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Módulo I - Planejamento Financeiro (proporção: de 38% a
46%)
Objetivos

O conhecimento do processo de planejamento financeiro do profissional CFP® visa


permitir aos candidatos desenvolver um plano financeiro estruturado para um
cliente. Adicionalmente aos princípios básicos do processo de planejamento
financeiro, são incluídos neste módulo outros assuntos que sustentam esse processo:
(a) a análise da gestão financeira de um indivíduo ou uma família; (b) o conhecimento
de fundamentos de economia e finanças e (c) a aplicação e avaliação de métodos de
análise de investimentos. Complementam os conhecimentos exigidos de um
profissional CFP® o Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da
PLANEJAR, o Perfil de Competências do Planejador Financeiro e as Melhores Práticas
de Planejamento Financeiro. Conceitos de matemática financeira e conceitos básicos
de estatística são pré-requisitos para os cálculos que serão exigidos nesse módulo,
bem como uma avaliação e formulação de estratégias em função do ambiente
econômico e regulatório, da necessidade de utilização de operações de crédito e dos
investimentos. Os componentes exigidos na parte de gestão financeira visam
preparar os profissionais para desenvolver estratégias e técnicas de otimização do
fluxo de caixa, ativos e passivos, liquidez, orçamento e o uso responsável do crédito.

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Processo de Planejamento Financeiro
do Profissional CFP
CFP®

Módulo I

Planejamento Financeiro e Ética

“O planejamento financeiro é o processo de formulação de estratégias para auxiliar


os clientes a gerenciar os seus assuntos financeiros para atingir os seus objetivos de
vida” (FPSB).

• O processo de planejamento financeiro compreende seis etapas que buscam:


estabelecer e definir a relação profissional com o cliente; coletar informações do
cliente; analisar e avaliar a situação financeira do cliente; elaborar e apresentar
recomendações de planejamento financeiro ao cliente; implementar as
recomendações de planejamento financeiro do cliente; revisar a situação do cliente.
Neste aspecto:
✓ Estabelecer e definir o relacionamento com o cliente: Informar o cliente sobre
o planejamento financeiro e as competências dos profissionais de planejamento
financeiro. Determinar se o profissional de planejamento financeiro pode
atender as necessidades do cliente. Definir o escopo da contratação, conhecer
os direitos e responsabilidades do planejador financeiro, do cliente e de outros
assessores envolvidos na elaboração do plano financeiro pessoal. Um contrato
sobre os termos da contratação dos serviços.
✓ Coletar as informações do cliente: Coletar informações qualitativas. Identificar
os objetivos pessoais e financeiros, as necessidades e as prioridades do cliente.
Coletar informações quantitativas e documentos. Informações necessárias para
elaboração de um plano financeiro (dados para a gestão financeira, gestão de
investimentos, gestão de risco e seguros, planejamento da aposentadoria,
planejamento fiscal e sucessório).

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✓ Analisar e avaliar a situação financeira do cliente: Para formular uma
estratégia adequada de investimentos, então analisar o perfil do cliente, ou
seja, identificar o perfil de risco do cliente (isto é, analisar e avaliar os tipos de
riscos que ele está exposto (vida, patrimônio, renda, acidentes pessoais, saúde,
aposentadoria, responsabilidade civil, etc.)) em função de seus objetivos,
horizonte de investimento e expectativas de retorno.
✓ Desenvolver e apresentar as recomendações de planejamento financeiro ao
cliente: Determinar e propor uma política de investimento em função de sua
situação financeira, estágio de vida, perfil psicológico, objetivos e restrições.
Identificar, avaliar e propor estratégias de planejamento financeiro.
✓ Implementar as recomendações de planejamento financeiro do cliente:
Identificar e apresentar produtos e serviços pertinentes ao plano financeiro
aprovado pelo cliente. Obter aprovação sobre as responsabilidades na
implementação do plano financeiro pessoal.
✓ Revisar a situação do cliente: Revisar e reavaliar periodicamente o plano
financeiro pessoal do cliente sugerindo e realizando, quando necessário, os
devidos ajustes. Por sua vez, obtendo aprovação para o emprego de estratégias
que servem como ferramentas para implementar os ajustes sugeridos.

• Ademais, o planejamento financeiro tem seis componentes, são eles: Gestão


financeira; Gestão de ativos; Gestão de risco e seguros; Planejamento tributário;
Planejamento de aposentadoria, e Planejamento sucessório.

• O plano-estratégico financeiro pessoal criado para o cliente compreende a


análise de dados (quantitativos e qualitativos), como, por exemplo, de objetivos, de
perfil de risco, de avaliação da situação financeira, de monitoramento de
recomendações, e de alternativas de planejamento -financeiro. Em geral, é criado
para médio e longo prazo.

• Plano financeiro pessoal: consiste na formulação de uma estratégia, ou de um


conjunto de estratégias, para então gerenciar o planejamento financeiro, o
planejamento dos investimentos, o planejamento sobre os riscos e seguros, o

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planejamento da aposentadoria, o planejamento tributário, e o planejamento
sucessório, de um cliente. Nesse sentido:
✓ Na Gestão financeira, são desenvolvidas estratégias para o equilíbrio
financeiro do cliente;
✓ A Gestão de ativos auxilia na alocação mais adequada para o patrimônio
conforme o perfil de risco e o horizonte temporal de investimentos do cliente,
busca-se avaliar sua carteira, de modo a maximizar o retorno e minimizar os
riscos;
✓ A Gestão de risco auxilia na identificação de riscos e formulação de
estratégias de proteção;
✓ No Planejamento tributário busca-se estratégias legais para diminuir o
impacto dos impostos sobre o patrimônio do cliente;
✓ No Planejamento de aposentadoria é calculado o valor mensal que o cliente
desejaria receber em sua aposentadoria e o valor de poupança que vai ser
necessário investir mensalmente;
✓ O Planejamento sucessório é um processo que trata dos impostos e da
morte na gestão das finanças pessoais. Além de tratar da divisão de bens
entre herdeiros e testamento.

• De acordo com a classificação, o conjunto de conhecimentos de planejamento


financeiro é dividido em onze áreas: Tributação; Seguros; Investimentos;
Aposentadoria, poupança e geração de renda; Legislação; Análise Financeira; Dívida;
Ambiente Econômico e Regulatório; Planos de Previdência Social; Finanças
Comportamentais; Ética e Padrões de Conduta.

• Dentre os benefícios básicos do processo de planejamento financeiro estão:


equilíbrio financeiro, visualização e compreensão de custos de oportunidade,
identificação de riscos, diminuição de incertezas (financeiras e econômicas), bem
como o aumento do nível de renda e o acúmulo de riquezas; ao longo do tempo.

• Dentre os padrões de desempenho para as melhores práticas de planejamento


financeiro estão estabelecidos: o nível de prática esperada de um profissional de
planejamento financeiro; a prática profissional que resulta na entrega consistente de

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planejamento financeiro; as funções e responsabilidades dos profissionais de
planejamento financeiro e de seus clientes no compromisso de um planejamento
financeiro; e a ampliação da percepção de valor do processo de planejamento
financeiro.

• De modo a estabelecer melhores práticas de planejamento financeiro, estão


elencados alguns termos:
✓ Para estabelecer e definir o relacionamento com o cliente:
✓ O planejador financeiro deverá ser capaz de conhecer as formas de
remuneração aceitas e praticadas, buscado um modelo aceitável para
ambas as partes, para estabelecer uma relação profissional transparente e
adequada com o cliente.
✓ Além do mais, o profissional deverá ser capaz de conhecer o processo e
informar adequadamente o cliente a respeito do mesmo, e delimitar o
escopo e atuação em razão de suas competências profissionais.
✓ Ademais, o profissional deverá ser capaz de conhecer os direitos e
responsabilidades do planejador financeiro, do cliente e de outros assessores
envolvidos na elaboração do plano financeiro pessoal.

Termos definidos pela PLANEJAR:

• Cliente – Uma pessoa, pessoas ou entidades relacionadas com as quais o


profissional de planejamento financeiro mantém relacionamento planejador-cliente
formal.

• Remuneração – Qualquer benefício econômico, monetário ou não monetário,


que um profissional de planejamento financeiro ou partes relacionadas recebam ou
que tenham direito a receber pela prestação de serviços profissionais.

• Planejamento Financeiro Compreensivo – processo de desenvolvimento de


estratégias para auxiliar o cliente na gestão de seus assuntos financeiros para atender
seus objetivos de vida, integrando os seis componentes do planejamento financeiro
(Planejamento Financeiro, Investimentos, Gestão de Riscos e Seguros e Planejamento
da Aposentadoria, Planejamento Tributário, Planejamento Sucessório).

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• Planejamento Financeiro – O processo de desenvolvimento de estratégias para
ajudar os clientes na gestão de seus assuntos financeiros para atingir seus objetivos
de vida. Na prática, o planejamento financeiro permite rever todos os aspectos da
situação atual e comparar com a situação desejada, desenhando um plano para
atingir os objetivos deste cliente.

• Processo de Planejamento Financeiro – Processo pelo qual profissionais de


planejamento financeiro elaboram estratégias para ajudar os clientes na gestão de
seus assuntos financeiros para atingir seus objetivos de vida, incluindo: 1)
Estabelecimento e definição de relacionamento com o cliente; 2) Coleta de
informações do cliente; 3) Análise e avaliação da situação financeira do cliente; 4)
Elaboração e apresentação de recomendações de planejamento financeiro ao cliente;
5) Implantação das recomendações de planejamento financeiro do cliente; 6) Revisão
da situação do cliente.

• Informação Suficiente – Todas as informações necessárias para que o


profissional de planejamento financeiro possa realizar análise e recomendação
adequadas.

• Termo de Revisão – A frequência, escopo, taxas aplicáveis e outras condições


pertinentes para que o profissional de planejamento financeiro possa revisar e
reavaliar a situação do cliente.

Fonte: PLANEJAR ( www.planejar.org.br).

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Responsabilidade Fiduciária e Conduta
Profissional

Dentre os principais objetivos de um código de ética, pode ocorrer:


✓ A especificação dos princípios da instituição e/ou para a profissão.
✓ A documentação dos direitos e dos deveres dos profissionais.
✓ As delimitações sobre o relacionamento extraprofissional.
✓ A especificação do tipo de sigilo profissional envolvido (no que tange às
informações).
✓ A especificação de remuneração e de direitos trabalhistas.
✓ A postura profissional em relação legislação vigente local, clientes,
atendimento, comunicação e marketing.

Certified Financial PlannerTM

Pode-se dizer que o objetivo da Planejar é o de certificar a excelência profissional, em


potencial, de quem se habilita ao atributo das marcas CFP®. De maneira que, a
concepção do seu Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional
fundamenta um conjunto de preceitos morais e de valores éticos para arrolar o
comportamento e a conduta do respectivo profissional financeiro no
desenvolvimento de suas atividades. Não obstante, caberá às pessoas designadas e
aos candidatos à adesão aos princípios éticos do Código subjacente.

Sugestões para a resolução de questões sobre esse item do módulo I:

Frequentemente, o conteúdo deste tópico, dada a sua importância sobre a


certificação, é revisitado em questões do módulo I, no exame CFP®. No entanto, ao
longo dos anos, as questões mudam em termos de formulação e de nível de
dificuldade. Basicamente, sugere-se a memorização completa do Código de Ética e o

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entendimento dos fatores que a cercam, como, por exemplo, responsabilidade
profissional e fiduciária, melhores práticas, procedimentos disciplinares, etc..

Estudos de casos (no geral, hipotéticos) com exemplos práticos que descrevem o
acontecimento de eventos, por exemplo, originados de situações que evidenciam, por
exemplo, a violação de algum princípio do código de ética subjacente. Como, por
exemplo, entre profissional e cliente, durante uma etapa do processo de
planejamento financeiro. Consequentemente, sendo questionado sobre o problema,
em particular, que ocasionou o evento. Por sua vez, quanto maior for o nível de
conhecimento e de segurança sobre o conteúdo do código, bem como, de todos os
fatores associados, tanto menor a chance será a chance de errar sob as consequências
do poder do uso do mesmo.

Para todos os casos de exemplos práticos sobre ética, pode-se questionar:

▪ Qual é a intenção do agente?


▪ Houve dolo?
▪ Por exemplo, a atuação do agente foi em benefício de si mesmo ou foi para os
interesses do cliente?
▪ Em situação de conflito de interesse, se você fosse o profissional ou o cliente,
iria preferir ter ciência da informação?
▪ A conduta, ou ações, do profissional condizem com o que dele deve-se esperar?
▪ Basicamente, o descumprimento dos princípios e regras por um profissional lhe
sujeita à imposição das penalidades. Mas, quais?
▪ Questões sobre penalidades e denúncias de profissional foram bastante
cobradas, com isso a leitura de regras e de procedimentos disciplinares poderá
permitir as responder corretamente.

Informando que a denúncia de um profissional deve ser feita por meio escrito, de
maneira a identificar o denunciante, descrevendo a prática-objeto da denúncia, e
melhor se for com provas documentais.

• O conteúdo deste capítulo é fundamental em relação às questões cobradas a


respeito de Ética nas provas anteriores, por sua vez, ética na Licença CFP®.

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• Sugere-se o conhecimento dos conceitos (e principais empregos), regras e
etapas do planejamento financeiro, presentes no capítulo.

• Por exemplo, para estabelecer relações entre princípios e situações práticas a


serem evidenciadas através de casos.
✓ Casos em que, evidencia-se a violação (ou não) de princípios do código de
ética.
✓ Bem como, a relação entre etapas e respectivas ações para o planejamento
financeiro.

• O candidato à certificação CFP® precisa entender os princípios e padrões de


conduta profissional que guiam a atuação do planejador financeiro e sua
responsabilidade legal e fiduciária no desempenho de suas atividades.

• Bem como, demonstrar o conhecimento e aplicabilidade de maneira detalhada


do código de Conduta de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional.

• O candidato à certificação CFP® precisará comprovar o conhecimento e


aplicabilidade de forma detalhada do código de Conduta Ética e Responsabilidade
Profissional da PLANEJAR.

• A aceitação de tal autorização acarretará a obrigação de cumprir as ordens e as


exigências de todas as leis e regulamentos aplicáveis elencados no Código, mas não
se limitando a ele, e de assumir a responsabilidade de agir de maneira ética e
profissionalmente responsável em todos os serviços e atividades profissionais em que
se envolva.

• O Código de Conduta Ética e Responsabilidade Profissional da Planejar


(“Código”) estabelece Princípios e Regras aplicáveis a todas as pessoas a quem tiver
sido autorizado o uso da credencial e certificação da Planejar e das marcas CFP®,
CERTIFIED FINANCIAL PLANNER e a logomarca CFP® (“Marcas”).

• O código compõe-se de cinco seções e um anexo, em que o candidato precisa


compreender detalhadamente: Termos e Expressões, Princípios, Regras,
Procedimentos Disciplinares e Melhores Práticas, e ser capaz de verificar as

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responsabilidades do profissional CFP® em cada relacionamento profissional,
conforme o código de ética e responsabilidade.

• O código possui, por fim, um anexo com as normas disciplinares e


procedimentos para apuramento e descumprimento das regras do código.

Assim, o candidato precisa ser capaz de conhecer plenamente:


✓ Os princípios e saber identificar as situações conflitantes, com o escopo do
código, no desenvolvimento de seu trabalho de planejador financeiro, junto ao
cliente.
✓ As regras e os procedimentos disciplinares do código de ética.
✓ As melhores práticas de relacionamento entre profissionais CFP® e seus clientes.
✓ Os 35 artigos do anexo e suas implicações na atividade do planejador
financeiro, demonstrando conhecimento dos procedimentos para a apuração
de descumprimentos do código de ética e responsabilidade.

No código:

• Dentre os Termos e expressões, chama a atenção a definição de:


✓ Remuneração que significa os ganhos do Profissional CFP® ou Associado no
desenvolvimento de suas atividades;
✓ Conflito(s) de interesse(s) que significa a situação ou circunstâncias em que
o Planejador CFP® e Associado obtenham ou possam obter, para si ou para
terceiros, vantagem indevida e de que resulte (ou possa resultar) prejuízo
para seus clientes;
✓ Suitability indica a análise cuidadosa da situação financeira, experiência e
objetivos do cliente, para fins de apresentação de aconselhamento
financeiro. Para a definição do perfil do cliente, devem ser analisados, no
mínimo, os seguintes aspectos: Experiência em matéria de investimentos;
Horizonte de tempo; Objetivos; e Capacidade de tolerância ao risco.

• Os Princípios expressam em termos gerais as bases da conduta e a postura


ética profissional esperada dos Profissionais CFP® que devem persegui-los em suas
atividades profissionais.

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• Os Princípios, mais do que uma aspiração, constituem as bases de conduta do
Profissional CFP®.

• Os Princípios do Código expressam o reconhecimento pelos profissionais CFP®


de suas responsabilidades para com o público, clientes, colegas e empregadores.

• Os Princípios se aplicam a todos os Profissionais CFP® e lhes proporcionam


orientação no desempenho de seus serviços profissionais.

• Dentre os oito princípios: Cliente em Primeiro Lugar; Integridade; Objetividade;


Imparcialidade; Conduta Profissional; Competência; Confidencialidade; e Diligência.

• Princípio 1 – Cliente em Primeiro Lugar.


✓ Colocar os interesses do cliente em primeiro lugar.
o É marca característica de profissionalismo do planejador financeiro CFP®
e associado colocar os interesses do cliente em primeiro lugar, agindo de
forma honesta e não colocando ganhos ou vantagens pessoais acima dos
interesses do cliente.

• Princípio 2 – Integridade.
✓ Fornecer serviços profissionais com integridade.
o O Profissional CFP® e associado ocupam uma posição de confiança dos
clientes e a fonte primordial dessa confiança é a honestidade, isenção e
transparência do profissional de planejamento financeiro pessoal.
Agindo com integridade, o Planejador CFP® e Associado mantêm e
aprimoram a imagem pública do uso das marcas CFP® e o compromisso
de bem servir.

• Princípio 3 – Objetividade.
✓ Fornecer serviços profissionais de forma objetiva.
o A objetividade na atuação do Planejador CFP® e Associado requer
honestidade intelectual e imparcialidade na atuação dentro do escopo de
serviço acordado. As recomendações devem ser feitas de forma
pragmática, isenta, transparente e respaldada em princípios técnicos.

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• Princípio 4 – Imparcialidade.
✓ Ser justo e imparcial nos relacionamentos profissionais.
o A imparcialidade exige do Profissional CFP® e Associado manter com os
clientes uma relação profissional íntegra, então identificando, revelando
e gerenciando possíveis conflitos de interesse envolvidos no processo de
planejamento financeiro. Informando clientes e colegas sobre os seus
direitos e deveres; os tratar da maneira que gostariam de ser tratados

• Princípio 5 – Conduta Profissional.


✓ Agir com postura profissional exemplar.
o A conduta profissional exige comportar-se com dignidade, agindo com
respeito para com os clientes, colegas, instituições vinculadas ou
concorrentes e órgãos reguladores, sempre em conformidade com a
legislação vigente e as regras e princípios deste código. A conduta
profissional pressupõe o espírito de cooperação e requer que
posicionamentos públicos sejam feitos com moderação.

• Princípio 6 – Competência.
✓ Manter e desenvolver as habilidades e os conhecimentos necessários para
fornecer serviços profissionais de forma competente.
o Competência exige atingir e manter um nível adequado de habilidades,
capacidades e conhecimentos para o fornecimento de serviços
profissionais de planejamento financeiro pessoal (“Perfil de
Competências do Planejador Financeiro”). Inclui, também, a sabedoria e
maturidade para conhecer as suas limitações e as situações em que a
consulta a, ou o encaminhamento para, outro(s) profissional (is) for
apropriada. Competência exige que o Profissional CFP® tenha um
comprometimento com a educação continuada.

• Princípio 7 – Confidencialidade.
✓ Proteger a confidencialidade de todas as informações dos clientes.
o Confidencialidade exige do planejador financeiro CFP® e Associado a
guarda e proteção das informações dos clientes, de forma a permitir

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acesso prudente apenas às pessoas autorizadas. Um relacionamento de
confiança com o cliente só pode ser construído sob o entendimento de
que as informações serão tratadas de forma discreta e segura e não
serão reveladas inadequadamente.

• Princípio 8 – Diligência.
✓ Fornecer serviços profissionais de forma diligente.
o A diligência exige que o planejador financeiro CFP® e Associado atendam
aos compromissos profissionais com zelo, dedicação e rigor, cuidando e
supervisionando adequadamente a execução dos serviços profissionais
de acordo com o escopo, condições e prazos acordados com o cliente.

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Quadro resumo-conceitual:

Princípio Principais Conceitos Principais Regras


Colocar os interesses do
cliente em primeiro lugar.
Cliente em
Agir de forma honesta.
Primeiro Lugar Nenhuma
Não colocar ganhos ou
vantagens pessoais acima
dos interesses do cliente.
Não deverá fornecer, direta ou indiretamente,
informações falsas ou enganosas
relacionadas às suas qualificações ou
Fornecer serviços
serviços.
profissionais com
Integridade Não deverá omitir a clientes ou terceiros os
integridade.
potenciais benefícios gerados em proveito
Agir com honestidade,
próprio não deverão incorrer em conduta
isenção e transparência.
desonesta, fraudulenta, enganosa ou falsa.
Exercer julgamento adequado e prudente ao
oferecer e prestar serviços.
Comunicar todos os fatos relevantes.
Deverá fazer e/ou implementar
Fornecer serviços
recomendações adequadas “suitability” a seu
Objetividade profissionais de forma
cliente.
objetiva.
Deverá tomar as medidas razoáveis e
Imparcialidade.
necessárias para garantir que o cliente.
Compreenda as recomendações
Deve segregar o patrimônio e interesses do
cliente daqueles do Profissional, do
Ser justo e imparcial nos
empregador ou de quaisquer outros, a
relacionamentos
menos que tal procedimento seja
profissionais.
Imparcialidade expressamente autorizado por escrito entre
Revelar e gerenciar
as partes e que haja capacidade suficiente
possíveis conflitos de
de rastrear cada um dos ativos do cliente de
interesse.
forma precisa.
Reciprocidade.
Devolver documentos ou qualquer outro bem
do cliente mediante solicitação do mesmo.
Não deverá emprestar ou tomar dinheiro
emprestado do cliente.
Agir com postura
Realizar os serviços profissionais
Conduta profissional exemplar.
observando as leis, regras, códigos e normas
Profissional Zelar pela imagem pública
aplicáveis a sua atividade e em conformidade
das Marcas CFP®.
com o Código.

Manter e desenvolver as
Assessorar seus clientes apenas naquelas
habilidades e os
áreas de sua competência.
Competência conhecimentos
Manter seus conhecimentos atualizados e
necessários para fornecer
satisfazer todas as exigências de educação
serviços profissionais de
continuada.
forma competente.

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Exceto se tiver de responder a processos
Proteger a legais ou para satisfação da legislação e
Confidencialidade confidencialidade de todas regulamentação oficiais vigentes.
as informações dos Agir com prudência para proteger a
clientes. segurança das informações e a propriedade
do cliente.
Exercer juízo razoável e prudente ao
fornecer serviços profissionais.
Supervisionar ou direcionar de forma
Fornecer serviços
prudente e responsável quaisquer
profissionais com zelo
Diligência subordinados ou terceiros.
dedicação e rigor.
Identificar e manter atualizados os dados
Execuções nas condições
sobre todos os ativos e outros bens do
acordadas.
cliente.
Fornecer serviços profissionais adequados
respeitando o escopo e prazo acordado.
Fonte: Elaborado pelos autores. A partir de PLANEJAR: https://www.planejar.org.br.

• São definidas 25 Regras determinam os padrões éticos derivados dos dogmas


contidos nos Princípios, clarificam os padrões de conduta ética e responsabilidade
profissional que devem ser observados e perseguidos em determinadas situações. As
regras que se aplicam ao campo de atuação de um Profissional CFP®, e são aplicáveis
às atividades afins.

• Em caso de eventual descumprimento dos Princípios e Regras contidos neste


Código será objeto de apuração pela Planejar, seja de ofício ou mediante o
recebimento de denúncia, devendo o respectivo procedimento disciplinar ser
conduzido de acordo com o estabelecido nas normas disciplinares.

• As Melhores Práticas de Relacionamento entre Profissionais CFP® e Associados


e Clientes constituem recomendações que incluem que os mesmos: desenvolvam
mecanismos para formalizar com seu cliente o escopo do trabalho, custos envolvidos,
remuneração pelos serviços, prazos acordados e outros itens que as partes julguem
necessários; comuniquem ao cliente qualquer informação que possa afetar sua
decisão de contratá-lo; informem ao cliente que a Planejar é o canal oficial para
reclamações.

• De maneira complementar, está anexada Normas disciplinares e


procedimentos para apuração de descumprimentos às regras do Código de Conduta
Ética e Responsabilidade Profissional, que estão especificadas em 34 artigos. As

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normas disciplinares indicam que o descumprimento dos princípios e regras por um
profissional o sujeita à imposição das penalidades, tais como:
✓ Advertência privada do conselho de normas éticas, por meio de reprimenda
por escrito, não publicada, porém apontada nos registros da Planejar e,
então, diretamente enviada ao profissional.
✓ Advertência pública do conselho de normas éticas a ser divulgada pelos
meios de comunicação da Planejar.
✓ Proibição temporária, divulgada nos meios de comunicação da Planejar, do
uso das marcas.
✓ Revogação do direito de uso das marcas e exclusão do quadro de
profissionais CFP® certificados, divulgada nos meios de comunicação da
Planejar.

16
Perfil de Competências do Planejador
Financeiro

O perfil de competências do Planejador Financeiro Financial Planning


Standards Board – FPSB

Por sua vez, apresentado pela Planejar, parte de:

• Uma análise que identifica capacidades, habilidades e conhecimento


necessários para competentemente realizar as tarefas de uma profissão é a base de
um programa de credenciamento profissional de qualidade.

• Nesse sentido, o Perfil de Competências do Planejador Financeiro do FPSB


(composto por: Capacidades, Habilidades Profissionais e Conjunto de Conhecimentos
do Planejador Financeiro) descreve as capacidades, as habilidades, as atitudes, os
juízos e o conhecimento que o profissional de planejamento financeiro usa ao
trabalhar com clientes em trabalhos de planejamento financeiro.

• Para proporcionar de maneira competente um planejamento financeiro a um


cliente, o profissional de planejamento financeiro precisa combinar a capacidade de
executar as tarefas de planejamento financeiro (definidas em Capacidades do
Planejador Financeiro) usando as habilidades profissionais adequadas (definidas em
Habilidades Profissionais do Planejador Financeiro), recorrendo a seu conhecimento
de questões de planejamento financeiro (definidas no Conjunto de Conhecimentos do
Planejador Financeiro).

• A combinação eficaz de capacidades, habilidades e conhecimento é o que define


como competente o desempenho do profissional de planejamento financeiro.

• O Perfil de Competências do Planejador Financeiro do FPSB reflete o que o


profissional de planejamento faz atualmente, bem como as expectativas para a
profissão de planejamento financeiro nos próximos cinco anos.

17
• O Perfil de Competências descreve todo o leque de capacidades, habilidades e
conhecimentos necessários para proporcionar aos clientes, com competência, um
planejamento financeiro.

• Os profissionais de planejamento financeiro que optaram por especializar ou


limitar o escopo de sua prática (por exemplo, em um ou dois componentes do
Planejamento Financeiro, como Planejamento Sucessório ou Planejamento Tributário)
devem levar em conta todo o conjunto de capacidades do planejador financeiro para
identificar qual capacidade utilizar em um trabalho para cliente.

• Ao criar o Perfil de Competências do Planejador Financeiro, o FPSB descreveu


as capacidades, as habilidades e o conhecimento esperados de qualquer pessoa que
pratique o planejamento financeiro.

• O FPSB espera que os clientes dos profissionais de planejamento financeiro se


beneficiem com um conjunto de aceitação mundial de padrões de competência para
profissionais de planejamento financeiro.

Fonte (disponível em): www.fpsb.org e www.planejar.org.br.

• O objetivo desse tópico, no presente módulo, foi o de informar as habilidades,


atributos, competências e atitudes esperadas de planejador financeiro certificado
pela Planejar.

• Financial Planning Standards Board (FPSB) é uma organização originária de


Chicago, nos EUA (em 1969), de prestadores de serviços financeiros. Atualmente, está
em cerca de 26 países, com cerca de cento e oitenta mil profissionais certificados.

• O FPSB objetiva monitorar a marca CFP® através dos países licenciados, com o
estabelecimento de um padrão mundial; fornecer informações ao público (em geral)
e investidores; divulgar e difundir o processo de planejamento financeiro; além de
exigir um alto padrão de qualificação, considerando os parâmetros: Experiência
Profissional; Educação; Exame de certificação; Ética.

• Os países membros do FPSB Council têm como missão global: a criação de uma
profissão: planejador financeiro pessoal; o desenvolvimento da marca CFP® em

18
benefício da população; o aumento da reputação local por meio da credibilidade
global da marca CFP®; a alavancagem de iniciativas educacionais locais e
internacionais; o estímulo de acordos de reciprocidade e de melhores práticas entre
os países; o estreitamento de relações junto das autoridades nos países signatários;
a adesão de todos os países associados aos padrões.

• O candidato à certificação CFP® deverá demonstrar, em detalhes, o


conhecimento sobre a matriz de capacidades do planejador financeiro, conforme a
classificação do FPSB: coleta, análise e síntese.
✓ Coleta: fase de coleta das informações necessárias para montar um plano
financeiro pessoal. Contemplando a correta preparação, disposição, e
tabulação das informações quantitativas e qualitativas para elaborar um
plano financeiro.
✓ Análise: fase em que o profissional identifica e analisa problemas, faz análise
financeira e analisa os resultados para elaborar estratégias ao cliente. Além
de avaliar informações e em considerar oportunidades e restrições em
potencial para elaborar estratégias.
✓ Síntese: Fase em que o profissional sintetiza as informações para elaborar e
avaliar estratégias para iniciar um plano financeiro.

• O FPSB classificou as capacidades do Planejador Financeiro nos termos de


Coleta, Análise e Síntese em seis componentes de Planejamento Financeiro: na
Gestão financeira, na Gestão de ativos, nas Gestão de risco, no Planejamento
tributário, no planejamento da aposentadoria e, no Planejamento sucessório.

• Com relação à Gestão financeira, em um primeiro momento, o profissional


deve coletar informações relativas aos ativos e passivos do cliente, ao o fluxo de caixa,
renda, e/ou obrigações do cliente. De modo a ter informações necessárias a preparar
um orçamento. Também se deve ser determinada a propensão do cliente a poupar,
analisando o perfil de gastos e dívidas do cliente.
✓ Na fase de análise, o profissional deve avaliar o impacto de mudanças
potenciais em receitas e despesas; identificar demandas conflitantes do
fluxo de caixa e avaliar alternativas de financiamento.

19
✓ Na fase de Síntese é preciso formular estratégias de gestão financeira;
avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de gestão
financeira; otimizar as estratégias para fazer recomendações de gestão
financeira. Além de priorizar os passos de ação para auxiliar o cliente e
implementar as recomendações de gestão financeira.

• Em termos de Gestão de ativos, em um primeiro momento, deve-se preparar


demonstrativos do patrimônio, fluxo de caixa e orçamento do cliente. Bem como
coletar informações necessárias para preparar um demonstrativo detalhado de
investimentos atuais. Determinar a atual alocação de ativos e fluxos de caixa
disponíveis do cliente, assim como deve determinar a experiência do cliente, seus
objetivos de investimentos, sua tolerância risco; e suas expectativas de retorno.
✓ Na fase de análise, o profissional deve avaliar se as expectativas de retorno
dos investimentos são compatíveis com a tolerância ao risco, além de avaliar
se as detenções de ativos são compatíveis com a tolerância ao risco e a taxa
de retorno requerida.
✓ Na fase de Síntese é preciso formular estratégia de gestão de ativos; avaliar
as vantagens e desvantagens de cada estratégia de gestão de ativos;
otimizar as estratégias para fazer recomendações e gestão de ativos e
priorizar os passos de ação para auxiliar o cliente a implementar as
recomendações de gestão de ativos.

• Em termos de Gestão de risco, em um primeiro momento, faz-se necessário


coletar dados sobre a atual cobertura de seguros do cliente, identificar possíveis
obrigações financeiras. Deve-se determinar os objetivos de gestão de risco do cliente,
bem como as questões pertinentes de estilo de vida, problemas de saúde e a
disposição do cliente em tomar previdências para gerenciar o risco financeiro.
✓ Na fase de análise, o profissional avaliar a exposição ao risco financeiro;
avaliar a exposição a risco do cliente diante da atual cobertura de seguros e
estratégias de gestão de risco. Além de avaliar as implicações de mudanças
na cobertura de seguros e priorizar as necessidades de gestão de risco do
cliente.

20
✓ Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de gestão de risco;
avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de gestão de risco.
Além de priorizar os passos de ação para auxiliar o cliente a implementar as
recomendações de gestão de risco.

• Em relação ao Planejamento tributário, em um primeiro momento, é preciso


coletar as informações necessárias para determinar a situação tributária do cliente,
identificar a natureza tributável dos ativos e passivos. Além de identificar as pessoas
envolvidas na situação tributária do cliente e as atitudes do cliente com relação à
tributação.
✓ Na fase de análise, o profissional dele avaliar a adequação das atuais
estratégias e estruturas tributárias e o impacto financeiro das alternativas
de planejamento tributário.
✓ Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de planejamento
tributário; avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de
planejamento tributário. Além de priorizar os passos de ação para auxiliar o
cliente a implementar as recomendações de planejamento tributário.

• Em relação ao Planejamento de aposentadoria em um primeiro momento, faz-


se necessário coletar dados sobre possíveis fontes de renda e as despesas estimadas
de aposentadoria. Para além, deve-se determinar os objetivos de aposentadoria do
cliente, bem como suas atitudes do cliente com relação à aposentadoria.
✓ Na fase de análise, deve-se avaliar os requisitos financeiros na data da
aposentadoria, o impacto de mudanças das premissas nas projeções
financeiras e os trade-offs necessários para atingir objetivos de
aposentadoria.
✓ Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de planejamento de
aposentadoria; avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de
planejamento de aposentadoria. Além priorizar os passos de ação para
auxiliar o cliente a implementar as recomendações de Planejamento de
aposentadoria

21
• Em relação ao Planejamento sucessório, em um primeiro momento, é preciso
coletar contratos legais e documentos que afetem as estratégias de planejamento
sucessório. Bem como identificar os objetivos de planejamento sucessório do cliente
e a dinâmica familiar e as relações comerciais que poderiam impactar as estratégias
de planejamento sucessório.
✓ Na fase de análise, deve-se calcular as possíveis despesas e impostos em
função da morte, além das necessidades específicas dos beneficiários e a
liquidez da sucessão no momento da morte.
✓ Na fase de Síntese é preciso formular as estratégias de planejamento
sucessório; avaliar as vantagens e desvantagens de cada estratégia de
planejamento sucessório. Além de priorizar os passos de ação para auxiliar
o cliente a implementar as recomendações de planejamento sucessório.

• Para o profissional CFP® é essencial ter a habilidade de responsabilidade


profissional para trabalhar no interesse dos clientes e defender e fomentar os
interesses da profissão em prol da sociedade. Para tanto, o FPSB classificou as
habilidades profissionais requeridas de um profissional de planejamento financeiro
em quatro áreas: Responsabilidade Profissional, Prática, Comunicação, e Cognição.
✓ A habilidade de Responsabilidade Profissional refere-se ao estabelecimento
de confiança em todas as relações profissionais. Em atuar no interesse do
cliente ao prestar serviços profissionais. Bem como, demonstrar honestidade
intelectual, imparcialidade e discernimento ético. Entre outros fatores.
✓ A habilidade de Prática relaciona-se com o seguimento do código
profissional, das leis, regulamentos. Além do que se relaciona com a
capacidade de manter-se a par de mudanças nos ambientes econômicos,
políticos, regulatórios e exercer autonomia e iniciativa no desempenho de
atividades profissionais. Entre outros fatores.
✓ A habilidade de Comunicação relaciona-se com estabelecer uma boa ligação
com o cliente, comunicando verbalmente e por escrito as informações de
maneira compreensível. Além do mais, faz-se necessário que o profissional
CPF apresente uma postura atenciosa e um raciocínio lógico e persuasivo.
Entre outros fatores.

22
✓ A habilidade de Cognição relaciona-se a aplicação método ou fórmulas
matemáticas conforme adequado, bem como com a avaliação dos pontos
fortes e fracos de possíveis linhas de ação, tomando decisões
fundamentadas quando conta com informações incompletas ou incoerentes,
demonstrando a capacidade de adaptar seu pensamento e
comportamentos. Entre outros fatores.

• A capacidade de atuar de maneira eficaz como profissional de planejamento


financeiro exige que a pessoa domine o conhecimento teórico e prático em um amplo
leque de tópicos de planejamento financeiro e de áreas afins.

• O FPSB classificou o conjunto de conhecimentos de planejamento financeiro


em onze áreas: tributação; seguros; investimentos; aposentadoria; poupança e
Geração de Renda; legislação; análise Financeira; dívida, ambiente Econômico e
Regulatório; planos de Previdência Social; finanças Comportamentais e; ética e
Padrões de Conduta.

• Consequentemente: Se, o perfil de competências: capacidades, habilidades, e


conjunto de conhecimentos; em planejamento financeiro, for eficazmente
combinado. Então, define como competente o desempenho do profissional de
planejamento financeiro (- FPSB).

Termos da Matriz de Capacidades

• Gestão Financeira: Estratégias e técnicas para otimizar o fluxo de caixa, os


ativos e passivos a curto e médio prazo.

• Gestão de Ativos: Estratégias e técnicas para otimizar o retorno dos ativos


levando em conta os requisitos e as restrições do cliente.

• Gestão de Risco: Estratégias e técnicas para gerenciar a exposição financeira


devido ao risco pessoal. Os termos risco, exposição ao risco e tolerância ao risco
referem-se ao risco de perda financeira devido a circunstâncias pessoais.

23
• Planejamento Tributário: Estratégias e técnicas para maximizar o valor
presente do patrimônio da família após a tributação.

• Planejamento de Aposentadoria: Estratégias e técnicas para acumulação de


patrimônio e retiradas nos anos de aposentadoria.

• Planejamento Sucessório: Estratégias e técnicas para a preservação e


distribuição de ativos acumulados.

• Alocação de Ativos: Abordagem para decidir como investir um conjunto de


recursos em um amplo leque de classes de ativos para determinar um mix de ativos
mais condizentes com os objetivos de retorno do cliente com níveis de risco
aceitáveis.

• Necessidades: Um item ou condição que são necessários.

• Objetivos: Um resultado que é buscado e desejado.

• Estratégia(s): Plano concebido para atingir um ou mais objetivos específicos.

• Plano Financeiro: A estratégia ou grupo de estratégias (detalhadas e


metodicamente formuladas) usadas para gestão financeira de uma pessoa para
atingir seus objetivos.

• Práticas Fundamentais de Planejamento Financeiro: As competências que


percorrem todos os componentes de planejamento financeiro e se relacionam com a
integração e as inter-relações entre as capacidades do Planejador Financeiro.

• Orçamento: Demonstrativo que estima os recursos financeiros e gastos de um


determinado período.

• Demonstração de Fluxo de Caixa: Demonstrativo que resume as entradas e


saídas de caixa em um dado período.

• Demonstrações Financeiras Pessoais: Demonstração do patrimônio,


demonstração do fluxo de caixa e orçamento, em conjunto.

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• Demonstrativo de Patrimônio: Um demonstrativo dos ativos e passivos.

• Cliente: Pessoa, pessoas ou entidades relacionadas com quem o profissional de


planejamento financeiro tem uma relação formal de planejador-cliente.

• Informações Qualitativas: Informações sobre qualidades, atitudes e


preferências do cliente.

• Informações Quantitativas: Informações objetivas e mensuráveis sobre o


cliente.

Fonte: Planejar (www.planejar.org.br).

Considerações sobre exercícios:

• Sabe-se que há exercícios que exigem matemática financeira, e, por vezes,


alguns conceitos de estatística.

• Paralelamente, deve-se conhecer e saber usar as seis etapas do processo de


planejamento financeiro. Bem como, as suas três funções.

• De maneira abrangente. Um tópico recorrente de análise é o de verificar


alguma situação prática definida cujo problema consiste de avaliar o procedimento
adotado, por profissional certificado, em termos de capacidade e aderência às
melhores práticas, quando aplica determinado método sobre uma das três funções
do planejamento financeiro, por sua vez, em um dos seis componentes de
planejamento financeiro. O que pode, também, ser relacionando à etapa que lhe é
subjacente, então entre as seis etapas do processo de planejamento financeiro.

1. Coleta é a fase que o profissional coleta as informações que são necessárias


para montar um plano financeiro pessoal. Contemplando a correta preparação,
disposição, e tabulação das informações. Competência em coletar informações
quantitativas e qualitativas.

2. Análise é a fase em que o profissional identifica e analisa problemas, faz análise


financeira, e analisa os resultados para elaborar estratégias ao cliente.

25
Competência em avaliar informações para elaborar estratégias e em considerar
oportunidades e restrições, em potencial.

3. Síntese é a fase em que o profissional sintetiza as informações para elaborar e


analisar estratégias para iniciar um plano financeiro. Competência em elaborar
e analisar estratégias para fazer um plano financeiro.

• Cada capacidade do planejador financeiro caracteriza uma tarefa que o


profissional de planejamento financeiro executa ao assessorar o planejamento
financeiro a um cliente.

• O FPSB classifica a cada capacidade em seis componentes de planejamento


financeiro, isto é, gestão financeira, gestão de ativos, gestão de risco, planejamento
tributário, planejamento de aposentadoria e planejamento sucessório.

As seis etapas de planejamento financeiro.

1. Estabelecer e definir o relacionamento com o cliente: Informar o cliente sobre


o planejamento financeiro e as competências dos profissionais de
planejamento financeiro. Determinar se o profissional de planejamento
financeiro pode atender as necessidades do cliente. Definir o escopo da
contratação. Um contrato sobre os termos da contratação dos serviços.

2. Coletar as informações do cliente: Identificar os objetivos pessoais e


financeiros, as necessidades e as prioridades do cliente. Coletar informações
quantitativas e documentos. Coletar informações qualitativas. Informações
necessárias para elaboração de um plano financeiro (dados para a gestão
financeira, gestão de investimentos, gestão de risco e seguros, planejamento
da aposentadoria, planejamento fiscal e sucessório).

3. Analisar e avaliar a situação financeira do cliente: Analisar as informações do


cliente. Avaliar os objetivos, necessidades e prioridades do cliente.

26
4. Desenvolver e apresentar as recomendações de planejamento financeiro ao
cliente: Identificar e avaliar estratégias de planejamento financeiro.
Desenvolver as recomendações de planejamento financeiro. Apresentar ao
cliente as recomendações de planejamento financeiro.

5. Implementar as recomendações de planejamento financeiro ao cliente: Chegar


a um acordo sobre as responsabilidades durante implementação. Identificar e
apresentar produto(s) e serviço(s) para implantação.

6. Revisar a situação: Chegar a um acordo sobre as responsabilidades e condições


para revisão periódica da situação do cliente. Analisar e reavaliar a situação do
cliente.

27
Fundamentos de Economia
• O profissional CFP deverá conhecer o ambiente macroeconômico, regulatório,
bem como os fundamentos de economia e finanças. Para tanto, deverá ser capaz de
entender, analisar, interpretar e explicar os principais instrumentos de política
monetária, tais como taxa básica de juros, taxa real e nominal, depósito compulsório,
taxa de redesconto, sistema de metas de inflação, decisões do COPOM e impacto nas
decisões de investimento, na oferta e no custo efetivo das diversas modalidades de
crédito.

• Política monetária parte de um conjunto de medidas para a finalidade de


controlar o volume de liquidez (quantidade de dinheiro em circulação) na economia
(por sua vez, a disposição dos agentes econômicos). Basicamente, com ação direta
sobre o controle da quantidade de dinheiro em circulação para a defesa do poder de
compra da moeda. Em outras palavras, o objetivo da política é a de manter o
equilíbrio dos preços.

• Podemos conceituar taxas de juros como valores (representados em forma de


percentual) que remuneram o capital investido ou que são cobrados de quem toma
empréstimos ou investe recursos. O rendimento financeiro de um capital seja
empréstimo ou investimento é conhecida como taxa de juros, que normalmente são
expressas em percentual e pode ser apresentada de acordo com o período de
utilização dos recursos mensal, semestral e anual.

• A taxa básica de juros da economia do Brasil é tida por taxa Selic, pois, todas
as outras taxas de juros, e, empréstimos, da economia dependem dela. Assim, ela
influência o conjunto de juros de toda a economia do Brasil, pois é utilizada nas
operações do governo federal e dos bancos, sendo o principal instrumento de política
monetária do COPOM no tratamento dos juros da economia.

• A Taxa Selic possui efeito direto sobre a poupança e investimentos. Bem como,
interfere no retorno do capital e no custo do capital. Nesse sentido, quando se
diminui a taxa de juros, pode-se estimular a atividade econômica (de curto prazo),
quando se aumenta a taxa de juros, pode-se reprimir a inflação.

28
• A Taxa Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada
das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e
cursadas no referido sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos,
na forma de operações compromissadas.

• Base monetária pode ser entendida como sendo a soma do papel moeda em
poder do público com as reservas totais dos bancos comerciais, ou seja, é o total de
moeda colocada em circulação pelo banco central, onde papel moeda emitido menos
caixa do BACEN é igual a papel moeda em circulação e papel moeda em circulação
menos caixa dos bancos igual a papel moeda em poder do público.

• O depósito compulsório é um instrumento de política monetária para a


manutenção do controle da quantidade de dinheiro em circulação na economia. A
taxa de redesconto também é um instrumento de política monetária do BC se define
pela taxa de juros que ele cobra quando concede empréstimos aos bancos comerciais.

• O sistema de metas de inflação é um regime monetário em que o BC se


compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha com
uma meta pré-estabelecida, e publicamente anunciada. Ressalta-se que, no Brasil, a
meta da inflação é definida em termos da variação anual do índice IPCA.

• O COPOM tem por função definir as diretrizes da política monetária e taxa


básica de juros e, por conseguinte, a Meta da taxa Selic (seu eventual viés), e analisar
o relatório de inflação. Da mesma maneira, o COPOM possui o poder de intervir, de
maneira direta e indireta, no nível de preços no mercado. A taxa básica de juros possui
efeito direto sobre a precificação dos ativos disponíveis para investimento.

• A taxa Selic é uma referência-base para o retorno em investimentos de renda


fixa. No caso de investimentos prefixados se conhece a rentabilidade desde o início,
pois ela é previamente fixada. Tal que, uma vez predefinida no dia do investimento
jamais será alterada. Ao passo que, o investimento pós-fixado é aquele que possui a
rentabilidade subjacente atrelada a indexadores (como, por exemplo, % do IPCA,
Selic, CDI, etc.). Tal que, só se conhece a sua rentabilidade ao fim com o seu resgate.

29
• A exemplo, uma redução (isto é, o acréscimo percentual negativo) da taxa Selic
fará com que a rentabilidade de um investidor – em renda fixa pós-fixada (atrelada
ao Certificado de Depósito Interbancário – CDI) – diminua. Ao passo que uma redução
(isto é, o acréscimo percentual negativo) da taxa Selic fará com que a rentabilidade
de um investidor – em renda fixa prefixada (com juro fixo ao ano) – possa aumentar.

• A política fiscal é o conjunto de operações com relação aos dispêndios do ente


estatal e aos recursos que este obtém para o financiamento subjacente. Bem como,
à influência de tais gastos e receitas sobre a contração ou a expansão da atividade
econômica.

• A Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) refere-se à


metodologia internacional para avaliação de políticas fiscais, consistindo na soma
entre o resultado primário do setor público não financeiro, e a apropriação de juros
nominais por competência. Nesse sentido, o resultado primário de determinado ente,
por sua vez, diz respeito à diferença entre receitas e despesas primárias, em um
período de tempo.

• A taxa de câmbio está entre um dos preços fundamentais da economia, que


denota a razão entre os preços gerais em vigência entre dois países diferentes. O
câmbio pode ser mais efetivo em determinar a inflação de preços do que as taxas de
juros, pois afeta quase todos os preços da economia.

• A taxa de câmbio pode variar conforme a natureza da operação, a forma de


entrega da moeda estrangeira, o valor da operação, o cliente, o prazo de liquidação,
etc.

• Localmente, a terminologia câmbio comercial (ou dólar comercial) e câmbio


turismo (ou dólar turismo) é usada pelo mercado para indicar as diferentes taxas
praticadas conforme a natureza da operação. Tal que, a designação câmbio comercial
(ou dólar comercial) é usada para as operações realizadas no mercado de câmbio,
como, por exemplo, exportação, importação, transferências financeiras, entre outras.
Envolvendo qualquer moeda estrangeira.

30
• A designação câmbio turismo (ou dólar turismo) é habitualmente usada para
classificar as operações de compra e venda de moeda(s) para viagens internacionais,
sendo em espécie ou não.

• A taxa de câmbio spot refere-se às negociações à vista, ou seja, aquelas que


estritamente não envolvem nenhuma forma de mercado futuro. Em uma operação
de câmbio, cada uma das partes está simultaneamente comprando uma moeda e
vendendo alguma outra moeda. Tal que, se, um agente que troca seus bolívares por
reais está, ao mesmo tempo, comprando reais e vendendo bolívares; Então, ao
mesmo tempo, o outro agente, no negócio, está comprando bolívares e vendendo
reais.

• A taxa de câmbio ptax é a taxa que serve como referência e não como taxa
obrigatória, ou seja, é a taxa média do dia apurada com base nas operações realizadas
no mercado, por exemplo: no Brasil o BC coleta e divulga as taxas médias praticadas
no mercado interbancário. Entretanto, as taxas de câmbio são livremente acordadas
entre as partes, isto é, entre comprador ou vendedor da moeda externa, e o agente
autorizado pelo BC a operar no mercado de câmbio.

• O cupom cambial é a remuneração efetiva de dólares convertidos em reais e


aplicados no mercado financeiro brasileiro, ele é dado através da variação da taxa de
juros menos a variação do câmbio no período. Por exemplo, um investidor estrangeiro
decide aplicar seus recursos no Brasil, no período de um ano seus recursos
valorizaram 15%, ao mesmo tempo a real desvalorizou 5%. Isso faz que com o
rendimento real de suas aplicações seja de aproximadamente 10%.

• A arbitragem cambial normalmente é uma operação especulativa, visando


obter lucros rápidos, com a aquisição de uma moeda em cujo mercado seu preço é
mais baixo para ser vendida em outro mercado onde o preço está mais alto, ou então
para aproveitar distorções existentes em algum momento nas diversas cotações nos
diversos mercados cambiais.

• O mercado de câmbio no Brasil se refere à compra e venda de moeda


estrangeira e a operações realizadas por instituições autorizadas pelo Banco Central

31
do Brasil, que incluem operações relativas a ouro-instrumento cambial,
recebimentos, pagamentos, transferências do país e para o exterior referentes às
despesas com cartões de crédito internacionais, transferências postais, entre outros.

• O câmbio é fundamental para o crescimento de uma economia, caso seja


estável permite um crescimento econômico sustentável ao longo do tempo. Se for
instável pode reverter todo processo de crescimento. Destacam-se três tipos de
regimes cambiais: taxa de câmbio flutuante, taxa de câmbio fixa, e taxa de câmbio
atrelada (de bandas cambiais).

• O regime de câmbio flutuante oscila (isto é, flutua) no dia-a-dia conforme a


oferta de moeda estrangeira, a demanda externa por moeda nacional. Isto, depende
da percepção dos investidores estrangeiros e especuladores sobre a situação
econômico-política nacional.

• Em um regime de taxa de câmbio fixa, a taxa tem de ser constante ao longo do


tempo (isto é, imutável). Por sua vez, em relação a uma unidade com valor de
referência. Manter a taxa de câmbio fixa exige que o BC negocie qualquer quantidade
de moeda estrangeira pela taxa de câmbio fixada, neste caso, as reservas
internacionais têm de ser elevadas na moeda em que se fixa.

• No regime cambial de “bandas cambiais” (ou atrelado) a taxa de câmbio varia


diariamente, porém dentro de bandas que são estritamente determinadas pelo BC.

• O Produto Interno Bruto (PIB) enquanto indicador para a avaliação do padrão


de desempenho econômico é amplamente aceito por agências financeiras
internacionais que tem o objetivo de medir comparativamente o crescimento
econômico dos estados-nações. Isto é, trata-se do somatório do que foi produzido em
um país durante um período de tempo determinado.

• O PIB faz referência ao valor agregado (depurado do conjunto de transações


intermediárias) medido a preços de mercado de todos os bens e serviços finais que
são produzidos dentro do território econômico da unidade econômica em
consideração.

32
• O PIB pode ser medido através de três formas alternativas: ótica da produção,
ótica da renda, ótica de despesa.

• A inflação é a consequência do aumento generalizado dos preços. Pode ocorrer


pelo aumento da quantidade de moeda em circulação na economia, como, por
exemplo, pela impressão de mais moeda pelo BC (expansão monetária), aumento do
consumo, desvalorização da moeda nacional, entre outras razões.

• Os índices de preços são indicadores econômicos ligados à inflação. No Brasil


existem diversos, entre os mais importantes deles podemos citar o IPCA, o INPC, o
IPC-FGV, o INCC, o IPA e o IGP. Abaixo temos um resumo sobre cada um deles.

• O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o principal índice para medir


a inflação pela função de verificar a variação de preços dos mais diferentes produtos
e serviços disponíveis na economia de mercado do Brasil. O objetivo do IPCA é o de
medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo,
referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre um e
quarenta salários mínimos, para qualquer fonte de rendimentos.

• O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) é um dos índices usados para


medir a inflação no Brasil é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde
1989. O IGP-M é bastante usado como um indexador de contratos, por exemplo, em
negócios imobiliários.

• A taxa DI que é a referência básica para a rentabilidade dos investimentos de


renda fixa e também de vários fundos de investimento, em especial, a taxa é praticada
nos empréstimos entre instituições financeiras. Em geral, os títulos de renda fixa
remuneram um percentual da taxa DI. Sua trajetória é segue próxima à da taxa Selic.

• A Taxa de Longo Prazo (TLP) é o principal custo financeiro dos financiamentos


de longo prazo do BNDES, composta por uma parcela fixa, de Juros Reais Pré-Fixados
(TLP-Pré) e uma parcela variável, que diz respeito a correção monetária, isto é Inflação
(IPCA).

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• A Taxa Referencial (TR) é de responsabilidade do Banco Central (BC), em
termos de valor. Na prática, é obtida pelo Banco Central através de uma pesquisa com
os 30 maiores bancos do país e analisa as taxas de juros dos CDBs. A TR é empregada
como um fator de correção monetária de empréstimos, do FGTS, de investimentos e
é referência para quem analisa a “poupança”.

• Ciclos econômicos são um tipo de flutuação encontrada na atividade


econômica dos países que organizam seu trabalho principalmente em atividades
empresariais. Um ciclo consiste em expansões ocorridas, quase que ao mesmo tempo
em muitas atividades econômicas, seguidas por recessões, contrações e retomadas
similarmente generalizadas que se fundem na fase de expansão do próximo ciclo;…
essa sequência de mudanças é recorrente (costuma acontecer), mas não periódica; a
duração dos ciclos varia entre 1 e 12 anos.

• Os ciclos econômicos são desvios temporários da trajetória de crescimento


normal da economia, entretanto, parte das perdas e dos ganhos do produto que
ocorrem durante um ciclo econômico pode torna-se permanente.

• São fatores básicos dos ciclos econômicos: Atividade econômica agregada, Co-
movimento, Persistência, Expansões e contrações.

• O Brasil aderiu às normas do Acordo de Basiléia, a partir da data da publicação


da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) de nº 2.099, isto é, em 17 de
agosto de 1994. O Acordo da Basiléia tem como finalidade de trazer maior
transparência, segurança e estabilidade para as negociações de bancos
internacionais. Bem como, em trazer melhores condições para estes bancos
competirem entre si, em igualdade de condições, e independente do país de origem.

• Basiléia I teve como objetivo de reduzir a incerteza e a instabilidade do sistema


bancário internacional. Bem como, a de minimizar as desigualdades competitivas
entre os bancos internacionalmente ativos, resultantes de regras diferentes para o
requerimento de capital mínimo por agentes reguladores nacionais.

• Basiléia I trouxe três conceitos: Capital Regulatório; Fatores de Ponderação de


Risco dos Ativos; Índice mínimo de capital para cobertura do risco de crédito.

34
• Basiléia II remonta a junho de 2004 quando publica-se um “novo acordo de
capital” a que refere-se para os objetivos de estimular a maior disciplina e de maior
transparência de mercado; o favorecimento da adesão de melhores práticas para a
gestão de riscos; a promoção da estabilidade financeira.

• Basiléia II está baseada em três pilares/ premissas: o requerimento de capital


mínimo; a supervisão bancária e governança; a transparência com o mercado.

• Basileia III visa tornar o sistema bancário mais resiliente. Através de medidas
de aperfeiçoamento que fortaleçam a gestão de risco, a supervisão, e a regulação do
sistema bancário. Bem como, com regras mais específicas para os bancos em termos
de respectivos: capital próprio e liquidez, para lidar com eventos de crises, diminuindo
o risco de contágio de crises financeiras para o resto da economia.

• O banco de compensações internacionais (BIS) é uma organização


internacional que, através da cooperação internacional, promove à estabilidade
monetária e financeira global. A sua missão é a de servir aos bancos centrais na busca
pela estabilidade monetária e financeira, em fomentar a cooperação internacional
nessas áreas, e, atuar como um banco para os bancos centrais.

• O sistema financeiro tem o papel de estruturar as relações econômicas que


envolvem dinheiro, desde, por exemplo, a compra de um automóvel por uma pessoa
física até a aquisição de uma máquina por uma empresa.

• O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por instituições normativas e


reguladoras, como o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central do Brasil
(BACEN, BCB ou BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que desenvolvem
mecanismos (leis) a fim de sistematizar o funcionamento das demais instituições
financeiras públicas e privadas que servem como intermediárias de captação,
distribuição e transferências de recursos financeiros de toda a sociedade.

• As instituições do SFN estabelecem as funções normativas, harmonizam os


direitos e deveres dos clientes e apresentam a eles as soluções mais adequadas. Esse
sistema é composto por três tipos de instituições:

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• Órgãos normativos: Determinam regras gerais para o bom funcionamento do
SFN. São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

• CNSP: Acompanha a evolução do mercado segurador nacional, não só


estabelecendo as normas, mas também observando a evolução dos indicadores de
risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos contratos de seguros, podendo
assim permitir a modernização e evolução deste serviço.

• CNPC: Além de ser um órgão normativo, precisa também estar atento aos
movimentos e reflexos que a economia e a gestão dos planos de previdência
complementar podem causar no montante de recursos acumulados pelos clientes
para assim modernizar a legislação, garantindo os planos futuros de aposentadoria
dos contratantes desses produtos.

• Entidades supervisoras: Estão subordinadas aos órgãos normativos e atuam de


modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do Brasil (BACEN),
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados
(Susep) e Superintendência de Previdência Complementar (Previc).

• Operadores: Estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o


público no papel de intermediário financeiro. São eles: Bancos e caixas econômicas,
cooperativas de crédito, instituições de pagamento, administradoras de consórcios,
corretoras e distribuidoras, demais instituições não bancárias, bolsa de valores, bolsa
de mercadorias e futuros, seguradoras e resseguradoras, entidades abertas de
previdência, sociedades de capitalização e entidades fechadas de previdência
complementar (fundos de pensão).

• Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão máximo do Sistema Financeiro


Nacional. Composto pelo Ministro da Fazenda (presidente do Conselho); Ministro do
Orçamento, Planejamento e Gestão e o Presidente do Banco Central (BC).

• Dentre as principais atribuições do CMN: autorizar a emissão de papel moeda;


fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto á compra e venda de

36
ouro; disciplinar o crédito em todas as modalidades; limitar, sempre que necessário
as taxas de juros, descontos, comissões entre outras; determinar o percentual de
recolhimento do compulsório; regular as operações de redesconto; regular a
constituição, funcionamento e fiscalização de todas as instituições financeiras que
operam no País.

• O BC é o executor (principal) das orientações do CNM. A responsabilidade mor


do BC é o de garantir o poder de compra da moeda nacional. O papel do BC é zelar
pela apropriada liquidez da economia nacional; manter as reservas internacionais em
nível apropriado; estimular da formação de poupança; zelar pela estabilidade do
sistema financeiro; promover do permanente aperfeiçoamento do sistema
financeiro.

• Os bancos múltiplos são Instituições Financeiras (IF) privadas ou públicas que


realizam as operações ativas, passivas e assessórias das diversas IF, por intermédio
das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de
crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e
investimento.

• Os bancos comerciais são sociedades anônimas que possuem como objetivo


promover o encontro entre os agentes superavitários e os agentes deficitários, além
de realizar operações financeiras de curto prazo. Como eles possuem depósito à vista
criam moeda.

• Os bancos de investimento são IF privadas especializadas em operações de


participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de
terceiros. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital
fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos
interfinanceiros e repasses de empréstimos externos. São instituições criadas para
conceder créditos de médio e longo prazo para as empresas.

• O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o


principal instrumento de execução da política de investimento do Governo Federal e

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tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se
relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País. O BNDES exercitará
suas atividades, visando a estimular a iniciativa privada, sem prejuízo de apoio a
empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público.

• A comissão de valores mobiliários (CVM) – 1976 – é uma autarquia federal


vinculada ao Ministério da Economia para fiscalizar (e disciplinar) as operações ou
valores mobiliários e “demais assuntos” intrínsecos ao mercado de títulos. A
competência da CVM compreende, em sua esfera, as companhias de capital aberto e
incentivadas, fundos de investimento, ofertas públicas de valores mobiliários e as
instituições participantes do sistema de distribuição. Bem como, os clientes e
investidores que operam no mercado de valores mobiliários.

• A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de


seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.

• O SPC, bem como a Serasa, são entidades que cadastram devedores. Por sua
vez, possuem banco de dados sobre cadastros de devedores. Tal que, são entidades
que, por natureza, avaliam as informações do banco de dados para orientar pessoas
jurídicas (a elas associadas) na tomada de decisões sobre concessão de créditos e
apoio a negócios.

• O CADE é uma autarquia federal, vinculada ao ministério da justiça (MJ).


Ressalta-se que, não se trata de uma agência reguladora da concorrência. É uma
autoridade de defesa da concorrência. Sua responsabilidade é a de julgar e de punir
administrativamente, em instância única, pessoas físicas e jurídicas, que cometam
infrações à ordem econômica, não cabendo recurso para outro órgão.

• As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de


Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de capitais, e
no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários
entre investidores e tomadores de recursos. Têm a função de dar maior liquidez e
segurança ao mercado acionário.

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• A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) é responsável pela
guarda, compensação e liquidação das operações que ocorrem na BM&F Bovespa,
seja no mercado à vista ou nos mercados de derivativos. Os serviços prestados pela
CBLC são: Custódia dos Títulos, Liquidação, Controle de risco e Empréstimo.

• O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos,


regras, instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão suporte à
movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado
brasileiro, tanto em moeda local quanto estrangeira, visando a maior proteção contra
rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras.

• O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central do


Brasil, é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de
emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com
esses títulos.
✓ Além do sistema de custódia de títulos e de registro e liquidação de
operações, integram o Selic os seguintes módulos complementares:
Negociação de custódia dos títulos públicos federais: oferta Pública (Ofpub);
oferta a Dealers (Ofdealers); lastro de Operações Compromissadas (Lastro);
e negociação Eletrônica de Títulos (Negociação).

• As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de


recursos do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures, notas
promissórias) e contratos de derivativos.

• A bolsa de mercadorias e futuros era uma bolsa autônoma desde sua criação,
porém, como citamos, em 2008 juntou-se com a Bovespa (Bolsa de Valores de São
Paulo), formando a partir daquele ano uma única bolsa de valores e futuros, a BM&F
Bovespa. Após 2017, no entanto, passou a ser chamada de

• A B3 é atualmente a única bolsa de valores em operação no Brasil. Embora


importante, pois o país tem representatividade econômica mundial, a nossa bolsa
está longe de figurar entre as principais do mundo.

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• Nesta lista de bolsas mais importantes estão a NYSE, situada na ilha de
Manhattan em Nova York, EUA, que é a maior do mundo, seguida pela NASDAQ,
também de Nova York, na qual são negociadas ações de empresas de alta tecnologia.
Na sequência da lista estão as bolsas de valores de Tóquio no Japão, a bolsa de
Londres na Inglaterra, a Euronext situada em Amsterdam na Holanda, a DAX de
Frankfurt na Alemanha, as de Hong Kong de Hong Kong e Xangai na China, e assim
por diante.

• Dentre os deveres e obrigações da B3 estão: Manter equilíbrio entre seus


interesses próprios e o interesse público a que deve atender, como responsável pela
preservação e autoregulação dos mercados por ela administrados; Cabe à entidade
administradora aprovar regras de organização e funcionamento dos mercados
manutenção de elevados padrões éticos de negociação nos mercados por ela
administrados;

• As Regras de Negociação da Bolsa (B3) devem: Evitar ou coibir modalidades de


fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou
preço dos valores mobiliários negociados em seus ambientes; Assegurar igualdade de
tratamento às pessoas autorizadas a operar em seus ambientes;

• Além de evitar ou coibir práticas não equitativas em seus ambientes; fixar as


variações de preços e quantidades ofertadas, em seu ambiente de negociação que for
caracterizado como centralizado e multilateral, que exige a adoção de procedimentos
especiais de negociação, bem como os procedimentos operacionais necessários para
quando tais variações forem alcançadas, respeitadas as condições mínimas que forem
estabelecidas pela CVM em regulamentação específica.

• As Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVMs) são


instituições autorizadas a negociar valores mobiliários e derivativos no mercado de
negociações (pregão). Em 2009, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco
Central permitiram que as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
atuassem no mercado de negociações (pregão).

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• As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de
Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de capitais, e
no mercado cambial intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários
entre investidores e tomadores de recursos.

• As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) oferecem os serviços:


Plataformas de investimento pela internet (homebroker); Consultoria financeira;
Clubes de investimentos; Financiamento para compra de ações (conta margem);
Administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes; Intermediação
de operações de Câmbio; Administração de fundos e clubes de Investimento; Uma
corretora pode atuar também por conta própria; e Na remuneração pelos serviços,
essas instituições podem cobrar comissões e taxas.

• Clearing House: também conhecida como câmara de compensação, identifica


a parte de uma bolsa de valores na qual as transações dos clientes são processadas e
registradas. Ela é responsável por assegurar que todas as transações sejam realizadas,
eliminando o risco de crédito.

• Uma Clearing é uma câmara, ou prestadora de serviços de compensação e


liquidação de ordens eletrônicas, de transferências de fundos e de outros ativos
financeiros, e principalmente de compensação e de liquidação de operações
realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros e de compensação envolvendo
operações com derivativos.

• Sociedades de fomento mercantil (factoring): Destinam-se ao fornecimento


dos recursos necessários ao giro dos negócios das suas empresas-clientes, através da
compra à vista dos créditos, por elas (factoring) aprovadas, resultantes das vendas a
prazo realizadas por suas empresas-clientes.

• A factoring só pode ter como cliente empresa (pessoa jurídica). Empresa de


factoring não faz empréstimos, portanto, não pode cobrar juros. No entanto, tem
incidência de IOF sobre as atividades da empresa de factoring.

41
• Lavagem de dinheiro é definido como atividade em que ocorre a
transformação de recursos obtidos através de meios ilícitos em meios aparentemente
lícitos, ou seja, ativos legais.

• Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos, a lavagem de


dinheiro realiza-se por meio do seguinte processo: o distanciamento dos fundos de
sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; o disfarce de suas
várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; e a
disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido
suficientemente movimentado no ciclo de lavagem e poder ser considerado “limpo”.

• O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) era o órgão máximo


responsável pelo combate à lavagem de dinheiro. Estava vinculado ao Ministério da
Fazenda e tinha como finalidade disciplinar e aplicar penas administrativas, receber,
examinar e identificar as ocorrências de atividades ilícitas. A diretoria e conselho eram
indicados pelo Ministro da Justiça. Em 20 de agosto de 2019 o COAF foi substituído
pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

• A Unidade de Inteligência Financeira (UIF) é vinculada ao Banco Central do


Brasil e responde à Diretoria Colegiada do Banco Central, mas não é parte integrante
da estrutura do BACEN, possuindo autonomia técnica e operacional. A sua diretoria e
o conselho são indicados pelo presidente do BACEN.

• A lavagem de dinheiro ocorre através de um processo constituído por três


fases independentes que, não raro, ocorrem simultaneamente:

• Colocação: Essa é a primeira etapa do processo de lavagem de dinheiro, na qual


ocorre a colocação do dinheiro de origem ilícita no sistema econômico. Para ocultar
a origem do dinheiro, ele é movimentado em países com regras mais permissivas e
com um sistema financeiro liberal. A colocação se dá através de depósitos e da
compra de bens e ativos. Diferentes técnicas são utilizadas para dificultar a
identificação da origem do dinheiro. Entre essas, as mais comuns são o fracionamento
dos recursos ilícitos em valores menores e a utilização de estabelecimentos
comerciais que trabalham com dinheiro em espécie.

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• Ocultação: Nessa etapa se procura dificultar o rastreamento contábil dos
recursos ilícitos. Diferentes ações são tomadas para destruir as evidências e dificultar
investigações sobre a origem do dinheiro. Normalmente os recursos são
movimentados de forma eletrônica em transações complexas e em grande número,
o que dificulta o rastreamento, monitoração e identificação da fonte ilícita dos
recursos.

• Integração: Por fim, ocorre a adição dos ativos ao sistema econômico. Para
isso, os agentes investem em empreendimentos propícios às suas atividades
(mercado de capitais, mercado imobiliário, obras de arte), sendo comum se utilizar
mais de uma dessas atividades e que elas prestem serviços entre si.

• Informação privilegiada: engloba todas as informações que não são de


conhecimento do público geral, obtidas durante a execução da função de um
profissional. Essas informações, muitas vezes, são estratégicas e, se utilizadas de
forma imoral, podem beneficiar/prejudicar outras pessoas, sendo possível se
identificar dois casos em que o seu uso foge aos padrões éticos: Insider Trader e Front
Runner.

• Insider Trader: quando um indivíduo utiliza as informações privilegiadas que


tem acesso em benefício próprio ou de terceiros. Um exemplo clássico de Insider
Trader se refere à delação premiada dos irmãos Batista. Ela resultou em uma queda
elevada das ações da JBS. Os irmãos prevendo a queda do preço das ações as
venderam para a JBS por R$ 328 milhões. Assim, eles se aproveitaram das
informações privilegiadas que possuíam para lucrar acima dos demais acionistas da
empresa.

• Front Runner: quando determinada instituição utiliza as informações


privilegiadas que tem acesso em benefício próprio. Ocorre principalmente quando
um cliente determina que seja realizada determinada ação, mas a instituição realiza
a ação para si mesma e apenas em um segundo momento para o cliente.

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• Confidencialidade: esse princípio determina que os profissionais que possuem
acesso a informações privilegiadas devem as manter em sigilo, salvo se a publicação
da informação for determinada por lei.

• Conflitos de interesses: o conflito de interesse é observado quando um


profissional possui motivações e interesses pessoais que o levam a influenciar nos
objetivos e nas atividades realizadas pela organização em que trabalha. Na presença
de conflito de interesse é dever de o profissional informar a sua ocorrência e tomar
as medidas cabíveis para que ele não ocorra.

• O Fluxo de Caixa Livre (FCL) ou Fluxo de Caixa Livre da Empresa (FCLE) é


também conhecido por Fluxo de Caixa da Empresa (FCE) e, em inglês, é chamado de
Free Cash Flow. Ele é o valor presente do fluxo de caixa livre para a empresa, que é
obtido com base na série de recebimentos que compõe o fluxo e no Custo Médio
Ponderado de Capital (CMPC).

• Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE): é um órgão de apoio


institucional ao Departamento de Economia. A tabela da FIPE indica o preço médio
de certos produtos, como por exemplo: carros, caminhões e motos.

• O entendimento da matemática financeira é crucial para qualquer profissional


do mercado financeiro. Considere as noções importantes a seguir: Valor Futuro (FV)
é o Valor futuro em unidades monetárias, ou seja, quanto valerá no futuro o capital
que foi aplicado conforme uma taxa de juros; Valor Presente (PV) é o capital inicial
em unidades monetárias.

• Formalmente temos que: FV = PV (1 +it) (Juros Simples); FV = PV (1 + i)t (Juros


Composto)

• Onde, J = Juros; PV = Valor Presente; FV = Valor futuro; i = Taxa de juros; e t=


Prazo.

• Taxas equivalentes: no regime de capitalização composta utiliza-se a seguinte


fórmula para efetuar o cálculo de taxas equivalentes: (1 + ia) = (1 + ip) t.

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• Taxa nominal: uma taxa de juro é definida como nominal quando o prazo difere
da capitalização ou quando incorpora as taxas de inflação. Dessa forma, é possível
notar que se trata de um valor aparente.

• Taxa efetiva: em situações em que a taxa de juro é calculada sobre o valor


efetivamente emprestado ou aplicado, ou seja, pode indicar a lucratividade final de
um investimento.

• Considere a seguinte fórmula para o cálculo da taxa efetiva: Tx Efetiva = (1 + Tx


informada)t – 1

• Onde que: n = número de períodos de capitalização

• Taxa real: a taxa de juros reais são os juros já com a inflação descontada, ou
seja, uma taxa sem os efeitos inflacionários. O objetivo dessa taxa é observar o ganho
real, sem que a alteração dos preços interfira no cálculo.

• Considere a seguinte fórmula do cálculo de Taxa Real: ir = (1 + ie) / (1 + if) – 1

• Onde ir = taxa real; ie = taxa efetiva; e if = inflação.

• Anuidades é o nome que se dá aos pagamentos sucessivos, tanto a nível de


financiamentos quanto de investimentos. Se a renda possui um número finito de
termos será chamada de temporária, caso contrário é chamada de permanente.

• Anuidades Postecipadas: são aquelas na qual o pagamento ocorre no fim de


cada período e não na origem. Exemplo: pagamento de fatura de cartão de crédito.

• Anuidades Antecipadas: são aquelas nas quais os pagamentos são feitos no


início de cada período respectivo. Exemplo: financiamentos com pagamento à vista.

• Anuidades Diferidas: são aquelas na qual o primeiro pagamento é feito após


um determinado período. Exemplo: promoções do tipo compre hoje e pague daqui a
x dias.

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• A Taxa de Desconto é o preço do dinheiro, sendo mais conhecida como taxa de
juros. Como qualquer preço, ela é o equilíbrio entre a oferta e a demanda por moeda,
sendo utilizada para calcular o custo do capital.

• A Taxa Interna de Retorno (TIR): é a taxa de juros para a qual o VPL é nulo,
também é utilizada em análise de investimento e determina a taxa de retorno de um
projeto investido. Quanto maior a TIR, melhor e mais lucrativo será o projeto ou novo
negócio. Pense na TIR como a taxa de juros que uma aplicação financeira precisaria
render para ser tão lucrativa quanto o projeto ou novo negócio.

• O Valor Presente Líquido (VPL) é o somatório dos termos de um Fluxo de Caixa


Descontado. Quanto maior o VPL, mais lucrativo será o projeto ou novo negócio. O
VPL indica qual o lucro que o projeto ou novo negócio trará.

• A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é a taxa de juros que indica o mínimo


que um investidor exige de rendimento em uma aplicação. Como cada pessoa possui
propensão ao risco único, a taxa mínima de atratividade varia entre os investidores.

• O Custo de Oportunidade representa o custo do investidor em realizar uma


determinada aplicação. Em outras palavras, identifica o retorno que deixa de ser
adquirido caso ele aplicasse em alternativas.

• O método de período de payback determina o número de períodos necessários


para recuperar o investimento realizado. Quanto mais rápido a aplicação recuperar o
investimento, melhor será o resultado. Para que isso aconteça, a soma acumulada de
entrada de caixa deve ser igual ao investimento realizado.

• O período de payback simples determina o tempo necessário à recuperação do


investimento, sem considerar o valor do dinheiro no tempo. Ele acumula os valores
das entradas dos primeiros períodos até que esse valor acumulado seja igual ao valor
do investimento. Ao chegar a esse ponto, tem-se o período de payback.

• No período de payback descontado, a forma de implementação é similar, a


diferença é que não serão utilizados valores nominais dos fluxos, assim como no

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payback simples, mas serão utilizados os valores descontados para o presente por
meio de uma taxa de juros. Ou seja, cada fluxo é descontado por uma taxa de juros.

• A taxa de desconto adequada para descontar os fluxos de caixa de uma


companhia, deverá ser ponderada entre a parcela de capital próprio e de terceiros,
dando origem ao Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC), denominado na
terminologia original por Weighted Average Cost of Capital ou apenas pela sigla
WACC.

• O Lucro Bruto é a Receita líquida deduzida dos custos de produção. Tem por
objetivo mostrar a lucratividade das operações da empresa, sem ainda considerar as
despesas administrativas, comerciais e operacionais. É um tipo de “Lucro antes de
Impostos”.

• O Lucro Líquido, última linha da Demonstração de Resultados, é o Lucro


Operacional mais as receitas financeiras e menos Despesas financeiras, Despesas não
operacionais, extraordinários e não recorrentes, Imposto de renda e contribuição
social.

• O Lucro Operacional mostra capacidade de geração de resultados proveniente


das operações normais da empresa, ou seja, seu potencial de gerar riqueza em
decorrência de suas características operacionais, independentemente de suas fontes
de financiamento.

• Entretanto, o Lucro Operacional pode ser em alguns casos o Lucro Antes de


Imposto de Renda (LAIR); pode também ser o Lucro Antes de Juros e Imposto de
Renda (LAJIR), em inglês Ernings Before Interest and Taxes (EBIT); e até o Lucro
Operacional Líquido de IR, ou em inglês Net Operating Profits Less Adjusted Tax
(NOPLAT). É um tipo de “Lucro antes de Impostos”. Isso dependendo de como a
demonstração é apresentada.

• O Lucro antes de Impostos (LAIR) é o lucro antes de Imposto de Renda e


Contribuição Social.

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• Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA ou
EBITDA): O EBITDA é a receita menos os custos e as despesas, sem levar em
consideração ainda a depreciação ou a amortização, por isso, ele é fortemente
correlacionado com o fluxo de caixa livre da empresa.

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Gestão Financeira

O conjunto de teorias da contabilidade traz consigo uma série de processos técnicos


de aplicabilidade geral que fundam (em particular, através da delimitação das
ferramentas-técnicas conexas à área subjacente) o processo de gestão financeira. Por
si só, a gestão financeira se encontra como um componente do planejamento
financeiro. Parte disso é porque a gestão financeira permite, na prática, atingir e, por
fim, manter-se no seu objetivo de equilíbrio financeiro pessoal.

O processo de planejamento financeiro – em termos de planejamento financeiro


pessoal – inclui, como escopo, ao plano financeiro pessoal de ação: a gestão financeira
pessoal. Consequentemente, pela função de modelar (i.e., gerir efetiva-e-
eficazmente) a ação do plano financeiro pessoal. Além disso, para a ação (no plano
financeiro pessoal) incluir-se-á ainda à análise das finanças comportamentais (vide, o
próximo módulo). Uma vez que para determinar: a propensão a poupar do “cliente”,
a tomada de decisões de gastos do “cliente”, e as atitudes com relação às dívidas do
“cliente”. Por vezes, envolve o entendido do comportamento do cliente num sentido
menos contábil e mais psicológico.

O planejamento financeiro pessoal e a gestão financeira pessoal compartilham um


mesmo significado que é o do estabelecimento de uma estratégia para se alcançar os
objetivos pessoais de vida. No entanto, esse significado possui denotação diferente
para planejamento financeiro e gestão financeira. Tal que, a ligação da gestão
financeira pessoal ao processo de planejamento financeiro pessoal se dá pela
elaboração de uma estratégia que se comprometa com os objetivos do plano
financeiro pessoal. Consequentemente, quanto menor for esse comprometimento
estratégico tanto maior será a chance da falibilidade da estratégia do plano financeiro
pessoal. Portanto, o compromisso estratégico (em orientação, direção e controle)
ditará o modus operandi da gestão financeira pessoal.

Para possuir as capacidades de coleta, análise, e, síntese, no componente de gestão


financeira pessoal, parte-se dos conceitos e ferramentas técnicas subjacentes à

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contabilidade à prática da administração financeira que visem, por fim, maximizar os
resultados de orçamento, caixa e balanço patrimonial. Por sua vez, para a finalidade
de maximizar a probabilidade de se cumprir com metas de curto e médio prazo. Bem
como, em alcançar, por fim, os objetivos inicialmente definidos no suscitado plano
financeiro pessoal de ação.

• O orçamento é um meio de coordenar individualmente os esforços num plano


de ação que se baseia em dados de desempenhos anteriores e guiado por
julgamentos racionais dos fatores que influenciarão o rumo dos negócios no futuro.

• A partir do orçamento de caixa vão ser previstos os valores de dados (i.e.,


aqueles esperados nos termos de entradas e de saídas) no futuro, com base em
demonstrações passadas, o que, por sua vez, fornece evidências para prováveis faltas
de caixa. Bem como, para o momento ideal de uma determinada aplicação financeira.
✓ Transações que impactam positivamente o caixa pessoal: Rendas em geral,
venda de itens do ativo, Empréstimos bancários e financiamentos e Retornos
de investimentos financeiros.
✓ Transações que impactam negativamente o caixa pessoal: os pagamentos
com a compra de bens e/ou serviços, os pagamentos de juros, os
pagamentos com a compra de ativos tangíveis e os pagamentos de
prejuízos.

• As Receitas referem-se à entrada de recursos financeiros no caixa, ou seja,


dinheiro, bem como, direitos a receber (tipo, duplicatas a receber). Por exemplo,
salário, pró-labore, venda de algum bem, retorno de investimentos, etc.

• Os gastos fixos, em geral, são de bens e serviços relacionados às necessidades


básicas de uma pessoa, por exemplo, PH. Com pagamentos periódicos: ano a ano,
mês a mês, e dia a dia. Muitos são de utilidade humana universal, como, por exemplo,
água.

• Os Gastos variáveis, em geral, compreendem bens e serviços relacionados ao


bem-estar. Sem periodicidade definida.

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• Os Gastos financeiros são os gastos pessoais efetivamente realizados em
operações com tributos, impostos, juros, tarifas, cárcere privado, etc.

• Investimentos: Renda fixa, renda variável, etc.

• Imobilizados: Veículos, eletrodomésticos, etc.

• Obrigações com terceiros: Empréstimos e financiamentos, entre outros.

• Agrupamento em categorias de gastos: Habitação; Alimentação; Saúde;


Educação; Transporte; Lazer; Financeiros; Estética e tecnologia; e Investimentos.

• Um roteiro básico em termos da coleta de informações necessárias (entre o


que se ganha e o que se perde em um período) para preparar um orçamento pessoal
é discriminar: receitas atuais, passadas e agendamento; gastos atuais, passados e
agendamento; inventário de todos os gastos previstos.
✓ Além disso, é preciso elaborar tabela que lista a todos os gastos, partindo do
mais prioritário para aqueles que podem ser reduzidos ou, até mesmo,
excluídos (se supérfluos), para o menos prioritário.
✓ De modo a complementar a coleta de informações necessárias faz-se: um
conjunto com as medidas percentuais dos valores diários (ou mensais e
anuais) para cada uma das categorias de gastos (ou itens), em relação à
receita (líquida) corrente e esperada.
✓ Bem como discriminação de custos fixos, custos vulneráveis à variação
cambial e inflação; projeção de orçamento mensal e anual, comparação de
despesas reais para com despesas projetadas. E, por fim, faz-se uma base de
dados agrupando todos os dados.

• O orçamento, bem como, o fluxo de caixa, compreende os seguintes


elementos:
✓ Entradas: salários, receitas de juros, receitas de dividendos, as receitas de
aluguéis, renda(s) de aposentadoria(s), reembolso de tributos, pensão
alimentícia e outras receitas.
✓ Saídas: aplicações mensais (investimentos), aplicações mensais
(previdência), custos fixos, gastos com moradia, gastos com veículos,

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seguros, tributos, Internet/televisão, academia, custos variáveis,
alimentação, compras e Férias.

• O orçamento pessoal é uma medida de projeção para a finalidade de mensurar


e acompanhar as estimativas de todas as receitas e de despesas, precisamente, ao
longo do tempo.

• Orçamento Pessoal
✓ A análise da situação econômico-financeira atual (ativos e passivos) do
cliente permite com o desenvolvimento do seu orçamento pessoal (ou
familiar) a elaboração de um plano de investimentos estratégico,
determinada a sua capacidade para correr riscos.
✓ Por definição, o orçamento pessoal é uma medida de projeção para a
finalidade de mensurar e acompanhar as estimativas de todas as receitas e
de despesas, precisamente, ao longo do tempo. Por sua vez, conforme o
plano financeiro pessoal. O que se expõe a riscos (mensuráveis ou não), em
termos de ativos ou de passivos.
✓ O relatório de balanço patrimonial de uma pessoa física indica a sua posição
financeira em termos dos registros de bens, direitos, e obrigações em um
período de tempo (considerado).
✓ Por sua vez, para o lado dos ativos, a disposição das contas é de
agrupamento em ordem decrescente de liquidez.
✓ Enquanto, que, para o lado dos passivos, a disposição das contas é de
agrupamento em ordem crescente de vencimento, ou seja, de maturidade.
✓ Habitualmente, a estrutura de informações e características de um relatório
de posição financeira segue, aproximadamente, o seguinte padrão:
1. Ativos e Passivos (listados a valor de mercado).
2. Notas de rodapé (isto é, a descrição de detalhes sobre ativos e passivos).
3. O período do relatório (corretamente).
4. O patrimônio líquido.
5. O caso familiar (se houver a separação de bens, então ativos e passivos
devem possuir as iniciais dos nomes dos respectivos proprietários).
6. Categorias de ativos.

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7. Recursos monetários correntes (isto é, dinheiro ou similares).
8. Ativos financeiros em investimentos (isto é, portfólio de ativos).
9. Bens de uso pessoal (isto é, imóveis (e.g., casa), móveis (e.g., carro)).
10.Ativos impreterivelmente listados em ordem de liquidez decrescente
(liquidez é a velocidade de conversão dos ativos em dinheiro).
11.Passivos impreterivelmente listados conforme respectiva maturidade
(isto é, data de pagamento).
12.Passivos de curto-prazo (isto é, com vencimento em até 12 meses).
13.Passivos de longo-prazo (por exemplo, dívidas, financiamentos, e
empréstimos).
14.Patrimônio líquido (isto é, ativos menos passivos).
✓ Como sugestão, construa o seu próprio balancete pessoal, e determine a sua
capacidade de correr riscos.

• O relatório de balanço patrimonial de uma pessoa física indica a sua posição


financeira em termos dos registros de bens, direitos, e obrigações em um período de
tempo. Por sua vez, para o lado dos ativos, a disposição das contas é de agrupamento
em ordem decrescente de liquidez. Enquanto, que, para o lado dos passivos, a
disposição das contas é de agrupamento em ordem crescente de vencimento, ou seja,
de maturidade.

• A poupança é a sobra financeira e pode ser dirigida para alguma modalidade


disponível de investimento para que seja remunerada, serve para atingir objetivos,
financiar projetos, reduzir os riscos com eventos inesperados e em maximizar uma
gestão financeira pessoal.

• Propensão Marginal ao Consumo (PMgC) é um valor que varia entre 0 e 1, e


expressa o comportamento do “cliente” em relação aos rendimentos obtidos. Quanto
mais propenso o “cliente” for a consumir, tanto maior será o valor de sua PMgC. Por
exemplo, se o “cliente” está disposto a comprometer 70% de sua rentabilidade com
o consumo. Então, a sua PMgC é igual a 0,7.

• Ao contrário, a Propensão Marginal à Poupança (PMgS) do “cliente”


representa a parcela de sua rentabilidade à qual comprometer-se-á a poupar.

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Consequentemente, se a PMgC do “cliente” é igual a 0,7. Então, a PMgS do “cliente”
é igual 0,3. Por sua vez, comprometendo 30% de sua rentabilidade com a poupança.

• Um pressuposto-guia para a elaboração do orçamento pessoal é que as


despesas não devem ser maiores do que as receitas. Aliás, a intuição-básica sobre um
orçamento financeiro é a de se gastar menos do que se ganha, pois há a formação de
poupança.

• A determinação do montante suficiente de poupança para atender os


compromissos do “cliente” pode partir de quatro fases: Fase do planejamento
orçamentário, Fase do registro (no livro de caixa), Fase do agrupamento das contas
do orçamento e Fase da avaliação do orçamento.

• O índice de poupança do “cliente” em termos de orçamento pessoal, mensal,


mostra o percentual da receita mensal que sobra para investir. De modo a encontrar
o índice de poupança, a princípio, é necessário encontrar o resultado disponível para
investir (poupança: + ou -) é igual a Despesas menos Receitas. Ademais:

• Índice de poupança = Resultado disponível para investir (poupança: +) /


Receitas.

• Conforme for o caso, na elaboração do planejamento financeiro pessoal,


inúmeras situações particulares precisam ser relevadas, como, por exemplo, a de ciclo
de vida, a de situação de morte, a de divisão de bens, a de despesas com educação, a
de estado de saúde, a de regime matrimonial, a de processos de separação, etc.

• O profissional CFP deverá ser capaz de dimensionar o orçamento mínimo


necessário para atender as necessidades básicas do cliente, calcular o valor necessário
para criar um fundo de emergência adequado para as necessidades atuais e futuras
do cliente, e determinar os instrumentos financeiros adequados para a constituição
do fundo de emergência
✓ Patrimônio Mínimo de Sobrevivência (PMS): No planejamento financeiro
do cliente, é necessário possuir uma reserva financeira para eventos
inesperados. Por sua vez, compreende ter reservas financeiras para eventos
de perda, como desemprego, etc. O PMS sugere uma reserva equivalente a

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seis vezes o consumo mensal da pessoa. Assim, servirá como estabilizador
em meio a situações imprevisíveis.
✓ Ressalta-se que a decisão pelo PMS deve ser maior do que oportunidades de
consumo ou investimentos de risco, pois o foco do plano se perderia. Com
isso, deve ficar em aplicação de baixo risco e liquidez imediata. Pois somado
a isso, é preciso acumular reservas suficientes para sustentar uma qualidade
de vida na aposentadoria.

• As restrições de liquidez em um plano financeiro, por meio de um orçamento


de caixa, referem-se à capacidade real de cumprir com as obrigações cotidianas (isto
é, diárias) e com as obrigações imprevistas do cliente (investidor). Tal que, as
restrições de liquidez destacam-se por necessidades de liquidez imediatas,
necessidades de liquidez contínuas, e necessidades de liquidez eventuais (ou
ocasionais).
✓ Necessidades de liquidez contínuas dizem respeitos aos gastos normais que
devem ser pagos periodicamente pelo retorno orçamentário (ou do portfólio
pessoal).
✓ Necessidades de liquidez imediatas dizem respeito às despesas que
necessitam serem prontamente ou brevemente honradas, frequentemente
através do fundo de excedentes (por exemplo, PMS). Se não houver isso, uma
alternativa é usar reservas de outros fundos.
✓ Necessidades de liquidez eventuais (isto é, ocasionais) frequentemente
originam-se através da liquidação de parte do orçamento, porque contêm
gigantescas quantidades esperadas de fluxo de caixa.

• O relatório de balanço patrimonial de uma pessoa física indica a sua posição


financeira em termos dos registros de bens, direitos, e obrigações – registradas
conforme a sua liquidez – em um período de tempo (considerado), bem como a sua
situação líquida em um determinado período.

✓ Para o lado dos ativos, a disposição das contas é de agrupamento em ordem


crescente de liquidez. Por sua vez, compreende as aplicações de recursos, em

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geral, em bens e direitos. – Além disso, o ativo se refere à qualquer recurso
(bens e direitos) que poderá gerar riquezas.
✓ Enquanto que, para o lado dos passivos, a disposição das contas é de
agrupamento em ordem crescente de vencimento, ou seja, de maturidade.
Por sua vez, compreende as exibilidades e obrigações, isto é, a captação de
recursos com terceiros, como, por exemplo, empréstimos e financiamentos
para o capital de giro e para a aquisição de bens.
✓ O patrimônio líquido representa a diferença entre o ativo e o passivo, isto é,
o valor líquido subjacente. Em outras palavras, o patrimônio líquido de uma
pessoa (ou seja, os seus recursos), em um determinado período, é
considerado pela diferença dos seus bens menos as suas dívidas, isto é, a sua
situação líquida.

• Indicadores de liquidez: são índices financeiros para verificar o crédito de uma


pessoa, isto é, a capacidade monetária para a cobertura de suas obrigações no
passivo, servindo para a proteção patrimonial. Por sua vez, possuem a capacidade de
avaliar as obrigações financeiras de uma pessoa, otimizando a sua gestão financeira.
✓ Índice de liquidez corrente: trata-se de indicadores que medem a
capacidade do indivíduo cumprir com os seus pagamentos durante um
período de curto prazo. Ou seja, a propensão pessoal em honrar com as
contas pessoais.
✓ Índice de Cobertura de despesas mensais: O índice de cobertura de
despesas mensais representa a divisão entre as reservas financeiras e
despesas mensais. Por sua vez, medindo em quanto tempo será possível
manter um determinado padrão de custos, despesas e pagamento de
juros (durante determinado período). Em geral, usa-se meses como base
de cálculo.
✓ Índice de Cobertura Pessoa Física (ICPF): ou Índice de liquidez imediata,
é um indicador que mede a capacidade pessoal de cumprir para com as
obrigações (especialmente no curtíssimo prazo). Por sua vez, é específico
e limitado ao caixa, aplicações financeiras e saldos bancários.
Consequentemente, não se considera contas a receber, estoque e outros
valores de entrada.

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✓ Índice de poupança: mostra o percentual da receita mensal, em termos
de orçamento mensal, que sobra para investir.

• O Custo Efetivo Total (CET) é a taxa que compreende todos os encargos e


despesas incidentes nas operações de crédito e de arrendamento mercantil
financeiro, contratadas ou ofertadas a pessoas físicas, microempresas e empresas de
pequeno porte.

• Crédito Direto ao Consumidor (CDC): trata-se de uma categoria de


financiamento dirigida para a compra de bens de consumo duráveis (por sua vez, os
de origem nacionais ou estrangeiros e passíveis de alienação fiduciária, etc.) e ainda
para as operações em relação à prestação de serviços (como, por exemplo, pacotes
turísticos, passagens e estadias, etc.) pelas pessoas físicas.

• O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) objetiva maximizar o mercado


imobiliário para a classe de renda intermediária. Bem como, em ser mais
independente do estado.
✓ O SFI traz alternativas para clientes de sociedades de crédito imobiliário,
companhias hipotecárias, associações de poupança e empréstimo, bancos
múltiplos com carteiras imobiliárias, etc. Além do que, ambos, de alguma
maneira, relacionam-se com a Caixa Econômica Federal.
✓ No modelo do sistema financeiro imobiliário é possível usar recursos do FAT
por meio da: Carta de crédito caixa letra individual; Carta de crédito caixa
letra hipotecária longa (residencial ou comercial); Carta de crédito FAT
habitação (individual).
✓ O ITBI é o imposto sobre transmissão de bens imóveis, isto é, o valor cobrado
pela transferência do imóvel do vendedor para o comprador, variando entre
2% a 3% (o que depende do lugar, uma vez que é cobrado pela prefeitura).
✓ Um custo é o Registro/Escritura que é cobrado quando se dá a entrada do
contrato do financiamento de registro do imóvel, sendo pago pelo
comprador, no cartório.

• O arrendamento mercantil (leasing) é, por definição, um arrendamento, uma


classe de aluguel com a opção de compra ao fim do contrato. Em geral, empresas de

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arrendamento mercantil (leasing) associam-se a bancos, especificamente elas
compram algum produto (ou o possuem) para um cliente, o qual aluga o produto, por
prazo especificado. Por sua vez, ao fim do prazo, o cliente tem a opção de comprar o
produto pelo valor previamente acordado (por exemplo, o valor de mercado do
produto) ou de entrega-lo.
✓ O leasing financeiro é uma operação de financiamento integral de bens
móveis e imóveis, por sua vez, estabelecido via contrato, pela forma de
locação de bens entre uma de empresa arrendamento mercantil, isto é, de
leasing (arrendador), e o usuário (arrendatário).

• Consórcios: referem-se à formação de grupos de pessoas que dão a forma a


fundos comuns e, então, passam a arrecadar contribuições (em geral, mensais) em
recursos monetários correntes (em geral, dinheiro) para a finalidade de destino que
é a de proporcionar a cada consorciado (ou seja, associado ao consórcio) a aquisição
de um bem, ou conjunto de bens, ou, ainda determinado serviço.

• Crédito Rural: o objetivo desta modalidade de financiamento é promover os


investimentos rurais feitos por produtores rurais ou por cooperativas rurais. Bem
como, para facilitar o custeio da produção e a venda de produtos agropecuários, de
maneira adequada e oportuna.

• Produtos do BNDES: O BNDES tem um conjunto estruturado de produtos


financeiros, dos quais derivam linhas, programas e fundos. As linhas de financiamento
e os programas têm regras específicas de acordo com o beneficiário, setor e/ou
empreendimento apoiado, sendo as linhas de financiamento voltadas para atender a
demandas permanentes, enquanto os programas buscam suprir demandas
específicas, com prazo de vigência e dotação previamente estabelecidas. O BNDES
trabalha com captações e gestão de recursos financeiros que possibilitam as
operações de financiamento de longo prazo, por meio de instituições financeiras
credenciadas.

• Crédito educacional: atualmente, a oferta de produtos de crédito educacional


em Brasil parte de um setor com Instituições Públicas e Instituições Privadas.

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Instituições Públicas partem do estabelecimento do Financiamento ao Estudante do
Ensino Superior (FIES).

• O FIES atende o aluno com dificuldades econômicas e não atende a todos os


alunos, uma vez que há uma seleção (que considera um conjunto de variáveis
socioeconômicas), diferente dos casos em que há a oferta de bolsa de estudos (por
exemplo, Prouni) em que não há o financiamento estudantil.

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