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TIPOS DE SÉRIES ESTATÍSTICAS

Série estatística é uma sucessão de dados estatísticos que medem a intensidade do fenômeno,
segundo suas características qualitativas ou quantitativas.

As séries estatísticas serão classificadas de acordo com a variação de três elementos: tempo, local e
o fato. São elas:

• Série Histórica - É aquela em que o elemento que serve como base de classificação é a fração do
tempo, como o dia, o mês, o ano, o século, etc..

Ex1 : Taxa de mortalidade infantil nos últimos 10 anos na cidade do Salvador-Ba.

Exemplo2:

Módulo II
• Série Geográfica - É aquela que apresenta como elemento variável somente o local (fator
geográfico).

Ex1: A produção de cereais no Brasil, em 1996, segundo os Estados produtores.

Exemplo2:

Módulo II
• Série Específica - É aquela série que apresenta como elemento ou caráter variável o fato(ou
espécie), permanecendo fixos a época e o local.

Ex1: Os alunos de uma Faculdade, em determinado ano, classificados segundo o tipo sanguíneo.

Exemplo2:

Módulo II
• Série Mista - refere-se às séries que são combinações de outros tipos de séries já estudadas.
Classificação da população brasileira segundo as Unidades da Federação e o sexo.

Exemplo:

GRÁFICOS
Os gráficos são uma forma de apresentação visual dos dados. Normalmente, contém menos
informações que as tabelas, mas são de mais fácil leitura.
O tipo de gráfico depende da variável analisada. As normas da ABNT tratam os gráficos como
Figuras, cujo título (assim como a fonte) é descrito abaixo dela.

Módulo II
Classificação dos Gráficos
Os gráficos podem ser classificados segundo sua forma e sua utilidade.

Por Pontos

Por linha

Quanto à Forma
Por superfície: colunas e
barras podendo ser
simples ou composta e
setores

cartograma e Pictograma
Classificação dos gráficos

gráfico de informação

Quanto à Função gráficos de análise

Gráficos especiais

Podemos considerar segundo sua função os gráficos podem ser:


Gráfico de Informação: por ponto, linha, colunas e barras, setores, cartograma e pictograma.
Gráfico de Análise: histograma, polígono de frequência e ogivas
Gráfico Especiais: dispersão, ramo e folhas.

1.Gráfico por Ponto.

O gráfico de pontos é a forma mais simples de apresentar um conjunto de dados tal que:
• as variáveis sejam numéricas, e
• a amostra seja pequena.
Exemplo:

Estudantes que consomem grandes quantidades de álcool também consomem grandes quantidades de
cafeína?

Módulo II
Em um estudo realizado por alguns estudantes da Universidade Duke (Duke University) na Carolina do
Norte, em 1993, onde entrevistaram 97 alunos de graduação sobre seu consumo diário de café, chá e
outras bebidas que contivessem cafeína. Este total foi convertido em quantidade de cafeína (em mg).
Eles também perguntaram quantas doses de álcool eles consumiam em uma saída, sendo as categorias:
0, 1-2, 3-5, 6+.

2.Gráficos de linhas: são indicados para representar séries temporais (uma ou mais variáveis
observadas ao longo do tempo).

Módulo II
Exemplo: Número de casos confirmados de sarampo, Brasil, 1991 a 2000

60000

50000
Número de casos

40000

30000

20000

10000

0
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Ano

Fonte: Ministério da Saúde/Cenepi: Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

Exemplo: Após o estudo do cartão, o exemplo reproduz um gráfico que acompanha o ganho de peso de
sete crianças, indicadas pela nomenclatura P ( paciente) e a numeração correspondente.

Gráficos 1 e 2 para controle de peso de meninos e meninas de 0 a 1 ano de idade.

Módulo II
Exemplo:

3.Gráficos de colunas

O gráfico de barras é usado para apresentar variáveis qualitativas, sejam elas nominais ou ordinais.

Para construir um gráfico de barras:

 Desenhe o sistema de eixos cartesianos;


 Escreva as categorias da variável estudada no eixo das abscissas (eixo horizontal);
 Escreva as frequências ou frequências relativas no eixo das ordenadas (eixo vertical);
 Desenhe barras verticais de mesma largura para representar as categorias da variável em
estudo, a altura de cada barra deve ser dada pela frequência
 Coloque legenda nos eixos e título na figura.

Módulo II
Exemplo: Foram entrevistadas 100 pessoas que haviam se submetido a uma cirurgia estética
reparadora. Perguntadas se consideravam que a cirurgia havia melhorado a aparência delas: 66
disseram que sim, 20 disseram em partes, 8 disseram que não e 6 não quiseram responder.

4.Gráfico de colunas justapostas: apresenta visualmente os dados provenientes de tabelas


cruzadas com duas variáveis qualitativas( Regiões x Sexo)

Exemplo:

Taxa de mortalidade por Aids (por 100 mil) de acordo com o sexo e região, Brasil,1998

Fonte: Ministério da Saúde/Cenepi: Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica

Módulo II
Exemplo:

5.Gráfico de colunas sobrepostas/superpostas: é outra alternativa para a apresentação visual de


dados de tabelas cruzadas com duas variáveis qualitativas (situação de domicilio X regiões), porém
apresenta os valores acumulados (sobrepostos) de frequência.

Exemplo: População brasileira segundo as regiões e a situação do domicilio- Urbana e rural

Módulo II
Exemplo: Porcentagem de Homens e Mulheres idosos por faixa etária no município do Rio de
Janeiro em 2010.

6.Gráfico de Barras:

Exemplo: Os dados sobre a etiologia de fraturas e corpos estranhos encontrados na face de 46


pacientes, por meio de radiografias panorâmicas feitas em um centro de radiologia.

Módulo II
Exemplo: Realização do exame anti-HIV em pacientes com tuberculose notificados no sistema de
informação de agravos de notificação- Estratificado (Brasil, SP, RJ e HSE)

7.Gráfico circulares ou de setores (gráfico de “pizza”), como apresentado na Erro! Fonte de


referência não encontrada. é adequado para representar graficamente a frequência relativa
(percentagem) de cada categoria da variável. Este gráfico é utilizado para variáveis nominais e
ordinais. A área do gráfico equivale à totalidade de casos (100%) e cada “fatia” representa a
percentagem de cada categoria. Não é adequada para variáveis que podem receber mais de uma
resposta ao mesmo tempo, já que o percentual, nesses casos, ultrapassa os 100%.

Módulo II
Exemplo:

8.Gráfico Pictorial, também conhecido como Pictograma (Figura abaixo), tem por objetivo chamar
a atenção do público em geral e geralmente utiliza a arte na apresentação dos dados.

Exemplo: Os métodos mais eficientes para deixar de fumar segundo 30.000 fumantes entrevistados
no Canadá

Fonte: Lopes et al (2008)

Módulo II
Exemplo:

9.Cartograma (Erro! Fonte de referência não encontrada.) é a representação de uma carta


geográfica. Este tipo de gráfico é empregado quando o objetivo é o de vingular os dados
estatísticos diretamente relacionados com as áreas geográficas ou políticas. Quando os dados são a
frequência absoluta, usa-se pontos proporcionais, e quando os dados são a frequência relativa, usa-
se hachaduras.

a) frequência absoluta b) frequência relativa

Figura - População e densidade populacional da Região Sul do Brasil – 1990


Fonte: Lopes et al (2008)

Módulo II
10.Gráfico Histograma
Histograma de frequência absoluta (simples) para o nível de colesterol.
A partir do histograma pode-se construir o polígono de frequência, que consiste em unir através de
segmento de reta as ordenadas correspondentes aos pontos médios das bases superiores dos
retângulos correspondentes a cada uma das classes.

11.Polígono de frequência.
O polígono de frequência é um gráfico em linha, sendo que as freqüências absolutas são marcadas
sobre perpendiculares ao eixo horizontal, levantadas a partir do ponto médio de cada classe, no caso de
freqüências simples e à partir do limite superior do intervalo de classe, no caso de freqüências
acumuladas crescentes.
Exemplo:

12.Gráfico Ogiva de Galton

É um gráfico de linha que representa as frequências acumuladas.

Módulo II
O gráfico se inicia com a fronteira interior da primeira classe e termina com a fronteira superior da
ultima classe.

13.Gráfico polar (0) é adequado para representar séries temporais cíclicas. Eis um roteiro para
construir um gráfico polar:

1) Traça-se uma circunferência de raio arbitrário (preferencialmente, a um raio de

comprimento proporcional a média dos valores da série);

2) Constrói-se uma semi-reta (de preferência horizontal) partindo do ponto 0 (pólo) e

com uma escala (eixo polar);

3) Divide-se a circunferência em tantos arcos forem as unidades temporais;

4) Traça -se semi-retas a partir do ponto 0 (pólo) passando pelos pontos de divisão;

5) Marca-se os valores correspondentes da variável, iniciando pela semi-reta horizontal

(eixo polar);

6) Ligam-se os pontos encontrados com segmentos de reta;

7) Para fechar o polígono obtido, emprega-se uma linha interrompida.

Módulo II
Precipitação pluviométrica do município de Santa Maria – RS- 1999

Fonte: Base Aérea de Santa Maria

14.Box- Plot – é um tipo de gráfico que objetiva apresentar diversas informações sobre o
comportamento dos dados e ainda manter uma forma compacta. O boxplot é formado pelo
primeiro e terceiro quartil e pela mediana. As hastes inferiores e superiores se estendem,
respectivamente, do quartil inferior até o menor valor não inferior ao limite inferior e do quartil
superior até o maior valor não superior ao limite superior. Os limites são calculados da forma
abaixo

Limite inferior: .

Limite superior: .

Módulo II
Para este caso, os pontos fora destes limites são considerados valores discrepantes (outliers) e são
denotados por asterisco (*). A Figura a seguir apresenta um exemplo do formato de um boxplot.

O boxplot pode ainda ser utilizado para uma comparação visual entre dois ou mais grupos.
Por exemplo, duas ou mais caixas são colocadas lado a lado e se compara a variabilidade entre elas,
a mediana e assim por diante. Outro ponto importante é a diferença entre os quartis
que é uma medida da variabilidade dos dados.

Módulo II
Exemplo : Estudo sobre Diabetes Gestacional - Comparação de 3 grupos de gestantes, normais,
tolerância diminuídas e diabéticas em relação a hemoglobina glicosilada (HbA).

11

10

9
HbA

5
Diabética Normal Tol_Diminuída

Figura. Box-Plot do nível de Hemoglobina glicosilada, segundo grupo de gestantes

15.Gráfico de Ramo e Folhas

Técnica de análise exploratória de dados quantitativos respeitando uma ordem.


É um procedimento alternativo para resumir um conjunto de valores, com o objetivo de obter uma
ideia da forma de sua distribuição, é o ramo e folha. A vantagem é que perdemos pouca informação
sobre os dados em estudo.

Módulo II
Exemplo: O diagrama de ramo e folhas a seguir corresponde às idades dos 40 funcionários de um
hospital na cidade de Londrina - Paraná – 2014

16. Gráfico de Dispersão

Diagrama de Dispersão é Utilizado para verificar possíveis relações entre variáveis quantitativas.

Exemplo: Distribuição da idade gestacional (meses) e do peso do feto (Kg) para 14


gestantes.2001

4
Peso (Kg)

0
6 7 8 9 10
Idade gestacional (meses)

Módulo II
Curiosidade

Florence Nightingale Florence Nightingale (1820-1910) é conhecida por muitos como


a fundadora da profissão de enfermeira, mas ela também salvou milhares de vidas
utilizando a estatística. Ao encontrar um hospital em más condições sanitárias e sem
suprimentos, tratou de melhorar essas condições e passou a utilizar a estatística para
convencer as autoridades da necessidade de uma reforma médica mais ampla.
Elaborou gráficos originais para mostrar que, durante a guerra da Criméia, morreram
mais soldados em consequência de más condições sanitárias do que em combate.
Florence Nightingale foi a pioneira na utilização não só da estatística social como das
técnicas de gráficos.

Fonte: TRIOLA, Mário. Introdução à Estatística. LTC Editora, 7aedição. Rio de Janeiro,
1999

Módulo II
BIBLIOGRAFIA

FONSECA, J.S. da.; MARTINS, G.A. Curso de Estatística. 6ª Ed. São Paulo: Atlas, 1996

MOTTA,Valter T.Bioestatística. Caxias do Sul, RS:Educs,2006

PAGANO, Marcello.Princípios de Bioestatística São Paulo: Pioneira Thomson Learning 2004

TRIOLA, M. F. Introdução à Estatística. 7a Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

VIEIRA, Sônia. Introdução à Bioestatística. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

Módulo II

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