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Ficha Catalográfica: Maria José Ribeiro Betetto CRB 9/1.596

Simpósio de Controle Biológico (16.: 2019 Londrina, Pr).

Anais do 16o Simpósio de Controle Biológico - 11 a 15 de agosto de


2019 Londrina Pr./ (Org.). Adeney de Freitas Bueno et al. – Londrina, Pr:
Parque Ney Braga, 2019.

ISBN.: 978-85-94054-02-9

Modo de acesso: https://siconbiol.com.br/

Encontro realizado nos dias 11 a 15 agosto de 2019, com o tema:


“Controle biológico: da academia ao campo, rumo à sustentabilidade”

1.Entomologia. 2. Simpósio. 3. Pesquisa. 4. Controle biológico. I.


Bueno, Adeney de Freitas. II. Neves, Pedro Manuel Oliveira Janeiro. III.
Potrich, Michele. IV. Carvalho, Geraldo Andrade. V. Título.

CDD: 632.7

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COMISSÃO ORGANIZADORA

PRESIDENTE

Adeney de Freitas Bueno – Embrapa Soja

VICE-PRESIDENTE

Pedro Manuel Oliveira Janeiro Neves - Universidade Estadual de Londrina

PRESIDENTE DA COMISSÃO CIENTÍFICA

Geraldo Andrade Carvalho – Universidade Federal de Lavras

TESOURARIA

João Armelin Filho – Embrapa Soja

SECRETARIA

Hugo Soares Kern – Embrapa Soja

Sandra Maria Santos Campanini – Embrapa Soja

COMISSÃO CIENTÍFICA
Ângelo Pallini – Universidade Federal de Viçosa
Brígida de Souza – Universidade Federal de Lavras
Bruno Zachrisson – Instituto de Investigación Agropecuaria de Panamá
Daniel Ricardo Sosa Gomez – Embrapa Soja
Dirceu Pratissoli – Universidade Federal do Espírito Santo
Dori Edson Nava – Embrapa Clima Temperado
Fernando Hercos Valicente – Embrapa Milho e Sorgo
Flávio H. V. Medeiros – Universidade Federal de Lavras (Fitopatologia)
Harley Nonato – Embrapa Agropecuária Oeste
Italo Delalibera Jr. – Universidade de São Paulo, Esalq
Jorge Braz Torres – Universidade Federal Rural de Pernambuco
José Eduardo Marcondes de Almeida – Instituto Biológico
José Roberto Postali Parra – Universidade de São Paulo, ESALQ

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Luís Cláudio Paterno Silveira – Universidade Federal de Lavras
Marcus Vinícius Sampaio – Universidade Federal de Uberlândia
Maria Isabel Balbi Peña – Universidade Estadual de Londrina (Fitopatologia)
Maria Fernanda G. Billalba Peñaflor – Universidade Federal de Lavras
Odair Aparecido Fernandes – UNESP, Jaboticabal
Regiane Cristina Oliveira de Freitas Bueno – Unesp, Botucatu
Ricardo Antonio Polanczik – Unesp, Jaboticabal
Rogério Biaggioni Lopes – Embrapa, Cenargen
Tiago Cardoso da Costa Lima – Embrapa Semiárido
Vanda Helena Paes Bueno – Universidade Federal de Lavras

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS E

CONCURSO DE ESTUDANTES

Coordenadora: Michele Potrich – Universidade Federal Tecnológica do Paraná – Campus


Dois Vizinhos

Membro: Geraldo Andrade Carvalho – Universidade Federal de Lavras

COBIQUIZ
Adriano Thibes Hoshino - Universidade Norte do Paraná (Unopar)
Bruna Magda Favetti – PROMIP Manejo Integrado de Pragas
Gabriela Vieira Silva – Agribela Soluções Tecnológicas

PROGRAMAÇÃO SOCIAL E TURÍSTICA


Jaciara Gonçalves – Universidade Federal do Paraná

CONCURSO DE FOTOGRAFIAS
Adair Vicente Carneiro – Embrapa Soja

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APRESENTAÇÃO

Este volume contém os resumos dos trabalhos técnico-científicos apresentados no 16º


Simpósio de Controle Biológico (SICONBIOL), realizado na cidade de Londrina – PR, no
Parque Ney Braga, no período de 11 a 15 de agosto de 2019.

Promovido pela Sociedade Entomológica do Brasil (SEB) e realizado pela Embrapa e


Universidade Estadual de Londrina, o evento trouxe como tema principal “Controle
Biológico: da academia ao campo, rumo à sustentabilidade”.

O evento contou com a presença de aproximadamente 800 participantes entre


pesquisadores, professores, profissionais da área, consultores, produtores, estudantes de
graduação e pós-graduação. Com uma programação extensa, o Simpósio foi composto por
palestras, mesas-redondas, apresentações de trabalhos na forma pôster, além do concurso de
estudantes que premiou os melhores trabalhos apresentados no evento e também o Cobiquiz
(jogo de perguntas e respostas voltadas ao controle biológico de insetos pragas e doenças).

Os participantes tiveram a oportunidade de trocar informações com os diversos


profissionais que ministraram as palestras e com colegas que trabalham com agentes de
controle biológico de pragas e doenças no Brasil e em outras partes do mundo.
Foram apresentados 450 resumos de trabalhos em formato poster, abordando 11 áreas
temáticas. Estes resumos estão publicaos neste documento.

Mais uma vez agradecemos a todos os participantes, patrocinadores, palestrantes e


comissão organizadora, que não mediram esforços e dedicação para que esta edição fosse um
sucesso.

Comissão Organizadora do Evento

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SUMÁRIO

ÁREA TEMÁTICA: Biotecnologia e formulação de biopesticidas………32

 Obtenção de endotoxinas cry a partir de Bacillus thuringiensis utilizando fermentação em


biorreator………………………………………………………………………...…...……33
 Produção de endotoxinas a partir de Bacillus thuringiensis utilizando diferentes meios de
cultivo……….…………………………………………………………...…...……………34
 Gene expression associated to chemosensing in the parasitoid Diachasmimorpha
longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) ………………………………………….…….35
 Uso da tecnologia de RNA de interferência como método de controle de mosca-das-frutas
(Diptera: Tephritidae) ……………………………………………...…...…………………36
 Uso da tecnologia de RNAi para controle de Dichelops (Diceraeus) melacanthus (Dallas,
1851) (Hemiptera: Pentatomidae) ……………………………………………………...…37
 Silenciamento gênico por RNAi: da biologia do desenvolvimento ao controle de
pragas…………………………………………………………………………………...…38
 Avaliação da vazão e do espectro de gota na eficiência de Bt no controle de Spodoptera
frugiperda………...……………………………...………………………………………...39
 Avaliação do potencial antagônico do bioproduto BioTCD à fungos
fitopatogênicos…………………….………………………………………………………40
 Análise genômica e identificação de genes inseticidas de uma nova cepa de Bacillus
thuringiensis…………………….…………………………………………………………41
 Eficiência de diferentes proporções da mistura do baculovírus (SfMNPV) no controle da
Spodoptera frugiperda…………………………………………………………..………...42
 Gene silencing and mortality in larval stages of Anastrepha fraterculus induced by
RNAi……………………………………………………………………………………....43
 Meios de cultivo e produção de Bacillus thuringiensis……………………………………44
 Perfil de expressão de genes candidatos à tecnologia de RNA interferente em Brevipalpus
yothersi………………….…………………………………………………………………45
 Efeitos de anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta
artificial de Diatraea saccharalis (F.) (L Lepidoptera: Crambidae) visando a multiplicação
de Trichogramma galloi Z. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Cotesia flavipes (C.)
(Hymenoptera: Braconidae) …………………….………………………………………...46

6
 Substitutos ao formaldeído no preparo da dieta artificial para criação de Diatraea
saccharalis (Fabricius) (Lepidoptera: Crambidae) em laboratório …….…………………47
 Efeito do Tween 20 na formulação de um produto para biocontrole com Bacillus
thuringiensis 1450…………………..………………….………………………………….48
 Produção de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 por fermentação bifásica e
sacos aerados…………………….…….…………………..………………………………49

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico com entomopatógenos/microrganismos…50

 Patogenicidade de uma nova linhagem de Beauveria bassiana contra Lema bilineata…...51


 Efeito de toxinas do milho Bt sobre a patogenicidade de nematoides entomopatogênicos
(Rhabditida: Steinernematidae, Heterorhabditidae) a larvas de Spodoptera frugiperda
(Lepidoptera, Noctuidae)……………………………………………………………….…52
 Tratamento de sementes de feijoeiro com Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae
visando ao manejo de pragas de folhas…………………….……………………………...53
 Aplicação de Trichoderma harzianum em raízes de mudas de tomateiro visando ao
controle de pragas e doenças da parte aérea……………………….………………………54
 Maize seed coating with microsclerotia of Metarhizium spp. as biostimulant and protection
against Spodoptera frugiperda…………………….………………………………………55
 Effect of Exudate Droplets from Metarhizium sp. on Rhipicephalus microplus….………56
 Ação de inseticidas sobre os ovos de Erinnyis ello L. 1758 (Lepidoptera: Sphingidae) com
diferentes idades…………………….……………….…………………………………….57
 Rizobactérias multi-funcionais atuam também no controle da mosca branca……….……58
 How is the current knowledge domain about biological control? ………………………...59
 Associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin e Lavandula angustifolia para o
controle de Sitophilus zeamais…………………..………………………………………...60
 UV-B Tolerance of Native Metarhizium spp. Conidia in Aqueous Suspensions, Oil-in-
water Emulsions, or in Different Types of Soil…………………….…………………..…61
 Utilização associada de nematoides entomopatogênicos com inseticida e milho transgênico
no controle da Spodoptera frugiperda…………………….………………………….…...62
 Ação de repelentes de predadores sobre ovos de percevejo parasitados com Telenomus
podisi……………………………….…………………………………………………...…63
 Ação de repelentes de predadores sobre pupas de Cotesia flavipes…………………….…64

7
 Quantidade liberada de T. galloi para o controle dediferentes densidades de ovos de D.
saccharalis em cana-de-açucar……………….………………………………………...…65
 Estabelecimento de Metarhizium spp. como endofítico em cana reduz as populações de
cigarrinha-das-raízes…………………….………………….……………………………..66
 Efeito da inoculação de Metarhizium sp. no crescimento e produtividade de cana-de-
açúcar…………………….………………………………………………...…………...…67
 Eficiência de Armigen® (HearNPV) em diferentes doses para o controle de Helicoverpa
armigera na cultura da soja em Imbituva…………………….……………………………68
 Eficiência de Armigen® (HearNPV) Para o Controle de Helicoverpa armigera na Cultura
da Soja no Município de Lapa - PR…………………….…………………………………69
 Eficiência de Armigen® (HearNPV) para o controle de Helicoverpa armigera na cultura
da soja em Ponta Grossa - PR…………………….………………………………………70
 Ocorrência natural de Isaria javanica sobre Sarsina violascens e patogenicidade sobre
Gonipterus platensis………………………………………………………………………71
 Influência dos estágios de Gonipterus platensis na infecção por Heterorhabditis
amazonensis…………………….………………………………...……………….………72
 Influência da concentração de Heterorhabditis bacteriophora na mortalidade de
Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae) …………………….……………………….73
 Influência do substrato na infecção de nematoides entomopatogênicos a pupas de
Drosophila melanogaster Diptera:Drosophilidae…….……...……………………………74
 Comparative virulence of blastospores and conidia of Beauveria bassiana and Cordyceps
fumosorosea against soybean pests…………………….………………………………….75
 Biogenic synthesis and characterization of titanium nanoparticles based on Beauveria
bassiana…………………….…………………………………………………………...…77
 Associação de terra de diatomáceas e Beauveria bassiana Unioeste 04 para o controle de
cascudinho-dos-aviários…………………….……………………………………………..78
 Avaliação de isolados de Beauveria bassiana sobre Oligonychus yothersi (McGregor)
(Tetranychidae) na erva-mate…………………….……..…………………………………79
 Efeito da associação de inseticida a base de Bt com adjuvante na concentração letal para
Spodoptera frugiperda…………………………………………………………………….80
 Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) and Surtivo® Plus against Elasmopalpus
lignosselus…………………….…………...………………………………………………81
 Efecto del hongo entomopatógeno Beauveria bassiana en el control de crisomélidos……82
 Preservação a longo prazo do fungo Metarhizium rileyi adsorvido em sílica gel e mantido a
-20°C…………………….……………………...…………………………………………83

8
 Microesclerotia production of Purpureocillium lilacinum in three different media………84
 Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP04) em diferentes
hospedeiros…………………….…………………………………………………….…….85
 Virulência de isolados de nematoides entomopatogênicos para controle do Euschistus
heros…………………….………………………………………………….…………...…86
 Efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de Metarhizum anisopliae
isolado IBCB 425…………………….……………………………………………………87
 Mortalidade e patogenicidade do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana em
formigas do gênero Atta sp. em condições de labo…………………….…………………88
 Cordyceps javanica Associado a Inseticidas Químicos para o Controle de Bemisia tabaci
MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) em Soja…………………….………………………..89
 Seletividade de produtos biológicos a pupas de Trichogramma pretiosum Riley, 1879
(Hymenoptera: Trichogrammatidae) …………………….………...…………………...…90
 Metodologia de Separação por Ludox e Purificação de Esporos e Cristais de Bacillus
thuringiensis var. Kurstaki…………………….….…………………………………….…91
 Idade Larval e Temperatura para Sistemas de Produção de Baculovirus spodoptera
(SfMNVP) Utilizando Droplet Feeding Method……………...………………………...…92
 Fungos entomopatogênicos contra Disonycha glabrata (Fabricius, 1775) (Chrysomelidae:
Alticinae) ……………………….….…………………………………………………...…93
 Entomopathogenic nematodes on Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees
longevity…………………….…………………………………………………...……...…94
 Does commercial entomopathogenic fungi interfere on the longevity of Apis mellifera L.
(Hymenoptera: Apidae) bees? …………………….…………………….……………...…95
 Ocorrência natural de Beauveria bassiana sobre Cicadellidae em plantio de pinus na
cidade de Enéas Marques, Paraná-Brasil…………………….……………………………96
 Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP03) em diferentes
hospedeiros…………………….………………………………………………….……….97
 Eficiência do baculovírus no controle de Errinyis ello L., 1758 (Lepidoptera: Sphingidae),
em dois de tempos de armazenamento……………………..……………………………...98
 Persistência de Cordyceps javanica e eficiência de controle de Bemisia tabaci em
intervalos de aplicações de fungicidas…………………….……………………………....99
 Beneficial fungi for promoting biocontrol in cassava: ecostacking prospects for the
management of cassava pests…………………….……………………………………....100
 Persistência de conídios de Cordyceps javanica em folhas de soja sob diferentes métodos e
horários de pulverização………………….………………………………………………101

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 Uso de fungos associados ao Bacillus methylotrophicus no controle de pragas e doenças da
alface……………………………….………………………………………………….…103
 Uso dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae no controle de pragas e
doenças da rúcula (Eruca vesicaria) ……………………………………………………..104
 Dispositivo para autoinoculação do fungo Beauveria bassiana visando o controle da
ampola da erva-mate (Gyropsylla spegazzini) ……………………….………………….105
 Transmissão horizontal do fungo Beauveria bassiana entre indivíduos de Gyropsylla
spegazziniana em laboratório…………………….………………………………………106
 Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) against Agrotis ipsilon…………….……107
 Controle da lagarta-da-soja com Bacillus thuringiensis……………..……………..……108
 Controle da lagarta falsa-medideira em soja com Bacillus thuringiensis………………..109
 Relation between biocontrol efficacy of Meloidogyne incognita and the quality of bacterial
based products…………………….……………………………………………………...110
 Controle do percevejo marrom (Euschistus heros) em soja pela aplicação de meta-turbo
SC®/ Control of brown stink bug (Euschistus heros) in soybean by meta-turbo SC®
application……………….…………………………………………………………….…111
 BT-TURBO MAX® no biocontrole da lagarta-falsa medideira (Chrysodeixis includens)
em soja…………………….…………………………………………………………...…112
 Evaluation of Hemocytes from Metarhizium robertsii-Infected Ticks Using Light
Microscopy…………………….…………………………………………………………113
 Interação de formulações de bioinseticidas Bt e do espectro de gotas no controle de
Anticarsia gemmatalis……………..……………………………………………………..115
 Potencial de uso de Bacillus thuringiensis Berlinder israelensis no controle de Bradysia
spp. na produção de mudas de tabaco…………………….……………………………...116
 Eficiência do Erinnyis ello granulovirus (ErelVG) em mistura com herbicidas………...117
 Toxicidade de cepas de Bacillus thuringiensis para lepidópteros-pragas………………..118
 Interferência do Baculovírus (SfMNPV) no canibalismo de Spodoptera frugiperda em
sistema de criação…………………….………………………………….……………….119
 Patogenicidade de diferentes fungos entomopatogênicos ao bicudo-do-algodoeiro
Anthonomus grandis (Coleoptera: Curculionidae) …………………….……………...…120
 Effect of Metarhizium sp. and Carvacrol Association to Control Rhipicephalus microplus
Larvae…………………….……………………………..……………………………..…121
 Análise e predição in silico de pequenos RNAs não codificadores (sRNAs) no grupo
Bacillus cereus sensu lato…………………….………………………………………….122

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 Virulência de nematóides entomopatogênicos isolados no Norte do Paraná sobre Dichelops
melacanthus……………………….…………………………………………………...…123
 Manejo biológico de pragas e doenças do tomateiro (Solanum lycopersicum) com
tratamento de mudas com Beauveria bassiana…………………………………………..124
 Compatibilidade de Heterorhabditis amazonensis (CB46) com Azamax……………….125
 Temperaturas cardinais para o crescimento e produção de conídios de três fungos
entomopatogênicos…………………….…………………………………………………126
 Potencial Inseticida de cepas de Bacillus thuringiensis oriundas de gleisolo e planosolo do
Rio Grande do Sul, BR…………………….…………………..…………………………127
 Eficiência de produtos biológicos e químicos no controle da mosca-branca Bemisia tabaci
(Genn.) Biótipo B (MEAM1) (Hemiptera: Aleyrodidae) em soja…………………….…128
 Virulência de diferentes isolados de nematoides entomopatogênicos nativos do Norte do
Paraná sobre Galleria mellonela…………………………………………………………129
 Patogenicidade de Steinernema rarum e Heterorhabditis bacteriophora a Ceratitis capitata
(Widmann,1824) (Diptera:Tephritidae) …………………………………………………130
 Patogenicidade de Steinernema brazilense a larvas de Bradysia ocellaris (Comstock, 1882)
(Diptera: Sciaridae) …………………….………………………………………………..131
 Qualidade dos produtos à base de Beauveria bassiana comercializados em Santa Catarina
para o controle de brocas-da-bananeira………………………………………………..…132
 Genetic diversity of Bacillus thuringiensis active Aedes aegypti…………………...…...133
 Metarhizium anisopliae with insecticidal activity for the biological control of the fruit fly
(Anastrepha obliqua), the main…………………….………….…………………………134
 Efeito tóxico de proteínas expressas em fase vegetativa de crescimento de Bacillus
thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda…………………..…………………………..135
 Alta toxicidade de proteínas expressas por Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera
frugiperda e Chrysodeixis includens……………………………………………………..136
 Diferentes concentrações de isolados de nematoides entomopatogênicos sobre
Dismycoccus brevipes…………………….……………………………………………...137
 Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da
soja em Imbituva-PR…………………….….……………………………………………138
 Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera eridania na cultura da
soja no Município de Lapa-PR…………………….……………………..………………139
 Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) aplicado via foliar para o controle de Spodoptera
eridania na cultura da soja em Ponta Grossa…………………….………………………140

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 Analise da produção in vitro do vírus Spodoptera frugiperda MNPV em dois sistemas de
biorreatores…………………….……………...……………………………………….....141
 Seleção de Steinernema spp. Visando o Controle do Cascudinho de Aviário, Alphitobius
diaperinus…………………….………………………………………………………......142
 Microbiota associated with alternative food of soil predatory mites: Potential to enhance
biological control……………………..……………………………………..……………143
 Tratamento de mudas de tomateiro com Metarhizium ansiopliae para o controle de pragas
e doenças da parte aérea………………..……………………………………...…………144
 Comparative RNAseq analysis of the insect-pathogenic fungus Metarhizium anisopliae
reveals specific transcriptome signatures………………..…………………………….…145
 Compatibilidade de produtos fitossanitários com nematoides entomopatogênicos visando o
manejo de Dysmicoccus brevipes…………………….………………………………..…146
 Susceptibility of Helicoverpa armigera to field-sprayed entomopathogenic fungi……...147
 Plasmid Rap-Phr systems act synergistically to regulate sporulation of the Bacillus
thuringiensis kurstaki HD73 strain……………………….……………………………...148
 Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga
cortadeira Atta sexdens rubropilosa……………………………………………………...149
 Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras para o controle de formiga
cortadeira Atta sexdens rubropilosa…………..……………………………….…………150
 Effect of Bacillus thuringiensis on the displacement of Apis mellifera L. (Hymenoptera:
Apidae) Africanized…………………….………………………………...……………...151
 Does Bacillus thuringiensis in Apis mellifera workers diet interferes in their
longevity?.......................................................................................................................…152
 Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Beauveria
bassiana……………………………………………………………………………......…153
 Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de conídios de Purupureocillium
lilacinum………………………………………...………………………………………..154
 Bacillus thuringiensis sublethal effects (Bacillales: Bacillaceae) in Helicoverpa armigera
(Lepidoptera: Noctuidae) ……………………..…………………………………………155
 Suscetibilidade de diferentes instares de Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae)
a Cry1Ac…………………….………………………………………………………...…156
 Eficiência de Controle do Percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis com Fungos
Entomopatogênicos em Amendoim…………………………………………………...…157
 Seletividade de entomopatógenos a pupas de Telenomus remus Nixon, 1937
(Hymenoptera: Platygastridae) …………………………………………..………………158

12
 Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos
pulverizados com entomopatógenos…………………….…………...………………..…159
 Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767)(Hemiptera: Aethalionidae) a
Fungos Entomopatogênicos…………………….…...………………………………...…160
 Suscetibilidade de ninfas de Bemisia tabaci MEAM1 a diferentes isolados de Cordyceps
javanica em feijoeiro…………………….……………………………...………………..161
 Aprimoramento do método de fermentação líquida de Trichoderma
asperelloides…………………….……………………………………...……………...…162
 UV-B Tolerance and Conidiogenesis of Metarhizium anisopliae Maintained in the
Laboratory or Under Natural Conditions…………………….………………………..…163
 Potencial inseticida de um extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21 sobre
Spodoptera frugiperda…………………….……………………………………………..164
 Primeiro Registro de Isaria sp. em lagartas de Palpita forficifera………………………165
 Atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus heros (Fabr.) (Hemiptera:
Pentatomidae) ……………………………………………………………………………166
 Atividade de isolados fungicos sobre Pappista granicollis (Pierce, 1916) (Coleoptera:
Curculionidae) ………………………………………………………………………...…167
 Uso da Chromobacterium subtsugae no manejo da Chrysodeixis includes…………...…168
 Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) a
Fungos Entomopatogênicos………………………………………………………...……170
 Eficiência da cepa 1603B de Bacillus thuringiensis e seu produto comercial no controle de
lepidópteros-praga……………………………………………………………………..…171
 Persistência residual em condições de campo do Erinnyis ello granulovirus (EreIVG)...172

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico com predadores e/ou parasitoides……173

 Preferência alimentar de Podisus nigrispinus……………………………………………174


 Parasitismo em adultos de Dichelops melacanthus e Euschistus heros em seis áreas de soja
na região Norte Central Paranaense…………………………………………………...…175
 Pulgões dos cereais (Hemiptera: Aphididae) e seus inimigos naturais associados à aveia, na
região Norte do Paraná………………………………………………………………...…176
 Ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae em pupários de Drosophila
suzukii………177

13
 Ritmo de Emergência de Trichopria anastrephae Criados em Pupários de Drosophila
suzukii………………………………………………………………………………….…178
 Manejo biológico de Diatraea saccharalis comparando Trichogramma galloi com Cotesia
flavipes em cana-de-açúcar………………………………………………………………179
 Parasitismo de Diaphorina citri Kuwayama (Liviidae) por Tamarixia radiata Waterston
(Eulophidae) após liberações inoculativas…………………………………………….…180
 Estabelecimento de Trichogramma pretiosum Riley, importado da Colômbia, na região
nordeste do Brasil………………………………………………………………………...181
 Impacto de uma dieta enriquecida com lipídiossobre adultos de Trichogramma pretiosum
Riley…………………………………………………………………………………...…182
 Interação competitiva entre Telenomus podisi e Trissolcus urichi em ovos de Dichelops
melacanthus…………………….……………….……………………………………..…183
 Efeito da cápsula de liberação na proteção de pupas de Trichogramma pretiosum,
Telenomus remus e Telenomus podisi em campo………………………………………..184
 Crisopídeos no controle biológico conservativo…………………….………………...…185
 Influência de Doru luteipes na regulação populacional de Spodoptera frugiperda em
variedades de milho crioulo ………………….……………….……………….………...186
 Interação multitrófica entre Doru luteipes, Spodoptera frugiperda em plantas de milho
geneticamente modificado…………………….……………….……………….……...…187
 Parasitismo de Palmistichus elaeisis e Trichospilus diatraeae sobre pupas de Citheronia
laocoon…………………….……………….……………….……………….………...…188
 Amblyseius aerialis (Acari: Phytoseiidae) preda Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae)?
…………………….……………….……………….……………….……………………189
 Parasitism and phylogeny of Dinocampus coccinellae through different hosts and
continents……………………….……………….……………….……………….……...190
 Atividade de parasitismo por Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera:
Braconidae) em diferentes horários…………………….……………….……………..…191
 Tetrastichus giffardianus como principal parasitoide de Ceratitis capitata em goiabas, no
Vale do São Francisco……………………….……………….…………………………..192
 Eficiência do Chrysoperla externa no controle da Spodoptera frugiperda………………193
 Parasitismo do Palmistichus elaeises em pupas de Diatraea saccharalis……………….194
 Fatores climáticos influenciando a liberação aérea de (Telenomus podisi) no solo para o
controle de ovos de percevejos…………………….……………….………………….…195

14
 Preferência de Telenomus podisi por ovos de Euschistus heros ou Dichelops melacanthus
em laboratório…………………….……………….……………….………………….…196
 Presença/ausência de pedicelo em ovos de Chrysoperla externa como parâmetro de
qualidade para criações massais…………………….……………….………………...…197
 Phytoseiulus macropilis (Acari: Phytoseiidae) no controle biológico aplicado de
Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae) …………………….……………….…...…198
 Resposta funcional de machos e fêmeas de Euborellia annulipes a Spodoptera
frugiperda…………………….……………….……………….…………………………199
 Avaliação da taxa de parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera coffeella em Café
conilon…………………….……………….……………….………………………….…200
 Predação de Zelus leucogrammus (Hemiptera: Reduviidae) em Thyrinteina arnobia
(Lepidoptera: Geometridae) …………………….……………….………………………201
 Comportamento predatório de Xylocoris sordidus em ovos parasitados por Trichogramma
pretiosum............ ……………….……………….……………….……………………....202
 Aphid parasitoids (Hymenoptera: Braconidae), still defending cereal crops after forty years
of its introducing in Passo Fundo……………………….……………….……………….203
 Taxonomic status of Aphidius colemani species group (Hymenoptera: Braconidae) in
southern Brazil…………………….……………….……………….……………………204
 Distribuição vertical de Leptocybe invasa e do parasitoide Selitrichodes neseri
(Hymenoptera: Eulophidae) em eucaliptos…………………….……………………...…205
 Predação de Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) por Atopozelus opsimus
(Hemiptera: Reduviidae) …………………….……………….……………….…………206
 Two new species of Telenomus Haliday (Hymenoptera: Platygastridae) parasitizing eggs
of Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera: Erebidae) …………………….……………..…207
 Comparativo de sistemas de coleta de adultos de Anagasta kuehniella……………….…208
 Novos registros de parasitoides de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em Minas
Gerais…………………….……………….…………………………………………...…209
 Mapeamento da dispersão de Diachasmimorpha longicaudata em diferentes fruteiras por
modelagem geoestatística por krigagem…………………….……………….………..…210
 Morfologia do sistema reprodutor masculino de Diachasmimorpha longicaudata (Ashmed)
(Hymenoptera: Braconidae) …………………….……………….………………………211
 Influência do tabaco na dieta sobre a biologia de Ephestia kuehniella e de seu parasitoide
Habrobracon hebetor…………………….……………….……………….…………..…212
 Interaction between Tenuisvalvae notata and Cryptolaemus mountrouzieri (Coleoptera:
Coccinellidae) under prey scarcity……………………….……………….……………...213

15
 Competição entre dois parasitoides pupais de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae)
…………………….……………….……………….……………….……………………214
 Prospecção de agentes de controle biológico para o manejo de ácaros pragas em culturas de
solanáceas no DF e entorno…………………….……………….……………………..…215
 Ação de substâncias repelentes na emergência de Tetrastichus howardi via exposição
direta e em cápsula de liberação por drone…………………….……………………...…216
 Behavior and Chemical Ecology of Diachasmimorpha longicaudata: basic studies as tools
to improve biological control programs……………………….……………….………...217
 Occurrence of green lacewings species (Neuroptera: Chrysopidae) from coffee
agroecosystems………………….……………….………………………………….……218
 Parasitismo de ovos de Euschistus heros na cultura do algodão no Arenito Caiuá……...219
 Influência do estágio de desenvolvimento e da dieta de Lasioderma serricorne no
parasitismo de Anisopteromalus calandrae…………………….……………….…….…220
 Could footprints of ladybugs (Coleoptera:Coccinelidae) affect the behavior of other
ladybugs? ………………….……………….……………….……………………………221
 Manejo de Euschistus heros em soja com liberações de Telenomus podisi……………...222
 Sobrevivência de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae)
sob diferentes temperaturas em diferentes…………………….…………………………223
 Liberação de Telenomus podisi em pupas soltas e em cápsulas ao longo do ciclo de
desenvolvimento da soja…………………….……………….………………………..…224
 Mass-rearing the parasitoids Telenomus podisiunder fluctuating temperature regime:
Fitness and economic benefits…………………….……………….…………………..…225
 Parasitismo de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos
pulverizados com entommopatógeno…………………….………………………………226
 Parasitismo de Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae) em Oxydia vesulia
(Lepidoptera: Geometridae) …………………….……………….………………………227
 Protocolo de produção de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros desfolhadores
em plantios de eucalipto…………………….……………….………………………...…228
 Liberações inoculativas de eulofídeos para controle biológico de lepidópteros
desfolhadores em plantios de eucalipto…………………….………………………….…229
 Reprodução de Ooencyrtus submetallicus (Hym.: Encyrtidae) em ovos criopreservados de
Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae) …………………….………………………...…230
 Avaliação do potencial predatório de espécies de Phytoseiidae (Acari) tendo Calacarus
heveae (Acari: Eriophyidae) como presa…………………….………………………..…231

16
 Ácaros Astigmata predando Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae): uma nova perspectiva
no controle biológico de eriofiídeos…………………….……………………………..…232
 Preferência de substrato por Euseius citrifolius (Acari: Phytoseiidae) ………………….233
 Preferência de oviposição de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) em casa de
vegetação…………………….……………….……………….……………………….…234
 Seletividade de entomopatógenos no parasitismo de Trichogramma pretiosum Riley, 1879
(Hymenoptera: Trichogrammatidae) …………………….………………………………235
 The contribution of the companion plants to the biological control of pest, in
agroecological orchards of Rosario, Argentina…………………….………………….…236
 Plantas espontâneas presentes sob cultivo suspenso de morangueiro como plantas
banqueiras para controle do ácaro rajado…………………….…………………....…..…237
 Parasitism of Pentatomidae adults (Hemiptera) by Tachinidae (Diptera), at different
moments of the year, in the south of Sant…………………….……………………….…238
 Controle de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) com Trichogramma
pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammat)……….……………….………………239
 Predação de ovos de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) ao longo da vida
de Macrolophus basicornis (Stäl) (Hemiptera, Miridae) em plantas de tomate…………240
 Preferência de oviposição de Telenomus podisi e Trissolcus basalis por ovos de
Glyphepomis dubia de diferentes idades…………………….……………….………..…242
 Seletividade de inseticidas e acaricidas utilizados na cultura do cafeeiro ao predador
Chrysoperla externa (Hagen) ……………………….……………….………………..…243
 Materiais utilizados para evitar a fuga de lagartas de Diatraea saccharalis em toletes de
cana-de-açúcar……………………………….……………….……………….……….…244
 Parasitismo natural de Cotesia flavipes (Cameron, 1891) em lagartas de Diatraea
saccharalis (Fabr., 1794) ……………………………………………………………...…245
 Preferência alimentar da formiga acrobática Crematogaster Lund, 1831 (Hymenoptera:
Formicidae) em cana-de-açúcar……………………………………………………….…246
 Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y Doryctobracon areolatus
(Hymenóptera: Braconidae) en frutos de ciruela Jobo………………………………...…248
 Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y Doryctobracon areolatus asociada al
control biológico de mosca de la fruta………………………………………………...…249
 Incidência de inimigos naturais sobre Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera
(Lepidoptera:Noctuidae) em soja……………………………………………………...…250
 Rastreabilidade dos processos produtivos de agentes macrobiológicos adotada pela
Promip……………………………………………………………………………………251

17
 Controle de qualidade do produto Macromip Max® (Phytoseiulus macropilis Banks,
Acari: Phytoseiidae)……………………………………………………………...………252
 Aplicativo Promip Compatibilidade: uma ferramenta imprescindível no manejo biológico
de pragas……………………………………………………………………………….…253
 Gênero Archytas (Jaennicke) (Diptera: Tachinidae) como relevante agente de controle
natural de lepidópteros-praga em soja……………………………………………………254
 Parasitoides e Entomopatógenos Associados às Lagartas Desfolhadoras na Cultura da Soja
em Goiás……………………………………………………………………………….…255
 Distribuição de Diatraea saccharalis no canavial influenciando oviposição e o parasitismo
por Trichogramma galloi……………………………………………………………...…256
 Telenomus podisi parasitism on Dichelops melacanthus and Podisus nigrispinus eggs at
different temperatures……………………………………………………………………257
 Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de cerejeira-do-rio-
grande em Caçador, Santa Catarina…………………………………………………...…258
 Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em frutos de araçazeiros
vermelho e amarelo em Caçador, SC…………………………………………………….259
 Determinação da dose ideal de Telenomus podisi a ser liberado para o controle de
Euschistus heros na fase vegetativa da soja…………………………………………...…260
 Determinação do número ideal de Telenomus podisi a ser liberado para controle de
Euschistus heros na fase reprodutiva da soja………………………………………….…261
 Características biológicas de Telenomus podisi criados em ovos frescos e ovos
armazenados em nitrogênio líquido…………………………………………………...…262
 Capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros……….…263
 Biologia de Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus………………………264
 Spinetoram compatibility with the lady beetle Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae)
resistant to pyrethroids………………………………………………………………...…265
 Control of the brown stink bug in soybean with release of different amounts of Telenomus
podisi (Hymenoptera: Platygastridae) ………………………………………………...…266
 Soybean productivity with release of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae) for
control of the brown stink bug………………………………………………………...…267
 Preferência do ácaro predador Amblyseius tamatavensis (Mesostigmata: Phytoseiidae) por
ovos e imaturos de Bemisia tabaci biót………………………………………………..…268
 Perspectivas para o uso de ácaros tarsonemídeos (Acari: Tarsonemidae) no controle
biológico…………………………………………………………………………………269

18
 Coccinelídeos predadores associados à Maconelicoccus hirsutus em agroecossistemas de
videira no Submédio São Francisco…………………………………………………...…270
 Biologia de Telenomus podisi e Trissolcus basalis em ovos de Glyphepomis
dubia…………………………………………………………………………………...…271
 Pode o parasitismo por Tamarixia radiata afetar a dispersão de Diaphorina citri? …..…272
 Control de chinches hediondas en cultivos de leguminosas en los Estados Unidos de
Norteamerica…………………………………………………………………………..…273
 Biological control of Solanum viarum Dunal in Florida, USA………………………..…274
 Flutuação populacional de tripes e seus inimigos naturais na cultura do alho em Caçador,
Santa Catarina……………………………………………………………………………275
 Influência da alimentação com mel na longevidade e reprodução de Anisopteromalus
calandrae parasitando Lasioderma serricorne…………………………………………..276
 Tempo gasto pela formiga Crematogaster sp. Lund, 1831 (Hymenoptera: Formicidae) para
alcançar a fonte de alimento…………………………………………………………...…277
 Avaliação da eficiência da liberação de Cotesia flavipes (Cameron, 1891)(Hym.:
Braconidae) através de cápsulas biodegradáveis…………………………………………278
 Influência da adubação fosfatada em cultivos de soja transgênica no tamanho de adultos de
Trichogramma pretiosum emergidos de ovos de Chrysodeixis includens ………………279
 Potencial efeito indireto no controle biológico de plantas invasoras no sistema
aguapé………………………………………………………………………………….…280
 Parasitismo do Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera: Pentatomidae) na cultura da
soja em sistema de cultivo orgânico…………………………………………………...…281
 Sobrevivência de Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae) a agrotóxicos na
cultura do tomateiro indústria……………………………………………………………282
 Control Biológico Natural en Chrysodeixis includens Walker, [1858]) y Rachiplusia nu
(Guenée, 1852) en el cultivo de soja…………………………………………………..…283
 Inimigos Naturais de Dirphia moderata Bouvier, 1929 (Lepidoptera: Saturniidae) .……284
 Avaliação do forrageamento e parasitismo de Tamarixia radiata (Waterston, 1922)
(Hymenoptera: Eulophidae) ………………………………………………………..……285
 Cleruchoides noackae (Hym.: Mymaridae): ritmo de parasitismo sobre ovos de
Thaumastocoris peregrinus (Hem: Thaumastocoridae) …………………………………286
 Relação espacial entre massa corp de inimigos naturais e a presença de recursos
florais…………………………………………………………………………………..…287

19
 Tamanho é documento? Propriedade de conexões tróficas alteradas por recursos
florais…………………………………………………………………………………..…288
 Recursos florais mediando variações nas assimetrias predador-presa em
agroecossistemas…………………………………………………………………………289
 Parasitismo de Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), em Curuquerê-da-couve
na região do Arenito Caiuá, PR……………………………………………………..……290
 Parasitismo de ovos de percevejos em soja na região do Arenito Caiuá, Paraná……...…291
 Um novo passo na produção de Trichogramma Westwood: Criopreservação de ovos de
Mythimna sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae)…….…………………………292
 Desenvolvimento e capacidade reprodutiva de quatro espécies de Trichogramma em ovos
de Mythimna sequax criopreservados……………………………………………………293
 Uso de dietas artificiales y suplementos alimenticios para optimizarla cría masiva de
Coccinellidae (Coleoptera) ………………………………………………………………294
 Desenvolvimento e sobrevivência de larvas de Chrysoperla externa alimentadas com ovos
de Spodoptera frugiperda……………………………………………………………...…295
 Capacidade predatória e desenvolvimento de Chrysoperla externa (Neuroptera:
Chrysopidae) alimentadas com mosca-branca………………………………………...…296
 Resposta comportamental de Aphelinus abdominalis (Hymenoptera: Aphelinidae) a óleos
voláteis de Tagetes erecta……………………………………………………………..…297
 Preferência de inimigos naturais de mosca-branca a diferentes grupos genéticos de
bananeira…………………………………………………………………………………298
 Development of Diatraea saccharalis in artificial diet with different anti-contaminants and
effect on the parasitism of Cotesia flavipes…………………………………………...…299
 Taxonomia integrativa dos himenópteros parasitoides do bicudo-do-algodoeiro no
Brasil…………………………………………………………………………………..…300
 Volatile compounds emitted by soybeans under multiple infestations of herbivores attract
the predator Neoseiulus californicus…………………………………………………..…301
 Preferência hospedeira de Telenomus podisi entre ovos de Dichelops melacanthus,
Euschistus heros e Podisus nigrispinus……………………………………………….…302
 Efeito de diferentes idades do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Telenomus
podisi…………………………………………………………………………………..…303
 O armazenamento de ovos de Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em
baixas temperaturas, afeta o parasitismo de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera:
Platygastridae)? …………………………………………………………………………304

20
 Parasitismo sobre broca da cana criadas em dietas artificiais com redução de caragenato e
corante……………………………………………………………………………………305
 Parasitismo em Spodoptera frugiperda (J.E.Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) em
milho na fazenda escola do CLM……………………………………………………...…306
 Influência do número de pupas por cápsulas biodegradável na razão sexual de Cotesia
flavipes……………………………………………………………………...……………307
 Suplementação alimentar do ácaro predador Stratiolaelaps scimitus no controle biológico
do nematoide das galhas em tomate……………………………………………………...308
 Parasitismo natural de ovos de Chrysodeixis includens por Trichogramma pretiosum em
variedades de soja transgênica submetidas………………………………………………309
 Seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma spp. (Trichogrammatidae),
parasitoides de Erinnyis ello L.( Sphingidae) ………………………………………...…310
 Oscilação da umidade relativa do ar afetando o parasitismo de Trichogramma galloi sobre
ovos de Diatraea saccharalis……………………………………………………………311
 Impacto da umidade constante e oscilante no parasitismo de Trichogramma galloi sobre
ovos de Diatraea saccharalis……………………………………………………………312
 Resposta functional de Chrysoperla externa quando alimentado com ovos e ninfas da
mosca branca do cajueiro Aleurodicus cocois……………………………………………313
 Inimigos naturais de Aculus schlechtendali (Eriophyidae): uma praga quarentenária
reportada em macieiras no Sul do Brasil…………………………………………………314
 Cheyletus malaccensis como agente de controle de ácaro causador de alergia………….315
 Parasitismo de Telenomus remus e Trichogramma pretiosum sobre ovos de lepidópteros
pragas da cultura do amendoim…………………..………………………………………316
 Infestação de lagarta-do-cartucho em cultivo de milho submetido a diferentes estratégias
de manejo……………………………………………………………………………...…317
 Espécies de pulgões e seus inimigos naturais em lavoura de trigo………………………318
 Estimativa do controle biológico prestado por coccinelídeos nativos na presença de
Harmonia axyridis……………………………………………………………………..…319
 Taxas de parasitismo do predador exótico Harmonia axyridis e de coccinelídeos nativos
das Américas…………………………………………………………………………..…321
 Diversidade de parasitoides associados a coccinelídeos nativos e a Harmonia
axyridis………………………………………………………………………………...…322
 A criação de Telenomus remus, em laboratório, por gerações sucessivas, altera suas
características para controle biológico? …………………………………………………323

21
 Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) Como Hospedeiro Alternativo para
criação de Trichogramma pretiosum Riley………………………………………………324
 Interação entre modos de liberação de Telenomus podisi: plantio direto (SPD) e
convencional (SC) …………………………………………………………………….…325
 Seletividade de inseticidas utilizados na cultura da soja a Trichogramma pretiosum em
diferentes condições experimentais………………………………………………………326
 Efeito do parasitismo de Hexacladia smithii em aspectos biológicos e demográficos de
Euschistus heros……………………………………………………………………….…327
 Comportamento de busca de hospedeiros pelo parasitoide de ovos Telenomus podisi em
ambientes com estímulos multimodais……………………………………………..……328
 Differentiation of parasitized or non-parasitized Tephritidae pupae based on hyperspectral
reflectance profiling…………………………………………………………………...…329
 Competição interespecífica entre os himenópteros Diachasmimorpha longicaudata
(Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Figitidae) ……………………………………..…330
 A importância do parasitismo natural no controle de noctuídeos tolerantes a soja
Bt…………………………………………………………………………………………331
 Biologia de uma nova espécie de Aleiodes sp. (Hymenoptera: Braconidae) parasitando
lagartas de Spodoptera eridania (Cramer) ………………………………………………332
 Dinâmica do parasitoide Quadrastichus mendeli em galhas de Leptocybe invasa em mudas
de Eucalyptus grandis x E. camaldulensis………………………………………………333
 Prospecção de endossimbiontes em Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae)
……………………………………………………………………………………………334
 Características biológicas de Encarsia inaron (Hymenoptera: Aphelinidae) em estádios
ninfais de Bemisia tabaci (Hemiptera: Aleyrodidae) Middle East-Asia Minor 1 (MEAM
1)…….……………………………………………………………………………………335
 Efeito da temperatura no voo do parasitóide Cleruchoides noackae ( Hymenoptera:
Mymaridae) ……………………………………………………………………………...336
 Predação de lagartas de Palpita forficifera por ninfas de Podisus nigrispinus……..……337
 Parasitismo de Thyanta perditor (Heteroptera: Pentatomidae) e fenologia de ninfas e
adultos na sua planta hospedeira selvagem………………………………………………338
 Relação entre o pulgão Lipaphis erysimi e seus predadores na produção orgânica da
couve…………………………………………………………………………………..…339
 Levantamento de parasitoides Tachinidae em S. eridania (CRAMER) e S. cosmioides
(WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) ……………………………………...…340

22
 Efeito da idade do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de Trichogramma pretiosum
em ovos de Anticarsia gemmatalis……………………………….………………………341
 Parasitismo de Telenomus remus em ovos de Spodoptera frugiperda: diferentes idades do
parasitoide e do ovo
hospedeiro……………………………………………………………………………..…342
 Características biológicas de Trissolcus urichi em ovos de Euschistus heros e Dichelops
melacanthus………………………………………………………………………………343
 Liberação de Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae) em sistemas de manejo de
Euschistus heros Fabricius (Pentatomidae) …………………………………………...…344
 Endossimbiontes associados ao parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead
(Hymenoptera: Platygastridae) ………………………………………………………..…345
 Seletividade de abamectina ao predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera:
Chrisopidae) ………………………………………………………………………..……346
 Parasitismo de adultos de Euschistus heros (F. 1798) (Pentatomidae) na cultura da soja em
diferentes sistemas de cultivo……………………………………………………………347

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de doenças de plantas…….348

 Controle biológico de Ustilaginoidea virens, isolado de plantas de arroz por Trichoderma


spp. ………………………………………………………………………………………349
 Análise da eficiência agronômica de Trichoderma spp. no controle de Sclerotinia
sclerotiorum em alface……………………………………………………………...……350
 Bactérias esporulantes utilizadas no controle in vitro do fungo Cercospora
coffeicola…………………………………………………………………………………351
 Ação de metabólitos voláteis de Trichoderma spp. sobre o crescimento micelial de
Fusarium oxysporum…………………………………………………………………..…352
 Trichoderma spp. no controle in vitro de Fusarium oxysporum…………………………353
 Potencial de Trichoderma para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura da
soja…………………………………………………………………………………….…354
 Potencial de biocontrole in vitro e in vivo da cepa bacteriana LABIM22 frente a fungos
fitopatógenos…………………………………………………………………………..…355
 Coinoculação associado a condicionador de solo na cultura da soja………………….…356
 Potencial de Beauveria bassiana e metabólitos na indução de resistência em
soja…………………………………………………………………………………….…357

23
 Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum com o uso de Trichoderma harzianum na cultura
da soja………………………………………………………………………………….…358
 Inibição do crescimento de Lasiodiplodia sp., agente causal da podridão da coroa da
banana, por isolados de Bacillus sp. …………………………………………………..…359
 Efeito da microbiolização de sementes de cenoura (Daucus carota) infectadas com
Sclerotinia Sclerotiorum…………………………………………………………………360
 Enterobacter cloacae como uma ferramenta biotecnológica para nutrição e controle de
enfermidades das bananeiras…………………………………………………………..…361
 Supressividade do solo a Ceratocystis paradoxa……………………………………...…362
 Embate antagônico entre Curtobacterium flaccumfaciens subsp. flaccumfaciens e
rizobactérias nativas dos solos do oeste do PR………………………………………..…363
 Potencial de Trichoderma harzianum para o controle de Sclerotinia sclerotiorum na cultura
do feijão………………………………………………………………………………..…364
 Embate antagônico de Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis versus
rizobactérias nativas de solos do Oeste do Paraná…………………………………….…366
 Atividade antifúngica de produtos bioativos de Cladosporium cladosporioides contra
Pestalotiopsis clavispora…………………………………………………………………367
 Utilização de Trichoderma spp. para o controle biológico de Sclerotinia sclerotiorum na
cultura da soja………………………………………………………………………….…368
 Potencial de microrganismos aplicados na soja, em campo, para redução da população de
fitonematoides……………………………………………………………………………369
 Ensaios com diferentes microrganismos aplicados em soja, para o controle de Meloidogyne
javanica………………………………………………………………………………..…370
 Avaliação do efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de
Trichoderma
endophyticum………………………………………………………………………….…371
 Efeito de defensivos químicos de uso agrícola sobre a germinação de conídios de
Trichoderma harzianum……………………………………………………………….…372
 Tratamento de sementes com inoculantes e Trichoderma na cultura da soja……………373
 Uso de biológicos no tratamento de sementes de soja………………………………...…374
 Avaliação da eficiência de produtos de controle biológico de Macrophomina phaseolina
em soja……………………………………………………………………………………375
 Inibição de bactérias fitopatogênicas por metabólitos secundários da cepa LABIM17 de
Brevibacillus sp. …………………………………………………………………………376

24
 Compatibilidade de Trichoderma koningiopsis a defensivos químicos de uso agrícola....377
 Seletividade de defensivos químicos de uso agrícola ao fungo Trichoderma
asperellum……………………………………………………………………………..…378
 Atividade antifúngica in vitro de óleos essenciais contra Colletotrichum gloeosporioides
isolado de folhas de macieira………………………………………………………….…379
 Controle Biológico de Cercospora beticola em Beterraba………………………………380
 Antagonismo in vitro entre Trichoderma spp. e Cercospora coffeicola…………………381
 Potencial antagonista de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum sp. in vitro………..…382
 Controle de fitopatógenos por metabólitos de fungos sapróbios…………………...……383
 Controle de Botrytis cinerea por leveduras antagonistas………………………………...384
 Avaliação do potencial biotecnológico de Brevibacillus sp. na produção de compostos
bactericidas…………………………………………………………………………….…385
 Avaliação in vitro da atividade biofungicida de Brevibacillus sp. ………………………386
 Efeito de preparações de Metarhizium spp. na germinação de urediniósporos de
Phakopsora pachyrhizi………………………………………………………………...…387

ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de insetos de importância


médico-veterinária...388

 Ação In Vitro Residual em Papelão de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus


gallinae (De Geer, 1778) ……………………………………………………………...…389
 Armadilha de Auto-inoculação de Beauveria bassiana para o Manejo do Ácaro-vermelho
Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae)………………390
 Efeito Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra Dermanyssus gallinae (De
Geer, 1778) (Mesostigmata: Dermanyssidae)…… …………………………………...…391
 Multiplicação do ácaro predador Macrocheles embersoni (Acari: Macrochelidae) em
laboratório……………………………………………………………………………..…392
 Dispositivo Atrai-e-Infecta para o Controle do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De
Geer, 1778) (Acari: Dermanyssidae) com o Fungo Beauveria bassiana (Balls.) Vuill.…
…………………………………………………………………………........................…393

 Ação de Contato e Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra o Ácaro-


vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) ………………………………………394

25
ÁREA TEMÁTICA: Controle biológico de vetores de doenças humanas…395

 Eficácia de formulados de Bacillus thuringiensis israelensis no controle de Culex L. 1758


(Culicidae) em condições de campo…………………………………………………...…396
 Eficácia de armadilhas de oviposição para monitoramento e controle de Aedes (Diptera:
Culicidae) ……………………………………………………………………………..…397
 Novo isolado de Bacillus thuringiensis subesp. israelensis usado para formulação de
larvicida no controle de Aedes aegypti………………………………………………...…398
 Mass-Rearing Conditions and Behavi Responses of the Giant Water Bug, Belostoma
anurum………………………………………………………………………………...…399
 Atividade larvicida de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana em Anopheles
darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae) ……………………………………………...…400
 Atividade entomopatogênica de fungos de solo da Amazônia em Aedes (Stegomyia)
aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae) ……………………………………………401
 Efeito da seleção em laboratório com o biolarvicida Espinosade na fecundidade da
população de Aedes aegypti em Manaus, AM………………………………………...…402
 Vigilância e controle de Aedes com uso de armadilha associada a diferentes atrativos e
bioinseticida em Londrina, Paraná………………………………………………………404
 Monitoramento da resistência de Aedes aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae),
exposto ao biolarvicida Espinosade…………………………………………………...…406
 Atividade larvicida de Bacillus spp. da Amazônia para o controle biológico de Aedes
aegypti Linnaeus (1762) …………………………………………………………………407
 Efeito da seleção laboratorial com o biolarvicida Espinosade no desenvolvimento de Aedes
aegypti (Diptera: Culicidae) ……………………………………………………………408
 Efeito do biolarvicida Espinosade no peso corp das fêmeas de Aedes aegypti (Diptera:
Culicidae), em laboratório……………………………………………………………..…409

ÁREA TEMÁTICA: Empreendedorismo e comercialização no controle biológico…410

 Dieta artificial para criação de Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera: Noctuidae) em


laboratório……………………………………………………………………………..…411
 Programa de desenvolvimento de biofábricas para a produção de inseticidas
microbiológicos a base de fungos entomopatogênicos………………………………..…412

26
ÁREA TEMÁTICA: Gargalos do uso de produtos biológicos no campo…413

 Armazenamento de Trichogramma pretiosum em baixas temperaturas como logística para


liberações em programas de CBA……………………………………………………..…414
 Evaluation of Soil Persistence and Root Colonization of a Native Metarhizium anisopliae
Isolate………………………………………………………………………………….…415
 Anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído na dieta artificial para
criação de Helicoverpa armigera……………………………………………………...…416
 Impacto de fatores ambientais no parasitismo e emergência de Trichogramma pretiosum,
Telenomus remus e Telenomus podisi……………………………………………………417

ÁREA TEMÁTCIA: Interações do Controle biológico e outras táticas de manejo


integrado de pragas e doenças…..418

 Ação de Beauveria bassiana Bals. Vuill. e óleo essencial de patchouli (Pogostemon cablin)
sobre a mortalidade de tripes (Thysanoptera: Thriptidae) em Ficus sp.…………………419
 Há interferência no parasitismo de Spodoptera frugiperda quando se alimentam de plantas
tratadas com silício e inoculante? …………………………………………………..……420
 Predação de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício e inoculante………421
 Efeito da adição de óleos vegetal e mineral a inseticidas no controle do Anthonomus
grandis……………………………………………………………………………………422
 Compatibilidade de óleos essenciais de Eugenia uniflora e Pogostemon cablin com
Bacillus
thuringiensis…………………………………………………………………………...…423
 Repelência de piretroides a dois importantes inimigos naturais da cultura da soja…...…424
 Avaliação da repelência de inseticidas compatíveis com o Neoseiulus californicus
McGregor (Acari: Phytoseiidae) ……………………………………………………...…425
 Uso de radiação UV-B para o controle de Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae) com a
preservação de predadores…………………………………………………………….…427
 Influência de produtos fitossanitários sobre parâmetros biológicos do fungo Metarhizium
anisopliae (Isolado UNIOESTE 86) ……………………………………………………428
 Efeitos de cultivares de soja resistentes a percevejos e soja Bt no intestino médio de
Euschistus heros…………………………………………………………………………429

27
 Aspectos biológicos de Euschistus heros alimentado com cultivares de soja Bt e resistentes
a percevejos………………………………………………………………………………430
 Germinação do fungo Metarhizium anisopliae após exposição a produtos fitossanitários
usados na cultura da mandioca………………………………………………………...…431
 Influência da interação roseira-pulgão-plantas atrativas sobre o comportamento de
Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae)…… ………………………………..…432
 Compatibilidade de Pseudoplusia includens Single Nucleopolyhedrovirus (PsinSNPV)
com fungicidas e herbicidas…………………………………………………………...…433
 Resistência extrínseca de cultivares de cana-de-açúcar no desenvolvimento de Cotesia
flavipes em Diatraea saccharalis……………………………………………………...…434
 Óleo de laranja 6% e lambda-cialotrina causam efeitos subletais na capacidade reprodutiva
de Nesidiocoris tenuis (Hemiptera: Miridae)? ………………………………………..…435
 Evaluation of predation preference of Podisus nigrispinus to SfMNPV-Infected vs. Healthy
Spodoptera frugiperda larvae………………………………………………………….…436
 Um novo hospedeiro de Diaphorina citri e a sua contribuição para o controle biológico
com Tamarixia radiata em citros……………………………………………………...…437
 Ação de diferentes inseticidas sobre predadores de insetos-praga na cultura da
soja…………………………………………………………………………………….…438
 Compatibilidade do baculovírus SfMNPV com herbicidas e adjuvante no controle de
Spodoptera frugiperda………………………………………………………………...…439
 Seletividade de piriproxifem sobre predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em
soja Bt próximo à área de refúgio……………………………………………………..…441
 Compatibilidade in vitro de inseticidas para o controle de pragas de solo de cana de açúcar
com Beauveria bassiana…………………………………………………………………442
 Suscetibilidade do predador Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) a
inseticidas em duas vias de exposição……………………………………………………443
 Eficiência da ação de agentes de biológicos no controle do nematoide das galhas
radiculares (Meloidogyne incognita) na cultura da bananeira……………………………444
 Influência do fruto hospedeiro de Anastrepha fraterculus no comportamento de busca de
parasitoides…………………………………………………………………………….…445
 Atratividade química dos óleos voláteis de Tagetes erecta ao predador Adalia bipunctata
(Coleoptera: Coccinellidae) …………………………………………………………...…446
 Trichogramma pretiosum (Trichogrammatidae) pode aprender a reconhecer ovos de
Grapholita molesta (Tortricidae)? …………………………………………………….…447

28
 Efeito de películas minerais sobre maças infestadas por Anastrepha frateculus no
parasitismo de Diachasmimorpha longicaudata…………………………………………449
 O substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda tem influência sobre
Trichogramma pretiosum? ………………………………………………………………451
 Toxicidad de Amistar sobre los depredadores Hippodamia variegata, Eriopis connexa
(Coleoptera: Coccinellidae), Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae) y el hongo
entomopatógeno Beauveria bassiana (Ascomycota: Hypocreales) …………………..…452
 Monitoramento e flutuação populacional de Cosmopolites sordidus em 3 cultivares de
banana no município de Campo Verde, MT…………………………………………..…453
 Estimativas de fases imaturas de Helicoverpa armigera em Dourados e Ponta Porã em
apoio ao biocontrole…………………………………………………………………...…454
 Áreas aptas ao parasitoide exótico Fopius arisanus e a Bactrocera carambolae
considerando seis hospedeiros no Brasil…………………………………………………455
 Crescimento vegetativo e produção de conídios de Metharizium anisopliae exposto a
produtos utilizados na cultura da mandioca…………………………………………...…456
 Efectos letales y subletales de spirotetramat y metaflumizone sobre el depredador Eriopis
connexa (Coleoptera: Coccinellidae) ……………………………………………………457
 Entomopathogenic fungi isolates compatible with two pesticides to control of the Plutella
xylostella…………………………………………………………………………………458
 Toxicity of Tithonia diversifolia to Plutella xylostella (L.,1758) (Lepidoptera: Plutellidae
1758) and biocontrol agent Chrysoperla externa (Hagen, 1861) (Neuroptera:Chrysopidae)
……………………………………………………………………………………………459
 Controle de tripes (Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp. utilizando fungo Beauveria
bassiana e óleo essencial de Eugenia uni……………………………………………..…460
 Controle de Myzus persicae Sulzer, 1776 (Hemiptera: Aphididae) utilizando fungo
Beauveria bassiana e óleo essencial de pitanga……………………………………….…461
 Potencial da associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin para o controle de
Atta sexdens (Linnaeus, 1758) ………………………………………………………..…462
 Compatibilidade biológica in vitro de bioinseticidas e inseticidas para Chrysodeixis
includens (Lepidoptera: Noctuidae) …………………………………………………..…463
 Compatibilidade do baculovírus AgMNPV com fungicidas e herbicidas…………….…464
 Impacto do distanciamento de faixa de plantas adicionais na bordadura sobre a ocorrência
de fitófagos no cultivo de couve…………………………………………………………465
 Predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em diferentes sistemas de manejo de
pragas em soja……………………………………………………………………………466

29
 Is Macrolophus basicornis Affected by Insecticides Used to Control Whitefly Biotype B in
Tomato?
……………………………………………………………………………………………467

ÁREA TEMÁTICA: Produtos botânicos e potencial no controle


de insetos e doenças…468

 Target and non-target effects of eight essential oils on the cotton aphid and its parasitoid
Aphidius colemani………………………………………………………………………..469
 Screening da atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer
(Coleoptera:Tenebriodae) ……………………………………………………………..…470
 Atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius diaperinus Panzer
(Coleoptera:Tenebrionidae) …………………………………………………………..…471
 Bioatividade de óleos essenciais de Citrus spp. para Alphitobius diaperinus Panzer
(Coleoptera: Tenebrionidae) ……………………………………………………………472
 Extrato hexânico de Piper cubeba apresenta atividade inseticida sobre Spodoptera
frugiperda e Helicoverpa armigera? ……………………………………………………473
 Toxicidade letal de extratos de Annona sobre Pachycrepoideus vindemmiae
(Hymenoptera: Pteromalidae) ……………………………………………………………474
 Atividade fumigante de óleos essenciais para o ácaro Dermanyssus gallinae (De Geer)
(Acari: Dermanyssidae) …………………………………………………………………475
 Efeito tóxico e subletal do extrato hidroalcoólico e frações purificadas de Ricinus
communis sobre Chrysodeixis includens Wal……………………………………………476
 Efeito de diferentes doses do óleo de Neem em ninfas de 5º instar de Eushistus
heros…………………………………………………………………………………...…477
 Toxicidade de óleos essenciais provenientes de anonáceas para Alphitobius diaperinus
Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae) …………………………………………………..…478
 Bioatividade de óleos essenciais de anonáceas para Alphitobius diaperinus Panzer
(Coleoptera: Tenebrionidae) ……………………………………………………….……479
 Metabólitos secundários de plantas da família Annonaceae como alternativa ao controle de
Alphitobius diaperinus Panzer………………………………………………………...…480
 Bioatividade de óleos essenciais de Cinnamomum spp. para Alphitobius diaperinus
(Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae) ………………………………………………...…481

30
 Potencial de Mikania laevigata, com fertilizante orgânico e Bacillus thuringiensis, no
controle de Fusarium oxysporum……………………………………………………...…482
 Toxicidade de Óleo Essencial de Ocotea bicolor sobre Sitophilus zeamais em Trigo
Armazenado…………………………………………………………………………...…483
 Efeito carcinogênico e anticarcinogênico do resveratrol por mio do teste para detecção de
clones de tumors epiteliais (warts) em Drosophila melanogaster………………………484
 Efeitos letais e subletais dos óleos vegetais de babaçu e soja degomado sobre o ácaro
predador Typhlodromus ornatus…………………………………………………………485
 Aplicação tópica do extrato etanólico de Asclepias curassavica L. sobre Spodoptera
frugiperda (J.E.Smith,1917) …………………………………………………………..…486
 Óleo de mamona (Ricinus communis L.) no controle de formiga cortadeiras (Atta spp.) em
campo………………………………………………………………………………….…487
 Bioatividade do extrato etanólico e frações de Euphorbia pulcherrima sobre Spodoptera
frugiperda……………………………………………………………………………...…488
 Controle de ninfas Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae) por óleos e
extratos vegetais em mudas de couve manteiga…………………………………………489
 Influência do substrato de cultivo de plantas na ocorrência Bemisia tabaci (Gennadius)
Hemiptera: Aleyrodidae) ……………………………………………………………...…490
 Efeitos de extratos aquosos vegetais sobre ninfas de Bemisia tabaci (Gennadius)
Hemiptera: Aleyrodidae na cultura da Berinjela (Solanum melongena L.)…….……..…491
 Atividade inseticida de óleos essenciais sobre Myzus persicae (Sulzer, 1776)
(Hemiptera:Aphididae) em couve-verde…………………………………………………492
 Toxicidade do óleo essencial de carqueja (Baccharis milleflora) sobre Rhyzopertha
dominica (Coleoptera: Bostrichidae) ……………………………………………………493

ÁREA TEMÁTICA: Transformação de agentes de controle biológico e/ou


microbianos…494

 Modificação genética: um estudo de expressão gênica em eventos de milho singular e


estaqueado……………………………………………………………………………..…495

31
32
Obtenção de endotoxinas cry a partir de Bacillus thuringiensis
utilizando fermentação em biorreator
Cesar A. D. Arias1; Ana C. C. Xavier1; Páblo E. C. Silva1; Tamiris J.S. Rêgo1;
Gilvanda R. Silva2; José P. Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3
1
CooperativaMista de Desenvolvimento do Agronegócio;2Instituto Agronômico de Pernambuco;
3
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal – Universidade Federal Rural de Pernambuco;
4
Universidade de Pernambuco – Campus Serra Talhada

Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner (Bacillaceae) é uma bactéria esporulante


que produz inclusões protéicas cristalinas (proteínas Cry), capazes de causar morte
em insetos vetores de doenças e pragas, com alta especificidade pelo alvo e menor
impacto à saúde humana e ambiental. Em virtude destas características, considera-
se Bt como o principal microrganismo utilizado no controle biológico.
Aproximadamente 98% dos biopesticidas utilizados, correspondem às formulações a
partir de Bt. A utilização de inseticidas Bt é mais difundida em países desenvolvidos,
sendo os EUA e o Canadá os principais produtores, detendo cerca de 50% da
produção mundial de bioinseticidas. Sendo assim, a busca por novas formas na
melhoria de produção e fabricação de bioinseticidas no país vem se acentuando. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de endotoxinas a partir de diferentes
meios de cultura, visando à formulação futura de um novo bioinseticida. Inicialmente,
a reativação foi realizada por imersão das fitas contendo esporos em frascos de
Erlenmeyers (250 mL) contendo 125 mL de meio de cultura líquido UG, sob agitação
de 200 rpm, a 30 °C, durante 12 horas. Após 12 horas de cultivo, 5% (v/v) do caldo
fermentado era utilizado como inóculo e adicionado ao biorreator (5L) contendo meio
M1ou UG, sob agitação de 300 rpm, aeração de 7 LPM, a 30 °C, durante 72 horas.A
dosagem de endotoxinas foi realizada durante toda a fermentação utilizando o kit
BCA. A concentração de endotoxinas utilizando o meio M1 apresentou maior
concentração após 24 horas de cultivo, obtendo 3535,0 mg L-1, três vezes maior do
que apresentado quando cultivado em meio UG, que apresentou uma máxima
concentração de 1053,0 mg L-1 após 39 horas de cultivo. Dessa forma, conclui-se
que o meio M1 apresentou uma melhor condição para a produção de Bt,
aumentando a concentração de endotoxinas e reduzindo o tempo de obtenção
máxima das proteínas.

Palavras-Chave: Proteínas Cry

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio

33
Produção de endotoxinas a partir de Bacillus thuringiensis
utilizando diferentes meios de cultivo
Cesar A. D. Arias1; Ana C. C. Xavier1; Páblo E. C. Silva1; Tamiris J.S. Rêgo1;
Gilvanda R. Silva2; José P. Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3
1
Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio; 2Instituto Agronômico de Pernambuco;
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal – Universidade Federal Rural de Pernambuco;
3
4
Universidade de Pernambuco – Campus Serra Talhada.

Durante as últimas décadas, a eficiência do Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner


(Bacillaceae) no manejo de pragas estendeu seu uso nos setores agrícola, florestal
e urbano. A atividade larvicida desses bioinseticidas é baseada em cristais
produzidos pelas células bacterianas durante a fase de esporulação. Atualmente, o
custo da produção de Bt usando a tecnologia de fermentação existente é elevado
por causa do alto custo da produção. Encontrar fontes econômicas disponíveis e
desenvolver um processo de otimização rentável para a produção de cepas de Bt
são conhecidas como uma das mais importantes etapas do desenvolvimento de
biopesticidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de endotoxinas a partir
de diferentes meios de cultura, visando uma aplicação futura no controle de pragas.
Inicialmente, a reativação foi realizada por imersão das fitas contendo esporos em
frascos de Erlenmeyers (250 mL) contendo 125 mL de meio de cultura líquido UG,
sob agitação de 200 rpm, a 30 °C, durante 12 horas.Após 12 horas de cultivo, o
inóculofoi adicionado afrascos Erlenmeyers contendo 100 mL do meio de cultura
testado (M1, M5 e M8) e, em seguida, incubados sob agitação orbital a 200 rpm em
mesa agitadora, a 30 °C, durante 72 horas.A dosagem de endotoxinasfoi realizada
durante toda a fermentação utilizando o kit BCA. A concentração de
endotoxinasutilizando o meio M1 foi melhor apresentada após 48 horas de cultivo,
obtendo 1765,0 mg L-1, mais de oito vezes maior, quando comparado aos cultivos
em meio M5 ou M8, que apresentaram uma máxima concentração de 180,0 mg L-1
após 56 horas de cultivo e 206,0 mg L-1 após 48 horas de cultivo, respectivamente.
Conclui-se que o meio M1 apresentou uma melhor condição para a produção de
endotoxinas, também reduzindo o tempo de obtenção máxima das proteínas.

Palavras-Chave: Proteínas Cry;

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio

34
Gene expression associated to chemosensing in the parasitoid
Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae)
Juan Pedro Wulff1; Maximo Rivarola2; Francisco Devescovi1; Diego F. Segura1;
Silvia B. Lanzavecchia1; Diego
(1) Instituto de Genética “E.A. Favret”, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina.
(2) Instituto de Investigación Biotecnología, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires,
Argentina

Diachasmimorpha longicaudata Ashmead is a solitary endoparasitoid considered


themain biological control agent of Tephritidae fruit flies of economic importance.
Females parasitize late instar larvae of several fruit fly species, such as
Ceratitiscapitata and Anastrepha fraterculus Wiedemann. Numerous ecological
andbehavi studies have addressed key issues about D. longicaudata
foragingbehavior. Current methods of monitoring the efficiency of D. longicaudata as
abiological control agent are limited to the sampling of infested fruit and the
recordingof parasitism rates. Recent research works have identified volatile
compounds frominfested fruits possibly guiding female parasitoids to their host
larvae. Conversely, nostudies have focused on the molecular mechanisms
associated with this behavior. Inthe present work we performed a functional analysis
of chemoreceptors potentiallyassociated to odor detection in this species. We carried
out a bioinformatic screeningof a whole body transcriptome of D. longicaudata. After
a phylogenetic analysis and atissue expression profile, fourteen odorant binding
proteins and seven chemosensoryproteins (odorant molecule transporters associated
to membrane chemoreceptors) were characterized. Subsequently, functional
analyses of a set of genes wereperformed through behavi and molecular tests in
which the gene expression wassilenced through the provision of RNAi to adult
females. Preliminary results showedthat several of the selected genes are linked to
the foraging behavior. This is the firstmolecular approach to the study of
chemosensing in D. longicaudata providing usefulinformation to understand the
underlying biochemical mechanism. Our results will beof help to the development of
attractive baits for monitoring parasitoid performance inthe field and also to increase
efficiency of biological control strategies by stimulatingthe presence of parasitoids in
area of high incidence of the pest.

Palavras-Chave: Foraging behavior; odorant binding proteins

Apoio Institucional: PNBIO-1131023 (INTA); IAEA22515. (FAO/IAEA); PIP


11220130100001CO (MinCyT), PICT 2017 0402 (ANPCyT).

35
Uso da tecnologia de RNA de interferência como método de
controle de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae)
Grazielle C. Maktura; Henrique Marques-Souza; Cyro Z. V. Negrão; João
Gabriel A. Elston; Giovanna V. Guidelli
Universidade Estadual de Campinas

Pragas causam prejuízo anual de mais de R$ 55 bilhões na agricultura brasileira. No


ramo das frutíferas, as moscas-das-frutas dos gêneros Anastrepha Schiner (1868) e
Ceratitis MacLeay (1829) (Díptera: Tephritidae) são consideradas as principais
pragas, ocasionando queda prematura, apodrecimento e inviabilidade comercial dos
frutos, além de participar das restrições quarentenárias. Devido o impacto que
causam na agricultura, essas moscas tem sido alvo de muitas pesquisas visando
seu controle. O controle biológico de moscas-das-frutas por meio de parasitóides e
predadores é uma excelente alternativa de controle. Entretanto, sua eficácia é
prejudicada pelo uso concomitante de inseticidas, que possuem efeito generalista. O
silenciamento gênico por RNA de interferência (RNAi), devido sua alta
especificidade e não-toxicidade ao meio ambiente, apresenta-se como uma valiosa
técnica complementar ao controle biológico de pragas. Este trabalho visa realizar
ensaios de silenciamento de genes alvos essenciais para a homeostase das
espécies-praga da família Tephritidae, por delivery . Até o presente momento genes
alvos selecionados, como β-tubulina e α-amilase, foram clonados, sequenciados e
as respectivas moléculas silenciadoras (dsRNAs) produzidas. As moléculas
silenciadores serão administradas à larvas e adultos, tanto das espécies alvo quanto
de parasitóides. O efeito do silenciamento gênico será avaliado através da
expressão do gene alvo, da taxa de mortalidade e desenvolvimento de larvas. Além
disso, o efeito cruzado das moléculas nos parasitoides (off-targets) será avaliado.
Moléculas cujo efeito do silenciamento resulte em altos níveis de mortalidade serão
utilizadas no desenvolvimento de métodos de entrega específicos para estas pragas
no campo.

Palavras-Chave: silenciamento gênico; controle de pragas; Anastrepha;

Apoio Institucional: CAPES; Brazilian Laboratory on Silencing Technologies

36
Uso da tecnologia de RNAi para controle de Dichelops (Diceraeus)
melacanthus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae)
Grazielle C. Maktura; Henrique Marques-Souza
Universidade Estadual de Campinas

A presença de pragas e doenças no campo reduzem a produção agrícola mundial


em cerca de 40%, sendo o prejuízo financeiro no Brasil equivalente a um terço de
seu Produto Interno Bruto. Dentre as espécies fitófagas, os percevejos da família
pentatomidae tem importância especial devido à dificuldade no controle e crescente
dano associado. Seu hábito polífago e alta ocorrência em diversas culturas, como
soja e milho, esta relacionada à redução da produtividade e qualidade de grãos e
deformações nas plantas. Tido como praga secundária em soja, o percevejo
Dichelops (Diceraeus) melacanthus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) vem
sendo considerado praga primária em cultivos de trigo e milho. O controle biológico
utilizando parasitóides de ovos de percevejos é um método promissor, mas sua
eficácia é comprometida pelo uso de indiscriminado de inseticidas generalistas. O
uso da tecnologia de silenciamento gênico por RNA de interferência (RNAi)
apresenta-se como uma promissora técnica complementar ao controle biológico de
pragas pela sua alta especificidade e não-toxicidade. Este trabalho visa realizar
ensaios de silenciamento de genes alvos essenciais para a homeostase do
percevejo D. melacanthus pelo delivery. Até o presente momento os genes alvos,
como actina e arginina quinase, foram clonados, sequenciados e suas moléculas
silenciadoras (dsRNAs) sintetizadas. A próxima etapa será a realização dos ensaios
de RNAi, no qual ninfas e adultos da espécie alvo e parasitóides serão submetidos a
diferentes dsRNAs. A partir da análise da expressão do gene alvo, taxa de
mortalidade e desenvolvimento das ninfas, será mensurado o efeito do
silenciamento gênico, tanto no organismo alvo quanto no parasitóide (off-target). As
moléculas que resultarem em maiores níveis de mortalidade a partir do efeito de
silênciamento serão selecionadas para o desenvolvimento de métodos de entrega
específicos para esta praga no campo.

Palavras-Chave: silenciamento gênico; controle de pragas; percevejo-barriga-verde

Apoio Institucional: Brazilian Laboratory on Silencing Technologies

37
Silenciamento gênico por RNAi: da biologia do desenvolvimento ao
controle de pragas
Henrique Marques-Souza; Cyro V Z Negrão; Grazielle C Maktura; Jeruza P S
Bossonaro; Giovanna Guidelli
Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual - Universidade Estadual de Campinas

O silenciamento gênico por RNAi (RNA de interferência) é um mecanismo presente


na maioria dos seres vivos que identifica moléculas de RNA em forma de dupla fita
dentro da célula como uma molécula viral. Quando a molécula de RNA dupla fita é
identificada pela maquinaria de RNAi na célula, esta molécula é fragmenta e
incorporada em um complexo chamado RISC (RNA interference silencing complex)
que passa a identificar sequências endógenas (transcritas à partir do genoma do
hospedeiro) similares em sequência com a molécula fita dupla invasora. Este
reconhecimento resulta na fragmentação do RNA endógeno impedindo a sua
utilização como molde para a síntese proteica. Desta forma, a inativação de
qualquer gene pode ser obtida através da introdução de moléculas de RNA dupla fita
nas células alvo, de fungos à seres humanos. À partir do uso de RNAi para inativar
genes essenciais para o desenvolvimento de insetos surgiu uma aplicação desta
tecnologia para controlar a incidência de insetos pragas à agricultura. Identificando
genes essenciais para sobrevivência, digestão ou qualquer outro processo biológico
que impeça o dano causado por sua herbivoria, pode-se desenvolver moléculas
silenciadoras para estes genes alvos e introduzi-los em plantas transgênicas ou
pulverizar formas estáveis destas moléculas diretamente sobre a planta. Nosso
laboratório desenvolve moléculas silenciadoras para o controle de diversas pragas
agrícolas e a aplicação desta tecnologia, sendo desenvolvida junto de empresas
brasileiras, representa uma grande promessa de um produto inovador, não-tóxico e
altamente específico com grande potencial de sinergia com métodos biológicos,
como o uso de predadores e parasitoides, para promover soluções mais específicas
e eficientes de controle de pragas. Os avanços recentes do nosso grupo de
pesquisa serão apresentados.

Palavras-Chave: RNAi; Insetos; Silenciamento Gênico

Apoio Institucional: Fapesp; CNQp; Capes; TMG

38
Avaliação da vazão e do espectro de gota na eficiência de Bt no
controle de Spodoptera frugiperda
Joacir do Nascimento; Kelly C. Gonçalves; Matheus H. T. G. Borges; Natalia D.
Danzi; Sandy S. Fonseca; Stéfane C. Q. S. Faria; Cícero A. M. dos Santos;
Ricardo Antônio Polanczyk;
Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita Filho", 14884-
900, Jaboticabal-SP, Brasil

A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidóptera : Noctuidae) é a principal


praga da cultura milho. Seu controle é realizado principalmente com inseticidas
químicos, no entanto, nas últimas safras a utilização de bioinseticidas à base de
Bacillus thuringiensis (Bt) tem sido uma ferramenta bastante utilizada no controle.
Apesar da sua especificidade e seletividade, alguns fatores podem influenciar na
eficiência desses produtos na aplicação, à exemplo a vazão de calda e o espectro
de gota usado na pulverização. Assim, o objetivo com este trabalho foi avaliar o
efeito da vazão e do espectro de gota e a interação desses fatores sobre a
mortalidade de S. frugiperda. O experimento foi realizado em esquema fatorial com
tratamento adicional [(3x2) +1] e 40 repetições (lagartas). Para a aplicação do
bioinseticida Dipel® foram analisadas duas vazões (70 L/ha e 100 L/ha) e três
espectros de gota (fina, média e grossa), utilizando água como testemunha. Cada
unidade experimental foi constituída de 50 m2 com aproximadamente 300 plantas de
milho, em estádio fenológico V8. Uma hora após a aplicação, foram coletadas 10
folhas de cada tratamento. Em laboratório, foram retirados 4 discos foliares (3 cm de
diâmetro) de cada folha, e fornecidos para lagartas de 2º instar de S. frugiperda. A
avaliação da mortalidade das lagartas foi realizada cinco dias após a aplicação. Os
dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste
Tukey a 5% de probabilidade usando o programa R. Não foi constatada diferença
significativa na mortalidade de lagartas para as vazões e espectros de gota
avaliados, indicando que ambos fatores não influenciaram na eficiência do
bioinseticida Dipel® sobre S. frugiperda.

Palavras-Chave: lagarta do cartucho do milho; Dipel;

Apoio Institucional: FCAV/Unesp, CNPq, EMBRAPA.

39
Avaliação do potencial antagônico do bioproduto BioTCD à fungos
fitopatogênicos
Juliana P. Braga; Josegueri Celeri; Taisa P. Gomes; Celeste P. D’Alessandro;
Italo Delalibera Jr
VitialForce e ESALQ-USP

A empresa Vital Brasil desenvolve uma linha de produtos relacionados à nutrição de


plantas em diversos estados brasileiros e em outros países. Em parceria com o
Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, ESALQ - USP foi
desenvolvido o bioproduto denominado BioTCD constituído pelo fungo Trichoderma
asperelloides com efeitos benéficos no crescimento de plantas e antagonismo aos
fungos fitopatógenos Sclerotinia sclerotiorum e Rhizoctonia solani. Os testes de
antagonismo foram conduzidos em casa de vegetação usando sementes de soja,
feijão e milho tratadas com BioTCD ou sem tratar (controle), as quais foram
transferidas para vasos contendo substrato estéril com ou sem a introdução dos
fitopatogenos. As estruturas fúngicas de S. sclerotiorum e R. solani foram
produzidas em meio de cultura contendo 20 g de fubá e 80 g de cenoura picada e,
iormente, inoculadas em substrato vegetal para a realização do plantio em vasos
plásticos acondicionados em uma casa de vegetação. O revestimento das sementes
de soja com BioTCD reduziu em 40% o número de plantas doentes com S.
sclerotiorum e em 20% com R. solani. O revestimento das sementes de feijão com
BioTCD reduziu em 40% os danos causados pelos fitopatógenos e aumentou a
porcentagem de germinação para 87% e 93% nos substrato com S. sclerotiorum e
R. solani, respectivamente. Também, foi observado que a inoculação de S.
sclerotiorum e R. solani no substrato causou só umas poucas regiões de necrose
nas plantas de milho tratadas com BioTCD em comparação com as plantas em
substrato estéril observando um 40% de plantas doentes pelo fungo S. sclerotiorum
e um 60% pelo fungo R. solani. O revestimento das sementes de milho com o
produto BioTCD resultou em um aspecto mais saudáveis das plantas com folhas
mais verdes e com o número maior de folhas/planta. Portanto, o bioproduto BioTCD
tem potencial para aumentar a sanidade vegetal das plantas reduzindo os efeitos
negativos das fitopatógenos S. sclerotiorum e R. solani.

Palavras-Chave: Biofungicida; Trichoderma;

Apoio Institucional: Programa FAPESP de Apoio à Pesquisa Inovativa em


Pequenas Empresas (PIPE Fase II, Número de processo: 2017/05214-0).

40
Análise genômica e identificação de genes inseticidas de uma nova
cepa de Bacillus thuringiensis
Karine S. Carvalho; Samuel F. A. Galvão; Roberto W. Noda; Fernando H.
Valicente
UFLA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Bacillus thuringiensis (Berliner, 1911) é uma bactéria gram-positiva com atividade


entomopatogênica a diversos insetos-pragas que provocam danos econômicos na
agricultura. A sua toxicidade é devido à produção de diversas proteínas inseticidas
durante a fase de crescimento conhecidas como Cry, Cyt, Vip e Sip. Os genes
responsáveis pela expressão dessas proteínas estão localizados nos genomas e
plasmídeos bacteriano, e a sua correta identificação e localização possibilita aplicá-
los em inovações biotecnológicas, como por exemplo, plantas transgênicas
resistentes à insetos-praga. O objetivo desse estudo foi analisar as sequências de
nucleotídeos correspondentes ao genoma de uma nova cepa de Bacillus
thuringiensis com atividade tóxica à lepidópteros-praga de importância agrícola e
identificar os genes candidatos presentes. O DNA genômico da cepa 775E foi
extraído utilizando o kit Wizard® Genomic DNA Purification e iormente sequenciado
em paired-end por meio da plataforma Illumina HiSeq 4000 system. Os Scaffolds
resultantes da montagem foram analisados por meio de alinhamento local de
sequências (BLASTn) contra um banco de dados específico contendo sequências
nucleotídicas de toxinas de Bt nomeadas e depositadas no NCBI utilizando o
software ncbi-blast-2.7.1. O sequenciamento gerou um total de 8,422,300 de reads
de alta qualidade, com tamanho total de 6,668,999 pb, 256 scaffolds, 259 contigs,
valor de N50 de 75,208 e 34.54% de conteúdo de G+C. As análises forneceram um
relatório de saída com valores de score, e-value, gap, mismatch, localização do
gene e o sentido na fita de DNA. Foram identificados seis genes que expressam
proteínas Cry (cry9Ea, cry1Da, cry1Ca7, cry1Ia, cry1Aa, cry2Ab) e um gene que
expressa proteína VIP (vip3Aa). A sequência completa do genoma de B.
thuringiensis 775E será depositada no GenBank. Os genes localizados no genoma
da cepa são promissores para serem estudados e utilizados em estratégias de
controle biológico de pragas.

Palavras-Chave: Bt; Sequenciamento; Toxinas

Apoio Institucional: Embrapa Milho e Sorgo, CAPES

41
Eficiência de diferentes proporções da mistura do baculovírus
(SfMNPV) no controle da Spodoptera frugiperda
Karolay G. Reis; Gabriel H. F. Nunes; Fernando H. Valicente; Frederick M.
Aguiar; Jean M. R. Pinho; Karine S. Carvalho; Vinícius A. S. Santos; Nívea A. M.
Evangelista
UNIFEMM

Os baculovírus compreendem grande parte dos vírus patogênicos à insetos. A


lagarta Spodoptera frugiperda, se destaca, pois, demanda um alto investimento para
o seu controle. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência
da mistura da solução viral diluída em água deionizada dos isolados 6 (que não
rompe o tegumento imediatamente após a morte da lagarta) e 19 (rompe o
tegumento quando da morte da lagarta), em diferentes proporções, para o controle
da lagarta S. frugiperda. O experimento teve 7 tratamentos, contendo 3 repetições
cada, no qual utilizaram-se 24 lagartas por repetição com idade de 5 dias.
Primeiramente, as folhas do milho foram imersas em solução viral na concentração
de 3,5x107 poliedros mL-1 proveniente do Banco de Microrganismos da Embrapa
Milho e Sorgo nas respectivas proporções: T1: ISO 19 (10%) e ISO 6 (90%); T2:
ISO 19 (20%) e ISO 6 (80%); T3: ISO 19 (30%) e ISO 6 (70%); T4: ISO 19 (50%) e
ISO 6 (50%); T5: ISO 6 (100%); T6: ISO 19 (100%) e T7: Sem baculovírus. Em
seguida, as lagartas foram inseridas e mantidas na folha de milho, durante 48hrs, e
iormente, transferidas para a dieta artificial e mantidas na temperatura de 25°C para
avaliação da mortalidade durante 12 dias. A testemunha apresentou a menor taxa
de mortalidade equivalendo a 1,4%. Os demais tratamentos (T1, T2, T3, T4, T5 e
T6) não diferiram entre si estatisticamente, entretanto, o tratamento T6 (ISO 19)
apresentou maior taxa de mortalidade (95,70%), seguido do tratamento T1, com
uma mortalidade de 94,26%. Na sintomatologia das lagartas infectadas, notou-se
que mesmo na menor concentração do ISO 19 as lagartas na sua maioria romperam
tegumento.

Palavras-Chave: Mortalidade; Tegumento; Formulados;

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED

42
Gene silencing and mortality in larval stages of Anastrepha
fraterculus induced by RNAi
Naymã P. Dias; Deise Cagliari; Guy Smagghe; Dori E. Nava; Moisés J. Zotti
Universidade Federal de Pelotas

The South American fruit fly, Anastrepha fraterculus (Wied. 1830) (Diptera:
Tephritidae) is a major polyphagous pest of fruit crops. The main control tactic
available for A. fraterculus in Brazil is the application of bait sprays. However, new
environmentally sustainable tactics have been proposed to pest management, such
as the RNA interference (RNAi) technique. Our study was designed to examine
whether the sensitivity of A. fraterculus larvae to the uptake of double-stranded RNA
(dsRNA) could generate an RNAi response. The dsRNA delivery was performed by
soaking in second-instar larvae to evaluate the gene-silencing of V-ATPase, using
GFP gene as control. The larvae were soaked in dsRNA solution (500 ng/µl) for 30
min. After the larvae were transferred to artificial diet and the mortality was monitored
over a 7-day period. Larvae of A. fraterculus were stored at −80°C at 24, 48 and 72 h
after dsRNA delivery for the RNAi silencing efficiency assay by quantitative PCR
(qPCR). Larvae soaked in dsRNA solution showed a strong gene silencing of V-
ATPase as early as 24 h after exposure to dsRNA. The soaking resulted in an 85%
knockdown and increased to 100% after 48 h. The silencing effect persisted up to 72
h. The mortality induced by dsRNA reached 40% at 7 days. Our data demonstrated
the existence of a functional RNAi machinery in the South American fruit fly, and we
present a robust assay with the larval stages, that can further be used for screening
of target genes for RNAi-based control of fruit fly pests. This is the first study that
provides evidence of a functional RNAi machinery in A. fraterculus.

Palavras-Chave: RNA interference; dsRNA; South American fruit fly

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FWO-Vlaanderen, COST

43
Meios de cultivo e produção de Bacillus thuringiensis
Nívea A. M. Evangelista; Jean M. R. Pinho; Fernando H. Valicente
Universidade Federal de São João Del Rei

A produção em larga escala de Bacillus thuringiensis (Bt) requer a obtenção de


fermentados com alta atividade biopesticida e de baixo custo. Neste sentido são
pertinentes as pesquisas por meios de cultivo que satisfaçam esses requisitos.
Neste trabalho foram elaborados seis meios alternativos (M1 a M6) e comparados
com o fermentado proveniente do meio Luria Bertani (LB 2%), em triplicas (50 ml em
erlenmeyers de 250 ml). Após 72 horas de cultivo (250 rpm, 29,5oC, inóculo 2%)
foram avaliados os parâmetros formação de esporos (esporos totais/ml), massa
celular seca e percentual de mortalidade de lagartas Spodoptera frugiperda,
alimentadas com folhas do cartucho de milho, em bioensaios de laboratório. Outro
fator considerado foi o custo de produção destes meios. Os meios M1, M2 e M3
eram compostos de uma fonte de nitrogênio (N) 1% (p/v) e glicose 0,75% (M1), 1,0%
(M2) e 1,25% (M3). Os componentes dos meios M4, M5 e M6 foram: N (0,4%),
proteína de soja (0,4%), sulfato de amônio (0,2%) e glicose 0,75% (M4), 1% (M5) e
1,25% (M6). Ao término da fermentação os meios apresentaram formação de
esporos entre 108 (M2, M3, M4 e LB) e 109 (M1, M5 e M6). O aumento da
concentração de glicose contribuiu para maior esporulação em M5 e M6 em relação
ao meio M4. Todos os meios alternativos produziram mais massa celular
comparando com LB. Este parâmetro foi maior nos fermentados que incluíam as
diferentes fontes de nitrogênio associadas, com destaque para M6, evidenciado pela
maior concentração de glicose. Quanto ao potencial biopesticida de Bt não houve
diferença estatística entre os fermentados, que apresentaram índices de mortalidade
acima de 96%, entretanto, ao considerar o custo de produção, os meios alternativos
propiciaram uma redução de 92,6% (M6) a 96,5% (M1) em relação ao meio LB,
sendo, portanto, opções bastante atrativas para produção em larga escala.

Palavras-Chave: Fermentação; Biopesticida; Formulação

Apoio Institucional: Embrapa, Faped

44
Perfil de expressão de genes candidatos à tecnologia de RNA
interferente em Brevipalpus yothersi
Sara Stefani Domingos; Diogo M. Galdeano; Maria A. Nunes; Luana Ap.
Rogerio; Letícia Montelatto; Valdenice Moreira Novelli;
Centro Avançado de Pesquisa de Citros Sylvio Moreira - IAC

Considerada uma das doenças virais mais preocupantes da citricultura, a leprose


dos citros é comumente transmitida pelo ácaro Brevipalpus yothersi (Baker)
(Tenuipalpidae) e causada pelo citrus leprosis virus (CiLV-C, Cilevirus). Os sintomas
da doença são restritos aos locais de alimentação dos ácaros, caracterizados por
lesões cloróticas e necróticas em frutos, ramos e folhas. Nos pomares de citros, o
manejo é feito basicamente pelo uso de acaricidas, porém tem alto custo e traz
riscos à saúde humana, além da contaminação do meio ambiente. Portanto,
estratégias de controle sustentáveis são altamente desejáveis. A tecnologia de RNA
interferente (RNAi) é baseada em um mecanismo de silenciamento gênico pós-
transcricional, que impede a funcionalidade de uma determinada proteína alvo, via
dupla fita de RNA do gene (dsRNA) alvo, sendo uma estratégia molecular com
potencial uso no controle pragas via biopesticidas. Neste sentido, nosso objetivo foi
obter informações básicas para os experimentos voltados à aplicação da tecnologia
RNAi ao controle do ácaro da leprose. Após a seleção de genes vitais para o
desenvolvimento de B. yothersi (acetylcholinesterase, cathepsin L1 e chitin
synthase) foi avaliada por qRT-PCR a expressão destes potenciais alvos nas
diferentes fases biológicas do ácaro (ovos, larvas, protoninfas, deutoninfas e
adultos), visando estabelecer a mais propícia para administrar dsRNAs. Em todas as
fases foi possível obter diferenças nos perfis de expressão dos alvos, sendo em
protoninfas observado o maior nível de expressão para todos os genes. Concluímos
que os experimentos de entrega do dsRNA, tendo como alvos os genes
acetylcholinesterase, cathepsin L1 e chitin synthase, deverão ser conduzidos na fase
de larva dos ácaros, proporcionando uma maior eficiência visto ser a fase que
antecede a de maior expressão destes alvos.

Palavras-Chave: Ácaro da leprose dos citros; RNAi; Biopesticidas;

Apoio Institucional: FAPESP (Processos 2016/21749-8; 2018/15747-8)

45
Efeitos de anticontaminantes alternativos como substitutos ao
formaldeído na dieta artificial de Diatraea saccharalis (F.)
(Lepidoptera: Crambidae) visando a multiplicação de
Trichogramma galloi Z. (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e
Cotesia flavipes (C.) (Hymenoptera: Braconidae)
Suélen C. da S. Moreira; Vinícios N. da Silva; Ivana F. da Silva; Crébio J. Ávila;
Harley N. de Oliveira
Universidade Federal da Grande Dourados

O formaldeído é utilizado como anticontaminante em dietas artificiais para criação de


insetos em todo o mundo. Todavia, essa substância apresenta alta toxicidade e
como é usada de forma rotineira é imprescindível sua substituição. Com isso,
avaliou-se as performances biológicas dos parasitoides T. galloi e C.
flavipes multiplicados em ovos e lagartas, respectivamente, de D. saccharalis criada
em dieta artificial com diferentes anticontaminantes. O experimento foi conduzido em
DIC, com os seguintes tratamentos (dose/2L dieta): ácido acetilsalicílico AAS(3,7g),
ácido sórbico (3,7g) ácido benzoico (3,7g), formaldeído (2,7ml) e testemunha (água
destilada) em 25 repetições. Para T. galloi cada repetição foi constituída por uma
massa de 30 ovos de D. saccharalis, expostas a 24h/fêmea de T. galloi. Já para C.
flavipes cada repetição foi constituída por uma lagarta de D. saccharalis (3º instar)
/fêmea de C. flavipes. As características biológicas avaliadas foram: % parasitismo,
emergência, progênie, razão sexual e longevidade (dias). Além de estimaro
parasitismo (PE), sendo: PE/100 x % emergência= emergência estimada (EE). EE x
progênie=progênie estimada (PE). PE x razão sexual=nº de fêmeas estimado
(NºFE). As fêmeas de T. galloi parasitaram a maior quantidade de ovos nos
tratamentos com AAS, formaldeído e testemunha. As demais características
biológicas do parasitoide não foram influenciadas pelos anticontaminantes. Porém
ao estimar 100 ovos de D. saccharalis parasitados por T. galloi, os
anticontaminantes AAS e ácido sórbico apresentaram a maior progênie e maior
proporção de fêmeas do parasitoide. Os anticontaminantes não apresentaram
diferenças nas características biológicas de C. flavipes. E ao estimar100 lagartas
parasitadas por C. flavipes, o tratamento com ácido benzoico aumentou a progênie e
o nº de fêmeas do parasitoide. Portanto, a substituição do formaldeído no preparo da
dieta de D. saccharalisé viável, sem interferir na produção dos parasitoides T.
galloie C. flavipes.

Palavras-Chave: parasitoides; criação massal; controle biológico;

Apoio Institucional: CAPES, Embrapa Agropecuária Oeste

46
Substitutos ao formaldeído no preparo da dieta artificial para
criação de Diatraea saccharalis (Fabricius) (Lepidoptera:
Crambidae) em laboratório
Suélen C. da S. Moreira¹; Vinícios N. da Silva²; Ivana F. Silva¹; Crébio J. Ávila³;
¹Departamento de Entomologia e Conservação da Biodiversidade – Universidade Federal da Grande
Dourados (UFGD), Dourados, MS ²Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados,
MS; ³Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Dourados, MS; E-mail:
suelenbiotec@hotmail.com

Diatraea saccharalis é a espécie que mais causa danos na cultura da cana-de-


açúcar. A criação do inseto em laboratório, a partir da dieta artificial, é imprescindível
para estudos bioecológicos, bem como, para a produção de inimigos naturais. O
formaldeído é um dos componentes básicos utilizados no preparo da dieta artificial
de diversos insetos. Porém, sua utilização pode ocasionar efeitos indesejáveis à
saúde humana. Avaliou-se produtos substitutos ao formaldeído para a criação de D.
saccharalis. Foram utilizados oito tratamentos nas seguintes doses: ácido
acetilsalicílico AAS (1g e 2g/dieta), ácido sórbico (1,85g e 3,7g/dieta), ácido benzoico
(1,85g e 3,7g/dieta), o tratamento padrão (formaldeído) e testemunha (água). O
experimental foi conduzido em DIC, sendo cada repetição constituída por 10 lagartas
neonatas, alimentadas com dieta artificial contendo os respectivos
anticontaminantes. Avaliou-se a contaminação no interior dos tubos, a viabilidade
larval, pupal e o peso de pupas. Na fase adulta, 20 casais/tratamentos foram
individualizados em gaiolas, sendo avaliado a longevidade dos indivíduos e a
capacidade reprodutiva. Os estudos foram realizados por duas gerações do inseto.
A contaminação no interior dos tubos ocorreu somente na segunda geração de D.
saccharalis, no tratamento com ácido benzoico na menor dose utilizada, semelhante
a testemunha. Não houve contaminação nos demais tratamentos. Para a fase
reprodutiva não se verificou nenhuma diferença entre os produtos avaliados na
primeira geração. Já na segunda, todos os produtos avaliados proporcionaram uma
maior fecundidade total em relação à testemunha e formaldeído. Diante dos
resultados obtidos, os anticontaminantes AAS, ácido sórbico e ácido benzoico (maior
dose), podem ser recomendados em substituição ao formaldeído no preparo da
dieta artificial, assegurando eficácia no controle de microrganismos contaminantes,
além de ser de fácil acesso e baixo custo.

Palavras-Chave: Broca-da-cana; criação massal; controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CAPES

47
Efeito do Tween 20 na formulação de um produto para biocontrole
com Bacillus thuringiensis 1450
Francielly R. Nascimento1; Tamiris J. S. Rêgo1; Páblo E. C. Silva2; José P.
Oliveira2; Raquel P. Bezerra3; Ana L. F. Porto3; Daniela A. V. Marques4; Cesar A.
D. Arias1
Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio1; Instituto Agronômico de Pernambuco2;
Universidade Federal Rural de Pernambuco3; Universidade de Pernambuco4

Bacillus thuringiensis (Bt) Ernst Berliner (Bacillaceae) é uma bactéria Gram-positiva


esporulante. O seu cultivo ocorre comumente em batelada simples, sendo os
subprodutos deste cultivo altamente desejados por apresentarem proteínas
cristalinas com alto potencial inseticida. Essa característica o direciona como uma
alternativa biotecnológica eficiente no controle biológico. Dentro do processo de
produção, a fase de formulação é um ponto crítico a ser estudado, pois diferentes
formulações podem ocacionar a perda da viabilidade dos esporos, entupimento dos
bicos de pulverização, baixa dissolução com outras misturas, entre outros. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tween 20 na formulação final de um
produto à base de B. thuringiensis linhagem 1450 registrada para a agricultura
orgânica. Os materiais utilizados foram tween 20 (Synth) e produto de fermentação a
partir da linhagem Bt 1450. Foram tomadas amostras de 5mL por triplicata e foi
avaliado o efeito na viabilidade, na concentração de esporos, no pH e na
solubilidade do produto a partir de diferentes concentrações de 0,2; 0,4; 0,8 e 1mL
de twenn 20. A análise dos dados foi realizada utilizando ANOVA one-way. Não foi
observada diferença significativa na viabilidade para as doses testadas, contudo foi
observado que na concentração de 0,2 de tween foi obtida perda de viabilidade de
26%. Por outro lado, a concentração de esporos demostrou não ter diferença
significativa ao serem avaliadas todas as amostras em conjunto (p=0,077), no
entanto, quando analisadas separadamente, a concentração 0,2 de tween
apresentou diferença significatica (p=0,003). Já para a análise do pH observou-se
diferença significativa na predição integrada (p=0,036). Finalmente, o teste de
solubilidade demostrou que todas as amostras têm diferenças quando comparadas
com o controle positivo.

Palavras-Chave: Polissorbato20; Dissolução; Controle biológico

Apoio Institucional: Cooperativa Mista de Desenvolvimento do Agronegócio


(COMDEAGRO)

48
Produção de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04
por fermentação bifásica e sacos aerados
Tiago T. Ferreira1; Gabriella C. Marafon1; Luis F. A. Alves1; José Eduardo M. de
Almeida2; Bruno V. Neves1
1
Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel,
PR; 2Instituto Biológico, Centro Experimental Central, Laboratório de Controle Biológico

A produção de fungos entomopatogênicos no Brasil é feita da mesma maneira


desde a criação das primeiras biofábricas, pelo método de fermentação sólida sobre
arroz parboilizado em sacos de polipropileno. Contudo, tem crescido o interesse por
novos métodos de produção, como o uso de sacos aerados e o método de produção
bifásico. Assim, foi avaliada comparativamente, a produção e a atividade inseticida
de conídios do fungo Beauveria bassiana Unioeste 04 em sacos com e sem
aeração, em fermentação sólida e bifásica, utilizando-se o arroz parboilizado como
meio de cultura. Foram analisados os parâmetros da produção ao longo de 10 dias:
viabilidade e produtividade do fungo, e a atividade inseticida frente ao cascudinho do
aviário, Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae). Na análise da
produção de conídios em cada um dos tempos de incubação, os tratamentos de
produção bifásica em sacos aerados (LA) e fermentação sólida em sacos comuns
(CN) não apresentaram variações significativas. Mas na fermentação sólida em
sacos aerados (CA) houve significativo aumento na produção. A produção bifásica
em sacos comuns (LN) foi a de menor produção entre os tratamentos. O uso de
sacos aerados foi o que proporcionou maior rendimento, tanto LA como CA, sendo
respectivamente a produção média de 9,45 e 7,23g de fungo/kg de arroz com
3,14x109 e 3,96x109 conídios/g de fungo peneirado. A viabilidade dos conídios não
foi significativamente afetada, sendo próxima de 90%. A atividade inseticida também
não foi alterada, sendo obtidos valores de mortalidade total confirmada de 71% (108
conídios/mL). Os sacos aerados, em ambos os tipos de fermentação,
proporcionaram produção significativamente maior, sendo para LA e CA,
respectivamente observado no último dia de avaliação 104% e 34% a mais que seus
respectivos comparativos LN e CN, mostrando o potencial para otimização do
processo de produção.

Palavras-Chave: Método bifásico; controle microbiano; fungos entomopatogênicos

Apoio Institucional: CNPq, Biocamp Laboratórios Ltda.

49
50
Patogenicidade de uma nova linhagem de Beauveria bassiana
contra Lema bilineata
Adelia M. Bischoff; Jason L. Furuie; Rayne Baena; Rubens C. Zimmermann;
Alessandra Benatto; Ida C. Pimentel; Maria A. C. Zawadneak
Programa de Pós-Graduação em Agronomia e Produção Vegetal, Setor de Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Paraná

Sabe-se que a presença de entomopatógenos no ambiente pode contribuir para o


controle natural de insetos-praga. Apesar dos dados disponíveis em todo o mundo,
há uma falta de informações sobre o controle de vaquinhas desfolhadoras
(Chrysomelidae) por fungos entomopatogênicos no Brasil. Isso demonstra a
importância de estudos com novos isolados de fungos para uso no controle
biológico. Nesta pesquisa objetivou-se avaliar a patogenicidade deBeauveria
bassiana (Bals.) Vuill. contra Lema bilineata Germar, 1823 (Coleoptera:
Chrysomelidae) em condições controladas. Amostras de insetos mumificados foram
coletadas em Physalis peruviana L. (Solanaceae) em Campo Largo, PR. Após
isolamento do fungo do corpo do inseto, sua identificação foi confirmada por micro e
macromorfologia. O isolado B. bassiana (L12) encontra-se depositado na Coleção
Microbiológica da Rede Paranaense TAXonline-UFPR. Para os testes de
patogenicidade foram testadas as fases de ovo, larva e adulta do inseto. Em
delineamento inteiramente casualizado, cada tratamento foi realizado em triplicata.
Para cada repetição foram utilizados 7 adultos, 8 larvas e 10 ovos de L. bilineata
acondicionados em placas de Petri com papel filtro no fundo. A concentração foi
ajustada a 2,16 x 108 conídios.mL-1 e foi pulverizado 1 mL da suspensão para ação
de contato direto, com auxílio de um aerógrafo Sagyma® (modelo AW 186) sob 40
lb.pol-1. Como controle foi utilizada solução salina. A mortalidade foi avaliada
diariamente por 7 dias e os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney a
95% de confiabilidade. O isolado L12 de B.bassiana teve sua patogenicidade a L.
bilineata comprovada pelo Postulado de Koch com mortalidade de 100% dos insetos
na fase adulta (p-valor = 0,0279) após 7 dias, mortalidade de 87% na fase larval (p-
valor = 0,0009) e 100% de mortalidade dos ovos após 3 dias (p-valor = 4,81e-10).
Os resultados sugerem o potencial de utilização deste isolado como alternativa no
controle biológico de L. bilineata.

Palavras-Chave: Physalis peruviana; controle biológico; fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de


Nível Superior

51
Efeito de toxinas do milho Bt sobre a patogenicidade de
nematoides entomopatogênicos (Rhabditida: Steinernematidae,
Heterorhabditidae) a larvas de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera,
Noctuidae)
Fernanda S. Sales; Alcides Moino Jr.; Pedro G. Chagas;
Universidade Federal de Lavras

Plantas geneticamente modificadas que expressam proteínas com ação inseticida


têm sido uma importante ferramenta no controle de Spodoptera frugiperda (JE
Smith) (Lepidoptera, Noctuidae), praga-chave da cultura do milho (Zea mays L.). O
uso contínuo e inadequado dessa tecnologia tem reduzido o grau de supressão
populacional das larvas, portanto é essencial a utilização conjunta de diferentes
táticas de manejo para retardar a resistência a pragas em culturas que produzem
toxinas inseticidas derivadas de Bt. Nematoides entomopatogênicos (NEP) possuem
simbiose com bactérias e são importantes agentes de controle biológico para vários
insetos, podendo ser um método alternativo e seguro para o controle de pragas.
Apesar de alguns trabalhos mostrarem uso conjunto de NEP e milho Bt para o
controle de S. frugiperda, pouco se sabe sobre o efeito do Bt aos NEP. Nesse
contexto, para identificar o efeito de Bt nos NEP usados no controle de duas
populações de S. frugiperda resistentes às proteínas Cry1A.105, Cry2Ab2 e Cry1F,
foram aplicados 1mL de suspensão contendo 500 juvenis infectantes (JI)/mL de
Heterorhabditis amazonensis isolado JPM4, H. amazonensis isolado RSC05
(Rhabditida: Heterorhabditidae) e Steinernema carpocapsae (Rhabditida:
Steinernematidae) em larvas resistentes a essas proteínas, 15 dias após a eclosão
das mesmas, alimentadas somente por milho Bt, a fim de avaliar os efeitos na
patogenicidade dos NEP. O isolado RSC05 teve sua patogenicidade afetada
negativamente para ambas as populações com significativa diminuição da
mortalidade dessas larvas quando comparadas às mortalidades obtidas no
tratamento controle. Com relação aos NEP H. amazonensis (JPM4) e S.
carpocapsae não houve efeitos negativos para a patogenicidade sobre populações
resistentes às proteínas Cry. Conclui-se que os NEP são afetados pela presença
das proteínas Cry de maneira distinta, e estudos futuros devem ser feitos para
elucidar as causas dessas interações.

Palavras-Chave: Controle Microbiano; Transgênicos; Resistência

52
Tratamento de sementes de feijoeiro com Beauveria bassiana e
Metarhizium anisopliae visando ao manejo de pragas de folhas
Alexandre de Sene Pinto; Ana Julia Hernandes; Mayara Jundurian Miyazaki;
Victoria Ricco Miralha; Luis Rodolfo Rodrigues; Eric Novato de Sousa;
Centro Universitário Moura Lacerda

O feijoeiro é atacado por diversas pragas, como lagartas desfolhadoras,


crisomelídeos e larva-minadora, Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae), e o controle
delas é realizado predominantemente com inseticidas químicos no Brasil. O uso dos
fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae é
promissor no controle dessas pragas, desde que aplicados em pulverizações foliares
sistemáticas. Entretanto, existe a possibilidade do tratamento de sementes com
esses fungos para indução de resistência a diferentes pragas e doenças na parte
aérea. Esse trabalho teve por objetivo avaliar a ação dos fungos mencionados, em
diferentes concentrações de conídios, no tratamento de sementes para o controle de
pragas da parte aérea. O ensaio foi instalado em Ribeirão Preto, SP, onde os fungos
B. bassiana cepa ESALQ PL63 e M. anisopliae cepa ESALQ E9 foram aplicados nas
concentrações de 1x108, 1x109, 1x1010 e 1x1011 conídios viáveis por hectare,
usando o equivalente a calda de 150 L ha-1, além de uma testemunha (água
destilada). Cada parcela foi constituída por um copo plástico de 500 mL contendo
terra fertilizada e uma semente tratada (±0,11 mL copo-1), sendo cada tratamento
repetido 10 vezes. Aos 13, 14, 15, 19 e 22 dias da semeadura, as plantas foram
avaliadas quanto ao número de folhas com danos e porcentagem de desfolha em
cada uma delas e quanto ao número de plantas com presença de minas de
Liriomyza sp. Verificou-se que o fungo B. bassiana reduziu significativamente
(Tukey, 5%) a porcentagem média de desfolha em todas as datas de avaliação e em
todas as concentrações de testadas, mas não diminuiu a infestação de Liriomyza
sp., pois os tratamentos não diferiram da testemunha. O tratamento de sementes
com M. anisopliae diminuiu a desfolha apenas nas primeiras avaliações, mas a
concentração menor mostrou o menor valor até 22 dias após a semeadura. A menor
concentração de M. anisopliae reduziu significativamente a porcentagem de plantas
com minas de Liriomyza sp.

Palavras-Chave: controle microbiano; Fabaceae; fungos entomopatogênicos

Apoio Institucional: Centro Universitário Moura Lacerda

53
Aplicação de Trichoderma harzianum em raízes de mudas de
tomateiro visando ao controle de pragas e doenças da parte aérea
Alexandre de Sene Pinto; Lucas Santos Vian; Matheus Barros Oliva; Luis
Rodolfo Rodrigues; Rodolfo Pontes Carneiro; Arthur Pontes Carneiro; Eric
Novato de Sousa
Centro Universitário Moura Lacerda

São várias as pragas e doenças que atacam a cultura do tomateiro (Solanum


lycopersicum) (Solanaceae) e o manejo fitossanitário é realizado quase que
exclusivamente com agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo, avaliar o
desenvolvimento da cultura e o controle de pragas e doenças após o tratamento das
raízes das plantas com Trichoderma harzianum cepa IB19/17. Em um delineamento
em blocos casualizados, quatro tratamentos (imersão das raízes em soluções em
três concentrações diferentes, 5,0x109, 1,0x1010 e 1,5x1010 conídios L -1, mais uma
testemunha) foram repetidos sete vezes. Após o tratamento das raízes, as mudas
foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Todas as plantas foram avaliadas semanalmente quanto à presença de pragas e
doenças. Foram encontrados pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-branca
(Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera: Pseudococcidae), cigarrinhas
(Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), moscas-minadoras
(Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças septoriose, Septoria lycopersici,
murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no período vegetativo. No período
reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não identificadas. T. harzianum, na dose
de 1,5x1010 conídios L-1, diminuiu a população de mosca-minadora, Liriomyza sp. e
a na dose de 5x109 conídios L-1 diminuiu a incidência de septoriose nas folhas do
tomateiro, ambos em duas datas consecutivas. O fungo T. harzianum no tratamento
de mudas de tomateiro não diminuiu a incidência de doenças em frutos e nem
melhorou a produtividade da cultura, mas a menor concentração do fungo mostrou
significativamente maior peso médio do fruto quando comparado com a maior
concentração testada. As menores concentrações de conídios deverão ser mais
bem estudadas no controle de pragas e doenças da parte aérea.

Palavras-Chave: controle microbiano; Solanaceae; fungo

Apoio Institucional: Biocontrol

54
Maize seed coating with microsclerotia of Metarhizium spp. as
biostimulant and protection against Spodoptera frugiperda
Aline Cesar de Lira; Gabriel Moura Mascarin; Italo Delalibera Júnior
ESALQ/USP

The use of microsclerotia (MS) of the entomopathogenic fungi Metarhizium spp. may
be an alternative for pest control due to its long persistence in soil and production of
infective conidia in situ. In this study we produce MS of 48 isolates of Metarhizium
spp. and selected three most productive isolates to be used in maize seed coating for
two purposes: enhancement of plants growth and protection against Spodoptera
frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae). MS were cultured in liquid medium with carbon:
nitrogen (C:N) ratio of 10:1. The role of Metarhizium as a biostimulant was measured
on 30-day-old plants grown from seeds inoculated with microsclerotia of the three
selected isolates. Survival of S. frugiperda 3rd instar larvae was evaluated on maize
plants grown from MS-coated seeds. MS yields were 1.2×103, 1.8×103 and 3.6×103
MS mL-1 within 4 days of fermentation for M. anisopliae ESALQ1814, M. robertsii
ESALQ2450 and Metarhizium sp. indeterminate ESALQ1638, respectively. The
germination rates of MS for these isolates were always above 90% in 24h incubation
period, while conidia concentration from sporogenic MS after 7 days incubation on
water agar reached 1.33×108 - 1.31×109 conidia g-1 of MS granules. The isolates of
Metarhizium ESALQ1638 improved somehow maize plant growth; higher shoot
height and root size, while increased plant biomass was shown with ESALQ1814 and
ESALQ2450. Mortality of S. frugiperda was 55-64% and median survival time (ST50)
was 5-6 days when larvae were fed on maize plant inoculated with any of the three
Metarhizium species. Due to the lack of mycosis on larvae by Metarhizium spp., we
postulate that the indirect detrimental effect on S. frugiperda survival was probably
linked with plant biochemical defenses. Our results prompt the feasibility and
effectiveness of using MS of Metarhizium spp. in maize seed coating with a dual
benefit in plant growth promotion and protection against insect feeding.

Palavras-Chave: Fungal entomopathogen; Plant biostimulant; Liquid fermentation

Apoio Institucional: CAPES

55
Effect of Exudate Droplets from Metarhizium sp. on Rhipicephalus
microplus
Allan F. Marciano; Jessica F. de Paulo; Emily M. Silva; Mariana G. Camargo;
Laura N. Meirelles; Thais A. Corrêa; Patrícia S. Gôlo; Vânia R. E. P. Bittencourt
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Metarhizium anisopliae (Metschn.) Sorokin, 1883 (Hypocreales: Clavicipitaceae) can


produce exudate droplets with toxic metabolites for arthropods. The effects of
exudate from the M. anisopliae strain CG148 inoculated on Rhipicephalus microplus
Canestrini,1887 (Acari: Ixodidae) were evaluated. Strain CG148 was cultured on
CTC medium (Potato dextrose agar, Chloramphenicol, Thiabendazole and
Cycloheximide) and the exudate produced on the colonies were collected on the 14th
day of growth and sterilized by filtration. Two methods of inoculation were used, one
to evaluate the reproductive parameters and tick’s mortality percent (inoculation in
the leg thigh insertion using 10 females per group) and another to evaluate
hemocytes’ quantification (inoculation in the foramen between the scutum and the
capitulum using 30 females per group). Besides the females inoculated with the
fungus exudate (GIFE group), three control groups were established: a group without
inoculation (WI), a group inoculated only with sterile distilled water (SDWI), and a
group perforated with the needle without inoculation (SN). Tick mortality was
observed daily and the egg production index (EPI) were calculated. To access
information on the number of hemocytes, cells concentrations were obtained after
hemolymph collection using a Neubauer chamber. The fungal exudate caused 50%
of tick mortality 24h after the inoculation. There was a significant difference in the EPI
after exudate inoculation in comparison to the control groups: WI (P=0.0001; n=10),
SDWI (P=0.0003; n=10) and SN (P=0.0003; n=10). Hemocytes from females of
GIFE group were reduced up to 7.2 times in comparison to control groups. Exudate
droplets from CG148 isolate directly affected R. microplus engorged females,
causing death, reduction in their egg production and number of hemocytes. This
study adds data about the effect of metabolites produced by Metarhizium sp. on the
cattle tick providing new perspectives for future researches.

Palavras-Chave: cattle tick; biological control; fungal guttation

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001, FAPERJ, CNPq.

56
Ação de inseticidas sobre os ovos de Erinnyis ello L. 1758
(Lepidoptera: Sphingidae) com diferentes idades
Amanda C. Favorito; Leidiane C. Carvalho; Gabriele L. Hoelscer; Letícia D.
Zanachi; Pablo W. R. Coutinho; Maria A. Urnau; Vanda Pietrowski
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

A principal praga na cultura da mandioca é o Erinnyis ello Lineu (Sphingidae). Seu


controle é realizado em geral com inseticidas químicos, porém utiliza-se também
inseticidas biológicos, sendo o efeito ovicida destes produtos pouco estudado sobre
esta praga. Devido a isto, foi objetivo do trabalho avaliar a eficiência de inseticidas
sobre ovos e lagartas recém-eclodidas. Os ovos de E. ello foram obtidos da criação
do Laboratório de Controle Biológico da Unioeste. Os tratamentos consistiram da
testemunha (água destilada) e da utilização de 1 produto biológico e 5 químicos,
sendo: baculovirus (ErelGV); espinetoram (espinosinas); lufenuron + profenofos
(Benzolurina + organofosforado); cipermetrina (piretoide); lambda-cialotrina
(piretoide); zeta-cipermetrina (piretoide); e duas idades de ovos (até 12 horas e
mais de 48 horas). As dosagens dos produtos seguiram a recomendação do
fabricante. O delineamento utilizado foi DBC em esquema fatorial, sendo 6 produtos
+ testemunha x 2 idades x 4 blocos, cada repetição era composta por 5 ovos. Os
ovos foram separados por tratamento em gerbox, sendo as aplicações realizadas via
pulverização direta aos ovos com uso de aerógrafo. Em seguida, os ovos foram
individualizados em capsula de gelatina transparente, tamanho 0, para evitar a
desidratação. Estes foram acondicionado em câmara incubadora (B.O.D) à
temperatura de 25 ± 2ºC UR de 70 ± 10 % e fotofase de 14 horas. As avaliações de
mortalidade foram realizadas diariamente. Os dados foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Não houve interação
entre as idades de ovos e os produtos. Porém, houve diferenças estatística entre os
produtos químicos e a testemunha. Todos os produtos utilizados, inclusive o
biológico afetou a mortalidade de E. ello, independentemente da idade dos ovos,
porém não houve interação entre os produtos químicos. Assim, o baculovirus é
ferramenta importante no controle de E. ello, inclusive na fase de ovo.

Palavras-Chave: Manihot esculenta; controle biológico; baculovírus;

Apoio Institucional: Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do Paraná -


ATIMOP

57
Rizobactérias multi-funcionais atuam também no controle da
mosca branca
Amanda Lopes Ferreira; Leandro Ribeiro de Matos; William Rafael Ribeiro;
Marta Cristina C. de Filippi; Elder Tadeu Barbosa; Patricia Valle Pinheiro;
Embrapa Arroz e Feijão

O uso de insumos de origem microbiana vem crescendo devido à necessidade de


novas moléculas para o controle de pragas. As rizobactérias dos gêneros
Burkholderia e Pseudomonas vem sendo exploradas como microrganismos multi-
funcionais, atuando como promotoras de crescimento e no controle biológico de
doenças. O presente trabalho teve como objetivo testar a eficiência das bactérias
benéficas P. fluorescens e B. pyrrocina no controle da mosca branca. Ninfas de 2º
instar de mosca branca em folhas primárias de feijoeiro cv. BRS 401 RMD (n=9)
foram micro-pulverizadas com suspensões bacterianas de P. fluorenscens (R55) e
B. pyrrocina (R46), a 108 bactérias/mL . Água destilada foi pulverizada como
controle negativo e o fungo entomopatogênico Cordyceps javanica (5x107
conídios/mL) como controle positivo. As plantas foram mantidas em casa telada e as
avaliações foram feitas no 5º, 6º, 7º e 10º dias após a pulverização, através da
contagem de ninfas vivas e mortas. Para isso, foi coletada uma folha de cada
repetição em cada um dos tratamentos por dia de avaliação. As médias de
mortalidade acumulada foram comparadas através do teste de Tukey (p>0.05)
considerando a leitura do 10º dia. A maior mortalidade foi observada para C.
javanica (94,4%), como já esperado. O isolado R55 teve média de mortalidade
37,7%, diferindo significativamente do controle negativo. Esse resultado demonstra o
grande potencial desta bactéria para uso no manejo integrado de pragas, como uma
ferramenta multi-funcional. O ensaio foi repetido com ninfas de 4º instar, usando os
mesmos tratamentos. C. javanica causou 12% de mortalidade, sendo o tratamento
mais eficiente. Os isolados R55 e R46 tenderam a causar mortalidade superior ao
controle negativo, porém não significativa. Sabendo que nem mesmo inseticidas
sintéticos são eficientes para o controle de ninfas de 4º instar, é possível que o uso
de rizobactérias para multi-funções possa contribuir na redução da população de
insetos em estágios mais avançados.

Palavras-Chave: Bemisia tabaci; entomopatogênicos; mortalidade

Apoio Institucional: Embrapa Arroz e Feijão

58
How is the current knowledge domain about biological control?
Amanda R. Sampaio; Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Fernanda C. Colombo;
Gabriela O. Varpechoski; Rodrigo M. A. Maciel; Everton R. Lozano; Michele
Potrich; Nédia de C. Ghisi
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Each day, an enormous amount of scientific knowledge is produced and published.


Scientometric analysis aims to answer the questions about the knowledge domain
about a specified scientific field. In this sense, this study aimed to explore the state of
the art of research about Biological Control of insect pests using entomopathogens.
The Web of Science was used to search for the terms "biological control", "pest
insect" and "entomopathogenic", obtaining a total of 837 publications among 1991-
2019. Then, the data was filtered, removing publications not related with Biological
Control itself. After this, 483 publications were submitted to analysis in CiteSpace
software. The analysis of categories shows 'Entomology' with the highest
publications frequency (287), and also with the highest centrality (0.59), it means that
it has greater influence and strong connection with other areas. The area of
'Biotechnology and Applied Microbiology' was 2nd in publications number (87), but
3rd in the centrality (0.32), behind the 'Agriculture' area with a centrality of 0.52.
'Entomology' and 'Biotechnology and Applied Microbiology' also presented citations
burst, showing that they are more active research areas, in Biological Control issues.
The leader country in publication number, until 2019, is the USA, with 117
publications, followed by Brazil (52), Turkey (31), China (28). Also, an explosion of
citations was detected in the USA and China, and greater centrality in the USA (0.63)
and Turkey (0.41). Thus, the area of knowledge of greatest influence in Biological
Control researches is ‘Entomology’; the country leader of publication in this field are
the USA, which with China stand out in citations and, together with Turkey, have
greater connections with other countries. Brazil has a relevant representativeness in
the number of publications, but an increasing in cooperation relations with other
countries would improve its placement in the other variables.

Palavras-Chave: Scientometry; Publications; Entomopathogens

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

59
Associação de Beauveria bassiana e Pogostemon cablin e
Lavandula angustifolia para o controle de Sitophilus zeamais
Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Amanda R. Sampaio; Gabriela V. Osowski;
Anderson Guimarães; Leonardo T. Alves; José C. Bianchini-Junior; Gregory H.
R. Pinheiro; Everton Lozano; Michele Potrich
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O gorgulho-do-milho, Sitophilus zemais L. (Coleoptera: Curculionidae), é um inseto-


praga encontrado em grãos armazenados reduzindo sua qualidade. Usualmente são
utilizados produtos químicos para seu controle, no entanto, a possibilidade de
contaminação do alimento tem tornado crescente a busca por outros métodos de
controle. Neste sentido, objetivou-se avaliar a associação de dois diferentes óleos
essenciais (OE) ao fungo Beauveria bassiana para o controle de S. zeamais. Foram
realizados cinco tratamentos e duas testemunhas, sendo: T1) OE de lavanda 5%
(Lavandula angustifolia), T2) OE de patchouli 5% (Pogostemon cablin) 5%, T3) B.
bassiana (1 x 108 conídios.mL-1), T4) OE de lavanda 5% + B. bassiana (1 x 108
conídios.mL-1) e T5) OE de patchouli 5% + B. bassiana (1 x 108 conídios.mL-1); e
Testemunha (água destilada esterilizada) e Controle (água destilada esterilizada +
Tween® 80). O experimento foi conduzido em dois bioensaios, 1) imersão dos
insetos nos tratamentos 2) incorporação dos tratamentos na alimentação. Cada 15
insetos foram acondicionados em recipientes plásticos, contendo 20 g de arroz.
Foram realizadas quatro repetições por tratamento. Estes foram alocados em
ambiente controlado (27 ± 2 °C, U.R. 60% ± 10%, 12 h), sendo realizadas avaliações
diárias, quanto a mortalidade, durante dez dias. No bioensaio 1 pode-se observar
que os tratamentos 2, 3, 4 e 5 aumentaram a mortalidade de S. zeamais,
ocasionando ao fim de 240 horas, taxas de mortalidade de 95, 78, 83 e 90%
respectivamente, quando comparados às testemunhas, 57 e 77%. Já no bioensaio
2, apenas o tratamento 4 aumentou a mortalidade de S. zeamais (63%) quando
comparado as testemunhas (33 e 32%). A associação de B. bassiana + OE de
lavanda, em ambos os bioensaios, foi efetiva para o controle de S. zeamais.

Palavras-Chave: Gorgulho do milho; Lavanda; Patchouli;

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

60
UV-B Tolerance of Native Metarhizium spp. Conidia in Aqueous
Suspensions, Oil-in-water Emulsions, or in Different Types of Soil.
Amanda Rocha da Costa Corval; Emily Mesquita da Silva; Thaís Almeida
Corrêa; Ricardo de Oliveira Barbosa Bitencourt; Éverton Kort Kamp
Fernandes; Vânia Rita Elias Pinheiro Bittencourt; Patrícia Silva Gôlo
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Metarhizium anisopliae Sorokin (Clavicipitaceae) has shown promising results


against Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae). However, these
entomopathogenic agents are negatively impacted by abiotic factors, such as UV-B
radiation. The present study analyzed ten native Metarhizium spp. isolates from soil
samples as to their tolerance in aqueous suspensions, oil-in-water emulsions, or
while in different types of soil after exposure to UV-B radiation. Conidial aqueous
suspensions or oil-in-water emulsions were exposed to UV-B radiation (4.0 kJ m-2).
After irradiation, the plates were incubated for 24h or 48h at 27°C in the dark and
then the relative germination was calculated. Metarhizium robertsii Bischoff, Humber
& Rehner (Clavicipitaceae) ARSEF 2575 and Metarhizium acridum (Driver & Milner)
Bischoff, Rehner & Humber (Clavicipitaceae) ARSEF 324 were used as standard
isolates to validate the assays. To assess the impact of different soil types in the UV-
B tolerance of conidia, fungal suspensions were inoculated into three different soil
types: (I) soil conditioner; (II) clayey soil; and (III) sandy soil. Soil spiked with conidia
was exposed to 4.0 kJ m-2. After irradiation, Tween 80® aqueous suspension was
added to the soil and inoculated in artificial selective medium. The plates were
incubated at 27±1°C in the dark, and the fungal colonies were counted 7 days after
the treatment. Overall and as expected, the addition of mineral oil improved conidial
UV-B tolerance, however, we did not observe a standard in the tolerance of
Metarhizium when the different species were compared. Our results showed that
regarding the different amount of silt and clay, the soil types that were tested
provided similar UV-B protection to the conidia, except for the isolate LCM S05 when
exposed in soil type I. The characterization of the fungal isolates’ tolerance to UV-B
is a fundamental step to select biological agents with high potential for tick control.

Palavras-Chave: cattle tick; entomopathogenic fungi; abiotic factors;

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior – Brasil (CAPES) – Finance Code 001; Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ); Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq).

61
Utilização associada de nematoides entomopatogênicos com
inseticida e milho transgênico no controle da Spodoptera
frugiperda
Ana C Barbosa; Marcelo Sanches; Paulo Henrique S Sabino
Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas

A lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera:


Noctuidae) é considerada a principal praga do milho. A utilização associada de
táticas para o seu controle torna-se importante. O objetivo do presente trabalho foi
avaliar a utilização associada de nematoides entomopatogênicos (NEP) com
inseticida e milhos transgênicos no controle da S. frugiperda. O experimento foi
conduzido em um delineamento inteiramente casualizado, em um esquema fatorial
4x2, sendo dois transgênicos, um inseticida e um tratamento controle (cultivar
convencional com apenas água) interagindo com e sem a aplicação de NEP. O
nematoide utilizado foi o Steinernema carpocapsae. Cada tratamento foi repetido
doze vezes e cada repetição foi constituída por uma placa de Petri. Em cada
repetição foram utilizadas duas lagartas de terceiro instar. Nas placas de Petri foram
colocadas folhas de milho com 10 x 5 cm e após 24 horas do inicio da alimentação
foi aplicado o NEP em uma suspensão de 250 JI/ml. Após 72 horas foram avaliadas
a porcentagem de mortalidade das lagartas pelo nematoide. As lagartas que não
receberam os nematoides a mortalidade foi avaliada 96 horas após o inicio da
alimentação. O inseticida utilizado foi o Cropstar® e sua aplicação realizada na
cultivar convencional BR-106 no tratamento de semente. Os milhos transgênicos
utilizados foram NS90PRO-CENTRO e SX7341 VIP3. A porcentagem de
mortalidade das lagartas que alimentaram da cultivar convencional e receberam
NEP foi de 75%. Em relação à utilização associada de Cropstar® e NEP a
porcentagem de mortalidade foi de 58%. A porcentagem de mortalidade das
lagartas que alimentaram do milho transgênicos NS90PRO-CENTRO e SX7341
VIP3 e em seguida foi aplicado os NEP apresentou menor mortalidade do que
quando as lagartas foram submetidas somente ao milho transgênico. A utilização de
NEP é eficaz no controle da S. frugiperda. A utilização associada de milhos
transgênicos e NEP apresentaram efeito antagonista.

Palavras-Chave: Controle biológico; Lagarta-do-cartucho; Manejo Integrado de


Pragas

Apoio Institucional: Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas

62
Ação de repelentes de predadores sobre ovos de percevejo
parasitados com Telenomus podisi
Ana C. Honório; Leandro P. de Araújo Júnior; Rodolfo P. Carneiro; Luis R.
Rodrigues; Eric N. de Souza; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;
Centro universitário Moura Lacerda

Apesar de consagrado o uso do controle biológico de percevejos da soja utilizando


parasitoides de ovos, pouco se conhece sobre a tecnologia de liberação desses
inimigos naturais. A estratégia de liberação proposta na década de 1990, manual e
terrestre, é onerosa e precisa evoluir. Esse trabalho teve por objetivos avaliar a
emergência de Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) a partir
de ovos de Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) parasitados e tratados
com diferentes repelentes de predadores, em diferentes doses e misturas, conhecer
se há diferença na predação de ovos parasitados e não parasitados, pois esses
últimos são mais fáceis de serem obtidos, e verificar a predação em campo de ovos
tratados. Os ensaios foram instalados em Ribeirão Preto, SP, em 2018. No
laboratório foram testados a noz moscada (Myristica fragrans), o açafrão (Curcuma
longa) e o dicloroisocianurato de sódio (DIS), todos em pó, em diferentes doses e
misturas. Para a predação em campo, utilizou-se de parcelas experimentais
constituídas por palitos de madeira com apenas um ovo de E. heros colado,
espalhados pelo solo, simulando a liberação aérea por espalhamento do parasitoide.
Não houve preferência dos predadores por ovos parasitados ou não parasitados, em
solo. Nenhum dos repelentes afetou a emergência do parasitoide em laboratório,
nas doses de 0,05 a 0,1 g 50 ovos-1, isolados ou em misturas. Em campo, em três
ensaios realizados em épocas distintas, nenhum dos tratamentos de repelentes
mostrou porcentagem média de predação significativamente inferior ao da
testemunha, indicando que os mesmos não foram eficazes em repelir predadores.
Entretanto, a predação na testemunha foi baixa, pois a metodologia usada permitiu
uma distribuição dos ovos muito próxima da realidade de uma liberação aérea (um
ovo a cada 1 ou 2 m-2, respectivamente proporcional a 10.000 a 5.000 ovos ha -1), o
que pode indicar a não necessidade de um repelente de predadores para a liberação
aérea.

Palavras-Chave: técnica de liberação;

Apoio Institucional: Centro universitário Moura Lacerda

63
Ação de repelentes de predadores sobre pupas de Cotesia flavipes
Ana C. Honório; Gustavo Pedrazzi; Anderson I. F. Kobayashi; Luis R.
Rodrigues; Eric N. de Sousa; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;
Centro universitário Moura Lacerda

A liberação de Cotesia flavipes (Cam.) (Hymenoptera: Braconidae) para o controle


de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar é feita
manualmente, exigindo grandes equipes de funcionários somente para essa
atividade. A liberação desse parasitoide em cápsulas de proteção via veículos
aéreos não tripulados (VANTs) começa a ficar comum na atualidade, mas se por um
lado essas cápsulas protegem C. flavipes, por outro diminuem o rendimento da
operação. Esse trabalho teve por objetivo avaliar produtos repelentes e misturas na
emergência de adultos de C. flavipes, em laboratório, e na repelência de
predadores, em campo, visando à liberação aérea por espalhamento de “massas”
desprotegidas em cana-de-açúcar. Os ensaios foram conduzidos em Ribeirão Preto,
SP. Em laboratório, 30 produtos ou combinações de doses deles foram testados,
com uma testemunha, repetidos 10 vezes. Em campo, 13 produtos ou misturas
foram escolhidos e 10 “massas” tratadas de cada tratamento foram colocadas sobre
o solo de canavial para exposição por 24 h à predação. Outro ensaio de laboratório
testou alguns dos produtos em recipientes fechados com tecido “voile” que permitia
trocas gasosas, diferente do primeiro ensaio (filme plástico) e um novo ensaio de
campo testou a predação das “massas” tratadas com as misturas com cloro. A
mistura de ácido tricloro-isocianúrico triturado e noz moscada (Myristica fragrans) em
pó (0,01 + 0,05 g 5 “massas”-1) e do mesmo ácido com grafite em pó (0,01 + 0,25 g 5
“massas”-1) foram as mais indicadas para o tratamento de “massas” de C. flavipes,
quando os mesmo fossem ficar armazenados com o material biológico. Para
misturas realizadas somente no momento da aplicação, o ácido tricloro-isocianúrico
mais a noz moscada (0,10 + 0,05 ou 0,10 + 0,10 g 5 “massas” -1), ou apenas o ácido
(0,10 ou 0,25 g 5 “massas” -1), foram as melhores opções para a liberação aérea de
pupas desprotegidas via VANTs em canavial.

Palavras-Chave: parasitoide larval

Apoio Institucional: BIocontrol

64
Quantidade liberada de T. galloi para o controle dediferentes
densidades de ovos de D. saccharalis em cana-de-açucar
Ana C. Honório; Lucas de M. Bertate; Murilo M. da Silva; ; Giovanni R. Tibaldi;
Luis R. Rodrigues; Matheus B. Oliva; Alexandre de S. Pinto;
Centro universitário Moura Lacerda

Atualmente tem-se realizado liberações de quantidades fixas de parasitoide


Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) independentemente
do nível de infestação de ovos de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae)
em cana-de-açúcar. Este trabalho teve por objetivo estudar o efeito da quantidade
liberada de T. galloi para o controle de diferentes densidades de ovos de D.
saccharalis em cana-de-açúcar. O ensaio foi conduzido em Sertãozinho, SP, Brasil,
em cana-de-açúcar var. CTC 9005HP de 5 meses de desenvolvimento. Em parcelas
de 3 x 4 m (12 m² ), com 40 m de bordadura, sete tratamentos foram repetidos 6, 12
e 18 vezes, respectivamente para os níveis de infestação de ovos da praga de
80.000, 160.000 e 240.000 por hectare e para as liberações de 50.000 e 100.000
adultos de T. galloi, além de uma testemunha sem liberação (80.000 ovos por
hectare ). Os parasitoides foram liberados em 27/10/2017 e as infestações foram
realizadas em 26/10, 27/10 e 28/10. O parasitismo foi permitido por 24 horas em
campo. As infestações (relação parasitoide: ovo) obtidas foram de 228.333 (1: 4,6),
198.33 (1: 4,0) e 373.333 (1: 7,5) ovos por hectare nas áreas onde foram liberados
50.000 parasitoides e de 133.333 (1: 1,3), 164.167 (1: 1,6) e 316.667 (1 : 3,2) ovos
por hectare para liberação de 100.000 parasitoide por hectare . Em infestações
artificiais de 148.750 a 373.333 ovos por hectare, diferentes quantidades de adultos
de T. galloi liberadas por hectare proporcionaram a mesma eficácia de parasitismo,
sendo a recomendação de 50.000 parasitoides por hectare a mais indicada para o
controle dessa praga.

Palavras-Chave: tecnologia de liberação

Apoio Institucional: Centro universitário Moura Lacerda

65
Estabelecimento de Metarhizium spp. como endofítico em cana
reduz as populações de cigarrinha-das-raízes
Ana Carolina Oliveira Siqueira; Cassiara Regina Noventa Correa Bueno
Gonçalves.; Roberto Gaioski Junior; Italo Delalibera Junior;
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ESALQ/USP

A cigarrinha-das-raízes Mahanarva fimbriolata Stål (Cercopidae) é uma das


principais pragas da cana-de-açúcar. Os danos do inseto são resultados da
alimentação de ninfas e adultos, que causam desequilíbrio hídrico e desordem
fisiológica. O controle desta praga tem sido feito com a aplicação do fungo
Metarhizium anisopliae Metchnikoff (Clavicipitaceae), porém não sabemos sobre seu
efeito endofítico sobre a redução de pragas. O objetivo deste trabalho foi verificar o
efeito da utilização de espécies de Metarhizium como inoculantes em cana-de-
açúcar sobre a ocorrência de ninfas e adultos da cigarrinha. O experimento consistiu
de uma área de 1 hectare, variedade CTC-4, em Sertãozinho/SP. A área foi dividida
em três blocos com três parcelas de 30 por 22,5 metros cada. Os tratamentos
consistiram da aplicação de Metarhizium sp. indet. 1 (ESALQ1638) e M. robertsii
(ESALQ1635) na concentração 2x10¹² conídios/ha no sulco de plantio. O controle
consistiu de aplicação do inseticida químico Regent® seguindo recomendação do
fabricante. Dentre os meses de outubro de 2018 e fevereiro de 2019, foram feitas
amostragens do número de touceiras com ataque por ninfas, por linha e o número
de adultos coletados por meio de armadilhas amarelas (30x10 cm), por parcela.
Verificamos que a inoculação de ambas espécies de Metarhizium resultou em
menores populações de adultos e ninfas de M. fimbriolata comparado ao controle. A
porcentagem de touceiras com ataque de ninfas foi de 81,7±8 % no tratamento com
aplicação de Regent, enquanto nos tratamentos com aplicação de fungo foi de
55,6±2 % para ESALQ1638 e 52,9±5 % para ESALQ1635. O número médio de
insetos adultos coletados em cada tratamento também foi maior no tratamento com
aplicação de Regent (4,8±3 insetos), em comparação aos tratamentos com a
inoculação de ESALQ1638 (3,8±2 insetos) e ESALQ1635 (1,7±1 insetos).
Metarhizium colonizou endofiticamente as plantas de cana-de-açúcar e sua
inoculação resultou na redução de cigarrinha-das-raízes.

Palavras-Chave: Inoculante; Cana-de-açúcar; M. fimbriolata

Apoio Institucional: CAPES e SIMBIOSE

66
Efeito da inoculação de Metarhizium sp. no crescimento e
produtividade de cana-de-açúcar
Ana Carolina Oliveira Siqueira; Cassiara Regina Noventa Correa Bueno
Gonçalves; Roberto Gaioski Junior; Italo Delalibera Junior;
Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" ESALQ/USP

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma das principais culturas do país, com


produção de 29 milhões de toneladas de açúcar e 33 bilhões de litros de etanol na
safra 2018/19. O fungo entomopatogênico Metarhizium spp. é utilizado em usinas do
Brasil para o controle da cigarrinha-das-raízes Mahanarva fimbriolata Stål
(Cercopidae), sendo aplicado em grandes áreas. Apesar da ampla utilização de M.
anisopliae para biocontrole, há o interesse em se explorar seu mecanismo de
colonização endofítica e efeito na promoção de crescimento de cana. O objetivo
deste estudo foi avaliar a promoção de crescimento de cana-de-açúcar inoculada
com Metarhizium. O experimento consistiu de uma área de 10 hectares da variedade
IAC95-5000, em Batatais/SP. No sulco de plantio de 5 hectares foi aplicado
Metarhizium sp. indet. 1 (ESALQ1638) com concentração 2x10¹² conídios/ha,
considerando 100L/ha. Nos outros 5 hectares foi aplicado, da mesma forma, o
inseticida Regent® seguindo recomendação do fabricante. Nas avaliações pré-
colheita, observou-se maior comprimento (3,04±0,26 m) e diâmetro (2,81±0,06 cm)
do colmo da cana onde foi inoculado ESALQ1638 em comparação ao tratamento
que recebeu o inseticida Regent (2,72±0,19 m e 2,57±0,05 cm, respectivamente). O
talhão com inoculação de ESALQ1638, resultou em 138 toneladas de cana por
hectare e 20.653 ATR (kg/tonelada), enquanto o talhão com aplicação de Regent
resultou em 124,67 toneladas de cana por hectare e 19.832 ATR (kg/tonelada),
representando um ganho financeiro de R$2.326,50 reais na área com aplicação de
Metarhizium em relação à área com aplicação de inseticida. Esses resultados são
promissores para a utilização de Metarhizium sp. como promotor de crescimento da
cana e o futuro desenvolvimento de um inoculante à base do mesmo. Novos estudos
deverão verificar se os efeitos obtidos são relacionados somente ao efeito promotor
de crescimento do fungo, ou também ao controle de pragas, que pode influenciar no
desenvolvimento da planta.

Palavras-Chave: Fungos entomopatogênicos; Inoculantes

Apoio Institucional: CAPES e SIMBIOSE

67
Eficiência de Armigen® (HearNPV) em diferentes doses para o
controle de Helicoverpa armigera na cultura da soja em Imbituva
Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Marina Senger
3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250

- Ponta Grossa/PR

Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera:Noctuidae) é uma praga de difícil


controle e tem causado perdas significativas em diversas culturas. Tendo em vista a
necessidade de novas alternativas de manejo, este estudo avaliou eficiência de
Armigen® (Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus - HearNPV) sobre H.
armigera na cultura da soja. O experimento foi realizado na 3M Experimentação
Agrícola, Imbituva-PR, Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e
o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro
repetições, utilizando-se a cultivar de Soja NA5909RG. Foram realizadas duas
aplicações, com sete dias de intervalo no início do aparecimento da praga, dos
seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus thuringiensis, var.kurstaki
500 mL.ha-1; 3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e
200 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. A infestação de H. armigera foi
avaliada por meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do
percentual de desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14
e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela,
sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados
foram submetidos a análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste t 10%.
Armigen® nas doses de 50; 100 e 200 mL.ha-1 apresentou respectivamente 60; 60
e 50% de eficiência sobre H. armigera, semelhante ao tratamento Dipel (60%). As
maiores produtividades forram obtidas nos tratamentos que continham aplicações de
Armigen®, nas doses de 50 (3756 kg.ha-1); 100 (3739 kg.ha-1) e 200 (3699 kg.ha-1)
mL.ha-1. Dados que corroboram com os menores percentuais de desfolha causados
pela praga nos tratamentos com Armigen®, entre 11,75 e 8,75%, em relação a
16,50% observado na testemunha. O bioinseticida à base de HearNPV representa
uma ferramenta alternativa e complementar para o manejo dessa espécie na cultura
da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo,


Brasil

68
Eficiência de Armigen® (HearNPV) Para o Controle de Helicoverpa
armigera na Cultura da Soja no Município de Lapa - PR
Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Marina Senger
3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250

- Ponta Grossa/PR

Na cultura da soja é habitual a ocorrência de insetos-praga, sendo Helicoverpa


armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) uma praga-chave. O controle biológico,
por meio de baculovírus, é uma realidade para otimizar o uso de pesticidas e
manejar a resistência de insetos a moléculas químicas e tecnologias. O objetivo do
trabalho foi avaliar a eficiência de Armigen® (Helicoverpa armigera
Nucleopolyhedrovirus-HearNPV) sobre H. armigera na cultura da soja cultivar
NA5909RG. O experimento foi realizado na 3M Experimentação Agrícola, Lapa-PR,
Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e o delineamento
experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições.
Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo no início do
aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus
thuringiensis, var.kurstaki 500 mL.ha-1; 3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1;
50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 200 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. A
infestação com H. armigera foi avaliada por meio da contagem de lagartas em 3
batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha, previamente à aplicação
dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi
avaliada em 5 m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e
transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo
teste F e comparados pelo teste t 10%. Armigen® proporcionou, sobre H. armigera,
controle de 40; 60, 80 e 20% nas doses de 25; 50; 100 e 200 mL.ha-1,
respectivamente. As doses de Armigen® testadas minimizaram os danos foliares
causados pela praga com redução de 7,75% (E=89%) na dose de 100 mL.ha-1.
Observa-se que ocorreu um incremento na produtividade de 6,35 e 6,23%, com a
utilização de Armigen® nas doses de 25 e 200 mL.ha -1. Armigen® foi efetivo para
controle H. armigera, com duas aplicações em intervalos de 7 dias, sendo a primeira
realizada no início da infestação.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; Controle Biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo,


Brasil

69
Eficiência de Armigen® (HearNPV) para o controle de Helicoverpa
armigera na cultura da soja em Ponta Grossa - PR
Anderson H. Briega; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;
Marina Senger
3M Experimentação Agrícola. Rua Bernardo Guimarães, 1520 - Colônia Dona Luíza - CEP 84046-250
- Ponta Grossa/PR

O controle biológico é um dos componentes do MIP e baseia-se na utilização de


predadores, parasitoides e entomopatógenos para a regulação populacional de
pragas. Inseticidas à base de vírus entomopatogênicos são alternativas para manejo
de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) praga-chave da cultura
da soja (Glycine max L.). Com o objetivo de avaliar a eficiência de Armigen®
(Helicoverpa armigera Nucleopolyhedrovirus-HearNPV) sobre H. armigera na cultura
da soja instalou-se um experimento na 3M Experimentação Agrícola, Ponta Grossa,
PR, na Safra 2018/19. Cada parcela contou com 45 m² (3mx15m) e o delineamento
experimental foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições,
utilizando-se a cultivar de Soja NA5909RG. Foram realizadas duas aplicações, com
sete dias de intervalo no início do aparecimento da praga, dos seguintes
tratamentos: 1-Testemunha; 2-Dipel, Bacillus thuringiensis, var.kurstaki 500 mL.ha-1;
3 a 6-Armigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 200 mL.ha-1,
ambos com volume de 100 L.ha-1. A infestação com H. armigera foi avaliada por
meio da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de
desfolha, previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após
a primeira aplicação. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste F
e comparados pelo teste t 10%. Armigen® nas doses de 25; 50; 100 e 200 mL.ha-1
proporcionou controle de 67; 33; 78 e 56% respectivamente sobre H. armigera,
sendo observado resultado semelhante com Dipel (E=78%). Todos os tratamentos
proporcionaram menores percentuais de desfolha quando comparados com a
testemunha, com redução de até 5,00% (E=71%) de desfolha para o tratamento com
Armigen® na dose de 100 mL.ha-1, evidenciando a possibilidade do emprego de
inseticidas biológicos para o manejo de H. armigera na cultura da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; MIP; Controle Biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo,


Brasil

70
Ocorrência natural de Isaria javanica sobre Sarsina violascens e
patogenicidade sobre Gonipterus platensis
André Ballerini Horta; Carolina Jordan; Murilo F. Ribeiro; José E. M. Almeida;
Ricardo Harakava; Carlos Frederico Wilcken
Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603-
1

970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: andre.ballerini.horta@gmail.com. 2Centro Avançado de


Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal, Instituto Biológico, 13101-680, Campinas, São
Paulo. 3Laboratório de Bioquímica Fitopatológica, Instituto Biológico, 04014-002, São Paulo, São
Paulo

Plantios de eucalipto cultivados como monocultura favorecem a ocorrência de surtos


populacionais de insetos-praga como Sarsina violascens Herrich-Schaeffer
(Lepidoptera: Lymantriidae) e Gonipterus platensis Marelli (Coleoptera:
Curculionidae). A alta densidade de insetos pode favorecer também a ocorrência de
fungos entomopatogênicos, importantes agentes de controle biológico natural.
Durante surto populacional de S. violascens, pupas foram coletadas, conduzidas ao
laboratório e individualizadas em potes plásticos contendo uma fita de papel filtro
levemente umedecido com água destilada autoclavada. Após a emergência de
parasitoides, foi verificada a presença de um fungo em uma das pupas
remanescentes. Foi realizada sua desinfecção, mergulhando a pupa em solução de
hipoclorito de sódio (2,5% de cloro ativo, v/v), sob agitação durante três minutos,
seguindo-se três lavagens sucessivas em solução salina (0,9%), para eliminação do
excesso de cloro. A pupa foi transferida para placa de Petri contendo meio de cultura
Batata Dextrose Agar (BDA) e incubada a 25oC. A partir das colônias formadas,
esse isolado foi repicado em nova placa com meio BDA e enviado ao Instituto
Biológico para caracterização morfológica e molecular. O resultado obtido no
sequenciamento da região ITS apresentou 100% de similaridade com a espécie
Isaria javanica (Frieder & Bally) Samson & Hywell-Jones (Fungi Sordariomycetes).
Para confirmar o potencial entomopatogênico do isolado, uma suspensão de 5 x 107
conídios/ml foi inoculada sobre adultos de G. platensis. Os insetos morreram até o
sétimo dia após a exposição ao fungo, confirmando sua patogenicidade sobre G.
platensis. Esse é o primeiro relato da ocorrência natural de I. javanica em S.
violascens e, também, de sua patogenicidade a G. platensis, abrindo mais uma
alternativa de agente biológico a ser avaliado no controle desse besouro, que
atualmente é considerado uma das espécies mais invasivas e danosas aos plantios
de eucalipto ao redor do mundo.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Fungos Entomopatogênicos; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

71
Influência dos estágios de Gonipterus platensis na infecção por
Heterorhabditis amazonensis
André Ballerini Horta; Murilo F. Ribeiro; Carolina Jordan; Adriana A. Gábia;
Lorena E. D. C. Hilário; Silvia R. S. Wilcken; Carlos Frederico Wilcken
Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603-
970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: andre.ballerini.horta@gmail.com

Gonipterus platensis Marelli, 1926 (Coleoptera: Curculionidae) é um dos insetos


mais nocivos aos plantios de eucalipto e sua suscetibilidade a nematoides
entomopatogênicos foi comprovada. Entre as espécies avaliadas, Heterorhabditis
amazonensis Andaló, Nguyen e Moino Junior, 2006 (Rhabditida: Heterorhabditidae)
promoveu maiores mortalidades conforme o desenvolvimento dos insetos e picos de
multiplicação de juvenis infectivos (JIs) em indivíduos aos 14 dias no solo. Para
esclarecer a influência do desenvolvimento do inseto na infecção pelo nematoide e
na multiplicação de JIs, um grupo de 200 insetos sadios foi observado paralelamente
a 30 insetos inoculados com doses de 360, 720 e 1440 JIs/inseto em areia. Os
insetos sadios foram avaliados diariamente quanto a massa e evoluções
morfológicas impactantes na infecção pelos JIs. Os insetos mortos foram dissecados
e o número de nematoides avaliado em seu interior. Ao longo do desenvolvimento
dos insetos sadios houve redução na massa dos indivíduos. O número de
nematoides no interior dos insetos mortos foi bem abaixo das doses aplicadas e
reflete a ação das defesas de G. platensis. As trocas de tegumento foram
registradas entre as fases de pré-pupa, pupa e adulto aos 12,89 dias e 21,63 dias. A
troca do tegumento danificado pela ação de JIs também permitiu a recuperação de
insetos sobreviventes à infecção. Os picos de JIs multiplicados sobre insetos aos 14
dias no solo coincidem com a exposição de pupas (recém-formadas) à penetração
de JIs em maiores quantidades. Os números reduzidos de JIs obtidos de insetos em
início de desenvolvimento reflete a multiplicação dos poucos JIs que conseguiram
penetrar esses indivíduos. Enquanto os menores números vistos ao final do
desenvolvimento dos insetos reflete a menor massa disponível para multiplicação
dos JIs. Esses resultados mostram a importância da compreensão da biologia e do
comportamento de G. platensis no solo para o sucesso de seu controle com
nematoides entomopatogênicos.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Heterorhabditidae; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

72
Influência da concentração de Heterorhabditis bacteriophora na
mortalidade de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae)
Andressa L. Brida; Sergio D. C. DIAS; Maguintontz C. Jean-Baptiste; Silvia R.
S. Wilcken; Luis G. Leite; Flávio R. M. Garcia
Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética.

Drosophila suzukii (Matsumura, 1931) é considerada uma das pragas mais


importantes da fruticultura. Devido à sua rápida expansão, alternativas de controle
dessa mosca devem ser investigadas. Entre as alternativas de manejo destacam-se
o uso de nematoides entomopatogênicos (NEPs), com destaque aos gêneros
Steinernema e Heterorhabditis, mais estudados para o manejo de pragas. O objetivo
do trabalho foi avaliar a influência de diferentes concentrações de Heterorhabditis
bacteriophora (Poinar), HB na mortalidade de pupas de D. suzukii em laboratório. O
bioensaio foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado em nove
tratamento e com oito repetições. As unidades experimentais (EU) foram
constituídas por recipiente de plástico (200 mL) contendon 50g de areia seca e
autoclavada com 5% de umidade, contendo 10 pupas de D. suzukii (48 horas de
idade). Feito isso, foi inoculado 2 mL da suspensão do isolado de NEPs,
concentrações de 200, 400, 600, 800, 1000, 1800, 3600 e 4600 juvenis infectantes
(JIs)/mL. Como testemunha, foi adicionado 5 mL de água destilada sem a presença
de NEPs. As EU foram acondicionadas em BODs a 250C, 80% UR, fotoperiodo de
12 horas. As avaliações foram realizadas diariamente até que as pupas da
testemunha atingissem 80% de emergência (6 dias). Os insetos mortos foram
transferidos para placas de Petri (9 cm) e dissecados em água destilada para
confirmação da causa morte e quantificação dos JIs. A mortalidade de pupa de D.
suzukii por JIs de H. bacateriophora HB variou da menor concentração (200
JIs/pupa) com a menor taxa de mortalidade de 25% com a presença de 24,5
JIs/pupa, diante da maior taxa de mortalidade de 80%, em concentração de 4500
JIs/mL, com a presença de 485,75 JIs/pupa. A concentração de 800 JIs/ml permitiu
a mortalidade de 60,21% de pupa com o maior número de JIs, 2094, 12/pupa. As
melhores taxas de mortalidade de H. bacteriophora HB a pupas de D. suzukii foram
de 800, 3600 e 4500 JIs/mL.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CAPES/PNPD

73
Influência do substrato na infecção de nematoides
entomopatogênicos a pupas de Drosophila melanogaster Diptera:
Drosophilidae
Andressa L. Brida1*; Maguintontz C. Jean-Baptiste2; Sergio C. D. Dias1; José J. Dos Santos1;
Alice S. Da Silva3; Ana L.C. Machado3; Monica L. Blauth1; Élvia E. S. Vianna4; Luis G. Leite5;
Flávio R. M. Garcia1

Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética.

Nematoides entomopatogênicos (NEPs) são alternativas eficientes para o controle


de pragas e são capazes de infectar diferentes espécies de dípteros. Sabe-se que o
substrato em que é aplicado o nematoide pode influenciar na taxa de infecção dos
juvenis infectantes (JIs) causando uma variabilidade na mortalidade de inseto. O
objetivo do trablaho, foi avaliar a influência do substrato na mortalidade e na
capacidade de infecção de JIs de Heterorhabditis bacteriophora (Poinar)HB,
Heterorhabditis amazonenses (Andaló, Nguyen & Moino Jr) IBCB 24, Steinernema
carpocapsae (Weiser) IBCB 02 e Steinernema brazilense (Nguyen) IBCB 06 a pupas
de Drosophila melanogaster (Meigen) (Diptera: Drosophiliade), um organismo
modelo de estudos genéticos e evolutivos. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições. As parcelas,
constituídas por placa de Petri (9cm), com duas folhas de papel filtro, e por
recipientes plásticos de 200 mL contendo 50g de areia esterilizada, com 5% de
umidade, inoculados em suspensão de 2mL contendo 500 JIs e cinco pupas de D.
melanogaster com um dia de idade. Após a inoculação, as placas foram vedadas e
os recipientes plásticos tampados, armazenados em BODs, a 25oC, 80% UR,
fotoperiodo de 12 horas. Após sete dias da inoculação, as pupas foram dissecadas
para a confirmação da causa morte e quantificação dos JIs. A taxa de mortalidade
de pupas de D. melanogaster variou de 12 a 20% em papel filtro e de 16 a 32% em
substrato areia. A infecção por JIs de H. bacteriophora HB, H. amazonenses IBCB
24, S. carpocapsae IBCB 02 e S. braziliense IBCB 06, variaram de 2,0 a 24,5
JIs/pupa em papel filtro, e de 2,8 a 11,6 JIs/pupa em areia S. braziliense IBCB 06
não foi capaz de infectar pupa quando inoculado em papel filtro. O substrato areia,
permite a maior taxa de mortalidade e infecção de JIs de H. bacteriophora HB e S.
carpocapsae IBCB 02.

Palavras-Chave: Organismo modelo; Heterorhabditis; Steinernema

Apoio Institucional: CAPES/PNPD

74
Comparative virulence of blastospores and conidia of Beauveria
bassiana and Cordyceps fumosorosea against soybean pests
Bianca Corrêa; Vanessa S. Duarte; Daniela M. Silva; Gabriel M. Mascarin; Italo
Delalibera Jr.;
Universidade de São Paulo (USP) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ)

Entomopathogenic fungi are biocontrol agents capable to infect many insect pests
and can produce different infection propagules in artificial media. The soybean crop
suffers with attack of many pests and an ideal option would be the use of a single
fungal species for the control of a broad host range of this crop. This study aimed to
compare the virulence of conidia and blastospores (fresh or air dried) of Beauveria
bassiana (Bals.) Vuill. and Cordyceps fumosorosea (Wize) Kepler (Cordycipitaceae)
against Bemisia tabaci (Gennadius) biotype B (Aleyrodidae), Chrysodeixis includens
(Walker) and Spodoptera frugiperda (JE Smith) (Noctuidae). Two isolates of each
fungal species were selected and their conidia and blastospores were obtained by
solid and liquid fermentation process, respectively. Blastospores were dried using an
air drying method. Bioassays were performed with 2nd and 3rd instar nymphs of B.
tabaci and 3rd instar larvae of C. includens and S. frugiperda. Suspensions of
blastospores and conidia in a concentration of 5 × 107 propagules mL-1 were
sprayed on the insects, and the control received only distilled water + Tween
(0.02%). The mortality was recorded during 10 days. For B. tabaci, the air dried
blastospores of ESALQ1296 (C. fumosorosea) and ESALQ543 (B. bassiana) caused
the highest mortalities (83.97% and 66.47%, respectively) and exhibited the smallest
median survival times (ST50 = 4 and 6 days, respectively). S. frugiperda larvae
treated with air dried blastospores of ESALQ3422 and ESALQ1296 (C. fumosorosea)
presented the highest mortalities (87.50% and 91.25%, respectively) with ST50 of 4
and 3 days. For C. includens, fresh blastospores of ESALQ1296 was the most lethal
propagule, killing 79.17% of larvae and attaining ST50 of 4 days. Thus, blastospores
of the two fungal species hold great promise as active propagule for the control of
these important soybean pests. Entomopathogenic fungi are biocontrol agents
capable to infect many insect pests and can produce different infection propagules in
artificial media. The soybean crop suffers with attack of many pests and an ideal
option would be the use of a single fungal species for the control of a broad host
range of this crop. This study aimed to compare the virulence of conidia and
blastospores (fresh or air dried) of Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. and Cordyceps
fumosorosea (Wize) Kepler (Cordycipitaceae) against Bemisia tabaci (Gennadius)
biotype B (Aleyrodidae), Chrysodeixis includens (Walker) and Spodoptera frugiperda
(JE Smith) (Noctuidae). Two isolates of each fungal species were selected and their
conidia and blastospores were obtained by solid and liquid fermentation process,
respectively. Blastospores were dried using an air drying method. Bioassays were
performed with 2nd and 3rd instar nymphs of B. tabaci and 3rd instar larvae of C.

75
includens and S. frugiperda. Suspensions of blastospores and conidia in a
concentration of 5 × 107 propagules mL-1 were sprayed on the insects, and the
control received only distilled water + Tween (0.02%). The mortality was recorded
during 10 days. For B. tabaci, the air dried blastospores of ESALQ1296 (C.
fumosorosea) and ESALQ543 (B. bassiana) caused the highest mortalities (83.97%
and 66.47%, respectively) and exhibited the smallest median survival times (ST50 =
4 and 6 days, respectively). S. frugiperda larvae treated with air dried blastospores of
ESALQ3422 and ESALQ1296 (C. fumosorosea) presented the highest mortalities
(87.50% and 91.25%, respectively) with ST50 of 4 and 3 days. For C. includens,
fresh blastospores of ESALQ1296 was the most lethal propagule, killing 79.17% of
larvae and attaining ST50 of 4 days. Thus, blastospores of the two fungal species
hold great promise as active propagule for the control of these important soybean
pests.

Palavras-Chave: Entomopathogenic fungi; Liquid fermentation; Soybean pests

Apoio Institucional: São Paulo Research Foundation (FAPESP 2016/21387-9)

76
Biogenic synthesis and characterization of titanium nanoparticles
based on Beauveria bassiana
B. M. Ramos; M. Guilger; L. F. Fraceto; R. Lima

LABiToN – Laboratory of Bioactivity Assessment and Toxicology of Nanomaterials (UNISO),


Sorocaba, Brazil

The objective of this study was to perform the biological synthesis of Titanium
nanoparticles using the fungus Beauveria bassiana (Cordycipitaceae) as a reducing
agent. Beauveria bassiana is known due to its application as a biological control
against insects, being used frequently in Brazil. For the nanoparticle synthesis,
different culture of fungi was carried out, followed by selection of mycelial discs and
transference to medium (potato-dextrose broth). The mix of different strains occurred
and after some time, the biomass obtained was transferred to the water in order to
obtain the filtrate to be used in the synthesis. The titanium was added in the filtrate
and kept under stirring to obtain the nanoparticles. After the synthesis of the
nanoparticles, physic-chemical characterization was performed using the dynamic
light scattering technique and nanoparticle tracking analysis. The synthesis of the
titanium nanoparticle (TiO2NP) was possible, its characteristics were within the
quality standard. Considering the application of this fungus in the control of insects,
the new steps are to perform tests of activity and toxicity aiming at the possible
application of the same in the agricultural area.

Palavras-Chave: Biological control.; Biogenic metallic nanoparticles.

Apoio Institucional: Laboratory of Environmental Nanotechnology (UNESP),


Sorocaba, Brazil.

77
Associação de terra de diatomáceas e Beauveria bassiana Unioeste
04 para o controle de cascudinho-dos-aviários
Bruno Vinicius Neves; Luis Francisco Angeli Alves; Rafaela Barbosa Pares;
Tiago Tavares Ferreira; Rogério Biaggione Lopes; Marla Juliane Hassemer
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) [Coleoptera: Tenebrionidae]) (cascudinho-dos-


aviários) é um inseto cosmopolita e importante praga da avicultura de corte. Seu
controle é baseado em inseticidas de ação limitada, com riscos de contaminação
das aves e ambiente e intoxicação do produtor, além de selecionarem populações
de insetos resistentes. Alternativas vêm sendo buscadas, e o fungo Beauveria
bassiana Unioeste 04 e a terra diatomáceas (TD) demonstram grande potencial.
Com base na ação abrasiva da TD que auxilia na penetração do fungo no tegumento
do inseto, e visando desenvolver um dispositivo atrai-e-infecta, foi avaliada a
interação de ambos em preparações secas contendo diferentes proporções
(compondo o mix ativo) em uma mistura com zeolita (10% de mix + 90% de zeolita)
(T1): controle zeolita (T2); TD (T3); fungo (T4); TD+zeolita (1:1) (T5); TD+fungo
(1:5) (T6); TD+fungo (1:10) (T7); zeolita+fungo (1:5) (T8); zeolita+fungo (1:10) (T9).
As misturas em diferentes combinações foram transferidas para copos plásticos
onde foram liberados 25 adultos, mantidos ali por 10 minutos. Após o tratamento, os
insetos foram transferidos para placas de Petri + ração para aves e incubados por 10
dias em 26±2oC e UR de 60%. Os insetos mortos onde havia fungo foram
submetidos à câmara úmida para confirmação da mortalidade pelo mesmo. Em
todos os tratamentos envolvendo Beauveria bassiana Unioeste 04, a mortalidade foi
superior a 90%, mesmo nas combinações em que o fungo estava em concentrações
inferiores ao puro, confirmando o potencial da associação. Destacaram-se T6 com
96% de mortalidade total e 91% de confirmação por fungo T9 com 93,6% de
mortalidade e 88,8% confirmada. Além disso, não houve diferença expressiva entre
as proporções 1:5 e 1:10 de todos tratamentos. A etapa seguinte será testar essas
misturas em aviários de frango de corte, em dispositivos desenvolvidos para esse
fim.

Palavras-Chave: Interação

Apoio Institucional: Fund. Araucária; CNPq; Biocamp Laboratórios Ltda.;


Unioeste

78
Avaliação de isolados de Beauveria bassiana sobre Oligonychus
yothersi (McGregor) (Tetranychidae) na erva-mate
Bruno V. Neves; Priscila de A. Rode; Jaqueline S. Loeblein; Cristina B.
Nascimento; Tiago T. Ferreira; Luis F. A. Alves
Laboratório de Biotecnologia Agrícola. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste,
Campus Cascavel. Rua Universitária, 2069, Bairro Universitário, Cascavel - PR, Brasil, 85819-110

Oligonychus yothersi (McGregor) é encontrado nas folhas da erva-mate, causando


bronzeamento e queda precoce das mesmas, quando em populações elevadas. Na
busca por alternativa para seu controle estão os fungos entomopatogênicos. O
objetivo do trabalho foi avaliar isolados de Beauveria bassiana como potenciais
controladores. Para o estudo foi acessada a Coleção de Isolados de Fungos
Entomopatogênicos do Laboratório de Biotecnologia Agrícola da Unioeste, Campus
Cascavel, PR. Os isolados foram multiplicados em placas de Petri com meio ME
(26±1oC, fotofase 12 horas, 10 dias para conidiogênese). Os conídios foram
coletados, transferidos para tubos de vidro esterilizados e mantidos a temperatura
de –10°C até a utilização nos bioensaios. Para a realização dos experimentos cada
tubo recebeu 10 mL de água destilada + Tween® 80 (0,01%) e as suspensões foram
padronizadas em 1,0×109 conídios/mL. Foram preparadas placas de Petri com o
fundo coberto por espuma e com folhas de erva-mate com a região adaxial para
cima, envoltas por algodão umedecido. As folhas foram previamente infestadas com
15 fêmeas adultas. Em seguida, para cada isolado, 1mL da suspensão 1×109
conídios/mL foi pulverizado em Torre de Potter sobre 5 folhas (repetições). Na
testemunha, os ácaros foram pulverizados com água destilada estéril + Tween 80
(0,01%). Os ácaros foram mantidos em condições de laboratório (26±1oC; umidade
80±10%; fotofase 12hs). Observações diárias durante sete dias foram realizadas
para análise de mortalidade. Os indivíduos mortos foram coletados e imersos em
álcool 70% e água destilada, e a confirmação de mortalidade por fungo foi realizada
em câmara úmida. Posteriormente, foram realizadas avaliações dos parâmetros
biológicos. Os isolados que apresentaram maior mortalidade total e confirmada
foram Unioeste 62 e Unioeste 87, mostrando potencial dos isolados para o controle
de populações de O. yothersi a nível de laboratório. Novos experimentos serão
conduzidos para avaliar novos isolados.

Palavras-Chave: Controle biológico; Ilex paraguariensis; fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: CNPq

79
Efeito da associação de inseticida a base de Bt com adjuvante na
concentração letal para Spodoptera frugiperda
Caio Cesar Truzi; Tamires Doroteo de Souza; Gabriel Fernandes Rezende;
Natalia Fernanda Vieira; Sergio Antonio de Bortoli
Programa de Pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias
e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso
Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) tem elevada


capacidade de adaptação, sendo praga-chave da cultura do milho, mas pode se
alimentar de diversas culturas de importância econômica. Uma das técnicas de
controle desenvolvidas para essa praga foi a introdução de toxinas da bactéria
Bacillus thuringiensis (Berliner) em plantas de milho, existindo também diversos
produtos a base desse microrganismo para comercialização. Deste modo, o objetivo
do trabalho foi determinar a concentração letal do inseticida biológico Xentari® (B.
thuringiensis subsp. aizawai) associado ao adjuvante Haiten® (Polioxietileno alquil
fenol éter) para lagartas de S. frugiperda, em condições de laboratório. Foram
utilizadas 7 concentrações do produto, com ou sem adição do adjuvante a 0,2%,
além de um tratamento com água destilada (controle). Pedaços de folha de milho
foram imersos nas caldas por 3 segundos, secos sobre papel filtro em temperatura
ambiente e colocados individualmente em placas de Petri (6,0 cm diâmetro)
contendo uma lagarta de segundo ínstar. Cada placa de Petri foi considerada uma
repetição, sendo observadas 50 lagartas por tratamento. Registrou-se a mortalidade
de lagartas 7 dias após o início da experimentação. Os dados de concentração
mortalidade foram submetidos a análise de regressão de Probit e obtidos os valores
de concentração letal de 50% (CL50). O valor da CL50 encontrado para o inseticida
isolado foi de 0,0819 g Bt/L e para o inseticida associado de 0,1416 g Bt/L, sendo
semelhantes. A associação do inseticida biológico Xentari® com o adjuvante
Haiten® é eficaz para o controle de lagartas de S. frugiperda, sem alteração na
eficiência.

Palavras-Chave: sinergismo; controle microbiano; lagarta do cartucho

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

80
Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) and Surtivo® Plus
against Elasmopalpus lignosselus
Carla M. S. Oliveira; Danielle A. Ferreira; Janayne M. Rezende; Paula G.
Marçon; Holly J. R. Popham
AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil/AgBiTech Pty Ltd, CP 76155, Fort
Worth, TX, EUA

Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera: Pyralidae) is a polyphagous


pest that bores through plant stems and can cause significant reduction in plant
stand, particularly during drought periods. No information is found in the literature
regarding the control of this pest with Baculoviruses. This study evaluated the
insecticidal activity of two new Baculovirus-based insecticides against E. lignosellus
neonate larvae in laboratory conditions: Lepigen® (Autographa californica multiple
nucleopolyhedrovirus (AcMNPV)) and Surtivo® Plus (premixture of AcMNPV;
Chrysodeixis includens nucleopolyhedrovirus (ChinNPV); Helicoverpa armigera
nucleopolyhedrovirus (HearNPV); and Spodoptera frugiperda multiple
nucleopolyhedrovirus (SfMNPV)). Droplet ingestion bioassays were conducted using
a completely randomized design. A total of 30 larvae were used per treatment in
each bioassay and bioassays were repeated on different dates. For each insecticide
bioassay, a total of 6 doses were used: untreated control, 1x10^5, 1x10^6, 1x10^7,
1x10^8 and 1x10^9 occlusion bodies per mL (OB.mL-1). Larval mortality was
assessed at 7 and 10 days post-ingestion of the solution droplets. Data generated
were analyzed using Probit. Both Lepigen® and Surtivo® Plus were active against E.
lignosselus with LC50 values of 6.1x10^6 (3.5x10^6–1.0x10^7) and 7.0x10^7
(3.8x10^7–1.3x10^8) OB.mL-1, respectively. This study confirms the insecticidal
activity of Lepigen® and Surtivo® Plus under laboratory conditions. Additional
studies will be required to evaluate their efficacy under field conditions. These
Baculovirus-based insecticides are now registered in Brazil for the control of several
lepidopteran species and may provide considerable on-going suppression of E.
lignosellus, as viral particles have the potential to remain active in the soil for several
months and even from one season to the next.

Palavras-Chave: Baculovirus; lesser corn stalk borer; IPM

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos

81
Efecto del hongo entomopatógeno Beauveria bassiana en el control
de crisomélidos
Yordanys Ramos1; Alberto D. Taibo1; Andy L. Alvarez1; Chabely Abreu1;
Lisneyi Machado2; Celeste P. D’Alessandro3;
1
Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas, Cuba. 2Delegación Provincial de la Agricultura,
Cuba. 3Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Brasil

El siguiente trabajo se realizó con el objetivo de determinar el efecto del hongo


entomopatógeno Beauveria bassiana en el control de crisomélidos (Coleoptera:
Chrysomelidae). Estos insectos reducen el área fotosintética de las plantas y causan
pérdidas considerables en los rendimientos del cultivo de frijol común. Los
experimentos fueron realizados en el laboratorio de Microbiología y Entomología de
la Facultad de Ciencias Agropecuarias, perteneciente a la Universidad Central
“Marta Abreu” de Las Villa. Se utilizaron las cepas comerciales de B. bassiana (Bb-
18 y Bb-1) a una concentración de 1x108 conidios/ml y con viabilidad superior a
95%. Se sumergieron 20 insectos adultos de la especie Diabrotica balteata y 20
insectos de Cerotoma ruficornis en las suspensiones de conidios de cada cepas
fúngica y en agua destilada con 0.05% Tween 80 como control. Los insectos
tratados fueron colocados en placas de Petri estériles con un papel de filtro
humedecido y una hoja trifoliada de frijol para su alimentación. Los mismos se
incubaron a 25°C, 75% humedad relativa y completa oscuridad. Diariamente, fue
determinada la mortalidad y la micosis producida por las cepas de B. bassiana. Los
resultados revelaron que después de 3 días de aplicación de los tratamiento, la
cepa de B. bassiana (Bb-18) ocasionó un 45 y 50% de mortalidad, respectivamente.
Además, esa cepa fúngica infectó el 100% de los insectos tratados a los 7 días. El
porcentaje de insectos con micosis fue mayor con la cepa Bb-18 (73%) en
comparación con la cepa Bb-1(69%), aunque no mostró diferencias significativas. De
esta forma se evidencia que B. bassiana (Bb-18) es capaz de controlar a
crisomélidos asociados a frijol común contribuyendo a una nueva estrategia de
Manejo Integrado de crisomélidos.

Palavras-Chave: hongos hypocreales; Chrysomelidae; manejo integrado de plagas

Apoio Institucional: La Universidad Central “Marta Abreu” de Las Villas y la


Delegación Provincial del Ministerio de la Agricultura, Villa Clara, Cuba.

82
Preservação a longo prazo do fungo Metarhizium rileyi adsorvido
em sílica gel e mantido a -20°C
Andrea C. S. Gonçalves; Daniel R. Sosa-Gómez;
Embrapa-Soja, Londrina, PR, Brasil

A preservação de coleções de fungos visa manter e disponibilizar material para


realizar estudos comparativos, caracterizar suas propriedades, desenvolver agentes
de controle biológico, preservar genes com potencial de utilização em engenharia
genética, desenvolver estudos de genética de populações, entre outros. Nos
agroecossistemas da soja e do algodão o fungo Metarhizium rileyi (Farl.) Kepler,
S.A. Rehner & Humber apresenta grande relevância por ser agente de controle de
espécies de lepidópteros de importância agronômica e econômica. As técnicas de
preservação podem ser de custo elevado, sendo necessário contar com liofilizadores
e tanques de nitrogênio, que requerem manutenção constante ou reposição de água
como no método por estase em água ou repicagens periódicas de colônias mantidas
em óleo mineral. Portanto nosso objetivo foi avaliar o potencial de preservação de
isolados do fungo M. rileyi armazenados pelo método de adsorção em sílica gel
utilizando lactose como agente protetor. Isolados de M. rileyi coletados ou recebidos
de outras coleções foram armazenados desde a década de 1990. A técnica de
armazenamento utilizada foi a da adsorção em pedras de sílica gel de uma
suspensão de conídios em leite desnatado 8%, em condições de esterilidade. Em
2018 e 2019, esses isolados adsorvidos na sílica gel foram colocados em meio de
cultura SMAY sólido e sua capacidade de conidiogênese e viabilidade avaliada.
Aproximadamente 55% dos isolados apresentaram conidiogênese elevada, 11%
capacidade média de produzir conídios e 33% dos isolados produziram poucos
conídios. Todas as colônias apresentaram aspecto normal sem a formação de
setores ou alteração da cor. A maior parte dos isolados foram recuperados após 13
a 20 anos de armazenamento. Portanto, o armazenamento de M. rileyi pode ser
realizado utilizando essa técnica de custo reduzido e por períodos de no mínimo 20
anos.

Palavras-Chave: coleção de culturas; fungos entomopatogênicos; controle


microbiano

Apoio Institucional: Embrapa Soja e Conselho Nacional de Desenvolvimento


Científico e Tecnológico (CNPq)

83
Microesclerotia production of Purpureocillium lilacinum in three
different media
Daniela Milanez Silva; Gabriel Moura Mascarin; Italo Delalibera Jr
University of São Paulo

The use of the resistant propagules, termed microsclerotia (MS), produced by the
nematophagous fungus Purpureocillium lilacinum stands out as an eco-friendly tool
for the control of various soil-inhabitant pests. The present study aimed to screen 36
isolates of P. lilacinum from the ESALQ collection of microorganisms for maximum
MS production. Three culture media were tested varying Carbon:Nitrogen ratio
corresponding to 10:1 for medium named J4 and 50:1 for both media J6 and A1. All
liquid cultures were cultivated in baffled flasks (250 mL) containing 45 mL of each
medium inoculated with 5 mL of spore suspension. The flasks were maintained on a
rotary incubator shaker (300 rpm at 28 ± 2°C) for 96h. Concentrations of MS greatly
varied among all isolates, where yields reached up to 6x104 MS.mL-1 for J6, 1-2x104
MS.mL-1 for J4 and A1. Therefore, there is a strong evidence that higher
Carbon:Nitrogen ratio promotes greater numbers of MS for isolates of P. lilacinum.
Media optimization and bioefficacy tests against nematodes and arthropod pest are
underway with the bests P. lilacinum MS producers.

Palavras-Chave: liquid fermentation; biological control

Apoio Institucional: Council for Scientific and Technological (CNPq)

84
Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP04) em
diferentes hospedeiros
Denis W. de Albuquerque; Gabriela S. Doneze; Jessica M. da Silva; Douglas M.
Cecconello; Jael S. S. Rando; Laila H. Mihsfeldt; Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná - Cornélio Procópio

A produção in vivo de nematoides é um importante recurso para a realização de


estudos destes agentes, ou mesmo para o uso em programas de Controle Biológico
de pequena escala. Trata-se de um método de pouca complexidade técnica, e com
custos mais baixos. Assim, este trabalho teve como objetivo, avaliar a capacidade
produção in vivo do nematoide entomopatogênicos Heterorhabditis sp. Isolado
UENP04 em lagartas de último instar de Galleria mellonella Linnaeus, 1756
(Lepidotera: Pyralidae) e em lagartas de último instar de Tenebrio molitor Linnaeus,
1758 (Coleoptera: Tenebrionidae). Para tanto, as lagartas foram pesadas e,
iormente, colocadas em placas de Petri com duas folhas de papel filtro ao fundo,
contendo 10 lagartas por placa. Em seguida, o nematoide foi inoculado na
concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIs)/cm2, e as placas mantidas em câmara
climática a 25ºC±1 e no escuro por um período de três dias para verificação da
sintomatologia. As lagartas com sintomatologia característica, foram colocadas em
placas com papel filtro seco por mais cinco dias. Após esse período, as lagartas
infectadas foram transferidas para armadilha de White para que ocorresse a
emergência dos JIs na água. As coletas de JIs foram realizadas diariamente, do
início da produção até o final dela (até o esgotamento das lagartas). O total de
JIs/dia foi quantificado e os dados foram submetidos a Análise de Regressão pelo
programa Excel para determinação da curva de produção e da equação referente a
produção. O pico de produção do isolado em T. molitor ocorreu no 6º dia de coleta, e
em G. mellonella no 4º dia. Quanto aos valores totais de JIs também houve
diferença na produção entre os dois hospedeiros, sendo que G. mellonella alcançou
valores de 1,2 x106 JIs e T. molitor 1,1 x106. Constatou-se, que o pico de produção
de G. mellonella ocorreu entre o 3º e 4º dia, anteriormente ao pico observado em T.
molitor e a produção em G. mellonella foi superior à observada em T. molitor.

Palavras-Chave: Nematoides entomopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento


da pesquisa

85
Virulência de isolados de nematoides entomopatogênicos para
controle do Euschistus heros
Douglas M. Cecconello; Leticia B. Silva; Gabriela S. Doneze; Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná, Bandeirantes, Paraná

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo e a ocorrência de pragas


como o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabr., 1794) (Heteropta:
Pentatomidae) podem reduzir a produtividade. Por outro lado, os nematoides
entomopatogênicos (NEPs) tem potencial para controle de diversas pragas, além
disso, não oferecem risco às plantas, não poluem a água e deslocam-se no solo em
busca de insetos e devido a associação com bactérias simbiontes, causam a morte
do inseto hospedeiro por septicemia em até 3 dias. Assim, este trabalho teve como
objetivo avaliar quatro isolados de NEPs do gênero Heterorhabditis em condições de
laboratório sobre o percevejo E. heros. O ensaio foi conduzido com percevejos
adultos cedidos pela Embrapa Soja, Londrina-PR, provenientes de duas populações:
insetos criados em laboratório e insetos coletados a campo. Os quatro isolados de
nematoides utilizados foram NEPET 11, GL, IBCB-n 40 e IBCB-n 46. Cada parcela
consistiu de uma placa de Petri de vidro de 9cm de diâmetro, contendo papel filtro
duplo, uma vagem de soja e 10 percevejos adultos, onde os nematoides foram
aplicados na concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIS)/cm² com volume total de
2mL de água. Foi realizado um tratamento testemunha onde foram aplicados 2mL
de água destilada. A avaliação se deu após 4 dias, através da contagem e
dissecação dos insetos mortos, sob microscópio estereoscópio, para confirmação da
mortalidade pelos NEPs. Os dados foram submetidos à Análise de Variância e teste
de Tukey (P≤0,05) pelo programa Sisvar. Todos os isolados avaliados foram
patogênicos a E. heros de ambas as populações de insetos, mas os insetos criados
em laboratório foram mais suscetíveis que os provenientes do campo, de forma que
as porcentagens de morte com os isolados de maior virulência NEPET 11 e IBCB-n
46 com insetos criados em laboratório 95% e 100% e com os insetos coletados a
campo 50% e 65% respectivamente. Ambos os isolados possuem potencial para
aplicação de testes a campo.

Palavras-Chave: Heterorhabditis; pragas da soja; percevejo

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através


do financiamento da pesquisa

86
Efeito de defensivos químicos sobre a germinação de conídios de
Metarhizum anisopliae isolado IBCB 425
Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Izabeli I. Santos;
Sandra Schkalei
Innova/UNILA/UFT

O uso de defensivos químicos na agricultura foca diversos controles e muitos desses


produtos são tóxicos e podem interferir na ação de agentes biocontroladores como o
bioinseticida Metarhizium anisopliae isolado IBCB 425. Objetivou-se neste trabalho
avaliar o efeito de fungicidas, inseticidas e herbicidas de uso agrícola, sobre o fungo
Metarhizium anisopliae (isolado IBCB 425). Uma suspensão de 1x109 conídios
viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações
recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de
viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à
temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram
avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de
germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de
germinação em relação a testemunha (100%), sendo que para a faixa de 0 a 30% o
produto é considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60%
é considerado moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, é considerado
compatível. O fungicida Mancozebe foi altamente tóxico inibindo totalmente a
germinação dos conídios, Azoxistrobina + Benzovindiflupir foi muito tóxico, reduzindo
a germinação 39,4%, Trifloxistrobina + Ciproconazol possibilitou germinação de
56,6%, sendo moderadamente toxico e Trifloxistrobina + Protioconazol mostrou-se
compatível possibilitando germinação de 83%. Os inseticidas, com exceção de
Tiametoxam que inibiu totalmente a germinação, sendo considerado altamente
tóxico, Lambda-cialotrina, Acefato, e Imidacloprid foram considerados compatíveis
proporcionando 62%, 86,6% e 86,6% de germinação dos conídios. Todos os
herbicidas foram considerados compatíveis: Haloxifope-r éster metílico 82,2%,
Cleodim 91,7%, Glifosato 93,7%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético
(2,4-D) 93,7% e Dicloreto de Paraquate 94,7% de germinação dos conídios.

Palavras-Chave: Agroquímicos; Bioinseticida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

87
Mortalidade e patogenicidade do fungo entomopatogênico
Beauveria bassiana em formigas do gênero Atta sp. em condições
de labo
Simone C.S. Moraes; Walter V. Cunha; Elisa Q. Garcia;
Centro Universitário de Patos de Minas

As formigas cortadeiras (Atta sp.) são consideradas pragas por serem responsáveis
pela desfolha de diversas espécies vegetais. E, portanto, a busca por alternativas
que auxiliem no controle desta praga, como o controle biológico, tem sido alvo de
pesquisas. Diante disto, este estudo teve como objetivo avaliar a mortalidade e
patogenicidade do fungo Beauveria bassiana no controle de formigas do gênero Atta
sp. em condições de laboratório. Foi utilizado o isolado do fungo B. bassiana ESALQ
PL63 do Laboratório de Genética e Biotecnologia do Centro Universitário de Patos
de Minas. As formigas do gênero Atta sp. foram coletadas em um ninho em uma
área de pastagem no município do Carmo do Paranaíba (MG). Para o bioensaio,
utilizamos cinco tratamentos com cinco repetições e em cada repetição, 25 formigas:
T1: água destilada, T2: 5x107 conídeos/g, T3: 1x108 conídeos/g, T4: 2x108
conídeos/g, T5: 3x108 conídeos/g. Os indivíduos foram pulverizados com os
tratamentos e cada repetição foi encaminhada para câmara climatizada e mantidos a
25 ± 1°C por 10 dias. A verificação de mortalidade foi realizada diariamente e para
verificar a eficiência do tratamento consideramos a mortalidade acima de 70%. Para
avaliar a patogenicidade, as formigas mortas foram mantidas em câmara climatizada
por mais cinco dias para observar a esporulação do fungo B. bassiana. Os
resultados mostraram que a partir de T3 (T3, T4 e T5), as doses se mostraram
eficientes (mortalidade acima de 70% no 3º dia). Além disso, segundo os testes de
patogenicidade, foi observado o crescimento de conídeos de B. bassiana nos
cadáveres de Atta sp.. Este resultado indica que B. bassiana foi responsável pela
mortalidade dos indivíduos de Atta sp. neste bioensaio. Portanto, B. bassiana é
eficiente no controle de soldados de Atta sp. na dosagem de 1x108 conídeos/g em
laboratório. Entretanto, há necessidade de se testar esta dosagem em campo.

Palavras-Chave: bioensaio; controle biológico; saúva

Apoio Institucional: Centro Universitário de Patos de Minas

88
Cordyceps javanica Associado a Inseticidas Químicos para o
Controle de Bemisia tabaci MEAM1 (Hemiptera: Aleyrodidae) em
Soja
Enio do N. Santos; Heloiza A. Boaventura; José Francisco A. e Silva; Eliane D.
Quintela
Faculdade Uni-Anhanguera, Embrapa Arroz e Feijão

Bemisia tabaci MEAM1 (Genn.1889) (Hemiptera: Aleyrodidae) causa danos diretos


(sucção da seiva e injeção de toxinas) e indiretos (excreção de substância
açucarada que favorece o desenvolvimento da fumagina e pela transmissão de
vírus) em soja. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de Cordyceps javanica
em associação com inseticidas químicos no controle de ninfas de B. tabaci em
condições de campo. O experimento foi conduzido na área experimental da
Embrapa Arroz e Feijão de fevereiro a março de 2018. Os tratamentos avaliados
foram: Testemunha (Água+Silwet); C. javanica 1×1012 conídios/ha sozinho; os
inseticidas químicos flupiradifurona, ciantraniliprole, espiromesifeno (500mL/ha) e
piriproxifeno (250mL/ha) sozinhos ou em associação com o fungo. O delineamento
foi em blocos casualizados com quatro repetições e parcelas de 12,5m2. O
pulverizador foi o costal pressurizado a CO2 com barras tipo “Drop Leg” (de baixo
para cima). As avaliações de ninfas vivas e mortas foram realizadas antes da
pulverização e após 7, 14 e 21 dias em 15 folíolos/parcela. Após as avaliações dez
folíolos de cada parcela foram mantidos em B.O.D. para confirmação da mortalidade
das ninfas pelo fungo. O número de ninfas vivas reduziu com as avaliações em
todos os tratamentos, sendo observada alta taxa de parasitismo das ninfas pelos
parasitoides Eretmocerus sp. e Encarsia sp. (≤62,6% parasitismo). Após 21 dias o
número de ninfas mortas foi significativamente maior nos tratamentos com fungo
sozinho e fungo+espiromesifeno em relação a testemunha. Somente a mistura
fungo+piriproxifeno reduziu o número de ninfas infectadas por C. javanica em
relação ao tratamento com fungo sozinho em todas as datas. A mortalidade total de
ninfas variou de 70,6 a 86,7% para os tratamentos com fungo sozinho ou em
combinação com os inseticidas. Devido a alta taxa de parasitismo, não foi possível
verificar o efeito da combinação do C. javanica com os inseticidas químicos no
controle de ninfas de B. tabaci.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; Mosca branca; Glycine max

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand

89
Seletividade de produtos biológicos a pupas de Trichogramma
pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae)
Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F.
Bueno; Pedro M. O. J. N.
Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de entomopatógenos a pupas do


parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera:
Trichogrammatidae) em laboratório, utilizando o protocolo proposto para estudos de
seletividade de inseticidas a Trichogramma cacoeciae pela Organização
Internacional de Organismos Benéficos para o Controle Biológico (IOBC). Os
entomopatógenos avaliados foram: Baculovirus anticarsia (Baculovirus AEE®),
Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), Bacillus thuringiensis var. aizawai
(Agree®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana
(Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum
(Trichodermil®). Como testemunhas utilizou-se água (testemunha seletiva) e
clorpirifós (testemunha nociva). Cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella
foram oferecidas às fêmeas de T. pretiosum recém-emergidas, para oviposição 24 h.
Em seguida, essas cartelas foram transferidas para tubos de vidro (2,5 cm de Ø× 8
cm de altura) até a aplicação dos tratamentos. Os entomopatógenos e as
testemunhas foram pulverizados sobre os ovos parasitados de A. kuehniella e as
cartelas tratadas foram inseridas em gaiolas até a emergência dos adultos. Após a
emergência dos adultos, novos ovos de A. kuehniella foram oferecidos as fêmeas
para parasitismo. Os parâmetros avaliados foram viabilidade das pupas pulverizadas
e viabilidade do parasitismo. Os entomopatógenos pulverizados não causaram
efeitos nocivos à viabilidade das pupas de T. pretiosum ou sobre o parasitismo da
próxima progênie sendo, portanto, classificados como inócuos (seletivos). Apenas o
inseticida clorpirifós foi classificado como nocivo. Sendo assim, T. pretiosum e os
entomopatógenos testados podem ser associados com sucesso no manejo
integrado de pragas (MIP), já aplicações de clorpirifós devem sempre evitadas
quando possível pelo seu efeito nocivo.

Palavras-Chave: Controle biológico; Entomopatógenos; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

90
Metodologia de Separação por Ludox e Purificação de Esporos e
Cristais de Bacillus thuringiensis var. Kurstaki
Fernando M. L. Souza; Ubiraci G. P. Lana; Kees van Frankenhuyzen; Fernando
H. Valicente
Embrapa Milho e Sorgo

Compreender o papel do esporo de Bacillus thuringiensis (Berliner, 1915) é


fundamental para os estudos do seu modo de ação. O objetivo deste trabalho foi
adaptar o método Ludox de separação dos esporos e cristais do Bt. A cepa Bt var.
kurstaki (HD1) foi crescida em LB sólido por 72 h, transferida para frascos com 200
mL de solução (0,1 mol/L Tris base, 1 mol/L NaCl, 10 mmol/L EDTA, 0,02 % NaN3,
0,01 % Triton, pH 7,2) e agitados por 15 min. iormente, centrifugados por 15 min a
15000 rpm e descartado o sobrenadante. Isso foi repetido até a massa celular ficar
esbranquiçada. Foram adicionados 100 mL de água, 1 g de lisozima e 1 mL de 1 %
Triton, assim obtendo o crude. Em tubos de 17 mL foi adicionado 8 mL de Ludox
HS-40 (Sigma®; pH ajustado para 8) diluído em 55 % e abaixo 4 mL 65 %, formando
dois gradientes. Foi acrescentado 4 mL do crude sobre o Ludox e centrifugados a
8000 xg por 30 min a 24 °C (Hitachi: Himac CP80β, SW 28) formando 5 camadas,
sendo a 3ᵃ camada os esporos e a 5ᵃ camada (pellet) os cristais. Para obter 100 %
de pureza os esporos foram centrifugados por 15 min a 10000 rpm, o pellet
ressuspendido em 10 mL de 0,05 % NaOH (pH 12) e incubados por 1 h, iormente,
centrifugados e ressuspendidos em 20 mL de água. A concentração foi de 2,7 x
10^8 esp/mL, determinada por Câmara de Neubauer. Os cristais foram centrifugados
a 10000 rpm por 10 min. Os pellets foram ressuspendidos em 15 mL de 0,2 M CAPS
(pH 10,5) e incubados a 175 rpm por 24 h. Após, foram centrifugados por 5 min a
8000 rpm e o sobrenadante filtrado utilizando 0,2 µm acrodisco. Através do Método
de Bradford e SDS Page foi identificado o perfil de proteínas dos cristais
solubilizados e confirmação da purificação dos esporos. A concentração de
proteínas Cry foi determinada pelo software Quantity One da Bio-Rad (versão 4.4)
resultando em 400 ng/µL. Estes resultados sugerem que a adaptação da
metodologia foi satisfatória possibilitando estudos mais aprofundados do modo de
ação do Bt.

Palavras-Chave: controle biológico; Cry; modo de ação

Apoio Institucional: Capes; Embrapa Milho e Sorgo

91
Idade Larval e Temperatura para Sistemas de Produção de
Baculovirus spodoptera (SfMNVP) Utilizando Droplet Feeding
Method
Fernando M. L. Souza; Frank C. Salvato; Fernando H. Valicente;
Embrapa Milho e Sorgo

Os sistemas de produção de baculovírus visam obter alta concentração de corpos


de inclusão poliédrica (pib) em um curto período de tempo, assim, resultando em
economia no processo. Desse modo, o objetivo deste estudo foi identificar a idade
larval de Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) e a
temperatura de acondicionamento que resultam em aumento da mortalidade e
número de pib. O bioensaio foi conduzido utilizando Droplet Feeding Method (0,25
µL) e concentração de 1,14 x 10^5 pib/larva de Baculovirus spodoptera (SfMNVP) -
Isolado 6 NR purificado por gradiente de sacarose. Larvas de S. frugiperda com 6 e
7 dias após eclosão foram inoculadas e mantidas a 25 °C e 26 °C. A cada 24 h,
durante 12 dias, as larvas mortas foram coletadas, pesadas e determinado o número
de pib. Larvas de 6 dias apresentaram maior mortalidade a 25 °C (100 %) do que a
26 °C (93,75 %), enquanto larvas de 7 dias apresentaram 25 % e 50 % de
mortalidade, respectivamente. Larvas de 6 dias apresentaram maior mortalidade por
coleta após 7 dias da inoculação (62,5 %) e larvas de 7 dias após 8 dias da
inoculação (31,25 %), ambas a 26 °C. O peso médio das larvas de 7 dias foi maior,
resultando em 0,11825 g a 25 °C e 0,12181 g a 26 °C. Adicionalmente, larvas de 7
dias apresentaram maior valor médio de pib/larva, 1,6 x 10^9 pib/larva a 25 °C e 26
°C. Quando somados os valores de pib de todas as larvas coletadas por tratamento,
larvas de 7 dias resultaram em maior valor de pib total (1,3 x 10^10) a 26 °C e larvas
de 6 dias (9,5 x 10^9) a 25 °C. Portanto, esses dados sugerem que larvas de S.
frugiperda com 6 dias após eclosão aumentaram a mortalidade a 25 °C. No entanto,
apesar da baixa mortalidade, larvas de 7 dias a 26 °C resultaram em maior peso
médio, valor médio de pib/larva e valor de pib total. Desse modo, sugere-se testar
diferentes concentrações de inoculação, todavia, estes resultados são relevantes
para os estudos da otimização da produção de baculovirus em larga escala.

Palavras-Chave: Alimentação por micro-gotas; controle biológico; Spodoptera


frugiperda

Apoio Institucional: Capes; Embrapa Milho e Sorgo

92
Fungos entomopatogênicos contra Disonycha glabrata (Fabricius,
1775) (Chrysomelidae: Alticinae)
Erick Johnson da Silva Cruz; Gabriel Silva Magalhães Andrade; Luana de
Souza Cruz; Rozimar de Campos Pereira
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

As vaquinhas são insetos da Família Chrysomelidae com grande diversidade e


ampla distribuição no continente americano. A maioria das espécies é oligófaga ou
polífaga tendo entre seus hospedeiros muitas plantas cultivadas. O gênero
Disonycha é ainda pouco conhecido. Este trabalho teve como objetivo avaliar, em
condições de laboratório, os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Bals.)
Vuill. (Boverril®) e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorok. (Metarril®) no controle
de Disonycha glabrata. Foram realizados bioensaios para avaliar a patogenicidade,
virulência e produção de conídios em cadáveres dos insetos. As suspensões de
conídios foram preparadas com água destilada esterilizada contendo Tween 80 a
0,01% 1,0 x 106; 1,0 x 107; 1,0 x 108 e 1,0 ×109 conídios.mL-1, além da testemunha
(água destilada + Tween 0,01%). Insetos adultos foram coletados e levados ao
Laboratório de Entomologia Florestal. Para cada isolado usou-se 10 repetições, com
quinze insetos. Nas placas foram colocadas papel filtro esterilizado e sob este
algodão umedecido com uma folha de guanxuma. A folha foi pulverizada com 1 mL
da suspensão de cada tratamento. A mortalidade foi verificada diariamente. Os
dados foram submetidos à análise de variância, pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05).
Insetos mortos por M. anisopliae e B. bassiana foram colocados em placas de Petri
individualizados, mantidos em BOD a 26±1°C e UR de 80±10%, examinados
diariamente para avaliar a presença de micélio e a esporulação. Os dois fungos se
mostraram eficientes pois promoveram alta mortalidade (média de 78,6%) nos
quatro primeiros dias após a inoculação. M. anisopliae apresentou maior capacidade
de esporular nos cadáveres das vaquinhas, sendo mais patogênico (mortalidade de
87,8% e virulento (T50= 1,6 dias) seguido pelo fungo B. bassiana que causou 79%
de mortalidade nos primeiros três dias após a inoculação. B. bassiana e M.
anisopliae mostraram-se patogênicos a adultos de D. glabrata, sendo promissores
agentes de controle microbiano para esta praga.

Palavras-Chave: vaquinha; desfolhador; controle biologico

Apoio Institucional: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

93
Entomopathogenic nematodes on Apis mellifera L. (Hymenoptera:
Apidae) bees longevity
Gabriela Libardoni; Raiza Abati; Amanda R. Sampaio; Fernanda Colombo;
Rodrigo A. Maciel; Bruna Guide; Fabiana M. C. Maia; Pedro J. O. Neves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Universidade Estadual de Londrina

Africanized Apis mellifera is considered an important insect pollinator, increasing the


productivity of several crops when present. But, each year the number of bees is
decreasing due to the intense use of synthetic pesticides, but little is known about the
effects of biological control agentes on bees. Thus, the objective of this work was to
evaluate the effect of entomopathogenic nematodes on Africanized A. mellifera
workers’ longevity. Seven treatments were used: Heterorhabditis amazonenses,
Heterorhabditis bacteriophora, Heterorhabditis indica, Steinernema carpocapsae,
Steinernema feltiae e Steinernema rarum, at the recommended concentration (100
infective juveniles per cm2-J1 / cm2) and as control autoclaved distilled water was
used. For this, two bioassays were performed: 1) Spraying the nematodes on the
workers and 2) Spraying the nematodes in glass plates, in which the bees remained
for two hours. Each treatment consisted of five replicates with 20 bees each. The
bees were kept in PVC cages (20x10cm) covered with voile and supplied pieces of
cotton soaked in water and candy paste. The cages were kept in a heated room (27
± 2 ° C, 60% ± 10%, 12 h) and the mortality was evaluated for one to 240 hours. In
the bioassay 1 the three treatments with Steinernema nematodes reduced workers’
longevity (103.9, 96.3 and 99.6 hours) when compared to treatments with
Heterorhabditis (149.7, 126.8 and 134.7 hours), of which only H. amazonenses
(149.7 hours) did not differ from the control (166.0 hours). In the bioassay 2 all
treatments reduced the longevity of the bees (155.4 to 93.9 hours) relative to the
control (176.1 hours). The entomopathogenic nematodes, especially Heterorhabditis,
need to be tested in other methodologies and in different times of exposure and
application, because in the laboratory they were less selective to A. mellifera.

Palavras-Chave: africanized bee; Steinernema sp.; Heterorhabditis sp.

Apoio Institucional: CNPQ

94
Does commercial entomopathogenic fungi interfere on the
longevity of Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) bees?
Gabriela Libardoni; Raiza Abati; Amanda Sampaio; Fernanda Colombo;
Rodrigo A. Maciel; Gabriela V. Osowski; Pedro J. O. Neves; Fabiana M. Costa-
Maia
Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Universidade Estadual de Londrina

The entomopathogenic fungi are being increasingly studied and applied in pest
control because they are considered safer when compared to synthetic phytosanitary
products. Thus, the objective was to evaluate commercial entomopathogenic fungi on
africanized Apis mellifera workers’ longevity, which are non target insect, but may be
affected. For this, four fungus products were used: Product A (Beauveria bassiana),
Product B (Isaria fumosorosea), Product C (Metarhizium anisopliae) and Product D
(Trichoderma harzianum). The commercial dosage recommended by the
manufacturer was used for all products. The control was composed of autoclaved
distilled water. Three bioassays were performed: B1) the products were incorporated
into the diet which was composed of Candy paste; B2) the products were sprayed
on the bees and B3) the products were sprayed in glass plates (15 cm in diameter x
1,5 cm in height) where the bees remained for two hours. Five replicates were
performed and each replicate counted on 20 bees, which were allocated in PVC
cages (20x10 cm), being supplied candy paste and cotton soaked in water. The
cages were kept in a heated room (27 ± 2 ° C, 60% ± 10%, 12 h) and the longevity
was evaluated from one to 240 hours. It was verified that Product A decreased the
bees’ longevity in bioassay 1 (146.4 hours) and 3 (128.4 hours) when compared to
respective controls (185.6 hours and 184.4, respectively). In the bioassay 2, only
Product B reduced the bees’ longevity (98.5 hours) in relation to the control (164.6
hours). The Product A reduced bees’ longevity in B1 and B3, while Product B
decreased longevity in B2. The commercial fungi B. bassiana and I. fumosorosea
interfere in A. melifera longevity, in this way spray tests at different times on bees of
different ages and in the field are recommended.

Palavras-Chave: Africanized bee; Selectivity; Entomopathogens

Apoio Institucional: CNPQ

95
Ocorrência natural de Beauveria bassiana sobre Cicadellidae em
plantio de pinus na cidade de Enéas Marques, Paraná-Brasil
Felipe S. Vieira; Gabriela Libardoni; Dianafaz E. Canan; Gabriela Osowski;
Everton R. Lozano; Michele Potrich
Universidade Tecnológica Federal do Paraná-Campus Dois Vizinhos

As cigarrinhas são consideradas insetos praga em diversas culturas agrícolas e


florestais, além de serem insetos sugadores, apresentam a capacidade de transmitir
doenças às plantas atacadas. O presente trabalho teve como objetivo identificar o
fungo com ocorrência natural em cigarrinhas (Hemiptera: Auchenorrhyncha) da
família Cicadellidae em um plantio de pinus na cidade de Enéas Marques, PR. A
coleta de insetos foi realizada na cidade de Enéas Marques em plantio de Pinus
taeda L. com 11 anos de idade. Para a coleta utilizaram-se cartões adesivos
amarelos, com dimensões de 12,5x10cm, distribuídos em 10 hectares. Os cartões
foram instalados no plantio de forma equidistante, a cada 100m, sendo 2 cartões por
ponto, um na linha e outro na entre linha de plantio, fixados com barbante branco a
1,80m do solo. Depois da retirada dos cartões do campo, os mesmos foram
armazenados em refrigerador a ±4ºC. Nestes observou-se cigarrinhas com a
presença de micélio envolvendo o corpo. A repicagem do fungo foi realizada em
câmara de fluxo laminar, através da raspagem do inseto com pinças para retirada do
micélio, o qual foi colocado em meio de cultura Batata-Dextrose-Agar (BDA). Após a
inoculação as placas foram vedadas com filme plástico e mantidas em câmara
climatizada (26 ±2ºC 14 h de fotofase e UR de 70 ±10%), durante sete dias. Após o
procedimento de isolamento do fungo, montaram-se lâminas de identificação e
registros fotográficos foram gerados. Identificou-se o fungo, como sendo Beauveria
bassiana (Bals. Vuill) (Ascomycetes Clavicipitaceae). Verifica-se que o controle
biológico por fungos entomopatogênicos, como B. bassiana, ocorre de forma natural
e espontânea em florestas de Pinus no sudoeste do Paraná. Este controle favorece
um equilíbrio de pragas secundárias, como as cigarrinhas, as quais não têm um
protocolo de controle específicos nesta cultura.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; Pinus taeda; Cartão Adesivo

96
Produção in vivo de Heterorhabditis sp. (Isolado UENP03) em
diferentes hospedeiros
Gabriela S. Doneze; Douglas M. Cecconello; Jessica Moura da Silva; Denis W.
de Albuquerque; Jael Simões Santos Rando; Laila Herta Mihsfeldt; Viviane S.
Alves
UENP

O isolamento de nematoides entomopatogênicos nativos é um passo importante no


uso desses agentes em programas de Controle Biológico, pois isolados autóctones
em geral apresentam maior potencial de controle de pragas. No entanto, para o uso
efetivo desses isolados é necessário que existam informações sobre sua ecologia,
biologia e comportamento e a capacidade de produção, pois isolados com boa
capacidade de produção podem otimizar a realização de estudos e reduzir os custos
e o tempo dedicado. Este trabalho teve como objetivo, avaliar a capacidade de
produção in vivo do nematoide Heterorhabditis sp. Isolado UENP03 em lagartas de
último instar de Galleria mellonella Linnaeus, 1756 (Lepidotera: Pyralidae) e
TenebriomolitorLinnaeus, 1758 (Coleoptera:Tenebrionidae). Para tanto, as lagartas
foram pesadas e em grupos de 10 insetos, foram alocadas em placas de Petri
contendo duas folhas de papel filtro. Em seguida, o nematoide foi inoculado na
concentração de 100 Juvenis Infectantes (JIs)/cm2, e as placas mantidas em câmara
climática a 25ºC±1, no escuro por um período de três dias para verificação da
sintomatologia. As lagartas com sintomatologia característica, foram colocadas em
placas limpas com papel filtro seco por mais cinco dias. Após esse período, as
lagartas infectadas foram transferidas para armadilha de White para que ocorresse a
emergência dos JIs na água. As coletas de JIs foram realizadas diariamente,
contados do início da produção até o final dela (até o esgotamento das lagartas). O
total de JIs/dia foi quantificado e os dados foram submetidos a Análise de Regressão
pelo programa Excel para determinação da curva de produção e da equação
referente a produção. Houve diferença de produção entre os dois hospedeiros
utilizados, sendo que a produção em G. mellonella foi superior a produção em T.
molitor, com valores de 1,0x106 e 0,9x106 respectivamente. O pico de produção em
G. mellonella aconteceu entre o 2º e 3º dia, enquanto em T. molitor, o pico ocorreu
no 5º dia. Sendo assim, a G. mellonella apresentou maior produçao de JIs.

Palavras-Chave: Nematoides Entomopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária

97
Eficiência do baculovírus no controle de Errinyis ello L., 1758
(Lepidoptera: Sphingidae), em dois de tempos de armazenamento
Gabriele Larissa Hoelscher; Leidiane Coelho Carvalho; Claudecir Castilho
Martins; Letícia Delavalentina Zanachi; Amanda Cecato Favorito; Vanessa
Exteckoetter; William Ribeiro De Carvalho; Vanda Pietrowski
UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O mandarová-da-mandioca (Errinyis ello) é uma importante praga na cultura da


mandioca. Seu ataque é esporádico, porém quando ocorre devido sua grande
capacidade de consumo foliar, pode dizimar a lavoura em poucos dias, se não
controlada. O baculovírus tem sido uma importante ferramenta para controle desta
lagarta, aliado ao fato de ser um produto biológico e seletivo, preservando assim os
inimigos naturais. Porém apresenta como desvantagem a necessidade de manter o
vírus congelado ou sob refrigeração, o que dificulta sua aplicação a campo.
Contudo, sua mistura com caulin, permitindo uma formulação em pó, com maior
tempo de prateleira, tem se mostrado viável. Com isso, o objetivo deste trabalho foi
verificar a eficiência do vírus formulado em caulin com diferentes tempos de
prateleira. O experimento foi realizado com três tratamentos T1(testemunha), T2
(vírus formulado em 2015) e T3 (vírus formulado em 2018), em delineamento
inteiramente ao acaso, com 100 repetições, sendo cada repetição um pote com uma
lagarta de 2º instar. Os tratamentos foram aplicados em lavoura comercial na dose
de 40g/ha com volume de calda de 150L/ha, por meio de equipamento costal
pressurizado com CO2. Após a aplicação foram coletadas as folhas de cada parcela,
levadas ao Laboratório de Entomologia da Unioeste, e oferecidas para as lagartas,
de acordo com seu respectivo tratamento. Este procedimento foi realizado
diariamente até o fim das avaliações (morte ou empupamento das lagartas). Os dois
formulados apresentaram resultados estatisticamente superiores (5%) à testemunha.
O formulado T2 apresentou taxa de mortalidade de 92% e para o T3 esta taxa foi de
79%. A diferença entre os formulados provavelmente seja em virtude da qualidade
das lagartas coletadas a campo e utilizadas na formulação nos diferentes anos.
Sendo assim, o baculovírus formulado em caulin apresentou um bom tempo de
prateleira e passa a ser uma importante ferramenta no manejo integrado de pragas
na cultura da mandioca.

Palavras-Chave: controle biológico; EreIVG; Manihot esculenta

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES)

98
Persistência de Cordyceps javanica e eficiência de controle de
Bemisia tabaci em intervalos de aplicações de fungicidas
Gabriella de A. Godoi; Letícia R. M. Alves; Sara A. G. de Souza; Enio do N.
Santos; Heloiza A. Boaventura; José Francisco Arruda e Silva; Eliane Dias
Quintela
Unievangélica Av. Universitária Km. 3,5 - Cidade Universitária, 75083-515 Anápolis -

GO, Brasil

Cordyceps javanica tem se mostrado eficiente no controle de ninfas de Bemisia


tabaci MEAM1 a campo, mas os fungicidas aplicados na soja para o controle da
ferrugem podem afetar sua eficiência e persistência. O objetivo deste trabalho foi
determinar o efeito de intervalos de aplicações de fungicidas sobre a persistência e
eficiência de conídios no controle da mosca-branca. O experimento foi conduzido em
casa telada na Embrapa Arroz e Feijão. Os tratamentos avaliados foram:
Testemunha; C. javanica sozinho; C. javanica + fungicida aplicado no mesmo dia do
fungo e após 3, 7 e 14 dias; fungicida sozinho. O isolado BRM27666 (2 × 10^7
conídios mL-1) foi pulverizado sobre ninfas de 2º instar (parte inferior das folhas)
com aerógrafo manual e o fungicida trifloxistrobina + protioconazol (400 mL ha-1)
com pulverizador convencional (parte superior das folhas). Avaliou-se a mortalidade
das ninfas e persistência dos conídios em um folíolo de cada repetição (5 repetições
/tratamento) aos 3, 5, 7, 10, 12, 14 e 16 dias após a aplicação. Para avaliar a
persistência dos conídios um círculo de 3,5 cm de cada folíolo foi transferido para
Erlenmeyer com 50 mL de Tween 80 a 0,01%. Após agitação, 100 µL de cada
suspensão foram transferidos para meio de aveia contendo antibiótico e dodine, e as
unidades formadoras de colônias (UFC’s) avaliadas após 5 dias. A persistência dos
conídios não foi afetada pela aplicação do fungicida nos diferentes intervalos. Já a
mortalidade de ninfas reduziu significativamente quando o fungo foi aplicado no
mesmo dia do fungicida em comparação ao fungo sozinho ou fungo + fungicida aos
3, 7 e 14 dias. A partir do 4º dia observou-se redução significativa nas UFC’s, mas
no 9º dia, devido à esporulação do fungo nas ninfas, as UFC’s aumentaram
significativamente. Nossos resultados mostram que este fungicida deve ser aplicado
preferencialmente sete dias após a pulverização do fungo.

Palavras-Chave: Mosca-branca; Controle biológico; Fungo entomopatogênico

Apoio Institucional: Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO) e


Lallemand (Patos de Minas, MG)

99
Beneficial fungi for promoting biocontrol in cassava: ecostacking
prospects for the management of cassava pests
Hokkanen HMT; Menzler-Hokkanen I; Nasruddin AD
University of Eastern Finland

The cassava mealybug Phenacoccus manihoti has become a serious threat to


cassava around the world after invading the crop. In most regions, classical
biocontrol has successfully been used to control the pest. Many other pests threaten
the cassava crop, including several species of mites and whiteflies. One of the most
recent invasions by P. manihoti has taken place in the province of South Sulawesi,
Indonesia – an important producer of cassava. During the past three years, all
surveyed cassava plantations in the province were infested by mealybugs (P.
manihoti, Pseudococcus jackbeardsley, Ferrisia virgata) with different levels of
infestation. In some locations, cassava plants were almost totally destroyed by the
mealybugs. Stake treatments with the persistent insecticide thiametoxam - standard
practice in many countries - provides some control of the insect, but may lead to
environmental and other problems if used widely and continuously. We have isolated
several species of beneficial fungi from naturally infected mealybugs, and have
obtained highly encouraging results by spraying the plants with them. The most
effective fungus was a Fusarium sp., providing over 70% control and 62% infection
rate of the insects within 6 weeks, compared with untreated plants. As further
components of “ecostacking” (see Hokkanen 2017, Hokkanen & Menzler-Hokkanen
2018), we have studied the effects of beneficial soil inoculants on plant growth,
production of extrafl nectaries, and population development of the cassava mealybug
and spider mites (Tetranychus urticae) in the greenhouse. We used six inoculation
treatments: Trichoderma harzianum, Glomus spp.(Symbio™), Beauveria bassiana,
Metarhizium robertsii, Control 1 with mealybugs, and Control 2 without mealybugs.
Plants grown in soil treated with Metarhizium robertsii grew best (relative to untreated
control without mealybugs), had fewer spider mites and mealybugs, and produced
the highest number of extrafl nectaries. Second best treatment was with the
mycorhizal fungus Glomus spp. Field validation of these results is in progress. We
conclude that ecostacking techniques can be successfully employed to control
cassava mealybugs and other pests in South-East Asia. This may include several
techniques, including parasitoid releases, soil inoculation or stake treatment with
beneficial microbes, and direct spray treatment with mealybug pathogenic fungi.
Enhancement of the impact of natural enemies such as parasitoids and predators via
stimulation of the production of extrafl nectaries remains to be studied, but appears
as a promising addition to the ecostacking techniques on cassava.The cassava
mealybug Phenacoccus manihoti has become a serious threat to cassava around the
world after invading the crop. In most regions, classical biocontrol has successfully
been used to control the pest. Many other pests threaten the cassava crop, including

100
several species of mites and whiteflies. One of the most recent invasions by P.
manihoti has taken place in the province of South Sulawesi, Indonesia – an important
producer of cassava. During the past three years, all surveyed cassava plantations in
the province were infested by mealybugs (P. manihoti, Pseudococcus jackbeardsley,
Ferrisia virgata) with different levels of infestation. In some locations, cassava plants
were almost totally destroyed by the mealybugs. Stake treatments with the persistent
insecticide thiametoxam - standard practice in many countries - provides some
control of the insect, but may lead to environmental and other problems if used
widely and continuously. We have isolated several species of beneficial fungi from
naturally infected mealybugs, and have obtained highly encouraging results by
spraying the plants with them. The most effective fungus was a Fusarium sp.,
providing over 70% control and 62% infection rate of the insects within 6 weeks,
compared with untreated plants. As further components of “ecostacking” (see
Hokkanen 2017, Hokkanen & Menzler-Hokkanen 2018), we have studied the effects
of beneficial soil inoculants on plant growth, production of extrafl nectaries, and
population development of the cassava mealybug and spider mites (Tetranychus
urticae) in the greenhouse. We used six inoculation treatments: Trichoderma
harzianum, Glomus spp.(Symbio™), Beauveria bassiana, Metarhizium robertsii,
Control 1 with mealybugs, and Control 2 without mealybugs. Plants grown in soil
treated with Metarhizium robertsii grew best (relative to untreated control without
mealybugs), had fewer spider mites and mealybugs, and produced the highest
number of extrafl nectaries. Second best treatment was with the mycorhizal fungus
Glomus spp. Field validation of these results is in progress. We conclude that
ecostacking techniques can be successfully employed to control cassava mealybugs
and other pests in South-East Asia. This may include several techniques, including
parasitoid releases, soil inoculation or stake treatment with beneficial microbes, and
direct spray treatment with mealybug pathogenic fungi. Enhancement of the impact
of natural enemies such as parasitoids and predators via stimulation of the
production of extrafl nectaries remains to be studied, but appears as a promising
addition to the ecostacking techniques on cassava.

Palavras-Chave: ecostacking; cassava; Phenacoccus manihoti

Apoio Institucional: Universitas Hasanuddin

101
Persistência de conídios de Cordyceps javanica em folhas de soja
sob diferentes métodos e horários de pulverização
Heloiza A. Boaventura; Enio do N. Santos; José Francisco A. Silva; Eliane D.
Quintela
¹Mestranda em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Av. Esperança, s/n -

Chácaras de Recreio Samambaia, 74690-900, Goiânia, GO, Brasil. Email:

boaventuraheloiza@gmail.com ²Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia a Nova

Veneza km 12 Zona Rural Caixa Postal 179, 75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO,Brasil

Um dos fatores que afeta a eficiência de entomopatógenos está relacionado a


persistência dos conídios no campo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
persistência dos conídios de Cordyceps javanica BRM 27666 comparando métodos
e horários de pulverização. O fungo não formulado (NF) e nas formulações pó
molhável (WP) e granulado (WG) (1×10¹² conídios/ha) foi aplicado em folhas de soja
com pulverizador costal pressurizado a CO2. Foram comparadas duas barras de
pulverização: “Drop Leg” (DP) (pulveriza de baixo para cima) e barra de metal
regular (B). Os tratamentos avaliados foram: Barra DP e B (sem fungo); Barra DP e
B (NF); Barra DP e B (WP); Barra DP e B (WG). O delineamento foi em blocos
casualizados com 4 repetições e parcelas de 5 m². A persistência dos conídios foi
avaliada em 10 folíolos/parcela coletados às 0, 8, 24 e 48 horas e às 0, 16, 24 e 48
horas após aplicação pela manhã e à tarde, respectivamente. Os folíolos foram
cortados com cilindro de 2,5 cm e transferidos para Erlenmeyer com 50 mL de
Tween 80 a 0,01% e agitados por 5 minutos em agitador orbital. Foi plaqueado 100
µL da suspensão, original ou diluída, em placa com meio de aveia contendo
antibiótico+dodine e mantidas em B.O.D (26°C 80-90% UR 12 h fotofase) por 5 dias
quando foram realizadas as contagens das unidades formadoras de colônia (UFC’s).
Maior UFC’s foram recuperadas em WP quando pulverizado com a barra B. A
persistência dos conídios foi maior quando o fungo foi aplicado após às 17 h,
independente da formulação e forma de aplicação. No período da manhã e tarde, as
UFC’s foram maiores quando o fungo foi pulverizado com a barra B (distribuição
mais uniforme das suspensões) em comparação a DP. Com isso, recomenda-se que
as pulverizações com C. javanica formulado ou não sejam realizadas no período da
tarde (menor incidência de radiação solar e temperaturas mais amenas). Entretanto,
recomenda-se o uso da barra “Drop leg”, pois como o fungo atua por contato é
imprescindível que atinja o alvo.

Palavras-Chave: fungos entomopatogênicos; pulverizadores; eficiência de controle


Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas – MG)

102
Uso de fungos associados ao Bacillus methylotrophicus no
controle de pragas e doenças da alface
Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Paula Alves Silveira de Rensis; Leandro
Pires de Araújo Júnior; Arthur Pontes Carneiro; Fernanda Rodrigues da Silva;
Marta Maria Rossi; Alexandre de Sene Pinto
Centro Universitário Moura Lacerda

A cultura da alface (Lactuca sativa L.) (Asteraceae) é atacada por diversas pragas e
doenças e o controle é feito com agrotóxicos, mesmo em áreas urbanas. Esse
trabalho teve por objetivos avaliar o controle de pragas e doenças por
aplicações foliares e no sulco de plantio dos fungos entomopatogênicos Metarhizium
anisopliae cepa IBCB425 e Beauveria bassiana cepa IBCB66 (ambos 300 g p.c. no
sulco de plantio e 200g p.c. ha-1 na parte aérea, em aplicações semanais)
juntamente com a bactéria Bacillus methylotrophicus (6 L p.c. Ônix ha-1) na cultura
da alface plantada em associação com rúcula em horta de Ribeirão Preto, SP,
Brasil. Para as avaliações de pragas e doenças e da produtividade na colheita,
foram avaliadas 15 plantas a acaso em três canteiros por tratamento. Ocorreram
pulgões (Hemiptera: Aphidae), mosca-branca (Bemisia tabaci) (Hemiptera:
Aleyrodidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae)
e a doença septosiose, Septoria lactucae. Os fungos B. bassiana e M. anisopliae,
aplicados com B. methylotrophicus, controlaram mosca-branca, tripes e septoriose, e
não controlaram pulgões e cigarrinhas. O peso médio da matéria seca da alface foi
igual em todos os tratamentos. Não houve diferença significativa entre os fungos e a
testemunha quanto ao número médio de folhas por planta, mas na terceira avaliação
a B. bassiana proporcionou menor porcentagem média de folhas doentes e com
sinais de ataque de pragas, na quarta data de avaliação, o fungo M. anisopliae
mostrou o menor valor e diferiu estatisticamente da testemunha, já na última
avaliação não existiam mais plantas doentes nos tratamentos com fungos, diferindo
significativamente da testemunha, que estava completamente comprometida. Pelo
motivo dos dois fungos terem mostrado eficácia no controle dessa doença, fica a
dúvida se não foi a bactéria Bacillus methylotrophicus aplicada junto aos fungos que
controlou a doença. Novos ensaios deverão testar os fungos isoladamente.

Palavras-Chave: Controle microbiano

Apoio Institucional: CUML

103
Uso dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae no
controle de pragas e doenças da rúcula (Eruca vesicaria)
Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Paula Alves Silveira de Rensis; Leandro
Pires de Araújo Júnior; Rodolfo Pontes Carneiro; Eric Novato de Souza; Marta
Maria Rossi; Alexandre de Sene Pinto
Centro Universitário Moura Lacerda

As plantas da rúcula (Eruca vesicaria L.) (Brassicaceae) têm a produtividade


comprometida pelo ataque de pragas e doenças e o controle é feito quase que
exclusivamente com produtos químicos, até em áreas urbanas. Esse trabalho teve
por objetivos avaliar o controle de pragas e doenças por aplicações foliares
sistemáticas dos fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae cepa IBCB425 e
Beauveria bassiana cepa IBCB66 (ambos 300 g p.c. no sulco de plantio e 200 g p.c.
ha-1 na parte aérea, em aplicações semanais) juntamente com a bactéria Bacillus
methylotrophicus (6 L p.c. Ônix ha-1) na cultura da rúcula plantada em associação
com alface em horta de Ribeirão Preto, SP, Brasil. Para as avaliações de pragas e
doenças e da produtividade na colheita, foram avaliadas 15 plantas ao acaso em
três canteiros por tratamento. Ocorreram pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-
branca (Bemisia tabaci) (Hemiptera: Aleyrodidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae) e
cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), sem a presença de doenças. Os fungos B.
bassiana e M. anisopliae, aplicados com B. methylotrophicus, controlaram a mosca-
branca e não controlaram pulgões e cigarrinhas. Pelo contrário, os fungos até
propiciaram o aumento significativo de pulgões na cultura. No tratamento B.
bassiana houve diminuição do número médio de folhas por planta e do peso médio
de matéria seca de plantas de rúcula em relação à testemunha, mas o tamanho da
amostra pode ter interferido nesses resultados. Os dois fungos têm potencial de uso
no controle de pragas da rúcula, mas precisam ser melhor estudados.

Palavras-Chave: Controle microbiano; Praga agrícola; Bacillus methylotrophicus

Apoio Institucional: CUML

104
Dispositivo para autoinoculação do fungo Beauveria bassiana
visando o controle da ampola da erva-mate (Gyropsylla spegazzini)
Isabela Fetter; Jaqueline S. Loeblein; Luis F. A. Alves; Priscila A. Rode;
Cristina B. Nascimento; Ana L. M. Taveira; Gabriel S. Araújo; Maria Elena
Schapovaloff
Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

A erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hil.) é uma importante cultura para o Sul do
Brasil, Argentina e Paraguai. Gyropsylla spegazziniana (Lizer & Trelles)
(Aphalaridae) popularmente conhecida como ampola da erva-mate é uma praga
relevante que ataca plantas no campo e em viveiros de mudas, deformando as
folhas novas que crescem formando galhas ou “ampolas”, onde se desenvolvem as
ninfas. Essas folhas caem, reduz o rendimento e compromete o crescimento e
formação de folhas sadias. Não há inseticidas registrados para o seu controle no
Brasil, e alternativas vêm sendo buscadas. O fungo B. bassiana Unioeste 44 foi
previamente selecionado contra o inseto e no presente estudo avaliou-se um
dispositivo para a autoinoculação do fungo em populações da ampola. Com base na
atratividade de adultos para superfícies amarelas, foram preparadas misturas de
conídios de B. bassiana Unioeste 44 e terra de diatomáceas, em diferentes
proporções. O material foi distribuído em papel de armadilha Colortrap amarelo,
contendo ou não a camada de cera emulsionável Splat®. Os dispositivos foram
testados em 2 experimentos, no interior de 1) gaiolas cilíndricas de PVC incolor (120
× 40 cm alt.) e 2) gaiola de tecido voil com armação de canos (90 × 85 × 120 cm –
A×L×C), contendo mudas de erva-mate e adultos da ampola. Na testemunha, os
dispositivos não receberam nenhum tratamento. Houve atração e infecção dos
insetos, variando entre 50 e 90% de mortalidade confirmada, sendo mais expressiva
nos dispositivos contendo Splat®. A presença de Splat® promoveu maior aderência
dos conídios na superfície dos dispositivos durante seu preparo e maior viabilidade
dos conídios nos dispositivos mantidos por 21 dias em 25±2°C; U.R. 60±10% (70%
na presença de Splat® e cerca de 30% de viabilidade sem a cera). O dispositivo em
teste se mostrou eficaz, sendo necessário testá-lo em campo para atestar a
capacidade de redução da população do inseto, como uma ferramenta para o
manejo da praga.

Palavras-Chave: Controle biológico; Produção vegetal; Entomopatógenos

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda., Isca Tecnologias


Ltda.

105
Transmissão horizontal do fungo Beauveria bassiana entre
indivíduos de Gyropsylla spegazziniana em laboratório
Isabela Fetter; Jaqueline S. Loeblein; Luis F. A. Alves; Priscila A. Rode;
Cristina B. Nascimento; Ana L. M. Taveira; Gabriel Santos de Araújo;
Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Gyropsylla spegazziniana (Lizer & Trelles) (Aphalaridae) popularmente conhecida


como ampola da erva-mate é uma praga relevante para a cultura pois ataca plantas
em ervais e em viveiros de produção de mudas. O dano consiste na deformação das
folhas novas resultando na queda da produtividade e comprometimento do
crescimento e formação de folhas sadias. B. bassiana Unioeste 44 foi previamente
selecionado para o controle da ampola em pulverizações e em dispositivos para
atração-e-infecção. Considerando que tática de atração-e-infecção pode ser
otimizada pela transmissão horizontal do fungo entre indivíduos de uma população,
o presente estudo avaliou a transmissão horizontal do fungo B. bassiana Unioeste
44 entre adultos de G. spegazziniana em condições de laboratório, a partir de
insetos infectados (a) e cadáveres (b) como fonte de inóculo. Para infecção, insetos
vivos foram colocados em um recipiente com conídios do fungo. Após 1 hora, os
insetos foram transferidos para gaiolas de PVC incolor (12Ø × 40 cm alt.) contendo
uma muda de erva-mate e adultos não infectados. Os cadáveres utilizados foram
obtidos previamente conforme descrito e estavam com o corpo recoberto por
conídios do fungo. Na testemunha, foram utilizados somente insetos sadios. As
gaiolas foram mantidas em sala climatizada (25±2°C; U.R. 60±10% e 14 h de
fotofase) por 21 dias. Constatou-se a transmissão do fungo entre os indivíduos,
sendo que em ambas as estratégias de transmissão os resultados foram
significativos em relação a testemunha, com mortalidades mínimas de 54% e
máxima de 87,6%, tanto a partir de vivos infectados como de cadáveres. As
diferentes estratégias não diferiram estatísticamente entre si. Sendo assim,
demonstrou-se que o inseto apresenta elevada susceptibilidade ao fungo e se
comprovou a capacidade de transmissão horizontal entre os indivíduos, mesmo a
fonte de inóculo sendo pequena, reforçando o potencial do fungo em um dispositivo
de atração-e-infecção.

Palavras-Chave: Controle biológico; Produção vegetal; Entomopatógenos

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda.

106
Insecticidal Activity of Lepigen® (AcMNPV) against Agrotis ipsilon
Danielle A. Ferreira; Carla M. S. Oliveira; Holly J.R. Popham; Paula G. Marçon;
Janayne M. Rezende
AgBiTech Controles Biológicos Ltda, 04551-060, São Paulo, Brasil/AgBiTech Pty Ltd,CP 76155, Fort
Worth, TX, EUA

Agrotis ipsilon (Hufnagel, 1767) (Lepidoptera: Noctuidae) is considered a pest of


economic importance in many crops, attacking young plants as they emerge from the
ground. In high infestation, plant stand can be reduced by more than 50%.
Baculovirus-based insecticides could offer a highly desirable alternative control
method, given their selectivity and safety to the environment and applicators.
AcMNPV (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus) has been studied
over the years and shown to be effective against several Lepidopteran pest species.
The objective of this study was to evaluate the insecticidal activity of Lepigen®
(AcMNPV) against A. ipsilon neonate larvae in laboratory conditions. Droplet
ingestion bioassays were conducted using a completely randomized design. A total
of 30 larvae were used per treatment and bioassays were repeated on different
dates. For each bioassay, a total of 6 doses were used: untreated control, 1x10^5,
1x10^6, 1x10^7, 1x10^8 and 1x10^9 occlusion bodies per mL (OB.mL-1). Larval
mortality was assessed daily for 9 consecutive days post-ingestion of the solution
droplets. Mortality data were analyzed using Probit and survival curves were
generated using the Kaplan-Meier method. Lepigen® demonstrated good
insecticidal activity against A. ipsilon, with an LC50 value (lethal concentration to kill
50% of the tested larvae) of 1.2x10^6 (7.5x10^5–1.9x10^6) OB.mL-1. At the
concentration of 1x107 OB.mL-1, the median LT50 value (time to kill 50% of the
tested larvae) was 6 days (5.4 to 6.6 days CI95%) and100% mortality was reached 9
days post-ingestion. This study confirms the insecticidal activity of Lepigen® against
A. ipsilon under laboratory conditions, indicating its potential for inclusion in field
management programs aiming to control this pest.

Palavras-Chave: Baculovirus; cutworms; IPM

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos

107
Controle da lagarta-da-soja com Bacillus thuringiensis
Janine Palma; Aline S. Correa; Gilmar Seigel
CCGL

O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de controle de produtos a base de


Bacillus thuringiensis var. kurstaki para a lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis
Hübner (Lepidoptera: Erebidae). O ensaio foi conduzido na safra 2018/19 na área
experimental da CCGL, Cruz Alta, RS, com a cultivar BMX Ativa RR. O
delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatro repetições e cinco
tratamentos, testemunha, dois biológicos e dois químicos como controle positivo (T1.
Testemunha (sem controle); T2. Dipel (500 ml ha-1); T3 Bt Control (800 ml ha-1); T4.
Nomolt (200 ml ha-1) e T5. Avatar (400 ml ha-1). Foram realizadas duas aplicações
dos tratamentos com intervalo de sete dias entre as aplicações, realizadas nos
estádios R5.1 e R5.3. As avaliações foram realizadas contando-se o número total de
lagartas aos 3, 7 e 10 Dias Após a Aplicação (DAA). Os dados foram transformados
por raiz quadrada e submetidos a análise de variância e teste de comparação
múltipla de médias de Tukey (α=5%). A eficiência agronômica dos inseticidas foi
calculada conforme a equação de Abbott (1925). Aos 4 DAA1 e 7 DAA1 os
tratamentos biológicos e químicos apresentaram diferença estatística da testemunha
para o controle do total de lagartas, sendo que os tratamentos T2, T3 e T5
demonstraram eficiência de controle acima de 80%. O tratamento T2 alcançou 72%
de eficiência de controle. Após a segunda aplicação os tratamentos T4 e T5
apresentaram diferença estatística da testemunha e dos demais tratamentos 7
DAA2. A eficiência de controle para os tratamentos T4 e T5 foi de 100 e 91% aos 4
DAA2 e de 89 e 95% aos 7 DAA2, respectivamente. Os inseticidas a base de
Bacillus thuringiensis var. kurstaki controlaram lagartas de Anticarsia gemmatalis na
primeira aplicação, com alta porcentagem de controle.

Palavras-Chave: Anticarsia gemmatalis; entomopatógeno

Apoio Institucional: CCGL

108
Controle da lagarta falsa-medideira em soja com Bacillus
thuringiensis
Janine Palma; Aline S. Correa; Gilmar Seigel
CCGL

O objetivo do trabalho foi verificar a eficiência de controle de produtos a base de


Bacillus thuringiensis var. kurstaki em lagartas pequenas e grandes de falsa-
medideira Chrysodeixis includens Walker (Lepidoptera: Noctuidae). O ensaio foi
conduzido na safra 2018/19 na área experimental da CCGL, Cruz Alta, RS, com a
cultivar BMX Ativa RR. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com
quatro repetições e cinco tratamentos (T1. Testemunha (sem controle); T2. Dipel
(500 ml ha-1); T3 Bt Control (800 ml ha-1); T4. Nomolt (200 ml ha-1) e T5. Avatar (400
ml ha-1). Foram realizadas duas aplicações dos tratamentos com intervalo de sete
dias entre as aplicações, realizadas nos estádios R5.1 e R5.3. As avaliações foram
realizadas contando-se o número de lagartas pequenas (< 1,5 cm) e grandes (> 1,5
cm) aos 3, 7 e 10 Dias Após a Aplicação (DAA). Os dados foram transformados por
raiz quadrada e submetidos a análise de variância e teste de comparação múltipla
de médias de Tukey (α=5%). A eficiência agronômica dos inseticidas foi calculada
conforme a equação de Abbott (1925). Aos 7 DAA1 os tratamentos biológicos e
químicos apresentaram diferença estatística da testemunha para o controle de
lagartas pequenas, sendo que os tratamentos T2, T3 e T5 demonstraram eficiência
de controle acima de 80%. Após a segunda aplicação os tratamentos T2 e T5
apresentaram diferença estatística da testemunha e dos demais tratamentos aos 4
DAA2 e os tratamentos T4 e T5 aos 7 DAA2. Os tratamentos T2 e T5 apresentaram
eficiência de controle de 87.5% aos 3 DAA2 e os tratamentos T2, T4 e T5
apresentaram eficiência de controle acima de 80% aos 7 DAA2. Apenas o T5
apresentou diferença estatística para o controle de lagartas grandes. Os tratamentos
T4 e T5 atingiram eficiência de controle maior de 80% para lagartas grandes, sendo
que o T5 chegou a 100% de controle aos 7 DAA2. Os inseticidas a base de Bacillus
thuringiensis var. kurstaki controlaram lagartas pequenas de falsa-medideira.

Palavras-Chave: Chrysodeixis includens; entomopatógeno

Apoio Institucional: CCGL

109
Relation between biocontrol efficacy of Meloidogyne incognita and
the quality of bacterial based products
Jaqueline R. de Almeida; Tiago S. de Oliveira; Tiago S. Izeppi; Letícia M.
Lamana; Maria I. S. Comparin; Rodolfo A. Zapparoli; Lars Moelbak;
Chr. Hansen Indústria e Comércio Ltda.

The plant-parasitic nematodes are responsible for one of the most losses in the
global agriculture, with a value estimated in $157 billion annually. In Brazil, the losses
in sugarcane in specific conditions can reach a production reduction until 50% and
reduce the soybean productivity in 20%. In the last years, the bionematicides use has
been increasing, and getting a market previously dominated by the chemical
nematicides. With the opening of this new promising business, the Brazilian market
experienced a huge increase in the number of biological products. The aim of this
study was to evaluate the efficacy of 5 commercial biologic products Bacillus sp.
based for their control of Meloidogyne incognita and to find a co-relation between
these results and the product quality. Green house experiments were developed with
sugarcane and soybean, using soil with a high M. incognita population and the
products: Quartzo®, Presence®, Product 1 and 2 (B. methylotrophicus + B. subtilis)
and Prod. 3 (B. amyloliquefaciens) were tested in their ability to reduce the number of
juveniles and root-knot nematodes, and their impact on plant development. To verify
the products quality, the number of bacterial endospores and the resistance to
aggressions like temperature and pH was also evaluated. In both crops tested, all the
treatments showed some reduction in the nematode population even that it varied,
compared to untreated control. The products quality evaluation showed a big
diversity, three of the products had a high concentration of endospores, while other
had less than 50% of endospores out of the total CFU measured. Although the
aggressions tests present a diversity of results between the parameters evaluated,
was possible observe a tendency between efficacy and product quality. Due the
agricultural importance of the bionematicides, this study showed the importance not
only to measure of product efficacy, as well as product quality to get robust field
results.

Palavras-Chave: Bionematicide; Bacillus; Biocontrol

Apoio Institucional: Chr. Hansen Holding A/S

110
Controle do percevejo marrom (Euschistus heros) em soja pela
aplicação de META-TURBO SC®/ Control of brown stink bug
(Euschistus heros) in soybean by META-TURBO SC® application
Jessica Brasau da Silva; Henrique Monteiro Ferro; Germison Tomquel Ski
BIOVALENS LTDA

O percevejo marrom (Euchistus heros) é uma das principais pragas sugadoras da


cultura da soja, com dano econômico registrado em diversas regiões produtoras. O
controle químico é o principal método utilizado, contudo estratégias de manejo
integrado tem ganhado relativa importância devido à perda de eficiência de algumas
moléculas e a seleção de indivíduos resistentes. Neste contexto, o objetivo deste
trabalho foi avaliar a eficácia e seletividade agronômica do inseticida microbiológico
META-TURBO SC® (Metarhizium anisopliae IBCB425) no controle de percevejo
marrom na cultura da soja em condições de campo. Foram avaliados os
tratamentos: testemunha, META-TURBO SC® nas doses de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 L p.c.
ha-1 e o inseticida químico Engeo Pleno S® na dose de 0,2 L p.c. ha -1. O
delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram
realizadas quatro pulverizações foliares em intervalos de 10 dias. Realizou-se a
contagem do número de indivíduos de E. heros ninfas e adultos aos 7, 14, 28 e 35
dias após a primeira aplicação (DA1A) e a determinação da produtividade em kg ha-
1. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo
teste de Tukey (p<0,05). Aos 7 DA1A o inseticida microbiológico META-TURBO
SC® nas doses de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 L p.c. ha-1 apresentou eficiência de 44%, 53%
e 63% no controle total de E. heros (ninfas+adultos), respectivamente,
assemelhando-se estatisticamente ao inseticida Engeo Pleno S® (75%), além de
proporcionar incrementos na produtividade variando de 3,7 a 8,9% em relação à
testemunha. Tendo em vista a ausência de produtos biológicos registrados para o
controle do E. heros e diante dos resultados apresentados neste trabalho, o
inseticida microbiológico META-TURBO SC® pode ser recomendado dentro de
estratégias de manejo integrado (MIP) na cultura da soja.

Palavras-Chave: manejo integrado; controle biológico; entomopatogenico

Apoio Institucional: BIOVALENS LTDA

111
BT-TURBO MAX® no biocontrole da lagarta-falsa-medideira
(Chrysodeixis includens) em soja
Jessica Brasau da Silva; Henrique Monteiro Ferro
GRUPO VITTIA

A cultura da soja representa a maior área cultivada no país, com elevada


participação na economia brasileira. Entretanto, a cultura abriga diversas espécies
de pragas que afetam diretamente sua produtividade, entre elas a lagarta-falsa-
medideira (Chrysodeixis includens) que possui alta capacidade de consumo da área
foliar, se alimentando também das vagens da planta. Diante disso, o objetivo deste
trabalho foi avaliar a eficácia e a praticabilidade agronômica do inseticida
microbiológico BT-TURBO MAX® (Bacillus thuringiensis var. kurstaki, cepa HD-1
(2,0x1010 UFC/mL, 11% m/v)) no controle de C. includens e produtividade da cultura
da soja. Os tratamentos aplicados foram: testemunha, BT-TURBO MAX® nas doses
de 0,25; 0,5; 0,75 e 1,0 L p.c. ha-1 e o padrão comercial Dipel® (Bacillus
thuringiensis var. kurstaki) na dose 0,5 L de p.c. ha-1. Foram realizadas três
aplicações dos tratamentos, sendo a primeira no início de infestação da praga e as
demais em intervalos de dez dias. O delineamento experimental utilizado foi o de
blocos casualizados, com seis tratamentos e quatro repetições. A comparação entre
as médias foi realizada pelo teste de SCOTT-KNOTT (p<0,05) e as eficácias dos
tratamentos foram calculadas segundo ABBOTT. Diante dos resultados obtidos,
conclui-se que o inseticida BT-TURBO MAX® aplicado nas doses de 0,5, 0,75 e 1,0
L de p.c. ha-1 é eficiente no controle de lagarta-falsa-medideira na cultura da soja,
reduzindo a infestação de lagartas pequenas em 49% a 100%, no intervalo de 5
DAA¹ a 10 DAA³, com desempenhos estatisticamente semelhante ou superior ao do
inseticida padrão Dipel®, e ainda proporcionando incrementos de produtividade de
até 33%.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; ENTOMOPATOGENICO; LAGARTAS

Apoio Institucional: BIOVALENS LTDA

112
Evaluation of Hemocytes from Metarhizium robertsii-Infected Ticks
Using Light Microscopy
Jéssica Fiorotti; Patrícia S. Gôlo; Thaís A. Corrêa; Mariana G. Camargo; Diva D.
Spadacci-Morena; Isabele C. Angelo; Vânia R.E.P. Bittencourt;
UFRRJ

Metarhizium robertsii Bischoff, Humber, and Rehner (Clavicipitaceae) is an


entomopathogenic fungus widely used in the biological control of arthropods.
Hemocytes are cells present in the hemolymph of all invertebrates and are involved
in the immune response. Despite this, knowledge about the morphological aspects of
Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae) hemocytes as well as their role in the
tick’s response to the fungal infection are scarce. The present study aimed to analyze
the hemocytes of R. microplus females after M. robertsii infection using light
microscopy. Ticks infected with M. robertsii ARSEF 2575 (5 µL at 1.0 × 107 conidia
mL-1), inoculated with Tween® 80 aqueous solution (v/v) or under physiological
conditions (untreated group) had their hemolymph collected through the dorsal
surface of the tick female, 24 hours after infection. Drops from total hemolymph were
placed directly onto glass slides, dried at room temperature for 20–30 min, and fixed
in methanol for 3 min. Slides were then stained with Giemsa for 30 min and observed
by light microscope. For analysis using historesin, hemocytes were removed from
plasma and fixed in 4% paraformaldehyde for six hours at room temperature,
dehydrated in ascending ethanol series (70% - 100%), embedded in historesin and
stained with methylene blue. Five stained slides were performed per group. When
engorged females were infected with M. robertsii, spherulocytes and oenocytoids
were not observed. Granulocytes from fungus-infected ticks showed fewer granules
than hemocytes from untreated or tween-inoculated ticks. Prohemocytes were similar
in uninfected or fungus-infected females. Plasmatocytes from fungus-infected ticks
showed cytoplasm heterogeneity and also intense vacuolization. Morphological
alterations of plasmatocytes suggested a phagocytic activity and also may indicate a
process to cell death, elucidating the effect of entomopathogenic fungi on tick cells.
Metarhizium robertsii Bischoff, Humber, and Rehner (Clavicipitaceae) is an
entomopathogenic fungus widely used in the biological control of arthropods.
Hemocytes are cells present in the hemolymph of all invertebrates and are involved
in the immune response. Despite this, knowledge about the morphological aspects of
Rhipicephalus microplus Canestrini (Ixodidae) hemocytes as well as their role in the
tick’s response to the fungal infection are scarce. The present study aimed to analyze
the hemocytes of R. microplus females after M. robertsii infection using light
microscopy. Ticks infected with M. robertsii ARSEF 2575 (5 µL at 1.0 × 107 conidia
mL-1), inoculated with Tween® 80 aqueous solution (v/v) or under physiological
conditions (untreated group) had their hemolymph collected through the dorsal
surface of the tick female, 24 hours after infection. Drops from total hemolymph were

113
placed directly onto glass slides, dried at room temperature for 20–30 min, and fixed
in methanol for 3 min. Slides were then stained with Giemsa for 30 min and observed
by light microscope. For analysis using historesin, hemocytes were removed from
plasma and fixed in 4% paraformaldehyde for six hours at room temperature,
dehydrated in ascending ethanol series (70% - 100%), embedded in historesin and
stained with methylene blue. Five stained slides were performed per group. When
engorged females were infected with M. robertsii, spherulocytes and oenocytoids
were not observed. Granulocytes from fungus-infected ticks showed fewer granules
than hemocytes from untreated or tween-inoculated ticks. Prohemocytes were similar
in uninfected or fungus-infected females. Plasmatocytes from fungus-infected ticks
showed cytoplasm heterogeneity and also intense vacuolization. Morphological
alterations of plasmatocytes suggested a phagocytic activity and also may indicate a
process to cell death, elucidating the effect of entomopathogenic fungi on tick cells.

Palavras-Chave: immune response; phagocytosis; fungal infection

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenacão de


Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) from Brazil, finance code
001, CNPq and FAPERJ

114
Interação de formulações de bioinseticidas Bt e do espectro de
gotas no controle de Anticarsia gemmatalis
Joacir do Nascimento; Kelly C. Gonçalves; Lucas Hahn; Manuela R. Hanich;
Ariadne C. Sanches; Sandy S. Fonseca; Adriano A. Melo; Ricardo A. Polanczyk
Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita

Filho", 14884-900, Jaboticabal-SP, Brasil

A lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae) é


uma das principais pragas desfolhadoras no cultivo de soja e a utilização de
bioinseticidas à base de Bacillus thuringiensis (Bt) (Berliner, 1915) tem sido uma
alternativa de controle. Dentre os fatores que interferem na eficiência do controle,
aspectos inerentes à formulação e à tecnologia de aplicação desses produtos devem
ser considerados. Assim, o objetivo com este trabalho foi avaliar a influência do
espectro de gotas e de três formulações de Bt bioinseticidas na mortalidade de A.
gemmatalis. O experimento foi realizado em esquema fatorial [(3 x 3)+1], com 40
repetições (lagartas), composto por três Bt bioinseticidas [um isolado HD125
(encapsulado e não encapsulado) e o bioinseticida (Dipel WP®)], aplicados com
câmara de pulverização com três espectros de gota (fina, média e grossa) +
testemunha (água). A concentração da calda foi 3 x 108 esporos/mL, determinada
com o auxílio da câmara de Neubauer, em microscópio com contraste de fase. Após
a aplicação foram coletados 40 discos de folhas de soja do terço superior no estádio
R2 da cultura e fornecidos para lagartas de 2º instar de A. gemmatalis. Os dados
foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey
a 5% de probabilidade usando o programa R. O espectro de gota não apresentou
diferença na mortalidade de A. gemmatalis para nenhum dos bioinseticidas
avaliados. No entanto, o fator bioinseticida apresentou diferença para o espectro de
gota fina e média. O bioinseticida Dipel® e o isolado HD125 não encapsulado
apresentaram maior eficiência de controle utilizando gota fina e média. No entanto,
este último não apresentou diferença na mortalidade para o isolado encapsulado
não encapsulado, indicando que o processo de encapsulamento não interferiu de
maneira significativa na virulência do Isolado.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; lagarta-da-soja; câmara de pulverização

Apoio Institucional: FCAV/Unesp, UFSM, CNPq, LabMaq, EMBRAPA.

115
Potencial de uso de Bacillus thuringiensis Berlinder israelensis no
controle de Bradysia spp. na produção de mudas de tabaco
Alceu J. Zanardi; Joathan Simoneti; Fernando J. Campos
Instituto Federal Catarinense - Campus Rio do Sul

A principal causa de perdas devido ao ataque de insetos-pragas na produção de


mudas de tabaco no sistema “float” tem sido o ataque de Bradysia spp. (Diptera:
Sciaridae), conhecida como mosquinha-preta ou fungus gnats. Além do controle
químico, tem-se estudado a utilização de ácaros predadores, nematoides e bactérias
para controle da mosca. Desta forma, objetivou-se avaliar a eficiência no controle de
fungus gnats utilizando Bti (Bacillus thuringiensis israelensis). Para tanto, foi
conduzido um ensaio com cinco tratamento e três repetições, em um delineamento
inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram na utilização do Bti nas doses
de 6,67, 13,34 e 20ml do P.C./l de água; Stratiolaelaps scimitus (670
ácaros/bandeja) e imidacloprido (2,0 g. P.C./l de água). Foram realizadas duas
aplicações: a primeira 17 dias após a semeadura e a segunda 21 dias após a
primeira aplicação, nas mesmas dosagens. Para o tratamento com imidacloprido foi
realizada apenas uma pulverização, 17 dias após a semeadura. O número de larvas
foi estimado coletando o substrato de cinco células por repetição. Para tanto foi
utilizado o funil de Berlesse-Tullgreen modificado, com avaliação 48 horas após o
recebimento das amostras. Nas condições testadas todos os tratamentos biológicos
mostraram-se tão eficientes no controle das larvas quanto o inseticida.

Palavras-Chave: Nicotiana tabacum; Controle biológico; Bti

Apoio Institucional: Alliance One Brasil

116
Eficiência do Erinnyis ello granulovirus (ErelVG) em mistura com
herbicidas
José A. S. Franco; Leidiane C. Carvalho; Vanessa Exteckoetter; Anderson M.
Gibbert; Hiago Canavessi; William R. Carvalho; Vanda Pietrowski
Universidade Estadual do Oeste do Paraná

A utilização de agentes entomopatogênicos apresenta grande potencial de controle


de insetos, nos quais se tem os baculovirus. O sucesso do uso destes
microorganismos depende de alguns fatores como, por exemplo, a mistura com
produtos químicos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do
baculovirus (ErelGV) quando aplicado em mistura com herbicidas. O ensaio
consistiu dos seguintes tratamentos: T1- testemunha negativa (sem aplicação); T2-
testemunha positiva, vírus na dose 40 gramas ha-1 (só vírus); T3- vírus na dose 40
gramas ha-1 + cloroacetanilida; T4 vírus na dose 40 gramas ha-1 + Izoxazolidinona e
T5- vírus na dose 40 gramas ha-1 + Cletodim e nafta leve. A dosagem dos herbicidas
seguiu a recomendação dos fabricantes para a cultura da mandioca. A aplicação dos
tratamentos a campo foi realizado no período da manhã, em parcela única (10 x 6
metros) para os respectivos tratamentos, com volume de calda: 200 L ha-1,
utilizando o equipamento CO2. Após a aplicação, após os produtos secarem, as
folhas correspondentes a cada tratamento foram coletadas e levadas ao laboratório
onde foram fornecidas as larvas de Erinnyis ello Lineau (Sphingidae), oriundas da
criação, individualizadas em copos plásticos de 500mL com tampas perfuras. O
delineamento foi DBC, com 5 tratamentos x 20 blocos x 5 repetições, totalizando 100
lagartas por tratamento. A alimentação diária das larvas até alcançarem a fase pré-
pupa foi realizada através da coleta de folhas de mandioca das parcelas onde foi
realizado a aplicação dos produtos. A mortalidade diária foi anotada os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a
5% de probabilidade. Os resultados obtidos indicaram que a aplicação de
baculovirus em mistura com os herbicidas utilizados não afetaram a eficiência do
inseticida biológico. Portanto, o uso de herbicida em mistura com baculovirus não
reduz sua eficiência.

Palavras-Chave: Manihot esculenta Crantz; Controle biológico; Bioinseticida

Apoio Institucional: ATIMOP- Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do


Paraná.

117
Toxicidade de cepas de Bacillus thuringiensis para lepidópteros-
pragas
Karine S. Carvalho; Natália A. Leite; Karolay G. Reis; Marco Aurélio G.
Pimentel; Fernando H. Valicente
UFLA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS

Bacillus thuringiensis (Berliner, 1911) é um importante entomopatógeno utilizado no


controle de pragas agrícolas, principalmente de insetos da ordem Lepidóptera.
Devido ao seu sucesso como biopesticida, a busca por novos isolados com
propriedades mais tóxicas aos insetos torna-se constante. Uma das análises mais
utilizadas para avaliar a toxicidade dos isolados de Bt é através de bioensaios de
concentração letal média (CL50) para determinar a mudança das taxas de
mortalidade entre diferentes espécies com o aumento dos níveis de dose, além de
sugerir e estimar a melhor dosagem para aplicação de um pesticida. O objetivo
desse estudo foi avaliar a patogenicidade e a virulência das cepas 1608A e 775E de
Bacillus thuringiensis em larvas de Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818),
Crysodeixis includens (Walker, 1858) e Helicoverpa armigera (Hübner, 1808). Os
bioensaios foram conduzidos no Laboratório de Controle Biológico da Embrapa
Milho e Sorgo e consistiram em sete diluições das suspensões contendo esporos e
cristais na proporção de 1:10 de cada cepa que foram aplicadas superficialmente em
dietas artificiais específicas distribuídas em copos descartáveis de 50 mL.
Posteriormente, larvas neonatas foram adicionadas aos recipientes e mantidas em
sala climatizada a 25 ºC ± 2. Após sete dias, a mortalidade foi avaliada. Os
tratamentos consistiram em quatro repetições contendo 24 larvas/ repetição. As
CL50 e CL90 foram determinadas por meio da análise de probit utilizando o software
SAS. A cepa 1608A demonstrou maior toxicidade para todas as espécies avaliadas
com menores concentrações necessárias para matar 50% da população de cada
espécie, com valores de CL50 variando de 1.69x103 a 1.87x105 esporos/mL em
relação à cepa 775E que apresentou valores de CL50 de 7.42x104 a 4.42x105
esporos/mL, além disso, as espécies avaliadas tiveram níveis de suscetibilidade
diferentes para as toxinas de B. thuringiensis, demonstrando que umas são mais
permissivas que outras ao entomopatógeno.

Palavras-Chave: Bt; suscetibilidade; concentração letal

Apoio Institucional: Embrapa Milho e Sorgo, CAPES, UFLA

118
Interferência do Baculovírus (SfMNPV) no canibalismo de
Spodoptera frugiperda em sistema de criação
Karolay G. Reis; Gabriel H. F. Nunes; Fernando H. Valicente; Frederick M.
Aguiar; Jean M. R. Pinho; Karine S. Carvalho; Vinícius A. S. Santos; Nívea A. M.
Evangelista; Celso G. Vieira; Osmar S. Souza
UNIFEMM

A inoculação do baculovírus em substratos vegetais para a alimentação da lagarta


Spodoptera frugiperda é uma das formas mais comuns de multiplicação desse vírus,
porém essa técnica apresenta um alto canibalismo entre lagartas, o que pode levar a
perdas significativas na produção. Dessa forma, o comportamento canibal de
lagartas de S. frugiperda oriundas da USP com idade de 5 dias foram avaliadas
quando inoculadas ou não com o ISO 6 de baculovírus proveniente do Banco de
Microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo, na concentração de 3,5x107
poliedros/mL. O experimento foi composto por 4 tratamentos, contendo 3 repetições
cada, no qual utilizou-se T1: 100 lagartas sem ISO 6; T2: 100 lagartas com ISO 6;
T3: 200 lagartas sem ISO 6; T4: 200 lagartas com ISO 6. As lagartas foram mantidas
em caixa plástica (Gerbox) com folhas de milho inoculadas ou não com baculovírus.
Em seguida foram realizadas avaliações após 24 e 48 horas da inoculação para
mensurar o canibalismo. Posteriormente, os dados foram submetidos a análise de
variância pelo teste de Scott-Knott. Os tratamentos não apresentaram diferença
significativa para os resultados de canibalismo quando observado as variáveis
lagartas inoculadas ou não com baculovírus. Entretanto, quando considerado o
tempo de avaliação e a quantidade de lagartas contidas no gerbox, os tratamentos
apresentaram diferença significativa. Após 48 horas da inoculação a porcentagem
de canibalismo foi significativamente superior a 24 horas, no qual, T1: 15,66%; T2:
16; 00% T3: 51,00% T4: 57,66% e T1: 1,33%; T2: 3,66%; T3: 5,66%; T4: 11,00%,
respectivamente. Nos tratamentos com maior número de lagartas no gerbox a
porcentagem de canibalismo foi superior aos demais nos dois tempos de avaliação.
Portanto, pode-se concluir que para as lagartas S. frugiperda oriundas da USP o
baculovírus ISO 6 não influência diretamente no comportamento canibal.

Palavras-Chave: Milho; Comportamento; Canibal

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED

119
Patogenicidade de diferentes fungos entomopatogênicos ao
bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis (Coleoptera:
Curculionidae)
Larissa M. de Sousa1; Heloiza A. Boaventura1; Bruna M. D. Tripode2; José E.
Miranda2; José F. A. e Silva3; Eliane D. Quintela3
1
Mestranda em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Av. Esperança, s/n –

Chácaras de Recreio Samambaia, 74690-900, Goiânia, GO, Brasil. Email:

mlari.sousa@gmail.com. 2Embrapa Algodão - Núcleo Cerrado, Rodovia Goiânia a

Nova Veneza km 12 Zona Rural, 75375-000, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil. 3Embrapa Arroz e
Feijão, Rodovia Goiânia a Nova Veneza km 12 Zona Rural, Caixa

Postal 179, 75375-000, Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil

Os fungos entomopatogênicos são encontrados causando epizootias em diferentes


ordens de insetos e apresentam grande potencial para o controle biológico. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a patogenicidade de diferentes fungos
entomopatogênicos a adultos do bicudo-do-algodoeiro Anthonomus grandis
Boheman, 1843 (Coleoptera: Curculionidae). O experimento foi conduzido no
laboratório da Embrapa Arroz e Feijão em Santo Antônio de Goiás, GO. Dez adultos
de A. grandis foram pulverizados com 1 × 108 conídios mL-1 de dois isolados de
Cordyceps javanica (código 01 e 02), Metarhizium anisopliae (BRM2335), um de
Beauveria bassiana e testemunha com Tween 80 a 0,01%. As pulverizações foram
realizadas com uma torre de Potter com volume de 1 mL sobre 10 adultos em placas
de Petri (6,5 cm de diâmetro). Após tratamento, as caixas de Gerbox contendo 10
adultos do bicudo e botões florais de algodão foram mantidas em temperatura
ambiente. Foram utilizados 40 insetos por tratamento em quatro repetições. As
avaliações ocorreram diariamente a partir do 3º dia. Após 10 dias, M. anisopliae
causou mortalidade confirmada de 92,5% e diferiu significativamente dos isolados C.
javanica 01 e 02 (60% e 43% de infecção confirmada, respectivamente). Não foi
observado o crescimento de B. bassiana nos insetos mortos. Estes resultados
demonstram o potencial de M. anisopliae e C. javanica como agentes de controle
microbiano de adultos do bicudo-do-algodoeiro.

Palavras-Chave: controle microbiano; manejo integrado de pragas; algodão;

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas, MG).

120
Effect of Metarhizium sp. and Carvacrol Association to Control
Rhipicephalus microplus Larvae
Laura N. Meirelles; Mariana G. Camargo; Jéssica Fiorotti; Allan F. Marciano;
Vânia
R.E.P. Bittencourt;
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Synergic effects can be found in the interaction between Carvacrol and Metarhizium
spp., enhancing this association to control Rhipicephalus microplus Canestrini
(Ixodidae) tick. This work aimed to evaluate the compatibility between Carvacrol and
Metarhizium anisopliae s.s. Rocha et al. (Clavicipitaceae) isolate (IP 119) and the
effect of this association on tick larvae. Compatibility was assessed through fungal
germination and solid media diffusion tests. 10 μL of IP119 at 106 conidia mL -1 and
10 μL of Carvacrol at 3.125; 6.25; 12.5 or 25 mg mL-1 were added to the culture
medium and fungal germination was analyzed after 24 and 48 h. For fungal growth
inhibition, 50 μL of suspension were spread on the culture medium, three filter paper
disks were placed and 3 μL of Carvacrol or 3%Tween 80 were added on disks. 72 h
after, the halo was measured with a caliper. Then, larvae were immersed for 3 min in
1 mL of fungal suspension and/or Carvacrol solution. Larval mortality rate was
analyzed 1, 3 and 5 days after treatment. 24 h after compatibility test, the fungus
alone or associated with Carvacrol at 3.125 or 6.25 mg mL-1 germinated fully unlike
other associations. 48 h, the fungus associated with Carvacrol at 12.5 mg/mL
germinated fully. Carvacrol at 3.125 or 6.25 mg mL-1 did not produce halos around
the discs, while at 12.5 or 25 mg mL-1 produced halos with a mean diameter of 1.3
and 4 mm, respectively. Carvacrol at 0.156 or 0.312 mg mL-1 were selected for the
biological assay. On the 1st day after treatment, only IP 119 at 105 or 106 conidia
mL-1 + Carvacrol at 0.312 mg mL-1 presented larvae mortality and in the 3rd and 5th
days, the same groups produced mortality rates greater than groups treated only with
fungus or Carvacrol. In conclusion, Carvacrol at 3.125 and 6.25 mg/mL can be
associated with IP 119 isolate and the association with concentrations at 105 or 106
conidia ml-1 with Carvacrol at 0.312 mg mL-1 has potential use to control of R.
microplus larvae.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; essential oil; biological control

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenação de


Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001;
CNPq and FAPERJ

121
Análise e predição in silico de pequenos RNAs não codificadores
(sRNAs) no grupo Bacillus cereus sensu lato
Kátia B. Gonçalves; Renan J. C. Appel; Rogério F. de Souza; Laurival A. Vilas-
Bôas; André Luciano Nadal; Gislayne T. Vilas-Boas
Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular. Universidade Estadual de Londrina
(UEL), Rodovia Celso Garcia Cid, Km 380, s/n – Campus Universitário, 86057-970, Londrina, PR,
Brasil. E-mail: kbrumatti@gmail.com. 2Departamento de Biologia Geral, Universidade Estadual de
Londrina (UEL)

A identificação de small RNA (sRNA) tornou-se parte importante da genética


microbiana. sRNAs são pequenas moléculas de RNA que ao se ligarem a mRNAs,
são capazes de regular processos biológicos, sobretudo a nível pós-transcricional,
ajustando a fisiologia bacteriana em resposta a sinais ambientais. Bacillus cereus
(Frankland & Frankland, 1887) sensu lato é utilizado para designar sete espécies de
bactérias Gram-positivas e formadoras de esporos. Dentro desse grupo temos B.
cereus (Bc), Bacillus anthracis (Koch 1815) (Ba) Bacillus thuringiensis (Berliner
1911) (Bt), sendo que apresentam diferente importância na atividade humana com
destaque para o Bt que é o principal agente usado no controle biológico de pragas e
vetores de doenças. A taxonomia do grupo ainda é bastante questionada, uma vez
que diferentes ferramentas de análise mostram resultados controversos. Embora a
descoberta de sRNAs tornou-se possível por meio de abordagens computacionais,
isso tem se mostrado um grande desafio. Este trabalho tem como objetivo principal
detectar e caracterizar sRNAs nos genomas de Bt, Bc e Ba. A busca dos sRNAs foi
feita utilizando 132 genomas completos disponíveis no NCBI. Estes foram anotados
com o programa INFERNAL utilizando o pacote cmsearch; os modelos de
covariância presentes no banco de dados Rfam foram então selecionados na ordem
Bacillales. Os resultados preliminares permitiram a identificação de 45.629 sRNAs
considerados significativos pelo programa e estes sRNAs estão subdivididos em 53
famílias designadas núcleo, por serem compartilhadas entre as 3 espécies.
Verificamos ainda que Bc e Bt compartilham algumas famílias de sRNAs, já Ba não
possui sRNA compartilhado com nenhuma outra espécie. Dentre as famílias
identificadas, algumas são exclusivas em apenas uma das espécies. Estes
resultados ainda serão explorados por meio de validação e correlacionando com
atividades bacterianas importantes, sobretudo aquelas relacionadas
entomopatogenicidade e classificação, contribuindo para uma maior segurança de
produtos à base de Bt.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; Taxonomia; Bioinformática


Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES)

122
Virulência de nematóides entomopatogênicos isolados no Norte do
Paraná sobre Dichelops melacanthus
Leandro B. Gonçalves; Mariana F. de Macedo; Gabriela S. Doneze; Lucimara A.
Araújo; Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Cornélio Procópio

Considerado em muitas regiões como a principal praga da cultura do milho, o


percevejo-barriga-verde Dichelops melacanthus Dallas, 1851 (Hemiptera:
Pentatomidae) vem causando grandes prejuízos nas lavouras de milho, onde tanto
adultos como ninfas causam danos ao introduzirem seus estiletes na base das
plantas, através da bainha das folhas, atingindo as folhas internas. Na entressafra,
os insetos adultos se abrigam nos restos de culturas e na palhada. É neste estágio
que se tornam alvos para os nematoides entomopatogênicos (NEPs), pois estes são
patógenos de solo. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a virulência de isolados
de nematoides entomopatogênicos provenientes da Região Norte do Paraná sobre
D. melacanthus em condições de laboratório. O experimento consistiu de oito
tratamentos (sete isolados de NEPs e um tratamento controle) com cinco repetições.
Cada parcela constituiu de uma placa de Petri de vidro (9 cm de Ø) contendo dois
papéis filtro na parte inferior e 10 percevejos adultos. Em seguida, foram aplicados
com auxílio de micropipeta, os isolados na concentração de 100 JIs/cm2. No
tratamento testemunha aplicou-se 2 mL de água destilada. O ensaio foi mantido em
câmara climatica a 26±1°C e fotoperíodo de 14h, por 5 dias. Após esse período, foi
feita a avaliação de mortalidade, através da contagem e a dissecação dos insetos
para a confirmação da morte por NEPs. Os dados do experimento foram submetidos
a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott (p≤0,05).
Observou-se que todos os isolados apresentaram patogenicidade para D.
melacanthus, e houve diferença na virulência entre os isolados, sendo que UENP 1,
2, 3 e 6 foram os que causaram as menores mortalidade, não ultrapassando 50%.
Por outro lado, os isolados 4, 5, e 7 causaram mortalidade com valores de 58 % e
78%, respectivamente, concluindo que estes isolados apresentam potencial para o
controle de sobre percevejo-barriga-verde.

Palavras-Chave: Steinernema; Heterorhabditis; Percevejo-da-barriga-verde

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através


do financiamento da pesquisa

123
Manejo biológico de pragas e doenças do tomateiro (Solanum
lycopersicum) com tratamento de mudas com Beauveria bassiana
Leonaldo Donato Dias; Lucas Santos Vian; Leandro Pires de Araújo Júnior;
Eric Novato de Sousa; Gustavo Henrique Soares; Luis Rodolfo Rodrigues;
Alexandre de Sene Pinto
Centro Universitário Moura Lacerda

A cultura do tomate, Solanum lycopersicum, sofre ataque de diversas pragas e


doenças que comprometem a produção e em busca de controlar estes limitantes de
produção, utiliza-se agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o controle
de pragas e doenças e a produtividade após o tratamento das raízes das plantas de
tomateiro com Beauveria bassiana cepa IBCB66. O método utilizado foi a imersão
das raízes em soluções em três concentrações diferentes (5,0x109, 1,0x1010 e
1,5x1010 conídios L-1), mais uma testemunha, e após este procedimento as mudas
foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil. O
delineamento experimental foi em blocos casualizados, onde os quatro tratamentos
foram repetidos sete vezes cada. Todas as plantas foram avaliadas semanalmente
quanto à presença de pragas e doenças, contando-se o número de pulgões por
planta e de folhas com presença de moscas-brancas ou mosca-minadora e de
plantas com doenças. A produtividade foi avaliada contando-se o número e peso de
frutos por planta e peso de cada fruto. Foram encontrados pulgões (Hemiptera:
Aphididae), mosca-branca (Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera:
Pseudococcidae), cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera:
Thripidae), moscas-minadoras (Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças
septoriose, Septoria lycopersici, murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no
período vegetativo. No período reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não
identificadas. B. bassiana diminuiu a população de mosca-branca, Bemisia tabaci
(Gennadius), em apenas uma data de avaliação, em todas as concentrações
testadas, mas não controlou nenhuma outra praga que ocorreu naturalmente.
Também diminuiu a incidência inicial de murcha-de-verticílio e diminuiu a incidência
de septoriose, em uma data, nas doses de 5x109 e 1x1010 conídios L-1 em folhas de
tomateiro. O fungo B. bassiana no tratamento de mudas de tomateiro não diminuiu a
incidência de doenças em frutos e nem melhorou a produtividade da cultura. Esse
fungo deve ser mais bem estudado, em outras concentrações de conídios, no
controle de pragas e doenças.

Palavras-Chave: controle microbiano

Apoio Institucional: Biocontrol

124
Compatibilidade de Heterorhabditis amazonensis (CB46) com
Azamax
Leticia Bernadete da Silva1; Cássia Brito2; Douglas Cecconello2; Vivivane
Sandra Alves2
1
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) - Campus Cornélio Procópio Unidade Centro;
2
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Bandeirantes

O uso de produtos químicos para controle de pragas por muito tempo foi
amplamente utilizado como única medida de controle a campo. No entanto, hoje
temos uma vasta gama de produtos naturais e inimigos naturais que podem ser
usados em programas de Manejo Integrado de Pragas, mas que precisam ser
estudados quanto a sua compatibilidade com outras técnicas de controle. Assim, o
objetivo deste trabalho foi avaliar a compatibilidade do H. amazonensis (isolado
CB46) com o inseticida natural Azamax. Foi utilizada a metodologia da IOBC,
modificada por Negrisoli et al. (2008), onde em um tubo de vidro de fundo chato foi
adicionado 1mL do produto preparado com o dobro da dose indicada pelo fabricante,
mais 1mL da suspensão do nematoide contendo 2000Juvenis Infectantes (JIs)/mL,
resultando em uma calda na dose indicada com concentração de 1000 JIs/mL. Para
o tratamento controle a suspensão de JIs foi diluída apenas em água destilada.
Cada tratamento foi repetido cinco vezes e mantido em câmara climática a 22ºC por
dois dias. Para lavagem, 3mL de água destilada foi adicionado a cada tudo, agitados
e mantidos em geladeira por 30 min para decantação dos JIs, e o sobrenadante foi
retirado. Esse processo foi repetido três vezes. Em seguida, para a avaliação de
viabilidade, foram retiradas 5 aliquotas de 0,05mL para contagem dos JIs vivos. A
infectividade foi avaliada através da adição de 0,2 mL da suspensão de JIs em
placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo papel filtro duplo e 10 larvas de
Galleria mellonella e o número de insetos mortos foi avaliado 5 dias após a
inoculação. Os dados foram submetidos a análise estatística pelo programa Sisvar,
onde foi feita análise de variância e teste de médias de Tukey. O produto Azamax
reduziu a sobrevivência do nematoide, restando apenas 24,5%. Quanto a
infectividade, observou-se que o Azamax com o CB46 obteve uma infectividade de
57,5%, sendo diferente da testemunha onde houve uma mortalidade de
87,5%. Palavras-chave: Nematoides entomopatogênicos, Nim, Manejo Integrado de
Pragas. Apoio financeiro: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária
através do financiamento da pesquisa.

Palavras-Chave: nematoides entomopatogenicos; nim; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Capes e CNPq

125
Temperaturas cardinais para o crescimento e produção de conídios
de três fungos entomopatogênicos
Letícia R. M. Alves; Heloiza A. Boaventura; José F. A. e Silva; Eliane D.
Quintela
¹ Unievangélica Av. Universitária Km. 3,5 - Cidade Universitária, 75083-515 Anápolis - GO, Brasil. ²
Embrapa Arroz e Feijão, Rodovia Goiânia a Nova Veneza km 12 Zona Rural Caixa Postal 179,
75375-000 Santo Antônio de Goiás, GO, Brasil

A temperatura tem grande influência no crescimento de fungos entomopatogênicos,


sendo este processo dependente de reações químicas que são alteradas pela
temperatura. O objetivo deste trabalho foi determinar a temperatura mínima, ótima e
máxima para o crescimento e esporulação de Beauveria bassiana, Cordyceps
javanica e Metarhizium anisopliae. O experimento foi desenvolvido no Laboratório de
Patologia de Insetos, na Embrapa Arroz e Feijão. Dois microlitros de uma suspensão
de 1 × 107 conídios mL-1 preparada com Tween 80 a 0,01% de cada isolado foi
inoculada no centro de uma placa de Petri (60 mm), contendo meio de BDA,
totalizando 10 repetições por tratamento. As placas foram incubadas em câmaras
B.O.D. a 12, 15, 18, 25, 30 e 34 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 80 ±
10%. A medição do diâmetro das colônias foi feita diariamente durante 10 dias e,
logo após, os halos das colônias foram recortados e adicionados em tubos Falcon
contendo 30 mL de Tween 80 a 0,01%. Estes tubos foram agitados em Vortex por
quatro minutos e o número de conídios quantificados em câmara de Neubauer. Para
Beauveria, a melhor temperatura para crescimento e produção de conídios foi 25 °C.
Para M. anisopliae e C. javanica a temperatura de 30 °C foi a mais adequada para o
desenvolvimento. Somente M. anisopliae se desenvolveu a 34 °C, mas não foi
observada produção de conídios. O crescimento micelial e a produção de conídios
para os dois isolados de Cordyceps foram semelhantes em todas as temperaturas.
Após 10 dias, foi observada pouca produção conídios nas temperaturas de 12 e 15
°C. Estes resultados demonstram a importância da temperatura no desenvolvimento
das diferentes espécies dos fungos entomopatogênicos, havendo uma temperatura
ideal para o seu crescimento e esporulação.

Palavras-Chave: Beauveria bassiana

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand

126
Potencial Inseticida de cepas de Bacillus thuringiensis oriundas de
gleisolo e planosolo do Rio Grande do Sul, BR
Lidia M. Fiuza1; Diounéia L. Berlitz1; Samuel Roggia2; Jaime V. Oliveira3; Akio
S. Matsumura1; Akira S. Matsumura1; Aida T. S. Matsumura1
1
ICB BIOAGRITEC LTDA. Bacteriologia, Arabutan 386, Porto Alegre, E-mail: detec@icb.bio.br;
2
Embrapa/CNPSo, Entomologia, Londrina; 3IRGA/Fitotecnia, Cachoeirinha

Nas lavouras do RS, especialmente em gleisolos e planosolos, por duas décadas


foram obtidas amostras dos laboratórios de solos da UFRGS e IRGA. Entre os
Bacillus spp. mantidos em laboratório, sete Bacillus thuringiensis Berliner (1911)
(Bacillaceae) foram eleitos para avaliar o potencial inseticida contra lepidópteros,
hemípteros e coleópteros (Embrapa/CNPSo e EEA/IRGA), e genes cry. As cepas de
Bt MTox126-6; MTox3146-4; MTox144-9; MTox2638-1; MTox2974-11; MTox2014;
MTox1958-2 foram cultivadas até a lise celular e as proteínas Cry purificadas. Para
os genes cry, o DNA foi amplificado com primers, sequenciado e alinhado para
análise filogenética. Nos bioensaios, com: (i) lagartas de 2º instar de Spodoptera
frugiperda (J. E. Smith) (Lep., Noctuidae) e Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818)
(Lep., Noctuidae) foi aplicado, em dieta de Poitout, o pellet (1.10ˆ10 céls./mL) e/ou
proteínas Cry; (ii) ninfas de 2º instar de Euschistus heros (Fabricius) (Hem.,
Pentatomidae), as proteínas Cry foram aplicadas nas vagens de soja e (iii)
Oryzophagus oryzae (Costa Lima) (Col., Curculionidae), as larvas foram mantidas
em tubos de ensaio com plântulas de arroz e proteínas Cry. No controle foi aplicada
H2O (30 insetos) e os ensaios foram em triplicatas por espécie. Os tratamentos
foram constituídos de diluições seriadas e mantidos a 25 ± 2°C, 70% UR e fotofase
de 12 a 14h. A mortalidade foi avaliada até o 7° dia e corrigida por Abbott (MC). Os
dados revelam MTox 2638-1 e MTox 2974-11 (cry1J) com 100% MC à S. frugiperda,
sendo a CL50 da MTox1958-2 (cry1) de 173µg/mL. Para A. gemmatalis, a MC foi
superior a 96 % para as cepas testadas e com as proteínas Cry de MTox126-6
(cry2), MTox144-9 (cry1, cry2 e cry9) e MTox3146-4 (cry9), as CL50 foram de 184;
514 e 1.138µg/mL, respectivamente. A MTox144-9 revelou CL40 de 280 mg/mL para
E. heros. Já a MTox2014-2 (cry3) mostrou CL50 de 5,4µg/mL para O. oryzae. Sendo
assim, as cepas MTox1958-2, MTox144-9 e MTox2014-2 têm maior potencial
inseticida.

Palavras-Chave: Bacillus; proteínas Cry; Insetos

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

127
Eficiência de produtos biológicos e químicos no controle da
mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (MEAM1)
(Hemiptera: Aleyrodidae) em soja
Lúcia M. Vivan1; Ana Flávia O. Nascimento
1Setor de Entomologia, Fundação Mato Grosso, Caixa Postal 79, 78750-000, Rondonópolis - MT,
Brasil. E-mail: luciavivan@fundacaomt.com.br

Bemisia tabaci (Genn.) Biótipo B (MEAM1) hoje é uma das principais pragas da soja
em algumas regiões do estado do Mato Grosso. Os adultos e ninfas desta espécie
sugam seiva, ocasionando danos diretos, com perdas na produtividade. Também,
podem causar danos indiretos, como aparecimento da fumagina, afetando a
fotossíntese, e transmitindo viroses. Os produtos biológicos têm sido empregados
como uma das opções de controle. Este trabalho objetivou avaliar o controle de
mosca-branca com produtos químicos e biológicos na cultura da soja. O estudo foi
realizado na Fazenda Lagoa Vermelha, Sorriso, MT, onde foram testados seis
tratamentos em quatro repetições: 1) Testemunha; 2) Ballvéria® (150 g/ha-1); 3)
Boveril PL63 (300 g/ha-1) +Saurus (100 g/ ha-1); 4) Boveril PL63 (300 g/ ha-1); 5)
Ballvéria® (150 g/ ha-1) + Saurus (100 g/ha-1); e 6) Benevia® 100 OD (500 ml/ha-1).
O tratamento 6 recebeu uma aplicação, os tratamentos 2, 3, 4, 5 receberam duas
aplicações em intervalos de 14 dias. Nas avaliações foram coletados 10 folíolos da
parte mediana da planta para avaliar ninfas em laboratório. Os produtos biológicos
em mistura com o inseticida reduziram significativamente a população de ninfas de
mosca-branca a partir da segunda aplicação, em relação aos produtos biológicos
aplicados isoladamente. Benevia® 100 OD demonstrou controle superior da praga
com apenas uma aplicação. Os produtos biológicos podem ser utilizados no manejo
desta praga, em mistura com inseticidas a base de neonicotinóides, no entanto,
necessitam de um maior número de aplicações em relação ao controle com
Benevia® 100 OD.Palavras-chave: Beauveria bassiana; Bioinseticida; Controle
Microbiano.Apoio: Projeto FASE-MT 003/2019.

Palavras-Chave: Beauveria bassiana; Bioinseticida; controle microbiano

Apoio Institucional: Fase MT

128
Virulência de diferentes isolados de nematoides
entomopatogênicos nativos do Norte do Paraná sobre Galleria
mellonela
Lucimara A. Araújo; Mariana F. de Macedo; Leandro B. Gonçalves; Gabriela D.
Souza; Viviane S. Alves
Universidade Estadual Do Norte do Paraná – Campus Cornélio Procópio Unidade Centro

O uso de patogenos autóctones pode conferir vantagens no controle de pragas, e a


busca por isolados nativos deve fazer parte das estratégias em programas de
controle biológico. Os nematoides dos gêneros Steinernema e Heterorhabditis são
empregados no controle biológico de pragas, visando principalmente pragas de solo,
pois, possuem uma vinculação simbiótica com bactérias que são patogênicas aos
insetos. Por outro lado, o inseto Galleria mellonella Linnaeus 1758 (Lepidoptera:
Pyralidae) também conhecida como traça dos favos, é um inseto utilizado em
laboratório para multiplicação in vivo de nematoides entomopatogêncios (NEPs)
devido a sua susceptibilidade aos mesmos. Assim, objetivo deste trabalho foi avaliar
a virulência de diferentes isolados de NEPs provenientes da Região Norte do
Paraná (isolados UENP 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7), sobre larvas de último ínstar G.
mellonela em condições de labortatório. O experimento foi realizado com oito
tratamentos e cinco repetições, e cada repetição constituiu de uma placa de Petri de
vidro (9 cm de Ø) contendo dois papéis filtro na parte inferior e 10 lagartas. Os NEPs
foram aplicados com auxílio de micropipeta, na concentração de 100 JIs/cm². No
tratamento testemunha aplicou-se 2 mL de água destilada. O ensaio foi mantido em
câmara climatizada a 25±1ºC e sem fotoperíodo. Os dados do experimento foram
sujeitos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste Scott-Knott
(p≤0,05). Verificou-se, que todos os isolados apresentaram patogenicidade para G.
mellonela e diferiram do tratamento controle. No que se refere a virulência, as
porcentagens de mortalidade variaram de 88 a 98%, mas não houve diferença
estatística entre elas.

Palavras-Chave: Isolados nativos

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através


do financiamento da pesquisa

129
Patogenicidade de Steinernema rarum e Heterorhabditis
bacteriophora a Ceratitis capitata (Widmann,1824)
(Diptera:Tephritidae)
Maguintontz C. Jean-Baptiste1*; Andressa L. de Brida2; Sérgio Da. C. Dias2;
José J. dos Santos2; Luis G. Leite3; Daniel Bernardi1; Silvia R. S. Wilckens4;
Flávio R. M. Garcia2
1Universidade Federal de Pelotas, Departamento de Fitossanidade. Pelotas, RS. 2Universidade
Federal de Pelotas, Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética, Laboratório
Ecologia de Insetos, Pelotas, RS. 3Instituto Biológico, Laboratório de Controle Biológico,Campinas,
SP. 4Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de ProduççãoVegetal, Botucatu, SP. *E-
mail: magcedneyjenabaptiste@yahoo.fr

Ceratitis capitata (Widmann, 1824) representa uma das pragas mais frequentes e
limitantes à produção de frutas no Brasil. As larvas se alimentam da polpa das
frutas, facilitando podridões e queda prematura de frutos. Entre as alternativas de
manejo, destacam-se o uso de nematoides entomopatogênicos (NEPs), com
destaque aos gêneros Steinernema e Heterorhabditis, considerados os gêneros
mais estudados para o manejo de pragas. O objetivo do trabalho foi avaliar a
patogenicidade Heterorhabditis bacteriophora HB (Poinar,1976) e Steinernema
rarum PAM 25 (Doucet,1986) a larvas e pupas de C. capitata em laboratório. O
bioensaio foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado em três
tratamentos com 10 repetições. As unidades experimentais (EU) foram constituídas
por recipiente de plástico (200 mL) contendo 50g de areia seca e autoclavada com
5% de umidade, contendo 10 larvas (72 horas de idade) ou 10 pupas (48 horas de
idade) de C. capitata. Feito isso, foi inoculado 1 mL da suspensão do isolado de
NEPs, na concentração de 1000 juvenis infectantes (JIs). Como testemunha, foi
adicionado 5 mL de água destilada sem a presença de NEPs. As EU foram
acondicionadas em BODs a 25ºC, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. Decorrido três
dias após a inoculação (DAÍ) dos NEPs, foi avaliada a mortalidade larval e, aos oito
DAÍ, a mortalidade pupal de C. capitata. Durante as avaliações, os cadáveres dos
insetos foram transferidos para placas de Petri (9 cm) e dissecados em água
destilada para confirmação e quantificação dos JIs. Os isolados H. bacteriophora HB
e S. rarum PAM 25, causaram 78 e 61% de mortalidade larval com a presença de
33,158 JIs/larva e 167,313 JIs/larva, respectivamente. Para a fase de pupa, foi
observado mortalidade superior a 60%, com a presença de 118,502JIs/pupa (H.
bacteriophora) e 40,103JIs/larva (S. rarum). Frente aos resultados, as espécies H.
bacteriophora HB e S. rarum PAM 25 são considerados promissores para o uso no
manejo de C. capitata.
Palavras-Chave: Controle biológico
Apoio Institucional: CAPES/PROEX

130
Patogenicidade de Steinernema brazilense a larvas de Bradysia
ocellaris (Comstock, 1882) (Diptera: Sciaridae)
Maguintontz C. Jean-Baptiste1*; Andressa L. de Brida2; Adriane da F. Duarte1;
Juliano L. P. Duarte1; Luis G. Leite3; Uemerson S. da Cunha1; Moisés J. Zotti1;
Flávio Roberto M. Garcia2
1Universidade Federal de Pelotas. Pós-Graduação em Fitossanidade, Pelotas, RS. 2Universidade
Federal de Pelotas, Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética, Pelotas, RS. 3Instituto de
Biológico, Laboratório de Controle Biológico, Campinas, SP. *E-mail:
magcedneyjenabaptiste@yahoo.fr

Bradysia ocellaris (Comstock, 1882) (Diptera: Sciaridae) é uma das espécies dentre
os sciarídeos, que possuem importância econômica nos cultivos em estufa. As
larvas causam perdas significativas de rendimento dos cultivos, uma vez que
prejudicam o sistema radicular, além de facilitar a entrada de patógenos. Poucas são
as alternativas de controle para auxiliar no manejo deste inseto. Dentre as
perspectivas de estudos para manejo, o controle biológico por meio de nematoides
entomopatogênicos (NEPs) demonstra ser uma alternativa promissora. Assim, o
objetivo deste trabalho, foi avaliar a patogenicidade e virulência de Steinernema
brazilense IBCBn6 a B. ocellaris em duas concentrações em condição controlada de
laboratório. Foi utilizada uma espécie de nematoide: Steinernema brazilense IBCBn6
(Nguyen, 2010). O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente
casualizado, com três tratamentos e cinco repetições. Cada unidade experimental
(EU) foi constituída de uma placa de Petri (5 cm) revestida com duas folhas de papel
filtro, contendo 10 larvas de B. ocellaris. Os juvenis infectantes (JIs) do isolado S.
brazilense IBCBn6, foram inoculados em suspensão de 1 mL nas concentrações de
100 e 1000 JIs/mL Como testemunha, foi adicionado 1 mL de água destilada sem a
presença de NEPs. Após a inoculação, as EU foram armazenadas em câmara
climatizada BOD a 25°C, 80% UR, fotoperiodo de 12 horas. As avaliações foram
realizadas sete dias após a inoculação (DAÍ) dos NEPs, sendo as larvas mortas
dissecadas para verificar a causa de mortalidade e ior quantificação dos JIs. S.
brazilense IBCBn6 causou mortalidade de 52% na concentração de 100JIs/mL e
82% de mortalidade na concentração de 1000JIs/mL. O número médio de JIs foi de
31,22 e 11,00 para ambas concentrações estudadas. A concentração foi de 1000 JIs
de S. braziliense IBCBn6 permitiu a maior taxa de patogenicidade a larvas,
demonstrando ser um agente promissor no controle de B. ocellaris.

Palavras-Chave: Controle biológico; juvenil infectante; fungus gnats

Apoio Institucional: CAPES/PROEX

131
Qualidade dos produtos à base de Beauveria bassiana
comercializados em Santa Catarina para o controle de brocas-da-
bananeira
Marcelo M. Haro; André B. Beltrame
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação
Experimental de Itajaí

O manejo das brocas-da-bananeira, principalmente o moleque-da-bananeira,


Cosmopolites sordidus Germar. (Coleoptera, Curculionidae), pode ser feito por meio
da aplicação de produtos à base do fungo entomopatogênico Beauveria
bassiana Vuill. (Hypocreales: Cordycipitaceae). Entretanto, a eficácia destes
produtos tem sido questionada no mercado catarinense, principalmente pela
presença no mercado de produtos de procedência duvidosa, principalmente os
comercializados na forma líquida. Desta forma, o presente estudo analisou a
presença de B. bassiana em produtos utilizados no manejo de bananais no Lit Norte
de Santa Catarina. Os produtos avaliados nos experimentos foram adquiridos em
casas agropecuárias, sendo: dois na forma líquida, denominados Produto A e
Produto B; e três na forma de pó molhável, denominados Produto C, D e Produto E.
Foram executadas análises microbiológicas com intuito de avaliar quantitativamente
e qualitativamente os microorganismos presentes. O produto A registrou a presença
de 1,7x10² UFC/mL de fungos, dentre os quais foram identificados Paecilomyces sp.
e Rhizopus stolonifer (Muces: Mucoraceae). O produto B apresentou 1,8 x 104
UFC/mL de fungos, sendo predominante a espécie Curvularia sp. Foram detectados
coliformes totais nos dois produtos testados, sendo que no Produto A foi registrado
também a presença de coliformes fecais. Todos os produtos comercializados na
forma de pó molhável apresentaram a presença de B. bassiana, nas concentrações
compatíveis ao rótulo, ou superiores. Desta maneira, conclui-se que nenhum dos
produtos líquidos, testados no Lit Norte de Santa Catarina, contém efetivamente o
fungo entomopatogênico, devendo ser desestimulada a sua comercialização e uso,
por possuir contaminantes prejudiciais ao ambiente agrícola e rural. Por sua vez, os
produtos comercializados na forma de pó molhável se mostraram confiáveis para o
uso no manejo das brocas-da-bananeira.

Palavras-Chave: Manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de


Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

132
Genetic diversity of Bacillus thuringiensis active Aedes aegypti
Maria C. da Silva; Nayanne S. de Oliveira; Geysla da C. Fernandes
Universidade Estadual do Maranhão

Rep-PCR has been widely used for analyzes of more specific genetic relationships,
seeking the genetic differentiation among Bacillus thuringiensis (Bt) isolates. The
Collection of Entomopathogenic Bacteria of Maranhão (CBENMA) has several
isolates of Bt highly toxic to larvae of Aedes aegypti L. 1762 (Diptera: Culicidae) and
that may constitute new tools for the biological control of this vector. The objective of
this work was to analyze the genetic diversity of Bt isolates active to A. aegypti of
CBENMA. Thirty isolates and seven subspecies of Bt were used for DNA extraction.
The PCR reactions were performed using the BOX, ERIC and REP markers, and the
generated fragments were analyzed by electrophoresis in 1.5% agarose gels. To
analyze the data, a binary matrix (0/1) was constructed based on in the presence or
absence of bands. The genetic distances were obtained by complement of the
Jaccard similarity coefficient and clusters were performed using the UPGMA method.
The BOX marker was detected in all isolates, with distinct profiles, although some
share the same bands, already for ERIC and REP primers, most isolates presented
different bands profile. The number of fragments generated by the BOX marker
ranged from one to seven per isolate and the ERIC and REP primers generated a
maximum of six fragments. The analysis of Bt isolates of the CBENMA with the
subspecies showed for the BOX primer four groups and for the ERIC and REP
primers six groups. Among these groups, the B3 group stood out, in which the isolate
BtMA-459 grouped with a similarity of 65% with the Bt subesp. israelensis, confirming
the toxic potential of this isolate for the control of insect vectors.The results found in
this study showed the genetic variability of Bt isolates toxic to A. aegypti of CBENMA
providing important information on their phylogenetic relationships and similar to the
standard subspecies and demonstrate that the rep-PCR technique was effective for
to establish genetic relationships between Bt strains.

Palavras-Chave: Entomopathogen

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico


do Maranhão

133
Metarhizium anisopliae with insecticidal activity for the biological
control of the fruit fly (Anastrepha obliqua), the main
Maria Denis Lozano Tovar; Karen Ballestas; Luis Andres Sandoval Lozano
Corporación Colombiana de Investigación Agropecuaria Agrosavia

Fruit flies (Diptera: Tephritidae) are an economically significant pest for fruit-growing
countries because of their incidence, severity, quarantine restrictions and the
economic losses they generate. Anastrepha obliqua (Macquart), or the West Indian
fruit fly is the main pest in mango (Mangifera indica L. Bark) and guava (Psidium
guajava L.). This problem is of great importance since it is estimated that more than
40% of the fruit production in Colombia is already affected by several species of the
Tephritidae family. The aim of this study was to evaluate and select
entomopathogenic fungi that produce insecticidal compounds for the control of adults
of A. obliqua (Diptera: tephritidae). One isolate of the genus Metarhizium anisopliae
(Metch. Sorokin) with insecticidal activity was selected. With fractionation by column,
an active fraction was obtained causing mortalities higher than 90% after 48 hours.
Fractionation of the active fraction by HPLC indicated that it is composed of more
than 22 metabolites. Identification by UHPLC showed the presence of destruxin
groups E, D, A and B (destruxin E-diol, destruxin D, destruxin D1, destruxin D2,
destruxin A2, destruxin A, destruxin A3, dihydrodestruxin A, desmB, destruxin B2,
destruxin B, and destruxin B1) in extracts and of these, one stands out due to its high
insecticidal activity producing mortalities of up to 100% and two other generate
mortalities between 60.0 and 81.6.3% after 48 hours of exposure. These metabolites
were identified as A, A2 and B destruxins respectively, indicating that adults of A.
obliqua are highly susceptible to these compounds.

Palavras-Chave: Secondary metabolites; entomopathogenic fungus; destruxins

Apoio Institucional: Agrosavia

134
Efeito tóxico de proteínas expressas em fase vegetativa de
crescimento de Bacillus thuringiensis sobre Spodoptera frugiperda
Bruna Carneiro Silva; Igor V. P. de Melo; Larissa H. R. Santos; Maria Luisa
Zardo
IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão

Bacillus thuringiensis Berliner,1911 (Eubacteriales: Bacillaceae) (Bt) é uma bactéria


gram-positiva com alta capacidade entomopatogênica devido a diversas proteínas
sintetizadas durante o seu processo fermentativo, dentre elas: Vip (proteína
inseticida vegetativa) produzida em sua fase exponencial de crescimento e Cry
(inclusões proteicas parasporais) durante a esporulação. Sua utilização no controle
biológico tornou-se uma eficiente alternativa para manejo integrado de pragas
agrícolas, evitando assim grandes perdas econômicas e a preservação da saúde
ambiental e humana. O objetivo deste trabalho é avaliar o comportamento de cepas
de Bt em relação ao seu tempo de crescimento e mortalidade contra a lagarta
Spodoptera frugiperda Smith,1797 (Lepidoptera: Noctuidae). O experimento foi
realizado com 4 cepas pertencentes ao banco de germoplasma de Bt do Instituto
Mato-grossense do Algodão, onde foram cultivadas sob agitação de 150rpm à 30°C
por 3, 6, 9, 12, 24, 48 e 72 horas. Para cada período foram avaliados crescimento
celular, formação de esporos-cristais e efeito tóxico sobre S. frugiperda. Os ensaios
foram feitos com a adição de uma camada do produto fermentado sobre dieta
artificial. Os experimentos foram realizados em triplicata biológica, sendo 16 lagartas
neonatas cada, avaliados após 144h. As cepas apresentaram curva de crescimento
padrão: fase lag (3-6h), log (6-24h) e estacionária (24-72h). O surgimento de
esporos foi visualizado a partir de 12h, presença de cristais a partir de 24h e
completa autólise 72h. Todas as cepas apresentaram mortalidade acima de 90%
com 72h, 48h e 24h de fermentação. Com 12h de crescimento, os isolados W, X e Y
mantiveram efeito tóxico sobre 55% da população. A cepa W se destacou em
relação as outras por apresentar em média 40% de mortalidade nas primeiras 9h de
fermentação. Conclui-se que estas cepas expressam proteínas entomopatogênicas
durante todo o ciclo de vida, sendo potenciais alvos para formulações de
biopesticidas.

Palavras-Chave: VIP; lagarta-do-cartucho; controle biológico

Apoio Institucional: IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão, IBA - Instituto


Brasileiro do Algodão e AMPA - Associação dos Matogrossense dos Produtores de
Algodão

135
Alta toxicidade de proteínas expressas por Bacillus thuringiensis
sobre Spodoptera frugiperda e Chrysodeixis includens
Igor Vinicius Pereira de Melo; Bruna C. Silva; Larissa H. R. Santos; Fabrini L. S.
Pontello; Maria Luisa Zardo
IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão

O Bacillus thuringiensis Berliner,1911 (Eubacteriales:Bacillaceae) (Bt) é uma


bactéria gram-positiva, esporogênica, caracterizada por produzir corpos proteicos
semelhantes à cristais (Cry) dentre outras proteínas que possuem atividades
entomopatogênicas específicas aos seus alvos. Sendo assim, são amplamente
utilizadas no setor agropecuário como ferramenta de controle biológico dentro do
Manejo Integrado de Pragas. O objetivo deste trabalho é avaliar a mortalidade de 3
insetos-praga através de produtos de fermentação de distintas cepas de B.
thuringiensis. As 7 estirpes selecionadas pertencem ao banco de germoplasma de
Bt do Instituto Matogrossense do Algodão e foram cultivados a 30°C, 260rpm por
15h ou 120h. Os alvos da ordem lepidóptera: Spodoptera frugiperda Smith, 1797
(Lepidoptera:Noctuidae) e Chrysodeixis includens Walker, 1818
(Lepidoptera:Noctuidae) foram testados com a adição do produto de fermentação à
superfície da dieta artificial. Para coleóptero, Anthonomus grandis Boheman,1843
(Coleoptera:Curculionidae) o material foi incorporado à alimentação artificial, para
manter a disponibilidade destas toxinas em toda amplitude de ingestão do inseto. O
delineamento experimental foi feito com larvas neonatas em triplicata biológica,
sendo 16 ou 30 o número de lepidópteros ou coleópteros por réplica. Avaliação foi
feita após 7 dias. Com 120h de fermentação todas as cepas apresentaram
mortalidade acima de 87% para ambos lepidópteros, mas com baixa eficiência para
A. grandis. Dentre as 7 estirpes testadas com 15h de fermentação, 4 mostraram alta
mortalidade para C. includens, mas apenas 1 repetiu o efeito em S. frugiperda.
Esses resultados convergem para um estudo mais detalhado sobre expressão de
proteínas que independem do processo de esporulação e a caracterização da
interação dos isolados com distintos insetos-praga, tempo de fermentação e
potencial letal que corroboram para formulações de produtos biológicos cada vez
mais viáveis no mercado.

Palavras-Chave: Bicudo-do-algodoeiro; Lagarta-do-cartucho; Lagarta falsa-


medideira

Apoio Institucional: IMAmt - Instituto Matogrossense do Algodão, IBA - Instituto


Brasileiro do Algodão e AMPA - Associação dos Matogrossense dos Produtores de
Algodão

136
Diferentes concentrações de isolados de nematoides
entomopatogênicos sobre Dismycoccus brevipes
Mariana F. de Macedo; Marcelo Zart; Adriano Albonetti; Leandro B. Gonçalves;
Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Luiz Meneghel

Dismycoccus brevipes Cockerel, 1893 (Hemiptera: Pseudococcidae) foi registrada


em Santa Catarina, atacando raízes da cultura da mandioca, e consequentemente
reduzindo o acúmulo de reserva e causando retardo no desenvolvimento da planta.
Devido ao seu hábito subterrâneo, o manejo por produtos químicos é dificultoso. No
entanto, elas acabam sendo alvo para os nematoides entomopatogênicos (NEPs),
pois estes agentes são organismos que vivem no solo. Assim, objetivo do trabalho
foi avaliar diferentes concentrações dos isolados NEPET 11 e IBCB-40 sobre
fêmeas adultas de D. brevipes em condições de laboratório. O experimento foi
realizado em copos plásticos de 100 mL, contendo 50cm3 de areia estéril e um
pedaço de abóbora da cultivar “cabotiá” com três cm2 e parafinado na parte oposta
à casca. Na superfície sem parafina foram dispostas 10 cochonilhas (fêmeas
adultas) e em seguida os insetos foram recobertos com areia. Os isolados foram
aplicados nas concentrações 0 (Controle), 25, 50, 100 e 200 JI/cm 2 suspensos em
água destilada, totalizando 10% de umidade em relação à massa de areia. Após a
inoculação, os copos foram fechados com tampas plásticas perfuradas e mantidos
em câmara climática com controle de temperatura (25±1ºC) e no escuro. A avaliação
ocorreu após cinco dias da inoculação, realizando a contagem dos insetos mortos, e
feita a confirmação da mortalidade por meio de dissecação sob microscópio
estereoscópico. Os dados de mortalidade foram submetidos a análise de variância e
as médias comparadas pelo teste Tukey (P≤5%). Ambos isolados foram patogênicos
em todas as concentrações avaliadas. O isolado NEPET 11 causou 88% de
mortalidade na concentração de 25 JI/cm2. O isolado IBCB-40 apresentou aumento
na mortalidade variando de 64% (25JI/cm2) a 88% (200JI/cm2). Assim, podemos
concluir que NEPET 11 apresenta maior virulência mesmo em menor concentração.

Palavras-Chave: Cochonilha; Controle Biológico; Heterorhabditis

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através


do financiamento da pesquisa

137
Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera
eridania na cultura da soja em Imbituva-PR
Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;
Anderson H. Briega
3M Experimentação Agrícola

A ocorrência de S. eridania tem se tornado relevante em cultivos de soja Intacta,


pois apresenta baixa suscetibilidade a proteína Cry1Ac. O controle biológico é uma
das ferramentas que pode ser empregado para a regulação populacional desta
praga. Com o objetivo de avaliar a eficiência de Lepigen® (Autographa californica
multiple nucleopolyhedrovirus) na cultura da soja no controle de S. eridania, instalou-
se um experimento em uma das áreas da 3M Experimentação Agrícola, em
Imbituva, PR, Safra 2018/19. Cada parcela constituiu-se de 30m² (3mx10m). O
delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro
repetições, utilizando-se a cultivar de Soja LANÇA IPRO. Foram realizadas duas
aplicações, com sete dias de intervalo e com início no aparecimento da praga, dos
seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom (Profenofós+Lufenurom) 550 EC
400 mL.ha-1; 3- Lepigen® ® 25 mL.ha-1; 4- Lepigen® ® 50 mL.ha-1; 5- Lepigen®
® 75 mL.ha-1; 6- Lepigen® ® 100 mL.ha-1; 7- Lepigen® 150 mL.ha-1. O volume de
calda foi de 100 L.ha-1. A infestação por S. eridania foi avaliada por meio da
contagem de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha,
previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a
primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5m² por parcela, sendo os dados
corrigidos a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram
submetidos a análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste
de T a 5%. Lepigen® nas doses de 50 a 150 mL.ha-1, apresentou controle
satisfatório da lagarta, levando em consideração que a aplicação foi no início da
infestação na cultura, promovendo resultados semelhantes ao tratamento Curyom
550 EC. Os tratamentos com diferentes doses de Lepigen® e Curyom 550 EC
apresentaram menores percentuais de desfolha quando comparados com a
testemunha, mostrando que o baculovírus é uma ferramenta promissora para o
manejo de S. eridania na cultura da soja.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

138
Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) para o controle de Spodoptera
eridania na cultura da soja no Município de Lapa-PR
Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;
Anderson H. Briega
3M Experimentação Agrícola

Inseticidas à base de baculovírus são uma estratégia importante para a regulação


populacional de pragas agrícolas, devido a sua seletividade e segurança ao meio
ambiente e aos aplicadores. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência do
inseticida biológico Lepigen® (Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus
(AcMNPV)) comparada a um inseticida padrão registrado para o controle de
Spodoptera eridania (Cramer,1782) (Lepidoptera:Noctuidae) na cultura da soja. O
trabalho foi realizado em uma das áreas da 3M Experimentação Agrícola, Lapa, PR,
Safra 2018/2019. Cada parcela constituiu-se de 30m² (3x10m). O delineamento
experimental foi em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições,
utilizando-se a cultivar de Soja LANÇA IPRO. Foram realizadas duas aplicações,
com sete dias de intervalo e com início no aparecimento da praga, dos seguintes
tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom (Profenofós+Lufenurom) 550 EC 400 mL.ha-
1; 3 a 7) Lepigen® nas doses de 25 mL.ha-1; 50 mL.ha-1; 75 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e

150 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-1. Os tratamentos foram aplicados nos
dias 02 e 09/02/2019. A infestação por S. eridania foi avaliada por meio da contagem
de lagartas em 3 batidas de pano por parcela e do percentual de desfolha,
previamente à aplicação dos tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a
primeira aplicação. A colheita foi avaliada em 5 m² por parcela, e os dados corrigidos
a 13% de umidade e transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a
análise de variância pelo teste F e comparados pelo teste de T a 5%. Referente ao
número de lagartas as doses de 50 a 150 mL.ha -1 de Lepigen® apresentou (0,5 a
1,5 de média de lagartas por parcela) resultados semelhantes ao produto Curyom
550 EC (0,8 lagartas). Quando comparada a testemunha (10%) observou-se a
redução na desfolha com valores de 1 a 3% nos tratamentos com Lepigen® nas
doses 25 a 150 mL.ha-1. De acordo com os resultados acima o produto Lepigen®
pode ser uma nova ferramenta de MIP, visando o controle de S. eridania.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens; Baculovírus; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

139
Eficiência de Lepigen® (AcMNPV) aplicado via foliar para o controle
de Spodoptera eridania na cultura da soja em Ponta Grossa
Marina Senger; Eloir Moresco; Marcelo F. Lima; Janayne M. Rezende;
Anderson H. Briega
3M Experimentação Agrícola

O controle biológico de pragas é uma ferramenta fundamental no manejo de pragas


agrícolas por ser de menor risco à saúde humana e ao meio ambiente e apresentar
excelente custo/benefício. O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de Lepigen®
(Autographa californica multiple nucleopolyhedrovirus, AcMNPV), comparada a um
inseticida padrão registrado para controle de Spodoptera eridania (Cramer,1782)
(Lepidoptera:Noctuidae) na cultura da soja. Instalou-se um experimento na 3M
Experimentação Agrícola, Ponta Grossa, PR, Safra 2018/19. Cada parcela
constituiu-se de 45 m² (3mx15m). O delineamento experimental foi em blocos ao
acaso, com sete tratamentos e quatro repetições, sendo a cultivar de Soja LANÇA
IPRO. Foram realizadas duas aplicações, com sete dias de intervalo com início no
aparecimento da praga, dos seguintes tratamentos: 1-Testemunha; 2-Curyom 550
EC (Profenofós+Lufenurom) 400 mL.ha-1; 3 a 7) Lepigen® nas doses de 25 mL.ha-1;
50 mL.ha-1; 75 mL.ha-1; 100 mL.ha-1 e 150 mL.ha-1, ambos com volume de 100 L.ha-
1. Os tratamentos foram aplicados no dia 16 e 23/01/2019. A infestação de S.

eridania foi avaliada através da contagem de lagartas em 3 batidas de pano por


parcela e a avaliação do percentual de desfolha, previamente à aplicação dos
tratamentos, e aos 4, 7, 11, 14 e 21 dias após a primeira aplicação. A colheita foi
avaliada em 5 m² por parcela, sendo os dados corrigidos a 13% de umidade e
transformados em kg.ha-1. Os dados foram submetidos a análise de variância pelo
teste F e comparados pelo teste Duncan 5%. Lepigen® nas doses de 50 a 150
mL.ha-1, apresentou controle de 50 a 70% sobre S. eridania, quando a aplicação foi
realizada no início da infestação na cultura, com resultados semelhantes ao
tratamento Curyom 550 EC (80%), aplicado nas mesmas condições. Todos os
tratamentos apresentaram menores percentuais (1 a 2%) de desfolha quando
comparados com a testemunha (9%), o que comprova a eficácia do uso do inseticida
biológico no manejo de S. eridania na cultura da soja.

Palavras-Chave: Lagarta-das-vagens; Baculovírus; controle biológico

Apoio Institucional: AgBiTech Controles Biológicos Ltda

140
Analise da produção in vitro do vírus Spodoptera frugiperda MNPV
em dois sistemas de biorreatores
Karina Klafke; Guilherme Fabri Pereira; William Sihler; Marlinda Lobo de
Souza; Aldo Tonso
Universidade de Sao Paulo

A largarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda – J.E.Smith – Lepidoptera, Noctuidae)


é a principal praga de milho das Américas, tendo sido reportada recentemente na
África e na Índia. Um baculovírus patogênico a essa praga, Spodoptera frugiperda
MNPV (SfMNPV), tem sido produzido comercialmente no Brasil. A produção in vivo
de baculovírus apresenta limitações, tais como a alta especificidade do vírus, e
dificuldades no processo de criação massal de inseto. Dessa forma, a produção in
vitro em biorreatores tem se tornado uma alternativa atrativa, sendo que diversas
culturas de células de inseto encontram-se estabelecidas. Esse trabalho apresenta a
análise da produção in vitro do vírus SfMNPV I-19 em dois sistemas de biorreatores.
Inicialmente, a cinética da linhagem celular Sf9 foi padronizada usando o meio
Sf900-III e, em seguida, testes em pequena (Schott) e grande (biorreator BioFlo 110)
escala foram realizados pela infecção com o vírus. Os efeitos citopáticos induzidos
pelo vírus foram monitorados por microscopia óptica, bem como a porcentagem de
células infectadas. Os poliedros (produto final) foram analisados por microscopia
eletrônica, confirmando sua morfologia regular. No entanto, os experimentos iniciais
sugeriram que a aspersão de gás poderia estar causando estresse de cisalhamento
na célula. Para avaliar essa hipótese foi feita comparação entre biorreator padrão
STR (Stirred Tank Reactor) com aspersão de gás (BioFlo 110) e um sistema “bubble
free” (BioStat B), equipado com uma membrana de silicone permeável a gás. Os
resultados indicam que cisalhamento poderia causar um efeito prejudicial no
crescimento celular já que a taxa específica de crescimento máximo (µ) foi similar
nos sistemas comparados, porém a concentração celular máxima e viabilidade
diferiram significativamente. No entanto, os dados apontam similaridade na
produção específica do vírus (PIBs/células) nos dois sistemas. Estudos encontram-
se em andamento para melhor compreensão do evento.

Palavras-Chave: biopesticida; baculovirus; controle biologico

Apoio Institucional: CNPq, FAPESP, Embrapa

141
Seleção de Steinernema spp. Visando o Controle do Cascudinho de
Aviário, Alphitobius diaperinus
Matheus C. Marcomini; Bruna Ap. Guide; Thiago A. P. Fernandes; Alex R.
Lopes; Pedro M. O. J. Neves
Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, Departamento de Ciências Agrárias

O cascudinho, Alphitobius diaperinus (Coleoptera: Tenebrionidae) (Panzer), é um


inseto praga-chave dos aviários. Seu combate, com inseticidas é dificultado pela
presença quase interrupta de aves no galpão além da resistência formulações
inseticidas, logo o controle microbiano representa uma alternativa no manejo
integrado das populações deste inseto. O presente estudo teve por objetivo,
comparar a patogenicidade e virulência de diferentes NEPs do gênero Steinernema
no controle de adultos e larvas de cascudinho. Os isolados selecionados para o
teste foram: Steinernema puertoricense, S. feltiae, S. rarum, S. braziliense e S.
diaprepes. No teste de seleção utilizou-se a concentração de 100 JIs/cm². Para cada
espécie foram feitas quatro repetições (10 insetos adultos) em placas de Petri (9 cm
de diâmetro) contendo dois papeis de filtro. Para larvas, foram feitas também quatro
repetições com 12 larvas individualizadas em placas de cultivo de células com 12
poços, contendo dois discos de papel de filtro em cada poço. Os JIs foram
inoculados com micropipeta sobre o papel de filtro já contendo os insetos. O
experimento foi mantido em câmara climatizada, a 25 ± 1°C sem fotoperíodo. Após
cinco dias de exposição, foi avaliada a mortalidade e dissecação dos insetos para
confirmar a morte por nematoide. Os dados foram submetidos ao teste de médias
Scott-Knott (p≤5%). Observou-se que todos os NEPs foram patogênicos a larvas e
adultos de cascudinho, mas variaram em relação à virulência. No ensaio com
adultos, S. feltiae causou maior porcentagem de mortalidade (92,5%), seguido de S.
diaprepes (47,5%), S. puertoricense (47,5%), S. rarum (32,5%) e S. braziliense
(2,5%). No teste com larvas S. feltiae também foi o mais virulento (96%). Já os S.
diaprepes (16,7%) e S. rarum (17,2%) provocaram baixa mortalidade, porém
superior a S. puertoricense (2%) e S. braziliense (0%) que não diferiram da
testemunha. Portanto o S. feltiae apresenta melhor eficiência e potencial de uso
entre os testados.

Palavras-Chave: Controle biológico; Controle Microbiano; Nematoides


entomopatogênicos

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Londrina

142
Microbiota associated with alternative food of soil predatory mites:
Potential to enhance biological control
Matheus F.P. Moreira; Eric Palevsky; Gilberto J. de Moraes; Fernando L.
Cônsoli
ESALQ/USP

Predatory mites are important natural enemies in soil food web, but their interactions
within soil communities is still scarce. Previous research in our group focused on the
use of alternative prey to enhance populations of predatory soil mites to foster
biological control, using the free-living non-parasitic nematode (FLNPN), the
bacterivore Rhabditella axei (Cobbold,1884) (Rhabdita: Rhabditae) as an alternative
food source for Mesostigmata mites. FLNPN were cultured on rotting beans and
made available to predatory mites along with their associated microbial community,
which resulted in an increased control of the target pest used. In order to further
develop this system and improve our understanding of the existing interactions, we
investigated the diversity of the microbiota associated with the rearing of R. axei by
using a culturable-dependent approach. Bacteria colonies were morphotyped,
subjected to DNA extraction and amplification of the 16S ribosomal RNA gene for
bidirectional Sanger´s sequencing 16S rDNA, sequences obtained were used in
heuristic searches against databases for the putative identification of each
colony. Representative sequences were selected and subjected to phylogenetic
analysis for further characterization of the isolated bacteria.
We identified eight phylotypes belonging to Firmicutes
(Bacillales, Lactobacilalles), four Proteobacteria
(Burkholderiales, Pseudomonales, Enterobacteriales) and two of Bacteriodetes (Flav
obacteriales). Among the isolates identified, we were able to
recognize many phylotypes that establish positive interactions with plants, while
others are commonly associated with species of Rhabditida. Some
of phylotypes identified also have the potential for use as biocontrol agents of pests.
The potential benefits in the use of FLNPN and associated microbiota to improve
predatory mite populations, increase the availability of microbial pathogens of other
pests and promote plant growth will be discussed.

Palavras-Chave: Food web; Bacteria; Mesostigmata

Apoio Institucional: CNPQ; FAPESP

143
Tratamento de mudas de tomateiro com Metarhizium ansiopliae
para o controle de pragas e doenças da parte aérea
Murilo Gaspar Litholdo; Lucas S. Vian; Matheus B. Oliva; Luis R. Rodrigues;
Rodolfo P. Carneiro; Arthur P. Carneiro; Alexandre de S. Pinto
Farmbio Controle Biológico

O tomateiro (Solanum lycopersicum) (Solanaceae) apresenta muitas pragas e


doenças que comprometem a produção e o manejo fitossanitário é realizado quase
que exclusivamente com agrotóxicos. Este trabalho teve como objetivo, avaliar o
desenvolvimento da cultura e o controle de pragas e doenças após o tratamento das
raízes das plantas com Metarhizium anisopliae cepa IBCB425. Em um delineamento
em blocos casualizados, quatro tratamentos (imersão das raízes em soluções em
três concentrações diferentes, 5,0x109, 1,0x1010 e 1,5x1010 conídios L -1, mais uma
testemunha) foram repetidos sete vezes. Após o tratamento das raízes, as mudas
foram plantadas em vasos e mantidas em campo, em Ribeirão Preto, SP, Brasil.
Todas as plantas foram avaliadas semanalmente quanto à presença de pragas e
doenças. Foram encontrados pulgões (Hemiptera: Aphididae), mosca-branca
(Hemiptera: Aleyrodidae), cochonilhas (Hemiptera: Pseudococcidae), cigarrinhas
(Hemiptera: Cicadellidae), tripes (Thysanoptera: Thripidae), moscas-minadoras
(Diptera) e lagartas (Lepidoptera) e as doenças septoriose, Septoria lycopersici,
murcha-de-verticílio, Verticillium dahliae, e oídio, no período vegetativo. No período
reprodutivo ocorreram lagartas e podridões não identificadas. M. anisopliae, nas
doses de 5,0x109 a 1,5x1010 conídios L-1, diminuiu a incidência inicial de murcha-
de-verticílio e na dose de 1x1010 conídios L-1 diminuiu a incidência de septoriose,
em uma data apenas, em folhas de tomateiro. O fungo M. anisopliae no tratamento
de mudas de tomateiro não diminuiu a incidência de doenças em frutos e nem
melhorou a produtividade da cultura. Esse fungo deve ser mais bem estudado, em
outras concentrações de conídios, no controle de pragas e doenças.

Palavras-Chave: controle microbiano; Solanaceae; fungo

Apoio Institucional: Esalq

144
Comparative RNAseq analysis of the insect-pathogenic fungus
Metarhizium anisopliae reveals specific transcriptome signatures
Natasha S.A. Iwanicki; Italo D. Júnior; Jørgen Eilenberg; Henrik H. De F. Licht
USP / ESALQ

Blastospores play an important role for M. anisopliae pathogenicity during disease


development. They are formed solely in the hemolymph of the insects as a fungal
strategy to quickly multiply and colonize the insect´s body. Hyphae are vegetative
structures that are formed as M. anisopliae grows in soil, associated with plants or
inside killed insect hosts but they do not require insects to be formed. Hyphae and
blastospores can be produced in vitro under specific conditions and blastospores
have great commercial potential for direct application in biological control. Here, we
use comparative genome-wide transcriptome analyses to determine changes in gene
expression between the mycelial (hyphal) and blastospore growth phases in vitro in
order to characterize physiological changes and metabolic signatures associated with
M. anisopliae dimorphism. Our results show a clear molecular distinction between the
blastospore and mycelial phases. In total 6.4% (n=696) out of 10,981 predicted
genes in M. anisopliae were significantly differentially expressed between the two
phases with a Log2 fold-change>4. The main physiological processes associated
with up-regulated gene content in blastospores during liquid fermentation were
oxidative stress, amino acid metabolism, respiration processes, transmembrane
transport, and production of secondary metabolites. In contrast, the up-regulated
gene content in hyphae were associated with increased growth metabolism and cell
wall re-organization, which underlines the specific functions and altered growth
morphology of M. anisopliae blastospores and hyphae, respectively. These findings
illustrate important aspects of fungal morphogenesis in M. anisopliae and highlight
the main metabolic activities of each propagule under in vitro growing conditions.
Moreover, we found that blastopores produce secondary metabolites from different
families compared to the hyphal phase. These metabolites could be further
investigated for potential commercial use.

Palavras-Chave: Fungal morphogenesis; Entomopathogenic fungi; Differentially


expressed genes (DEGs)

Apoio Institucional: PROJETOS FAPESP: 2016/20610-6 e 2017/04870-0;


PROJETO UNIVERSAL CNPQ: 421629/2016-9

145
Compatibilidade de produtos fitossanitários com nematoides
entomopatogênicos visando o manejo de Dysmicoccus brevipes
Nathália C. Andrade; Marcelo Zart; Adriano Albonetti; Gabriela S. Doneze;
Mariana F. de Macedo; Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Cornélio Procópio

Nematoides entomopatogênicos (NEPs) são encontrados no solo e podem ser uma


alternativa no controle de pragas que vivem no solo, como é o caso de Dysmicoccus
brevipes Cockerel, 1893 (Hemiptera: Pseudococcidae), espécie de cochonilha
encontrada no estado de Santa Catarina atacando raízes de mandioca. No entanto,
para que o Manejo Integrado de Pragas seja eficiente, é importante conhecer a
integração dos nematoides com produtos químicos usados na cultura. Assim, o
objetivo do trabalho foi a avaliar a compatibilidade do isolado NEPET11, com os
produtos químicos Curyom, Gaucho, Actara, Standaktop, Tiger, Nomolt,
Cipermetrina, EC, Poquer, Fusilade, Gamit, Callisto. Para tanto, utilizou a
metodologia de Vainio (1992), adaptada por Negrisoli (2008), e realizou-se o preparo
de caldas de cada produto, com o dobro da recomendação de uso comercial. Em
seguida, em tubos de vidro de fundo chato, adicionou-se 1mL da suspensão do
nematoide (2000 Juvenis Infectantes/mL) e 1mL da calda do produto. Após 48
horas, foi feita tríplice lavagem, adicionando-se 3mL de água destilada em cada
tubo, deixando decantar e retirando-se o sobrenadante. Para avaliação da
viabilidade, foi feita a contagem do número de JIs vivos e mortos, sendo considerado
morto aquele que não se movimentou ao estímulo de toque. A avaliação da
infectividade foi feita em larvas de G. mellonella, aplicando-se 200 JIs/placa de petri
contendo 10 lagartas. Após cinco dias, avaliou-se o número de lagartas mortas. Os
produtos Poquer, Tiger, Gaucho e Actara causaram redução na viabilidade e o
produto Curyom foi o único que reduziu a infectividade sobre G. mellonella em 8%.

Palavras-Chave: Cochonilhas; Mandioca; Controle Biológico

Apoio Institucional: Capes com concessão de bolsa e Fundação Araucária através


do financiamento da pesquisa

146
Susceptibility of Helicoverpa armigera to field-sprayed
entomopathogenic fungi
Naymã P. Dias; Tamires D. de Souza; Joacir do Nascimento; Rosie Mangan;
Luc F. Bussière; Matthew Tinsley; Ricardo A. Polanczyk
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

The cotton bollworm, Helicoverpa armigera (Hubner, 1805) (Lepidoptera: Noctuidae)


was reported in Brazil in 2012/2013 crop season when outbreaks in various cultures
caused losses of around R$ 2 billion. Currently, this pest is widely distributed in all
Brazilian agricultural regions. This wide distribution is mainly due to their migratory
behavior and rapid resistance evolution to pesticides. In recent years, the use of
microbial agents for pest control has received more attention, motivated by the
demand for ecologically and evolutionarily sustainable control tactics. Our aim was
evaluated the susceptibility of H. armigera larvae to two entomopathogenic fungi
isolates on field conditions. We performed screening of entomopathogenic fungi at
lab conditions and selected two fungi isolates for field assays. We sprayed 108
conidia mL-1 Metarhizium anisopliae IBCB 425 (Metchnikoff) Sorokin (Hypocreales:
Clavicipitaceae) or Beauveria bassiana IBCB 1363 (Bals.) Vuill. (Hypocreales:
Cordycipitacea) on 750 soybean plants and water was used as control. One leaf disk
(2 cm diameter) was collected in 20 plants at 30 min, 1, 2, 3, 4, 5, 6 and 7 h after
treatment and provided to 50 H. armigera first instar larvae in each period. Mortality
was recorded 7 days after treatment and data were analyzed by Tukey test (5%).
Colony forming units (CFU) in the soybean leaves were counted at the same periods.
Mortality due to B. bassiana ranged from 64% to 96% and due to M. anisopliae
ranged from 4% to 80%. The mortality caused by B. bassiana differed from the
control at all periods evaluated, having greater or similar mortality caused by M.
anisopliae. The mortality caused by both isolates and the CFUs presented a
significant correlation (r) of 0.8. Decreased in H. armigera mortality caused by M.
anisopliae can indicate the lower persistence these conidia on field conditions. An
increase in the mortalities rate is expected in the next field assays to both fungi with
the addition of inserts and conidia encapsulation.

Palavras-Chave: microbial control; cotton bollworm; Beauveria bassiana

Apoio Institucional: FAPESP/CAPES

147
Plasmid Rap-Phr systems act synergistically to regulate sporulation
of the Bacillus thuringiensis kurstaki HD73 strain
Priscilla F. Cardoso; Fernanda A. P. Fazion; Stéphane Perchat; Christophe
Buisson; Gislayne T. Vilas-Bôas; Didier Lereclus
Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Bacillus thuringiensis is a spore-forming Gram positive bacterium that produces


crystalline proteins pathogenic to larvae of diverse insect and nematode species. The
cry genes are located on plasmids and the Cry proteins are mostly produced during
the stationary growth phase and the sporulation. B. thuringiensis contains a
remarkable amount of extra-chromosome DNA molecules and a great number of
plasmid rap-phr genes. Rap-Phr quorum sensing systems regulate different bacterial
processes, notably the commitment to sporulation in Bacillus species. Rap proteins
act as phosphatases on Spo0F, intermediate of the sporulation phosphorelay, and
are inhibited by Phr peptides that function as quorum sensors. Rap-Phr systems
belong to the RNPP family of quorum sensing systems that were shown to regulate
the B. thuringiensis infectious cycle. In this study, we describe the Rap63-Phr63
system encoded on the pAW63 plasmid from the B. thuringiensis var. kurstaki HD73
strain, toxic to Lepidoptera insects. Moreover, we have analyzed this system together
to the already described Rap8-Phr8 plasmid system that cohabite the B. thuringiensis
HD73 strain. Rap63 have a moderate activity on sporulation that is inhibited by the
Phr63 whose the mature form is included in the C-terminal end of its precursor. The
two components of this signaling cassette are co-transcribed and the phr63 gene is
also transcribed by an additional promoter. Interestingly, we show that the
Δphr8Δphr63 mutant strain strongly prevent sporulation in Galleria mellonella larvae.
Despite the Phr8 and Phr63 similarities, there is no cross-talk between the Rap63-
Phr63 and Rap8-Phr8 systems. Our results suggest a synergistic activity of these two
Rap-Phr systems in the regulation of the sporulation process ensuring the survival
and the dissemination of the B. thuringiensis at the end of the infectious cycle. Our
results also pointed out the relevance of the plasmid network to the fitness of B.
thuringiensis bacteria.

Palavras-Chave: quorum sensing; phosphatase; infectious cycle

Apoio Institucional: CAPES; Programa CAPES-COFECUB

148
Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras
para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa
Rafael M. Brito; Fábio Yamashita; Amarildo Pasini; Admilton G. O. Júnior
Universidade Estadual de Londrina

As iscas formicidas são consideradas seguras aos aplicadores e efetivo método de


controle. A escolha do material atrativo das iscas torna-se imprescindível para
garantir sua eficácia e evitar possível rejeição. Os objetivos do trabalho foram avaliar
a atratividade de diferentes matrizes poliméricas por Atta sexdens rubropilosa Forel,
1908 (Hymenoptera: Formicidae) para confecção de iscas e controle com os agentes
microbianos Beauveria bassiana (TB) e Metarhizium anisopliae (TM). As matrizes
poliméricas extrudadas a base de amido, poliéster biodegradável e resíduo
lignocelulósico e comercial à base de polpa cítrica foram submetidas ao teste de
atratividade. O extrudado mais atrativo foi revestido com os entomopatógenos
individuais (TB e TM), mistura de ambos (TMB) e com amido no tratamento controle
(TC) para bioensaio de controle a campo na região de Londrina-PR. As iscas
apresentaram atratividade semelhantes, todavia a composição lignocelulósica
apresentou maior aceitação global, material identificado e carregado em menor
tempo pelas operárias. O mecanismo de infecção iniciou-se no aparelho bucal e com
desenvolvimento de conídios no primeiro par de pernas e antenas, membros
utilizados na identificação e transporte da isca. As operárias não foram capazes de
identificar os entomopatógenos e aceitaram as iscas extrudadas como fonte de
alimento e não apresentarem rejeição do material. As atividades de forrageamento e
total foram reduzidas para os tratamentos TB e TMB, porém a suspensão
permanente somente foi observada em TM. A diferença no tamanho das operárias
foi observada com 49 dias após a aplicação (DAA) em TM e com 55 DAA em TB. A
eficiência de controle foi de 100% para TM, em TB e TMB apresentam eficiência de
76% e 90%, respectivamente. Deste modo, as iscas desenvolvidas possuem
potencial para serem produzidas em escala comercial para controle de formigas
cortadeiras Atta sexdens rubropilosa.

Palavras-Chave: Polímeros; Formicida; Manejo de insetos sociais

Apoio Institucional: CAPES

149
Desenvolvimento e aplicação de iscas à base de amido e fibras
para o controle de formiga cortadeira Atta sexdens rubropilosa
Rafael M. Brito; Fábio Yamashita; Amarildo Pasini; Admilton G. O. Júnior
Universidade Estadual de Londrina

As iscas formicidas são consideradas seguras aos aplicadores e efetivo método de


controle. A escolha do material atrativo das iscas torna-se imprescindível para
garantir sua eficácia e evitar possível rejeição. Os objetivos do trabalho foram avaliar
a atratividade de diferentes matrizes poliméricas por Atta sexdens rubropilosa Forel,
1908 (Hymenoptera: Formicidae) para confecção de iscas e controle com os agentes
microbianos Beauveria bassiana (TB) e Metarhizium anisopliae (TM). As matrizes
poliméricas extrudadas a base de amido, poliéster biodegradável e resíduo
lignocelulósico e comercial à base de polpa cítrica foram submetidas ao teste de
atratividade. O extrudado mais atrativo foi revestido com os entomopatógenos
individuais (TB e TM), mistura de ambos (TMB) e com amido no tratamento controle
(TC) para bioensaio de controle a campo na região de Londrina-PR. As iscas
apresentaram atratividade semelhantes, todavia a composição lignocelulósica
apresentou maior aceitação global, material identificado e carregado em menor
tempo pelas operárias. O mecanismo de infecção iniciou-se no aparelho bucal e com
desenvolvimento de conídios no primeiro par de pernas e antenas, membros
utilizados na identificação e transporte da isca. As operárias não foram capazes de
identificar os entomopatógenos e aceitaram as iscas extrudadas como fonte de
alimento e não apresentarem rejeição do material. As atividades de forrageamento e
total foram reduzidas para os tratamentos TB e TMB, porém a suspensão
permanente somente foi observada em TM. A diferença no tamanho das operárias
foi observada com 49 dias após a aplicação (DAA) em TM e com 55 DAA em TB. A
eficiência de controle foi de 100% para TM, em TB e TMB apresentam eficiência de
76% e 90%, respectivamente. Deste modo, as iscas desenvolvidas possuem
potencial para serem produzidas em escala comercial para controle de formigas
cortadeiras Atta sexdens rubropilosa.

Palavras-Chave: Polímeros; Formicida; Manejo de insetos sociais

Apoio Institucional: CAPES

150
Effect of Bacillus thuringiensis on the displacement of Apis
mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanized
Raiza Abati; Gabriela Libardoni; Amanda R. Sampaio; Lucas Battisti; Caroline
M. Allein; Leonardo T. Alves; Thaís Pauli; Everton R. Lozano
Discente no Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da Universidade Tecnológica
Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos. Estrada para Boa Esperança, Km 04 CEP 85660-000 -
Dois Vizinhos - PR – Brasil

Entomopathogenic bacteria have a higher selectivity to non-target insects, such as


Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae) Africanized, when compared to other
methods of control. However, the sub-letals effects of these agents are still little
known about bees, especially the changes in behavior. Thus, the objective was to
evaluate the ability of vertical displacement of A. mellifera after ingestion of two
commercial products based on Bacillus thuringiensis (Bt). For this bioassay, the
products have been incorporated in Candy paste (diet) and provided to newly
emerged honeybees workers, being the treatments: T1) control (pure Candy paste);
T2) Bt A (dosage recommended by manufacturer) + Candy paste and T3) Bt B
(dosage recommended by the manufacturer) + Candy paste. Were prepared five
repetitions per treatment, with 20 bees each. The bees were kept with diet, in cages
of PVC (20 x 10 cm). They were maintained during seven days in climatized room
(27 ± 2° C, R.H. 60% ± 10%), where were analyzed the honeybees longevity. On the
seventh day 1) vertical displacement and 2) free fall tests were performed. For this,
we used a flight Tower (35 x 35 x 105 cm LxWxH), with scale, and light stimulus on
top. The longevity of bees did not differ between treatments (average 130 hours).
The Bt A reduced the ability of vertical displacement of honeybees workers, with an
average of 1 to 35 cm heigh, while the average height of displacement of bees from
control and Bt (B) varied between 75 and 105 cm. In the free-fall test there was no
difference between the treatments and the control, and the resumption of flight
occurred, on average, between 35 and 70 cm height. Despite the Bt A product have
interfered in the ability of vertical displacement, the same product did not interfered
on resumption of flight and longevity of A. mellifera.

Palavras-Chave: Entomopathogenic bacteria; Africanized honeybee; Behavior

Apoio Institucional: Cnpq; UTFPR

151
Does Bacillus thuringiensis in Apis mellifera workers diet interferes
in their longevity?
Raiza Abati; Amanda R. Sampaio; Gabriela Libardoni; Caroline M. Allein; Luiz
G. S. Nunes; Everton R. Lozano; Fabiana M. Costa-Maia; Anderson Guimarães;
Thaís Pauli; Michele Potrich
Laboratório de Controle Biológico – Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Câmpus
Dois Vizinhos, Estrada para Boa Esperança, Km 4, 85660-000, Dois Vizinhos, PR, Brasil

Bacillus thuringiensis (Bt) is entomopathogenic bacteria used in the control of wide


range of insects considered agricultural pests. In this way, new isolates are
constantly available to the market and with that comes the need to evaluate the
safety to non-target insects, such as the Africanized honeybee Apis mellifera L.
(Hymenoptera: Apidae). The aim of this study was to evaluate if the presence of Bt in
A. mellifera workers diet interferes the longevity of the same. Four strains of Bt
(RR14P, EM41S, PR11P, PR31P - 1,0 x 108 spores.mL-1) obtained from soil
samples of Federal University of Technology - Paraná (UTFPR), Dois Vizinhos, and
a commercial product (the basis of Bt, at the dosage recommended by the
manufacturer) had been tested in newly emerged A. mellifera workers, in bioassay of
ingestion. As a control was used sterile distilled water. To perform the bioassay, the
treatments were incorporated into Candy paste (diet) for workers. Each treatment
consisted of five repetitions, with 20 honeybees each. The honeybees were placed in
PVC cages (20 x 10 cm), closed with voile, where the diet was provided. The cages
were kept in a controlled room (27 ± 2° C, R.H. 60% ± 10%) and the evaluation
occurred 1 hour after the beginning of the bioassay up to 240 hours. The average
longevity of the workers coming from strains RR14P, EM41S, PR11P, PR31P was
120.9; 106.3, 104.5 and 112.8 hours respectively, while the control was 182.4 hours.
The commercial product reduced the longevity of workers to 92.5 hours. The dead
honeybees from Bt treatments presented in liquid feces, characteristic of the effect of
bacteria on this insect. The Bt strains, as well as the commercial product, when
present in the diet of A. mellifera reduce worker longevity in laboratory conditions.
Tests with different methods of application, different times and field conditions should
be performed.

Palavras-Chave: Entromopathogenic bacteria; Honeybee; Selectivity

Apoio Institucional: Cnpq; UTFPR;

152
Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de
conídios de Beauveria bassiana
Raquel Andrade Sá; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Izabeli I.
Santos; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei
Innova LTDA

No Brasil o uso de fungos entomopatogênico na agricultura tem crescido nos últimos


anos. O fungo Beauveria bassiana têm sido utilizado com sucesso no controle de
insetos-praga diversos. No manejo integrado o uso em conjunto desse bioagente
com outros defensivos químicos de uso agrícola é interessante. Entretanto a
incompatibilidade de muitos desses produtos pode prejudicar a ação desse agente
biocontrolador. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de defensivos químicos de
uso agrícola, sobre o fungo B. bassiana (isolado IBCB 66). Uma suspensão de
3,5 x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas
concentrações recomendadas. Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em
lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após
20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%.
Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem
de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de
germinação em relação a testemunha (100%), para a faixa de 0 a 30% o produto é
considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é
considerado moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado
compatível. Os fungicidas foram muito tóxicos, sendo que Mancozebe e
Trifloxistrobina + Protioconazol inibiram a germinação dos conídeos, e
Trifloxistrobina + Ciproconazol e Azoxistrobina + Benzovindiflupir possibilitaram 3% e
13,2% de germinação, respectivamente. Os herbicidas testados foram compatíveis,
Cletodim 80,5%, Haloxifope-r éster metílico 84,5%, Sal de dimetilamina do ácido
diclorofenoxiacético (2,4-D) 85,2%, Glifosato 86,2% e Dicloreto de Paraquate 87,2%.
Os inseticidas incompatíveis foram Tiametoxam, que inibiu a germinação de
conídeos, e Lambda-cialotrina com 0,4% de germinação. Imidacloprid com 79,4% e
Acefato com 86,2% de germinação foram classificados como compatíveis.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Bioinseticida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

153
Seletividade de defensivos agrícolas sobre a germinação de
conídios de Purupureocillium lilacinum
Raquel Andrade Sá; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Marilda J.
Silva; Matheus G. Ferreira3; Sandra Schkalei; Izabeli I. Santos
Innova LTDA

No Brasil o fungo Purpureocillium lilacinum têm sido utilizado com sucesso no


controle de pragas de solo como nematóides do gênero Meloidogyne. No manejo
integrado é de interesse aplicá-lo juntamente com outros defensivos de uso agrícola.
Porém a incompatibilidade de muitos desses produtos pode prejudicar a ação desse
bioagente. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos químicos de uso agrícola,
sobre o fungo P. lilacinum (isolado PUR 17/09). Uma suspensão de
3,4x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas
concentrações recomendadas. Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em
lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após
20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%.
Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem
de germinação. Foi adotada a metodologia de em que são calculados os valores de
germinação em relação a testemunha (100%) para a faixa de 0 a 30% o produto é
considerado muito tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é
considerado moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado
compatível. Os fungicidas testados foram muito tóxico, sendo que Mancozebe e
Trifloxistrobina + Protioconazol inibiram a germinação dos conídios, Trifloxistrobina +
Ciproconazol e Azoxistrobina + Benzovindiflupir apresentaram 3,8% e 7,4% de
germinação, respectivamente. Todos os herbicidas foram compatíveis, Glifosato
85%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) 82,5%, Cletodim
77,5%, Haloxifope-r éster metílico 77,5% e Dicloreto de Paraquate 75,7% Entre os
inseticidas, foram compatíveis Acefato 79% e Imidacloprid 77,6%, por outro lado,
Tiametoxam 0% e Lambda-cialotrina 0,4% foram muito tóxico.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Bionematicida; Viabilidade

Apoio Institucional: Innova LTDA

154
Bacillus thuringiensis sublethal effects (Bacillales: Bacillaceae) in
Helicoverpa armigera (Lepidoptera: Noctuidae)
Helvio C. Costa Jr.; Kelly C. Gonçalves; Giovani Smaniotto; Ricardo A.
Polanczyk
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil

Bacillus thuringiensis (Eubacteriales: Bacillales) (Bt) is an entomopathogen widely


used in pest control, but there is lack of knowleadge about its effects on larvae at
sublethal concentrations, which may occur in the field due to the difference in
distribution of the application along the plant canopy of the crops or differences in
toxin concentration in Bt plants. The objective of this research was to evaluate the Bt
sublethal effect on Helicoverpa armigera larvae (Hübner, 1805) (Lepidoptera:
Noctuidae). In this study, the Dipel biopesticide was used in the SC formulation, at
concentrations of 3,67 x 106; 6,85 x 106; 6,85 x 107; 1,37 x 108 and 6,85 X 108
spores mL, in addition to the control treatment, in which it received application of only
deionized water to install the bioassay, to estimate the sublethal concentrations. The
concentrations (75 μL) were applied at the surface of artificial dropped in plastic
recipients (2,5 cm Æ) diet and 60 first instar larvae in three replicates were used for
each concentration. Probit analysis (Polo PC) was used to estimate lethal
concentrations. LC10, LC15, LC20 and LC25, which are considered sublethal
concentrations because they present a mortality below 25%. Later, another bioassay
was installed to evaluate some biological parameters, such as: larvae length and
weight, pupae weight and sexual ratio. All the concentrations showed a significant
increase in the larval lenght, mainly LC25 with the period reaching more than 36
days. There were also significant differences in the larvae and pupae weight. Only
LC10 concentration showed no significant difference compared to the control in the
pupae weight. Sublethal Bt concentrations are capable of interfering in the
development of H. armigera and may contribute to reduce the damage caused by
this pest.

Palavras-Chave: biopesticide

Apoio Institucional: FCAV/UNESP

155
Suscetibilidade de diferentes instares de Chrysodeixis includens
(Lepidoptera: Noctuidae) a Cry1Ac
Ariadne C. Sanches; Maria H. Zanetti; Tamires D. de Souza; Natalia D. Danzi;
Matheus H. T. G. Borges; Janete A. Desidério; Ricardo A. Polanczyk
¹Universidade de São Paulo - USP, Campus Ribeirão Preto - SP, Brasil. E-mail:r.polanczyk@unesp.br
²Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil

Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae), conhecida como


lagarta-falsa-medideira, é uma das mais importantes espécies praga devido a sua
elevada polifagia e voracidade. Em virtude da intensa utilização de inseticidas
químicos para o seu controle, populações tem desenvolvido resistência, sendo
necessário a utilização de outras formas de controle, como por exemplo, a bactéria
Bacillus thuringiensis Berliner (Eubacteriales: Bacillaceae) (Bt), que possui elevada
especificidade e seletividade e menor pressão de seleção. A toxina Cry1Ac,
presente em bioinseticidas a base de Bt e plantas Bt, é uma das mais virulentas para
lepidópteros praga, entretanto, há relatos de diferenças na suscetibilidade entre os
estádios larvais, com menor mortalidade de lagartas de últimos instares do que nos
primeiros instares. O objetivo deste trabalho foi avaliar a suscetibilidade de quatro
instares de C. includens a Cry1Ac com estimativas da Concentração Letal Média
(CL50). Uma alíquota (75 μL) das seis concentrações da toxina foram aplicadas com
micropipeta na superfície de dieta artificial previamente distribuída em recipientes
plásticos (2,5 cm Æ), para o qual foi transferida uma lagarta de cada instar. No total
foram utilizados 48 espécimes em três repetições por tratamento. No sétimo dia
após a aplicação foi avaliada a mortalidade e a CL50 foi estimada pela análise Probit
(P>0,05) (POLO-PC). A CL50 aumentou cerca de 10 vezes entre o primeiro (2,34
ng.cm-2), segundo (22,46 ng.cm-2) e terceiro (267,48 ng.cm-2) instares. Essa
diferença foi de cerca de150 vezes entre o primeiro e quarto instares (337,01 ng.cm-
2), porem a CL50 foi semelhante entre o terceiro e quarto instares. As diferenças de

suscetibilidade entre os estádios larvais de C. includens à toxina Cry1Ac podem ser


devidas a diferenças qualitativas e quantitativas nos receptores presentes no
intestino médio, dissolução do cristal pelo pH intestinal e ativação da protoxina por
proteases.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; pragas da soja; controle microbiano

Apoio Institucional: CAPES, CNPq

156
Eficiência de Controle do Percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis
com Fungos Entomopatogênicos em Amendoim
Rodolfo O. Rincão; Maycon Ferraz; Cíntia M.F. Mendes; Ítalo A. Lima; José E.M.
Almeida; Marcos D. Michelotto
Graduando em Agronomia na Unirp, Bolsista Pibic CNPq/Apta, Polo Centro Norte, Pindorama, SP, e-
mail: rodolforincao@gmail.com; 2.Laboratório de Controle Biológico, Instituto Biológico, Campinas,
SP; 3.Apta, Polo Centro Norte, Pindorama, SP

O percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Hemiptera: Cydnidae), vem aumentando


sua importância como praga de solo na cultura do amendoim no Brasil. Ninfas e
adultos atacam as vagens das plantas inviabilizando os grãos para sua
comercialização. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de isolados de
Beauveria bassiana (Bals.) Vuillemin e Metarhizium anisopliae (Metsch.) Sorokin no
controle do percevejo-preto em amendoim. Para isso, foram instalados três
experimentos utilizando a cultivar IAC OL3, em blocos casualizados, com quatro
repetições, em três localidades do Estado de São Paulo: Pindorama, Ribeirão Preto
e Votuporanga. Os experimentos continham quatro tratamentos: testemunha (sem
controle); B. bassiana (IBCB 66); M. anisopliae (IBCB 425), ambos na dosagem de
5x1012conídios ha-1 e Fipronil + Alfacipermetrina (2 litros ha-1). As aplicações foram
realizadas aos 90 dias após a semeadura (DAS) com volume de calda de 100 litros
ha-1 e ponta de pulverização do tipo jato sólido. Na colheita aos 130 DAS foi
avaliado o número de percevejos (ninfas + adultos) através de trincheira de 50x30
cm e 15 cm de profundidade e avaliado o percentual de grãos com danos do
percevejo em amostra de 50 cm de linha de plantas em cada parcela. Na ausência
de controle os insetos variaram de 13,0 a 30,0 por trincheiras na testemunha na
média dos locais avaliados. O tratamento utilizando M. anisopliae apresentou
redução na ocorrência do percevejo apenas Votuporanga com 20,3% de redução. Já
o tratamento com B. bassiana apresentou redução no número de insetos em
Ribeirão Preto e Votuporanga com reduções de 44,2 e 89,8%, respectivamente. Já
os inseticidas sintéticos promoveram redução acima de 90% no número de insetos
em todos os locais. Já os danos ocasionados pelo percevejo sofreram reduções
principalmente nos tratamentos utilizando B. bassiana (20,4%) e inseticidas
sintéticos (64,9%). Conclui-se que B. bassiana possui potencial para controle de C.
mirabilis.

Palavras-Chave: Arachis hypogaea L.; Cydnidae; praga-de-solo

Apoio Institucional: Fundag

157
Seletividade de entomopatógenos a pupas de Telenomus remus
Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae)
Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F.
Bueno; Pedro M. O. J. Neves
Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

O objetivo do trabalho foi avaliar a seletividade de entomopatógenos a pupas de


Telenomus remus em laboratório, seguindo protocolo adaptado ao proposto pela
Organização Internacional de Organismos Benéficos para o Controle Biológico
(IOBC). Os entomopatógenos avaliados foram: Baculovírus anticarsia (Baculovirus
AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), Bacillus thuringiensis var.
aizawai (Agree®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana
(Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum
(Trichodermil®). Como testemunhas utilizou-se água (testemunha positiva) e
clorpirifós (testemunha negativa). Cartelas de 3 cm2, com 150 ovos de Spodoptera
frugiperda J. E. Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae) foram oferecidas, para
oviposição de fêmeas T. remus recém-emergidas, permitindo-se o parasitismo por
24 h. Em seguida, as cartelas foram transferidas para tubos de vidro (2,5 cm de
diâmetro x 8 cm de altura) até a aplicação dos tratamentos. Então, os tratamentos e
testemunhas foram pulverizados, nas dosagens comerciais, sobre cartelas de ovos
parasitados (1 cartela por repetição), iormente alocadas em gaiolas para
emergência. Após emergência dos adultos, novas cartelas com ovos de S.
frugiperda foram oferecidas para o parasitismo. Os parâmetros avaliados foram:
viabilidade de pupas pulverizadas e do parasitismo e porcentagem de parasitismo da
progênie. Os entomopatógenos não causaram efeitos negativos nos parâmetros
biológicos avaliados, sendo classificados como seletivos a pupas de T. remus.
Apenas clorpirifós foi classificado como nocivo por afetar negativamente a
sobrevivência do parasitoide. Sendo assim, T. remus e os entomopatógenos
testados podem ser associados com sucesso no manejo integrado de pragas (MIP).
Porém, conforme já definido em outros estudos e por outros laboratórios, aplicações
de clorpirifós causam efeito nocivo ao parasitoide avaliado e devem ser evitadas
sempre que possível.

Palavras-Chave: Controle biológico; MIP; Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

158
Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera:
Platygastridae) em ovos pulverizados com entomopatógenos
Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F.
Bueno; Pedro M. O. J. Neves
Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

O trabalho objetivou avaliar a preferência de parasitismo de Telenomus remus


Nixon, 1937 (Hymenoptera: Platygastridae) a ovos de Spodoptera frugiperda J. E.
Smith, 1797 quando pulverizados com diferentes entomopatógenos. Os ovos foram
pulverizados com a dose comercial dos seguintes entomopatógenos: Baculovirus
anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Thuricide®), B.
thuringiensis var. aizawai (Agree®), B. thuringiensis var. kurstaki (Dipel®), Beauveria
bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae (Metarril®) e Trichoderma harzianum
(Trichodermil®),. Para testemunhas utilizou-se água (controle negativo) e clorpirifós
(controle positivo). No ensaio 1 (E1), com chance de escolha, os ovos foram
pulverizados com os entomopatógenos e com as testemunhas. No ensaio 2 (E2),
sem chance de escolha, os ovos foram pulverizados somente com os
entomopatógenos. Logo após a pulverização em E1 e E2, os ovos foram oferecidos
para as fêmeas de T. remus durante 24 horas. Para E1 e E2, a primeira cartela foi
avaliada um dia após a pulverização (1 DAP) e no segundo dia, outra cartela foi
oferecida às fêmeas, e esta avaliada no segundo dia após a pulverização (2 DAP).
Os parâmetros avaliados foram: porcentagem de parasitismo e viabilidade do
parasitismo 1DAP e 2DAP. No E1, os entomopatógenos testados foram
classificados como inócuos (classe 1) em 1DAP e 2DAP. Já no E2, apenas o
entomopatógeno B. thuringiensis var. kurstaki foi classificado como levemente
nocivo (classe 2) em 2DAP. Apenas clorpirifós foi classificado entre moderadamente
nocivo (classe 3) e nocivo (classe 4). Esses resultados permitem concluir que T.
remus e os entomopatógenos testados podem ser associados com sucesso no
manejo integrado de pragas (MIP), dando mais flexibilidade e opções de uso de
controle biológico. Entretanto, aplicações de clorpirifós devem sempre evitadas
quando possível pelo seu efeito nocivo.

Palavras-Chave: Controle biológico aumentativo; Controle microbiano; Parasitoide


de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

159
Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767)
(Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos
Rosemeire S. Oliveira1; Vanessa S. da Palma1; Luana S. Guesdes1; Rozimar
C. Pereira2
1Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e
Biológicas. Rua Rui Barbosa 710. Centro – Cruz das Almas – BA; CEP: 44380-000. E-mail:
engenhariaflorestal.31@gmail.com2Professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia,
Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. Rua Rui Barbosa 710. Centro – Cruz das
Almas – BA; CEP: 44380-000. E-mail:rozimarcp@ufrb.edu.br

A cigarrinha-do-pedúnculo ou cigarrinha-das-fruteiras Aethalion Reticulatum


(Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) é um inseto sugador, cujos adultos
medem em torno de 10 mm de comprimento, de cor marrom ferrugínea. É um inseto
que se alimenta da seiva de várias espécies, atacando folhas e ramos de inúmeras
plantas cultivadas e nativas, tais como ipê-de-jardim, sombreiro, flamboyant, acácia-
negra, algodoeiro, aroeira, cafeeiro, eucalipto, citros, etc. Este inseto vem causando
danos a várias espécies arbóreas usadas na arborização urbana, assim o uso de
controle biológico pode ser a única saída de controle deste inseto em áreas urbanas.
Os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Balls.) Vuill e Metarhizium
anisopliae (Metsc) Sorok são considerado um eficiente agente para o controle
biológico. Como não existem pesquisas sobre a suscetibilidade de A. Reticulatum a
entomopatógenos, esse trabalho visou estudar a ação dois isolados dos fungos
sobre ninfas desse inseto, com o objetivo de selecionar um isolado de alta
patogenicidade, para possível emprego no controle do inseto. Ninfas de 5o ínstar de
A. Reticulatum foram coletadas em ipê-de-jardim e transferidas para mudas de Ipê-
de-jardim com cinco meses de idade. Foram utilizados 40 insetos por planta e cinco
repetições por tratamento para cada fungo. Em seguida, mudas infestadas com as
ninfas foram pulverizadas com o auxílio de pulverizador manual com 5 mL da
suspensão, com as concentração de 2 x 107 conídios/mL para B. bassiana (isolados
UFR 11 e UFR 31) e 1,8 x 106 conídios/mL para M. anisopliae (isolados UFR 66 e
UFR 08), com o auxílio de pulverizador manual tipo “Air Brush”, tenho como água a
testemunha + Tween 0,01%. Diariamente, até o 15 dia foram avaliadas, registrando-
se o número de insetos mortos em cada tratamento. Os isolados de B. bassiana e
de M. anisopliae foram patogênicos para A. Reticulatum com seus valores de
mortalidade incrementando a partir do terceiro dia e com a maior taxa de
mortalidade ocorrendo ao quarto e quinto dias após a inoculação. Para B. bassiana
os dois isolados apresentaram valores de mortalidade corrigida no 5º dia entre 69 e
71%. Quanto a M. anisopliae os isolados apresentaram valores superiores a 80% de
mortalidade no quarto dia.
Palavras-chave: Cigarrinha, patogenicidade, controle microbiano Suscetibilidade
de Aethalion
Apoio Institucional: ABAAF

160
Suscetibilidade de ninfas de Bemisia tabaci MEAM1 a diferentes
isolados de Cordyceps javanica em feijoeiro
Sara A. G. de Souza; Heloiza A. Boaventura; José Francisco A. Silva; Eliane D.
Quintela
Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

O fungo Cordyceps javanica tem exercido importante papel como agente de


mortalidade natural de Bemisia tabaci MEAM1. O objetivo deste trabalho foi
comparar a virulência dos isolados 01,02, CNPAF 46 e 48 de C. javanica, coletados
de ninfas de mosca-branca em epizootias. Plantas de feijão (três plantas/vaso)
contendo ninfas de 2º ínstar foram pulverizadas com 5 × 106 e 5 × 107 conídios mL -1
de cada isolado utilizando um aerógrafo manual com abertura de bico de 0,25 mm e
pressão de trabalho de 10 PSI. As testemunhas foram tratadas somente com Tween
80 a 0,01%. As plantas foram mantidas em casa telada na Embrapa Arroz e Feijão
durante toda a condução do experimento. As temperaturas variaram de 18,7 a 39,0
ºC (média de 25,2ºC) e as umidades relativa de 38,5 a 98,0 % (média 77,3%). As
avaliações de ninfas vivas e mortas foram realizadas diariamente do 3º ao 7º dia em
uma folha primária de feijão por repetição em quatro repetições por tratamento. Após
avaliações, as folhas foram mantidas em B.O.D. a 26 ºC, 80-90% UR com 12 h de
fotofase para confirmação da mortalidade pelo fungo. O modelo regressão não linear
Log-logístico foi utilizado para estimar o TL50. A proporção de ninfas mortas e
infectadas pelo fungo foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. Após 7
dias, a porcentagem de ninfas mortas foi significativamente semelhante entre os
isolados a 5 × 106 conídios/mL (variação de 17,9 a 21,9%), mas todos diferiram da
testemunha (0,70%). A 5 × 107 conídios/mL, o isolado 02 matou significativamente
menos ninfas (46,6%) quando comparado com os isolados 01, CNPAF 46 e 48
(79,1, 69,6 e 79,6%, respectivamente). O TL50 foi significativamente maior para o
isolado 02 (7,5 dias) em comparação ao 01, CNPAF 46 e 48 (5,8, 6,1 e 4,8 dias,
respectivamente). Ensaios rotineiros para a seleção dos melhores isolados de
fungos entomopatogênicos são necessários pois existem diferenças entre eles
quanto à virulência à mosca-branca.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; mosca-branca; virulência

Apoio Institucional: Embrapa e Lallemand (Patos de Minas, MG)

161
Aprimoramento do método de fermentação líquida de Trichoderma
asperelloides
Taisa P Gomes; Celeste P. D’Alessandro; Italo Delalibera Jr; Juliana P. Braga;
Josegueri Celeri
Vital Force

Dentre os agentes biológicos, os fungos do gênero Trichoderma encontram-se entre


os mais comercializados no Brasil, sendo empregados com sucesso no controle de
fitopatógenos e, também, na promoção de crescimento de plantas. O isolado
ESALQ-2913 de Trichoderma asperelloides pertencente à coleção “Sérgio Batista
Alves” do Laboratório de Patologia e Controle Microbiano de Insetos, ESALQ-USP
foi selecionado devido a sua elevada produção de conídios e sua ação antagonista
aos fitopatógenos Sclerotinia sclerotiorum e Rhizotocnia solani. Com o objetivo de
desenvolver um bioproduto a base de T. asperelloides ESALQ-2913 foi necessário
aumentar a escala de produção usando novas metodologias de fermentação em
meios líquidos. O inóculo fúngico foi multiplicado em placas de Petri contendo meio
BDA comercial e incubado em câmara climatizada a 26 ± 1°C e 12 horas de fotofase
por 5 dias. A fermentação líquida do isolado selecionado foi conduzida em frascos
de vidro denominados “baffled flasks” de 250 mL usando sete meios de cultura:
Czapek, Czapek – Dox modificado, Jackson (2, 4 e 6 modificado), Adamek
modificado e Song. Em cada frasco foi transferido 45 mL de cada meio liquido (pH=
5,5) e 5 mL de inóculo contendo 5 x 105 conídios/mL (10% v/v). Os frascos foram
mantidos sob agitação orbital com rotação de 350 rpm durante 7 dias à temperatura
de 28°C com 12 horas de fotoperíodo. De modo geral, em todos os meios testados
foi observada a produção em diferentes proporções de hifas, conídios submersos,
clamidósporos e microescleródios. Os meios de cultura Czapek – Dox modificado e
Song induziram a maior produção de conídios submersos, e a maior produção de
microescleródios foi observada nos meios Jackson 4 e 6 modificado. Os resultados
permitiram identificar os melhores meios de cultura para cada propágulo fúngico de
T. asperelloides ESALQ-2913.

Palavras-Chave: Biofungicida; Produção Massal; Bioprodução

Apoio Institucional: Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior


de Agricultura “Luiz de Queiroz”

162
UV-B Tolerance and Conidiogenesis of Metarhizium anisopliae
Maintained in the Laboratory or Under Natural Conditions
Thaís A. Corrêa; Emily M. da Silva; Amanda R. da C. Corval; Victória S. Bório;
Gabriela E.C.N. Gomes; Vânia R.E.P. Bittencourt; Patrícia S. Gôlo
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Instituto de Veterinária, Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rodovia Br 465, Km 7, Seropédica. RJ. CEP 23897-000 Brazil

The aim of the present study was to analyze the UV-B tolerance of a native
Metarhizium anisopliae Sorokim (Clavicipitaceae) isolate (LCM S04) and evaluate its
conidiogenesis comparing colonies maintained in an artificial medium at the
laboratory or in the soil covered with grass under natural conditions. LCM S04 was
cultivated in sterile rice for 15 days. An aqueous conidial suspension was used as the
start point for the colonies kept in the laboratory and for the suspension used to treat
the grass soil outside the laboratory. In the laboratory, conidia from the rice were
cultured in potato dextrose agar artificial medium with 0.01% yeast extract in the dark
at 28 ± 1ºC for 14 days. Plates were then placed in the refrigerator (8ºC) for 16 days
(day 30). At day 31, conidia were transferred to a new PDA plate starting a new
cycle. The experiment in the laboratory was finished on day 90. At the same time and
for the same period (i.e., 90 days), in the environment, the suspension was used to
treat sterile soil covered with Brachiaria decumbens Stapf (Gramineae). After 90
days, soil samples were processed for recovery of the fungal isolate’s colonies.
Fourteen days-old colonies maintained in the laboratory exhibited an average of 1,4
× 108 conidia cm-2, while the colonies recovered from the soil produced significantly
fewer conidia (4,1 × 107 conidia cm-2) (P<0.05). There was no difference (P>0.01) in
the UV-B tolerance (total dose of 4 kJ m-2) of conidia from colonies maintained on
artificial medium or in the soil under natural conditions. We suggested that the
reduction in conidia production was due to stressful conditions mediated by
environmental factors such as high temperature and UV irradiation. Understanding
the response of entomopathogenic fungi under natural conditions in comparison to
laboratory conditions is fundamental to drive better strategies for fungal propagules
production and application in the field.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; biological control; conidia

Apoio Institucional: This study was financed in part by the Coordenação de


Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) -Finance Code 001,
National Council for Scientific and Technological Development (CNPq), and
Foundation for Research Support of the State of Rio de Janeiro (FAPERJ)

163
Potencial inseticida de um extrato quitinolítico de Streptomyces sp.
ENT-21 sobre Spodoptera frugiperda
Thiago Trevisoli Agostini; Guilherme Duarte Rossi
Universidade Federal de Lavras

As quitinases são enzimas com ação de hidrólise sobre quitina e podem interferir no
desenvolvimento de pragas, visto que esse polímero constitui estruturas como a
cutícula e a membrana peritrófica dos insetos. Com isso, avaliaram-se os efeitos de
um extrato quitinolítico de Streptomyces sp. ENT-21 sobre o desenvolvimento de
lagartas neonatas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera:
Noctuidae), um importante inseto praga da cultura do milho. O extrato quitinolítico foi
produzido a partir do cultivo da actinobactéria Streptomyces sp. ENT-21 em meio
contendo quitina. Neonatas de S. frugiperda foram colocadas em poços de uma
placa de cultivo de células contendo uma porção de 5 g de dieta artificial baseada
em feijão cozido e farelo de soja juntamente com 200 µL do extrato quitinolítico de
Streptomyces sp. ENT-21. O desenvolvimento das lagartas na presença do extrato
foi realizado em condições controladas. Parâmetros biológicos como mortalidade,
período larval, ganho de peso das lagartas e peso de pupas com 24h após a
formação foram avaliados. Ensaios controle contendo H2O deionizada autoclavada e
o extrato quitinolítico fervido (sem atividade) foram realizados. Os tratamentos foram
replicados com 8 repetições, sendo um grupo de 12 lagartas considerado uma
repetição. As médias obtidas foram submetidas a análise de variância (ANOVA) e
comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05). O extrato quitinolítico produzido resultou
na interferência do desenvolvimento larval de S. frugiperda, no aumento da
mortalidade e na redução do ganho de peso das lagartas em relação ao tratamento
controle. Os resultados indicam que o extrato quitinolítico produzido pelo cultivo de
Streptomyces sp. ENT-21 possui atividade inseticida sobre lagartas de S. frugiperda
e que a atividade quitinolítica é um fator importante para a atividade inseticida do
extrato.

Palavras-Chave: Biotecnologia; Controle de insetos; Quitinase

Apoio Institucional: CNPq

164
Primeiro Registro de Isaria sp. em lagartas de Palpita forficifera
Tiago Scheunemann; Alexandra P. Krüger; Daniel Ricardo Sosa-Gómez; Mirtes
Melo; Daniel Bernardi; Dori E. Nava
Programa de Pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil,
96010900

No Brasil, a lagarta-da-oliveira, Palpita forficifera Munroe 1959 (Lepidoptera:


Crambidae) é considerada a principal praga da oliveira [Olea europaea Lineu, 1753
(Oleaceae)]. Devido ao avanço do cultivo com a cultura, estudos sobre biologia,
comportamento e controle de P. forficifera estão sendo realizados. No aspecto de
controle natural desta espécie, tem sido verificada a ocorrência de predadores e
parasitoides de lagartas e até então não se conhecia relatos da ação de
entomopatógenos. Durante a safra agrícola 2018/2019, em pomar de oliveira,
localizado na Estação Experimental Cascata (31° 31' 15'' S; 52º 31' 24'' W) foram
coletados ramos com folhas. Estes foram levadas para laboratório (25 ± 1ºC, 70 ±
10% UR e 14 horas de fotofase) e, acondicionados em caixas plásticas (40L). Foi
observada, após 15 dias, a presença de 20% de lagartas mumificadas que
apresentavam o corpo parcial ou totalmente coberto por um fungo de coloração
esbranquiçada. Frente a isso, os insetos foram transferidos para câmara úmida até o
completo desenvolvimento do entomopatógeno. Após os conídios da superfície das
lagartas foram transferidos para placas de Petri (9,0 cm de diâmetro) contendo meio
BDA (Batata, Dextrose e Agar), acrescido de antibiótico, sendo incubadas em
câmara climatizada a 26°C. Decorrido 5 dias, foi realizada a purificação do fungo a
partir das colônias formadas na superfície do meio a fim de se obter culturas puras.
Posteriormente, estas foram transferidas para tubos de ensaio contendo o meio BDA
e enviados para a realização da identificação com ajuda do especialista/taxonomista
da área de estudo. Aliado a isso, foi caracterizado morfologicamente que o fungo
pertence ao gênero Isaria (Ascomycota: Hypocreales: Cordycipitaceae). Entretanto,
a identificação a nível específico depende de amplificação e sequenciamento
genético, o qual será realizado futuramente. Este é considerado o primeiro relato de
fungo do gênero Isaria infestando lagartas de P. forficifera a campo.

Palavras-Chave: Fungo entomopatogênico; lagarta-da-oliveira; controle biológico

Apoio Institucional: CAPES

165
Atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus
heros (Fabr.) (Hemiptera: Pentatomidae)
Tiago T. Ferreira; Mayara F. da S. Santana; Luis F. A. Alves; Andréia K. Bonini;
Bruno V. Neves
Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel,
PR

O percevejo-marrom-da-soja, praga primaria da cultura de soja no Brasil ocorrem na


cultura desde a fase vegetativa e são prejudiciais do início da formação das vagens
até a maturação dos grãos, diminuindo a produção e a qualidade dos mesmos.
Atualmente o método mais utilizado no controle de pragas é o químico, porém
podem ocasionar entre outros problemas, contaminação ambiental, intoxicação do
aplicador e resistência dos insetos alvo ao inseticida. Assim, o objetivo desse
trabalho foi verificar a atividade de isolados de Beauveria bassiana sobre Euschistus
heros. Adultos de E. heros foram imersos em suspensões de 23 isolados de B.
bassiana (1x109 conídios/ml), durante 10 segundos sob agitação, sendo 14 insetos
por repetição, repetindo-se 5 vezes cada tratamento. Em seguida, foram mantidos
em potes plástico de 500 ml a 26C° ± 2C°, 60% de U.R ± 10% e 14h de fotofase por
12 dias, avaliados diariamente. Os insetos mortos foram mantidos em câmara úmida
para confirmação da morte pelo fungo. Os isolados Unioeste 76 e Unioeste 77 foram
os de maior atividade (mortalidade confirmada superior a 95%) e foram comparados
entre si, em ensaio de pulverização sobre os insetos (1 ml nas concentrações de
107, 108 e 109 conídios/ml, utilizando-se do mesmo delineamento e metodologia de
avaliação do ensaio de imersão). Além disso, os cadáveres obtidos no tratamento de
109 conídios/ml foram submetidos à quantificação da produção de conídios/cadáver.
Todos os isolados foram patogênicos. O isolado Unioeste 76 pulverizado na
concentração 1×109 conídios/ml causou mortalidade confirmada de 74% diferindo
significativamente das demais concentrações. Já o isolado Unioeste 77, não
apresentou diferença significativa entre as concentrações de 1×108 e 1×109
conídios/ml, com mortalidades de 54 e 70% respectivamente. Além disso, os
isolados Unioeste 76 e 77 não apresentaram diferença significativa quanto à
produção de conídios/cadáver, com média de 19,5 e 11,9×107 conídios/cadáver
respectivamente.

Palavras-Chave: Controle biológico; fungos entomopatogênicos; percevejo-marrom-


da-soja

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

166
Atividade de isolados fungicos sobre Pappista granicollis (Pierce,
1916) (Coleoptera: Curculionidae)
Tiago T. Ferreira; Mayara F. da S. Santana; Vanda Pietrowski; Luis F. A. Alves;
Bruno V. Neves
1
Lab. de Biotecnologia Agrícola, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel

O ataque da cultura da mandioca por artrópodes é muito citado na literatura,


principalmente se tratando de pragas primárias, porém pouco aprofundado para
pragas de menor importância, como o caso da broca-da-haste, o que se torna um
problema quando a incidência da praga aumenta, assim como sua população e
danos. Nesse sentido, aliado ainda ao fato de uma mudança comportamental de P.
granicollis em algumas localidades, esse trabalho tem como objetivo testar métodos
biológicos de controle da praga. Para isso foram realizados bioensaios de seleção
com três isolados de fungos entomopatogênicos, sendo eles: IBL 4425 (Metarhizium
anisopliae), Unio 101 (Beauveria bassiana) e Unio 100 (B. bassiana). Os fungos
foram multiplicados isoladamente em meio de cultura M.E, incubados durante 7 dias,
e na sequência raspados em tudo de vidro tipo chato. Para a realização do
bioensaio, os isolados foram diluídos em água destilada estéril com 0,01 % de
Tween 80® até a concentração de 1x109 conídios/ml, e aplicados sobre 10 insetos
por repetição, com 5 repetições por isolado, em suspensão de 2ml. Os insetos foram
mantidos imersos durante 10 segundos sob agitação constante, e seguida,
transferidos para gaiolas plásticas alocadas em sala de incubação (25±0,5°C e 12
horas de fotofase). Como controle, foi utilizado apenas à imersão dos insetos em
água + tween. As avaliações ocorreram diariamente, durante 20 dias, sendo os
insetos mortos higienizados em álcool 70%, seguido de hipoclorito de sódio 2,5% e
água destilada, e posteriormente distribuídos sobre papel filtro em placas de Petri,
arranjadas em câmara úmida. Essas câmaras foram mantidas em BOD durante 5
dias para confirmação da morte pelo patógeno. Os isolados apresentaram
mortalidade média confirmada na ordem de 4, 12 e 18% respectivamente,
mostrando que o inseto apresenta susceptibilidade a fungos entomopatogênicos,
sendo uma alternativa do controle da praga, no entanto é necessário a continuidade
da seleção de novos isolados.

Palavras-Chave: Controle biológico; fungos entomopatogênicos; broca-da-haste

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Fundação Araucária

167
Uso da Chromobacterium subtsugae no manejo da Chrysodeixis
includes
Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowski; Leidiane C. Carvalho; Willian Ribeiro
de Carvalho; Claudecir Catilho Martins; Letícia Zanachi
UNIOESTE

Chrysodeixis includens passou a ser um inseto praga importante para a cultura da


soja (Glycine max), ocasionado sérios danos econômicos. É um inseto polífago com
capacidade de se desenvolver em 73 plantas hospedeiras. Visando diminuir o uso
de defensivos químicos no manejo desta espécie, alguns agricultores têm produzido
e utilizado insumos biológicos produzidos no sistema on Farm, dentre eles a bactéria
Chromobacterium subtsugae. Muito se questiona sobre esse sistema de produção e
a efetiva eficiência dos bioinseticidas produzidos. Neste sentido, este trabalho teve
como objetivo avaliar a eficiência desta bactéria, produzida nos moldes do sistema
on Farm no controle de C. includens. O experimento foi conduzido no Laboratório de
Entomologia da Unioeste. As lagartas utilizadas no experimento eram procedentes
de criação de laboratório mantida com dieta artificial até o terceiro instar, em
temperatura de 25± 2º C, UR 70±10%. O delineamento experimental utilizado foi
DBC, em esquema fatorial, com cinco doses e duas formas de aplicação, com 20
repetições sendo 5 lagartas por repetição. 40, 30, 20, 10, e 0 mL da solução da
bactéria por litro de calda, considerando a dose utilizada pelos agricultores de 4 litros
por hectares. A aplicação foi feita diretamente no tegumento da lagarta e
indiretamente, sobre a dieta, feita com auxílio de micropipeta. Foi aplicado 20 µL de
cada dosagens. Após 2 dias de contato com a bactéria, as lagartas foram
individualizadas em copos plásticos de 500mL com tampas perfuras e ofertado
alimento sem aplicação da bactéria. Diariamente, por um período de 30 dias, foi
realizada a avaliação do número de lagartas vivas e mortas. Os resultados obtidos
indicaram que não houve eficiência de controle da lagarta nos moldes que o
experimento foi realizado. Chrysodeixis includens passou a ser um inseto praga
importante para a cultura da soja (Glycine max), ocasionado sérios danos
econômicos. É um inseto polífago com capacidade de se desenvolver em 73 plantas
hospedeiras. Visando diminuir o uso de defensivos químicos no manejo desta
espécie, alguns agricultores têm produzido e utilizado insumos biológicos produzidos
no sistema on Farm, dentre eles a bactéria Chromobacterium subtsugae. Muito se
questiona sobre esse sistema de produção e a efetiva eficiência dos bioinseticidas
produzidos. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência desta
bactéria, produzida nos moldes do sistema on Farm no controle de C. includens. O
experimento foi conduzido no Laboratório de Entomologia da Unioeste. As lagartas
utilizadas no experimento eram procedentes de criação de laboratório mantida com
dieta artificial até o terceiro instar, em temperatura de 25± 2º C, UR 70±10%. O
delineamento experimental utilizado foi DBC, em esquema fatorial, com cinco doses

168
e duas formas de aplicação, com 20 repetições sendo 5 lagartas por repetição. 40,
30, 20, 10, e 0 mL da solução da bactéria por litro de calda, considerando a dose
utilizada pelos agricultores de 4 litros por hectares. A aplicação foi feita diretamente
no tegumento da lagarta e indiretamente, sobre a dieta, feita com auxílio de
micropipeta. Foi aplicado 20 µL de cada dosagens. Após 2 dias de contato com a
bactéria, as lagartas foram individualizadas em copos plásticos de 500mL com
tampas perfuras e ofertado alimento sem aplicação da bactéria. Diariamente, por um
período de 30 dias, foi realizada a avaliação do número de lagartas vivas e mortas.
Os resultados obtidos indicaram que não houve eficiência de controle da lagarta nos
moldes que o experimento foi realizado.

Palavras-Chave: Sistema de produção on Farm; controle biológico; falsa-medieira

Apoio Institucional: UNIOESTE

169
Suscetibilidade de Aethalion Reticulatum (Linnaeus, 1767)
(Hemiptera: Aethalionidae) a Fungos Entomopatogênicos
Rosemeire S. Oliveira; Vanessa S. da Palma; Luana S. Guedes1; Rozimar C.
Pereira
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas.
Rua Rui Barbosa, 710. Centro – Cruz das Almas – BA, CEP: 44380-000. E-mail:
engenhariaflorestal.31@gmail.com

A cigarrinha-do-pedúnculo ou cigarrinha-das-fruteiras Aethalion Reticulatum


(Linnaeus, 1767) (Hemiptera: Aethalionidae) é um inseto sugador, cujos adultos
medem em torno de 10 mm de comprimento, de cor marrom ferrugínea. É um inseto
que se alimenta da seiva de várias espécies, atacando folhas e ramos de inúmeras
plantas cultivadas e nativas, tais como ipê-de-jardim, sombreiro, flamboyant, acácia-
negra, algodoeiro, aroeira, cafeeiro, eucalipto, citros, etc. Este inseto vem causando
danos a várias espécies arbóreas usadas na arborização urbana, assim o uso de
controle biológico pode ser a única saída de controle deste inseto em áreas urbanas.
Os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Balls.) Vuill e Metarhizium
anisopliae (Metsc) Sorok são considerado um eficiente agente para o controle
biológico. Como não existem pesquisas sobre a suscetibilidade de A. Reticulatum a
entomopatógenos, esse trabalho visou estudar a ação dois isolados dos fungos
sobre ninfas desse inseto, com o objetivo de selecionar um isolado de alta
patogenicidade, para possível emprego no controle do inseto. Ninfas de 5o ínstar de
A. Reticulatum foram coletadas em ipê-de-jardim e transferidas para mudas de Ipê-
de-jardim com cinco meses de idade. Foram utilizados 40 insetos por planta e cinco
repetições por tratamento para cada fungo. Em seguida, mudas infestadas com as
ninfas foram pulverizadas com o auxílio de pulverizador manual com 5 mL da
suspensão, com as concentração de 2 x 107 conídios/mL para B. bassiana (isolados
UFR 11 e UFR 31) e 1,8 x 106 conídios/mL para M. anisopliae (isolados UFR 66 e
UFR 08), com o auxílio de pulverizador manual tipo “Air Brush”, tenho como água a
testemunha + Tween 0,01%. Diariamente, até o 15 dia foram avaliadas, registrando-
se o número de insetos mortos em cada tratamento. Os isolados de B. bassiana e
de M. anisopliae foram patogênicos para A. Reticulatum com seus valores de
mortalidade incrementando a partir do terceiro dia e com a maior taxa de
mortalidade ocorrendo ao quarto e quinto dias após a inoculação. Para B. bassiana
os dois isolados apresentaram valores de mortalidade corrigida no 5º dia entre 69 e
71%. Quanto a M. anisopliae os isolados apresentaram valores superiores a 80% de
mortalidade no quarto dia.

Palavras-Chave: Cigarrinha; patogenicidade; controle microbiano

Apoio Institucional: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

170
Eficiência da cepa 1603B de Bacillus thuringiensis e seu produto
comercial no controle de lepidópteros-praga
Vinícius A. S. dos Santos; Karine S. Carvalho; Karolay G.R.; Gabriel H. F.
Nunes; Nivea A.M. Evangelista; Emanuelle V. D'Ascenção; Frederick M. Aguiar;
Fernando H. Valicente
Universidade Federal de São João del-Rei

Uma alternativa para o controle de insetos-praga é o uso da bactéria Bacillus


thuringiensis. O objetivo deste trabalho foi comparar a eficiência de um produto
comercial a base de Bt e sua cepa original (suspensão), quanto a mortalidade de
lepidópteros-praga. Os bioensaios foram conduzidos na Embrapa Milho e Sorgo,
utilizando seis espécies de lagartas (Spodoptera frugiperda, S. eridania, S.
cosmioides, Chrysodexis includens, Diatraea saccaralis e Anticarsia gemmatalis),
dois tratamentos (suspensão de esporos e cristais da cepa 1603B proveniente do
Banco de Microrganismos da Embrapa Milho e Sorgo, e o produto comercial
(Crystal® - da Empresa Farroupilha/Lallemand), proveniente da mesma cepa) e
duas concentrações (106 e 107 esporos/mL). Foram aplicados 150 µL de cada
suspensão na superfície da dieta específica para cada espécie. Os bioensaios
consistiram em quatro repetições contendo 30 larvas neonatas de cada espécie por
repetição. Os resultados apresentaram alto índice de mortalidade para as espécies
A. gemmatalis e D. saccaralis, variando entre 93 a 100%, tanto nos tratamentos,
quanto nas concentrações. No tratamento utilizando o produto Crystal®, as espécies
S. frugiperda, S. eridania, S. cosmioides e C. includens apresentaram diferença
significativa em relação a porcentagem de mortalidade nas duas concentrações
testadas, 107 apresentou maiores valores de mortalidade variando de 93 a 100% e
106 de 51 a 77%. Já no tratamento utilizando a cepa 1603B, S. frugiperda, S.
eridania, S. cosmioides e C. includens apresentaram uma mortalidade superior a
99%, nas duas concentrações testadas, não diferindo estatisticamente entre si. A
porcentagem de mortalidade foi alta para os tratamentos provenientes da suspensão
da cepa 1603B e do produto Crystal®, na concentração de 107 esporos/mL.
Entretanto, mesmo o produto comercial Crystal® estando armazenado por 16 meses
após a fabricação, a sua viabilidade do princípio ativo se manteve como a
suspensão de sua cepa original.

Palavras-Chave: Bt; Lagarta; Bioensaios

Apoio Institucional: EMBRAPA, FAPED, UFSj

171
Persistência residual em condições de campo do Erinnyis ello
granulovirus (EreIVG)
William R. Carvalho; Claudecir C. Martins; Leidiane C. Carvalho; Vanda
Pietrowski; Vanusi C. da Silva; Amanda C. Favorito
UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O mandorová-da-mandioca (Erinnyis ello) (Sphingidae, Lin. 1758) é a principal praga


desfolhadora da cultura, o controle com Granulovirus (EreIVG) se mostra muito
eficaz contra esta praga. Um dos principais obstáculos para o aumento das áreas
tratadas com o EreIVG é a capacidade residual deste em campo. Neste contexto,
este trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade residual do EreIVG em campo
por um período de oito dias. Para tal, oito áreas de 16 m2 de mandioca foram
tratadas diariamente por oito dias consecutivos com EreIVG em uma proporção de
200 litros/ha na concentração de 40 gramas de vírus ha-1, cada área
correspondendo a um tratamento. Assim, a área em que o EreIVG foi aplicado no
primeiro dia, ao final do oitavo dia permaneceu sob as condições de intemperes de
campo por sete dias, o que foi aplicado no segundo dia teve uma permanência de
seis dias, e assim consecutivamente. Ao final das aplicações foram colhidas 200g de
folhas de cada área, as quais foram oferecidas as lagartas de primeiro instar do E.
ellus, as folhas do tratamento que foi pulverizado no oitavo dia também foram
oferecidas as lagartas para simular o consumo imediato a aplicação, servindo de
testemunha positiva. Para testemunha negativa foram oferecidas 200g de folhas
sem aplicação de EreIVG. Após o consumo total das 200g de folhas tratadas com
baculovírus e testemunha foram oferecidas folhas sem tratamento até a morte das
lagartas ou, até o fechamento do ciclo larval. As mortes foram observadas e
anotadas diariamente. Os resultados foram avaliados pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade e demonstraram que todos os tratamentos obtiveram morte de 100%
das lagartas exceto na testemunha, a qual diferiu estatisticamente dos demais.
Assim, no que diz respeito a oito dias em condições climáticas de intemperes o
EreIVG se mostra totalmente eficiente para controle do E. ellus.

Palavras-Chave: Mandorová-da-mandioca; Baculovirus

172
173
Preferência alimentar de Podisus nigrispinus
Adelia M. Bischoff; Alessandra Benatto; Aline M. Borba; Nadia C. Borba;
Guilherme Nishimura; Tamara A. Takahashi; Maria A. C. Zawadneak
1Programa de Pós-Graduação em Agronomia e Produção Vegetal, Setor de Ciências Agrárias,
Universidade Federal do Paraná

Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) é um predador


amplamente utilizado para o controle de pragas agrícolas. Entretanto, insetos
predadores podem ter seu desenvolvimento afetado entre outros fatores pela
qualidade nutricional do alimento, quando criado em condições de laboratório.
Objetivou-se avaliar a preferência alimentar de P. nigrispinus por quatro espécies de
lagartas. O experimento foi realizado em condições controladas (22 ± 2°C, UR 60 ±
10% e fotofase 12 horas). O delineamento foi inteiramente casualizado com 4
tratamentos e 10 repetições. Cada tratamento foi constituído de lagartas de
Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera: Pyralidae), Duponchelia fovealis
Zeller, 1847 (Lepidoptera: Crambidae), Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818
(Lepidoptera: Erebidae) e Spodoptera eridania (Cramer, 1782) (Lepidoptera:
Noctuidae). O experimento foi realizado com chance de escolha, sendo que para
cada repetição foi disponibilizado cinco lagartas de cada espécie, estas colocadas
de forma equidistante entre si e do centro em uma arena circular de acrílico (30 cm
Ø x 10 cm de altura). No centro de cada arena, foram liberados dez adultos de P.
nigrispinus (mantidos previamente em jejum por 24 horas). A preferência alimentar
foi avaliada de hora em hora, por nove horas. Após 24 horas foi realizado o registro
final. Os dados foram avaliados por meio de análise de variância (ANOVA) e as
médias comparadas pelo teste de Tukey (5% de probabilidade). Os testes
mostraram que P. nigrispinus optou por lagartas de A. gemmatalis como primeira
opção (2,0 lagartas) e S. eridania (0,9 lagartas), não diferindo entre as presas de D.
fovealis e A. kuehniella (P = 2,2e-16). Conclui-se que adultos de P. nigrispinus tem
preferência por lagartas de A. gemmatalis.

Palavras-Chave: controle biológico; percevejo predador; manejo integrado de


pragas

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior – CAPES

174
Parasitismo em adultos de Dichelops melacanthus e Euschistus
heros em seis áreas de soja na região Norte Central Paranaense
Claudinei A. Minchio1; Eduardo H. L. Mazzucchelli1; Adriano T. Hoshino2;
Humberto G. Androcioli3; Ayres de O. Menezes Junior2; Amarildo Pasini2
1
Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Rua Marechal Floriano
Peixoto, 1017 São Jorge do Ivaí-PR CEP 87190-000. 2Universidade Estadual de Londrina (UEL),
CCA, Departamento de Agronomia, Rodovia Celso Garcia Cid, PR 445 Km 380, Cx. Postal 6001,
Londrina-PR CEP 86051-990. hoshinoagro@gmail.com. 3Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR),
Setor de Entomologia, Rod. Celso Garcia Cid, PR 445 Km 375, Londrina - PR, CEP 86047-902

O conhecimento dos dípteros e himenópteros parasitoides de adultos de Euschistus


heros (Fabricius, 1798) e Dichelops melacanthus (Dallas, 1851) é fundamental para
o desenvolvimento de estratégias de manejo, visando a manutenção destes inimigos
naturais na lavoura. Este trabalho objetivou determinar a incidência e as espécies de
parasitoides de adultos dos percevejos D. melacanthus e E. heros, em áreas de
cultivo de soja na região Norte Central Paranaense. Em seis áreas de cultivo
situadas em São Jorge do Ivaí-PR foram estabelecidos de 5 a 7 pontos amostrais,
distribuídos de forma equidistante em um transecto. Os percevejos foram coletados
de set/2017 a fev/2018, usando armadilhas contendo atrativo alimentar (antes e
durante o cultivo da soja) e pano-de-batida na cultura da soja. Os percevejos
coletados foram agrupados conforme a espécie e acondicionados em recipientes
plásticos, sendo alimentados e mantidos a temperatura ambiente até a emergência
dos parasitoides ou morte dos percevejos. Os parasitoides emergidos foram
acondicionados em álcool 70% e iormente identificados. Coletou-se ao todo 2528 e
1240 espécimes de D. melacanthus e E. heros, respectivamente. Considerando todo
o período de amostragem, foi verificado um parasitismo de 7,9% para D.
melacanthus, todos taquinídeos (Diptera: Tachinidae), sendo o gênero mais
abundante Ectophasiopsis (84,9%), seguidos de Cylindromyia (14,6%) e
Gymnoclytia (0,5%). Para E. heros foi verificado um parasitismo de 6,4%, onde os
dípteros Ectophasiopsis, Cylindromyia e Gymnoclytia apareceram nas frequências
de 74,7%, 13,9% e 3,8%, respectivamente. Além disso, para E. heros foi observada
a presença de uma morfoespécie de taquinídeo não identificada e do hymenóptero
Hexacladia smithii (Hymenoptea: Encyrtidae), ambos com frequência de 3,8%.
Embora a taxa de parasitismo geral aparente ser baixo (7,9% e 6,4%) para algumas
áreas alcançou patamares de 94% e 75%, para D. melacanthus e E. heros
respectivamente.

Palavras-Chave: Percevejo-barriga-verde; Percevejo-marrom; Parasitoides


Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES)

175
Pulgões dos cereais (Hemiptera: Aphididae) e seus inimigos
naturais associados à aveia, na região Norte do Paraná
Adriano T. Hoshino; Maria E. Simionato; Bárbara A. de Souza; Larissa A. de
Brito; Ayres de O. Menezes Junior
Universidade Estadual de Londrina (UEL), CCA, Departamento de Agronomia, Rodovia Celso Garcia
Cid, PR 445 Km 380, Cx. Postal 6001, Londrina-PR CEP 86051-990. hoshinoagro@gmail.com

A aveia pode hospedar as mesmas espécies de pulgões e servir de repositório para


viroses compartilhadas com o trigo. O trabalho teve como objetivo identificar as
espécies de pulgões e seus inimigos naturais associados a quatro cultivares de
aveia com aptidão para forrageira e planta de cobertura. O estudo foi conduzido no
Câmpus da UEL, com as cultivares IAPAR 61 – Ibiporã, FAPA 2, FUNDACEP FAPA
43 e IPR Suprema mantidas em quatro parcelas cada. As espécies de afídeos e
múmias foram monitoradas semanalmente, em 10 plantas por parcela. Seis
armadilhas do tipo Moericke foram instaladas na área, para avaliação de inimigos
naturais. Foram constatados os seguintes pulgões, em ordem de ocorrência:
Sitobion avenae (Fabricius 1794), Rhopalosiphum padi (L. 1758), R. maidis (Fitch,
1856) e Schizaphis graminum, (Rondani 1952). Até a quinta semana de avaliação
houve predomínio de R. padi com populações baixas (média máxima de 1
pulgão/afilho) nas quatro cultivares. As maiores infestações ocorreram por S.
avenae, a partir da sexta semana, chegando à média de 4,5 pulgões/afilho na
cultivar FUNDACEP FAPA 43. Esse aumento populacional do pulgão da espiga
ocorreu independentemente do estágio fenológico em que a cultivar se encontrava
nas últimas semanas de avaliação: alongamento nas de ciclo tardio; ou enchimento
de grãos nas de ciclo médio. O parasitismo dos pulgões, detectado pela presença de
múmias (Braconidae: Aphidiinae), foi baixo ou inexistente na maioria das avaliações,
atingindo, no máximo 22 %, em IPR SUPREMA, embora a infestação nessa cultivar
e em IAPAR 61 tenha sido menor do que nas duas outras. Moscas Dolichopodidae
foram os predadores mais abundantes nas armadilhas, seguidas por joaninhas
Coccinellidae, e moscas Syrphidae. Outros grupos encontrados em menor
quantidade incluem Chrysopidae, percevejos Anthocoridae (Orius sp.) e Reduviidae.
Apesar do baixo parasitismo o conjunto de inimigos naturais manteve as populações
de afídeos sob controle.

Palavras-Chave: Afídeos; Predadores; Parasitóides

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES)

176
Ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae em pupários de
Drosophila suzukii
Alexandra P. Krüger; Tiago Scheunemann; Cleiton L. Wille; Daniel Bernardi;
Dori E. Nava; Flávio R. M. Garcia
1
Programa de pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS,
96010900, Brasil. E-mail: alexandra_kruger@hotmail.com; 2Universidade do Estado de Santa
Catarina, Lages, SC, 88520-000, Brasil; 3 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS 96010-971, Brasil

O relógio circadiano regula vários processos biológicos em insetos, e a


determinação dos ritmos de atividades é importante para desenvolver e melhorar
métodos de manejo no caso de insetos praga, e de conservação no caso de insetos
benéficos, como por exemplo evitar a aplicação de inseticidas no momento de maior
atividade de um inimigo natural. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o
ritmo de parasitismo de Trichopria anastrephae Lima 1940 (Hymenoptera:
Diapriidae), um parasitoide que demonstra potencial para o controle da praga de
pequenos frutos Drosophila suzukii Matsumura 1931 (Diptera: Drosophilidae). Para
tanto, 15 casais de T. anastrephae¸ com até 24 h de idade, foram individualizados
em potes plásticos (200 mL) e grupos de 15 pupários de D. suzukiii, com 24 h de
idade, foram expostos para cada casal em diferentes horários do dia: 07:00 (início
da fotofase)-10:00, 10:00-13:00, 13:00-16:00, 16:00-19:00 (término da fotofase).
Adicionalmente, foram ofertados 15 pupários por casal durante o período de
escotofase (19:00-07:00). As ofertas foram realizadas durante 5 dias consecutivos.
Foram avaliados o número e a razão sexual dos descendentes. Os dados obtidos
referentes a exposição de cada horário na fotofase foram submetidos à ANOVA.
Não foi observada significância estatística quanto ao número de descendentes
gerados quando os pupários foram expostas em diferentes horários do dia
(F3,56=0,77; p=0,38), tampouco na razão sexual dos descendentes (F3,56=0,03;
p=0,86), sendo que, em média, em cada intervalo avaliado o número de parasitoides
emergidos foi 3,02±1,02, e a razão sexual foi 0,61±0,25. Porém, cabe salientar que
foi observada a ocorrência de parasitismo no período de escotofase, onde foram
gerados 4,21±0,22 parasitoides, com a razão sexual de 0,67±0,22. Nosso estudo
demonstra que T. anastrephae não exibe um padrão de parasitismo ao longo do dia
e, inclusive, é capaz de parasitar na ausência de luz.

Palavras-Chave: drosófila–da-asa-manchada

Apoio Institucional: CNPq; CAPES

177
Ritmo de Emergência de Trichopria anastrephae Criados em
Pupários de Drosophila suzukii
Alexandra P. Krüger; Tiago Scheunemann; Amanda M. Garcez; Daniel
Bernardi; Dori E. Nava; Flávio R. M. Garcia
1
Programa de pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS,
96010900, Brasil. E-mail: alexandra_kruger@hotmail.com; 2 Universidade do Estado de Santa
Catarina, Lages, SC, 88520-000, Brasil; 3 Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS 96010-971, Brasil

Protandria é um fenômeno caracterizado pela emergência de machos antes das


fêmeas, e sua ocorrência possui algumas vantagens como a prevenção da cópula
com consanguíneos; aprimoramento dos processos seletivos através da remoção de
machos inadequados durante o período pré-reprodutivo; rápida fertilização das
fêmeas após sua emergência e aprimoramento do sucesso dos machos, visto que
os insetos machos que emergirem mais cedo terão acesso a um número maior de
fêmeas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o ritmo de emergência de
Trichopria anastrephae Lima (Hymenoptera: Diapriidae), um parasitoide pupal de
Drosophila suzukii Matsumura (Diptera: Drosophilidae), a fim de verificar a
ocorrência de protandria nesta espécie. Para tanto, 600 pupários (24 h de idade) de
D. suzukii foram expostos a 40 casais de T. anastrephae, durante 24 horas. Após a
exposição, a emergência dos descendentes foi avaliada diariamente a cada duas
horas durante o período de fotofase (07:00-19:00), totalizando sete observações por
dia. Foram avaliados o número de insetos emergentes e razão sexual. Para verificar
a ocorrência de protandria foi utilizado o teste de qui-quadrado, enquanto que para
verificar o pico de emergência de acordo com o período do dia, os dados foram
submetidos à ANOVA e as médias foram comparadas pelo teste Tukey. Foi
observado que machos de T. anastrephae emergem antes que as fêmeas
(χ2=85,23; p<0,001), sendo que, em média, a duração do período ovo-adulto de
machos foi de 19,10 dias, enquanto que de fêmeas foi de 22,05 dias. Além disso, foi
observada a maior emergência de parasitoides no período de 07:00-11:00 (F=15,2;
p<0,001), onde ocorreu 68,45% do total de emergência. Nosso estudo demonstra a
ocorrência de protandria em T. anastrephae, e também que a emergência desta
espécie ocorre principalmente durante as primeiras horas de luz no ambiente.

Palavras-Chave: Protandria; drosófila–da-asa-manchada; endoparasitoide pupal

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, IAEA

178
Manejo biológico de Diatraea saccharalis comparando
Trichogramma galloi com Cotesia flavipes em cana-de-açúcar
Alexandre de Sene Pinto; Thiago Gomes Veloso de Araújo; Rafael Pereira
Bonatti
Centro Universitário Moura Lacerda

Diatraea saccharalis (F., 1794) (Lepidoptera: Crambidae) é uma das principais


pragas da cana-de-açúcar nas Américas e vem sendo controlada com sucesso, no
Brasil, com o parasitoide Cotesia flavipes (Cam., 1891) (Hymenoptera: Braconidae),
desde a década de 1970, e/ou com a microvespa Trichogramma galloi Zucchi, 1988
(Hymenoptera: Trichogrammatidae), desde a década de 2010. Entretanto, nos
últimos anos surgiu a pergunta: quanto cada parasitoide reduz da praga? Por isso,
esse trabalho teve por objetivo avaliar a eficácia de controle da broca-da-cana, em
canavial comercial, com liberações de C. flavipes ou T. galloi. Foram instalados dois
ensaios na Usina Ipiranga, localizada em Descalvado, SP, em dezembro de 2018.
Em ambos os ensaios, o canavial tinha sete meses de desenvolvimento, cana-planta
e da variedade RB86-7515. Em um delineamento em parcelas subdivididas (split-
plot), três tratamentos foram repetidos 10 vezes, sendo cada parcela de no mínimo
um hectare cada. Os tratamentos foram seis liberações de T. galloi (em duas séries
de três, realizadas semanalmente), duas liberações de C. flavipes e uma
testemunha (sem controle). Na época da colheita, 25 colmos, ao acaso, foram
retirados das parcelas e avaliados quanto ao número total de internódios e de
internódios com danos da broca-da-cana, para cálculo do índice de intensidade de
infestação (III). No primeiro ensaio, T. galloi mostrou a menor infestação, diferindo
significativamente (Tukey, p<0,05) apenas da testemunha, que mostrou o maior
valor. No segundo ensaio, T. galloi continuou mostrando o menor valor, diferindo de
C. flavipes, que por sua vez diferiu da testemunha, com a maior infestação. Fazendo
uma média dos dois ensaios, T. galloi mostrou o menor índice médio de infestação
da broca-da-cana (0,84%), diferindo significativamente de C. flavipes (2,04%), que
por sua vez diferiu da testemunha (3,15% de III). O parasitoide T. galloi reduz mais
rapidamente as infestações da broca-da-cana do que C. flavipes.

Palavras-Chave: controle biológico aplicado; parasitoide larval; parasitoide de ovos;

Apoio Institucional: Usina Ipiranga Agroindustrial

179
Parasitismo de Diaphorina citri Kuwayama (Liviidae) por Tamarixia
radiata Waterston (Eulophidae) após liberações inoculativas
Aline Pissinati; Marcio V. Nunes; Inês F. U. Yada; Ana M. Meneghin; Rui P.
Leite Jr
IAPAR, Rodovia Celso Garcia Cid, Km 375, CEP 86.047-902 – Londrina - PR - Brasil

O parasitoide Tamarixia radiata Waterston, 1922 (Hymenoptera: Eulophidae) tem


sido utilizado no controle biológico do psilideo Diaphorina citri Kuwayama, 1908
(Hemiptera: Liviidae), vetor das bactérias que causam a doença Huanglongbing
(HLB) em citros. Os objetivos deste estudo foram determinar as populações de fases
jovens do vetor e o parasitismo após liberações periódicas de T. radiata em dois
municípios do Paraná. Foram escolhidas áreas em Londrina (Ldna), sendo uma com
plantas de murta (Murraya paniculata) e outra com citros (Citrus spp.), e em São
Jorge do Ivaí (S.J.I.), também com citros. Em cada área foram liberados
quinzenalmente 400 parasitoides por hectare e coletados 60 ramos com brotações
novas para avaliação, no período de abril de 2018 a março de 2019. Os números de
ramos infestados com as fases jovens do vetor e de ninfas de 3º a 5º instar,
parasitadas ou não, foram quantificados. Em Ldna, 20,6% dos ramos de murta
estavam infestados com ninfas do vetor, não ocorrendo diferenças entre as estações
do ano. Já em citros, essa ocorrência variou de 2,7% no inverno a 12,9% no verão.
Em S.J.I., as maiores incidências de ramos com infestações do vetor foram no
outono e no verão, com 14,6 e 16,7% de ramos com ninfas, respectivamente.
Entretanto, as populações de ninfas de D. citri ao longo do ano em ambos locais,
foram baixas, sendo em média inferior a uma ninfa por ramo. Em plantas de murta, a
média foi de 0,38 ninfas/ramo e em citros de 0,18 ninfas/ramo, não havendo
diferenças entre as estações do ano. Após as liberações, o parasitismo em D. citri foi
maior no outono com 69,8% de ninfas parasitadas e na primavera com 39,8%, em
murta. Em citros, o maior índice de parasitismo foi observado no verão em S.J.I.,
com 24% de ninfas parasitadas. Considerando todo o período avaliado, foram
observados altos índices de parasitismo após algumas liberações de T. radiata, com
picos variando entre 53,3 e 100% na área com murta e de 57,1 a 100% nas áreas
com citros.

Palavras-Chave: Citrus spp.; murta; psilideo dos citros

Apoio Institucional: IAPAR, COCAMAR Cooperativa Agroindustrial Ltda., CITRI


Agroindustrial S/A.

180
Estabelecimento de Trichogramma pretiosum Riley, importado da
Colômbia, na região nordeste do Brasil
Aloisio Coelho Jr; Paul F. Rugman-Jones; Richard Stouthamer; José Roberto
P. Parra
1
Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220,
Piracicaba-SP, Brasil./ . 2Department of Entomology, University of California, Riverside, California,
United States of America

Poucos estudos foram realizados para avaliar se uma linhagem (população) liberada
em um programa de Controle Biológico Aumentativo de fato se estabeleceu na área
de liberação. Considerando-se este fato, a presente pesquisa teve por objetivo
avaliar, por meio da análise da citocromo c oxidase subunidade 1 (COI) do DNA
mitocondrial, o possível estabelecimento de uma linhagem de Trichogramma
pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae), proveniente de Palmira, Colômbia,
utilizada em um programa de Controle Biólogo Aumentativo realizado há mais de
duas décadas em Petrolina, PE, Brasil visando ao controle de Tuta absoluta
(Meyrick). Esta linhagem foi comparada com linhagens de T. pretiosum de diferentes
regiões do Brasil. Uma reação em cadeia da polimerase (PCR) foi utilizada para
amplificar um fragmento do gene mitocondrial (mtDNA) citocromo c oxidase
subunidade 1 (COI) das diferentes linhagens avaliadas, sendo este fragmento de
DNA iormente, sequenciado. Na análise das sequências das 10 linhagens,
observaram-se três haplótipos mitocondriais, sendo que a linhagem proveniente de
Petrolina, “PE” possui um haplótipo diferente em relação às demais linhagens
brasileiras. Por outro lado, o haplótipo da linhagem “PE” foi idêntico a um haplótipo
colombiano. A partir dos resultados sugere-se que uma linhagem de T. pretiosum,
introduzida em Petrolina, PE no perímetro irrigado há 26 anos, trazida de Palmira,
Colômbia, se estabeleceu naquela região.

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicadoa; Marcador mitocondrial; Tuta


absoluta

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo -


FAPESP (Processo: 2011/17397-5)

181
Impacto de uma dieta enriquecida com lipídiossobre adultos de
Trichogramma pretiosum Riley
Yoan Raynard1; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra
Agrocampus Ouest, 65 rue de Saint-Brieuc, 35000 Rennes, France/Departamento de Entomologia e
Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220, Piracicaba-SP, Brasil

O uso de lipídios na criação de insetos foi negligenciado durante muito tempo.


Porém, como alguns insetos são incapazes de sintetizar lipídios “de novo”, fato que
ocorre na maior parte dos parasitoides da ordem Hymenoptera a obtenção, destes
nutrientes, se dá por meio da capacidade das fêmeas em consumir uma parte da
hemolinfa ou vitelo do hospedeiro, e deste modo estimular a ovogênese. No entanto,
a energia investida durante a postura, leva a um rápido esgotamento das reservas
lipídicas em relação à renovação das mesmas. Desta forma, acredita-se que
fornecendo-se lipídios, através da dieta, se estimularia a produção de ovos e, assim,
a capacidade de parasitismo. Nesse trabalho, as fêmeas da espécie Trichogramma
pretiosum Riley foram continuamente alimentadas com mel de acácia enriquecido
com 10% de óleos vegetais, cujo perfil em ácidos graxos é semelhante ao de ovos
de Anagasta kuehniella (Zeller). Fêmeas alimentadas com óleo vegetal rico em ácido
oléico parasitaram 10% a mais de ovos, em 72 horas, quando comparado com
fêmeas alimentadas com mel puro. Todavia, a longevidade do parasitoide foi
reduzida em cerca de 40%. Nem a capacidade de voo nem a qualidade dos
descendentes dos insetos expostos a uma dieta enriquecida em lipídios foram
impactadas. Como hoje as espécies de Trichogramma são amplamente utilizadas
em programas de controle biológico, o fornecimento de lipídios na dieta deste
parasitoide na fase adulta poderia ter um grande interesse para as empresas de
controle biológico.

Palavras-Chave: criação de insetos; nutrição lipídica; ovogênese

Apoio Institucional: INCT- semioquímicos na agricultura (Fapesp 2014/50871-0/


CNPq 465511/2014-7)

182
Interação competitiva entre Telenomus podisi e Trissolcus urichi
em ovos de Dichelops melacanthus
Ana P. Queiroz; Adeney F. Bueno; Mariana M. Neiva; Bruna M. Favetti
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil. Email: anna.paullaqueiroz@hotmail.com;
Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), Londrina, PR, Brasil

Interações podem existir entre parasitoides adultos e em sua fase imatura (larval)
quando mais de um indivíduo competem pelo hospedeiro. Assim, o objetivo desse
estudo foi avaliar as possíveis interações competitivas entre Telenomus podisi e
Trissolcus urichi (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos de Dichelops melacanthus
(Hemiptera: Pentatomidae). O bioensaio 1 ocorreu em esquema fatorial 2 x 5, duas
sequencias de parasitismo (T. podisi seguido de T. urichi e T. urichi seguido de T.
podisi) e cinco intervalos entre os parasitismos das espécies (4, 24, 48, 96 e 192h)
com 20 repetições. Quatro ovos de D. melacanthus foram ofertados a fêmea de T.
podisi ou T. urichi, por 2 horas. Após cada intervalo (4, 24, 48, 96 e 192h), os ovos
eram oferecidos para outra espécie de parasitoide, por mais 2h de parasitismo. No
bioensaio 2 foram feitas liberações sequenciais e simultânea das fêmeas. Foram
utilizados 5 ovos de D. melacanthus que foram ofertados seguindo as combinações:
T. urichi seguido de T. podisi, T. podisi seguido de T. urichi, T. podisi seguido de T.
podisi, T. urichi seguido de T. urichi e T. urichi + T. podisi sendo parasitismo
permitido por apenas 2h. No primeiro bioensaio, a sequência de parasitismo não
afetou o número de ovos parasitados, porém o parasitismo foi maior em ovos com 4,
24 e 48h desenvolvimento e menor em ovos com 96 e 192h. A progênie foi
influenciada pela sequência de parasitismo, prevalecendo o maior número de
descendentes da primeira espécie da sequência de parasitismo. No segundo
bioensaio, o número de ovos parasitados e de parasitoides emergidos foi menor nas
liberações sequenciais e simultânea exceto para combinação T. podisi seguido de T.
podisi. As sequências T. podisi seguido de T. podisi e T. urichi seguido de T. urichi
apresentaram maior número de descendentes. Portanto, a utilização de T. podisi e
T. urichi não seria recomendada em liberação conjunta das duas espécies, já que os
parasitoides parecem explorar os recursos de forma muito similar pondendo
prejudicar o controle biológico de percevejos.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, Embrapa Soja

183
Efeito da cápsula de liberação na proteção de pupas de
Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi
em campo
Marcela L.M Grande; Ana P. Queiroz; Adeney F. Bueno; Jaciara Gonçalves;
Erica C. Braz
1
Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR, Brasil. Email: marcelalaiz@hotmail.com;
2
Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR, Brasil; 3Embrapa Soja, Caixa Postal 231, 86001-
970. Londrina, PR, Brasil. 4 Instituto Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil

O controle biológico com parasitoide de ovos é uma técnica de manejo em ascensão


na agricultura. Porém fatores bióticos e abióticos podem reduzir sua eficiência. O
objetivo deste trabalho foi avaliar se a técnica de liberação de pupas de
Trichogramma pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae), Telenomus remus e
Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae), pode influenciar na sobrevivência
dessas espécies em campo. Os experimentos foram conduzidos, nos cultivos de
milho (inverno), e soja e milho (verão) separadamente para cada espécie de
parasitoide. Pupas desprotegidas e pupas dentro de cápsulas de papelão
distribuídas sobre o solo em vasos foram levadas a campo. Após 24 horas de
exposição no campo, os vasos foram recolhidos e encaminhados ao laboratório para
avaliação. Nas culturas de soja e milho (verão) na safra 2015/2016, independente da
forma de liberação, houve alta taxa de predação, chegando a predação total no
tratamento de pupas de T. pretiosum que foram liberadas desprotegidas. Para T.
remus e T. podisi, não houve interação entre as culturas e formas de liberação. A
maior emergência de adultos foi observada no tratamento com pupas em cápsula
em relação ao tratamento de pupas desprotegidas. Resultados semelhantes
ocorreram na safra 2016/2017 para T. pretiosum, T. remus e T. podisi no
experimento de soja e milho (verão), onde não houve diferença estatística entre as
culturas e as formas de liberação, pupas desprotegidas e pupas em cápsulas. No
entanto, no milho (inverno) (2016) a maior quantidade de adultos de T. pretiosum, T.
remus e T. podisi emergidos foi observada na liberação de pupas em cápsula, sendo
superior ao tratamento de pupa desprotegida. Conclui-se que a sobrevivência das
pupas é ainda um grande desafio para o controle biológico aumentativo, pois a
utilização das cápsulas não inpedem a ocorrência de predação, inviabilizando essa
técnica de liberação.

Palavras-Chave: tecnologia de liberação

Apoio Institucional: Capes, Embrapa Soja

184
Crisopídeos no controle biológico conservativo
Ana Lúcia de Paula Ribeiro; Elisângela Secretti; Vitor Bachio Scaramussa;
Fernanda Silveira Ribeiro; Yago Müller Alves; Kellen Silveira Freitas
Instituto Federal Farroupilha

Na abordagem agroecológica de produção a diversificação ambiental é um dos


componentes que podem ser manejados para suprimir as populações de insetos-
praga. Neste contexto, os insetos predadores podem desempenhar um papel
fundamental na proteção das culturas. Entre os inimigos naturais a família
Chrysopidae (Neuroptera) são predadores muito vorazes e ocorrem em diversos
cultivos de importância agrícola, sendo capazes de alimentar-se de vários insetos e
ácaros. Portanto, torna-se importante o emprego de estratégias que visem à atração
e manutenção destes inimigos naturais das pragas para os agroecossistemas
contribuindo com o controle biológico conservativo. O objetivo do trabalho foi
identificar as espécies botânicas provedoras de grãos de pólen para adultos de
crisopídeos em ambiente de produção agroecológica. As coletas de crisopideos
foram realizadas em áreas de produção agroecológica de hortaliças no município de
Santiago no Rio Grande do Sul. As coletas foram realizadas de novembro de 2018 a
janeiro de 2019, em intervalos quinzenais, utilizando-se a rede entomológica. Os
insetos coletados foram armazenados em ambientes com temperaturas baixas (-
20ºC) para ior identificação de espécies e extração de pólens em laboratório. A
acetólise foi realizada para destruição do conteúdo citoplasmático dos grãos de
pólen possivelmente ingeridos pelos adultos de crisopídeos através do método de
Erdtman (1960) modificado por Melhem et al. (2003). A partir dos resultados obtidos
foi possível identificar os pólens pertencentes às famílias botânicas Poaceae,
Fabaceae (Mimosoidae), Myrtaceae e Apocynaceae sendo que a maioria dos pólens
coletados pertence a família Poaceae. Estes resultados mostram a importância
relativa do pólen de diferentes espécies de plantas como recursos alimentares para
os crisopídeos com a finalidade de promover o incremento de inimigos naturais nos
agroecossistemas pela inclusão da biodiversidade fl.

Palavras-Chave: Neuroptera

Apoio Institucional: Instituto Federal farroupilha campus São Vicente do Sul

185
Influência de Doru luteipes na regulação populacional de
Spodoptera frugiperda em variedades de milho crioulo
Anderson J. da S. Guimarães; Eduardo N. Costa; Pablo H. Medeiros; Bruna M.
D. Evangelista; Marcos G. Fernandes
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) é uma das principais pragas da cultura do
milho (Zea mays L.), porque suas larvas causam prejuízos desde a emergência da
planta até a fase de colheita. A consequente redução na produção pode chegar a
mais de 25%, a depender da variedade. Doru luteipes (Scudder) é um dos principais
predadores responsáveis pela regulação populacional desta praga, e, portanto, é de
extrema relevância avaliar possíveis impactos de qualquer tática de controle sobre
esta espécie. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de D.
luteipes em variedades de milho crioulo com diferentes níveis de resistência a S.
frugiperda, na primeira safra de 2019, em três avaliações semanais, e sua
correlação com o número de lagartas de S. frugiperda e com as notas de injúria
foliar, resultante da alimentação da praga. As variedades estudadas foram: Pérola
(resistente), Asteca Palha Roxa (resistente), Asteca Amarelo (suscetível), e Milho
Roxo (suscetível). Não houve diferenças significativas quanto ao número de D.
luteipes nas diferentes variedades de milho crioulo, considerando as três avaliações
realizadas. Também não houve correlação significativa entre número de D. luteipes
e número de lagartas de S. frugiperda, bem como entre número de D. luteipes e
injúrias foliares. A partir dos resultados encontrados, pode-se concluir que o
predador D. luteipes apresenta grande importância no que se refere à regulação
populacional da praga, mantendo-a em equilíbrio, mas não influencia diretamente no
número de lagartas da praga por variedade, e tampouco nas injúrias foliares
observadas nas diferentes variedades. Por fim, as variedades resistentes não
parecem interferir na ocorrência do predador.

Palavras-Chave: Lagarta do cartucho; Tesourinha; interação tritrófica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES).

186
Interação multitrófica entre Doru luteipes, Spodoptera frugiperda
em plantas de milho geneticamente modificado
Anderson J. da S. Guimarães; Haroldo M. de Freitas; Carla C. Dutra; Marcos G.
Fernandes
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é a principal praga da cultura do


milho, tendo preferência por plantas jovens ou pelas partes mais novas desta. Em
virtude da diminuição de insetos alvo no milho Bt e consequente diminuição
proporcional de inimigos naturais, é possível que ocorra algum impacto na eficiência
de predadores e, consequentemente, na interação multitrófica dos predadores com
os herbívoros ou com as plantas. O objetivo foi estudar e comparar a influência do
milho transgênico Bt, sobre a predação de Doru luteipes (Dermaptera: Forficulidae)
em lagartas de S. frugiperda, quando comparadas as populações desses
predadores nos genótipos transgênicos e sua isolinha. As plantas mantidas em casa
de vegetação e para os estudos com predadores, utilizamos lagartas de S.
frugiperda como presas. Avaliação da resposta funcional do predador sobre a presa
foi desenvolvida em três experimentos com cinco repetições, e cada experimento
consistiu em separar cinco tesourinhas fêmeas e alimentá-las com lagartas de
diferentes idades, quantidades e alimentação. Após 48h e 72h de predação observa-
se que há diferenças satisfatórias de predação entre as lagartas mantidas em folhas
de milho Bt e Não-Bt, sendo que as lagartas do milho Bt foram mais predadas que
as do milho Não-Bt. A justificativa é que as lagartas do milho Bt são menores que as
do Não-Bt, fazendo com que maior número de lagartas possam ser predadas. Outro
fator que pode influenciar essa preferência é a quantidade de lagartas oferecidas
para as tesourinhas, pois as lagartas de 48h e 72h são maiores que as de 24h,
portanto mais de trinta lagartas é muito para um predador em um único dia.
Observou-se, ainda, que lagartas que se alimentaram de folhas de milho Bt tiveram
o seu desenvolvimento normal comprometido e por consequência do tamanho da
lagarta, acabou exercendo possíveis influencias sobre a predação de seu inimigo
natural D. luteipes, aumentando o nível de eficiência do predador.

Palavras-Chave: Zea mays; Predador; Transgênico

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES)

187
Parasitismo de Palmistichus elaeisis e Trichospilus diatraeae sobre
pupas de Citheronia laocoon
André Ballerini Horta; Carolina Jordan; Emily T. Coutinho; Carlos Frederico
Wilcken
Departamento de Proteção Vegetal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 18603-
970, Botucatu, São Paulo, Brasil; E-mail: andre.ballerini.horta@gmail.com

Plantios de eucalipto são a base da produção florestal brasileira. Surtos de


lepidópteros desfolhadores são comumente observados causando severos danos.
Citheronia laocoon Cramer (Lepidoptera: Saturniidae) apresenta altíssimo consumo
foliar, sendo necessárias poucas lagartas para causar a desfolha total de árvores.
Ao final do estágio larval, esses insetos procuram o solo, onde completam seu
desenvolvimento. Esse comportamento favorece que as pupas escapem do ataque
de parasitoides, uma das principais estratégias de controle adotadas em plantios de
eucalipto no Brasil. Apesar do controle biológico com parasitoides não ser indicado
para surtos de C. laocoon, pupas dessa espécie, que em geral apresentam entre 8 e
12 gramas cada, podem ser utilizadas como hospedeiro alternativo para
multiplicação desses parasitoides em elevadas quantidades. O objetivo desse
estudo foi avaliar a suscetibilidade de C. laocoon ao parasitismo de Palmistichus
elaeisis Delvare & LaSalle e Trichospilus diatraeae Cherian & Margabandhu
(Hymenoptera: Eulophidae), bem como a capacidade de multiplicação desses
parasitoides sobre o hospedeiro. Lagartas, pré-pupas e pupas de C. laocoon foram
coletadas em plantio de eucalipto durante um surto populacional. Os indivíduos
foram oferecidos aos parasitoides em dois grupos, de acordo com o tempo de
desenvolvimento após a formação das pupas. Pupas de C. laocoon oferecidas aos
parasitoides, até 48 horas depois de sua formação, foram suscetíveis ao parasitismo
de P. elaeisis e T. diatraeae. Entretanto, as pupas oferecidas aos parasitoides após
48 horas de sua formação não foram suscetíveis. Foram produzidos até 1140
indivíduos de P. elaeisis e 3571 indivíduos de T. diatraeae por pupa. Não foram
observados parasitoides naturais entre as pupas coletadas no campo. A espécie C.
laocoon pode ser utilizada como hospedeiro alternativo de P. elaeisis e T. diatraeae,
observando-se o limite de até 48 horas após a formação das pupas para sua
exposição aos parasitoides.

Palavras-Chave: Eucalyptus; Eulophidae; Proteção Florestal

Apoio Institucional: IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais

188
Amblyseius aerialis (Acari: Phytoseiidae) preda Raoiella indica
(Acari: Tenuipalpidae)?
Leticia M. Hernandes; Felipe S.R. Amaral; Antonio C. Lofego
Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

Raoiella indica Hirst (Tenuipalpidae) é um ácaro fitófago que infesta uma grande
diversidade de plantas, principalmente coqueiros e bananeiras, causando sérios
danos. Devido a isso, tem-se estudado estratégias de controle para essa espécie.
Uma das possibilidades de manejo é o controle biológico com ácaros predadores da
família Phytoseiidae. Assim, esse estudo teve como objetivo avaliar o potencial do
ácaro Amblyseius aerialis Muma (Phytoseiidae) como agente de controle biológico
de R. indica. Para isso, foram montadas 20 réplicas, cada uma sendo uma unidade
experimental composta por um recorte de folíolo de coqueiro (1,5 cm x 1,5 cm) como
substrato e 40 ovos do ácaro praga. Em cada unidade experimental foi adicionada
uma fêmea adulta de A. aerialis. A cada 24 horas os ovos produzidos pelo predador
foram contabilizados e retirados. Além disso, os ovos consumidos do ácaro praga
também foram contabilizados e repostos até a quantidade inicial. O experimento
durou sete dias e buscou avaliar a taxa de predação e oviposição do ácaro
predador. Os resultados obtidos mostraram que consumindo exclusivamente o ácaro
praga como alimento, a média de oviposição do ácaro predador foi de 1,08 ± 0,13
ovos/fêmea/dia e a média de predação foi de 19,1 ovos consumidos/fêmea/dia.
Esses dados indicam que A. aerialis preda ovos de R. indica, e se reproduz com
esse alimento, podendo assim ser um possível agente de controle de R. indica.

Palavras-Chave: ácaro-vermelho-das-palmeiras; inimigo natural; fitoseídeo

Apoio Institucional: FAPESP

189
Parasitism and phylogeny of Dinocampus coccinellae through
different hosts and continents
Michele Ricupero1-3-4; Antonio Biondi1; Nicolas Desneux2; Lucia Zappalà1;
George Heimpel3
1
University of Catania, Department of Agriculture Food and Environment, Catania, Italy 2 Université
Côte d’Azur, INRA, CNRS, UMR ISA, Nice, France 3University of Minnesota, Department of
Entomology, St. Paul, USA 4Universidad de Talca, Laboratorio de Control Biológico, Instituto de
Ciencias Biológicas, Talca, Chile

Dinocampus coccinellae (Hymenoptera: Braconidae) is a cosmopolitan parasitoid of


coccinellid beetles and little is known about its parasitism among areas invaded in
different times by the invasive Harmonia axyridis (Coleoptera: Coccinellidae).
Genetic differences among parasitoid populations from different geographical areas
could help to determine its native origin as well as possible effects on the H. axyridis
invasion processes. Within this framework, we compared parasitism by D.
coccinellae on alien and native coccinellids in the native range of H. axyridis (China)
as well as areas where H. axyridis invaded over the last 100 years (USA), more
recently (Chile) and very recently (Sicily). About 6,000 specimens of H. axyridis and
native coccinellids were collected in several sites located in the four continents. We
also investigated the genetic relationship of D. coccinellae specimens sampled over
this geographical distribution using mitochondrial COI and 16S rRNA sequence data.
The parasitism rates of D. coccinellae varied between native and non-native hosts
and among the different sampled areas. The geographic area influenced the
parasitism rate on H. axyridis, ranging from 0 to 8% in Sicily and Chile, respectively.
European and American native coccinellids were highly attacked by this parasitoid
independently by the sampled area. Parasitoid phylogenetic analyses highlighted
variations in parasitoid COI sequences, while no differences in 16S rRNA region
were recorded, making it difficult to pose hypotheses regarding the provenance of
this species. Further investigations on spatial genetic structure at narrower scales are
needed to elucidate D. coccinellae phylogeography, and studies on host-parasitoid
interaction mechanisms should be conducted for better understanding the parasitoid
ecological role in coccinellid population suppression worldwide.

Palavras-Chave: Phylogeography; Invasive species; Harmonia axyridis

Apoio Institucional: This research was funded by the People Programme (Marie
Curie Actions) of the European Union’s 7th Framework Programme (APHIWEB
project n. 611810), by the University of Catania (5A722192113)

190
Atividade de parasitismo por Diachasmimorpha longicaudata
(Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em diferentes horários
Patrícia C. C. Oliveira; Clarice D. Alvarenga; Jéssica O. Santos; Raila F. S.
Santos; Uilca Thamara F. Silva; Beatriz A. J. Paranhos
EMBRAPA

Informações relacionadas ao horário de maior atividade de parasitismo são


importantes porque podem indicar o melhor horário de liberação de parasitoides em
campo. O presente trabalho teve como objetivo determinar o horário de maior
atividade de parasitismo de fêmeas de Diachasmimorpha longicaudata sobre larvas
de Ceratitis capitata. Foram avaliados três períodos: manhã (06:00 às 12:00 h); tarde
(12:00 às18 h) e noite (18:00 às 06:00 h). Os horários do nascer e do pôr o sol na
região são ao redor de 5:30 e 18h, respectivamente. No interior de cada gaiola de
campo (2mx2mx2m) foi colocado um vaso com uma planta de mangueira, onde foi
pendurada uma unidade de parasitismo (placa Petri de 5 cm), contendo cerca de
100 larvas de 3º instar em dieta artificial, lacradas com tecido voal. Em seguida
foram liberadas 10 fêmeas do parasitoide. Após cada período avaliado os insetos e
a unidade de parasitismo foram substituídos. Foram realizadas 15 repetições para
cada horário. Após cada período, as unidades de parasitismo foram levadas ao
laboratório e as larvas foram transferidas para potes plásticos com vermiculita, até a
emergência dos adultos. Houve diferença significativa na taxa de parasitismo entre
os horários avaliados (P<0,005). As maiores e similares taxas de parasitismo foram
observadas no período da manhã e da tarde, com 19,60% e 21,25%,
respectivamente. Por outro lado, fêmeas do parasitoide mostraram baixa atividade
de parasitismo (9,25%) das 18 às 6h. Portanto, o melhor horário de liberação em
campo é no início da manhã, pois as fêmeas teriam o dia todo para realizar o
parasitismo das larvas, haja vista ter sido observada pouca atividade de parasitismo
e alta possibilidade de predação dos parasitoides no período da noite.

Palavras-Chave: Ceratitis capitata; Parasitoide; Controle biológico

Apoio Institucional: FACEPE, EMBRAPA e CAPES

191
Tetrastichus giffardianus como principal parasitoide de Ceratitis
capitata em goiabas, no Vale do São Francisco
Júlia V. A. Carvalho; Lino B. Monteiro; Beatriz A. J. Paranhos
EMBRAPA

A proliferação de moscas-das-frutas no pólo irrigado Petrolina-PE/Juazeiro-BA é um


dos principais entraves na produção e comercialização. A espécie com maior
densidade populacional e restrições quarentenárias na região é Ceratitis capitata
Wied. 1824 (Diptera: Tephritidae). O controle biológico com o uso de parasitoides é
considerado uma excelente opção, pois minimiza o uso de inseticidas
convencionais. Sabe-se que a oviposição da mosca e o parasitismo podem ser
influenciados pelas características do fruto. Dessa forma, entender a ecologia dos
parasitoides é fundamental para definir estratégias de manejo no controle de
tefritídeos. Este estudo, realizado pela primeira vez na região, objetivou conhecer as
interações tróficas entre espécies de parasitoides, moscas-das-frutas e goiaba. No
período de outubro/2017 a março/2018, com intervalos de 15 dias, em três áreas
distintas, foram coletados um total de 70,10 kg de goiabas, Psidium guajava. As
amostras foram pesadas e colocadas em bandejas com vermiculita e as pupas
foram peneiradas com sete e 15 dias. Foram obtidas 3.902 pupas, das quais
emergiram 2.762 moscas-das-frutas de uma única espécie, C. capitata, 1.212
parasitoides da espécie Tetrastichus giffardianus Silvestre, 1951 (Hymenoptera:
Eulophidae) e apenas um espécime de Pachycrepoideus vindemmiae (Rondani,
1875) (Hymenoptera: Pteromalidae). Os resultados indicam forte associação
tritrófica entre T. giffardianus, C. capitata e P. guajava. Conclui-se que o
endoparasitoide gregário, T. giffardianus, possui um importante papel ecológico no
controle natural de C. capitata em goiabas nessa região e, portanto, tem grande
potencial para ser usado em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: Interação trófica; Moscas-das-frutas; Controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa, INCT/HYMPAR/CNPq.

192
Eficiência do Chrysoperla externa no controle da Spodoptera
frugiperda
Bianca V. F. Narde; Jessica B. T. de Araujo; Julio E. da Cruz
JB Biotecnologia

O emprego de inimigos naturais no manejo de pragas vem crescendo a cada ano,


por oferecer uma maior eficácia e sustentabilidade ao meio ambiente. O Chrysoperla
externa merece uma atenção especial por ser um inseto predador voraz e muito
eficiente no controle de diversas pragas. Objetivo deste trabalho foi avaliar a
eficiência do C. externa no controle da Spodoptera frugiperda (Smith, 1797)
(Lepidoptera: Noctuidae). O trabalho foi conduzido no laboratório da empresa JB
Biotecnologia Ltda. Para a realização dos experimentos foram utilizadas 12 caixas
plásticas sendo, 4 caixas contendo 600 ovos de S. frugiperda + 10 larvas de C.
externa de 2º instares, 4 caixas contendo somente 600 ovos de S. frugiperda
(testemunha), 4 caixas contendo 600 lagartas neonatas + 10 larvas de C. externa de
2º instares em cada caixa e 4 caixas contendo somente 600 lagartas neonatas
(testemunha). A avaliação do predatismo foi realizada após 5 dias da montagem do
experimento no qual foi realizadas a contagem dos ovos predados e lagartas
predadas. Os resultados mostraram uma eficiência de 97% de predação nas
posturas a mortalidade da testemunha foi de 10%, nas lagartas neonatas de S.
frugiperda obteve uma mortalidade de 88% e na testemunha de 15%. O
Chrysoperla externa apresenta ser uma alternativa promissora e eficaz no controle
da lagarta do cartucho.

Palavras-Chave: Inimigos naturais

Apoio Institucional: JB Biotecnologia

193
Parasitismo do Palmistichus elaeises em pupas de Diatraea
saccharalis
Bianca V. F. Narde; Jessica B. T. de Araújo; Júlio E. da Cruz; Aline F. Freire;
Walter F. Silva; Alessandra L. C. Lopes
JB Biotecnologia Ltda

A Diatraea saccharalis (Fabr.,1794) (Lepidoptera: Pyralidae) conhecida


popularmente como a broca da cana de açúcar, tem causado danos significativos
nos canaviais e grandes prejuízos para o produtor. Uma das alternativas de manejo
desta praga é a utilização de inimigos naturais, no qual tem mostrado resultados
satisfatórios no combate da broca. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência
do parasitoide Palmistichus elaeises em pupas de D. saccharalis. O trabalho foi
realizado no laboratório de pesquisa e inovação da empresa JB Biotecnologia Ltda.
Foram feitas 4 repetições contendo 20 pupas de D. saccharalis com liberação de
500 parasitoides, sendo uma relação de 25 parasitoides para 1 pupa em cada
repetição e na testemunha, não houve a presença do parasitoide. O parasitismos
das pupas ocorram durante 48h, após, foram separadas e avaliadas durante 20 dias
até emergência dos parasitoides. Posteriormente, foi feita a contagem dos
parasitoides emergidos. Os resultados mostraram que as pupas foram 100%
parasitadas quando comparada a testemunha que não apresentou parasitismo e
houve o desenvolvimento de 225 parasitoides por pupa parasitada. O P. elaeises
apresentou resultados satisfatórios no parasitismo das pupas da broca da cana de
açúcar, podendo ser considerado um inimigo natural promissor para o manejo
biológico da D. saccharalis.

Palavras-Chave: Broca da cana-de-açúcar

Apoio Institucional: JB Biotecnologia Ltda

194
Fatores climáticos influenciando a liberação aérea de (Telenomus
podisi) no solo para o controle de ovos de percevejos
Bruno A. Mundim; Leonardo A. Sisdeli; Leandro P. de Araújo Júnior; Gustavo
H. Soares; Alexandre de S. Pinto
Unipam, R. Major Gote, 808, 38700-207, Patos de Minas, MG

A liberação aérea de parasitoides tem como grandes problemas a predação natural


do material espalhado no solo sem proteção e a radiação solar e as chuvas. Por
esse motivo, esse trabalho teve por objetivos avaliar a sobrevivência de Telenomus
podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae) após a exposição total ou parcial
de ovos de Euschistus heros (F.) (Hemiptera: Pentatomidae) parasitados à radiação
solar e a predação de ovos sem repelentes em diferentes índices pluviométricos em
campo. Foram instalados dois ensaios em área de plantio de soja em Ribeirão Preto,
SP, Brasil. O ensaio para avaliar o impacto da radiação solar na sobrevivência do
parasitoide foi instalado em 30/10/2018, onde três tratamentos (ovos parasitados
expostos diretamente ao sol, sob palhada e sem exposição – sob prato plástico azul
suspenso) foram repetidos 20 vezes. O ensaio que visou conhecer a predação de
ovos parasitados sob chuva foi instalado em 5/11/2018, onde três tratamentos (0, 6
e 30 mm de precipitação pluviométrica artificial) foram repetidos 20 vezes. Para os
ensaios, a parcela experimental foi um palito de madeira com um ovo parasitado
colado da extremidade. A maior emergência do parasitoide foi observada em ovos
mantidos sob palhada, sendo nula quando os ovos foram expostos ao sol e quase
nula quando os mesmos foram protegidos por sombra de um prato plástico, que
deve ter aumentado a temperatura no microambiente. A predação foi alta ou total em
todos os índices pluviométricos, indicando que o tratamento dos ovos com
repelentes deve ser realizado para a liberação em campo.

Palavras-Chave: técnica de liberação; controle biológico aplicado; Parasitoide

Apoio Institucional: nenhum

195
Preferência de Telenomus podisi por ovos de Euschistus heros ou
Dichelops melacanthus em laboratório
Bruno A. Mundim; Isabelle M. N. Padilha; Alexandre de S. Pinto; José R. P.
Parra
Centro Universitário Moura Lacerda

O parasitoide Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae) é


generalista, mas tem preferência por determinadas espécies de percevejos. Esse
trabalho teve por objetivos avaliar a preferência hospedeira de Telenomus podisi por
ovos de Dichelops melacanthus (Dallas) e Euschistus heros (F.) (Hemiptera:
Pentatomidae) em diferentes temperaturas, umidades relativas do ar e cores e
potências de lâmpadas em laboratório. Foram utilizados parasitoides provenientes
de criação comercial em ovos de E. heros. Cada unidade amostral foi uma placa
acrílica contendo quatro tiras de papelão com cerca de 40 ovos na ponta, duas com
D. melacanthus e duas com E. heros e um casal do parasitoide (24-48 h para
ensaios de temperatura e lâmpadas e 168 h para o ensaio de umidade). Foram
utilizadas cinco repetições para cada tratamento. A análise de variância evidenciou
efeito significativo da espécie hospedeira nos testes de temperatura e de luzes, não
ocorrendo o mesmo no teste de umidade. Também não houve efeito significativo da
temperatura, umidade relativa do ar e cores de lâmpadas no parasitismo de ovos. O
parasitoide T. podisi preferiu parasitar ovos de D. melacanthus ao invés de E. heros.
As temperaturas de 18 a 32ºC, as umidades relativas do ar de 40 a 100% e as cores
azul, amarela, branca (15 e 25W), verde e vermelha (15 W) de lâmpadas não
interferem no parasitismo de T. podisi em ovos das duas espécies de hospedeiros.

Palavras-Chave: biologia

196
Presença/ausência de pedicelo em ovos de Chrysoperla externa
como parâmetro de qualidade para criações massais
Bruno G. Dami; Wesley B. S. Paula; Gabriel de Melo Botelho; Andriely Borges
Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Sergio A. De Bortoli; Alessandra M.
Vacari
UNIFRAN - Universidade de Franca

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um predador facilmente


criado em laboratório, podendo ser utilizado no controle biológico aplicado de várias
espécies de insetos-praga. A fêmea desse predador normalmente fixa os ovos no
substrato de oviposição por meio de um filamento de seda, o pedicelo ou pedúnculo.
No entanto, nem todos os ovos colocados possuem pedicelo. Nesse contexto, o
objetivo desse trabalho foi analisar se a presença ou ausência dessa estrutura pode
ser utilizada como parâmetro componente de protocolo de controle de qualidade de
criações massais de C. externa. Para tanto, ovos de até 24 horas de idade foram
individualizados em placas de Petri de 90 mm de diâmetro, com as fêmeas utilizadas
para a obtenção desses ovos tendo entre 14 a 21 dias de idade, sendo elas oriundas
de criação cujo substrato alimentar foi mel e levedura de cerveja (1:1). Os ovos
foram coletados diretamente nas gaiolas de postura (recipientes plásticos
transparentes: 15 cm de diâmetro e 20 cm de altura) cortando o pedicelo com uma
tesoura, enquanto os sem pedicelo utilizou-se um pincel de cerdas macias. O
período de incubação e a viabilidade dos ovos foram avaliados a cada 24 horas.
Cada placa contendo um ovo foi considerada uma repetição, sendo analisadas 20
repetições para cada tipo de ovos. O período de incubação foi comparado pelo
PROC ANOVA usando o teste de Tukey, enquanto a porcentagem de emergência
das larvas pelo teste de Log-Rank por meio do método Kaplan-Meyer usando o
PROC LIFETEST. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O
período de incubação foi em média 5,0 dias, para ovos com e sem pedúnculo,
enquanto a viabilidade de ovos contendo pedicelo foi significativamente maior
(75,0%) que a de ovos sem pedicelo (25,0%). Tais resultados indicam que a
quantidade de ovos na criação do predador C. externa sem pedicelo deve ser
monitorada, sendo um parâmetro de avaliação para manter a qualidade de criações
massais dessa espécie em laboratório.

Palavras-Chave: crisopídeo; controle biológico; controle de qualidade

Apoio Institucional: CNPq

197
Phytoseiulus macropilis (Acari: Phytoseiidae) no controle biológico
aplicado de Tetranychus urticae (Acari: Tetranychidae)
Bruno Vinicius Neves; Priscila A. Rode; Catiane Dameda; Maicon toldi; Liana
Johann; Noeli J. Ferla; Tiago Tavares Ferreira
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Tetranychus urticae (Koch) (Tetranychidae) destaca-se como uma das principais


espécies causadoras de danos na cultura do morango (Fragaria sp.). Phytoseiulus
macropilis (Banks) (Phytoseiidae) é encontrado associado a altas populações de
tetraniquídeos no Brasil, ocorrendo naturalmente nas regiões sul e sudeste do país.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de P. macropilis para controlar T.
urticae na produção de morango em casa de vegetação. Para o experimento foram
utilizadas 350 mudas de morango, divididas em dois canteiros em uma estufa. A
infestação de tetraniquídeos ocorreu naturalmente. Foram liberados 400 espécimes
de P. macropilis em um dos canteiros, o outro foi mantido sem infestação de
predador. As avaliações foram realizadas semanalmente. Foram divididas as regiões
da planta em basal, mediana e apical, sendo coletada uma folha/região/planta. Foi
realizada a contagem dos ovos e a análise de formas móveis (larva, protoninfa,
deutoninfa e adultos) da presa e do predador. Os dados coletados foram
comparados através do teste t Student para controle e tratamento e Anova LSD para
a localização na planta, ao nível de significância de 5%, com o programa BioEstat
5.0. A liberação foi eficiente, pois a quantia de T. urticae encontrada no canteiro de
tratamento foi menor em relação ao controle. A região apical teve menor ocorrência
de fitófago do que a basal e a mediana. Assim, as regiões mediana e basal são
indicadas para o monitoramento do controle biológico. Esta diferença não ocorreu
em relação à P. macropilis. Com a liberação do predador, houve uma redução
significativa no número de T. urticae, atingindo o pico populacional no mesmo
período, mas em menor número, no controle em média 399,57 ácaros/folha e no
tratamento 108,15 ácaros/folha, nas folhas medianas. A liberação antecipou o pico
populacional do predador. Assim, P. macropilis é eficiente no controle biológico
aplicado de T. urticae na cultura do morango utilizando apenas uma liberação

Palavras-Chave: fragaria; ácaro fitófago; predador

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

198
Resposta funcional de machos e fêmeas de Euborellia annulipes a
Spodoptera frugiperda
Caio Cesar Truzi; Gilmar da Silva Nunes; Natalia Fernanda Vieira; Joice
Mendonça de Souza; Sergio Antonio De Bortoli
Programa de Pós-graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias
e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso
Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Euborellia annulipes (Lucas) (Dermaptera: Anisolabididae) apresenta ampla


distribuição geográfica e potencial predatório evidenciado para lepidópteros. Este
predador pode ser uma alternativa para o manejo da lagarta-do-cartucho,
Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), havendo diversos
relatos de resistência da espécie a alguns métodos de controle, como inseticidas e
plantas transgênicas. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi determinar a
resposta funcional de machos e fêmeas da tesourinha E. annulipes predando
lagartas de S. frugiperda, visando avaliar seu potencial para utilização no controle
biológico da praga. Machos e fêmeas foram mantidos em jejum por 24 horas e, após
este período, foram individualizados em placas de Petri de 14,5 cm de diâmetro.
Foram avaliadas as densidades de 5, 10, 20, 40, 80 e 160 lagartas de segundo
ínstar de S. frugiperda, para cada sexo do predador (individualizado), com dez
repetições de cada densidade. Após 24 horas da instalação do experimento foram
contabilizadas as lagartas mortas. A resposta funcional foi do tipo II para ambos os
sexos, sem diferença entre as taxas de ataque, sendo de 0,00564 hˉ¹ para fêmeas e
0,00193 hˉ¹ para machos. Porém, o tempo de manipulação é maior para machos
(0,5870 h) em relação as fêmeas (0,2069 h), resultando em maior número de presas
atacadas por fêmea da tesourinha. Os resultados indicam que E. annulipes tem
potencial para o controle biológico de S. frugiperda, com fêmeas apresentando maior
eficiência na predação.

Palavras-Chave: tesourinha; controle biológico; lagarta do cartucho

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

199
Avaliação da taxa de parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera
coffeella em Café conilon
Maykon D. Cezário; Camila G. Faria
Universidade Vale Do Rio Doce - UNIVALE

A principal praga do cafeeiro em todo o Brasil é o bicho-mineiro do cafeeiro


Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae). Tal praga causa
significativos danos às diversas variedades do cafeeiro. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a taxa de parasitismo do bicho-mineiro no cafeeiro conilon em Governador
Valadares-MG. Para a avaliação, foram coletadas folhas minadas de cada planta de
café (20 folhas por área, totalizando 120 folhas minadas). Foram escolhidas folhas
com minas intactas, assegurando assim que os bichos-mineiros ainda não tenham
sido atacados por vespas predadoras e que os parasitoides não tenham surgido.
Cada folha minada foi incubada em uma placa de Petri e separada no laboratório até
a emergência dos bichos mineiros ou parasitoides. Os pecíolos das folhas foram
inseridos em algodão com água para manter a turgidez. A análise da taxa de
parasitismo foi calculada dividindo o número total de parasitoides emergidos pelo
número total de insetos que emergiram das minas (parasitoides e bicho-mineiro) por
cafeeiro. A porcentagem encontrada da taxa de parasitismo do período de janeiro a
dezembro de 2018 foi de 0% em todos os meses. O resultado pode ser explicado
devido ao fato do cafezal estar localizado distante de áreas protegidas ou
preservadas, onde são mantidos os ecossistemas sem a interferência antropóloga.
Além disso, a lavoura de café se encontra próxima a outras lavouras com culturas
distintas, nas quais são aplicados inseticidas não seletivos, o que causa um impacto
direto na taxa de parasitismo do bicho-mineiro do cafeeiro.

Palavras-Chave: praga; parasitoides; inseticidas

Apoio Institucional: Universidade Vale Do Rio Doce - UNIVALE

200
Predação de Zelus leucogrammus (Hemiptera: Reduviidae) em
Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae)
Carla C. Jardim; Caroline D. de Souza; Fábio A. dos Santos; Thais A. da Mota;
Lucca B. Farnettane; Gabriela Cavallini; Thamires L. dos Santos; Carlos F.
Wilcken
UNESP FCA

A lagarta parda Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae), é uma


das principais lagartas desfolhadoras do eucalipto no Brasil, causando grandes
prejuízos econômicos às áreas de produção. Os percevejos do gênero Zelus são
predadores generalistas que protagonizam um importante papel como agentes de
controle biológico em sistemas agrícolas e florestais. Visando a utilização de
métodos alternativos no controle da lagarta parda do eucalipto, o objetivo do estudo
foi avaliar a predação do percevejo predador Zelus leucogrammus Perty 1834
(Hemiptera: Reduviidae) em lagartas de Thyrinteina arnobia, em condições de
laboratório. Quinze percevejos predadores foram individualizados em caixas, e após
um período de jejum de 24 horas foi oferecida a densidade de 10 lagartas de T.
arnobia de 2º/3º ínstares por predador, sendo substituídas conforme predadas. O
experimento foi realizado em câmara climatizada (Temp. 24 ± 1°C, UR 60 ± 10% e
fotofase de 12 h) e o período de predação foi de 24 horas. Ao final desse período o
número de lagartas predadas foi registrado. O consumo médio de lagartas de 2º/3º
ínstares de T. arnobia por Z. leucogrammus foi de 11,9 indivíduos (EP=0,7),
indicando o potencial do predador para o controle de T. arnobia.

Palavras-Chave: controle biológico; Eucalyptus; percevejo predador

Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de


Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES

201
Comportamento predatório de Xylocoris sordidus em ovos
parasitados por Trichogramma pretiosum
Carlos A. de Freitas1; Paula S. Taguti1; Nathália A. dos Santos2; Alessandra M.
Vacari3; Sergio A. De Bortoli1
1
Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal,
São Paulo, Brasil; 2Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil; 3Universidade de Franca (UNIFRAN), Núcleo de
Pesquisa em Ciências e Tecnologia, Franca, São Paulo, Brasil

Trichogramma pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae) é um parasitoide utilizado


em diversos programas de controle biológico de lepidópteros-praga e Xylocoris
sordidus (Reuter) (Hem.: Anthocoridae) é um predador generalista. Assim é possível
que ocorra a predação em ovos parasitados, reduzindo da eficiência de controle
realizado por T. pretiosum. Diante disso, esse trabalho objetivou avaliar o
comportamento de predação de X. sordidus em ovos parasitados por T. pretiosum.
Foram realizados testes de resposta funcional e de preferência alimentar com
chance de escolha com ovos de Corcyra cephalonica (Stainton) (Lep.: Pyralidae)
não parasitados, bem como com 4 e com 6 dias de parasitismo, utilizando ninfas de
5º ínstar do predador, previamente mantidas sem alimentação por 12h. Para o teste
de resposta funcional foram avaliadas as densidades de 1, 2, 4, 8, 16, 32 e 64
ovos/cartela para cada tratamento, com 10 repetições. Para a preferência alimentar
foram montadas cartelas com 32 ovos dos respectivos tratamentos, com 10
repetições. Em ambos os testes as avaliações foram realizadas 24h após a
liberação do predador. Em ovos não parasitados X. sordidus apresentou resposta
funcional do tipo III, enquanto em ovos com 4 e 6 dias de parasitismo a resposta foi
do tipo II. Não houve diferença com relação a taxa de ataque (a’) de X. sordidus
entre os tratamentos, porém o tempo de manipulação (Th) em ovos não parasitados
(0,5247h) foi significativamente inferior, com 4 (2,7195h) e 6 (3,9177h) dias de
parasitismo. No teste de preferência ocorreu maior predação em ovos não
parasitados (65,82%) em comparação a ovos com 4 (17,72%) e 6 (16,45%) dias de
parasitismo. Assim, o parasitismo por T. pretiosum exerce influência no
comportamento de predação de X. sordidus, o qual tem preferência por ovos não
parasitados e, dessa forma, esses dois inimigos naturais têm potencial para serem
utilizados em conjunto em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: interação intraguilda; preferência alimentar; resposta funcional


Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – Brasil (CAPES) – Código de financiamento 001 e do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

202
Aphid parasitoids (Hymenoptera: Braconidae), still defending cereal
crops after forty years of its introducing in Passo Fundo
Carlos D. R. Santos; Luiza R. Redaelli; Simone M. Jahnke; Juliana Pivato;
Marcus V. Sampaio; Douglas Lau
UFRGS; UFU; Embrapa

In the late 1970s, during the Biological Control Program of Wheat Aphids (BCPWA),
twelve species of hymenopteran (Aphelinidae and Braconidae) were introduced in
southern Brazil. Four Braconidae species have been established in Rio Grande do
Sul (RS): Aphidius ervi Haliday, Aphidius uzbekistanicus Luzhetzki, Aphidius
rhopalosiphi De Stefani, and Praon volucre (Haliday). Around forty years after the
BCPWA, changes occurred in the agricultural landscape and in the dominance of
aphid species: Rhopalosiphum padi (Linnaeus) has became the most frequent cereal
aphid, followed by Sitobion avenae (Fabricius), Schizaphis graminum (Rondani), and
Metopolophium dirhodum (Walker). This work aims to monitor the occurrence of
established aphids parasitoids species throughout the wheat (winter) and corn
(summer) crop cycle. The work was conducted at Embrapa Trigo, Passo Fundo, RS,
from July 2018 to March 2019. Sixteen pots, containing 10 wheat plants, were
infested with aphids, and exposed to parasitism on the field in screen cages for 7
days in biweekly exposure cycle of each crop. After, the pots were maintained in
climatized chambers. After one week, the mummies were collected, and emerged
parasitoids, identified. During wheat crop season (2018), it was collected A.
uzbekistanicus parasitizing R. padi, S. graminum, and S. avenae; Aphidius platensis
(Brethes) and A. rhopalosiphi were collected parasitizing the four aphid species; and
Aphidius ervi Haliday over R. padi, S. graminum, and S. avenae. During corn season
(2019), A. platensis was recorded parasitizing R. padi and S. graminum. As well,
Lysiphlebus testaceipes (Cresson) was collected in S. avenae, R. padi and S.
graminum. Praon species were not sampled. We emphasize that A. platensis and L.
testaceipes had already been reported in Brazil before BCPWA. Therefore, some
species, introduced during BCPWA, are still occurring on and protecting cereal fields
in Passo Fundo, RS.

Palavras-Chave: monitoring; natural enemies; wheat

Apoio Institucional: APES, CNPq e Embrapa Trigo

203
Taxonomic status of Aphidius colemani species group
(Hymenoptera: Braconidae) in southern Brazil
Carlos D. R. Santos; Marcus V. Sampaio; Luiza R. Redaelli; Simone M. Jahnke;
Juliana Pivato; Douglas Lau
UFRGS; UFU; Embrapa

Parasitoid wasps (Hymenoptera: Braconidae) are efficient natural enemies of aphids.


Twelve micro-hymenopteran species from Eurasia were introduced in South America
to control aphid populations in winter cereals, which in the 1970’s were in severe
imbalance. From 1978 to 1990, during Biological Control Program of Wheat Aphids
(BCPWA), parasitoids were reared and released on crops in southern Brazil. Some
species have been established and reduced aphid populations. Aphidius colemani
(Viereck) was reported in Brazil before the BPCWA, when Mediterranean genotypes
were introduced from France and Israel. Nowadays, with development of integrative
taxonomy of Hymenoptera, this species was re-described as a complex called
Aphidius colemani group being composed by three species including A. colemani,
Aphidius transcaspicus Telenga, and Aphidius platensis (Brèthes). Consequently,
there is no certainty which one of the group are occurring in southern Brazil. The aim
of this study was to re-examine the species status of A. colemani group collected
during the introduction period of parasitoids in Brazil (1979 -1980) and from 10 years
(2009-2018) of monitoring program by Moericke traps in wheat fields in Coxilha, in
the north of Rio Grande do Sul, Brazil. There were examined 116 specimens of
Entomological Collection of Embrapa Trigo, and those collected in Moericke traps. All
the parasitoids of the A. colemani group from BCPWA period were identified as A.
platensis. In the traps, of 6,541 parasitoids collected, 61.9% (n = 4,047) were of the
A. colemani group, and all of them identified as A. platensis. So, this species was
already here before the BCPWA, was the most collected species, early in the
program, and is still the most abundant species. It remains a mystery, which species
of A. colemani group was introduced in Brazil and if the introduced species have
been established and even contributed genetically to the current population of the A.
platensis.

Palavras-Chave: parasitoids; taxonomy; cryptic tax

Apoio Institucional: CAPES, CNPq e Embrapa Trigo

204
Distribuição vertical de Leptocybe invasa e do parasitoide
Selitrichodes neseri (Hymenoptera: Eulophidae) em eucalilptos
Carolina Jorge; Luciane K. Becchi; Sidinei Dallacort; Leonardo Cruz Vieira;
Camila Zanetti Bassi; Thais A. Mota; Fábio Araújo dos Santos; Edson L. L.
Baldin; Carlos F. Wilcken
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Laboratório de
Controle Biológico de Pragas Florestais, Botucatu, SP, Brasil

As pragas são responsáveis por significativas perdas de produtividade no setor


florestal. Leptocybe invasa Fisher & La Salle, 2004 (Hymenoptera: Eulophidae), vem
ocasionando perdas em plantações do Brasil desde sua detecção. A espécie se
dispersou rapidamente pelo país, com maiores registros de prejuízos nas regiões
Sudeste e Nordeste. O controle biológico clássico por meio do parasitoide
australiano Selitrichodes neseri Kelly & La Salle, 2012 (Hymenoptera: Eulophidae),
vem sendo testado no Brasil desde 2015. A vespa apresenta preferência por plantios
mais novos, mas pode atacar talhões com mais de dois anos, dificultando as ações
de manejo. Considerando-se que a atuação do parasitoide S. neseri é ainda nova
sobre L. invasa no Brasil, existe a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre
sua dispersão na copa das árvores. Assim, o objetivo do presente estudo foi
caracterizar a distribuição vertical de L. invasa e S. neseri em plantio clonal de
Eucalyptus grandis na região de Mogi Guaçu, SP. Para tanto, em fevereiro de 2019,
foram instaladas armadilhas adesivas amarelas (1,8; 4 e 8 m) em 20 árvores de um
talhão com E. grandis suscetível com elevado nível de infestação da praga e com
presença do parasitoide e trocadas 50 dias após a instalação. Foram coletados
ramos aos 4 e 8 m de altura e as emergências de indivíduos dos ramos foram
contabilizadas sete dias após a coleta. Foram capturados 6772 indivíduos de L.
invasa, e 5019 de S. neseri. Os maiores índices de captura tanto da vespa quanto
do parasitoide foram registrados a 4 m de altura. Nos ramos, a maior infestação de
galhas ocorreu a 8 m de altura. As emergências de L. invasa foram maiores a 8 m
de altura (N=428) em relação a 4 m (n=229). Selitrichodes neseri foi mais abundante
a 4 m (N=34) do que a 8 m (N=26). Portanto, confirmou-se a presença do
parasitoide até 8 m de altura, acompanhando a presença de galhas no ponteiro.
Futuros estudos terão como foco avaliar a presença do parasitoide em alturas
maiores.

Palavras-Chave: Controle biológico clássico; altura de voo; vespa-da-galha

Apoio Institucional: PAEDEX/AUIP, PROTEF/IPEF

205
Predação de Thyrinteina arnobia (Lepidoptera: Geometridae) por
Atopozelus opsimus (Hemiptera: Reduviidae)
Caroline D. de Souza; Fábio A. dos Santos; Luciane K. Becchi; Lucca B.
Farnettane; Carla C. Jardim; Thamires L. dos Santos; Thais A. da Mota; Julian
Nishidomi; Fabrício N. de Oliveira; Carlos F. Wilcken
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências
Agronômicas (FCA), Campus de Botucatu, SP, Brasil

A lagarta parda Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae), é


umadas pragas desfolhadoras mais importantes em plantações de eucalipto no
Brasil. Oconhecimento da predação de Atopozelus opsimus (Elkins, 1954)
(Hemiptera:Reduviidae) em T. arnobia é essencial para a sua utilização em
programas decontrole biológico da praga. O objetivo foi avaliar a predação em
lagartas de 1ºínstar de T. arnobia por A. opsimus em todos os estágios de
desenvolvimento, sobcondições de laboratório. Dez indivíduos de A. opsimus de
cada ínstar e adultosforam individualizados em recipientes plásticos de 80 mL
contendo algodãoumedecido com água deionizada autoclavada. Foram oferecidas
dez lagartas de T. arnobia para o predador de 1º e 2º ínstar; 20 lagartas para o 3º
ínstar; 25 lagartaspara o 4º ínstar, 50 lagartas para o 5º ínstar e 60 lagartas para os
adultos de A. opsimus. O período de predação foi de 24 horas, em câmara
climatizada (Temp. 24± 2ºC, UR 60 ± 10% e fotofase de 12 h). Ao final desse
período o número delagartas predadas foi registrado. Os dados foram analisados
por ANOVA ecomparados pelo teste de Tukey. A média de predação de lagartas de
1º ínstar de T. arnobia por A. opsimus do 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ínstar e adultos, foi de
1,6, 3,1, 9,3, 15,35,6, e 47, respectivamente, não sendo observadas diferenças
significativas entreninfas do 1º e 2º ínstar do predador. Estudos serão conduzidos
para avaliar apredação de A. opsimus nos demais ínstares da lagarta parda do
eucalipto.

Palavras-Chave: controle biológico; Eucalyptus; percevejo predador

Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de


Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES.

206
Two new species of Telenomus Haliday (Hymenoptera:
Platygastridae) parasitizing eggs of Anticarsia gemmatalis
(Lepidoptera: Erebidae)
Cecilia B. Margaría; Tamara A. Takahashi; Daniel A. Aquino; Luís A. Foerster
Zoología Agrícola, Centro de Investigación en Sanidad Vegetal, Facultad de Ciencias Agrarias y
Forestales, Universidad Nacional de La Plata, 60 y 118, 1900, La Plata, Buenos Aires,
Argentina/Museo de La Plata, Facultad de Ciencias Naturales y Museo, Universidad Nacional de La
Plata, Paseo del Bosque sin número, 1900, La Plata, Buenos Aires, Argentina/Universidade Federal
do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia e Fitossanitarismo, Programa de
Pós-Graduação em Agronomia- Produção Vegetal. Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores
Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores (CEPAVE) (CONICET-UNLP). Boulevard 120 entre
60 y 64, La Plata, Buenos Aires, Argentina/Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências
Biológicas, Departamento de Zoologia

Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Erebidae) is one of the main


soybean defoliators. Eggs of the velvetbean caterpillar are hosts for different species
of Trichogramma Westwood, 1833 (Hymenoptera: Trichogrammatidae), Encarsia
Förster, 1878 (Hymenoptera: Aphelinidae) and Telenomus Haliday, 1833
(Hymenoptera: Platygastridae). Previously, a single species of Telenomus, T.
cyamophylax Polaszek, 1997 was described parasitizing eggs of A. gemmatalis. We
investigated the incidence of egg parasitoids of A. gemmatalis collected from eggs
laid by females caged on a soybean plant during a week. The survey was conducted
in two commercial areas of genetically modified soybeans in São José dos Pinhais
(25°36’46.0”S, 49°08’21.5”W), Paraná state, Brazil during the 20172018 crop
season. One area was planted with soybeans expressing tolerance to the herbicide
glyphosate, Roundup Readyâ (RR) variety NA5909RG and the other with the variety
Syn13671IPRO expressing Cry1Ac protein of Bacillus thuringiensis (Bt), which
confers resistance to target lepidopteran species as well as tolerance to the herbicide
glyphosate. Eggs were collected from the caged plants and daily observations were
made to check the emergence of parasitoids or eclosion of larvae. A total of 383 A.
gemmatalis eggs were collected in the Bt area, of which, 143 eggs were parasitized.
Of these 11 eggs were parasitized by the genus Telenomus, these belonging to two
new species. In the RR area, 143 eggs were collected, but no egg was parasitized by
Telenomus sp. Adult parasitoids of Telenomus spp. emerging from the field-collected
eggs were mated in the laboratory to establish a population of wasps to be
taxonomically identified. Both species were continuously reared in laboratory using
eggs of A. gemmatalis as hosts. Development time from oviposition to adult
emergence takes approximately 15 days at 25º C. These results indicate the great
potential still to be explored in genetically modified soybean crops.
Palavras-Chave: egg parasitoids; velvetbean caterpillar; Glycine max
Apoio Institucional: Higher Education Personnel (CAPES) for the scholarship to
T.A.T.

207
Comparativo de sistemas de coleta de adultos de Anagasta
kuehniella
Lucas dos S. Bonamigo; Cinei T. Riffel; Anelise A. Perkoski; Leonardo
Cappellari1
Acadêmico do Curso de Agronomia SETREM Email: lucasbonamigo@gmail.com

O controle de pragas do gênero dos lepidópteros é de suma importância em


diversos setores da produção agrícola, este pode ser realizado através da liberação
de agentes de controle biológico, a exemplo da espécie Trichogramma pretiosum,
Riley, 1879, (Hym.:Trichogrammatidae). Para a produção deste agente, é necessário
a produção de ovos de Anagasta kuehniella Zeller, 1879 (Lepidoptera: Pyralidae),
inseto com boas características para produção industrial de ovos. Buscando
promover a produção em escala industrial dos ovos, foram avaliados resultados de
dois sistemas, no sistema convencional os insetos são transferidos da caixa de
criação para as gaiolas de postura indiretamente, ou seja, são sugados para uma
gaiola cônica e iormente postos na gaiola de postura, já no sistema direto, os insetos
são sugados diretamente para a gaiola de postura. Foram realizadas 5 repetições de
cada sistema, sendo elas simultâneas e compostas por uma média de 550 adultos,
os insetos foram transferidos para as gaiolas de postura, acomodados e realizada a
coleta dos ovos após 48h (coleta 1) e 96h (coleta 2), iormente foram descartados.
Os valores de cada amostragem de ovos (g) foram divididos pelo número de insetos
correspondente e multiplicados por cem, obtendo assim os resultados finais em
gramas de ovos por cem adultos (g/c.a.). O sistema convencional obteve maiores
picos de produção, atingindo valores máximos próximos a 0,45g/c.a. e valores
mínimos próximos a 0,15g/c.a e uma média de 0,308g/c.a, já o sistema direto,
obteve valores menores de máximo de produção e maior valor mínimo de produção,
com uma média de 0,274g/c.a. É importante destacar que o sistema direto
apresentou menor desvio padrão (0,067 g ovos/cem insetos) em relação ao sistema
convencional (0,128 g ovos/cem adultos), o que corresponde a uma maior
estabilidade na produção. Analisando separadamente as duas coletas de ovos,
verificou-se que o comportamento foi semelhante na variação da produção, com
notável redução nos valores obtidos na coleta de 96h.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: Sociedade Educacional Três de Maio

208
Novos registros de parasitoides de moscas-das-frutas (Diptera:
Tephritidae) em Minas Gerais
Bruna R. Abreu; Daniel P. Soares; Tatiele P. Santos; Tânia M. Durães; Edileuza
R. S. Conceição; Carlos H. Brito; Carlos A. R. Matrangolo; Clarice D. Alvarenga
Universidade Estadual de Montes Claros, Claros – UNIMONTES, Caixa Postal 91, 39448-524,
Janaúba, MG

A busca por alternativas no controle biológico de moscas-das-frutas tem levado ao


estudo de interações de parasitoides nativos com espécies de tefritídeos não pragas
e plantas hospedeiras não cultivadas. O conhecimento destas interações pode
auxiliar em programas de controle biológico por conservação. Desta forma,
levantamentos de plantas hospedeiras de moscas-das-frutas visando a identificação
de possíveis parasitoides foram realizados na região norte do estado de Minas
Gerais. Para isso, frutos maduros foram coletados, da planta ou aqueles caídos ao
solo, em pomares e áreas de entorno na região norte de Minas Gerais, no período
de novembro/2018 a abril/2019. Os frutos coletados foram levados até o laboratório
onde foram mantidos em recipientes contendo vermiculita, durante oito a 10 dias.
Após este período a vermiculita foi peneirada e os frutos cuidadosamente
examinados para a coleta dos pupários. Foram obtidos 231 parasitoides, das
espécies DoryctoBracon areolatus (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck),
Asobara anastrephae (Muesebeck), Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead)
(Braconidae), Tetrastichus giffardianus Silvestri (Eulophidae) e Dicerataspis flavipes
(Kieffer) (Figitidae). DoryctoBracon areolatus foi a espécie mais frequente (91%) e
parasitou o maior número de espécies de moscas-das-frutas (Tephritidae)
(Anastrepha obliqua (Macquart), A. zenildae Zucchi, A. sororcula Zucchi e A.
fraterculus (Wiedemman)) associadas aos frutos de goiaba, seriguela, umbu-cajá,
juá e acerola. As espécies U. anastrephae e A. anastrephae parasitaram A. zenildae
e A. sororcula em frutos juá, goiaba e umbu-cajá. Em frutos de seriguela foi obtido
um indivíduo de D. longicaudata parasitando A. obliqua, decorrente de liberações
realizadas nas proximidades. Registra-se pela primeira vez T. giffardianus
parasitando A. distincta em fruto de ingá e D. flavipes parasitando A. zenildae e A.
sororcula em frutos de goiaba em Minas Gerais.

Palavras-Chave: Braconidae; Eulophidae; Figitidae

Apoio Institucional: INCT Hymenoptera Parasitoides; Conselho Nacional de


Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

209
Mapeamento da dispersão de Diachasmimorpha longicaudata em
diferentes fruteiras por modelagem geoestatística por krigagem
Patrícia C. C. Oliveira; Beatriz A. J. Paranhos; Jéssica O. Santos; Raila F. S.
Santos; Uilca T. F. Silva; Clarice D. Alvarenga
Universidade Estadual de Montes Claros, Claros – UNIMONTES, Caixa Postal 91, 39448-524,
Janaúba, MG.; EMBRAPA SEMIÁRIDO, BR 428, Km 152, C. P. 23, 56.302.970, Petrolina, PE- Brasil

As características de uma determinada fruteira e seu pomar, como espaçamento de


plantio e arquitetura da planta podem afetar diretamente a dispersão de parasitoides.
Este estudo teve por objetivo mapear a dispersão e sobrevivência de
Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) em
diferentes fruteiras mediante a aplicação de métodos geoestatísticos. Para isso,
cinco liberações de aproximadamente 3.000 parasitoides cada foram realizadas em
pomares de cerca de 5,5 ha de acerola e de manga. Foram demarcados 61 pontos
no pomar de acerola e 51 pontos no pomar de manga, em raios concêntricos que
variaram de 14m a 135m de distância do ponto de liberação no pomar de acerola e
de 10m a 150m no pomar de manga. Em cada ponto demarcado, larvas de terceiro
instar de Ceratitis capitata (Wied.) (Diptera: Tephritidae) foram oferecidas como
hospedeiras por meio de armadilhas sentinela que consistem de pequenas placas
de acrílico, contendo dieta artificial para larvas, com cerca de 50 larvas envoltas por
tecido voal. As armadilhas foram penduradas nas árvores e permaneceram por 24 h
no campo, sendo substituídas por novas que também permaneceram por mais 24 h.
Foram realizadas avaliações no 1º 2º, 3º, 8º e 15º dia após a liberação. Foi
determinada a porcentagem de parasitismo nas distâncias (raios) e nos dias de
avaliação. As fêmeas de D. longicaudata parasitaram as larvas de C. capitata nas
armadilhas sentinela por até 15 dias após serem liberadas no pomar de acerola e
por oito dias no pomar de manga. Por meio da geoestatistica foi possível verificar
que a distribuição dos parasitoides no campo foi influenciada por características do
pomar, como o espaçamento. O alcance da dependência espacial (A) foi de até
106,10 m no pomar de acerola e de até 79,70 m no pomar de manga, ambos no
oitavo dia após as liberações, indicando que os parasitoides se dispersaram mais no
pomar de acerola do que no de manga na região semiárida de Pernambuco.

Palavras-Chave: Ceratitis capitata; parasitoides; semivariogramas

Apoio Institucional: Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado do


Pernambuco (FACEPE); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES)

210
Morfologia do sistema reprodutor masculino de Diachasmimorpha
longicaudata (Ashmed) (Hymenoptera: Braconidae)
Maria das D. C. Souza; Max P. Gonçalves; Edmilson A. Souza; Wellen O.
Batista; Teresinha A. Giustolin; Clarice D. Alvarenga
Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES; Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); 3Universidade Federal de Viçosa

O parasitoide Diachasmimorpha longicaudata é um importante agente para o


controle biológico de moscas das frutas. Devido à importância ecológica e
econômica desse parasitoide, várias pesquisas têm sido realizadas. No entanto,
ainda não existem estudos sobre a morfologia do sistema reprodutor de D.
longicaudata, o que pode contribuir para o conhecimento da sua biologia
reprodutiva, bem como para futuros estudos em taxonomia e filogenia de
Hymenoptera. Objetivou-se com este estudo, descrever a morfologia do sistema
reprodutor masculino de D. longicaudata. Para isso, sistemas reprodutores de
machos de D. longicaudata foram dissecados em solução tampão fosfato de sódio
0,1 M e fixados em solução Zamboni. O material foi desidratado e incluído em
Historesina para ser submetido a cortes em micrótomo rotativo, corados com Azul de
Toluidina e analisados em microscópio óptico. O sistema reprodutor masculino de D.
longicaudata é composto por um par de testículos, dois ductos deferentes, um par
de glândulas acessórias e um ducto ejaculatório. Parte dos ductos deferentes são
diferenciados em regiões dilatadas, constituindo as vesículas seminais, onde os
espermatozoides são armazenados até a cópula. Cada testículo é constituído por
apenas um folículo, do qual surge um ducto eferente que conecta ao ducto
deferente. As glândulas acessórias encontram-se próximas à vesícula seminal, que
se unem ao ducto deferente, formando o ducto ejaculatório, sendo este conectado à
genitália externa, o edeago. Os testículos, ductos deferentes e vesículas seminais
são cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo. Os folículos testiculares estão
preenchidos por cistos em diferentes fases da espermatogênese. Os
espermatozoides maduros são liberados dos testículos em feixes e quando chegam
nas vesículas seminais, esses feixes se desfazem. A morfologia geral do sistema
reprodutor masculino de D. longicaudata é semelhante a outras espécies de
Hymenoptera: Braconidae.

Palavras-Chave: Parasitoide

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais


(FAPEMIG); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

211
Influência do tabaco na dieta sobre a biologia de Ephestia
kuehniella e de seu parasitoide HabroBracon hebetor
Cleder Pezzini; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Sheila Puntel
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade de Santa Cruz do Sul

A dieta do hospedeiro frequentemente tem influência sobre parâmetros biológicos e


o sucesso de seus parasitoides, tanto nas criações massais como na busca e
parasitismo a campo em programas de controle biológico aplicado. HabroBracon
hebetor (Say) (Hymenoptera: Braconidae) é um importante agente de controle
biológico da traça-da-farinha Ephestia kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae),
que infesta tabaco, grãos e outros produtos durante o armazenamento. O objetivo do
trabalho foi avaliar o efeito de diferentes classes e proporções de tabaco
adicionados à dieta artificial de criação, sobre parâmetros biológicos do hospedeiro
E. kuehniella e do seu parasitoide H. hebetor. Foram avaliadas dietas contendo
tabaco Virgínia em quatro diferentes concentrações de açúcar e nicotina em
quantidades de 5, 10 e 15% na biologia da traça-da-farinha. O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4 (classe de
tabaco x quantidade). Nos bioensaios com o parasitoide foram utilizados
hospedeiros alimentados em dietas com apenas 5% de tabaco. Para E. kuehniella
foram mensurados o tempo de desenvolvimento (ovo-adulto), viabilidade da fase
imatura, razão sexual, fecundidade, viabilidade dos ovos e longevidade. Para H.
hebetor, parasitismo, razão sexual da prole, número de larvas paralisadas e
parasitadas, viabilidade ovo-adulto e preferência de parasitismo. A classe de tabaco
e quantidade acrescida à dieta influenciou no tempo de desenvolvimento e
viabilidade de E. kuehniella. A dieta do hospedeiro a 5% não influenciou nos
diferentes aspectos biológicos H. hebetor. Da mesma forma, a prole originada a
partir de hospedeiros alimentados com a dieta contento tabaco, não mostrou
preferência por este tipo de dieta. Para produção em larga escala de H. hebetor, a
adição de tabaco à dieta artificial não se faz necessária, podendo ser excluída o que
poderá reduzir o custo de produção.

Palavras-Chave: criação massal

Apoio Institucional: CNPq

212
Interaction between Tenuisvalvae notata and Cryptolaemus
mountrouzieri (Coleoptera: Coccinellidae) under prey scarcity
Cynara M. Oliveira; Enggel B.S. Carmo; Larissa F. Ferreira; Christian S.A. Silva-
Torres
UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco

The knowledge of species interactions within food webs could be used to improve
integrated pest management strategies, intending to reduce possible negative effects
among them. Therefore, this study aimed to investigate the intra- and interspecific
interactions between the ladybeetles Tenuisvalvae notata (indigenous to South
America) and Cryptolaemus montrouzieri (exotic), both species are predators of
mealybugs. Thus, adults and larvae (LII-LIV instar) were deprived of food for 12hrs
prior to bioassays. Next, they were paired in Petri dishes (3.5 cm Ø) with another
individual of the same instar (larvae), or different age, in the following combinations:
a younger T. notata larva vs. an older C. montrouzieri larva and vice-versa; a T.
notata adult vs. 10 eggs, a larva or a pupa of C. montrouzieri and vice-versa (n=20
per combination). In addition, the intraspecific interaction was investigated with larvae
of the same species and age, using the same methodology. After 1, 6, 8, 12 and
24hrs the species and number of survival individuals per replicate were recorded to
determine the occurrence of intraguild predation (inter-) and cannibalism
(intraspecific) rates. Overall, results indicate significant asymmetric interactions
favoring C. montrouzieri, in which > 80 % of time was the intraguild predator when
paired with T. notata of same or different (younger and older) ages. Regarding
intraspecific interaction, there was a higher cannibalism rate amongst 1o instar T.
notata larvae (≈ 87.5%), followed by 1o (55.5%) and LII (25%) instar C. montrouzieri
larvae. Moreover, results suggest that under prey scarcity condition, ladybeetles may
engage in negative interactions resulting in cannibalism of younger larvae of same
species and intraguild predation of the exotic C. montrouzieri upon the native T.
notata species, which in turn could affect their establishment and biological control of
mealybugs in crop fields.

Palavras-Chave: Biological control; intraguild predation; cannibalism

Apoio Institucional: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de pessoal de


Nível Superior

213
Competição entre dois parasitoides pupais de Drosophila suzukii
(Diptera: Drosophilidae)
Daiana da C. Oliveira; Liliane N. Martins; Fernanda C. S. Geisler; Paloma Stupp;
Igor G. de Oliveira; Rute C. Treptow; Daniel Bernardi; Flávio R. M. Garcia
Universidade Federal de Pelotas

Os parasitoides Pachycrepoideus vindemmiae (Pv) (Rondani,1875) e Trichopria


anastrephae (Ta) (Lima, 1940) tiveram sua ocorrência relatada no Brasil parasitando
pupas Drosophila suzukii (Matsumura, 1931). O estudo comportamental dessas
espécies é fundamental para o conhecimento das interações para os programas de
controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar a competição extrínseca entre
Pv e Ta em pupas de D. suzukii. Pupas de D. suzukii com 24 horas de idade foram
inoculadas em frutos de morango maduros (10 pupas/fruto). Posteriormente, foram
acondicionados no interior de tubos plásticos transparentes (15 cm de diâmetro × 15
cm de altura), fechados na parte superior com tecido voile e, sobreposto, a um vaso
plástico (2L) contendo uma muda de morango da cv. ‘Aromas’. Os tratamentos
foram: T1: pupas expostas ao parasitismo por Pv por 24h; T2: pupas expostas a Ta
por 24h; T3: pupas expostas para Pv por 24h e, iormente, para Ta por 24h; T4:
pupas expostas a Ta por 24h e, iormente, para Pv por 24h; T5: pupas expostas a Pv
e Ta ao mesmo tempo por 24h e T6: somente pupas de D. suzukii. Após o período
de exposição aos parasitoides os frutos foram retirados e individualizados em potes
plásticos (200 mL) até à emergência dos insetos. O delineamento foi em blocos
casualizado com 20 repetições/tratamento, cada repetição composta por um fruto
(10 dez pupas/fruto), totalizando 200 pupas por tratamento. Foi utilizado uma fêmea
acasalada de Pv e/ou Ta com até 48 horas de idade de acordo com o tratamento.
Observou-se que o Ta apresentou a maior taxa de parasitismo (%) tanto no
tratamento individual (70%) e nos tratamentos submetidos com a presença de Pv.
Em contraste, quando pupas de D. suzukii foram expostas somente ao Pv o
parasitismo foi de 20%. Em relação à emergência, foram verificados um maior
número de insetos de Ta em relação ao Pv. Frente aos resultados, conclui-se que
ocorre competição extrínseca entre Pv e Ta por pupas de D. suzukii.

Palavras-Chave: Parasitoides; Mosca-da-asa-manchada; Comportamento

Apoio Institucional: Capes

214
Prospecção de agentes de controle biológico para o manejo de
ácaros pragas em culturas de solanáceas no DF e entorno
Mércia E. Duarte; Peterson R. Demite; João Felipe M. Roriz; Maria Luiza S.C.M.
Alves; Marselle R. Cappssa; Renata S. Mendonça; Miguel Michereff Filho;
Denise Navia
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Os ácaros fitófagos constituem pragas-chave em culturas de solanáceas (ex.:


tomate, pimentão, berinjela) no Distrito Federal e entorno, destacando-se o ácaro
rajado, Tetranychus urticae koch; o ácaro branco, Polyphagotarsenemus latus
Banks; e o microácaro do tomateiro, Aculops lycopersici (Massee). O controle
químico dessas pragas é problemático, devido à elevação dos custos de produção;
desenvolvimento de resistência nas populações das pragas; e aos efeitos nocivos
para a saúde humana e meio ambiente. A aplicação de agentes de controle
biológico (ACB) para o manejo dessas pragas é altamente desejável. Os principais
inimigops naturais dos ácaros praga são os ácaros predadores, os quais podem ser
utilizados em estratégias inundativas ou de conservação. Com o objetivo de
conhecer os ácaros predadores adaptados às solanáceas e às condições climáticas
do cerrado, com potencial para utilização como ACB, foram realizadas coletas de
amostras de 21 espécies de solanáceas cultivadas ou em áreas naturais, no DF e
em Goiás, de 02/2017 a 01/2018. Ácaros fitófagos e predadores foram coletados em
19 espécies de solanáceas (6 cultivadas, 13 em áreas naturais). Os mesmos foram
preservados em lâminas, e identificados ao microscópio óptico (DIC). Foram
identificadas 20 espécies, sendo a família Phytoseiidae a predominante, com 18
espécies pertencentes a nove gêneros: Euseius (4 espécies), Phytoseius (3),
Neoseiulus (3), Amblyseius (2), Proprioseiopsis (2), Galendromus (1),
Paraphytoseius (1), Typhlodromalus (1) e Typhlodromips (1). Além destes, foram
identificadas outras duas espécies, uma de Ascidae – Asca sp., e uma de
Blattisociidae - Aceodromus convolvuli Muma. As espécies mais comuns associadas
aos microácaros foram Amblyseius neochiapensis Lofego, Moraes & McMurtry,
Phytoseius guianensis Denmark & Muma, P. intermedius Evans & MacFarlane,
Typhlodromalus aripo DeLeon e Euseius sibelius (De Leon). Typhlodromalus aripo,
E. sibelius e Neoseiulus spp. foram as espécies dominantes encontradas em
associação com os ácaros de teia (Tetranychus spp.) e ácaros planos (Brevipalpus
spp.). Alguns dos ácaros predadores foram comuns às solanáceas em áreas
naturais e cultivadas, e abundantes mesmo nos meses mais secos do ano, podendo
ser consideradas promissoras como ACB. Avaliações da eficiência das mesmas
serão realizadas em laboratório, semi-campo e campo.
Palavras-Chave: ácaros predadores; Phytoseiidae; hortaliças
Apoio Institucional: CNPq, FAPDF, CAPES

215
Ação de substâncias repelentes na emergência de Tetrastichus
howardi via exposição direta e em cápsula de liberação por drone
Diego Arcanjo do Nascimento; João P. de A. Bomfim; Vanessa R. de Carvalho;
Jéssica E. R. Gorri; Fábio A. dos Santos; Carlos Frederico Wilcken
Depto. Proteção Vegetal, FCA/UNESP Campus de Botucatu, 18610-034, Botucatu-SP, Brasil. E-mail:
diego.arcanjo@unesp.br

O controle biológico em florestal pode ser empregado utilizando insetos parasitoides.


Dentre as espécies utilizadas destaca-se Tetrastichus howardi (Hymenoptera:
Eulophidae) para controlar lagartas desfolhadoras em eucalipto. A liberação é feita
manualmente em áreas infestadas, porém, pode ser otimizada com utilização de
drones. Após a soltura, pode ocorrer a predação dos parasitoides por outros
artrópodes, principalmente formigas. Uma opção seria o uso de repelentes,
entretanto, esses compostos podem ter efeitos adversos nos parasitoides. O objetivo
do trabalho foi analisar substâncias repelentes na emergência de T. howardi via
exposição direta ou nas cápsulas de liberação com drones. Pupas de Diatraea
saccharalis (Lepidoptera: Crambidae) parasitadas por T. howardi foram submetidas
aos seguintes tratamentos com repelentes: 1) Óleo essencial de Syzygium
aromaticum; 2) Óleo essencial de Callistemon sp.; 3) Óleo fixo de nim; 4) Repelente
comercial; 5) Água + Tween; e 6) testemunha. No primeiro ensaio, as pupas foram
imersas nas soluções dos repelentes por 3 segundos e secas em papel-filtro, sendo
colocadas em placas de Petri. No segundo, as cápsulas de liberação para drones
receberam aplicação de 3 mL dos tratamentos com pulverizador manual e onde foi
acondicionada uma pupa parasitada. O bioensaio foi composto de seis tratamentos
e 10 repetições, em delineamento inteiramente casualizado, permaneceram em
condições controladas de umidade (60%±10) e temperatura (25º±2). Após 4 dias, os
insetos emergidos e retidos na pupa foram contabilizados. Não foram verificadas
diferenças significativas entre os tratamentos na emergência de parasitoides via
imersão direta (p=0.0962) e quando os repelentes foram aplicados nas cápsulas de
liberação (p=0.4340). Em ambos os bioensaios as médias de emergência dos
parasitoides variaram entre 70 a 100%. Esses resultados possibilitam o uso dessas
substâncias em campo, uma vez que não afetaram os parasitoides.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoides

Apoio Institucional: IPEF/PROTEF e CAPES

216
Behavior and Chemical Ecology of Diachasmimorpha longicaudata:
basic studies as tools to improve biological control programs
Diego F. Segura1; Francisco Devescovi1; Claudia C. Conte1; Juan P. Wulff1;
Sergio M. Ovruski2; Mariana M. Viscarret3; Silvia B. Lanzavecchia1; Jorge L.
Cladera1
1
Instituto de Genética “E.A. Favret”, CICVyA (INTA) – IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina.
segura.diego@inta.gob.ar 2 Planta Piloto de Procesos Industriales Microbiológicos (PROIMI),
CONICET. Tucumán, Argentina. 3 Instituto de Microbiología y Zoología Agrícola, CICVyA (INTA) –
IABIMO, CONICET. Buenos Aires, Argentina.

Tephritidae fruit flies (Diptera) are amongst the most destructive pest of commercial
fruit worldwide. Environmentally friendly control strategies used against such pests
include a biological control component, mainly through the use of exotic parasitoids.
In particular, the wasp Diachasmimorpha longicaudata Ashmead (Braconidae) is one
of the most commonly used biocontrol agents. This larval-pupal parasitoid is native to
the Indo-Pacific region and was first imported to the Americas in the 1970s to control
native fruit flies of the genera Anastrepha and the highly destructive Mediterranean
fruit fly, Ceratitis capitata Wied. Since then, this parasitoid has been introduced in
several countries, including Brazil and Argentina. In this presentation, we will
summarize a series of studies focused on the foraging behavior of D. longicaudata
females, particularly centered in the host searching behavior. We found that
parasitoid females are able to detect fruit infested with larvae using chemical cues,
derived from the host larvae, as well as from the substrate (rotten fruit). GC-MS
analyses of the volatile compounds released by these attractive sources allowed
postulating specific compounds that females would use to locate host larvae. Our
work has shown that females have innate preference for specific host fruit odors and
the basis of this preference seems to be related more to the easiness of attacking
host larvae buried into the fruit flesh than to the quality of the host larvae. Color, on
the other hand, did not trigger an innate preference in this species. However, we
found that D. longicaudata has the ability to associate visual, as well as chemical,
cues during host searching, making them more and more efficient at host finding
through learning. The potential contribution of studies such as those carried out by
our group to the management of insect pests through natural enemies will be further
discussed.

Palavras-Chave: foraging behavior; chemical ecology; parasitoids

Apoio Institucional: FONCYT-PICT-0 12909; FONCYT PICT-2008-0502; FONCYT


PICT 2015-INTA-PNPV-1135033.

217
Occurrence of green lacewings species (Neuroptera: Chrysopidae)
from coffee agroecosystems
Eder de Oliveira Cabral; Bruno Gomes Dami; Wesley Bordinhon; Gabriel de
Melo Botelho; Pâmela Borges Faria; Andriely Borges da Silva; Francisco José
Sosa Duque; Alessandra Marieli Vacari
Universidade de Franca - UNIFRAN

Predators known as green lacewings belonging to the family Chrysopidae


(Neuroptera) have great search capacity, high voracity and high reproductive
potential, besides feeding on a wide diversity of prey. These predators exploit
agricultural habitats, including monocultures, associating with perennial and shrub-
like crops, such as coffee. We evaluated the ocurrence of Chrysopidae species in
Brazilian coffee crops from Alta Mogiana region, Brazil. Predator samplings were
carried out in organic and shaded coffee crops and were conducted from May 2018
to April 2019 in Franca, São Paulo, Brazil. The collections were carried out weekly on
January, February and March of 2018 with the aid of a sweep net and plastic vials for
the collection of eggs, larvae, pupae and adults of the predators. Samplings were
carried out in organic areas of 12.48 ha of the Catucaí Amarelo 2SL variety at 6
years of age and spaced 3 × 0.65 m shade with avocado cultivar Hass (Persea
Americana Mill) in Franca, SP, Brazil (20°32’19’’S, 47°24’03’’W, 996 m elevation).
The collected specimens were taken to the laboratory and transferred to plastic vials
preserved with 70% alcohol, for later identification of the species. We founded 20
indivuduals. The species of green lacewings observed were Ceraeochrysa cincta,
Ce. dislepis, Ce. everes, Ce. scapularis, Chrysoperla externa, Leucochrysa (Nodita)
rodriguezi, and L. (Nodita) forciformis. Further studies are still needed to find out
which species are most abundant in the region and which have potential in biological
control.

Palavras-Chave: Biological control; Integrated Pest Management; chemical control

Apoio Institucional: CAPES e CNPQ

218
Parasitismo de ovos de Euschistus heros na cultura do algodão no
Arenito Caiuá
Edimar Pertelini; Gabriel H. T. Batista; Luiz G. dos Santos; Fabiana S.
Machado; Paulo H. M. da Silva; Alline de L. Rodrigues; Greissi T. Giraldi; Julio
C. Guerreiro
Universidade Estadual de Maringá - campus Umuarama

Nos últimos anos tem ocorrido estímulos privados em busca da reinserção da cultura
do algodão no estado do Paraná. Porém alguns desafios têm sido observados como
a ocorrência de pragas que em outras regiões do Brasil são consideradas pouco
importantes, com alto percentual de dano a cultura, uma delas é o percevejo marrom
Euschistus heros (Fabricius) (Pentatomidae). Com tais preocupações o objetivo do
presente trabalho foi avaliar o nível e potencial de parasitismo de ovos do percevejo
E. heros ocasionados pelo parasitoide Telenomus podisi(Ashmead) (Scelionidae) em
lavoura de soja, nas condições do Arenito Caiuá. O experimento foi conduzido no
município de Alto Piquiri - PR nos meses de fevereiro à março de 2018 e fevereiro a
março de 2019, a coleta das massas de ovos foram feitas por caminhamento e
visualização dentro de uma área experimental, (com aproximadamente 5 ha), as
massas encontradas foram acondicionadas em sacos de papel, identificadas e
depois encaminhadas para o Laboratório de Entomologia da UEM – campus de
Umuarama para as avaliações de número de ovos por massa e percentual de
parasitismo das mesmas. Os dados foram avaliados através de estatística descritiva,
pelo software AgroEstat®. Houve a coleta de um total de 60 massas contendo em
média 8 ovos, totalizando 487 ovos em 2018 com um percentual de parasitismo de
34,5% e 44 massas contendo em média 9 ovos, totalizando 406 ovos em 2019 com
percentual de parasitismo de 42,36%. Dessa forma o parasitismo natural de ovos de
E. heros tem importante papel no controle do inseto, porém não alcança o nível de
controle desejado, assim o controle químico ainda se faz necessário.

Palavras-Chave: Telenomus podisi; massa de ovos; percevejo

Apoio Institucional: Associação dos cotonicultores paranaenses

219
Influência do estágio de desenvolvimento e da dieta de Lasioderma
serricorne no parasitismo de Anisopteromalus calandrae
Eduarda Bender; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Kássia C. F. Zilch
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 7712, 91540-000, Porto Alegre, RS, Brasil.
(bender.ep@gmail.com)

O ectoparasitoide Anisopteromalus calandrae (Howard, 1881) (Hymenoptera:


Pteromalidae) tem se destacado como agente de controle de larvas e pupas de
coleópteros praga de produtos armazenados como o besouro-do-fumo, Lasioderma
serricorne (Fabricius, 1792) (Coleoptera: Ptinidae). Estudos que avaliem a
bioecologia de parasitoides e suas interações com os hospedeiros, levando em
consideração os fatores ambientais, são de suma importância para o sucesso do
controle biológico nesses ambientes e culturas agrícolas. Neste contexto, objetivou-
se avaliar os índices de parasitismo e razão sexual de A. calandrae parasitando
larvas e pupas de L. serricorne na presença ou ausência da dieta do hospedeiro. Os
insetos utilizados foram provenientes de criação de laboratório mantida sob
condições controladas (28 ± 2 ºC, 60 ± 10% UR e fotofase de 12 h). Foram expostas
30 larvas (com formação de casulo) ou pupas (também nos casulos) de L. serricorne
a um casal (fêmea pareada) ou a uma fêmea virgem recém emergida (24 h) em
frascos plásticos, nas seguintes combinações, compondo quatro tratamentos: (L)
larvas, (LD) larvas com dieta, (P) pupas e (PD) pupas com dieta. Cada tratamento
teve 20 repetições. Os parasitoides permaneceram nos potes com cada tratamento
até a sua morte (± 11 dias) iormente foram retirados e os potes com os hospedeiros
mantidos nas mesmas condições da criação até a emergência da prole (± 13-15
dias). Os maiores valores de parasitismo foram obtidos nos tratamentos L (com e
sem dieta), tanto para as fêmeas virgens como pareadas. Somente no tratamento P
foi observada uma diferença significativa na razão sexual (p < 0,05), apresentando
os menores valores. Pode-se inferir que a dieta oferecida ao hospedeiro L.
serricorne interferiu no parasitismo e na razão sexual da prole gerada. O estágio de
larva é mais adequado para multiplicação do parasitoide, pois proporciona um
melhor desempenho dos parasitoides.

Palavras-Chave: Parasitoide; besouro-do-fumo; controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, UFRGS

220
Could footprints of ladybugs (Coleoptera:Coccinelidae) affect the
behavior of other ladybugs?
Jennifer O. Ferreira; Enggel B. S. Carmo; Géssica S. Silva; Christian S. A.
Silva-Torres
Departamento de Agronomia - Entomologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Rua Dom
Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, 52171-900, Recife-PE, Brasil

The ladybugs Cryptolaemus montrouzieri Mulsant, 1853 and Tenuisvalvae notata


(Mulsant, 1850) (Coleoptera: Coccinellidae) are predators of mealybugs and may co-
occur in the same agroecosystems in the Neotropical Region, including Brazil.
Nevertheless, semiochemicals found in the habitat could affect their behavior
towards preys and other predatory species. Thus, this study evaluated the mutual
interference of footprints left by ladybugs in their walking behavior. To do so, adult
ladybugs were allowed to walk in glass Petri dishes (9 cm Ø) for 24hrs, prior to
bioassays. The bottom and the top of the dishes were half covered by a filter paper in
order to obtain two halves, one with and the other without footprints (control). Next,
ladybugs were exposed to the footprints of conspecific and heterospecific males and
females in those partially treated arenas (n=40 per treatment) and their behavior
recorded by the software ViewPoint™. Registered parameters were walking distance
(WD), walking time (WT), walking speed (WS), number of stops (NS) and Irritability.
Overall, results showed that conspecific footprints did not affect the walking behavior
of both ladybug species, male and females (P >0.05) for parameters: WD, WT and
WS. Nevertheless, T. notata females had higher NS (P = 0.0032) on areas treated
with conspecific male footprints. Also, footprints left by T. notata females affected the
behavior of C. montrouzieri females, which had significant higher WD (P = 0.0174),
WT (P = 0.0014), and NS (P = 0.0493), on areas treated with footprints of
heterospecific females. On the other hand, T. notata females reduced the NS (P
0.0038) on areas treated with footprints of C. montrouzieri females. Therefore,
conspecific footprints seems not to alter the behavior of these ladybug species,
whereas footprints of heretospecifics affect their walking behavior, and this could
lead to dispersion of competitive species within the same area, which in turn may
affect biological control of mealybugs.

Palavras-Chave: Biological control

Apoio Institucional: CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de


Nível Superior.

221
Manejo de Euschistus heros em soja com liberações de Telenomus
podisi
Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Alan Effgen; Hugo R.
Maciel; Wellington R. Souza
Instituto Agronômico do Paraná

A utilização de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Scelionidae) é uma


estratégia promissora no manejo de Euschistus heros Fabricius, 1974 (Hemiptera:
Pentatomidae) em soja. Entretanto, existem ainda alguns desafios para o sucesso
da liberação desse parasitoide. Nesse trabalho avaliou-se a liberação de pupas do
parasitoide em capsula e isoladas em dois momentos distintos (junto com a primeira
liberação de fungicida e na detecção dos primeiros adultos em campo). O
experimento foi conduzido na safra de 18/19, em área total de 54,8 ha em
delineamento em blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos
foram: Liberação de 5000 pupas em capsulas (1) ou pupas soltas (2) por semana,
assim que os primeiros percevejos adultos fossem detectados; Liberação de 5000
pupas em capsulas (3) ou pupas soltas (4) por semana, junto com a aplicação de
fungicidas, e (5) MIP, com aplicação de inseticida quando atingisse 2
percevejos/metro. A população de pragas foi monitorada com o pano de batida e o
parasitismo quantificado através da coleta de posturas. Observou-se que onde
ocorreu a liberação do parasitoide, independente da forma e do momento de
liberação houve um incremento no parasitismo, de 5% a 20% observado no
tratamento (5) MIP, para 50 a 60% de parasitismo observado nos tratamentos com
liberação do parasitoide. Comparando-se a liberação de pupas soltas e em cápsula,
a liberação em pupas soltas apresentou parasitismo maior na maioria das
avaliações. Já referente ao período de liberação, a liberação no início dos primeiros
adultos foi mais eficiente do que a liberação feita junto com os fungicidas. Sendo
assim, a liberação de parasitoide de ovos auxilia no controle da população de
percevejos, mas não descarta a utilização de inseticidas dentro do MIP. O melhor
momento de liberação dos parasitoides é na ocorrência dos primeiros adultos.
Ambas tecnologias utilizadas de liberação, possuem potencial semelhantes de
sucesso, necessitando avaliar outros fatores.

Palavras-Chave: Parasitoides de ovos; Percevejo; Controle biológico

Apoio Institucional: Embrapa Soja

222
Sobrevivência de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893
(Hymenoptera: Scelionidae) sob diferentes temperaturas em
diferentes
Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Wellington R. Souza
Instituto Agronômico do Paraná

Vários fatores bióticos e abióticos são determinantes no sucesso de liberações de


parasitoides de ovos em condições de campo. Entre os fatores abióticos, a
temperatura é considerada um dos mais importantes. Variações na temperatura
exercem grande influência nos aspectos biológicos e sobrevivência dos parasitoides.
Os parasitoides quando liberados podem ser expostos a temperaturas
desfavoráveis, principalmente as pupas, que são imóveis e, portanto, incapazes de
procurar abrigo. Sendo assim, nesse trabalho avaliou-se a emergência
(sobrevivência) de pupas de Telenomus podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera:
Scelionidae) expostas a várias temperaturas por diferentes períodos de tempo. O
experimento foi conduzido em condições de laboratório, com delineamento
inteiramente casualizado, em esquema fatorial (4x4), 4 temperaturas, 4 tempos de
exposição, com 5 repetições. Foram utilizadas 50 pupas já parasitadas, e
acondicionadas 24 horas antes da emergência em câmaras climatizadas e
reguladas nas temperaturas de 25ºC, 30ºC, 35ºC e 40ºC, por 4 h, 5 h, 6 e 7h de
exposição sendo após esse período a pupa armazenada a 25ºC até a emergência
do adulto. O parâmetro avaliado foi a porcentagem de emergência e a razão sexual.
De acordo com os dados obtidos, não houve diferença significativa na emergência
de pupas e todos os tratamentos obtiveram emergência ao redor de 80% ou
superior. Em relação a razão sexual da progênie não houve diferença significativa
entre a temperatura e o tempo avaliado, não sendo alterada. Sendo assim, mesmo a
exposição de temperatura a 40ºC por sete horas não foi suficiente para causar
mortalidade nas pupas e nem alterar a razão sexual da progênie. Novos estudos
precisam ser conduzidos com temperaturas mais elevadas e tempos maiores de
exposição mas, em geral, T. podisi se mostrou bastante tolerante as altas
temperaturas estudadas, o que é uma característica favorável do parasitoide para
seu sucesso como agente de controle biológico em campo.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoide; Emergência

Apoio Institucional: Embrapa Soja

223
Liberação de Telenomus podisi em pupas soltas e em cápsulas ao
longo do ciclo de desenvolvimento da soja
Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro; Adeney de F. Bueno; Alan Effgen; Hugo R.
Maciel; Wellington R. Souza
Instituto Agronômico do Paraná

Existem fatores que podem influenciar o sucesso de Telenomus podisi no manejo de


Euschistus heros em soja. A temperatura entre os mais importantes. Nas liberações
de pupas desses parasitoides em campo, essas podem ser depositadas em
diferentes partes da lavoura, o que impacta diretamente a temperatura que são
expostas, assim como sua sobrevivência. Portanto, avaliou-se o efeito da liberação
de T. podisi em pupas soltas e em capsulas realizada em quatro locais distintos da
cultura: 1) entre as linhas de plantio; 2) na região baixeira da planta; 3) na parte
mediana; 4) na parte superior (ponteiro). O experimento foi conduzido na safra
18/19, em blocos ao acaso em esquema fatorial 4 x 2 (4 locais de liberação e 2
modos de liberação – pupa solta e em capsula) e 5 repetições. Foram liberadas 50
pupas do parasitoide em capsulas e em cartelas (representando as pupas soltas) em
quatro pontos distintos da soja por repetição, com um sensor de temperatura em
cada ponto. Observou-se que a temperatura variou significativamente entre os
diferentes locais de liberação das pupas ao longo do ciclo da cultura. A temperatura
mais alta observada principalmente entre as linhas durante o período vegetativo
reduziu drasticamente a emergência dos adultos. Na fase reprodutiva, com a planta
mais desenvolvida (maior sombreamento), as temperaturas na entre linha foram
mais amenas, não havendo diferença na emergência de T. podisi nos diferentes
locais de liberação. Com relação a liberação de pupas solta e em capsulas, os
resultados variaram ao longo do ciclo da cultura. Em algumas avaliações houve
maior emergência de adultos provenientes das cápsulas, em outras, maior
emergência provenientes das pupas soltas. Diante dos resultados obtidos, é
possível concluir que quando a liberação do parasitoide for realizada em soja com a
entre linha ainda não sombreada, é importante que as pupas liberadas não fiquem
expostas ao sol, devendo ficar protegidas na copa da planta. A partir da fase
reprodutiva, com a copa da planta entrelaçada e promovendo o sombreamento
completo da área, todos os locais de liberação obtiveram a mesma temperatura e
mesma emergência dos parasitoides, sendo igualmente favoráveis para liberação.
Em relação a proteção das pupas em capsula ou pupas soltas, ambas possuem
potenciais semelhantes e podem ser utilizadas para liberação.

Palavras-Chave: Controle biológico; Parasitoide; Temperatura

Apoio Institucional: Embrapa Soja

224
Mass-rearing the parasitoids Telenomus podisi under fluctuating
temperature regime: Fitness and economic benefits
Nathaly L. Castellanos; Adeney de Freitas Bueno; Khalid Haddi; Emerson C.
Silveira; Higor S. Rodrigues; Edson Hirose; Guy Smagghe; Eugenio Eduardo
de Oliveira
Universidade Federal de Viçosa; EMBRAPA SOJA, University of Ghent

Successful biological control requires detailed knowledge about the mass rearing
conditions of the control agents in order to ensure higher efficacy, and better
productivity to the farmers and environment. Here, we investigated whether a mass-
rearing fluctuating thermal regime would affect the fitness of the parasitoid wasp
Telenomus podisi (a biological agent used for controlling the Neotropical brown stink
bug Euschistus heros) when compared with parasitoid originated from constant
temperature regime, which is commonly used in insect rearing facilities. Parasitoids
were reared under either constant (continuous exposure at 25 ± 2 ºC) or fluctuating
temperature regimes (i.e., 30 ± 2 ºC during day and 20 ± 2 ºC at night) during four
consecutive generations. Our results indicated that fluctuating regime is more
suitable for mass-rearing of T. podisi as such temperature-mediated stress resulted
not only in fitness benefits (e.g., shorter developmental time, longer female longevity,
higher fecundity/fertility) but also reduced (approximately 30 %) the estimated costs
for producing the parasitoids. Furthermore, rearing the T. podisi under fluctuating
temperatures for four generations improved tolerance to low constant temperatures
(i.e., 20 ºC) without changing the tolerance to constant high temperatures (30 ºC).
Surprisingly, even at constant temperature of 25°C, parasitoids that developed under
fluctuating thermal regime performed better than those reared at constant
temperature. Collectively, our findings suggest that T. podisi reared under fluctuating
thermal regime can adapt better to fluctuating temperatures that normally occur
during transport and in agricultural ecosystems, which will increase the productivity of
mass-reared T. podisi for inundative releases.

Palavras-Chave: egg parasitoids; Euschistus heros; augmentative biological control

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPEMIG, EMBRAPA

225
Parasitimos de Telenomus remus Nixon, 1937 (Hymenoptera:
Platygastridae) em ovos pulverizados com entomopatógenos

Luiz G. N. de Souza; Rodrigo A. Maciel; Jóse C. Bianchini Júnior; Leonardo T.


Alves; Michele Potrich; Everton R. Lozano
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos

O percevejo-marrom, E. heros é considerado uma praga-chave na cultura da soja e


um dos agentes de controle promissores é o parasitoide de ovos T. podisi. Assim, o
objetivo deste trabalho foi verificar a flutuação populacional de E. heros e a taxa de
parasitismo em função da liberação de T. podisi em sistema orgânico de produção.
O estudo foi realizado na safra de verão 2018/2019, em uma propriedade
certificada, em Palotina, PR. Os tratamentos constaram de áreas com a liberação de
parasitoides (10000 ovos parasitados por T podisi/ha) e áreas sem a liberação de
parasitoides, com 3 repetições (parcelas de 2 há) por tratamento. A flutuação
populacional de ninfas e adultos de E. heros foi determinada por meio de pano de
batida após o estágio V7, com amostragens semanais, em oitos pontos
aleatórios/parcela. A liberação dos parasitoides ocorreu aos 76 dias após a
emergência, em 4 pontos/parcela pelo método de caminhamento. Nos 3° e 5° dias
após a liberação as parcelas foram inspecionadas por 2 horas/parcela e as posturas
de E. heros foram coletadas, identificadas e encaminhadas ao laboratório, onde
foram contabilizadas e individualizadas em placas de Petri e mantidas em condições
controladas para a avaliação da taxa de parasitismo por T. podisi durante 10 dias.
Em ambas as áreas (com e sem liberação de T. podisi), observou-se aumento
populacional de E. heros, a partir de R5.1, com pico médio de 8,1 e 6,8 ninfas por
pano de batida em R6, respectivamente nas áreas sem e com a liberação de T.
podisi. Não houve diferença significativa na taxa de parasitismo de T. podisi sobre os
ovos de E. heros coletados no 3º dia após a liberação. Porém, ao 5º dia, verificou-se
maior parasitismo nos ovos coletados nas áreas com liberação de T. podisi (63,7%)
do que sem liberação (34,9%). A utilização de T. podisi é uma importante ferramenta
de controle de E. heros em cultivo orgânico de soja. É importante ainda o estudo de
diferentes períodos e formas de liberação em soja orgânica.

Palavras-Chave: parasitoide de ovos

Apoio Institucional: GEBANA BRASIL - Cataratas do Iguaçu Produtos Orgânicos


LTDA

226
Parasitismo de Trichospilus diatraeae (Hymenoptera: Eulophidae)
em Oxydia vesulia (Lepidoptera: Geometridae)
Fábio A. dos Santos; Diego A. do Nascimento; Vanessa Carvalho; José C.
Zanuncio; Carlos F. Wilcken
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências Agronômicas, Departamento de
Proteção Vegetal, 18610-034, Botucatu, São Paulo, Brasil

Oxydia vesulia Cramer (Lepidoptera: Geometridae) é uma praga desfolhadora


primária e seus danos podem reduzir o crescimento de plantas de Eucalyptus em
cultivos florestais. Trichospilus diatraeae Cherian e Margabandhu (Hymenoptera:
Eulophidae) parasita pupas de Lepidoptera. O objetivo desse trabalho foi relatar o
primeiro registro do parasitismo de pupas de O. vesulia, de duas idades, por T.
diatraeae. Vinte fêmeas de T. diatraeae foram colocadas por pupa de O. vesulia com
24 ou 72 horas de idade, constituindo uma parcela tendo o experimento oito
repetições. O parasitismo foi de 100% com emergência de adultos de T. diatraeae
de 87.5% das pupas deste hospedeiro com as duas idades. Um total de 2.677 e
3.540 indivíduos emergiu de pupas de O. vesulia com 24 e 72 horas
respectivamente, com de 382.4 e 505.7 indivíduos emergidos por pupa de O.
vesulia das respectivas idades e ciclo de vida de 19 dias em ambas. Este é o
primeiro relato de T. diatraeae parasitando pupas de O. vesulia.

Palavras-Chave: Controle biológico; lepidópteros desfolhadores; parasitoide de


pupa

Apoio Institucional: CAPES; Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais – IPEF

227
Protocolo de produção de eulofídeos para controle biológico de
lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto
Fabricio F. Pereira; Carlos R. G. Cardoso; Jéssica T. Lucchetta; Harley N.
Oliveira; Juliana P. Santos; Luciano F. N. Ramos; Mateus X. Alencar; Valéria C.
Veiga; Matheus K. Leite; José E. P. Mendes
1
Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados,
MS, Brasil. fabriciofagundes@ufgd.edu.br; 2Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 449, 79.804-
970, Dourados, MS, Brasil; 3Eldorado Brasil, Rodovia, BR 158, Km 231 – S/N – Zona Rural, 79641-
300, Três Lagoas, MS, Brasil; 4Brasilwood Reflorestamento, Rua Imaculada Conceição, 1378, CEP
79750-000, Centro, Nova Andradina, MS, Brasil; 5Suzano S.A., Rodovia BR 158, Km 298, C.P. 529.
CEP 79.601-970, Três Lagoas, MS

Palmistichus elaeisis Delvare e LaSalle, Trichospilus diatraeae Margabandhu e


Cherian e Tetrastichus howardi Olliff (Hymenoptera: Eulophidae) são
endoparasitoides pupais de lepidópteros desfolhadores de eucalipto. Objetivou-se
elaborar um protocolo de produção desses eulofídeos visando ao seu uso em
programas de controle biológico. Inicialmente, registrou-se o referido trabalho no
SISGEN. Os números dos cadastros de acesso de P. elaeisis, T. howardi e T.
diatraeae são: A792 B4F, A1ABBA5, A2EC9BB, respectivamente. Com a finalidade
de reconhecer as espécies, bem como diferenciar fêmeas e machos, elaborou-se
uma prancha com características morfológicas desses parasitoides. Para produção
em maior escala dos parasitoides, testou-se pupas de Bombyx mori Linnaeus
(Lepidoptera: Bombycidae), Tenebrio molitor Linnaeus (Coleoptera: Tenebrionidae),
Anticarsia gemmatalis Hübner (Lepidoptera: Noctuidae) e de Diatraea saccharalis
Fabricius (Lepidoptera: Crambidae). Produziu-se os parasitoides em todos os
hospedeiros, sendo D. saccharalis, o mais apropriado, devido aos índices de
parasitismo (100%), emergência (100%), razão sexual (0,90) e progênie por pupa
(322), respectivamente. Diferentes recipientes (boleiras de acrílico ou de plásticos e
potes plásticos de diferentes formatos e tamanhos) visando aperfeiçoar a produção
de parasitoides em grandes quantidades e com qualidade também foram avaliados.
Potes plásticos do tipo coletor universal (80ml) foram mais adequados para a criação
devido a facilidade de manipulação e aeração. Definiu-se o protocolo de produção:
cinco pupas de D. saccharalis (24 a 120 horas) + 25 fêmeas de P. elaeisis (72 a 96
horas de idade) ou de T. howardi (24 a 48 horas) ou de T. diatraeae (48 a 72 horas)
por pote plástico com uma gota de mel no seu interior, permitindo-se 10 dias de
parasitismo. Após 18 dias, obtêm-se em média 1500 indivíduos adultos de cada
espécie de parasitoide por recipiente de criação.

Palavras-Chave: Palmistichus elaeisis; Trichospilus diatraeae; Tetrastichus howardi

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

228
Liberações inoculativas de eulofídeos para controle biológico de
lepidópteros desfolhadores em plantios de eucalipto
Fabricio F. Pereira; Carlos R. G. Cardoso; Jéssica T. Lucchetta; Harley N.
Oliveira; Luciano F. N. Ramos; Mateus X. Alencar; Valéria C. Veiga; Matheus K.
Leite; Itamar Soares; José E. P. Mendes
1
Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados,
MS, Brasil. fabriciofagundes@ufgd.edu.br; 2Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa postal 449, 79.804-
970, Dourados, MS, Brasil; 3Eldorado Brasil, Rodovia, BR 158, Km 231 – S/N – Zona Rural, 79641-
300, Três lagoas, MS, Brasil; 4Brasilwood Reflorestamento, Rua Imaculada Conceição, 1378, CEP
79750-000, Centro, Nova Andradina, MS, Brasil; 5Suzano S.A., Rodovia BR 158, Km 298, C.P. 529.
CEP 79.601-970, Três Lagoas, MS

Palmistichus elaeisis Delvare e LaSalle, Trichospilus diatraeae Margabandhu e


Cherian e Tetrastichus howardi Olliff (Hymenoptera: Eulophidae) são parasitoides
pupais de lepidópteros. Objetivou-se elaborar um protocolo de liberação desses
eulofídeos visando ao seu uso em programas de controle biológico de lepidópteros
desfolhadores de eucalipto. Inicialmente, registrou-se este trabalho no SISGEN. Os
números dos cadastros de acesso de P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae são:
A792 B4F, A1ABBA5, A2EC9BB, respectivamente. Com base nas informações
sobre índice de desfolha e intensidade de infestação, definiu-se os talhões que em
foram realizadas as liberações. Utilizou-se 15.000 indivíduos em nove pontos por
hectare e seis armadilhas adesivas amarelas, dispostas a cada 33 metros para
monitoramento dos parasitoides. Após 10 dias, retirou-se estas armadilhas e foram
conduzidas ao LECOBIOL para avaliar a presença dos parasitoides nas áreas.
Foram realizadas oito liberações, sendo 4.050.000 indivíduos de P. elaesis em 270
ha, 3.375.000 indivíduos de T. howardi em 225 ha e 2.400.000 indivíduos de T.
diatraeae em 160 hectares, totalizando 9.825.000 indivíduos eulofídeos em 655
hectares de eucalipto. Foram constatados indivíduos de todas as espécies de
eulofídeos nas armadilhas adesivas amarelas, exceto nas testemunhas, o que nos
permite sugerir que os parasitoides estão nas áreas em que foram realizadas
liberações. Áreas cultivadas com eucalipto sem desfolha com liberações de P.
elaeisis, T. howardi ou T. diatraeae não estão sendo infestadas por lagartas
desfolhadoras até o momento. Por outro lado, existem áreas próximas em que não
foram liberados parasitoides com infestação de lagartas. Nas áreas cultivadas com
eucalipto com 10 a 30% de desfolha por lagartas desfolhadoras em que realizou-se
liberações de P. elaeisis, T. howardi ou T. diatraeae, o surto foi reduzido para 5 % e
não foi necessário lançar mão de outro tipo de intervenção até o momento.

Palavras-Chave: Palmistichus elaeisis; Trichospilus diatraeae; Tetrastichus howardi

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

229
Reprodução de Ooencyrtus submetallicus (Hym.: Encyrtidae) em
ovos criopreservados de Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae)
Willian Y. Sanomia; Fabricio F. Pereira; Alex P. Carvalho; Flavio de Moura
Oliveira; Izabella L. Palombo
Universidade Federal da Grande Dourados, Faculdade de Ciências Agrárias, 79.804-970, Dourados,
MS, Brasil. fabriciofagundes@ufgd.edu.br

A criopreservação é uma técnica que tem se mostrado promissora no


armazenamento de ovos de percevejos em baixas temperaturas para reprodução de
parasitoides em períodos de difícil ocorrência do hospedeiro. No entanto, nenhuma
informação sobre o efeito da criopreservação para reprodução de Ooencyrtus
submetallicus (Howard) (Hymenoptera: Encyrtidae) foi relatada. Objetivou-se avaliar
a influência de diferentes períodos de armazenamento de ovos de Euschistus heros
(Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) em nitrogênio líquido sobre a reprodução de
O. submetallicus. Ovos de E. heros foram armazenados por 0, 30, 60, 90, 120, 150
ou 180 dias em nitrogênio líquido a -196ºC e submetidos ao parasitismo de fêmeas
de O. submetallicus de 120 a 144 horas de idade, durante 24 horas. As fêmeas
parasitoides e a cartela de ovos foram acondicionadas em tubos de vidro e mantidas
em câmara climatizada a 25± 2ºC, 70±10% de umidade relativa e fotofase de 12
horas. As porcentagens de parasitismo e de emergência de O. submetallicus foram
afetadas pelos períodos de armazenamento de ovos de E. heros, estando acima de
70%. O comprimento da tíbia ior, a duração do ciclo de vida (dias), a longevidade
(dias) e a razão sexual de O. submetallicus não foram influenciados pelo
armazenamento dos ovos. A média geral obtida de todos os tratamentos avaliados
foram: 0,31±0,01 mm, 19,00 dias, 12,26±0,34 dias e 1,0, respectivamente. Fêmeas
de O. submetallicus conseguem se reproduzir com êxito em ovos de E. heros
armazenados em nitrogênio líquido (-196ºC) por 0, 30, 60, 90, 120, 150 ou 180 dias.
Estes resultados são relevantes para a produção em larga escala desta espécie de
parasitoide em ovos de E. heros, para ser utilizada na regulação populacional de E.
heros na soja.

Palavras-Chave: Controle biológico; criopreservação; parasitoide

Apoio Institucional: REFLORE, CNPq, CAPES

230
Avaliação do potencial predatório de espécies de Phytoseiidae
(Acari) tendo Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae) como presa
Felipe Santa Rosa do Amaral; Antonio Carlos Lofego
Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Trabalhos a respeito da acarofauna em heveiculturas mostram a co-ocorrência entre


espécies de Phytoseiidae (ácaros considerados predadores) e Calacarus heveae
Feres (Eriophyidae) (espécie praga em seringueira), sugerindo uma possível relação
predador-presa. No entanto, há poucos trabalhos feitos a fim de comprovar, em
laboratório, tal relação. Com isso, o objetivo do nosso trabalho foi investigar a taxa
de predação e oviposição de cinco espécies de fitoseídeos nativos alimentados com
C. heveae. Os fitoseídeos avaliados foram: Amblyseius aerialis (Muma), Amblyseius
chiapensis De Leon, Euseius citrifolius Denmark & Muma, Euseius concordis (Chant)
e Typhlodromus transvaalensis (Nesbitt). Para determinar a quantidade de presas
consumidas e ovos colocados pelos predadores diariamente, foram feitas unidades
experimentais constituídas por um disco (diâmetro = 1,5 cm) de folha de seringueira
com a face abaxial voltada para cima, circundada por papel e sobre uma espuma de
nylon, a fim de aumentar a durabilidade do substrato. Esse conjunto foi depositado
no interior de um pote cilíndrico (diâmetro = 2 cm; altura = 2,5 cm), cuja borda
superior foi coberta com cola entomológica para evitar a fuga dos predadores e
entrada de possíveis invasores. Em cada unidade foram adicionadas cinquenta
presas e uma fêmea do predador. O experimento foi observado durante sete dias,
sendo feita a contagem diária de presas consumidas e ovos depositados pelos
predadores. Como resultado, observamos que Amblyseius chiapensis De Leon
(Phytoseiidae) apresentou maior taxa de predação, consumindo em torno de
quarenta presas por dia. Quanto à oviposição, as espécies apresentaram taxas
inferiores do que 0,3 ovos/fêmea/dia, sugerindo que uma dieta exclusiva de C.
heveae não é suficiente para a reprodução dos fitoseídeos testados.

Palavras-Chave: seringueira; controle biológico; Amblyseius chiapensis

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

231
Ácaros Astigmata predando Calacarus heveae (Acari: Eriophyidae):
uma nova perspectiva no controle biológico de eriofiídeos
Felipe Santa Rosa do Amaral; Antonio Carlos Lofego
Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Ácaros Astigmata são considerados em sua grande maioria fungívoros. Alguns


estudos tem mostrado o consumo de nematoides por espécies desse grupo, mas
ainda não havia relatos de outros ácaros fazendo parte de sua dieta. Diversos
trabalhos de levantamento registraram co-ocorrência de Oulenzia sp. (Astigmata:
Winterschmidtiidae) com Calacarus heveae Feres (Prostigmata: Eriophyidae), ácaro
cuja infestação causa danos econômicos em seringueira. Nosso trabalho teve como
objetivo investigar a predação e oviposição de Oulenzia. sp. e Tyrophagus
putrescentiae (Schrank) (Astigmata: Acaridae) tendo C. heveae como alimento
exclusivo. Para isso, foram feitas unidades experimentais constituídas por um disco
(diâmetro = 1,5 cm) de folha de seringueira sobre água, com a face abaxial voltada
para cima, no interior de um pote cilíndrico (diâmetro = 2 cm; altura = 2,5 cm) com a
borda superior coberta com cola entomológica para evitar a entrada de possíveis
invasores. Em cada unidade foram adicionadas trinta presas e uma fêmea adulta do
predador. Após 24 horas as unidades foram observadas a fim de registrar o número
de presas consumidas e ovos colocados por fêmea. Tanto Oulenzia sp. quanto T.
putrescentiae predaram C. heveae, apresentando uma taxa de predação de 20.4 ±
1.5 e 7.8 ± 1.9 presas/fêmea/dia, respectivamente. No entanto, apenas Oulenzia. sp.
produziu ovos (2.9 ± 0.7 ovos/fêmea/dia). Esses resultados trazem uma nova
perspectiva acerca do conhecimento da dieta e papel ecológico dos Astigmata. Além
disso, os dados de predação e oviposição encontrados para Oulenzia sp. sugerem
um promissor potencial dessa espécie como inimigo natural de C. heveae.

Palavras-Chave: seringueira; predação; Oulenzia

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

232
Preferência de substrato por Euseius citrifolius (Acari:
Phytoseiidae)
Felipe Santa Rosa do Amaral; Alexander Regulo Rodriguez Berrio; Antonio
Carlos Lofego
Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

Características foliares como presença de tricomas, nervuras salientes e presença


de exsudatos podem influenciar na diversidade de ácaros predadores nas plantas.
Muitos trabalhos vêm sendo feitos na busca de ácaros predadores da família
Phytoseiidae para programas de controle biológico. No entanto, poucos estudos
avaliam o tipo de substrato favorável para cada espécie, informação que é
importante para o estabelecimento do agente de controle no cultivo. Assim, nosso
trabalho teve como objetivo investigar a preferência de Euseius citrifolius Denmark &
Muma (Acari: Phytoseiidae) (espécie comumente encontrada em diversas famílias
de plantas) oferecendo como opções folhas das plantas Rubus rosifolius Sm.;
Canavalia ensiformis (L.) DC. e Hevea brasiliensis ((Willd. ex A.Juss.) Müll.Arg..
Foram realizados dois experimentos, um para avaliar a preferência entre C.
ensiformis e H. brasiliensis; e o outro entre C. ensiformis e R. rosifolius. As unidades
experimentais foram feitas por dois discos foliares (ϴ = 1,5 cm), um de cada planta,
posicionados sobre espuma de nylon e margeados por papel absorvente. Pólen de
taboa foi adicionado em cada um dos discos para evitar fuga dos predadores. Uma
ponte de material plástico (0,5 x 1 cm) foi utilizada para ligação entre os discos,
permitindo o deslocamento dos ácaros predadores entre os substratos avaliados. Foi
liberada uma fêmea de E. citrifolius, em cada unidade em um alfinete posicionado no
centro da ponte. As unidades foram observadas em intervalos de 1h, 2h, 4h, 8h e
24h, a fim de registrar em qual substrato o predador estava presente. Os resultados
mostraram que E. citrifolius teve preferência a H. brasiliensis e R. rosifolius em
relação a C. ensiformis. Tanto em H. brasiliensis quanto em R. rosifolius foi notada a
presença de exsudatos na superfície foliar, o que pode ter influenciado na
preferência. Com isso, podemos inferir que existe a possibilidade da presença de
exsudato influenciar na escolha do hospedeiro por E. citrifolius.

Palavras-Chave: exsudato; livre escolha; ácaros predadores

Apoio Institucional: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - IBILCE

233
Preferência de oviposição de Chrysoperla externa (Neuroptera:
Chrysopidae) em casa de vegetação
Fernanda A. Abreu; Lívia M. Carvalho; Caroline M. Resende; Stephan M.
Carvalho; Ester M. Afonso
Biomip Agentes Biológicos

O conhecimento das interações que ocorrem no sistema roseira-pulgão-planta


atrativa no comportamento de Chrysoperla externa pode auxiliar seu uso em
programas de controle biológico. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento
de oviposição de C. externa o sistema tritrófico roseira, pulgão e as plantas atrativas,
cravo (Tagetes erecta L., Asteraceae), manjericão (Ocimum basilicum L. Lamiaceae)
e calêndula (Calendula officinalis L. Asteraceae) em casa de vegetação. Foram
utilizados os seguintes tratamentos: 1) roseira-pulgão-cravo; 2) roseira-pulgão-
manjericão; 3) roseira-pulgão-calêndula; 4) roseira-pulgão e 5) roseira não infestada
por pulgão e sem planta atrativa (testemunha). Em casa de vegetação, avaliou-se
cinco tratamentos com onze repetições. Foram liberados três casais de C. externa
por tratamento e as avaliações foram feitas 48 horas após a liberação do predador,
contando-se os ovos colocados em todas as plantas de cada tratamento. O fator
pulgão não influenciou o número de ovos colocados por C. externa. A presença da
roseira não afetou a preferência de oviposição de C. externa. Houve maior
porcentagem de ovos de C. externa no manjericão usado como planta atrativa
associada à roseira. O manjericão pode auxiliar na atração e manutenção de
populações de C. externa, favorecendo o controle biológico no cultivo de roseira.

Palavras-Chave: Plantas atrativas

Apoio Institucional: Biomip Agentes Biológicos

234
Seletividade de entomopatógenos no parasitismo de Trichogramma
pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae)
Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F.
Bueno; Pedro M. O. J. Neves
Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera:


Trichogrammatidae) tem sido utilizado na agricultura devido sua eficiência e
especificidade para lepidópteros. Sendo assim, outras formas de controle podem ser
necessárias no manejo de pragas, como o controle biológico microbiano. Testes de
seletividade destes agentes de controle são necessários para avaliar a
compatibilidade de seu uso em conjunto. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a
seletividade de entomopatógenos a T. pretiosum, quando pulverizados sobre ovos
do hospedeiro, em testes com e sem chance de escolha. Os entomopatógenos
avaliados foram: Baculovirus anticarsia (Baculovirus AEE®), Bacillus thuringiensis
var. kurstaki (Thruricide®), B. thuringiensis var. aizawai (Agree®), B. thuringiensis
var. kurstaki (Dipel®), Beauveria bassiana (Boveril®), Metarhizium anisopliae
(Metarril®) e Trichoderma harzianum (Trichodermil®) utilizados na dose comercial.
Como testemunhas utilizou-se água (controle seletivo) e clorpirifós (controle nocivo).
No teste com chance de escolha, ovos de Anagasta kuehniella Zeller, 1879
(Lepidoptera: Pyralidae) foram pulverizados com os entomopatógenos e com os
respectivos controles e oferecidos às fêmeas de T. pretiosum para parasitismo. No
teste sem chance de escolha, ovos do hospedeiro pulverizados apenas com os
entomopatógenos foram oferecidos às fêmeas do parasitoide. Em ambos os testes,
os entomopatógenos testados não interferiram no parasitismo e emergência dos
parasitoides, sendo então classificados como seletivos. Já clorpirifós foi classificado
como nocivo a T. pretiosum. Assim, os agentes de controle podem ser utilizados em
conjunto no manejo integrado de pragas, garantindo maior flexibilidade no controle
fitossanitário da soja. Como clorpirifós interfere negativamente no comportamento do
parasitoide na escolha do ovo hospedeiro, sua aplicação deve ser evitada quando
possível e/ou o produto substituído por outro mais seletivo e com a mesma
eficiência.

Palavras-Chave: Controle biológico aumentativo; Controle microbiano; Parasitoide


de ovos

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

235
The contribution of the companion plants to the biological control
of pest, in agroecological orchards of Rosario, Argentina
San Pedro Paula; Alzugaray Claudia; Fernandez Celina
Facultad Ciencias Agrarias, Universidad nacional de Rosario. Santa Fe. Argentina

The companion plants (CP), implanted or spontaneous, are key in conservation


biological control of insects; these plants protect commercial crops by providing food
resources: pollen, nectar, alternative hosts and preys, for the natural enemies (NE),
parasitoids and predators, of harmful insects. The role of CP in 2 agroecological
orchards was evaluated in Rosario, Santa Fe, Argentina. During spring-summer
2015/2016, the abundance and biological function of the NE was registered in
flowers and foliage. The abundance, richness, evenness and diversity of NE between
CP was compared by Kruskal Wallis test. In addition, herbivores were recorded in the
most relevant crops in these orchards, observing a large abundance of aphids
(Aphididae, Hemiptera). Sixteen companion plant species were sampled, grouped
into 5 families: Apiaceae, Boraginaceae, Brassicaceae, Asteraceae and Lamiaceae.
A total of 575 NE were registered, belonging to 26 species and morphospecies, 16
genera and 12 families. Apiaceae differed significantly from the rest of the CP and
had the highest abundance, richness, evenness and diversity of NE (H = 25.81, p
<0.001; H = 24.03, p <0.001; H = 13.46, p <0.0061; H = 22.50, p <0.001,
respectively). The most abundant NE species in these plants belonged to the family
of Coccinelidae (Coleoptera), following by Syrphidae (Diptera), all of which are cited
as aphid predators. In plants of Brassicaceae and Asteraceae it was also important
the presence of Syrphidae; and Orius sp., predator of Trips and Aphididae, was
relevant in Senecio grisebachii (B) (Asteraceae). The species of Coccinelidae and
Syrphidae depend on the constant supply of food resources offered by the CP, which
unlike the crops, remain longer in the field. In conclusion, to ensure the success of
conservation biological control it would be essential to include Apiaceae among the
companion plants of crops, and to complement their moments of less presence, with
Asteraceae species and to a lesser extent Brassicaceae.

Palavras-Chave: Conservation biological control; Apiaceae

Apoio Institucional: Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad Nacional de


Rosario.

236
Parasitism of Pentatomidae adults (Hemiptera) by Tachinidae
(Diptera), at different moments of the year, in the south of Sant
Fernandez Celina; Parachu Imanol; Vignaroli Luis; Reyes Veronica; Punschke
Eduardo
Facultad Ciencias Agrarias, Universidad nacional de Rosario. Santa Fe. Argentina

Pentatomidae usually cause significant damage to soybean crops in the Neotropical


region. Parasitism of adult stink bugs, by Tachinidae, is one of the most important
ecosystem services that exists in the Pampas region of Argentina. However, the
studies usually focus on the moments of greatest activity of the bugs and little is
known about their incidence in diapause and start of activity. For this, the percentage
of parasitism of: Nezara viridula (L), Dichelops furcatus (F) and Edessa meditabunda
(F) (Pentatomidae) was evaluated in three moments. 1- Refuge or Diapause (REF)
(from May to August); 2-Start of activity (SA) (September to December) and 3-Full
activity (FA) (February to April). In SA and FA adults were collected in soybean,
alfalfa and wheat fields, with vertical beat sheet or sweeping net. In REF: for N.
viridula, 2 transects of 100 mt. were drawn in arboreal areas, adjacent to agricultural
fields, and colected all the bugs found among the bark of the trees; while for E.
meditabunda and D. furcatus, borders of plots with soy stubble were traversed and
the individuals located in the 0.246 mt2 metallic ring were collected. Stink bugs were
raised under controlled conditions of humidity, temperature and photoperiod until the
emergence of parasitoids. Parasitism rates were compared between moments using
the Kruskkal Wallis test. Parasitism in FA wasn’t superior to the other moments for
none of the 3 species: for N. viridula, parasitism was higher in SA (H=8.21,
p=0.0163); for E. meditabunda it was during REF (H =7.53, p=0.0232); while for D.
furcatus, there were no significant differences between moments (H=0.53,
p=0.7372). Although parasitism during the population peaks of the stink bugs, reduce
population levels, it do not reach to diminish the economic damage in soy crops,
tachinds flies actions in refuge and beginnings of activity, is fundamental to arrive at
the critical period of soy with low populations of bugs and thus reduce insecticides
applications.

Palavras-Chave: Conservation biological control; Parasitism; Soybean

Apoio Institucional: Facultad de Ciencias Agrarias, Universidad Nacional de


Rosario.

237
Plantas espontâneas presentes sob cultivo suspenso de
morangueiro como plantas banqueiras para controle do ácaro
rajado
Fernando Teruhiko Hata; José Eduardo da Silva Poloni; Maurício Ursi Ventura
Universidade Estadual de Londrina

O objetivo do trabalho foi avaliar a acarofauna presente sobre plantas espontâneas


próximas ao morangueiro cultivado em sistema suspenso. Foram realizados
levantamento florístico de comunidade de plantas espontâneas e faunístico na
comunidade de ácaros fitófagos e predadores, em cinco áreas de cultivo protegido
de morangueiro. A flora foi avaliada sob as estruturas de produção do morangueiro,
em três locais de cada estufa, em uma área de 1,8 m2. Foram avaliados abundância,
porcentagem de área que cada espécie vegetal ocupava e locais onde a espécie
ocorre. Para a fauna de ácaros, em cada planta espontânea encontrada, 20% do
material vegetal foi coletado e foram avaliadas abundância, frequência relativa e
riqueza de ácaros. Para a avaliação de associação entre espécies de ácaros e
plantas espontâneas, foi utilizado índice de Sorensen. Foram contabilizadas 51
espécies de plantas espontâneas, pertencentes a 22 famílias botânicas. As espécies
vegetais que abrigaram maior abundância de ácaros fitófagos foram: Petroselinum
crispum (Mill.) Nym (165 espécimes) e Commelina benghalensis (107). Dentre as
plantas espontâneas associadas aos ácaros predadores, as que obtiveram maior
abundância foram: Urochloa mutica (Forssk.) T.Q. (139) e C. benghalensis (72),
Capsicum spp. L. (41). As plantas com maior abundância de ácaros generalistas
associados foram: U. mutica (74), C. benghalensis (51), Conyza canadensis (L.)
Cronquist (15) e Capsicum spp. (13). Os ácaros predadores com maior abundância
foram: Neoseiulus californicus (McGregor) (8.94%), Neoseiulus anonymus (Chant &
Baker) (8.86%), Euseius citrifolius (Denmark & Muma) (7,42%) e Euseius concordis
(Chant) (3,18%), presente em 31,37, 7,84, 13,73, 23,53% dos hospedeiros e 11, 2, 6
e 8 locais de coleta, respectivamente. Capsicum spp. e U. mutica foram associadas
a altas densidades de ácaros predadores e baixas de fitófagos, sendo assim, com
maior potencial para serem testadas como plantas banqueiras de ácaros
predadores.

Palavras-Chave: Tetranychus urticae; ácaro predador; controle biológico


conservativo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico – CNPq e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior - CAPES

238
Controle de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera, Gelechiidae) com
Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammat
Flávio C. Montes; Jaci M. Vieira; José R. P. Parra
1Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’
ESALQ/USP. 2Koppert Biological Systems/Brasil. Email: flaviomontes1@gmail.com

Parasitoides do gênero Trichogramma têm sido empregados em programas de


controle biológico, em diferentes culturas em todo o mundo. Esses insetos parasitam
uma grande quantidade de pragas de importância agrícola, principalmente as
pertencentes à ordem Lepidoptera. No Brasil a espécie Trichogramma pretiosum
Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é comercializada por biofábricas, para
controle de diversas pragas, incluindo a traça-do-tomateiro Tuta absoluta (Meyrick)
(Lepidoptera, Gelechiidae) em condições de campo. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a porcentagem de parasitismo de T. pretiosum sobre ovos de T. absoluta em
tomateiro em casa de vegetação. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação
dividida em compartimentos de 4 m2, localizada no Departamento de Entomologia
ESALQ/USP. O experimento foi realizado em cinco blocos, contendo 10 plantas de
tomateiro Solanum lycopersicon cv. Santa Clara, envasadas, e com
aproximadamente 25 cm de altura. Uma folha/planta foi individualizada com uma
gaiola de tecido tunil, juntamente com um casal de T. absoluta. Esse casal/planta
permaneceu por um período de 24h para oviposição. Após esse período o número
de ovos da praga foi contabilizado e iormente, foram liberados 400 parasitoides (T.
pretiosum) por bloco, provenientes de uma linhagem selecionada para T. absoluta.
Após quatro dias o número de ovos de T. absoluta parasitados por T. pretiosum foi
contabilizado. A porcentagem de parasitismo de T. pretiosum sobre ovos de T.
absoluta foi em torno de 80%. Esse resultado demonstrou que a espécie T.
pretiosum utilizada comercialmente no Brasil, apresenta alta taxa de parasitismo
sobre ovos de T. absoluta em casa de vegetação, o que pode contribuir para
redução da população desta praga bem como do número de pulverizações de
inseticidas em tomateiro, desde que seja feito um grande número de liberações do
parasitoide ao longo do desenvolvimento da cultura.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: Esalq/USP, Koppert, CNPq (Processo: 151370/2018-4) INCT-


Semioquímicos (CNPq/ Processo: 4655411/2014-7 e Fapesp/Processo:
2014/50871-0)

239
Predação de ovos de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera,
Gelechiidae) ao longo da vida de Macrolophus basicornis (Stäl)
(Hemiptera, Miridae) em plantas de tomate
Flávio C. Montes; Vanda H. P. Bueno; Ana M. Calixto; Marianne A. Soares;
Joop C. van Lenteren
Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola Superior de Agricultura ‘Luiz de Queiroz’
1

ESALQ/USP. 2Universidade Federal de Lavras-UFLA. 3Laboratory of Entomology, Wageningen


University, The Netherlands. Email: flaviomontes1@gmail.com

O tomateiro pode ser atacado em suas diferentes fases de desenvolvimento por


diversos insetos, os quais podem causar danos significativos e comprometer a
produção. Entre esses insetos, destaca-se Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera:
Gelechiidae), considerada praga chave e podendo causar perdas de até 100% se
não eficientemente controlada. Algumas espécies de mirídeos predadores como
Macrolophus basicornis (Stäl) (Hemiptera: Miridae) tem se destacado como
alternativa ecologicamente viável para o controle biológico de T. absoluta, pois
predam ovos e lagartas dessa praga, além de caminhar e reproduzir-se em plantas
em tomate. O objetivo deste trabalho foi avaliar a taxa de predação de ovos de T.
absoluta em todos os estágios ninfais e na fase adulta (fêmeas) de M. basicornis.
Um folíolo de tomate contendo ovos de T. absoluta ad libitum foi oferecido à ninfas
recém-emergidas de 1º instar de M. basicornis, disposto no interior de placas de
Petri (9 cm). Diariamente, o estágio de desenvolvimento das ninfas, bem como o
número de ovos consumidos foi anotado, e um novo folíolo com ovos foi adicionado.
Após a emergência dos adultos, 100 ovos de T. absoluta foram oferecidos
diariamente as fêmeas. O experimento foi mantido a 24 ± 1 ° C, 70 ± 10% UR e
fotofase de 12 horas. O número médio de ovos de T. absoluta consumidos pelas
ninfas de 1º, 2º, 3º, 4º e 5º instares foi de 13,4, 19,7, 40,4, 70,3, 187 ovos,
respectivamente), com um total de 330,7 ovos predados durante o estágio ninfal. O
consumo de ovos de T. absoluta por fêmeas de M. basicornis foi de 35,3 ovos/dia
com um total de 934, 30 ovos predados ao longo da fase adulta da fêmea. O número
total de ovos de T. absoluta consumidos por M. basicornis considerando o estágio
ninfal e a fase adulta foi de 1265 ovos. Esses resultados mostraram que M.
basicornis foi capaz de predar e sobreviver ao longo da vida se alimentando de ovos
de T. absoluta. Também os dados do consumo ao longo da vida do predador
permitem o cálculo da sua real predação quantitativa, uma vez que somente a
avaliação da resposta funcional, tende a superestimar a capacidade de predação,
devido ao fato de que geralmente a avaliação após é realizada após um período de
jejum de 24h dos indivíduos. Esses resultados aliados a outras características
biológicas e comportamentais ajudarão a selecionar espécies com potencial para
agente de controle biológico e sua eficiência quando liberados em condições de
campo e ou casa de vegetação.

240
Palavras-Chave: Controle biológico; Mirideo; Capacidade de predação

Apoio Institucional: ESALQ/USP, CNPq (Processo: 151370/2018-4), UFLA,


CAPES

241
Preferência de oviposição de Telenomus podisi e Trissolcus
basalis por ovos de Glyphepomis dubia de diferentes idades
Francisco A. de S. Pereira; Joseane R. de Souza; Cláudio G. da Silva; José A.
F. Barrigossi; Keyssyane N. V. Soeiro; Daiana P. da Conceição; Maurício J. de
S. Paiva
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Centro de Ciências Agrárias, CEP 65055-970, São
Luís, MA, Brasil

Os parasitoides de ovos são considerados, em vários países, como os principais


inimigos naturais dos percevejos da família Pentatomidae. O objetivo da pesquisa foi
conhecer a preferência para oviposição de Telenomus podisi Ashmead, 1893
(Hymenoptera: Platygastridae) e Trissolcus basalis (Wollaston, 1858) (Hymenoptera:
Scelionidae) por ovos de Glyphepomis dubia Campos & Souza, 2016
(Hemiptera:Pentatomidae) de diferentes idades de desenvolvimento embrionário.
Para tanto, em 30 cartelas de cartolina (3 x 6 cm) fixou-se com cola branca uma
postura de G. dubia com aproximadamente 16 ovos de acordo com a idade de
desenvolvimento embrionário de menos de 24 horas, um, dois, três e quatro dias, a
qual foi oferecida para o parasitismo, por um período de 24 horas. As seguintes
características biológicas foram avaliadas para cada uma das espécies: parasitismo
(%), emergência (%), ovos parasitados sem emergência (%), duração ovo-adulto
(dias), razão sexual, número de fêmeas e de machos. As espécies T. podisi e T.
bassalis parasitaram e se desenvolveram em ovos do hospedeiro G. dubia embora a
idade de desenvolvimento embrionário do hospedeiro tenha afetado o
desenvolvimento das espécies de parasitoides. Conclui-se que T. podisi tem
preferência por ovos de G. dubia com menos de 24 horas, um e dois dias enquanto
T. basalis prefere ovos de um e dois dias de desenvolvimento embrionário, sendo os
mais adequados a serem utilizados em programas de controle biológico de G. dubia
na cultura do arroz.

Palavras-Chave: Oryza sativa; Parasitoides de ovos; Pentatomidae

Apoio Institucional: Fundação de Amparo ao Desenvolvimento Cientifico e


Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa Arroz e Feijão.

242
Seletividade de inseticidas e acaricidas utilizados na cultura do
cafeeiro ao predador Chrysoperla externa (Hagen)
Gabriel de Melo Botelho; Wesley B. S. Paula; Bruno G. Dami; Andriely Borges
Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Gustavo Pincerato Figueiredo;
Alessandra M. Vacari
UNIFRAN - Universidade de Franca

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um importante predador


de bicho-mineiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepidoptera:
Lyonetiidae) na cultura do cafeeiro. O conhecimento sobre o efeito dos inseticidas
sobre os inimigos naturais é fundamental para um programa de Manejo Integrado de
Pragas. O objetivo foi avaliar o efeito letal de inseticidas e acaricidas utilizados em
cafeeiro em larvas do predador C. externa. O bioensaio foi conduzido utilizando o
inseticida clorpirifós (Klorpan® 480 EC) na concentração 3,75 mL i.a. L-1 e o
inseticida/acaricida fenpropatrina (Danimen® 300 EC) na concentração 1 mL i.a. L-1.
Cada inseticida foi testado utilizando concentrações equivalentes à dose máxima da
bula (100%) diluídas em 500L ha-1 de água destilada. O tratamento controle
consistiu somente de água destilada. Os inseticidas foram aplicados em superfície
de vidro (placa de Petri de 9 cm de diâmetro), que após a secagem foram utilizadas
para avaliar larvas do predador expostas ao resíduo. Em seguida, uma larva de C.
externa foi adicionada em cada placa e foram oferecidos ovos de Corcyra
cephalonica (Stainton) (Lepidoptera: Pyralidae) como presas. Cada placa foi
considerada uma repetição e foram observadas dez repetições para cada
inseticida/acaricida (clorpirofós e fenpropatrina) e para cada instar do predador
(primeiro e segundo ínstares). As avaliações foram conduzidas após 24 horas. O
número de larvas vivas foi avaliado pelo teste do qui-quadrado usando o PROC
FREQ. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O tratamento
controle não causou mortalidade dos predadores. Todas as larvas do predador
morreram após 24 horas, independente do inseticida/acaricida e do ínstar do
predador. De acordo com as classes de toxicidade preconizadas pela IOBC,
clorpirifós e fenpropatrina foram considerados nocivos (classe 4, mortalidade > 99%)
para o predador C. externa.

Palavras-Chave: crisopídeo; controle biológico; Manejo Integrado de Pragas

Apoio Institucional: CNPq

243
Materiais utilizados para evitar a fuga de lagartas de Diatraea
saccharalis em toletes de cana-de-açúcar
Gabriele do P. Borges1; Jael. S.S. Rando1; Laila H. Mihsfeldt1; Gabriela V.
Silva2; Wallace A. Silva1; Larissa M. F. Pujoni1; Mateus Pires1; Bruna L.
Gasparelo1
1
-Universidade Estadual do Norte do Paraná 2- UNIFIL

A metodologia de inoculação de lagartas no interior dos colmos de cana-de-açúcar


auxilia na compreensão de estudos de bioecologia de insetos que nele se
alimentam, se abrigam e se reproduzem, bem como de seus inimigos naturais,
principalmente no processo de parasitismo. Para manter as lagartas no interior dos
colmos sem que ocorra fuga muitos materiais podem ser utilizados. O objetivo desse
trabalho foi testar materiais para vedar o orifício de introdução das lagartas de
Diatraea saccharalis (Fabr,1794) (Lepidoptera: Crambidae). O experimento foi
realizado no Campus Luiz Meneghel, em Bandeirantes-PR, em três ambientes,
físicos, dois com temperatura controlada com termo-higrógrafo a 26º e 18ºC e um
temperatura ambiente. Foram testados 4 tratamentos sendo fita crepe, folha de
alumínio, filme plástico transparente e algodão. Os toletes foram perfurados com
furadeira elétrica, fez-se a inoculação das lagartas em cada um deles que após
receberem os tratamentos permaneceram nos três ambientes por 48 horas Ao
término desse período foram abertos longitudinalmente para a avaliação. Não houve
diferença significativa entre os materiais, e em nenhuma das 3 condições de
temperatura. Concluiu-se que todos os materiais não interferiram no comportamento
das lagartas, podendo ser utilizados como alternativas de baixo custo.

Palavras-Chave: inoculação; biologia em laboratório; temperatura

Apoio Institucional: Usiban- Usina de açúcar e álcool de Bandeirantes-PR

244
Parasitismo natural de Cotesia flavipes (Cameron, 1891) em
lagartas de Diatraea saccharalis (Fabr., 1794)
Gabriele do P. Borges1; Jael S.S. Rando1; Laila H. Mihsfeldt1; Gabriela V.
Silva2; Mateus Pires1; Karina da S. Marquito1; Wallace da S. Alves1; Pedro H. P.
Mendes1; Renan F. C. de Almeida1; Renan de O. Almeida1
1
-UENP-CLM 2- UNIFIL

O consumo e utilização de alimentos constituem condição básica para o


crescimento, desenvolvimento e reprodução de insetos, uma vez que a quantidade e
qualidade do alimento utilizado na fase larval afeta o desempenho do adulto. Para
localização de seu hospedeiro, fêmeas de C. flavipes utilizam estímulos olfativos
para encontrar plantas infestadas por lagartas de D. saccharalis e dentre estes
estímulos pode-se colocar a produção de fezes. O trabalho foi desenvolvido em
canavial da Usina de Açúcar e Álcool Bandeirantes S.A. em novembro/dezembro de
2018, com o objetivo de estabelecer se há relação entre o tempo de consumo, a
produção de fezes e o parasitismo. Os tratamentos foram constituídos de tempos
diferentes de permanência das lagartas de D. saccharalis sendo estes de 120, 96 e
72 horas de alimentação no interior dos toletes. Os toletes inoculados foram levados
ao campo e presos com presilha de nylon nos colmos das plantas de cana, nas
linhas de plantio, distanciados de 10 m e permanecendo por um período de 24 horas
expostos ao parasitismo natural. Após esse período foram levados ao laboratório
onde realizou-se a abertura dos colmos longitudinalmente para a recuperação das
lagartas e transferência para tubos de fundo chato contendo dieta de realimentação.
Após 10 dias iniciou-se a avaliação quando do surgimento de massas do
parasitoide. Recuperou-se apenas 4 massas de C. flavipes, obtendo-se um total de
110 adultos, dos quais 99 eram fêmeas, resultando em uma razão sexual de 0,9. No
tratamento onde as lagartas ficaram se alimentando por 96 horas dentro dos colmos
obteve-se 2 massas, sinalizando a importância das fezes na atração do parasitoide.
No tratamento com 120 horas de alimentação observou-se fuga das lagartas e
formação de pupas de D. saccharalis. O resultado preliminar indica a presença do
parasitoide na área de estudo, sendo necessário a continuidade da pesquisa para
obtenção de resultados mais significativos.

Palavras-Chave: broca da cana-de-açúcar; tempo de alimentação; fezes

Apoio Institucional: Usiban- Usina de açúcar e álcool de Bandeirantes-PR

245
Preferência alimentar da formiga acrobática Crematogaster Lund,
1831 (Hymenoptera: Formicidae) em cana-de-açúcar
Gabriele do P. Borges1; Wallace da S. Alves1; Jael S.S. Rando1; Laila H.
Mihsfeldt1; Gabriela V. Silva2; Mateus Pires1; Karina da S. Marquito1; Pedro H.
P. Mendes1
1
UENP-CLM; 2UNIFIL

As formigas Crematogaster fazem parte do grupo de predadores de importantes


pragas na cana-de-açúcar como a Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) e Telchin licus
(Drury, 1773). A fim de verificar a variedade de recursos explorados por essas
formigas generalistas o tempo que levam para se aproximar deles, desenvolveu-se o
presente experimento. Em lavoura de cana-de-açúcar foram distribuídos de forma
linear a cada 10 metros, iscas a base de 1-rapadura; 2- ração de sachê para gatos;
3- sardinha em óleo; 4- toletes de cana perfurados com broca elétrica e inoculados
com lagartas de D. saccharalis com cerca de 12mm de comprimento, e 5-
testemunha composta somente por lagartas. Os tratamentos 1; 2 e 3 foram
colocados em círculos de plásticos de 12mm de diâmetro para evitar contato com o
solo; o tratamento com os toletes foram colocados verticalmente encostados aos
colmos das plantas de cana na linha de plantio. As iscas foram dispostas no campo
as 12 horas e avaliadas a cada 30 minutos em sistema de rodizio até as 20 horas.
As formigas Crematogaster alimentam-se de substâncias açucaradas, gordurosas e
proteicas, mesmo assim preferiram os toletes contendo lagartas, levando em média
60 minutos para atacá-los. Tal fato ressalta a importância desse gênero no controle
biológico de pragas. A rapadura, rica em açúcar foi a isca menos preferida pelas
formigas. As formigas Crematogaster fazem parte do grupo de predadores de
importantes pragas na cana-de-açúcar como a Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) e
Telchin licus (Drury, 1773). A fim de verificar a variedade de recursos explorados por
essas formigas generalistas o tempo que levam para se aproximar deles,
desenvolveu-se o presente experimento. Em lavoura de cana-de-açúcar foram
distribuídos de forma linear a cada 10 metros, iscas a base de 1-rapadura; 2- ração
de sachê para gatos; 3- sardinha em óleo; 4- toletes de cana perfurados com broca
elétrica e inoculados com lagartas de D. saccharalis com cerca de 12mm de
comprimento, e 5- testemunha composta somente por lagartas. Os tratamentos 1; 2
e 3 foram colocados em círculos de plásticos de 12mm de diâmetro para evitar
contato com o solo; o tratamento com os toletes foram colocados verticalmente
encostados aos colmos das plantas de cana na linha de plantio. As iscas foram
dispostas no campo as 12 horas e avaliadas a cada 30 minutos em sistema de
rodizio até as 20 horas. As formigas Crematogaster alimentam-se de substâncias
açucaradas, gordurosas e proteicas, mesmo assim preferiram os toletes contendo
lagartas, levando em média 60 minutos para ataca-los. Tal fato ressalta a

246
importância desse gênero no controle biológico de pragas. A rapadura, rica em
açúcar foi a isca menos preferida pelas formigas.

Palavras-Chave: iscas alimentares; lagartas; predadores

Apoio Institucional: UENP-CLM

247
Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y
DoryctoBracon areolatus (Hymenóptera: Braconidae) en frutos de
ciruela Jobo
Gilberto Cesar Carmona Carmona; Hector Cabrera Mireles; Felíx David Murillo
Cuevas; Dora Alicia Ortega Zaleta; Gilberto Santos Andrade; Moeses Andrigo
Danner
Discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia; Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, Câmpus Pato Branco; gilmasterbra@gmail.com; Via do Conhecimento, Km 1 CEP 85503-
390 - Pato Branco - PR – Brasil

En México, liberaciones por aumento del parasitoide Diachasmimorpha longicaudata


(Ashmead, 1905) (Hymenoptera: Braconidae) han sido realizadas para controlar la
plaga Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) (Diptera:Tephritidae), sin embargo,
interacciones competitivas interespecíficas podrían afectar a especies nativas
cuando D. longicaudata ha sido introducido recientemente, habiendo necesidad de
estudios visando un control biológico por aumento en hospederos como las ciruelas
Spondia mombin L. en regiones con culturas de alto valor económico del mango. El
objetivo del estudio fue determinar el efecto de liberaciones por aumento de D.
longicaudata sobre su hospedero A. obliqua y parasitismo natural de DoryctoBracon
areolatus Szépligeti,1911 (Hymenoptera: Braconidae) en ciruela Jobo. Estudio
realizado en Agosto/2014-Mayo/2015, en Veracruz, México. Se realizaron
liberaciones de D. longicaudata semanalmente en una densidad de ≈1.500
parasitoides/hembras por hectárea, en una zona, y otra fue considerada zona
testigo. Cada zona se subdividió en 3 unidades de 5 has. cada una. Colectas de
frutos se realizaron semanalmente en sitios de liberación y sin liberación. Larvas de
A. obliqua fueron extraídas y confinadas en cámaras de pupación. Fue contabilizado
el número de especies (moscas, parasitoides) que emergieron y calculado los
porcentajes de abundancia para comparar los datos. La infestación de los frutos de
jobo por larvas de A. obliqua fue alrededor del 50% del total de los frutos colectados,
con un promedio de 2 larvas/fruto (sitio liberado) y 3 larvas/fruto (No liberado). Se
registró una emergencia de adultos de D. longicaudata en el sitio de liberación
(2.9%), D. areolatus (47.1%) e (2.9%) Utetes anastrephae Viereck,1913
(Hymenoptera: Braconidae), parasitoide nativo. Los resultados demuestran que no
hubo efecto negativo sobre D. areolatus a través de las liberaciones, permitiendo
una mayor aceptación de este tipo de estudio para el control de moscas Anastrepha.

Palavras-Chave: Liberaciones; Parasitoides; Mosca de la fruta

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato


Branco

248
Competencia entre Diachasmimorpha longicaudata y
DoryctoBracon areolatus asociada al control biológico de mosca de
la fruta
Gilberto Cesar Carmona Carmona; Hector Cabrera Mireles; Felíx David Murillo
Cuevas; Dora Alicia Ortega Zaleta; Moeses Andrigo Danner; Gilberto Santos
Andrade
Discente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia; Universidade Tecnológica Federal do
Paraná, Câmpus Pato Branco; gilmasterbra@gmail.com; Via do Conhecimento, Km 1 CEP 85503-
390 - Pato Branco - PR – Brasil

Anastrepha obliqua, plaga más importante para el cultivo de mango, cuyo control no
ha sido eficiente, necesitando nuevas alternativas de control, como el Control
Biológico. En tanto, Diachasmimorpha longicaudata tenga mostrado eficiencia como
enemigo natural, es importante conocer las interacciones competitivas con
parasitoides nativos, ya que esa introducción puede llevar a reducción del rango de
dispersión ante tal presencia. Como objetivo del estudio fue evaluar la competencia
intrínseca entre D. longicaudata y DoryctoBracon areolatus en larvas de A. obliqua
en ciruela jobo. El estudio fue realizado en la región centro de Veracruz, México. El
estudio fue montado en diseño completamente al azar, con 3 tratamientos y 12
repeticiones, en cada unidad experimental fueron utilizados 30 frutos de jobo
parasitados por D. areolatus. T1) fruta larvada expuesta-30 hembras D.
longicaudata; T2) fruta larvada expuesta-15 hembras D. longicaudata; T3) fruta
larvada (testigo). Las exposiciones fueron por 3 horas. Se realizaron disección de
larvas extraídas de 5 frutos e identificaron y contabilizaron larvas de parasitoides.
Los datos se analizaron mediante una prueba T para determinar si hay diferencia
estadística entre los tratamientos y el testigo, utilizando el programa SAS (9.2). D.
longicaudata en presencia de las dos espécies, la larva de D. areolatus siempre
estaba muerta. La exposición a D. longicaudata afectó el % de larvas vivas de D.
areolatus, % de larvas de A. obliqua [15 hembras (60.2%, 50.7%); 30 hembras
(57.9%, 48.9%)]. D. longicaudata reduce en casi 50% el parasitismo de D. areolatus,
en relación con testigo. En competencia, D. areolatus afectó el parasitismo (55%,
64%) de D. longicaudata (33.7%, 21.6%) en 30 y 15 hembras. Los resultados indican
que, D. longicaudata afecta el rendimiento de D. areolatus, pero también D.
longicaudata es afectada por D. areolatus, y que, en el parasitismo, la espécie nativa
resiste mejor la competencia del exótico y no viceversa.

Palavras-Chave: Anastrepha obliqua; Parasitoides; Parasitismo

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato


Branco

249
Incidência de inimigos naturais sobre Chrysodeixis includens e
Helicoverpa armigera (Lepidoptera:Noctuidae) em soja
Giulliano S. Camargos; Letícia H. Gomes; Igor D. Weber; Vinícius S.
Magalhães; Karina C. Albernaz-Godinho; Cecília Czepak
Universidade Federal de Goiás

As lagartas falsa-medideira, Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera:


Noctuidae) e Helicoverpa armigera Hübner, 1805 (Lepidoptera: Noctuidae) são
pragas-chave da cultura da soja (Glycine max L.). Surtos populacionais frequentes
de falsa-medideira na região do cerrado resultam em intensa desfolha na cultura,
enquanto o principal dano de H. armigera ocorre nas estruturas reprodutivas das
plantas. O controle biológico natural contribui para a regulação populacional desses
lepidópteros-praga. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a incidência de inimigos
naturais (INs) e a associação dos mesmos sobre lagartas de C. includens e H.
armigera coletadas em lavouras de soja de municípios goianos durante a safra
2018/2019. Após coletadas, as lagartas foram mantidas em laboratório e avaliadas
quanto a presença de parasitoides ou entomopatógenos, até atingirem a fase adulta.
Foram coletadas no total, 1725 lagartas em cinco municípios do estado de Goiás,
sendo 1110 C. includens e 615 H. armigera. Parasitoides e entomopatógenos foram
resposáveis pela morte de 33,51 e 15,45% de falsa-medideira e H. armigera,
respectivamente, sendo maior a incidência de parasitoides pertencentes à família
Encyrtidae em C. includens, Ichneumonidae para H. armigera e Tachinidae para
ambas as espécies. Ao submeter os valores de incidência de INs aos testes de Qui-
quadrado observou-se que: 1) Para C. includens ocorreu associação positiva
significativa (p<0,05) entre C. includens e vírus entomopatogênico (19,28% dos
indivíduos morreram com sintomas de virose) e associações negativas significativas
(p<0,05) com parasitoides; 2) Para H. armigera foi observado associação negativa
significativa (p<0,05) com himenópteros e vírus, enquanto uma associação positiva
foi observada com fungos entomopatogênicos. Assim, evidencia-se a importância da
presença destes inimigos naturais nos cultivos de soja auxiliando na supressão das
populações de C. includens e H. armigera.

Palavras-Chave: Parasitoides; Entomopatógenos; Lepidópteros-praga

Apoio Institucional: FAPEG

250
Rastreabilidade dos processos produtivos de agentes
macrobiológicos adotada pela Promip
Grazielle F. Moreira; Fernando Z. Santos; Marcelo Poletti
PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km
01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

Desde o processo de produção massal de inimigos naturais nas biofábricas até sua
chegada e utilização no campo, diferentes fatores podem afetar a qualidade do
produto, levando a possíveis falhas no controle biológico do alvo no campo. A
rastreabilidade dos processos produtivos é um ponto fundamental na garantia da
qualidade do produto comercializado, garantindo o registro completo dos dados
durante o processo de produção. Para garantir a rastreabilidade dos processos
produtivos dos agentes biológicos comercializados pela PROMIP: Neomip Max
[Neoseilus californicus (McGregor, 1958) (Acari: Phytoseiidae)], Macromip Max
[Phytoseiulus macropilis (Banks, 1905) (Acari: Phytoseiidae)], Stratiomip
[Stratiolaelaps scimitus (Womersley, 1956) (Acari: Laelapidae)], Insidiomip [Orius
insidiosus (Say, 1832) (Hemiptera: Anthocoridae)], Trichomip P (Thichogramma
pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) e Trichomip G
(Trichogramma galloi Zucchi, 1988 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) foi
desenvolvido pelo Departamento de TI da empresa um aplicativo móvel utilizado
pelos colaboradores para a inserção dos dados e um sistema web para gestão dos
dados. O aplicativo permite a inserção dos dados de todo o processo produtivo,
gerando ao final um código de lote, também utilizado pelo Departamento de
Qualidade da empresa para a realização dos testes de qualidade preconizados pela
IOBC, obtendo-se dessa forma a rastreabilidade total do processo. O mesmo código
de lote é impresso no rótulo de cada produto facilitando o rastreio da mercadoria
pós-venda, garantindo dessa forma a qualidade assegurada dos produtos
comercializados pela PROMIP.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

251
Controle de qualidade do produto Macromip Max® (Phytoseiulus
macropilis Banks, Acari: Phytoseiidae)
Grazielle F. Moreira; Isabella Malachias Gaspar; Rodolfo Bonacelli Montelatto;
Leisa Rodrigues Costa; Marcelo Poletti
PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km
01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

O mercado brasileiro de produtos biológicos tem crescido substancialmente nos


últimos anos. No entanto, para que a expansão desse setor se consolide de forma
sustentável, a garantia da qualidade dos agentes biológicos levados até o mercado,
pelas empresas fabricantes, é fundamental. Diante disso, a Promip tem
desenvolvido e aperfeiçoado seus processos de controle de qualidade para cada
agente biológico fabricado pela companhia. Diante disso, o presente estudo foi
desenvolvido para validar um novo método desenvolvido para o aperfeiçoamento do
controle de qualidade na produção de Phytoseiulus macropilis (MACROMIP MAX),
produto comercializado pela empresa para o manejo biológico do ácaro rajado. Com
o objetivo de realizar a contagem total de ácaros predadores contidos nas
embalagens comerciais de MACROMIP MAX, foi avaliada uma metodologia para a
quantificação de ácaros predadores nos frascos comerciais deste produto, que deve
conter pelo menos 5.000 adultos por unidade. Para a contagem dos indivíduos foi
montado um aparato composto na base por um pote plástico de 750 mL com tampa
de rosca, seguido de um funil de 12,5 cm de diâmetro na sua maior largura, um
segundo pote plástico de 300 mL, um funil de 10,5 cm de diâmetro e um tubo falcon
de 50 mL na extremidade. Todo material foi acoplado um ao outro havendo sempre
uma abertura central para a passagem dos ácaros predadores até o tubo falcon da
extremidade. Quatro frascos comerciais foram vertidos separadamente no primeiro
recipiente para ior contagem. Como tratamento testemunha, foram quantificadas
previamente quatro amostras que comporiam cada uma um frasco comercial antes
do envase. O tratamento testemunha apresentou uma média de 4.957 ± 200 ácaros
predadores, enquanto o novo aparato para contagem apresentou média de
predadores de 5.385 ± 800, não apresentando diferença estatística pelo teste T a
5% de probabilidade (programa SISVAR). Os resultados demonstram que o novo
método proposto é válido para a análise quantitativa dos frascos comercializados
permitindo a contagem total e garantindo a qualidade assegurada do produto.

Palavras-Chave: qualidade assegurada; controle biológico; manejo integrado de


pragas

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

252
Aplicativo Promip Compatibilidade: uma ferramenta imprescindível
no manejo biológico de pragas
Grazielle F. Moreira; Roberto H. Konno; Marcelo Poletti; Fernando Z. Santos
PROMIP Manejo integrado de Pragas, Centro de Inovações Promip, Estrada Municipal CHL 332, Km
01, Tujuguaba, Caixa Postal 74, Conchal-SP, CEP: 13.835-000

Nos últimos anos a adoção do controle biológico aplicado vem crescendo a um ritmo
acelerado no Brasil. Atualmente, a gama de agentes entomopatógenos e
macrobiológicos disponíveis no mercado é de cerca de 200 produtos registrados.
Porém, o uso de defensivos não compatíveis com os inimigos naturais pode
ocasionar efeitos colaterais e comprometer a eficiência do controle. Dentro desse
conceito, a Promip desenvolveu um aplicativo que tem a finalidade de disponibilizar
ao agricultor, informações sobre a compatibilidade de defensivos químicos e
biológicos sobre os agentes biológicos comercializados pela companhia. O
desenvolvimento desse aplicativo envolveu a equipes de P&D e de TI da empresa, e
todos os testes biológicos foram executados conforme normas estabelecidos pela
IOBC. Até o momento, foram avaliados a compatibilidade de 64 defensivos químicos
e biológicos para Neomip Max [Neoseilus californicus (McGregor) (Acari:
Phytoseiidae)] e Macromip Max [Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari:
Phytoseiidae)], 56 para Trichomip-P (Thichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera:
Trichogrammatidae), 30 para Insidiomip [Orius insidiosus (Say) (Hemiptera:
Anthocoridae)] e 20 para Stratiomip [Stratiolaelaps scimitus (Womersley) (Acari:
Laelapidae)]. Dos defensivos avaliados, dez se enquadraram nas Classes 1 e 2
(menos tóxicos) para todos os quatro produtos macrobiológicos avaliados. Os dados
de compatibilidade são de livre acesso e estão disponíveis no aplicativo “Promip
Compatibilidade”, dessa forma o agricultor pode escolher o defensivo mais
adequado nos programas de MIP. Esse é um aplicativo dinâmico e sempre receberá
novas atualizações.

Palavras-Chave: seletividade

Apoio Institucional: PROMIP Manejo integrado de Pragas

253
Gênero Archytas (Jaennicke) (Diptera: Tachinidae) como relevante
agente de controle natural de lepidópteros-praga em soja
Igor D. Weber; Welinton R. Lopes; Cecilia Czepak
Universidade Federal de Goiás

O gênero Archytas Jaennicke, 1867 (Diptera: Tachinidae) é composto por


parasitoides da fase larval de lepidópteros, frequentemente associado a espécies de
importância agrícola. Apresenta mais de 90 espécies descritas distribuídas ao longo
de toda a América, sendo, no Brasil, registradas 41 espécies. Buscou-se evidenciar
a importância deste gênero no controle natural de lepidópteros-praga em cultivos de
soja em Goiás. Foi analisada a ocorrência de Archytas a partir de coletas de lagartas
realizadas durante a safra 2017/2018 nas principais regiões produtoras de soja no
estado de Goiás. Foram identificados 12 gêneros da família Tachinidae, sendo
Archytas o mais frequente, encontrado em 48,28% das coletas realizadas. Foi obtido
um total de 1030 parasitoides taquinídeos, sendo 780 pertencentes ao gênero
Archytas, representando 75,73% dos taquinídeos identificados. Observou-se
elevada associação entre Helicoverpa armigera Hübner, 1805 (Lepidoptera:
Noctuidae) e Archytas (χ² = 190,28, gl = 1, p-valor < 0,01), onde 80,60% dos
taquinídeos encontrados em H. armigera pertencem a este gênero. Ainda, este
parasitoide foi encontrado em Chloridea virescens Fabricius, 1781 (Lepidoptera:
Noctuidae) e Spodoptera frugiperda JE Smith, 1797 (Lepidoptera: Noctuidae). Além
da soja, este parasitoide é encontrado em outros cultivos como em milho, associado
a S. frugiperda, e em algodão, parasitando H. armigera. Apesar do elevado potencial
de aplicação no controle biológico, ainda não existem meios eficientes de produção
massal deste parasitoide e seu maior tamanho corp, em comparação aos
parasitoides da ordem Hymenoptera, onera sua produção e dificulta o transporte,
acondicionamento e liberação em campo. Contudo, nota-se a relevância deste
gênero no controle natural de insetos-praga, evidenciando a importância de
conhecer e preservá-los nos cultivos agrícolas.

Palavras-Chave: Biocontrole; Levantamento; Parasitoide

Apoio Institucional: FUNAPE, FAPEG

254
Parasitoides e Entomopatógenos Associados às Lagartas
Desfolhadoras na Cultura da Soja em Goiás
Igor D. Weber; Janayne M. Rezende; Giulliano S. Camargos; Karina C.
Albernaz-Godinho; Cecilia Czepak
Graduando em Agronomia, Universidade Federal de Goiás, 74690-900, Goiânia-GO, Brasil. Email:
igorweberagr@gmail.com

Grande esforço tem sido dispendido no desenvolvimento de novas táticas para o


controle de lagartas desfolhadoras na cultura da soja. Por outro lado, nos cultivos
agrícolas é observada a presença de uma significativa diversidade de organismos
atuando na regulação destas populações de insetos-praga, de modo natural. Neste
sentido, buscou-se ampliar o conhecimento sobre a diversidade e abundância de
entomopatógenos e parasitoides associados às lagartas desfolhadoras na cultura da
soja no estado de Goiás. Foram realizadas 34 coletas de lepidópteros-praga durante
a safra 2017/2018 nas principais regiões produtoras de soja do estado. As lagartas
foram obtidas em campo de forma aleatória e mantidas em laboratório até sua morte
ou emergência do adulto. Os parasitoides e entomopatógenos observados foram
separados para ior identificação morfológica ou molecular, respectivamente. Foram
coletadas 6373 lagartas de dez espécies, sendo as mais frequentes: Anticarsia
gemmatalis (Hübner) (Noctuidae), Chloridea virescens (Fabricius) (Noctuidae),
Chrysodeixis includens (Walker) (Noctuidae) e Helicoverpa armigera (Hübner)
(Noctuidae). Deste total, 49,51% se desenvolveram até atingirem a fase adulta,
outros 32,68% foram mortas por agentes entomopatogênicos e parasitoides, na fase
de lagarta ou pupa, excluindo-se ainda a ação de predadores e parasitoides de
ovos, não avaliados neste trabalho. Os 17,78% restantes foram mortos por causas
desconhecidas. Os parasitoides da ordem Diptera apresentaram a maior frequência
de ocorrência (19,20%) em comparação aos demais inimigos naturais, associados
principalmente à H. armigera. Foi observada uma significativa diversidade de
organismos benéficos atuantes no controle biológico natural de lepidópteros-praga
nos cultivos de soja do estado, enfatizando a importância da preservação destes
inimigos naturais para que possam atuar de forma efetiva na supressão das
populações destes insetos-praga.

Palavras-Chave: Inimigos Naturais; Controle Natural; Biocontrole

Apoio Institucional: FUNAPE, FAPEG

255
Distribuição de Diatraea saccharalis no canavial influenciando
oviposição e o parasitismo por Trichogramma galloi
Isabela Aparecida Fonseca Ivan; Ana Carolina Honório; Leandro Pires de
Araújo Júnior; Rodolfo Pontes Carneiro; Eric Novato de Sousa; Vitor Hugo
Fernandes Lima; Alexandre de Sene Pinto
Centro Universitário Moura Lacerda

O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do local no canavial e da posição na


planta sobre a oviposição, sem chance de escolha, da broca-da-cana, Diatraea
saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae), e sobre o parasitismo e emergência de
adultos de Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em cana-
de-açúcar. Os ensaios foram conduzidos em plantio comercial de cana-de-açúcar de
ano, em delineamento inteiramente casualizado, com seis tratamentos repetidos
cinco vezes, sendo cada repetição composta por nove posturas, os tratamentos
foram: ovos colocados no interior ou bordadura do talhão, no meio da folha +1, na
bainha da folha +1 e na base do colmo, sem chance de escolha, pois as fêmeas
foram confinadas em gaiolas nesses locais. Pôde-se concluir que a D. saccharalis
colocou mais ovos em folhas do que na base do colmo, e não há diferença entre a
oviposição na bordadura ou interior do canavial em teste sem chace de escolha. O
parasitoide T. galloi prefere parasitar ovos colocados na lâmina foliar da bordadura
do canavial em relação à bainha de folhas do interior do canavial, em teste com
chance de escolha, e a emergência de adultos de T. galloi é igual em lâminas e
bainhas foliares de plantas da bordadura e do interior do canavial.

Palavras-Chave: Parasitoide de ovos

Apoio Institucional: CUML

256
Telenomus podisi parasitism on Dichelops melacanthus and
Podisus nigrispinus eggs at different temperatures
Érica A. Taguti1*; Jaciara Gonçalves1; Adeney de F. Bueno2; Suelhen T.
Marchioro3
1
Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Departamento de Zoologia, Setor de Ciências
Biológicas, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil, *ericataguti@hotmail.com.
2
Embrapa Soja, Rodovia Carlos João Strass, s/n, Caixa postal 231 – Distrito de Warta, 86001-970
Londrina-PR, Brasil. 3Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Laranjeiras do Sul, Rodovia BR
158 – km 405, 85301-970 Laranjeiras do Sul, PR, Brasil

Dichelops melacanthus is the most important stink bug species feeding on maize in
South America. Telenomus podisi stands out as a sustainable management strategy.
However, T. podisi can also have an undesired effect by parasitizing the predator
Podisus nigrispinus. Therefore, the study of T. podisi parasitism on eggs of both D.
melacanthus and P. nigrispinus is of theoretical and practical interest. Individual 48-
hour-old parasitoids were offered a card with two hosts´ eggs, for the period of 24
hours, at 25°C. Afterwards, these eggs were exposed to temperatures of 15, 20, 25
or 30ºC. In another experiment, eggs were offered on a daily basis to parasitoid
females exposed to 15, 20, 25 or 30ºC, for 24 hours before eggs were replaced by
fresh ones (≤24h) and stored at 25ºC until emergence. Our results show that
temperature significantly influenced duration of T. podisi egg-to-adult period,
emergence, sex ratio, total number of parasitized eggs, and parental female longevity
on both host species. Development time of the parasitoid was reduced with
increasing temperature. Parasitoid emergence above 80% was observed at
temperatures of 20°C and 25°C in eggs of D. melacanthus, and at 20, 25 and 30°C in
eggs of P. nigrispinus. In both hosts, the ratio of parasitoid females (sex ratio) was
highest at the lowest temperature (15°C). In both host species, daily parasitism and
total number of parasitized eggs decreased with time, and longevity of females was
inversely proportional to the increases in temperature. These results allow us to
conclude that extreme temperatures of 15oC and 30oC are not favorable for T. podisi
parasitism. Therefore, in regions where those extreme temperatures are common,
additional studies are necessary to explore the requirements for a higher number of
parasitoids for successful field releases. Although the release of T. podisi in the field
might negatively impact the predator P. nigrispinus, this biological pest control
strategy can still be considered safer and more sustainable than the application of
chemical pesticides.

Palavras-Chave: Biological control; egg parasitoid; temperatures


Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja);
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); and Universidade
Federal do Paraná (UFPR).

257
Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em
frutos de cerejeira-do-rio-grande em Caçador, Santa Catarina
Janaína P. dos Santos; Juracy C. Lins Junior
Epagri- Estação Experimental de Caçador

A detecção e a quantificação das populações de mosca-das-frutas e seus


parasitoides em hospedeiros nativos são fundamentais para implementar técnicas
que envolvem o controle biológico. O estudo objetivou realizar o levantamento das
espécies de micro-himenópteros parasitoides associadas à mosca-das-frutas sul-
americana, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) e
avaliar os índices de parasitismo em frutos de cerejeira-do-rio-grande, Eugenia
involucrata DC (Myrtaceae). O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental da
Epagri de Caçador (SC), de 2016 a 2018, em novembro e dezembro. Em cada ano
de avaliação foram coletados 50 frutos de cinco plantas, do chão e da copa das
árvores, aleatoriamente, em maturação fisiológica. Os frutos foram acondicionados
em sala climatizada, em recipientes plásticos contendo areia esterilizada. Após 7, 14
e 21 dias, a areia foi inspecionada para a contagem de pupários, os quais foram
transferidos para placas de Petri contendo areia esterilizada e acondicionados em
gaiolas até a emergência de moscas e/ou parasitoides. O índice de parasitismo (I%)
foi determinado pela fórmula: I% = (P / TA) x 100, onde P= total de parasitoides
emergidos e TA= total de adultos emergidos (moscas + parasitoides). Em 2016,
registrou-se apenas um exemplar da espécie Aganaspis nordlanderi Wharton, 1998
(Figitidae), que representou 0,9% de parasitismo. Em 2017 não emergiram
parasitoides e, em 2018 foram registrados sete, cinco e quatro exemplares de Utetes
anastrephae (Viereck, 1913) (Braconidae), DoryctoBracon areolatus (Szépligeti,
1911) (Braconidae) e Aganaspis pelleranoi (Brèthes, 1924) (Figitidae),
respectivamente, representando 14% de parasitismo. Apesar dos baixos índices de
parasitismo, a cerejeira-do-rio-grande possui fenologia de frutificação concomitante
com várias frutíferas de clima temperado cultivadas na região de Caçador (SC),
sendo um importante hospedeiro nativo multiplicador da mosca-das-frutas sul-
americana.

Palavras-Chave: Anastrepha fraterculus; micro-himenópteros; Eugenia involucrata

Apoio Institucional: INCT/CNPq

258
Parasitoides associados à mosca-das-frutas sul-americana em
frutos de araçazeiros vermelho e amarelo em Caçador, SC
Janaína P. dos Santos; Juracy C. Lins Junior
Epagri- Estação Experimental de Caçador

No Sul do Brasil, os araçazeiros vermelho e amarelo, Psidium cattleianum L.


(Myrtaceae) são hospedeiros multiplicadores da mosca-das-frutas sul-americana,
Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) para pomares
comerciais de frutíferas de clima temperado. O estudo objetivou realizar o
levantamento das espécies de micro-himenópteros parasitoides associadas à
mosca-das-frutas sul-americana e avaliar os índices de parasitismo em frutos de
araçazeiros amarelo e vermelho. O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental
da Epagri de Caçador (SC), em 2017 e 2019, entre março e maio. Os frutos foram
coletados em plantas sem tratamento com agrotóxicos, localizadas próximas a
pomares comerciais de macieira. Também foram coletados frutos de araçazeiro
amarelo em mata nativa. Em cada ano de avaliação foram coletados 50 frutos de
quatro plantas, do chão e da copa das árvores, aleatoriamente, em maturação
fisiológica. Os frutos foram acondicionados em sala climatizada, em recipientes
plásticos contendo areia esterilizada. Após 7, 14 e 21 dias, a areia foi inspecionada
para a contagem de pupários, os quais foram transferidos para placas de Petri
contendo areia esterilizada e acondicionados em gaiolas até a emergência de
moscas e/ou parasitoides. O índice de parasitismo (I%) foi determinado pela fórmula:
I% = (P / TA) x 100, onde P= total de parasitoides emergidos e TA= total de adultos
emergidos (moscas + parasitoides). As espécies de parasitoides Aganaspis
pelleranoi (Brèthes, 1924) (Figitidae) e DoryctoBracon brasiliensis (Szépligeti, 1911)
(Braconidae) foram registradas em araçazeiro vermelho e amarelo. Já Aganaspis
nordlanderi Wharton, 1998 (Figitidae) e DoryctoBracon areolatus (Szépligeti, 1911)
(Braconidae) foram registradas apenas em araçazeiro vermelho. Em araçazeiro
vermelho, os índices de parasitismo foram de 2,1 e 4,4% em 2017 e 2019,
respectivamente. Em araçazeiro amarelo, em 2017 e 2019, os índices foram de 2,9
e 11,7%, respectivamente.

Palavras-Chave: Anastrepha fraterculus; micro-himenópteros; Psidium cattleianum

Apoio Institucional: INCT/CNPq

259
Determinação da dose ideal de Telenomus podisi a ser liberado
para o controle de Euschistus heros na fase vegetativa da soja
Jéssica L Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; José L.
Mallmann; Regiane C. O. F. Bueno
Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

A cultura da soja se destaca no agronegócio como a principal oleaginosa cultivada


no mundo e uma das commodities que mais gera divisas para o Brasil. No entanto, a
exploração econômica dessa cultura é prejudicada devido a estresses bióticos como
ataques de insetos-praga, principalmente do complexo de percevejos, que resultam
em queda da produtividade e qualidade da produção. Atualmente, a principal praga
da soja é o percevejo-marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera:
Pentatomidae), que inicia a colonização no final do período vegetativo e se mantém
na cultura até a colheita. No intuito de manejar essa praga-chave, estratégias de
controle biológico estão sendo adotadas, como o uso do parasitoide de ovos
Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera:Scelionidae). Entretanto, há escassez
de informações sobre as técnicas de liberação desse parasitoide, bem como sobre o
número ideal a ser utilizado. Dessa forma, objetivou-se determinar o número ideal de
T. podisi a ser liberado no período vegetativo, visando obter o maior parasitismo em
ovos desse percevejo. O experimento foi instalado em condição de semi-campo,
utilizando-se plantas da variedade BMX POTÊNCIA RR. Foram utilizados 50 ovos
frescos de E. heros, distribuídos nos folíolos médios e nos folíolos superiores da
planta, e foram liberadas 0, 48, 96, 192, 384, 768 e 1538 fêmeas dos parasitoides. O
delineamento foi em blocos casualizados com sete tratamentos e seis repetições. As
variáveis analisadas foram parasitismo, número de indivíduos por ovo, razão sexual
e viabilidade. De acordo com os parâmetros avaliados, as densidades de 48 fêmeas
e 96 fêmeas proporcionaram maior parasitismo, porém, em termos de viabilidade
econômica a dose de 48 fêmeas torna-se mais adequada.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitoide; percevejo fitófago

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico (CNPq)

260
Determinação do número ideal de Telenomus podisi a ser liberado
para controle de Euschistus heros na fase reprodutiva da soja
Jéssica L. Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; José L.
Mallmann; Regiane C. O. F. Bueno
Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

O percevejo marrom, Euschistus heros (Fabricius,1794) (Hemiptera: Pentatomidae)


é considerado praga-chave da cultura da soja. O início da colonização nas lavouras
de soja ocorre no final do período vegetativo e a fase crítica de ataque às plantas e
aumento de população ocorre no estádio reprodutivo (R5), quando há o início de
enchimento dos grãos. Nessa fase, para se alimentar, E. heros insere o estile nas
vagens, provocando danos diretos, como o escurecimento das sementes, alterações
na composição química e no poder germinativo e redução na produtividade e
qualidade dos grãos. Para manejar a população de E. heros têm-se utilizado
parasitoides de ovos Telenomus podisi (Ashmead,1893) (Hymenoptera:Scelionidae)
como uma estratégia do manejo integrado de pragas, que tem apresentado potencial
de controle do percevejo-marrom. Contudo, ainda há poucos estudos sobre a
liberação desse parasitoide em campo, como o número ideal a ser liberado durante
os diferentes estádios fenológicos da soja. Dessa forma, objetivou-se determinar o
número ideal de T. podisi a ser liberado para controle do percevejo-marrom no
período reprodutivo da soja. O experimento foi instalado em condição de semi-
campo, utilizando-se plantas da variedade BMX POTÊNCIA RR. Foram utilizados 50
ovos frescos de E. heros, distribuídos nos folíolos médios e nos folíolos superiores
da planta, e foram liberadas 0, 48, 96, 192, 384, 768 e 1538 fêmeas dos
parasitoides. O delineamento foi em blocos casualizados com sete tratamentos e
seis repetições. O maior parasitismo foi atingido na densidade de 384 fêmeas, sendo
esse número o mais adequada a ser liberado no estádio reprodutivo da soja, visando
maior eficiência de controle.

Palavras-Chave: manejo integrado de pragas; técnica de liberação; estádio


reprodutivo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico (CNPq)

261
Características biológicas de Telenomus podisi criados em ovos
frescos e ovos armazenados em nitrogênio líquido
Jéssica L. Niitsu; Wellington S. de M. Almeida; Gabryele S. Ramos; Regiane C.
O. F. Bueno
Graduando do Curso de Engenharia Agronômica na Faculdade de Ciências Agronômicas da
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"

O parasitoide de ovos Telenomus podisi (Ashmead,1893) (Hymenoptera:


Scelionidae) é uma das espécies de inimigos naturais que ocorre naturalmente nas
lavouras agrícolas. Esse agente de controle biológico apresenta ampla distribuição
geográfica e alto valor econômico por promover o equilíbrio de população de
insetos-praga, mantendo-as abaixo do nível de dano econômico. Possui preferência
pelo hospedeiro Euschistus heros (Fabricius,1794) (Hemiptera: Pentatomidae)
atingindo alto parasitismo. No entanto, para estabelecer a produção massal desse
parasitoide é necessário estabelecer métodos eficazes de multiplicação sem que
haja interferência nas características biológicas. Em virtude disso, objetivou-se
estudar as características biológicas do T. podisi criados em ovos frescos retirados
da criação de E. heros e sobre ovos armazenados em nitrogênio líquido. Os ovos
foram armazenados no nitrogênio líquido a -196°C durante 525 dias. O experimento
foi conduzido em condições controladas, temperatura de 25 ± 1°C, 70 ± 10% UR e
fotofase de 14 horas. Foram realizados dois tratamentos, com 20 repetições e o
delineamento foi inteiramente casualizado. Avaliou-se a duração do
desenvolvimento ovo-adulto, parasitismo, viabilidade, razão sexual, número de
indivíduos por ovo e longevidade dos adultos. O desenvolvimento ovo-adulto foi o
único parâmetro analisado que teve diferença estatística entre os tratamentos, em
ovos frescos a duração foi de 12,65 dias e em ovos armazenados foi de 13,10 dias.
Em virtude disso, ambos métodos de multiplicação do parasitoide foi viável e eficaz.
Assim, pode-se optar por utilizar ovos de E. heros armazenados em nitrogênio
líquido para a criação de T. podisi maximizando a disponibilidade de ovos para a
produção dos parasitoides.

Palavras-Chave: multiplicação de parasitoide; inimigos naturais; controle biológico

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico (CNPq)

262
Capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi em ovos de
Euschistus heros
João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno;
Hugo R. Maciel; Alan Effgen; Jessica A. de O. Muniz; Raphaela T. L. Guimarães
Instituto Agronômico do Paraná

Métodos sustentáveis no controle de pragas, como liberações massais de


parasitoides, são importantes no manejo do complexo de percevejos. Diversas
espécies de inimigos naturais ainda não foram devidamente estudadas. Assim, esse
trabalho avaliou a capacidade de parasitismo de Trissolcus urichi Crawford, 1913
(Hymenoptera: Platygastridae) em ovos de Euschistus heros Fabricius, 1974
(Hemiptera: Pentatomidae). O bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente
casualizado com 4 tratamentos [temperaturas 15°C, 20°C, 25°C e 30°C ± 2°C e
fotoperíodo de 14/10h (C/E)] contendo 21 repetições, cada repetição composta por
uma fêmea adulta do parasitoide. Essas fêmeas, com até 24 horas de emergência,
foram individualizadas em tubos tipo Duran e transferidas para câmaras climatizadas
devidamente reguladas. A alimentação foi suprida com mel e diariamente foram
ofertadas cartelas contendo cerca de 40 ovos de E. heros anteriormente
armazenados em nitrogênio líquido. As cartelas retiradas eram armazenadas em
sacos plásticos em câmaras climatizadas, reguladas a 25 ± 2°C, UR 70 ± 10% e
fotoperíodo de 14/10h (C/E) até a emergência da progênie. Os parâmetros avaliados
foram longevidade das fêmeas parentais, número de ovos parasitados e razão
sexual da progênie. A longevidade das fêmeas parentais foi inversamente
proporcional ao incremento de temperatura, onde, os tratamentos de 25°C e 30°C
não apresentaram diferença significativa entre si, com valores de 33 e 24 dias,
respectivamente. À 20ºC, a longevidade foi de 73 dias e à 15ºC de 103 dias. O
número total de ovos parasitados foi maior na temperatura de 30ºC, onde a média
de parasitismo foi de 29 ovos por fêmea. Nas demais temperaturas a média de ovos
parasitados variou de 15 a 22 ovos por fêmea. A temperatura não influenciou a
razão sexual da progênie, a qual variou entre 50 e 70 % de fêmeas. A temperatura
influi a capacidade de parasitismo de T. urichi em ovos de E. heros, onde a
temperatura de 30ºC propiciou maior parasitismo.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; controle biológico; temperatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

263
Biologia de Trissolcus urichi em ovos de Dichelops melacanthus
João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno;
Rafael Hayashida; Ana P. de Queiroz; Jaciara Gonçalves
Instituto Agronômico do Paraná

As liberações de parasitoides de ovos se destacam pelo sucesso em diferentes


culturas. Entre as opções de parasitoides de ovos de percevejos, Trissolcus urichi
Crawford, 1913 (hymenoptera: platygastridae) é uma espécie com potencial para
utilização em campo. Nesse cenário, o presente trabalho teve como objetivo avaliar
a biologia de T. urichi em ovos de D. melacanthus Dallas, 1851 (hemiptera:
pentatomidae) em diferentes temperaturas. O bioensaio foi realizado em
delineamento inteiramente casualizado composto por 4 tratamentos contendo sete
repetições, cada repetição composta por três cartelas com 40 ovos colados e
expostos ao parasitismo por 24h. As cartelas contendo os ovos foram colocadas em
um pote contendo cerca de 1500 fêmeas com até 48h de emergência, por 24 horas
em câmara climatizada, regulada a 25 ± 2 °C, UR 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h
(C/E). Em seguida, as cartelas foram individualizadas em tubos tipo duran e
transferidos para câmaras climatizadas reguladas nas temperaturas 15°C, 20°C,
25°C e 30°C ± 2°C, com UR: 70 ± 10% e fotoperíodo de 14/10h (C/E). Os
parâmetros avaliados foram: razão sexual, duração ovo-adulto em dias e tamanho
da progênie (número de adultos emergidos). A temperatura influenciou no período
ovo-adulto, sendo que a duração da fase jovem foi de 21, 13 e 10 dias nas
temperaturas de 20°C, 25°C e 30°C, respectivamente. A temperatura de 15oC foi
letal para o parasitoide que não atingiu a fase a adulta. Não houve diferença na
razão sexual, a qual oscilou entre 86 e 90% de fêmeas. Quanto ao tamanho da
progênie, o número de adultos que emergiram foi maior nas temperaturas de 20°C,
25°C, em média emergiram 15 e 17 indivíduos (de 40 ovos totais), respectivamente.
Com o aumento da temperatura para 30°C foi observada uma redução para 10
adultos emergidos. Logo, a temperatura influi no desenvolvimento das fases
imaturas de T. urichi, sendo as temperaturas de 20°C e 25°C as mais apropriadas
para seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Percevejo-barriga-verde; controle biológico aumentativo;


temperatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

264
Spinetoram compatibility with the lady beetle Eriopis connexa
(Coleoptera: Coccinellidae) resistant to pyrethroids
Deividy V. Nascimento; Roberta L. Santos; Priscila M. G. Costa; Jorge B.
Torres
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Recife, PE, Brazil. E-mail: jorge.torres@ufrpe.br

Spinetoram is an insecticide from spinosyns class recommended against


lepidopteran larvae and other defoliating species; therefore, not sharing the target of
Coccinellini beetle that prey primarily upon aphids, a group with various key pest
species. In this work, we evaluated the interaction of spinetoram using the field rates
0.08, 0.12 and two-fold the highest field rate (ca., 0.24 g i.a./L) with different stages
of the neotropical lady beetle, Eriopis connexa (Germar), regarding two different
populations: susceptible (Sus) and resistant (Res) to pyrethroids, another class of
insecticides also widely recommended against defoliating pest species. Lady beetle
egg mass might be contaminated through spray; thus, spinetoram applied over the
egg masses resulted in similar development and hatching across spinetoram rates
and ladybird beetle populations. However, newly hatched larvae from treated Res-
population exhibited reduced survival during the first instar compared to untreated
and the lower spinetoram rate. Larvae of lady beetles forage on treated surface for
prey items; thus, 6-days old larvae confined on treated cotton leaves exhibited similar
developmental duration, pupation and emergence rates. Nonetheless, larvae of
similar age caged on treated leaves and infested with aphids promoting dried residue
and contaminated prey ingestion resulted in lower pupation rate at the highest
spinetoram field rate for both beetle populations. Adults from both lady beetle
populations caged on either spinetoram-dried residues or dried residues plus
contaminated aphids exhibited similar egg production and survival. Based on these
finding, spinetoram seems to be compatible with E. connexa irrespective of
resistance trait to pyrethroid. Therefore, spinetoram can be another option for
insecticide recommendation against lepidopteran larvae seeking conservation of the
lady beetle.

Palavras-Chave: Nontarget effect; pyerethroid resistance; physiological selectivity

Apoio Institucional: CNPq, PROCAD CAPES NF

265
Control of the brown stink bug in soybean with release of different
amounts of Telenomus podisi (Hymenoptera: Platygastridae)
José C. de A. Pernambuco Filho1; Wellington S. M. Almeida2; Joanina
Gladenucci3; Felipe M. M. Santos2; Bruno Zachrisson4; Regiane C. O. F.
Bueno1,2
FCA/UNESP

The increasing occurrence of Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) in


soybeans, controlled by the exclusive use of synthetic insecticides, is a worldwide
fact. In this sense, the T. podisi parasitoid assumes fundamental importance as a
biological control agent, being an option for the integrated pest management (IPM) of
stink bugs in soybean. Thus, the objective of this study was to evaluate the
effectiveness of the release of different amounts of T. podisi in the soybean crop for
the control of E. heros. Eggs of E. heros parasitized by T. podisi were used, eggs
with 90% parasitism and sex ratio of 80% of females. The study was developed in an
area of 25 hectares of soybean crop, 2017/18 harvest, at Fazenda Dois Lagos, Tatuí-
SP. The experimental design was randomized blocks with 5 treatments and 5
replicates, with 30 meters of border. Three releases were made, one per week, for
each treatment and four samples per plot, before and after each release. The
treatments were: T1 - 2,000 eggs, T2 - 3,500 eggs, T3 - 5,000 eggs, T4 - 6,500 eggs
and T5 - control without release. The release of the adult parasitoids was manual and
the tour was concentrated in the central range of the plots considering the dispersion
capacity T. podisi. The samplings started when the soybean was in R5, with the beat-
cloth method for counting the nymphs and adults of the stink bug. In each plot of the
experimental areas four samplings were performed, one per week, distributed in 20
points, when at least two stink bugs were found per batter in all plots. T. podisi has
an effect on the control of the brown bug, reducing the number of individuals in
relation to the control. Only when 6,500 adults were released, there was a statistical
difference between the other treatments and the control, confirming that this amount
of T. podisi is effective for use in the applied biological control of E. heros for
soybean cultivation.

Palavras-Chave: Applied biological control; Parasitoids; Integrated pest


management

Apoio Institucional: CAPES

266
Soybean productivity with release of Telenomus podisi
(Hymenoptera: Platygastridae) for control of the brown stink bug
José C. de A. Pernambuco Filho; Wellington S. M. Almeida; Joanina
Gladenucci; Felipe M. M. Santos; Bruno Zachrisson; Regiane C. O. F. Bueno
FCA/UNESP

The soybean, Glycine max (L.) Merrill, is the most planted crop in Brazil, with 118
million tons in the 2017/18 harvest. However, production could be maximized if it
were not affected by the losses caused by pest insects. Among the insects that
attack the crop, we highlight Euschistus heros (Hemiptera: Pentatomidae) that feeds
directly from the pods, seriously affecting productivity. The main method of control
adopted by producers is the use of chemical insecticides, often applied erroneously
and excessively. Reported as the most effective E. heros egg parasitoid, T. podisi
assumes fundamental importance as a biological control agent, and may be an
option for producers. The objective of this study was to evaluate the productivity of
soybeans after the release of different amounts of T. podisi for the control of E.
heros. The study was developed in an area of 25 hectares of soybean crop, 2017/18
harvest, at Fazenda Dois Lagos, Tatuí-SP. The experimental design was randomized
blocks with 5 treatments and 5 replicates. Three releases were performed in each
treatment. The treatments were: T1 - 2,000, T2 - 3,500, T3 - 5,000, T4 - 6,500 adults
and T5 - control without release. Harvesting was carried out in the maturation of the
soybean, manually, randomizing in the central lines two samplings of 1 m² each, with
the aid of PVC frame to delimit the harvested area. The soybean was threshed with
the aid of a fork-lift. The final yield (kg ha-1) and mass of 1000 grains were adjusted
to the humidity at 13%, according to equation (E): Pc = Pb (100 - Ur) / 100-13, where:
Pc = Corrected sample weight at 13% moisture; Pb = Gross weight of the sample;
Ur = Display humidity at time of weighing. The masses of the samples were
measured by a digital scale of 0.002 kg accuracy, and humidity, by the Gehaka®
AGRI apparatus. Therefore, it was concluded that the treatments did not differ
statistically between themselves and the control regarding productivity.

Palavras-Chave: Applied biological control; Parasitoids; Integrated pest


management

Apoio Institucional: CAPES

267
Preferência do ácaro predador Amblyseius tamatavensis
(Mesostigmata: Phytoseiidae) por ovos e imaturos de Bemisia
tabaci biót
José C. Álvaro; Raphael C. Castilho; Odair A. Fernandes
PPG Agronomia (Entomologia Agrícola), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV),
Universidade Estadual Paulista (UNESP), 14884-900 Jaboticabal/SP, Brasil

A mosca branca, Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo B (Hemiptera: Aleyrodidae), é


uma importante praga no cultivo de tomate. O ácaro predador Amblyseius
tamatavensis Blommers (Mesostigmata: Phytoseiidae) é um potencial inimigo natural
desta praga. O objetivo do estudo foi verificar qual a preferência de predação do
ácaro A. tamatavensis em relação a ovos e ninfas de primeiro e segundo instares de
B. tabaci, em testes com e sem chance de escolha. Fêmeas adultas fertilizadas de
A. tamatavensis foram individualizadas em arenas com folhas de tomate (2,5 cm de
diâmetro). Os experimentos foram conduzidos em câmara climatizada (28±1oC,
80±10% UR e fotofase de 12 horas). O experimento de preferência sem chance de
escolha consistiu de 40 repetições e três tratamentos: (i) ovos, (ii) ninfas do primeiro
instar e (iii) ninfas do segundo instar. O experimento de preferência com chance de
escolha consistiu de 30 repetições e três tratamentos: (i) ovos - ninfas do primeiro
ínstar, (ii) ovos - ninfas do segundo instar e (iii) ninfas do primeiro instar - ninfas do
segundo instar. As presas consumidas, bem como as posturas do predador, foram
registradas a cada 24h. A preferência de predação de A. tamatavensis pelas
diferentes fases de B. tabaci foi determinada com base no índice de preferência β de
Manly, comparado pelo teste t. O ácaro predador consumiu mais ovos (8,40 ± 0,14
ovos/dia) do que ninfas do primeiro (6,13 ± 0,14 ninfas/dia) e do segundo instar (2,13
± 0,09 ninfas/dia) de B. tabaci, quando não teve chance de escolha. As fêmeas
adultas de A. tamatavensis preferiram significativamente mais ovos do que as ninfas
de mosca branca. A oviposição média diária (1,06 ± 0,03 ovos/fêmea/dia) das
fêmeas de A. tamatavensis alimentado com ovos de mosca branca foi maior
comparativamente quando oferecidas ninfas do primeiro (0,51 ± 0,04
ovos/fêmea/dia) e segundo instar (0,3 ± 0,03 ovos/fêmea/dia). Os resultados indicam
que A. tamatavensis tem preferência por ovos de mosca branca.

Palavras-Chave: Predação; Controle biológico; Tomate

Apoio Institucional: MCTESTP

268
Perspectivas para o uso de ácaros tarsonemídeos (Acari:
Tarsonemidae) no controle biológico
José M. Rezende; Antonio C. Lofego
Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

A família Tarsonemidae é conhecida principalmente por espécies-praga importantes


no contexto agrícola, tais como Phytonemus pallidus (Banks) e
Polyphagotarsonemus latus (Banks). Além do hábito fitófago apresentado por estas,
vários outros modos de alimentação são observados em Tarsonemidae, alguns
pouco estudados ainda, como a predação. Assim, este estudo teve o objetivo de
verificar o conhecimento atual sobre este tema, através de revisão da literatura.
Foram encontrados apenas quatro publicações que indicam o potencial de predação
dos tarsonemídeos. Espécies do gênero Acaronemus, encontradas em pinheiros de
regiões temperadas, tem sido relatadas como predadores de vida livre; as quais se
alimentam basicamente de ovos de ácaros tenuipalpídeos e tetraniquídeos. O
gênero Dendroptus apresenta espécies potencialmente predadoras de ácaros
eriofiídeos, as quais são comumente encontradas dentro de galhas habitadas pelos
próprios eriofiídeos em tecidos foliares. Além disso, há relatos de uma espécie de
Dendroptus predando ovos de tideídeos na região da Criméia. Já Tarsonemus,
possui T. Praedatorius Lin, Nakao & Saito, a qual foi observada se alimentando de
ovos do tetraniquídeo Stigmaeopsis longus (Saito) em plantações de bambu do
Japão. Dessa forma, a família Tarsonemidae apresenta espécies predadoras com
potencial controle biológico de ácaros fitófagos pertencentes à famílias que
representam as principais pragas agrícolas em diversas regiões do mundo. Contudo,
este potencial ainda não foi apropriadamente explorado, tendo em vista os poucos
estudos realizados até o momento. Uma característica marcante dos ácaros
tarsonemídeos é seu tamanho reduzido, que os capacitam a explorar
microambientes. Dessa maneira, é desejável o melhor estudo desses pequenos
predadores como agentes de controle em algumas situações específicas, como em
espaços restritos, onde predadores maiores não conseguem adentrar ou se
locomover.

Palavras-Chave: Acaronemus; Dendroptus; Tarsonemus

Apoio Institucional: FAPESP

269
Coccinelídeos predadores associados à Maconelicoccus hirsutus
em agroecossistemas de videira no Submédio São Francisco
José V. de Oliveira¹; Fabiana S. C. Lopes¹; José E. de M. Oliveira²; Martin D. de
Oliveira²; Adriana M. de Souza³; Geisa M. M. de Souza³
¹ Universidade Federal Rural de Pernambuco, 52171-900 Recife, PE, Brasil. Email:
joseoliveiravargas@gmail.com. ² Embrapa Semiárido, Caixa Postal 23, 56302-970 Petrolina, PE,
Brasil. ³ Universidade Federal do Piauí, 64049-550 Bom Jesus, PI, Brasil

A cochonilha-rosada-do-hibisco Maconelicoccus hirstus (Green, 1908) (Hemiptera:


Pseudococcidae) é nativa do Sul da Ásia. Foi registrada pela primeira vez no Brasil
em 2010 no estado de Roraima e se disseminou rapidamente para outras regiões do
Brasil, incluindo o Submédio do Vale do São Francisco. Esta espécie é considerada
praga-chave em culturas de importância econômica e em plantas ornamentais em
todo o mundo. Devido a sua recente introdução em agroecossistemas de videira no
semiárido nordestino, estudos com a finalidade de identificar inimigos naturais
associados a M. hirsutus são importantes visando à utilização do controle biológico.
Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de joaninhas predadoras
associadas a M. hirsutus em agroecossistemas de videira na Região do Submédio
do Vale do São Francisco. O levantamento foi realizado em fazendas produtoras de
uvas finas de mesa localizadas na região. Adultos e larvas de joaninhas foram
coletados em cultivos de videira após a constatação de estarem se alimentando de
M. hirsutus. Amostraram-se plantas de videira, plantas daninhas, quebra-ventos e
demais espécies de plantas encontradas dentro dos cultivos. As joaninhas foram
acondicionadas em tubos de ensaio e encaminhadas para o Laboratório de Manejo
de Pragas da Videira da Embrapa Semiárido para ior identificação. As joaninhas
foram identificadas com o auxílio de chaves taxonômicas. As espécies de joaninhas
predadoras identificadas foram: Cycloneda sanguinea (Linnaeus, 1763),
Cryptolaemus montrouzieri Mulsant, 1853, Eriopis connexa (Germar, 1824),
Hippodamia convergens (Guérin-Meneville, 1842) e Tenuisvalvae notata (Mulsant,
1850) (Coleptera: Coccinelidae). O conhecimento de espécies de inimigos naturais
associados a M. hirsutus em agroecossistemas de videira na região é o primeiro
passo para o estabelecimento de um possível programa de controle biológico, caso
esta cochonilha torne-se uma praga importante em cultivos de videira.

Palavras-Chave: joaninhas predadoras; cochonilha-rosada-do-hibisco; controle


biológico

Apoio Institucional: CAPES, CNPq e FACEPE

270
Biologia de Telenomus podisi e Trissolcus basalis em ovos de
Glyphepomis dubia
Joseane R. de Souza; Cláudio G. da Silva; José A. F. Barrigossi; Jorge B. de
Matos Junior; Gerson de O. Sousa; Daiana P. da Conceição; Maurício J. de S.
Paiva; Keyssyane N. V. Soeiro
Universidade Estadual do Maranhão

Este é o primeiro estudo de indicação de recomendação do uso de espécies de


parasitoides de ovos para o manejo de Glyphepomis dubia Campos & Souza, 2016
(Hemiptera: Pentatomidae) com potencial para uso no controle biológico na cultura
do arroz no Brasil. O objetivo da pesquisa foi conhecer a biologia de Telenomus
podisi Ashmead, 1893 (Hymenoptera: Platygastridae) e Trissolcus basalis
(Wollaston, 1858) (Hymenoptera: Scelionidae) em ovos de G. dubia. Para tanto, em
30 cartelas de cartolina (3 x 6 cm) fixou-se com cola branca uma postura de G. dubia
com aproximadamente 16 ovos. Essas cartelas foram submetidas individualmente
ao parasitismo por uma fêmea e um macho virgens de T. podisi e de T. basalis por
24 horas e avaliadas as seguintes características biológicas para cada uma das
espécies: parasitismo (%), emergência (%), ovos parasitados não emergidos (%),
duração ovo-adulto (dias), razão sexual, número de fêmeas e de machos por
postura e a longevidade de fêmeas e de machos sem alimento (dias). As espécies T.
podisi e T. basalis parasitaram e se desenvolveram em ovos do hospedeiro G.
dubia, sendo o parasitismo de 84,6 e 96,3% para T. podisi e T. basalis,
respectivamente. A emergência foi maior para T. podisi (96,3%) quando comparado
com T. basalis (50,5%), enquanto a porcentagem de ovos parasitados não
emergidos foi de 4,4 para T. podisi e de 47,6% para T. basalis. A duração de ovo-
adulto dos parasitoides foi cerca de 11,7 dias para T. podisi e de 10,3 dias para T.
basalis. A razão sexual de T. podisi foi 0,69 e de T. basalis 0,78. Em relação ao
número de fêmeas por postura para T. podisi foi de 9,5 e para T. basalis 6,9; para
os machos esses valores foram de 4,3 para T. podisi e de 2,8 para T. basalis. A
longevidade de fêmeas de T. podisi e T. basalis foi de 2,7 e 1,7 dias, enquanto a de
machos foi de 2,7 e 2,3 dias, respectivamente. Conclui-se que a espécie T. podisi
pode ser promissora para o manejo de G. dubia em lavouras de arroz.

Palavras-Chave: Oryza sativa; Pentatomidae; Parasitoides de ovos

Apoio Institucional: Fundação de Amparo ao Desenvolvimento Cientifico e


Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) e Embrapa Arroz e Feijão.

271
Pode o parasitismo por Tamarixia radiata afetar a dispersão de
Diaphorina citri?
Juliana S. Oliveira; Carolina R. Montoya; Alexandre J.F. Diniz; José R.P. Parra
Departamento de Entomologia e Acarologia, Universidade de São Paulo/ Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Piracicaba – São Paulo

O greening ou HLB (“huanglongbing”), atual principal doença dos citros no mundo, é


causada por bactérias transmitidas pelo inseto vetor Diaphorina citri Kuwayama,
1908 (Hemiptera: Liviidae). Dentre outras medidas, o controle biológico com a
liberação do parasitoide Tamarixa radiata (Waterson, 1922) (Hymenoptera:
Eulophidae) vem sendo utilizado como manejo externo. A praga é capaz de se
movimentar ativamente por mais de 2 km dentro do pomar em um período de 12
horas. Estudos que avaliam esse comportamento de dispersão em relação a fatores
bióticos são escassos. Assim, esta pesquisa visou avaliar o comportamento de
dispersão de D. citri em relação à presença de ninfas da espécie sadias ou
parasitadas por T. radiata. Foram utilizadas gaiolas de 3m de comprimento onde
foram distribuídas em seu interior 4 plantas de murta, todas com 4 brotações e
equidistantes, avaliando-se: (i) dispersão dos insetos entre as plantas sem a
presença de ninfas; (ii) dispersão dos insetos entre as plantas com a presença de
ninfas sadias na primeira planta e (iii) dispersão dos insetos entre as plantas com a
presença de ninfas parasitadas na primeira planta. Em todos os tratamentos foram
liberadas 90 fêmeas adultas de D. citri na primeira planta. A avaliação da dispersão
das fêmeas foi feita após 24h, 48h e 72h a partir da sua liberação, no total de 10
repetições. Os resultados obtidos indicaram que na ausência de ninfas o inseto vetor
apresenta comportamento agregado, com probabilidade superior a 95% de
permanecer no local de liberação mesmo após 72h. Porém na presença de ninfas,
sadias ou parasitadas, este comportamento sofreu alterações após 48h, havendo
uma tendência de dispersão de mais de 70% e um aumento de probabilidade de se
moverem até planta mais distante do local de liberação com a presença das ninfas.
Indicando assim que psilídeo tende a se dispersar mais na presença de ninfas,
parasitadas ou não. Os resultados deverão auxiliar na definição de novas técnicas
de manejo de citrus.

Palavras-Chave: Movimentação; HLB; Inimigo natural

Apoio Institucional: Fundecitrus

272
Control de chinches hediondas en cultivos de leguminosas en los
Estados Unidos de Norteamerica
Julio Medal
University of Florida

Las chinches Nezara viridula, Euschistus servus, Halyomorpha halys y Megacopta


cribraria son plagas importantes de cultivos de leguminosas principalmente soya y
otros cultivos. Existen varias tácticas de manejo que incluyen trampas de feromonas,
cultivos trampas, rotación de cultivos, parasitoides y la utilización de insecticidas
químicos y botánicos. En los últimos años se ha intensificado el uso y búsqueda de
alternativas biológicas sustentables basadas en parasitoides nativos o importados.
El parasitoide ParaTelenomus saccharalis, originario de Japón, ha sido evaluado en
Florida y será liberado en el campo para controlar M. cribaria. Se realizaron pruebas
de especificidad en la cuarentena de Florida con la avispa parasítica Trissolcus
japonicus, introducida de china, exponiendo hembras adultas a los huevos del
chinche H. halys. Esta chinche fue detectada por primera vez en Pennsylvania,
Estados Unidos en 1998, probablemente introducida accidentalmente en material de
embalaje. Actualmente, este insecto se ha dispersado en 43 estados causando
daños considerables a leguminosas de grano, árboles frutales y vegetales con un
rango de hospederos reportado de más de 300 especies de plantas. Como parte de
la evaluación del riesgo para la liberación de este parasitoide, se llevaron a cabo en
la cuarentena de Gainesville, Florida pruebas de selección y no-selección con 22
especies de chinches fitófagos y depredadores de Florida. Los resultados mostraron
que el parasitoide de huevos tiene preferencia por la chinche objetivo y la mayor
parte de las especies evaluadas (dieciséis) no mostraron ningún desarrollo del
parasitoide, y seis especies mostraron un nivel bajo de parasitismo. Se presentan las
alternativas de manejo de chinches plagas de cultivos en los Estados Unidos.

Palavras-Chave: Chinches plagas; Pentatomidae; Soya

Apoio Institucional: Florida Department of Agriculture and Cosumer Services - DPI

273
Biological control of Solanum viarum Dunal in Florida, USA
Julio Medal
University of Florida

Solanum viarum Dunal 1853 (Solanales: Solanaceae) is an invasive bush originary to


South America that has invaded Florida grasslands and natural ecosystems. In 1988,
it was found in Florida, USA and it was estimated half million ha were infested due to
favorable environmental conditions and lack of natural enemies (herbivores and
pathogens). This invader has spread rapidly in the majority of Florida counties and
also in other south-eastern states and Puerto Rico. Solanum viarum was placed on
the Florida and Federal Noxious Weed Lists in 1995. Control costs were estimated
at $6.5 to 16 million annually. This weed is a reservoir for at least six crop viruses
and major insect pests utilize the plant as an alternate host. Solanum viarum also
reduces biodiversity in natural areas by displacing native vegetation. Management
practices in Florida pastures primarily involved herbicide applications and mowing
which provided temporary weed suppression at an estimated annual cost of US$61
and US$47 per ha, respectively. However, application of these control methods is not
always feasible in inaccessible areas. In June 1994, the first exploration for natural
enemies was conducted in South America by University of Florida and Brazilian
researchers. Host specificity tests with 123 plant species in 35 families were initiated
in 1998 with the South American leaf-feeder beetle Gratiana boliviana Spaeth 1926
(Coleoptera: Chrysomelidae) which was approved 2003 for field release. From 2003
to 2011, 250,723 beetles were released by the Biocontrol Implementation Team
which included cattle ranchers and state and federal agencies. Post-release
monitoring through Florida indicates the beetle is causing substantial defoliation,
reducing stand densities and decreasing fruit production of S. viarum in Central and
South Florida with no negative effects on non-target species. This is the first
successful biocontrol project of a Solanum species in North America.

Palavras-Chave: Invasive plant

Apoio Institucional: University of Florida/USDA-APHIS/FDACS-DPI

274
Flutuação populacional de tripes e seus inimigos naturais na
cultura do alho em Caçador, Santa Catarina
Juracy C. Lins Junior; Larissa S. Pacheco; Janaína P. dos Santos; Luís C. P. da
Silveira
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, Estação Experimental de
Caçador

Os tripes são os principais insetos-praga na cultura do alho e são poucos os relatos


da ocorrência de inimigos naturais associados a esses insetos na referida cultura. O
objetivo desse trabalho foi determinar a flutuação populacional de tripes e seus
inimigos naturais na cultura do alho no município de Caçador-SC. O estudo foi
conduzido a campo, na Estação Experimental da Epagri de Caçador. O
monitoramento dos insetos foi realizado numa área experimental de 224 m2 dividida
em 8 parcelas. O plantio do alho, cultivar Chonan, foi realizado no dia 29/06/2018 e
o monitoramento dos insetos teve início em 11/09/2018 quando foi detectada a
presença dos primeiros insetos a campo. A partir dessa data, dez plantas de alho
eram colhidas semanalmente em cada parcela, acondicionadas em sacos plásticos
e levadas ao laboratório para contagem de insetos. Thrips tabaci Lind., 1888,
Frankliniella insularis (Franklin, 1908) e Frankliniella gemina Bagnal, 1919
(Thysanoptera: Thripidae) foram as espécies de tripes coletadas. T. tabaci foi a
espécie predominante, correspondendo a 95,24% dos insetos coletados. O pico
populacional de tripes ocorreu na última semana de outubro quando foi registada a
média de 16,1 tripes/planta quando, então, foi aplicado para o controle da praga, o
inseticida imidacloprido (70 g de i.a./ha). Foram coletados 237 predadores nas
plantas de alho. Desse total, 76,4% dos indivíduos coletados eram larvas de
Syrphidae, sendo os demais larvas de Chrysopidae (13,5%), aranhas (5,9%), Doru
luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae) (2,1%), Orius insidiosus (Say,
1832) (Hemiptera: Anthocoridae) (1,7%) e Harmonia axyridis (Pallas, 1773)
(Coleoptera: Coccinellidae) (0,4%). Durante o estudo não foram encontrados tripes
parasitados. A população dos tripes manteve-se abaixo do nível de controle durante
praticamente todo o período de cultivo do alho, indicando que os predadores podem
ter contribuído para a regulação da população desses insetos.

Palavras-Chave: controle biológico; Thysanoptera; Allium sativum

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa


Catarina (Fapesc)

275
Influência da alimentação com mel na longevidade e reprodução de
Anisopteromalus calandrae parasitando Lasioderma serricorne
Kássia C. F Zilch; Simone M. Jahnke; Andreas Köhler; Eduarda Bender; Karine
E. Dores
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Av. Bento Gonçalves, 7712, Porto Alegre, RS, Brasil

Parasitoides são importantes agentes de controle biológico sendo uma alternativa


promissora para a agricultura. Para programas aplicados com criação massal e
liberação de parasitoides, a obtenção de indivíduos com alto potencial biológico é
fundamental. O pteromalideo Anisopteromalus calandrae (Howard) vem sendo
estudado para o controle de coleópteros pragas, incluindo Lasioderma serricorne
(Fabricius). Dessa forma objetivou-se investigar a influência da adição de mel na
alimentação de A. calandrae parasitando larvas de L. serricorne. Parasitoides
adultos foram mantidos em dois tratamentos, um com oferecimento de mel puro em
gotículas (CM) e outro sem nenhum alimento (SM). Trinta larvas de último instar de
L. serricorne foram expostas por 24h a parasitoides de cada tratamento (um casal
por pote). Os bioensaios foram mantidos em câmara climatizada (28 ± 2º C, 60 ±
10% UR e fotofase de 12 h). Diariamente, os casais eram colocados em contado
com um novo grupo de 30 larvas. Foram realizadas 15 repetições. A observação foi
diária registando-se a longevidade do casal de parasitoides, a data de emergência e
número de insetos emergidos. A longevidade média dos adultos de A. calandrae foi
significativamente maior no tratamento CM (H= 15,7609; gl= 14; p<0,05). As
fêmeas foram mais longevas em ambos os tratamentos, sobrevivendo em média 24
dias (CM) e 10 (SM), comparadas aos machos que viveram em média 14 dias (CM)
e 7 (SM). O tempo de sobrevivência observado duplicou após a alimentação com
mel, com indivíduos vivos por até 35 dias. As fêmeas produziram uma prole média
de 72,06 ± 9,31 indivíduos no tratamento com mel e no sem mel essa média foi de
40,8 ± 4,61 indivíduos por fêmea, com diferença significativa entre os valores (H=
7,5042; gl= 14; p<0,05). Em um contexto aplicado, o acréscimo de mel na dieta de
A. calandrae pode aumentar a longevidade dos parasitoides adultos, ampliar sua
eficiência no controle da praga e reduzir a frequência das liberações dos mesmos
em campo.

Palavras-Chave: Criação massal; parasitoide larval; besouro-do-fumo

Apoio Institucional: UFRGS, CNPq

276
Tempo gasto pela formiga Crematogaster sp. Lund, 1831
(Hymenoptera: Formicidae) para alcançar a fonte de alimento
Laila H. Mishfeldt; Jael S.S. Rando; Wallace da S. Alves; Mateus Pires; Pedro
H. P. Mendes; Gabriele do P. Borges; Larissa M.F. Pujoni; Viviane S. Alves;
Gabriela V. Silva
UENP/CLM

As formigas constituem-se num dos principais agentes de predação no controle


biológico de pragas na cultura da cana-de-açúcar, a exemplo as do gênero
Crematogaster. Muitas de suas espécies caracterizam-se por serem dominantes nas
comunidades tropicais, possuir elevado ritmo de atividade e agressividade e colônias
populosas e polidômicas. O objetivo desse trabalho foi verificar o tempo que as
formigas Crematogaster sp. levam para aproximar-se do alimento. Para tanto foi
desenvolvido três vezes em laboratório um experimento inteiramente casualizado
com quatro tratamentos: 1- ração úmida para gato; 2-sardinha em lata; 3-colmo de
cana e 4- testemunha, e quatro repetições. Os dois primeiros tratamentos foram
constituídos de pedaços de 10 mm3 colocados em pequenos recipientes e em cada
um fez-se a introdução de uma lagarta de D. saccharalis (Fabr., 1794), o terceiro
tratamento foi constituído de parte de colmo de cana-de-açúcar (200mm), perfurado
e inoculado com uma lagarta. A testemunha constou apenas de uma lagarta por
recipiente. Marcou-se o tempo de chegada das formigas oriundas de um ninho
distante cerca de 2 metros do local onde os tratamentos foram dispostos. O menor
tempo para aproximação das formigas no alimento foi 60 minutos, obtido nas
porções de colmo onde introduziu-se as lagartas.

Palavras-Chave: formigas onívoras; Diatraea saccharalis; cana-de-açúcar

Apoio Institucional: UENP/CLM

277
Avaliação da eficiência da liberação de Cotesia flavipes (Cameron,
1891)(Hym.: Braconidae) através de cápsulas biodegradáveis
Laila H. Mihsfeldt; Gabriela V. Silva; Jael S.S. Rando; Viviane S. Alves; Mateus
Pires; Karina S. Marquito; Pedro H.P. Mendes; Bruna L. Gasparelo; Renan F. C.
de Almeida; Renan de O. Almeida
UENP/CLM

O controle de Diatraea saccharalis (Fab., 1754) através de liberações inundativas de


Cotesia flavipes (Cam., 1891) é o mais utilizado no Brasil. Entretanto, a metodologia
utilizada (distribuição de copos plásticos contendo as massas cotonosas no interior
da lavoura) é onerosa em tempo e mão de obra e prejudica o ambiente pois os
copos plásticos não são recolhidos. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar a
eficiência do controle da broca através da liberação de cotesia via cápsulas, que são
esféricas e totalmente biodegradáveis. Para tanto, o experimento foi instalado em
um talhão convencional de cana-de-açúcar da Usina Bandeirantes, em
Bandeirantes-PR. Internódios de cana soca foram perfurados com uma furadeira e
broca nº 8 e, em cada orifício, foi introduzida uma lagarta de 3º instar de D.
saccharalis, apta a sofrer o parasitismo por C. flavipes. O orifício foi envolvido com
papel alumínio para impedir a fuga das lagartas. Os internódios foram mantidos em
laboratório durante 24h para ambientação das lagartas e levados ao campo (T:
23,4±2ºC e UR: 79,9±10%) amarrados nos próprios colmos de cana a 1m de altura e
distribuídos em linha. Os toletes foram espaçados em 3m e na linha lateral foram
depositados 5 capsulas espaçados em 6m. Foram feitas 4 repetições e em cada
linha foram colocados 10 colmos com lagartas. Após três dias, os colmos foram
retirados do campo e levados ao laboratório para ior quantificação dos dados.
Concluiu-se que o parasitismo foi em média 23,75%, apresentando um intervalo de
20 a 35% de parasitismo e a razão sexual foi de 0,75. Estes resultados mostram que
a liberação através de cápsulas pode ser viável, visto que tanto o índice de
parasitismo quanto a razão sexual encontram-se próximos ao que é observado
quando há liberação via copos. Testes adicionais devem ser realizados para verificar
outros parâmetros referentes a esta nova tecnologia.

Palavras-Chave: cana-de-açúcar; controle biológico; parasitismo

Apoio Institucional: UENP/CLM

278
Influência da adubação fosfatada em cultivos de soja transgênica
no tamanho de adultos de Trichogramma pretiosum emergidos de
ovos de Chrysodeixis includens
Laís A. de Santis; Matheus H. Ferreira; Luan O. dos Santos; Diego F. Fraga
Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU

O controle biológico natural de ovos em grandes culturas é uma importante


ferramenta em programas de Manejo Integrado de Pragas. Na cultura da soja, por
exemplo, Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é
considerada praga-chave e o parasitismo de seus ovos pode contribuir para o seu
controle. Todavia, a adoção de práticas culturais, tais como o manejo da adubação
das plantas, pode apresentar efeitos diretos sobre a qualidade deste controle.
Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação fosfatada no
tamanho de adultos de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera:
Trichogrammatidae) emergidos de ovos de C. includens encontrados em soja
transgênica. A pesquisa foi realizada em Uberaba/MG, no ano agrícola de 2018-
2019. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, em
esquema fatorial 2x4x3, a saber: duas variedades de soja (NS 7709 e 96Y90);
quatro doses de adubação (0 kg.ha-1, 40 kg.ha-1, 80 kg.ha-1, 120 kg.ha-1 de P2O5); e
três terços das plantas (superior, médio e inferior), com quatro repetições cada. Os
ovos de C. includens presentes por infestação natural nas plantas (n=4) foram
coletados semanalmente nas parcelas, a partir do estádio V5. Os adultos de T.
pretiosum emergidos dos ovos foram colocados sobre lâminas de vidro e, com o
auxílio de microscópio estereoscópico e uma régua graduada, aferiu-se o seu
comprimento (distância máxima entre a antela e o último segmento abdominal). Os
adultos de T. pretiosum emergidos de ovos presentes na variedade NS 7709
(expressa toxinas da bactéria Bacillus thuringiensis) foram maiores que os
encontrados na variedade 96Y90. Além disso, os adultos emergidos das plantas
adubadas ao nível 120 kg.ha-1 de P2O5 foram maiores que os emergidos nos demais
tratamentos. A interação entre as três variáveis mostra que os adultos encontrados
na variedade NS7709, adubada com 120 kg.ha-1 de P2O5 nos terços inferior e médio
eram maiores que os encontrados nos demais tratamentos.

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Fundação de amparo á pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG

279
Potencial efeito indireto no controle biológico de plantas invasoras
no sistema aguapé
Larissa A. Bini; Carey R. Minteer
Universidade Regional de Blumenau

Eichhornia crassipes (Mart.) Solms (Pontederiaceae) (Aguapé), espécie invasora na


América do Norte, tem causado diversos prejuízos a navegação e a biodiversidade
local. Seu agente de controle biológico Megamelus scutellaris Berg, 1883
(Delphacidae) estabeleceu-se na Flórida, onde convive com 5 congêneres nativos,
entre eles, Megamelus davisi Van Duzee, 1897 (Delphacidae), inimigo natural de
Nuphar advena (Aiton) (Nymphaeaceae), o qual seus ovos servem como hospedeiro
para o parasitoide nativo Kalopolynema ema (Schauff e Grissell, 1982) (Mymaridae).
Observações demonstraram que K. ema pode parasitar também ovos de outras
espécies de Megamelus sp. Portanto, investigou-se a preferência de parasitismo de
K. ema entre os ovos das espécies M. davisi e M. scutellaris. Em todas as etapas do
experimento utilizou-se tanques aquáticos de 20L (28.6cm x 31.1cm x 40cm)
conectados por um tubo de acrílico de 26cm. A primeira etapa baseou-se apenas na
escolha do parasitoide pelas plantas alvo do estudo. Na segunda, aplicou-se o teste
de Cairomonas, onde cada planta foi perfurada 25 vezes para simular oviposição.
Os machos/fêmeas de K. ema foram introduzidos individualmente em dois
momentos; 10 e 25 minutos após perfuração. A última etapa consistiu no teste de
postura, originados através da oviposição de M. davisi e M. scutellaris durante o
período de 24h. Neste teste, machos/fêmeas de K. ema foram introduzidos
individualmente nas plantas alvo em três períodos distintos; 24h, 48h, 72h após a
oviposição. Não houve preferência de K. ema entre as plantas alvo, igualmente para
o teste de Cairomonas. Quanto aos ovos depositados, os machos não apresentaram
preferência entre plantas em nenhum dos períodos, contudo, as fêmeas
apresentaram preferência significativa pelos ovos de M. davisi depositados em N.
advena no período de 72h após oviposição (p<0,05). Um possível efeito indireto
causaria aumento na população de K. ema trazendo consigo efeitos negativos sobre
a população nativa M. davisi.

Palavras-Chave: Parasitoide; Hospedeiro; Preferência

Apoio Institucional: Capes, Furb, Universidade da Flórida

280
Parasitismo do Nezara viridula (Linnaeus, 1758) (Hemiptera:
Pentatomidae) na cultura da soja em sistema de cultivo orgânico
Leticia D. Zanachi; Gabriele L. Hoelscher; William R. de Carvalho; Leidiane C.
Carvalho; Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowski; Ana Paula G. da S.
Wengrat
UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O complexo de percevejos pentatomideos associados à cultura da soja são pragas


importantes e que, nos últimos anos, dependendo do manejo do agricultor, vem
apresentando dificuldades de controle. Portanto, para uma maior eficiência de
manejo, é essencial conhecer as espécies de parasitoides associados a eles, bem
como, compreender sua dinâmica e capacidade de parasitismo. Assim, os objetivos
deste estudo foram conhecer o índice de parasitismo e a dinâmica de oviposição de
moscas da família Tachinidae em adultos do Nezara viridula (Linnaeus, 1758)
Hemiptera: Pentatomidae) em cultivo orgânico. Para tal foram realizadas coletas
semanais de adultos do percevejo em lavouras de soja, orgânica certificada, durante
a safra de 2018/2019, localizada na área da estação experimental da Unioeste, em
Entre Rios do Oeste – PR. As coletas foram realizadas em 30 pontos, com auxílio de
pano de batida. Os percevejos coletados foram encaminhados ao Laboratório de
Controle Biológico e acondicionados em bandejas plásticas contendo sementes
verdes de Ligustrum lucidum e grãos de soja. Os insetos foram observados
diariamente, durante 30 dias, para verificar o índice de parasitismo e a dinâmica de
oviposição. Os parasitoides obtidos foram armazenados em álcool 70% e
encaminhados para identificação. As coletas também foram realizadas em área de
cultivo convencional, porém, não foram encontrados o N. viridula. Na área orgânica
a incidência deste inseto foi elevada e a ocorrência de parasitismo foi em média de
51,33%, sendo Trichopoda giacomelli (Blanchard, 1966) (Diptera: Tachinidae) a
única espécie de parasitoide encontrada. O local de preferência de oviposição foi a
região dorsal do pró-tórax, sendo que as fêmeas (58%), foram as que tiveram o
maior índice de parasitismo. Os parasitoides do gênero T. giacomelli apresentaram
potencial para o controle do N. viridula, sendo importante o agricultor adotar medidas
que possibilitem o desenvolvimento e a permanência destes insetos em sua área.

Palavras-Chave: Tachinidae; Parasitoide; Tachinidae

Apoio Institucional: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

281
Sobrevivência de Neoseiulus californicus McGregor (Acari:
Phytoseiidae) a agrotóxicos na cultura do tomateiro indústria
Liz Regina S. Silva; Nássara G. Santiago; Pedro Henrique C. P. Costa; Larissa
M. de Sousa; Cecilia Czepak; Karina C. Albernaz Godinho; Karin Ferretto S.
Collier
Manejo Integrado de Pragas, Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás

A cultura do tomate indústria em Goiás normalmente não adota programas de


manejo integrado de pragas (MIP), empregando assim, um pacote tecnológico com
aplicações calendarizadas de produtos químicos. Como consequência de tal prática
tem ocorrido desequilíbrios nas áreas e o surgimento do ácaro-rajado Tetranychus
urticae Koch (Acari: Tetranychidae). Deste modo, o Laboratório de Manejo Integrado
de Pragas da Escola de Agronomia (EA/UFG) está desenvolvendo um programa de
MIP para a cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado utilizando ácaro
predador Neoseiulus californicus fornecido pela Koppert (Spical®). Assim sendo, o
objetivo desta pesquisa foi determinar em quantos dias é viável a liberação de N.
californicus após a aplicação dos agrotóxicos considerados incompatíveis com o
Spical®. Plantas de feijoeiro foram pulverizadas com Lambda-Cialotrina +
Clorantraniliprole, Tiametoxam + Clorantraniliprole, Metomil, Acefato, Clorfenapir e
Clorpirifós nas concentrações recomendadas pelos fabricantes. Após a pulverização
foram coletadas folhas de 24, 48, 72, 96, 120 e 144 horas, os discos foliares obtidos
foram alocados em arenas com algodão umedecido e papel filtro, onde foi inoculada
1 fêmea adulta N. californicus e 4 fêmeas de T. urticae. Estabeleceu-se que 80% de
sobrevivência do predador após 24 horas na arena seria o limite para a interrupção
do teste. Cada arena foi considerada uma repetição sendo no total 10 repetições.
Todos os ácaros predadores nas arenas/testemunha permaneceram vivos até 96
horas e após 168 horas, atingiram o limite de 80% de sobreviventes. O produto
Tiametoxam + Clorantraniliprole atingiu este limite em 48 horas; Lambda-Cialotrina
+ Clorantraniliprole e Metomil em 96 horas, Acefato, Clorfenapir e Clorpirifós em 120
horas. Portanto, Tiametoxam + Clorantraniliprole permite a liberação mais rápida do
predador na lavoura e após a aplicação de Acefato, Clorfenapir e Clorpirifós não é
viável fazer a liberação de N. californicus.

Palavras-Chave: MIP; Controle biológico; Ácaro-rajado

Apoio Institucional: PRAE; FUNAPE

282
Control Biológico Natural en Chrysodeixis includens Walker,
[1858]) y Rachiplusia nu (Guenée, 1852) en el cultivo de soja
Lorena Patricia Richer; Verónica Sosa; Gabriela Acosta
Universidad Católica "Nuestra Señora de la Asunción", Instituto Paraguayo de Tecnología Agraria

La soja es el cultivo agrícola mas importante desde el punto de vista económico y de


superficie cultivada en Paraguay. El control biológico natural es aquel que se da
como resultado de la evolución de los sistemas naturales de regulación de especies
sin intervención del hombre. Las falsas medidoras son orugas del Orden
Lepidoptera: Familia Noctuidae: Sub Familia Plusiinae. Son especies catalogadas
como "plagas principales" en Paraguay, siendo frecuente en el cultivo de soja,
actuando como defoliadoras presentando una resistencia parcial a la acción de
plaguicidas. Este trabajo tiene como objetivo de medir el nivel en porcentaje de
control biológico natural em ambas especias de falsas medidoras. El manejo y
metodología del trabajo fue escoger parcelas de soja totalmente al azar y por medio
de paño de batida recolectar las orugas para luego llevarlas en laboratorio. En el
laboratorio fueron criadas con dieta artificial bajo condiciones controladas de luz y
humedad, se identifican las especies de falsas medidoras, monitoreando cada 24
horas para corroborar la presencia de parasitoides y entomopatógenos. En total
fueron colectadas 621 orugas siendo 471 individuos Chryodeixis includes y 150
individuos de Rachiplusia nu. Los parasitoides encontrados em ambos géneros,
fueron avispas del género Copidosoma sp, avispas del género Braconidos, dípteros
de la familia Tachinidae, avispas del género Microcharops sp, avispas del género
Ophion sp. En total, el parasitismo representó el 56,4% del total, y los
entomopatógenos (no identificados) el 12% del total. En este trabajo no se tuvo en
cuenta el manejo de cultivo de los productores de las parcelas utilizadas, lo que
demuestra que el control biológico natural es relativamente alto y eficiente, siendo un
parámetro para tomar en cuenta en el manejo integrado de plagas.

Palavras-Chave: falsas medidoras

Apoio Institucional: UCI, IPTA

283
Inimigos Naturais de Dirphia moderata Bouvier, 1929 (Lepidoptera:
Saturniidae)
Luana de Souza Cruz; Erick Johnson da Silva Cruz; Gabriel Silva Magalhães
Andrade; Rozimar de Campos Pereira
UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

O gênero Dirphia Hübner, [1819] apresenta distribuição Neotropical. Esse gênero,


além de causar acidentes de interesse na saúde pública, é uma potencial praga
desfolhadora de plantas cultivadas, entre elas o cajueiro (Anacardium occidentale
L.), aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolia Raddi) e Eucalyptus cloeziana F.
Muell., culturas de importância econômica. As recomendações para controle dessas
pragas são quase todas de natureza química, existindo poucas informações sobre a
ocorrência de inimigos naturais e controle biológico das mesmas. No Brasil, os
dados sobre parasitismo neste gênero ainda são muito escassos. O
desenvolvimento de um programa de manejo integrado necessita de conhecimentos
sobre a fauna benéfica e dos micro-organismos associados às pragas destas
culturas, bem como dos seus impactos na redução dos níveis populacionais. Assim
esse trabalho teve o objetivo de identificar inimigos naturais associados a Dirphia
moderata coletadas no campus da UFRB. As coletas dos inimigos foram feitas
sistematicamente a partir de observações visuais em campo e mediante amostra de
indivíduos da população de pragas em diversas fases de desenvolvimento e
mantidas em laboratório nos anos de 2015 a 2019. Dos resultados obtidos constata-
se que existe uma fauna rica de parasitoides, e entomopatógenos associados a D.
moderata. Dentre os parasitóides destacam-se Helicobia sp. e Sarcodexia sp., da
família Sarcophagidae, Lespesia afinis e Euphorocera sp., Winthemia sp. da família
Tachinidae, Anastatus sp., da família Eupelmidae, Chrysonotomyia sp., da família
Eulophidae e Cerastomicra sp., da família Chalcididae, o fungo Beauveria bassiana
(Bals.) Vuill. Os tachinideos foram os mais frequentes com 58,7% dos indivíduos
parasitoides coletados.

Palavras-Chave: Lagarta; entomopatógenos; parasitismo

Apoio Institucional: ABAF - Associação Baiana das Empresas Florestais

284
Avaliação do forrageamento e parasitismo de Tamarixia radiata
(Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae)
Lucas Maniero Rodrigues; Carolina Reigada Montoya; Alexandre José Ferreira
Diniz; José Roberto Postali Parra
Universidade de São Paulo/ESALQ / Universidade Federal de São Carlos

O HLB ou huanglongbing é a doença mais grave da citricultura brasileira, sendo


Diaphorina citri (Kuwayama, 1908) (Hemiptera: Liviidae) responsável pela
transmissão das bactérias causadoras da doença. O manejo se dá, sobretudo, pelo
controle do vetor, uma vez que não há medidas curativas. Para isso, o parasitoide
Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae) vem sendo utilizado
como agente de controle da praga com o manejo externo, por meio de liberações
nas áreas de inóculos primários. Entretanto, não se conhece o número ideal de
parasitoides para liberação, sendo necessários estudos que avaliem a resposta
funcional durante o forrageamento, uma vez que a exploração do meio por T. radiata
pode ser diferente de acordo com a qualidade e quantidade de hospedeiros. Dessa
forma, este trabalho visou determinar o padrão de forrageamento e parasitismo de T.
radiata em condições de laboratório. Foi utilizado um sistema composto por duas
câmaras interligadas por conector; em cada, foram disponibilizadas duas densidades
do hospedeiro: alta (100 ninfas) e baixa (5 ninfas), sendo liberadas também duas
densidades do parasitoide, alta (30 fêmeas) e baixa (5 fêmeas). Em cada avaliação
foi determinado o forrageamento das fêmeas, a partir da quantificação do número de
ninfas mortas e da proporção de fêmeas na prole. A partir dos resultados, é possível
sugerir que o forrageamento e as taxas de parasitismo das fêmeas do parasitoide
são variáveis de acordo com a densidade de ninfas hospedeiras e do inimigo
natural. Em situações de alta densidade de hospedeiros disponíveis, o parasitismo
mostra-se maior quando há baixa relação parasitoide/hospedeiro no sistema. Logo,
é possível sugerir que, no campo, em áreas com elevado índice de infestação, as
taxas de parasitismo tendam a ser maiores devido à baixa competição
intraespecífica do parasitoide (considerando-se a densidade fixa de liberação). Os
resultados podem contribuir para aprimorar o uso do parasitoide em campo.

Palavras-Chave: Forrageamento; Liberação do parasitoide; HLB

Apoio Institucional: Fundecitrus / Citrosuco

285
Cleruchoides noackae (Hym.: Mymaridae): ritmo de parasitismo
sobre ovos de Thaumastocoris peregrinus (Hem:
Thaumastocoridae)
Luciane K. Becchi; Thamires L. Santos; Caroline D. de Souza; Carolina Jorge;
Heitor C. Neto; Camila Z. Bassi; Leonardo C. Vieira; Lucca B. Farnettane;
Leonardo R. Barbosa; Carlos F. Wilcken
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Faculdade de Ciências
Agronômicas (FCA), Campus de Botucatu, SP, Brasil

O parasitoide de ovos Cleruchoides noackae Lin & Huber, 2007 (Hymenoptera:


Mymaridae), nativo da Austrália, tem sido multiplicado e liberado em plantações de
eucalipto para o controle de Thaumastocoris peregrinus Carpintero & Dellapé, 2006
(Hemiptera: Thaumastocoridae). A liberação do parasitoide deve ser realizada após
a emergência, para que o inimigo natural tenha tempo suficiente para encontrar o
hospedeiro e parasitá-lo. O objetivo foi avaliar o ritmo de parasitismo de C. noackae
em ovos de T. peregrinus. Casais, recém-emergidos de C. noackae foram
individualizados em frascos de poliestireno e alimentados com solução de mel a
50%. Dez ovos de T. peregrinus, com 24 horas de idade, foram oferecidos a partir
da emergência das fêmeas do parasitoide, a cada 3 horas, até completar 15 horas
de vida. Os ovos foram retirados e armazenados em câmara climatizada (Temp. 24
± 2ºC, UR 60 ± 10% e fotofase de 12 h). Foi avaliado o número de ovos parasitados
por horário, número de ovos parasitados acumulado, emergência (%), razão sexual
e duração do ciclo de vida ovo-adulto do parasitoide (dias). O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (3, 6, 9, 12 e 15
horas) e 15 repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e as
médias comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). O número de ovos parasitados
quando fêmeas apresentavam 6 horas de idade foi de 6,6 ovos, diferindo
estatisticamente do parasitoide com 9, 12 e 15 horas de idade, parasitando em
média 3,5, 1,0 e 0,07 ovos/fêmea, respectivamente. Cleruchoides noackae
parasitaram em média 15,5 ovos durante 15 horas de vida, a 24ºC. A viabilidade foi
maior quando fêmeas tinham 3 e 6 horas de vida, com 41 e 58% de emergência. A
razão sexual, 0,59 a 1, e a duração do desenvolvimento (ovo-adulto) do parasitoide,
15,0 a 15,5 dias, não diferiram estatisticamente. Este parasitoide mostrou alta
capacidade de parasitismo em menos de 24 h, mostrando ser um agente importante
e eficiente no manejo da praga.

Palavras-Chave: Controle Biológico; Eucalyptus spp; Parasitoide de ovos


Apoio Institucional: Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal/Instituto de
Pesquisa e Estudos Florestais (PROTEF/IPEF) e CAPES.

286
Relação espacial entre massa corp de inimigos naturais e a
presença de recursos florais
Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação
Experimental de Itajaí, CEP 88318-112, Itajaí, SC, Brasil; Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Caixa Postal 3037, CEP 37200-00, Lavras – MG; Lancaster University, Lancaster Environment
Centre Lancaster, University Lancaster LA1 4YQ, United Kingdom

A inserção de recursos florais é uma importante ferramenta no recrutamento,


direcionamento e atração de agentes de controle biológico em agroecossistemas. A
massa corp destes indivíduos pode servir de indicativo do efeito desta diversificação
no ambiente e, consequentemente, do incremento do controle biológico. Isso se
deve ao fato de que inimigos naturais especialistas no manejo de pragas agrícolas
tendem a ter massa corp menor, tais como himenópteros parasitoides. O objetivo
deste trabalho foi investigar a relação espacial entre a massa corp de inimigos
naturais especialistas e a presença do recurso fl Tagetes erecta L. (Asteraceae). O
experimento foi realizado em cultivo de alface, durante o florescimento de T. erecta,
cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m). Amostragens foram
realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas de alface dos
canteiros, em pontos de amostragem que irradiaram a partir das plantas de alface,
aleatoriamente, em um raio de 0,5 a 6,5 metros. Todos os insetos foram
acondicionados e levados ao laboratório, onde foram pesados, identificados e
alocados em suas posições tróficas referentes ao agroecossistema avaliado. Os
dados foram analisados através de modelos lineares de efeitos mistos. A massa
corp dos inimigos naturais aumentou significativamente em relação à distância dos
recursos florais (y = -0.2 + 0.072x; R² = 0.03; F = 8.68; P = 0.0036). A maior
disponibilidade de recursos, proporcionada por T. erecta, possivelmente favoreceu
esse processo. Nas proximidades das plantas de T. erecta foram coletados
predominantemente parasitoides especialistas no controle biológico das pragas
deste sistema. Desta forma, a medida que se aumentou a distância, os inimigos
naturais tendem a ter maior massa corp e, consequentemente, menor
especificidade. Baseado nestes resultados é possível construir estratégias para
otimizar a inserção de recursos florais em ambientes agrícolas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

287
Tamanho é documento? Propriedade de conexões tróficas
alteradas por recursos florais
Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Sabidamente, recursos florais funcionam como recrutadores de inimigos naturais em


ambientes agrícolas, muitas vezes potencializando o controle biológico. Estas
alterações, e o possível funcionamento deste serviço do ecossistema, podem ser
refletidas por parâmetros relacionados as conexões tróficas, tais como número de
conexões (L), densidade das conexões (dependência do tamanho da rede trófica) e
conectância (nº de possíveis links sobre o nº total de links possíveis (L/S²)). O
objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto da presença do recurso fl Tagetes erecta
L. (Asteraceae) nas propriedades da conexão tróficas. O experimento foi realizado
em dois cultivos consecutivos de alface, durante a fase vegetativa e o florescimento
de T. erecta, cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m).
Amostragens foram realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas
de alface dos canteiros. Todos os insetos foram acondicionados e levados ao
laboratório, onde foram identificados e alocados em suas posições tróficas. Os
dados foram analisados por meio do pacote cheddar no programa R. O número de
conexões tróficas aumentou 248% (de 75 para 261) durante o florescimento,
demonstrando maior densidade das conexões, que aumentou 64,50% (2,77 para
4,57). Consequentemente, no ambiente com recursos florais, a conectância diminuiu
em 22,33% (0,103 para 0,08). Ambientes naturais, dotados de maior riqueza de
espécies, são conhecidos por ter grande quantidade de conexões fracas e um
pequeno número de conexões fortes entre espécies, diminuindo a conectância
média do ambiente, e indicando uma maior estabilidade do mesmo. Desta forma, a
presença dos recursos florais contribuiu para a maior interação entre espécies e
estabilidade do agroecossistema, refletido pela diminuição da sua conectância. Um
banco de dados baseado nestes parâmetros poderá auxiliar no diagnóstico do
estado do controle biológico nos agroecossistemas e consequente otimização do
manejo de pragas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

288
Recursos florais mediando variações nas assimetrias predador-
presa em agroecossistemas
Marcelo Mendes Haro; Luís Cláudio Paterno Silveira; Andrew Wilby
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri)

Plantas dotadas de recursos florais agem recrutando, direcionando e atraindo


predadores e parasitoides nos agroecossistemas. Parâmetros de assimetria
predador-presa podem servir de indicativos para o funcionamento do controle
biológico no ambiente. Dentre estes índices destacam-se a onivoria (nº de indivíduos
com presas em mais de um nível trófico), vulnerabilidade (nº médio de consumidores
por presa) e a generalidade (nº médio de presas por consumidores). O objetivo
deste trabalho foi avaliar o impacto da presença do recurso fl Tagetes erecta L.
(Asteraceae) nas assimetrias predador-presa. O experimento foi realizado em dois
cultivos consecutivos de alface, durante a fase vegetativa e o florescimento de T.
erecta, cultivadas nas entrelinhas dos canteiros, em spots (1,7 x 0,2 m).
Amostragens foram realizadas retirando todos os artrópodes presentes nas plantas
de alface dos canteiros. Todos os insetos foram acondicionados e levados ao
laboratório, onde foram identificados e alocados em suas posições tróficas. Os
dados foram analisados por meio do pacote cheddar no programa R. O índice de
generalidade apresentou um aumento de 58,16% na presença do recurso fl (3,00
para 4,74), enquanto o índice de vulnerabilidade aumentou 65,26% (3,57 para 5,91).
A onívoria, por sua vez, apresentou aumento de 71,42% (0,07 para 0,12). A maior
abundância de inimigos naturais generalistas, tais como aranhas, contribuíram para
o aumento destes índices. Estas assimetrias refletem a suscetibilidade de predação
no ambiente. Desta forma, durante o florescimento das plantas de T. erecta, é maior
a probabilidade de predação neste agroecossistema, o que, invariavelmente, afeta o
controle biológico e possíveis surtos populacionais de pragas. Sendo assim, estes
índices refletem informações pontuais sobre o estado do controle biológico em
determinado ecossistema, podendo ser utilizado na construção de estratégias para
otimizar a inserção de recursos florais em ambientes agrícolas.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; predadores; parasitoides

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES, FAPEMIG

289
Parasitismo de Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), em
Curuquerê-da-couve na região do Arenito Caiuá, PR
Luiz G. dos Santos; Edimar Pertelini; Fabiana S. Machado; Ana C. da R. Alves;
Alline de L. Rodrigues; Paulo H. M. da Silva; Greissi T. Giraldi; Julio C.
Guerreiro
Universidade Estadual de Maringá

Devido à relevância dos prejuízos causados por agentes desfolhadores em


hortaliças, a Curuquerê-da-couve Ascia monuste orseis (Latreille 1819) (Pieridae),
tem destaque como um dos principais insetos-praga de brassicáceas, já que
favorece a perda do potencial produtivo da planta. O controle biológico por sua vez é
um importante aliado no controle de populações da mesma. Para demonstrar a
importância desse parasitoide como agente do controle biológico, este trabalho teve
como objetivo determinar a intensidade de parasitismo por meio do parasitoide
Cotesia glomerata (Linnaeus 1758) (Braconidae), um microhimenóptero que
deposita seus ovos em Curuquerê-da-couve. O experimento foi realizado na
Fazenda Experimental da UEM - Campus Umuarama. Foram realizadas coletas
mensais de lagartas entre 2º e 5º instar, nos períodos de maio de 2018 a janeiro de
2019 em diferentes espécies de brássicas. As coletas foram realizadas em um
tempo de 90 minutos em cada amostragem e as lagartas coletadas foram alocadas
em caixas plásticas e transportadas para o Laboratório de Entomologia, sendo
alimentados com folhas de Raphanus sativus (Linnaeus) (Brassicaceae). Dos
insetos coletados no campo anotou-se o número total de lagartas coletadas, número
de lagartas parasitadas, número de parasitoides e a média de parasitoides por
lagarta. Os dados foram analisados através de análise estatística descritiva.
Coletou-se 623 lagartas, das quais 256 estavam parasitadas, demonstrando uma
média de 42,19% de parasitismo, com destaque para os meses de maio, agosto,
setembro e outubro, que obtiveram percentuais acima da média comparado com o
total do período avaliado. Para o número de parasitoides, observou-se a emergência
de 6035 microhimenópteros, refletindo em cerca de 23,57 parasitoides por lagartas.
Dessa forma pode-se dizer que o parasitismo por C. glomerata é ferramenta
essencial para o manejo integrado de pragas e para a manutenção de baixas
densidades populacionais de curuquerê da couve em brássicas.

Palavras-Chave: Ascia monuste orseis; Parasitoides; Agentes biológicos

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Maringá

290
Parasitismo de ovos de percevejos em soja na região do Arenito
Caiuá, Paraná
Luiz G. dos Santos; Greissi T. Giraldi; Edimar Pertelini; Fabiana S. Machado;
Eliseo G. T. Raniolo; Vitoria C. de S. Bonzanino; Diogo Ferrari; Julio C.
Guerreiro
Universidade Estadual de Maringá

Dentre as principais pragas ocorrentes na cultura da soja destacam-se os


percevejos fitófagos, um grupo de insetos que tem se mostrado de difícil controle,
principalmente devido ao baixo número de princípios ativos eficientes. Visando
alternativas para esse cenário, este trabalho teve o objetivo de avaliar a incidência e
potencial do controle biológico natural realizado pelo parasitoide Telenomus podisi
Ashmead (Platygastridae), na região do Arenito Caiuá, PR. O experimento foi
conduzido na Fazenda Experimental da UEM - Campus Umuarama. Para determinar
a incidência do parasitoide foram efetuadas coletas semanais no período de
novembro de 2018 a março de 2019, em lavouras de soja. As amostragens foram
realizadas através de observações visuais, percorrendo a área experimental durante
1 hora. Por ocasião da observação de oviposições, foram anotadas informações
sobre o local de deposição na planta e estas foram coletadas e alocadas em sacos
de papel previamente identificados, encaminhadas para o Laboratório de
Entomologia da UEM, onde foram analisadas as variáveis de número de
oviposições, número de ovos por oviposição, espécies ovipositantes e hospedeiros,
além do percentual de parasitismo. Os dados foram avaliados através de estatística
descritiva. Durante o período de amostragem foram coletadas 283 oviposições,
totalizando 3085 ovos de percevejos, sem considerar a espécie da praga. A partir
desses dados observou-se 58,60% de parasitismo em ovos de Euschistus heros
Fabricius (Pentatomidae), 48,47% em Piezodorus guildinii Westwood
(Pentatomidae), 79,21% em Dichelops melacantus Dallas (Pentatomidae) e 34,38%
em Nezara viridula Linnaeus (Pentatomidae). Já para os locais de ocorrência de
oviposições, foi observado de modo geral, que o maior índice de parasitismo ocorreu
no terço inferior da planta, com cerca de 42,85%. Sendo assim, o parasitismo natural
de ovos de percevejos, tem uma eficiência relevante no controle dessas pragas.

Palavras-Chave: Telenomus podisi; Parasitismo natural; Controle biológico

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Maringá

291
Um novo passo na produção de Trichogramma
Westwood: Criopreservação de ovos de Mythimna sequax
Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae)

Magda Fernanda Paixão; Luís Amilton Foerster


Universidade Federal do Paraná

A produção massal de Trichogramma Westwood (Hymenoptera: Trichogrammatidae)


em hospedeiros alternativos de baixa qualidade nutricional pode interferir na
capacidade de parasitismo, reprodução e longevidade. Estudos indicam que
parasitoides originados de ovos diminutos não são adequados ao parasitismo de
ovos mais volumosos, como os ovos dos noctuídeos que atacam as grandes
culturas anuais como soja, milho e algodão. Neste trabalho avaliou-se a viabilidade
de ovos de Mythimna sequax (Franclemont) (Lepidoptera: Noctuidae)
criopreservados em nitrogênio líquido, por diferentes períodos, ao parasitismo por
Trichogramma atopovirilia Oatman e Platner e Trichogramma pretiosum Riley. Os
ovos foram estocados por um, três, seis, nove e 12 meses em nitrogênio líquido (-
196°C). Após o descongelamento, os ovos foram transferidos para tubos de vidro e
expostos ao parasitismo por fêmeas de Trichogramma durante 24h. O parasitismo
dos ovos estocados foi comparado com ovos não estocados. O delineamento foi
inteiramente casualizado com seis períodos de estocagem e 20 repetições (2♀:20
ovos). A média de parasitismo por T. atopovirilia se manteve acima de 87% em
todos os períodos de estocagem. Em T. pretiosum a média foi superior a 82% até os
seis meses, reduzindo para 79% aos 12 meses de estocagem. A emergência dos
adultos chegou a 90% para T. atopovirilia e 92% para T. pretiosum aos 12 meses de
estocagem. A capacidade reprodutiva e a longevidade das progênies de T.
atopovirilia e T. pretiosum originadas de ovos de M. sequax estocados por nove e 12
meses não diferiu daquelas obtidas com ovos não estocados. A criopreservação de
ovos de M. sequax em nitrogênio líquido mostrou-se viável para a produção das
duas espécies de Trichogramma em ovos estocados por 12 meses, o que propicia a
produção em larga escala de Trichogramma em ovos de alta qualidade nutricional,
assim como a sincronização da produção de parasitoides com os períodos de
ocorrência dos insetos-praga em culturas anuais.

Palavras-Chave: parasitoides de ovos; produção massal; baixa temperatura

Apoio Institucional: Bolsa de Pós-Graduação da Capes

292
Desenvolvimento e capacidade reprodutiva de quatro espécies de
Trichogramma em ovos de Mythimna sequax criopreservados
Magda Fernanda Paixão; Tamara Akemi Takahashi; Luís Amilton Foerster
Universidade Federal do Paraná

A multiplicação de parasitoides de ovos em hospedeiros com baixa capacidade


nutricional pode afetar a eficiência do parasitismo das pragas-alvo. Ovos de
Mythimna sequax Franclemont (Lepidoptera: Noctuidae), criopreservados em
nitrogênio líquido, tem potencial para utilização na criação massal de Trichogramma
spp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Neste trabalho, avaliou-se o desempenho
de Trichogramma pretiosum Riley, Trichogramma atopovirilia Oatman e Platner,
Trichogramma exiguum Pinto e Platner e Trichogramma galloi Zuchi em ovos de M.
sequax estocados em nitrogênio líquido por 30 dias. Foram avaliados: parasitismo,
emergência, razão sexual, tempo de desenvolvimento e capacidade reprodutiva.
Após 30 dias, os ovos foram descongelados e expostos ao parasitismo por fêmeas
das quatro espécies de Trichogramma por 24h, acondicionadas em tubos de vidro.
O desempenho das espécies em ovos criopreservados foi comparado com ovos
frescos não estocados. O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro
espécies de Trichogramma e 20 repetições (2♀:20 ovos). O parasitismo das
espécies em ovos estocados foi superior a 84%, exceto para T. galloi (77%) e a
emergência superior a 87%, exceto para T. galloi (80%). Entretanto, não houve
diferença entre ovos estocados e não estocados. A estocagem não afetou a razão
sexual, a longevidade e a capacidade reprodutiva das progênies das quatro
espécies. Com exceção de T. atopovirilia, o tempo de desenvolvimento das
progênies foi relativamente maior (±1 dia) em ovos estocados do que em ovos não
estocados. No parasitismo acumulado, durante quatro dias, T. atopovirilia foi a
espécie que apresentou as maiores taxas de parasitismo. A utilização de ovos de M.
sequax estocados em nitrogênio líquido mostrou-se viável para a produção das
quatro espécies de Trichogramma, uma vez que, a capacidade reprodutiva e o
desenvolvimento dos parasitoides não foram afetados pela estocagem do ovo
hospedeiro em comparação aos ovos não estocados.

Palavras-Chave: parasitoides de ovos

Apoio Institucional: Bolsa de Pós-Graduação da Capes

293
Uso de dietas artificiales y suplementos alimenticios para
optimizarla cría masiva de Coccinellidae (Coleoptera)
Schneider, Marcela Inés; Fogel, Marilina Noelia; Scorsetti, Ana Clara
CEPAVE (CONICET UNLP)

El control biológico de plagas es una estrategia de control de bajo impacto ambiental


que promueve la sustentabilidad de los sistemas agrícolas. La familia Coccinellidae
sobresale dentro de los depredadores por su rol como enemigos naturales de plagas
agrícolas y por su presencia espontánea en numerosos agroecosistemas. El uso de
depredadores Coccinellidae como bionsumos requiere de poner a punto su cría
masiva y si bien hay empresas que comercializan varias especies, requieren el uso
de presa ficticia como huevos de Sitotroga cerealella, lo cual encarece la producción
masiva de los mismos. El objetivo del presente trabajo fue probar tres dietas
artificiales desarrolladas en el laboratorio con diferente proporción de carbohidratos y
proteínas (A,B,C) y la suplementación con pulgón como presa (Rophalosiphum
padi), pasas de uva y polen orgánico de abeja. Se evaluaron sobre dos especies de
Coccinellidae (Eriopis connexa y Cycloneda sanguinea) y como puntos de
evaluación se registraron: tiempo de desarrollo, supervivencia, fecundidad y
fertilidad, proporción de progenie por individuo. De acuerdo a estos estudios, la dieta
A permitió un desarrollo óptimo y el agregado tanto de polen como pasas de uva
como suplementos alimenticios aumentaron el desempeño (depredación),
fecundidad y fertilidad en ambas especies. Sin embargo, en estas especies cuando
no se ofreció presa los parámetros de evaluación disminuyeron, pero con un %
mínimo de presa (20 pulgones/día), dieta artificial y demás suplementos alimenticios
permitió una cría en gran número con alta calidad a nivel de desempeño. Estos
estudios demuestran la importancia de considerar otras opciones de alimentación
además de la presa de cara a su cría masiva como bioinsumos, considerando que
estas especies en condiciones naturales se alimentan de néctar, polen, etc. Los
resultados obtenidos nos permiten pensar que la cría de coccinélidos como
bioinsumos en Argentina puede ser económicamente viable.

Palavras-Chave: control biológico; bioinsumos; cría artificial

Apoio Institucional: CONICET/PIP 0205

294
Desenvolvimento e sobrevivência de larvas de Chrysoperla externa
alimentadas com ovos de Spodoptera frugiperda
Marcela V. de Campos; Bianca L. L. de Andrade; Patrícia S. Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

Spodoptera frugiperda é conhecida como uma das pragas mais devastadoras de


culturas de importância econômica. Produtos químicos têm sido utilizados para o
seu controle e, embora eficientes, afetam a qualidade do alimento, a saúde do
agricultor e do consumidor, ocasionando o aparecimento de resistência. Atualmente,
há uma demanda da sociedade por alimentos saudáveis levando a busca de
alternativas de controle de pragas, como biológico. Com o objetivo de realizar um
estudo comparativo da biologia de C. externa alimentada com ovos de S. frugiperda
e Anagasta kuheniella, o trabalho foi desenvolvido. Os ensaios foram conduzidos em
laboratório com temperatura de 25ºC. 100 ovos de C. externa foram individualizados
em tubos de ensaio (40mL) vedados com algodão e, após a eclosão, 50 larvas
foram alimentadas com ovos de A. kuheniella e 50 com ovos de S. frugiperda. As
seguintes características biológicas foram analisadas diariamente: duração e
sobrevivência dos estágios de ovo, larva e pupa e razão sexual (número de
fêmeas/número total de machos e fêmeas). C. externa completou seu ciclo biológico
quando alimentada exclusivamente com ovos de S. frugiperda. A 25ºC, a duração
ovo/adulto do predador alimentado com as duas presas foi de 28 dias. As larvas
alimentadas exclusivamente com ovos de S. frugiperda apresentaram média de
duração de 15,78 ± 1,20 dias e sobrevivência de 76%. A duração do período pupal e
a razão sexual foram de 10,60 dias e 0,44, respectivamente. Já os indivíduos
alimentados com A. kuheniella apresentaram duração média do período larval e
pupal de 14,42 ± 2,06 e 12,44 dias, respectivamente, sobrevivência de 86% e razão
sexual de 0,45. S. frugiperda constitui uma boa fonte alimentar para C. externa em
laboratório. Não houve diferença entre as médias obtidas para a duração do estágio
ovo-adulto e duração do estágio larval do predador em função do tipo de alimento
oferecido. A sobrevivência do predador foi maior quando as larvas foram
alimentadas com ovos de A. kuheniella. S. frugiperda é uma boa presa para criação
de C. externa em laboratório, podendo ser promissora também em campo, onde
provavelmente encontrarão o inseto-praga em diferentes estádios de
desenvolvimento, além de uma dieta mais variada.

Palavras-Chave: controle-biológico

Apoio Institucional: Fapemat, IFMT

295
Capacidade predatória e desenvolvimento de Chrysoperla externa
(Neuroptera: Chrysopidae) alimentadas com mosca-branca
Marcela V. de Campos; Vivianne B. Pereira; Patrícia S. Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

A mosca-branca (Bemisia spp.) é uma velha conhecida dos produtores de algodão.


Nas últimas safras, este inseto vem representando uma ameaça a cotonicultura
como praga e vetor de viroses. Atualmente o controle químico não tem obtido nível
satisfatório de controle. O controle biológico é uma importante alternativa de controle
para esta praga, incluindo a ação do predador Chrysoperla externa. Com o objetivo
de determinar a capacidade predatória e o desenvolvimento de C. externa
alimentadas com ovos de Bemisia spp. advindas de lavouras de algodão, o presente
trabalho foi desenvolvido. Espécimes de C. externa foram coletadas em lavouras de
algodão. Os espécimes coletados foram identificados e mantidos em gaiolas de
criação em condições naturais para obtenção de ovos e multiplicação. Os ensaios
foram conduzidos em laboratório, onde 42 ovos de C. externa foram individualizados
em tubos de ensaio (40mL), vedados com algodão. Após a eclosão das larvas,
foram oferecidos discos de folhas de 2 cm de diâmetro contendo ovos de mosca-
branca coletados em campo para 21 larvas. Para as outras 21 foram oferecidos ovos
de Anagasta kuheniella. As seguintes características biológicas foram estudadas por
meio de observações diárias: duração e sobrevivência dos estágios de ovo e larva e
capacidade de predação de ovos de mosca-branca. Para o estudo da capacidade
predatória, diariamente foram oferecidos 30 ovos de mosca-branca. 24h após o
oferecimento, o número de ovos consumidos era anotado, até o completo
desenvolvimento larval. As larvas de C. externa alimentadas apenas com ovos de
Bemisia spp. não conseguiram completar o seu desenvolvimento, não atingindo a
fase adulta e apresentaram desenvolvimento mais lento que as larvas alimentadas
com Anagasta, demonstrando influência da presa fornecida no período de
desenvolvimento larval do predador. As larvas de C. externa podem consumir até
202,71 ovos de Bemisia spp. durante todo seu estágio larval.

Palavras-Chave: algodoeiro; bicho-lixeiro; controle-biológico

Apoio Institucional: Fapemat, IFMT

296
Resposta comportamental de Aphelinus abdominalis
(Hymenoptera: Aphelinidae) a óleos voláteis de Tagetes erecta
Marcelo M. Haro; Luís Cláudio P. Silveira; Andrew Wilby; Juliana Olívia Nicolao
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação
Experimental de Itajaí

Pulgões são pragas comuns em cultivos agrícolas e podem ser controlados


naturalmente com a presença de parasitoides, como Aphelinus abdominalis
(Hymenoptera: Aphelinidae). Semioquímicos voláteis, liberados pelas rotas
secundárias das plantas, são uma importante ferramenta no recrutamento,
direcionamento e atração destes inimigos naturais em agroecossistemas. O
presente estudo objetivou investigar a atratividade dos óleos voláteis de Tagetes
erecta L. (Asteraceae) provenientes de diferentes órgãos coletados em diferentes
estágios de desenvolvimento ao parasitoide A. abdominalis. Foram utilizadas folhas
e flores coletadas 60, 90 e 120 dias após germinação totalizando seis tratamentos. A
extração dos óleos voláteis foi realizada por arraste a vapor em aparelho de
Clevenger modificado. A análise da composição química dos óleos voláteis foi
realizada mediante cromatografia em fase gasosa (CG-FID) e cromatografia em fase
gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Para o bioensaio foi
utilizado um olfatômetro em “Y” contendo como estímulo óleos voláteis de T. erecta
extraídos de folhas e flores coletadas em diferentes épocas. A frequência relativa
das respostas binomiais foi analisada por meio do teste Qui-quadrado. O parasitoide
A. abdominalis respondeu positivamente aos óleos voláteis das flores de T. erecta
advindos das três diferentes épocas de desenvolvimento. A maior porcentagem de
escolha foi obtida no tratamento com flores de 120 dias, seguida por flores de 90 e
60, respectivamente. Os óleos voláteis provenientes das folhas não foram atrativos
em nenhuma das idades. Houve diferenças quantitativas e qualitativas na
composição dos óleos de flores e folhas, o que provavelmente influenciou no
resultado do bioensaio. Sendo assim, as flores de T. erecta foram atrativas ao
parasitoide A. abdominalis, podendo ser utilizada para manipular sua distribuição e
abundância na paisagem agrícola.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de


Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

297
Preferência de inimigos naturais de mosca-branca a diferentes
grupos genéticos de bananeira
Marcelo M. Haro; Ramon Felipe Scherer
Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação
Experimental de Itajaí

A mosca-branca Aleurodicus dispersus (Russell, 1965) (Hemiptera: Aleyrodidae)


figura entre os insetos pragas que atacam a bananeira, trazendo prejuízos diretos e
indiretos sobre a produtividade da mesma. O controle biológico natural desta praga,
aparece como a principal forma de manejo, devido a sua resistência as moléculas
inseticidas existentes no mercado. A atuação destes inimigos naturais pode alterar
em grupos pertencentes a genótipos diferentes. No presente estudo, avaliou-se a
comunidade de inimigos naturais associada a A. dispersus em bananeiras de
diferentes grupos genéticos. Os experimentos foram realizados em bananais do
grupo Prata e Grande Naine, pertencentes ao banco ativo de germoplasma da
Epagri - Estação Experimental de Itajaí. As amostragens foram feitas avaliando-se
30 plantas de cada grupo, durante 15 dias, nas quais foram computadas o número
de inimigos naturais por colônia de mosca-branca. Posteriormente, os insetos foram
coletados para identificação. Os dados foram comparados por meio da análise de
variância teste F. As aranhas da família Salticidae representaram os inimigos
naturais presentes nas colônias de A. dispersus coletadas no experimento em
ambos os grupos genéticos avaliados. As bananeiras do grupo Grande Naine
apresentaram maior abundância de inimigos naturais, com uma taxa de 2,37
inimigos naturais por colônia de mosca-branca registrada. Por outro lado, as
bananeiras do Grupo Prata apresentaram 0,40 inimigos naturais por colônia
computada. Os mecanismos químicos e ecológicos envolvidos neste processo ainda
precisam ser estudados, mas o indicativo desta atratividade a inimigos naturais pode
ser utilizado em programas de manejo integrado desta praga em cultivos comerciais.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; predadores; manejo integrad;

Apoio Institucional: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de


Santa Catarina (Epagri) - Estação Experimental de Itajaí

298
Development of Diatraea saccharalis in artificial diet with different
anti-contaminants and effect on the parasitism of Cotesia flavipes
Marcelo M. Freitas; Juliana B. Silva; Dagmara G. Ramalho; Sergio A. De Bortoli
São Paulo State University (Unesp), School of Agricultural and Veterinarian Sciences, Department of
crop protection, 14883-000, Jaboticabal-SP, Brazil

The sugarcane borer, Diatraea saccharalis (Fabricius) (Lep.: Crambidae), is


considered a key pest of sugarcane in Brazil. The main management strategy of this
pest is through biological control with the endoparasitoid Cotesia flavipes (Cameron)
(Hym.: Braconidae). The mass production of this natural enemy occurs in the
laboratory using as host larvae of D. saccharalis kept in artificial diet. The use of anti-
contaminants in artificial diet to insects rearing is necessary for the control of
microorganisms, with formaldehyde being widely used. However, due to its toxicity to
human health, alternative products, with similar efficiency and less harmful have
been studied. Therefore, the objective of this work was to evaluate the efficiency of
alternative substances to formaldehyde in diet, as well as the effect on the
development of D. saccharalis and C. flavipes. The anti-contaminants evaluated
were: Formaldehyde, sodium benzoate, potassium sorbate and 2-phenylphenol. As
100% mortality was observed in the larvae of D. saccharalis in the diet containing 2-
phenylphenol, this product was not included in the analyses. Among the other
treatments, sodium benzoate caused the lowest percentage of contamination in the
diet, showing no significant difference in larval and pupal survival of D. saccharalis
when compared to formaldehyde and Potassium sorbate. The larval and pupal
periods did not differ between the three treatments, while the longevity of adults and
the total period were higher with the sodium benzoate, and there was no significant
difference in the pupal weight. There was no difference in the number of emerged
adults of C. flavipes, as well as the number of unviable pupae and the sex ratio of the
parasitoid. Thus, sodium benzoate and potassium sorbate can replace formaldehyde
in artificial diet of D. saccharalis, highlighting the first because of its greatest
protection in the medium regarding the contamination.

Palavras-Chave: biological control; mass-rearing; sugarcane borer

Apoio Institucional: São Paulo State University (Unesp), School of Agricultural and
Veterinarian Sciences

299
Taxonomia integrativa dos himenópteros parasitoides do bicudo-
do-algodoeiro no Brasil
Priscila K. Corralero1; Tânia M. Guerra1; Valmir A. Costa2; Marcelo T. Tavares1
1
Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciências Biológicas/Programa de Pós-
graduação em Ciências Biológicas - 29.075-910 - Vitória, ES – Brasil; 2Instituto Biológico/APTA - C.P.
70 - 13001-970 - Campinas, SP – Brasil. pkc.spp@gmail.com

O curculionídeo Anthonomus grandis Boheman 1843, introduzido no Brasil há cerca


de 30 anos, é considerado praga-chave das lavouras de algodão nas Américas.
Cerca de 43% das informações levantadas sobre seus parasitoides focam em duas
vespas das famílias Braconidae e Pteromalidae, entretanto, são relatadas pelo
menos outras 13 espécies de vespas de seis famílias no Brasil. As espécies
silvestres de vespas parasitoides desse besouro raramente estão identificadas e há
carência de informações taxonômicas básicas a respeito das mesmas. Para o
sucesso de programas de controle biológico é importante que os organismos sejam
identificados corretamente. Este trabalho busca reavaliar a taxonomia das espécies
de himenópteros parasitoides de larvas e pupas de A. grandis que ocorrem no Brasil
e fornecer mecanismos para o adequado reconhecimento e identificação. Os
exemplares foram obtidos de material previamente criado de hospedeiro ou
depositado em coleções. A morfologia de cada espécie está sendo estudada para o
levantamento de dados diagnósticos, e confecção de descrições e chave interativa
ilustrada. A chave está sendo produzida no programa Lucid® e será disponibilizada
no Portal Biodiversidade de Chalcidoidea (www.biochalcid.ufes.br). Até momento,
sete espécies foram estudadas, são elas: Urosigalphus sp; Bracon sp.(Braconidae);
Conura fusiformis (Ashmead, 1904) (Chalcididae), Eupelmus cushmani (Crawford,
1908) (Eupelmidae); Eurytoma sp.(Eurytomidae); Jaliscoa grandis Burks, 1954 e J.
hunteri (Cawford, 1908) (Pteromalidae). Conura fusiformis é registrado pela primeira
vez atacando A. grandis e Urosigalphus sp é uma espécie nova para a ciência.

Palavras-Chave: Anthonomus grandis; Chave de identificação; Controle biológico

Apoio Institucional: INCT-HYMPAR (CNPq/ FAPESP/ CAPES) e FAPES.

300
Volatile compounds emitted by soybeans under multiple
infestations of herbivores attract the predator Neoseiulus
californicus
Dalila D. Duarte; Bárbara L. Fialho; Marcos A.M. Fadini; Júlio O.F. Melo
Universidade Federal de São João Del Rei

Induced resistance in plants is an important strategy in an integrated pest


management program. The objective of this study was to evaluate the preference of
Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) (Acari: Phytoseiidae) to volatile soybean
plants submitted to single and multiple herbivory by two-spotted spider mite,
Tetranychus urticae Koch, 1836 (Acari: Tetranychidae) and velvetbean larva,
Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera, Noctuidae). Using a Y
olfactometer the following treatments were evaluated: soybean without any
infestation x soybean infested with A. gemmatalis; soybean infested with T. urticae x
soybean infested with A. gemmatalis and soybean infested with T. urticae x soybean
infested with both T. urticae and A. gemmatalis. The volatiles compound captured
from the plants submitted to these treatments, were analyzed by a Trace GC Ultra
gas chromatograph coupled to a mass spectrometer with a solid phase micro-
extraction ion-trap (SPME) and identified. We conclude that T. urticae feeding
promotes a response of soybean plants producing volatile compounds that attract the
predator mite N. californicus as a mechanism of indirect induced resistance. The
multiple herbivory of T. urticae and A. gemmatalis modifies the chemical profile of the
volatile compounds emitted by soybean plants and does not interfere in the search
behavior of N. californicus. Among the 29 identified compounds only five promoted
the predator mite response. Thus, independent of single or multiple herbivory by T.
urticae with or without A. gemmatalis, the indirect induced resistance mechanism
operate similarly. So this mechanism contributes to increase the efficacy of the mite
predator, N. californicus, on phytophagous mites biological control in the soybean
fields.

Palavras-Chave: Indirect induced defense; Chemical ecology; Plant resistance

Apoio Institucional: Fapemig, CNPq

301
Preferência hospedeira de Telenomus podisi entre ovos de
Dichelops melacanthus, Euschistus heros e Podisus nigrispinus
Mariana M. Neiva; Ana P. Queiroz; Érica A. Taguti; Adeney de F. Bueno
Universidade Federal do Paraná

Em campo, os parasitoides poderão ter que escolher entre diferentes espécies de


hospedeiros disponíveis. Portanto, o conhecimento da preferência hospedeira do
parasitoide liberado é fundamental e pode afetar diretamente na eficiência do
controle da praga-alvo. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a preferência
hospedeira de Telenomus podisi entre ovos dos percevejos Dichelops melacanthus,
Eschistus heros e Podisus nigrispinus. Para a condução do estudo, foram montadas
arenas, utilizando garrafas de polietileno com microtubos de plástico do tipo Duran,
dispostos de modo equidistante, na parte inferior da garrafa. Três experimentos
independentes foram conduzidos em câmara climatizada (T: 25±2°C; UR: 80±10%;
Fotoperíodo: 14/10h C/E) em delineamento inteiramente casualizado com 3
tratamentos (D. melacanthus x E. heros x P. nigrispinus) em um dos ensaios e 2
tratamentos (D. melacanthus x E. heros ou D. melacanthus x P. nigrispinus) em 2
dos ensaios e 15 repetições. Cada arena foi considerada uma repetição.
Aproximadamente 40 ovos de cada hospedeiro foram colados em cartelas brancas,
identificadas, e colocadas em tubos do tipo Duran localizados em lados opostos da
arena. Nas arenas foram liberadas quatro fêmeas de T. podisi de 24 h de idade, e o
ensaio teve a duração de 24 horas. O parâmetro avaliado foi o número de ovos
parasitados em cada hospedeiro. No primeiro experimento, o número de ovos de D.
melacanthus (30,8) e de P. nigrispinus (23,7) parasitados por T. podisi foi maior
quando comparado a E. heros (11,8). Nos testes de dupla chance de escolha, D.
melacanthus (16,5) teve maior número de ovos parasitados foi em relação a E.
heros (8,6) e D. melacanthus (27,9) em relação ao P. nigrispinus (19,5). Portanto,
fica evidente a preferência de T. podisi pelos ovos do hospedeiro D. melacanthus, o
que é indicador do potencial de sucesso para utilização desse parasitoide no
controle biológico desta espécie.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitoide; teste de preferência

Apoio Institucional: Embrapa Soja, CNPq

302
Efeito de diferentes idades do parasitoide e do hospedeiro no
parasitismo de Telenomus podisi
Mariana M. Neiva; Ana P. Queiroz; Rafael Hayashida; Marcela L. M. Grande;
Antonio R. Panizzi; Adeney de F. Bueno
Universidade Federal do Paraná

Percevejos sugadores de sementes compreendem um dos grupos de insetos mais


importantes que atacam a soja, e uma das alternativas de controle biológico é a
liberação de parasitoides de ovos. Este trabalho relata resultado de seis estudos
independentes relacionados ao impacto da idade dos parasitoides e hospedeiros
sobre o parasitismo de Telenomus podisi em ovos de Euschistus heros e Dichelops
melacanthus. Nos bioensaios 1 e 2, as fêmeas de T. podisi (1, 3 e 10 dias de idade)
foram individualizadas e foram ofertados, aproximadamente, 25 ovos de cada
hospedeiro, por 24 h. Nos bioensaios 3 e 4, aproximadamente, 25 ovos de D.
melacanthus e E. heros (1, 2, 3, 4 e 5 dias de idade) foram oferecidos a fêmeas de
T. podisi por 24 h. Nos bioensaios 5 e 6, os ovos dos hospedeiros foram oferecidos
às fêmeas de T. podisi para avaliar a preferência do hospedeiro. Em geral, T. podisi
apresentou características biológicas desejáveis para um agente de biocontrole bem
sucedido. A capacidade de parasitismo de ovos dos hospedeiros mais velhos (até
cinco dias de idade), mesmo após a privação do hospedeiro por 10 dias. Essas
características biológicas não são apenas vantajosas para o Controle Biológico
Aumentativo (CBA) no campo, mas também para a criação massal de parasitoide
em laboratório. Para atender às necessidades de criação de insetos ou de
liberações em programas de CBA no campo, nossos resultados sugerem que os
adultos de T. podisi podem ser armazenados (até 10 dias), a 25°C para uso ior, sem
maior comprometimento do desempenho subsequente dos parasitoides. Além disso,
nas colônias, ovos de percevejos não precisam ser coletados todos os dias,
considerando que o parasitismo de T. podisi em ovos E. heros e D. melacanthus
ocorre igualmente do primeiro até o terceiro dia de idade. Esses resultados são de
interesse teórico e prático e seu conhecimento pode contribuir significativamente
para o sucesso do uso de T. podisi em programas de CBA.

Palavras-Chave: percevejo marrom; percevejo barriga-verde; parasitoide de ovos

Apoio Institucional: Embrapa Soja, CNPq

303
O armazenamento de ovos de Euschistus heros (Fabricius)
(Hemiptera: Pentatomidae) em baixas temperaturas, afeta o
parasitismo de Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera:
Platygastridae)?
Marília Corrêa de Melo; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz

O experimento foi realizado utilizando-se ovos de Euschistus heros (Fabricius)


(Hemiptera: Pentatomidae) armazenados em “freezer” comercial por 1, 2, 3 e 4
meses, sendo o grupo controle composto por ovos coletados no dia (24h). A
definição do período máximo de armazenamento deu-se a partir de experimentos
prévios, mostrando que era possível armazenar ovos do percevejo-marrom-da-soja
por até 120 dias. Aproximadamente 50 ovos com diferentes períodos de
armazenamento foram expostos ao parasitismo por uma fêmea copulada de
Telenomus podisi (Ashmead) (Hymenoptera: Platygastridae), individualizada em
tubo de vidro. O parasitismo foi permitido durante 24h à temperatura de 25±1°C, UR
70±10% e fotofase de 14h. Foram avaliados os seguintes parâmetros biológicos de
T. podisi: i) capacidade de parasitismo, avaliada pela contagem de ovos
escurecidos; ii) viabilidade do parasitismo, medida pela razão entre o número de
ovos escurecidos que apresentavam orifício de saída em relação aos ovos
escurecidos sem tal orifício; iii) duração do período ovo-adulto determinado por uma
média ponderada, do período desde o parasitismo até a emergência de todos os
adultos, com avaliações diárias. Os ovos com três e quatro meses de
armazenamento foram mais parasitados em relação aos ovos com menor período (1
e 2 meses), sendo que aproximadamente 10 ovos a mais foram parasitados para
este período. Por outro lado, apesar de serem mais parasitados os ovos com maior
período de armazenamento apresentaram uma viabilidade de parasitismo baixa,
inferior a 50%, enquanto ovos com um (1) e dois meses de armazenamento
apresentaram uma viabilidade superior a 80%. Por outro lado, para ovos coletados
no dia a viabilidade do parasitismo foi de 99%. A duração do período ovo-adulto
também foi afetada pelo armazenamento dos ovos, sendo tal parâmetro menor em
ovos coletados no dia; ovos com armazenamento superior a um (1) mês
apresentaram um tempo de desenvolvimento, em média, superior em um (1) dia.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: Embrapii-ESALQ

304
Parasitismo sobre broca da cana criadas em dietas artificiais com
redução de caragenato e corante
Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Camila D. R. Matta; Gabriela
V. Silva; Karina da S. Marquito; Gabriele do P. Borges; Pedro H. P. Mendes;
Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida
UENP/CLM

A broca da cana-de-açúcar Diatraea saccharalis (Fabr., 1794) é a principal praga


dos canaviais. Seu controle, através de liberações sucessivas de Cotesia flavipes,
empregando copos plásticos resulta em uma eficiência muito elevada, porém causa
contaminação ambiental devido ao longo tempo necessário para a decomposição do
plástico. Para realizar estudos sobre a eficiência desse parasitismo no campo,
algumas características são desejáveis para facilitar e tornar o resultado mais
confiável, como o uso de marcadores que possam ser transferidos para a massa
cotonosa formada pelo parasitoide e também adotar mudanças na dieta de
realimentação das lagartas e que facilitem a separação das massas cotonosas dos
restos de dieta. Com esse propósito foram preparadas 9 dietas de alimentação,
sendo 4 com adição de 1, 2, 3 e 4mL do corante Calco Oil Red® (COR), dissolvido
na proporção de 1g de corante para 10 mL de óleo de soja e outras 4 com 10, 20, 30
e 40% a menos de caragenato e a dieta de alimentação que foi usada como
testemunha. A dieta com o corante COR foi eficiente na transmissão da coloração
para a C. flavipes através do parasitismo, sem influenciar no período de
desenvolvimento da lagarta e no desenvolvimento de massas cotonosas. Já as
dietas com redução de caragenato não foram eficientes no que tange a produção de
massas cotonosa de boa qualidade. Sugere-se a continuação dos estudos para
estabelecer qual a melhor concentração de COR que pode ser acrescentada na
dieta, tanto de alimentação quanto de realimentação, e que não interfira nem na
biologia da lagarta nem na do parasitoide.

Palavras-Chave: Diatraea saccharalis; criação; biologia

Apoio Institucional: UENP/CLM

305
Parasitismo em Spodoptera frugiperda (J.E.Smith, 1797)
(Lepidoptera: Noctuidae) em milho na fazenda escola do CLM
Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Gabriela V. Silva; Matheus de
O. Moscardini; Karina S. Marquito; Gabriele do P. Borges; Pedro H.P. Mendes;
Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida
UENP/CLM

Um dos fatores que podem comprometer a produção de milho são os insetos, dentre
eles destaca-se a lagarta Spodoptera frugiperda que ataca diversas culturas sendo
praga chave em milho. Com o objetivo de avaliar parasitoides associados à lagarta
do cartucho, foram realizadas duas amostragens em área cultivadas com milho nos
meses de maio e junho de 2018. As temperaturas médias, na 1ª e 2ª coletas, foram
12,8 e 19ºC, respectivamente, enquanto a umidade relativa foi de 32 e 53% e as
plantas estavam nos estádios de V6 a V8. Foram coletadas 264 lagartas (142
lagartas na 1ª coleta e 112 na 2ª coleta). As lagartas foram levadas ao laboratório de
Entomologia e Nematologia do Campus Luiz Meneghel/UENP, individualizadas em
tubos de vidro de fundo chato e alimentadas com folhas de milho. Avaliou-se
diariamente para observar a morte das lagartas ou a formação de pupas da praga ou
de parasitoides. Quando os parasitoides emergiram foram identificados no nível de
família usando uma chave dicotômica de identificação. Calculou-se a frequência de
parasitismo. Conclui-se que, das lagartas de Spodoptera frugiperda coletadas,
emergiram moscas da família Tachinidae e vespas da família Ichneumonidae. A
porcentagem de parasitismo na 1ª coleta foi de 0,7% e na 2ª foi de 13,93% para as
moscas e de 1,63% para vespas na 2ª coleta.

Palavras-Chave: Zea mays; Hymenoptera; Diptera

Apoio Institucional: UENP/CLM

306
Influência do número de pupas por cápsulas biodegradável na
razão sexual de Cotesia flavipes
Mateus Pires; Laila H. Mihsfeldt; Jael S.S. Rando; Gabriela V. Silva; Karina da
S. Marquito; Wallace da S. Alves; Gabriele do P. Borges; Pedro H. P. Mendes;
Renan F. C. de Almeida; Renan de O. Almeida
UENP/CLM

A espécie Cotesia flavipes é um importante parasitoide para o controle de Diatraea


saccharalis, em cana-de-açúcar. Este agente é liberado de forma inundativa, desde
a década de 1970, através da utilização de copos plásticos, prática onerosa e
prejudicial ao ambiente. Métodos alternativos de liberação tem sido estudados, como
a utilização de cápsulas esféricas biodegradáveis liberadas via drone. Assim, este
trabalho teve por objetivo avaliar influência da quantidade de massas cotonosas de
C. flavipes por cápsulas sobre a razão sexual. Para tanto foi estabelecida uma
relação entre o número de pupas por massa com o peso da massa. Foram, no total,
quatro tratamentos equivalentes ao número de pupas por cápsulas (50, 100, 150 e
300). Após a emergência e saída dos adultos a partir dos orifícios das cápsulas,
ofertou-se à 40 fêmeas recém emergidas de cada tratamento uma lagarta de D.
saccharalis apta a ser parasitada. As lagartas foram colocadas em tubos de vidro de
fundo chato com dieta artificial de realimentação até a formação das massas
cotonosas, que foram retiradas da dieta e alocadas em tubos de vidro até a
emergência das vespas. Realizou-se a contagem de adultos, a separação por sexo
e a razão sexual. Os resultados mostraram que no tratamento com 50 pupas a razão
sexual foi de 0,55, enquanto que no tratamento com 300 pupas a razão foi zero, ou
seja, apenas machos. Conclui-se assim que a quantidade de pupas por cápsulas
pode influenciar na eficiência do controle a campo, visto que o parasitismo é
realizado pelas fêmeas e que, de acordo com o presente estudo, o mais viável seria
a liberação de mais pontos por hectare com menor quantidade de vespas por ponto.
Estudos adicionais devem ser realizados para verificação da eficiência a campo.

Palavras-Chave: Diatraea sacharalis; liberação; cana-de-açúcar

Apoio Institucional: UENP/CLM

307
Suplementação alimentar do ácaro predador Stratiolaelaps scimitus
no controle biológico do nematoide das galhas em tomate
Matheus F.P. Moreira; Vinicius C. Borges; Graziela G. Pereira; Leticia H.
Azevedo; Eric Palevsky; Gilberto J. de Moraes; Fernando L. Cônsoli
ESALQ/USP

O controle biológico com ácaros edáficos vem sendo utilizado em todo mundo, estes
organismos alimentam-se de uma ampla gama de espécies as quais são um dos
fatores decisivos para que estes ácaros se mantenham em populações elevadas nas
diferentes condições dos solos naturais ou agrícolas. Desse modo, buscou-se
avaliar uma estratégia de controle biológico conservativo utilizando Stratiolaelaps
scimitus (Womersley,1956) (Acari: Mesostigmata) com o fornecimento do nematoide
de vida livre não patogênico Rhabditella axei (Cobbold,1884)(Rhabdita: Rhabditae)
como um alimento alternativo, no controle de Meloidogyne incognita (Kofoid White,
1919)( Rhabdita: Meloidogynidae). Utilizou-se como planta modelo o mini-tomate
(cv. Microt-tom). As plântulas foram transplantadas em vaso plásticos de 400ml
preenchidos com substrato comercial, permanecendo-se em casa de vegetação. Os
tratamentos consistiram na interação entre S. scimitus, R. axei e M. incognita. Nos
tratamentos com o nematoide da galha, inoculou-se 2000 indivíduos por planta após
14 dias do transplantio das mudas, já nas plantas com R. axei e/ou S. scimitus estes
foram adicionados 3 vezes por semana começando-se 5 antes dias da inoculação
de M. incognita, sendo 10 ácaros predadores por planta e 10000 nematoides de vida
livre; provenientes de colônias devidamente isoladas no laboratório de Acarologia
da ESALQ/USP. Os parâmetros analisados foram: produtividade, número de galhas
nas raízes, teor de clorofilas e brix dos frutos. Obtiveram-se resultados positivos da
interação S. scimitus e nematoide de vida livre para diminuição populacional do
nematoide fitopatogênico e das galhas em relação aos demais tratamentos; e
manutenção da produtividade e eficiência dos processos fisiológicos em relação aos
controles sem nematoide de galha. Com isso, demonstrando uma nova possibilidade
do uso de presas alternativas para incrementar as estratégias de controle biológico
aplicado e conservativo com o uso de ácaros predadores.

Palavras-Chave: Ácaros edáficos; Rhabditella axei; Teia alimentar

Apoio Institucional: CNPQ; FAPESP

308
Parasitismo natural de ovos de Chrysodeixis includens por
Trichogramma pretiosum em variedades de soja transgênica
submetidas
Matheus H. Ferreira; Laís A. de Santis; Luan O. dos Santos; Diego F. Fraga
Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU

Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é uma importante


praga em cultivos de soja no Brasil. O parasitismo de seus ovos pode ser uma
valiosa ferramenta no seu controle, porém, os efeitos da adoção de práticas
agronômicas, tais como a adubação, sobre este controle são pouco conhecidos.
Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da adubação fosfatada sob o
parasitismo natural de ovos de C. includens por Trichogramma pretiosum Riley,
1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em soja transgênica. A pesquisa foi
realizada em Uberaba/MG, no ano agrícola de 2018-2019. O delineamento
experimental adotado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x4x3, a
saber: duas variedades de soja transgênica (NS 7709 e 96Y90); quatro doses de
adubação fosfatadas (0 kg.ha-1, 40 kg.ha-1, 80 kg.ha-1, 120 kg.ha-1 de P2O5); e três
terços das plantas (superior, médio e inferior), com quatro repetições cada. Os ovos
de C. includens presentes nas plantas (n=4) foram coletados semanalmente nas
parcelas. A oviposição iniciou-se no estádio vegetativo V5, com picos entre os
estádios reprodutivos R1 e R3 e, ainda, observou-se que C. includens preferiu
ovipositar em plantas da variedade NS7709 (2,1 ovos/planta). Ao avaliar a
concentração de ovos nas regiões das plantas, observou-se que os terços inferior e
médio foram os mais utilizados para oviposição pela praga (1,37 e 0,71 ovo/planta,
respectivamente). Ainda, foi constatado que a adubação fosfatada influenciou na
ocorrência dos ovos, em que foram encontrados mais ovos nas plantas adubadas
com as doses de 80 kg.ha-1 e 120 kg.ha-1 (0,81 e 1,18 ovo/planta, respectivamente).
Resultados semelhantes foram encontrados para o número de ovos parasitados por
planta, em que foram encontrados em maior quantidade nas plantas da variedade
NS7709 (0,90 ovo/planta), bem como nos ovos parasitados encontrados nas plantas
adubadas com as doses de 80 kg.ha-1 e 120 kg.ha-1 (0,18 e 0,71 ovo/planta,
respectivamente).

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Fundação de amparo á pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG

309
Seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma spp.
(Trichogrammatidae), parasitoides de Erinnyis ello L.( Sphingidae)
Matheus M. do Carmo; Leidiane C. Carvalho; Claudecir C. Martins; Letícia D.
Zanachi; Gabriele L. Hoelscer; Pablo W. R. Coutinho; Vanda Vanda Pietrowski
Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O sistema atual de produção, devido à alta demanda por alimentos, energia e fibra,
reflete nos problemas fitossanitários. O manejo inadequado das culturas provoca
desequilíbrio do agroecossistema, refletindo nos inimigos naturais. O objetivo foi
avaliar a seletividade de inseticidas químicos a Trichogramma ssp., parasitoides de
E. ello. Os tratamentos consistiram da utilização de 5 produtos: Lufenuron +
profenofos (Benzolurina + organofosforado); cipermetrina (piretoide); lambda-
cialotrina (piretoide); zeta-cipermetrina (piretoide); espinetoram (espinosinas);
testemunha (água destilada) e 4 espécies de Trichogramma spp. O delineamento
utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial, sendo; 5 produtos
químicos e testemunha x 4 espécies x 6 repetições, cada repetição era composta
por 4 insetos. Após o preparo da calda, conforme recomendação da dosagem pelo
fabricante, tubos de ensaios foram mergulhados nas caldas dos tratamentos
mencionados. Em seguida, foram retirados e esperou-se até a secagem do excesso
de calda. Após, os parasitoides foram liberados nos tubos e, estes foram tampados,
colocados em bandejas plásticas e acondicionado B.O.D à temperatura de 25 ± 2ºC
UR de 70 ± 10 % e fotofase de 14 horas. Doze horas (1 dia), após a liberação dos
insetos nos tubos foi realizado a avaliação de mortalidade. Finalizada a avaliação, os
insetos foram retirados dos tubos e acondicionados em BOD, para avaliação
residual aos 3 e 7 dias após a aplicação do produto, seguindo o mesmo
procedimento da avaliação mencionada. Os dados foram submetidos à ANAVA e as
médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Não houve interação entre as
espécies na primeira avalição (1 dia), e na avalição residual do dia 3, no entanto,
houve diferença estatística entre a testemunha e os inseticidas. Na avaliação
residual (7 D) para a espécie 1, houve interação entre espécies e inseticidas,
apresentando maior mortalidade inseticida 1, 4 e 5, seguido do 3 e menor
mortalidade na testemunha. Para as espécies 2, 3 e 4 apenas a testemunha difere
estatisticamente dos demais. Portanto, não foi verificada seletividade a
Trichogramma spp, em nenhum dos inseticidas avaliados.

Palavras-Chave: Manihot esculenta Crantz; Controle biológico; mandarová da


mandioca

Apoio Institucional: ATIMOP- Associação Técnica das Indústrias de Mandioca do


Paraná

310
Oscilação da umidade relativa do ar afetando o parasitismo de
Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis
Murilo Gaspar Litholdo; Rodolfo P. Carneiro; Matheus B. Oliva; Luis R.
Rodrigues; Alexandre de S. Pinto; Marta M. Rossi; José R. P. Parra
Farmbio Controle Biológico

O parasitismo de ovos de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera:


Crambidae) por Trichogramma galloi (Zucchi, 1988) (Hymenoptera:
Trichogrammatidae) é afetado negativamente por umidades extremas. Entretanto, a
umidade oscilante, que é natural durante o dia, pode amenizar o impacto dos
extremos. Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da umidade relativa do ar
oscilante no parasitismo de T. galloi em laboratório. Foram realizados dois ensaios,
utilizando-se dessecadores ajustados às diferentes umidades com soluções de ácido
sulfúrico em diferentes concentrações (primeiro ensaio) ou câmaras climatizadas
reguladas (segundo ensaio). Dentro dos dessecadores ou câmaras foram colocados
tubos de vidro contendo uma fêmea recém-emergida do parasitoide e uma postura
de D. saccharalis recém-colocada, com cerca de 30 ovos, fechado com tecido que
permitia trocas gasosas. Nos dois ensaios, foram utilizadas 30 repetições e a sala
dos dessecadores foi mantida a 26±2ºC e fotofase de 12h e as câmaras climatizadas
a 25±1ºC e fotofase de 14h. No primeiro ensaio, foram avaliados quatro tratamentos:
parasitismo realizado em 80% (24h) e desenvolvimento do parasitoide em 100% de
umidade, a situação contrária e parasitismo e desenvolvimento em 80 e 100%. No
segundo ensaio, foram cinco tratamentos: ovos parasitados e mantidos em 30 ou
80% de umidade, ovos parasitados (24h) em 30 e o desenvolvimento em 80% ou o
contrário e parasitismo e desenvolvimento em 30 e 80% (12 h em cada umidade).
Quando o parasitismo foi realizado em 80% e o desenvolvimento do parasitoide
ocorreu a 100%, o menor número médio de ovos parasitoides foi registrado,
diferindo estatisticamente (Tukey, 5%) apenas do tratamento 80% de umidade do ar.
No segundo ensaio, não ocorreram diferenças estatísticas entre os tratamentos. A
oscilação da umidade relativa do ar, que é a condição natural de campo, diminui os
impactos das umidades extremas ou constantes.

Palavras-Chave: biologia

Apoio Institucional: Esalq

311
Impacto da umidade constante e oscilante no parasitismo de
Trichogramma galloi sobre ovos de Diatraea saccharalis
Murilo Gaspar Litholdo; Rodolfo P. Carneiro; Matheus B. Oliva; Luis R.
Rodrigues; Alexandre de S. Pinto; José R. P. Parra
Farmbio Controle Biológico

O parasitoide Trichogramma galloi Zucchi (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é


utilizado no controle de ovos de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae)
em cana-de-açúcar no Brasil em quase dois milhões de hectares, durante todo o
ano. Sabe-se que os fatores abióticos afetam a biologia de um inseto, sendo a
umidade limitante para muitos deles. T. galloi é liberado em campo em todas as
épocas do ano e não se conhece o impacto de altas e baixas umidades sobre a
sobrevivência dele. Portanto, este trabalho teve por objetivos avaliar o efeito da
umidade relativa do ar constante e oscilante no parasitismo de T. galloi em ovos de
D. saccharalis em laboratório. Foram realizados dois ensaios em laboratório,
utilizando-se dessecadores ajustados às diferentes umidades com soluções de ácido
sulfúrico em diferentes concentrações. Dentro dos dessecadores foram colocados
tubos de vidro contendo uma fêmea recém-emergida do parasitoide e uma postura
de D. saccharalis recém-colocada, com cerca de 30 ovos, fechado com tecido que
permitia trocas gasosas. No ensaio de umidade constante, os tratamentos foram
dessecadores mantidos com 40, 60, 70, 80±5 e 100% de umidade, com 30
repetições, em sala climatizada (26±2ºC e fotofase de 12h). No ensaio de umidade
oscilante, foram avaliados 10 tratamentos com trinta repetições cada, tendo eles o
parasitismo realizado em 80% de umidade e após 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 dias
nessa umidade as posturas foram levadas para dessecador mantido a 40%, até o
final do desenvolvimento. Em umidade constante, aquela mantida em 100% afetou
negativamente o parasitismo. Em umidade oscilante, quando o ovo parasitado ficou
entre um e três dias em umidade de 80% e depois foi mantido até a emergência do
adulto em 40%, houve redução na porcentagem média de emergência. A fase inicial
de desenvolvimento do parasitoide é mais sensível às baixas umidades do que as
demais fases.

Palavras-Chave: biologia; parasitoide de ovo; controle biológico

Apoio Institucional: Esalq

312
Resposta funcional de Chrysoperla externa quando alimentado
com ovos e ninfas da mosca branca do cajueiro Aleurodicus cocois
Wenner V. A. Saraiva; Neville V. Monteiro; Nivia da S. Dias-Pini; José W. da S.
Melo; Antonio G. L. de Souza; Lucas de L. Farias; Gabriela P. de S. Maciel;
Poliana M. Duarte
Embrapa Agroindústria Tropical

A mosca-branca Aleurodicus cocois Curtis, 1846 (Hemiptera: Aleyrodidae) é uma


das principais pragas do cajueiro Anacardium occidentale L. no Brasil. No presente
estudo avaliamos o potencial predatório da larva de primeiro instar Chrysoperla
externa Hagen, 1861 (Neuroptera: Chrysopidae) contra ovos e ninfas de primeiro
instar de A. cocois. A regressão logística indicou que a larva de C. externa exibiu
uma resposta funcional do tipo II independente da presa oferecida e o consumo
aumentou com a densidade de ovos e ninfas de A. cocois até um ponto máximo,
após o qual teve um lento decréscimo. O valor da taxa de ataque (a′) não diferiu
para as diferentes presas, no entanto o tempo de manuseio (Th) foi maior quando
ninfas de A. cocois foram oferecidas como alimento. Os resultados indicaram que C.
externa é um potencial agente de controle biológico da mosca-branca A. cocois em
cultivos de cajueiro.

Palavras-Chave: Anacardium occidentale; Controle biológico; Crisopídeo

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico

313
Inimigos naturais de Aculus schlechtendali (Eriophyidae): uma
praga quarentenária reportada em macieiras no Sul do Brasil
Darliane E. Silva; Aline M. Pavan; Joseane M. Nascimento; Liana Johann; Noeli
J. Ferla
Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES

Associados às macieiras encontram-se ácaros fitófagos com destaque para Aculus


schlechtendali (Nalepa) (Eriophyidae), praga quarentenária relatada recentemente
para a região Sul do Brasil. Nas regiões do mundo onde esta espécie acarina é
reportada pode atingir o status de praga, tornando-se um problema a ser enfrentado
pelos produtores. O objetivo deste trabalho foi coletar e identificar espécies acarinas
predadoras associadas aos pomares de maçã nos estados de RS, SC e PR e que
possam ser utilizadas, em estudos futuros, na avaliação de potenciais predadores
deste eriofiídeo. Para a realização do levantamento, todas as regiões produtoras do
Sul do Brasil foram amostradas, sendo quatro cidades do RS (28 pomares), oito de
SC (42 pomares) e sete do PR (32 pomares). Em cada pomar foram amostradas
vinte plantas escolhidas aleatoriamente de onde foram coletadas da região mediana
duas folhas, totalizando 40 folhas/pomar. As folhas foram acondicionadas em sacos
plásticos, etiquetados e levadas ao laboratório sob-baixa temperatura. A triagem foi
realizada sob microscópio estereoscópico e os ácaros montadas em meio de Hoyer.
A identificação foi realizada com o uso de microscópio óptico com contraste de fases
e chaves dicotômicas. Espécies das famílias Phytoseiidae e Stigmaeidae foram
comumente encontradas associadas aos pomares de maçã onde estava presente
Aculus schlechtendali. Dentre os fitoseiídeos destacou-se Neoseiulus californicus
(McGregor), presente em todas as regiões avaliadas, e Amblyseius neochiapensis
Lofego, Moraes & McMurtry, presente apenas nos pomares do estado do PR. Dentre
os estigmeídeos destacou-se Agistemus riograndensis Johann & Ferla, Agistemus
floridanus Gonzalez e Zetzellia ampelae Johann et al. Agistemus riograndensis foi a
espécie mais abundante. Neoseiulus californicus é um importante predador de
tetraniquídeos em macieiras, enquanto que os Stigmaeidae são reportados como
inimigos naturais associados preferencialmente aos eriofiídeos.

Palavras-Chave: Ácaros predadores; Agistemus riograndensis; Neoseiulus


californicus

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, FAPERGS e MAPA

314
Cheyletus malaccensis como agente de controle de ácaro causador
de alergia
Juliana Granich; Matheus A. Conrad; Tamara B. Horn; Guilherme L. da Silva;
Noeli J. FERLA
Univates

Foi realizado no laboratório de Acarologia (Univates) um estudo que objetivou a


avaliação do ciclo de vida de Cheyletus malaccensis Oudemans, 1903 (Acari:
Cheyletidae) alimentando - se de Dermatophagoides farinae Hughes, 1961
(Acariformes: Pyroglyphidae). Ambas espécies acarinas foram coletadas em poeira
de fábrica de ração animal no RS, Brasil. As criações estoque foram mantidas à
temperatura de 25±1°C, fotofase de 12 horas e umidade relativa de 80±10% num
recipiente de plástico escuro. As colônias estoque de C. malaccensis foram
alimentadas com ovos e diferentes estádios de D. farinae. Dez fêmeas de C.
malaccensis foram mantidas separadamente na presença de machos. Foram
retirados três ovos/fêmea e individualizados em arenas. Estas foram confeccionadas
com placa de Petri de acrílico de 6 cm de diâmetro contendo uma camada de
algodão no fundo sobreposta por um círculo de plástico preto. Nas paredes internas
das placas, contornando este círculo foi colocado algodão umedecido para que não
ocorresse a fuga dos ácaros. O teste foi mantido em temperatura de 25±1ºC e
umidade relativa de 80±10%. Nas fases imaturas foram realizadas avaliações às 8,
14 e 20 horas e na fase adulta às 14h verificando a sobrevivência, o número de ovos
postos e viabilidade. Os dados foram comparados através do teste t, ao nível de
significância de 5% no programa BioEstat 5.0. A taxa de fecundidade de C.
malaccensis foi de 146,75±0.93 ovos/fêmea num período de 23,75±3,69 dias e
viabilidade de 97,03%. A taxa líquida de reprodução (Ro) foi de 52,9 vezes por
geração, com duração média de uma geração (T) de 32,38 dias. A capacidade inata
de aumento (rm) alcançou 0,12 fêmeas/fêmeas/dia, e a taxa finita de aumento (λ) foi
1,13 fêmeas/dia e o tempo de duplicação (TD) da população de 5,78 dias. Esse
resultado demonstra que C. malaccensis é inimigo natural de D. farinae, sendo
capaz de se desenvolver e reproduzir quando alimentado exclusivamente dessa
espécie acarina.

Palavras-Chave: Ácaro da poeira

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPERGS e Univates

315
Parasitismo de Telenomus remus e Trichogramma pretiosum sobre
ovos de lepidópteros pragas da cultura do amendoim
José R. L. Pinto; Odair A. Fernandes
FCAV/UNESP

Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Platygastridae) e Trichogramma pretiosum


Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) são amplamente utilizados para o controle
de lepidópteros-praga em diversos países. Entretanto, a falta de pesquisas
relacionadas ao uso desses organismos como agentes de controle biológico na
cultura do amendoim impede o seu uso aplicado nas lavouras. Portanto, foi
estudada a capacidade de parasitismo de T. remus e T. pretiosum em ovos de
Stegasta bosqueella (Chambers) (Lepidoptera: Gelechiidae), Spodoptera cosmioides
(Walker) e Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae), sob
condições controladas (70 ± 10% UR e fotofase de 12 horas). Ovos de S. bosqueella
e Spodoptera spp. foram oferecidos diariamente até a morte das fêmeas de T.
remus e T. pretiosum. Não houve parasitismo de T. remus e T. pretiosum sobre ovos
de S. bosqueella. O número médio de ovos de S. cosmioides e S. frugiperda
parasitados por T. remus (59,2 ± 9,4 e 58,5 ± 9,5) foi maior em relação a T.
pretiosum (20.9 ± 7.2 e 23.5 ± 4.5), sendo o parasitismo de ambos os parasitoides
concentrados nas primeiras 24 horas. Fêmeas de T. remus atingiram 80% de
parasitismo em ovos de Spodoptera spp. num período que variou de um a sete dias,
enquanto T. pretiosum necessitou apenas de um a três dias. Telenomus remus foi a
espécie que apresentou maior longevidade e número de parasitoides emergidos.
Com relação a razão sexual, foi observada uma maior emergência de fêmeas de T.
remus (0.61 ± 0.09 e 0.72 ± 0.10) se comparado a T. pretiosum (0.38 ± 0.11 e 0.39 ±
0.06), independentemente do hospedeiro avaliado. Esses dados poderão ser
utilizados como base para o estabelecimento de futuros programas de controle
biológico desses importantes lepidópteros pragas na cultura do amendoim. Todavia,
prospecção de novos parasitoides de ovos para controle de S. bosquella precisa ser
realizada.

Palavras-Chave: Parasitoide de ovos; Stegasta bosqueella

Apoio Institucional: Koppert Brasil - Produtos Biológicos, COPLANA, CAPES.

316
Infestação de lagarta-do-cartucho em cultivo de milho submetido a
diferentes estratégias de manejo
Orcial C. Bortolotto; Aline P. Fernandes; Bruna T. Baixo; Paula K. K. Karpinski;
Amanda F. Gregio; Lurdes Lepka; Jhonatan Spliethoff
Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná; Universidade Federal da Fronteira Sul/Laranjeiras
do Sul

O manejo da Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) tem sido um dos


grandes desafios para a produção de milho no Brasil. Em razão da dificuldade do
controle químico, o controle biológico tem despertado o interesse dos produtores.
Desse modo, esse estudo objetivou avaliar a infestação de lagarta-do-cartucho em
cultivo de milho submetido a diferentes estratégias de manejo da praga. O
experimento foi realizado em duas áreas experimentais, localizadas em Londrina,
durante a segunda safra de milho do estado do Paraná, Brasil. Foi utilizado o
delineamento em parcelão (300 m2), sendo que os tratamentos investigados foram:
controle biológico aumentativo [liberação massal de Telenomus remus
(Hymenoptera: Platygastridae)], manejo integrado (aplicação de inseticidas quando a
praga atingiu o nível de controle) e testemunha. No geral, foram quantificadas 1032
lagartas, no entanto, a infestação da praga e as injúrias foliares em milho foram
semelhantes entre os tratamentos, em ambas as safras. De modo geral, o
parasitismo natural das lagartas foi de 19%, não diferindo entre os tratamentos.
Dentre as espécies de parasitoides emergidas, destacaram-se Architas marmoratus
(36,5%) e Lespesia archippivora (20,3%) (Diptera: Tachinidae) na primeira safra e
Campoletis flavicincta (55,4%) e Chelonus insularis (38,6%) (Hymenoptera:
Braconidae) na segunda. Dentre os predadores, foram quantificados 92 indivíduos
no total, com maior abundância de Lebia concinna (Coleoptera: Carabidae) (35%),
hemípteros predadores (53%) e Doru luteipes (17%) (Dermaptera: Forficulidae). Por
fim, observou-se que, em ambas as safras, a produtividade da testemunha foi
semelhante aos tratamentos, provavelmente em razão da baixa infestação da praga
e, consequentemente, suas injúrias ocasionadas.

Palavras-Chave: controle biológico; parasitismo; predadores

Apoio Institucional: Capes

317
Espécies de pulgões e seus inimigos naturais em lavoura de trigo
Orcial C. Bortolotto; Jessica Miri; Bruna T. Baixo; Paula K. K. Karpinski;
Amanda Gregio; Lurdes Lepka; Carlos A. Lara; Marcelo Cruz Mendes
Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná

Os pulgões do trigo, se caracterizam por serem as principais pragas da cultura. No


Brasil, foi estabelecido um programa de controle biológico de pulgões no fim da
década de 70. No entanto, a ocorrência de seus parasitoides é desconhecida em
muitas regiões tritícolas. Desse modo, este trabalho teve como objetivo identificar e
realizar o levantamento populacional de pulgões e seus inimigos naturais na cultura
do trigo. O trabalho foi realizado no município de Guarapuava (PR), na área
experimental da Fazenda Três Capões. Para o levantamento populacional dos
pulgões e seus inimigos naturais foram realizadas avaliações semanais,
imediatamente após a emergência até a fase de grão massa dura. A identificação e
a quantificação dos pulgões e seus inimigos naturais ocorreram a campo, enquanto
os parasitados foram coletados e, iormente encaminhados ao Laboratório para
serem identificados. No total, foram quantificados 168 pulgões, sendo que as
espécies de pulgão encontradas foram Sitobion avenae (Fabricius, 1775),
Rhopalosiphum padi (Linnaeus, 1758) e Rhopalosiphum maidis (Fitch, 1856)
(Hemiptera: Aphididae) Os pulgões atingiram o pico populacional durante o estádio
fenológico de grão leitoso do trigo. Dentre os parasitoides, foram encontradas a
espécie Aphidius uzbekistanikus Luzhetzki, 1960 (n=14) e Aphidius ervi Haliday,
1834 (n=13) (Hymenoptera: Braconidae). Dentre os predadores, foram quantificados
12 sirfídeos, 22 coccinelideos e 8 crisopídeos. Em relação aos fatores climáticos,
não se observou influência da chuva e da temperatura (média) sobre os pulgões,
provavelmente em razão da baixa infestação. Por fim, este estudo registra três
espécies de pulgões e duas de parasitoides que estão adaptados à região de
Guarapuava.

Palavras-Chave: pulgões mumificados; Aphidiinae; predadores afidófagos

Apoio Institucional: Capes

318
Estimativa do controle biológico prestado por coccinelídeos
nativos na presença de Harmonia axyridis
Karina S. G. Kubota; Gustavo M. Tostes; Thaís E. A. A. S. Torres; Iane P.
Ferreira; Stephanie S. Ribeiro; Jenifer A. Soares; Debora P. Paula; Pedro H. B.
Togni
¹Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF

A joaninha asiática Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) foi


registrada no Brasil em 2002. Desde então, surgiram relatos de interações negativas
entre H. axyridis e coccinelídeos nativos que podem comprometer o controle
biológico de pulgões. O objetivo deste estudo foi determinar se a presença de H.
axyridis afeta o controle biológico de pulgões por coccinelídeos nativos em sistemas
orgânicos de produção de hortaliças. Foi realizado um experimento em três
propriedades produtoras de brócolis orgânico no Distrito Federal que possuíam
populações de H. axyridis coocorrendo com Cycloneda sanguinea (Linnaeus),
Eriopis connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera:
Coccinellidae). Em cada propriedade, foram selecionadas no mínimo 25 plantas
infestadas com afídeos. Em cada planta, populações de 10 a 50 pulgões por folha
foram mantidas no interior de gaiolas de exclusão dos predadores e em outra folha
com a mesma densidade de afídeos foi permitido o acesso aos predadores. Após
cinco dias, o número de pulgões nos tratamentos era contabilizado. As populações
de pulgões cresceram no interior das gaiolas de exclusão e decresceram fora. Além
disso, quanto maior a densidade populacional de predadores maior era a redução
populacional de afídeos fora das gaiolas de exclusão. Isso demonstra que o controle
biológico prestado pelos coccinelídeos foi um fator relevante na mortalidade de
pulgões. Nas propriedades com alta densidade populacional de H. axyridis a taxa de
crescimento populacional de afídeos foi menor do que na propriedade com baixa
densidade populacional de H. axyridis. Por outro lado, quando Hi. convergens era a
espécie mais abundante, também ocorria o controle biológico de afídeos de forma
satisfatória. Portanto, a eficiência do controle biológico prestado por coccinelídeos
pode não estar ligado a presença da joaninha invasora em si, mas a quantidade de
predadores em relação ao número de presas no ambiente.A joaninha asiática
Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) foi registrada no Brasil em
2002. Desde então, surgiram relatos de interações negativas entre H. axyridis e
coccinelídeos nativos que podem comprometer o controle biológico de pulgões. O
objetivo deste estudo foi determinar se a presença de H. axyridis afeta o controle
biológico de pulgões por coccinelídeos nativos em sistemas orgânicos de produção
de hortaliças. Foi realizado um experimento em três propriedades produtoras de
brócolis orgânico no Distrito Federal que possuíam populações de H. axyridis

319
coocorrendo com Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e
Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae). Em cada
propriedade, foram selecionadas no mínimo 25 plantas infestadas com afídeos. Em
cada planta, populações de 10 a 50 pulgões por folha foram mantidas no interior de
gaiolas de exclusão dos predadores e em outra folha com a mesma densidade de
afídeos foi permitido o acesso aos predadores. Após cinco dias, o número de
pulgões nos tratamentos era contabilizado. As populações de pulgões cresceram no
interior das gaiolas de exclusão e decresceram fora. Além disso, quanto maior a
densidade populacional de predadores maior era a redução populacional de afídeos
fora das gaiolas de exclusão. Isso demonstra que o controle biológico prestado pelos
coccinelídeos foi um fator relevante na mortalidade de pulgões. Nas propriedades
com alta densidade populacional de H. axyridis a taxa de crescimento populacional
de afídeos foi menor do que na propriedade com baixa densidade populacional de H.
axyridis. Por outro lado, quando Hi. convergens era a espécie mais abundante,
também ocorria o controle biológico de afídeos de forma satisfatória. Portanto, a
eficiência do controle biológico prestado por coccinelídeos pode não estar ligado a
presença da joaninha invasora em si, mas a quantidade de predadores em relação
ao número de presas no ambiente.

Palavras-Chave: Predador; serviço ecossistêmico; controle biológico conservativo

Apoio Institucional: UnB, CNPq, Embrapa

320
Taxas de parasitismo do predador exótico Harmonia axyridis e de
coccinelídeos nativos das Américas
Iane P. Ferreira; Thaís E. A. A. S. Torres; Gustavo M. Tostes; Karina S. G.
Kubota; Stephanie S. Ribeiro; Nicolle G. Moreira; Debora P. Paula; Valmir A.
Costa; Pedro H. B. Togni
Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF; ³Instituto Biológico, São Paulo, SP

Harmonia axyridis (Pallas) (Coleoptera: Coccinellidae) é uma espécie exótica


invasora no Brasil que tornou-se dominante nas comunidades de predadores
afidófagos. Por isso, essa espécie pode comprometer o controle biológico prestado
por coccinelídeos nativos. Uma das hipóteses que poderia explicar o sucesso da
invasão de H. axyridis no Brasil é a ausência de inimigos naturais para regular suas
populações. O objetivo deste estudo foi comparar a taxa de parasitismo entre H.
axyridis e coccinelídeos nativos para compreender se este é um fator relevante a ser
considerado no manejo da espécie invasora. Foram coletados adultos e imaturos de
H. axyridis e dos predadores nativos Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis
connexa (Germar) e Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera:
Coccinellidae) a cada 15 dias, de maio a setembro de 2018, em seis propriedades
orgânicas produtoras de hortaliças no Distrito Federal. Os indivíduos coletados em
campo eram mantidos em laboratório com dieta a base de afídeos até a emergência
dos parasitoides ou até a morte natural dos indivíduos. No total, foram coletados 730
larvas e adultos de coccinelídeos. Em geral, as larvas dos coccinelídeos foram mais
parasitadas (37,50% de parasitismo) do que os adultos (6,52%). A taxa de
parasitismo total (larvas + adultos) das três espécies nativas foi 7,90%, enquanto o
parasitismo total de H. axyridis foi 9,84%. As espécies nativas tiveram um maior
parasitismo na fase larval enquanto que o parasitismo de H. axyridis foi maior na
fase adulta. A espécie E. conexa foi o coccinelídeo mais parasitado (13,57%),
seguido por H. axyridis (9,78%), H. convergens (4,78%) e C. sanguinea (4,26%). As
taxas de parasitismo variaram ao longo do ano, sendo maiores nos períodos em que
os coccinelídeos eram mais abundantes. Portanto, a falta de inimigos naturais não
explica o sucesso de H. axyridis sobre os coccinelídeos nativos que desempenham
o serviço de controle biológico de pulgões.

Palavras-Chave: Invasão biológica; joaninha; biodiversidade

Apoio Institucional: UnB, Embrapa

321
Diversidade de parasitoides associados a coccinelídeos nativos e a
Harmonia axyridis
Gustavo M. Tostes; Iane P. Ferreira; Karina S. G. Kubota; Thaís E. A. A. S.
Torres; Stephanie S. Ribeiro; Debora P. Paula; Valmir A. Costa; Pedro H. B.
Togni
Departamento de Ecologia, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF; Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, Brasília, DF; Instituto Biológico, São Paulo, SP

Muitos coccinelídeos possuem potencial para uso em estratégias de controle


biológico clássico e aumentativo. Por isso, espécies como Harmonia axyridis (Pallas)
(Coleoptera: Coccinellidae) foram introduzidas com sucesso em vários locais do
mundo. Os parasitoides em geral podem afetar as populações de coccinelídeos e
comprometer sua eficiência como agentes de controle biológico. É esperado que a
espécie introduzida tenha menos parasitoides associados do que as espécies
nativas que realizam o controle biológico natural na sua região de origem. Para
testar essa hipótese, foram coletados larvas e adultos das espécies H. axyridis e dos
predadores nativos Cycloneda sanguinea (Linnaeus), Eriopis connexa (Germar) e
Hippodamia convergens (Guérin-Meneville) (Coleoptera: Coccinellidae) em seis
propriedades orgânicas produtoras de hortaliças no Distrito Federal entre maio e
outubro de 2018. As larvas e adultos dos coccinelídeos foram mantidos em
laboratório até a emergência dos parasitoides ou até que os indivíduos morressem.
Foram encontradas as seguintes espécies de parasitoides associados aos
coccinelídeos: Homalotylus terminalis Say (Hymenoptera: Encyrtidae), Homalotylus
mirabilis (Brethes) (Hymenoptera: Encrtidae), Dinocampus coccinellae (Schrank)
(Hymenoptera: Braconidae) e Strongygaster triangulifera (Loew) (Diptera:
Tachinidae). As espécies D. coccinellae e S. triangulifera foram encontrados
parasitando adultos e H. terminalis e H. mirabilis foram encontrados parasitando
larvas. Apenas H. mirabilis não foi encontrado parasitando larvas de H. axyridis. O
parasitoide D. coccinellidae foi a espécie mais frequente nas amostras, sendo
responsável por 66,7% do parasitismo observado em adultos de H. axyridis, 60,0%
em C. sanguinea, 63.6% em H. convergens e 22,2% em E. connexa. Portanto, a
diversidade de parasitoides associados a agentes de controle biológico nativos e as
taxas de parasitismo são semelhantes ao encontrado para H. axyridis.

Palavras-Chave: controle biológico; joaninha; parasitismo

Apoio Institucional: UnB, Embrapa

322
A criação de Telenomus remus, em laboratório, por gerações
sucessivas, altera suas características para controle biológico?
Pedro Holtz de Paula; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra
Depto. de Entomologia e Acaralogia ESALQ - USP

O trabalho tem como objetivo avaliar se a criação do parasitoide Telenomus remus


Nixon, por sucessivas gerações em laboratório, altera suas características como
agente de controle biológico de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith). O experimento
foi iniciado com a coleta de uma população dos parasitoides provenientes do campo,
com características do inseto selvagem. Esta população foi mantida em laboratório a
25oC e 75% de UR onde foram, apenas, oferecidos ovos de S. frugiperda para
serem parasitados e mel puro para alimentação dos adultos. A partir da F1 a cada 5
gerações até F11 (F1; F6; F11), foram realizadas avaliações de características
biológicas de T. remus: capacidade de voo, parasitismo e longevidade. O teste de
voo foi feito no modelo ESALQ composto por um tubo de PVC com 15 cm de
diâmetro, com seu interior coberto com um papel preto. O tubo de PVC foi fechado
por uma tampa plástica transparente com cola na face interna e um anel de cola de
0,5 centímetro de largura circundando o tubo de PVC, a uma altura de 3,5
centímetros da base inferior da gaiola, qual serviu para captura dos parasitoides
“caminhadores”. O parasitismo e longevidade foram avaliados, oferecendo-se
diariamente cartelas contendo uma massa de ovos de S. frugiperda a fêmeas
individualizadas em tubos, até a morte destas fêmeas. O parasitismo foi avaliado
contando-se o número de ovos que escureceram (parasitados) na massa de ovos. A
capacidade de voo de T. remus foi afetada, na geração F1 a proporção de voadores
foi de 60% e a partir de F6 esta proporção decaiu para 40% (em F6 e F11). A
capacidade de parasitismo foi semelhante em todas as gerações. A longevidade em
F1 e F6 foi semelhante, por volta de 11 dias, diferindo de F11, que apresentou uma
longevidade de oito dias.

Palavras-Chave: controle de qualidade

Apoio Institucional: Programa Unificado de Bolsas - PUB

323
Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) Como Hospedeiro
Alternativo para criação de Trichogramma pretiosum Riley
Rafael Hayashida; Ayres de O. Menezes Jr.; Renato R. Machado; Adeney de F.
Bueno
1
Universidade Federal do Paraná, Email: hayashidarafael@gmail.com; 2,3Universidade Estadual de
Londrina; 4Embrapa Soja

O programa de controle biológico com parasitoides do gênero Trichogramma é um


dos mais utilizados e estudados no mundo. A liberação massal desse parasitoide é
uma importante ferramenta para o manejo integrado de pragas em diversas culturas,
adicionando benefícios ecológicos e econômicos para quem a adota. Para tanto, são
necessárias criações em laboratório do parasitoide e de seu hospedeiro. Atualmente
são utilizados hospedeiros alternativos, sendo mais comum espécies de traças de
grãos armazenados, por apresentarem praticidade em sua criação. O objetivo desse
trabalho foi avaliar através de parâmetros biológicos do parasitoide, o potencial do
uso de Galleria mellonella (L.) (Lepidoptera: Pyralidae) como hospedeiro alternativo
para a produção de T. pretiosum. O estudo foi realizado em laboratório com
condições controladas de 25±1ºC, 14:10 h L:E, e 70 ± 10% UR. Cartelas contendo
massas com aproximadamente 100 ovos de G. mellonella em tubos de vidro (tubos
de Duran), foram expostas à presença de fêmeas recém emergidas e acasaladas,
por 4 dias, retirando-se as fêmeas após esse período. Foram realizadas 15
repetições e cada tubo representava uma repetição. O delineamento experimental
utilizado foi inteiramente casualizado. Para avaliar a adequabilidade de T. pretiosum
em ovos de G. mellonella foram observados os seguintes parâmetros: taxa de
parasitismo, porcentagem de emergência, tempo de emergência (dias) e razão
sexual. Foi observada taxa de parasitismo média de 75%, emergência de 98% e
uma razão sexual de 0,55 [fêmeas/(fêmeas+machos)], além disso, cerca de 89,6%
dos parasitoides emergiram entre o 19º e o 23º dia após a exposição. Os resultados
indicam a possibilidade de utilização de ovos de G. mellonella como hospedeiro de
T. pretiosum. Entretanto, estudos adicionais são necessários para determinar a
performance do parasitoide após sucessivas gerações, assim como viabilidade
econômica para sua utilização do hospedeiro em larga escala em biofábricas.

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicado; Parasitoides de ovos; Criação massal

Apoio Institucional: Embrapa Soja

324
Interação entre modos de liberação de Telenomus podisi: plantio
direto (SPD) e convencional (SC)
Rafael Hayashida; Ana P. de Queiroz; Adeney de F. Bueno
1,2
Universidade Federal do Paraná; 3Embrapa Soja

O presente estudo foi realizado em condições de campo, em esquema fatorial triplo


(2x2x2), sendo considerados dois sistemas [sistema de plantio direto (SPD) e
sistema convencional (SC)] de cultivo de milho, dois tipos de liberações de
Telenomus podisi (liberação em cápsula contendo pupas do parasitoide e liberação
de adultos livres) e dois extratos de liberação (na planta e palhada, quando em SPD,
ou na planta e solo, quando em SC). Em cada área foram avaliadas 10 cartelas
contendo ovos de Dichelops melacanthus, sendo considerada cada cartela uma
repetição. Para avaliar a eficiência da liberação, foi quantificado o número de ovos
parasitados em cada tratamento. Foram realizadas avaliações no estágio V1 e no
estágio V4-V5. No estágio V1 houve uma interação significativa entre os três fatores,
sendo necessário desdobrar cada interação. Quando desdobrado os sistemas de
plantio, em SPD, a maior quantidade de ovos parasitados foi encontrada na
liberação de adultos em plantas (17,8 ovos) e a menor em cápsulas na palhada (1
ovo); enquanto em SC, a maior média observada foi de liberação de adultos em
planta (12,8 ovos) em relação a todas as demais liberações. Quando desdobrados
os modos de liberação, verificou-se que nas liberações de adultos, não houve
diferenças significativas quanto à liberação na planta em ambos sistemas, SPD
(17,8 ovos) e SC (12,8 ovos), no entanto, verificou-se diferença entre liberações no
solo em SC (18,2 ovos) e liberação na palhada em SPD (1,7 ovo). Por outro lado,
nas liberações em cápsulas não foi observada diferenças na quantidade de ovos
independentemente ao sistemas e/ou extrato de liberação. Em V4-V5, não foi
possível encontrar interação entre os fatores, sendo que a liberação de adultos (6,73
ovos) foi superior às cápsulas (2,85), a liberação na planta (7,9 ovos) foi superior à
liberação no solo/palhada (1,65 ovo), no entanto, não foi possível observar diferença
significativa entre os sistemas SPD e SC (4,73 e 4,83 ovos, respectivamente).

Palavras-Chave: Controle Biológico Aplicado

Apoio Institucional: Embrapa Soja

325
Seletividade de inseticidas utilizados na cultura da soja a
Trichogramma pretiosum em diferentes condições experimentais
Carlos E. M. Neto; Thais K. V. Leão; João V. A. Sousa; Luiz F. R. Junior;
Gustavo A. Simon; Rafael Hayashida; Eduardo L. Carmo
1,2,3,4,5, 7
Universidade de Rio Verde, Rio Verde-GO; 6Universidade Federal do Paraná

No manejo integrado de pragas das culturas, a compatibilidade entre pesticidas e


agentes de controle biológico é importante para preservação do equilíbrio do
agroecossistema. Todavia, a realização de testes de seletividade padronizados é
fundamental para classificar produtos quanto à toxicidade aos inimigos naturais.
Testes em condições de laboratório são menos permissivos aos insetos, visto não
existir rota de fuga, diferentemente do campo. Trabalhos de seletividade de produtos
obtidos em condições controladas são inúmeros, porém, escassos a campo. Nessa
condição, sobretudo a cultura da soja, se tornam relevantes, considerada a
abrangência territorial e a quantidade de pesticidas empregados no controle de
pragas dessa cultura. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ação de inseticidas
de amplo espectro, utilizados na cultura da soja, ao parasitoide de ovos
Trichogramma pretiosum, Riley (Trichogrammatidae) em distintas condições
experimentais. Os ensaios foram conduzidos nas dependências da Universidade de
Rio Verde (UniRV), GO, na safra de verão 2018/2019. Parasitoides nas fases
imaturas e adulta foram expostos ao contato com os inseticidas acefato e metomil
em condições de laboratório e campo (soja em estádio R5), respectivamente. Para
tanto, utilizou-se de metodologias propostas pela IOBC/WPRS para Trichogramma
cacoeciae, Marchal (Trichogrammatidae). Dados da viabilidade do parasitismo foram
submetidos à análise estatística e sua redução, em relação à testemunha, foi
classificada de acordo com as normas da IOBC. A exposição dos estádios iniciais de
desenvolvimento do parasitoide aos inseticidas, em condições controladas,
reduziram o parasitismo, uma vez que foram classificados de levemente a
moderadamente nocivos, respectivamente. A campo, houve menor efeito tóxico da
aplicação dos inseticidas sobre a ação do parasitoide, classificados como inócuos.
Portanto, testes de seletividade em diferentes ambientes experimentais podem
expressar resultados divergentes.

Palavras-Chave: IOBC; parasitoide de ovos; viabilidade e redução do parasitismo

Apoio Institucional: Universidade de Rio Verde

326
Efeito do parasitismo de Hexacladia smithii em aspectos biológicos
e demográficos de Euschistus heros
Michely Ferreira Santos de Aquino 1; Edison Ryoiti Sujii1; Maria Carolina
Blassioli-Moraes12; Miguel Borges12; Raúl Alberto Laumann12
1
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Parque Estação Biológica, PqEB, Av. W5 Norte (final)
Brasília - DF, 2Programa de Pós-Graduação e Zoologia, Universidade de Brasília

O conhecimento da fauna de parasitoides associada aos percevejos adultos e o


impacto em suas populações podem contribuir no desenvolvimento de ferramentas
para o manejo de percevejos praga da soja. O objetivo deste trabalho foi estudar o
impacto do parasitismo por Hexacladia smithii (Ashmead, 1891) (Hymenoptera:
Encyrtidae) em parâmetros da dinâmica populacional de Euschistus heros
(Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae) e modelar o impacto do parasitismo no
crescimento populacional. Trabalhou-se com populações de insetos coletados em
campos de soja do Distrito Federal. Foram avaliados a fecundidade e longevidade
de E. heros parasitados e não parasitados por fêmeas de H. smithii e calculados os
parâmetros demográficos (Ro ,Ro, rm, λ e T) utilizando o programa Life Table (SAS).
Para estimar o crescimento populacional de E. heros sob diferentes condições (ciclo
da soja, população de percevejos migrantes, porcentagem de parasitismo e
contribuição de parasitoides de adultos e de ovos) foi utilizada a taxa intrínseca de
crescimento de fêmeas não parasitadas (rmnp=0,07) e parasitadas (rmp=0,05). O
crescimento populacional foi modelado utilizando a equação de crescimento
exponencial. O parasitismo de H. smithii afetou a fecundidade de E. heros com
consequente redução da taxa de crescimento populacional (Ro e rm) em
comparação a fêmeas de E. heros não parasitadas. O efeito negativo do parasitismo
também foi observado em simulações onde foram consideradas diferentes
condições de parasitismo, migração de percevejos, duração de ciclo da soja e
combinação com parasitismo de ovos. Nessas simulações as populações de E.
heros parasitadas mostram uma redução significativa do crescimento populacional
atingindo níveis finais menores que, em alguns casos, as mantem por baixo do nível
de dano econômico. Os resultados sugerem que um manejo adequado dos
parasitoides pode resultar em um fator regulador do crescimento populacional de E.
heros.

Palavras-Chave: regulação de populações; dinâmica populacional; parasitoides

Apoio Institucional: EMBRAPA, CNPq, FAP-DF

327
Comportamento de busca de hospedeiros pelo parasitoide de ovos
Telenomus podisi em ambientes com estímulos multimodais
Ana Carolina Gomes Lagôa1; Brunna Leticia Oliveira Santana2; Maria Carolina
Blassioli-Moraes3; Miguel Borges3; Raúl Alberto Laumann3
1
PPG Zoologia, Universidade de Brasília, Brasília-DF, Brasil 2Universidade Paulista – UNIP, Brasília-
DF, Brasil 3Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Recursos Genéticos e Biotecnologia,
Brasília, Brasil

Parasitoides de ovos da família Platygastridae são importantes agentes de controle


biológico. Quando forrageiam procurando hospedeiros fêmeas destes parasitoides
utilizam uma série de estímulos produzidos direta ou indiretamente por seus
hospedeiros. A possível sinergia entre estímulos multimodais, que pode potencializar
sua atratividade, é praticamente desconhecida. Neste trabalho se avaliou o
comportamento de fêmeas do parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead, 1893
(Hymenoptera: Platygastridae) em resposta a associação de estímulos visuais (cor
do substrato) e estímulos de natureza química e física. Para isto a cor do substrato
foi combinada com: (1) sinais vibratórios produzidos pelo percevejo Euschisthus
heros (Fabricius, 1798) (Hemiptera: Pentatomidae), (2) voláteis induzidos por
herbivoria de plantas de soja com injúria alimentar de E. heros, (3) voláteis emitidos
por adultos de E. heros e (4) rastros químicos liberados no substrato por E. heros.
Os experimentos foram realizados em arena de dupla escolha. Cada combinação de
estímulos foi avaliada da seguinte forma: quatro testes onde em um braço da arena
foi oferecido um dos estímulos (cor do substrato, sinais vibratórios ou estímulos
químicos) versus controle (ausência de estímulo). Posteriormente, para estudar a
possível sinergia entre estímulos, foi avaliada a resposta do inseto quando os
estímulos foram combinados dois a dois versus a cor do substrato. As fêmeas do
parasitoide mostraram resposta quimiotáxica para todos os estímulos avaliados em
relação ao controle. No entanto, o possível efeito sinérgico ou aditivo das
combinações dos estímulos não foi observado. Os resultados sugerem uma
sequência de uso ou gradiente de estímulos em lugar de uma integração de
informação. Esta informação é relevante quando se considera a utilização de estes
estímulos para o manejo comportamental dos parasitoides visando o controle
biológico.

Palavras-Chave: comportamento; sinergia; inimigo natural

Apoio Institucional: EMBRAPA, CNPq, FAP-DF, CAPES

328
Differentiation of parasitized or non-parasitized Tephritidae pupae
based on hyperspectral reflectance profiling
Simone Mundstock Jahnke; Christian Nansen; Daniel Capella Zanotta
Universidade federal do Rio Grande do Sul

One possible alternative to insecticide-based control of economically important fruit


fly (Tephritidae) species is to deploy biological control with parasitoids. In this
method, a large number of parasitoids are produced in mass rearing and later
released into the field. Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hym.,
Braconidae) is used to control several species of tephritids of economic importance
in different fruit producing countries. During mass rearing of the parasitoids, quality
control is important to optimize the operations. In addition, quality control can be
deployed in fields, in which the biological control agent is released. In both types of
quality control, the key challenges are to discriminate between parasitized and non-
parasitized pupae. Hyperspectral profiling is being deployed in studies of insects and
specifically to both parasitism and ontogeny of pupae. The main purpose of this study
was to determine, through the use of hyperspectral imaging and analysis of average
reflectance, differences between parasitized pupae of Anastrepha fraterculus
(Wiedemann) and Ceratitis capitata (Wiedemann) (Tephritidae). Images of groups of
pupae of each species parasitized or not, were obtained. A hyperspectral camera
(PIKA II, Resonon Inc., Bozeman, MT) was used. Spectral bands were used to
develop reflectance-based classification models for each species. The mean
reflectance of parasitized pupae was higher than that from non-parasitized, both for
A. fraterculus and C. capitata. The profiles indicate that parasitism of the host pupae
was detectable for the spectral range between 407 and 630 nm for C. capitata and
between 590 and 900 nm for A. fraterculus. The results of this study show the
potential of the hyperspectral image as a tool for the quality control of Tephritidae
parasitoids rearing.

Palavras-Chave: fruit fly; parasitoid; image analysis

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

329
Competição interespecífica entre os himenópteros
Diachasmimorpha longicaudata (Braconidae) e Aganaspis
pelleranoi (Figitidae)
Roberta Agostini Rohr; Simone Mundstock Jahnke; Luiza Rodrigues Redaelli;
Jéssica Ckless Pereira; Geluse Medronha Caldasso
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) é um


parasitoide utilizado para o controle de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e
tendo sido introduzido em vários países da América, inclusive no Brasil. O
parasitoide nativo da região americana Aganaspis pelleranoi (Brèthes)
(Hymenoptera: Figitidae), é uma espécie frequente e abundante em levantamentos à
campo e considerado promissor em programas de controle biológico. Ambas as
espécies parasitam preferencialmente larvas de terceiro ínstar. Assim, o trabalho
objetivou avaliar a competição interespecífica entre D. longicaudata (DL) e A.
pelleranoi (AP), em larvas de Anastrepha fraterculus (Wiedemann) (Tephritidae). Os
bioensaios foram realizados em laboratório, oferecendo-se larvas hospedeiras a
somente um parasitoide em uma única ocasião, em duas ocasiões ou ainda para as
duas espécies de parasitoides, alternando a sequência de oferecimento. Houve seis
regimes de exposição: AP; DL; AP-AP; DL-DL; AP-DL; DL-AP, com 40 repetições
cada. Foram registrados os números médios de pupários parasitados e parasitoides
emergidos, índice de parasitismo e a razão sexual da prole. A média de pupários
parasitados e parasitoides emergidos foi maior nos tratamentos DL-DL e DL-AP (6,3
± 0,24; 6,2 ± 0,24, respectivamente). O índice de parasitismo foi de 41,2% para AP,
53,7% para DL, 43,5% para AP-AP, 72,1% para DL-DL. Para o tratamento AP-DL foi
de 12,6 % (AP) e de 46% (DL) e para DL-AP, foi de 60,3% (DL) e 7,9% (AP).
Quando os hospedeiros foram expostos somente uma vez aos parasitoides, a razão
sexual foi desviada para machos (0,47 AP; 0,49 DL), mas quando expostos duas
vezes independente do tratamento, exceto AP-DL (0,41 DL), gerou prole com mais
fêmeas, variando de 0,52 a 0,60. Os resultados demonstram que há competição
entre os parasitoides, quando ambos parasitam o mesmo hospedeiro. Independente
da ordem de ocorrência do parasitismo, D. longicaudata suprime a emergência de A.
pelleranoi.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

330
A importância do parasitismo natural no controle de noctuídeos
tolerantes a soja Bt
Tamara A. Takahashi; Adélia M. Bischoff; Magda F. Paixão; Guilherme
Nishimura; Luís A. Foerster
Universidade Federal do Paraná

Espécies de noctuídeos naturalmente tolerantes à toxina Cry1Ac vem demonstrando


potencial em ocasionar danos à cultura da soja. Com a diminuição nas aplicações de
inseticidas na cultura, espera-se que inimigos naturais possam controlar
naturalmente tais espécies. O objetivo desse trabalho foi verificar a densidade de
lagartas e seus parasitoides larvais em soja Bt durante as safras de 2017/18 e
2018/19. O levantamento foi realizado em uma área de 14 hectares no município de
São José dos Pinhais (25°36’46.0”S, 49°08’21.5”W), Paraná, entre os meses de
janeiro e março No primeiro ano a área foi semeada com a cultivar Syn13671IPRO e
no segundo ano com as cultivares M5617IPRO e Syn1561IPRO. As lagartas foram
coletadas semanalmente pelo método do pano-de-batida em 10 pontos aleatorios da
área. Os espécimes foram levados ao laboratório, e individualizados e alimentados
com folhas de soja da área de onde foram coletados. Após a emergência de
mariposas e parasitoides, estes foram enviados para a indentificação por
especialistas. Na safra 2017/2018, um total de 30 lagartas foram coletadas, das
quais Spodoptera eridania (Cramer), 1782 (Lepidoptera: Noctuidae) correspondeu a
73,33%, Spodoptera cosmioides (Walker), 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) 20% e
Peridroma saucia Hübner, 1808 (Lepidoptera: Noctuidae) 6,67%. O parasitismo foi
de 66,67% em S. cosmioides, 31,82% em S. eridania e 50% em P. saucia. Na safra
2018/2019, 245 lagartas foram coletadas, das quais 11,43% foram representada por
S. cosmioides, 85,31% por S. eridania e 3,27% por Spodoptera frugiperda (Smith),
1797 (Lepidoptera: Noctuidae). O parasitismo natural foi de 14,29% para S.
cosmioides e 15,79% para S. eridania. Das lagartas de S. frugiperda coletadas,
nenhuma estava parasitada. O controle biológico conservativo deve ser considerado
como a principal tática de manejo para o controle das espécies naturalmente
tolerantes às toxinas Bt.

Palavras-Chave: levantamento populacional; pano-de-batida; parasitoide larval

Apoio Institucional: CAPES

331
Biologia de uma nova espécie de Aleiodes sp. (Hymenoptera:
Braconidae) parasitando lagartas de Spodoptera eridania (Cramer)
Tamara A. Takahashi; Eduardo M. Shimbori; Luís A. Foerster
Universidade Federal do Paraná

A expansão do cultivo de soja geneticamente modificada com genes da bactéria


Bacillus thuringiensis (Bt) alterou significativamente o manejo de pragas devido à
sua eficiência no controle dos insetos-alvo. Espécies de Spodoptera Guenée, 1852
(Lepidoptera: Noctuidae) apresentam baixa ou nenhuma suscetibilidade à soja que
expressa a toxina Cry1Ac. O uso de inimigos naturais, como parasitoides, para o
controle dessas espécies garante eficiência e durabilidade à tecnologia ao diminuir a
pressão de seleção de insetos resistentes, sendo Aleiodes sp. Wesmael, 1838
(Hymenoptera: Braconidae) um promissor agente de controle. O objetivo desse
trabalho foi verificar o parasitismo e o desenvolvimento de Aleiodes sp. em lagartas
de Spodoptera eridania (Cramer), 1782 (Lepidoptera: Noctuidae) em soja Bt. Quinze
lagartas de segundo instar alimentadas desde a eclosão com folhas de soja
convencional ou Bt foram expostas, por 24 horas, por uma fêmea previamente
copulada de Aleiodes sp., repetindo-se o mesmo procedimento durante três dias.
Foram avaliados o parasitismo acumulado durante os três dias de avaliação, tempo
de desenvolvimento ovo-adulto, peso do casulo, emergência e razão sexual. Não
houve diferença estatística em nenhum dos parâmetros avaliados entre os dois
tratamentos. O parasitismo médio (± EP) foi de 55,06 ± 3,60% no tratamento com
soja Bt, e 55,72 ± 3,95% em soja convencional. O peso médio dos casulos foi de 4,1
± 0 mg nas lagartas alimentadas com soja Bt e 4,2 ± 0,10 mg em soja convencional.
O tempo médio de desenvolvimento de ovo-adulto no tratamento convencional foi
16,09 ± 0,11 dias e no Bt de 15,95 ± 0,09 dias. A emergência foi superior a 85% nos
dois tratamentos. A razão sexual no tratamento Bt foi de 0,41 e de 0,43 no
tratamento convencional. Os resultados indicam que a biologia do parasitoide não foi
afetada pela presença da toxina Bt (Cry1Ac) nas folhas de soja, corroborando seu
potencial de estabelecer-se e controlar naturalmente S. eridania em campo.

Palavras-Chave: Controle biológico; parasitoide larval

Apoio Institucional: CAPES

332
Dinâmica do parasitoide Quadrastichus mendeli em galhas de
Leptocybe invasa em mudas de Eucalyptus grandis x E.
camaldulensis
Thais A. Mota; Amanda R. Souza; José R. Passos; Barbara O. Puretz; Carolina
Jorge; Sidnei Dallacort; Carla C. Jardim; Caroline D. Souza; Lorena E. D. C.
Hilário; Carlos F. Wilcken
Universidade Estadual Paulista "Julio Mesquita Filho"

A vespa-da-galha-do-eucalipto, Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae) é uma


praga exótica, com alto potencial de danos em viveiros e em plantações de
Eucalyptus spp. O controle biológico tem demonstrado ser uma ferramenta
promissora pela eficiência de controle. O parasitoide Quadrastichus mendeli
(Hymenoptera: Eulophidae), recentemente encontrado no Brasil, é um dos principais
agentes de controle de L. invasa em diversos países. O objetivo foi avaliar o
parasitismo de L. invasa por Q. mendeli em mudas de Eucalyptus grandis x E.
camaldulensis em condições laboratoriais, com infestação de L. invasa. Mudas de
eucalipto com 90 dias de idade, infestadas naturalmente por fêmeas de -L. invasa,
foram acondicionadas em uma sala climatizada com 25°C ± 2°C, UR de 70 ± 10% e
fotofase de 12 h. As galhas presentes nas mudas já haviam a presença do
parasitoide por infestação natural do viveiro. No primeiro tratamento foi liberado
cerca de 5 fêmeas de Q. mendeli por muda durante três dias, no segundo
tratamento foi considerado apenas o parasitismo ocorrido natural no viveiro. Cada
tratamento consistiu de 22 repetições, para a avaliação diária da emergência de
adultos de Q. mendeli e L. invasa. Modelos de regressão não lineares mistos
inflacionados de zeros no tempo foram utilizados para o número de vespas e
parasitoides para cada tratamento. A modelagem dos valores não nulos foi utilizada
distribuição Poisson com efeito quadrático do tempo, intercepto aleatório e estrutura
de dependência no tempo. A emergência de adultos de Q. mendeli foi do 10° ao 63°
dia, e L. invasa do 10° ao 71° dia para o tratamento 1, no tratamento 2 durou do 12°
ao 55° dia para Q. mendeli e L. invasa do 12° ao 68°dia. Os resultados não
deferiram significativamente entre os tempos para os máximos do número de vespas
e parasitoides (p>0,05) e diferença significativa entre os máximos dos mesmos
(p<0,05), na quantidade de parasitoides emergidos para o primeiro tratamento.

Palavras-Chave: praga exótica; eucalipto; viveiro

Apoio Institucional: Capes, IPEF / PROTEF

333
Prospecção de endossimbiontes em Encarsia inaron
(Hymenoptera: Aphelinidae)
Thaís C. S. Cirino; Amanda M. Furuya; Vanessa R. de Carvalho; Regiane C. O.
F. Bueno
Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP / FCA

O termo simbiose classifica interações biológicas entre indivíduos de duas espécies


diferentes, ou seja, é a convivência entres dois organismos, seja ela benéfica ou
maléfica. Os endossimbiontes associados a parasitoides são importantes, pois
podem modificar o tipo de reprodução, fitness, longevidade, resistência e outras
características desses insetos. Desse modo, para o desenvolvimento de programas
de controle biológico torna-se necessário que além de estudo dos parâmetros
biológicos e ecológicos dos parasitoides seja realizado a identificação das espécies
de endossimbiontes presentes nestes agentes de controle biológico. Por esse
motivo, objetivou-se a identificação de endossimbiontes associados ao parasitoide
de ninfas Encarsia inaron (Walker, 1839) (Hymenoptera: Aphelinidae), espécie com
potencial em ser utilizada no manejo de Bemisia tabaci (Gennadius, 1889)
(Hemiptera: Aleyrodidae), popularmente conhecida como mosca-branca,
considerada hoje uma das principais pragas em culturas em todo o mundo. Os
insetos utilizados no estudo para extração genômica do DNA foram obtidos a partir
de criação do laboratório do Grupo de Pesquisa em Manejo Integrado de Pragas na
Agricultura (FCA/UNESP). Foram exploradas a presença dos endossimbiontes dos
gêneros Wolbachia, Rickettsia, Arsenophonus, Hamiltonella, Carsonella, Serratia,
Spiroplasma, Regiella, Cardinium e Sodalis pela reação em cadeia da polimerase
(PCR) do fragmento do gene 16S rRNA. Os resultados foram positivos para os
gêneros de endossimbiontes Wolbachia, Rickettsia e Serratia, confirmando a
associação dos parasitoides com esses organismos. Os possíveis efeitos dessa
interação nos parâmetros biológicos e processos reprodutivos de Encarsia inaron
em criação massal e na eficácia deste agente de controle biológico em campo
variam e necessitam de investigação para que o programa de controle biológico
envolvendo a espécie de parasitoide em questão seja de fato eficaz.

Palavras-Chave: Controle biológico de mosca-branca

Apoio Institucional: Capes

334
Características biológicas de Encarsia inaron (Hymenoptera:
Aphelinidae) em estádios ninfais de Bemisia tabaci (Hemiptera:
Aleyrodidae) Middle East-Asia Minor 1 (MEAM 1)

Amanda M. Furuya; Thaís C. S. Cirino; Carla J. Oliveira; Felipe M. M. Santos;


Regiane C. O. F. Bueno
Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP / FCA

O principal método de controle adotado para mosca-branca, Bemisia tabaci


(Gennadius, 1889) (Hemiptera: Aleyrodidae), é a utilização de produtos
fitossanitários, que usados de forma prevalente implica na seleção de populações
resistentes aos diferentes grupos químicos, que compõem as fórmulas dos
inseticidas, além de possuírem efeito residual no ambiente. Outra tática preconizada
pelo Manejo Integrado de Pragas (MIP) no controle de B. tabaci é o biológico, em
que o uso de parasitoides do gênero Encarsia tem apresentado potencial na
supressão da mosca-branca. Dentre as espécies do gênero, Encarsia inaron
(Walker, 1839) (Hymenoptera: Aphelinidae) tem se destacado como potencial no
controle da praga. Dessa forma, estudos para o conhecimento das características
biológicas são importantes para determinar o potencial de utilização dos inimigos
naturais no manejo de insetos-praga e para auxiliar na criação massal desse agente
biologico. Dessa forma, objetivo-se avaliar as características biológicas de E. inaron
em ninfas de B. tabaci Middle East-Asia Minor 1 (MEAM 1), também conhecida
como biótipo B, em 2º, 3º e 4º ínstares, identificando desse modo em qual estádio
ninfal o parasitoide se desenvolve melhor e o parasitismo é mais eficiente. Foram
avaliados o número de ninfas parasitadas, viabilidade, número de machos e fêmeas
e duração do período de ovo-adulto. O desenvolvimento de E. inaron foi mais rápido
nos 4º e 3º ínstares, em média 15 dias, em comparação ao 2º ínstar, em média 20
dias, ou seja, o ciclo do parasitoide é menor em estádios mais avançados das ninfas
de B. tabaci, o que é positivo para agentes de controle biológico no ambiente.
Quanto à razão sexual, não houve emergência de machos, o que levanta a hipótese
da ocorrência de partenogênese telítoca devido à infecção pelo endossimbionte do
gênero Wolbachia, algo que necessita de mais estudos. Não foram observadas
diferenças estatísticas entre os dados nos demais parâmetros.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mosca-branca; Parasitoide de ninfas

Apoio Institucional: Capes

335
Efeito da temperatura no voo do parasitóide Cleruchoides noackae
( Hymenoptera: Mymaridae)
Thamires L. Santos; Luciane K. Becchi; Leonardo C. Vieira; Caroline D. de
Souza; Carla C. Jardim; Heitor C. Neto; Gabriela Cavallini; Camila Z. Bassi;
Leonardo R. Barbosa; Carlos F. Wilcken
Universidade Estadual Paulista

Após a introdução do eucalipto no Brasil, a introdução de pragas exóticas foi


inevitável, como relatado para o percevejo-bronzeado Thaumastocoris peregrinus
Carpintero & Dellapé, 2006 (Hemiptera: Thaumastocoridae) em 2008, que vem
causando danos econômicos à cultura no Brasil. Uma das táticas utilizadas no
controle de T. peregrinus é o controle biológico, utilizando o parasitoide de ovos
Cleruchoides noackae Lin & Huber, 2007 (Hymenoptera: Mymaridae). O objetivo foi
avaliar o efeito da temperatura no voo do parasitoide. Foi utilizado uma unidade
teste modelo ESALQ, que consiste em um cilindro de PVC (18 cm de altura x 11 cm
de diâmetro) com o interior recoberto por cartolina preta, e o fundo vedado com
plástico flexível preto ajustado com disco de isopor. Na parede interna foi pincelado
a 3,5 cm da extremidade inferior, um anel de cola para determinar parasitoides
caminhadores. Para determinar parasitoides voadores, uma placa de Petri foi
pincelada com cola entomológica e encaixada na parte superior do cilindro. Cem
ovos de T. peregrinus parasitados por C. noackae foram individualizados em tubos
de vidro, e fixados no centro das unidades-teste e colocados em sala climatizada a
20, 25 e 30 ± 2ºC, UR de 60 ± 10% e fotofase de 24 h. O experimento foi
inteiramente casualizado com três tratamentos e cinco repetições. Os dados foram
submetidos a ANOVA e comparada pelo teste de Tukey. O aumento na
porcentagem de parasitoides voadores foi diretamente proporcional ao aumento da
temperatura, variando de 14% (20ºC) a 48% (30°C). A maior porcentagem de
parasitoides caminhadores foi observada a 20ºC, com 61%. Na temperatura de
20ºC, 14% dos parasitoides foram classificados como caminhadores, enquanto que
a 25 e 30º, 46 e 41% foram caminhadores. Dessa forma, a temperatura baixa afetou
o voo de C. noackae em laboratório, sugerindo que a liberação de C. noackae a
campo seja feita em temperaturas acima de 25ºC.

Palavras-Chave: Parasitóide de ovos; Eucalyptus ssp; Controle biológico

Apoio Institucional: PROTEF/IPEF e CAPES

336
Predação de lagartas de Palpita forficifera por ninfas de Podisus
nigrispinus
Tiago Scheunemann; Alexandra P. Krüger; Amanda M. Garcez; Júlia G. A.
Vieira; Daniel Bernardi; Dori E. Nava
Programa de Pós-graduação em Fitossanidade, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil,
96010900

A lagarta-da-oliveira Palpita forficifera Munroe, 1959 (Lepidoptera: Crambidae) é a


principal praga da oliveira (Olea europaea L., Oleaceae), no Brasil. Dentre seus
inimigos naturais, Podisus nigrispinus (Dallas, 1851) (Hemiptera: Pentatomidae) tem
sido relatado predando larvas de diferentes instares. O objetivo do trabalho foi
conhecer a capacidade de predação de ninfas de P. nigrispinus em diferentes
densidades de lagartas de P. forficifera. Foram utilizados insetos oriundos de criação
de manutenção realizada em condições controladas de temperatura (25 ± 2ºC),
umidade relativa do ar (60 ± 10%) e fotofase (14 horas). Diariamente foram
oferecidas a ninfas de 2, 3 e 4º instar de P. nigrispinus diferentes quantidades de
lagartas de P. forficifera, sendo: uma lagarta (Tratamento 1) e 3 lagartas
(Tratamento 2) de 3º instar. A partir do 5º instar foi duplicado o número de lagartas
oferecidas diariamente (T1= 2 lagartas e T2= 6 lagartas). O delineamento
experimental foi inteiramente casualizado com 40 repetições por tratamento. Foram
avaliados a duração das fases ninfais; número de lagartas predadas diariamente
por instar e total na fase imatura; peso de adultos com 24 horas e razão sexual. A
duração ninfal do 4º (4,32 dias) e 5º instar (6,68 dias) do predador foi prolongada
quando foi ofertado menor número de lagartas. O maior consumo diário (2,97
lagartas) e total (30,08 lagartas) de P. forficifera ocorreu durante o 5º instar ninfal.
Este fato proporcionou um maior peso de adultos de P. nigrispinus (0,037g). A razão
sexual de P. nigrispinus não foi afetada pelos tratamentos, no entanto, fêmeas
consumiram maior número de lagartas (26,61 lagartas) em relação a machos (21,21
lagartas). Frente aos resultados, ninfas de P. nigrispinus conseguem se alimentar de
1,80; 2,72; 3,52 e 10,68 lagartas no regime alimentar T1 e 2,42; 4,88; 5,85 e 16,88
lagartas em T2 de P. forficifera nos instares 2; 3; 4 e 5 respectivamente.

Palavras-Chave: Oliveira

Apoio Institucional: CAPES

337
Parasitismo de Thyanta perditor (Heteroptera: Pentatomidae) e
fenologia de ninfas e adultos na sua planta hospedeira selvagem
Tiago Lucini; Antônio R. Panizzi; Rodrigo V.P. Dios
Embrapa Trigo; Universidade de São Paulo

O percevejo neotropical Thyanta perditor (F.) (Heteroptera: Pentatomidae) é uma


espécie comumente encontrado na erva daninha picão-preto, Bidens pilosa L.
(Asteraceae). Estudos de campo e de laboratório foram conduzidos com o objetivo
de avaliar a incidência de parasitismo de adultos por moscas taquinídeas (Diptera:
Tachinidae), as quais foram obtidas em laboratório para identificação. A deposição
dos ovos das moscas parasitas na superfície do corpo de adultos do percevejo foi
mapeada. Além disso, estudou-se a incidência de ninfas e de adultos na sua planta
hospedeira (picão-preto) durante os períodos de desenvolvimento vegetativo e
reprodutivo da planta. Sete espécies de moscas taquinídeas foram obtidas, sendo
Euthera barbiellini Bezzi (73% do total) e Trichopoda cf. pictipennis Bigot (16,7%) as
mais abundantes. As cinco espécies restantes foram: Gymnoclytia sp.; Phasia sp.;
Strongygaster sp.; Cylindromyia cf. dorsalis (Wiedemann), e Ectophasiopsis ypiranga
Dios & Nihei as quais representaram 10,3% do total. A deposição de ovos das
moscas parasitas nos adultos de T. perditor, foi significativamente maior na região
dorsal em comparação com a superfície ventral no corpo. Na superfície dorsal, o
pronoto foi significativamente mais preferido e as asas o local menos preferido. Não
houve diferença no número de ovos depositados nas asas, considerando-se os
locais sobre ou abaixo da asa (escondido). Os resultados indicaram um número
significativamente maior de ninfas presentes em sementes maduras do picão-preto
em comparação com as sementes imaturas. Por outro lado, os adultos tiveram maior
preferência pelas sementes imaturas comparado com sementes maduras. Tanto
ninfas quanto adultos, foram menos abundantes nas folhas/caules e inflorescências
da planta de picão-preto.

Palavras-Chave: Percevejos; Tachinidae; Bidens pilosa

Apoio Institucional: CNPq; FAPESP

338
Relação entre o pulgão Lipaphis erysimi e seus predadores na
produção orgânica da couve
Valkíria F. da Silva; Luís Cláudio P. Silveira; Alexandre dos Santos; Vitor B.
Tomazela; Adriano J. Nunes
Universidade Estadual de Ponta Grossa

A produção orgânica de hortaliças é crescente em todas as regiões do mundo,


porém um dos desafios deste sistema de cultivo se refere ao ataque de insetos,
sendo o pulgão, Lipaphis erysimi (Kaltenbach, 1843) (Hemiptera: Aphididae) uma
das pragas mais importantes das brássicas. Neste contexto, procurou-se verificar a
ação dos predadores sobre a redução da população L. erysimi no cultivo
diversificado da couve (Brassica oleracea L. var. acephala) sob sistema orgânico.
Partiu-se da hipótese de que as plantas companheiras sejam atrativas aos
predadores de L. erysimi. O experimento foi conduzido, comparando-se o
monocultivo da couve com a couve associada com as plantas: coentro (Coriandrum
sativum L.), endro (Anethum graveolens L.), cravo (Tagetes erecta L.) e a calêndula
(Calendula officinalis L.). Em cada parcela foram instaladas duas gaiolas: uma de
inclusão (GIs) e a outra exclusão (GEs) sobre as plantas de couve, onde foram
realizadas as avaliações de L. erysimi e seus predadores. Os resultados
demonstraram que não houve diferença nas populações de predadores em cada
tratamento (χ2= 7,1908; p= 0,1261; DF=4). As gaiolas também não influenciaram a
população média dos predadores em cada tratamento. Contudo, ao realizar uma
comparação geral dos o efeitos das gaiolas, independentemente dos tratamentos, foi
possível constatar que estas barreiras afetaram a população de predadores e de L.
erysimi e seus predadores. Nas GIs, a população de predadores foi estatisticamente
maior em relação ás GEs (χ2= 20.8301; p < 0.00001; DF = 1). Ao mesmo tempo,
observou-se que a incidência de L. erysimi foi significamente menor nas GIs em
relação ás GEs (χ2 = 5.7862; p = 0.01615; DF = 1). Estes resultados demonstram
que os predadores exercem um papel fundamental na regulação de L. erysimi em
campo, e portanto, devem ser preservados. Espera-se que os resultados deste
trabalho possa contribuir com as pesquisas sobre o controle biológico nos sistemas
orgânicos, e assim reduzir os custos de produção.

Palavras-Chave: Aphididae; Inimigos naturais; Gaiolas

Apoio Institucional: UEPG, UFLA, CNPq

339
Levantamento de parasitoides Tachinidae em S. eridania (CRAMER)
e S. cosmioides (WALKER) (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE)
Vanessa Exteckoetter; Vanda Pietrowsk; Leidiane C. Carvalho; Amanda
Ceccato Favorito; Gabrile Hoelscher; Jose A. S. Franco
UNIOESTE

As lagartas do gênero Spodoptera, principalmente as espécies S. cosmioides e S.


eridania eram espécies que na produção da soja não apresentavam expressão
como pragas. Contudo, com o advento da soja Bt, na qual está pragas não são alvo
da tecnologia, aliado a mudanças no sistema de produção, a população destas
espécies tem aumentado. Na produção orgânica, onde uma das principais formas de
controle de lagartas é a aplicação de bioinseticidas a base de Bt, estas espécies têm
causado danos e preocupações nos produtores. Portanto, buscar formas de manejar
estas lagartas nesse sistema é importante, para isso torna-se fundamental conhecer
os controladores naturais destas espécies, bem como seu potencial na redução da
população. Neste sentido, o trabalho teve como objetivo fazer um levantamento do
parasitismo de moscas da família Tachinidae em S. cosmioides e S. eridania em
soja produzida no sistema agroecológico. Para tal, foi realizada coleta na área
agroecológica da Estação Experimental da Unioeste (24º40’31.37”S e
54º16’53.82”O) em lavouras de soja na fase de maturação. As amostragens foram
feitas com pano de batida, em caminhamento em zigue-zague. As lagartas
coletadas foram levadas ao Laboratório de Controle Biológico da Unioeste onde
foram submetidas a uma análise visual em lupa e separadas, em caixa tipo gerbox,
por espécie e presença ou ausência de ovos de Tachinidae. Estas foram
alimentadas com vagens de feijão e de soja. Foram coletadas ao total 89 lagartas de
S. cosmioides, das quais 19% estavam parasitadas e apenas sete lagartas de S.
eridania, sendo que destas 43% estavam parasitada. Os adultos dos tachinídeos
foram coletados e enviados para identificação. Na área agroecológica da Unioeste,
em virtude do manejo realizado na entressafra, visando a manutenção dos inimigos
naturais, muitos são os predadores e parasitoides presentes. Este complexo
(Tachinidae e demais inimigos naturais) controlaram de forma efetiva as duas
espécies.

Palavras-Chave: Spodoptera cosmioides; Spodoptera eridania; Controle Biológico

Apoio Institucional: A Itaipu Binacional

340
Efeito da idade do parasitoide e do hospedeiro no parasitismo de
Trichogramma pretiosum em ovos de Anticarsia gemmatalis
Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Cintia Costa; Bruna M. Favetti;
Adeney de F. Bueno; Gabriela V. da Silva; Érica C. Braz; João P. F. Cordeiro
Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto
Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Centro Universitário Filadélfia, Londrina, PR, Brasil;
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil

Avaliou-se a influência da idade de fêmeas do parasitoide e do ovo de A. gemmatalis


no parasitismo e preferência hospedeira de T. pretiosum. Três bioensaios foram
realizados em delineamento inteiramente casualizado. No bioensaio 1, fêmeas de T.
pretiosum de diferentes idades (1 a 5 dias) foram individualizadas, e
aproximadamente 20 ovos (24h) de A. gemmatalis foram oferecidos por 24 horas
para cada repetição. No bioensaio 2, aproximadamente 20 ovos de A. gemmatalis
com 24, 48 ou 72 horas para cada repetição foram oferecidos para fêmeas
individualizadas de T. pretiosum por 24 horas. No bioensaio 3, ovos de A.
gemmatalis de 24, 48 e 72 horas foram oferecidos a fêmeas de T. pretiosum por 24
horas para avaliar a preferência hospedeira em teste com chance de escolha. As
diferentes idades de fêmeas de T. pretiosum, no bioensaio 1, não afetou o
parasitismo dos ovos de A. gemmatalis e também a emergência ou a razão sexual
da progênie de T. pretiosum. Porém, o número de parasitoide/ovo foi maior para
fêmeas com cinco dias de idade (mais velhas). No bioensaio 2, os maiores valores
de parasitismo e emergência foram observados em ovos de 24 horas. O número de
parasitoide/ovo e razão sexual não foram influenciadas pelas idades testadas. A
preferência hospedeira de T. pretiosum foi para ovos com 24 horas (79,7%) de
desenvolvimento no bioensaio 3. Assim, pode-se concluir que a idade das fêmeas
de T. pretiosum, não influenciou o parasitismo de A. gemmatalis. Portanto, isso
sugere que adultos de T. pretiosum podem ser armazenados por até 5 dias antes da
liberação sem prejuízo do potencial de controle. Porém, o número de ovos
parasitados poderá ser reduzido pelo aumento da idade do hospedeiro. O
parasitoide apresentou bom potencial de parasitismo e preferência hospedeira por
ovos de A. gemmatalis de até 24 horas após a postura.

Palavras-Chave: praga-lepidoptera; controle biológico; ovos de parasitoides

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

341
Parasitismo de Telenomus remus em ovos de Spodoptera
frugiperda: diferentes idades do parasitoide e do ovo hospedeiro
Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Jaciara Gonçalves; Bruna M. Favetti;
Adeney de F. Bueno; Pamela G. G. Luski; Pedro M. O. J. Neves; Érica C. Braz;
João P. F. Cordeiro
Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto
Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de
Agronomia, Londrina PR, Brasil

Há uma falta de informações sobre o desempenho de fêmeas do parasitoides de


diferentes idades e, especificamente, sobre o comportamento do parasitoide
Telenomus remus (Nixon, 1937) (Hymenoptera: Platygastridae) em relação aos ovos
de praga em suas diferentes fases do desenvolvimento embrionário. Assim, foram
avaliadas as relações entre as idades do hospedeiro, dos parasitoides e o
parasitismo por T. remus em ovos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797)
(Lepidoptera: Noctuidae). Três bioensaios foram realizados em delineamento
inteiramente casualizado. No bioensaio 1, às fêmeas de T. remus agrupadas por
idade (entre 1 a 10 dias de idade) foram oferecidas 100 ± 20 ovos de S. frugiperda
por 24 horas (h). No bioensaio 2, 100 ± 20 ovos de S. frugiperda (24, 48 ou 72 h de
idade) foram oferecidos às fêmeas de T. remus por 24 h. No bioensaio 3, ovos de S.
frugiperda com 24, 48 e 72 h de idade foram oferecidos a fêmeas de T. remus em
teste de preferência de parasitismo com chance escolha. As variáveis avaliadas
foram: número de ovos parasitados, emergência do parasitoide (%) e razão sexual
de sua progênie nos bioensaios 1 e 2 e número de ovos parasitados no bioensaio 3.
A idade das fêmeas de T. remus não afetou o número de ovos de S. frugiperda
parasitados ou a emergência da progênie. No entanto, a razão sexual foi menor
(mais machos) na progênie de fêmeas de 1 e 2 dias de idade em comparação com
os parasitoides mais velhos. No bioensaio 2, o maior parasitismo foi observado em
ovos com 24 h (média = 116,81 ovos) e 48 h (18,18 ovos) de idade. A porcentagem
de emergência e a razão sexual não foi influenciada pela idade dos ovos testados.
T. remus preferiu parasitar ovos de 24 h. Em geral, a idade das fêmeas de T. remus
testadas não afetou o parasitismo dos ovos, mas o número de ovos de S. frugiperda
parasitados diminuiu com o aumento da idade do hospedeiro (24h-57,95 ovos
parasitados; 48h-56,83 ovos parasitados e 72h-16,83 ovos parasitados).

Palavras-Chave: lagarta-do-cartucho; controle biológico; ovos parasitados

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

342
Características biológicas de Trissolcus urichi em ovos de
Euschistus heros e Dichelops melacanthus
Ana P. de Queiroz; Wellington R. Souza; Bruna M. Favetti; Adeney de F. Bueno;
Marcela L. M. Grande; Pamela G. G. Luski; Antônio R. Panizzi; Érica C. Braz;
João P. F. Cordeiro
Universidade Federal do Paraná, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil; Instituto
Agronômico do Paraná, Londrina, PR, Brasil; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
Embrapa Soja, Londrina, PR, Brasil; Universidade Estadual de Londrina, UEL, Departamento de
Agronomia, Londrina PR, Brasil

Espécies do gênero Trissolcus são efetivas como parasitoides de ovos de


Euschistus heros e podem ser utilizadas em liberações de campo para o manejo de
praga. No entanto, é necessário conhecimento mais detalhado sobre os aspectos
biológicos deste agente de biocontrole em outros hospedeiros, como Dichelops
melacanthus. Avaliou-se a preferência do hospedeiro, biologia e características
morfométricas de Trissolcus urichi por ovos de E. heros e D. melacanthus. Três
experimentos foram realizados: (1) preferência hospedeira de T. urichi entre ovos de
E. heros e D. melacanthus. (2) biologia de T. urichi em ovos dos dois hospedeiros.
(3) características morfométricas de T. urichi desenvolvidos em ovos dos dois
hospedeiros. Trissolcus urichi preferiu ovos de E. heros (63,15%), apresentando
maior número de ovos parasitados, maior taxa de emergência (93,41%) e
desenvolvimento mais rápido. Além disso, produziu progênie com comprimento do
corpo, comprimento e largura das asas e comprimento da tíbia maior comparando-
se com os parasitoides desenvolvidos em ovos de D. melacanthus. Assim, pode-se
concluir que embora o parasitoide tenha também capacidade de parasitar e se
desenvolver em ambos os hospedeiros avaliados, E. heros é o hospedeiro mais
adequado para o desenvolvimento de T. urichi quando comparado a D.
melacanthus.

Palavras-Chave: controle biológico; ovos de parasitoides; percevejo

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

343
Liberação de Telenomus podisi Ashmead (Platygastridae) em
sistemas de manejo de Euschistus heros Fabricius (Pentatomidae)
Wellington S. de M. Almeida; Jéssica L. Niitsu; Gabryele S. Ramos; Simone S.
Vieira; Regiane C. O. F. Bueno
FCA/UNESP

A soja é o principal cereal produzido no país, com área cultivada em 35 milhões de


hectares na safra 2018/2019, atingindo recorde em área cultivada e produção, que
totalizou aproximadamente 119 milhões de toneladas, sendo a segunda maior
produção mundial. Porém, esse agroecossistema possui uma rica biodiversidade,
que compreende desde agentes de controle biológico e aos insetos-praga, sendo o
Euschistus heros (Fabricius) (Hemiptera: Pentatomidae) um dos principais
problemas fitossanitários da cultura, causando danos que podem chegar a 30% de
perda. Assim, objetivou-se avaliar a eficácia de controle de Telenomus podisi
Ashmead (Platygastridae) em ovos do percevejo-marrom com liberação manual e
com drone, comparado a pulverização de inseticidas. O bioensaio foi instalado em
campo de produção de soja na cidade de Pardinho, SP, Brasil (22º 02' 11''S/48º 24'
16''O). O experimento foi instalado com 3 tratamentos e 8 blocos, sendo manejo do
produtor, liberação manual e liberação com drone. Durante três semanas
consecutivas foi realizada a liberação de T. podisi, iniciando-se no estádio fenológico
V6/R1, quando foi verificada a colonização dos insetos na cultura. O monitoramento
foi realizado com cinco batidas-de-pano por bloco durante seis semanas. Nos
tratamentos com liberação manual e com drone houve menor população de
percevejos, porém no teste de tetrazólio não houve diferença estatística quanto ao
número de picadas de alimentação. Assim, pode-se concluir que para o manejo de
E. heros a liberação de T. podisi tem eficácia de controle semelhante ao do controle
químico, e desta forma a integração das estratégias pode auxiliar a manter a
população da praga abaixo do nível de dano econômico e também pode ser uma
ferramenta no manejo de resistência das populações do percevejo-marrom.

Palavras-Chave: Manejo integrado de pragas; parasitoides; controle biológico

Apoio Institucional: FAPESP

344
Endossimbiontes associados ao parasitoide de ovos Telenomus
podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae)
Wellington S. de M. Almeida; Jéssica L. Niitsu; Carolane da S. e Silva; Gabryele
S. Ramos; Vanessa R. de Carvalho; Regiane C. O. F. Bueno
FCA/UNESP

O parasitoide de ovos Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) é


relatado como um importante agente de controle biológico de percevejos da família
Pentatomidae, ocorrendo naturalmente em diversos agroecossistemas do Centro-
Sul brasileiro. Existem vários aspectos e características comportamentais de exímia
importância no contexto do uso de parasitoides como agentes de controle biológico.
Dentre os diversos fatores capazes de alterar o comportamento de forrageamento, a
dispersão espacial, a capacidade de parasitismo e a razão sexual, está a microbiota
endossimbiótica associada ao inseto. Dada a importância desse inimigo natural no
controle de um complexo de pentatomídeos fitófagos e aos possíveis efeitos da
associação com endossimbiontes, objetivou-se investigar a existência e a
caracterização dos endossimbiontes de T. podisi, até então desconhecidos.
Amostras de adultos de T. podisi multiplicados em laboratório passaram por
detecção e identificação de oito possíveis bactérias endossimbiônticas:
Arsenophonus, Hamiltonella, Regiella, Rickettsia, Serratia, Sodalis, Spiroplasma e
Wolbachia. A partir de um pool de 21 parasitoides adultos oriundos de ovos frescos
do hospedeiro Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Heteroptera: Pentatomidae) a
extração de DNA foi realizada segundo o método de Chelex. A metodologia de
reação em cadeia de polimerase (PCR) foi em seguida aplicada para cada
subamostra contendo primers específicos a cada espécie de endossimbionte
testada. Foram encontrados resultados positivos para Sodalis, Seratia e Regiella. A
detecção e compreensão da interação T. podisi e endossimbiontes associados será
de grande valia na elucidação de parâmetros inerentes à criação massal e ao uso
deste parasitoide em programas de controle biológico aplicado.

Palavras-Chave: simbiontes; parasitoides; pentatomídeos

Apoio Institucional: CAPES e FAPESP

345
Seletividade de abamectina ao predador Chrysoperla externa
(Hagen) (Neuroptera: Chrisopidae)
Wesley B. S. Paula; Gabriel de Melo Botelho; Bruno G. Dami; Andriely Borges
Silva; Pâmela B. Faria; Eder O. Cabral; Gustavo Pincerato Figueiredo;
Alessandra M. Vacari
Universidade de Franca - Unifran

Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae) é um importante predador


de bicho-mineiro, Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville & Perrottet) (Lepidoptera:
Lyonetiidae), ácaros e cochonilhas na cultura do cafeeiro. O conhecimento sobre o
efeito dos inseticidas e acaricidas sobre os inimigos naturais é fundamental para um
programa de Manejo Integrado de Pragas. O objetivo foi avaliar o efeito letal do
inseticida e acaricida abamectina em larvas do predador C. externa. O bioensaio foi
conduzido utilizando dois inseticidas e acaricidas do princípio ativo abamectina nas
concentrações de 1,25 mL i.a. L-1 (Abamectin Nortox® EC) e 3 mL i.a. L-1 (Batent®).
Cada inseticida foi testado com concentrações que foram equivalentes à dose
máxima da bula (100%) diluída em 500L ha-1 de água destilada. O tratamento
controle consistiu somente de água destilada, sendo 10ml por placa. Os inseticidas
foram aplicados em superfície de plástico (placa de Petri de 6 cm de diâmetro),
sendo que foi utilizada uma alíquota de 10ml por placa e após a secagem foram
utilizadas para avaliar larvas do predador expostas ao resíduo. Em seguida, uma
larva de segundo ínstar de C. externa foi adicionada em cada placa e foram
oferecidos ovos de Corcyra cephalonica (Stainton) (Lepidoptera: Pyralidae) como
presas. Cada placa foi considerada uma repetição e foram observadas dez
repetições para cada inseticida/acaricida. As avaliações foram conduzidas após 24
horas. O número de larvas vivas foi avaliado pelo teste do qui-quadrado usando o
PROC FREQ. As análises foram conduzidas utilizando o software SAS. O
tratamento controle não causou mortalidade dos predadores. Após 24 horas, quando
utilizado o inseticida/acaricida Abamectin Nortox® todas as larvas do predador
estavam vivas, enquanto Batent® provocou 40% de mortalidade. De acordo com as
classes de toxicidade preconizadas pela IOBC, o inseticida/acaricida Abamectin
Nortox® foi considerado inócuo (classe 1, mortalidade < 30%) e Batent®
considerado levemente nocivo (classe 2, mortalidade de 30 a 80%) para o predador
C. externa

Palavras-Chave: Crisopídeo

Apoio Institucional: CNPq

346
Parasitismo de adultos de Euschistus heros (F. 1798)
(Pentatomidae) na cultura da soja em diferentes sistemas de cultivo
William R. de Carvalho; Amanda C. Favorito; Letícia D. Zanachi; Gabriele L.
Hoelscher; Vanda Pietrowski; Vanusi C. da Silva
UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

O Euschistus heros (Fabricius, 1798) (Pentatomidae) é nativo da região Neotropical


e tem a soja como seu principal hospedeiro, sendo atualmente o percevejo mais
abundante nesta cultura, no país. Como toda praga é importante conhecer seus
parasitoides, que ao interromper seu ciclo biológico evitam o aumento populacional.
Portanto, o objetivo do presente trabalho foi conhecer o índice de parasitismo natural
de moscas da família Tachinidae em adultos de E. heros na cultura da soja sob
diferentes sistemas de cultivo. O experimento foi conduzido na Estação
Experimental Professor Alcibíades Luiz Orlando (54º01’45’’ W e 24º 31’42’’ S),
localizada no município de Entre Rios do Oeste, com altitude média de 420 metros.
Realizaram-se levantamentos semanais de adultos de E. heros na cultura da soja
durante a safra de 2018/19 em sistemas de cultivo convencional e agroecológico
com certificação orgânica. As coletas foram realizadas por meio do método do pano
de batida, em no mínimo dez pontos ao acaso, visando atingir população de 120
percevejos +/-20 por coleta. Os percevejos coletados foram encaminhados ao
Laboratório de Entomologia, colocados em recipientes plásticos (30cm x 20cm) com
tampa telada, em número de 40 adultos por recipientes, nos quais foi acrescido
feijão vagem (Phaseolus vulgaris L.), Ligustro (Ligustrum lucidum W.), grãos de soja
(Glycine max L.) e amendoim (Arachis hypogaea L.) para alimentação e
acompanhado de algodão umedecido. Foram avaliados diariamente, durante 20
dias, para a constatação do parasitismo. Os parasitoides coletados foram
armazenados em álcool 70% e encaminhados a identificação. Contatou-se que na
área convencional o índice médio de parasitismo foi de 2,5% variando de 0,83% a
3,33%. Já na área agroecológica o índice médio foi de 11,81% variando de 5,83% a
15,83%. Sendo assim, o manejo sem o uso de controle químico aumenta o número
de percevejos parasitados.

Palavras-Chave: Percevejo marrom

Apoio Institucional: Itaipu Binacional e Fundação Araucária

347
348
Controle biológico de Ustilaginoidea virens, isolado de plantas de
arroz por Trichoderma spp.
Marcia E. da Silva1; Gerson Pauli1; Diouneia L. Berlitz1; Akio S. Matsumura1;
Akira S. Matsumura1; Aida T.S. Matsumura1
1 ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan, 386, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS. E-mail:
detec@icb.bio.br

O fungo Ustilaginoidea virens (Coocke) Takah. 1896 (Clavicipitaceae) é o causador


da doença conhecida como falso-carvão do arroz, no qual reduz o rendimento e a
qualidade dos grãos. O patógeno foi isolado de panículas de arroz provenientes do
município de Tapes/RS. Com o objetivo de avaliar a possibilidade de controle de U.
virens foram testados contra o mesmo separadamente, os oito isolados de
Trichoderma spp. que compõem o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, o produto
puro e o produto na diluição 10ˆ3 UFC/mL. Os confrontos foram realizados em
placas de Petri com 8,5 cm de diâmetro e meio de cultura BSA (batata-sacarose-
ágar), três repetições de cada. A técnica utilizada foi a de cultura dual, onde discos
de 5 mm do fungo U. virens foram colocados nas placas e no lado oposto foi
colocado um disco de 5 mm dos isolados de Trichoderma spp. separadamente e nas
placas para teste com a mistura dos oito isolados foi inoculado 0,1 mL do produto.
Nas placas utilizadas para testemunha do teste foi inoculado um disco de 5 mm do
U. virens. As placas foram incubadas a 27 ± 2C e fotoperíodo de 12 horas. O teste
foi avaliado aos sete e aos catorze dias utilizando a escala de notas de Bell et al. e o
grau de antagonismo pelo percentual de inibição do crescimento do patógeno. No
teste in vitro os oito isolados das três espécies: T. asperellum Samuels, Lieckf. &
Nirenber 1999; T. harzianum Rifai 1969 e T. koningiopsis Samuels, Carm. Suárez &
H.C. Evans 2006 (Hypocreaceae) e o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, composto
pelos oito isolados apresentaram notas ≤2, pela escala de Bell et al. e o percentual
de inibição do patógeno variou de 51,76 a 64,71 %. O resultado demonstrou que o
produto a base de Trichoderma spp. pode ser utilizado como alternativa de controle
do U. virens na cultura do arroz.

Palavras-Chave: antagonismo; arroz; falso-carvão

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

349
Análise da eficiência agronômica de Trichoderma spp. no controle
de Sclerotinia sclerotiorum em alface
Aida T. S. Matsumura¹; Marcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹; Gerson Pauli¹;
Akira S. Matsumura¹; Diouneia L. Berlitz¹
¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:
detec@icb.bio.br

A podridão por esclerotínia é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia


sclerotiorum (Lib.) de Bary 1884 (Sclerotiniaceae) que ataca as plantas de alface
em diferentes estágios de desenvolvimento. Fungos do gênero Trichoderma Pers,
1794 (Hypocreaceae) possuem a capacidade de parasitar outros fungos, dentre eles
S. sclerotiorum. Nesse sentido, a presente pesquisa objetivou analisar a eficiência
agronômica de ICB Fitossanitário Trichoderma SC, em plantas de alface infectadas
com S. sclerotiorum. O experimento foi conduzido Santa Cruz, RS, em solo com
textura média. O fitopatógeno foi inoculado no campo 2 dias antes do transplante
das mudas, na proporção de 10 escleródios por planta. No momento do plantio foi
pulverizado no solo o formulado ICB Fitossanitário Trichodemra SC, composto por T.
harzianum, T. asperellum e T. koningiopsis, na concentração de 1x10ˆ9 UFC/mL,
nas doses de 100 mL/ha e 200 mL/ha. Na testemunha não foi realizada a aplicação
do formulado. As parcelas foram de 2,8m² com espaçamento entre linhas de 0,37m.
Foi avaliada a incidência da doença através da contagem das plantas com sintomas,
o percentual de controle e a fitotoxidez aos 7, 14, 21, 28, 42 e 49 dias após a
aplicação dos tratamentos (AAT) e a colheita realizada aos 96 dias AAT, sendo
então avaliada a produtividade. As plantas não apresentaram fitotoxicidade devido
aos tratamentos. Os sintomas da doença foram verificados a partir dos 28 dias de
avaliação, onde somente a testemunha apresentou 5% de plantas infectadas. Aos
42 e 49 dias AAT na dose de 100 mL/ha (A), 1,25% das plantas tratadas
apresentaram incidência da doença, com 88% de controle. Na dose de 200 mL/ha
(B) não foram identificados os sintomas da doença nas plantas, mostrando 100% de
controle. O número médio de plantas comerciais na dose A e B foi de 19 e 20
plantas, respectivamente. Sendo assim, o formulado ICB Fitossanitário Trichodemra
SC é uma opção para o controle da podridão de esclerotínia na cultura da alface.

Palavras-Chave: podridão por esclerotínia; micoparasitismo; controle biológico

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

350
Bactérias esporulantes utilizadas no controle in vitro do fungo
Cercospora coffeicola
Aicha D. R. Ribas¹; Ana Stein¹; Márcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹;
Diouneia L. Berlitz¹; Akira S. Matsumura¹; Lidia M. Fiuza¹; Aida T.S. Matsumura¹
¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS, 90240470.E-mail:
detec@icb.bio.br

A cercosporiose é uma doença fúngica causada por Cercospora spp. em diferentes


culturas. No café, a espécie C. coffeicola Berk & Cooke, 1881 (Mycosphaerellaceae)
causa desfolha, raquitismo e atraso de crescimento das plantas. Sendo assim,
objetivou-se avaliar as bactérias Bacillus subtilis Cohn, 1872 , ICBB 41 e B.
amyloliquefaciens Fukomoto, 1943, ICBB 200 em ensaios in vitro, para o controle de
C. coffeicola. As bactérias foram crescidas em Agar Luria Bertani (ALB) durante 24h
a 30 ± 2 ºC e 12h de fotoperíodo, sendo o fungo crescido em Agar Batata Sacarose
(ABS), durante 7 dias a 25 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12h. Para o ensaio de
antagonismo foi adicionado um disco de 5 mm do fungo no centro da placa de Petri
com ABS e a bactéria antagonista foi inoculada em quatro pontos equidistantes a
5mm de distância da colônia fúngica. O controle consistiu de um disco de micélio
fúngico no centro da placa sem a inoculação da cultura bacteriana. Os tratamentos
foram realizados em triplicata. As placas foram incubadas em câmera de
crescimento sob fotoperíodo de 12 horas à temperatura de 25 ± 2 °C. As leituras
foram realizadas no sétimo e décimo quarto dias após a inoculação, estabelecendo
a média do diâmetro da colônia do fungo C. coffeicola em base a três medidas do
diâmetro da mesma. O grau do antagonismo foi determinado pelo percentual de
inibição do crescimento micelial (PIC). Os resultados do teste de antagonismo
mostraram que B. subtilis ICBB 41 e B. amyloliquefaciens ICBB 200 foram
antagônicos ao fitopatógeno. Os resultados do PIC mostraram a maior redução
quando utilizado B. subtilis ICBB 41, com 65% e 80% de inibição aos 7 e 14 dias,
respectivamente. Já para B. amyloliquefaciens ICBB 200 a redução de 54% e 67%
aos 7 e 14 dias respectivamente. Sendo assim, os resultados mostram que as
bactérias ICBB 41 e ICBB 200 inibem o crescimento de C. coffeicola em teste de
antagonismo in vitro.

Palavras-Chave: Bacillus subtilis

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

351
Ação de metabólitos voláteis de Trichoderma spp. sobre o
crescimento micelial de Fusarium oxysporum
Alexsandra Cezimbra Quevedo; Marlove Fatima Brião Muniz; Janaina Silva
Sarzi; Jéssica Emilia Rabuske; Lucas Graciolli Savian; Clair Walker; Laís da
Silva Martello; Jaqueline Raquel Tomm Krahn
Universidade Federal de Santa Maria

A ocorrência de Fusarium spp. é um dos problemas mais restritivos em viveiros, pois


é de difícil controle, já que o fungo é habitante do solo. Diversas doenças causadas
por esse patógeno acomentem diferentes espécies como, por exemplo, a erva-mate,
nogueira-pecã, eucalipto e pinus. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ação
antagônica de metabólitos voláteis produzidos por Trichoderma spp. sobre Fusarium
oxysporum sensu Smith & Swingle (Nectriaceae). Para isso, foram utilizados um
isolado de F. oxysporum (I6AR2) proveniente de raízes de plantas adultas de erva-
mate com sintomas de podridão e quatro isolados de Trichoderma spp. provenientes
de solo rizosférico de pomares de Citrus deliciosa tenore e que estavam
armazenados na micoteca do Laboratório de Fitopatologia “Elocy Minussi” da UFSM
(IST1; T2S; IVCT1 e IIOT1). No centro das placas de Petri contendo meio de
cultura BDA foi depositado um disco de 8 mm contendo micélio do patógeno,
iormente as placas foram vedadas e incubadas a 25 ºC durante 48 horas. Após esse
período, foram acrescentados discos de micélio do antagonista. Posteriormente, as
placas foram sobrepostas umas sobre as outras, de modo que o meio de cultura
contendo o patógeno ficasse virado para baixo e incubadas por 7 dias a 25 ºC com
fotoperíodo de 12 horas. No sétimo dia mediu-se o diâmetro das colônias do
patógeno e calculou-se o percentual de inibição do crescimento micelial. O
delineamento utilizado foi inteiramente casualizado e as médias foram comparadas
pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05). Os isolados T2S e IST1 inibiram 27,70 e 24,46%
respectivamente, o crescimento micelial do patógeno, não diferindo estatisticamente
entre si, mas diferindo dos demais isolados (IIOT1 e IVCT1) os quais apresentaram,
respectivamente, percentuais de inibição de 16,46 e 13,65%, não diferindo
significativamente entre si. Portanto, os metabólitos produzidos pelas diferentes
fontes de Trichoderma spp. foram eficientes no controle de F. oxysporum.

Palavras-Chave: controle biológico; inibição; antibiose

Apoio Institucional: CNPq

352
Trichoderma spp. no controle in vitro de Fusarium oxysporum
Alexsandra Cezimbra Quevedo; Marlove Fatima Brião Muniz; Jéssica Emilia
Rabuske; Lucas Graciolli Savian; Clair Walker; Tales Poletto; Vinícius Spolaor
Fantinel; Márcia Gabriel
Universidade Federal de Santa Maria

O uso de micro-organismos antagonistas tem sido uma solução para o controle de


patógenos de solo, como Fusarium oxysporum sensus Smith & Swingle
(Nectriaceae), agente causal da podridão-de-raízes em erva-mate (Ilex
paraguariensis). Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de Trichoderma
spp. no controle in vitro de F. oxysporum. O potencial antagonista dos isolados de
Trichoderma spp. sobre F. oxysporum foi avaliado por meio do pareamento de
culturas. Para isso, foram utilizados um isolado de F. oxysporum e quatro isolados
de Trichoderma spp. (T. harzianum; T. tomentosum; T. asperellum e T. koningiopsis)
provenientes de solo rizosférico de pomares de Citrus deliciosa tenore e que
estavam armazenados na micoteca do Laboratório de Fitopatologia “Elocy Minussi”
da UFSM. O potencial antagonista dos isolados de Trichoderma spp. foi avaliado
através do confronto direto, onde discos de meio de cultura BDA, de 8 mm de
diâmetro, contendo micélio de F. oxysporum foram transferidos para placas de Petri
contendo BDA, a 0,5 cm da borda da placa e no lado oposto, foram transferidos
discos de 8 mm dos antagonistas. Após, as placas foram incubadas a 25 ºC e
fotoperíodo de 12h, até a testemunha completar todo o diâmetro da placa, e então,
foi calculado o percentual de inibição do crescimento micelial. O delineamento
experimental foi o inteiramente casualizado com 6 repetições em arranjo bifatorial
(um isolado de F. oxysporum x quatro isolados de Trichoderma). Os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott
a 5% de probabilidade. Todos os isolados de Trichoderma spp. inibiram o
crescimento micelial de F. oxysporum, sendo que T. tomentosum apresentou o
melhor resultado de inibição (18,00%), sem diferenças estatísticas entre T.
koningiopsis (13,43%) e T. harzianum (11,43%). Dessa forma, Trichoderma spp.
apresenta potencial de controle de patógenos de solo tais como F. oxysporum.

Palavras-Chave: confronto direto; controle biológico; erva-mate

Apoio Institucional: CNPq

353
Potencial de Trichoderma para o controle de Sclerotinia
sclerotiorum na cultura da soja
Alison Grassi; Álvaro L. Guedin; Bruno dos S. Backes; Fábio Giongo; Walter
J.S. dos Santos; Thayllane de Campos; Sérgio M. Mazaro
UTFPR – Campus Dois Vizinhos, alison_grassi@outlook.com

O mofo branco é uma doença causada pelo fungo S. sclerotiorum (Lib.) de Bary,
sendo responsável por grandes prejuízos na cultura da soja, e o seu controle é
dificultado pela presença de estruturas de resistência denominados escleródios que
permanecem no solo por vários anos. O uso de fungicidas, possuem resultados
positivos no controle preventivo, no entanto, a associação com o biocontrole com
fungo Trichoderma Rifai vem demonstrando melhores resultados, haja visto o
potencial do Trichoderma Rifai em colonizar os escleródios, reduzindo o patógeno
em sua condição de sobrevivência. A eficiência do Trichoderma Rifai pode variar de
acordo com as condições de umidade do solo e a aplicação em diferentes estádios
fenológicos, objetivo desse estudo. O experimento foi realizado na área experimental
da UTFPR – Campus Dois Vizinhos, na segunda quinzena de outubro de 2018. O
delineamento experimental foi blocos ao acaso no sistema fatorial sendo, fator 1 em
quatro níveis (sem aplicação, aplicação nos estádios fenológicos da cultura V2 e V4
e aplicação em V2 mais V4) e no fator 2 com dois níveis (com e sem umidade do
solo) com parcelas de 6 linhas de 6 m e em quatro repetições. Amostras contendo
50 escleródios foram colocadas em sacos de tela de náilon com malha de 1,5 mm e
dispostas nas entre linhas da cultura da soja. A aplicação do T. harzianum Rifai
(150g./ha do Ecotrich®) foi via pulverização foliar (200 litros/ha.), conforme os
tratamentos estabelecidos. As amostras de escleródios forma recolhidas aos 20 dias
após a última aplicação, e avaliou-se os testes de germinação carpogênica. A
aplicação de T. harzianum Rifai, em todos os momentos de aplicação demonstrou
potencial de colonização de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary, diferindo da testemunha.
O fator determinante para potencializar a eficiência do biológico foi a aplicação com
condição de alta umidade do solo, fator determinante para a estabilização do agente
de biocontrole.

Palavras-Chave: biocontrole; Fungo de solo; Mofo branco

354
Potencial de biocontrole in vitro e in vivo da cepa bacteriana
LABIM22 frente a fungos fitopatógenos
Allan Y. Higashi; Julia P. Baptista; Maria L. A. de Jesus; Gustavo M. Teixeira;
Priscila T. Nakada; Lucas D. Veríssimo; Larissa M. Chagas; Admilton G. de
Oliveira; Maria I. Balbi-Peña
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina

O uso demasiado de agroquímicos pode gerar alta pressão de seleção sobre


fitopatógenos originando formas resistentes. Uma opção é o uso de bactérias como
agentes de biocontrole. O gênero Bacillus se destaca pela sua capacidade de
produzir bioativos e formar endósporos. O objetivo do estudo foi avaliar o potencial
de controle da cepa LABIM22 de Bacillus sp. frente a fungos fitopatógenos. Para
tanto, realizou se teste de antagonismo direto contra Sclerotinia sclerotiorum (Lib) de
Bary, Botrytis cinerea Pers, Rhizoctonia solani J.G. Kühn, Macrophomina phaseolina
(Tassi) Goid, Fusarium oxysporum Schltdl. e Fusarium solani (Mart.) Sacc. Para
fermentação foram testados os meios de cultura Lúria Bertani (LB), LB acrescido de
micronutrientes e Meio Formulado (MF), por 72 horas a 28 °C a 200 rpm em agitador
orbital. Os sobrenadantes obtidos foram centrifugados a 9000 rpm por 15 minutos
(min) a 4 °C e filtrados em membrana de 0,22 µm. A atividade destes bioativos foi
avaliada através de difusão em poço em placas contendo batata dextrose ágar e um
disco micelial ao centro aplicando se 200 µL por poço frente aos fungos já citados.
Sua estabilidade foi avaliada sob as temperaturas de 25 °C, 70 °C por 30 min, 100
°C por 30 min e 121 °C por 15 min; e sob os comprimentos de onda de luz de 254
nm, 365 nm e luz branca por 30 minutos contra S. sclerotiorum e F. oxysporum. A
partir da fermentação com o MF fez se os tratamentos com 106, 107 e 108 UFC/ml e
aplicados em sementes de soja infectadas com S. sclerotiorum, sendo utilizadas 400
sementes por tratamento. Em confronto direto a menor porcentagem de inibição foi
de 59% para S. sclerotiorum e a maior foi para F. solani com 72%. O meio MF foi o
mais eficiente, produzindo metabólitos estáveis a luz e temperatura. A concentração
de 108 UFC/ml foi capaz de manter 89% das sementes sadias. Concluímos que a
cepa. LABIM22 e seus bioativos possuem potencial efetivo para o controle de fungos
fitopatogênicos, em especial S. sclerotiorum.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mofo branco; Antagonismo

Apoio Institucional: Capes

355
Coinoculação associado a condicionador de solo na cultura da soja
Álvaro L. Ghedin; Stheffani L. dos Santos; Alison Grassi; Bruno dos S. Backes;
Joanilson V. P.Junior; Jaqueline Spiazzi; Sérgio M. Mazaro
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, tendo na safra 2018/19 uma
produção de 113 milhões de toneladas, sendo que 78% dessa produção foi
proveniente da região Centro-Oeste e Sul do país. Para obter esses números
expressivos a cultura necessita em torno de 80 kg de nitrogênio para produzir 1000
Kg de grãos. Visando reduzir o uso da adubação química, o uso de associação
simbiótica da cultura com bactérias fixadoras de N apresenta grande importância. O
gênero Bradyrhizobium é responsável pela fixação do N atmosférico e suprimento
desse nutriente para as plantas, já o gênero Azospirillum apresenta capacidade de
produzir e metabolizar diversos fitôrmonios de regulação metabólica. Em conjunto
aos produtos biológicos, o uso de condicionadores de solo pode promover o
incremento das bactérias na cultura da soja, resultando em maior produtividade.
Dessa forma o objetivo do trabalho foi testar o uso da coinoculação com
condicionadores de solo sobre os parâmetros agronômicos da cultura da soja. O
experimento foi conduzido em campo experimental na cidade de Verê – PR, em
blocos casualizados com cinco repetições e três tratamentos, sendo eles
testemunha, coinoculação, coinoculação + condicionador de solo (ácidos húmicos e
flúvicos). Os parâmetros avaliados foram: produtividade, número de vagens por
planta, número de grãos por vagens, altura da planta, inserção da 1ª vagem, nós
totais, nós reprodutivos, ramificações e número de nódulos. Os resultados
demonstraram haver interação entre as bactérias e o condicionador de solo,
resultado em um incremento na produtividade e nos demais parâmetros testados.

Palavras-Chave: Inoculação; Glycine max; Produtos biológicos

Apoio Institucional: UTFPR

356
Potencial de Beauveria bassiana e metabólitos na indução de
resistência em soja
Fabiane Jacinto; Álvaro L. Ghedin; Lucas T. Larentis; Monica de A. Seixas;
Sérgio M. Mazaro
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) apresenta grande importância na


economia no Brasil e em âmbito mundial, contudo, o elevado número de pragas e
doenças nessa cultura acarreta perdas significativas na produção. A B. bassiana já
vem sendo amplamente utilizada no controle biológico de insetos pragas na cultura
da soja. No entanto, os biológicos e seus metabólitos vem sendo relatados com
potencial de indução de resistência de plantas, seja a insetos ou doenças. Desse
modo, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de B. bassiana e
metabolitos de Beauveria bassiana na ativação de defesa vegetal e no controle de
doenças foliares da cultura da soja. O trabalho foi conduzido na UTFPR - Campus
Dois Vizinhos. No primeiro trabalho os tratamentos à base de Beauveria bassiana,
metabólitos de Beauveria bassiana e Acienzolar-S-Metil foram avaliados em
cotilédones de soja quanto a síntese de fitoalexinas, compostos fenólicos, proteínas
e a enzima fenilalanina amônia-liase. Com o resultado do primeiro trabalho,
observou-se potencial de ativação de defesa vegetal, então, desenvolveu-se outros
dois trabalhos verificando o potencial dessa ativação em atuar efetivamente no
controle de doenças foliares. Nesse sentido, para verificar efeitos sobre ferrugem
asiática e oídio, foram feitos os estudos in vivo empregando a metodologia de folha
destacada (FRAC - Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas) e também
aplicação à campo. Os tratamentos para esses dois estudos em doenças foliares
foram B. bassiana, metabólitos e os fungicidas trifloxistrobina+protioconzol e
oxicloreto de cobre. Os resultados obtidos indicaram que a Beauveria bassiana e
metabólitos induzem a produção de fitoalexinas, composto químico antimicrobiano
produzido pelo metabolismo secundário das plantas para ativação de defesa. No
entanto, não tem potencial de controlar doenças foliares em comparação com
fungicidas.

Palavras-Chave: Fitoalexinas; Controle alternativo; Manejo doenças

Apoio Institucional: UTFPR

357
Biocontrole de Sclerotinia sclerotiorum com o uso de Trichoderma
harzianum na cultura da soja
Álvaro L. Ghedin; Alison Grassi; Bruno dos S. Backes; Fábio Giongo; Fabiane
Jacinto; Sérgio M. Mazaro; Thayllane de Campos
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Dois Vizinhos

O Brasil é um dos principais produtores de soja do mundo e encara muitos fatores


determinantes para garantir uma boa produtividade. Um deles é o manejo ou
controle da doença do mofo branco, causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum.
Este patógeno tem uma estrutura de resistência denominada escleródio, que pode
permanecer viável no solo por mais de dez anos. O uso de fungicidas de forma
isolada não vem apresentando boa efetividade no controle desta doença, com isso
destaca-se uma alternativa, o biocontrole com o uso de Trichoderma. Este trabalho
foi realizado com o objetivo de esclarecer o número de aplicações e o estádio
fenológico mais adequado para a aplicação de produtos a base de Trichoderma. O
trabalho foi conduzido no campo experimental da Universidade Tecnológica Federal
do Paraná – campus Dois Vizinhos, na safra 2018/19 em blocos casualizados, com
quatro repetições e três tratamentos, tendo como unidade amostral um saquinho de
náilon (10x8 cm) com 50 escleródios. Os tratamentos foram compostos por:
testemunha; 150 g de T. harzianum (Ecotrich®) em V4; 150 g de T. harzianum
(Ecotrich®) dividido nos estádio V2 e V4, aplicados a campo, via pulverização foliar
(200 litros/ha). As amostras de escleródios foram recolhidas aos 20 dias após a
última aplicação. As variáveis analisadas foram: número de escleródios germinados;
número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por Trichoderma spp.;
escleródios degradados ou podres. Os resultados evidenciaram que o uso de T.
harzianum foi eficaz no controle de S. sclerotiorum, pois em relação à testemunha
reduziu em 55% o número de escleródios germinados e em 50% apotécios por
escleródio e, aumentou em 75% a quantidade de escleródios degradados ou
podres e colonizados por Trichoderma spp. Também se verificou que não houve
diferença significativa entre realizar uma aplicação, em V4, ou duas, em V2 e V4.

Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: UTFPR

358
Inibição do crescimento de Lasiodiplodia sp., agente causal da
podridão da coroa da banana, por isolados de Bacillus sp.
Maria V. M. Cordeiro; Valeria do N. Aguiar; Amitair F. Lima; Andreia H. Oster;
Cristiano S. Lima; Christiana de F. B. da Silva
Embrapa

As doenças pós-colheita comprometem a qualidade de bananas, ocasionando


perdas econômicas no produto. Dentre as enfermidadades destaca-se a podridão da
coroa, cujo principal agente causal pertence ao gênero Lasiodiplodia. O controle da
doença têm sido realizado com fungicidas na pré e pós-colheita. Entretanto, uma
alternativa sustentável de manejo é o uso do controle biológico, com antagonistas
como Bacillus. Portanto, o trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de inibição
in vitro de Lasiodiplodia sp., por nove isolados de Bacillus. Foram depositados
discos de micélio do patógeno (5 mm de diâmetro), com 7 dias de crescimento, no
centro de placas de Petri, contendo o meio de cultura Kado & Heskett. Na mesma
placa, com auxílio de alça de platina, repicou-se os isolados bacterianos, com 48
horas de crescimento, em 4 pontos equidistantes a 2,5 cm do disco de micélio do
patógeno. A testemunha consistiu de placas de petri, contendo apenas discos de
micélio do fungo. O teste de pareamento de culturas foi realizado em delineamento
experimental inteiramente casualizado, com 9 isolados de Bacillus (BAC2, BAC3,
BAC8, BAC9, BAC17, BAC78, BAC85, BAC126 e BAC288) e isolado agressivo do
patógeno (BAN83), com 3 repetições (cada repetição = uma placa contendo
patógeno x antagonista). As placas foram incubadas à 28 °C, em fotoperíodo de 12
horas. As avaliações foram realizadas diariamente, mensurando-se em dois sentidos
diametralmente opostos o crescimento micelial do fungo, com auxílio de paquímetro
digital. As mensurações foram realizadas até a testemunha atingir as extremidades
da placa. Ao final foram obtidos os valores de inibição do crescimento micelial do
patógeno. Os isolados de Bacillus BAC3, BAC8, BAC9, BAC126 e BAC288
destacaram-se por apresentar muito forte inibição de BAN83, variando de 65 a 92%.
Os isolados devem ser testados in vivo, para comprovação da sua eficiência em
reduzir a intensidade da podridão da coroa, em frutos de banana.

Palavras-Chave: biocontrole; Musa spp; pós-colheita

Apoio Institucional: Embrapa

359
Efeito da microbiolização de sementes de cenoura (Daucus carota)
infectadas com Sclerotinia sclerotiorum
Andreia M. F. Macena; Alana P. O. Vieira; Maria C. Gonzeli; Alexandre Galhardo
Faculdade Terra

Este estudo visa observar a efeito biológico de dois tratamentos biológicos e de um


extrato vegetal no controle de S. sclerotiorum e seu efeito no crescimento e
desenvolvimento de plântulas de cenoura. O experimento foi realizado em horta
comercial no município de Pitanga - PR. O delineamento experimental foi em bloco
casualizados, com quatro repetições. Foram microbiolizadas sementes de cenoura
com Trichoderma asperellum, Bacillus methylotrophicus, extrato vegetal pirolenhoso,
e adicionalmente uma testemunha (aplicação de água). Aos 45 dias após a
germinação foram avaliado o teor de clorofila, a matéria seca total e a incidência de
Sclerotinia sclerotiorum em plântulas de cenoura. Os resultados revelaram que o
crescimento das plântulas foi influenciado pela aplicação do tratamento com B.
methylotrophicus, que promoveu um aumento significativo de 1,73 cm, 1,92 cm e
2,69 cm em comparação ao T. asperellum, extrato pirolenhoso e a testemunha,
respectivamente. Em seguida, obtivemos o resultado referente ao teor de clorofila,
sendo que a aplicação de B. methylotrophicus foi capaz de promover um incremento
de 41,0 % na concentração de clorofila em folha, se comparado ao tratamento sem
aplicação (testemunha)..Por fim, na incidência de S. sclerotiorum, a aplicação de T.
asperellum e B. methylotrophicus nas sementes foi capaz de reduzir em 85,0%,e
95,0% respectivamente. Diante dos resultados conclui-se que o B. methylotrophicus
e o T. asperellum influenciaram significativamente no aumento de estatura da
plântula, em seu teor de clorofila, incremento de matéria seca, e contribuiu também
para uma baixa mortalidade das plantas por S.sclerotiorum. No âmbito da agricultura
sustentável, os microorganismos avaliados apresentam potencial para serem
inseridos no programa de manejo.

Palavras-Chave: Mofo Branco

Apoio Institucional: Faculdade Terra

360
Enterobacter cloacae como uma ferramenta biotecnológica para
nutrição e controle de enfermidades das bananeiras
Andriely Borges da Silva; Gloria M. M. Raygoza; Fernanda M. Prado; Lydia F.
Yamaguchi; Massuo J. Kato; Paolo Di Mascio; Miguel J. Beltrán García;
Alessandra Marieli Vacari; Katia R. Prieto
Universidade de Franca

A banana (Musa spp.) está presente entre as culturas alimentares, sendo produzidas
aproximadamente 100 milhões toneladas de bananas anualmente em 120 países
em regiões tropicais e subtropicais. A produção sustentável de bananas é um
desafio devido ao grande uso de pesticidas para controlar doenças causadas por
fungos, bactérias, insetos e nemátodos, bem como o uso extensivo de fertilizantes.
No entanto, a plantação de banana é ameaçada pela doença da Sigatoka negra
causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis que ameaça a produção dos frutos.
Neste trabalho, foi estudado o potencial dos endofíticos das bananeiras Enterobacter
cloacae e Klebsiella pneumoniae, como antagonistas ao P. Fijiensis. Para avaliar o
crescimento das plantas e a inibição do fungo, as duas bactérias endofíticas e uma
cepa de E. coli (não endófitica) foram inoculadas semanalmente por 60 dias como
células ativas (AC) e células mortas pelo calor (HKC) em plantas cultivadas sem
nutrientes. Os resultados foram comparados à um tratamento apenas com água e
outro com solução de nutrientes minerais (MMN). Plantas tratadas com bactérias
tiveram seu crescimento acelerado quando comparados ao controle. Embora ambas
as plantas tratadas com bactérias mostraram bom crescimento, apenas as plantas
tratadas com E. cloacae AC tiveram uma biomassa maior que a plantas tratadas
com E. cloacae HKC. As bactérias isolados de raízes e folhas de bananeira inibiram
o crescimento do fungo causador da Sigatoka, e favoreceram o crescimento das
plantas em solos limitados por nutrientes por meio da transferência de nitrogênio,
mas apenas a E. cloacae estabelece uma simbiose sustentável na transferência de
nutrientes para as plantas. Em um futuro, estudos genéticos serão realizados para
fornecer uma melhor compreensão do mecanismo envolvido na interação entre a
banana e E. cloacae para ser utilizada como um agente biológico para melhorar o
cultivo da banana e possivelmente como um agente indutor das respostas da planta
contra insetos ou diretamente contra o atividade do inseto.

Palavras-Chave: banana; endofítico; controle biológico

Apoio Institucional: FAPESP, CNPq, CAPES, CONACYT

361
Supressividade do solo a Ceratocystis paradoxa
Bruna Cristina de Andrade; Kize Alves Almeida; Flávio Henrique Vasconcelos
de Medeiros
Universidade Federal de Lavras

Ceratocystis paradoxa é o agente etiológico de várias doenças. O fungo sobrevive


no solo na forma de clamidósporos e, portanto, a busca de estratégias que possam
reduzir a sobrevivência desse patógeno pode resultar na redução da doença. Este
controle da população do patógeno no solo pode ser garantida pela supressividade.
A supressividade do solo é garantida pelas propriedades físicas, químicas e
microbiológicas, sendo esta última a maior responsável pelo controle da população
do patógeno nos solos. No presente trabalho foram caracterizados fatores abióticos
relacionados à supressividade a C. paradoxa. Diferentes doses de Calcário, Gesso
Agrícola e Cloreto de Cálcio foram incorporadas em porções de 200 mL de solos
para avaliar a influência do Cálcio e pH na supressão de C. paradoxa. Afim de
avaliar o poder da supressão inerente aos fatores bióticos, efetuou-se a extração da
microbiota de solos originados de uma região produtora de coco que se distinguia
pela alta pressão de inóculo e plantas sadias. A influência do Cálcio, pH e microbiota
na população de C. paradoxa foi feita com base em uma metodologia adaptada para
avaliar o percentual de iscas de banana prata com casca colonizadas pelo patógeno
sobre os solos. Este percentual de colonização variou de 0 a 100%. O número de
peritécios foi contabilizado e em seguida, os solos foram submetidos a análise de
pH. Os tratamentos com Gesso e Cloreto de Cálcio apresentaram expressiva
porcentagem de infecção e número de peritécios. Não houve colonização de iscas
no tratamento com calcário em suas maiores doses e no tratamento com o
microbioma. Os resultados sugerem que não apenas o microbioma mas também o
pH do solo influenciam a capacidade supressiva do solo. O trabalho evidência o
papel do microbioma e as prováveis espécies responsáveis pelo controle da doença.
Essas devem ser caracterizadas para fomentar estratégias de introdução massal no
controle biológico de doenças de plantas.

Palavras-Chave: pH; controle biológico; microbioma

Apoio Institucional: CNPq

362
Embate antagônico entre Curtobacterium flaccumfaciens subsp.
flaccumfaciens e rizobactérias nativas dos solos do oeste do PR
Bruna R. Martins; Caroline Bertoglio; Vivian C. Missio; Luciane Grange
Universidade Federal do Paraná - Setor Palotina UFPR

A cultura do feijão está entre as culturas mais importantes visando à alimentação


humana. Dentre as limitações da cultura, destacam-se as doenças, como a Murcha
de Curtobacterium causada pela bactéria Curtobacterium flaccumfaciens subsp.
Flaccumfaciens (Hedges 1922) Collins e Jones 1984, (Cff) uma doença vascular,
que coloniza vasos do xilema das plantas, causando sintomas típicos de murcha,
amarelecimento nos bordos dos folíolos e morte das plantas. A disseminação do
agente ocorre via sementes contaminadas, sendo infectadas internamente ou
apenas infestadas superficialmente. Tendo em vista a dificuldade do controle
químico e genético, surge o biocontrole como uma forma alternativa, utilizando
rizobactérias como agentes, devido a gama de mecanismos de ação que possuem
com ação direta contra fitopatógenos. Desse modo, o objetivo do trabalho foi avaliar
isolados de rizobactérias da região oeste do Paraná com potencial de uso no
controle do patógeno Cff. Os ensaios in vitro contaram com um screening de 64
isolados de rizobactérias e iormente dez tratamentos com cinco repetições com os
isolados de rizobactérias que demostraram potencial antagônico contra a bactéria
fitopatogênica no screening, utilizando o delineamento inteiramente casualizado
(DIC). Utilizou-se do método Pour Plate onde o inóculo da bactéria fitopatogênica
por suspensão salina foi colocada juntamente ao meio de cultura e logo após a
solidificação, adicionaram-se as rizobactérias dispondo equidistantes e próximas à
borda da placa então encubadas de forma invertida na BOD a 27 C por 72 horas e
avaliou-se a inibição do crescimento da bactéria fitopatogênica pelo halo de
crescimento das rizobactérias patógeno, avaliação “in vitro” do efeito antagônico foi
pressuposta pelo montante do tamanho da bactéria pelo tamanho do halo
desenvolvido estabelecendo então o controle da bactéria fitopatogênica. Na
avaliação antagonista os isolados de rizobactérias N01, D01 e E01 ganharam
destaque por apresentar bom desempenho no potencial antagônico, e dez isolados
de rizobactérias apresentaram atividade antagônica in vitro à Cff, sendo
considerados fortes candidatos ao biocontrole da Murcha de Curtobacterium.

Palavras-Chave: Controle biológico; Mecanismos antagonistas; Fitobactéria

Apoio Institucional: UFPR

363
Potencial de Trichoderma harzianum para o controle de Sclerotinia
sclerotiorum na cultura do feijão
Bruno dos S. Backes; Alison Grassi; Álvaro L. Ghedin; Fábio Giongo;
Leonardo P. Constantino; Walter J. S. dos Santos; Thayllane de Campos;
Sérgio M. Mazaro
UTFPR – Campus Dois Vizinhos

Na cultura do feijão, o mofo branco, causado por S. sclerotiorum (Lib.) de Bary


(Sclerotiniaceae), é uma das principais doenças, podendo ser um fator determinante
no sucesso da cultura. A demanda por alimentos mais saudáveis bem como a
dificuldade do controle com agroquímicos, nos leva a busca por alternativas
eficientes e sustentáveis. O objetivo do trabalho foi avaliar o controle biológico de S.
sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), no cultivo do feijão com o uso de T.
harzianum Rifai (Hypocreaceae). O trabalho foi realizado a campo na área
experimental da UTFPR - campus Dois Vizinhos, com delineamento de blocos ao
acaso no sistema bifatorial, no fator 1 em quatro níveis (sem aplicação, aplicação em
V2, V4 e V2+V4), e o fator 2 (com baixa e alta umidade do solo). Cada unidade
experimental foi composta por um saquinho de náilon (10x8 cm) com 50 escleródios.
Após o trabalho a campo, realizou-se em laboratório a avaliação micelogênica e
carpogênica dos escleródios. As variáveis analisadas foram: número de escleródios
germinados; número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por T.
harzianum Rifai (Hypocreaceae), e escleródios degradados ou podres. Os
resultados demostram que a umidade é o principal fator para ter sucesso de controle
de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), sendo que apenas uma única
aplicação em V2 ou V4, na condição de alta umidade é suficiente, não necessitando
de duas aplicações para um efetivo controle. Concluímos que a aplicação de T.
harzianum Rifai (Hypocreaceae), é uma efetiva ferramenta de biocontrole a ser
utilizado no manejo de mofo branco, principalmente quando realizado com alta
umidade no solo. Na cultura do feijão, o mofo branco, causado por S. sclerotiorum
(Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), é uma das principais doenças, podendo ser um fator
determinante no sucesso da cultura. A demanda por alimentos mais saudáveis bem
como a dificuldade do controle com agroquímicos, nos leva a busca por alternativas
eficientes e sustentáveis. O objetivo do trabalho foi avaliar o controle biológico de S.
sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), no cultivo do feijão com o uso de T.
harzianum Rifai (Hypocreaceae). O trabalho foi realizado a campo na área
experimental da UTFPR - campus Dois Vizinhos, com delineamento de blocos ao
acaso no sistema bifatorial, no fator 1 em quatro níveis (sem aplicação, aplicação em
V2, V4 e V2+V4), e o fator 2 (com baixa e alta umidade do solo). Cada unidade
experimental foi composta por um saquinho de náilon (10x8 cm) com 50 escleródios.
Após o trabalho a campo, realizou-se em laboratório a avaliação micelogênica e
carpogênica dos escleródios. As variáveis analisadas foram: número de escleródios

364
germinados; número de apotécios por escleródios; escleródios colonizados por T.
harzianum Rifai (Hypocreaceae), e escleródios degradados ou podres. Os
resultados demostram que a umidade é o principal fator para ter sucesso de controle
de S. sclerotiorum (Lib.) de Bary (Sclerotiniaceae), sendo que apenas uma única
aplicação em V2 ou V4, na condição de alta umidade é suficiente, não necessitando
de duas aplicações para um efetivo controle. Concluímos que a aplicação de T.
harzianum Rifai (Hypocreaceae), é uma efetiva ferramenta de biocontrole a ser
utilizado no manejo de mofo branco, principalmente quando realizado com alta
umidade no solo.

Palavras-Chave: biocontrole; fungo de solo; mofo branco

Apoio Institucional: UTFPR – Campus Dois Vizinhos

365
Embate antagônico de Clavibacter michiganensis subsp.
michiganensis versus rizobactérias nativas de solos do Oeste do
Paraná
Caroline Bertoglio; Bruna Ricini Martins; Vivian Carré Missio; Luciana Grange
Universidade Federal do Paraná

As rizobactérias vêm sendo utilizadas extensivamente para o controle de um grande


número de patógenos de plantas. A utilização desses microrganismos é vantajosa e
muito utilizada devido ao grande número de mecanismos de ação que possuem,
com ação direta contra fitopatógenos. Dessa forma, a utilização desses
microrganismos como agentes de controle biológico tem-se mostrado como uma
excelente alternativa, visto a dificuldade no controle químico e genético. O presente
trabalho teve como finalidade identificar rizobactérias com potenciais antagônicos
objetivando o controle biológico in vitro de Clavibacter michiganensis subsp.
michiganensis (Smith) Davis et al. na cultura do tomateiro. Testou-se 64 isolados de
rizobactérias pelo método Pour-Plate em meio DYGS. Selecionaram-se aquelas que
apresentaram a formação do halo de inibição e avaliou-se através da observação
visual e medição do tamanho dos halos de inibição formados pela competição entre
as rizobactérias versus bactéria fitopatogênica. Mediu-se também o percentual de
crescimento da colônia das rizobactérias em relação à placa de Petri. Os isolados
“N03”, “F01”, “P05” e “J08” foram os que apresentaram halo de inibição em contato
com a bactéria fitopatogênica. O tamanho dos halos foram de 2,25; 5; 4,5 e 6mm e o
percentual de crescimento da côlonia em relação à placa de Petri foi de 48; 55; 48 e
35,75%, respectivamente. A eficiência dos isolados de rizobactérias testados em
relação a C. michiganensis subsp. michiganensis evidencia um potencial promissor
para o controle da fitobacteriose. Todavia, testes adicionais são necessários para
concluir com mais segurança acerca do controle biológico, como testes com a
implantação da cultura e inoculação da doença em casa de vegetação, além da
identificação molecular das rizobactérias ao nível de espécie.

Palavras-Chave: Biocontrole; Bactérias; Microrganismos

Apoio Institucional: Universidade Federal do Paraná

366
Atividade antifúngica de produtos bioativos de Cladosporium
cladosporioides contra Pestalotiopsis clavispora
Clair Walker; Marlove Fatima Brião Muniz; Janaina Silva Sarzi; Jéssica Emilia
Rabuske; Lucas Savian; Alexsandra Cezimbra Quevedo
Universidade Federal de Santa Maria

A utilização de micro-organismos endofíticos como uma fonte de produtos bioativos


com ação antifúngica é uma interessante estratégia para aplicação no controle de
doenças de plantas. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi testar in vitro a
atividade antifúngica de filtrados obtidos através de diferentes processos de
fermentação submersa do fungo endofítico Cladosporium cladosporioides (Fresen.)
G.A. de Vries (Cladosporiaceae). Os filtrados foram obtidos de 11
tratamentos compostos por diferentes concentrações de meio de cultivo e pH, sendo
utilizados para testar a atividade antifúngica contra Pestalotiopsis clavispora (G.F.
Atk.) Steyaert (Pestalotiopsidaceae), patógeno causador de mancha foliar em
nogueira-pecã. Para tanto, a proporção de filtrado incorporada ao meio BDA foi de
10%. Discos de micélio do patógeno (6 mm) foram transferidos para o centro de
cada placa de Petri, que em seguida, foram incubadas em BOD (24 ºC e fotoperíodo
de 12 horas). Para o tratamento testemunha não foi utilizado o filtrado no meio de
cultura. O diâmetro da colônia do patógeno foi medido diariamente com paquímetro,
até toda a superfície do meio ser colonizada pelo patógeno nas placas testemunha
e, calculado o percentual de inibição de crescimento micelial. Para analisar os dados
foi utilizado o programa estatístico Sisvar. As médias foram comparadas pelo teste
de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Os tratamentos 1 (5 g/L de sacarose; 5 g/L
de AMM e pH 5,5), 4 (15 g/L de sacarose; 15 g/L de AMM e pH 4,5) e 6 (15 g/L de
sacarose; 5 g/L de AMM e pH 6,5) apresentaram os melhores resultados de inibição
do crescimento micelial de P. clavispora com valores de 21,74%, 24,62% e 19,26%,
respectivamente, com diferenças estatísticas significativas em relação às demais
condições de fermentação. Dessa maneira, esses resultados indicam a eficiência
desses produtos bioativos no controle de patógenos de plantas, sendo importantes
outros estudos que identifiquem os metabólitos ativos presentes.

Palavras-Chave: metabólitos

Apoio Institucional: Programa Nacional de Pós Doutorado/Capes (PNPD/CAPES)

367
Utilização de Trichoderma spp. para o controle biológico de
Sclerotinia sclerotiorum na cultura da soja
Akio S. Matsumura¹; João R. L. Scherer²; Márcia E. da Silva¹; Diouneia L.
Berlitz¹; Akira S. Matsumura¹; Aida T.S. Matsumura¹
¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:
detec@icb.bio.br - ²Horizonte Comercial Agrícola Ltda, Formosa, GO

A doença conhecida como mofo branco é causada por Sclerotinia scleretiorum (Lib.)
de Bary 1884 (Sclerotiniaceae) cujo principal sintoma na planta é a formação de
micélio branco seguido de estruturas de coloração preta, que são estruturas de
resistência do fungo. Já o gênero Trichoderma são fungos conhecidos pela sua
capacidade de micoparasitismo, onde ocorre o reconhecimento do patógeno no solo.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de controle de S. sclerotiorum
através de diferentes espécies de Trichoderma em condições de campo. O trabalho
foi conduzido em quatro fazendas em Goiás, no ano agrícola 2010/11. As espécies
do gênero Trichoderma Pers, 1794 (Hypocreaceae) utilizadas foram T. harzianum, T.
aperellum e T. koningiopsis, sendo realizada uma pré-formulação com a mistura das
três espécies, aplicada via pulverização, na dose correspondente a 100mL/ha (T1).
A testemunha (T2) correspondeu a parcelas não tratadas com Trichoderma. Foram
avaliadas a incidência e a severidade da doença em amostragens de todas as
plantas em uma linha central, através de notas e aplicação da fórmula do Índice de
Severidade- IS. Os resultados mostram que, nas quatro fazendas avaliadas houve
redução nos dois parâmetros, sendo Fazenda A: incidência de 3,99 e IS de 1,51
para T1 e incidência de 32,74 e IS 12,42 para T2; Fazenda B: incidência de 1,28 e
IS de 0,57 para T1 e incidência de 8,66 e IS 5,45 para T2; fazenda C: incidência de
6,72 e IS de 4,05 para T1 e incidência de 27,24 e IS 17,6 para T2; Fazenda D:
incidência de 5,58 e IS de 2,18 para T1 e incidência de 20,15 e IS 10,38 para T2. O
maior percentual de redução ocorreu na Fazenda A, com incidência e IS 87% menor
na área com a aplicação Trichoderma spp., seguido de 85%/ 89%, 75%/ 77% e 72%/
78% para a incidência e IS, respectivamente, nas Fazendas, B, C e D. Nesse
sentido, infere-se o potencial dessas três espécies de Trichoderma, utilizadas
simultaneamente, em campo, para o controle biológico de S. sclerotiorum.

Palavras-Chave: mofo branco; índice de severidade; micoparasitismo

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

368
Potencial de microrganismos aplicados na soja, em campo, para
redução da população de fitonematoides
Diouneia L. Berlitz¹; Denize M. M. Guerreiro²; Marina S. P. Macedo²; William C.
Mariotti²; Márcia E. da Silva¹; Akio S. Matsumura¹; Aicha D. R. Ribas¹; Akira S.
Matsumura¹; Aida T.S. Matsumura¹
¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:
detec@icb.bio.br - ²Delta Rio Produtos Agrícolas Ltda, Rio Verde, GO

Os nematoides parasitas de plantas estão se tornando um grande problema na


agricultura necessitando de estratégias específicas de manejo e redução
populacional. Dentre os principais fitonematoides, pode-se citar os gêneros
Pratylenchus Filipjev, 1936 (Pratylenchidae) e Helicotylenchus Steiner, 1945
(Hoplolaimidae) ocorrendo isolada ou simultaneamente no campo. Com o objetivo
de redução destes nematoides, foram utilizados diferentes microrganismos em
parcelas de soja, no ano agrícola 2018/19. Foram comparados dois tratamentos,
lado a lado, com a aplicação via barra, sendo: Área 1- produto comercial,
nematicida, a base de Trichoderma spp. Pers, 1794 (Hypocreaceae) na dose de 100
mL/ha e Área 2- Bacillus amyloliquefaciens Fukomoto, 1943 (Bacillaceae) ICB B200
na concentração de 1x109 UFC/mL acrescido da inoculação de ICB Nutrisolo
Trichoderma®, ambos na dosagem correspondente a 50 mL/ha. O volume de calda
utilizado foi de 40 L/ha. Não houve parcela de controle, sem aplicação de
microrganismos e não havia avaliação quantitativa dos nematoides antes do
experimento. Foram coletadas amostras de solo e raízes de ambas as áreas, sendo
então enviadas para laboratório especializado para as análises nematológicas. Os
resultados demonstraram que a ocorrência de Pratylenchus sp. na área 1 foi de 561
espécimes/g de raiz e 104 espécimes/ 100cc de solo e para Helicotylenchus sp. foi
de 43 espécimes/g de raiz e 78 espécimes/ 100cc solo. Já na área 2 para
Pratylenchus sp. a população foi de 30 espécimes/g de raiz e 20 espécimes/ 100cc
de solo e para Helicotylenchus sp. foi de 26 espécimes/g de raiz e 100 espécimes/
100cc de solo. Comparando os dois tratamentos, a maior redução foi para o gênero
Pratylenchus sendo a ocorrência 93% e 80% menor na área 2 tratada com B.
amyloliquefaciens em soja inoculada com ICB Nutrisolo Trichoderma®.
Considerando que não houve quantificação anterior dos nematoides aliado
à ausência de área sem tratamento (controle) pois tratou-se de avaliação em uma
área comercial, pode-se inferir que a inoculação das plantas com Trichoderma spp.,
em conjunto com a aplicação da bactéria B. amyloliquefaciens, ampliam o potencial
de controle de nematoides na cultura da soja.

Palavras-Chave: Pratylenchus
Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

369
Ensaios com diferentes microrganismos aplicados em soja, para o
controle de Meloidogyne javanica
Aida T.S. Matsumura¹; Akio S. Matsumura¹; Márcia E. da Silva¹; Akira S.
Matsumura¹; Aicha D. R. Ribas¹; Diouneia L. Berlitz¹
¹ICB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutan 386, Navegantes, Porto Alegre, RS. E-mail:
detec@icb.bio.br

Meloidogyne javanica (Treub, 1885) Chitwood, 1949 (Meloidogynidae) é um


nematoide formador de galhas, com hábito sedentário e de difícil manejo, causando
perdas na sojicultora, onde o controle biológico mostra-se como ferramenta de
manejo. Bacillus amyloliquefaciens Fukomoto, 1943 (Bacillaceae) forma um biofilme
na região radicular das plantas, protegendo-a. Já o fungo, da família
Ophiocorditaceae, Paecilomyces lilacinus (Thom) Samson 1974 (Purpuriocilium
lilacinum (Thom) Luangsa-ard, Houbraken, Hywel-Jones & Samson, 2011) é um
parasita de ovos de nematoides e Trichoderma spp. Pers, 1794 (Hypocreaceae) é
um elicitor de resistência que estimula a produção de raízes. Este trabalho avaliou o
potencial de controle de B. amyloliquefaciens e P. lilacinus em plantas de soja
inoculadas com ICB Nutrisolo Trichoderma®, em casa de vegetação. Os ensaios
foram conduzidos em recipientes de poliestireno com 0,5 L de solo: areia (1:1),
previamente autoclavado (120ºC/ 2h). Um orifício foi aberto no solo, onde foi
depositado o inóculo do nematoide e uma semente se soja cv. M 6210 IPRO. Os
tratamentos consistiram na aplicação de 100mL/ha de cada microrganismo (T1) e
100mL/ha de B. amyloliquefaciens + 100mL/ha de ICB Nutrisolo Trichoderma (T2). O
inóculo do nematoide foi de 2000 espécimes/planta, a avaliação da altura, massa
aérea fresca e seca ocorreu 60 dias após a inoculação. As raízes foram lavadas,
medidas pesadas, submetidas a extração de nematoides e avaliadas em
microscopia e câmara de Peters. Os resultados mostram que a redução no número
total de nematoides foi 48% e 25% para o T1 e T2, sendo 39% e 52% para o número
de galhas no T1 e T2, respectivamente. O comprimento da raiz foi maior no T1 em
18% e 15% no T2, apresentando diferença estatística por Scott-Knott (p<0,05). A
massa fresca e seca da parte aérea foi maior em ambos os tratamentos. A utilização
dos três microrganismos tornam-se aliados ao controle biológico deste nematoide e
ao desenvolvimento de raízes das plantas.

Palavras-Chave: Bacillus amyloliquefaciens; Purpuriocilium lilacinum; Trichoderma


spp.

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

370
Avaliação do efeito de defensivos químicos sobre a germinação de
conídios de Trichoderma endophyticum
Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Izabeli I. Santos;
Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei
Innova/UNILA/UFT

Vários são os defensivos químicos usados na agricultura para controle de insetos,


doenças e plantas invasoras, porém, muitos desses produtos são tóxicos e podem
interferir na ação de agentes biocontroladores como espécies do gênero
Trichoderma. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de fungicidas, inseticidas e
herbicidas de uso agricola, sobre o fungo Trichoderma endophyticum (isolado LBF
30/06). Uma suspensão de 1x10.10 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a
soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas
suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos
conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de
12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não
germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia
de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha
(100%), sendo que para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de
31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico,
e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Mancozebe e Azoxistrobina
+ Benzovindiflupir foram muito tóxico, o primeiro inibindo totalmente a viabilidade dos
conídios e o segundo reduzindo a 9%, Trifloxistrobina + Protioconazol reduziu a
viabilidade para 51,8% sendo moderadamente tóxico, o mesmo ocorrendo com
Trifloxistrobina + Ciproconazol que apresentou germinação de 60,2%. Em relação
aos inseticidas, com exceção de Tiametoxam que reduziu a porcentagem de
germinação a 9,6% sendo considerado muito tóxico, Acefato, Lambda-cialotrina e
Imidacloprid foram considerados compatíveis proporcionando 67,2%, 72,2% e 78,4%
de germinação. Todos os herbicidas foram considerados compatíveis: Glifosato
63,7%, Haloxifope-r éster metílico 67%, Cletodim 67%, Sal de dimetilamina do ácido
diclorofenoxiacético (2,4-D) 70% e Dicloreto de Paraquate 82,7% de germinação dos
conídios.

Palavras-Chave: Agroquímicos

Apoio Institucional: Innova LTDA

371
Efeito de defensivos químicos de uso agrícola sobre a germinação
de conídios de Trichoderma harzianum
Edimara A. Francisco; Berghem M. Ribeiro; Izabeli I. Santos; Marilda J. Silva;
Matheus G. Ferreira; Sandra Schkalei
Innova/UNILA/UFT

A espécie Trichoderma harzianum tem sido empregada para controle de fungos


fitopatógenos com sucesso no Brasil. Sendo de interesse aplicá-la juntamente com
outros defensivos agrícolas. Todavia, muitos desses produtos são incompatíveis e
podem interferir na ação dos bioagentes. Objetivou-se avaliar o efeito da mistura em
tanque dos defensivos químicos de uso agrícola com o fungo Trichoderma
harzianum (isolado MMBF 64/09). Uma suspensão de 4,5x108 conídios viáveis/mL
do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas concentrações recomendadas.
Após 1 h, estas suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a
quantificação dos conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ±
1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios
germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi
adotada a metodologia de em que são calculados os valores de germinação em
relação a testemunha (100%) para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito
tóxico, de 31 a 45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado
moderadamente tóxico e para valores acima de 60%, é considerado compatível. Os
fungicidas Mancozebe e Azoxistrobina + Benzovindiflupir foram muito tóxicos
possibilitando 4 e 23% de germinação dos conídios, respectivamente, Trifloxistrobina
+ Ciproconazol mostrou-se moderadamente tóxico 51,4% e Trifloxistrobina +
Protioconazol possibilitou 87% de germinação, sendo classificado como compatível.
Os herbicidas incompatíveis foram Glifosato 4,2%, Sal de dimetilamina do ácido
diclorofenoxiacético (2,4-D) 13,7%, Cletodim 24%, Haloxifope-r éster metílico foi
tóxico 32% e Dicloreto de Paraquate moderadamente tóxico 53,7%. Todos os
inseticidas foram incompatíveis Lambda-cialotrina 24,6%, Imidacloprid 39%, Acefato
42,6%, já Tiametoxam foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação.

Palavras-Chave: Biofungicida

Apoio Institucional: Innova LTDA

372
Tratamento de sementes com inoculantes e Trichoderma na cultura
da soja
Alison Grassi; Álvaro Luis Ghedin; Bruno dos Santos Backes; Fabio Giongo;
Jean Carlo Possenti; Sergio Miguel Mazaro
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Graduação em Agronomia, Campus Dois Vizinhos

A soja é a principal espécie agrícola cultivada no Brasil, e sua produção vem


crescendo ano após ano, bem como constantemente tem-se buscado novas práticas
que agreguem na produtividade das lavouras de forma efetiva e sustentável. No
cenário atual tem-se a inoculação com o uso de Bradyrhizobium como uma prática
consolidada e com comprovados benefícios. Também vem se obtendo bons
resultados com a co-inoculação aonde se associa o Azospirillum, o qual demonstra
potencial de produzir e metabolizar diversos fitôrmonios importantes no crescimento
e desenvolvimento vegetal. Ainda considerando o potencial de biocontrole e ativação
de resistência nas plantas vem sendo empregado de forma concomitante
o Trichoderma sp., promovendo proteção à fitopatógenos, melhor estabelecimento
da cultura e incremento nos resultados produtivos. Este trabalho buscou avaliar o
potencial de utilização de inoculação, co-inoculação e associação
com Trichoderma sobre os parâmetros agronômicos relacionados a produtividade da
cultura da soja. O trabalho foi realizado na área experimental da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois Vizinhos, com delineamento
inteiramente casualizado, (sem inoculação; Bradyrhizobium;
Azospirillum; Bradyrhizobium+ Azospirillum e Bradyrhizobium+ Azospirillum+ Trichod
erma harzianum) em quatro repetições. Os inoculantes foram aplicados nas
sementes de soja, e logo em seguida realizada a semeadura. Cada unidade
experimental foi composta por uma parcela de 10m2, em quatro repetições. Foi
realizado adubação de base em área total, conforme a análise se solo, sendo
aplicado juntamente a semeadura em sulco de cultivo 200kg/ha de NPK da fórmula
02-20-20. Avaliaram-se as variáveis tamanho de plantas (parte área e raízes),
nodulação das raízes e parâmetros relacionados a produtividade, sendo número de
vagens, número de grãos por vagens, massa de grãos e produtividade de grãos. Os
resultados demonstram que o uso conjunto de Bradyrhizobium+ Azospirillum + T.
harzianum, promoveram um sinergismo, resultando em plantas com maior potencial
produtivo, com incremento de 15% de produtividade em relação a testemunha.

Palavras-Chave: Glycine max; Co-inuculação; Produtos Biológicos

Apoio Institucional: UTFPR

373
Uso de biológicos no tratamento de sementes de soja
Alison Grassi; Álvaro L. Ghedin; Bruno dos S. Backes; Fabio Giongo; Jean C.
Possenti; Sergio M. Mazaro
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Graduação em Agronomia, Campus Dois Vizinhos

O tratamento de sementes com biológicos é uma prática que vem demonstrando


ótimos resultados, sendo os agentes mais utilizados as bactérias Bradyrhizobium e o
Azospirillum com função de fixação biológica de nitrogênio e estímulos hormonais ao
crescimento e desenvolvimento vegetal. Já o fungo Trichoderma spp. apresenta
principalmente ação de biocontrole a fungos de solo. Muitos produtores vêm
associando ainda a esses agentes biológicos os complexos nutricionais, com
objetivo de incrementar e favorecer a estabilização no solo e sua relação com as
plantas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial dessas associações sobre
os parâmetros produtivos da cultura da soja. O experimento foi realizado na área
experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Dois
Vizinhos, com delineamento inteiramente casualizado, contendo os tratamentos com
os agentes biológicos Bradyrhizobium (Atmo®); Azospirillum (Azoffix®));
Bradyrhizobium + Azospirillum e Bradyrhizobium + Azospirillum + Trichoderma
harzianum (Ecotrich®) em associação com complexo nutricional a base de fosfóro,
cobalto e molibdênio (Synflex®). Os produtos foram aplicados no tratamento de
sementes conforme recomendação dos fabricantes, e logo em seguida realizada a
semeadura. A unidade experimental foi composta por uma parcela de 10m2, em
quatro repetições. Os parâmetros avaliados no experimento foram tamanhos de
plantas, nodulação e produtividade. Os resultados observados foram maior
nodulação das plantas e incremento dos parâmetros relacionados a produtividade
em virtude do uso dos agentes biológicos e associação com o complexo nutricional.

Palavras-Chave: Produto biológico; Glycine max,; Associação

Apoio Institucional: UTFPR

374
Avaliação da eficiência de produtos de controle biológico de
Macrophomina phaseolina em soja
Helen P. Vasconcelos; Marcelo G. Canteri; Claudia V. Godoy; Maurício C.
Meyer
Universidade Estadual de Londrina

As doenças radiculares representam ameaça à estabilidade de produção de soja,


gerando uma crescente demanda de adoção de medidas de manejo. Dentre estas
doenças, destaca-se a podridão de carvão da raiz, causada por Macrophomina
phaseolina, um fungo habitante de solo, polífago, presente em todas as regiões
produtoras do Brasil, de elevada variabilidade patogênica e grande capacidade de
sobrevivência no solo através da produção de microescleródios. O emprego de
controle biológico através da infestação do solo com agentes antagonistas vem
aumentando em diversos patossistemas, principalmente no caso de doenças
radiculares, que não dispõem de controle químico eficiente. O objetivo desse
trabalho foi avaliar o efeito de agentes de biocontrole na redução da severidade de
M. phaseolina na raiz e no colo da soja. Foi utilizado o delineamento experimental
inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e doze repetições. Foram
utilizados vasos (cap. 0,3 L) com cinco plantas e preparados com substratos
infestados pelo patógeno misturado com areia. Os tratamentos com biofungicidas
comerciais foram compostos por três formulações de Trichoderma harzianum (10¹²
conídios ha-¹), T. asperellum (10¹² conídios ha-¹) e Bacillus subtilis (1500 g ha-¹),
respectivamente. As aplicações foram realizadas em jato dirigido no sulco de
semeadura. Foi mantido um tratamento controle, sem aplicação de biofungicida. Aos
15 dias após a semeadura, foi feita a avaliação de severidade (percentual de área
lesionada das raízes e porcentagem de área lesionada no colo da planta). O
tratamento com B. subitilis apresentou controle de 33% da podridão de carvão da
raiz avaliada nas raízes, e os demais não diferiram do tratamento controle não
tratado. Para avaliação no colo das plantas, todos os biofungicidas reduziram a
severidade dos sintomas em relação ao tratamento controle em 38% (T.
asperellum), 31% (T. harzianum) e 29% (B. subtilis), porém não houve diferença
estatística entre eles. Conclui-se que os produtos avaliados podem apresentar certo
potencial para controle biológico da doença nas condições deste experimento, mas
estudos mais detalhados são necessários para direcionar seu uso.

Palavras-Chave: Biocontrole; Fitopatógeno; Glycine max

Apoio Institucional: CAPES

375
Inibição de bactérias fitopatogênicas por metabólitos secundários
da cepa LABIM17 de Brevibacillus sp.
Izabela M. Duin; Rosiana Bertê; Admilton G. de Oliveira Jr; Rui P. Leite Jr;
Maria I. Balbi-Peña
¹Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina. E-
mail: izabeladuin@hotmail.com ²Doutoranda, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia,
Universidade Estadual de Londrina; ³Docente, Programa de Pós-Graduação em Microbiologia,
Universidade Estadual de Londrina; 4Pesquisador, Instituto Agronômico do Paraná; 5Docente,
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR,
Brasil

Espécies de bactérias de vários gêneros estão sendo amplamente utilizadas para o


controle de patógenos e doenças de plantas como uma alternativa ao controle
químico. O objetivo desse estudo foi testar o efeito de metabólitos secundários da
cepa LABIM17 de Brevibacillus sp. no crescimento in vitro de dois isolados de
Xanthomonas axonopodis pv. glycines (Smith) (Xanthomonadaceae), um isolado de
Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum (Jones) (Enterobacteriaceae) e um
isolado de Acidovorax avenae subsp. citrulli (Schaad et al.) (Comamonadaceae).
Para a produção de bioativos, uma suspensão a 108 UFC mL-1 da LABIM17 em
solução salina foi ativada em meio ISP2 a 35 ºC e 150 rpm por 24 h com ior
multiplicação em meio ISP2 com modificações a 35 ºC e 150 rpm por 168 h. Para a
obtenção do sobrenadante livre de células (SLC), a produção foi centrifugada a
10.000 rpm a 4 °C por 15 min e esterilizada em membrana de 0,22 μm. A
determinação da atividade bactericida da LABIM17 foi realizada pelo método de
difusão em ágar em meio Muller Hilton Ágar (MHA). As bactérias fitopatogênicas na
concentração de 108 UFC por mL de solução salina foram incorporadas nesse meio
a 0,25 % (pour plate). Duzentos µL do SLC da cepa LABIM17 foram adicionados no
meio em poço de 8 mm de diâmetro. As placas foram incubadas a 28 ºC por 24 h. A
atividade bactericida foi avaliada pelo halo de inibição do crescimento bacteriano.
Houve inibição de crescimento dos dois isolados de X. ax. pv. glycines, com halo de
32 mm e 25,5 mm e de P. carotovorum subsp. carotovorum, com halo de 18,5 mm.
Os resultados apresentaram diferença estatística significativa entre eles. Não houve
inibição de crescimento para Acidovorax avenae subsp. citrulli.

Palavras-Chave: Controle biológico; Pectobacterium carotovorum subsp.


carotovorum; Xanthomonas axonopodis pv. glycines

Apoio Institucional: CNPq

376
Compatibilidade de Trichoderma koningiopsis a defensivos
químicos de uso agrícola
Izabeli I. Santos; Berghem M. Ribeiro; Edimara A. Francisco; Matheus G.
Ferreira; Sandra Schkalei; Marilda J. Silva
Innova/UNILA/UFT

A utilização na agricultura de espécies do gênero Trichoderma para controle


biológico tem aumentado nos últimos anos, sendo de interesse aplicá-lo juntamente
com outros defensivos. Porém, muitos desses produtos são tóxicos e podem
interferir na ação de agentes biocontroladores como espécies do gênero
Trichoderma. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos de uso agrícola, sobre o
fungo Trichoderma koningiopsis (isolado LBF 29/08). Uma suspensão de
1,7x108 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a soluções dos produtos nas
concentrações recomendadas. Após 1h, estas suspensões foram pipetadas em
lâminas de viabilidade, e a quantificação dos conídios germinados foi realizada após
20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de 12 h e umidade relativa de 70 ± 10%.
Foram avaliados conídios germinados e não germinados obtendo-se a porcentagem
de germinação. Foi adotada a seguinte escala: quando os valores de germinação
em relação a testemunha (100%) foram de 0 a 30% o produto foi considerado muito
tóxico, de 31 a 45% foi considerado tóxico, de 46 a 60% foi considerado
moderadamente tóxico, e para valores acima de 60%, foi considerado compatível.
Todos os herbicidas foram compatíveis sendo que Glifosato possibilitou 63,7% de
germinação, Cletodim 67%, Sal de dimetilamina do ácido diclorofenoxiacético (2,4-
D) 70%, Haloxifope-r éster metílico 77,5% e Dicloreto de Paraquate 82,7%. Os
inseticidas compatíveis foram Imidacloprid 82% e Acefato 84,8%. Já Lambda-
cialotrina e Tiametoxam foram considerados muito tóxicos com 14 e 0% de
germinação, respectivamente. Em relação aos fungicidas, Mancozebe e
Azoxistrobina + Benzovindiflupir foram considerados muito tóxicos 0% e 16,4% de
germinação, respectivamente. Trifloxistrobina + Protioconazol com 50,8% de
germinação foi considerado moderadamente tóxico e Trifloxistrobina + Ciproconazol
com 68,8 % foi considerado compatível.

Palavras-Chave: Controle-biológico

Apoio Institucional: Innova

377
Seletividade de defensivos químicos de uso agrícola ao fungo
Trichoderma asperellum
Izabeli I. Santos; Berghem M. Ribeiro; Marilda J. Silva; Matheus G. Ferreira;
Sandra Schkalei; Edimara A. Francisco
Innova/UNILA/UFT

A espécie Trichoderma asperellum tem sido usada para controle de fungos


fitopatógenos com sucesso no Brasil. Sendo de interesse usá-la juntamente com
outros defensivos. Entretanto, muitos desses produtos são tóxicos e podem interferir
na ação de agentes biocontroladores. Objetivou-se avaliar o efeito de defensivos
químicos de uso agrícola, sobre o fungo Trichoderma asperellum (isolado MMBF
149/12). Uma suspensão de 3,9x107 conídios viáveis/mL do fungo foi adicionada a
soluções dos produtos nas concentrações recomendadas. Após 1h, estas
suspensões foram pipetadas em lâminas de viabilidade, e a quantificação dos
conídios germinados foi realizada após 20 h à temperatura de 25 ± 1 °C, fotofase de
12 h e umidade relativa de 70 ± 10%. Foram avaliados conídios germinados e não
germinados obtendo-se a porcentagem de germinação. Foi adotada a metodologia
de em que são calculados os valores de germinação em relação a testemunha (100
%), na qual para a faixa de 0 a 30% o produto é considerado muito tóxico, de 31 a
45% é considerado tóxico, de 46 a 60% é considerado moderadamente tóxico, e
para valores acima de 60%, é considerado compatível. Todos os herbicidas foram
compatíveis, Cletodim 69,2%, Haloxifope-r éster metílico 76,7%, Dicloreto de
Paraquate 84,2%, Glifosato possibilitou 86,7% e Sal de dimetilamina do ácido
diclorofenoxiacético (2,4-D) 88,7 % de germinação dos conídios. Os inseticidas
compatíveis foram Lambda-cialotrina 72%, Imidacloprid 89,2%, Acefato 89,8%, já
Tiametoxam foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação. Quanto aos
fungicidas, Mancozebe foi muito tóxico inibindo totalmente a germinação dos
conídios, Azoxistrobina + Benzovindiflupir possibilitou 49,6% de germinação sendo
moderadamente tóxico, Trifloxistrobina + Ciproconazol e Trifloxistrobina +
Protioconazol possibilitaram 67,8% e 71,8% de germinação, respectivamente, sendo
considerados compatíveis.

Palavras-Chave: Controle-biológico; Biofungicida; Germinação

Apoio Institucional: Innova

378
Atividade antifúngica in vitro de óleos essenciais contra
Colletotrichum gloeosporioides isolado de folhas de macieira
Juliana O. Nicolao; André A. Nicolao; Daniel Radin; Felipe A. M. F. Pinto; Julia
Zanferrari; Andreza Alves; Alberto F. Brighenti
Instituto Federal Catarinense

A mancha foliar da gala (MFG) é a principal doença em macieira causada,


principalmente, por Colletotrichum gloeosporioides. O controle da doença nos
pomares é feito com fungicidas durante todo o ciclo nas cultivares, aumentando os
custos de produção de maçãs, além de causar efeitos ambientais e antrópicos. O
objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de óleos essenciais (OEs) na inibição
do crescimento micelial do fungo C. gloeosporioides. O experimento foi conduzido
no Laboratório de Fitopatologia do IFC, Concórdia. O isolado de C. gloeosporioides
foi obtido de folhas de macieira. Os óleos essenciais de eucalipto (EUC), capim-
citronela (CAP), palmarosa (PAL) foram adquiridos comercialmente. No ensaio
foram incorporados os OEs nas concentrações de 0,2%; 0,4%; 0,6%; 0,8% e 1,0%,
com um antibiótico e um agente emulsificante ao meio BDA (batata-dextrose-ágar) a
45oC, em placas de Petri de 9 cm de diâmetro. Um disco de 5 mm de diâmetro
contendo o micélio de C. gloeosporioides, foi transferido para o centro de cada
placa. Placas com BDA e agente emulsificante foram utilizadas como controle (dose
zero). As placas foram incubadas a 25oC sob 12 h de fotoperíodo em incubadora
BOD, mensurando o crescimento com o auxílio de um paquímetro digital. Para o
cálculo da porcentagem de inibição do crescimento micelial (PIC) foi aplicada a
fórmula: PIC= Crescimento testemunha – Crescimento tratamento/Crescimento
testemunha x 100, segundo Bastos, 1997. Os dados obtidos foram submetidos à
análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey. Os resultados
mostram que CAP e PAL, em todas as concentrações testada foram efetivas na
completa inibição micelial de C. gloeosporioides, comparado aos controles. O óleo
EUC reduziu o crescimento do fungo em 100% nas concentrações de 0.6%, 0.8% e
1.0%. Além disso, nas outras concentrações houve inibição superior a 93%. Conclui
-se, que os óleos essenciais EUC, CAP, PAL tem potencial para controle alternativo
de C. gloeosporioides.

Palavras-Chave: Mancha foliar-de-Glomerella; controle alternativo; Malus domestica


Borkh

Apoio Institucional: Instituto Federal Catarinense

379
Controle Biológico de Cercospora beticola em Beterraba
Leidiane dos Santos de Lima; Lais Santiago Massuia; Gabriella Souza Cintra;
Juliana Roldão
Leidiane dos Santos de Lima1; Lais Santiago Massuia1; Dra. Gabriella Souza Cintra1; Juliana
Roldão2. 1UNIRP, CEP: 15025-400, São José do Rio Preto, SP. laissantiago86@gmail.com. 2Fazenda
São José – Orgânicos da Barra, CEP: 15120-000, Neves Paulista, SP

A produção da beterraba é limitada pela ocorrência de diversos patógenos, dentre


eles, Cercospora beticola Sacc., agente etiológico da cercosporiose. Trata-se da
doença mais destrutiva da cultura da beterraba, tanto açucareira quanto a de mesa.
A planta, sob ataque, diminui a sua capacidade fotossintética e repõe as folhas a
partir das reservas da raiz, diminuindo assim, a produção de açúcar e a qualidade
industrial. O controle da doença é realizado principalmente pelo uso de fungicidas
protetores e curativos. No entanto, novas alternativas de controle de doenças devem
ser consideradas, principalmente pela introdução de agentes de biocontrole. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes agentes de biocontrole e
dosagens no manejo da cercosporiose em beterraba cultivada no sistema orgânico.
Em experimento realizado em campo, em sistema de cultivo orgânico, foram
utilizados dois produtos comerciais à base de agentes de biocontrole nas dosagens
recomendadas pelo fabricante, assim como foi avaliado o dobro dessa dosagem. E,
da mesma forma, foram utilizados microrganismos, denominados microrganismos
eficientes (EM), os quais foram capturados do solo da mata próxima à produção. Os
agentes de biocontrole comerciais utilizados foram à base de Trichoderma
harzianum e Bacillus subtilis O delineamento estatístico foi em blocos casualizados,
em esquema fatorial 3x2 (agentes de biocontrole x dosagens) com quatro
repetições. Foram avaliadas peso dos tubérculos, a massa da parte aérea e a
severidade final. Não houve diferença entre os diferentes agentes de biocontrole e
dosagens avaliados neste estudo.

Palavras-Chave: Agentes de biocontrole; Severidade; Produtividade.

Apoio Institucional: Fazenda São José - Orgânicos da Barra

380
Antagonismo in vitro entre Trichoderma spp. e Cercospora
coffeicola
Marcia E. da Silva1; Aida T.S. Matsumura1; Gerson Pauli1; Ana C. Stein1;
Diouneia L.Berlitz1; Aicha D. Ribas1; Lidia, M. Fiuza1
1
-CB BIOAGRITEC LTDA. Rua Arabutã, 386, Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS. E-mail:
detec@icb.bio.br

O fungo Cercospora coffeicola Berk. & Cooke 1881 (Mycosphaerellaceae) é o


causador da cercosporiose no cafeeiro, provocando a desfolha e reduzindo a
produção. Com o objetivo de avaliar a possibilidade de controle deste fitopatógeno,
foram testados separadamente, os oito isolados de Trichoderma spp. que compõem
o produto ICB Nutrisolo Trichoderma, o produto puro e o produto na diluição 103
ufc/mL contra dois isolados de C. coffeicola (LFP 12 e LFP 37). Os confrontos foram
realizados em placas de Petri com 8,5 cm de diâmetro com meio de BSA (batata-
sacarose-ágar) e em placas com meio V8, três repetições de cada. A técnica
utilizada foi de cultura dual, onde discos de 5 mm de Trichoderma spp. e de C.
coffeicola foram colocados em lados opostos. Nas placas do teste com a mistura dos
oito isolados foi inoculado 0,1 mL do produto no lado oposto ao patógeno. Na
testemunha do teste foi inoculado um disco de 5 mm do C. coffeicola. Os isolados de
C. coffeicola (por apresentarem crescimento muito lento em meio de cultura foram
inoculados sete dias antes dos isolados de Trichoderma spp. e do produto. As
placas foram incubadas a 25 ± 1C e fotoperíodo de 12 horas. O teste foi avaliado
aos sete e aos catorze dias utilizando a escala de notas de Bell et al. e o grau de
antagonismo pelo percentual de inibição. No teste in vitro os oito isolados das três
espécies: T. asperellum Samuels, Lieckf. & Nirenber 1999; T. harzianum Rifai 1969
e T. koningiopsis Samuels, Carm. Suárez & H.C. Evans 2006 (Hypocreaceae) e o
produto ICB Nutrisolo Trichoderma, composto pelos oito isolados apresentaram
notas ≤2, pela escala de Bell et al. e o percentual de inibição do patógeno variou de
19,41 a 36,76%, demonstrando assim, o antagonismo aos dois isolados de C.
coffeicola. Trichoderma spp. cresceu e produziu esporos sobre a maioria das
colônias de C. coffeicola. Os resultados do teste mostraram a possibilidade de uso
do produto ICB Nutrisolo Trichoderma para controle da cercosporiose no cafeeiro.

Palavras-Chave: cercosporiose; controle biológico; cultura do café

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA.

381
Potencial antagonista de Trichoderma spp. sobre Colletotrichum
sp. in vitro
Lucas Graciolli Savian; Marlove F. B. Muniz; Janaina S. Sarzi; Jéssica E.
Rabuske; Clair Walker; Alexsandra C. Quevedo; Lais da S. Martello
Universidade Federal de Santa Maria

Fungos do gênero Colletotrichum são conhecidos por ocasionar uma série de


doenças, dentre elas, as manchas foliares em frutíferas e florestais como macieira, e
nogueira-pecã. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar o potencial
antagonista de isolados de Trichoderma spp. e formulações comerciais à base de
Trichoderma no controle de Colletotrichum sp. Os isolados antagonistas
(Trichoderma harzianum (IST1), T. asperellum (IVCT1), T. koningiopsis (IIOT1), T.
tomentosum) provenientes de solo rizosférico, estavam armazenados na micoteca
do Laboratório de Fitopatologia Elocy Minussi da UFSM. Também foram utilizados
isolados de formulações comerciais: T. asperellum (Quality®), Trichoderma sp.
(Biotrich®) e T. harzianum (Ecotrich®). O isolado de Colletotrichum sp. foi obtido de
frutos de nogueira. Para a avaliação do antagonismo dos isolados, um cilindro de
meio de cultura (7 mm) com estruturas do patógeno foi transferido para placas de
Petri contendo BDA, a 5 mm da borda. Após dois dias de crescimento, um cilindro
de 7 mm com estruturas de Trichoderma spp. foi transferido para o lado oposto da
placa. Para o tratamento testemunha foi utilizado somente o disco de Colletotrichum
sp. As placas foram incubadas por sete dias em BOD (25°C, 12 h fotoperíodo) e, ao
final do período, foi mensurado o diâmetro das colônias e determinado o percentual
de inibição do crescimento micelial. O delineamento foi o inteiramente casualizado,
com cinco repetições por tratamento. Os dados foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott (p≤0,05), utilizando o
programa Sisvar. Todos os isolados de Trichoderma controlaram Colletotrichum sp.,
com destaque para os isolados provenientes de solo. O menor valor de inibição do
crescimento do patógeno foi observado no pareamento com Quality®. Assim, as
diferentes formas de Trichoderma spp. são eficientes no controle do crescimento
micelial de Colletotrichum sp.

Palavras-Chave: controle biológico; pareamento de culturas; fitopatógenos

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior

382
Controle de fitopatógenos por metabólitos de fungos sapróbios
Maicon F. P. de Paula (petrymaicon38@gmail.com); Renata M. Thomé; Beatriz
L. C. da Costa; Guilherme Biz; Maria I. Balbi-Peña
Universidade Estadual de Londrina

Os fungos são os principais microrganismos que acarretam doenças em plantas. O


controle químico de doenças depara-se com o surgimento de isolados de patógenos
resistentes e causa prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente, levando à
procura por novos métodos de controle. Neste sentido, o controle biológico tem se
tornado uma alternativa para o controle de doenças. O presente trabalho visou
avaliar o potencial antagônico de Myrothecium sp. 1 (MY1) no controle de Alternaria
solani, Botrytis cinerea, Fusarium oxysporum, Penicillium digitatum e Rhizoctonia
solani. O isolado MY1 foi cultivado em meio líquido batata-dextrose a 25 ºC com
fotoperíodo de 12/12 h por 25 dias e iormente transferido para a geladeira a 5 ºC por
48 horas. O sobrenadante foi filtrado para separação das células fúngicas e
armazenado a 5ºC para ior utilização. Para o teste de inibição do crescimento
micelial, o filtrado de MY1 foi adicionado ao meio batata-dextrose-ágar ainda
fundente para obter as concentrações de 0, 25, 50 e 75%. O delineamento foi
inteiramente casualizado com quatro repetições. O meio acrescido do filtrado foi
vertido em placas de 45mm e discos miceliais dos patógenos foram repicados no
centro das placas e incubados a 25 ºC com fotoperíodo de 12/12 h. Avaliações
diárias do crescimento micelial foram realizadas até que a testemunha (0%)
atingisse a borda da placa. Observou-se que MY1 não exerceu ação antagônica
frente aos fungos A. solani e F. oxysporum. Na concentração de 25% do filtrado
houve inibição total do crescimento do P. digitatum e, na concentração de 75%,
houve inibição do crescimento de 76 e 58% dos fungos B. cinerea e R. solani,
respectivamente. Conclui-se que o fungo Myrothecium sp. apresenta antagonismo
através de metabólitos difusíveis no meio aos fungos P. digitatum, B. cinerea e R.
solani.

Palavras-Chave: Antagonismo; Controle biológico; Fungos fitopatogênicos

Apoio Institucional: Fundação Aráucaria e CAPES

383
Controle de Botrytis cinerea por leveduras antagonistas
Renata M. Thomé; Luiz V.B. de Oliveira; Rosane F. Schwan; Maria I. Balbi-Peña
Universidade Estadual de Londrina

Os resíduos químicos nos frutos representam uma ameaça para a saúde humana. O
uso de leveduras como agentes de biocontrole está sendo extensivamente estudado
pois estes organismos apresentam requerimentos nutricionais simples, rápida
colonização de superfícies e não produzem esporos alergênicos, micotoxinas ou
antibióticos. O presente trabalho tem por finalidade avaliar o potencial antagônico in
vitro de isolados das leveduras Pichia sp., Hanseniaspora opuntiae e Lachancea
thermotolerans contra Botrytis cinerea agente causal do mofo cinzento em frutos.
Para determinação do efeito antagônico por compostos voláteis, utilizaram-se placas
bipartidas, dispondo um disco micelial do fungo de 6 mm de um lado da placa e a
suspensão de células na concentração de 3x106 cél/mL das leveduras do outro.
Para a avaliação da capacidade antagônica dos compostos não voláteis das
leveduras, estas foram estriadas a 3 cm do centro da placa e após 48 h adicionou-se
um disco micelial de do fungo no centro da mesma. Para ambos os experimentos
avaliaram-se: índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM) e porcentagem
de inibição do crescimento micelial (ICM%) de B. cinerea. No segundo experimento
avaliou-se também o halo de inibição de crescimento micelial. O delineamento foi
inteiramente casualizado com 5 repetições. Os compostos voláteis dos quatro
isolados de leveduras exerceram inibição do crescimento micelial de B. cinerea,
sendo L. thermotolerans a que apresentou a maior inibição de crescimento micelial
(41%). No teste de antagonismo por compostos não voláteis todos os isolados
inibiram o fungo patogênico, destacando o isolado de Pichia sp., que formou um halo
de inibição de 1,04 cm e inibiu o crescimento micelial de B. cinerea em 50%.
Constatou-se que os isolados L. thermotolerans e Pichia sp., apresentam potencial
no controle de B. cinerea.

Palavras-Chave: Antagonismo; compostos voláteis; mofo cinzento

Apoio Institucional: CAPES, Fundação Araucária

384
Avaliação do potencial biotecnológico de Brevibacillus sp. na
produção de compostos bactericidas
Rosiana Bertê; Julia P. Baptista; Allan Y. Higashi; Maria L. A. de Jesus;
Gustavo M. Teixeira; Mirela Mosela; Larissa M. Chagas; Giovana C. C.
Montanari; Admilton G. O. Júnior
UEL - Universidade Estadual de Londrina

Apesar da grande representatividade do Brasil no cenário internacional agrícola, a


demanda interna do país por alimentos é provida principalmente por pequenos
produtores. No entanto, a produtividade brasileira de hortifruti tem sido afetada por
doenças bacterianas que têm limitado a produtividade das lavouras comerciais do
país e a presença de umidade e calor contribuem para que as mesmas se
desenvolvam, como é o caso da mancha bacteriana em tomateiro, do cancro cítrico,
da mancha branca no milho e da murcha em feijoeiro. Neste contexto, esta pesquisa
teve como objetivo avaliar o potencial antibacteriano in vitro de LABIM17
(Brevibacillus sp). frente a Xanthomonas euvesicatoria, Xanthomonas citri
subsp. citri., Pantoea ananatis pv. ananatis e Curtobacterium flaccumfaciens pv.
flaccumfaciens. A obtenção dos metabólitos secundários aconteceu com as etapas
de ativação em meio ISP2 e incubação a 28 °C por 24 h. O pré-inoculo, foi
preparado com as colônias suspensas em salina e a concentração celular ajustada
para 108 UFC/mL a partir do qual transferiu-se 30 µL para um erlenmeyer contendo
30 mL de Meio Proposto. Para a produção dos compostos antibacterianos,
preparou-se 400 mL de Meio Proposto a 1% da concentração celular. O meio foi
mantido em agitação de 200 rpm durante 168 horas, a 35°C. Para a obtenção do
SLC, a produção foi centrifugada a 4°C, por 15 min a 10.000 rpm e esterilizada em
filtros de 0.22 μm. A determinação da atividade antibacteriana do sobrenadante de
LABIM17 foi realizada pelo método de difusão em ágar. Os resultados obtidos
apontam que houve inibição do crescimento bacteriano e diferença estatística entre
os tratamentos. Os resultados foram positivos para todas as bactérias, mostrando
que Xanthomonas citri e Pantoea ananatis não diferiram estatisticamente, com halos
de 26,9 e 26,8 mm de inibição. Dessa forma, os resultados obtidos com esta
pesquisa incentivam a continuação dos estudos.

Palavras-Chave: metabólitos secundários; fitopatógenos; atividade antagonista.

Apoio Institucional: UEL - Universidade Estadual de Londrina

385
Avaliação in vitro da atividade biofungicida de Brevibacillus sp.
Rosiana Bertê; Julia P. Baptista; Allan Y. Higashi; Maria L. A. de Jesus;
Gustavo M. Teixeira; Mirela Mosela; Larissa M. Chagas; Anne C. S. Küll;
Admilton G. O. Júnior
UEL - Universidade Estadual de Londrina

As doenças causadas por fungos na agricultura têm sido um dos fatores limitantes
para o aumento do rendimento das culturas. A podridão de raiz em plantas de
feijoeiro e soja causada por Fusarium solani e a podridão de carvão causada
por Macrophomina phaseolina apresentam-se como doenças preocupantes devido a
dificuldade de controle. Dessa forma, o controle biológico utilizando microrganismos
com potencial biotecnológico apresenta-se como uma alternativa para a redução do
uso de agroquímicos no controle de fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a atividade fungicida do sobrenadante de LABIM17 (Brevibacillus sp.) no
controle dos fungos Fusarium solani 145, Fusarium solani 234, Fusarium oxysporum
f. sp. lycopersici e Macrophomina phaseolina. Para o desenvolvimento do
experimento o isolado antagonista (LABIM17) foi sequenciado pelo método 16S. A
obtenção dos metabólitos secundários iniciou com as etapas de ativação em meio
ISP2 e incubação a 28 °C por 24 h. O pré-inoculo, foi preparado com as colônias
suspensas em salina e a concentração celular ajustada para 108 UFC/mL a partir do
qual transferiu-se 30 µL para um erlenmeyer contendo 30 mL de Meio Proposto.
Para a produção dos compostos antifúngicos, preparou-se 400 mL de Meio Proposto
a 1% da concentração celular. O meio foi mantido em agitação de 200 rpm durante
168 horas, a 35°C. Para a obtenção do SLC, a produção foi centrifugada a 4°C, por
15 min a 10.000 rpm e esterilizada em filtros de 0.22 μm. A determinação da
atividade antifúngica do SLC de LABIM17 foi realizada pelo método de difusão em
ágar. Os resultados obtidos apontam que houve inibição do crescimento micelial
para todos os fungos, com diferença estatística entre Fusarium solani 234 (59%) e
Fusarium oxisporum (53,2%), sendo maior a inibição no primeiro. Os dados obtidos
incentivam a seguir com o isolamento das moléculas bioativas.

Palavras-Chave: actinomicetos; metabólitos secundários; biocontrole

Apoio Institucional: UEL - Universidade Estadual de Londrina

386
Efeito de preparações de Metarhizium spp. na germinação de
urediniósporos de Phakopsora pachyrhizi
Sabrina Holz; Celeste P. D'Alessandro; Italo Delalibera Jr; Eduardo E. Ribeiro;
Clarice G. B. Demetrio; Sérgio F. Pascholati
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP)

A ferrugem-asiática é uma das principais doenças na cultura da soja causada pelo


fungo Phakopsora pachyrhizi. Nos últimos anos, o uso de fungos
entomopatogênicos vem aumentando e surge como uma nova estratégia de manejo
de doenças em plantas. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de preparações
(filtrado de cultivo em meio líquido e suspensão de conídios) de três espécies de
Metarhizium spp. na germinação de urediniósporos de P. pachyrhizi. Foram
utilizadas suspensões de conídios dos fungos entomopatogênicos na concentração
de 2x105 conídios.mL-1 ou do filtrado do meio de cultivo, obtido a partir do
crescimento em meio líquido Batata Dextrose (B.D.). O controle positivo consistiu do
fungicida Vessarya® (Picoxistrobina e Benzovindiflupira) e o controle negativo foi
realizado com água destilada e meio B.D. Para se avaliar a germinação dos
urediniósporos foram utilizadas placas de Petri de poliestireno (40 mm diam.),
contendo uma gota por placa (volume total de 100 µL por tratamento), sendo 50 µL
de cada tratamento + 50 µL da suspensão de urediniósporos (2x105 esporos.mL -1),
as quais foram mantidas em B.O.D, a 25ºC no escuro por 6 horas, sendo iormente,
quantificada a germinação de 100 urediniósporos. Os resultados demostraram que
as suspensões de conídios dos três isolados de Metarhizium spp. não reduziram a
germinação de P. pachyrhizi, obtendo-se valores entre 93%–98% de germinação.
Entretanto, nos tratamentos com os filtrados de Metarhizium spp. foi observada
inibição da germinação dos urediniósporos de 73 a 98%, dependendo do isolado,
em comparação com o tratamento água e B.D. Para revelar o potencial do uso do
filtrado de Metarhizium spp. no manejo da ferrugem-asiática em soja há necessidade
de se conduzir novos experimentos in vitro e in vivo.

Palavras-Chave: Ferrugem-asiática; Fungos entomopatogênicos; Controle biológico

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico (CNPq) 2017/18. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP) (processo: 2018/ 18393-2)

387
388
Ação In Vitro Residual em Papelão de Tratamentos Não-químicos
Contra Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778)
Aline A. Chaves; Rafael F. Miguel; Erick Ribeiro; Andressa N. Grandini; Luis
F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

O ácaro-vermelho-das-poedeiras é considerado uma das principais pragas da


produção de ovos em todo o mundo. Mesmo em relação a acaricidas químicos, são
poucas as opções disponíveis para seu controle. Neste contexto, o presente trabalho
objetivou avaliar in vitro o efeito residual em papelão de diferentes tratamentos não
químicos na mortalidade da praga. Cada tratamento consistiu de seis repetições
com 25 ácaros (N=150), sendo: 1) Controle (água); 2) Hipoclorito de sódio 20%; 3)
Óleo mineral 5%; 4) Detergente 10%; 5) Terra de Diatomácea 20% (TD); 6) Fungo
Beauveria bassiana não formulado (Suspensão em água; isolado Unioeste 88); 7)
B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109 conídios/mL). As
suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois litros, aplicando-
se 500µL por repetição sobre o papelão (1,5×1,5 cm). Após a secagem (30min), os
papelões foram colocados em tubos de fundo chato nos quais os ácaros foram
transferidos e incubados em condições controladas (26±2°C) por sete dias,
avaliando-se a mortalidade diariamente. Verificou-se que os maiores índices de
mortalidade foram obtidos nos tratamentos com Detergente (41,8%), B. bassiana
Não formulado (34,3%) e B. bassiana Formulado (29,9%), os quais não diferiram
estatisticamente entre si. O tratamento com TD não apresentou mortalidade (0%),
mas não diferiu significativamente dos tratamentos com Hipoclorito de sódio (0,6%),
e Óleo mineral (3,6%), segundo o teste de Scott-Knott (<0,01). Acredita-se que pelo
fato do contato dos ácaros com o papelão não ser forçado, a ação dos tratamentos
possa ter sido subestimada. O papelão também pode não ser um veículo adequado
para tratamentos aquosos que visem ao controle do ácaro, prejudicando a
efetividade. Os resultados demonstram que novos estudos precisam ser realizados
para melhor elucidar o real efeito residual dos tratamentos não químicos sobre
Dermanyssus gallinae, utilizando-se o papelão que normalmente é empregado em
armadilhas para esta praga.

Palavras-Chave: Ácaro-vermelho; controle biológico; controle alternativo

Apoio Institucional: UTFPR; UNIOESTE; Lar Cooperaiva Agroindustrial

389
Armadilha de Auto-inoculação de Beauveria bassiana para o
Manejo do Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778)
(Mesostigmata: Dermanyssidae)
Daian G.P. Oliveira; Marina M. Nascimento; Luis F.A. Alves; Rogério B. Lopes;
Tiago T. Ferreira; Bruno V. Neves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena; Universidade Estadual do
Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR, Lab. de Biotecnologia Agrícola; Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia

No contexto da avicultura de postura comercial, Dermanyssus gallinae destaca-se


como um dos mais importantes ectoparasitas hematófagos. Na busca por
estratégias alternativas aos acaricidas químicos, o presente estudo teve por objetivo
avaliar, em laboratório e campo, armadilhas com diferentes preparações de
Beauveria bassiana (isolado Unioeste 88) como estratégia de atração-e-infecção
para o controle de Dermanyssus gallinae. Os protótipos consistiram de papelão
corrugado impregnado com 1g das preparações (5×1010 conídios) dispostos em
tubos plásticos (1,6 cm Ø). As preparações avaliadas foram: i) B. bassiana puro; ii)
B. bassiana + amido; iii) B. bassiana + cera SPLAT™ e iv) B. bassiana + SPLAT™
+ amido. Em laboratório, foi avaliada a atividade acaricida (a 26 e 32ºC), adesividade
e viabilidade fúngica ao longo do tempo (0, 7, 14 e 21 dias). Em campo, as
preparações iii e iv foram testadas em aviário de postura comercial, por diferentes
tempos de permanência no ambiente (12, 24 e 48 h), utilizando-se também
armadilhas de recaptura, para coleta após 24h. Verificou-se que a cera SPLAT™
proporcionou maior aderência dos conídios nas armadilhas. Também nesta
preparação, os conídios apresentaram maior viabilidade ao longo das três semanas
de armazenamento, em ambas as temperaturas avaliadas, quando comparado à
preparação com fungo puro. Nos testes de campo, não houve efeito do tempo de
permanência da armadilha no ambiente na mortalidade dos ácaros, sendo de 91,7%,
97,0% e 86,9%, na preparação com B. bassiana + SPLAT™ + amido nos tempos de
12h, 24h e 48h, respectivamente. Nas armadilhas de recaptura, o maior índice de
mortalidade foi encontrado nos pontos em que receberam as armadilhas com B.
bassiana + SPLAT™ + amido, sendo esta de 25,7%. Os resultados aqui obtidos
demonstram o potencial da estratégia de autoinoculação para o controle de D.
gallinae como provável tática a ser incorporada no manejo do ácaro.

Palavras-Chave: controle biológico; produção animal; manejo de pragas

Apoio Institucional: CNPq; CAPES; Biocamp Laboratórios Ltda.; Lar Cooperaiva


Agroindustrial; Isca Tecnologias Ltda.

390
Efeito Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos Contra
Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Mesostigmata:
Dermanyssidae)
Erick Ribeiro; Rafael F. Miguel; Aline A. Chaves; Andressa N. Grandini; Luis
F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira
UTFPR

Na avicultura de postura, o ácaro-vermelho-das-poedeiras destaca-se como um dos


mais importantes ectoparasitas hematófagos em todo o mundo. Neste sentido, o
presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro o efeito residual forçado de
diferentes tratamentos não químicos sobre a praga. Cada tratamento consistiu de
seis repetições com 25 ácaros (N=150), sendo: i) Controle (água); ii) Hipoclorito de
sódio 20%; iii) Óleo mineral 5%; iv) Detergente 10%; v) Terra de Diatomácea 20%
(TD); vi) Fungo Beauveria bassiana não formulado (Suspensão em água; isolado
Unioeste 88); vii) B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109
conídios/mL). As suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois
litros, aplicando-se 500µL por repetição em um envelope de papel filtro. Após a
secagem (30min), os ácaros foram transferidos para os envelopes, os quais foram
lacrados e incubados em condições controladas (26±2°C) por três dias. Após, os
envelopes foram abertos e os ácaros transferidos para tubos de vidro, incubando-se
na mesma condição por sete dias, e avaliando-se a mortalidade diariamente.
Verificou-se que os maiores índices de mortalidade total foram obtidos nos
tratamentos com B. bassiana Formulado (83%) e B. bassiana Não formulado (74%),
os quais não diferiram estatisticamente entre si. O tratamento com TD apresentou
índices intermediários de mortalidade (50%), e diferiu de todos os demais. O
tratamento com Hipoclorito de sódio não apresentou mortalidade (0%), mas não
diferiu significativamente dos tratamentos com Detergente (3%) e Óleo mineral (7%),
segundo o teste de Scott-Knott (<0,01). Com relação a mortalidade confirmada,
foram observados valores de 79% no tratamento B. bassiana Formulado e 43% em
B. bassiana Não formulado. Os resultados demonstram que os tratamentos com
fungo e TD podem apresentar efeito residual significativo para o controle do ácaro.

Palavras-Chave: Ácaro-vermelho; Controle biológico; Controle alternativo

Apoio Institucional: UNIOESTE; Lar Cooperativa Agroindustrial

391
Multiplicação do ácaro predador Macrocheles embersoni (Acari:
Macrochelidae) em laboratório
Letícia Henrique Azevedo; Murilo Prudente Ferreira; Raphael de Campos
Castilho; Gilberto José de Moraes
Departamento de Fitossanidade, Faculdades de Ciências Agrárias e Veterinária (FCAV),
Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Departamento de Entomologia e Acarologia, Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Universidade de São Paulo (USP)

A mosca dos estábulos, Stomoxys calcitrans (L.), 1758 (Diptera: Muscidae), vem
causando grandes perdas na bovinocultura de leite e de corte em algumas regiões
brasileiras. Sendo hematófaga, pode causar a redução de peso do animal, redução
na produção de leite, abortamento de bezerros e transmissão de doenças. Ácaros
da família Macrochelidae vêm sendo estudados para o possível controle desta
praga. Em testes no laboratório, Macrocheles embersoni Azevedo, Castilho & Berto,
2017 (Mesostigmata: Macrochelidae) mostrou-se promissor no controle da S.
calcitrans, predando número considerável de ovos e larvas. Porém, existem poucos
estudos relacionados à criação massal dos ácaros desta família em laboratório.
Assim, existe a necessidade do estabelecimento de protocolos para a criação
massal deste predador para seu eventual uso prático. O objetivo deste trabalho foi o
estabelecimento de um sistema piloto de produção massal deste ácaro. Avaliaram-
se diferentes níveis de inoculação do predador em unidades piloto de produção,
assim como distintos períodos de interação predador–presa. Foram inoculados 50,
100, 150, 200, 250, 300, 350 e 400 predadores em recipientes de 1 litro contendo
vermiculita, estimando-se o número final de M. embersoni presentes após 15, 30 e
60 dias do início do experimento. Os ácaros foram alimentados a cada 2–3 dias com
o nematoide Rhabditella axei. Com 15 dias de avaliação, observou-se um aumento
considerável do ácaro predador em praticamente todas as unidades experimentais.
Já com 30 dias esse aumento ocorreu apenas em densidades de inoculação
superiores a 300 ácaros por recipiente. Os melhores resultados, considerando a taxa
instantânea de reprodução (ri) ocorreram com a inoculação de 50 ácaros em todas
as interações realizadas, sendo a de 15 dias que apresentou o melhor resultado
entre todos. Tendo em vista a baixa quantidade inicial de ácaros necessários e o
melhor retorno possível, é viável a continuação dos experimentos com este ácaro
para a multiplicação em laboratório.

Palavras-Chave: Macroquelídeos; Mosca dos estábulos; Criação em laboratório

Apoio Institucional: FAPESP (Processo 2019/06282-4)

392
Dispositivo Atrai-e-Infecta para o Controle do Ácaro-vermelho
Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778) (Acari: Dermanyssidae) com o
Fungo Beauveria bassiana (Balls.) Vuill.
Luis F. A. Alves1; Marina M. Nascimento1; Daian G. P. Oliveira2; Rogério B.
Lopes3; Tiago T. Ferreira1; Bruno V. Neves1
1
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel, PR, Lab. de Biotecnologia
Agrícola – luis.alves@unioeste.br; 2Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa
Helena; 3Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

O ácaro-vermelho-da-galinha Dermanyssus gallinae é um dos principais


ectoparasitas hematófagos da avicultura de postura. Tem hábitos gregários e
crípticos, com intensa atividade noturna, quando se dirigem às aves para se
alimentar. A hematofagia causa danos fisiológicos às aves e consequente redução
na produtividade, além do ácaro ser vetor de Salmonella spp. Este trabalho visou
avaliar um dispositivo atrai-e-infecta contendo o fungo Beauveria bassiana em
laboratório e campo. O dispositivo foi constituído de bucha vegetal (Luffa aegyptiaca
Mill.) como inerte de ancoragem do fungo (2,6×109/conídios, viabilidade mínima de
90%). Em laboratório, os dispositivos com fungo e somente bucha (Testemunha)
foram contidos em tubos de vidro com 30 ácaros que permanecerem em contato por
5 dias. A mortalidade foi de 86%. Mantidos por 90 dias em 26◦C, a viabilidade dos
conídios, em meio de cultura, reduziu-se para aproximadamente 70%. Nos ensaios
de campo (aviário comercial), as armadilhas com fungo (infecção) foram dispostas
em grupos por 12 h, 1 e 5 dias (10 armadilhas para cada tempo de avaliação).
Nesses períodos, as armadilhas eram substituídas por outras sem fungo (recaptura)
que permaneciam por mais 24 h. Nas armadilhas de infecção, a mortalidade variou
entre 80-90%. Nas armadilhas de recaptura, a mortalidade foi de 36% (tratamento
12h de infecção) e 38% (onde estavam as armadilhas de 1 dia). Comprovou-se a
capacidade de infecção do fungo em campo e seu potencial para permanência no
ambiente. Por fim, salienta-se que este é um estudo pioneiro de ancoragem de B.
bassiana em esponja vegetal e uso no controle de D. gallinae. Os resultados aqui
obtidos mostram o potencial para uso no manejo do ácaro, associado a outras
táticas de controle.

Palavras-Chave: controle biológico

Apoio Institucional: CNPq, CAPES, Biocamp Laboratórios Ltda., Lar Cooperaiva


Agroindustrial.

393
Ação de Contato e Residual In Vitro de Tratamentos Não-químicos
Contra o Ácaro-vermelho Dermanyssus gallinae (De Geer, 1778)
Rafael F. Miguel; Erick Ribeiro; Luis F.A. Alves; Daian G.P. Oliveira
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Campus Santa Helena, PR

A escassez de opções disponíveis que não sejam acaricidas químicos para o


controle de Dermanyssus gallinae faz com que os produtores busquem métodos
alternativos de controle. O presente estudo teve por objetivo avaliar in vitro o efeito
por contato direto e residual de diferentes tratamentos não químicos sobre o ácaro.
Cada tratamento consistiu de seis repetições com 25 ácaros (N=150), sendo: a)
Controle (água); b) Hipoclorito de sódio 20%; c) Óleo mineral 5%; d) Detergente
10%; e) Terra de Diatomácea 20% (TD); f) Fungo Beauveria bassiana não formulado
(Unioeste 88); g) B. bassiana Formulado em óleo emulsionável (idem; 1×109
conídios/mL). As suspensões dos tratamentos foram preparadas em volume de dois
litros, aplicando-se 500µL por repetição sobre os ácaros (direto) ou em um pedaço
de papel filtro (1,5×1,5 cm). Após, os ácaros com o papel foram transferidos para
tubos de fundo chato e incubados em condições controladas (26±2°C) por sete dias,
avaliando-se a mortalidade diariamente. Por contato direto, verificou-se que os
maiores índices de mortalidade foram obtidos nos tratamentos com Detergente
(100%), B. bassiana Formulado (98,3%) e TD (96,7%), os quais não diferiram entre
si. O efeito residual, de maneira geral, foi observado em todos os tratamentos,
verificando-se os maiores índices de mortalidade com o fungo B. bassiana, com
100% no tratamento Formulado, e 99% no Não Formulado. A TD apresentou
somente 13,9% no residual. Com relação ao tempo para mortalidade, os tratamentos
com Detergente e Óleo mineral (61,7%) foram os mais rápidos, atingindo os índices
máximos após dois dias do contato direto. No residual esse desempenho não se
repetiu. Somente os resultados dos tratamentos Hipoclorito de sódio e Fungo
Formulado não diferiram significativamente quando comparadas as metodologias de
contato. Os resultados aqui obtidos demonstram o potencial de alguns tratamentos
para o controle de D. gallinae como provável tática a ser incorporada no manejo
desta praga.

Palavras-Chave: controle biológico; controle alternativo; manejo de pragas

Apoio Institucional: UTFPR; UNIOESTE; Lar Cooperaiva Agroindustrial

394
395
Eficácia de formulados de Bacillus thuringiensis israelensis no
controle de Culex L. 1758 (Culicidae) em condições de campo
Alex da S. Bocaleti; Allan de S. Gnutzmans; Nayana C. da S. Santos; Itamar F.
Andreazza; Francisco A. Marques; Mario A. N. da Silva; Laurival A. Vilas-Bôas;
Gislayne F. L. T. Vilas-Bôas
1
UEL - Universidade Estadual de Londrina (Caixa Postal, 10011, 86.057-970, Londrina, PR, Brasil)
alexbocaleti@outlook.com. 2UFPR - Universidade Federal do Paraná (Caixa Postal 19031, 81.531-
980, Curitiba, PR, Brasil)

Culex., 1758 (Diptera: Culicidae) é um importante gênero de mosquito que ocasiona


diversos problemas, transmitindo patógenos de encefalites, filarioses, além do
incomodo a população. Bacillus thuringiensis israelensis é uma das bactérias mais
utilizadas atualmente para o controle de mosquitos em diferentes formulações. Este
trabalho teve como objetivo comparar a eficácia e persistência entre uma formulação
do mercado e uma nova formulação. Em uma área sombreada por vegetação foram
dispostas nove caixas d’água com 500 L de água da rede de abastecimento. Três
réplicas para Controle, para o VectoBac WG® (Lote 291-325-PG30) com 1,5 g/500 L
segundo o rótulo e para o novo formulado BIOUEL, com 1 g/500 L. Semanalmente
as larvas de Culex foram coletadas com rede para insetos aquáticos em estação de
tratamento de esgoto da região de Londrina, e distribuídas entre as caixas de forma
equitativa. As larvas foram coletadas em zero, 24, 48 e 72 horas com uma rede para
insetos aquáticos, armazenadas em álcool 70% e contabilizadas, excluindo-se as
pupas. Foi monitorado temperatura do ar, umidade relativa, luminosidade, pH e
condutividade diariamente. A temperatura média do ar durante o ensaio foi de
24,46ºC (16,4 – 35,6); umidade relativa de 63,8% (17 – 95) e luminosidade (lux)
3764,13 (102 – 93900). No controle, o pH médio foi de 8,10 (6,7 – 9,9) e
condutividade 106, 3 µS cm-1 (98 – 134). Em WG pH 8,10 (6,9 – 9,7) e
condutividade 88,85 µS cm-1 (76 – 124). BIOUEL com pH 7,85 (7 – 9,4) e
condutividade 93,54 µS cm-1 (73 – 126). As taxas de mortalidade ao fim de sete
semanas, assim que os produtos começaram a apresentar diminuição em sua
atividade foram: Controle = 47,71% (60,8 – 83,5); WG = 96,64% (79,5 - 100);
BIOUEL = 96,25% (78,3 – 100). No teste t de Student não ocorreu diferença
significativa entre as médias de mortalidade dos produtos (p = 0,6722). Confirma-se
equivalência em eficácia do novo formulado com produto comercial, sendo um
potencial alternativo para o controle de Culex.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Bti; Controle Biológico

Apoio Institucional: CNPQ na chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit Nº


14/2016

396
Eficácia de armadilhas de oviposição para monitoramento e
controle de Aedes (Diptera: Culicidae)
Marcelo T. Jardim; Barbara Maistrovicz; Beatriz M. Gomes; Edson K.
Kawabata; Willian S. Vicentin; Bianca P. Silva; João Antonio C. Zequi
Universidade Estadual de Londrina

Ovitrampa, armadilha para coleta de ovos, é uma metodologia usada desde 1965,
como importante ferramenta para monitoramento de Aedes. A otimização dessas
armadilhas para maior tempo em campo pode se dar com uso de bioinseticidas
associados a atrativos. Esse trabalho teve como objetivo testar em campo atrativos
e bioinseticidas: Bti UEL, VectoBac WG (lote: 291-325-PG30) ambos com princípio
ativo contendo Bacillus thuringiensis israelensis, levedo de cerveja a 0,2% e água
destilada. O experimento foi realizado no campus da universidade estadual de
Londrina durante 05 semanas com 30 armadilhas para cada tratamento dispostos
aleatoriamente. O experimento foi realizado de 02 a 30 de maio de 2019.
Semanalmente as palhetas foram verificadas e coletadas para contagem de ovos
em laboratório, bem como inspecionadas quanto à presença de larvas. Nos
diferentes tratamentos não ocorrem diferenças estatísticas durante as semanas pelo
teste de Kruskal-Wallis (p = 0.0577; H=7.492), sendo o IPO e IDO: água destilada
(90.34; 23.97); levedo (63.75; 38.51); Bti UEL (70.62; 11.99) e Bti WG (38.09; 14.76).
Também, considerando-se as três últimas semanas do experimento em campo, é
nítido que mais larvas ocorrem no tratamento com levedo de cerveja (92.66; 0-195)
pelo teste de Kruskal-Wallis (H =9.7318 e p = 0.0210), seguido de água destilada
(15; 0-24); os quais não diferem estatisticamente. Já Bti WG (0; 0-0) e Bti UEL (1; 0-
3) não diferem estatisticamente. Portanto o uso de armadilhas com Bti (WG e UEL) é
mais eficaz para manutenção do monitoramento em campo, sendo seguro para
manter número reduzido ou evitar a presença de larvas, pois além da coleta de ovos
podem ficar por até 5 semanas no ambiente sem que ocorra desenvolvimento
larvário, o que significa segurança no uso das armadilhas; diferente do uso da
armadilha apenas com atrativos (levedo ou água destilada), que no experimento
simulam criadouros com água parada.

Palavras-Chave: bioinseticida; ovitrampa; mosquitos

Apoio Institucional: SEED: Secretaria de Estado da Educação e CNPq na


chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit nº14/2016

397
Novo isolado de Bacillus thuringiensis subesp. israelensis usado
para formulação de larvicida no controle de Aedes aegypti
Fernando P. dos Santos; João Antonio C. Zequi; Gislayne T. Vilas Boas;
Laurival A. Vilas Boas; Bianca P.Silva; Francisco A. Marques; Nayana C. S.
Santos; Itamar F. Andreazza
¹Centro Universitário Filadélfia ²Universidade Estadual de Londrina ³Universidade Federal do Paraná

Formulados à base de Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) é alternativa para o


controle de Aedes. O trabalho objetivou desenvolver formulado com Bti para controle
de Aedes. A partir de novo isolado de Bti, foram preparados 4 comprimidos com
variações nos excipientes e quantidades proteicas. Bioensaios foram realizados em
campo com sombreamento parcial entre 11/04 a 25/05/2018. Foram instalados
tambores com 10L de água, 20 larvas de 4º instar inicial de Aedes e comprimido
larvicida. As larvas foram mantidas durante o período de 72 horas, contabilizando-se
diariamente a taxa de mortalidade e repetindo a colocação de novas larvas a cada
semana. O experimento ocorreu em 5 réplicas contendo 2 produtos comerciais como
controle positivo, o produto formulado e uma testemunha apenas com água. As
médias de mortalidade e dados abióticos após 41 dias foram: Denguetech (Lote
0101)=86,9% (57,3-100); Vectobac WDG (Lote 267-853-PG)=91,5 (53,7-100);
CII=82,2% (44–99,3); CIII=79,6 (32,4–100); CIV=83,1 (34,2–100); CVIII=82,6
(37,7–97,6). A temperatura ambiente foi de 23,9°C (9,7–37,8); umidade 51,5% (15-
90). As condições da água foram: pH médio 7,7(7,31–8,46), temperatura
20,1ºC(13,57–25,85), condutividade 82,3µS cm-1(43–103), TDS 41,3mg/L(34–64),
O2 dissolvido 3,85mg/L (2,06–5,58) e O2 saturado 44,5% (18,4–64). Nas
testemunhas a taxa de mortalidade foi 4,3%(1,4-12); pH=7,6(7,25–7,81),
condutividade 87µS cm-1(70–109), TDS 53mg/L (35–55), O2 dissolvido 3,88mg/L e
O2 saturado 45%(31,9–61,7). Os formulados foram eficientes, com taxa de
mortalidade superior a 90% durante os 37 dias iniciais do experimento e não há
diferenças estatísticas pelo teste Tukey entre formulados durante os 41 dias
(F=16,59; p=0,0001); porém todos diferem do controle. Pelo teste Kurskal Wallis não
há diferenças entre a qualidade da água dos recipientes dos produtos e da
testemunha. Conclui-se que estes formulados são eficientes no controle de Aedes
nessas condições e não alteram a qualidade da água.

Palavras-Chave: bioinseticida; mosquitos.

Apoio Institucional: CNPq na chamada MCTI-CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit


nº14/2016

398
Mass-Rearing Conditions and Behavi Responses of the Giant Water
Bug, Belostoma anurum
Wilson R. Valbon; Khalid Haddi; Yeisson Gutiérrez; Franciele M. Cruz; Kamila
E.X. Azevedo; Johan S. Perez Campos; Ana L. Salaro; Eugenio E. Oliveira
Universidade Federal de Viçosa; University of Münster

Understanding the life cycle and dietary requirements of laboratory-reared insects is


critical for optimizing resources (including time) and can provide more reliable
ecological basis for using such biological control agents in realistic programs. Here,
we evaluated the complete development and the predatory abilities of Belostoma
anurum (Hemiptera: Belostomatidae), an aquatic predator widely distributed in
Neotropical region, when reared at different diets. We firstly investigated the capacity
of B. anurum nymphs to prey upon mosquito larvae (i.e., larvae of Aedes aegypti or
Culex sp. (Diptera: Culicidae)) and evaluated whether the immature diets affect the
predatory behaviors of B. anurum adults. The B. anurum egg-to-adult development
time was of 85.1 (± 3.36) days in an arthropod based (i.e., mosquito larvae and
adults of Notonectidae) diet. However, when a fish-based diet was offered after the
3rd instar nymphs, we recorded significantly (up to 50%) reductions on the B. anurum
development time. Interestingly, B. anurum adults could live more than one year
under laboratory conditions, independently of the immature diet regime. Our
predatory results revealed that B. anurum 2nd instar nymphs were significantly more
efficient to catch and prey upon larvae of A. aegypti than of Culex sp. Furthermore,
adults of B. anurum that were reared on arthropod-based diet (i.e., vertebrate-diets
naïve) spent significantly more feeding time on vertebrate preys. Collectively, our
findings are describing a protocol for standardized-rearing of B. anurum and are
showing that these aquatic insects are long-lived predators, which might enhance the
natural biological control of mosquitoes in aquatic ecosystems.

Palavras-Chave: Belostomatidae; aquatic entomofauna; biological control of


mosquitoes

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, FAPEMIG

399
Atividade larvicida de Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana
em Anopheles darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae)
Adria Maria. M. Teles; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei; José Eduardo M.
de Almeida; Silvia Cássia B. Justiniano; Grafe O. Pontes
Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD)

Os mosquitos do gênero Anopheles são de grande relevância na epidemiologia e


transmissão da malária. A principal espécie envolvida na transmissão da malária nas
Américas é o Anopheles darlingi Root 1926 (Diptera: Culicidae). O interesse em
fungos entomopatogênicos para controle biológico encontra-se em amplo
crescimento devido a resistência aos inseticidas utilizados em controle de vetores.
Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade larvicida dos fungos Metarhizium
anisopliae (IBCB 425) e Beauveria bassiana (IBCB 66) em larvas de An. darlingi em
laboratório. Os isolados fúngicos foram cultivados em meio BDA, durante 7 a 14 dias
em câmara de germinação. Após o crescimento, foi preparada uma solução aquosa
de 1 x108 conídios/mL e 0,05% de Tween 80. Os bioensaios foram realizados em
triplicata, grupo controle e duas repetições, utilizando recipientes plásticos contendo
18 mL de água destilada, 10 larvas de An. darlingi e 2 mL de suspensão de conídios,
acondicionados em 27 ± 1 °C e fotoperíodo de 12 horas. A leitura dos bioensaios
foram realizadas diariamente por 10 dias. Os isolados IBCB 425 e IBCB 66
infectaram as larvas de An. darlingi, ocorrendo a extrusão macroscopicamente dos
fungos sobre o tegumento, verificado através de lupa com magnificação de 14x. A
mortalidade das larvas (6,7%), em ambos os isolados, ocorreram nas primerias 48
horas. IBCB 425 e IBCB 66 apresentaram, respectivamente, maior virulência com
120 e 96 horas, com atividade larvicida de 35,85%, e 56,65%. Após os 10 dias de
bioensaios, os isolados IBCB 425 e IBCB 66 causaram, respectivamente,
mortalidade de 58,3% e 91,7% das larvas de An. darlingi. Este estudo demonstrou o
potencial dos isolados IBCB 66 e IBCB 425 para o controle biológico de larvas de
An. darlingi, possibilitando futuras pesquisas em outros estágios de vida deste vetor
e outras espécies envolvidas na transmissão de malária na Região Amazônica e no
Brasil.

Palavras-Chave: Controle biológico; Malária; Entomopatogênico

Apoio Institucional: CNPq, INPA

400
Atividade entomopatogênica de fungos de solo da Amazônia em
Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae)
Grafe O. Pontes; Silvia Cássia B. Justiniano; José Eduardo M. de Almeida;
William Ribeiro da Silva; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei
Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD)

O uso de inseticidas químicos tornou-se importante nos programas de controle do


Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762. O Ministério da Saúde registrou até o
dia 02 de fevereiro de 2019 um aumento de 149% em casos prováveis de dengue
quando comparado ao mesmo período de 2018. O interesse em fungos
entomopatogênicos para controle biológico encontra-se em amplo crescimento
devido a resistência aos inseticidas utilizados em controle de vetores. O presente
estudo teve como objetivo avaliar a atividade entomopatogênica de fungos isolados
de solo da Amazônia em larvas de A. aegypti. Foram selecionados nove isolados
fúngicos entomopatogênicos em Tenebrio molitor, Metarhizium anisopliae (IBCB
425) e Beauveria bassiana (IBCB 66) para testes em larvas de terceiro instar de A.
aegypti. Os isolados foram cultivados em meio BDA, durante 7 a 15 dias. Após o
crescimento, foi preparada uma solução aquosa de 1 x109 conídios/mL com 0,05%
de Tween 80. Os bioensaios foram realizados em quadruplicada e grupo controle,
utilizando recipientes plásticos com 18 mL de água destilada, 20 larvas de A. aegypti
e 2 mL de suspensão de conídios. O experimento foi acondicionado em uma câmara
de germinação (BOD) em 27 ± 1 °C e fotoperíodo de 12 horas. Os fungos IPS 2.1,
IPS 1.3, IBCB 425, IBCB 66 foram mais virulentos, apresentando mortalidade de
86%, 53,7%, 74,6%, e 31,8%, respectivamente. Considerando o tempo como fator
prioritário em ensaio inseticidas, os valores de TL50 foram de 1,95 a 4,8 dias de
tratamento. Os fungos, IPS 2.1 apresentou TL50 de 1,95 (1,18-3,24), IBCB 425 com
TL50 de 3,8 (3,0-4,4), IBCB 66 com TL50 de 4,3 (3,5-5,0), e IPS 1.3 com TL 50 de
4,8 (4,1-5,7). Os resultados demonstraram o potencial dos isolados IPC 1.2, e IBCB
425 para o controle de larvas de A. aegypti. O estudo nos permitiu inferir que
podemos dispor de novas espécies de fungos entomopatogênicos, e que podem ser
utilizados como recursos biológicos no combate de insetos e vetores.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Controle biológico; Vetores

Apoio Institucional: Fapeam, INPA

401
Efeito da seleção em laboratório com o biolarvicida Espinosade na
fecundidade da população de Aedes aegypti em Manaus, AM
William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Joelma S.
da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos; Grafe O. Pontes; João
A. C. Zequi; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei
1
Programa de Pós-Graduação em Entomologia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia,
Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus, Amazonas, 69067-375, Brasil. E-mail:
wrds021@gmail.com. 2Programa de Pós-Graduação em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva,
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus,
Amazonas, 69067-375, Brasil. 3Curso de Biotecnologia, Universidade Federal do Amazonas, Avenida
General Rodrigo Octavio Jordão Ramos, 1200, Coroado I, Manaus, Amazonas, 69067-005, Brasil.
4
Curso de Ciências Naturais, Campus VII, Universidade Federal do Maranhão, Avenida Dr. José
Anselmo, 2008, São Sebastião, Codó, Maranhão, 65400-000, Brasil. 5Programa de Pós-Graduação
em Ecologia e Conservação, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Cidade Universitária, Av.
Costa e Silva - Pioneiros, Campo Grande - MS, 79070-900. 6Centro de Entomologia, Fundação de
Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, Av. Pedro Teixeira, Dom Pedro, Manaus, Amazonas,
69040-000, Brasil. 7Laboratório de Entomologia Médica, Departamento de Biologia Animal e Vegetal,
Universidade Estadual de Londrina. Caixa Postal 6001, 86051-970 Londrina, Paraná, Brasil.
8Laboratório de Controle Biológico e Biotecnologia da Malária e Dengue, Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia, Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis, Manaus, Amazonas, 69067-375,
Brasil

A alteração do nível de suscetibilidade dos insetos devido a exposição contínua com


inseticida, pode selecionar mecanismos envolvidos na resistência, que podem
influenciar na aptidão desta população. Neste trabalho, verificou-se o efeito da
pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade durante seis gerações na
fecundidade da população de Aedes aegypti da cidade de Manaus, Amazonas, em
condições de laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue
do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde ovos foram retirados
das gerações F2 e F6 da população controle e da população pressionada com a
CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água
destilada por 24 horas. Após a eclosão, 500 larvas de primeiro instar foram mantidas
em recipiente com 1 L de água destilada e 0,5 g de ração colocado a cada três dias.
Após a emergência, 120 insetos (1:1) de cada população, foram colocados em
gaiolas independentes para copular por quatro dias. Adicionalmente para as fêmeas,
foi oferecido um repasto sanguíneo em hamster (Mesocricetus auratus) anestesiado
durante 30 minutos e, em seguida, 30 fêmeas de cada insetário foram colocadas
individualmente em copos plástico de 180 mL cobertos com tela do tipo filó,
contendo 70 mL de água destilada e papel filtro como substrato para oviposição. Os
recipientes foram mantidos nos seus respectivos insetários (27 ± 2 °C, 80-90% e
12L:12D) durante cinco dias. Após este período, as fêmeas foram removidas e os
ovos contabilizados em microscópio estereoscópico ZEISS Stemi 2000 50X. A
média de ovos na segunda geração foi maior para a população controle em
comparação à população pressionada (t de Student, p= 0,0001), todavia, essa

402
diferença não foi verificada entre as populações da sexta geração (t de Student,
p>0,05). Contudo, a baixa taxa de fecundidade, demonstra um agravo na aptidão
diretamente associado a alteração do nível de suscetibilidade da linhagem
pressionada com o biolarvicida.A alteração do nível de suscetibilidade dos insetos
devido a exposição contínua com inseticida, pode selecionar mecanismos
envolvidos na resistência, que podem influenciar na aptidão desta população. Neste
trabalho, verificou-se o efeito da pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade
durante seis gerações na fecundidade da população de Aedes aegypti da cidade de
Manaus, Amazonas, em condições de laboratório. O estudo foi realizado no
Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), onde ovos foram retirados das gerações F2 e F6 da população controle e da
população pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em
recipientes com 1 L de água destilada por 24 horas. Após a eclosão, 500 larvas de
primeiro instar foram mantidas em recipiente com 1 L de água destilada e 0,5 g de
ração colocado a cada três dias. Após a emergência, 120 insetos (1:1) de cada
população, foram colocados em gaiolas independentes para copular por quatro dias.
Adicionalmente para as fêmeas, foi oferecido um repasto sanguíneo em hamster
(Mesocricetus auratus) anestesiado durante 30 minutos e, em seguida, 30 fêmeas
de cada insetário foram colocadas individualmente em copos plástico de 180 mL
cobertos com tela do tipo filó, contendo 70 mL de água destilada e papel filtro como
substrato para oviposição. Os recipientes foram mantidos nos seus respectivos
insetários (27 ± 2 °C, 80-90% e 12L:12D) durante cinco dias. Após este período, as
fêmeas foram removidas e os ovos contabilizados em microscópio estereoscópico
ZEISS Stemi 2000 50X. A média de ovos na segunda geração foi maior para a
população controle em comparação à população pressionada (t de Student, p=
0,0001), todavia, essa diferença não foi verificada entre as populações da sexta
geração (t de Student, p>0,05). Contudo, a baixa taxa de fecundidade, demonstra
um agravo na aptidão diretamente associado a alteração do nível de suscetibilidade
da linhagem pressionada com o biolarvicida.

Palavras-Chave: Resistência; Arbovirus; Insetos

Apoio Institucional: CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico)

403
Vigilância e controle de Aedes com uso de armadilha associada a
diferentes atrativos e bioinseticida em Londrina, Paraná
Karina Rossi da Silva; Lilian Mirian Oliveira de Morais; Mário Antônio Navarro
da Silva; João Antonio Ciryno Zequi
Universidade Estadual de Londrina; Instituto Federal do Paraná, Campus Londrina; Universidade
Federal do Paraná, Campus Curitiba

Armadilhas para captura de ovos e adultos de Aedes, associadas a atrativos e


biolarvicidas são uma alternativa para vigilância e controle eficaz. O objetivo do
estudo foi monitorar o índice de infestação de Aedes na Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Londrina, utilizando-se armadilhas para
captura de ovos e adultos, com diferentes atrativos, verificando também a eficácia
dos mesmos. Foram utilizadas 30 armadilhas com 250mL de água contendo 5 tipos
de atrativos: água fenada (AF), água de larva (AL), levedo de cerveja (LC), Bacillus
thuringiensis israelensis (Bti), e mistura de todos os atrativos (M), além de água
destilada (AD) como controle. Introduziu-se palhetas para oviposição, sendo
substituídas a cada 7 dias para contagem dos ovos em laboratório; também coletou-
se os mosquitos para contagem e identificação. As armadilhas capturaram as
seguintes quantidades de ovos e adultos de Aedes, respectivamente: AF = 96, 0; AL
= 13, 0; LC = 393, 4; Bti = 37, 0; M = 125, 2; AD = 105, 2. A média geral de ovos
capturados foi de 128,2 e a média de fêmeas capturadas foi de 2,6. Assim, a
proporção de captura de fêmeas de Aedes foi de 52%, considerando uma média em
torno 50 ovos por postura. Apesar de LC diferir de todos estatisticamente pelo teste
de Tukey (p = 0,0446), sendo o mais eficaz na captura de ovos (média de ovos =
78,6; Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) = 44% e Índice de Densidade
de Ovos (IDO) = 35,7), não ocorreram diferenças entre os demais tratamentos, e o
uso de Bti associado à armadilha ou com LC poderá ser uma excelente ferramenta
para monitoramento e controle de Aedes, já que M foi o segundo tratamento mais
eficaz na captura de ovos e adultos, com a maior positividade de armadilhas.
Armadilhas para captura de ovos e adultos de Aedes, associadas a atrativos e
biolarvicidas são uma alternativa para vigilância e controle eficaz. O objetivo do
estudo foi monitorar o índice de infestação de Aedes na Universidade Tecnológica
Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Londrina, utilizando-se armadilhas para
captura de ovos e adultos, com diferentes atrativos, verificando também a eficácia
dos mesmos. Foram utilizadas 30 armadilhas com 250mL de água contendo 5 tipos
de atrativos: água fenada (AF), água de larva (AL), levedo de cerveja (LC), Bacillus
thuringiensis israelensis (Bti), e mistura de todos os atrativos (M), além de água
destilada (AD) como controle. Introduziu-se palhetas para oviposição, sendo
substituídas a cada 7 dias para contagem dos ovos em laboratório; também coletou-
se os mosquitos para contagem e identificação. As armadilhas capturaram as
seguintes quantidades de ovos e adultos de Aedes, respectivamente: AF = 96, 0; AL

404
= 13, 0; LC = 393, 4; Bti = 37, 0; M = 125, 2; AD = 105, 2. A média geral de ovos
capturados foi de 128,2 e a média de fêmeas capturadas foi de 2,6. Assim, a
proporção de captura de fêmeas de Aedes foi de 52%, considerando uma média em
torno 50 ovos por postura. Apesar de LC diferir de todos estatisticamente pelo teste
de Tukey (p = 0,0446), sendo o mais eficaz na captura de ovos (média de ovos =
78,6; Índice de Positividade de Ovitrampas (IPO) = 44% e Índice de Densidade de
Ovos (IDO) = 35,7), não ocorreram diferenças entre os demais tratamentos, e o uso
de Bti associado à armadilha ou com LC poderá ser uma excelente ferramenta para
monitoramento e controle de Aedes, já que M foi o segundo tratamento mais eficaz
na captura de ovos e adultos, com a maior positividade de armadilhas.

Palavras-Chave: Monitoramento de Aedes; Mosquitos vetores; Soluções atrativas

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Londrina; CNPq na chamada MCTI-


CNPq/MEC-CAPES/MS-Decit N° 14/2016

405
Monitoramento da resistência de Aedes aegypti Linnaeus, 1762
(Diptera: Culicidae), exposto ao biolarvicida Espinosade
William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F.
de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos;
João A. C. Zequi
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM;
Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade
Estadual de Londrina -UEL

Estudos de monitoramento da resistência são importantes para avaliar a eficácia dos


inseticidas. Neste trabalho, foi verificado a taxa de resistência de Aedes aegypti
submetido à pressão de seleção com o larvicida Espinosade, em laboratório. Ovos
de A. aegypti foram coletados nas seis regiões da cidade de Manaus-Am, e
encaminhados ao Laboratório de Malária e Dengue do INPA, onde foram colocados
em recipientes identificados para cada região com água destilada e alimento. Os
imaturos foram mantidos até obter os adultos, e 100 insetos (1:1) de cada região,
foram colocados em gaiola para cópula e obtenção da F1, utilizada no bioensaio
para obtenção da CL50 do larvicida. Os testes foram realizados também com a cepa
Rockefeller. A seleção foi realizada em seis gerações, utilizando 1.500 larvas L3 de
cada grupo de cruzamento, mantidas em recipientes com 1 L de água destilada e a
CL50 por 48 horas. Cada bioensaio consistiu de um controle negativo, com a mesma
quantidade de água e larvas. As larvas sobreviventes foram transferidas para
recipientes com água destilada limpa e divididas por população (controle e
pressionada). Os imaturos mantidos até adultos, foram identificados conforme o
sexo e distribuídos em gaiolas, onde machos e fêmeas de cruzamentos diferentes,
foram utilizados para obtenção da F2. O mesmo ciclo de atividades foi realizado até
a F6. A CL50 (0,036 mg/L) utilizada nos testes, modificou nas gerações F3 (0,114
mg/L) e F6 (0,101 mg/L), com diferença entre F1 e F3 (Tukey, p= 0,0019), bem
como F1 e F6 (Tukey, p= 0,0187). Não houve diferença entre os valores da F3 e F6
(Tukey, p>0,05). Os valores de Razão de Resistência (RR) obtidos neste estudo
(1,1; 1,5 e 2,8), foram considerados baixos. Contudo, mesmo ocorrendo alteração da
CL50 ao longo das gerações, a população ainda é considerada suscetível ao
biolarvicida, de acordo com os valores de RR e os parâmetros da OMS. Logo, mais
experimentos são necessários para analisar a evolução da resistência, em
laboratório.

Palavras-Chave: Suscetibilidade; Vetor

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico - CNPq

406
Atividade larvicida de Bacillus spp. da Amazônia para o controle
biológico de Aedes aegypti Linnaeus (1762)
Juan Campos de Oliveira; Ricardo M. Katak; Veranilce A.Muniz; Elerson
M.Rocha; Rosemary A Roque; Wanderli P. Tadei
Universidade do Estado do Amazonas - UEA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM; Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA

O mosquito Aedes aegypti é vetor dos arbovírus Dengue, Zika, Chikungunya, Febre
amarela urbana etc., os quais causam agravos à saúde pública, em diversas regiões
do mundo. O uso de microrganismos entompatogênicos, principalmente bactérias do
gênero Bacillus torna-se uma alternativa promissora, no combate a este mosquito. O
objetivo desse trabalho foi selecionar Bacillus spp. quitinolíticos com potencial tóxico
para as larvas de Ae. Aegypti. Foram utilizadas dez linhagens de bacilos, de
diferentes ambientes amazônicos (solo, planta e água). As linhagens foram
caracterizadas pelo gene rRNA16S. Inicialmente foram cultivadas em 2mL de meio
quitinolitico (única fonte de carbono) a 30ºC durante 24 h, em 180 rpm. Após isso, 50
µL de cultivo bacteriano foi adicionado em 100 mL do respectivo meio e cultivados
em 30ºC durante 120 h, em 180rpm. O meio líquido metabólico obtido foi filtrado em
membrana Millipore 0,22 uM e a biomassa bacteriana liofilizada. Nos testes
biológicos foram utilizadas larvas de 3º instar de Ae. Aegypti em temperatura de 27±
1ºC e fotofase de 12h. As linhagens foram identificadas, como pertencentes ao
gênero Bacillus, sendo 2 B. pulmilus, 2 B. velezensis, 2 B. safensis, 1 B.
thuringiensis, 1 B. amyloliquefaciens, 1 B. wiedmannii, 1 B. stratosphericus.
Considerando a atividade larvicida da biomassa bacteriana, a linhagem 15PHA-B.
safensis apresentou mortalidade de 100% em 24h nas concentrações 8.33; 4.16;
2.08; 1.2; 1; 0.75 mg/L. E os resultados de mortalidade do meio líquido metabólico,
a linhagem 15PHA-B. safensis apresentou 100% de mortalidade nas concentrações
8,33; 4.16 mg/L e 80% nas concentrações 2,08, 1.2; 1 0.75 mg/L em 48h. Diante
dos resultados obtidos, a linhagem tóxica para Ae. Aegypti, apresentam
propriedades antagônicas tanto no meio líquido metabólico quanto na biomassa
bacteriana. Uma vez caracterizadas essas propriedades desconhecidas poderão ser
um grande potencial para o controle de populações de Ae. Aegytpi, no Estado do
Amazonas.

Palavras-Chave: Bacillus spp; Enzimas hidroliticas; Controle vetorial

Apoio Institucional: CAPES

407
Efeito da seleção laboratorial com o biolarvicida Espinosade no
desenvolvimento de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F.
de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Adriano N. Arcos;
João A. C. Zequi
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas – UFAM;
Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade
Estadual de Londrina.-UEL

A exposição contínua aos inseticidas pode ocasionar efeitos negativos nas


características biológicas de uma população de insetos. Neste trabalho, foi verificado
o efeito da pressão de seleção com o biolarvicida Espinosade durante seis gerações
no tempo médio do estágio larval, tempo médio do estágio pupal e tempo do ciclo de
vida da população de Aedes aegypti da cidade de Manaus, Amazonas, em
laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue do INPA,
onde ovos foram retirados das gerações F2 e F6 oriundos da população controle e
da pressionada com a CL50 (0,036 mg/L) do biolarvicida, e imersos em recipientes
com 1 L de água destilada por 24 horas. Após a eclosão, 600 larvas L1 foram
divididas em 30 pools de 20 larvas, colocadas em copos com 150 mL de água
destilada e 0,01 g de alimento, adicionado a cada três dias. Os recipientes foram
mantidos nos seus respectivos insetários (27 ± 1 °C, 80-90% e 12L:12D). Não houve
diferença entre o tempo médio do estágio larval da população controle e da
pressionada, oriundas da F2 (Mann-Whitney, p>0,05), no entanto, essa diferença foi
constatada na F6, com maior média de tempo obtido para a cepa pressionada
(Mann-Whitney, p= 0,0001). Não houve diferença entre o tempo médio do estágio
pupal da população controle e da pressionada, provenientes da F2 (Mann-Whitney,
p>0,05), todavia, essa diferença foi observada nas populações da F6, com maior
média de tempo obtido para a população controle (Mann-Whitney, p= 0,0001). Não
houve diferença entre o tempo médio do ciclo de vida dos insetos da população
controle e da pressionada, procedentes da F2 (Mann-Whitney, p>0,05), por outro
lado, essa diferença foi obtida na F6, com até dois dias de atraso da linhagem
pressionada (Mann-Whitney, p= 0,0001). Contudo, vários aspectos de
desenvolvimento da linhagem pressionada foram afetados após a exposição com a
concentração subletal do biolarvicida, evidenciando o acúmulo de alelos com efeitos
negativos na população.

Palavras-Chave: Inseticida; Resistência

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico - CNPq

408
Efeito do biolarvicida Espinosade no peso corp das fêmeas de
Aedes aegypti (Diptera: Culicidae), em laboratório
William R. da Silva; Thamiles das C. Gonçalves; Verônica G. Pinto; Thiago F.
de Lima; Joelma S. da Silva; Francisco A. da S. Ferreira; Grafe O. Pontes; João
A. C. Zequi; Rosemary A. Roque; Wanderli P. Tadei
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA; Universidade Federal do Amazonas - UFAM;
Universidade Federal do Maranhão; Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Universidade
Estadual de Londrina.-UEL

Os inseticidas, principal método vigente de controle dos insetos, podem selecionar


populações resistentes e ocasionar prejuízo na aptidão. Neste trabalho, verificou-se
o efeito da pressão de seleção com o larvicida Espinosade durante seis gerações no
peso corp das fêmeas de Aedes aegypti antes e após o repasto sanguíneo, em
laboratório. O estudo foi realizado no Laboratório de Malária e Dengue/ INPA. Ovos
foram retirados das gerações F2 e F6 da população controle e da pressionada com
a CL50 (0,036 mg/L) do larvicida, e imersos em recipientes com 1 L de água
destilada por 24h. Após a eclosão, 2.500 larvas L1 foram divididas em grupos de
500 imaturos, mantidos em recipientes com 1 L de água destilada e 0,5 g de ração
colocado a cada três dias. Após a emergência, 840 adultos (1:1) de cada população
foram divididos em dois grupos com 210 espécimes de cada sexo, mantidos em
gaiolas. Um grupo de fêmeas realizou o repasto sanguíneo em hamster anestesiado
por 30 minutos e o outro foi mantido sem repasto. As fêmeas de cada grupo foram
divididas em 21 pools de 10 insetos, colocadas no freezer (-20°C) por 5 minutos e
pesadas utilizando balança eletrônica de precisão - Bel Engineering Mark® M214A.
Constatou-se na F2 que as fêmeas da população pressionada que não realizaram a
alimentação sanguínea, possuíam média de peso corp inferior quando comparado
aquelas da população controle (Mann-Whitney, p= 0,0001). O mesmo resultado foi
verificado entre as populações da F6 (t de Student, p= 0,0001). Não houve diferença
significativa entre a média de peso das fêmeas da F2 da população controle e da
pressionada que realizaram o repasto sanguíneo (t de Student, p>0,05). Entretanto,
essa diferença foi observada na F6, com menor média de peso obtida para a
população pressionada (t de Student, p= 0,0040). Contudo, o peso corp inferior na
linhagem pressionada, evidencia que a seleção com o larvicida alterou o nível de
suscetibilidade da população, conduzindo ao agravo adaptativo.

Palavras-Chave: Inseticida; Vetores; Aptidão.

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico - CNPq

409
410
Dieta artificial para criação de Spodoptera eridania (Cramer)
(Lepidoptera: Noctuidae) em laboratório
Guilherme Nishimura; Tamara A. Takahashi; Luís A. Foerster
Universidade Federal do Paraná

Um dos gargalos que dificultam a produção massal de inimigos naturais é a


adequação de dietas artificiais para a criação do hospedeiro. Estas dietas visam a
alta taxa de sobrevivência da espécie hospedeira com custo reduzido, além de
proporcionar a manutenção da espécie em laboratório de forma contínua.
Comparou-se o desenvolvimento de Spodoptera eridania (Cramer) (Lepidoptera:
Noctuidae) em duas dietas artificiais, D1: Greene et al. 1976; e D2: Marchioro e
Foerster, 2012, tendo em vista a crescente ocorrência dessa espécie em cultivares
transgênicas de soja Bt (Cry1Ac). Cada tratamento foi constituído de 100 lagartas
neonatas, que foram individualizadas em tubos de vidro de fundo chato (25 x 85mm)
contendo aproximadamente 10mL de dieta, mantidas até atingirem o estágio de
pupa. Posteriormente as pupas foram pesadas e acondicionada em potes plásticos
de 80mL até a emergência dos adultos. Os parâmetros avaliados foram:
sobrevivência e duração larval, pré-pupa, pupa e total, razão sexual e peso das
pupas. O experimento foi conduzido em estufa incubadora a 25ºC ± 2ºC, UR 70% ±
10%, fotofase 14h: 10h L:D. A duração média do estágio larval foi de 15,98 na D1 e
18,11 dias na D2, com viabilidade de 66 e 89% respectivamente. Nas duas dietas a
duração do estágio de pré-pupa e pupa foram aproximadamente de 2 e 9 dias
respectivamente. A viabilidade no estágio de pré-pupa foi de 65,15% na D1 e
93,25% na D2. O peso médio das pupas dos indivíduos que se alimentaram da D1
foi de 0,283g, enquanto que na D2 atingiram a média de 0,313g, com viabilidade de
76,74 e 68,68% respectivamente, resultando na sobrevivência total de 33% dos
indivíduos quando criadas na D1 e de 63% na D2. A razão sexual foi maior na D2
(0,44), enquanto na D1 foi de 0,3. Este estudo sugere a dieta de Marchioro e
Foerster como a mais adequada para a criação de S. eridania, no entanto é
interessante que hajam adaptações para melhorar ainda mais a viabilidade da
espécie.

Palavras-Chave: Lagarta das vagens; Dieta de Greene; Criação de insetos

Apoio Institucional: CAPES

411
Programa de desenvolvimento de biofábricas para a produção de
inseticidas microbiológicos a base de fungos entomopatogênicos
José Eduardo Marcondes de Almeida; Luís Garrigós Lete; Antonio Batista
Filho
Instituto Biológico

A Unidade Laboratorial de Referência de Controle Biológico, CAPSA, Instituto


Biológico/APTA/SAA-SP, Campinas-SP, abriga a Coleção de Fungos
Entomopatogênicos “Oldemar Cardim Abreu”, cadastrada como fiel depositária no
CGEN/MMA, com 870 acessos desde 1981. Com a demanda por inseticidas
microbiológicos crescendo, alguns isolados, selecionados da coleção, para o
controle de Mahanarva fimbriolata na cana-de-açúcar, Deois flavopicta em
pastagens, como o IBCB 425 de Metarhizium anisopliae e IBCB 66 de Beauveria
bassiana para o controle de Cosmopolites sordidus em banana, Tetranycus urticae
em hortaliças e flores e Bemisia tabaci em diversas culturas, são referências para
inseticidas microbiológicos aplicados na agricultura orgânica pelo Min. Agricultura
Pecuária e Abastecimento - MAPA, de acordo com a normativa no. 3/2006
SDA/SDC, aumentando a demanda desses fungos no mercado, sendo necessário
sua produção em massa. A partir do COMINT – Curso de Controle Microbiano de
Insetos – Fungos entomopatogênicos de 2000, o Instituto Biológico vem
desenvolvendo o programa de biofábricas para a produção desses microrganismos,
sendo mais de 700 pessoas treinadas no curso, com 63 empresas assessoradas até
2019, somente para produção por meio de cultura sólido, em arroz. Através de uma
assessoria anual, o programa visa a implantação da biofábrica, com projeto de
construção ou adaptação da estrutura, treinamento de funcionários, fornecimento
das cepas autorizada para bioprospecção e análises quali-quantitativas e de
estabilidade dos inseticidas microbiológicos produzidos. O isolado IBCB 425 de M.
anisopliae é aplicado em mais de 1,5 milhão de hectares de cana-de-açúcar no
Brasil e o IBCB 66 de B. bassiana está registrado por várias empresas no sistema
Agrofit do MAPA. A partir de 2017 o Instituto Biológico lançou o PROBIO - Programa
de Inovação e Transferência de Tecnologia em Controle Biológico.

Palavras-Chave: Controle microbiano; Transferência de Tecnologia; Empresas

Apoio Institucional: FAPESP, FUNDAG

412
413
Armazenamento de Trichogramma pretiosum em baixas
temperaturas como logística para liberações em programas de CBA
Mikaela T. Souza; Aloisio Coelho Jr; José Roberto P. Parra
1Departamento de Entomologia e Acarologia da ESALQ/USP, Av. Pádua Dias, 11, 13418-220,
Piracicaba-SP, Brasil

O controle biológico vem ganhando importância no Brasil como componente do


Manejo Integrado de Pragas (MIP). Com o aumento da utilização do CB no país,
surgem empresas comercializando agentes de controle biológico, como
Trichogramma pretiosum Riley (Hym.: Trichogrammatidae) parasitoide alvo da
presente pesquisa. Nestas empresas, um dos problemas é a logística de
armazenamento e transporte de tais macroorganismos, no caso, representados por
T. pretiosum, que devem ser armazenados nos períodos em que não estão sendo
utilizados ou durante o transporte de uma região para outra, pois podem emergir
antes do tempo e o material ser perdido, ou ter sua qualidade como agente de
controle diminuída. As técnicas atualmente utilizadas não são bem definidas, pois as
baixas temperaturas utilizadas podem interferir em parâmetros biológicos do inseto
afetando sua performance no campo. Para tanto, o presente estudo visa avaliar o
efeito de temperaturas de 5°C; 12,5°C; 15°C e 18°C em características biológicas de
T. pretiosum criado em ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lep.: Pyralidae), em
relação à temperatura de 25° C (controle). Por meio dos resultados obtidos constata-
se que a fase de pupa é a mais adequada para o armazenamento de T. pretiosum.
Na temperatura de 10°C é possível o armazenamento de pupas de T. pretiosum por
até 10 dias, pois a partir desse período há efeitos deletérios à viabilidade pupal de T.
pretiosum que se desenvolveu em ovos de A. kuehniella. Fêmeas adultas de T.
pretiosum, emergidas de pupas armazenadas a 10°C só apresentaram uma
diminuição do parasitismo a partir de 20 dias de armazenamento.

Palavras-Chave: Armazenamento

Apoio Institucional: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo -


FAPESP (Processo:17/24164-3)

414
Evaluation of Soil Persistence and Root Colonization of a Native
Metarhizium anisopliae Isolate
Emily Mesquita; Amanda R. da C. Corval; Allan F. Marciano; Jéssica Fiorotti;
Simone Quinelato; Vânia R.E.P. Bittencourt; Patrícia S. Gôlo
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

The entomopathogenic fungi persistence in the soil is related to different factors such
as abiotic and biotic conditions. In fact, when Metarhizium spp. are under
environmental conditions, persistence is influenced by soil physical characteristics
and the microbiome already established. Metarhizium spp. are reported to colonize
plant roots and the rhizosphere, and these properties are expected to improve fungal
persistence in the soil. The aim of this study was to evaluate the persistence of a
native entomopathogenic fungi under semi-field conditions for five months and its
colonization in Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich.) Stapf (Poaceae) roots.
Three groups with ten pots of grown B. brizantha each were formed: (1) untreated
pots (CTR); (2) pots treated with mineral oil-in-water emulsion (CTROL); (3) pots
treated with a fungus mineral oil-in-water emulsion of Metarhizium anisopliae Sorokin
(Clavicipitaceae) LCM S04 conidia. Soil and root samples were collected for five
months after treatments and inoculated into a selective artificial culture medium to
analyze the number of colony forming units (CFU) and root colonization (after surface
sterilization). The recovered fungal colonies were subjected to morphological and
molecular analyzes to confirm the identity to M. anisopliae LCM S04. Results showed
M. anisopliae LCM S04 could still be re-isolated from soil samples of fungus-treated
pots after five months. B. brizantha root samples also exhibited fungal colonization
over the five months of analysis. The average colonies density of this fungus in the
treated pots soil ranged from 0.46×105 to 1.1×105 CFU g-1, and increased over time.
Ef1-α gene fragments of the colonies recovered from fungus-treated pots during the
collections had 100% identity to LCM S04. This study showed the persistence and
the ability as a root colonizer of a native entomopathogenic isolate under semi-field
conditions.

Palavras-Chave: entomopathogenic fungi; endophytic fungi; environmental


conditions

Apoio Institucional: (CAPES) -Finance Code 001; (CNPq); (FAPERJ)

415
Anticontaminantes alternativos como substitutos ao formaldeído
na dieta artificial para criação de Helicoverpa armigera
Suélen Cristina da Silva Moreira; Izabela Carla Vessoni; Vinícios Nunes da
Silva; Crébio José Ávila; Ivana Fernandes da Silva; Harley Nonato de Oliveira
Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados, MS

Helicoverpa armigera é uma espécie polífaga, de ampla distribuição geográfica e


causa danos em diversas culturas de importância econômica. A criação de insetos
em laboratório com dieta artificial é fundamental para o desenvolvimento de estudos
bioecológicos na área de entomologia em condições de laboratório e campo. Um
dos componentes básicos para o preparo da dieta, é o formaldeído usado como
anticontaminante. Entretanto, sua utilização, mesmo em pequenas quantidades
ocasiona efeitos indesejáveis à saúde humana. Avaliou-se produtos substitutos ao
formaldeído no preparo da dieta para a criação de H. armigera em laboratório. Os
tratamentos e suas respectivas doses: AAS ácido acetilsalicílico (1g e 2g/dieta),
ácido sórbico (1,85g e 3,7g/dieta) e ácido benzoico (1,85g e 3,7g/dieta), além do
tratamento padrão (formaldeído) e testemunha (água). O delineamento experimental
foi em DIC, com oito tratamentos (doses de anticontaminantes, formaldeído e água)
em 10 repetições. Cada repetição constituída por 10 lagartas neonatas, onde foram
alimentadas com dieta artificial contendo os respectivos anticontaminantes. Avaliou-
se a contaminação no interior dos tubos, as viabilidades embrionária, larval e pupal e
o peso de pupas. Na fase adulta 20 casais/tratamentos foram individualizados
avaliando-se a fase reprodutiva e longevidade. A contaminação nos tubos contendo
as dietas artificiais foi menor nos tratamentos com formaldeído, ácido benzoico
(3,7g) e ácido sórbico (3,7g). Os parâmetros avaliados durantes a fase reprodutiva
de H. armigera, bem como a longevidade dos adultos e peso de pupas foram
semelhantes em todos os tratamentos. A duração da fase larval e pupal assim como
a viabilidade de ovos e pupa foram semelhantes. Entre os diferentes
anticontaminantes estudados, o ácido benzoico na maior concentração (3,7g), é
mais adequado, podendo substituir o formaldeído no preparo da dieta artificial
assegurando uma maior eficácia no controle de microrganismos contaminantes.

Palavras-Chave: Cotton bollworm

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CNPq/Pibic

416
Impacto de fatores ambientais no parasitismo e emergência de
Trichogramma pretiosum, Telenomus remus e Telenomus podisi
Marcela L. M. Grande1; Ana Paula de Queiroz2; Jaciara Gonçalves2; Adeney de
F. Bueno3; Maurício U. Ventura1
1
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL,
Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil. 2Programa de Pós-Graduação em Entomologia,
Universidade Federal do Paraná, UFPR, Departamento de Zoologia, Curitiba, PR, Brasil. 3Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA Soja, Londrina, PR, Brasil

Fatores ambientais podem influenciar na eficiência de parasitoides de ovos e


precisam ser considerados na escolha da melhor estratégia de liberação. Este
estudo objetivou investigar os efeitos da luminosidade, temperatura, umidade do
solo e precipitação pluviométrica na emergência e parasitismo, nas liberações
realizadas com pupas desprotegidas (pupas soltas) e protegidas em cápsulas de
papelão (pupas em cápsulas). A presença de luz favoreceu o parasitismo de
Trichogramma pretiosum e Telenomus remus e não impactou o parasitismo de
Telenomus podisi. Sendo assim, a liberação de Tr. pretiosum e Te. remus deve ser,
preferencialmente, realizada de maneira que a emergência dos adultos ocorra
durante o dia, visto que, durante a noite, estes parasitoides apresentaram menor
atividade de parasitismo. Entretanto, é importante considerar que a temperatura de
30oC, que normalmente ocorre durante o dia desfavoreceu a emergência dos
parasitoides. Portanto, é importante que a emergência ocorra nas primeiras horas da
manhã, para haver tempo hábil para os adultos procurarem abrigo nas horas mais
quentes durante o dia. Te. podisi apresentou a mesma taxa de parasitismo em
condições de plena luminosidade ou escuridão, é indicado que a emergência ocorra
no final da tarde e início da noite pois haverá mais tempo de parasitismo antes do
período mais quente do dia seguinte. Por outro lado, vale ressaltar que a
temperatura de 15oC reduziu o número de ovos parasitados por Te. remus e Te.
podisi. Com relação ao uso da cápsula de liberação, essa protegeu os parasitoides
contra a umidade do solo e chuva. Entretanto, essa proteção contra chuva, foi
eficiente apenas em precipitações de até 10 mm. Com relação à temperatura, os
ovos sem proteção tiveram maior emergência devido provavelmente, a um efeito
estufa promovido pela cápsula de papelão. Os resultados obtidos nesse trabalho
permitem melhorar as estratégias de liberação desses parasitoides de ovos, mas
indicam que a tecnologia de liberação continua sendo o grande desafio para garantir
a eficiência desses agentes de controle biológico. Os estudos com cápsulas que
oferecem maior proteção contra os fatores de mortalidade observados, precisam
ainda ser melhor elucidados, para que se consiga utilizar com maior eficiência esses
agentes de controle biológico ativo no agroecossistema.
Palavras-Chave: fator abiótico; parasitoides de ovos; controle biológico
Apoio Institucional: Embrapa Soja, CAPES, CNPq e Universidade Estadual de
Londrina (UEL)

417
418
Ação de Beauveria bassiana Bals. Vuill. e óleo essencial de
patchouli (Pogostemon cablin) sobre a mortalidade de tripes
(Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp.
Alessandro P. Schmieleski; Rafael Rombaldi; Scheila M. Varaschini; Jucelaine
Haas
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

A espécie arbórea Ficus sp. é comumente encontrada em praças e ruas das cidades
paranaenses com fins paisagísticos e de sombreamento. O tripes Gynaikothrips sp.
é um inseto praga que ataca Ficus sp. e causa sintomas de galhas e
encarquilhamento das folhas causando desfolha das planta diminuindo a área
fotossintética. Desta forma, o trabalho teve como objetivo verificar a ação o óleo
essencial de patchouli (Pogostemon cablin) e do fungo entomopatogênico Beauveria
bassiana (Boveril®) na mortalidade de tripes em Ficus sp. Para o desenvolvimento
do trabalho foram coletadas folhas jovens de Ficus sp. infestadas contendo tripes
jovens e adultos. O experimento foi dividido em cinco tratamentos, sendo eles: água
destilada, água + Tween 80®, B. bassiana (108 con/mL), óleo essencial de patchouli
(1% v/v) e óleo essencial de patchouli + B. bassiana, sendo os dois primeiros as
testemunhas. Cada tratamento contou com dez repetições, sendo cada folha
considerada uma repetição. As soluções (10 µL) foram aplicadas na parte adaxial da
folha com uma micropipeta e as folhas foram então acondicionadas em potes
plásticos transparentes com tampa e levadas à BOD (To 24 ± 2oC e Fotoperíodo 12
h). Após quatro dias a mortalidade dos adultos foi avaliada. Verificou-se que nenhum
dos tratamentos com óleo essencial de patchouli e/ou B. bassiana levou à
mortalidade estatisticamente significativa quando comparados com as testemunhas.
Apesar de os produtos testados não terem se mostrado eficientes no controle de
Gynaikothrips sp. em Ficus sp. em laboratório, outros experimentos complementares
futuros poderão efetivamente verificar o quão eficientes estes tratamentos realmente
são.

Palavras-Chave: Gynaikothrips sp; fungo entomopatogênico; Moraceae

419
Há interferência no parasitismo de Spodoptera frugiperda quando
se alimentam de plantas tratadas com silício e inoculante?
Aline P. Fernandes; Suelhen T. Marchioro; Vanessa G. Amorim; Marcelo N.
Morais; José E. Ávila; Augusto C.P.P. Fernandes; Adeney F. Bueno
Universidade Federal da Fronteira Sul; Embrapa-CNPSo

A indução de resistência de plantas através da utilização de silício pode tornar as


pragas mais suscetíveis ao parasitismo. Desta forma, objetivou-se avaliar a
densidade populacional de parasitoides de Spodoptera frugiperda em plantas
tratadas com silício e inoculante. Para tanto, durante a safra 2018/2019, na fazenda
experimental da Embrapa Soja foi realizado plantio de milho em 4 parcelas por
tratamento. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com seis
tratamentos, sendo: T1 Testemunha; T2 Inoculante Azospirillum brasilense; T3
Inoculante Azospirillum brasilense + Silício no solo (Diaflow ®); T4 Inoculante
Azospirillum brasilense + Silício foliar (Sifol ®); T5 Silício no solo (Diaflow ®) e; T6
Silício foliar (Sifol ®). O inoculante biológico foi utilizado na semeadura e as
aplicações de silício tanto foliar como via solo, ocorreram 16 e 26 dias após a
semeadura. Semanalmente, até o pendoamento da cultura, foram coletados os
“cartuchos” de 20 plantas/tratamento, sendo levados ao laboratório para
acondicionamento das lagartas em dieta artificial até a emergência dos adultos da
mariposa ou dos parasitoides. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a
5% de probabilidade. Não houve diferença na densidade populacional das lagartas
coletadas nos diferentes tratamentos. Com relação a abundância de parasitoides, a
menor (1,5) e a maior (6,25) média foi verificada nos tratamentos T3 e T4,
respectivamente. No total, foram coletados 104 espécimes de parasitoides sendo
69% de moscas da família Tachinidae e 31% de vespas da família Ichneumonidae,
representadas pelas espécies Eiphosoma spp (22%) e Campoletis flavicincta (9%).
Nas três primeiras semanas de avaliação foi verificada curva crescente de
parasitismo (20; 23 e 26%), decrescendo a partir da 4° semana. Os resultados
indicam que a utilização de inoculante + silício foliar interferem no parasitismo de S.
frugiperda.

Palavras-Chave: Controle biológico natural; Indução de resistência; Lagarta-do-


cartucho

Apoio Institucional: Embrapa CNPSo; Fundação Araucária

420
Predação de Spodoptera frugiperda em plantas tratadas com silício
e inoculante
Aline P. Fernandes; Suelhen T. Marchioro; Vanessa G. Amorim; Marcelo N.
Morais; José E. Ávila; Augusto C.P.P. Fernandes; Adeney F. Bueno
Universidade Federal da Fronteira Sul; Embrapa-CNPSo

A indução de resistência de plantas através da utilização de silício pode tornar as


pragas mais suscetíveis ao ataque de predadores. Desta forma, objetivou-se
identificar e avaliar o número de predadores de Spodoptera frugiperda em plantas
tratadas com silício e inoculante. Para tanto, durante a safra 2018/2019, na fazenda
experimental da Embrapa Soja foi realizado plantio de milho da cultivar AL
Bandeirante em 4 parcelas por tratamento. O delineamento experimental foi de
blocos ao acaso com seis tratamentos, sendo: T1 testemunha; T2 Inoculante
Azospirillum brasilense; T3 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício no solo
(Diaflow ®); T4 Inoculante Azospirillum brasilense + Silício foliar (Sifol ®); T5 Silício
no solo (Diaflow ®) e; T6 Silício foliar (Sifol ®). O inoculante biológico foi utilizado no
momento do plantio e as aplicações de silício tanto foliar como via solo, ocorreram
16 e 26 dias após o plantio. As avaliações ocorreram semanalmente até o
pendoamento da cultura, onde foram coletados os “cartuchos” de 20
plantas/tratamento, sendo levados ao laboratório para identificação e quantificação
de predadores. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Não houve diferença no número de predadores entre os diferentes
tratamentos, sendo a menor (7,25) e a maior (11,50) média verificada nos
tratamentos T2 e T1/T4, respectivamente. No total, foram coletados 252 espécimes
de predadores identificados em duas espécies: Eriopsis conexa (Coleoptera:
Coccinelidae) e Doru luteipes (Dermaptera: Forficulidae), na abundância de 4 e 96%,
respectivamente. Houve sazonalidade no registro das espécies de predadores,
sendo E. conexa encontrada nas três primeiras semanas e D. luteipes entre a 4ª e 7ª
semana de avaliação. A ausência de diferença na média de predadores encontrados
nos permitem concluir que a utilização de inoculante e a aplicação de silício não
interferem na densidade populacional dos predadores de S. frugiperda.

Palavras-Chave: Controle biológico natural

Apoio Institucional: Embrapa CNPSo; Fundação Araucária

421
Efeito da adição de óleos vegetal e mineral a inseticidas no
controle do Anthonomus grandis
Alysson M. de Azevedo; Cássio Seron; Patrícia S. Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

O algodão é uma importante fonte primária para a indústria têxtil e outras indústrias.
O Sudeste de Mato Grosso vem se destacando nos últimos anos na produção de
algodão, sendo privilegiado pelo seu solo, clima e materiais já adaptados para a
região. O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito da adição de óleo
mineral e vegetal aos inseticidas Malationa e Beta-ciflutrina no controle do bicudo do
algodoeiro (Anthonomus grandis). O experimento foi conduzido em laboratório nas
instalações do IMAMT, utilizando-se de óleos vegetal e mineral, nas dosagens de
446g e 230g de ia.ha-1, respectivamente, adicionados aos inseticidas: Malationa na
formulação concentrado emulsionável (EC), na dosagem de 1000g de ia.ha -1 e Beta-
ciflutrina na formulação suspensão concentrada (SC), na dosagem de 12,5g de
ia.ha-1. O delineamento estatisticamente adotado foi inteiramente casualizado (DIC)
com nove tratamentos e quatro repetições. Adultos de A. grandis obtidos de maças e
botões florais coletados em campo foram expostos aos produtos testados, em folhas
de papel filtro, levemente umedecidos com discos de folhas de algodão e botões
tratados ou não com os inseticidas adicionados ou não aos óleos, e a testemunha
(água pura). Após 48h de exposição, o número de insetos mortos ou que não
apresentavam capacidade de locomoção foram contabilizados. Os resultados
obtidos foram submetidos ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. O uso do
ingrediente ativo Malationa, isolado ou com adição de óleo vegetal ou mineral, foi o
que apresentou maior mortalidade de A. grandis. Os óleos mineral e vegetal não
auxiliaram os ingredientes ativos Malationa e Beta-ciflutrina na redução da
população de adultos de A. grandis.

Palavras-Chave: algodoeiro; bicudo-do-algodoeiro; MIP

Apoio Institucional: IMA-MT e IFMT

422
Compatibilidade de óleos essenciais de Eugenia uniflora e
Pogostemon cablin com Bacillus thuringiensis
Amanda R. Sampaio; Ana F. Marcelino; Iara E. Francio; Juliana D. Jakubski;
Maiara S. de Souza; Everton R. Lozano; Michele Potrich
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O controle biológico e o controle alternativo de pragas, destacando-se o uso de


Bacillus thuringiensis Berliner (Bacillaceae) (Bt), utilizado no controle de
lepidópteros, e o uso de óleos essenciais, para vários grupos de insetos, encontram-
se em expansão. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a
compatibilidade de óleos essenciais (OE) de pitanga (Eugenia uniflora) e patchouli
(Pogostemon cablin) com duas linhagens de Bt locais (EM41P e PR31P). Procedeu-
se a multiplicação das linhagens de Bt em 100mL de meio de cultura, caldo
nutriente, submetidos a 110 rpm por cinco dias a 30ºC. Em seguida, três
centrifugações de 10 minutos a 3500 rpm foram feitas, lavando os pellets com água
destilada autoclavada. Os testes de compatibilidade foram realizados fazendo a
diluição seriada a partir do tubo estoque. A sexta diluição de Bt (880 UFC/mL),
misturada com 0,1 mL de óleo essencial (1%) e Tween foi submetida a agitação
constante por 2 horas a 110 rpm em 30ºC. Os tratamentos foram: T1 - EM41P + OE
de pitanga; T2 - EM41P + OE de patchouli; T3 - PR31P + OE de pitanga; T4 -
PR31P + OE de patchouli. Duas testemunhas foram compostas: água destilada +
EM41P e água destilada + PR31P. Para analisar a compatibilidade, avaliou-se o
crescimento bacteriano pela técnica da “microgota”. O número de UFCs foi avaliado
por ponto após 18 horas de incubação a 30ºC. Registrou-se 3,73 e 3,57
UFCs/microgota (5µL), nas linhagens EM41P e PR31P, respectivamente. Entretanto,
estas mesmas linhagens, quando tiveram os OEs misturados em sua solução,
inibiram o crescimento de Bt. O maior número de UFCs de Bt em contato com OE foi
proveniente do T2 (EM41P + OE de patchouli), com média de 0,11 ± 0,39
UFC/microgota, os demais tratamentos obtiveram média de 0,00 ± 0,00
UFC/microgota. Os OEs de patchouli e pitanga inibiram o crescimento das linhagens
de Bt, em até 100%, demonstrando que o uso combinado, em mistura, não é
compatível.

Palavras-Chave: Pitanga; Patchouli; Bactéria entomopatogênica

Apoio Institucional: Universidade Tecnológica Federal do Paraná

423
Repelência de piretroides a dois importantes inimigos naturais da
cultura da soja
Ana Clara R. de Paiva; Fernando H. Iost Filho; Leandro da S. Santos; Pedro T.
Yamamoto
Doutoranda do Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP

Os parasitoides de ovos Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera:


Trichogrammatidae) e Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Scelionidae) são
de extrema importância no controle de pragas da soja, o primeiro atuando sobre
Lepidoptera e, o segundo, Hemiptera. Como agentes de controle biológico é de
extrema importância que esses permaneçam na área para garantir resultados
satisfatórios, além de não sofrerem efeitos deletérios em função da aplicação de
inseticidas. Considerando que inseticidas do grupo dos piretroides são comumente
utilizados no controle de pragas na soja, o presente estudo teve como objetivo
avaliar o efeito letal e o efeito repelente desse grupo químico a T. pretiosum e T.
podisi. Foram testados os inseticidas lambda-cialotrina (KarateÒ) e lambda-cialotrina
+ clorantraniliprole (Ampligo®) nas maiores dosagens recomendadas pelos
fabricantes. Além disso, tiametoxam+ ciproconazol (Verdadero®) foi utilizado como
controle positivo para T. pretiosum e clorantraniliprole + abamectina (Voliam Targo®)
para T. podisi. Cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera:
Pyralidae) e Euschistus heros F. (Hemiptera: Pentatomidae) foram mergulhadas em
solução inseticida por 5 segundos e oferecidas às fêmeas dos parasitoides durante
24 horas. Após esse período, foram avaliados: número de insetos mortos e número
de ovos parasitados e, emergência da geração F1. Observou-se que nenhum dos
inseticidas causou diferença na mortalidade de fêmeas de T. podisi, mas, os dois
inseticidas com piretroides causaram redução no número de ovos parasitados
superior a 60%. Em relação a T. pretisoum, tiametoxam + ciproconazol causou 36%
de mortalidade de fêmeas e os demais inseticidas não diferiram do controle
negativo. Os dois produtos que contêm piretroide em sua composição causaram
redução significativa no parasitismo superior a 89%. Assim, conclui-se que
piretroides têm ação repelente sobre os parasitoides testados.

Palavras-Chave: inseticida

Apoio Institucional: Capes

424
Avaliação da repelência de inseticidas compatíveis com o
Neoseiulus californicus McGregor (Acari: Phytoseiidae)
Ana F. F. Makowich; Anna G. G. de Alencar; Kevyllen M. B. Borges; Wanderlan
G. P. Junior; Pedro H. C. P. Costa; Cecilia Czpack; Karina C. Albernaz; Karin F.
S. Collier
Universidade Federal de Goiás

Em Goiás, o ácaro-rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae) tem


infestado o tomate (Lycopersicon esculentum Mill) cultivado para a indústria a partir
dos 45 dias. O laboratório de Manejo Integrado de Pragas da Universidade Federal
de Goiás (UFG) está desenvolvendo um programa de Manejo Integrado para a
cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado com o ácaro predador
Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae) fornecido pela Koppert
(Spical®). Este trabalho avaliou o efeito repelente dos inseticidas compatíveis
segundo a bula do Spical® utilizados no pacote tecnológico adotado na cultura:
Tiametoxam, Clorantraniliprole, Flubendiamida, Indoxacarbe,
Tiametoxam+Clorantraniliprole. Utilizou-se as dosagens comerciais, pulverizadas em
folhas de tomate. Foram montadas arenas em placas de Petri contendo de um lado
uma folha de tomate com produto e do outro a folha testemunha (sem produto). Os
ácaros predadores foram colocados no centro de cada placa e as mesmas, ficaram
armazenadas em câmaras climáticas do tipo B.O.D (20±2 °C/12 horas de fotofase).
Foi avaliada após 48h a preferência do ácaro predador entre as folhas com produto
e a testemunha. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 5
tratamentos e 30 repetições e calculou-se a porcentagem de repelência (%R), índice
de repelência (IR) e o índice de segurança. Dentre os agrotóxicos testados
Tiametoxam, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole e Clorantraniliprole foram
repelentes para N. californicus e o Flubendiamida não apresentou repelência.
Portanto, Flubendiamida é compatível com N. californicus podendo ser utilizada em
programa de controle biológico. Em Goiás, o ácaro-rajado Tetranychus urticae Koch
(Acari: Tetranychidae) tem infestado o tomate (Lycopersicon esculentum Mill)
cultivado para a indústria a partir dos 45 dias. O laboratório de Manejo Integrado de
Pragas da Universidade Federal de Goiás (UFG) está desenvolvendo um programa
de Manejo Integrado para a cultura e optou pelo controle biológico do ácaro-rajado
com o ácaro predador Neoseiulus californicus (McGregor) (Acari: Phytoseiidae)
fornecido pela Koppert (Spical®). Este trabalho avaliou o efeito repelente dos
inseticidas compatíveis segundo a bula do Spical® utilizados no pacote tecnológico
adotado na cultura: Tiametoxam, Clorantraniliprole, Flubendiamida, Indoxacarbe,
Tiametoxam+Clorantraniliprole. Utilizou-se as dosagens comerciais, pulverizadas em
folhas de tomate. Foram montadas arenas em placas de Petri contendo de um lado
uma folha de tomate com produto e do outro a folha testemunha (sem produto). Os
ácaros predadores foram colocados no centro de cada placa e as mesmas, ficaram

425
armazenadas em câmaras climáticas do tipo B.O.D (20±2 °C/12 horas de fotofase).
Foi avaliada após 48h a preferência do ácaro predador entre as folhas com produto
e a testemunha. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, com 5
tratamentos e 30 repetições e calculou-se a porcentagem de repelência (%R), índice
de repelência (IR) e o índice de segurança. Dentre os agrotóxicos testados
Tiametoxam, Indoxacarbe, Tiametoxam+Clorantraniliprole e Clorantraniliprole foram
repelentes para N. californicus e o Flubendiamida não apresentou repelência.
Portanto, Flubendiamida é compatível com N. californicus podendo ser utilizada em
programa de controle biológico.

Palavras-Chave: Ácaro predador; Efeito repelente; Controle biológico

Apoio Institucional: FUNAPE

426
Uso de radiação UV-B para o controle de Raoiella indica (Acari:
Tenuipalpidae) com a preservação de predadores
Leticia M. Hernandes; Felipe S.R. Amaral; Antonio C. Lofego
Departamento de Zoologia e Botânica, UNESP, São José do Rio Preto, SP

Uma das formas de manejo mais utilizadas para o controle de ácaros praga é o
controle biológico com ácaros predadores da família Phytoseiidae. Dentre os ácaros
pragas de importância econômica sem uma forma efetiva de manejo, se encontra o
ácaro Raoiella indica Hirst (Tenuipalpidae). Esse ácaro fitófago infesta uma grande
diversidade de plantas, principalmente coqueiros e bananeiras, causando sérios
danos. Devido a isso, tem-se estudado estratégias de controle para essa espécie.
Além do controle biológico, uma técnica recente que demonstra grande potencial é o
controle físico por meio da radiação UV-B. Assim, esse estudo teve como objetivo
avaliar o potencial da radiação UV-B no controle de R. indica, bem como avaliar seu
efeito em um predador, o ácaro fitoseídeo Euseius citrifolius Dennmark & Muma
(Phytoseiidae). Foram montadas 15 unidades experimentais para cada espécie
testada, sendo cada uma composta por um folíolo de coqueiro (1,5 cm x 1,5 cm)
como substrato. No teste com o ácaro fitoseídeo foi colocada uma fêmea adulta em
cada unidade experimental. Já no teste com o ácaro praga foram colocadas cinco
fêmeas adultas em cada unidade. Os ácaros nas unidades foram expostos
diariamente por 30 minutos ininterruptos à radiação UV-B, durante sete dias, visando
avaliar a taxa de mortalidade dos ácaros com esse tratamento. A cada 24 horas, em
ambos os testes, foram contabilizados os ácaros mortos. Os resultados obtidos
mostraram que a radiação UV-B causa cerca de 76% de mortalidade de R.indica e
não causa mortalidade ao possível predador E. citrifolius. Assim, os resultados
mostram um grande potencial desse tipo de manejo integrado, eliminando a praga e
preservando o inimigo natural. Porém, estudos complementares devem ser feitos a
fim de entender as possíveis consequências dessa radiação em longo prazo no
ácaro predador e nas plantas.

Palavras-Chave: ácaro-vermelho-das-palmeiras; radiação; manejo integrado

Apoio Institucional: FAPESP

427
Influência de produtos fitossanitários sobre parâmetros biológicos
do fungo Metarhizium anisopliae (Isolado UNIOESTE 86)
Cássia F.P Brito; Douglas M. Cecconello; Adriano L. Albonetti; Nathália C.
Andrade; Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus Luiz Meneghel

A crescente demanda do mercado tem levado os produtores a aderir a técnicas


alternativas e buscarem práticas culturais menos impactantes ao meio ambiente.
Neste sentido, os fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae (Me-tchnikoff)
Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) têm sido amplamente testados como agentes de
controle biológico de diversas espécies de insetos e demonstraram grande potencial.
Para que o manejo integrado de pragas (MIP) se torne efetivo é necessário
conhecer as possibilidades de interação entre os métodos de controle e a
compatibilidade dos fungos entomopatogênicos com os produtos químicos utilizados
nas culturas. Este trabalho teve como objetivo analisar a interferência dos produtos
fitossanitários usados na cultura da mandioca em diferentes doses sobre a unidade
formadora de conídios (UFC) fungo M. anisopliae isolado UNIOESTE 86. O
experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com cinco
repetições e a unidade experimental consistiu de uma placa de petri com meio
BDAA (Batata Ágar Dextrose Antibiótico), onde foi inoculado por meio de pipeta
300µL do fungo (1,65×106 conídios/mL). Posteriormente os produtos (Actara,
Callisto, Cipermetrina, Curryon, Fusilade, Gaucho, Nomolt, Poquer, Standak Top e
Tiger), foram aplicados em três diferentes concentrações, sendo metade da dose
recomendada (½ DR), dose recomendada (DR) e dobro da dose recomendada
(2DR). Os produtos foram pulverizados nas placas e as mesmas permaneceram em
câmara climática durante cinco dias a 26ºC e 12 h de fotofase, para a contagem das
colônias formadas. Apenas o produto Fusilade na DR influenciou a UFC em relação
a testemunha. Para as doses ½ DR e 2DR não houve influência de nenhum dos
produtos avaliados. Com relação ao efeito das doses, apenas os produtos Poquer e
Tiger apresentaram resultados significativos, sendo que tanto a ½DR quanto a 2DR
reduziram o número de UFC, quando comparadas com a DR.

Palavras-Chave: Compatibilidade; Fungos Entomopatogênicos; mandioca

Apoio Institucional: Fundação Araucária

428
Efeitos de cultivares de soja resistentes a percevejos e soja Bt no
intestino médio de Euschistus heros
Mauricio L. Moscardi1; Raquel E. Suwa1; Daniela O. Pinheiro1*; Sheila M. Levy1;
Samuel Roggia2; Angela M. F. Falleiros1
1
Depto de Histologia/Centro de Ciências Biológicas-Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR.
E-mail: mauriciomoscardi@hotmail.com; *daniela_pinheiro@uel.br; 2Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária - Embrapa Soja, Londrina-PR, Brasil

Os percevejos são pragas associadas à soja, que ao atacarem grãos e vagens


causam prejuízos econômicos a esta cultura. Dentre eles, o percevejo-marrom,
Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae), é um dos principais.
Neste trabalho foram utilizadas técnicas de microscopia de luz (ML) e eletrônica de
transmissão (MET), com objetivo de estudar os efeitos pós-ingestivos, sobre a
morfologia e constituição química do intestino médio desses percevejos, quando
alimentados com diferentes cultivares de soja. Foram utilizadas as cultivares: BRS
284 (testemunha), BRS 391 (resistente a percevejos) e o BRS 1001 IPRO (cultivar
Bt resistente a lagartas). A partir do segundo instar, os percevejos foram
alimentados com vagens das diferentes cultivares. Após anestesia, os insetos
adultos foram dissecados e os intestinos médios (20 tubos/tratamento) foram
coletados, fixados em solução Karnovsky ou Glutaraldeído 2,5% em tampão fosfato
de sódio, processados para ML e MET e analisados. Também foram realizadas
reações histoquímicas para a detecção de polissacarídeos (neutros e ácidos) e
proteínas totais. Os insetos alimentados com as cultivares BRS 391 e BRS 1001l
PRO apresentaram alterações em relação à testemunha, nas células digestivas,
bastante evidentes na sua região apical. Histoquimicamente, observou-se alterações
em ambos os tratamentos, bastante evidentes na BRS 391, para proteínas totais.
Pode-se concluir que as cultivares BRS 391 e BRS 1001 IPRO causam alterações
histológicas, ultraestruturais e histoquímicas no epitélio do intestino médio de E.
heros. Essas alterações podem alterar hábitos alimentares e interferir na interação
da praga com a cultura, ambiente e inimigos naturais.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; Histologia; Histoquímica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES)

429
Aspectos biológicos de Euschistus heros alimentado com
cultivares de soja Bt e resistentes a percevejos
Mauricio L. Moscardi1; Mirela R. Martins2; Daniela O. Pinheiro1*; Sheila M.
Levy1; Samuel Roggia3; Angela M. F. Falleiros1
1
Depto Histologia - Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR . E-mail:
mauriciomoscardi@hotmail.com; *daniela_pinheiro@uel.br; 2Universidade Norte do Paraná,
Londrina-PR. 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Soja, Londrina-PR

A cultura da soja sofre com o ataque de insetos-praga ao longo de todo o ciclo. Na


fase reprodutiva, os percevejos são as de maior importância, sendo o percevejo-
marrom, Euschistus heros (Fabricius) (Heteroptera: Pentatomidae), a principal
espécie no Brasil. A aplicação de inseticidas é a maneira mais utilizada para o
controle deste inseto, porém é cara e ineficaz, devido à resistência de E. heros à
inseticidas, desenvolvida ao longo do tempo. Deste modo, métodos alternativos têm
sido utilizados e a busca por cultivares resistentes a estes insetos vem aumentando.
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de diferentes cultivares de soja sobre
parâmetros biológicos de E. heros. Foram utilizadas três cultivares de soja: BRS 284
(testemunha), BRS 391 (cultivar resistente a percevejos) e BRS 1001 IPRO (cultivar
Bt resistente a lagartas). Foram observados a duração do instar, viabilidade dos
insetos por instar e período ninfa-adulto. Foram avaliados o peso dos insetos adultos
após a emergência, a longevidade, tanto total como somente das fêmeas, a razão
sexual e oviposição. Foi realizado também teste de preferência alimentar, com e
sem chance de escolha, no qual as bainhas de perfuração nas vagens foram
contadas após coloração por fucsina ácida. Os parâmetros biológicos dos
percevejos, nas cultivares em estudo, não diferiram em relação à testemunha.
Porém, foi observada não preferência ou repelência de E. heros à BRS 391 e
preferência à BRS 1001 IPRO. Conclui-se então que as cultivares de soja testadas
não afetam parâmetros biológicos de E. heros e que há preferência a cultivar BRS
1001 IPRO e não preferência à BRS 391. O uso de cultivares resistentes contribui
para redução do uso de inseticidas químicos e favorece a ação do controle biológico
natural.

Palavras-Chave: percevejo-marrom; resistência varietal; preferência alimentar

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES)

430
Germinação do fungo Metarhizium anisopliae após exposição a
produtos fitossanitários usados na cultura da mandioca
Douglas M. Cecconello; Cássia F.P Brito; Adriano L. Albonetti; Letícia B. da
Silva; Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná, Bandeirantes, Paraná

O aumento de produção agricola, está associado ao aumento do uso de


agrotoquímicos, cujo uso inaquado pode acarretar problemas ambientais como
seleção de populações de pragas, danos a saúde humana e desequilibrio ambiental.
Por outro lado, a utilização de fungos entomopatogênicos (FE), como Metarhizium
anisopliae (Me-tchnikoff) Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) vem crescendo, mas é
preciso conhecer as interações entre FE e agroquímicos para o maior sucesso dos
programas de controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação do
M. anisopliae isolado UNIOSTE 86 com produtos fitossanitários utilizados na cultura
da mandioca. Os produtos testados foram: Actara, Callisto, Cipermetrina, Curryon,
Fusilade, Gaucho, Nomolt, Poquer, StandarkTop e Tiger nas concentrações de dose
recomendada (DR), dobro da dose recomendada (2DR) e metade da dose
recomendada (½DR). Para o ensaio 300µL da suspensão do FE (1,65×106
conídios/mL) foram adicionados em placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo
meio de cultura BDAA (Batata Ágar Dextrose Antibiótico). Em seguida, foi feita a
pulverização dos produtos com um pulverizador acoplado a um compressor de ar.
As placas foram incubadas por 16 horas em câmara climática a 26oC±1, UR de 90%
e fotoperíodo de 12h quando foi feita a contagem dos conídios germinados.
Observou-se que na ½DR não houve redução na germinação, na DR houve redução
na germinação apenas para o produto Poquer e na 2DR houve redução para Actara
e Gaucho. Comparando as diferentes dosagens para cada produto, Callisto reduziu
a germinação na a ½DR; Poquer teve menor germinação comparado na na DR, e
Fusilade e StandkTop causaram redução na germinação na 2DR. Conclui-se que
com exceção de Poquer, os demais produtos podem ser utilizados em DR sem
reduzir a germinação do M. anisopliae.

Palavras-Chave: Compatibilidade; fungo entomopatogênico; isolado UNIOSTE 86

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento


da pesquisa.

431
Influência da interação roseira-pulgão-plantas atrativas sobre o
comportamento de Chrysoperla externa (Neuroptera: Chrysopidae)

Fernanda A. Abreu; Lívia M. Carvalho; Caroline M. Resende; Stephan M.


Carvalho; Ester M. Afonso
Biomip Agentes Biológicos

Chrysoperla externa Hagen, 1861 (Neuroptera: Chrysopidae) é um dos inimigos


naturais do pulgão Rhodobium porosum Sanderson, 1900 (Hemiptera: Aphididae)
em roseira. O conhecimento das interações que ocorrem no sistema roseira-pulgão-
plantas atrativas é de importância visando a utilização desse predador em
programas de controle biológico. O trabalho teve por objetivo avaliar o
comportamento de C. externa no sistema tritrófico que inclui a roseira, o pulgão R.
porosum e as plantas atrativas: cravo (Tagetes erecta L., Asteraceae), manjericão
(Ocimum basilicum L. Lamiaceae) e calêndula (Calendula officinalis L. Asteraceae),
em laboratório. Foi avaliada a resposta olfativa de C. externa aos voláteis de roseira
e plantas atrativas (cravo, manjericão e calêndula), na presença ou ausência do
pulgão. Em olfatômetro “Y” foram oferecidas fontes de odores para fêmeas de C.
externa acasaladas, com 17 tratamentos e 50 repetições. As fêmeas de C. externa
tiveram preferência pelo ar limpo, comparado a roseira não infestada. Roseiras
infestadas por pulgões não influenciaram na escolha de C. externa. O manjericão foi
a planta que apresentou maior atratividade para C. externa (χ²= 9,2564; df= 1; P<
0,05), com 74,3% de atratividade. Os voláteis liberados pelo manjericão são
atrativos a C. externa, indicando que o uso do manjericão como um componente de
diversificação pode ser benéfico para a atração e manutenção de populações desse
predador, favorecendo o controle biológico.

Palavras-Chave: Comportamento olfativo; Controle biológico; Interação tritrófica

Apoio Institucional: Biomip Agentes Biológicos

432
Compatibilidade de Pseudoplusia includens Single
Nucleopolyhedrovirus (PsinSNPV) com fungicidas e herbicidas
Fernanda C. Colombo; Junio T. Amaro; Rodrigo M. A. Maciel; Adeney de F.
Bueno; Pedro M. O. J. Neves
Universidade Estadual de Londrina; Universidade Federal do Paraná, Embrapa Soja

O controle de insetos-praga pode ser realizado por vírus entomopatogênicos, porém


é comum a ocorrência de pragas no mesmo momento em que plantas daninhas e/ou
doenças também precisam ser controladas. Por isso, há a necessidade de avaliar a
compatibilidade de produtos fitossanitários com vírus. Assim, o objetivo do trabalho
foi avaliar a compatibilidade de fungicidas e herbicidas em mistura com
Pseudoplusia includens Single Nucleopolyhedrovirus, através da ingestão de dieta
incorporada com os tratamentos, por Chrysodeixis includens Walker, 1858
(Lepidoptera: Noctuidae). Foram realizados dois bioensaios: com e sem a mistura do
vírus aos produtos. Os tratamentos foram os herbicidas Basagran 600®
(Bentazona), Clorimuron Master Nortox® (Clorimuron etílico), Flumyzin 500®
(Flumioxazina), Poquer® (Cletodim), Select 240 EC® (Cletodim), Soyvance Pre®
(Imazapique + imazapir), Soyvance® (Imazapique + imazapir), Trop® (Glifosato sal
de isopropilamina) os fungicidas Elatus® (Azoxistrobina + benzovindiflupyr), Opera
Ultra® (Piraclostrobina + metaconazol), Priori Xtra® (Azoxistrobina + ciproconazol),
Sphere Max® (Trifloxistrobina + ciproconazol) e PsinSNPV (dose comercial). Para
tanto, caldas dos produtos comerciais com e sem vírus foram preparadas, postas
sobre a dieta e oferecidas a lagartas de 3º ínstar de C. includens; como testemunhas
ofereceu-se dieta pura e com vírus. Os recipientes contendo as lagartas e as dietas
foram alocados em estufas tipo BOD e a mortalidade foi avaliada diariamente. Cada
tratamento constou de quatro repetições de 20 lagartas. Verificou-se que, quando o
baculovírus foi misturado com os produtos, não ocorreu diferença entre os
tratamentos e entre estes e a testemunha com vírus, sendo essa mistura
considerada compatível. Essa possibilidade de mistura entre PsinSNPV e os
produtos fitossanitários testados garante maior praticidade na aplicação e uma
redução de custo da operação agrícola dando flexibilidade no controle fitossanitário
da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; Chrysodeixis includens; Interação

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

433
Resistência extrínseca de cultivares de cana-de-açúcar no
desenvolvimento de Cotesia flavipes em Diatraea saccharalis
Francisco A. de S. Pereira; Joseane R. de Souza; Arlindo L. B. Júnior;
Dilermando Perecin; Marília L. Peixoto
¹Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias, CEP 65055-970, São Luís, MA,
Brasil

A presença de estímulos fornecidos ou elaborados pelas plantas podem interferir no


comportamento dos insetos, como atuar também sobre os inimigos naturais. Nesse
sentido, o objetivo da pesquisa foi avaliar a resistência extrínseca de cultivares de
cana-de-açúcar no desenvolvimento de Cotesia flavipes (Cameron, 1891)
(Hymenoptera: Braconidae) em lagartas de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794)
(Lepidoptera: Crambidae). Para isso, foram observados os aspectos biológicos de C.
flavipes em lagartas de D. saccharalis alimentadas em dieta artificial (alimentação e
realimentação) elaboradas a partir de colmo seco triturado de cada cultivar, com
exceção de uma dieta padrão (testemunha). As cultivares utilizadas foram: SP80-
1842 e SP81-3250 (resistentes) e RB855536 (suscetível) à D. saccharalis. Lagartas
de D. saccharalis recém-eclodidas foram inoculadas em tubos de vidro de 8,5 cm de
altura x 2,5 cm de diâmetro, contendo dieta artificial de alimentação e quando
atingiram 19 dias de idade após a inoculação foram oferecidas a fêmeas de C.
flavipes para o parasitismo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente
casualizado com quatro tratamentos (testemunha e três cultivares) em 30 repetições
por tratamento. As características biológicas avaliadas foram: período da inoculação
(dias), período pupal (dias), peso da massa cotonosa (mg), número de parasitoides
emergidos, razão sexual e longevidade de fêmeas e de machos (dias). Observou-se
que o colmo seco triturado das cultivares incorporados nas dietas influenciaram na
condição alimentar das lagartas de D. saccharalis e consequentemente, no
desenvolvimento do parasitoide, no que se refere ao peso da massa cotonosa, razão
sexual e a longevidade de fêmeas e machos de C. flavipes. Conclui-se que as
cultivares de cana-de-açúcar não apresentaram resistência extrínseca a C. flavipes.
pois causaram efeito adverso no seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Saccharum spp; broca-da-cana; interação tritrófica

Apoio Institucional: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior (CAPES), Usina São Martinho e COPERCANA

434
Óleo de laranja 6% e lambda-cialotrina causam efeitos subletais na
capacidade reprodutiva de Nesidiocoris tenuis (Hemiptera:
Miridae)?
Geraldo A. Carvalho1; Marianne A. Soares1,2; Mateus Ribeiro Campos2; Luis
Clepf Passos1; Marcelo Mendes Haro3; Anne-Violette Lavoir2; Antonio Biondi4
1
(gacarval@ufla.br) Laboratório de Ecotoxicologia e MIP, Departamento de Entomologia,
Universidade Federal de Lavras, CEP 37200-000 - Lavras MG, Brasil. 2INRA (French National
Institute for Agricultural Research), Université Côte d’Azur, CNRS, UMR 1355-7254, Institut Sophia
Agrobiotech, 06903 Sophia Antipolis, França. 3Laboratório de Entomologia, Estação Experimental de
Itajaí, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), CEP 88034-
901 - Santa Catarina RS, Brasil. 4University of Catania, Department of Agriculture Food and
Environment, Via Santa Sofia 100, 95123 Catania, Italia

Nesidiocoris tenuis (Reuter, 1895) (Hemiptera: Miridae) é um predador generalista e


atua como agente de controle biológico de artrópodes-praga na cultura do tomateiro.
Apesar da alta capacidade em reduzir populações de pragas, este inimigo natural
pode ter seu potencial afetado negativamente pelo uso de inseticidas não seletivos.
O objetivo desse estudo foi avaliar os possíveis efeitos subletais dos inseticidas à
base de óleo de laranha 6% e lambda-cialotrina na reprodução e crescimento
demográfico de N. tenuis. Folhas de tomateiro (Solanum lycopersicum cv.
Marmande) foram submetidas aos tratamentos à base óleo de laranja na máxima
concentração recomendada para a cultura do tomateiro (0,23 g i.a./L), meia
concentração (0,12 g i.a./L) e 10% da concentração (0,02 g i.a./L), e de lambda-
cialotrina (0,02 g i.a./ L). As folhas foram mantidas em um sistema composto por
dois recipientes plásticos, onde o primeiro (700 mL) que continha a folha de
tomateiro foi acoplado em um segundo (350 mL) com água, evitando assim a
desidratação das folhas. Em seguida, foram adicionados dois casais de N. tenuis por
repetição e ovos de Ephestia kuehniella (Zeller, 18979) (Lepidoptera: Pyralidae) ad
libitum em cada unidade experimental. O bioensaio foi conduzido com 20 repetições
por tratamento. Vinte dias após a implementação do bioensaio contabilizou-se a
progênie de N. tenuis. O número de ninfas de N. tenuis encontrado em folhas de
tomateiro tratadas com óleo de laranja e lambda-cialotrina foi significativamente
menor que o número de ninfas no tratamento controle (somente água destilada).
Embora as três concentrações de Prev-Am tenham diminuído a progênie de N.
tenuis, a análise dos parâmetros demográficos mostrou que os predadores
apresentaram uma curva populacional crescente. Entretanto, o mesmo não foi
observado para insetos submetidos a lambda-cialotrina. Conclui-se que óleo de
laranja e lambda-cialotrina são nocivos ao predador N. tenuis, necessitando de
estudos em condições de campo para comprovação da toxicidade.

Palavras-Chave: Bioinseticida; Predado; Ecotoxicologia


Apoio Institucional: FAPEMIG, CNPq, INRA, CAPES

435
Evaluation of predation preference of Podisus nigrispinus to
SfMNPV-Infected vs. Healthy Spodoptera frugiperda larvae
Giulliano S. Camargos; Danielle A. Ferreira; Carla M. S. Oliveira; Karina C.
Albernaz-Godinho; Cecília Czepak; Janayne Rezende; Paula G. Marçon; Holly
J. R. Popham
Universidade Federal de Goiás

Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), is a polyphagous pest of economic


importance worldwide. Biocontrol agents are of great importance in optimizing pest
management programs. Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae) is an
important generalist predator. Baculoviruses and predators can help regulate field
populations of S. frugiperda and thus it is useful to understand their interactions. This
study had two main objectives: 1) Evaluate if there is predation preference on healthy
vs. SfMNPV-infected larvae; and 2) Evaluate predator potential for horizontal
transmission of SfMNPV. 1) Second instar FAW larvae were infected with SfMNPV
by exposing them to artificial diet surface-treated with Cartugen®, SfMNPV-based
insecticide from AgBiTech. Seventy-two hours post-ingestion of the treated diet,
different combinations of larvae were introduced to Petri dishes containing a single
adult predator starved for 24 h. The combinations were a) two healthy larvae per
Petri dish; b) two infected larvae per petri dish; c) one healthy larva and one infected
larvae per Petri dish. Data were analyzed using the Chi-Square Test resulting in a p-
value of 0.639, indicative that this predator does not have a significant preference for
either healthy or infected larvae. In field situations, it is predicted that slower
SfMNPV-infected larvae will be an easier prey. 2) Adults of P. nigrispinus were fed
for three consecutive dates on infected larvae vs. non-infected larvae. On the fourth
day, predator feces from both treatments were collected and offered to healthy
larvae. Three days post-ingestion of SfMNPV-contaminated feces, typical SfMNPV
symptoms were observed and 100% mortality was achieved vs. no mortality in the
larvae fed non-viral feces. This result confirms SfMNPV occlusion bodies remain
active after going through the gastrointestinal tract of P. nigrispinus, highlighting the
potential of this predator as a vector for dissemination of SfMNPV in field cropping
systems.

Palavras-Chave: Predator; Nucleopolyhedrovirus; Fall armyworn

Apoio Institucional: AgBiTech

436
Um novo hospedeiro de Diaphorina citri e a sua contribuição para o
controle biológico com Tamarixia radiata em citros
Gustavo Rodrigues Alves; Alexandre José Ferreira Diniz; José Roberto Postali
Parra
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Departamento de Entomologia e Acarologia,
USP/ESALQ

Desde que o huanglongbing (HLB) foi registrado no Brasil em 2004 mais de 48


milhões de plantas citricas foram erradicadas no país. Após a sua detecção, várias
estratégias de controle foram aplicadas, incluindo o uso de mudas saudáveis, a
eliminação de plantas sintomáticas e o controle químico do inseto vetor, o psilídeo,
Diaphorina citri. Devido ao uso intensivo de inseticidas, o uso do Controle Biológico
com seu principal inimigo natural, o parasitoide, Tamarixia radiata apresenta
restrições em áreas comerciais. Sabe-se que áreas fora do pomar são consideradas
tanto fontes de inóculo da doença como locais para o desenvolvimento de psilídeos,
que podem migrar para pomares comerciais. Essas áreas externas incluem
pomares abandonados (sem manejo), pomares de cultvivo orgânico, áreas urbanas
com murta (Murraya paniculata), principal hospedeiro de D. citri e quintais
residenciais contendo plantas hospedeiras. Dada a importância do manejo de D.citri
nessas fontes externas, o uso do parasitoide T. radiata para o seu controle vem
sendo realizado nessas áreas a fim de diminuir a população do vetor que possa
migrar para os pomares. Além destes locais, recentemente foi questionada a
possível contribuição de áreas que contenham rutáceas nativas na epidemiologia da
doença. Dessa maneira, a prospecção de rutáceas nativas, possíveis hospedeiras
de D. citri, foi realizada e os resultados indicaram que dentre oito espécies testadas,
Helietta apiculata foi tida como um novo hospedeiro do psilídeo. O próximo passo é
estudar a bioecologia de T. radiata em ninfas de D. citri criadas em H. apiculata e a
identificação de áreas que contenham essa espécie vegetal para que sejam também
incluídas como locais de manejo com liberações de T. radiata. O comportamento de
T. radiata junto a esse novo hospedeiro é fundamental, uma vez que ele ocorre em
áreas nativas, normalmente protegidas, nas quais o uso de outras estratégias é
proibido, como o uso de inseticidas ou eliminação de plantas.

Palavras-Chave: rutáceas; psilídeo-asiático-dos-citros; interação inseto-planta

Apoio Institucional: Fapesp proc.n 2016/24998-9

437
Ação de diferentes inseticidas sobre predadores de insetos-praga
na cultura da soja
Crébio Jose Ávila; Izabela Carla Vessoni; Ivana Fernandes Silva
Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), Dourados, MS

Com base na filosofia do Manejo Integrado de Pragas (MIP) a utilização de


inseticidas químicos para o controle de insetos-praga é necessário, sem que esses,
ocasionem efeitos adversos aos inimigos naturais presentes na cultura. Portanto,
avaliou-se o efeito de diferentes inseticidas químicos aplicados em pulverização
sobre a cultura da soja sobre as populações de predadores. Para isso, a população
de predadores foi contabilizada em pré-contagem e aos 1, 3 e 6 dia após a aplicação
dos produtos. O experimento foi conduzido em DBC com 8 tratamentos (g i.a./ha) e
4 repetições: alfa-cipermetrina+teflubenzurom (7,5+7,5); alfa-
cipermetrina+teflubenzurom (9,0+9,0); alfa-cipermetrina+teflubenzurom
(11,25+11,25); teflubenzurom (7,5); teflubenzurom (12,0); teflubenzurom (18,0); alfa-
cipermetrina (12,0) e testemunha. A redução populacional em cada tratamento foram
enquadradas na escala de notas de seletividade: 1 (seletivo) mortalidade de
predadores ≤ 20%; 2 (moderadamente seletivo) mortalidade entre 20% a 40%; 3
(pouco seletivo) mortalidade entre 40 a 60%; 4 (não seletivo) mortalidade ≥ 60%.
Não foram verificados efeitos significativos dos tratamento para as três avaliações
realizadas após a aplicação dos tratamentos, embora constatados percentuais de
redução variando de 11,8 a 35,3%; 0,0 a 53,8% e 10,0 a 40,0%, respectivamente,
para 1, 3 e 6 dias após a pulverização. Verificou-se que os tratamentos, em todas as
doses, com os inseticidas alfa-cipermetrina + teflubenzurom foram classificados
como seletivos (1) ou moderadamente seletivos (2). Já os três tratamentos com
teflubenzurom, em suas doses isoladas, foram enquadrados como moderadamente
seletivos (2). Enquanto que única dose testada de alfa-cipermetrina (12,0 g i.a./ha)
foi enquadrada como pouca seletividade (3), não sendo recomendado para o
controle de lagartas na soja, com base no critério de seletividade.

Palavras-Chave: MIP; seletividade; preservação de inimigos naturais

Apoio Institucional: Embrapa Agropecuária Oeste, CNPq/Pibic

438
Compatibilidade do baculovírus SfMNPV com herbicidas e
adjuvante no controle de Spodoptera frugiperda
Pamela G. G. Luski1; Jaciara Gonçalves2; Ana Paula de Queiroz2; Marcela L. M.
Grande1; Bruna M. Favetti3; Naiara Diniz4; Adeney de F. Bueno5; Pedro M.O.J.
Neves1
1
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, UEL,
Departamento de Agronomia, Londrina PR, Brasil. *pamela.luski@hotmail.com 2Programa de Pós-
Graduação em Entomologia, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Departamento de Zoologia,
Curitiba, PR, Brasil. 3Instituto Agronômico do Paraná, IAPAR, Londrina, PR, Brasil. 4 UniFiL - Centro
Universitário Filadélfia, Londrina, Paraná, Brasil. 4Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
EMBRAPA Soja, Londrina, PR, Brasil

Neste trabalho o objetivo foi avaliar a compatibilidade de SfMNPV com herbicidas e


adjuvante no controle de S. frugiperda. Em laboratório e campo, testou-se a
aplicação de SfMNPV isolado, SfMNPV associado com atrazina e/ou tembotriona,
SfMNPV associado com éster metílico de óleo de soja (adjuvante), e SfMNPV
associado com a mistura dos herbicidas mais adjuvante, além dos herbicidas e
adjuvante isoladamente. Clorantraniliprole foi utilizado como inseticida padrão.
Realizou-se três ensaios em laboratório, sendo que no primeiro, avaliou-se a
mortalidade de lagartas alimentadas com dieta contaminada com os tratamentos. No
segundo, avaliou-se a mortalidade e o consumo foliar de lagartas após a ingestão de
folhas de milho pulverizadas com os tratamentos logo após o preparo das caldas. Ao
passo que no terceiro experimento, avaliou-se também a mortalidade após o
consumo de folhas pulverizadas com tratamentos, no entanto, as caldas foram
preparadas 4 horas antes da aplicação. No experimento de campo, os tratamentos
foram pulverizados sobre as plantas, avaliando-se iormente a desfolha e a
mortalidade das lagartas alimentadas com suas folhas. Observou-se que a
associação de SfMNPV com os herbicidas e adjuvante não reduziu a eficiência de
SfMNPV, através da constatação da mortalidade de lagartas (bioensaio 1) e
mortalidade mais consumo foliar (bioensaio 2). A mortalidade das lagartas com
aplicação de SfMNPV isoladamente não diferiu dos tratamentos combinados com os
herbicidas e o adjuvante, mesmo quando a calda foi preparada 4 horas antes da
aplicação (bioensaio 3). Nesse caso, a interação foi aditiva para a maioria das
combinações, apenas os tratamentos SfMNPV + tembotriona + éster metílico de
óleo de soja e SfMNPV + atrazina + tembotriona + éster metílico de óleo de soja a
interação foi antagônica. No campo, as plantas pulverizadas com clorantraniliprole
sofreram menor desfolha que a maioria dos demais tratamentos. Em geral, os
herbicidas e o adjuvante avaliados não interferiram na eficiência do SfMNPV. A
interação foi aditiva para a maioria dos tratamentos, e antagônica apenas para
SfMNPV + atrazina + tembotriona + éster metílico de óleo de soja. Os resultados
indicam que o vírus é compatível com mistura com os herbicidas e adjuvante
avaliado.

439
Palavras-Chave: lagarta-do-cartucho do milho; mistura em tanque; baculovírus

Apoio Institucional: Embrapa Soja, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal


de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) e Universidade Estadual de Londrina (UEL)

440
Seletividade de piriproxifem sobre predação e parasitismo de ovos
de Euschistus heros em soja Bt próximo à área de refúgio
Janaina F. Matsumoto; Bruna R. N. de Almeida; Jamile M. Ceretta; Matheus E.
Pastori; Paulo S. G. Cremonez; Samuel Roggia; Daniela O. Pinheiro; Pedro
M.O.J. Neves
Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR. E-mail: janaina.matsumoto@gmail.com, *
pedroneves@uel.br. Universidade Norte do Paraná, Londrina-PR, Universidade Federal do Paraná
– Setor Palotina. Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Toledo - PR. Embrapa Soja, Londrina-
PR, Brasil

O inseticida piriproxifem (PI) é utilizado em soja para o controle de Bemisia tabaci


(Gennadius,1889) (Hemiptera: Aleyrodidae). Sua pulverização é realizada
habitualmente no período em que também ocorrem percevejos na cultura. Assim, foi
conduzido um trabalho com objetivo de estudar o impacto do PI sobre a atividade de
predação e parasitismo de ovos do percevejo Euschistus heros (Fabricius, 1798)
(Hemiptera: Pentatomidae). O experimento foi realizado na safra 2018/19 em
Londrina-PR, Brasil, entre área de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) e
mata reflorestada. Os tratamentos utilizados foram de PI nas doses de 25, 37,5 e 50
g i. a. ha-1, tiametoxam + lambda-cialotrina (NP) na dose 28.2 + 21.2 g i. a. ha-1, e
testemunha sem pulverização. Foi adotado o delineamento de blocos ao acaso com
quatro repetições, em parcelas de 20 x 18 m semeadas com a cultivar de soja Bt
M6410 IPRO. Posturas de E. heros de ocorrência natural, com até dois dias, foram
quantificadas e demarcadas no terço médio e superior do dossel das plantas de soja
(estádio R5.5), em cinco pontos distribuídos na parte central de cada parcela. Em
seguida, os tratamentos foram aplicados com pulverizador costal motorizado. Após
96h, os ovos foram coletados e a eclosão das ninfas e/ou parasitoides foi avaliada.
Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo
teste de Tukey (p ≤ 0,05). Com a menor e maior dose de PI, foi observada predação
de ovos de 26,4% e 35% respectivamente, contra 6,6% com NP. O parasitismo na
testemunha sem inseticida foi de 7,3%. Os tratamentos contendo PI e NP não
afetaram parasitismo [F(4, 12) = 3.190, p = 0.053] ou eclosão de parasitoides [F(4,
12) = 0.945, p = 0.471] em relação ao controle. O percentual de parasitismo foi maior
nos blocos mais próximos às áreas de mata em relação ao mais distante [F(3, 12), p
= 0.024]. Isso indica que tais áreas favorecem a manutenção de organismos de
controle biológico. Sendo assim, é possível concluir que nas condições avaliadas, PI
foi seletivo sobre a atividade predatória e parasitismo de ovos de E. heros em soja
Bt.
Palavras-Chave: Controle biológico

Apoio Institucional: CNPq e Embrapa Soja

441
Compatibilidade in vitro de inseticidas para o controle de pragas de
solo de cana de açúcar com Beauveria bassiana
Giovani Smaniotto; Natalia D. Danzi; Joacir do Nascimento; Arthur Oliveira;
Isabella C. S. do Egito; Matheus H. T. G. Borges; Bianca M. Orini.; Matheus R.
Faria; Ricardo A. Polanczyk
Departamento de Entomologia, Universidade Estadual Paulista - "Júlio de Mesquita Filho", 14884-
900, Jaboticabal-SP, Brasil

A mistura de produtos químicos e biológicos no tanque de pulverização é cada vez


mais frequente na literatura e sua compatibilidade precisa ser avaliada para otimizar
a sua eficiência em campo. Este trabalho foi realizado com o intuito de verificar a
compatibilidade de inseticidas recomendados para o controle de pragas na cultura
de solo da cana de açúcar e o fungo entomopatogênico Beauveria bassiana IBCB
170, considerado muito promissor para o controle dessa praga. Nos testes de
compatibilidade in vitro 11 inseticidas (Actara®, Altacor®, Capture®, Engeo Pleno®,
Evidence 700®, Diamante®, Imidacloprid Nortox®, Marshal Star®, Regente 800®,
Talisman®, Singular®) foram testados em três doses (mínima, media e máxima)
com a mistura desses ao meio de cultura ainda liquido e sua transferência para
Placa de Petri onde uma alíquota de 5 µL do fungo foi inoculada no centro da placa
com uma micropipeta e espalhada na superfície com auxílio de uma alça de
Drigalski. Em cada tratamento foram utilizadas 10 Placas de Petri (repetições). O
material foi acondicionado em BOD e sete dias depois foram avaliados os
parâmetros crescimento vegetativo, esporulação e viabilidade de conídios. Para
determinar a compatibilidade entre os inseticidas e B. bassiana foi utilizada a fórmula
descrita por Rossi-Zalaf et al. (2008). O inseticida Evidence® 700 inibiu o
desenvolvimento do fungo nos parâmetros avaliados. O crescimento vegetativo e
esporulação variaram entre as doses testadas de cada produto. A germinação de
conídios foi inversamente proporcional com a dose de cada produto. Pela fórmula de
compatibilidade, somente os inseticidas Singular® e Diamante® foram compatíveis
com o isolado de B. bassiana na dose recomendada, enquanto que o primeiro foi
compatível no dobro da dose recomendada, o que representa apenas 9% dos
tratamentos. Na mistura de B. bassiana com inseticidas visando ao controle de
pragas de solo da cana de açúcar, a compatibilidade é um importante aspecto a ser
considerado.

Palavras-Chave: fungo entomopatogênico; Controle Microbiano; MIP;

Apoio Institucional: CAPES

442
Suscetibilidade do predador Chrysoperla externa (Hagen)
(Neuroptera: Chrysopidae) a inseticidas em duas vias de exposição
Luziani Rezende Bestete; Ellen Ketlen da Silva Ferreira; Jorge Braz Torres
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola, Universidade Federal Rural de Pernambuco,
Recife, PE, Brazil. E-mail: jorge.torres@ufrpe.br

Populações de Chrysoperla externa, tanto provenientes de campo, como


selecionadas ou não para a resistência, tem demonstrado tolerância a vários
princípios ativos de inseticidas. Essa característica pode resultar na permanência do
predador nos cultivos após aplicações de inseticidas e favorecer o manejo de pragas
de difícil controle. Neste trabalho avaliamos o impacto dos inseticidas lambda-
cialotrina, espinetoram e clorantraniliprole sobre C. externa mediante exposição
residual em superfície inerte e aplicação tópica com as concentrações de 1X e 0,5X
a dosagem de campo. Para o tratamento residual, placas de Petri de vidro foram
pulverizadas com 0,5 mL de cada concentração e 2 larvas de 5 dias liberadas por
placa. Via aplicação tópica, larvas receberam, no dorso, a aplicação de 0,5 µl da
cada utilizando seringa de Hamilton. Os experimentos foram realizados em triplicata
e a mortalidade avaliada 24h pós-tratamento, sendo os indivíduos sobreviventes
transferidos para recipientes limpos. Foram calculadas curvas de sobrevivência para
cada via de exposição e verificado os efeitos sobre a duração e viabilidade das fases
de larva e pupa. O tratamento com inseticidas interferiu na sobrevivência larval para
ambas vias de exposição. Lambda-cialotrina e clorantraniliprole permitiram alta
porcentagem de sobrevivência e, independente da via de exposição e concentração,
não diferiram do tratamento testemunha. Todavia, o espinetoram acarretou alta
mortalidade, notavelmente mais acentuada via aplicação tópica de 1X a dosagem de
campo. Não houve diferenças na duração do período pupal independente do
inseticida, via de exposição e dosagem utilizada. Porém, a duração da fase larval foi
influenciada por resíduos de lambda-cialotrina na dosagem 1X. Podemos concluir
que a lambda-cialotrina e clorantraniliprole demonstram ser seletivos e não afetam o
desenvolvimento da população em estudo de C. externa. De forma oposta, podemos
atribuir uma baixa seletividade ao Espinetoram, especialmente por via aplicação
tópica.

Palavras-Chave: Bicho-lixeiro; Diamida; Espinosina

Apoio Institucional: CNPq, FACEPE

443
Eficiência da ação de agentes de biológicos no controle do
nematoide das galhas radiculares (Meloidogyne incognita) na
cultura da bananeira
Cláudio M. G. Oliveira; Juliana M. O. Rosa; Juliana Eulalio; José E. M. Almeida
Instituto Biológico

A bananeira é uma das culturas mais prejudicadas pelos nematoides fitoparasitos,


incluindo as espécies de nematoides das galhas (Meloidogyne spp.). Dessa forma,
objetivou-se estudar a eficiência da ação de produtos biológicos no controle de
Meloidogyne incognita na cultura da bananeira. O experimento foi inteiramente ao
acaso, com 6 tratamentos e 4 repetições. Parcela constituída de uma planta por
vaso de 5,0 litros contendo substrato autoclavado. Após o transplante da muda de
bananeira Prata Anã, cada planta foi inoculada com 2000 ovos de M. incognita. Os
tratamentos foram aplicados ao redor de cada muda, contendo os fungos Beauveria
bassianae e Metarhizium anisopliae, na dose de 4,8 kg/ha, provenientes da coleção
mantida no laboratório de Controle Biológico/CAPSA, IB, e o produto comercial
Rizotec (Pochonia chlamydosporia, cepa Pc 10, 4,0 kg/ha). Para comparação,
utilizou-se o Carboruran 100G (4 g/cova) como padrão de controle químico e
testemunha (sem tratamento). Aos 150 dias após inoculação, os tratamentos com M.
anisopliae e Rizotec mostraram-se potencialmente promissores, uma vez que para
Rizotec a eficiência do produto na redução da população de M. incognita foi de 49%,
com fator de reprodução (FR)=6,2; enquanto que M. anisopliae proporcionou
redução populacional de 66% e FR=4,2. Nas parcelas com B. bassiana, o FR foi
elevado (21,2), superior ao da testemunha com FR=12,1. Ainda, verificou-se que
houve diferença entre os tratamentos com os três agentes de controle biológico em
relação à testemunha com nematoide para altura das plantas. Para peso fresco das
raízes e peso fresco da parte aérea, somente M. anisopliae e Rizotec apresentaram
diferenças, indicativo que têm ação estimulante (efeito fitotônico), favorecendo o
desenvolvimento das raízes e parte aérea das plantas de banana, além do efeito na
redução populacional dos nematoides.

Palavras-Chave: Fitonematoides; Controle biológico; Fungos

Apoio Institucional: FESPESP - PDIP

444
Influência do fruto hospedeiro de Anastrepha fraterculus no
comportamento de busca de parasitoides
Josué Sant'Ana; Patricia D. S. Pires; Geluse M. Caldasso; Luiza R. Redaelli
Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O sucesso do controle biológico aumentativo depende de diferentes fatores, dentre


eles a eficiência de busca do parasitoide. A localização compreende uma série de
estímulos associados ao hospedeiro e ao seu habitat. Anastrepha fraterculus é uma
das principais pragas da fruticultura brasileira, sendo Diachasmimorpha
longicaudata, braconídeo de origem asiática e Aganaspis pelleranoi, figitídeo
neotropical, dois agentes de controle biológico desta espécie. O objetivo desse
trabalho foi avaliar a quimiotaxia de fêmeas de D. longicaudata e de A. pelleranoi
oriundas de larvas de A. fraterculus mantidas em dieta artificial, em goiaba vermelha
(Psidium guajava L.), var. Paluma ou em maçã (Malus domestica Borkh), var. Red
delicius. Larvas de terceiro ínstar criadas nestes três substratos foram expostas a
cada um dos parasitoides e, iormente, acondicionadas em potes plásticos com areia
até a emergência. Fêmeas de ambas as espécies, com quatro a seis dias de idade,
oriundas de larvas mantidas em dieta artificial ou em um dos frutos descritos, foram
submetidas a teste de escolha em olfatômetro Y. Foram avaliados os seguintes
contrastes: goiaba infestada x maçã infestada e goiaba sadia x maçã sadia. Fêmeas
de D. longicaudata provenientes de dieta artificial (controle) não apresentaram
preferência entre os frutos. No entanto, A. pelleranoi preferiu goiaba, quando
comparada com maçã. Fêmeas de D. longicaudata oriundas de larvas mantidas em
maçã e em goiaba foram atraídas para o fruto de origem. O mesmo não ocorreu com
fêmeas de A. pelleranoi mantidas em maçã. Foi constatado que o comportamento de
busca de fêmeas de D. longicaudata pode ser modificado (aprendizagem) em função
do substrato em que o hospedeiro se desenvolveu, sendo que o mesmo não foi
constatado para A. pelleranoi. O conhecimento dos aspectos que interferem nas
interações entre os parasitoides, A. fraterculus e frutos hospedeiros pode
potencializar o uso destes agentes em programas de controle biológico.

Palavras-Chave: controle biológico; olfatometria; aprendizagem

Apoio Institucional: CNPq e CAPES

445
Atratividade química dos óleos voláteis de Tagetes erecta ao
predador Adalia bipunctata (Coleoptera: Coccinellidae)
Marcelo M. Haro; Juliana O. Nicolao; Luís C. P. Silveira; Andrew Wilby
1 Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) - Estação
Experimental de Itajaí, CEP 88318-112, Itajaí, SC, Brasil, Email: marceloharo@epagri.sc.gov.br
2Instituto Federal Catarinense - Campus Concórdia - Rodovia SC 283, s/n, SC, 89703-720
3Universidade Federal de Lavras (UFLA) Caixa Postal 3037, CEP 37200-00, Lavras – MG. 4
Lancaster University, Lancaster Environment Centre Lancaster, Lancaster University, LA1 4YQ,
United Kingdom

Compostos voláteis liberados pelas rotas secundárias das plantas são uma
importante ferramenta no recrutamento, direcionamento e atração de inimigos
naturais em agroecossistemas, fato que contribui efetivamente na supressão de
insetos pragas nestes ambientes. O objetivo deste trabalho foi investigar a
atratividade dos óleos voláteis de Tagetes erecta L. (Asteraceae) provenientes de
diferentes órgãos coletados em diferentes estágios de desenvolvimento ao predador
Adalia bipunctata (Linnaeus, 1758) (Coleoptera: Coccinellidae). Foram utilizadas
folhas e flores coletadas 60, 90 e 120 dias após germinação totalizando seis
tratamentos. A extração dos óleos voláteis foi realizada por arraste a vapor em
aparelho de Clevenger modificado. A análise da composição química dos óleos
voláteis foi realizada mediante cromatografia em fase gasosa (CG-FID) e
cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). Para
o bioensaio foi utilizado um olfatômetro em “Y” contendo como estímulo óleos
voláteis de T. erecta extraídos de folhas e flores coletadas em diferentes épocas. A
frequência relativa das respostas binomiais foi analisada por meio do teste Qui-
quadrado. O predador A. bipunctata respondeu positivamente aos óleos voláteis das
flores de T. erecta advindos das três diferentes épocas de desenvolvimento e aos
óleos das folhas de 120 dias. A maior porcentagem de escolha foi obtida no
tratamento com flores de 90 dias, seguida por flores de 120, 60 e folhas de 120,
respectivamente. Houve diferenças quantitativas e qualitativas na composição dos
óleos de flores e folhas, o que provavelmente influenciou no resultado do bioensaio.
Sendo assim, as flores de T. erecta e folhas com 120 dias foram atrativas ao
predador A. bipunctata, podendo ser utilizada para alterar manipular sua distribuição
e abundância na paisagem agrícola.

Palavras-Chave: controle biológico conservativo; olfatômetro; CG-EM

Apoio Institucional: FAPESC, CNPq, CAPES

446
Trichogramma pretiosum (Trichogrammatidae) pode aprender a
reconhecer ovos de Grapholita molesta (Tortricidae)?
Luiza R. Redaelli; Paloma G. Della Giustina; Josué Sant’Ana
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, UFRGS

Trichogramma pretiosum (Riley) (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é um


parasitoide de ovos de lepidópteros utilizado no controle biológico e que se orienta,
principlamente, por pistas químicas, o que auxilia a busca por hospedeiros. Os
percentuais de parasitismo em ovos de Grapholita molesta (Busck) (Lepidoptera:
Tortricidae), importante praga de rosáceas, são baixos e a relação desse micro-
himenoptero com os cairomônios oriundos dos ovos deste hospedeiro ainda não foi
estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do aprendizado na
quimiotaxia e no parasitismo de fêmeas de diferentes idades de T. pretiosum a ovos
de G. molesta. Os parasitoides foram multiplicados e mantidos em ovos de Ephestia
kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae). As fêmeas experientes ficaram expostas
a ovos de G. molesta (com até 24 h de idade) por cinco horas. A resposta
quimiotáxica de fêmeas de T. pretiosum, com e sem experiência em ovos de G.
molesta, nas idades 24, 48, 72 e 96 horas, foi observada em olfatômetro,
contrastando-se cartelas (PET) contendo ovos lavados vs. cartelas com ovos não
lavados de G. molesta (até 24 h de idade). A preferência de parasitismo de T.
pretiosum foi registrada nas mesmas idades expondo as fêmeas, experientes ou
não, individualmente a duas cartelas com 50 ovos lavados vs. 50 não lavados de G.
molesta (até 24 h de idade), por um período de três horas. A lavagem dos ovos
consistia em uma imersão das cartelas em solvente hexano (99%). O percentual de
fêmeas inexperientes que se direcionou para ovos lavados ou não, foi similar em
todas as idades porém, após um período de experiência, todas escolheram os ovos
não lavados. Quando inexperientes em ovos, o parasitismo só não diferiu nas de 24
h de idade, as demais preferiram parasitar os ovos lavados. Após a experiência
todas passaram a selecionar os não lavados. O estudo demonstrou que o
aprendizado intensifica o comportamento de busca e o parasitismo de T. pretiosum a
ovos de G. molesta. Trichogramma pretiosum (Riley) (Hymenoptera:
Trichogrammatidae) é um parasitoide de ovos de lepidópteros utilizado no controle
biológico e que se orienta, principlamente, por pistas químicas, o que auxilia a busca
por hospedeiros. Os percentuais de parasitismo em ovos de Grapholita molesta
(Busck) (Lepidoptera: Tortricidae), importante praga de rosáceas, são baixos e a
relação desse micro-himenoptero com os cairomônios oriundos dos ovos deste
hospedeiro ainda não foi estudada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência
do aprendizado na quimiotaxia e no parasitismo de fêmeas de diferentes idades de
T. pretiosum a ovos de G. molesta. Os parasitoides foram multiplicados e mantidos
em ovos de Ephestia kuehniella (Zeller) (Lepidoptera: Pyralidae). As fêmeas
experientes ficaram expostas a ovos de G. molesta (com até 24 h de idade) por

447
cinco horas. A resposta quimiotáxica de fêmeas de T. pretiosum, com e sem
experiência em ovos de G. molesta, nas idades 24, 48, 72 e 96 horas, foi observada
em olfatômetro, contrastando-se cartelas (PET) contendo ovos lavados vs. cartelas
com ovos não lavados de G. molesta (até 24 h de idade). A preferência de
parasitismo de T. pretiosum foi registrada nas mesmas idades expondo as fêmeas,
experientes ou não, individualmente a duas cartelas com 50 ovos lavados vs. 50 não
lavados de G. molesta (até 24 h de idade), por um período de três horas. A lavagem
dos ovos consistia em uma imersão das cartelas em solvente hexano (99%). O
percentual de fêmeas inexperientes que se direcionou para ovos lavados ou não, foi
similar em todas as idades porém, após um período de experiência, todas
escolheram os ovos não lavados. Quando inexperientes em ovos, o parasitismo só
não diferiu nas de 24 h de idade, as demais preferiram parasitar os ovos lavados.
Após a experiência todas passaram a selecionar os não lavados. O estudo
demonstrou que o aprendizado intensifica o comportamento de busca e o
parasitismo de T. pretiosum a ovos de G. molesta.

Palavras-Chave: mariposa-oriental; voláteis de ovos; aprendizado

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

448
Efeito de películas minerais sobre maças infestadas por
Anastrepha frateculus no parasitismo de Diachasmimorpha
longicaudata
Cláudia B. Ourique; Patrícia D. S. Pires; Luiza R. Redaelli; Josué Sant'Ana
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia, UFRGS

Nos últimos anos a tecnologia de películas minerais vem sendo testada para o
controle de espécies da família Tephritidae. Entretanto, é também importante
conhecer a ação desta ferramenta sobre inimigos naturais, como a
Diachasmimorpha longicaudata, principal espécie utilizada em programas de
controle biológico de indivíduos desta família. O trabalho objetivou avaliar o efeito de
películas a base de caulim no parasitismo de D. longicaudata em maçãs infestadas
por Anastrepha fraterculus, em laboratório. Foi realizada infestação artificial com 30
larvas de mosca de terceiro ínstar em maçãs da cultivar Gala, através de um corte
transversal e remoção de uma porção de polpa. Imediatamente após, os frutos
foram fechados, o corte protegido com uma faixa de parafilme e pulverizados com
caulim industrial 10% + água + espalhante adesivo (Break Thru® 0,1%) ou 5% de
Surround® WP + água. Frutos sem aplicação foram considerados controle. Após
secas, as maçãs foram colocadas individualmente em gaiolas de madeira forradas
nas laterais com voile contendo duas fêmeas de D. longicaudata (4 a 6 dias de
idade) onde permaneceram por duas horas em condições controladas (25 ± 1 °C; 60
± 10% UR; 14 horas de fotofase). Para avaliar a mortalidade natural das larvas, um
grupo de frutos infestados e sem aplicação foi mantido, pelo mesmo período, em
gaiola sem a presença de parasitoides. Após, os frutos foram colocados em potes
plásticos com areia esterilizada (1 cm) e permaneceram na mesma câmara por sete
dias. Os pupários foram mantidos em potes plásticos de 100 ml por 30 dias. Foram
realizadas 15 repetições e calculada a média de parasitoides emergidos. A média de
parasitoides emergidos (± EP) em frutos com Surround® WP (2,73 ± 0,658) foi igual
a testemunha (5,07 ± 0,923), sendo que o mesmo não foi observado para o caulim
(1,60 ± 0,629). Desta forma constatou-se que o Surround® WP não interfere no
sucesso do parasitismoNos últimos anos a tecnologia de películas minerais vem
sendo testada para o controle de espécies da família Tephritidae. Entretanto, é
também importante conhecer a ação desta ferramenta sobre inimigos naturais, como
a Diachasmimorpha longicaudata, principal espécie utilizada em programas de
controle biológico de indivíduos desta família. O trabalho objetivou avaliar o efeito de
películas a base de caulim no parasitismo de D. longicaudata em maçãs infestadas
por Anastrepha fraterculus, em laboratório. Foi realizada infestação artificial com 30
larvas de mosca de terceiro ínstar em maçãs da cultivar Gala, através de um corte
transversal e remoção de uma porção de polpa. Imediatamente após, os frutos
foram fechados, o corte protegido com uma faixa de parafilme e pulverizados com
caulim industrial 10% + água + espalhante adesivo (Break Thru® 0,1%) ou 5% de

449
Surround® WP + água. Frutos sem aplicação foram considerados controle. Após
secas, as maçãs foram colocadas individualmente em gaiolas de madeira forradas
nas laterais com voile contendo duas fêmeas de D. longicaudata (4 a 6 dias de
idade) onde permaneceram por duas horas em condições controladas (25 ± 1 °C; 60
± 10% UR; 14 horas de fotofase). Para avaliar a mortalidade natural das larvas, um
grupo de frutos infestados e sem aplicação foi mantido, pelo mesmo período, em
gaiola sem a presença de parasitoides. Após, os frutos foram colocados em potes
plásticos com areia esterilizada (1 cm) e permaneceram na mesma câmara por sete
dias. Os pupários foram mantidos em potes plásticos de 100 ml por 30 dias. Foram
realizadas 15 repetições e calculada a média de parasitoides emergidos. A média de
parasitoides emergidos (± EP) em frutos com Surround® WP (2,73 ± 0,658) foi igual
a testemunha (5,07 ± 0,923), sendo que o mesmo não foi observado para o caulim
(1,60 ± 0,629). Desta forma constatou-se que o Surround® WP não interfere no
sucesso do parasitismo.

Palavras-Chave: caulim; parasitoides; mosca-das-frutas

Apoio Institucional: CNPq, CAPES

450
O substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda tem
influência sobre Trichogramma pretiosum?
Natália A. Leite; Josué Sant’ Ana; Luiza R. Redaelli; Nelson C. Weber; Patrícia
D. S. Pires
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Agronomia, PPG Fitotecnia

A soja Bt, que expressa a proteína Cry1Ac, é utilizada no manejo de importantes


lepidópteros-praga. Contudo, é interessante que se estude seu efeito em agentes de
controle biológico destes herbívoros. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o
impacto do substrato alimentar de lagartas de Spodoptera frugiperda (Smith)
(Lepidoptera: Noctuidae), soja Bt e não-Bt, no parasitismo e no desenvolvimento do
parasitoide Trichogramma pretiosum Riley (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em
ovos deste herbívoro. Ovos oriundos de S. frugiperda (˂ 24 h) que se alimentaram
durante a fase larval de soja Bt ou de soja não-Bt foram ofertados ao parasitoide em
testes com e sem chance de escolha, sendo feitas 25 repetições para cada
experimento. No bioensaio sem chance de escolha foram ofertados 40 ovos do
herbívoro de cada tratamento para uma fêmea do parasitoide (˂ 24 h), sendo que
neste teste as fêmeas parentais permaneceram isoladas em tubos de vidro (8,5 cm
× 2,5 cm) com uma gota de mel na mesma câmara. No experimento com chance,
foram expostos 20 ovos de cada tratamento concomitantemente. Após 3 h de
exposição, com e sem escolha, os ovos foram retirados e mantidos em câmara
climatizada. Os parâmetros biológicos avaliados nos dois bioensaios foram:
porcentagem de ovos de S. frugiperda parasitados e viabilidade do parasitoide. Além
disso, no bioensaio sem chance de escolha, o tempo de desenvolvimento de ovo-
adulto e a longevidade de fêmeas parentais foram computados. Os dados foram
comparados pelo teste-t ou de Kruskal-Wallis (P ≤ 0,05). Não houve diferença
significativa nos parâmetros registrados entre os tratamentos e em ambos os
bioensaios. Os resultados evidenciaram que o parasitismo de T. pretiosum em ovos
de S. frugiperda não é influenciado pela presença da proteína Cry1Ac na soja
utilizada como substrato alimentar. Este dado é um indicativo de que é possível
haver uma integração do controle biológico e uso de plantas transgênicas em
programas de manejo de S. frugiperda na soja, favorecendo práticas de controle
mais sustentáveis nesta cultura.

Palavras-Chave: transgênicos; inimigo natural; Spodoptera frugiperda

Apoio Institucional: CNPq; CAPES

451
Toxicidad de Amistar sobre los depredadores Hippodamia
variegata, Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae), Chrysoperla
externa (Neuroptera: Chrysopidae) y el hongo entomopatógeno
Beauveria bassiana (Ascomycota: Hypocreales)
Schneider, Marcela Inés; Fogel, Marilina Noelia; Scorsetti, Ana Clara; Rosales,
Matías; Tornesello Galván, Julieta
CEPAVE (CONICET UNLP)

El Manejo Integrado de Plagas en un paradigma de control que promueve el uso


conjunto de estrategias de control de plagas de modo compatible. La compatibilidad
entre el control químico y biológico de plagas depende de la selectividad de los
plaguicidas hacia los enemigos naturales. En Ecotoxicología se ha abordado con
profundidad la selectividad de insecticidas; sin embargo, la selectividad de fungicidas
hacia enemigos naturales ha sido muy poco estudiada hasta el momento. El objetivo
del presente trabajo fue evaluar la toxicidad en laboratorio de dos fungicidas de uso
frecuente en agroecosistemas argentinos: Amistar® (azoxistrobina, Syngenta Agro)
y Carbendazim InsuAgro® (carbendazim, AgriStar) sobre tres depredadores (H.
variegata, E connexa y C externa) y un hongo entomopatógeno (B. bassiana). Para
los depredadores se evaluaron dos estados de desarrollo (huevo y adulto). Se
estudiaron las máximas concentraciones de ambos fungicidas y se seleccionaron las
vías de exposición por contacto inmersión (huevos) e ingestión a través de presa
tratada (adultos). Los puntos finales evaluados fueron: supervivencia, tiempo de
desarrollo y fecundidad y fertilidad en los organismos sobrevivientes. La evaluación
de toxicidad con B. bassiana se realizó in vitro. Ambos fungicidas produjeron efectos
a corto y largo plazo, los cuales variaron de acuerdo al enemigo natural considerado.
Chysoperla externa fue la especie menos afectada, en donde se evidenció un
aumento en la fecundidad y la fertilidad. Amistar® produjo volteo y falta de
coordinación en Coccinellidae cuando el tratamiento se realizó sobre adultos. De
acuerdo a estos estudios, la inocuidad de estos fungicidas hacia los enemigos
naturales evaluados quedaría descartada a nivel laboratorio, siendo necesario más
estudios sobre su toxicidad en otros estadios de desarrollo y vías de exposición. Si
bien no está claro el modo de acción de ambos compuestos sobre estos insectos
depredadores, los resultados obtenidos hasta el momento alertan sobre su toxicidad

Palavras-Chave: enemigos naturales; plaguicidas; toxicidas

Apoio Institucional: CONICET/Proyectos PIP 0205/PIP 0009

452
Monitoramento e flutuação populacional de Cosmopolites sordidus
em 3 cultivares de banana no município de Campo Verde, MT
Marcela V. de Campos; Manoel M. Silva; Patrícia S. Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)

A cultura da banana sofre com o ataque do moleque-da-bananeira (Cosmopolites


sordidus), praga de grande importância para a cultura em várias regiões do mundo.
O inseto ataca o rizoma e o pseudocaule da planta. As larvas abrem galerias no
rizoma e no pseudocaule, facilitando assim a entrada de patógenos e reduzindo a
absorção de água e nutrientes pela planta. O presente trabalho teve como objetivo
avaliar a ocorrência e a flutuação populacional do moleque-da-bananeira, em
pomares de banana Prata, Terra e Nanica, localizados no assentamento 14 de
Agosto, município de Campo Verde, Mato Grosso. Os estudos foram realizados por
meio de iscas tipo “telha”, entre novembro de 2013 a outubro de 2014. As iscas
foram colocadas próximas às touceiras, com a parte seccionada voltada para baixo.
As coletas dos insetos foram semanais e as trocas das iscas foram quinzenais. A
variedade Nanica foi a que apresentou o maior número de insetos capturados.
Todas as cultivares estudadas, apresentaram número médio mensal de indivíduos
capturados por isca/mês, abaixo do nível de controle estabelecido, com exceção dos
meses de fevereiro e março de 2014, onde os índices de infestação ficaram acima
do nível de controle (6,14 e 5,29 adultos capturados/isca/mês, respectivamente). A
flutuação populacional de C. sordidus foi influenciada positivamente pela
precipitação pluviométrica e pela umidade relativa do ar, apresentando maiores
níveis populacionais na época chuvosa.

Palavras-Chave: moleque-da-bananeira; Musa; sazonalidade

Apoio Institucional: IFMT

453
Estimativas de fases imaturas de Helicoverpa armigera em
Dourados e Ponta Porã em apoio ao biocontrole
Maria C. P. Y. Pessoa1; Crébio J. Ávila2; Danilton L. Flumignan2; Geovanne A.
Luchini3; Ricardo Borghesi2
1.
Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340 Km 127,5, CEP: 13918-110, Jaguariúna/SP. Email:
conceicao.young@embrapa.br; 2 Embrapa Agropecuária Oeste, Rodovia BR 163, Km 253,6, CEP:
79804-970, Dourados, MS; 3 Bolsista PIBIC/CNPq Embrapa Meio Ambiente/PUCAMP (Embrapa
SEG 0213140030005003 -período:01-08-2017 a 31-07-2018)

Este trabalho determinou a duração das fases imaturas (ovos, lagartas e pupas) de
Helicoverpa armigera (Hübner, 1808) (Lepidoptera: Noctuidae), considerando suas
respectivas necessidades térmicas em condições climáticas dos municípios de
Dourados e de Ponta Porã, MS, na safra 2016/2017 de soja BMX Potência RR
(plantio: 8/11/16; colheita: 16/03/17). O controle biológico (CB) de H. armigera vem
apresentando parasitoides do gênero Trichogramma e das famílias Tachinidae e
Eulophidae, entre outros, como alternativas de contenção das fases de ovos,
lagartas e pupas. Condições climáticas específicas podem interferir no período de
disponibilidade dessas fases do inseto-praga durante o ciclo da cultura e devem ser
consideradas nas estratégias de CB local, para garantir sua maior eficácia. O estado
do Mato Grosso do Sul (MS) tem expressiva participação na produção de soja
nacional. Dourados e Ponta Porã estão entre seus maiores produtores municipais e
possuem características climáticas diferenciadas. Dados climáticos diários (INMET e
“Guia Clima”), demandas térmicas do inseto de literatura, programa cálculo de
graus-dias (UCLA/IPM-EUA) e planilha Excel foram utilizados. Os tempos e nº de
gerações completas obtidas foram: a) Dourados: 3,8 ± 0,5 dias (ovos), 15,5 ± 1,0
dias (lagartas), 13,5 ± 2,1 dias (pupas) e 4 gerações; e b) Ponta Porã: 4,0 ± 0,0 dias
(ovos), 16,8 ± 1,3 dias (lagartas), 14,3 ± 1,4 dias (pupas) e 3 gerações. As durações
de lagartas e pupas foram inferiores às de literatura (23,30 ± 0,30 dias e 17,60 ±
0,54 dias, respectivamente), obtidas para a cultivar em laboratório regulado com T e
UR próximas às médias municipais no ciclo da planta (25 ± 1°C e 70 ± 10%),
indicando que as T_máxima e T_mínima municipais interferem na disponibilidade
das fases imaturas e nº de gerações durante o ciclo da planta (129 dias) e que esses
resultados devam ser considerados nas estratégias de CB locais.

Palavras-Chave: Graus-dias; Glycine max; proteção de cultivos

Apoio Institucional: Embrapa

454
Áreas aptas ao parasitoide exótico Fopius arisanus e a Bactrocera
carambolae considerando seis hospedeiros no Brasil
Maria C. P. Y. Pessoa1; Rafael Mingoti2; Jeanne S. Marinho-Prado1; Luiz A. N.
de Sá1; Beatriz A. J. Paranhos3; Laura B. do Valle4; Elio Lovisi Filho2; Giovanna
N. Beraldo4; André R. Farias2
1
Laboratório de Quarentena “Costa Lima”, Embrapa Meio Ambiente, Rodovia SP 340 Km 127,5
Jaguariúna/SP, Brasil. Email: conceicao.young@embrapa.br; 2 Embrapa Territorial, Av. Soldado
Passarinho, 303 Campinas/ SP, Brasil; 3 Embrapa Semiárido, Rodovia BR-428, Km 152, Zona Rural,
Petrolina/PE, Brasil; 4 Instituto Geociências/graduandas Geografia (DGEO), UNICAMP, Rua Carlos
Gomes, n°250, Cidade Universitária, Distrito de Barão Geraldo, Campinas, SP

Fopius arisanus (Sonan, 1932) (Hymenoptera: Braconidae) é parasitoide ovo-pupal


de moscas-das-frutas, importado em 2012 do Hawaii (EUA), para subsidiar
estratégias de controle biológico clássico para o Manejo Integrado de Bactrocera
carambolae (Drew & Hancock, 1994) (Diptera: Tephritidae), praga quarentenária
presente em áreas do Amapá, Roraima e Pará. Grande esforço foi direcionado para
a criação laboratorial do parasitoide para futuras liberações em campo. Mas, o
sucesso das liberações demanda que ocorram em áreas aptas ao estabelecimento
do parasitoide em equilíbrio com B. carambolae em áreas de cultivos hospedeiros.
Esse trabalho avaliou as áreas municipais brasileiras de maior aptidão ao F.
arisanus e B. carambolae considerando Temperatura (T) e Umidade Relativa (UR)
que favoreçam o desenvolvimento desses insetos em áreas de cultivos de acerola,
carambola, goiaba, manga, pitanga e tangerina no país. Cruzamentos
georreferenciados (ArcGIS) foram feitos considerando os planos de informações: a)
malhas municipais de produtores das seis frutíferas - Censo Agropecuário
IBGE/2006; b) médias climáticas mensais de T e UR (2005-2014 do INMET/2017); c)
faixas ótimas para o desenvolvimento de: F. arisanus (18-28°C/60-80%) e B.
carambolae (25-27°C/65-75%); e d) malhas municipais IBGE/2007. Foi obtido
cenário das áreas brasileiras com pelo menos um mês nas condições favoráveis aos
parasitoide e à praga, e na presença de pelo menos uma frutífera hospedeira,
resultando nas seguintes quantidades de municípios aptos por estado: AC (20), AL
(67), AM (19), AP (10), BA (323), CE (164), ES (62), GO (104), PA (73), PE (155), PI
(210), PB (157), PR (89), MA (147), MG (171), MS (41), MT (82), RN (133), RJ (68),
RO (37), RR (9), RS (106), SC (18), SE (51), SP (274) e TO (75); e no DF. Os
municípios aptos dentro dos estados sob controle oficial da praga foram
identificados.

Palavras-Chave: gestão territorial; defesa fitossanitária; Brasil

Apoio Institucional: Autorização divulgação resultado (IN nº 28 de 20/07/2017):


Oficio no 29/2019/CGPP/DSV/SDA/MAPA (Processo 21000.038666/2018-48)

455
Crescimento vegetativo e produção de conídios de Metharizium
anisopliae exposto a produtos utilizados na cultura da mandioca
Mariana F. de Macedo; Adriano L. Albonetti; Lucimara A. Araújo; Nathália C.
Andrade; Viviane S. Alves
Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – Campus Luiz Meneghel

Metharizium anisopliae (Me-tchnikoff) Sorokin (Ascomycota: Hypocreales) é um


fungo entomopatogênico utilizado no controle de pragas, e uma ferramenta
importante no Manejo Integrado de Pragas (MIP). Nesse sentido, é importante
conhecer a interação entre os fungos entomopatogênicos com produtos
fitossanitários que podem integrar um mesmo programa de MIP. Assim, o trabalho
teve como objetivo avaliar a compatibilidade de produtos químicos comerciais
registrados para a cultura da mandioca sobre parâmetros biológicos do fungo M.
anisopliae (UNIOESTE 86). Para a avaliação de crescimento vegetativo, foram
preparadas placas de Petri de 9 cm de diâmetro contendo meio de cultura BDA,
onde o fungo foi inoculado com uma alça de platina em 3 pontos equidistantes na
superfície. A pulverização dos produtos foi feita após 48 h a fim de evitar a remoção
dos conídios, e as placas foram incubadas a 26±1ºC UR de 90% e fotofase de 12 h,
durante sete dias. Para avaliação, foram feitas duas medidas perpendiculares das
colônias, visando-se obter o diâmetro médio destas. Cada tratamento foi repetido
cinco vezes, e foi também realizado um tratamento controle, que foi pulverizado
apenas com água destilada. Após a avaliação do crescimento vegetativo, realizou-se
outra avaliação para a produção de conídios, na qual, duas colônias de cada uma
das placas foram recortadas e transferidas individualmente para tubos de vidro
estéril, onde foram adicionados 10 mL de água destilada com Tween 80 0,01% para
agitação, até o desprendimento dos conídios. Em seguida, foi feita a contagem dos
conídios em câmara de Neubauer. Os produtos Actara e Nomolt foram os únicos
que não diferiram da testemunha quanto ao crescimento vegetativo, e Actara e
Standak® Top também não diferiram quanto a produção de conídios. Por outro lado,
os produtos Callisto®, Cipermetrina®, Curyom®, Gaucho®, Poquer® e Tiger®
inibiram a produção de conídios em relação a testemunha de M. anisopliae.

Palavras-Chave: Fungos entomopatogênicos; Manejo integrado de pragas;


Compatibilidade

Apoio Institucional: Fundação Araucária com concessão de bolsa e financiamento


da pesquisa

456
Efectos letales y subletales de spirotetramat y metaflumizone sobre
el depredador Eriopis connexa (Coleoptera: Coccinellidae)
Fogel Marilina; Ana Clasra Scorsetti; Folorencia Sona; Marcela Schneider
1,3,4
Laboratorio Ecotoxicología y Control Biológico. Centro de Estudios Parasitológicos y de Vectores,
(CEPAVE-CONICET-UNLP). Boulevard 120 s/n entre Av. 60 y Calle 64, La Plata, Buenos Aires,
Argenitna. marilinafogel@cepave.edu.ar. 2Instituto de Botánica Carlos Spegazzini. Facultad de
Ciencias Naturales y Museo, UNLP. Calle 53 Nro. 477, La Plata, Buenos Aires, Argentina

Eriopis connexa (Germar) (Coleoptera: Coccinellidae) es un depredador generalista


considerado un agente potencial de control biológico en los cultivos de la Región
Neotropical. Para poder implementar herramientas de manejo sustentable en los
agroecosistemas, es necesario contar con estudios sobre efectos de plaguicidas de
bajo riesgo sobre el ambiente y los Enemigos Naturales (EN). El objetivo del
presente trabajo fue evaluar la toxicidad en laboratorio de los insecticidas
metaflumizone y spirotetramat sobre el cuarto estadio larval de E. connexa. Se
evaluaron las máximas concentraciones recomendadas para su uso en campo de
spirotetramat y metaflumizona: 90 y 240 mg i.a/L respectivamente. Se asperjaron
con las soluciones de insecticidas, plantas de trigo con pulgón verde, Schizaphis
graminum (Rondani) (Hemiptera: Aphididae), hasta punto de goteo y se dejaron
secar bajo campana. Una vez seco, se les ofreció el pulgón tratado ad libitum a las
larvas de cuarto estadio de 24 hs de edad. Se utilizaron 40 individuos por
tratamiento y se usó agua destilada como control. Los puntos finales evaluados
fueron: supervivencia y tiempo de desarrollo por estadio y acumulados. Una vez que
los organismos llegaron a adulto se evaluaron la fecundidad y fertilidad.
Metaflumizone redujo en un 10% la supervivencia de pupas y la supervivencia
acumulada (L4-adulto). Se observaron movimientos descoordinados en el 60% de
las larvas tratadas con metaflumizone pero luego de dos días lograron recuperarse.
Se observó un alargamiento en la duración del tiempo de desarrollo total con
metaflumizone. Spirotetramat redujo un 30% en la fecundidad y un 25% en la
fertilidad de las hembras Estos estudios alertan sobre los efectos letales como
subletales de ambos insecticidas sobre este depredador. Son necesarios más
estudios para poder completar el perfil toxicológico de ambos insecticidas de tal
manera de compatibilizar su uso en conjunto con los EN dentro del Manejo Integrado
de Plagas.

Palavras-Chave: enemigos naturales; plaguicidas; efectos subletales

Apoio Institucional: PIP 0205 y PIP 009 (CONICET)

457
Entomopathogenic fungi isolates compatible with two pesticides to
control of the Plutella xylostella
Rogério T. Duarte; Naymã P. Dias; Kelly C. Gonçalves; Natália D. Damzi; Joacir
do Nascimento; Ricardo A. Polanczyk
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP

The diamondback moth (DBM), Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera:


Plutellidae) is a major cruciferous pest worldwide. Its aggressiveness is mainly
related to its short lifecycle and high reproductive rate. The chemical control is the
main tactic used to control; however, microbial control strategies have been
proposed as an important tool to delay pest resistance evolution to pesticides. Our
aim was to evaluate the compatibility between entomopathogenic fungi isolates and
pesticides used on cabbage crops to control of the P. xylostella. We selected six
isolates virulent to DBM larvae from Beauveria bassiana (IBCB 01, IBCB 18, IBCB
66, IBCB 87), Metarhizium rileyi (ARSEF 7973) and Isaria sinclairii (LCMAP 10)
under laboratory conditions. The isolates were used in compatibility tests with five
active ingredients of pesticides [azadirachtin (AzaMax; 200 ml x 100 liter-1),
deltamethrin (Decis; 30 ml x 100 liter-1), methomyl (Lannate BR; 100 ml x 100 liter-
1), thiamethoxam (Actara; 20 g x 100 liter-1), and acephate (Orthene; 100 g x 100
liter-1)]. For each test, the pesticide was added to the culture medium in 10 Petri
dishes. These plates were inoculated with 5 µl (107 conidia/ml) of each isolated, and
the experiment was replicated ten times. The evaluated parameters were vegetative
growth, conidia production, and conidial viability after 7 days. The biological index
was calculated and standardized by the compatibility score. The biological
parameters evaluated of the all entomopathogenic isolates were greater when
exposed to thiamethoxam and azadirachtin. These pesticides were compatible with
all the isolates. Deltamethrin was compatible only with M. rileyi ARSEF 7973. Our
results indicate that the use of these isolates can be an important alternative in the
pesticidal management of P. xylostella.

Palavras-Chave: microbial control

Apoio Institucional: CAPES

458
Toxicity of Tithonia diversifolia to Plutella xylostella (L.,1758)
(Lepidoptera: Plutellidae 1758) and biocontrol agent Chrysoperla
externa (Hagen, 1861) (Neuroptera:Chrysopidae)
Pâmela B. Faria1; Wesley B. S. Paula1; Gabriel de Melo Botelho1; Bruno G.
Dami1; Andriely Borges Silva1; Eder O. Cabral1; Alessandra M. Vacari1
1
Universidade de Franca

The aim was to evaluate the toxicity of Tithonia diversifolia extract on Plutella
xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) and the predator Chrysoperla externa
(Neuroptera: Chrysopidae). Kale leaves (Brassica oleracea var. acephala) of 8 cm in
diameter were immersed in 10 mL of the extracts of T. diversifolia in dichloromethane
at the concentration of 1%, for 10 seconds, the control we used leaf discs treated
using only dichloromethane. After drying under ambient conditions for 30 minutes,
the discs were individually placed in Petri dishes (9.5 cm diameter × 2.0 cm height)
on filter paper moistened with distilled water. Ten P. xylostella larvae of second instar
were placed on each leaf disc, each disc was considered a repetition and four
replications per treatment were observed. A 5 mL aliquot of the extract (1%) was
applied on glass surface (Petri dish 9 cm in diameter), which after drying was used to
evaluate the green lacewings exposed to the extract residues. Subsequently, a third
instar larva of the predator was placed in the Petri dish and eggs of Corcyra
cephalonica (Lepidoptera: Pyralidae) were used as prey. Evaluations were
conducted every 24 hours until total mortality of the individuals or formation of the
pupae. Ten replications were observed for each species (P. xylostella and C.
externa). The leaf extract of T. diversifolia caused a higher mortality (47.5%) of P.
xylostella larvae and did not cause mortality of predators when exposed to the extract
residues under laboratory conditions. Extract of T. diversifolia has insecticidal
potential against diamondback moth larvae and was selective to the C. externa which
favors its use as a control tactic in the integrated pest management. Keywords: green
lacewing; biological control; Integrated Pest Management. Support: CNPq e CAPES

Palavras-Chave: Keywords: green lacewing

Apoio Institucional: Capes e CNPq

459
Controle de tripes (Thysanoptera:Thriptidae) em Ficus sp.
utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de Eugenia
uni
Rafael Rombaldi; Alessandro Pedro Schmieleski; Scheila Mara Varaschini
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Muito comum nas cidades brasileiras, Ficus sp. é uma espécie de planta arbórea
utilizada principalmente para fins paisagísticos. O tripes Gynaikothrips sp.
caracteriza-se como uma praga de Ficus sp., causadora do encarquilhamento e
galhas nas folhas atacadas, resultando em sua queda prematura. Dessa forma, o
presente trabalho teve como objetivo verificar a ação do fungo Beauveria bassiana
(Boveril®) e do óleo essencial de pitanga (Eugenia uniflora) na mortalidade de tripes
em Ficus sp. Para tal, foram coletadas folhas jovens de Ficus sp. fechadas pela
ação dos insetos, contendo adultos e juvenis. O experimento foi dividido em cinco
tratamentos, sendo eles: água destilada, Tween 80®, B. bassiana (108 con/mL),
óleo essencial de pitanga (1% v/v) e óleo essencial de pitanga + B. bassiana, sendo
os dois primeiros as testemunhas. Cada tratamento contou com dez repetições,
sendo cada folha considerada uma repetição. As soluções (10 µL) foram aplicadas
na parte adaxial da folha com uma micropipeta e estas foram acondicionadas em
potes plásticos transparentes com tampa e levadas à BOD (To 24 ± 2oC e
Fotoperíodo 12 h). Após quatro dias a mortalidade foi avaliada. Conforme os
resultados obtidos, somente o óleo de pitanga atuando juntamente com o fungo B.
bassiana (Boveril®), produziu efeito no controle do tripes, causando mortalidade
estatisticamente significativa dos insetos. Em comparação com as testemunhas, os
demais tratamentos não obtiveram efeitos significativos. Sendo assim, a forma mais
eficiente para o controle de Gynaikothrips sp. em Ficus sp. foi a utilizaçao de óleo
essencial de pitanga associado ao fungo entomopatogênico B. bassiana.

Palavras-Chave: Gynaikothrips sp; praga de plantas ornamentais; fungo


entomopatogênico

Apoio Institucional: inexistente

460
Controle de Myzus persicae Sulzer, 1776 (Hemiptera: Aphididae)
utilizando fungo Beauveria bassiana e óleo essencial de pitanga
Scheila Mara Varaschini; Rafael Rombaldi; Alessandro P. Schimieleski;
Jucelaine Haas
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Brassica oleracea é considerada uma planta herbácea e bianual, mas algumas


variedades são sublenhosas na base do caule. Dentre as pragas que atacam estas
culturas, o pulgão Myzus persicae causa danos diretos, pela sucção da seiva da
planta, afetando o crescimento; danos indiretos, entrada de patógenos na planta.
Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a ação de Beauveria
bassiana (Boveril®) e óleo essencial de pitanga na mortalidade de M. persicae. Os
Folhas jovens de B. oleracea foram banhadas nas soluções de óleo e fungo,
colocadas para secar e iormente acondicionadas em placas de petri. Então, foram
colocadas 10 ninfas de 2o e 3o sobre cada folha e as placas foram levadas à BOD (t
24°C ± 2°C e Fotoperíodo 12 h). A avaliação durou cinco dias. O experimento teve
cinco tratamentos, sendo eles: água destilada, água destilada e Tween 80®, B.
bassiana 108 con/mL, óleo essencial de Pitanga a 1% v/v e óleo essencial de
Pitanga + B. bassiana, os dois primeiros testemunhas. Cada tratamento teve cinco
repetições, cada folha era uma repetição. O delineamento experimental foi
casualizado e as médias comparadas com o Teste Scott-Knott 5%. Através das
análises estatísticas, verificou-se que nenhum dos tratamentos, B. bassiana, óleo
essencial de pitanga e óleo essencial de Pitanga + B. bassiana, obteve uma
diferença estatística quando comparados com as testemunhas. Mas futuros
trabalhos avaliando estes tratamentos sobre a biologia do inseto são essenciais para
verificar a sua eficiência.

Palavras-Chave: pulgão verde; fungo entomopatogênico; controle alternativo

461
Potencial da associação de Beauveria bassiana e Pogostemon
cablin para o controle de Atta sexdens (Linnaeus, 1758)
Adriana S. Ricardo; Raiza Abati; Rodrigo M. A. Maciel; Fernanda C. Colombo;
Gabriela Osowski; Yasmin Cassiano; Willian Fonseca; Michele Potrich; Wilson
R. Filho
1Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 85660-00, Dois Vizinhos-PR, Brasil. E-mail:
adriiana.riicardo@gmail.com

Estudos por métodos de controle de formigas cortadeiras, além do controle químico,


vêm crescendo consideravelmente. O controle desses insetos-praga generalistas,
através do uso de fungos entomopatogênicos e óleo essências pode ser uma
alternativa promissora. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo verificar a
associação do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. e do óleo
essencial de Pogostemon cablin Benth (Lamiaceae) para o controle de operárias de
Atta sexdens (Linnaeus, 1758) (Hymenoptera: Formicidae). Os tratamentos testados
foram: 1- óleo essencial de P. cablin (patchouli) a 1%; 2- isolado IBCB 66 de B.
bassiana na concentração de 2,5×108 conídios.mL-1; 3- associação do isolado IBCB
66 de B. bassiana (2,5×108 conídios.mL-1) e óleo essencial de P. cablin a 1% e
como testemunhas 4- água destilada esterilizada e 5- água destilada esterilizada +
Tween 80® (0,01%). Os experimentos consistiram na pulverização de 750 µL de
cada tratamento sobre grupos de 15 operárias de A. sexdens com auxílio de um
aerógrafo Pneumatic Sagyma® acoplado a uma bomba Fanem® (pressão constante
de 1,2 kgF/cm2). Posteriormente as formigas foram alocadas em caixa poliestireno
do tipo gerbox (11 × 11 × 3,5 cm), juntamente com dieta sólida (100 mL de água
destilada, 1,5 g de dextrose e 0,5 g de ágar). Na sequência foram acondicionadas
em sala climatizada (26 ± 2 ºC, U.R. de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas) durante o
período de avaliação, que aconteceu a cada 24 horas, durante 10 dias. O isolado
IBCB 66 de B. bassiana e o óleo essencial de P. cablin não apresentaram eficiência
para o controle de A. sexdens quando testados isoladamente, provocando taxa de
mortalidade de 21,67% e 43,33%, respectivamente. Entretanto, quando os agentes
foram associados, provocaram 66,67% de mortalidade em operárias de A. sexdens
ao final do experimento. O tratamento de associação desses dois agentes
demonstrou potencial para o controle de operárias de A. sexdens.

Palavras-Chave: Formiga cortadeira; Controle alternativo; Patchouli

Apoio Institucional: Embrapa Florestas; Empresa Simbiose®; Universidade


Federal do Paraná; Universidade Tecnológica Federal do Paraná

462
Compatibilidade biológica in vitro de bioinseticidas e inseticidas
para Chrysodeixis includens (Lepidoptera: Noctuidae)
Kelly C. Goncalves; Jennyfer P. Soares; Natalia D. Danzi; Matheus H.T.G.
Borges; Rogerio T. Duarte; Ricardo A Polanczyk
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, Jaboticabal - SP, Brasil.
Universidade de Araraquara, Araraquara – SP, Brasil

Chrysodeixis includens (Walker, [1858]) (Lepidoptera: Noctuidae), conhecida como


lagarta-falsa-medideira, é importante praga devido a sua elevada polifagia e
voracidade. A mistura de produtos no tanque de pulverização é comum entre os
agricultores para otimizar as operações agrícolas e economia de água. Desta forma,
se faz necessário conhecer a compatibilidade de produtos biológicos e quimicos a
fim de controlar satisfatoriamente essa praga em campo. Oito inseticidas registrados
para o controle de C. includens (Ampligo®, Avatar®, Belt®, Curyom®, Exalt®,
Lannate®, Larvin® e Premio®) foram adicionados individualmente e ao pares ao
meio de cultura na dose recomendada quando este ainda se encontrava liquido.
Após a solidificação do meio em Placa de Petri 5 µL de Thuricide® ou Dipel® foi
adicionada ao centro de placa. Desta forma foram avaliados 74 tratamentos, com 15
repetições (placas de Petri) por tratamento, totalizando 1.100 placas. A avaliação do
tamanho das colônias foi realizada pela medição da área durante sete dias de cultivo
em B.O.D. Ao final do período de avaliação nenhum tratamento reduziu o
crescimento do Bt, entretanto as combinações Dipel® + Curyom®, Dipel® +
Avatar®, Dipel® + Belt®, Dipel® + Larvin® + Curyom®, Dipel® + Ampligo®, Dipel®
+ Larvin® + Lannate®, Dipel® + Premio® + Curyom®, Dipel® + Larvin® + Exalt®,
Dipel® + Avatar® + Exalt®, Dipel® + Premio® + Lannate®, Dipel® + Premio® +
Curyom®, Dipel® + Belt® + Avatar®, Dipel® + Belt® + Larvin® e Dipel® + Belt® +
Larvin® favoreceram o crescimento bacteriano. Para o bioinseticida ThuricideÒ
também foi observado esse efeito positivo nas combinações: Thuricide® + Belt®,
Thuricide® + Avatar®, Thuricide® + Belt® + Premio®, Thuricide® + Curyom® +
Exalt®, Thuricide® + Belt® + Exalt®, Thuricide® + Belt® + Lannatte®, Thuricide® +
Larvin® + Premio®. A bactéria pode utilizar o inerte da formulação como fonte de
nutrientes, entretanto isso não implica necessariamente em aumento da toxicidade
para a espécie alvo.

Palavras-Chave: Bacillus thuringiensis; falsa medideira; mistura de tanque

Apoio Institucional: CAPES

463
Compatibilidade do baculovírus AgMNPV com fungicidas e
herbicidas
Rodrigo M. A. Maciel; Junio T. Amaro; Fernanda C. Colombo; Adeney de F.
Bueno; Pedro M. O. J. Neves
Universidade Federal do Paraná. Universidade Estadual de Londrina. Embrapa Soja

Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Eribidae) está entre os principais


lepidópteros que atacam a cultura da soja. Seu controle pode ser realizado utilizando
vírus entomopatogênicos, como Anticarsia gemmatalis Multiple
Nucleopolyhedrovirus (AgMNPV), porém é comum a ocorrência de A. gemmatalis no
mesmo momento que plantas daninhas e/ou doenças precisam ser controladas na
cultura. Portanto, é importante verificar a compatibilidade da associação entre
AgMNPV com fungicidas e herbicidas. Dessa forma objetivou-se verificar a
compatibilidade da associação entre AgMNPV, fungicidas e herbicidas, através de
ingestão por dieta artificial para A. gemmatalis. Os tratamentos avaliados foram: a)
herbicidas Bentazona (Basagran® 600), Clorimuron etílico (Clorimuron Master
Nortox®), Flumioxazina (Flumyzin® 500), Cletodim (Poquer®), Cletodim (Select 240
EC®), Imazapique + imazapir (Soyvance Pre®), Imazapique + imazapir
(Soyvance®), Glifosato sal de isopropilamina (Trop®) e b) fungicidas Azoxistrobina +
benzovindiflupyr (Elatus®), Piraclostrobina + metaconazol (Opera Ultra®),
Azoxistrobina + ciproconazol (Priori Xtra®), Trifloxistrobina + ciproconazol (Sphere
Max®). Os produtos foram testados nas concentrações recomendadas pelos
fabricantes. As caldas foram adicionadas nas dietas que foram oferecidas a lagartas
de 3º ínstar de A. gemmatalis. Como testemunhas utilizou-se dietas pura e apenas
com o vírus. Cada tratamento teve cinco repetições com 30 lagartas/repetição. O
ensaio foi conduzido em BOD (25 ± 2°C, e fotofase de 14 h) e as avaliações
realizadas diariamente. Os fungicidas e herbicidas avaliados não afetaram a
mortalidade de lagartas causada por AgMNPV. Isso indica que o baculovírus
AgMNPV é compatível com os herbicidas e fungicidas testados. A possibilidade de
mistura do vírus e os produtos fitossanitários testados garante maior praticidade na
aplicação e uma redução de custo da operação agrícola dando flexibilidade no
controle fitossanitário da soja.

Palavras-Chave: Baculovírus; Anticarsia gemmatalis; Interação

Apoio Institucional: CAPES, CNPq, Embrapa Soja

464
Impacto do distanciamento de faixa de plantas adicionais na
bordadura sobre a ocorrência de fitófagos no cultivo de couve
Rosana M. Morais; Alex M. Freitas; Vicente Handte; Artur Poffo; Cleber W.
Saldanha; Evandro L. Missio; Gerusa P. K. Steffen; Joseila Maldaner
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Centro de
Pesquisa em Florestas. BR 287, acesso VCR 830, km 4,5, Distrito de Boca do Monte, Santa Maria -
RS, CEP 97001-970, e-mail: entomorais@yahoo.com.br Universidade Federal de Santa Maria. Av.
Roraima nº 1000, Bairro Camobi, Santa Maria – RS, CEP: 97105-900.

O emprego de faixa de plantas adicionais em hortas é uma estratégia utilizada no


controle biológico conservativo, porém pouco se sabe a respeito do impacto do
distanciamento destas na ocorrência de insetos ao longo do cultivo. Objetivou-se
verificar a incidência de insetos fitófagos e a produção de couve (Brassica oleracea)
(Brassicaceae) em parcelas mantidas em diferentes distancias de uma faixa com
plantas adicionais. O estudo foi conduzido no Centro de Pesquisa em Florestas, em
Santa Maria, RS, de junho a dezembro de 2018. Em uma das bordas distais dos
canteiros foram plantados Tagetes patula (Asteraceae), Foeniculum vulgare
(Apiaceae) e Vicia faba (Fabaceae). Os tratamentos consistiram na distância das
parcelas com couve da faixa de plantas, sendo: (T1) de 0 a 2 m; (T2) de 10 a 12 m
e (T3) de 20 a 22 m. Cada tratamento possuiu cinco subparcelas com 10 plantas.
Semanalmente, em 10 plantas por parcela verificou-se o número de insetos fitófagos
e de folhas com danos. Foi registrado o número e a massa de folhas comerciáveis
em colheitas aos 80, 115 e 166 dias após o plantio. Coletou-se o total de 481 insetos
fitófagos, sem diferença entre os tratamentos (p=0,17). Houve menor número de
folhas (40,6) com danos de coleópteros no tratamento mais próximo da faixa de
plantas (p<0,01). A abundância de Diabrotica speciosa (Germar,1824)
(Coleoptera:Chrysomelidae) (15) e número de plantas infestadas (12) por esta foram
maiores (p<0,05) no tratamento mais distante da faixa de plantas. Nas parcelas mais
próximas da faixa de plantas, Plutella xylostella L. 1758 (Lepidoptera:Plutellidae) foi
registrada um mês após que nos demais tratamentos. Na primeira colheita houve
maiores médias de número de folhas (8,34) e massa foliar (234,6) em T1. Porém,
não houve diferença entre os tratamentos no total das três colheitas (p≥0,05). A
manutenção de plantas adicionais próximas ao cultivo da couve é uma prática
interessante na redução de danos e na presença de insetos desfolhadores.

Palavras-Chave: Brassica oleracea; danos; controle conservativo

Apoio Institucional: Fapergs

465
Predação e parasitismo de ovos de Euschistus heros em diferentes
sistemas de manejo de pragas em soja
Tatiane Lobak1; Rodolfo Cecilio2; Larissa V. Correa3; José G. C. Theodoro4;
Adeney de F. Bueno2; Samuel Roggia6
1
Universidade Estadual de Londrina, tatiane.lobak@gmail.com; 2 Instituto Agronômico do Paraná;
3
Universidade Estadual de Maringá; 4 Universidade Estadual do Norte do Paraná; 6 Embrapa Soja

Euschistus heros (Fabricius, 1798, Hemiptera: Pentatomidae) é uma das principais


pragas da soja. A aplicação de inseticidas na lavoura pode afetar a ação de inimigos
naturais desse percevejo. O trabalho objetivou estudar a predação e parasitismo de
ovos de E. heros em diferentes sistemas de manejo de pragas em que se evitou a
aplicação de inseticidas durante o florescimento da soja. Os tratamentos foram: T1 –
testemunha sem inseticidas; em T2, T3 e T4 – foi aplicado inseticida
neonicotinoide+piretroide (INP) após o florescimento da soja ao ser atingido o nível
de controle (NC) de dois percevejos por pano, adicionalmente em T3 houve uma
aplicação de INP imediatamente antes florescimento, e em T4 houve duas
liberações de parasitoides de ovos, uma antes e outra durante o florescimento; em
T5 e T6 houve duas aplicações de INP, uma imediatamente após o florescimento e
outra duas semanas após, adicionalmente em T6 houve uma aplicação de inseticida
organofosforado durante o florescimento. O estudo foi conduzido na safra 2017/18,
cada tratamento teve quatro repetições, com parcelas de 90x200m. As avaliações
ocorreram ao longo da safra, logo após a aplicação dos tratamentos. Para avaliar a
predação, ovos de percevejo foram fixados em uma cartolina e esta foi presa a uma
haste metálica a 20cm de altura, em contato com a soja. Para avaliar o parasitismo,
os ovos foram posicionados na mesma haste, porém a 100 cm do solo e com uma
faixa de cola na haste logo abaixo da cartolina, para evitar o acesso de predadores.
Os ovos permaneceram em campo por 24 horas. As maiores taxas de parasitismo e
predação foram observadas no tratamento com liberação de parasitoides. A
aplicação de INP antes do florescimento não reduziu a predação e parasitismo em
relação a testemunha. No entanto, após duas aplicações seqüenciais de INP, houve
redução da atividade de parasitismo e predação. Essa redução foi mais intensa em
T6, com aplicação de organofosforado durante o florescimento.

Palavras-Chave: seletividade; controle biológico conservativo; manejo integrado de


pragas

Apoio Institucional: Bayer Crop Science; Embrapa Soja.

466
Is Macrolophus basicornis Affected by Insecticides Used to Control
Whitefly Biotype B in Tomato?
Thaís F Matioli; Pedro T Yamamoto
“Luiz de Queiroz” College of Agriculture/University of São Paulo (ESALQ/USP)

The use of biological control applied to pest insects has been getting attention all
over the world. Some species of predatory mirids have been studied to control
tomato pests. Among the predators, a species naturally found in Brazil, Macrolophus
basicornis (Stal) (Hemiptera: Miridae), is very promising for the control of both
Bemisia tabaci Biotype B (Hemiptera: Aleyrodidae) and Tuta absoluta (Meyrick)
(Lepidoptera: Gelechiidae). In order to aid the integration of biological and chemical
controls for the whitefly Biotype B, this study evaluated the toxicity of seven
insecticides on adults of this mirid species. The insecticides evaluated were
buprofezin, cyantraniliprole, etofenprox + acetamiprid, acetamiprid, spiromesifen,
pyriproxyfen + acetamiprid, and bifenthrin, all of which are recommended for the
control of B. tabaci in Brazil. Adults were exposed to tomato leaves treated with the
insecticides, at the highest doses, 2 hours after the spraying, under laboratory
conditions (25 ± 2 °C, 70 ± 10% RH and 14:10 L: D). The design was completely
randomized with 6 replicates per treatment, and the mortality was recorded daily until
72 h of exposure. The insecticides buprofezin, cyantraniprole and spiromesifen were
similar to the control treatment. Etofenprox + acetamiprid and pyriproxyfen +
acetamiprid were less toxic than acetamiprid and bifenthrin 24 h after the exposure.
After 72 h of exposure, there was a similar reduction in live insect numbers for all of
these treatments. Bifenthrin was similar to acetamiprid 24 h later, but after 72 h it was
less harmfull than the others, reducing 79.4%, while etofenprox + acetamiprid,
pyriproxyfen + acetamiprid and acetamiprid reduced in 94,8, 89,7 and 100%,
respectively. In conclusion, buprofezin, cyantraniliprole and spiromesifen did not
cause lethal effect while etofenprox + acetamiprid, pyriproxyfen + acetamiprid,
acetamiprid, and bifenthrin caused high levels of mortality in 72 h of exposure to
adults of M. basicornis.

Palavras-Chave: Biological control; Ecotoxicology; Natural enemy

Apoio Institucional: Brazilian Federal Agency for the Support and Evaluation of
Graduate Education (CAPES)

467
468
Target and non-target effects of eight essential oils on the cotton
aphid and its parasitoid Aphidius colemani
Michele Ricupero1; Orlando Campolo2; Rachele S. La Spina1; Nicolas
Desneux3; Gaetano Siscaro1; Vincenzo Palmeri2; Lucia Zappalà1; Antonio
Biondi1
1
University of Catania, Department of Agriculture Food and Environment, Catania, Italy 2University of
Reggio Calabria, Dipartimento di AGRARIA, Loc. Feo di Vito, 89122, Reggio Calabria, Italy 3
Université Côte d’Azur, INRA, CNRS, UMR ISA, Nice, France

Among botanical extracts, plant essential oils (EOs) represent a promising tool for
the sustainable control of agricultural pests thanks to their low risk for pest resistance
development and non-target impact. However, EOs are not fully included on
Integrated Pest Management (IPM) programs because they can be phytotoxic and
show variable effects on target pests. These drawbacks can be mitigated by
employing novel formulations. Here, we assessed in laboratory conditions the contact
toxicity of eight nanoformulated EOs belonging to five botanical families (i.e.,
Apiaceae, Asteraceae, Liliaceae and Lamiaceae) against the cotton aphid, Aphis
gossypii (Hemiptera: Aphididae), by spraying infested cucurbit plants. Then, we
evaluated the acute toxicity of these substances by exposing adults of the parasitoid
Aphidius colemani (Hymenoptera: Braconidae) to EO Lethal Concentrations (LC)
90%, earlier estimated for the target pest. Anise, fennel, artemisia, garlic, lavender,
peppermint, sage and rosemary EOs caused a significant mortality to the pest and
their calculated LCs varied significantly. The tested formulations also showed
different selectivity towards the parasitoid. Our findings suggest that EO-based
nanoemulsions can be used as eco-friendly control tool against the cotton aphid.
Nevertheless, the non-target effects of nanocarried EOs on natural enemies used in
biological control should be carefully evaluated before their inclusion in IPM
programs.

Palavras-Chave: Integrated Pest Management; Botanical; Aphis gossypii

Apoio Institucional: This research was funded by the People Programme (Marie
Curie Actions) of the European Union’s 7th Framework Programme (APHIWEB
project n. 611810), by the University of Catania (5A722192113) and by the Italian
Ministry of Education, University and Research (SIR: RBSI14I02A; PRIN:
2015BABFCF)

469
Screening da atividade inseticida de óleos essenciais para
Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebriodae)
Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Fabíola J. Silva;
Vanessa A. Gomes; Daniel Q. Domingos; Denilson F. Oliveira; Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:


Tenebrionidae) é considerado o principal inseto praga em aviários de frangos de
corte no Brasil. O método comumente utilizado para o seu controle é baseado na
aplicação de inseticidas químicos sintéticos, os quais podem acarretar em efeitos
adversos, tais como a seleção de populações resistentes e a presença de resíduos
na carne. Dessa forma, metabólitos secundários apresentam-se como uma
alternativa promissora para o controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como
objetivo avaliar a atividade inseticida de óleos essenciais provenientes de Araucaria
angustifolia, Guarea kunthiana, Eremanthus encanus, Siparuna guianensis e Vitex
polygama para A. diaperinus, em ensaio tópico. Os óleos essenciais foram obtidos
através do método de hidrodestilação, em aparelho do tipo Clevenger. Para a
condução do bioensaio foram empregadas larvas com 10 a 12 dias de idade, obtidas
a partir de criação mantida em laboratório. Os óleos essenciais (10 µL) foram
solubilizados em acetona (100 µL) e aplicados no dorso das larvas (1 µL),
empregando microseringa do tipo Hamilton®. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com 50 repetições por tratamento, sendo a parcela
experimental constituída por uma larva mantida individualizada. As avaliações foram
realizadas após 2, 24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos tratamentos. Para a
análise estatística os dados foram submetidos a análise de sobrevivência por meio
da distribuição de Weibull. Apesar dos resultados não serem tão promissores, o óleo
essencial proveniente de A. angustifolia causou a menor taxa de sobrevivência
(74,8%) entre os tratamentos avaliados. Ao passo que os demais óleos essenciais
não causaram redução na sobrevivência de A. diaperinus. Dessa forma, os óleos
essenciais provenientes de G. kunthiana, E. encanus, S. guianensis e V. polygama
não apresentam toxicidade para A. diaperinus, em ensaio de aplicação tópica.

Palavras-Chave: Cascudinho dos aviários; inseticidas botânicos; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

470
Atividade inseticida de óleos essenciais para Alphitobius
diaperinus Panzer (Coleoptera:Tenebrionidae)
Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Fabíola J. Silva;
Vanessa A. Gomes; Daniel Q. Domingos; Denilson F. Oliveira; Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae) é o principal


inseto praga em aviários de corte na avicultura Brasileira. Trata-se de um inseto
cosmopolita que encontrou na cama dos aviários um ambiente propício para a sua
proliferação. Nesse contexto, produtos oriundos de óleos essenciais de plantas
apresentam-se como uma fonte promissora a serem empregadas no controle desse
inseto. Dessa maneira, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade
inseticida de óleos essenciais provenientes de Agatus sp., Baccharis dracunligalia,
Dendropanix cuneatus e Protium widgrenni para A. diaperinus, em ensaio de
aplicação tópica. Os óleos essenciais foram obtidos por meio de hidrodestilação, em
aparelho do tipo Clevenger. No bioensaio foram empregadas larvas de terceiro
ínstar, provenientes de criação mantida em laboratório. Para a aplicação tópica, os
óleos essenciais foram solubilizados em acetona na concentração de 1%, e
alíquotas (1 µL) foram aplicadas no dorso das larvas, empregando microseringa do
tipo Hamilton®. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 50
repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida
individualizada em tubo tipo ependorf. A testemunha negativa foi acetona. Após 2,
24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos tratamentos foram realizadas as
avaliações pela contagem das larvas mortas. Os dados coletados foram submetidos
à análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. O óleo essencial
oriundo de D. cuneatus foi o mais ativo para A. diaperinus, causando mortalidade de
apenas 98%, após 120 horas da aplicação do tratamento. O tempo letal mediano, ou
seja, tempo necessário para causar 50% de mortalidade na população foi de apenas
10,3 horas. Portanto, o óleo essencial de D. cuneatus apresenta atividade tóxica
para A. diaperinus

Palavras-Chave: produtos naturais; cascudinho dos aviários; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

471
Bioatividade de óleos essenciais de Citrus spp. para Alphitobius
diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae)
Beatriz de Oliveira dos Santos Gomes; Katiane Pompermayer; Laís S. Porto;
Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários, Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera:


Tenebrionidae), é uma importante praga na avicultuta brasileira. Os inseticidas
químicos sintéticos constituem o método mais comumente empregado para o
controle de A. diaperinus. Entretanto, o uso indiscriminado do controle químico pode
acarretar em resíduos de pesticidas nos alimentos. Nesse contexto, metabólitos
secundários de origem vegetal apresentam-se promissores para serem usados no
controle desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade
de óleos essenciais de Citrus aurantium, Citrus reticulata var. tangerine, Citrus
aurantium var. bergamia e Citrus aurantifolia para A. diaperinus, em ensaio de
ingestão. Os óleos essenciais foram obtidos comercialmente através da empresa
Ferquima®. Para o bioensaio foram empregadas larvas, mantidas em criação de
laboratório, com idade variando entre 10 a 12 dias. Os óleos essenciais (100 mg)
foram solubilizados em acetona (1.000 µL) e incorporados a dieta (1 g). Após
evaporação do solvente, alíquotas (20 mg) foram transferidas para tubos tipo
epperdorf, onde foi inoculada uma larva. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado, com 50 repetições por tratamento, sendo cada repetição
constituída por uma larva, mantida individualizada. Acetona foi empregada como
testemunha negativa. As avaliações foram realizadas após 24, 48, 72, 96 e 120
horas do oferecimento dos tratamentos aos insetos. Os dados foram submentidos à
análise de sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Os óleos essenciais
de C. aurantifolia e C. aurantium causaram redução de 40% na sobrevivência de A.
diaperinus. Ao passo, que os óleos essenciais de C. reticulata var. tangerine e C.
aurantium var. bergamia não reduziram a sobrevivência de A. diaperinus. Portanto,
os óleos essenciais de C. aurantifolia e C. aurantium apresentam metabólitos que
são tóxicos para A. diaperinus.

Palavras-Chave: produtos naturais; Cascudinho dos aviários; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

472
Extrato hexânico de Piper cubeba apresenta atividade inseticida
sobre Spodoptera frugiperda e Helicoverpa armigera?
Caio Cesar Truzi; Natalia Fernanda Vieira; Beatriz Ferracini; Joice Mendonça
de Souza; Sergio Antonio De Bortoli
Departamento de Fitossanidade, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane,
s/n, 14884-900, Jaboticabal, SP, Brasil

Spodoptera frugiperda (J.E Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga-chave da


cultura do milho, mas pode se alimentar de diferentes culturas, além de apresentar
elevada capacidade de adaptação. Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera:
Noctuidae) apresenta ampla distribuição geográfica, polifagia e alto potencial
reprodutivo. Os programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) para controle
desses insetos contam com algumas táticas como a utilização de inseticidas
químicos, inseticidas biológicos e plantas transgênicas, porém existem diversos
relatos de resistência a essas táticas. Como alternativa de controle, produtos
naturais extraídos de plantas, com poder inseticida, podem conter substâncias a
serem incorporadas no manejo destas pragas. Neste contexto, o objetivo deste
estudo foi avaliar a atividade inseticida do extrato hexânico de Piper cubeba em
lagartas de S. frugiperda e H. armigera, em condições de laboratório. Foram
realizados testes prévios de fitotoxicidade do extrato em plantas de milho,
verificando qual a concentração máxima que poderia ser utilizada sem causar danos
a planta. Com isso, foi empregada a concentração do extrato de 2,0%, além de um
tratamento controle com água destilada. Cubos de dieta artificial foram imersos nas
caldas por 5 segundos, secos em temperatura ambiente e colocados
individualmente em placas de Petri (9,0 cm de diâmetro) contendo uma lagarta de
segundo ínstar. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com 10
repetições por tratamento para cada espécie, sendo cada repetição composta por 5
placas de Petri. Registrou-se a mortalidade de lagartas 7 dias após o início da
alimentação. Os dados foram comparados pelo teste Kruskal-Wallis (P > 0,05). O
extrato causou 90% de mortalidade para S. frugiperda e 2% para H. armigera,
enquanto o tratamento controle apresentou 4% e 2%, respectivamente. O extrato
hexânico de P. cubeba na concentração utilizada apresenta ação inseticida apenas
para lagartas de S. frugiperda.

Palavras-Chave: inseticida; extrato vegetal; Piperaceae

Apoio Institucional: FAPESP, CAPES

473
Toxicidade letal de extratos de Annona sobre Pachycrepoideus
vindemmiae (Hymenoptera: Pteromalidae)
Daiana C. Oliveira; Liliane N. Martins; Fernanda C. S. Geisler; Paloma Stupp;
Shemene J. S. A. Audeh; Leandro P. Ribeiro; Daniel Bernardi; Flávio R. M.
Garcia
Universidade Federal de Pelotas

Pachycrepoideus vindemmiae (Rondani, 1875) (Hymenoptera: Pteromalidae) é um


parasitoide pupal de mais de 60 espécies de moscas, com destaque para Drosophila
suzukii (Matsumura) (Diptera: Drosophilidade), o qual é considerada a principal
espécie-praga em cultivos de pequenas frutas no Brasil. Recentemente, foi
verificado que produtos à base de acetogeninas obtidos de sementes de algumas
espécies de Annonaceae são promissores para o manejo da referida praga. Assim,
objetivou-se avaliar a toxicidade de extratos etanólicos preparados a partir de
sementes de Annona mucosa Jacq., Annona muricata L. e Annona sylvatica A. St.-
Hil, na concentração de 2.000 mg.L-1, sobre adultos de P. vindemmiae por meio de
bioensaio de ingestão. Como controle positivo, utilizou-se o inseticida sintético à
base de espinetoram (Delegate 250 WG™, 7,5 g i.a. 100 L-1). Para isso, adultos de
P. vindemmiae foram individualizados em copos plásticos de 200 mL e, iormente,
oferecidos os tratamentos via capilaridade em rolete de algodão hidrofílico por 24h.
Após, os mesmos foram retirados e os insetos alimentados com solução de mel a
10%. A mortalidade foi avaliada a cada 2h durante as primeiras 12h e, após, a cada
24h por 5 dias. A. mucosa ocasionou mortalidade de ≈ 35%, diferindo
estatisticamente do A. sylvatica (10%) e A. muricata (13,5% de mortalidade), após
120h de exposição. Contudo, com base na comparação dos intervalos de confiança,
os derivados botânicos foram semelhantes em relação aos valores de tempo letal
mediano (TL50) ajustado, os quais foram variáveis entre 195,34 e 224,78h.
Entretanto, ambas as formulações à base dos extratos etanólicos testados
apresentaram mortalidades inferiores ao inseticida sintético spinetoram (100% de
mortalidadeapós 120 h de exposição; TL50 = 39,25h). As formulações à base de
extratos etanólicos de sementes de A. mucosa, de A. muricata e de A. sylvatica
apresentam baixa toxicidade letal para o parasitoide P. vindemmiae, enquadrando-
se em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Palavras-Chave: Parasitoide; Acetogeninas; Manejo Integrado de Pragas

Apoio Institucional: Capes

474
Atividade fumigante de óleos essenciais para o ácaro Dermanyssus
gallinae (De Geer) (Acari: Dermanyssidae)
Cristina Bordin; Jaqueline S. Loeblein; Priscila A. Rode; Luis F. A. Alves;
Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Dermanyssus gallinae (De Geer) (Acari: Dermanyssidae) é considerado o mais


importante ectoparasita hematófago, associado à avicultura de postura. O uso de
acaricidas químicos sintéticos para o seu controle vem sendo intensificado, sendo
que muitas das vezes esses produtos não apresentam registro frente aos órgãos
competentes. Em decorrência da carência de produtos registrados para o controle
de D. gallinae faz-se necessária a busca por novas substâncias que possam ser
usadas para o manejo dessa praga. Nesse contexto, o uso de substâncias oriundas
do metabolismo de plantas apresenta-se promissor. Assim, o presente trabalho teve
por objetivo avaliar a atividade fumigante de óleos essenciais de Cinnamomum
cassia e Cinnamomum camphora var. Linalooliferum para D. gallinae. Os óleos
essenciais foram empregados em cinco concentrações variando entre 20 e 120
µg/cm3 para C. cassia e entre 40 e 200 µg/cm3 para C. camphora var.
Linalooliferum. Para tanto, os óleos essenciais foram previamente solubilizados em
acetona e aplicados em secções de papel-filtro. Após a evaporação do solvente, os
papeis foram inseridos em tubos de vidro. Os ácaros foram alojados em tubos tipo
ependorff os quais foram inseridos dentro dos tubos de vidro, de forma que os
ácaros tiveram contato apenas com os voláteis dos óleos essenciais. O
delineamento foi inteiramente casualizado, com cinco repetições por tratamento,
sendo a parcela experimental constituída por 25 ácaros. Após 48 horas da
montagem do bioensaio avaliou-se a sobrevivência dos ácaros. A concentração letal
mediana (CL50), ou seja, concentração necessária para causar mortalidade em 50%
da população, foi obtida a partir de análise de Logit. As concentrações letais
medianas foram de 25,43 e 39,84 µg/cm3, para os óleos essenciais de C. cassia e
camphora var. Linalooliferum, respectivamente. Assim, os óleos essenciais
provenientes de C. cassia e C. camphora var. Linalooliferum são tóxicos para D.
gallinae em ensaio de fumigação.

Palavras-Chave: produtos naturais; praga avícola; produtos botânicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

475
Efeito tóxico e subletal do extrato hidroalcoólico e frações
purificadas de Ricinus communis sobre Chrysodeixis includens
Wal
Jheniffer V. Warmling; Yuri R. A. de Lima; Lucas Battisti; Franciele Camargo;
Michele Potrich; Tatiane L. C. Oldoni; Everton R. Lozano
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos

Chrysodeixis includens Walker, 1858 (Lepidoptera: Noctuidae) é uma praga polífaga,


que afeta significativamente a produção em culturas como feijão, algodão, soja e
hortaliças. Nos sistemas de produção orgânica há poucas alternativas para o seu
controle. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito letal e subletal da CL50
de extrato botânico hidroalcoólico e frações purificadas de Ricinus communis L.
(Euforbiacea) sobre larvas de C. includens. Para isso, utilizou-se o extrato
hidroalcoólico à 5% e determinou-se a CL50 das frações purificadas, hexano (2,0%
(20000ppm)), diclorometano (5,8% (58000ppm)) e acetato de etila (4,7%
(47000ppm)), aplicando-se sobre a capsula cefálica de larvas de segundo instar de
C. includens, além das testemunhas (água e álcool 90%). Para cada tratamento
foram utilizadas 40 lagartas individualizadas (repetição), em placas de cultura de
células com 12 poços contendo dieta artificial. As placas foram acondicionadas em
ambiente climatizado e a avaliação foi realizada diariamente, durante cinco dias,
quantificando-se o número de mortos. A partir do quinto dia de avaliação
acompanhou-se o desenvolvimento das lagartas sobreviventes avaliando o efeito
subletal para os parâmetros: duração do período larval em dias, percentual de
empupamento, peso de pupa, razão sexual, percentual de emergência e
longevidade de machos e fêmeas. A CL50 da fração hexânica e da fração aceto
etílica causaram mortalidade de 75,00% e 55,00%, respectivamente, diferindo
significativamente da testemunha. Já as demais frações purificadas não
apresentaram efeito letal sobre C. includens. Em relação aos demais parâmetros
avaliados, nenhumas das frações purificadas apresentou efeito subletal sobre C.
includens. As frações purificadas de R. communis, com destaque a hexânica,
apresentam efeito tóxico para C. includens e não causam efeitos subletais, porém
estudos complementares de semi campo e a campo são necessários.

Palavras-Chave: Controle alternativo; inseticidas botânicos; lagarta falsa-medideira

Apoio Institucional: Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia


(UMIPT) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) pelo auxílio financeiro.

476
Efeito de diferentes doses do óleo de Neem em ninfas de 5º instar
de Eushistus heros
João P. F. Cordeiro; Erica C. Braz; Wellington R. Souza; Adeney de F. Bueno;
Hugo R. Maciel; Alan Effgen; Jessica A. de O. Muniz
Instituto Agronômico do Paraná

Eushistus heros Fabricius, 1798 (Hemiptera: Pentatomidae) é, atualmente, a espécie


mais importante no complexo de percevejos da soja. Seu manejo é complexo, o
potencial de dano é elevado e os produtos registrados para seu controle são,
geralmente, mediana à extremamente tóxicos, sendo necessário o estudo de novos
produtos. O óleo de Neem tem ação inseticida já comprovada em culturas como o
tomateiro, e é pouco agressivo ao meio ambiente. Visando alternativas no controle
de E. heros, avaliou-se o efeito de diferentes doses do óleo de neem em ninfas de 5º
instar. O bioensaio foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado,
composto por seis tratamentos (testemunha sem controle, óleo de nem à 0,67 %, 1
% e 1,3 %, Azamax à 4% e Engeo Pleno à 0,17 %) e dez repetições (cada repetição
com dez percevejos). Ninfas de 5º instar foram pulverizadas com o auxílio de “Torre
de Potter” calibrada para depositar um volume de calda de 1,5 ± 0,25 mg/cm2. Após
o tratamento, os insetos foram colocados em caixas plásticas (11x11x3 cm) e
acondicionados em B.O.D. reguladas a 25 ± 2°C, UR 70 ± 10% e fotoperíodo de
14/10h (C/E) junto com alimento (vagem de feijão, amendoim e soja). A mortalidade
das ninfas, tempo para a mortalidade das ninfas, o período do 5º instar, a
longevidade dos adultos e o número de ovos por fêmea adulta foram avaliados. O
tratamento com Engeo Pleno obteve 100 % de mortalidade no primeiro dia, já nas
concentrações do óleo de neem foi semelhante a testemunha variando de 1 a 3
percevejos em média. O óleo de neem e o AZAMAX nas concentrações utilizadas
não afetaram a longevidade dos adultos, o tempo de 5º instar, o tempo para
mortalidade das ninfas e o número de ovos por fêmea. Portanto, os resultados
obtidos indicam que os tratamentos de neem não apresentaram efeito de contato no
percevejo, precisando estudar o efeito de ingestão assim como o efeito em instares
mais jovens da praga para estimar seu potencial de uso como inseticida no controle
dessa praga.

Palavras-Chave: Percevejo-marrom; praga-chave; fase imatura

Apoio Institucional: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Soja

477
Toxicidade de óleos essenciais provenientes de anonáceas para
Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae)
Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Murilo S. Oliveira; Jociani Ascari;
Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diapenirus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), popularmente


conhecido como cascudinho dos aviários, vem causando diversos prejuízos para
avicultura no Brasil. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de
óleos essenciais provenientes de Annona sylvatica (folhas), Duguetia lanceolata
(cascas do caule), Xylopia brasiliensis (cascas do caule) e Xylopia sericea (folhas)
para A. diaperinus, em ensaio de ingestão. Os óleos essenciais foram obtidos a
partir do material vegetal seco (200 g), empregando o método de hidrodestilação em
aparelho do tipo Clevenger. Para o bioensaio foram utilizadas larvas com 10 a 12
dias de idade, mantidas em dieta artificial. Os óleos essenciais (100 mg) foram
solubilizados em acetona (1 mL) e incorporados à dieta artificial (1g). Após a
evaporação do solvente, alíquotas da dieta (20 mg), contendo os tratamentos, foram
transferidas para tubos do tipo eppendorf, onde foi inoculada uma larva. O
delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 50 repetições para
cada tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva, mantida
individualizada. A testemunha negativa consistiu de dieta acrescida de acetona. Os
insetos tiveram a sobrevivência avaliada após 24, 48, 72, 96 e 120 horas do início do
bioensaio. Para análise estatística, os dados foram submetidos a análise de
sobrevivência empregando a distribuição de Weibull. Apesar dos óleos essenciais
provenientes de A. sylvatica, X. brasiliensis e X. sericea causarem redução na
sobrevivência de A. diaperinus, os resultados mais promissores foram encontrados
para o óleo essencial de D. lanceolata. O tratamento com D. lanceolata causou
sobrevivência acumulada de apenas 2%, após 120 horas do início do bioensaio,
destaca-se que o tempo letal mediano foi de apenas 45,5 horas. Dessa forma, o óleo
essencial de D. lanceolata apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para
A. diaperinus.

Palavras-Chave: inseticidas botânicos

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

478
Bioatividade de óleos essenciais de anonáceas para Alphitobius
diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae)
Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Murilo S. Oliveira; Jociani Ascari;
Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

O cascudinho dos aviários Alphitobius diapenirus (Panzer) (Coleoptera:


Tenebrionidae) é um inseto proveniente da África, que vem causando diversos
prejuízos à avicultura no Brasil, dentre eles é possível citar o dano nas estruturas
dos galpões; transmissão de patógenos e ainda a redução na eficiência de
conversão alimentar dos frangos. Diante disso, torna-se de essencial importância a
busca por novas moléculas que possam ser usadas para o controle desse inseto.
Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade de óleos essenciais,
provenientes de Annona sylvatica (folhas), Duguetia lanceolata (cascas do caule),
Xylopia brasiliensis (cascas do caule) e Xylopia sericea (folhas) para A. diaperinus,
em ensaio de aplicação tópica. Os óleos essenciais foram obtidos por meio do
método de hidrodestilação, em aparelho do tipo Clevenger. Para a realização do
bioensaio foram utilizadas larvas de A. diaperinus de terceiro ínstar obtidas de
criação em laboratório. Os óleos essenciais foram solubilizados em acetona e
aplicados topicamente nas larvas na concentração de 10%, utilizando seringa tipo
Hamilton®. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 50
repetições para cada tratamento, sendo cada repetição constituída por uma larva
mantida individualizada em tubo tipo eppendorf. A testemunha negativa foi acetona.
As avaliações foram realizadas após 2, 24, 48, 72, 96 e 120 horas da aplicação dos
tratamentos. Os dados foram submetidos à análise de sobrevivência empregando a
distribuição de Weibull. Todos os óleos essenciais testados causaram redução na
sobrevivência de A. diaperinus, sendo os resultados mais promissores encontrados
para os óleos essenciais provenientes de D. lanceolata e X. sericea, os quais
causaram mortalidade de 100% nas larvas e tempo letal mediano, de apenas 1,7
horas. Assim, os óleos essenciais de A. sylvatica, D. lanceolata, X. brasiliensis e X.
sericea apresentam-se promissores como fonte de substâncias ativas para A.
diaperinus.

Palavras-Chave: metabólitos secundários; inseticida botânico; controle

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

479
Metabólitos secundários de plantas da família Annonaceae como
alternativa ao controle de Alphitobius diaperinus Panzer
Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Laís S. Porto; Denilson F. Oliveira;
Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae), conhecido


popularmente como cascudinho dos aviários, vem causando diversos prejuízos à
avicultura no Brasil. Dentre eles é possível citar que atuam como reservatório e na
disseminação de patógenos; causam danos nas estruturas dos aviários e reduzem a
eficiência de conversão alimentar dos frangos. Nesse sentido, metabólitos
secundários de plantas apresentam-se promissores para serem usados no controle
desse inseto. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade de
frações solúveis em diclorometano, provenientes de extratos metanólicos, oriundos
de Duguetia lanceolata (cascas do caule), Xylopia emarginata (cascas do caule) e
Xylopia sericea (cascas do caule e frutos). Para o bioensaio foram utilizadas larvas
de 10 a 12 dias, mantidas em condição de laboratório. As frações (100 mg) foram
solubilizados em acetona (1.000 µL) e incorporadas à dieta (1 g). Após a evaporação
do solvente, alíquotas da dieta (20 mg) foram transferidas para tubos tipo eppendorf,
em que foi inoculada uma larva. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado, com 50 repetições, sendo cada repetição constituída por uma larva,
mantida individualizada em eppendorf. O experimento foi repetido duas vezes. Como
testemunha negativa foi empregada acetona. As avaliações foram realizadas após
24, 48, 72, 96 e 120 horas. Os dados coletados foram submetidos à análise de
sobrevivência, empregando a distribuição de Weibul. O tratamento com D.
lanceolata (cascas do caule) causou sobrevivência acumulada de 3% nos
indivíduos, sendo o tempo letal mediano (TL50) estimado em apenas 51,0 horas. As
frações provenientes de X. emarginata e X. sericea não causaram redução na
sobrevivência de A. diaperinus. Dessa forma, a fração das cascas do caule de D.
lanceolata apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para A. diaperinus.

Palavras-Chave: extratos vegetais; produtos naturais; manejo integrado de pragas

Apoio Institucional: Fundação Araucária, CNPq

480
Bioatividade de óleos essenciais de Cinnamomum spp. para
Alphitobius diaperinus (Panzer) (Coleoptera: Tenebrionidae)
Laís S. Porto; Katiane Pompermayer; Beatriz O. S. Gomes; Dejane S. Alves
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Santa Helena

Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae), conhecido


popularmente como cascudinho-dos-aviários, é um inseto cosmopolita, que
encontrou como lugar ideal para sua sobrevivência as camas de aviário de frangos
de corte. O uso de inseticidas químicos sintéticos para o seu controle acarreta na
seleção de populações de insetos resistentes, além de contaminação ambiental e
resíduos nos alimentos. Nesse contexto, metabólitos secundários de plantas
apresentam-se como uma alternativa viável para o controle desse inseto. Assim,
esse trabalho teve como objetivo avaliar a bioatividade de óleos essenciais de
Cinnamomum camphora, Cinnamomum camphora var. Linalooliferum e
Cinnamomum cassia, em ensaio de ingestão para A. diaperinus. Os óleos
essenciais (100 mg) foram solubilizados em acetona (1.000 µL) e adicionados a
dieta (1 g). Após a evaporação do solvente, alíquotas da dieta (20 mg) foram
transferidas para tubos tipo ependorff, em cada tubo foi inoculada uma larva (10-12
dias de vida). O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente
casualizado com 50 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por
uma larva mantida individualizada. A testemunha negativa consistiu de acetona.
Após 24, 48, 72 e 96 horas da montagem do bioensaio foram realizadas as
avaliações pela contagem do número de larvas vivas e mortas. Para a análise
estatística os dados foram submetidos à análise de sobrevivência empregando a
distribuição de Weibull. Foi constatado que o óleo essencial proveniente de C.
cassia causou 100% de mortalidade nos insetos. Destaca-se ainda que o tempo letal
mediano, ou seja, tempo necessário para causar mortalidade em 50% da população,
foi de apenas 24,4 horas para o tratamento com de C. cassia. Dessa forma, o óleo
essencial de C. cassia apresenta metabólitos secundários que são tóxicos para A.
diaperinus. Os óleos essenciais de C. camphora e C. camphora var. Linalooliferum
não foram tóxicos para A. diaperinus. Palavras-chaves: Produtos naturais,
inseticidas botânicos, manejo integrado. Apoio financeiro: Fundação Araucária,
CNPq.

Palavras-Chave: Produtos naturais; Inseticidas botânicos; Manejo integrado

Apoio Institucional: Fundação Auracária, CNPq

481
Potencial de Mikania laevigata, com fertilizante orgânico e Bacillus
thuringiensis, no controle de Fusarium oxysporum
Wellington Soares 1; Diounéia L. Berlitz 2; Neiva Knaak 3; Aida T. S. Matsumura
2; Marcia E. Silva 2; Akio S. Matsumura 2; Akira S. Matsumura 2; Lidia M. Fiuza 2

1
-IFMT/Ciência e Tecnologia do Mato Grosso Cuiabá, MT - 2-ICB BIOAGRITEC LTDA. Bacteriologia,
Rua Arabutan, 386, Porto Alegre, RS, Brasil. CEP: 90240-470. E-mail: detec@icb.bio.br -3-EEA/IRGA,
Cachoeirinha, RS

As plantas de Mikania laevigata Sch. Bip. ex Baker (Asteraceae) foram previamente


tratadas com o biofertilizante orgânico Vairo e os sorovares de Bacillus thuringiensis
Berliner, 1911 (Bacilaceae), Bt.kurstaki (Btk) e Bt.aizawai (Bta) visando avaliar a
atividade antifúngica. As plantas foram selecionadas por homogeneidade, sendo três
repetições de três plantas, constituindo oito tratamentos: (i) H2O esterilizada com
DMSO (150 µM); (ii) B. Vairo (1:0,5); (iii) Ácido Jasmônico (150 µM); (iv) B.
Vairo com Ácido Jasmônico; (v) Btk - 150mL/100L; (vi) Bta -100g/100L; (vii) Btk com
Vairo e (viii) Bta com B. Vairo. Nos ensaios, 1mL da suspensão (1.10ˆ5 esporos) do
fitopatógeno Fusarium oxysporum Schltdl, 1824 (Nectriaceae) foi incubada
juntamente com 1mL dos diferentes extratos de M. laevigata, durante 1 hora,
temperatura ambiente (30ºC). Nas testemunhas, as incubações foram efetuadas
sem os extratos de M. laevigata. Em seguida, foram aplicadas 100μL dessa solução
em meio BDA, em triplicatas. Os tratamentos foram mantidos em B.O.D., a 28ºC por
72 horas. Em seguida foram quantificadas as Unidades Formadoras de Colônias
(UFC’s). A determinação da conidiogênese foi realizada após 5 dias de incubação,
onde foram recortados três discos aleatórios de 2cmˆ2 de BDA, aos quais foram
adicionados 9mL de H2O esterilizada e agitados em vórtex, durante 2 minutos. A
contagem de conídios foi realizada em Câmara de Neubauer e microscópio óptico
(400 x). Os resultados visando o controle do fitopatógeno, F. oxysporum, revelaram
na quantificação das UFC’s que os tratamentos que diferiram da testemunha e os
demais foram: Btk; Ácido jasmônico; e B. Vairoâ+Ácido jasmônico. Por outro lado, os
dados da conidiogênese mostraram diferença significativa quando comparados a
testemunha. Os resultados inferem que a aplicação do extrato de M. laevigata com o
biofertilizante Vairo e os sorovares de B. thuringiensis reduzem a conidiogênese e
consequentemente o controle do fitopatógeno F. oxysporum.

Palavras-Chave: Bactérias; Fungos; biofertilizantes

Apoio Institucional: ICB BIOAGRITEC LTDA

482
Toxicidade de Óleo Essencial de Ocotea bicolor sobre Sitophilus
zeamais em Trigo Armazenado
Luiz F. G. Striquer; Valkíria F. Silva; Carolina S. D. Damasceno; Felipe S. Dutra;
Sanderson B. de Lara; Otávio Luz; Juliane N. Swiech
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa
– PR - CEP 84.030-900; Departamento de Química, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta
Grossa, PR - CEP 84.030-900; Departamento de Quimica, Universidade Federal do Paraná,
Curitiba– PR - CEP 80.060-000

Sitophilus zeamais Motschulsky 1855 (Coleoptera: Curculionidae) é uma das pragas


de grãos armazenados de maior importância agrícola, devido ao seu elevado
potencial biótico e por causar grandes prejuízos na produção de grãos. O uso de
óleos de origem botânica, com possível ação inseticida tem sido alvo de estudos nos
últimos anos para o controle de pragas. Portanto, buscou-se neste trabalho verificar
o possível efeito inseticida do óleo essencial de O. bicolor sobre S. zeamais. Os
testes foram feitos avaliando-se a mortalidade dos insetos através da aplicação
tópica do óleo essencial de Ocotea bicolor (1μL/inseto) diluído em acetona, seguindo
delineamento inteiramente aleatorizado. Foram utilizadas as concentrações de 0%
(testemunha), 1%, 1,5%, 3,25%, 5% e 6,5% com 5 repetições e 10 insetos/parcela.
O experimento foi conduzido em ambiente controlado (25°C ±2°C) e os insetos
utilizados partiram da criação de laboratório (T=25° C±2°C, UR=70% ±10 e
fotoperíodo = 12h). A mortalidade foi avaliada 24h após as aplicações. Os dados
foram comparados utilizando ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey
com 5% de significância através do software R® v3.2.1. Além disso, foram
calculadas as DL50 e DL90 pela análise de Probit, também através do software R®.
Verificou-se que os valores foram distintos entre si (F = 41,165; P < 0,01). As
mortalidades médias obtidas para as concentrações 0% (testemunha), 1%, 1,5%,
3,25%, 5% e 6,5% foram respectivamente de 0%, 6,86%, 12%, 32%, 66% e 92%. O
valor calculado da DL50 foi de 3,61% e da DL90 de 9,23%. Com os resultados
obtidos, constatou-se que o óleo essencial de O. bicolor possui potencial ação
inseticida sobre S. zeamais.

Palavras-Chave: gorgulho; plantas inseticidas; controle de pragas

Apoio Institucional: Universidade Estadual de Ponta Grossa

483
Efeito carcinogênico e anticarcinogênico do resveratrol por mio do
teste para detecção de clones de tumors epiteliais (warts) em
Drosophila melanogaster
Moacir Ferreira Borges Júnior; Nayane Moreira Machado
Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM

Os flavonoides são compostos que se destacam por atuarem de diversas formas


nas células; sendo elas, antioxidante, inibição da proliferação celular, indução da
apoptose e eliminação ou interferência em carcinógenos. Além de tais atuações o
Resveratrol age na eliminação de radicais livres, ativação de várias enzimas e
proteção contra hidroxilos. Levando em consideração tais fatores, esta pesquisa
objetivou-se avaliar o efeito carcinogênico do resveratrol e anticarcinogênico quanto
associado a doxorrubicina em sistema de co-tratamento e a verificação de relação
dose dependente entre a presença de tumores e as concentrações utilizadas; por
meio do teste de detecção de clones de tumores epiteliais (warts) em Drosophila
melanogaster (Meigen, 1830 (Diptera: Drosophilidae). Para tanto, foi preparado
soluções com cápsulas de resveratrol, nas concentrações: 0,02; 0,04 e 0,08mM. O
tratamento foi executado com larvas de 72 horas provenientes do cruzamento de
machos da linhagem mwh/mwh e as fêmeas da linhagem wts/TM3. Para controle
negativo foi utilizado água de osmose reversa e como controle positivo foi utilizada a
Doxorrubicina. Os resultados mostraram que o Resveratrol apresenta efeito
carcinogênico nas concentrações de 0,04 e 0,08mM pois houve aumento,
estatisticamente significativo, na frequência de tumores quando comparadas com o
controle negativo. Demonstrou ainda, efeito anticarcinogênico nas demais
concentrações testadas, pois houve uma redução estatisticamente significativa
quando comparadas ao controle positivo; exibindo uma redução ainda maior, à
medida que aumenta a concentração de resveratrol associado à Doxorrubicina,
estabelecendo assim uma dose resposta.

Palavras-Chave: Câncer; Warts; Flavonoides

Apoio Institucional: Centro Universitário de Patos de Minas, UNIPAM

484
Efeitos letais e subletais dos óleos vegetais de babaçu e soja
degomado sobre o ácaro predador Typhlodromus ornatus
Wenner V. A. Saraiva; Isadora G. Vieira; Andréia S. Galvão; Ester A. do Amaral;
Adriano S. Rêgo; Adenir V. Teodoro; Nívia da S. Dias-Pini
1
Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Avenida Mister Hull, 2977, 60356000,
Ceará, Brasil; *wenner_saraiva.94@hotmail.com; 2Instituto Federal do Maranhão, Campus São Luís
- Maracanã, Av. Curiós, s/n, Caixa Postal 433, São Luís, MA, Brasil; 3Departamento de Fitotecnia,
Universidade Estadual do Maranhão, Cidade Universitária Paulo VI, Av. Lourenço Vieira da Silva nº
1000, Bairro Jardim São Cristovão, 65055-310, São Luís, MA, Brasil; 4Embrapa Tabuleiros Costeiros,
Av. Beira mar, 3250, 49025-040, Aracaju, SE, Brasil; 5Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Drª Sara
Mesquita, n 2270, Pici, 600220-181, Fortaleza, CE, Brasil

O ácaro predador Typhlodromus ornatus (Acari: Phytoseiidae) é um inimigo natural


chave do ácaro-da-necrose Aceria guerreronis (Acari: Eriophyidae), considerado
uma das principais pragas da coconicultura mundial. Estratégias ecológicas de
manejo de A. guerreronis têm sido comprovadas ao utilizar os óleos vegetais de
babaçu e soja degomado no controle desse artrópode fitófago. No entanto, os
efeitos subletais desses óleos vegetais sobre T. ornatus ainda são desconhecidos.
Neste trabalho, a compatibilidade dos óleos vegetais de babaçu e soja degomado a
T. ornatus foi avaliada por meio da integração de estimativas de concentração letal
(CL) com efeitos não letais de repelência e taxa de crescimento populacional desse
ácaro predador. Bioensaios de concentração-mortalidade revelaram que os óleos
vegetais de babaçu (CL50= 5,03 µl/cm2) e soja degomado (CL50= 4,14 µl/cm2)
foram cerca de 19 e 28 vezes menos tóxicos para T. ornatus, respectivamente, em
comparação a sua presa A. guerreronis. O óleo de babaçu não foi repelente a T.
ornatus, porém o óleo de soja degomado demonstrou efeito repelente em suas
diferentes concentrações e tempos de avaliação. Testes adicionais demonstraram
que independentemente das concentrações dos óleos vegetais testados, a taxa de
crescimento de T. ornatus foi sempre positiva. Do ponto de vista da seletividade, o
óleo de babaçu foi mais compatível com T. ornatus por não apresentar repelência.
Conclui-se que ambos os óleos vegetais avaliados apresentaram baixo risco a T.
ornatus sendo indicados como ferramentas promissoras para ser integrado em
programas de manejo com objetivo de controlar A. guerreronis em cultivos de
coqueiros.

Palavras-Chave: Repelência; Seletividade; Taxa de crescimento

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico

485
Aplicação tópica do extrato etanólico de Asclepias curassavica L.
sobre Spodoptera frugiperda (J.E.Smith,1917)
Mozzer A. Lopes; Renato M. de Leão; Vânia M. Ramos; Welton P. Silva; Vitor C.
Russo; Viviane T. de Almeida; João V. S. Cruz
Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do
Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

A planta Asclepias curassavica L. (Asclepiadaceae) possui um metabólito


secundário denominado glicosídeo cardiotóxico o qual a caracteriza como uma
planta tóxica, com grande potencial para utilização no controle de lagartas. Sendo
assim, foi conduzido um estudo para verificar a ação de A. curassavica na
sobrevivência de Spodoptera frugiperda. O experimento foi realizado na instituição
de ensino Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), em Presidente Prudente –
SP, no Laboratório de Entomologia Agrícola (L.E.A.). As plantas foram coletadas,
secas e moídas, e a partir do pó foi confeccionado o extrato etanólico bruto. Este
extrato bruto foi diluído em álcool absoluto nas concentrações de 6% e 10%. Foram
dois ensaios: 1 aplicação e 2 aplicações, sendo a segunda aplicação 72 horas após
primeira. Foram feitas aplicações tópicas dos extratos sobre lagartas de quarto
ínstar, acondicionadas em potes plásticos de 75 ml, utilizando-se uma seringa de
Hamilton, foi aplicada uma gota de aproximadamente 0,1μL de extrato no dorso de
cada lagarta. Após, foi colocada, em cada pote contendo uma lagarta, dieta artificial
sem extrato no centro do pote para alimentá-las. Foi avaliado a mortalidade até 72
horas após a aplicação, e até 144 horas no ensaio com 2 aplicações. O
delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 6 tratamentos
e 20 repetições. Ao final das avaliações todos os resultados foram submetidos a
análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey a 5%. No experimento ficou
demostrado que o extrato diluído em álcool apresenta ação de contato sobre as
lagartas de quarto instar. Dos tratamentos contendo o extrato, todos ocasionaram
mortalidade, sendo o tratamento com 10% o mais eficaz, obtendo 90% de
mortalidade no 3º dia com apenas 1 aplicação; e 95% de mortalidade no 6 º dia com
2 aplicações. Aplicação tópica única ou dupla do extrato de A. currassavica nas
concentrações de 6% e 10% foram efetivas em S. frugiperda de quarto instar.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; Inseticidas botânicos; lagarta-do-cartucho

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de


Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

486
Óleo de mamona (Ricinus communis L.) no controle de formiga
cortadeiras (Atta spp.) em campo
Welton P. Silva; Vitor C. Russo; Renato M. de Leão; Vânia M. Ramos; Mozzer A.
Lopes; Viviane T. Almeida; João V. S. Cruz
Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do
Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

As formigas cortadeiras, do gênero Atta são consideradas pragas importância


econômica em diversas culturas. Diante dos problemas causados pelo uso de
inseticidas químicos o objetivo desse trabalho é buscar novas alternativas de
controle para a formiga cortadeira. Foram utilizados 28 ninhos de formiga cortadeira
do gênero Atta, todos georreferenciados, sendo visualizados em mapa a partir de
dispositivos eletrônicos. Foram feitas pulverizações e ofertas de iscas contendo óleo
de Ricinus communis nos ninhos nas concentrações de 2 e 4%. Para a pulverização
cada ninho recebeu a quantia de 1,5L de calda distribuída numa área de 25m² a
partir da borda da área de terra solta do ninho. Nos tratamentos com isca de aveia
em flocos, a quantidade aplicada foi de 10 g de isca/m² de terra solta, oferecida nas
trilhas de forrageamento. Dessa maneira, foram formados 6 tratamentos: água
(testemunha pulverização), aveia (testemunha isca), óleo mamona 2% pulverizado,
óleo de mamona 4% pulverizado, óleo de mamona 2% isca de aveia, óleo de
mamona 4% isca de aveia, isca padrão à base de sulfluramida (Mirex-S). Cada
tratamento foi aplicado em 4 repetições (ninhos). Os parâmetros avaliados foram:
carregamentos de iscas e atividade de corte (forrageamento) através de avaliações
feitas após 24h, 48h, 72h, 7 dias, 15 dias, 30 dias e 60 dias após aplicação dos
tratamentos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Com os
parâmetros avaliados foram calculadas médias, e em função da homogeneidade dos
dados, ou seja, da ausência do coeficiente de variação, não foram aplicados testes
estatísticos e a análise foi descritiva. O carregamento de iscas não foi afetado pelos
tratamentos em que foram utilizados iscas aveia em flocos. Após 24 horas somente
o tratamento com Mirex-S pulverizado e na formulação de isca teve efeito formicida,
interferindo no desenvolvimento do ninho. O óleo de mamona não teve efeito de
repelência, fungicida ou formicida sobre formigas cortadeiras do gênero Atta.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; Inseticidas botânicos; saúva

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de


Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

487
Bioatividade do extrato etanólico e frações de Euphorbia
pulcherrima sobre Spodoptera frugiperda
Viviane T. de Almeida; Vânia M. Ramos; Renato M. de Leão; Matheus V. Prado;
Leticia V. de Lima; João V. S. Cruz; Maria C. da Silva
Programa de Graduação e Pós-Graduação em Agronomia (Entomologia Agrícola) Universidade do
Oeste Paulista, (UNOESTE) CEP 19067-175 Presidente Prudente, SP, Brasil

A lagarta-do-cartucho - Spodoptera frugiperda J.E.Smith, 1797 (Noctuidae) é uma


importante praga do milho, e atualmente a forma mais utilizada de controle é com
inseticidas químicos. Nesse contexto, a investigação de substâncias com ação
inseticida torna-se relevante. Diante disso o presente trabalho tem por objetivo
avaliar a ação do extrato etanólico e frações semipurificadas de folhas de Euphorbia
pulcherrima Willd. Ex Klotzsch 1834 (Euphorbiaceae) na biologia de Spodoptera
frugiperda. Foi elaborado o extrato a partir de folhas da planta E. pulcherrima (Bico-
de-Papagaio), que foram secas em estufa, trituradas e então solubilizadas em
etanol, obtendo o extrato etanólico bruto. O extrato etanólico bruto foi fracionado por
partição líquido-líquido com hexano, acetato de etila e diclorometano As frações
(hexano, acetato de etila e diclorometano) e o extrato bruto na concentração de 2%
que corresponde 20g para 1 litro de dieta foram incorporados durante o preparo da
dieta artificial, para o tratamento testemunha foi utilizado dieta artificial normal.
Cubos de dieta de aproximadamente 4g foram acondicionados em potes plásticos
de 75ml e iormente lagartas de segundo instar foram colocadas sob dieta artificial ad
libitum. Cada um do 5 tratamentos foi composto de 50 repetições, sendo cada
repetição uma lagarta. Os potes foram armazenados em sala climatizada, à
temperatura de 26,0°C ± 1,0°C, umidade 60% ± 10% e fotofase de 12 horas e
diariamente foi observada a mortalidade das lagartas até a fase de pupa. Entre as
frações e o extrato bruto, a fração hexânica foi a mais promissora como fonte de
substâncias com atividade inseticida sobre lagartas de S. frugiperda ocasionando
100% de mortalidade. Na sequência a fração diclorometano e o extrato bruto
apresentaram 52 e 42 % de mortalidade em lagartas S. frugiperda. A fração
hexânica do extrato de folhas de E. pulcherrima na concentração de 2% é eficiente n
controle de lagartas de S. frugiperda.

Palavras-Chave: Plantas inseticidas; extratos vegetais; lagarta militar

Apoio Institucional: Apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de


Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001

488
Controle de ninfas Bemisia tabaci (Gennadius) Hemiptera:
Aleyrodidae) por óleos e extratos vegetais em mudas de couve
manteiga
Adrielle L. S. Souza; Roberta Zani da Siva
Universidade Estadual do Tocantins

Poucos são os inseticidas registrados para o controle de mosca branca em


hortaliças. Os extratos de plantas e óleos vegetais podem ser utilizados no controle
de insetos pragas, sendo uma alternativa fácil e eficaz no manejo de insetos. Assim,
este trabalho teve como objetivo avaliar óleos e extratos vegetais no controle da
mosca branca. O experimento foi desenvolvido no viveiro de mudas do Complexo de
Ciências Agrárias da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), em Palmas - TO.
Os tratamentos utilizados foram: Água (Testemunha); Óleo de mamona; Óleo de
macaúba; Óleo de copaíba e Extrato de folhas de Angico em mudas de couve
manteiga. A concentração dos óleos foram 100% e do extrato de angico 100g/L de
água. A aplicação dos defensivos foi realizada uma vez por semana utilizando um
pulverizador manual em duas aplicações. A avaliação foi realizada pela contagem do
número de ninfas de mosca branca em três folhas de cada planta antes e após a
pulverização dos defensivos na base abaxial das folhas. O delineamento
experimental foi de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições. Os dados
foram submetidos à análise de variância e as medias comparadas pelo teste de
Tukey a 5% pelo programa SISVAR 4.1. O óleo de macaúba causou fitotoxidade nas
mudas de couve manteiga, os óleos de mamona e copaíba e o extrato de folhas de
angico quando aplicados nas mudas diminuíram o número de ninfas de mosca
branca na primeira e segunda aplicação. Nesse trabalho foi possível observar que
os óleos de copaíba e mamona e o extrato de folhas de angico tem potencial para o
controle de mosca branca.

Palavras-Chave: copaíba; mamona; angico

Apoio Institucional: Governo do Tocantins

489
Influência do substrato de cultivo de plantas na ocorrência Bemisia
tabaci (Gennadius Hemiptera: Aleyrodidae)
Elieser R. Marques; Roberta Zani da Silva
Universidade Estadual do Tocantins

Existe uma gradual substituição do cultivo de hortaliças em solo para o cultivo em


substrato, principalmente quando a presença de patógenos no solo que
impossibilitam o cultivo. O substrato para cultivo deve proporcionar adequado
suprimento de ar e água ao sistema radicular deve ser de fácil manejo, baixo custo,
alta disponibilidade e ter longa durabilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar a
bainha de folhas de buriti como substrato na produção de plantas de pepino e sua
influência sobre a população de mosca branca. O experimento foi conduzido em
casa de plástico no município de Santa Tereza (TO). As plantas de pepino variedade
Longo verde e Caipira foram produzidas em vasos de 10 litros em diferentes
substratos: Areia pura, Bainha da folha do buriti moído e areia, na proporção de 25%
de buriti e 75% de areia, Bainha da folha do buriti com e areia na proporção de 50%
de buriti cinza e 50% de areia. Bainha da folha do buriti moído e areia, na proporção
de 75% de buriti e 25% de areia. O sistema de condução das plantas foi em fitilho e
realizada fertirrigação. A contagem de ninfas de moscas branca foi realizada no 16,
22 e 29 dias após o transplantio. O delineamento experimental foi em blocos ao
acaso com quatro repetições em esquema fatorial 2 x 4. Os dados foram submetidos
à análise de variância e as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5% pelo
programa SISVAR 4.1. O substrato contendo (50% areia e 50% bainha de buriti),
reduziu o número de ninfas de moscas brancas na cultivar Caipira quando avaliado
no vigésimo segundo dia pós transplantio

Palavras-Chave: Mauritia flexuosa; mosca branca; Cucumis sativus

Apoio Institucional: CNPq

490
Efeitos de extratos aquosos vegetais sobre ninfas de Bemisia
tabaci (Gennadius) Hemiptera: Aleyrodidae na cultura da Berinjela
(Solanum melongena L.)
Maísa F. Ribeiro; Roberta Zani da Silva
Universidade Estadual do Tocantins

Solanum melongena L. é um fruto originária da Índia e possui grande importância


econômica e alimentícia, por isso, sua produção se torna cada vez mais ascendente.
Dentre os diversos fatores que podem reduzir sua produtividade, encontram-se os
insetos pragas, que danificam diferentes partes da planta, sendo geralmente
controlados por inseticidas. Em busca de uma produção livre de agrotóxicos, o uso
de extratos botânicos é uma alternativa de controle dessas pragas. O objetivo deste
trabalho foi avaliar os efeitos dos extratos aquoso e alcoólico de Allium sativum L e
Stryphnodendron adstringens no controle de mosca branca em mudas de berinjela
cultivar Embú. O estudo foi realizado em viveiro, na Universidade Estadual do
Tocantins, em Palmas-TO. Os tratamentos foram: extrato alcoólico do barbatimão
20 ml/L; extrato aquoso de alho 160 ml/L; alho + barbatimão (1:1) e testemunha.
As mudas foram desenvolvidas em sacolas plásticas contendo terra preta e esterco
bovino na proporção 2:1. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em
esquema fatorial 4x3, com 25 mudas para cada tratamento. Os extratos foram
aplicados a cada sete dias por meio de pulverização em três aplicações sendo a
primeira coleta de folhas realizada antes da aplicação dos defensivos e as demais
após. A avaliação da eficiência dos extratos foi por meio da contagem dos números
de ninfas de mosca branca encontradas na área abaxial das folhas coletadas, para
isso foram utilizadas quatro folhas por parcela e analisadas em laboratório com um
microscópio estereoscópico. Na primeira aplicação não houve diferença significativa
entre os tratamentos pelo Teste de Tukey a 5%, já na segunda e terceira aplicação o
extrato de alho reduziu o número de mosca branca em mudas de berinjela.

Palavras-Chave: Alho; barbatimão; mosca branca

Apoio Institucional: CNPq

491
Atividade inseticida de óleos essenciais sobre Myzus persicae
(Sulzer, 1776) (Hemiptera:Aphididae) em couve-verde
Suellen G. da Silva; Simone M. Jahnke; Josué Sant’Ana; Rosana M. de Morais
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul programa de pós graduação em Fitotecnia (Av.
Bento Gonçalves, 7712, 91509-900, Porto Alegre, RS, Brasil), *email: suellengodoys@gmail.com.
SEAPDR - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul,
Centro de Pesquisa em Florestas ( BR 287, acesso VCR 830, km 4,5, Distrito de Boca do Monte,
97001-970, Santa Maria, RS, Brasil)

O pulgão-verde-claro Myzus persicae é uma importante praga em brássicas.


Atualmente formas de controle menos agressivas ao ambiente são buscadas,
considerando que o principal método utilizado ainda é o químico. O objetivo deste
estudo foi avaliar a mortalidade de M. persicae na presença de óleos essenciais de
frutos frescos de pimenta-rosa, Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae), folhas
frescas de capim-citronela, Cymbopogon winterianus (Poaceae) e de eucalipto-cidró,
Eucalyptus citriodora (Myrtaceae), nas concentrações de 0,5% e 1%. Os bioensaios
foram realizados com discos foliares de couve-verde (9 cmf) mantidos em sala
climatizada (25 ± 2°C, 60 ± 10% UR, fotofase 14h) em placas de Petri. Estes foram
imersos, por 30 segundos, em soluções de 100 ml de cada um dos óleos
(separadamente) e a testemunha em água destilada. Nos tratamentos foi adicionado
Tween® 80 a 1%. O delineamento foi inteiramente casualizado com três tratamentos
(óleos essenciais das três plantas), mais a testemunha. Foram feitas 10
repetições/tratamento com 10 insetos adultos em cada placa, avaliados após 24 e
48 horas. A mortalidade foi calculada pela fórmula de Abott. As médias foram
comparadas por Anova seguido de Tukey ou por Kruskal-Wallis (P<0,05). A
mortalidade de pulgões foi maior em discos com a presença dos óleos, em
comparação com a testemunha, em ambas as concentrações e períodos. Na
concentração de 0,5% de C. winterianus, M. persicae apresentou maior percentual
de mortalidade 71,58% comparado aos outros óleos. A mortalidade de adultos que
tiveram contato com S. terebinthifolius e E. citriodora não diferiu, apresentando
percentuais inferiores a 50% nesta mesma concentração. Houve diferença
significativa para os períodos de exposição, havendo maiores percentuais de
mortalidade em 48h. Para a concentração de 1%, C. winterianus, S. terebinthifolius e
E. citriodora tiveram efeito inseticida de 98,95%, 86,16% e 75,80% respectivamente,
sem diferença entre os tempos de exposição.

Palavras-Chave: Brassica oleracea; pulgão-da-couve; produtos vegetais

Apoio Institucional: CNPq

492
Toxicidade do óleo essencial de carqueja (Baccharis milleflora)
sobre Rhyzopertha dominica (Coleoptera: Bostrichidae)
Sanderson B. de Lara1; Valkiria F. Silva1; Camila B. Pereira2; Felipe S. Dutra2;
Luiz Felipe G.Striquer1; Rafaela M. C. Zuin1
1
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade, Universidade Estadual de Ponta Grossa – PR – CE
84.030-900. E-mail: sanderson@gmail.com; 2Departamento de Química, Universidade Estadual de
Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR - CEP 84.030-900

Rhyzopertha dominica (Fabricius) 1972 (Coleoptera: Bostrichidae) é uma das


principais pragas em trigo armazenado. Os danos causados são decorrentes da
colonização do interior dos grãos pelas larvas do inseto, resultando em perda de
peso, desvalorização comercial, redução do valor nutritivo. Objetivando a redução do
uso de inseticidas sintéticos, buscou-se verificar o efeito inseticida do óleo essencial
de carqueja (Baccharis milleflora) sobre a R. dominica. O óleo foi obtido de cladódios
de B. milleflora secos a temperatura ambiente. Os insetos foram criados sob
condições controladas (T= 24±2°C, UR=70%±5, fotoperíodo de 12h). Para a
aplicação tópica, foi utilizado 1 µL/inseto do óleo essencial de carqueja nas
concentrações de 0% (controle), 1%, 2%, 3%, 4%, 5% e 7% com 5 repetições e 10
insetos/parcela. As avaliações de mortalidade foram realizadas 24 horas após
aplicação do óleo essencial. A análise dos dados foi feita utilizando o teste de
ANOVA, por meio do software R® v3.2.1 e a DL50 e DL90 foram determinadas na
análise de Probit utilizando o software RStudio®. A mortalidade média dos insetos
diferenciaram entre si (ANOVA; F= 36,469, p < 0,01), exceto para as concentrações
de 5% e 7%, onde a mortalidade média foi de 62% e 78% respectivamente. Os
valores médios de mortalidade para as demais concentrações: 0%, 1%, 2%, 3%,
4%, foram 4%, 0%, 2%, 18%, 32% respectivamente. A DL50 foi de 4,7% e a DL90
foi de 8,4%. De acordo com os resultados, o óleo essencial de carqueja apresentou
atividade inseticida sobre a R. dominica. Palavras-chave: trigo, inseticida botânico,
pragas de grãos Apoio financeiro: UEPG

Palavras-Chave: Trigo; Inseticida botânico; Pragas de grãos

Apoio Institucional: UEPG

493
494
Modificação genética: um estudo de expressão gênica em eventos
de milho singular e estaqueado
Priscilla T. Nascimento; Renzo G. Von Pinho; Fernando H. Valicente; Beatriz A.
Barros; Marcos A. M. Fadini; Camila S. F. Souza
Universidade Federal de Lavras

Plantas respondem ao ataque de insetos herbívoros sintetizando e liberando uma


mistura complexa de compostos voláteis (HIPV´S), os quais são importantes pistas
químicas utilizadas por inimigos naturais para localizarem seu hospedeiro. Em
resposta ao dano ocasionado por um inseto, cascatas bioquímicas são iniciadas na
planta, as quais podem alterar a expressão de genes envolvidos na resposta a tal
dano. Com os avanços da biologia molecular foi possível desenvolver plantas
geneticamente modificadas, que possuem tolerância herbicida/resistência a insetos
(eventos estaqueados), e que são tolerantes a herbicidas ou resistentes a insetos
praga (eventos singulares). Neste sentido, o estudo investigou os efeitos da
modificação genética, nas mudanças de expressão gênica em plantas de milho com
eventos singular e estaqueado após herbivoria por Spodoptera frugiperda
(Lepidoptera: Noctuidae) durante o dia e a noite. Utilizando a técnica de PCR em
tempo real (RT-qPCR) foram verificadas respostas no nível da expressão gênica das
plantas submetidas a indução por herbivoria: 5-6h (diurno), 5-6h (noturno) e com 24h
(diurno), buscando entender se o horário de indução e a inserção de uma ou mais
proteínas Bt interferem na expressão de genes constitutivos da planta. Foram
analisados os genes de uma lipoxigenase e de três terpeno sintases, enzimas
envolvidas na produção de compostos voláteis que atraem parasitoides de S.
frugiperda. Os resultados mostram que os genes TPS10, LOX10 e STC foram mais
expressos durante a indução noturna, enquanto que o gene TPS23 foi mais
expresso durante a indução diurna (5-6h). Não houve diferenças significativas na
expressão relativa dos genes entre os eventos singular e estaqueado e a forma
isogênica. Os resultados fornecem bases para o entendimento dos mecanismos
endógenos responsáveis pela liberação de voláteis nas plantas visando o
estabelecimento de novos fundamentos para o controle biológico de pragas.

Palavras-Chave: OGM; RT-qPCR; HIPV´S

Apoio Institucional: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e


Tecnológico (CNPq)

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