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MICROALGAS TÊM A CAPACIDADE DE PRODUZIR

BIODIESEL

Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologias da


Universidade de Coimbra identificaram seis microalgas com elevada
capacidade para produção de biodiesel, e que se alimentam de
dióxido de carbono.

O estudo foi iniciado em Março de 2008 e permitiu analisar de


forma mais aprofundada uma estirpe com grande potencial para ser
cultivada à escala industrial. Os cientistas recorreram a um bio-
reactor, equipamento que desenvolveram para fornecer as condições
óptimas ao rápido crescimento das microalgas.

Na opinião de alguns especialistas, trata-se de uma excelente


oportunidade económica para Portugal, até porque as microalgas
podem ser cultivadas em solos inadequados para a agricultura.

Ate agora, a produção de biodiesel tem sido feita com óleos


vegetais tradicionais, mas estudos recentes mostram que, para se
atingir quantidades suficientes para a comercialização, é necessário
recorrer a práticas agrícolas intensivas insustentáveis e a utilização
de microalgas para a produção de biodiesel é extremamente
importante, como alternativa ao cultivo de oleaginosas tradicionais.

As microalgas ou algas unicelulares crescem rapidamente


permitindo uma produção elevada de biodiesel e têm a vantagem de
no seu crescimento captar naturalmente o CO2, emitido pelas
indústrias.

Pelo facto de aproveitar o CO2, este tipo de algas pode, em


parte, contribuir no cumprimento das metas de emissão de gases
com efeito de estufa a que Portugal está obrigado.

A tendência é proceder ao cultivo de microalgas nas unidades


industriais, em sistemas fechados ou em tanques abertos, ou até
mesmo junto de estações de tratamento de esgotos.

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