O poema reflete sobre a capacidade humana de amar, descrevendo-o como um destino de amar sem limites, mesmo diante da ingratidão e da falta de retribuição. O poema explora como as pessoas podem amar o que traz alegria ou tristeza, beleza ou feião, preenchendo a secura interior com amor implícito.
O poema reflete sobre a capacidade humana de amar, descrevendo-o como um destino de amar sem limites, mesmo diante da ingratidão e da falta de retribuição. O poema explora como as pessoas podem amar o que traz alegria ou tristeza, beleza ou feião, preenchendo a secura interior com amor implícito.
O poema reflete sobre a capacidade humana de amar, descrevendo-o como um destino de amar sem limites, mesmo diante da ingratidão e da falta de retribuição. O poema explora como as pessoas podem amar o que traz alegria ou tristeza, beleza ou feião, preenchendo a secura interior com amor implícito.
5/11/2020 AMAR - Carlos Drummond de Andrade (Impressão)
Amar Carlos Drummond de Andrade
Que pode uma criatura senão, O que é entrega ou adoração expectante,
Entre criaturas, amar? E amar o inóspito, o áspero, Amar e esquecer, amar e malamar, Um vaso sem flor, um chão de ferro, Amar, desamar, amar? E o peito inerte, e a rua vista em sonho, Sempre, e até de olhos vidrados, amar? E uma ave de rapina. Que pode, pergunto, o ser amoroso, Este o nosso destino: Amor sem conta, Sozinho, em rotação universal, senão Distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, Rodar também, e amar? Doação ilimitada a uma completa ingratidão, Amar o que o mar traz à praia, E na concha vazia do amor à procura O que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, medrosa, É sal, ou precisão de amor, ou simples Paciente, de mais e mais amor. ânsia? Amar a nossa falta mesma de amor, Amar solenemente as palmas do deserto, E na secura nossa, amar a água implícita, E o beijo tácito, e a sede infinita.