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TIPOS DE VERSO
(TRADICIONAIS)
Leve, na boca aflante, esvoaça-lhe um sorriso
(Olavo Bilac)
Contagem das sílabas gramaticais:
Le/ve/, na/ bo/ca/ a/flan/te/, es/vo/a/ça/-lhe/ um/
So/rri/so
Contagem das sílabas métricas:
Le/ve/, na/ bo/ca a/flan/te, es/voa/ça/-lhe um/
So/rri/(so)
Crase (vogais iguais):
Le/ve/, na/ bo/ca a/flan/te, es/voa/ça/-lhe
um/so/rri/(so)
És engraçada e formosa
Como a rosa,
Como a rosa em mês d”abril;
És como a nuvem doirada
deslizada,
Deslizada em céu d”anil (Gonçalves Dias)
- A rima imperfeita quando a identidade de
fonemas finais não é completa. No caso. quando
(a) se rima uma vogal de timbre semi-aberto com
outra de timbre semi-fechado:
Nessa vertigem
Amara a virgem
(Casimiro de Abreu)
Segundo Bechara, “muitas vezes a perfeição ou
imperfeição da rima é relativa, conforme a
pronúncia padrão. No Brasil, por exemplo,
cnstituem rimas perfeitas as que se fazem entre
certas vogais e ditongos (desejos com beijos; luz
com azuis; atroz com heróis; vãs com mães;
espirais com Satanás; bondoso com repouso).
Em Portugal é perfeita a rima entre mãe e
também (ou tem).”
- As rimas classificam-se em:
a)
•Toantes
•Consoantes
•Aliteradas
b)
• Masculinas
• Femininas
c)
• ricas
• Pobres
• Raras
• preciosas
d)
• Emparelhadas
• Alternadas
• Cruzadas
• Encadeadas
• Iteradas
• misturadas
-Rimas Toantes ou assonantes é a rima
imperfeita. Quando a sua identidade se dá
nas vogais tônicas: lúcido e dilúculo, árvore
e pálido, boca e boa.
(Raimundo Correia)
Rimas Encadeadas (quando a última palavra de
um verso rima com outra no meio do verso
seguinte):
Silva Alvarenga)
Rimas Iterada (são as que se repetem no
mesmo verso):
Rua
tor/ta.
Lua
mor/ta.
Tua
por/ta.
(Cassiano Ricardo)
Va/gas,
Pla/gas,
Fra/gas,
Sol/tam,
Can/tos:
Co/brem
Mon/tes,
Fon/tes,
Tí/bios
Man/tos.
(Fagundes Varela)
Dissílabos (versos de duas sílabas)
Quem/ de/ra
Que/ sin/tas
As/ do/res
De a/mo/res
Que/ lou/co
Sen/ti!
Quem/ de/ra
Que/ sin/tas!
- Não/ ne/gues,
Não/ min/tas...
- Eu/ vi!...
(Casimiro de Abreu)
Tu/, on/tem,
na/ dan/ça
que/ can/as
vo/a/vas,
com/ as/ fa/ces
em/ ro/sas
for/mo/sas,
de/ vi/vo
car/mim (Casimiro de Abreu)
Trissílabos (versos de três
sílabas)
Vem/ a au/ ro/ ra
pres/ su/ ro/ sa,
cor/ de/ ro/ sa,
que/ se/ co/ ra
de/ car/ mim;
a/ seus/ rai/ os
as/ es/ tre/ las
que e/ ram/ be/ las
têm / des/ mai/ os
Já/ por/ fim (Gonçalves Dias)
Tetrassílabos (versos de quatro sílabas, que
podem apresentar acentuação na 2° e 4° sílaba,
1° e 4° sílaba e apenas na 4° sílaba)
(Antonio Boto)
O in/ ver/ no/ bra/ da
for/ çan/ do as/ por/ tas...
Oh!/ que/ re/ voa/ da
de/ fo/ lhas/ mor/ tas
o/ ven/ to es/ pa/ lha
por/ so/ bre o/ chão...
(Alphonsus de Guimarães)
Pentassílabos (versos de cinco sílabas, conhecido
também como “redondilha menor”, acentuações nas 2°
e 5°; 1°, 3° e 5°; 3° e 5°; e 1° 5° sílabas)
(João de Deus)
Meu/ can/ to/ de/ mor/ te,
guer/ rei/ ros/, ou/ vi:
sou/ fi/ lho/ das/ sel/ vas,
nas/ sel/ vas/ cres/ ci;
guer/ rei/ ros/, des/ cen/ do
Da/ tri/ bo/ tu/ pi.
(Gonçalves Dias)
Hexassílabos (verso de seis sílabas, ou
“heroico quebrado”
Ou/ de/sse/ mes/mo e/nig/ma
Pro/pí/cios/ a/ nau/frá/gio
De/ me in/cli/nar/ a/fli/to
De/sse/ ca/la/do i/rreal
Ma/gras/ re/ses,/ ca/mi/nhos
Do/ pri/mei/ro/ re/tra/to
(Alphonsus de Guimarães)
Eneassílabos Anapéstico (versos de nove
sílabas com acentuação na 3°, 6° e 9° sílaba)
(Olavo Bilac)
Eneassílabos (versos de nove sílabas
com acentuação na 4°, 6° e 9° sílabas)
O/ que/ no/ Mun/do/ cá/ o es/pe/ra/va.
A/deus!/ ó/ Lu/a,/ Lu/a/ dos/ me/ses,
Lu/a/ dos/ Ma/res,/ o/ra/ por/ nós!...
A/deus!/ Na au/sên/cia/ me/ses/ são/ a/nos.
(Antonio Nobre)
Eneassílabos (versos de nove sílabas
com acentuação na 4°, 7° e 9° sílabas)
(Antonio Nobre)
Decassílabo heroico (versos de dez sílabas, acentuado
na 6° e 10° sílaba, mas secundariamente acentuado na
8° ou em uma das quatro primeiras sílabas)
-
As/ mi/nhas/ mãos/ ma/gri/tas,/ a/fi/la/das,
Tão/ bran/cas/ co/mo/ a á/gua/ da/
nas/cen/te,
Lem/bram/ pá/li/das/ ro/sas/ en/tor/na/das
Dum/ re/ga/ço/ de In/fan/ta/ do O/ri/en/te.
(Flobela Espanca)
Decassílabo sáfico (acentuação na 4°, 8° e 10°
sílaba. Pode ter acentuação forte na 1° ou 2°
sílaba)
(Alberto de Oliveira)
Alexandrino francês romântico (alexandrino
trímetro de ritmo ternário 4+4+4)
A/dor/me/cei. Não/ sus/pi/reis./ Não/
res/pi/reis.
(Camilo Pessanha)
Alexandrino francês romântico (alexandrino
trímetro renovado por Victor Hugo: 3+5+4
ou 4+5+3)
Estrofação
DÍSTICO:
Constituída de dois versos que rimam entre si, é a
menor estrofe existente. Segue o esquema aa-bb-
cc... Etc.