Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Inspeção Subaquática:
um mergulho nas incríveis atividades
em alto mar
32
Inspeção Subaquática: Para anunciar nos Veículos Abendi
um mergulho nas incríveis Elaine Alonso - comercial@abendi.org.br
(11) 5586-3159
atividades em alto mar
Comunicação
comunicacao@abendi.org.br
Política de Privacidade
privacidade@abendi.org.br
* Índice dos anunciantes da edição
............................................................................02
....................................................................................... 11
................................................................................................52
* O conteúdo das publicidades das empresas anunciantes da Revista Abendi são de inteira responsa-
bilidade das mesmas.
Notícias
07 de junho: Javier Alejandro Carreno Velasco, junto 21 de junho: O diretor de Fabricação do Exército Brasilei-
com sua equipe: Rejane Therencio Batista, Rodrigo Vieira ro, general Tales Eduardo Areco Villela, esteve conhecen-
Landim e Hugo Leonardo de Aquino Keide, representando do as instalações da Abendi. Acompanhado por uma comi-
a COTEM - Coordenação de Tecnologia de Materiais, do tiva, eles foram recebidos pelos representantes da Abendi:
INT - Instituto Nacional de Tecnologia, que é uma unidade João Conte (diretor-executivo), Antonio Aulicino (gerente
de pesquisa vinculada ao MCTI - Ministério da Ciência, Tec- executivo de desenvolvimento de negócios) e Cláudio For-
nologia e Inovações, foram recebidos na Abendi. jaz (consultor de END). Na ocasião, o general mostrou in-
Durante a visita foram discutidos assuntos de interesse teresse em treinar e qualificar seu pessoal em Ensaios Não
mútuo entre as entidades, no que diz respeito à pesquisa, Destrutivos, a fim de melhorar a qualidade dos serviços
desenvolvimento e inovação em demandas atuais e futu- de inspeção nas organizações militares. O general também
ras da indústria, com foco na otimização de processos de participou do quadro “Papo de Líder”, com Alexandra Al-
inspeção e implementação de metodologias. u ves, na nossa WEB TV Abendi no Ar. u
abendi.org.br 7
Notícias
abendi.org.br 9
Á r e a Té c n i c a
D
esde janeiro, estamos celebrando os 20 anos de par-
ceria com ABNT, na qual a Abendi é a única entidade
credenciada no Brasil a desenvolver normas de En-
saios Não Destrutivos, em nome da instituição em questão. E
dando continuidade às edições comemorativas, conheça al-
guns coordenadores de comissões de END que contribuem
voluntariamente com o desenvolvimento do País.
“Como Nível 3 de LP, PM, US, ER e EV, trabalho há mais de 30 anos com Ensaios Não
Destrutivos. Sou coordenador da comissão de métodos superficiais e represento a
Magnaflux do Brasil nas reuniões da ABNT. Participo a mais de 10 anos do comitê
e cerca de dois anos como coordenador. Eu acho que foi um marco a aprovação na
comissão do Mercosul da Norma NM 342 - Partículas Magnéticas - Detecção de des-
continuidades, devido à sua extensão e da sua abordagem ampla. Parabéns a ABNT
pelos 20 anos de contribuição para a normalização no Brasil, essencial para o desen-
volvimento e segurança de produtos e serviços”.
Marcelo Neris
“Tenho 45 anos, sou casado com Neildes dos Santos, pai de Ícaro Filho, residente na cida-
de de Camaçari/BA, inspetor certificado pela Abendi desde 2005. Estudante de engenharia
mecânica, certificado em Emissão Acústica N2 (EA-N2-G) e candidato a N3 (segunda etapa).
Atuo na Comissão ABNT/ONS-058/CE 058 005 003, há 4 anos, e estou no meu segundo
ano como coordenador. A Norma ABNT NBR 16601, com sua última revisão publicada em
2021, participei de maneira efetiva desta revisão junto com profissionais de diversas áreas, a
fim de garantir mais confiabilidade e segurança utilizando o Ensaio de Emissão Acústica para
monitoramento e inspeção de Guindastes com e sem Cesto Acoplado”.
Ícaro Martins dos Santos
Á r e a Té c n i c a
Quer fazer de uma comissão? Então entre em contato agora mesmo com a coordenadora de Norma-
lização da Abendi: anapaula@abendi.org.br
A
inspeção de materiais de- um papel vital na detecção de falhas, minosa de materiais deu um salto gi-
sempenha um papel vital na trincas e defeitos em materiais. Com gantesco em eficiência, desempenho e
garantia da qualidade, se- uma variedade de dispositivos de alta sustentabilidade.
gurança e confiabilidade de produtos precisão, a Spectroline NDT tem sido Os LEDs oferecem benefícios no-
e estruturas industriais. Com o avan- uma força motriz na indústria, e essa táveis, como acendimento instantâ-
ço tecnológico, novas soluções estão tecnologia de ponta está disponível neo, eficiência energética aprimorada
emergindo para aprimorar essa área no Brasil, exclusivamente através da e uma gama mais ampla de opções
crucial, e uma parceria notável vem Metal-Chek. de iluminação. Há mais de 15 anos, a
iluminando o caminho no Brasil. A Uma das mudanças mais signifi- Metal-Chek trouxe essa tecnologia re-
Metal-Chek, reconhecida empresa de cativas na indústria de inspeção foi a volucionária ao Brasil. A Spectro-UV
consumíveis para Ensaios Não Des- transição da tecnologia de iluminação continua liderando essa revolução ao
trutivos, mantém a parceria exclusiva baseada em mercúrio para os moder- oferecer aos profissionais de inspe-
com a Spectro-UV, líder global em tec- nos LEDs. A iluminação de mercúrio, ção novos modelos de luminárias que
nologias de inspeção ultravioleta (UV), apesar de sua utilidade no passado, elevam a precisão e confiabilidade na
com a marca Spectroline NDT. tinha limitações significativas, como detecção de defeitos e falhas em ma-
A Spectroline NDT, uma marca um tempo de inicialização prolonga- teriais.
Spectro-UV, é conhecida mundialmen- do, maior consumo de energia além A confiabilidade na precisão dos re-
te por sua inovação e excelência na da presença de mercúrio, um material sultados de inspeção é de suma impor-
criação de produtos de inspeção por prejudicial ao meio ambiente. Com a tância, especialmente em setores onde
luz ultravioleta, que desempenham introdução dos LEDs, a inspeção lu- a segurança e a qualidade são funda-
mentais. As luminárias portáteis da
Spectroline NDT possuem certificação
ASTM E3022, um selo da qualidade
que atesta o desempenho excepcio-
nal desses dispositivos. A aderência a
essa norma rigorosa assegura que os
equipamentos atendam aos mais ele-
vados padrões de desempenho e con-
fiabilidade, proporcionando resultados
A Metal-Chek, reconhecida empresa de consumíveis para de inspeção consistentes e precisos.
A atualização constante das ferra-
Ensaios Não Destrutivos, mantém a parceria exclusiva com mentas de inspeção é fundamental
a Spectro-UV, líder global em tecnologias de inspeção para se manter à frente das demandas
em constante evolução da indústria.
ultravioleta (UV), com a marca Spectroline NDT. Os modelos de luminárias portáteis da
Spectroline NDT oferecem uma gama
Clarity 365 LED 365nm uVision 365 Deluxe Series Classic Series Dual Beam LED 365nm
LED 365nm
Esta lanterna inovadora é uma ferra- A mais recente adição à família de
menta essencial para a inspeção preci- Projetada com a mais recente tecno- produtos, a Classic Series Dual Beam
sa de materiais. Equipada com um LED logia de LEDs UV-A, a uVision 365 é combina dois LEDs UV-A de ultra alta
UV-A de alta intensidade de 365nm, uma luminária portátil que oferece um intensidade com um LED branco, pro-
a Clarity 365 oferece uma iluminação espectro de inspeção mais amplo. Com porcionando versatilidade e flexibili-
confiável e uniforme para testes de sua construção robusta e resistente a dade incomparáveis. Seu design ergo-
partículas magnéticas e líquidos pe- impactos, essa luminária é ideal para nômico e sistema de resfriamento sem
netrantes. Sua bateria de íon de lítio aplicações em ambientes desafiado- ventoinha tornam-na uma escolha ide-
de longa duração garante horas de res, como a indústria petroquímica e al para testes de partículas magnéti-
operação contínua, aumentando a efi- de construção. cas e líquidos penetrantes, bem como
ciência dos processos de inspeção em outras aplicações especializadas.
locais de difícil acesso.
A parceria entre a Metal-Chek e a uVision 365 e Classic Series Dual lência na inspeção de materiais. Com
Spectro-UV traz uma nova era de ins- Beam, os profissionais de inspeção a exclusividade na distribuição da
peção luminosa ao Brasil, capacitando têm à disposição ferramentas pode- marca Spectroline NDT, a Metal-Chek
as indústrias a aprimorar a detecção rosas para enfrentar os desafios mais reforça seu compromisso de fornecer
de defeitos e garantir a integrida- complexos. tecnologia de ponta e suporte excep-
de dos materiais. Com os avançados A Metal-Chek continua a liderar cional aos seus clientes, contribuindo
modelos de luminárias portáteis da o caminho, oferecendo soluções de para um futuro mais seguro e confiá-
Spectroline NDT, como a Clarity 365, vanguarda que impulsionam a exce- vel em diversos setores industriais. u
Clique aqui para mais informações sobre os produtos da Spectroline NDT, disponíveis através da Metal-
-Chek, visite o site oficial da Metal-Chek e entre em contato com nossos vendedores: metalcheck.com.br
abendi.org.br 15
Sócios
Sócios Patrocinadores
abendi.org.br 19
Tr e i n a m e n t o s
abendi.org.br 21
Certificação
Aconselho a todos que desejam ingressar na área, que escolham um bom curso técnico na
área metal mecânica e conversem com vários profissionais de inspeção para orientações.
O
Conaendi, em sua 39ª edição, traz temas importantes a
serem discutidos para o mercado de END e Inspeção. Con-
fira nas sessões que teremos, além de muitas outras no-
vidades! Você poderá acompanhar todos os movimentos do even-
to, acessando o nosso aplicativo e em tempo real! Te aguardamos!
abendi.org.br 25
Eventos
A Ethernet industrial está assumindo da proteção IP. No setor de processos, I Div. 2 com os cabos FO mesmo em
um papel fundamental na digitalização o uso da Ethernet depende de várias Zona 0 e Classe I Div.1.
pronta para o futuro da automação de condições adicionais. Juntamente com
processos. Ainda hoje, soluções abran- os longos ciclos operacionais para sis- Ethernet intrinsecamente segura
gentes de comunicação de IP estão temas de controle distribuídos, dis- define novos padrões
disponíveis da sala de controle ao cam- positivos de campo e infraestruturas Embora as fibras ópticas com o tipo
po e até em áreas classificadas no setor instaladas, isso inclui proteção prática de proteção “op is” tenham sido usa-
de processos. No que diz respeito aos contra explosão, a fim de implementar das como solução há muito tempo,
padrões uniformes e interoperáveis, os redes até o nível do campo, incluindo aplicativos e usuários finais geralmen-
principais fabricantes e organizações qualquer área classificada. te exigem o uso de cabos de cobre em
continuam a impulsionar o desenvolvi- áreas classificadas. Por exemplo, a re-
mento de conceitos de Ethernet intrin- Várias opções de instalação até comendação Namur NE168 “Requisi-
secamente seguras, desempenhando zona 1 e classe I Div. 1 tos para um sistema de comunicação
um papel ativo na formação de novas Para interagir com as áreas classi- Ethernet em nível de campo” especi-
soluções de plataforma para a automa- ficadas remotas usando Ethernet, as fica o uso de cabos de dois fios para
ção industrial digital. fibras ópticas podem ser usadas para conectar dispositivos de campo. Para
O crescente volume de dados na au- estabelecer uma conexão. O cabea- isso, o tipo de proteção de “segurança
tomação de processos requer larguras mento FO sem interferência não re- intrínseca” tornou-se o padrão global
de banda mais altas e taxas de trans- quer aterramento ou blindagem de- estabelecido e comprovado em uso
ferência mais rápidas, a fim de monito- morados e permite a troca de dados para o setor de processos. Os padrões
rar e controlar os processos em tempo entre os sensores e atuadores, siste- sobre redes Ethernet interoperáveis e
real, o melhor possível. A crescente mas de E/S remotos e monitoramento intrinsecamente seguras de dispositi-
demanda por dados de diagnóstico e de câmeras com distâncias de vários vos e sistemas de campo estão abrin-
informações do dispositivo apresenta quilômetros. As potenciais fontes de do novas possibilidades na automação
requisitos adicionais. Como resultado, ignição são inibidas de acordo com de processos digitais. A proteção do
a importância das redes de Ethernet o tipo de proteção “op is”, conforme dispositivo oferecida pela seguran-
contínuas em todas as plantas indus- o IEC 60079-28, limitando a energia ça intrínseca, de acordo com a IEC
triais nunca foi tão grande. Com Ether- óptica no feixe de luz em uma exten- 60079-11, exige que a quantidade de
net/IP, Hart-IP, OPC UA e Profinet, uma são não ignitora. As instalações pro- energia dentro de um circuito seja limi-
gama de padrões foi estabelecida para tegidas dessa maneira também per- tada a uma extensão não ignitora, de
comunicação IP na tecnologia de pro- mitem a construção de anéis ópticos modo que as faíscas e os efeitos tér-
cesso. A Ethernet industrial se destaca com diagnósticos e funções de men- micos não podem atuar como fontes
de outras soluções por vários motivos, sagem convenientes, mesmo em áre- de ignição. Sistemas intrinsecamente
incluindo sua transmissão determinís- as classificadas. Para este propósito, seguros de Fieldbus, como o Profibus
tica de dados e componentes projeta- conversores de mídia e switches cor- DP, via RS485, são usados há muito
dos para serem robustos, com maior respondentes estão disponíveis para tempo para redesenhar os sistemas de
resistência à temperatura e aumento instalações em Zonas 1 e 2 e Classe E/S remotos, operação de terminal e
abendi.org.br 27
Caderno Segurança
equipamento de análise. Hoje, as ins- Rede de campo até Zona 0 e Classe de explosão de sistemas Ethernet in-
talações de Fieldbus intrinsecamente I Div. 1 trinsecamente seguros de dois fios e
seguras de dois fios com Profibus PA e Desde o ACHEMA 2021, as espe- é adequado para uso em campo até
Foundation FieldBus H1 são frequen- cificações Ethernet-APL estão dis- zona 0 de acordo com a ATEX e IE-
temente usadas para comunicação di- poníveis como uma solução dedicada CEX, e para instalações Div. 1 dentro
gital até o dispositivo de campo. para o uso de dispositivos de campo do escopo da NEC 500. Através do
As vantagens decisivas do tipo de intrinsecamente seguros de dois fios uso de parâmetros “ex i” padroniza-
proteção intrinsecamente segura in- na automação de processos. Essa tec- dos, dispositivos Ethernet-APL de
cluem o fato de que dispositivos intrin- nologia é baseada na camada física da uma variedade de fabricantes podem
secamente seguros são convenientes Ethernet de par única (SPE) 10base- ser interconectados sem a necessida-
e fáceis de manusear, porque o tra- -T1L de acordo com a especificação de de verificação de circuitos intrinse-
balho de modificação e manutenção IEEE STD 802.3CG-2019. O SPE usa camente seguros e sem precisar levar
em circuitos ou dispositivos intrin- condutores de dois fios para preencher em consideração os parâmetros do
secamente seguros podem ser reali- distâncias de até 1.000 metros com cabo dentro do contexto das condi-
zados em áreas classificadas. Como taxas de transferência de 10 Mbit/s ções especificadas para Ethernet-APL
o encapsulamento do invólucro não e, opcionalmente, para fornecer ener- ou 2-WISE. Para facilitar o máximo
é mais necessário, não são necessá- gia conectada com potência via PoDL possível a migração às instalações de
rios métodos de proteção morosos e (Linha de dados Power Over Data). Fieldbus existentes, os parâmetros de
caros, como o uso de invólucros com O Ethernet-APL é compatível com o segurança intrínsecos compatíveis são
proteção “d” ou “p”. Extensões e re- SPE, mas usa seu próprio conceito de especificados para o 2-WISE com a
paros podem ser realizados em equi- suprimento que difere do PoDL para Fisco; além disso, os cabos do Tipo A
pamentos “vivos” (trabalho quente) e dispositivos de campo, a fim de permi- Fieldbus podem continuar sendo usa-
os dispositivos podem ser adicionados tir o uso do tipo de proteção intrínseca dos. O conceito 2-WISE foi publicado
ou separados sem precisar desligar o de segurança. Para atender aos requi- como uma especificação técnica sob a
sistema ou partes do sistema (troca sitos da automação de processos, ne- designação IEC TS 60079-47 “Prote-
a quente). Sua excelente flexibilidade nhum conector SPE específico é usa- ção do equipamento por conceito de
faz do tipo de proteção intrínseca uma do, mas terminais padrão de parafuso Ethernet intrinsecamente seguro de 2
solução atraente para as redes Ether- ou mola. Os fabricantes e os principais fios (2-WISE)” desde março de 2021,
net em áreas classificadas também. SDO (organizações em desenvolvi- para que os dispositivos Ethernet-APL
Para desenvolver soluções futuras mento de padrões) colaboraram no possam ser certificados corretamente
para sistemas Ethernet interoperáveis desenvolvimento da Ethernet-APL pa- a partir de agora.
e intrinsecamente seguros, a R. Stahl ra garantir a compatibilidade com O Ethernet-APL permite o uso de vá-
colaborou com outros fabricantes em protocolos de comunicação Hart-IP rias topologias de instalação. Na topo-
dois grupos de trabalho. Ambos os (FieldComm Group, FCG), Ethernet/IP logia estrela, os switches Ethernet-AL
grupos de trabalho - o projeto da ca- (ODVA), OPC-UA (OPC Foundation) e com uma fonte de alimentação exter-
mada física e Ethernet (Ethernet-APL) Profinet (Profibus e Profinet Interna- na são conectados às redes Ethernet
e o grupo de trabalho da Ethernet tional, PI). padrão, como 100Base-TX ou –FX.
intrinsecamente seguro - desenvol- Com base no conceito FISCO com- Esses switches de campo, dependen-
veram padrões internacionais para a provado em uso, o conceito de prote- do de sua certificação, podem ser ins-
Ethernet intrinsecamente segura com ção contra explosão 2-WISE (2-Wire talados na zona 2, Div. 2 ou zona 1 e
base em tecnologias de 10base-t1l (10 Intrinsically Safe Ethernet) foi projeta- operam dispositivos de campo intrin-
mbit/s. Ethernet de 2 fios) e 100Base- do em conjunto com o DEKRA EXAM. secamente seguros na zona 1, zona 0
-TX (100 Mbit/Sec. Ethernet de 4 fios). O 2-WISE será usado para proteção ou Div.1. Esses dispositivos de campo
se comunicam e obtêm sua energia da”. O novo padrão 100BASE-TX-IS PTB usando a ferramenta ISpark. Isso
operacional dos spurs intrinsecamente fornece altas taxas de dados de 100 significa que o planejador não precisa
seguros de um switch de campo com Mbit/s para controle de processos, co- executar nenhum cálculo - a verifica-
uma distância no máximo de 200 m. A leta e análise de dados. A Ethernet de ção da segurança intrínseca é limitada
topologia estrela pode lidar com cer- quatro fios protegida contra explosão à documentação e ao documento de
ca de 250 dispositivos de campo por é completamente interoperável com proteção contra explosão necessário
rede, dependendo dos recursos do o padrão IEEE 802.3. Em combinação para a instalação.
controlador. Na topologia trunk-spur, com uma tecnologia front-end intrin- 100Base-TX-IS deve ser integrado
um switch APL fornece a rede (trunk) secamente segura e, se aplicável, iso- às séries padrão IEC 61158-2 “Redes
até aprox. 92 watts de potência. Os lamento galvânico, permite a conexão de comunicação industrial - especi-
switches APL que são instalados no de eletrônicos industriais convencio- ficações do campo - Parte 2: Especi-
campo e alimentados pelo trunk con- nais com o uso contínuo do contro- ficação da camada física e definição
vertem a energia fornecida em energia le de acesso à mídia (MAC) e PHY. de serviço” e IEC 61784 “Redes de
intrinsecamente segura e a distribuem Em contraste com o Ethernet-APL, o comunicação industrial” de maneira
através dos spurs. Ao colocar em cas- 100Base-TX-IS não fornece alimen- semelhante ao Intrinsecamente segu-
cata o switch campo APL, um total de tação por meio da rede. Além disso, ro FieldBus RS485-IS, que é frequen-
aproximadamente 50 dispositivos de o caminho de transmissão via cabos temente usado para a instalação de
campo “ex i” podem ser operados por CAT é limitado à distância Ethernet redes DP Profibus em áreas classifica-
rede APL em uma topologia de trunk- padrão de 100 metros. Para distâncias das. Os primeiros dispositivos 100Ba-
-spur. A R. Stahl apresentará seus significativamente maiores de até 30 se-TX-IS chegarão no mercado como
switches de campo Ethernet-APL para quilômetros, comutadores 100-BA- E/S remota da Zona 1 IS1+ da R. Stahl.
a instalação na Zona 2 e Zona 1 no se- SE-TX-IS e conversores de mídia com
gundo semestre de 2023. Esses dis- interfaces adicionais, por exemplo com Resumidamente
positivos também oferecem um modo o tipo de proteção “op is”, estará dis- A digitalização está mudando as in-
de operação para dispositivos PROFI- ponível em breve. Da mesma forma dústrias inteiras e será o fator decisivo
BUS PA por um PROFINET PA-Proxy que a Ethernet-APL, 100Base-TX-IS para a competitividade no futuro. Ain-
integrado, permitindo uma mistura de não requer verificação demorada da da hoje, soluções eficazes para redes
dispositivos de campo PA e APL em segurança intrínseca. Uma compa- IP de alta largura de banda em áreas
um switch de campo - uma solução ração dos participantes da rede para classificadas estão disponíveis para o
ideal para projetos de migração. determinar sua conformidade com o setor de processos. Com o Ethernet-
padrão subjacente é suficiente. Como -APL e 100Base-TX-IS, a R. Stahl está
Larguras de bandas altas e ótima os parâmetros auxiliares de uma ins- trabalhando ao lado de outras empre-
compatibilidade talação de 100Base-TX-IS são conhe- sas e organizações industriais para im-
Para terminais operacionais de rede cidos - exatamente dois participantes pulsionar o desenvolvimento de novos
IP, equipamentos de análise e sistemas (e, portanto, duas fontes de energia) padrões para a Ethernet intrinseca-
de E/S remotos que requerem larguras em uma conexão ponto a ponto via mente segura. As duas soluções são
de banda mais altas e mais potência, CAT 5/6/7 cabos a uma distância máx. completamente transparentes em re-
a R. Stahl trabalhou dentro do grupo 100 m – verificada e aceita geralmente lação aos seus protocolos de comuni-
de trabalho Ethernet intrinsecamente como segurança intrínseca pode ser cação, suportam Ethernet/IP, Profinet,
seguro para desenvolver uma versão obtida com base nos IEC 60079-25 OPC UA e Hart-IP e podem ser com-
intrinsecamente segura da Ethernet “sistemas elétricos intrinsecamente binadas de várias maneiras diferentes.
100base-TX amplamente usada, tam- seguros”. Para fins exemplares, isso Por exemplo, os dispositivos de campo
bém conhecido como “Ethernet rápi- já foi realizado e documentado pelo Ethernet-APL intrinsecamente segu-
abendi.org.br 29
Caderno Segurança
ros de dois fios podem ser conectados sitivos de campo não Ethernet à rede IECEX e NEC, bem como em tópicos
através fios de campo por um backbo- de controle. Além disso, a R. Stahl está futuros relacionados, como Namur
ne de 100base-tx-is, com os sistemas trabalhando ativamente no estabeleci- Open Architecture (NOA) e Open Pro-
de E/S da Zona 1 para conectar dispo- mento de padrões no campo da ATEX, cess Automation Forum (OPAF). u
Imagem 1: Ethernet industrial intrinsecamente segura forma a base para redes digitais integradas na automação de processos
Imagem 2: Mudanças não gerenciadas da série 9721 com quatro Imagem 3: Os sistemas de E/S remotos já suportam a transmissão Ethernet protegida
portas FX para fibra óptica para estabelecer uma infraestrutura contra explosão via conexão FO Ex “op is”
Ethernet rápida em áreas classificadas
1
André Fritsch é gerente de produto sênior para tecnologias de remotas I/O, fieldbus e redes para áreas classificadas na R. STAHL GmbH. Ele começou em
1988, na empresa, e em 2005, assumiu a responsabilidade global pelo sistema Remotas I/O IS1+ da R. STAHL. André Fritsch já esteve envolvido no proje-
to Ethernet-APL, desde o início e participou dos grupos de trabalho para criação do “Guia de Engenharia Ethernet-APL e Marketing”. Além disso, é membro
dos comitês de marketing PI (PROFIBUS+PROFINET International), FCG (FieldComm Group) e também atuante no projeto NAMUR Open Architecture.
abendi.org.br 31
Capa
Inspeção Subaquática:
um mergulho nas incríveis atividades em alto mar
A certificação profissional é uma das principais formas de manter a segurança em um
trabalho que não permite erros
Alexandra Alves
Adobe Stock
P
or ser um grande produ-
tor de Petróleo, o Brasil
sempre ofereceu excelen-
tes oportunidades de tra-
balho no Setor Subaquático. Na Pe-
trobras, por exemplo, a necessidade
de mão de obra qualificada, no sen-
tido de dar suporte operacional às
suas instalações nos campos de pro-
dução em alto mar, é constante, seja
em plataformas fixas ou nos navios
FPSO (Floating, Production, Stora-
ge and Offloading) e FSO (Floating,
Storage and Offloading), para a pro-
dução de petróleo em águas profun-
das e ultra profundas. Nas páginas
a seguir, a revista Abendi apresenta
um pouco da história desse segmen-
to de trabalho, confrontando com a
realidade atual, a partir das experi-
ências de quem vive essa rotina em
diferentes aspectos... acompanhe...
Depois da segunda guerra mundial, sua produção através da instalação de ções e a garantia da continuidade ope-
desencadeia-se uma crise do petróleo sistemas antecipados e de plataformas racional, segurança para as pessoas
provocada pelo embargo dos países fixas de produção de petróleo e mais re- que as operam e a segurança ao meio
membros da OPEP. A crise foi desen- centemente de navios FPSO (Floating, ambiente.
cadeada num contexto de déficit de Production, Storage and Offloading) e Na década de 1980, a Petrobras
oferta com o início do processo de na- FSO (Floating, Storage and Offloading) através da sua gerência de qualifica-
cionalizações e de uma série de con- para a produção de petróleo em águas ção de pessoal – SEQUI, desenvolveu
flitos envolvendo os produtores ára- profundas e ultra profundas. os primeiros sistemas de qualificação
bes da OPEP. Os preços do barril de Estas estruturas, dependendo da de pessoal em Inspeção Subaquática
petróleo atingiram valores altíssimos, sua localização, podem alcançar pro- (que na época era denominada inspe-
chegando a aumentar até 400% de fundidades de centenas e milhares de ção submarina), baseados nos sistemas
outubro de 1973 a março de 1974. metros (FSO/FPSO), sofrem esforços e já desenvolvidos e utilizados no CSWIP
O primeiro choque do petróleo em condições ambientais extraordinários, – Certification Scheme for Personnel
1973 (houve outro em 1979), afetou entre outros, fadiga dos materiais oca- para a certificação de pessoal na área
duramente a economia dos países de- sionada por esforços cíclicos das ma- subaquática principalmente para as
pendentes do petróleo árabe, entre rés, ventos, ondas, correntes maríti- instalações do mar do norte.
eles o Brasil. mas além da fragilização dos materiais Por tratar-se de sistema de qualifi-
Com o objetivo de reduzir a depen- ocasionada por baixas temperaturas cação da empresa, destinava-se ex-
dência do petróleo importado e obter a em grandes profundidades. clusivamente a funcionários de em-
autossuficiência na produção de petró- Portanto devem ser frequentemente presas prestadoras de serviço por ela
leo, a exploração offshore foi intensifi- inspecionadas, obedecendo a critérios contratada. Os candidatos deviam ser
cada e descobertas as bacias petrolífe- determinados por normas técnicas obrigatoriamente mergulhadores pro-
ras de Campos e do Nordeste (Sergipe, emitidas por autoridades classificado- fissionais formados, comprovar es-
Alagoas e Rio Grande do Norte). ras. As inspeções têm como objetivos colaridade, experiência profissional e
Com a descoberta de campos de principais, o aval das sociedades clas- acuidade visual, cumprir treinamento
petróleo naquelas bacias, teve início a sificadoras para o seguro das instala- de acordo com as normas da empresa
FPSO FSO
abendi.org.br 33
Capa
abendi.org.br 35
Capa
abendi.org.br 37
Capa
res de demanda e os cilindros de ar lhadas em cascos de navios, pontes e remotamente (ROVs) equipados com
comprimido. Isso permitiu que mergu- outras estruturas submersas. câmeras e sensores especializados.
lhadores explorassem profundidades Com o passar do tempo, a tecnologia Então, o ROV que surgiu como um
maiores e se aventurassem em locais avançou e permitiu o desenvolvimen- coadjuvante, para acompanhar as
mais remotos. to de ferramentas específicas para a operações de mergulho, passou a divi-
O grande marco no Brasil foi o cres- Inspeção Subaquática, como câmeras dir as atenções, quando começaram a
cimento do mercado de óleo e gás e o fotográficas e de vídeo acopladas a es- surgir trabalhos específicos realizados
surgimento da Petrobras, que desen- cafandros e trajes de mergulho. somente por veículos remotos.
volveu as atividades de mergulho raso, Então chegou o crescimento da Hoje, o ROV é o grande protagonis-
profundo e de ROV no país. indústria do petróleo e gás e o mer- ta. Há um declínio nas atividades com
gulho comercial tornou-se uma parte mergulho profissional offshore no Bra-
Mergulho x ROV importante da Inspeção Subaquática. sil e no mundo – impulsionado com a
Mergulhadores profissionais come- preocupação associada aos riscos hu-
As primeiras formas de Inspeção Su- çaram a utilizar equipamentos espe- manos inerentes à própria atividade de
baquática datam de tempos antigos, cializados e técnicas avançadas para mergulho - ao mesmo tempo em que
onde mergulhadores utilizavam técni- inspecionar infraestruturas submari- há um aumento de demanda para os
cas simples, como segurar a respiração nas, como plataformas de petróleo e serviços com o ROV.
e realizar inspeções visuais em estrutu- gasodutos. Atividades que há 10 anos eram ex-
ras submersas, como cascos de navios. Com o desenvolvimento de tecnolo- clusivas do mergulho e impensáveis
Com o advento do mergulho com gias mais avançadas, o Brasil adotou para o ROV, hoje são solicitadas nor-
equipamentos como o escafandro e o sistemas de Inspeção Subaquática não malmente nos contratos da Petrobras
traje seco, os mergulhadores come- apenas com mergulhadores, mas tam- com as empresas que oferecem esse
çaram a realizar inspeções mais deta- bém com o uso de veículos operados tipo de serviço.
De uma forma resumida, podemos zes de trabalhar em diversas profundi- que profissionais atuantes nessa área
dizer que existem cinco tipos de ROV: dades, desde a ZVM (zona de variação dessem entrada nos processos de cer-
• Classe 1: Observação (Eye ball) de maré) até profundidades ultra pro- tificação em Medição de Espessura e
Classe 2: Observação e transporte de fundas – 3.000 metros ou mais. Desde Potencial Eletroquímico, antes restrito
pequenas cargas (Work ball) sempre os Ensaios Não Destrutivos aos mergulhadores.
• Classe 3: Trabalhos gerais e interven- eram realizados pelo ROV, mas de uma Em 2020 os processos para qualifi-
ções (Work Class) maneira “informal”, devido à impossibi- cação em Ensaio Visual foram libera-
• Classe 4: Tarefas especiais (e.g. lidade de inspetores qualificados para dos e esse método somou-se aos dois
Trenchers - Tratores submarinos ou en- atendimento às normas pertinentes. iniciais, tornando-se o combo desejado
terradores de cabos) A grande virada de chave da Inspe- por todos os profissionais da área.
• Classe 5: AUVs e protótipos ção Subaquática com o ROV ocorreu a Atualmente, existem cinco métodos
Cada um deles é utilizado para tipos partir de 2018, quando a Abendi revi- de Ensaios Não Destrutivos que um
de atividades específicas, que variam sou a norma de qualificação e certifica- profissional da área subaquática pode
das mais simples até às mais avança- ção de pessoas para o setor subaquáti- se qualificar, quatro deles já liberados
das e à depender do modelo, são capa- co, a NA003 e a partir dali, possibilitou para os profissionais de ROV:
abendi.org.br 39
Capa
Iniciei minha vida profissional em 1978 a utilização de vídeos diretos, nesta A identificação do objetivo era um
no SENAI Volkswagem, São Bernardo época para ter uma imagem subaquá- capítulo à parte, usávamos uma placa
do Campo/SP, curso de três anos, onde tica utilizávamos uma câmera de vídeo plástica perfurada e tínhamos letras e
tivemos a oportunidade de caminhar por ou máquina fotográfica, dentro de uma números de plástico para poder dar
várias áreas de atuação como ferramen- caixa estanque, onde tudo era muito rastreabilidade ao objetivo fotografado.
taria, estampagem, moldes, fundição, improvisado, mais dava certo (ver foto Deveria constar na placa: localização,
metrologia e desenvolvimento de novos à esquerda abaixo). data, objetivo, número SNQC do inspe-
produtos como modelador de protóti- Os equipamentos de inspeção ainda tor, etc... imaginem o trabalho que dava.
pos. sendo este último a minha escolha. não eram totalmente apropriados para Hoje o profissional inspetor em ensaio
Durante este curso tive oportunidade uso subaquático, portanto estes equi- visual tem recursos mais modernos e
de ter contato com a técnica de LP (Líqui- pamentos eram todos encapsulados. As não demanda de tantas estratégias pa-
do Penetrante). Na época, eu era muito fotos precisavam ser reveladas a bordo ra capturar uma imagem. As imagens
novo e observava alguns técnicos es- e isso era realizado utilizando-se um “kit geradas são muito nítidas e de muita pre-
trangeiros com aquele “spray mágico”. de revelação”, com uma câmara escura, cisão podendo ser transmitidas em tem-
Entre os anos 1985 e 1986, por influ- feito pelo próprio inspetor subaquático. po real e analisadas.
ência de alguns amigos, resolvi fazer um A técnica de inspeção visual (Ensaio Em 1988, fiz meu primeiro curso na
curso de mergulho profissional no Cen- Visual), incluía nas suas atribuições, Abendi com o professor Akira Saka-
tro de Instrução e Adestramento Al- técnicas para utilização de máquina fo- moto, de Partícula Magnética emersa,
mirante Attila Monteiro Aché, Rio de Ja- tográfica, incluindo a revelação e pro- ministrado dentro das instalações da
neiro/RJ, curso ministrado pela Marinha dução de vídeos. Durante o mergulho, o Abendi. Foi um curso maravilhoso tan-
do Brasil. profissional devia saber controlar todo to pelo conteúdo como pela didática do
Assim que concluí o curso, consegui o ambiente, os equipamentos de foto- professor. que não se cansava em repe-
uma colocação no mercado offshore co- e vídeo, incidência da luz e a identifica- tir, explicar e demonstrar como obter os
mo mergulhador profissional e tive o pri- ção do evento. Muitas destas fotos ain- melhores resultados.
meiro contato com as técnicas de Ins- da podem ser encontradas no banco de Entre 1999 e 2000, iniciei os meus pro-
peção Subaquática. análise fotográfica da Abendi. Nada era cessos de certificação de Inspeção Suba-
A inspeção visual era realizada sem muito fácil, mais era bem divertido. quática para as técnicas: Ensaio Visual; Imagens cedidas por: Gleiber Raniere
Tenho 20 anos de experiência, atuan- vios), e no inshore (estaleiros, portos, usi- mar, por ser surfista desde criança, eu
do na indústria em operações de mer- nas, píeres, etc). Tive a ideia de ingressar queria uma profissão envolvida com o
gulho no offshore (plataformas e na- na área porque já era muito ligada ao oceano. Justamente no momento em
abendi.org.br 41
Capa
Passo a passo
Mercado
Resumo
Apesar de ser um método para a detecção de trinca de corrosão sob tensão (CST) em superfícies de aço carbono, as tecnologias de Eddy
Current Array (ECA) ainda raramente estão sendo usadas para medir a profundidade dessas trincas. O Ultrassom Phased Array (UTPA)
continua sendo a técnica escolhida. Embora ofereça um alto nível de precisão na profundidade da trinca, o UTPA ainda é relativamente
lento e dependente do operador que realiza a inspeção. Atualmente, há uma forte necessidade na indústria de gasodutos para uma
tecnologia que alivie a velocidade e a facilidade de uso do ECA com as capacidades de dimensionamento de profundidade do UTPA. Este
artigo apresenta os mais recentes avanços das tecnologias de Eddy Current Array para o dimensionamento de profundidade das trincas
de CST em gasodutos de aço carbono. Vários ensaios de campo foram realizados para validar o desempenho e a precisão do tangencial
Eddy Current Array (TECA) através de comparações com o desbaste controlado das indicações de CST. Esses resultados mostram
que as principais vantagens do ECA sobre o UTPA residem no curto espaço de tempo necessário para localizar e dimensionar a trinca
mais profunda dentro de uma colônia de CST, além de ser mais fácil de usar e menos dependente do operador. Em última análise, os
resultados de campo apresentados neste artigo mostram como o TECA poderia transformar o trabalho dos técnicos nas escavações e,
acima de tudo, garantir uma gestão mais confiável das ameaças relacionadas ao CST em dutos.
Introdução interligar entre si, eventualmente forman- Por todas essas razões, a avaliação
A trinca de corrosão sob tensão (CST) do trincas longas e profundas que for- direta continua a ser uma necessidade
é um mecanismo de falha que ocorre çarão os operadores a diminuir a pressão para a detecção e caracterização da CST,
em materiais suscetíveis expostos a um operacional do gasoduto. Isso levará ine- e a inspeção com partículas magnéticas
ambiente corrosivo e submetidos ao es- vitavelmente a uma menor produtividade (PM) continua sendo a técnica padrão não
tresse de tração acima de um certo limiar. do ativo e maior risco ambiental. destrutiva para este fim. Apesar da ampla
Na presença desses fatores combinados, O dano induzido pela CST é difícil de disponibilidade de técnicos certificados,
a CST pode ocorrer e potencialmente prever: uma falha desastrosa pode acon- o PM enfrenta sua parcela de limitações
levar à falha de um ativo. Este mecanismo tecer inesperadamente, com material míni- bem conhecidas. Em primeiro lugar, é
de falha tem sido amplamente relatado mo perdido para corrosão [3]. Essa falta fortemente dependente do operador: a
em várias ligas suscetíveis de aço carbono, de perda de parede dificulta a detecção de manipulação do yoke, fadiga ocular, ilu-
tornando a CST uma ameaça considerável CST por vazamento de fluxo magnético minação, temperatura e condições am-
para os gasodutos em contato com o solo em linha (MFL). Da mesma forma, os bientais, pressão do tempo e fatores
corrosivo. A trinca toma inicialmente a fo- testes hidrostáticos são incapazes de psicológicos correm o risco de deteriorar
rma de aglomerados localizados de trin- detectar CST em seu estágio inicial de a probabilidade de detecção (PoD) de
cas finas e rasas na superfície externa colônias de trincas rasas, uma vez que trincas [4]. O jateamento de areia do tubo, a
do tubo, com a maior parte da superfície o estresse máximo sustentável do duto concentração do líquido de partícula mag-
não afetada (Figura 1). Estas colônias só é afetado superficialmente. Isso deixa nética, a condensação no tubo e o contras-
de trincas são tipicamente orientadas tecnologias baseadas em ultrassom como, te geral das indicações também afetarão
com o eixo do tubo, perpendicular ao ondas transversais ou transdutores acústi- fortemente o PoD, especialmente na parte
estresse do duto. No entanto, a CST cos eletromagnéticos (EMAT), PIGs inte- inferior do tubo (Figura 1 página a seguir).
transversal também pode ocorrer a partir ligentes, com algumas limitações para (O PM não pode fornecer qualquer
de tensões transversais causadas por resolver CST fino e raso. Além disso, a caracterização precisa de profundidade
desalinhamento de construção ou vários detecção e caracterização de trincas circun- das trincas: uma vez que as colônias de
fatores geotécnicos, como amassados ferenciais requer modificações dos PIGs in- CST tenham sido localizadas, o Ultrassom
ou movimento do solo1,2. Se não forem teligentes e não é realizada sistematica- Phased Array (UTPA) continua sendo o
identificadas e reparadas rapidamente, mente durante cada inspeção em linha da método escolhido para avaliação de
essas trincas podem se expandir e se CST axial.
Trabalho apresentado durante a 2ª Edição do JTCI – Jornada Técnica do Conhecimento sobre Ensaios
1
Bacc. Physics Engineering – Eddyfi Technologies
Não Destrutivos e Inspeção.
2
Bacc. Physics Engineering – Eddyfi Technologies
As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).
abendi.org.br
abendi.org.br 43
43
A r t i g o Té c n i c o
abendi.org.br 45
A r t i g o Té c n i c o
Conclusões
A tecnologia de Eddy Current apresenta-
da neste artigo aproveita a assinatura de
sinal única do tangencial Eddy Current
Array para medir a profundidade das colô-
nias de CST em aço carbono, até uma
profundidade de 3 mm. Ele combina uma
tabela de dimensionamento incorporada,
uma alta resolução espacial e um algoritmo Figura 8. Dimensionamento de profundidade TECA em comparação com microscopia metalográfica para
de nitidez personalizado que permite al- todas as colônias CST medidas no primeiro ensaio cego TECA.
cançar um alto nível de precisão na medição
de profundidade das trincas. Testes às
cegas realizados em colaboração com
dois diferentes operadores de gasodutos
mostraram uma precisão de ± 0,17 mm
em comparação com a verdadeira profun-
didade medida por microscopia ou des-
baste seguido de Ultrassom, com uma
certeza de 80% e uma confiança de 95%,
para mais de 200 colônias de trincas me-
didas. Em comparação com as técnicas
baseadas em ultrassom, o TECA oferece
uma velocidade de varredura muito alta
Figura 9. Gráfico comparando medições de Figura 9. Gráfico do teste cego mais recente
e uma menor dependência do usuário, e após a otimização do algoritmo de profundidade,
profundidade TECA com os valores de profundi-
abriu oportunidades para tecnologias mais dade obtidos após desbaste em quatro ensaios comparando medições de profundidade TECA
modernas, confiáveis e eficientes para a de campo. com os valores de profundidade após desbaste e
avaliação direta de trincas de corrosão sob Ultrassom.
tensão em tubulações.
on Gas-Transmission Pipelines: History, Weld Inspection using Tangential Eddy Current
Causes, and Mitigation, 1996. Array, 19th WCNDT, 2016.
Agradecimentos
3. Stress Corrosion Cracking [Online]. Available: 7. Wright M, Eddy Current Testing
Os autores querem agradecer à TC www.nace.org. [Accessed: 31-Mar-2020]. Technology, 2nd Edition.
Energy por sua colaboração na validação 4. Rais AHE, Basic Human Factors and 8. Kiefner J.F., Trench C.J., Oil pipeline
dessa tecnologia. Nondestructive Testing, NDT Technician, 2015. characteristics and risk factors: illustrations
5. Watanabe K et al, Japanese PD from the decade of construction, 2001.
Referências bibliográficas examinations for depth sizing of SCC in 9. American Petroleum Institute, In-line
1. CEPA, Stress Corrosion Cracking, 2007. austenitic stainless steel pipes, ndt.net, 2012. Inspection Systems Qualification Standard
2. Leis B, Eiber R, Stress-Corrosion Cracking 6. Raude A et al, Advances in Carbon Steel (API Standard 1163), August 2005.
abendi.org.br 47
Calendário
TREINAMENTO EAD
Os treinamentos desenvolvidos pelo time da Abendi, permite que os participantes tenham uma maior flexibilidade de tempo e
horários, sendo desafiador desde o início.
CH
Preparatório para Iniciantes na Carreira de END - Nivelamento 1 e 2 40
Líquido Penetrante - Nível 3 40
Partículas Magnéticas - Nível 3 40
Ultrassom - Nível 3 80
Ensaio Visual - Nível 3 40
Nivelamento - N3 (ISO 9712) 80
NOVO - Básico de Ultrassom conforme AWS D1.1 em estrutura não tubular 24
NOVO - Básico de Ultrassom conforme AWS D1.1 em estrutura tubular 24
NOVO - Ultrassom AVG/DGS 24
NOVO - ATM EX000 - Conhecimentos e percepções básicas para adentrar em uma instalação contendo áreas classificadas 8
* A Abendi reserva-se no direito de cancelar ou alterar as datas dos treinamentos sem aviso prévio.
* Conheça como se inscrever nos treinamentos da Abendi:
Regras, Políticas de Confirmação e Cancelamentos de Treinamentos acesse: www.abendi.org.br
abendi.org.br 49
Calendário