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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Controladoria-Geral da União
Secretaria Federal de Controle Interno

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO


DE PROGRAMA DE GOVERNO Nº 52
AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS PROVENIENTES
DA AGRICULTURA FAMILIAR
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO – CGU
SAS, Quadra 01, Bloco A, Edifício Darcy Ribeiro
70070-905 – Brasília-DF
cgu@cgu.gov.br

Luiz Navarro de Britto Filho


Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União

Carlos Higino Ribeiro de Alencar


Secretário-Executivo

Francisco Eduardo de Holanda Bessa


Secretário Federal de Controle Interno

Gilberto Waller Junior


Ouvidor-Geral da União

Waldir João Ferreira da Silva Júnior


Corregedor-Geral da União

Cláudia Taya
Secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção

Equipe responsável pela elaboração:


Diretoria de Auditoria da Área de Produção e Comunicações – SFC
Cláudio Antônio de Almeida Py (Diretor)
Carlos Moraes de Jesus (Coordenador-Geral)
Fernando Roriz Marques Cardoso
Leonardo Formiga Larrossa
Natália Rezende de Almeida Santos
Tatyane Milena da Silva Gomes
Valéria Porfírio Cardoso

Equipe responsável pela revisão:


Diretoria de Planejamento e Coordenação das Ações de Controle – SFC
Renilda de Almeida Moura (Diretora)
Bruno Oliveira Barbosa (Coordenador-Geral)
Rafael da Silva Assunção
Rafael Rabelo Aroucha
Rodrigo Corazza Gatto

As ações de controle nos estados e municípios, elementos indispensáveis para o alcance dos
resultados apresentados no presente relatório, foram executadas pelas
Controladorias-Regionais da União nos Estados.

Brasília, Março/2016.
Os resultados apresentados neste relatório foram gerados pelas ações de
controle executadas nos estados e municípios pelos servidores lotados nas
Controladorias-Regionais da União nos Estados, conforme relação a seguir:

Abdon Milton Pinto Eduardo Bastos da Silva Ligia Faillace Schilling


Adalto Erdmann De Almeida Elaine Niehues Faustino Lisandra Cristina Felix
Adao de Castro E Silva Evandro Pertence da Silva Lisiane Alves Barbosa da Fonseca
Adilson Jose Araujo da Rocha Fabio Carvalho Hansem Luciana Bezerra da Silva
Adriana Carla Cartapati Flavio Peres Pereira Luciana Ribeiro Suffi
Adriano de Queiroz Almeida Flavio Schneider Reis Luciane Baroncini Villela
Adriano Pandolfi de Oliveira Francisco Augusto Fazionato Pereira Luciano Guilherme Turin
Adriano Pena Costa Francisco Jose de Lima Luciano Valentim Silva
Adriano Vieira da Silva Francisco Jose Dias Bezerra Luis Fernando Duarte
Ageu Antunes Filho Francisco Jose Teixeira Veras Luis Gustavo Maluli Mendes
Agostinho Rocha Junior Francisco Jose Ximenes Luiz Claudio Novaes da Costa
Alan Gonzaga da Costa Frederico Augusto da Costa Pereira Luiz Henrique Fernandes Campos
Alessandra Felipe Bezerra Pedroza Frederico Ozanam Brandao Luiz Henrique Gomes Coelho
Alessandra Rodrigues Geraldo Schaumam do Nascimento Luiz Henrique Gomes da Silva
Alexandre Gambogi Pellegrini Gilberto Satlher Ribeiro Lacerda Madegno Flores
Alexandre Mattos de Schueler Gilberto Souza Semensato Marcelo Goncalo de Amorim
Alexandre Rocha Giovanni Faccioni Salamon Marco Antonio Silva Ribeiro
Ana Virginia Figueiredo Rocha Gladson de Souza Santos Marcos Antonio Silva Santos
Angela Mendonca Flores Gladstone Avelino Britto Marcos Antonio Tenorio de Lima
Anildo Tirloni Junior Glivanilde Maria de Souza Cunha Marcos Eduardo de Abreu
Antonio de Padua Bevilaqua Icaro de Almeida Fernandes Maria Elismar de Araujo Lima
Antonio Edmilson Silva Junior Ivanete Natalia de Melo Maria Lucia Cedrim da Silva
Antonio Fernandes Filho Jacyr de Heronville da Silva Junior Mario Lucio Ribeiro de Castro
Aristofanes Peixoto Sampaio Jairo Martins Mario Marques Diniz
Arnaldo Guilherme de Oliveira Jefferson Fernando Costa Nunes Mario Paccacini da Costa
Bras Antonio Maciel Pinheiro Joao Alberto de Menezes Marlene Sena Santos
Carlos Cesar de Oliveira Carneiro Joao Colaco dos Santos Mauricio Gobati Ramos
Carlos Escossia Barbosa Junior Joao da Rocha Barros Mauricio Renato Alves
Carlos Henrique da Silva Neves Joao Pereira de Jesus Nailma de Fatima Silva De Araujo
Celio Fexina Jose Adauto Resende Nair Nahomi Hirai
Cesar Augusto Dias José Andrade de Oliveira Natalia Marques Cavalcanti
Cesar Carvalho Jose Domingos Pereira de Araujo Ney Miranda dos Santos
Claudio Pelacini Jose Firmino de Almeida Nilda Vilas Boas Lemos
Clayton Machado Jose Geraldo Teixeira Santiago Nilson Menezes Castro
Cristiane Aguiar Ximenes Jose Pedro de Almeida Octavio Luiz Goldhirch
Cristina Ishimine Cerveira da Silva Jose Roberto Santos Maboni Orlando Vieira de Castro Junior
Damon Goncalves de Lima Castro Jose Roberto Yoshimassa Aoki Osmar Jose da Silva
Daniel Camargo de Carvalho Josimiro Pereira de Andrade Othoniel Alves de Oliveira
Daniela de Sylos Cassimiro Juceliana Maboni Pascoal Pereira Barbosa
Dorval Augusto Luiz dos Santos Karina Jacob Moraes Paulo Batista Machado
Edilce Medeiros Batista Kiyoshi Adachi Paulo de Tarso Morgado
Edimar Merotti Rodrigues Laerte Dantas da Nobrega Paulo Vicente Stancini Cardoso
Edmilson Lima de Menezes Larissa de Souza Alvim Rafael Donofre Forghieri
Edmundo Assis da Silva Galindo Laura Letsch Soares Raquel Costa de Almeida Junqueira
Ricardo Barreto Alencar Ruita Leite de Lima Neto Thereza Regina Azevedo Lyra
Ricardo Cesar Carromeu Dias Samuel Rubim Felberg Thiago Machado Pereira Monteiro
Ricardo Sobreira Bezerra Sandra Inserti Simao Thiago Pinheiro Cruz Gouveia
Roberto Correa de Souza Filho Sergio Augusto de Lima Mayer Valeria Leal Dantas Vasconcelos
Roberto Eustaquio de Araujo Sergio Franca Barigchun Valerio Jordao Barbosa
Roberto Santa Rosa de Almeida Sergio Massashi Nakanishi Vene Maria do Eirado Silva Pithon
Robertson da Silva Pereira Sergio Nakamura Victor Hugo de Souza Gomez
Robinson Luiz Vieira de Mattos Sergio Takayuki Takibayashi Waldemar Bustamante Fortes
Robson Ferreira da Silva Sergio Utiyama Waldemar Goncalves de Almeida
Rogerio Augusto Collares Silvia Alves Costa Wild Oswaldo do Nascimento
Rogerio Honorato Torres Silvio Paulo Epaminondas da Silva Wylmar Duarte Nascimento
Romenos Jorge Simao Suely Missae Shioya Zita Maria Porto Fiuza
Rosemary Zucareli Inocencio Taiz Wazen Nakamura Zoroastro Nunes
Competência da CGU

Assistir direta e imediatamente o Presidente da República no desempenho de suas atri-


buições, quanto aos assuntos e providências que, no âmbito do Poder Executivo, sejam atinen-
tes à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria pública, à correição, à pre-
venção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao incremento da transparência
da gestão no âmbito da administração pública federal.

Avaliação da Execução
de Programas de Governo

Em atendimento ao disposto no art. 74 da Constituição Federal de 1988, a CGU realiza


ações de controle com o objetivo de avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plu-
rianual e a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.

A escolha do programa de governo para avaliação de sua execução se dá por um processo de


hierarquização de todos os programas constantes da Lei Orçamentária Anual, utilizando-se
para esse fim critérios de relevância, materialidade e criticidade.

A partir de então, são geradas ações de controle com o fito de avaliar a efetiva aplicação dos
recursos destinados ao cumprimento da finalidade constante da ação governamental.

As constatações identificadas nas ações de controle são consignadas em relatórios específicos


que são encaminhados ao gestor do programa para conhecimento e implementação das medi-
das nele recomendadas.

Cada uma das medidas é acompanhada e monitorada pela CGU até a certificação de sua efetiva
implementação.
Sumário-Executivo

Objetivo do Programa
Promover o acesso à alimentação adequada e fomentar a inclusão socioeconômica de
agricultores familiares, mulheres rurais, povos e comunidades tradicionais e povos indígenas,
por intermédio da ampliação da sua participação, prioritariamente dos mais pobres, no abaste-
cimento dos mercados institucionais, da rede socioassistencial e dos equipamentos públicos de
alimentação e nutrição.

Finalidade da Ação
São finalidades das ações do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura
Familiar - PAA:

Garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias, por meio
da distribuição de produtos alimentícios, adquiridos de agricultores familiares enquadrados
conforme disposto na Lei nº 11.326/2006, às populações em situação de insegurança alimentar
e nutricional e aos programas socioassistenciais locais.

Adquirir produtos da agricultura familiar e de assentados, como forma de apoiar as políticas


voltadas à agricultura familiar, compreendendo ações de comercialização vinculadas à formação
de estoques estratégicos com uso preferencial para venda no mercado tradicional, de forma a
possibilitar novas compras de produtos.

Como acontece
As modalidades operadas pela Conab no âmbito do PAA consistem em: Compra com Doa-
ção Simultânea (CPR-Doação), Apoio à Formação de Estoques pela Agricultura Familiar (CPR-Esto-
que) e Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF).

CPR Doação: A cooperativa ou associação de agricultores familiares vende sua produção para
a Conab e entrega o alimento diretamente em instituições de caráter social ou filantrópico,
governamentais ou não-governamentais, responsáveis pelo atendimento a populações em situ-
ação de risco alimentar e nutricional.

CPR Estoque: Formação de estoques pelas organizações de Agricultores Familiares, de produtos


alimentícios oriundos de agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agri-
cultura Familiar – Pronaf, visando sustentação de preços e agregação de valor. Possibilita às organiza-
ções da agricultura familiar obter recursos para a aquisição de produtos para processamento ou não,
com o objetivo de formar estoques e, assim, criar condições para melhor comercializar os produtos
de acordo com os movimentos do mercado. A liquidação da CPR Estoque pode ser física (quando

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há interesse do governo em comprá-los) ou liquidação financeira, quando a organização comercializa
seus produtos e paga à Conab o valor recebido com encargos de 3% (três por cento).

CDAF: Aquisição de produtos alimentícios a preços de referência, em pólos de compra instalados


próximos aos locais de produção. Tais pólos podem ser montados em armazéns ou locais provisó-
rios. Nesse caso, a Conab se encarrega de transportá-los para armazéns que garantirão sua guarda
e conservação. Atualmente a Conab compra arroz, castanha de caju, castanha do brasil, farinha de
mandioca e de trigo, feijão, milho, sorgo, trigo e leite em pó integral.

A Conab, a seu critério, poderá adquirir outros produtos processados/beneficiados, próprios para o
consumo humano. Simplificadamente, a Ação de governo ocorre da seguinte maneira:

1. Mediante articulação dos Ministérios repassadores (MDA ou MDS) com a Conab (MAPA)
é elaborado Termo de Cooperação para execução descentralizada da política pública;
2. Após a assinatura do Termo de Cooperação, os recursos são liberados pelo Ministério re-
passador (MDA ou MDS) sob as condições definidas no próprio Termo ou conforme ajustes
posteriores decorrentes da conjuntura do mercado;
3. A Conab Matriz coordena a execução nacional do programa e, nas modalidades CPR-
-Estoque e CPR-Doação, ratifica os preços das Propostas de Participação apresentadas
pelas organizações de agricultores familiares, após homologação pela Superintendência
Regional da Conab (SUREG);
4. A execução do Termo de Cooperação ocorre nas Superintendências Regionais da Conab
(SUREGs), que são responsáveis por operar três instrumentos previstos na política públi-
ca, quais sejam: Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF), Compra da Agricultura
Familiar com Doação Simultânea (CPR-Doação) e Apoio à Formação de Estoques pela
Agricultura Familiar (CPR-Estoque). De regra, as aquisições são intermediadas por organi-
zações de agricultores familiares, exceto no caso da CDAF, que alcança tanto os produtores
diretamente quanto suas organizações.
5. Na CDAF, a SUREG divulga junto aos agricultores familiares (ou suas organizações) o
local e data da instalação do pólo de compra, o preço de referência e os critérios para
aquisição. Na CPR-Estoque e na CPR-Doação, a SUREG divulga junto às organizações de
agricultores familiares que estará recebendo Propostas de Participação para os respectivos
instrumentos. Esse documento especifica os agricultores fornecedores, o volume adquiri-
do, os cronogramas de aquisição e de formação de estoque (CPR-Estoque) ou de doação a
entidades carentes (CPR-Doação).
6. Na CDAF, no local e data divulgados, após uma etapa de pré-classificação, a SU-
REG providencia as aquisições junto aos agricultores familiares (ou suas organizações)
que se apresentarem, pagando o preço fixo de referência da agricultura familiar após
submeter os produtos ao controle de qualidade. Na CPR-Estoque e na CPR-Doação,
a organização de agricultores familiares providencia a aquisição junto aos produtores
e a destinação dos produtos conforme definido na ‘Proposta de Participação’, sendo
responsável pelo controle de qualidade;

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7. Na CDAF, a SUREG tem a posse e a propriedade dos produtos adquiridos. A liberação
dos recursos ocorre em até 10 dias, diretamente na conta do produtor (ou de sua organi-
zação). Na CPR-Estoque e na CPR-Doação, a SUREG utiliza instrumentos de garantia, visto
não contar com a posse dos bens adquiridos. Na CPR-Estoque, as parcelas liberadas são
utilizadas como capital de giro para as aquisições. Já na CPR-Doação, a liberação de recur-
sos somente acorre após a comprovação da realização da operação.
8. Ao final, a Conab consolida todas as operações individuais executadas e encaminha ao
Ministério repassador (MDA ou MDS) a Prestação de Contas do Termo de Cooperação.
9. O Ministério repassador (MDA ou MDS) exerce o controle finalístico sobre a execução
pela Conab, avaliando o atingimento dos objetivos do Termo de Cooperação e o efetivo
retorno social da política pública.
A Ação é implementada por meio de Termos de Cooperação firmados pela Conab com MDA e
MDS, além de convênios, acordos ou ajustes firmados diretamente pelos MDS junto a empresa pú-
blica, autarquias, estados, Distrito Federal ou municípios.

Volume de recursos envolvidos


O gráfico a seguir apresenta a evolução da execução financeira do PAA no período de
2009 a 2013, segregando os Recursos Provenientes do MDA e do MDS.

A execução dos créditos orçamentários consignados para as Ações 2798 e 2B81 nos Orçamentos
de 2009 a 2013 somou o montante de R$ 2.911.383.649,47 (dois bilhões, novecentos e onze
milhões, trezentos e oitenta e três mil, seiscentos e quarenta e nove reais e quarenta e sete cen-
tavos). Desse total, R$ 2,69 bilhões correspondeu a recursos do MDS, representando 92,63% da
execução do Programa. Para o exercício de 2014, o orçamento total das duas Ações totaliza R$
1,32 bilhão (LOA 2014 – Lei n° 12.952/2014).

No que se referem aos valores repassados pelos Ministérios, de aquisição e operacional, e execu-
tados pela Conab na no PAA, houve a seguinte distribuição:

Ministério Repassador 2009 (R$) 2010 (R$) 2011 (R$)


MDA 92.053.334,20 57.247.407,16 33.799.118,15
MDS 274.812.820,25 298.356.011,54 385.909.311,01

Ministério Repassador 2012 (R$) 2013 (R$) 2014 (R$)


MDA 47.324.194,59 20.213.363,98 31.905.252,40
MDS 548.411.934,56 225.003.608,01 321.098.523,60

Fonte: SIAFI em 24/10/2014

No total, foram executados R$ 1,98 bilhão pela Conab, correspondendo a 68,12% dos crédi-
tos orçamentários consignados no período de 2009 a 2013, nas citadas ações, relativamente ao
pagamento de produtos da agricultura familiar.

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Dados apresentados pela Companhia no documento ‘Programa de Aquisição de Alimentos –
Resultados das Ações da Conab em 2013’, demonstram que, em termos de materialidade, o
instrumento de CPR-Doação configura-se como o principal na execução da política pública,
conforme pode ser observado no gráfico a seguir elaborado pela Gerência de Acompanhamen-
to e Controle das Ações da Agricultura Familiar – GECAF/SUPAF:

Gráfico: Evolução das Modalidades – PAA de 2003 a 2014.

Questões Estratégicas
As questões e subquestões estratégicas que o trabalho se propõe a verificar são:

1. No caso da CPR-Doação, as informações prestadas pelas organizações de agri-


cultores familiares e registradas nos documentos comprobatórios das operações
são confiáveis e fidedignas?
1.1. As informações apresentadas nos Recibos de Entrega, Notas Fiscais de Venda e
demais documentos de comprovação retratam fielmente as operações?
2. A Conab Matriz possui instrumentos de gestão adequados ao monitoramento da
execução da política pública, sendo capaz tanto de atuar tempestivamente para a
correção de rumos quanto de garantir com razoável segurança, dentro de sua com-
petência, o atingimento das metas definidas nos Termos de Cooperação firmados?
2.1. A estrutura de informações hoje disponível na Companhia permite a aferição do
atingimento pela Conab das metas definidas nos Termos de Cooperação?
2.2. Existem instrumentos de gestão adequados ao monitoramento da execução do
Programa pela Conab, sendo os resultados aproveitados para correção de rumos?
3. As SUREGs verificam a conformidade dos documentos exigidos das organizações
de agricultores familiares antes da assinatura da Cédula de Produto Rural - CPR?
3.1. Os documentos apresentados antes da assinatura da Cédula de Produto Rural –
CPR, em especial quanto às certidões negativas de débito, representam a realidade e
materializam a conformidade documental da operação?

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4. As SUREGs fiscalizam as operações realizadas pelas organizações de agricul-
tores familiares participantes, implementando controles internos administrativos
adequados e mantendo arquivados todos os documentos comprobatórios de cada
parcela executada?
4.1. Houve a autuação pela SUREG de processo único que compila toda documentação
referente ao planejamento e à execução da operação?
4.2. Os documentos apresentados quando da comprovação da aplicação dos recursos
representam a realidade e materializam a conformidade documental da operação?
4.3. Existe estrutura adequada de segregação de funções na homologação e ratificação
das propostas, no acompanhamento dos projetos, na fiscalização das operações e no
pagamento das parcelas executadas?
5. As organizações de agricultores familiares efetivamente adquirem alimen-
tos produzidos por agricultores familiares? O valor pago pelas organizações aos
agricultores familiares é igual ao da Proposta de Participação deduzidos, quando
couber, os impostos?
5.1. Os alimentos adquiridos são produzidos por agricultores familiares?
5.2. O valor pago é igual ao da Proposta de Participação deduzidos, quando couber, os
valores referentes a impostos?
6. As organizações de agricultores familiares, quando da destinação dos produtos
adquiridos, obedecem às normas do programa e os termos ajustados na ‘Proposta
de Participação’, respeitando o cronograma estabelecido bem como as condições
de qualidade/quantidade e destinação?
6.1. No caso de CPR-Doação, as entidades assistidas recebem os alimentos nas exatas
condições de quantidade/qualidade e dentro do cronograma?
6.2. Caso haja alteração do cronograma estabelecido, das condições de especificação/
quantidade ou da destinação, foi apresentada motivação para a alteração e mantido o
equilíbrio econômico/financeiro da Proposta de Participação?

Conclusões e Recomendações
Durante a avaliação das fiscalizações nas Superintendências Regionais da Companhia
Nacional de Abastecimento, foi possível observar a ocorrência de inconformidades que podem
comprometer a finalidade do programa ou caracterizam descumprimento do Manual de Ope-
rações da Conab Título 30.

Dentre as principais falhas encontradas destacam-se:

• Não cumprimento do estabelecido na Proposta de Participação, tais como itens diver-


gentes, quantidades inferiores e atrasos no cronograma.
• Documentação não confiável sobre a entrega dos produtos às entidades consumidoras;
• Não conformidade da documentação para avaliação da capacidade operacional das en-
tidades fornecedoras;

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• Algumas Organizações ou associações dos agricultores familiares não possuem estrutu-
ra para distribuição ou controle das operações de doação;
• Cobrança de taxas ou outros serviços indevidos pelas organizações ou associações dos
agricultores familiares;
• Não aplicação de penalidade por parte da Conab;
• Falta de formalização da supervisão por parte das SUREGs para verificação da confor-
midade do programa;

Da análise das falhas, observa-se fragilidade no programa quanto ao cumprimento do estabe-


lecido na Proposta de Participação e Cédula de Produto Rural. Além do não cumprimento da
Proposta, observa-se irregularidade na documentação que atesta o recebimento dos produtos,
informando uma quantidade ou relação de itens diverso do efetivamente entregue.

Também foi verificado que as entidades consumidoras não têm orientações ou mecanismos
eficientes para realizar o devido ateste dos produtos recebidos no âmbito do Programa.

Cumpre observar que, apesar das falhas encontradas nas fiscalizações realizadas pela CGU, a
Conab tem adotado providências para melhoria na execução dos projetos.

Conforme destacado neste Relatório, ao longo do acompanhamento do Programa realizado


por esta Controladoria, a Conab elaborou ajustes estruturantes no Programa, que permitiram
maior controle e transparência das operações.

Foram realizadas atualizações dos normativos voltados ao público externo (MOC) e aos em-
pregados da Conab (NOC), contribuindo para o fortalecimento dos controles internos. Tam-
bém foi instituído o Plano Nacional de Fiscalização e a definição mais precisa das Visitas Téc-
nicas Orientativas (VTOs) realizadas pelas SUREGs, constituindo um importante instrumento
de gestão para monitoramento e correção de rumo da Política. Além disso, a Conab tem
promovido capacitação e orientação dos próprios empregados e do público-alvo do PAA, além
de desenvolver ferramentas automatizadas para o auxílio no planejamento e execução do Pro-
grama. Desde janeiro de 2014 as organizações fornecedoras devem utilizar o módulo PAANet
Entregas, com o objetivo de descentralizar o preenchimento das prestações de contas pelas
organizações fornecedoras, assim como auxiliar no controle das entregas de produtos, e fazer
uso da Nota Fiscal eletrônica. Além disso, desde janeiro de 2015, a Conab recebe e carrega no
sistema quinzenalmente a base de dados da DAP, oriunda do MDA.

Não obstante as providências adotadas, verifica-se que a Conab deve intensificar a interação
com outras entidades envolvidas com o PAA, de forma a realizar o monitoramento contínuo da
execução do Programa e aperfeiçoar os controles internos quando oportuno. Dentre as medi-
das verificadas que ainda podem ser desenvolvidas pela Companhia destacam-se a integração
dos sistemas informatizados com outros órgãos da Administração Pública, apuração das irre-
gularidades já verificadas e efetiva aplicação de penalidade, conforme os normativos vigentes.

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Benefícios obtidos
A partir das deficiências identificadas pela CGU, na execução do Programa de Aquisição
de Alimentos – PAA, foi possível identificar o não cumprimento do estabelecido na Proposta de
Participação e Cédula de Produto Rural. Ademais, observou-se fragilidade da documentação que
atesta o recebimento dos produtos, indicando, nos casos de irregularidade, quantidade ou rela-
ção de itens diversa do efetivamente entregue.

Também foi verificado que as entidades consumidoras não têm orientações ou mecanismos efi-
cientes para realizar o devido ateste dos produtos recebidos no âmbito do Programa.

Ao longo da fiscalização, a Companhia realizou atualizações dos normativos voltados para o Pú-
blico externo (MOC) e para seus empregados (NOC), como iniciativa de fortalecer os controles
internos da execução do programa. Além disso, estabeleceu o Plano Nacional de Fiscalização e
definição de competência mais precisa às Superintendências Regionais no acompanhamento/
monitoramento do programa. Aliada à definição precisa de competência, houve investimentos
com vista à qualificação dos operadores e fiscais do PAA, além da implantação de sistemas infor-
matizados para aquisição e entrega dos produtos.

Dessa forma, pode-se concluir que as providências tomadas durante esta avaliação serão capazes
de reduzir as irregularidades do programa, apesar de serem necessárias outras medidas, no que
tange à integração com outras entidades envolvidas com o PAA, de forma a realizar o monito-
ramento contínuo, com efetiva aplicação de penalidade nos casos de malversação do programa.

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Sumário

1. Introdução............................................................................................................................15

1.1. Finalidades da Ação....................................................................................................................15

1.2. Metas segundo a LOA ................................................................................................................17

1.3. Listagem da documentação obtida e que sustenta a implantação da Ação................................17

1.4. Resumo das formas de execução da Ação..................................................................................21

1.5. Clientela (demais atores no processo)........................................................................................23

1.6. Público-alvo................................................................................................................................24

2. Objetivos e abordagem........................................................................................................25

3. Escopo da avaliação..............................................................................................................26

4. Resultados............................................................................................................................26
4.1. No caso da CPR-Doação, as informações prestadas pelas organizações de agricultores familiares e
registradas nos documentos comprobatórios das operações são confiáveis e fidedignas? ..................32

4.1.1. As informações apresentadas nos Recibos de Entrega, Notas Fiscais de Venda e demais
documentos de comprovação retratam fielmente as operações?.....................................................32

4.2. A Conab Matriz possui instrumentos de gestão adequados ao monitoramento da execução da


política pública, sendo capaz tanto de atuar tempestivamente para a correção de rumos quanto de
garantir com razoável segurança, dentro de sua competência, o atingimento das metas definidas nos
Termos de Cooperação firmados?.....................................................................................................34

4.2.1. A estrutura de informações hoje disponível na Companhia permite a aferição do atingimento


pela Conab das metas definidas nos Termos de Cooperação?..........................................................34

4.2.2. Existem instrumentos de gestão adequados ao monitoramento da execução do Programa pela


Conab, sendo os resultados aproveitados para correção de rumos?.................................................34

4.3. As SUREGs verificam a conformidade dos documentos exigidos das organizações de


agricultores familiares antes da assinatura da Cédula de Produto Rural - CPR?................................36

4.3.1. Os documentos apresentados antes da assinatura da Cédula de Produto Rural – CPR,


em especial quanto às certidões negativas de débito, representam a realidade e materializam a
conformidade documental da operação?.........................................................................................36
4.4. As SUREGs fiscalizam as operações realizadas pelas organizações de agricultores familiares
participantes, implementando controles internos administrativos adequados e mantendo arquivados
todos os documentos comprobatórios de cada parcela executada?.................................................38

4.4.1. Houve a autuação pela SUREG de processo único que compila toda documentação referente
ao planejamento e à execução da operação?..................................................................................38

4.4.2. Os documentos apresentados quando da comprovação da aplicação dos recursos representam


a realidade e materializam a conformidade documental da operação?............................................38

4.4.3. Existe estrutura adequada de segregação de funções na homologação e ratificação das


propostas, no acompanhamento dos projetos, na fiscalização das operações e no pagamento das
parcelas executadas? ....................................................................................................................39

4.5. As organizações de agricultores familiares efetivamente adquirem alimentos produzidos por


agricultores familiares? O valor pago pelas organizações aos agricultores familiares é igual ao da
Proposta de Participação deduzidos, quando couber, os impostos? .................................................40

4.5.1. Os alimentos adquiridos são produzidos por agricultores familiares?.....................................40

4.5.2. O valor pago é igual ao da Proposta de Participação deduzidos, quando couber, os valores
referentes a impostos? ..................................................................................................................41

4.6. As organizações de agricultores familiares, quando da destinação dos produtos adquiridos,


obedecem às normas do programa e os termos ajustados na ‘Proposta de Participação’, respeitando
o cronograma estabelecido bem como as condições de qualidade/quantidade e destinação?..........42

4.6.1. No caso de CPR-Doação, as entidades assistidas recebem os alimentos nas exatas condições
de quantidade/qualidade e dentro do cronograma?.........................................................................42

4.6.2. Caso haja alteração do cronograma estabelecido, das condições de qualidade/quantidade


ou da destinação, foi apresentada motivação para a alteração e mantido o equilíbrio econômico/
financeiro da Proposta de Participação?..........................................................................................44

5. Conclusão ............................................................................................................................45

Anexo – Municípios Fiscalizados..............................................................................................47


1. Introdução

Conforme dados apresentados nos Planos de Trabalho dos Termos de Cooperação fir-
mados pela Conab com o MDA e com o MDS, a agricultura familiar, representada por cerca de
24 milhões de brasileiros, é responsável, segundo estudos do IPEA, por 37% do PIB agropecu-
ário brasileiro e pela produção da maior parte dos alimentos básicos, especialmente mandioca,
feijão, milho, arroz, leite, aves, ovos e suínos. Por isso, os agricultores familiares, de acordo
com as diretrizes do CONSEA, são elementos chave para o abastecimento agroalimentar do
país e contribuem para diversificação da oferta de alimentos, tornando-se fundamental para
atendimento às demandas do Programa Fome Zero.

Ainda segundo os Planos de Trabalho, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura


Familiar – PAA, que integra o conjunto de ações que objetivam a implementação de uma po-
lítica permanente de segurança alimentar e nutricional, no âmbito do Programa Fome Zero,
proporciona ao agricultor familiar meios de escoamento de sua produção e apoio à comerciali-
zação com remuneração justa, compatível com os preços de mercado, criando condições mais
favoráveis ao desenvolvimento sustentável.

Informa também que o Programa contribui para a política de desenvolvimento da economia


de base familiar, priorizada pelo governo federal a partir do entendimento de que é dever do
Estado atender de forma desigual àqueles que se encontram em situações desfavoráveis no
contexto da sociedade brasileira, seja no âmbito da produção, como no sentido de assegurar
o acesso aos alimentos, proporcionando maior qualidade de vida, reduzindo o êxodo rural,
minimizando a pressão por emprego urbano e elevando o bem estar social. Ao mesmo tempo,
propicia a elevação de oferta de alimentos com qualidade e diversidade destinados à doação,
permitindo atender maior número de pessoas em insegurança alimentar.

Nesse contexto, a criação do PAA pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 2003, representou um
marco na política agrícola brasileira, na medida em que revela a presença do Estado na comer-
cialização da pequena produção familiar. Considerado como uma das principais ações estru-
turantes do Programa Fome Zero, constituiu-se em mecanismo complementar ao Programa
Nacional de Agricultura Familiar – PRONAF de apoio à comercialização dos produtos alimen-
tícios da agricultura familiar.

1.1 Finalidades da Ação

A Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, que instituiu o Programa de Aquisição de Alimentos


– PAA, dispõe que a finalidade consiste em incentivar a agricultura familiar, compreendendo
ações vinculadas à distribuição de produtos agropecuários para pessoas em situação de insegu-
rança alimentar e à formação de estoques estratégicos.

15
Constitui uma política pública de articulação entre produção, comercialização e consumo.

No âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, os recursos destinam-se a:

• Ações de combate à fome e à promoção da segurança alimentar por meio dos recursos
arrecadados com a venda de estoques estratégicos; e
• Aquisições de produtos agropecuários produzidos por agricultores familiares que se
enquadrem no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF.
(§1º e §2º do Art. 19 da referida Lei).

As ações de governo 2798 – Aquisição de Alimentos Provenientes da Agricultura Familiar do


MDS e 2B81 – Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PAA do MDA, ambas do Pro-
grama 2069 – Segurança Alimentar e Nutricional, consistem nas fontes de recursos de financia-
mento do PAA, apresentando os seguintes objetivos:

A ação orçamentária 2798 (MDS) tem a finalidade de garantir o acesso aos alimentos em quantida-
de, qualidade e regularidade necessárias, por meio da distribuição de produtos alimentícios, adquiri-
dos de agricultores familiares enquadrados conforme disposto na Lei nº 11.326/2006, às populações
em situação de insegurança alimentar e nutricional e aos programas socioassistenciais locais.

A ação orçamentária 2B81 (MDA) visa adquirir produtos da agricultura familiar e assentados,
como forma de apoiar as políticas voltadas à agricultura familiar, compreendendo ações de co-
mercialização vinculadas à formação de estoques estratégicos com uso preferencial para venda
no mercado tradicional, de forma a possibilitar novas compras de produtos.

Acrescente-se, ainda, dentre os objetivos do PAA, a geração de renda e a sustentação de preços


aos agricultores familiares, o fortalecimento do associativismo e do cooperativismo e o acesso
a uma alimentação diversificada para uma população em insegurança alimentar e nutricional.

1.2 Metas segundo a LOA

Para execução das ações orçamentárias 2798 (MDS) e 2B81 (MDA), a LOA 2013 con-
signou dotações de, respectivamente, R$ 1.268.800.000,00 (hum bilhão, duzentos e sessenta
e oito milhões e oitocentos mil reais) para o beneficiamento de 259.383 famílias agricultoras
e R$ 118.437.000,00 (cento e dezoito milhões, quatrocentos e trinta e sete mil reais) para
o beneficiamento de 22.232 agricultores familiares. No total, encontram-se consignados R$
1.387.237.000,00 (hum bilhão, trezentos e oitenta e sete milhões, duzentos e trinta e sete mil
reais) para o beneficiamento de 281.615 agricultores familiares.

16
1.3 Listagem da documentação obtida e que sustenta a
implantação da Ação

Na página da Conab na Internet verificam-se as principais fontes de consulta à legislação


do PAA, quais sejam: uma compilação da legislação básica do PAA e o Manual de Operações
da Conab – MOC. Neste último, encontram-se dispositivos operacionais que regulam detalhes
executivos da política pública e modelos dos documentos utilizados nas operações. As princi-
pais normas aplicáveis ao PAA apresentam-se a seguir.

LEIS
A) CRIAÇÃO E CONSTITUIÇÃO GRUPO GESTOR
LEI Nº 10.696, DE 02 DE JULHO DE 2003- (art.19 – Criação do PAA)
LEI Nº 11.524, DE 24 DE SETEMBRO DE 2007 – (Altera a redação do § 3º do art. 19 – Inclui MEC
no Grupo Gestor).
LEI Nº 12.512, DE 14 DE OUTUBRO DE 2011 – (Capitulo III – Programa de Aquisição de Alimentos
– PAA – Procedimentos/regras e Capítulo IV – Disposições finais – altera a Lei 10.696/03 – art.19)
B) TEMAS CORRELATOS
LEI Nº 11.326, DE 24 DE JULHO DE 2006 – Estabelece as diretrizes para a formulação da Política
Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais e define o conceito de ‘agri-
cultor familiar’.
LEI Nº 11.420, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2006 – (art.3º: autoriza a inclusão do art.15B na Lei nº
11.322, de 13/07/2006 – aditamento CPR 2003/04, no âmbito do PAA).
LEI Nº 11.718, DE 20 DE JUNHO DE 2008 – (art. 11 - Na aquisição de produtos pela Conab no âm-
bito do PAA, os preços de referência serão assegurados aos agricultores familiares, associações e
cooperativas livres dos valores referentes às incidências do ICMS e INSS, cujo recolhimento, quan-
do houver, será efetuado pela Conab à conta do PAA).
LEI Nº 11.775, DE 17 DE SETEMBRO DE 2008 – (art.47 – altera a redação do art.11 da Lei nº
11.718/08 - Na aquisição de produtos no âmbito do PAA, os preços de referência serão assegura-
dos aos agricultores familiares, associações e cooperativas livres dos valores referentes às incidên-
cias do ICMS e INSS, cujo recolhimento, quando houver, será efetuado pela instituição executora
do Programa, à conta do PAA).
LEI Nº 13.001, DE 20 DE JUNHO DE 2014 - Dispõe sobre a liquidação de créditos concedidos aos
assentados da reforma agrária; concede remissão nos casos em que especifica; altera as Leis nos
8.629, de 25 de fevereiro de 1993, 11.775, de 17 de setembro de 2008, 12.844, de 19 de julho de
2013, 9.782, de 26 de janeiro de 1999, 12.806, de 7 de maio de 2013, 12.429, de 20 de junho de
2011, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 8.918, de 14 de julho de 1994, 10.696, de 2 de julho
de 2003; e dá outras providências.
C) QUESTÕES ORÇAMENTÁRIAS
LEI Nº 12.798, DE 4 DE ABRIL DE 2013 (LOA2013)- Estima a receita e fixa a despesa da União para
o exercício financeiro de 2013. [ANEXO IV]
LEI Nº 12.708, DE 17 DE AGOSTO DE 2012 (LDO2013) - Dispõe sobre as diretrizes para a elabora-
ção e execução da Lei Orçamentária de 2013 e dá outras providências.
LEI Nº 12.593, DE 18 JANEIRO DE 2012 (PPA 2012-2015) – Institui o Plano Plurianual para o perío-
do 2012 a 2015.
DECRETOS
DECRETO Nº 6.447, DE 07 DE MAIO DE 2008 – Regulamenta o artigo 19 da Lei no 10,696, de 2 de
julho de 2003. (Revogado pelo Decreto n° 7.775/12).
DECRETO Nº 6.959, DE 15 DE SETEMBRO DE 2009 – Dá nova redação aos arts. 3º, 4º e 5º do
Decreto nº 6.447/08, que regulamenta o artigo 19 da Lei 10.696 de 2 de julho de 2003.
(Revogado pelo Decreto n° 7.775/12)

17
DECRETO Nº 7.775, DE 04 DE JULHO DE 2012 – Regulamenta o art.19 da Lei nº 10.696, de 2 de
julho de 2003, que institui o Programa de Aquisição de Alimentos, e o Capítulo III da Lei nº
12.512, de 14 de outubro de 2011 (vigente).
DECRETO Nº 7.956, DE 12 DE MARÇO DE 2013 – Altera o Decreto nº 7.775, de 04 de julho de
2012, que regulamenta o Programa de Aquisição de Alimentos (vigente).
DECRETO Nº 8.026, DE 06 DE JUNHO DE 2013 – Altera o Decreto nº 7.775, de 04 de julho de
2012, que regulamenta o Programa de Aquisição de Alimentos (vigente).
DECRETO Nº 8.293, DE 12 DE AGOSTO DE 2014 - Altera o Decreto nº 7.775, de 04 de julho de
2012, que regulamenta o Programa de Aquisição de Alimentos (vigente).
PORTARIAS
A) PORTARIAS MDS
PORTARIA MDS Nº 25, DE 25 DE MARÇO DE 2014 – Trata da designação dos membros do Grupo
Gestor do PAA.
B) PORTARIAS MDA
PORTARIA MDA Nº 111, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2003 – Acesso de famílias de trabalhadores ru-
rais sem terra acampados ao PAA – DAPAA. (Revogada pela Portaria MDA n° 29/09)
PORTARIA MDA Nº 29, DE 29 DE MAIO DE 2009 – Institui a Declaração de Aptidão ao Pronaf
Provisória, DAP-P, destinada a identificar a unidade familiar dos agricultores que não tenham suas
Demandas Qualificadas atendidas.
PORTARIA MDA Nº 17, DE 23 DE MARÇO DE 2010 - Dispõe sobre o regulamento e as condições
para realização das operações de crédito rural ao amparo do PRONAF e condições para emissão de
declaração de aptidão ao Pronaf.
PORTARIA MDA Nº 12, DE 28 DE MAIO DE 2010 – Estabelece Modelos e regras pertinentes à DAP.
RESOLUÇÕES DO GRUPO GESTOR DO PAA
RESOLUÇÃO Nº 01, DE 31 DE JULHO DE 2003 - Define sistemática de aquisição de produtos oriun-
dos de agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar – PRONAF e estabelece critérios para a aquisição e doação de gêneros alimen-
tícios e produtos hortigranjeiros. (Revogada pela Resolução 18, de 26/05/06).
RESOLUÇÃO Nº 02, DE 29 DE SETEMBRO DE 2003 - Dispõe sobre o procedimento de compra ante-
cipada do Programa de Aquisição de Alimentos de que trata o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 02
de julho de 2003. (Revogada pela Resolução 28, de 31/03/2008).
RESOLUÇÃO Nº 03, DE 02 DE OUTUBRO DE 2003 - Dispõe sobre os preços de referência para a
aquisição dos produtos da agricultura familiar pelo Programa de Aquisição de Alimentos de que
trata o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003. .(Revogada pela Resolução 18, de
26/05/06)
RESOLUÇÃO Nº 04, DE 06 DE NOVEMBRO 2003 - Altera dispositivos da Resolução nº 02/2003, que
dispõe sobre o procedimento de compra antecipada do Programa de Aquisição de Alimentos de
que trata o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003. (Revogada pela Resolução 28, de
31/03/2008).
RESOLUÇÃO Nº 05, DE 06 DE NOVEMBRO DE 2003 - Regimento Interno do Grupo Gestor/PAA.
Anexo
RESOLUÇÃO Nº 07, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2003 - Dispõe sobre preços de referência para aqui-
sição dos produtos da agricultura familiar pelo Programa de Aquisição de Alimentos de que trata
o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003. (Revogada pela Resolução 18, de 26/05/06 e
Resolução 31, de 30/09/08).
RESOLUÇÃO Nº 08, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2003 - Dispõe sobre a aquisição de sementes produ-
zidas pela agricultura familiar, em conformidade com o Programa de Aquisição de Alimentos de
que trata o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003.
RESOLUÇÃO Nº 09, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2003 - Dispõe sobre os preços de referência para a
aquisição dos produtos da agricultura familiar pelo Programa de Aquisição de Alimentos de que
trata o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003.
RESOLUÇÃO Nº 18, DE 26 DE MAIO DE 2006 - Define preços de referência para aquisição dos pro-
dutos oriundos da agricultura familiar. (Revogada pela Resolução 32, de 06/10/08)

18
RESOLUÇÃO Nº 20, DE 02 DE AGOSTO DE 2006 - Dispõe sobre os procedimentos para a modalida-
de Formação de Estoques pela Agricultura Familiar no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos de que trata o artigo 19 da Lei nº 10.696.
RESOLUÇÃO Nº 21, DE 27 DE SETEMBRO DE 2006 - Dispõe sobre a correção da unidade de comer-
cialização do arroz nos estados da Região Sul, exceto Paraná, e sobre a equiparação dos preços do
Estado do Paraná e da Região Sudeste aos praticados nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina. (Revogada pela Resolução 32, de 06/10/08)
RESOLUÇÃO Nº 23, DE 09 DE FEVEREIRO DE 2007 – Dispõe sobre o aditamento das Cédulas de
Produto Rural - CPR, realizadas entre 2003 e 2004, no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos, autorizado pelo artigo 15 - B da Lei nº 11.322, de 13 de julho de 2006.
RESOLUÇÃO Nº 24, DE 26 DE JUNHO DE 2007 - Altera o artigo 2º da Resolução nº 17, de 04 de
abril de 2006. (Revogada pela Resolução 37, de 09/11/09).
RESOLUÇÃO Nº 25, DE 10 DE OUTUBRO DE 2007 – Dispõe sobre a prorrogação do prazo para soli-
citar o aditamento das Cédulas de Produto Rural - CPR, de que trata o art. 15-B da Lei nº 11.322,
de 13 de julho de 2006. . (Revogada pela Resolução 26, de 27/11/07).
RESOLUÇÃO Nº 26, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2007 – Dispõe sobre o preço de referência da casta-
nha de caju para operações no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos, de que trata o
art. 19 da Lei nº 10.696 de 2003.
RESOLUÇÃO Nº 27, DE 18 DE JANEIRO DE 2008 – Dispõe sobre a doação de estoques públicos no
âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos de que trata o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 02
de julho de 2003, regulamentado pelo Decreto nº 5.873, de 15 de agosto de 2006.
RESOLUÇÃO Nº 28, DE 31 MARÇO DE 2008 – Dispõe sobre sistemática e condições de aquisição e
doação simultânea de alimentos da agricultura familiar no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos de que trata o artigo 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003.
RESOLUÇÃO Nº 29, DE 23 DE MAIO DE 2008 - Estabelece parâmetros para a definição dos preços
de referência para efeitos de aquisição de produtos no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos – PAA.
RESOLUÇÃO Nº 31, DE 30 DE SETEMBRO DE 2008 – Dispõe sobre preços de referência para opera-
ções de aquisição de trigo no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA.
RESOLUÇÃO Nº 32, DE 06 DE OUTUBRO DE 2008 – Dispõe sobre preços de referência para opera-
ções de aquisição de produtos da agricultura Familiar no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos – PAA.
RESOLUÇÃO Nº 33, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2008 – Dispõe sobre a concessão de rebate sobre o
saldo devedor das operações de Compra Antecipada da Agricultura Familiar – CAAF, por meio de
Cédulas de Produto Rural – CPRs, realizadas no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos –
PAA nos anos de 2003 e 2004, e a prorrogação do prazo para solicitar o aditamento destas cédu-
las. (Revogada pela Resolução 40, de 20/08/10)
RESOLUÇÃO Nº 34, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2008 – Altera a Resolução nº 29, de 23 de maio de
2008, que estabelece parâmetros para a definição dos preços de referência para efeitos de aquisi-
ção de produtos no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA.
RESOLUÇÃO Nº 35, DE 9 DE JANEIRO DE 2009 - Amplia para outras Regiões/Unidade da Federação
os preços de referência da castanha de caju, castanha do Brasil, leite em pó e trigo para operações
de aquisição da agricultura familiar no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA.
RESOLUÇÃO Nº 36, DE 9 DE JANEIRO DE 2009 - Dispõe sobre prorrogação dos prazos de venci-
mento das parcelas das operações de CPR Alimento, aditadas nos termos da Resolução nº 23, de
09 de fevereiro de 2007, do Grupo Gestor do PAA. (Revogada pela Resolução 40, de 20/08/10)
RESOLUÇÃO Nº 39, DE 26 DE JANEIRO DE 2010 - Dispõe sobre os preços de referência para a aqui-
sição dos produtos da agricultura familiar sob as modalidades Compra da Agricultura Familiar
com Doação Simultânea e Compra Direta Local da Agricultura Familiar com Doação Simultânea do
Programa de Aquisição de Alimentos.
RESOLUÇÃO Nº 40, DE 20 DE AGOSTO DE 2010 - Dispõe sobre a concessão de rebate sobre o sal-
do devedor das operações de Compra Antecipada da Agricultura Familiar- CAAF, por meio de
Cédulas de Produtor Rural - CPRs, formalizadas no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos
da Agricultura Familiar – PAA, nos anos de 2003 e 2004.

19
RESOLUÇÃO Nº 41, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2010 - Institui Grupo Temático de Acompanhamento
e Controle Social, no âmbito do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos, e dá ou-
tras providências
RESOLUÇÃO Nº 42, DE 12 DE JANEIRO DE 2011 - Institui, no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos - PAA, o Sistema Integrado de Informações – SII.
RESOLUÇÃO Nº 43, DE 27 DE JANEIRO DE 2011 - Altera a Resolução nº 27, de 18 de janeiro de
2008, que dispõe sobre a doação de estoques públicos no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos.
RESOLUÇÃO Nº 44, DE 16 DE AGOSTO DE 2011 – Fomenta o acesso de mulheres ao Programa de
Aquisição de Alimentos.
RESOLUÇÃO Nº 45, DE 13 DE ABRIL DE 2012 - Dispõe sobre os Termos de Adesão ao Programa de
Aquisição de Alimentos, celebrados entre a União e os órgãos ou entidades da administração pú-
blica estadual, do Distrito Federal ou municipal, direta ou indireta, e consórcios públicos,
RESOLUÇÃO Nº 49, DE 25 DE SETEMBRO DE 2012 - Institui Comitê Consultivo, para fins de asses-
soramento e acompanha mento das atividades do Programa de Aquisição de Alimentos -
PAA.
RESOLUÇÃO Nº 50, DE 26 DE SETEMBRO DE 2012 - Dispõe sobre a sistemática de funcionamento
da modalidade de execução Compra Institucional, no âmbito do Programa de Aquisição de
Alimentos da Agricultura Familiar - PAA.
RESOLUÇÃO Nº 56, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2013 - Acrescenta o inciso VI ao art. 2º da Resolução
GGPAA nº 50, de 26 de setembro de 2013, que dispõe sobre a sistemática de funcionamento da
modalidade de execução Compra Institucional, no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos
– PAA.
RESOLUÇÃO Nº 59, DE 10 DE JUlHO DE 2013 - Estabelece as normas que regem a modalidade
Compra com Doação Simultânea, no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos, e dá outras
providências.
RESOLUÇÃO Nº 62, DE 24 DE OUTUBRO DE 2013 -
Dispõe acerca da destinação dos alimentos adquiridos com recursos do Programa de Aquisição de
Alimentos – PAA.
RESOLUÇÃO Nº 63, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2013 - Aprova o Regimento Interno do Grupo Gestor
do Programa de Aquisição de Alimentos.
RESOLUÇÃO Nº 64, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2013 - Altera a Resolução GGPAA nº 50, de 26 de se-
tembro de 2012, que dispõe sobre a sistemática de funcionamento da modalidade de execução
Compra Institucional, no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar –
PAA.
RESOLUÇÃO Nº 68 , DE 02 DE SETEMBRO DE 2014 - Regulamenta a modalidade Aquisição de
Sementes no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, e estabelece as normas que a
regem.
RESOLUÇÃO Nº 69 , DE 18 DE SETEMBRO DE 2014 - Altera os arts.2º e 3º da Resolução nº 62, de
24 de outubro de 2013, do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos.
Manual de Operações da Conab – MOC: Finalidade - divulgar os instrumentos de que dispõe a
Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, para cumprimento de suas atividades – fins, bem
como estabelecer os procedimentos para utilização dos programas contidos no referido Manual.
Títulos específicos para o PAA: Título 27 (CDAF); Título 30 (CPR DOAÇÃO); Título 31 (Preços de
Referência da Agricultura Familiar); Título 33 (CPR-ESTOQUE).
RESOLUÇÃO Nº 70, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2015 - Estabelece o preço final para aquisições do lei-
te integral UHT, com abrangência aos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina,
no âmbito da modalidade Compra Direta do Programa de Aquisição de Alimentos da
Agricultura Familiar.
RESOLUÇÃO Nº 71, DE 10 DE ABRIL DE 2015 - Altera a Resolução nº 49, de 25 de setembro de
2012, que instituiu o Comitê Consultivo, para fins de assessoramento e acompanhamento
das atividades do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA
RESOLUÇÃO Nº 72, DE 9 DE OUTUBRO DE 2015, Dispõe acerca da destinação dos alimentos ad-
quiridos com recursos do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA.

20
RESOLUÇÃO Nº 73, DE 26 DE OUTUBRO DE 2015 - Altera a Resolução nº 50, de 26 de setembro de
2012, do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos - GGPAA, que dispõe so-
bre a sistemática de funcionamento da modalidade de execução Compra Institucional, no
âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA.
RESOLUÇÃO Nº 74, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2015 - Estabelece as normas que regem a modali-
dade Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite - PAA - Leite, do Programa de Aquisição de
Alimentos – PAA.

1.4 Resumo das formas de execução da Ação

As modalidades operadas pela Conab no âmbito do PAA consistem em: Compra com
Doação Simultânea (CPR-Doação), Apoio à Formação de Estoques pela Agricultura Familiar
(CPR-Estoque) e Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF).

CPR Doação: A cooperativa ou associação de agricultores familiares vende sua produção para
a Conab e entrega o alimento diretamente em instituições de caráter social ou filantrópico,
governamentais ou não-governamentais, responsáveis pelo atendimento a populações em situ-
ação de risco alimentar e nutricional.

CPR Estoque: Formação de estoques pelas organizações de Agricultores Familiares, de pro-


dutos alimentícios oriundos de agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortaleci-
mento da Agricultura Familiar – Pronaf, visando sustentação de preços e agregação de valor.
Possibilita às organizações da agricultura familiar obter recursos para a aquisição de produtos
para processamento ou não, com o objetivo de formar estoques e, assim, criar condições para
melhor comercializar os produtos de acordo com os movimentos do mercado. A liquidação da
CPR Estoque pode ser física (quando há interesse do governo em comprá-los) ou liquidação
financeira, quando a organização comercializa seus produtos e paga à Conab o valor recebido
com encargos de 3% (três por cento).

CDAF: Aquisição de produtos alimentícios a preços de referência, em pólos de compra instala-


dos próximos aos locais de produção. Tais pólos podem ser montados em armazéns ou locais
provisórios. Nesse caso, a Conab se encarrega de transportá-los para armazéns que garantirão
sua guarda e conservação. Atualmente a Conab compra arroz, castanha de caju, castanha do
brasil, farinha de mandioca e de trigo, feijão, milho, sorgo, trigo e leite em pó integral.

A Conab, a seu critério, poderá adquirir outros produtos processados/beneficiados, próprios


para o consumo humano. Simplificadamente, a Ação de governo ocorre da seguinte maneira:

• Mediante articulação dos Ministérios repassadores (MDA ou MDS) com a Conab (MAPA)
é elaborado Termo de Cooperação para execução descentralizada da política pública;
• Após a assinatura do Termo de Cooperação, os recursos são liberados pelo Ministério
repassador (MDA ou MDS) sob as condições definidas no próprio Termo ou conforme ajus-
tes posteriores decorrentes da conjuntura do mercado;

21
• A Conab Matriz coordena a execução nacional do programa e, nas modalidades CPR-
-Estoque e CPR-Doação, ratifica os preços das Propostas de Participação apresentadas
pelas organizações de agricultores familiares, após regular homologação pela SUREG;
• A execução do Termo de Cooperação ocorre nas Superintendências Regionais da Co-
nab (SUREGs), que são responsáveis por operar três instrumentos previstos na política pú-
blica, quais sejam: Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF), Compra da Agricultura
Familiar com Doação Simultânea (CPR-Doação) e Formação de Estoques pela Agricultura
Familiar (CPR-Estoque). De regra, as aquisições são intermediadas por organizações de
agricultores familiares, exceto no caso da CDAF, que alcança tanto os produtores direta-
mente quanto suas organizações;
• Na CDAF, a SUREG divulga junto aos agricultores familiares (ou suas organizações)
o local e data da instalação do pólo de compra, o preço de referência e os critérios para
aquisição. Na CPR-Estoque e na CPR-Doação, a SUREG divulga junto às organizações de
agricultores familiares que estará recebendo Propostas de Participação para os respectivos
instrumentos. Esse documento especifica os agricultores fornecedores, o volume adquiri-
do, os cronogramas de aquisição e de formação de estoque (CPR-Estoque) ou de doação a
entidades carentes (CPR-Doação);
• Na CDAF, no local e data divulgados, após uma etapa de pré-classificação, a SUREG pro-
videncia as aquisições junto aos agricultores familiares (ou suas organizações) que se apresen-
tarem, pagando o preço fixo de referência da agricultura familiar após submeter os produtos
ao controle de qualidade. Na CPR-Estoque e na CPR-Doação, a organização de agricultores
familiares providencia a aquisição junto aos produtores e a destinação dos produtos conforme
definido na ‘Proposta de Participação’, sendo responsável pelo controle de qualidade;
• Na CDAF, a SUREG tem a posse e a propriedade dos produtos adquiridos. A liberação
dos recursos ocorre em até 10 dias, diretamente na conta do produtor (ou de sua organi-
zação). Na CPR-Estoque e na CPR-Doação, a SUREG utiliza instrumentos de garantia, visto
não contar com a posse dos bens adquiridos. Na CPR-Estoque, as parcelas liberadas são
utilizadas como capital de giro para as aquisições. Já na CPR-Doação, a liberação de recur-
sos somente acorre após a comprovação da realização da operação.
• Ao final, a Conab consolida todas as operações individuais executadas e encaminha ao
Ministério repassador (MDA ou MDS) a Prestação de Contas do Termo de Cooperação;
• O Ministério repassador (MDA ou MDS) exerce o controle finalístico sobre a execução
pela Conab, avaliando o atingimento dos objetivos do Termo de Cooperação e o efetivo
retorno social da política pública.

A Ação é implementada por meio de Termos de Cooperação firmados entre a Conab e MDA e
MDS, além da operacionalização por prefeituras municipais e governos estaduais.

22
1.5 Clientela (demais atores no processo)

A gestão, implementação e execução do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA


encontram-se a cargo dos seguintes órgãos, todos integrantes da estrutura da Administração
Pública Federal:

a) Grupo Gestor do PAA: grupo interministerial formado por representantes dos Ministérios
do Desenvolvimento Agrário (MDA); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); da
Fazenda (MF); do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP); da Educação (ME); e do De-
senvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que o coordena. O Grupo gestor define
os preços de referência de aquisição, as regiões prioritárias de implantação, as condições
de doação dos alimentos adquiridos, as condições de venda, as condições de formação de
estoques estratégicos e de apoio à formação de estoques pelas próprias organizações de
agricultores familiares.
b) Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – órgão 22211 (Matriz, Superintendên-
cias Regionais e unidades orgânicas administrativas): Empresa pública vinculada ao Ministé-
rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, responsável pela operacionalização do PAA
desde 2003. Fornece subsídios e suporte técnico às decisões do Grupo Gestor, em especial
no que tange à definição dos preços de referência de aquisição. Na fase de implementa-
ção, é responsável por operar, por intermédio das Superintendências Regionais – SUREGs,
os instrumentos previstos pelo PAA nas modalidades de Compra Direta da Agricultura
Familiar (CDAF), Compra da Agricultura Familiar com Doação Simultânea (CPR Doação)
e Apoio à Formação de Estoque pela Agricultura Familiar (CPR Estoque). Signatária dos
Termos de Cooperação com o MDS e com o MDA.
c) Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN)/MDS – UG 550008:
desenvolve ações estruturantes e emergenciais de combate à fome, por meio de programas
e projetos de produção e distribuição de alimentos, de apoio e incentivo à agricultura fami-
liar, de desenvolvimento regional, de educação alimentar e nutricional e outros voltados a
populações específicas, como indígenas e quilombolas. No PAA, é responsável pela assina-
tura do Termo de Cooperação MDS - Conab e pelo repasse de recursos da ação orçamen-
tária 2798 - Aquisição de Alimentos Provenientes da Agricultura Familiar.
d) Secretaria da Agricultura Familiar (SAF)/MDA: tem por missão consolidar o conjunto da
agricultura familiar de modo a promover o desenvolvimento local sustentável por meio da
valorização humana e da negociação política com representantes da sociedade, respeitando
os desejos e anseios das organizações sociais e praticando os princípios da descentralização,
da democracia, da transparência e da parceria, com responsabilidade. No PAA, é responsá-
vel pela assinatura do Termo de Cooperação MDA - Conab.
e) Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do MDA (SPOA)/MDA –
UG 490002: coordena, dentro do MDA, a elaboração, a consolidação, o acompanhamento
e a avaliação dos planos e programas das atividades finalísticas do Ministério. No âmbito
do PAA, é responsável pelo repasse de recursos da ação orçamentária 2B81 - Aquisição de
Alimentos da Agricultura Familiar – PAA.

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Considera-se como demais atores no processo:

• Conselhos: o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Consea


participa ativamente do PAA desde a sua criação, contribuindo na qualificação da polí-
tica pública e, a partir da Lei n° 12.512 de 14 de outubro de 2011, os Conselhos de Se-
gurança Alimentar e Nutricional passam a ser as principais instâncias de controle e par-
ticipação social. De acordo com referida legislação, caso inexista tal conselho na esfera
administrativa de execução do Programa, deve ser indicada outra instância de controle,
preferencialmente um Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável, Conselho de
Assistência Social, outros Conselhos Municipais ou Estaduais (Consea, CAE – Conselho
de Alimentação Escolar, CMDR ou similares).
• GAPAA: Grupo de Acompanhamento e Controle Social das Ações do Programa
de Aquisição de Alimentos executadas pela Conab. Tal instância pretende formalizar a
participação da sociedade civil com o objetivo de intercambiar, interagir e trocar infor-
mações e conhecimentos, assim como sensibilizar, mobilizar e debater sobre temas e
aspectos específicos relacionados à gestão e execução do Programa no âmbito estadual.
• Associações e Cooperativas: os beneficiários fornecedores enquadrados no Pronaf
estão organizados em associações e cooperativas que atuam como co-executoras do
programa, não apenas como proponentes.
• Organizações Sociais: entidades socioassistenciais que congregam os beneficiários
consumidores e atuam reconhecidamente junto às pessoas em situação de insegurança
alimentar e nutricional.
• Entidades parceiras: apoiam as entidades na elaboração das propostas, eventual-
mente atuam na logística/distribuição dos produtos e acompanhamento das operações.
Incluem sindicatos de trabalhadores(as) rurais, órgãos públicos de ATER, Incra, Gover-
no dos Estados, Prefeituras, etc.

1.6 Público-alvo

Agricultores familiares enquadrados no Pronaf, inclusive os Povos e Comunidades Tra-


dicionais qualificados de acordo com o Decreto nº 6.040, de 07/02/2007, silvicultores, aquicul-
tores, extrativistas (excluídos garimpeiros e faiscadores), pescadores artesanais, quilombolas,
famílias atingidas por barragens, trabalhadores rurais (definidos de acordo com a Portaria MDA
nº 47, de 26/11/2008 – Documento 1 – TÍTULO 27 do MOC), comunidades indígenas e agri-
cultores familiares em condições especiais (autorizados pela Conab) suas cooperativas, associa-
ções, agroindústrias familiares, condomínios, consórcios e grupos informais.

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2. Objetivos e abordagem

A escolha do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA foi realizada a partir da hierar-


quização dos Objetivos dos Programas, referentes ao exercício de 2012, sob responsabilidade
ou operacionalizado pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA/Conab.
A hierarquização resultou na classificação do PAA, considerando o somatório das dotações das
Ações finalísticas do Programa 2069 – Segurança Alimentar e Nutricional como “Essencial”.

Considerando que as Ações 2798 e 2B81 concentram os recursos para operacionalização do


PAA dentro do programa Segurança Alimentar e Nutricional, definiu-se, no processo de priori-
zação, que a execução do somatório de tais recursos seria objeto de avaliação pela CGU.

As questões e subquestões estratégicas que o trabalho se propõe a verificar são:

1. No caso da CPR-Doação, as informações prestadas pelas organizações de agri-


cultores familiares e registradas nos documentos comprobatórios das operações
são confiáveis e fidedignas?
1.1. As informações apresentadas nos Recibos de Entrega, Notas Fiscais de Venda e
demais documentos de comprovação retratam fielmente as operações?
2. A Conab Matriz possui instrumentos de gestão adequados ao monitoramento da
execução da política pública, sendo capaz tanto de atuar tempestivamente para a
correção de rumos quanto de garantir com razoável segurança, dentro de sua com-
petência, o atingimento das metas definidas nos Termos de Cooperação firmados?
2.1. A estrutura de informações hoje disponível na Companhia permite a aferição do
atingimento pela Conab das metas definidas nos Termos de Cooperação?
2.2. Existem instrumentos de gestão adequados ao monitoramento da execução do
Programa pela Conab, sendo os resultados aproveitados para correção de rumos?
3. As SUREGs verificam a conformidade dos documentos exigidos das organizações
de agricultores familiares antes da assinatura da Cédula de Produto Rural - CPR?
3.1. Os documentos apresentados antes da assinatura da Cédula de Produto Rural –
CPR, em especial quanto às certidões negativas de débito, representam a realidade e
materializam a conformidade documental da operação?
4. As SUREGs fiscalizam as operações realizadas pelas organizações de agricul-
tores familiares participantes, implementando controles internos administrativos
adequados e mantendo arquivados todos os documentos comprobatórios de cada
parcela executada?
4.1. Houve a autuação pela SUREG de processo único que compila toda documentação
referente ao planejamento e à execução da operação?
4.2. Os documentos apresentados quando da comprovação da aplicação dos recursos
representam a realidade e materializam a conformidade documental da operação?

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4.3. Existe estrutura adequada de segregação de funções na homologação e ratificação
das propostas, no acompanhamento dos projetos, na fiscalização das operações e no
pagamento das parcelas executadas?
5. As organizações de agricultores familiares efetivamente adquirem alimentos
produzidos por agricultores familiares? O valor pago pelas organizações aos agri-
cultores familiares é igual ao da Proposta de Participação deduzidos, quando cou-
ber, os impostos?
5.1. Os alimentos adquiridos são produzidos por agricultores familiares?
5.2. O valor pago é igual ao da Proposta de Participação deduzidos, quando couber, os
valores referentes a impostos?
6. As organizações de agricultores familiares, quando da destinação dos produtos
adquiridos, obedecem às normas do programa e os termos ajustados na ‘Proposta
de Participação’, respeitando o cronograma estabelecido bem como as condições
de qualidade/quantidade e destinação?
6.1. No caso de CPR-Doação, as entidades assistidas recebem os alimentos nas exatas
condições de quantidade/qualidade e dentro do cronograma?
6.2. Caso haja alteração do cronograma estabelecido, das condições de qualidade/quantidade
ou da destinação, foi apresentada motivação para a alteração e mantido o equilíbrio econômi-
co financeiro da Proposta de Participação?

3. Escopo da avaliação

A avaliação apresentada tomou por base análise sistemática de normativos, estudos


acerca dos fluxos operacionais discutidos junto às áreas operacionais da Companhia, conteúdo
de denúncias recebidas, relatórios elaborados pela Auditoria Interna da Conab, além dos re-
sultados das fiscalizações realizadas nas Superintendências Regionais (SUREG) da Conab, nas
organizações de agricultores, nos agricultores fornecedores e nas entidades consumidoras.

4. Resultados

A partir dos exames realizados, obteve-se um conjunto de constatações que foram previa-
mente submetidas e discutidas com os gestores responsáveis pela execução da Ação de Governo.

Para cada uma das constatações mantidas após discussão com os gestores dessa atividade, foram
acordadas recomendações de caráter estruturante, com vistas ao aperfeiçoamento dos controles
internos, para as quais o gestor federal apresentou as providências que seriam adotadas, fixando,
inclusive, prazo para implementação.

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Cada uma das recomendações é monitorada pela CGU, de acordo com o cronograma para im-
plementação estabelecido em acordo com o gestor, no sentido de certificar a sua implementação.

De acordo com o RAc nº 26/2014, a Conab, com o intuito de fortalecer a atividade de fiscalização
exercida no Programa, estabeleceu o Plano Nacional de Fiscalização das operações do PAA. Este
Plano foi elaborado pela Superintendência de Fiscalização (SUFIS) com a colaboração da Superin-
tendência de Suporte à Agricultura Familiar (SUPAF), a partir de dois projetos-pilotos realizados em
2012 nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará.

Esses projetos-pilotos levaram à elaboração de Manual e Gabarito de enquadramento, assim


como a capacitação de fiscais sobre a metodologia a ser adotada. As ações de fiscalização dos
projetos do PAA foram realizadas a partir de abril 2013 em etapas, abrangendo curso de forma-
ção e atualização sobre o PAA referente a 2.291 projetos e Avaliação do Plano de Fiscalização
referente a 148 projetos.

As fiscalizações realizadas em 2012 e 2013 seguiram as orientações do Manual de Fiscalização do


Programa de Aquisição de Alimentos com Doação Simultânea – PAA – Versão Março de 2013.

Em 2014 foram realizadas ações em oito etapas ordinárias e dez etapas especiais, abrangendo 376
projetos, de acordo com o Manual de Fiscalização do Programa de Aquisição de Alimentos da Mo-
dalidade Compra com Doação Simultânea (PAA – CDS) - Versão Outubro de 2013.

Tais ações objetivaram alcançar preferencialmente no mínimo 10% dos projetos por etapa, da
Unidade da Federação selecionada, oriundos de CPR-Doação, conforme a seguir:

Calendário da Fiscalização do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA - 2014


Etapas Nº de projetos Nº de projetos
Mês UFs Período
Ordinárias em execução vistoriados
AL; PI; ES; GO; 17/02/2014 a
1ª Etapa Fevereiro 296 49
RN; SC E RS 28/02/2014
MG; PE; PB; BA; 24/03/2014 a
2ª Etapa Março/Abril 277 43
SE E RJ 12/04/2014
AC; AM; MS; RR, 05/05/2014 a
3ª Etapa Maio 294 41
RO e SP 24/05/2014
AP, CE; MA; MT; 14/07/2014 a
4ª Etapa Julho/Agosto 245 37
TO; PR e PA 02/08/2014
AL; PI; ES; GO; 11/08/2014 a
5ª Etapa Agosto 250 32
RN; SC e RS 30/08/2014
Setembro/ MG; PE; PB; BA; 15/09/2014 a
6ª Etapa 252 30
Outubro SE e RJ 04/10/2014
AC; AM; MS; RR, 10/11/2014 a
7ª Etapa Novembro 482 47
RO e SP 28/11/2014
CE; MA; MT; TO; 01/12/2014 a
8ª Etapa Dezembro 147 30
PR e PA 12/12/2014

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Calendário das Fiscalizações Especiais do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA - 2014
Nº de projetos
Etapas Especiais Mês UFs Período
vistoriados
1ª Etapa Fevereiro GO 1 10/02/2014 a 13/02/2014
2ª Etapa Março MA 13 31/03/2014 a 12/04/2014
3ª Etapa Março MT 1 31/03/2014 a 04/04/2014
4ª Etapa Maio MT 1 05 a 07/05/2014
5ª Etapa Julho BA/SE 3 28/07/2014 a 09/08/2014
6ª Etapa Julho MS 2 28/7/14 a 1/8/14
7ª Etapa Julho AM 1 28/07/2014 a 01/08/2014
8ª Etapa Agosto MA 2 4 a 9/8/2014
9ª Etapa Setembro MA 42 15/09/2014 a 04/10/2014
10ª Etapa Setembro MG 1 22 a 24/9/2014

Em 2015 foram realizadas ações em seis etapas ordinárias e cinco etapas especiais, abrangendo
192 projetos. As fiscalizações realizadas a partir de julho seguiram as orientações do Manual
de Fiscalização do Programa de Aquisição de Alimentos da Modalidade Compra com Doação
Simultânea (PAA – CDS) - Versão Maio de 2015.

Tais ações objetivaram alcançar preferencialmente no mínimo 10% dos projetos por etapa, da
Unidade da Federação selecionada, oriundos de CPR-Doação, conforme a seguir:

Calendário da Fiscalização do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA - 2015


Etapas Nº de projetos Nº de projetos
Mês UFs Período
Ordinárias em execução vistoriados
Fevereiro/ AL; MS; MT; RN;
1ª Etapa 225 36 23/2 a 6/3/2015
Março RS; ES e PR
MG; PE; PB; BA;
2ª Etapa Março 260 34 16 a 27/3/2015
SE e RJ
3ª Etapa Abril RR; AM; CE; SP; SC 414 48 13 a 30/4/2015
GO; PI; AP; PA;
4ª Etapa Maio 117 19 18 a 29/5/2015
MA; TO; AC e RO
AL; MS; MT; RN;
5ª Etapa Julho 156 28 6 a 17/7/2015
RS; ES e PR
6ª Etapa Outubro BA; MG; PB e PE 224 12 19 a 30/10/2015

Calendário das Fiscalizações Especiais do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA - 2015


Nº de projetos
Etapas Especiais Mês UFs Período
vistoriados
1ª Etapa Fevereiro PI 1 23 A 27/2/2015
2ª Etapa Maio RS 1 25 A 30/5/2015
3ª Etapa Agosto/Setembro SP 8 24/8 A 4/9/2015
4ª Etapa Outubro GO 1 19 a 23/10/2015
5ª Etapa Outubro PA 4 19 A 30/10/2015

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Cabe destacar que, sob a coordenação da Sufis, as três versões do Manual foram resultado de
um amplo processo de debate interno, com a participação das Superintendências Regionais, da
Auditoria Interna e da Supaf/Dipai.

De 2012 a 2015 foram fiscalizados 1.024 projetos, envolvendo 5.459 fornecedores, 3.452 Uni-
dades Recebedoras e 583 Entidades Parceiras.

Resumo das Atividades de Fiscalização do PAA-CDS 2012-2015


Nº de Nº de Beneficiário Nº de Unidade
Nº de Entidade
Ano Projetos Fornecedor Recebedora Total
Parceira Fiscalizada
Fiscalizados Fiscalizado Fiscalizada
2012 22 137 126 25 310
2013 434 2243 1668 332 4677
2014 376 1977 1249 188 1741
2015 192 1102 409 38 1741
Total 1024 5459 3452 583 10518

Fonte e elaboração: Gecoq/Sufis - Conab

Além do Plano Nacional de Fiscalização, a Conab estabeleceu o Plano Nacional de Acompanha-


mento e Supervisão das operações do PPA – PNAS. Esse Plano foi elaborado e encaminhado às
Superintendências Regionais da Conab (SUREG), no mês de julho, para que iniciem as supervi-
sões indicadas pela SUPAF para o ano de 2013. Entretanto, a partir do Relatório nº 01/2014, de
02/07/2014, o Grupo de Trabalho de Acompanhamento, Supervisão e Fiscalização dos projetos
do PAA propõe a substituição do Plano de Acompanhamento e Supervisão pelo Manual de
Atividades Orientativas e de Divulgação das Operações do Programa de Aquisição de Alimen-
tos – PAA. A proposta foi acatada pela SUPAF da Diretoria de Política Agrícola e Informações
(DIPAI) e incluída no Anexo VII da NOC n° 30.604.

A SUREG/MG inaugurou os trabalhos de supervisão com a nova metodologia, a qual contou


com a participação de técnico da Matriz, que efetuou não só a supervisão operacional dos
projetos em campo, como também executou a supervisão administrativa, que consiste em
verificar a conformidade dos processos administrativos.

Cumpre destacar que, com a implantação dos dois Planos, houve incremento das despesas ope-
racionais do PAA. Dessa forma, a DIPAI/Conab encaminhou o Ofício nº 254, de 19/08/2013, à
SESAN/MDS propondo readequação dos valores orçamentários destinados às despesas ope-
racionais constantes do Plano de Trabalho do Termo de Cooperação Técnica MDS/Conab nº
004/2012. Em resposta, a SESAN/MDS, por meio do Ofício nº 1360/2013-SESAN/MDS, de
11/09/2013, informou que não possui disponibilidade de limite orçamentário para transferên-
cia, havendo a possiblidade de incremento em apenas uma das quatro naturezas de despesa
solicitadas. Por sua vez, a companhia tem adotado medidas para contenção de gastos na exe-
cução dos Planos, com o intuito de concluí-los.

29
A Diretoria de Política Agrícola e Informações (DIPAI) da Conab emitiu a Comunicação
Interna nº 314, de 11/10/2013, estabelecendo novos procedimentos para aprimoramento
da execução do PAA.

Dentre as rotinas estabelecidos nessa Comunicação Interna destacam-se novos procedimentos


para a conferência de documentação e dos dados do SIGPAA, verificação de produtos entre-
gues, pagamento das entidades fornecedoras, ciência do compromisso assumido pelas entida-
des consumidoras e avaliação dos novos projetos e das renovações. Além disso, a Comunica-
ção Interna nº 314 informa que será criado um Grupo de Trabalho para discutir e apresentar
propostas para as questões estratégicas referentes à execução do PAA.

A partir das recomendações emitidas pelo RAc n° 40/2013, foi elaborada uma consolidação, indi-
cando qual grupo seria responsável pelas ações de saneamento das inconformidades verificadas.

A emissão da Comunicação Interna nº 314/2013, os resultados dos Grupos de Trabalhos, o


atendimento às recomendações da CGU constantes nos RAc e a incorporação das Resoluções
emitidas pelo Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos (GGPAA), culminou na
atualização do Manual de Operações da Conab (MOC) Título 30, na alteração da Norma da
Organização da Conab (NOC) nº 30.604 e na elaboração da minuta do Decreto nº 8.293, cuja
promulgação ocorreu em 12 de agosto de 2014.

O Decreto n° 8.293/2014 incluiu o conceito de Unidades Recebedoras; criou novas modalida-


des de execução; estabeleceu a possibilidade de participação do beneficiário em mais de uma
modalidade e com independência de valores; estabeleceu a obrigatoriedade de opção, pelo
beneficiário, entre o executor Conab ou MDS/parceiros e se fará entregas individuais ou pela
cooperativa; e ampliou os limites de participação individual.

As atualizações do Título 30 do MOC foram realizadas por meio do Comunicado Conab/MOC


nº 019, de 1º de setembro de 2014. Dentre as alterações realizadas destacam-se:

• Adequação do público-alvo da modalidade CDS em relação às definições constantes do


Decreto n° 7.775/2012 e Resolução n° 62 do GGPAA;
• Inclusão da informação de que a partir de 01/08/2014 somente será aceita a DAP Be-
neficiário Especial (jurídica);
• Esclarecimento de que o cronograma de entrega tem caráter indicativo de períodos e
quantidade;
• Inclusão da obrigatoriedade de indicação de três responsáveis pelo recebimento dos
produtos;
• Inclusão da Resolução n° 59 do GGPAA;
• Exclusão da obrigatoriedade de apresentação de comprovante de depósito bancário
efetuado na conta de cada beneficiário fornecedor;
• Inclusão da exigência de apresentação pela organização fornecedora, a partir da segun-

30
da entrega, de relação dos valores efetivamente pagos a cada um dos beneficiários fornece-
dores por meio do Relatório de Pagamento, documento 11;
• Inclusão da permissão para descontos nos pagamentos aos beneficiários fornecedores,
referentes aos custos previstos no Art. 13 do Decreto 7.775/2012;
• Inclusão da obrigatoriedade de arquivamento, pela organização recebedora, dos com-
provantes de pagamentos efetuados aos beneficiários fornecedores;
• Exigência, a partir da segunda entrega, de apresentação do Relatório de Pagamento,
documento 11;
• No caso de produtos de origem animal, exclusão da possibilidade de apresentação de
documento oficial na ausência de SIM;
• Obrigatoriedade de atender a legislação vigente estendida aos demais produtos de ori-
gem vegetal;
• Fiscalização pela Conab, por amostragem, dos termos previstos nos instrumentos pac-
tuados, dos procedimentos e da documentação comprobatória da operação;
• Inclusão da possibilidade de impedimento, por no mínimo um ano, da organização for-
necedora formalizar novos projetos com a Companhia, quando comprovado dolo ou má-fé.

Além de ser atualizado quanto às mudanças estabelecidas no Decreto, a nova versão do MOC
prevê a participação sistemática das unidades recebedoras na elaboração da proposta e no
processo de entrega e controle de alimentos (termo de compromisso e caderno de entregas);
exige o certificado no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos no caso de aquisições de
alimentos orgânicos ou agroecológicos, bem como da exclusividade destes produtos na pro-
posta – CPR Orgânica; estabelece obrigatoriedade das Organizações Fornecedoras terem a
Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) Jurídica; estabelece pactuação com participação do
Poder Público Municipal; altera vigência da CPR (mínimo 6 meses, prorrogáveis mediante adi-
tivo com a SUREG, até o limite de 24 meses).

Com relação à documentação específica para o Programa, estão o Formulário Bipartite entre
organização fornecedora e representante do poder público municipal (Documento 2); cópia
da ata ou memória da reunião da instancia de controle social (Documento 11); Termo de
Compromisso da unidade recebedora; Termo de Compromisso do beneficiário fornecedor;
detalhamento das infrações e penalidades decorrentes das fiscalizações.

A nova NOC nº 30.604, aprovada pela Diretoria Colegiada em 29 de outubro de 2014, trata
especificamente das operações do PAA na modalidade de Compra com Doação Simultânea
(CPR-Doação), cujo objetivo é a melhoria das atividades realizadas, com a padronização de
procedimentos, estabelecimento de mecanismos de verificação da conformidade normativa e
processual e aprimoramento dos controles internos das operações.

A NOC nº 30.604 estabelece uma melhor definição entre as atividades de Supervisão, realizada
pela SUREG, e as de Fiscalização, sob a responsabilidade da SUFIS. Cabe à SUREG a orientação
técnica do público-alvo do Programa, com o intuito de esclarecer sobre os procedimentos e re-

31
gras do PAA. Nessas atividades estão incluídas visitas técnicas orientativas e de divulgação. Essas
visitas são realizadas conforme o “Manual de Orientação das Operações do PAA”, anexo à NOC
nº 30.604, que estabelece critérios de amostragem, roteiro e outros procedimentos. Além disso,
a NOC prevê a elaboração de um relatório circunstanciado, após 10 dias úteis da visita, com a
obrigatoriedade de inclusão do relatório e providências no respectivo processo administrativo.

Com intuito de apoiar o produtor durante a participação no PAA, a Conab desenvolveu o


sistema SIGPAA. Inicialmente essa ferramenta era composta pelo módulo PAANet Proposta,
cujo objetivo é facilitar e descentralizar o preenchimento das propostas de participação dos
mecanismos do PAA.

Posteriormente, foi construído mais um módulo no sistema, o PAANet Entregas, com o obje-
tivo de descentralizar o preenchimento das prestações de contas pelas organizações fornece-
doras, assim como auxiliar no controle das entregas de produtos.

Atualmente, a área de Tecnologia da Informação da Conab, junto com o MDA, integrou ao


SIGPAA a verificação automática das Declarações de Aptidão ao Pronaf – DAP, da sua validade
a partir da transmissão até sua formalização.

A seguir, apresentam-se registros dos resultados para cada uma das questões e subquestões
estratégicas objeto de avaliação.

4.1 No caso da CPR-Doação, as informações prestadas


pelas organizações de agricultores familiares e
registradas nos documentos comprobatórios das
operações são confiáveis e fidedignas?

4.1.1 As informações apresentadas nos Recibos de Entrega, Notas Fiscais de


Venda e demais documentos de comprovação retratam fielmente as operações?

A consolidação dos dados da fiscalização realizada pela CGU permitiu verificar que em
190 CPRs, das 521 CPRs averiguadas, há fragilidades nos Recibos de Entrega, Notas Fiscais e de-
mais documentos, ou seja, os documentos de comprovação não eram confiáveis e fidedignos.

Visando identificar as falhas mais recorrentes, verificou-se que, dentre as 190 CPRs em que os
documentos comprobatórios não retratam fielmente as informações, em 105 CPRs a organiza-
ção de produtores não possui capacidade operacional compatível com a quantidade registrada
nos relatórios de entrega e/ou nota fiscal, em 97 CPRs o produtor não dispõe de capacidade
operacional compatível com a quantidade registrada de entregas e em 52 CPR o agricultor
incluiu em sua cota produtos de terceiros.

32
Nesse sentido, foram expedidas quatro recomendações à Conab no RAc nº 40/2013 com o
intuito de fortalecer o acompanhamento exercido pelas entidades beneficiárias consumidoras,
de modo a cobrarem ativamente da associação/cooperativa de produtores o fiel cumprimen-
to da Proposta de Participação aprovada. Para atendimento à recomendação quanto a avaliar
conjuntamente com o MDS a oportunidade e a viabilidade de elaboração de cartilha de boas
práticas voltadas, especificamente, para as entidades consumidoras, foi elaborado o caderno
de entregas, material voltado para o controle de recebimentos dos produtos na Unidade Rece-
bedora, cujo conteúdo abarca os direitos e deveres da entidade consumidora perante o PAA.

Com relação à recomendação de, em articulação com o MDS, avaliar a oportunidade e a con-
veniência de implantar iniciativas de Ouvidoria Ativa no âmbito do PAA, levando em considera-
ção os impactos financeiro, administrativo e operacional desta medida, a Conab se manifestou
no sentido de que ambos os órgãos já possuem Ouvidoria e que reclamações, elogios, críticas,
sugestões ou denúncias que chegam à Ouvidoria da Conab são distribuídas para as áreas res-
ponsáveis pelo assunto. No caso do PAA, o assunto é encaminhado para a DIPAI e repassado à
SUPAF que, com auxílio da Superintendência Regional envolvida, analisa o assunto e encaminha
resposta ao cidadão-usuário.

No “Relato das Respostas” ao Relatório de Acompanhamento e Execução de Programa de Go-


verno nº 26, encaminhado pelo Ofício PRESI nº 06/2015, de 12 de janeiro de 2015, em relação
ao item em epígrafe, consta que:

Por meio de alterações expressas no MOC Título 30 e na NOC 30.604, foram consolidados pro-
cedimentos e rotinas que aprimoram o acompanhamento das operações da Modalidade Compra
com Doação Simultânea, permitindo maior controle e segurança nas operações. Tais alterações
estão refletidas na seleção das Unidades Recebedoras, cujo avanço deu-se na potencialização
da parceria e no fortalecimento da participação do Poder Municipal, consolidada no Formulário
Bipartite (Anexo I, folha 012). A avaliação e pactuação entre Organização Fornecedora e Poder
Municipal, traz para o âmbito do PAA unidades que já possuem inserção em alguma política pú-
blica, de forma que possuem mais ferramentas de controle e gestão sobre o recebimento dos
alimentos. As Unidades Recebedoras passam a ser mais qualificadas e a contar com acompanha-
mento, gerenciando de melhor forma suas responsabilidades na execução do projeto.

Após selecionadas, as Unidades Recebedoras assinam o Termo de Compromisso (Anexo I, fo-


lha 014), no qual ficam expressas suas responsabilidades e também seus direitos sobre o que foi
pactuado. Esse documento empodera e dá clareza sobre o efetivo papel da Unidade em todas
as fases da execução do PAA.

Quanto à clareza dos procedimentos por parte dos Beneficiários Fornecedores, o Termo de
Compromisso (Anexo I, folha 021) assinado individualmente reforça os papéis de cada ente,
inclusive sobre a produção e limite individual.

33
O fortalecimento do tema “acesso a mercados” no âmbito das políticas públicas evidencia
desafios até recentemente velados. Percebe-se o crescimento da articulação de políticas que
contribuem para a melhoria da gestão das organizações. O Ministério do Desenvolvimento
Agrário, o Incra, e mesmo as Secretarias Estaduais tem promovido ações que colaboram efe-
tivamente na melhoria da gestão das organizações, fator que contribui sobremaneira para os
avanços necessários à qualificação do PAA.

O ‘SIGPAA Entregas’, que passou a ter uso obrigatório em 2014, surge de uma necessidade
de ferramentas que auxiliem as organizações a manter as informações, o planejamento e a
execução de acordo com o pactuado com a Conab. É uma ferramenta que guia a organização
para que a execução do programa seja fiel ao contratado, resultando na maior fidedignidade e
confiança na documentação apresentada.

Além de alterações que melhoram a gestão e dão mais clareza aos procedimentos, a realização
rotineira de fiscalizações da Conab e uma nova elaboração sobre direitos e deveres, infrações e das
penalidades, traz mais disciplina e segurança aos procedimentos adotados pelas Superintendências.

4.2 A Conab Matriz possui instrumentos de gestão


adequados ao monitoramento da execução da política
pública, sendo capaz tanto de atuar tempestivamente
para a correção de rumos quanto de garantir com
razoável segurança, dentro de sua competência,
o atingimento das metas definidas nos Termos de
Cooperação firmados?

4.2.1 A estrutura de informações hoje disponível na Companhia permite a aferi-


ção do atingimento pela Conab das metas definidas nos Termos de Cooperação?

4.2.2 Existem instrumentos de gestão adequados ao monitoramento da


execução do Programa pela Conab, sendo os resultados aproveitados
para correção de rumos?

Conforme consta no RAC nº 40/2013, a Conab estabeleceu o Plano Nacional de Acom-


panhamento e Supervisão das operações do PAA – PNAS, o qual foi encaminhado às Supe-
rintendências Regionais da Conab (SUREG), e o Plano Nacional de Fiscalização. Uma vez que
estabelecem no âmbito do Programa a verificação da atuação das organizações fornecedoras,
dos agricultores familiares, dos beneficiários consumidores e das entidades parceiras, os Planos
mostraram-se adequados para a correção de rumos do PAA.

34
No entanto, foi verificado que, mesmo quando há evidências de irregularidades, não foi obser-
vada aplicação de penalidade (prevista no MOC) por parte da Conab nem o aproveitamento
dos resultados para correção dos rumos do Programa.

Para tanto, recomendou-se à Conab que, no caso de continuidade dos Planos Nacionais de
Fiscalização e de Acompanhamento e Supervisão, apresentasse o planejamento para a realiza-
ção das etapas seguintes, o cronograma e a previsão orçamentária para execução dos Planos.
Com relação ao Plano Nacional de Fiscalização, a DIPAI encaminhou em 28 de fevereiro de
2014, por meio do Ofício n° 054, calendário detalhado e o recurso financeiro a ser utilizado na
fiscalização referente ao exercício de 2014. Já o Plano de Acompanhamento e Supervisão foi
substituído pelo Manual de Atividades Orientativas e de Divulgação das Operações do Progra-
ma de Aquisição de Alimentos – PAA constante no NOC nº 30.604.

Em que pese à comunicação às SUREGs orientando quanto às providências corretivas a serem


adotadas quando do recebimento do resultado das fiscalizações, a elaboração de fluxograma
e o encaminhamento de planilhas para padronização do monitoramento das providências, não
foram evidenciadas a adoção de medidas no caso concreto.

No RAc nº 26/2014, foi recomendado à Companhia que, com base nos resultados dos Planos Na-
cionais de Fiscalização e de Acompanhamento e Supervisão das operações do PAA, adotasse provi-
dências para a correção das falhas identificadas, apresentando à CGU as ações corretivas e preven-
tivas adotadas. No acompanhamento das providências, em resposta à recomendação, foi informado
que, no decorrer dos exercícios de 2013 a 2015, a Conab investiu R$ 2.335.194,13 (Dois milhões,
trezentos e trinta e cinco mil, cento e noventa e quatro reais e treze centavos) em ações de fiscali-
zação de projetos do PAA, conforme abaixo, tendo sido fiscalizados 1.002 projetos.

Recurso Financeiro Utilizado na Fiscalização do PAA/CDS em 2013, 2014 e 2015


Ano Valor Investido (R$)
2013 887.063,00
2014 969.531,00
2015 478.600,13
Total de recursos 2.335.194,13
Total de projetos fiscalizados = 1.002 2.382,90 R$/projeto

Fonte: Sufis/Gecoq - Conab

Esse processo estimulou na Conab uma reflexão a respeito dos procedimentos e responsabili-
dades de cada instância, desde a Matriz até as Suregs.

Um exemplo desse processo é o Documento 10 do MOC Título 30 e o Documento VIII da NOC


30.604, que padroniza os procedimentos de acordo com cada infração identificada. Além da iden-
tificação e punição, esse processo permite à Conab reconhecer e fazer uma leitura qualificada so-
bre as infrações mais recorrentes, bem como as maiores necessidades de ajustes nos normativos.

35
A reflexão em torno das distintas responsabilidades entre Matriz e Suregs levou à alteração dos
procedimentos, de forma que a Matriz possa se dedicar mais fortemente à identificação das fa-
lhas, ao acompanhamento e à capacitação das equipes das Suregs, atuando de forma preventiva.

Elementos dessa nova estratégia podem ser percebidos no Plano de Ação DIPAI 2015, que em
sua Ação 03 prevê a capacitação das Suregs sobre os novos normativos do PAA.

Por meio de recursos repassados pelo Termo de Cooperação com o MDS, foi adquirido equi-
pamento para realização de Videoconferência, que será instalado na Matriz e nas Suregs. Essa
ferramenta permitirá maior interlocução e diálogo com as equipes estaduais, realização de
reuniões, capacitações sobre temas específicos, de forma a aprimorar a execução e agir pre-
ventivamente sobre dúvidas e aplicação de novas normas. Como resultado, haverá uma nova
dinâmica de comunicação interna, entre Matriz e Suregs e até mesmo entre as Suregs.

Outra importante ação preventiva é o Manual de Orientação das Operações de CDS do PAA,
que tem por objetivo balizar as ações de orientação técnica e de divulgação no âmbito do PAA,
visando esclarecer as Organizações Fornecedoras, Beneficiários Fornecedores, Unidades Re-
cebedoras e Entidades Parceiras, quanto aos procedimentos e regras do PAA.

A fiscalização, identificação e correção das falhas e a adoção de providências punitivas são ações
necessariamente contínuas para a boa aplicação da política pública. Nesse sentido, reitera-se a
recomendação 2, deste mesmo item 2.2, do RAC nº 26/2014:

4.3 As SUREGs verificam a conformidade dos


documentos exigidos das organizações de agricultores
familiares antes da assinatura da Cédula de Produto
Rural - CPR?

4.3.1 Os documentos apresentados antes da assinatura da Cédula de Produto


Rural – CPR, em especial quanto às certidões negativas de débito, represen-
tam a realidade e materializam a conformidade documental da operação?

De 529 CPRs analisadas, em 367 CPRs, constatou-se falha na conformidade dos documentos
exigidos antes da assinatura da CPR. Como falha de maior recorrência, verificou-se em 287 CPRs
falha na documentação de regularidade fiscal e habilitação jurídica das proponentes. Em 129 CPRs,
constatou-se Proposta de Participação com informações incompletas, com problemas desde o preen-
chimento da data até assinatura dos representantes da Entidade Proponente e dos Consumidores.

Como falhas de maior criticidade, constataram-se problemas relacionados à DAP (documento não
apresentado, fora da validade) em 124 CPRs e a não aprovação da Proposta de Participação por
todos os agricultores fornecedores envolvidos em 112 CPRs. Em 67 CPRs verificou-se que a ope-
ração não foi devidamente formalizada por meio de instrumento específico e eventuais aditivos.

36
Como providência, recomendou-se à Conab no RAc nº 40/2013 que avaliasse a necessidade
de atualizar os normativos da Companhia referentes ao PAA, consolidando os procedimentos
estabelecidos na Comunicação Interna da DIPAI nº 314, de 11/10/2013, e promovendo a di-
vulgação junto às SUREGs. A Conab, além de atualizar o Título 30 do MOC, publicou a Norma
da Organização da Conab - NOC n° 30.604, cujos conteúdos consolidam a nova forma de
operacionalização do Programa.

Além disso, recomendou-se à Conab que interagisse junto ao MDA para sistematização de prá-
ticas de consultas automáticas aos dados dos cadastros de agricultores, incluídas as informações
registradas nas Declarações de Aptidão ao Pronaf – DAP. Nesse sentido, a Superintendência de
Gestão da Tecnologia da Informação - SUTIN interagiu com aquele Ministério para efetuar os
ajustes necessários no SIGPAA, permitindo que o cruzamento dos dados ocorra no momento
da transmissão das propostas via sistema, que recebe a base de dados atualizada da DAP a cada
15 dias, desde janeiro de 2015.

Foi recomendado também que, em atendimento a competência estabelecida no Termo de


Cooperação, a Conab avaliasse a viabilidade de implementar consultas automatizadas às bases
de dados de pagamento a agricultores e suas organizações, assim como às informações de
aquisição e doação de alimentos. Para atendimento à recomendação, a Companhia estabele-
ceu a obrigatoriedade de adoção do PAANet Entregas para todos os projetos contratados em
2014. Após o encerramento de todos os projetos formalizados até 2013, será possível efetuar
consultas automatizadas via Transparência Pública do PAA.

A Companhia também informou que o uso do check-list foi implementado por meio do Documen-
to 13 do Título 30 do MOC, para uso das Organizações Fornecedoras, e pelo Anexo I da NOC,
para uso da Conab. Ambos têm por objetivo garantir a conformidade documental, de acordo com
a fase de tramitação. A importância do Documento 13 e sua forma de uso foram reforçadas nas
oficinas de Capacitação realizadas em todos os estados, tanto com equipes da Conab quanto com
Organizações Fornecedoras e Unidades recebedoras, totalizando cerca de 2.500 pessoas.

O sistema de elaboração de propostas do PAA foi remodelado de forma a receber a base de


dados das DAPs do MDA e já está sendo utilizado com todas as propostas transmitidas a partir
de 01/01/2015. O controle ocorre do momento em que as organizações transmitem uma Pro-
posta de Participação até sua formalização no sistema, controlando a veracidade e sua validade.

37
4.4 As SUREGs fiscalizam as operações realizadas
pelas organizações de agricultores familiares
participantes, implementando controles internos
administrativos adequados e mantendo arquivados
todos os documentos comprobatórios de cada parcela
executada?

4.4.1 Houve a autuação pela SUREG de processo único que compila toda do-
cumentação referente ao planejamento e à execução da operação?

Com base na consolidação da análise de documentos na SUREG referentes a 490 CPRs, foi
observado processos que não continham todos os documentos comprobatórios de cada parcela
executada. Conforme já relatado, em 367 CPRs houve falha nos documentos de planejamento da
operação. Quanto aos documentos de execução da CPR, em 102 CPRs os processos selecionados
não continham todos os documentos comprobatórios de cada parcela executada, a exemplo de
Notas Fiscais de Venda/DANFES, Relatórios de Entrega, Termos de Recebimento e Aceitabilidade
de cada parcela executada e Documentação probatória das alterações promovidas.

Por esse motivo, recomendou-se à Conab que avaliasse a necessidade de atualizar os nor-
mativos da Companhia referentes ao PAA, consolidando os procedimentos estabelecidos na
Comunicação Interna da DIPAI nº 314, de 11/10/2013, e promovendo a divulgação junto às
SUREGs. A Conab, além de atualizar o Título 30 do MOC, expediu a Norma da Organização
da Conab - NOC n° 30.604, que consolidou as novas regras de operacionalização do Programa.

4.4.2 Os documentos apresentados quando da comprovação da aplicação dos


recursos representam a realidade e materializam a conformidade documen-
tal da operação?

A partir do resultado de 281 fiscalizações de análise de documentos na SUREG, cons-


tatou-se falha na conformidade dos documentos comprobatórios da aplicação dos recursos
em 153 CPRs das 490 analisadas, sendo que, em 118 CPRs, a falha refere-se à ausência de
motivação para a alteração do cronograma estabelecido, das especificações ou quantidades dos
produtos ou da destinação, com a necessária manutenção do equilíbrio econômico/financeiro
da Proposta de Participação.

Dentre as falhas de maior criticidade, foi registrado 67 CPRs em que os documentos de com-
provação eram incompatíveis com a Proposta de Participação aprovada, entre Notas Fiscais,
Termos de Recebimento e Aceitabilidade e Relatórios de Entrega. Em 35 CPRs, foi constatada
a ausência de documento comprobatório da parcela executada e, em 14 CPRs, ocorreu a libe-
ração do pagamento antes da comprovação da execução da parcela correspondente.

38
Apesar das falhas encontradas, verificou-se que a Conab tem adotado providências para melho-
ria do controle da documentação referente à execução das operações, tais como, a alteração
dos normativos internos e desenvolvimento dos sistemas informatizados.

No “Relato das Respostas” ao Relatório de Acompanhamento e Execução de Programa de Go-


verno nº 26, encaminhado pelo Ofício PRESI nº 06/2015, de 12 de janeiro de 2015, a Compa-
nhia informou que parte significativa da desconformidade documental dava-se pela deficiência
de padronização e clareza sobre quais os procedimentos que deviam ser adotados para alterar
Beneficiários Fornecedores, produtos e Unidades Recebedoras. Por meio do Documento 12
do MOC Título 30, criou-se instrumento padronizado e obrigatório na solicitação de alte-
rações, que estabelece fluxo de consulta e resposta à Sureg, antes do início da execução ou
incorporada ao projeto já em execução.

Toda Proposta de Participação formalizada a partir de 2014 tem sua execução realizada atra-
vés da ferramenta “SIGPAA Entregas”, que controla os limites de produtos e limites dos
Beneficiários Fornecedores durante a execução do projeto. O sistema não permite que seja
registrada entrega de um produto com especificações ou quantidades diferentes do projeto
original sem prévia autorização da Sureg. Também não é permitido que se registre entrega
de produto de um agricultor que não esteja descrito no projeto, sem que a Sureg seja con-
sultada e realize a alteração no Sistema.

4.4.3 Existe estrutura adequada de segregação de funções na homologação e


ratificação das propostas, no acompanhamento dos projetos, na fiscalização
das operações e no pagamento das parcelas executadas?

A partir do resultado das 281 fiscalizações de análise de documentos na SUREG, as


equipes de fiscalização constataram que em 71 CPRs, distribuídas nos estados de BA, MA, MG,
MS, PI, RJ, SC e SP, houve falha da segregação de funções. Além disso, foram identificadas 79
CPRs em que o pagamento não foi realizado por meio de conta bloqueada.

Cabe destacar que em 144 CPRs foi identificado algum tipo de acompanhamento realizado pela Co-
nab. Desse total, em 53 CPRs foi realizada verificação prévia da capacidade operacional das propo-
nentes ou dos agricultores fornecedores, embora apenas 39 CPRs tenham registrado inspeção local
visando confirmar a existência da consumidora ou o número de pessoas atendidas pela entidade.

Nesse sentido, recomendou-se à Conab no RAc nº 40/2013 que avaliasse a estrutura organizacional
de cada SUREG e adotasse as providências necessárias buscando viabilizar a efetiva segregação de
funções no âmbito do PAA. Como medida saneadora, foi constituído Grupo de Trabalho, por meio
da Portaria nº 45, de 28/01/2014, com o objetivo de revisar a estrutura da Conab, tendo como foco
a segregação de funções. A proposta foi apresentada por meio dos Votos Presi nº 10/2014 e nº
11/2014 e aprovada pela Diretoria Colegiada da Conab (1149ª Redir, de 24/06/2014). Tal proposta
também foi aprovada pelo Conselho de Administração – Conad, no entanto, em razão das contin-
gências orçamentárias, o DEST/MP até o momento não se manifestou.

39
No que tange à recomendação de verificar a necessidade de disciplinar a definição clara das
atribuições de supervisão e de fiscalização, realizando a devida divulgação e capacitação nas
SUREGs, foi delineado o Plano Nacional de Fiscalização das Operações do PAA. Além disso,
a NOC n° 30.604 estabeleceu o Manual de Acompanhamento das Operações do PAA e atu-
alização do Título 30 do MOC conferiu maior clareza na diferenciação dos procedimentos de
orientação e fiscalização.

A recomendação de avaliar a necessidade de reforço da capacidade funcional das SUREGs


em face da execução do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar – PAA
encontra-se abrangida pela realização de concurso público em 2014 para a contratação de ana-
listas e técnicos de nível médio.

4.5 As organizações de agricultores familiares


efetivamente adquirem alimentos produzidos por
agricultores familiares? O valor pago pelas organizações
aos agricultores familiares é igual ao da Proposta de
Participação deduzidos, quando couber, os impostos?

4.5.1 Os alimentos adquiridos são produzidos por agricultores familiares?

A partir da consolidação do resultado de fiscalizações in loco de organizações de agricul-


tores e dos próprios agricultores fornecedores, referentes a 521 CPRs, foi constatado que em
50 CPRs os alimentos adquiridos não foram produzidos por agricultores familiares.

Cabe observar que em muitas fiscalizações realizadas não foi possível localizar o agricultor
responsável ou averiguar se os produtos adquiridos eram produzidos de fato pelo agricultor.
Dessa forma o número baixo de CPRs em que foi verificado desvio (50), em relação ao total
fiscalizado (521), não permite avaliar com segurança se os produtos estão sendo efetivamente
produzidos pelos agricultores familiares cadastrados no programa.

Ante esse cenário de produtos sendo adquiridos por terceiros, no RAc nº 40/2013, recomen-
dou-se à Conab que avaliasse a viabilidade de implantar, em todas as SUREGS, o módulo PAA-
Net Entregas do SIGPAA, para que as entidades beneficiárias fornecedoras possam registrar a
execução das operações de doação previstas na Proposta de Participação. Com isso, o GGPAA,
por meio de reunião extraordinária realizada em 29/01/2014, aprovou por unanimidade a obri-
gatoriedade de utilização do PAANet Entregas para todos os projetos contratados em 2014.
Assim, tanto o Título 30 do MOC anterior, de fevereiro de 2014, quanto o em vigor, determi-
nam que a execução de todas as propostas formalizadas a partir de 2014 sejam efetuadas pelo
módulo PAANet Entregas.

40
Com relação à recomendação para que a Conab avaliasse a necessidade de atualizar os nor-
mativos e manuais categorizando os grupos alimentares para que, nos casos em que for ne-
cessária a substituição de produtos pelo fornecedor, seja priorizada a substituição dentro do
mesmo grupo nutricional, com a elaboração do devido Termo Aditivo, a Companhia julgou a
medida desnecessária. A justificativa se deu na complementariedade ao cardápio dos produtos
entregues à Unidade Recebedora via projetos de Compra-Doação Simultânea, bem como na
diversidade, regionalidade e grande número de produtos, devendo a troca ser acordada entre
os participantes do projeto.

Além disso, recomendou-se à Conab que verificasse a necessidade de instituir Grupo de Traba-
lho, conforme informado na Comunicação Interna da DIPAI nº 314, de 11 de outubro de 2013,
para discutir e apresentar proposta de melhoria no desenho do instrumento de CPR-Doação,
para aprimoramento dos controles internos do Programa no âmbito da Companhia. Diante
disso, a Conab instituiu três Grupos de Trabalho com vistas ao aprimoramento da execução do
PAA, divididos pelos seguintes temas: Grupo de Trabalho Normativos do PAA; Grupo de Tra-
balho Acompanhamento, Supervisão e Fiscalização dos projetos do PAA e Grupo de Trabalho
Sistemas Informatizados do PAA.

Como providência à recomendação de articular com o MDA com vistas à apuração das ocor-
rências identificadas de participação de produtor agrícola não enquadrado no perfil da agricul-
tura familiar, a Conab incluiu na NOC nº 30.604 a obrigatoriedade das SUREGs notificarem a
representação estadual do MDA todas as vezes que forem detectados beneficiários fornecedo-
res não enquadrados no perfil de agricultor familiar.

Dessa forma, verificou-se que a Conab tem adotado medidas para assegurar que os produtos
comercializados no Programa sejam de origem do agricultor familiar cadastrado no SIGPAA.

4.5.2 O valor pago é igual ao da Proposta de Participação deduzidos, quando


couber, os valores referentes a impostos?

Baseada na consolidação do resultado de fiscalizações in loco de organizações de agri-


cultores e dos próprios agricultores fornecedores, referentes a 521 CPRs, foi constatada que
em 103 CPRs houve a retenção indevida de valores.

No RAc n° 40/2013, recomendou-se à Conab, que avaliasse a necessidade de atualizar os normativos


da Companhia referentes ao PAA, consolidando os procedimentos estabelecidos na Comunicação
Interna da DIPAI nº 314, de 11 de outubro de 2013, e promovendo a divulgação junto às SUREGs.

Nesse sentido, levando a revogação da CI Dipai nº 314/2013, foi publicada atualização do Tí-
tulo 30 do MOC, bem como publicada, a NOC n° 30.604, que consolidam as novas regras de
operacionalização do Programa, incorporando as melhorias realizadas.

41
No RAc nº 26/2014, foi recomendado à Conab que, em articulação com outras as entidades
envolvidas no PAA, estabelecesse mecanismos para assegurar o efetivo pagamento aos agricul-
tores familiares, conforme firmado em Proposta de Participação.

Em razão desta recomendação, a Conab manifestou-se no sentido de que o Decreto nº 7.775


de 4 de julho de 2012, em seu artigo 13, autoriza as Organizações Fornecedoras a deduzir
custos operacionais dos pagamentos realizados aos Beneficiários Fornecedores. Entende-se
portanto, que além dos impostos, podem ser deduzidos dos valores finais recebidos pelos agri-
cultores, os custos de transporte, armazenamento, beneficiamento ou processamento.

O estabelecimento do Termo de Compromisso do Beneficiário Fornecedor contribui sobre-


maneira para que o Beneficiário Fornecedor tenha conhecimento sobre a possibilidade de
descontos sobre os valores fornecidos ao PAA, uma vez que nele se reconhece a ciência de
que poderá haver descontos inclusive para além dos impostos. A Organização Fornecedora
fica também obrigada a registrar e manter arquivada documentação própria que comprove a
existência da pactuação sobre os percentuais de desconto.

Já no pós-pagamento, configura-se como documento obrigatório para liberação de parcelas o


Relatório de Pagamentos. Neste documento, registra-se exatamente o valor que cada Benefici-
ário Fornecedor recebeu efetivamente relativo às entregas anteriores. O correto registro das
informações nos formulários foi objeto recorrente nas capacitações realizadas, e continuará
sendo foco de permanente atenção junto às equipes das Suregs e da fiscalização.

Por fim, o Plano de Ação da DIPAI, em sua Ação 09, prevê a elaboração de estudos para paga-
mento direto aos agricultores familiares para discussão futura no Grupo Gestor do PAA.

4.6 As organizações de agricultores familiares, quando


da destinação dos produtos adquiridos, obedecem
às normas do programa e os termos ajustados na
‘Proposta de Participação’, respeitando o cronograma
estabelecido bem como as condições de qualidade/
quantidade e destinação?

4.6.1 No caso de CPR-Doação, as entidades assistidas recebem os alimentos


nas exatas condições de quantidade/qualidade e dentro do cronograma?

Após a consolidação do resultado das fiscalizações in loco de consumidores, no total


de 514 CPRs avaliadas, em 204 CPRs foram constatados problemas relacionados à entrega.
Do total de CPRs fiscalizadas, 91 apresentaram falhas para todos os três critérios, não sen-
do respeitada a quantidade, nem a qualidade, nem tampouco o cronograma das entregas
previstas na Proposta de Participação.

42
Buscando avaliar qual das três falhas possui a maior recorrência, observou-se que, dentre as
204 CPRs que apresentaram qualquer tipo de problema na entrega, em 148 CPRs foi verificado
desrespeito ao cronograma acordado, em 159 CPRs foi constatada falha na quantidade entre-
gue e em 137 CPRs houve falha na qualidade entregue.

É importante registrar que foi observada subestimação do quantitativo de CPRs com entrega
de alimentos em desacordo com a quantidade, especificação e cronograma estabelecidos na
Proposta de Participação. Isso porque foi verificada grande ocorrência de CPRs em que não
foi possível avaliar a entrega devido à deficiência nos controles da entidade recebedora e, até
mesmo, desconhecimento da Proposta de Participação.

No RAc nº 40/2013, foram expedidas recomendações à Conab com o intuito de fortalecer o


acompanhamento exercido pelas entidades beneficiárias consumidoras, de modo a cobrarem
ativamente da associação/cooperativa de produtores o fiel cumprimento da Proposta de Par-
ticipação aprovada. Para atendimento à recomendação quanto a avaliar conjuntamente com
o MDS a oportunidade e a viabilidade de elaboração de cartilha de boas práticas voltadas, es-
pecificamente, para as entidades consumidoras, foi elaborado o caderno de entregas, material
voltado para o controle de recebimentos dos produtos na Unidade Recebedora, cujo conteúdo
abarca os direitos e deveres da entidade consumidora perante o PAA.

Com relação à recomendação de, em articulação com o MDS, avaliar a oportunidade e a con-
veniência de implantar iniciativas de Ouvidoria Ativa no âmbito do PAA, levando em considera-
ção os impactos financeiro, administrativo e operacional desta medida, a Conab se manifestou
no sentido de que ambos os órgãos já possuem Ouvidoria e que reclamações, elogios, críticas,
sugestões ou denúncias que chegam à Ouvidoria da Conab são distribuídas para as áreas res-
ponsáveis pelo assunto. No caso do PAA, o assunto é encaminhado para a DIPAI e repassado à
SUPAF que, com auxílio da Superintendência Regional envolvida, analisa o assunto e encaminha
resposta ao cidadão-usuário.

Em manifestação ao RAc nº 26/2014, como forma de atualizar as tratativas para melhora do


programa, a Conab informou que:

“A seleção das Unidades Recebedoras vem passando por alterações, e cada vez mais são envol-
vidas unidades que já se articulam por meio de outras políticas públicas, de forma que o atendi-
mento pelo PAA seja complementar a direitos sociais mais ampliados. Por meio da participação
das Prefeituras Municipais, materializada pelo Formulário Bipartite (Anexo I, folha 013), as uni-
dades terão mais apoio e melhores condições de exercerem seu papel de acompanhar e exigir
o fiel cumprimento do pactuado.

A institucionalização do Termo de Compromisso da Unidade Recebedora (Anexo I, folha


014) traz luz à responsabilidade para a boa execução do PAA, buscando qualificar a relação
entre doador e recebedor.

43
O Caderno de Entregas é um dos instrumentos que possibilita esse movimento, uma vez que
é um registro exclusivo da Unidade, para seu controle e acompanhamento das entregas dos
alimentos. Ainda, o Termo de Recebimento e Aceitabilidade (Anexo I, folha 026) possui um
campo para que a Unidade Recebedora registre as ocorrências daquela referida entrega de
alimentos, como por exemplo modificação na qualidade, nas quantidades ou na data prevista”.

Ademais, importa salientar a Resolução GGPAA nº 62/2013, que trata da destinação dos ali-
mentos adquiridos pelo PAA, atualizada e revogada pela Resolução nº 72/2015. Ambas tem
por objetivo caracterizar e regular as entidades que poderão receber os alimentos, que devem
atender critérios mínimos para sua implementação, como por exemplo no caso das entidades
socioassistenciais, que precisam enquadrar-se nas regras estabelecidas pelo Conselho Nacional
de Assitência - CNAS.

4.6.2 Caso haja alteração do cronograma estabelecido, das condições de qua-


lidade/quantidade ou da destinação, foi apresentada motivação para a altera-
ção e mantido o equilíbrio econômico/financeiro da Proposta de Participação?

Com base na consolidação dos resultados de 250 fiscalizações de análise de documentos


referentes a 413 CPRs, verificou-se que 104 CPRs sofreram alteração do cronograma, das condi-
ções de quantidade/especificação ou da destinação sem formalizar a motivação para as mudanças.

Por esse motivo, no RAc nº 40/2013, recomendou-se à Conab que avaliasse a necessidade de
atualizar os normativos da Companhia referentes ao PAA, consolidando os procedimentos
estabelecidos na Comunicação Interna da DIPAI nº 314, de 11 de outubro de 2013, e promo-
vendo a divulgação junto às SUREGs. A Conab, além de atualizar o Título 30 do MOC, publicou
a Norma da Organização da Conab - NOC n° 30.604, consolidando novas regras referentes
ao PAA e detalhando os procedimentos que as Superintendências Regionais devem adotar em
cada caso, no pós-fiscalização.

Apesar das modificações nos normativos, ainda não foi verificada penalidade quanto à alteração
do cronograma, qualidade/quantidade de produtos ou destinação sem motivação ou acordo.

No RAc nº 26/2014, foi recomendado à Conab que incluisse no Documento 10 do Título 30


do MOC, bem como no Anexo VIII – Procedimentos Quanto à Constatação de Inconformi-
dades da NOC 30.604, penalidades às cooperativas/associações de produtores nos casos de
descumprimento da quantidade e das especificações previstas na Proposta de Participação sem
o devido consentimento dos envolvidos no projeto.

Em resposta, a Companhia informou que, como forma de reforçar a importância do fiel cum-
primento do estabelecido entre Organização Fornecedora e Unidade Recebedora, será criado
um novo item, tanto no MOC quanto na NOC, conforme recomendado, não tendo sido infor-
mado se tal compromisso foi implementado até a publicação deste Relatório.

44
5. Conclusão

Este RAv (Relatório de Avaliação) contempla o resultado de 1213 (mil duzentos e treze)
fiscalizações no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar. Os
trabalhos foram realizados durante o ano de 2013 e no primeiro semestre de 2014, avaliando
a execução do programa, na modalidade CPR-Doação, nos exercícios de 2012 e 2013.

Durante a avaliação das fiscalizações nas SUREGs foi possível observar a ocorrência de incon-
formidades que podem comprometer a finalidade do programa ou caracterizam descumpri-
mento do Manual de Operações da Conab Título 30.

Dentre as principais falhas encontradas destacam-se:

• Não cumprimento do estabelecido na Proposta de Participação, tais como itens diver-


gentes, quantidades inferiores e atrasos no cronograma.
• Documentação não confiável sobre a entrega dos produtos às entidades consumidoras;
• Não conformidade da documentação para avaliação da capacidade operação das enti-
dades fornecedoras;
• Algumas Organizações ou associações dos agricultores familiares não possuem estrutu-
ra para distribuição ou controle das operações de doação;
• Cobrança de taxas ou outros serviços indevidos pelas organizações ou associações dos
agricultores familiares;
• Não aplicação de penalidade por parte da Conab;
• Falta de formalização da supervisão por parte das SUREGs para verificação da confor-
midade do programa;

Da análise das falhas, observa-se fragilidade no programa quanto ao cumprimento do esta-


belecido na Proposta de Participação e Cédula de Produto Rural. Além do não cumprimento
da Proposta, observa-se irregularidade na documentação que atesta o recebimento dos pro-
dutos, informando uma quantidade ou relação de itens diverso do efetivamente entregue.

Também foi verificado que as entidades consumidoras não têm orientações ou mecanismos
eficientes para realizar o devido ateste dos produtos recebidos no âmbito do Programa.

Cumpre observar que, apesar das falhas encontradas nas fiscalizações realizadas pela CGU,
a Conab tem adotado providências para melhoria na execução dos projetos.

Conforme destacado neste Relatório, ao longo do acompanhamento do Programa realizado


por esta Controladoria, a Conab elaborou ajustes estruturantes no Programa, que permiti-
ram maior controle e transparência das operações.

45
Foram realizadas atualizações dos normativos voltados ao público externo (MOC) e aos em-
pregados da Conab (NOC), contribuindo para o fortalecimento dos controles internos. Tam-
bém foi instituído o Plano Nacional de Fiscalização e a definição mais precisa das Visitas Técni-
cas Orientativas (VTOs) realizadas pelas SUREGs, constituindo um importante instrumento de
gestão para monitoramento e correção de rumo da Política. Além disso, a Conab tem promo-
vido capacitação e orientação dos próprios empregados e do público-alvo do PAA, além de de-
senvolver ferramentas automatizadas para o auxílio no planejamento e execução do Programa.

Não obstante as providências adotadas, verifica-se que a Conab deve intensificar a interação
com outras entidades envolvidas com o PAA, de forma a realizar o monitoramento contínuo da
execução do Programa e aperfeiçoar os controles internos quando oportuno. Dentre as me-
didas verificadas que ainda podem ser desenvolvidas pela Companhia destaca-se a integração
dos sistemas informatizados com outros órgãos da Administração Pública, apuração das irre-
gularidades já verificadas e efetiva aplicação de penalidade, conforme os normativos vigentes.

46
Anexo – Municípios Fiscalizados

Do plano amostral, foram selecionados e fiscalizados os municípios elencados a seguir:

AL Arapiraca MT Campo Verde SC Florianópolis


AL Branquinha MT Campos de Júlio SC Formosa do Sul
AL Maceió MT Carlinda SC Forquilhinha
AL Santana do Mundaú MT Castanheira SC Fraiburgo
Chapada dos
AM Eirunepé MT SC Frei Rogério
Guimarães
AM Manaus MT Cláudia SC Galvão
Governador Celso
BA Almadina MT Comodoro SC
Ramos
BA Aurelino Leal MT Cotriguaçu SC Grão Pará
BA Baixa Grande MT Cuiabá SC Gravatal
BA Barro Alto MT Curvelândia SC Guaraciaba
BA Biritinga MT Diamantino SC Guatambú
BA Buerarema MT Feliz Natal SC Içara
BA Caculé MT Glória D'Oeste SC Imbuia
BA Caém MT Itaúba SC Iporã do Oeste
BA Campo Formoso MT Jauru SC Iraceminha
BA Canudos MT Juína SC Itá
BA Capim Grosso MT Juruena SC Jacinto Machado
BA Casa Nova MT Marcelândia SC Joaçaba
BA Chorrochó MT Mirassol d'Oeste SC Jupiá
BA Coaraci MT Nova Marilândia SC Lages
BA Conceição da Feira MT Nova Olímpia SC Laguna
BA Conde MT Nova Santa Helena SC Lauro Muller
Novo Horizonte do
BA Cruz das Almas MT SC Lebon Régis
Norte
BA Curaçá MT Pedra Preta SC Maracajá
BA Feira da Mata MT Peixoto de Azevedo SC Matos Costa
BA Floresta Azul MT Poconé SC Modelo
BA Gongogi MT Pontes e Lacerda SC Mondaí
BA Ibicaraí MT Porto Esperidião SC Monte Carlo
BA Igaporã MT Porto Estrela SC Morro da Fumaça
BA Ilhéus MT Reserva do Cabaçal SC Nova Erechim
BA Ipiaú MT Rondonópolis SC Nova Itaberaba
BA Iraquara MT Santo Afonso SC Orleans
BA Itabuna MT São Félix do Araguaia SC Palhoça
BA Itacaré MT São José do Rio Claro SC Palma Sola
São José dos Quatro
BA Itagibá MT SC Palmitos
Marcos

47
BA Itaguaçu da Bahia MT Tabaporã SC Pinhalzinho
Vila Bela da
BA Itiúba MT SC Planalto Alegre
Santíssima Trindade
BA Ituberá PB Campina Grande SC Ponte Serrada
BA Jeremoabo PB João Pessoa SC Porto União
BA Juazeiro PB Lagoa Seca SC Presidente Nereu
BA Jussara PB Nova Floresta SC Quilombo
São João do Rio do
BA Lafaiete Coutinho PB SC Rio do Oeste
Peixe
BA Lapão PB Sousa SC Rio do Sul
BA Licínio de Almeida PE Águas Belas SC Rio Fortuna
BA Maraú PE Afrânio SC Rio Negrinho
BA Matina PE Amaraji SC Riqueza
BA Monte Santo PE Belo Jardim SC Rodeio
BA Mutuípe PE Bezerros SC Saltinho
BA Nilo Peçanha PE Bom Conselho SC Santa Rosa de Lima
Cabo de Santo Santa Terezinha do
BA Nova Canaã PE SC
Agostinho Progresso
BA Paripiranga PE Calumbi SC São Carlos
BA Paulo Afonso PE Carnaíba SC São José do Cedro
BA Pé de Serra PE Chã Grande SC São José do Cerrito
São Lourenço do
BA Pindobaçu PE Custódia SC
Oeste
BA Poções PE Dormentes SC São Martinho
São Miguel da Boa
BA Quixabeira PE Flores SC
Vista
BA Remanso PE Gravatá SC São Miguel do Oeste
BA Riacho de Santana PE Itapetim SC Saudades
Jaboatão dos
BA Salvador PE SC Tangará
Guararapes
BA Santa Brígida PE Jataúba SC Tijucas
BA Santa Rita de Cássia PE Palmares SC Timbó Grande
BA Santana PE Recife SC Treze de Maio
BA São Desidério PE Santa Cruz SC Tubarão
Santa Cruz da Baixa
BA São Gabriel PE SC Urussanga
Verde
BA Senhor do Bonfim PE São Bento do Una SC Videira
São José da Coroa
BA Sobradinho PE SC Xanxerê
Grande
BA Souto Soares PE Serra Talhada SC Xaxim
BA Taperoá PE Sertânia SP Álvares Florence
BA Uauá PE Tabira SP Adamantina
BA Ubaitaba PE Triunfo SP Andradina
Vitória de Santo
BA Ubatã PE SP Anhumas
Antão
BA Urandi PI Prata do Piauí SP Apiaí

48
São Francisco do
BA Valença PI SP Araçoiaba da Serra
Piauí
BA Vera Cruz PI Teresina SP Araraquara
BA Wenceslau Guimarães PR Alto Paraná SP Araras
CE Acaraú PR Amaporã SP Avanhandava
CE Alto Santo PR Ampére SP Barão de Antonina
CE Arneiroz PR Arapongas SP Barra do Turvo
CE Boa Viagem PR Barbosa Ferraz SP Barretos
CE Capistrano PR Bela Vista da Caroba SP Barrinha
CE Cariré PR Campo Mourão SP Bebedouro
CE Catarina PR Candói SP Biritiba-Mirim
CE Fortaleza PR Capanema SP Bocaina
CE Horizonte PR Cascavel SP Boituva
CE Icó PR Centenário do Sul SP Brejo Alegre
CE Itapiúna PR Cerro Azul SP Buritama
CE Jaguaribara PR Chopinzinho SP Caconde
CE Jaguaribe PR Corumbataí do Sul SP Caiuá
CE Lavras da Mangabeira PR Curitiba SP Cajati
CE Monsenhor Tabosa PR Doutor Ulysses SP Campinas
CE Morada Nova PR Enéas Marques SP Capão Bonito
CE Orós PR Entre Rios do Oeste SP Capela do Alto
CE Paraipaba PR Francisco Alves SP Castilho
CE Pentecoste PR Francisco Beltrão SP Colômbia
CE Russas PR Guaraniaçu SP Cosmópolis
CE Saboeiro PR Guarapuava SP Divinolândia
Cachoeiro de
ES PR Honório Serpa SP Dracena
Itapemirim
ES Cariacica PR Imbaú SP Emilianópolis
Euclides da Cunha
ES Domingos Martins PR Imbituva SP
Paulista
ES Marechal Floriano PR Iretama SP Fernandópolis
ES São Gabriel da Palha PR Itaperuçu SP Flora Rica
ES São Mateus PR Ivaí SP Franca
ES São Roque do Canaã PR Lapa SP Glicério
ES Vitória PR Lindoeste SP Guapiara
GO Aparecida de Goiânia PR Londrina SP Guaraçaí
GO Goiânia PR Manoel Ribas SP Guarulhos
GO Jaraguá PR Maringá SP Hortolândia
GO Uruana PR Marmeleiro SP Iaras
MA São Luís PR Mauá da Serra SP Iguape
MA Tuntum PR Missal SP Iperó
Nova Esperança do
MG Aimorés PR SP Irapuru
Sudoeste
MG Alvinópolis PR Nova Santa Rosa SP Itaberá
MG Barão de Cocais PR Nova Tebas SP Itapeva
MG Barbacena PR Novo Itacolomi SP Itapirapuã Paulista

49
MG Belo Horizonte PR Ortigueira SP Itariri
MG Bocaiúva PR Palmeira SP Jaboticabal
MG Brasília de Minas PR Palotina SP Jacupiranga
MG Caputira PR Paraíso do Norte SP Jales
MG Caratinga PR Paranavaí SP João Ramalho
MG Central de Minas PR Piraquara SP Juquiá
MG Chapada Gaúcha PR Pitanga SP Lavínia
MG Conselheiro Lafaiete PR Planaltina do Paraná SP Leme
MG Cordisburgo PR Ponta Grossa SP Limeira
Couto de Magalhães
MG PR Pranchita SP Lucélia
de Minas
MG Dom Cavati PR Querência do Norte SP Luiziânia
MG Entre Folhas PR Realeza SP Manduri
MG Eugenópolis PR Rebouças SP Marabá Paulista
MG Fortuna de Minas PR Rio Branco do Sul SP Maracaí
MG Francisco Dumont PR Rolândia SP Mauá
MG Francisco Sá PR Salgado Filho SP Miguelópolis
MG Guapé PR Salto do Lontra SP Mira Estrela
MG Guaraciaba PR Santa Isabel do Ivaí SP Mirandópolis
Santa Tereza do Mirante do
MG Iapu PR SP
Oeste Paranapanema
Santo Antônio do
MG Icaraí de Minas PR SP Monte Azul Paulista
Caiuá
Santo Antônio do
MG Inhapim PR SP Motuca
Sudoeste
MG Inhaúma PR São Carlos do Ivaí SP Nova Campina
MG Janaúba PR São João do Triunfo SP Nova Luzitânia
MG Januária PR São Mateus do Sul SP Óleo
São Miguel do
MG João Pinheiro PR SP Orlândia
Iguaçu
MG José Raydan PR Tamboara SP Osvaldo Cruz
MG Mamonas PR Telêmaco Borba SP Ouro Verde
MG Manhuaçu PR Três Barras do Paraná SP Ouroeste
MG Medeiros PR Uniflor SP Panorama
MG Montes Claros RJ Itaperuna SP Paulicéia
Morada Nova de
MG RJ Natividade SP Pedro de Toledo
Minas
MG Nova Porteirinha RJ Nova Friburgo SP Pereira Barreto
MG Olhos-d'Água RJ Rio de Janeiro SP Peruíbe
São Francisco de
MG Oratórios RJ SP Pirajuí
Itabapoana
MG Pai Pedro RN Caicó SP Pontalinda
Pedras de Maria da
MG RN Caraúbas SP Porto Feliz
Cruz
MG Piedade de Caratinga RN Encanto SP Presidente Bernardes
MG Piranga RN Jardim do Seridó SP Presidente Epitácio
MG Porto Firme RN Jucurutu SP Presidente Prudente

50
MG Recreio RN Natal SP Presidente Venceslau
MG Ressaquinha RN Nísia Floresta SP Promissão
MG Rio Doce RN Patu SP Rancharia
MG Rio Pardo de Minas RN Pendências SP Registro
MG Rio Piracicaba RN São João do Sabugi SP Restinga
MG Salinas RO Alvorada D'Oeste SP Ribeira
MG Santa Bárbara RO Cacoal SP Ribeirão Preto
MG Santa Cruz de Salinas RO Jaru SP Rosana
Santo Antônio do
MG RO Ji-Paraná SP Sabino
Itambé
MG São Francisco RO Pimenta Bueno SP Sales
MG São João da Ponte RO Porto Velho SP Sandovalina
MG São João do Pacuí RO Rolim de Moura SP Santa Salete
São Bernardo do
MG São Pedro do Suaçuí RO São Felipe D'Oeste SP
Campo
MG São Romão RO Urupá SP São José do Rio Preto
MG São Sebastião do Anta SC Abelardo Luz SP São José dos Campos
MG Serranópolis de Minas SC Anchieta SP São Lourenço da Serra
MG Setubinha SC Anita Garibaldi SP São Paulo
MG Simonésia SC Anitápolis SP Serra Azul
MG Três Marias SC Apiúna SP Serrana
MG Tupaciguara SC Araquari SP Sorocaba
MG Vazante SC Araranguá SP Sumaré
MG Viçosa SC Braço do Norte SP Tambaú
MS Campo Grande SC Caibi SP Tapiratiba
MS Dois Irmãos do Buriti SC Campo Belo do Sul SP Tatuí
MS Terenos SC Campos Novos SP Teodoro Sampaio
MT Acorizal SC Chapecó SP Tietê
MT Alta Floresta SC Concórdia SP Tupi Paulista
MT Alto Boa Vista SC Criciúma SP Ubarana
MT Alto Paraguai SC Curitibanos SP Votorantim
MT Apiacás SC Dionísio Cerqueira SP Votuporanga
MT Cáceres SC Dona Emma

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