Os organismos vivos foram divididos em três principais domínios: Bactéria,
Archaea e Eucarya. O domínio Bactéria, que forma o reino Eubactéria (um exemplo são as cianobactérias), não possui núcleo verdadeiro e são classificados como procariotos. Os organismos do domínio Archaea, que formam o reino Archaebacteria (organismos adaptados a condições extremas, como ambientes altamente salinos ou sulfurosos), também são procariotos, porém eles diferem dos organismos do domínio Bactéria. O domínio Eucarya inclui os eucariotos, organismos que possuem um núcleo verdadeiro. Esse domínio pode ser dividido em seis reinos: Archezoa, Protista, Chromista, Plantae, Fungi e Animália. É importante salientar o facto de que, antes dos 3 domínios terem sido reconhecidos, um sistema artificial de classificação, baseado na existência de cinco reinos, era amplamente aceito. De acordo com esse esquema, todos os organismos eram divididos nos seguintes reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animália, baseada principalmente na dicotomia entre procariotos (células com DNA circular no citoplasma) e eucariotos (células com DNA linear contido dentro do núcleo). No entanto, a descoberta de que archaebactérias e eucariotos são grupos filogeneticamente irmãos, sugere que archaebatérias não pertencem ao mesmo reino das bactérias Importância e necessidade do estudo das plantas O interesse no estudo dos vegetais, em seus diversos aspectos Morfológicos, Morfogênicos, Genéticos, Taxonômicos E Sistemáticos, Fitogeográficos, Ecológicos e Fisiológicos, surgiu pelo facto de que as plantas apresentam enorme utilidade, na medida em que fornecem, aos animais e ao próprio homem: alimento, abrigo, medicamentos para o tratamento e prevenção de doenças, etc; além do facto de que permitem o embelezamento do espaço físico, bem como a manutenção dos níveis de O2 dentro dos padrões que permitem a vida animal em nosso planeta. A Fisiologia vegetal ou fitofisiologia é o ramo da botânica que trata dos fenómenos vitais que ocorrem nas plantas, ou seja, como funcionam os vegetais. Ela ajuda a compreender como as plantas nascem, crescem e se reproduzem. Aplicações da Fisiologia Vegetal Ecologia; Paisagismo; Jardinagem; Farmacologia; Fitoquímica; Agricultura (com maior realce). Dificuldades encontradas no estudo da Fitofisiologia Dada a grande diversidade de formas, tamanhos, ciclos de vida e habitats dentro do grupo dos vegetais, muitas são as dificuldades com as quais se deparam os fitofisiologistas no que diz respeito a generalizações sobre os processos e funções de todos esses grupos de indivíduos e de como o ambiente modifica estes processos e funções. Os princípios básicos que norteiam a vida vegetal 1. Realizam fotossíntese, por meio da qual elaboram seus alimentos; 2. Não são móveis, por isso crescem direção em direção dos recursos essenciais; 3. São reforçadas para suportar sua massa, já que crescem contra a gravidade; 4. Desenvolveram mecanismos para conviver com a perda hídrica excessiva; 5. Crescem, se desenvolvem e interagem com o ambiente, etc. Estrutura e função das células, tecidos e órgãos A célula vegetal Célula Vegetal = Parede Celular + Protoplasto (unidade do protoplasma) Protoplasma ⇒ Membrana Celular + Citoplasma + Núcleo + Vacúolo Citoplasma ⇒ Citosol + Organelas + Citoesqueleto. Parede Celular Diferencia a célula vegetal da célula animal. Constituída, essencialmente de carboidratos e proteínas, além de algumas outras substâncias complexas. Desempenha várias funções: Exoesqueleto celular, garantindo a manutenção do formato da célula; Zona de contato com células adjacentes; Importante para as relações hídricas, por resistir à pressão de turgescência; Resistência mecânica, permitindo grandes alturas dos vegetais; Atua como uma barreira à difusão de macromoléculas, sendo a principal barreira à invasão de patógenos (proteção). Protoplasma Formado por: Membrana plasmática; Citoplasma e; Núcleo. A planta como um organismo Meristemas e tecidos O crescimento das plantas é concentrado em regiões de divisão celular conhecidas como meristemas. Estes meristemas podem ser classificados como: Meristemas primários – Se desenvolvem de células embrionárias (meristemas apicais do caule e da raiz). Estes meristemas são responsáveis pelo crescimento em extensão e eles produzem o corpo primário da planta (protoderme, tecido fundamental e procâmbio). Meristemas secundários – Se desenvolvem de células maduras diferenciadas (Meristemas Laterais – Câmbio vascular e felogénio). Estes meristemas permitem o crescimento secundário ou em diâmetro de caules e raízes, e são encontrados em dicotiledóneas e gimnospermas. No corpo secundário destes órgãos encontramos, de fora para dentro, periderme, floema secundário, xilema secundário. Nos vegetais existem três principais sistemas de tecidos: a) Tecido dérmico - corresponde à “pele” da planta. b) Tecido Fundamental - compõe ou preenche o corpo da planta. Os tecidos fundamentais apresentam diferentes tipos de células com diferentes funções: • Parênquima – Funções de: preenchimento, fotossíntese, respiração, assimilação, armazenamento, secreção, etc. • Colênquima – Contribui como suporte estrutural para plantas em crescimento, particularmente a parte aérea. • Esclerênquima – Sua principal função é dar suporte mecânico, principalmente, nas partes maduras da planta. c) Tecido vascular Os tecidos vasculares são compostos de dois principais sistemas de condução: 1º. Xilema - transporta água e minerais das raízes para o resto da planta. 2º. Floema - distribui os produtos da fotossíntese e uma variedade de outros solutos por toda a planta. Anatomia dos Órgãos Vegetais No corpo vegetativo de uma planta podemos distinguir três órgãos: a) Folhas: Fotossíntese b) Caules: Suporte das estruturas aéreas e via de transporte de substâncias; c) Raízes: fixação da planta ao solo e absorção de água e sais minerais.