a representação por Estado e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições,
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 7 [sete] ou
mais de 80 [oitenta] Deputados, destacando que o mandato dos Deputados
Federais é de 4 [quatro] anos.
B) Apesar de não existirem, hoje, Territórios, podem, perfeitamente, serem

criados, desde que cumpridos os requisitos constitucionais, e, nesse caso, a
regra acima não é aplicada, haja vista que cada Território elegerá 4 [quatro]
Deputados.
C) No Senado Federal, cada Estado e o Distrito Federal elegerão 3 [três]

Senadores, com 1 [um] suplemente e mandato de 8 [oito] anos, ressaltando que
a representação de cada ente político será renovada de 4 [quatro] em 4 [quatro]
anos, alternadamente, por 1/3 [um terço] e 2/3 [dois terços].
D) N. D. A.
Na Câmara dos Deputados, o número total dos parlamentares que a compõe

[Deputados Federais], bem como a representação por Estado e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições,
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de 8 [oito] ou
mais de 70 [setenta] Deputados, destacando que o mandato dos Deputados
Federais é de 4 [quatro] anos. Apesar de não existirem, hoje, Territórios, podem,
perfeitamente, serem criados, desde que cumpridos os requisitos
constitucionais, e, nesse caso, a regra acima não é aplicada, haja vista que cada
Território elegerá 4 [quatro] Deputados. No Senado Federal, cada Estado e o
Distrito Federal elegerão 3 [três] Senadores, com 2 [dois] suplementes e
mandato de 8 [oito] anos, ressaltando que a representação de cada ente político
será renovada de 4 [quatro] em 4 [quatro] anos, alternadamente, por 1/3 [um
terço] e 2/3 [dois terços].
03
Compete ao Senado Federal:
A) Autorizar, por 2/3 [dois terços] de seus membros, a instauração de processo

contra o Presidente e o Vice-Presidente da República.
B) Autorizar, por 2/3 [dois terços] de seus membros, a instauração de processo

contra os Ministros de Estado;
C) Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
D) Processar e julgar Prefeitos caso venham a cometer crime de

responsabilidade.
Art. 52, VI, CF: VI. aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de
seu mandato.
04
Garante aos Parlamentares inviolabilidade por opiniões, palavras e votos, com

previsão no art. 53 da Constituição Federal:
A) Imunidade material, que não pode ser renunciada pelo Parlamentar.
B) Imunidade formal em relação ao processo, que pode ser renunciada pelo

Parlamentar.
C) Imunidade formal em relação à prisão, que não pode ser renunciada pelo
Parlamentar.
D) Imunidade material, que pode ser renunciada pelo Parlamentar.
O Estatuto dos Congressistas, normas previstas na Constituição Federal, a partir

do art. 53 e seguintes, garante aos Parlamentares prerrogativas para que
possam exercer seu mandato com liberdade e independência, assegurando,
portanto, a independência do Poder e a liberdade de seus Membros. E, por se
tratar de prerrogativas institucionais não podem ser renunciadas pelos
Parlamentares, pois dizem respeito ao exercício do mandato e não à figura da
pessoa do Parlamentar. A Imunidade material garante aos Parlamentares
inviolabilidade por opiniões, palavras e votos, com previsão no art. 53 da
Constituição Federal.
05
Garante que, via de regra, os Parlamentares não poderão ser presos, por crimes
praticados após a diplomação. E, garante ao Parlamentar o foro por prerrogativa
de função no Supremo Tribunal Federal, bem como a possibilidade da Casa
respectiva sustar o andamento de eventual ação penal. Tais afirmações
correspondem, respectivamente, aos seguintes institutos:
A) Imunidade material e formal em relação ao processo.
B) Imunidade formal em relação ao processo e imunidade formal em relação à

prisão.
C) Imunidade formal em relação à prisão e imunidade formal em relação ao

processo.
D) Imunidade material e formal em relação à prisão.
Imunidade material, que garante aos Parlamentares inviolabilidade por opiniões,

palavras e votos, com previsão no art. 53 da Constituição Federal; Imunidade
formal, que pode ser de duas espécies, a saber: 1) Em relação a prisão, que
garante que, via de regra, os Parlamentares não poderão ser presos. A exceção
encontra-se no texto do art. 53, §2º, da Constituição Federal e; 2) Em relação ao
processo, que garante ao Parlamentar o foro por prerrogativa de função no
Supremo Tribunal Federal, bem como a possibilidade da Casa respectiva sustar
o andamento da ação penal, com previsão no art. 53, §2º, da Constituição
Federal, sendo assim mais detalhadas:
06
É imunidade prevista para os Parlamentares Federais, mas que também é

extensível aos Parlamentares Municipais:
A) Inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato

e na circunscrição do Município, e a prisão somente em caso de flagrante delito
inafiançável, desde a diplomação.
B) Inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato

e na circunscrição do Município, apenas.
C) Autorização prévia da Assembleia Legislativa, por maioria de dois terços, para

ser processado penalmente.
D) Prisão somente em caso de flagrante delito inafiançável, desde a diplomação.
Os Vereadores não possuem imunidade formal ou processual, seja em relação

à prisão ou em relação ao processo; possuindo, tão-somente, imunidade
material, conforme prevê o art. 29, VIII, da Constituição Federal: inviolabilidade
dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
na circunscrição do Município;
07
Determinado Deputado Federal afirmou que outra Deputada Federal “não

mereceria ser estuprada por ser muito ruim, muito feia”. E acrescentou que, se
fosse estuprador, "não iria estuprá-la porque ela não merece".
Sobre essa situação, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores:
A) O parlamentar não pode ser responsabilizado civilmente por suas palavras

em razão da imunidade parlamentar material prevista no art. 53 da CF/88: Art.
53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos.
B) A imunidade é um privilégio pessoal dos parlamentares, motivo pele qual não

podem ser responsabilizados por opiniões, palavras e votos.
C) As opiniões ofensivas proferidas por deputados federais, em manifestações

que não guardam nenhuma relação com o exercício do mandato, não estão
abarcadas pela imunidade material prevista no art. 53 da CF/88 e são aptas a
gerar dano moral.
D) N. D. A.
O Superior Tribunal de Justiça analisou situação análoga, em que o Deputado

Federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou que a também Deputada Federal Maria
do Rosário (PT-RS), “não merece ser estuprada por ser muito ruim, muito feia,
não faz meu gênero”. E acrescentou que, se fosse estuprador, "não iria estuprá-
la porque ela não merece". O STJ entendeu que a conduta do parlamentar não
está abrangida pela imunidade parlamentar e que, portanto, ele deveria ser
condenado a pagar indenização por danos morais em favor da Deputada.
Decidiu o Tribunal: As opiniões ofensivas proferidas por deputados federais e
veiculadas por meio da imprensa, em manifestações que não guardam nenhuma
relação com o exercício do mandato, não estão abarcadas pela imunidade
material prevista no art. 53 da CF/88 e são aptas a gerar dano moral. STJ. 3ª
Turma. REsp 1642310-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/8/2017 (Info
609).
08
Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
A) Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar,

como, por exemplo, além de outros casos definidos no Regimento Interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a
percepção de vantagens devidas, oportunidade em que a perda do mandato será
declarada pela Casa Legislativa respectiva;
B) Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à quarta parte das

sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta
autorizada, oportunidade em que a perda do mandato será simplesmente
declarada pela Mesa da Casa Legislativa respectiva, de ofício ou mediante
provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado
no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa;
C) Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos, oportunidade em que a

perda do mandato será simplesmente declarada pela Mesa da Casa Legislativa
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou
de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa;
D) Quando o decretar a Justiça Estadual, nos casos previstos em lei,

oportunidade em que a perda do mandato será decidida pela Mesa da Casa
Legislativa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus
membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional,
assegurada ampla defesa;
A Constituição Federal estabelece que perderá o mandato o Deputado ou

Senador: I. que infringir qualquer das proibições acima estabelecidas,
oportunidade em que a perda do mandato será decida pela Casa Legislativa
respectiva; II. cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro
parlamentar, como, por exemplo, além de outros casos definidos no Regimento
Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas, oportunidade em que a perda
do mandato será decida pela Casa Legislativa respectiva; III. que deixar de
comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada, oportunidade
em que a perda do mandato será simplesmente declarada pela Mesa da Casa
Legislativa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus
membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional,
assegurada ampla defesa; IV. que perder ou tiver suspensos os direitos políticos,
oportunidade em que a perda do mandato será simplesmente declarada pela
Mesa da Casa Legislativa respectiva, de ofício ou mediante provocação de
qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada ampla defesa; V. quando o decretar a Justiça Eleitoral,
nos casos previstos nesta Constituição, oportunidade em que a perda do
mandato será simplesmente declarada pela Mesa da Casa Legislativa
respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou
de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa.
09
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta

para:
A) Conhecer do veto e sobre ele deliberar.
B) No dia 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, reunir-se, a fim de dar

posse aos Congressistas.
C) Receber o compromisso do Governador de Estado.
D) Inaugurar o período legislativo.
A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta

para: I. inaugurar a sessão legislativa; II. elaborar o regimento comum e regular
a criação de serviços comuns às duas Casas; III. receber o compromisso do
Presidente e do Vice-Presidente da República; IV. conhecer do veto e sobre ele
deliberar. O art. 57, §4º, da Constituição, ao dispor sobre a Sessão Preparatória,
dispõe que “A partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, cada uma
das Casas, reunir-se-á em sessões preparatórias, para a posse de seus
membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 [dois] anos,
vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subsequente.”
10
São requisitos constitucionais para criação de uma Comissão Parlamentar de

Inquérito:
A) O requerimento de 2/3 dos membros das Casas Legislativas; a indicação de

fato determinado a ser apurado; e a definição de prazo certo para sua duração.
B) O requerimento de 1/3 dos membros das Casas Legislativas; a indicação de

fato determinado a ser apurado; e a definição de prazo certo para sua duração.
C) O requerimento de 1/3 dos membros das Casas Legislativas; a indicação de

fato determinado a ser apurado; mesmo que com indefinição de prazo para sua
duração.
D) O requerimento de 1/3 dos membros das Casas Legislativas; a indicação de

fato privado determinado a ser apurado; mesmo que com indefinição de prazo
para sua duração.
A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito configura o que é

conhecido como Direito Público Subjetivo das Minorias, haja vista que sua
instalação não se submete a nenhum juízo discricionário de nenhuma autoridade
ou órgão, bastando o preenchimento dos seguintes requisitos, conforme
decidido pelo Supremo Tribunal Federal no MS 37760 MC-Ref/DF, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgado em 14/4/2021 (Info 1013): 1º) O requerimento de 1/3
dos membros das Casas Legislativas; 2º) A indicação de fato determinado a ser
apurado; e 3º) A definição de prazo certo para sua duração. STF: Existe, no
sistema político-jurídico brasileiro, um verdadeiro estatuto constitucional das
minorias parlamentares, cujas prerrogativas - notadamente aquelas pertinentes
ao direito de investigar - devem ser preservadas pelo Poder Judiciário, a quem
incumbe proclamar o alto significado que assume, para o regime democrático, a
essencialidade da proteção jurisdicional a ser dispensada ao direito de oposição,
analisado na perspectiva da prática republicana das instituições parlamentares.
- A norma inscrita no art. 58, § 3º, da Constituição da República destina-se a
ensejar a participação ativa das minorias parlamentares no processo de
investigação legislativa, sem que, para tanto, mostre-se necessária a
concordância das agremiações que compõem a maioria parlamentar. - O direito
de oposição, especialmente aquele reconhecido às minorias legislativas, para
que não se transforme numa prerrogativa constitucional inconseqüente, há de
ser aparelhado com instrumentos de atuação que viabilizem a sua prática efetiva
e concreta no âmbito de cada uma das Casas do Congresso Nacional. - A
maioria legislativa não pode frustrar o exercício, pelos grupos minoritários que
atuam no Congresso Nacional, do direito público subjetivo que lhes é assegurado
pelo art. 58, § 3º, da Constituição e que lhes confere a prerrogativa de ver
efetivamente instaurada a investigação parlamentar, por período certo, sobre
fato determinado. Precedentes: MS 24.847/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO,
v.g.. - A ofensa ao direito das minorias parlamentares constitui, em essência, um
desrespeito ao direito do próprio povo, que também é representado pelos grupos
minoritários que atuam nas Casas do Congresso Nacional. REQUISITOS
CONSTITUCIONAIS PERTINENTES À CRIAÇÃO DE COMISSÃO
PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CF, ART. 58, § 3º): CLÁUSULA QUE
AMPARA DIREITO DE CONTEÚDO EMINENTEMENTE CONTRA-
MAJORITÁRIO. - A instauração de inquérito parlamentar, para viabilizar-se no
âmbito das Casas legislativas, está vinculada, unicamente, à satisfação de três
(03) exigências definidas, de modo taxativo, no texto da Lei Fundamental da
República: (1) subscrição do requerimento de constituição da CPI por, no
mínimo, 1/3 dos membros da Casa legislativa, (2) indicação de fato determinado
a ser objeto da apuração legislativa e (3) temporariedade da comissão
parlamentar de inquérito. Precedentes do Supremo Tribunal Federal: MS
24.831/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.. - O requisito constitucional
concernente à observância de 1/3 (um terço), no mínimo, para criação de
determinada CPI (CF, art. 58, § 3º), refere-se à subscrição do requerimento de
instauração da investigação parlamentar, que traduz exigência a ser aferida no
momento em que protocolado o pedido junto à Mesa da Casa legislativa, tanto
que, "depois de sua apresentação à Mesa", consoante prescreve o próprio
Regimento Interno da Câmara dos Deputados (art. 102, § 4º), não mais se
revelará possível a retirada de qualquer assinatura. - Preenchidos os requisitos
constitucionais (CF, art. 58, § 3º), impõe-se a criação da Comissão Parlamentar
de Inquérito, que não depende, por isso mesmo, da vontade aquiescente da
maioria legislativa. Atendidas tais exigências (CF, art. 58, § 3º), cumpre, ao
Presidente da Casa legislativa, adotar os procedimentos subseqüentes e
necessários à efetiva instalação da CPI, não se revestindo de legitimação
constitucional o ato que busca submeter, ao Plenário da Casa legislativa, quer
por intermédio de formulação de Questão de Ordem, quer mediante interposição
de recurso ou utilização de qualquer outro meio regimental, a criação de qualquer
comissão parlamentar de inquérito. - A prerrogativa institucional de investigar,
deferida ao Parlamento (especialmente aos grupos minoritários que atuam no
âmbito dos corpos legislativos), não pode ser comprometida pelo bloco
majoritário existente no Congresso Nacional, que não dispõe de qualquer
parcela de poder para deslocar, para o Plenário das Casas legislativas, a decisão
final sobre a efetiva criação de determinada CPI, sob pena de frustrar e nulificar,
de modo inaceitável e arbitrário, o exercício, pelo Legislativo (e pelas minorias
que o integram), do poder constitucional de fiscalizar e de investigar o
comportamento dos órgãos, agentes e instituições do Estado, notadamente
daqueles que se estruturam na esfera orgânica do Poder Executivo. - A rejeição
de ato de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito, pelo Plenário da
Câmara dos Deputados, ainda que por expressiva votação majoritária, proferida
em sede de recurso interposto por Líder de partido político que compõe a maioria
congressual, não tem o condão de justificar a frustração do direito de investigar
que a própria Constituição da República outorga às minorias que atuam nas
Casas do Congresso Nacional. (MS 26441, Relator(a): CELSO DE MELLO,
Tribunal Pleno, julgado em 25/04/2007, DJe-237 DIVULG 17-12-2009 PUBLIC
18-12-2009 EMENT VOL-02387-03 PP-00294 RTJ VOL-00223-01 PP-00301)
CAPÍTULO IX
PODER EXECUTIVO
QUESTÕES
01
A) Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido

político, obtiver a maioria simples de votos, não computados os em branco e os
nulos.
B) A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á,

simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no
segundo domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao
do término do mandato presidencial vigente.
C) A eleição do Presidente da República não importará a do Vice-Presidente com

ele registrado.
D) O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do

Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil, exercendo um
mandato de 4 [quatro] anos que, de acordo com a Emenda Constitucional
111/2021, terá início em 5 [cinco] de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição.
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos

Ministros de Estado. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República
realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro
turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano
anterior ao do término do mandato presidencial vigente. A eleição do Presidente
da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. Será
considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político,
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do
Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil, exercendo um
mandato de 4 [quatro] anos que, nos de acordo com a Emenda Constitucional
111/2021, terá início em 5 [cinco] de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição.
02
Sobre o tema substituição e sucessão do Chefe do Poder Executivo federal,

assinale a assertiva correta:
A) O Presidente da República possui um substituto eventual, que é o Vice-

Presidente da República, bem como substitutos naturais, que são o Presidente
da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal
Federal.
B) Se ocorrer vacância nos 2 [dois] primeiros anos do exercício do mandato

presidencial, far-se-á eleições diretas, a serem realizadas no prazo de 90
[noventa] dias, depois de aberta a última vaga.
C) Se ocorrer vacância nos 2 [dois] últimos anos do exercício do mandato

presidencial, far-se-á eleições indiretas a serem realizadas no prazo de 90
[noventa] dias, depois de aberta a última vaga.
D) Em qualquer dos casos apontados pelas alternativas B e C, os eleitos

desempenharão um novo mandato de 4 [quatro] anos.
Inicialmente, sobre o tema ausência do Chefe do Executivo, necessário fazer a

distinção entre os institutos jurídicos do impedimento, que corresponde a uma
ausência temporária, e vacância, que corresponde a uma ausência definitiva. O
Presidente da República possui um substituto natural, que é o Vice-Presidente
da República, bem como substitutos eventuais, que são o Presidente da Câmara
dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Caso o
cargo presidencial fique acéfalo, ou seja, sem qualquer representante, com uma
ausência definitiva tanto do Presidente quanto do Vice-Presidente da República,
necessário se faz o seu preenchimento, porém, deve-se atentar ao seguinte
detalhe: Vacância nos 2 [dois] primeiros anos do exercício do mandato
presidencial: Eleições diretas, com convocação da população para ir às urnas
serão realizadas no prazo de 90 [noventa] dias, depois de aberta a última vaga.
Vacância nos 2 [dois] últimos anos do exercício do mandato presidencial:
Eleições indiretas, serão realizadas pelo Congresso Nacional, no prazo de 30
[trinta] dias, depois de aberta a última vaga. Em qualquer dos casos, os eleitos
deverão completar o período de seus antecessores, instituto conhecido como
mandato tampão.
03
Sobre o tema licença para viagem ao exterior, assinale a assertiva correta:
A) Somente o Vice-Presidente da República não poderá, sem licença do

Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a 10 [dez] dias,
sob pena de perda do cargo.
B) O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do

Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a 15 [quinze] dias,
sob pena de perda do cargo.
C) Os Estados-membros não precisam seguir o mesmo modelo traçado pelo

Poder Constituinte Federal, podendo dispor um lapso temporal inferior a 15
[quinze] dias para que incida o controle da Assembleia Legislativa dos Estados
sobre a ausência de seu chefe do Executivo.
D) Os Estados-membros precisam seguir o mesmo modelo traçado pelo Poder

Constituinte Federal, devendo, obrigatoriamente, dispor que o lapso temporal
superior a 30 [trinta] dias é o que justifica o a incidência do controle da
Assembleia Legislativa dos Estados sobre a ausência de seu chefe do Executivo.
O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do

Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a 15 [quinze] dias,
sob pena de perda do cargo, sendo que tal disposição vem prevista no art. 83
Constituição Federal. E os Estados-membros devem seguir o mesmo modelo
traçado pelo Poder Constituinte Federal, não podendo dispor um lapso temporal
inferior a 15 [quinze] dias para que incida o controle da Assembleia Legislativa
dos Estados sobre a ausência de seu chefe do Executivo.
04
É competência privativa do Presidente da República:
A) Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a

escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
B) Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do
Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; c)
Governador de Território; d) Presidente e diretores do banco central; e)
Procurador-Geral da República;
C) Remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião

da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;
D) eleger membros do Conselho da República.
GABARITO COMENTADO:
As atribuições previstas nas alternativas A e B são do Senado Federal, conforme

prevê o art. 52 da Constituição Federal. Ao passo que a prevista na alternativa
B é da Câmara dos Deputados, nos termos do art. 51 da Constituição Federal.
A prevista na alternativa C está inserida nas atribuições privativas do Presidente
da República, mais precisamente no art. 84, XI, da Constituição Federal.
05
Sobre os crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República,

é incorreto afirmar que:
A) É crime de responsabilidade o ato do Presidente da República que atente

contra a Constituição Federal e, especialmente, contra o exercício dos direitos
políticos, individuais e sociais.
B) Ao Senado compete decidir se deve receber ou não a denúncia cujo

prosseguimento foi autorizado pela Câmara.
C) O Senado Federal é o órgão competente para processar e julgar os

comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes de
responsabilidade conexos aos praticados pelo Presidente da República.
D) O Presidente ficará suspenso de suas funções nos crimes de

responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara dos Deputados.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que

atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I. a existência
da União; II. o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do
Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III.
o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV. a segurança interna do
País; V. a probidade na administração; VI. a lei orçamentária; VII. o cumprimento
das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos
em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. Art. 86.
§1º: O Presidente ficará suspenso de suas funções: II - nos crimes de
responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. E,
atenção ao fato de nos termos do art. 52, I, da Constituição, os Ministros de
Estado apenas serao julgados, por crimes de responsabilidade, pelo Senado
Federal, caso os comentam em conexão com crimes de responsabilidade
praticados pelo Presidente da Reública.
06
Sobre crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da Reública, nos

termos da Constituição da República Federativa do Brasil e da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, assinale a assertiva correta:
A) Se decorrido o prazo de 108 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará

o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo.
B) Em relação ao juízo de admissibilidade, a acusação contra o Presidente da

República deve ser admitida por 3/5 da Câmara dos Deputados.
C) O Presidente ficará suspenso de suas funções após admitida a acusação pela

Câmara dos Deputados.
D) Se decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver concluído, cessará

processo.
Art. 86, §2º: Se, decorrido o prazo de 180 dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo. Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente
da República, por 2/3 da Câmara dos Deputados, será ele submetido a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns,
ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. Art. 86, §1º O
Presidente ficará suspenso de suas funções: I. nas infrações penais comuns, se
recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II. nos
crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado
Federal.
07
Assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa. ( ) No caso de infrações

penais comuns, admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois
terços do Congresso Nacional, será ele submetido a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal. ( ) O Presidente ficará suspenso de suas funções,
nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo
Supremo Tribunal Federal. ( ) Ao Senado compete decidir se deve receber ou
não a denúncia cujo prosseguimento foi autorizado pela Câmara.
As afirmativas são, respectivamente,
A) V – F – V.
B) F – V – V.
C) F – F – V.
D) V – V – F.
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I. autorizar, por dois
terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o
Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; Art. 86, §1º O Presidente
ficará suspenso de suas funções: I. nas infrações penais comuns, se recebida a
denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II. nos crimes de
responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
08
João, Governador do estado X, foi processado criminalmente pela prática de

injusto criminal perante o Superior Tribunal de Justiça, órgão do Poder Judiciário
em que possui foro por prerrogativa de função. A denúncia foi apresentada e
recebida pelo aludido Tribunal superior, oportunidade em que o Governador foi
citado para apresentar resposta à acusação. Sobre essa situação é correto
afirmar que:
A) A CF/88 prevê a necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa

para o processamento e julgamento de Governador por crimes comuns perante
o STJ, assim como exige autorização prévia da Câmara dos Deputados para
processamento e julgamento do Presidente da República por crimes comuns
perante o STF.
B) Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para

que o STJ receba denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador
de Estado, por crime comum, porém, caso a Constituição Estadual exija essa
autorização da ALE, essa previsão é considerada constitucional.
C) Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para

que o STJ receba denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador
de Estado, por crime comum, e, caso a Constituição Estadual exija essa
autorização da ALE, essa previsão é considerada inconstitucional.
D) N. D. A.
Vejam o entendimento do Superior Tribunal de Justiça sobre a temática: Não há

necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que o STJ
receba denúncia ou queixa e instaure ação penal contra Governador de Estado,
por crime comum. Vale ressaltar que se a Constituição Estadual exigir
autorização da ALE para que o Governador seja processado criminalmente, essa
previsão é considerada inconstitucional. Assim, é vedado às unidades
federativas instituir normas que condicionem a instauração de ação penal contra
Governador por crime comum à previa autorização da Casa Legislativa. Se o
STJ receber a denúncia ou queixa-crime contra o Governador, ele não ficará
automaticamente suspenso de suas funções. Cabe ao STJ dispor,
fundamentadamente, sobre a aplicação de medidas cautelares penais, inclusive
afastamento do cargo. ADI 5540/MG.
09
Sobre o Conselho da República é correto afirmar que:
A) Líderes da maioria e da minoria, tanto da Câmara dos Deputados como do

Senado Federal dele participam
B) Possui como um de seus membros o Ministro de Estado de Defesa.
C) Opina nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração de paz.
D) Compete-lhe estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas

necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado
democrático.
Membros do Conselho da República: I. o Vice-Presidente da República; II. o
Presidente da Câmara dos Deputados; III. o Presidente do Senado Federal; IV.
os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V. os líderes da
maioria e da minoria no Senado Federal; VI. o Ministro da Justiça; VII. seis
cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois
nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois
eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução. Atribuições: Pronunciar-se sobre: I. intervenção federal, estado de
defesa e estado de sítio; II. as questões relevantes para a estabilidade das
instituições democráticas. Membros do Conselho de Defesa Nacional: I. o Vice-
Presidente da República; II. o Presidente da Câmara dos Deputados; III. o
Presidente do Senado Federal; IV. o Ministro da Justiça; V. o Ministro de Estado
da Defesa; VI. o Ministro das Relações Exteriores; VII. o Ministro do
Planejamento. VIII. os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Atribuições: I. opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da
paz, nos termos desta Constituição; II - opinar sobre a decretação do estado de
defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; III - propor os critérios e
condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território
nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e
nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de
qualquer tipo; IV. estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas
necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado
democrático.
10
Sobre crimes comuns praticados pelo Presidente da República, assinale a

assertiva correta:
A) Compete privativamente à Câmara dos Deputados: autorizar, por três quintos

de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado;
B) Em caso de injusto penal praticado pelo Presidente da República e não

relacionado com o exercício das funções, o Procurador-Geral da República
oferece Denúncia contra o Presidente da República perante o Supremo Tribunal
Federal. Antes de recebê-la deverá encaminhá-la à Câmara dos Deputados para
que este órgão decida se o processo poderá ser instaurado ou não. Caso
autorizado a instauração do processo e, recebida a peça acusatória, o
Presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 [cento e oitenta]
dias, a fim de que possar dedicar à sua defesa, ressaltando que, se decorrido o
prazo de 180 [cento e oitenta] dias o julgamento não estiver concluído, cessará
processo.
C) Em caso de injusto penal praticado pelo Presidente da República e

relacionado com o exercício das funções, o Procurador-Geral da República
processo.
D) Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da

Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Senado
Federal, nas infrações penais comuns.
Quando o Presidente da República comete um injusto penal relacionado com o

exercício das funções tem-se o seguinte: O Procurador-Geral da República
processo. Nos termos do art. Art. 51 da Constituição Federal: Compete
privativamente à Câmara dos Deputados: I. autorizar, por dois terços de seus
membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da
República e os Ministros de Estado; E, nos termos do Art. 86 da Constituição
Federal: Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal,
nos crimes de responsabilidade.
CAPÍTULO X
PODER JUDICIÁRIO
QUESTÕES
01
Assinale a assertiva incorreta:
A) O ingresso na carreira da Magistratura se dá mediante concurso público de

provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas
as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade
jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação, sendo que
o aprovado no certame ingressará na carreira como Juiz de Direito Substituto.
B) A promoção na carreira se dá por dois critérios alternados, antiguidade e

merecimento, consignando que o Magistrado que, injustificadamente, retiver
autos em seu poder além do prazo legal, não será promovido, não podendo
devolver o processo ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
C) A aferição do merecimento é feita conforme o desempenho da atividade

judicante e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da
jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos
de aperfeiçoamento.
D) Para que um Magistrado seja promovido na carreira, pelo critério do

merecimento, pressupõe-se dois anos de exercício na respectiva entrância e
integrar a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver
com tais requisitos quem aceite o lugar vago, ressaltando a obrigatoriedade da
promoção do Magistrado que figurar por três vezes consecutivas ou alternadas
na lista de promoção por merecimento.
Ingresso na carreira: O ingresso na carreira da Magistratura se dá mediante

concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à
ordem de classificação, sendo que o aprovado no certame ingressará na carreira
como Juiz de Direito Substituto. Promoção: A promoção na carreira se dá por 2
[dois] critérios alternados, a saber: A) antiguidade e B) merecimento,
consignando, de antemão, que o Magistrado que, injustificadamente, retiver
autos em seu poder além do prazo legal, não será promovido, não podendo
devolver o processo ao Cartório sem o devido despacho ou decisão. Critério do
merecimento: A aferição do merecimento é feita conforme o desempenho da
atividade judicante e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no
exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou
reconhecidos de aperfeiçoamento. Para que um Magistrado seja promovido na
carreira, pelo critério do merecimento, pressupõe-se 2 [dois] anos de exercício
na respectiva entrância e integrar a primeira quinta parte da lista de antiguidade
desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago,
ressaltando a obrigatoriedade da promoção do Magistrado que figurar por 3 [três]
vezes consecutivas ou 5 [cinco] vezes alternadas na lista de promoção por
merecimento.
02
Assinale a assertiva incorreta:
A) O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a 90% do

subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os
subsídios dos demais Magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível
federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária
nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a 10% ou
inferior a 5%, nem exceder a 90% do subsídio mensal dos Ministros dos
Tribunais Superiores.
B) O juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal,

observem que tal exigência, por uma questão de compatibilidade, não se
estende ao juiz substituto.
C) O ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público,

fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou
do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa.
D) Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e

fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou
somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
Subsídio: O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a

95% [noventa e cinco por cento] do subsídio mensal fixado para os Ministros do
Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais Magistrados serão fixados
em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas
categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e
outra ser superior a 10% [dez por cento] ou inferior a 5% [cinco por cento], nem
exceder a 95% [noventa e cinco por cento] do subsídio mensal dos Ministros dos
Tribunais Superiores. Residência na comarca: O juiz titular residirá na respectiva
comarca, salvo autorização do tribunal, observem que tal exigência, por uma
questão de compatibilidade, não se estende ao juiz substituto. Remoção ou
disponibilidade: O ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do
respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla
defesa. Publicidade dos atos processuais dentro do Poder Judiciário: Todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas
todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes,
em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo
não prejudique o interesse público à informação.
03
Assinale a alternativa correta:
A) A atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo permitido férias coletivas em

1º e 2º graus de jurisdição, ou seja, Magistrados de 1ª e 2ª instancia,
funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em
plantão permanente.
B) Nos tribunais com número superior a 25 Julgadores, poderá ser constituído

Órgão Especial, com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o
exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da
competência do Tribunal Pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade
e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
C) O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional apenas à

respectiva população da comarca.
D) Os servidores poderão receber delegação para a prática de atos de

administração e atos de mero expediente, inclusive com conteúdo decisório.
Órgão Especial representativo do Plenário do Tribunal: Nos tribunais com

número superior a 25 [vinte e cinco] Julgadores, poderá ser constituído Órgão
Especial, com o mínimo de 11 [onze] e o máximo de 25 [vinte e cinco] membros,
para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da
competência do Tribunal Pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade
e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno. Não interrupção da atividade
jurisdicional: A atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias
coletivas em 1º e 2º graus de jurisdição, ou seja, Magistrados de 1ª e 2ª instancia,
funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em
plantão permanente. Proporcionalidade do número de Magistrado na comarca:
O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda
judicial e à respectiva população. Possibilidade de delegação de atos: Os
servidores poderão receber delegação para a prática de atos de administração
e atos de mero expediente sem caráter decisório, ou seja, os atos de cunho
decisório apenas podem ser praticados pelos Magistrados.
04
Caso as propostas orçamentárias do Poder Judiciário não sejam encaminhadas

dentro do prazo previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias:
A) O Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta

orçamentária anual, os valores aprovados na Lei Orçamentária referente a dois
exercícios pretéritos.
B) O Poder Executivo procederá com as providencias necessárias para

elaboração da proposta e sua posterior consolidação.
C) O Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta

orçamentária anual, os valores aprovados na Lei Orçamentária vigente.
D) O Poder Judiciário procederá com as providencias necessárias para

elaboração da proposta e sua posterior consolidação.
Não encaminhamento da proposta no prazo previsto na Lei de Diretrizes

Orçamentárias [LDO]: O Poder Executivo considerará, para fins de consolidação
da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na Lei Orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados no §1º do art. 99 da
Constituição Federal.
05
Aos Magistrados é assegurado as seguintes garantias:
A) Vitaliciedade e inamovibilidade, apenas.
B) Irredutibilidade de subsídio, Vitaliciedade e Autonomia administrativa.
C) Irredutibilidade de subsídio, apenas.
D) Vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio.
Os Magistrados gozam de 3 [três] garantias constitucionais, a saber: A)

vitaliciedade, B) inamovibilidade e; C) irredutibilidade de subsídios, podendo ser
assim esquematizadas: Vitaliciedade: Para conquistar a garantia da
vitaliciedade, em 1º Grau de Jurisdição, é necessário o exercício de 2 [dois] anos
de atividade judicante. A partir de então o Magistrado será considerado vitalício
e apenas poderá perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
Porém, antes de adquirir a vitaliciedade, a perda do cargo poderá ocorrer por
deliberação do Tribunal a que o juiz estiver vinculado. Inamovibilidade: Os
Magistrados são considerados inamovíveis da localidade onde desempenham
suas atividades judicantes, garantia esta que é estendida, também, para os
Juízes Substitutos. Porém, não se trata de garantia e absoluta e, se razões de
interesse público assim justificarem, o Magistrado poderá ser movido de uma
comarca ou seção judiciaria para outra. Irredutibilidade de subsídio: A garantia
prevê que o subsídio dos Magistrados não poderá sofrer qualquer forma de
redução. Porém, a pergunta que deve ser respondida é se essa garantia é uma
garantia real, que deve acompanhar eventual perda econômica da moeda, ou
uma garantia nominal, em que o que não pode sofrer redução é a cifra indicada
no momento em que entrou em exercício do cargo? O Supremo Tribunal Federal
entende que essa garantia é uma garantia nominal.
06
Sobre o instituto do quinto constitucional, é correto afirmar que será composto

por membros do Ministério Público e da Advocacia que
A) tenham, pelo menos, 5 anos de carreira, para atuar em todos os tribunais

superiores.
B) tenham, pelo menos, 15 anos de efetiva atividade profissional e reputação

ilibada.
C) sejam indicados em lista tríplice pelos respectivos órgãos de classe.
D) serão nomeados após escolha, pelo Poder Executivo, a partir de lista tríplice
enviada pelo respectivo tribunal.
O artigo 94 da Constituição Federal dispõe que 1/5 dos lugares dos Tribunais
Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios
será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de
carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla
pelos órgãos de representação das respectivas classes. E seu parágrafo único,
em complemento, dispõe que recebidas as indicações, o tribunal formará lista
tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes,
escolherá um de seus integrantes para nomeação. Saliente-se que o Supremo
Tribunal Federal entende que a devolução da lista apresentada pela OAB com
clara indicação dos motivos que a suportaram não viola decisão desta Suprema
Corte que, expressamente, ressalvou essa possibilidade "à falta de requisito
constitucional para a investidura, desde que fundada a recusa em razões
objetivas, declinadas na motivação da deliberação do órgão competente do
colegiado judiciário. MS 25.624/SP.
07
Assinale a alternativa correta:
A) Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por
antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno.
B) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se

afastou, antes de decorridos 5 anos do afastamento do cargo por aposentadoria
ou exoneração.
C) O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 membros com mandato de

2 anos, vedada a recondução.
D) Os Juízes de 1º grau adquirem estabilidade após 2 anos de efetivo exercício

de atividade judicante.
Art. 93, XI. Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá
ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e
cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por
antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno. Art. 95, V. Exercer
a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos
do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Art. 103-B. O
Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato
de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: [...]; Art. 95. Os juízes
gozam das seguintes garantias: I. vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse
período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais
casos, de sentença judicial transitada em julgado;
08
A) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 Ministros; seus Ministros são

escolhidos dentre cidadãos com mais de 30 anos e menos de 65 anos de idade,
de notável saber jurídico e reputação ilibada e nomeação dos Ministros é feita
pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal.
B) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 Ministros; seus Ministros são

C) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 Ministros; seus Ministros são

D) O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 Ministros; seus Ministros são

absoluta da Câmara dos Deputados.
O Supremo Tribunal Federal compõe-se de 11 Ministros; seus Ministros são
09
A) A Súmula Vinculante é um enunciado elaborado pelo Supremo Tribunal

Federal, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, de observância
e cumprimento obrigatório demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, que tem por
objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca
das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a
administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante
multiplicação de processos sobre questão idêntica, objetivando trazer segurança
jurídico ao ordenamento constitucional, sendo que para sua aprovação é
necessário manifestação favorável de 3/5 dos membros do Supremo Tribunal
Federal sendo o Defensor Público da União um legitimado para a alteração do
enunciado.
B) A Súmula Vinculante é um enunciado elaborado pelo Supremo Tribunal

Federal sendo o Defensor Público da União um legitimado para a alteração do
enunciado.
C) Súmula Vinculante é um enunciado elaborado pelo Supremo Tribunal

Federal não sendo o Defensor Público da União um legitimado para a alteração
do enunciado.
D) Súmula Vinculante é um enunciado elaborado pelo Supremo Tribunal

Federal a mesa do Congresso Nacional um legitimado para a alteração do
enunciado.
A Súmula Vinculante é um enunciado elaborado pelo Supremo Tribunal Federal,

após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, de observância e
cumprimento obrigatório demais órgãos do Poder Judiciário e à administração
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. A súmula terá
por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas,
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses
e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante
jurídico ao ordenamento constitucional. Para aprovação de um verbete
vinculante é necessário manifestação favorável de 2/3 [dois terços] dos membros
do Supremo Tribunal Federal. A elaboração de um enunciado vinculante pode
se dar de ofício, por iniciativa do próprio Supremo Tribunal Federal bem como
por provocação dos seguintes legitimados: I. o Presidente da República; II. a
Mesa do Senado Federal; III. a Mesa da Câmara dos Deputados; IV. o
Procurador-Geral da República; V. o Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil; VI. o Defensor Público-Geral da União; VII. partido político
com representação no Congresso Nacional; VIII. confederação sindical ou
entidade de classe de âmbito nacional; IX. a Mesa de Assembléia Legislativa ou
da Câmara Legislativa do Distrito Federal; X. o Governador de Estado ou do
Distrito Federal; XI. os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados
ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais
Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
Ressalte-se que, pelo Princípio da Simetria e do Paralelismo das Formas, a
aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada pelos
mesmos legitimados acima arrolados.
10
A) O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 33 Ministros, dentre

brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, sendo que os Ministros são nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, da seguinte forma: 1/3 dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais
e 1/3 dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista
tríplice elaborada pelo próprio Tribunal e 1/3, em partes iguais, dentre advogados
e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e
Territórios, alternadamente.
B) O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 11 Ministros, dentre

C) O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 33 Ministros, dentre

D) O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 33 Ministros, dentre

O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 33 [trinta e três]
Ministros, dentre brasileiros com mais de 35 [trinta e cinco] e menos de 65
[sessenta e cinco] anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Os
Ministros do Superior Tribunal de Justiça são nomeados pelo Presidente da
Federal, da seguinte forma: I. 1/3 dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais
tríplice elaborada pelo próprio Tribunal; II. 1/3, em partes iguais, dentre
advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito
Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma de constituição do
quinto constitucional, previsto no art. 94 da Constituição Federal. As
competências do Superior Tribunal de Justiça podem ser divididas em A)
competências originárias e B) competências derivadas.
CAPÍTULO XI
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
QUESTÕES
01
Sobre o Ministério Público, é incorreto afirmar que:
A) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,

nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores
de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros
do Senado Federal, para mandato de 2 anos, permitida uma recondução.
B) A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente

da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal.
C) Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios

formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira para escolha de seu
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para
mandato de 2 [dois] anos, permitida uma recondução.
D) Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios

poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder
Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do

Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis. Princípios da instituição: São
princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional. Abrangência do Ministério Público: O Ministério Público
abrange: I. O Ministério Público da União, que compreende: Ministério Público
Federal; Ministério Público do Trabalho; Ministério Público Militar; Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios; II. Os Ministérios Públicos dos Estados.
Chefia do Ministério Público da União [MPU] e possibilidade de recondução: O
Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores
de 35 [trinta e cinco] anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta
dos membros do Senado Federal, para mandato de 2 [dois] anos, permitida a
recondução. Destituição do chefe do MPU: A destituição do Procurador-Geral da
República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de
autorização da maioria absoluta do Senado Federal. Chefia do Ministério Público
dos Estados [MPE] e possibilidade de uma única recondução: Os Ministérios
Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira para escolha de seu Procurador-Geral, que será
nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de 2 [dois] anos,
permitida uma recondução. Destituição do Chefe do MPE: Os Procuradores-
Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos
por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva.
02
Aos membros do Ministério Público é assegurado as seguintes garantias:
A) Vitaliciedade e inamovibilidade, apenas.
B) Irredutibilidade de subsídio, Vitaliciedade e Autonomia administrativa.
C) Irredutibilidade de subsídio, apenas.
D) Vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio.
Os membros do Ministério Público gozam de 3 [três] garantias constitucionais, a

saber: A) vitaliciedade, B) inamovibilidade e; C) irredutibilidade de subsídios,
podendo ser assim esquematizadas: Vitaliciedade: Para conquistar a garantia da
vitaliciedade, é necessário o exercício de 2 [dois] anos de atividade ministerial.
A partir de então o membro do Ministério Público será considerado vitalício e
apenas poderá perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
Inamovibilidade: Os membros do Ministério Público são considerados
inamovíveis da localidade onde desempenham suas atividades ministeriais.
Porém, não se trata de garantia e absoluta e, se razões de interesse público,
mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo
voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa, tal
garantia poderá ser relativizada. Irredutibilidade de subsídio: A garantia prevê
que o subsídio não poderá sofrer qualquer forma de redução.
03
Sobre a Advocacia Pública, assinale a assertiva incorreta:
A) A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de
órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe,
nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder
Executivo.
B) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de

livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35
anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
C) Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira,

na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas
unidades federadas, ressaltando que aos procuradores é assegurada
estabilidade após 3 anos de efetivo exercício, mediante avaliação de
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das
corregedorias.
D) Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira,

na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas
unidades federadas, ressaltando que aos procuradores é assegurada
vitaliciedade após 3 anos de efetivo exercício, mediante avaliação de
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das
corregedorias.
Advocacia Geral da União: Nos termos do art. 131 da Constituição Federal, a

Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão
vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos
termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e
Executivo. A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da
União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores
de 35 [trinta e cinco anos], de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Advocacia Geral dos Estados: Nos termos do art. 132, os Procuradores dos
Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso
dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação
judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas, ressaltando
que aos procuradores é assegurada estabilidade após 3 [três] anos de efetivo
exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias.
04
Sobre a Defensoria Pública, assinale a assertiva incorreta:
A) A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função

jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do
regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos
direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na
forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
B) Às Defensorias Públicas da União, do Distrito Federal, bem como as

Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa
de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.
C) São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a

indivisibilidade e a independência funcional.
D) Apenas às Defensorias Públicas estaduais é assegurada autonomia funcional

e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
GABARITO COMENTADO:
A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional

do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma
do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. Às Defensorias Públicas
da União, do Distrito Federal, bem como as Estaduais são asseguradas
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. São
princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.
05
Julgue: I. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. II. A Advocacia-
Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a União judicial e extrajudicialmente. III. O advogado é indispensável
à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no
exercício da profissão, nos limites da lei. IV. A Defensoria Pública é instituição
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como
expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os
graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral
e gratuita, aos necessitados.
A) Todas estão incorretas.

B) Existe apenas uma correta.
C) Existem apenas duas corretas.
D) Todas estão corretas.
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função

jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Art. 131. A
Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão
vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos
termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e
Executivo. Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça,
sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos
limites da lei. Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial
à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento
do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na
forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.

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CAPÍTULO III 4

PREÂMBULO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 4

TEORIA GERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 8

DIREITOS FUNDAMENTAIS INDIVIDUAIS E COLETIVOS 16

DIREITOS POLÍTICOS E DOS PARTIDOS POLÍTICOS 41

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 75

Predomina na doutrina, bem como na jurisprudência do Supremo Tribunal

A) Tem força normativa, com apoio da Teoria da Relevância Jurídica do

B) Não tem força normativa, com apoio da Teoria da Relevância Jurídica do

C) Não tem força normativa, com apoio da Teoria da Irrelevância Jurídica do

D) Tem força normativa, com apoio na Teoria da Relevância Jurídica Indireta do

Três teorias discutem sobre a natureza jurídica do Preâmbulo da Constituição

A) O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos filosóficos,

B) O preâmbulo da Constituição Federal tem força normativa assim como as

C) A invocação de Deus no preâmbulo da Constituição Federal torna o Brasil um

D) A invocação de Deus no preâmbulo da Constituição Federal é norma de

Sobre o Preambulo Constitucional, três teorias debatem sobre sua natureza

São fundamentos da República Federativa do Brasil, exceto:

B) dignidade da pessoa humana

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos

De acordo com a Constituição Federal de 1988, assinale a opção que contém a

A) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados

B) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Executivo, o

C) Dentre outros, constituem objetivos fundamentais da República Federativa do

Constituem fundamentos da República Federativa do Brasil, exceto:

C) valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

D) construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Assinale a assertiva correta:

A) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, apenas os brasileiros e

B) Os direitos se limitam aos que positivados expressamente no Texto

C) Direitos e garantias fundamentais são sinônimos.

A doutrina majoritária e o Supremo Tribunal Federal acrescentam que os

Art. 5º, §2º, da Constituição Federal apresenta uma cláusula de

Direitos fundamentais e garantias fundamentais não podem ser consideradas

A ideia de que o indivíduo atua de maneira ativa na formação da vontade política

Diversas teorias se incumbem de elucidar o papel desempenhado pelos Direitos

A característica dos Direitos Fundamentais que dispõe que eles encontram

De acordo com a característica da Relatividade / Limitabilidade dos Direitos

Atenção: Em posicionamento minoritário, Norberto Bobbio entende que o direito

Sobre a eficácia dos Direitos Fundamentais, a Teoria que defende que os

A) Eficácia Vertical dos Direitos Fundamentais.

B) Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais.

C) Eficácia Diagonal dos Direitos Fundamentais.

Existem 3 [três] teorias que debatem sobre a aplicação dos Direitos

A passagem de um Estado autoritário, absolutista, para um Estado de Direito,

Direitos fundamentais da 1ª dimensão: O surgimento dos Direitos Fundamentais

Os seguintes documentos: A) Magna Carta de 1215, assinada pelo rei “João

Os documentos mais importantes que trazem a carga marcante dos Direitos

O fracasso do liberalismo clássico e a necessidade do Estado adotar prestação

Direitos fundamentais da 2ª dimensão: O absenteísmo estatal, a inação do

Os seguintes documentos: A) Constituição do México, de 1917; B) Constituição

Os documentos mais importantes que trazem a carga marcante dos Direitos

Assinale a assertiva correta:

A) Em Direito Constitucional inexistem direitos fundamentais absolutos e até

B) Em matéria de Direitos Fundamentais não há que se distinguir o discurso

Dadas as alternativas abaixo, assinale a correta:

A) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem

B) Os direitos fundamentais dispõem de caráter absoluto, salvo o direito à vida,

C) Os direitos e garantias fundamentais são apenas os previstos expressamente

As demais questões passam pelo conhecimento dos seguintes dispositivos

Assinale a alternativa que não guarda correspondência com a realidade:

A) O ensino religioso nas escolas públicas brasileiras pode ter natureza

B) A ação popular, prevista na Constituição Federal, em seu artigo 5°, LXXIII, é