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CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ANIMAIS RUMINANTES

Os ruminantes são animais mamíferos, herbívoros (se alimentam de vegetais após a


desmama), que possuem o estômago dividido em quatro câmaras digestivas, com funções distintas.
Estas câmaras são: rúmen, retículo (primeira digestão), omaso e abomaso (2ª digestão).
O rúmen é o maior e mais importante destes compartimento, pois possui uma população de
bactérias anaeróbicas, que ali vivem de maneira harmônica, capazes de fazer transformações nas
fibras presentes nos alimentos volumosos, disponibilizando energia.
A transformação se dá da seguinte forma: através da ação da digestão microbiana, as
bactérias digerem as fibras transformando-as em carboidratos específicos, chamados de
polissacarídeos não amiláceos (PNA). Estes PNAs, quando chegam ao intestino delgado, são
digeridos liberando glicose, que é a estrutura primária para a produção de energia. Sendo assim, é
correto afirmar que ruminantes conseguem energia a partir da ingestão de alimentos fibrosos.
Para monogástricos, as fibras alimentares não têm função energética, agindo apenas na
motilidade intestinal, favorecendo a passagem do alimento pelo trato digestório. Sendo assim,
monogástricos obrigatoriamente, precisam ingerir carboidratos (milho, sorgo, trigo etc) para
produzirem glicose.
É importante salientar que todas as atividades, voluntárias e involuntárias do corpo,
necessitam de energia. Desta forma, podemos concluir a importância do papel das bactérias
ruminais na alimentação de ruminantes para a obtenção da glicose.

Zootecnia
2º módulo
Profª D.Sc. Ana Beatriz Traldi

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