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Dinossauros antes do anoitecer


Copyright © 1992 do texto: Mary Pope Osborne
Copyright © 1992 das ilustrações: Sal Murdocca
Copyright©2013 da edição brasileira: Farol Literário
Esta tradução foi publicada por intermédio da Random House Children´s Books, divisão da Random House, Inc.
Título original: Dinosaurs before dark

DIRETOR EDITORIAL: Raul Maia Jr.


EDITORA EXECUTIVA: Otacília de Freitas
EDITORAS ASSISTENTES: Camile Mendrot/Pétula Lemos
ASSISTENTE EDITORIAL: Áine Menassi
TRADUÇÃO: Luciano Machado
PREPARAÇÃO DE TEXTO: Silvana Salerno
REVISÃO DE PROVAS: Ana Maria Barbosa/Patrícia Vilar/Valéria Braga Sanalios
ILUSTRAÇÕES: Sal Murdocca
PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL: Silvia Massaro
CAPA: Silvia Massaro com ilustrações de Sal Murdocca
FINALIZAÇÃO DE ARQUIVO: Thiago Nieri
PRODUÇÃO DIGITAL: Estúdio Editores.com

Texto em conformidade com as novas regras ortográficas do Acordo da Língua


Portuguesa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Osborne, Mary Pope


Dinossauros antes do anoitecer [livro eletrônico] / Mary Pope Osborne; ilustrações de Sal
Murdocca; tradução de Luciano Machado. – São Paulo : Farol literário, 2013.

ISBN 978-85-8277-014-6

1. Dinossaouros - literatura juvenil. 2. Pré-história- Literatura juvenil.3.Literatura


infantojuvenilinglesa.4. Histórias infantojuvenis.
I.Murdocca, Sal, il. II. Machado, Luciano, trad.III. Título.

O82d CDD 808.899282

Índices para catálogo sistemático:


1. Ficção : Literatura infantil 028.5
2. Ficção : Literatura infantojuvenil 028.5
Farol Literário
Uma empresa do Grupo DCL – Difusão Cultural do Livro
Rua Manuel Pinto de Carvalho, 80 – Bairro do Limão
CEP 02712-120 – São Paulo – SP
Tel.: (0xx11) 3932-5223
www.editoradcl.com.br
Dinossauros antes do anoitecer
Mary Pope Osborne

Ilustrações de Sal Murdocca


Tradução de Luciano Machado
Vejam o que as crianças têm a dizer a Mary Pope Osborne,
autora da coleção A Casa da Árvore Mágica:

Gostaria de guardar todos os seus livros numa caixa de


vidro com uma chave de ouro
LUKE R.

Gosto de seus livros porque eles são engraçados e dão
medo.
MiCHAEL C.

Eu queria ser uma escritora igualzinha a você.
MEGHAN G.

Espero que você escreva mais de cem livros com João e
Aninha.
BROCK G.

Seus livros me fazem sonhar.
KURT K.

Acho que você é a maior escritora do mundo!
HEATHER O.
Para Linda e Mallory,
que fizeram a viagem comigo
SUMÁRIO

1. No meio da mata
2. O monstro
3. Que lugar é este?
4. Rufo
5. Ouro na relva
6. O Vale dos Dinossauros
7. Um, dois, três... já!
8. Uma sombra gigante
9. A espantosa viagem
10. Em casa antes do anoitecer
1
No meio da mata

— Socorro! Um monstro! — disse Aninha.


— Claro! — disse João. — Um monstro de verdade no Riacho do
Sapo, na Pensilvânia.
— Corra, João! — gritou Aninha, e saiu correndo pela estrada.
Agora mais essa!
É nisso que dá perder seu tempo com uma irmã de sete anos.
Aninha adorava fazer de conta. Mas João tinha oito anos e meio.
Ele gostava de coisas de verdade.
— Cuidado, João! Lá vem o monstro. Corra!
— Não, obrigado — disse João.
Aninha entrou correndo na mata, sozinha.
João olhou para o céu. O sol ia se pôr.
— Vamos, Aninha! É hora de ir pra casa!
Mas a menina tinha sumido.
João esperou.
Nada de Aninha.
— Aninha! — gritou ele novamente.
— João! João! Venha cá!
— Espero que não seja outro alarme falso — disse João, dando
um suspiro.
João saiu da estradinha e entrou na mata. A luz do sol poente
dourava as árvores.
— Venha cá! — gritou Aninha.
E lá estava ela. Embaixo de um enorme carvalho.
— Olhe — disse ela apontando para uma escada de cordas.
João nunca vira uma escada tão comprida.
— Uau! — fez ele baixinho.
A corda ia até o alto da árvore.
E lá em cima — no alto — havia uma casa presa entre dois
galhos da árvore.
— Essa deve ser a casa mais alta do mundo — disse Aninha.
— Quem a construiu? — perguntou João. — Eu nunca tinha visto
essa casa.
— Não sei, mas vou subir — disse Aninha.
— Não! Não sabemos de quem é — respondeu João.
— É só por um minutinho — insistiu a garota, começando a subir
a escada.
— Aninha, volte aqui!
Ela continuou subindo.
João deu outro suspiro.
— Aninha, já é quase noite. Temos de voltar para casa.
A garota desapareceu dentro da casa da árvore.
— Aninha!
João esperou um instante. Ele já ia chamar novamente quando
Aninha pôs a cabeça para fora da janela da casa da árvore.
— Livros! — gritou ela.
— O quê?
— Está cheia de livros!
Puxa vida! João adorava livros.
Ele ajeitou os óculos, segurou nas cordas laterais da escada e lá
se foi.
2
O monstro

João entrou pela abertura que havia na parte de baixo da casa.


Uau! A casa da árvore era cheia de livros. Livros por toda parte.
Livros muito velhos, de capa empoeirada. Livros novos, com capas
novinhas e brilhantes.
— Olhe! Dá para ver bem longe — disse Aninha olhando pela
janela da casa da árvore.
João foi para a janela e ficou olhando junto com a irmã. Eles viam
o topo das outras árvores, lá embaixo. E, lá longe, ele viu a
biblioteca do Riacho do Sapo.
A escola. O parque.
Aninha apontou em outra direção.
— Aquela é a nossa casa — disse ela.
Era mesmo. Lá estava uma casa branca de madeira, com
varanda pintada de verde. Na porta da casa ao lado estava Rufo, o
cachorro preto do vizinho. Ele parecia tão pequenininho...
— Ei, Rufo! — gritou Aninha.
— Psiu! — fez João. — Ninguém deve saber que estamos aqui.
Ele deu mais uma olhada à sua volta, na casa da árvore.
— Queria saber quem é o dono de todos esses livros — disse.
Pegando os livros, ele notou que havia marcadores em muitos
deles.
— Gostei deste — apontou Aninha, mostrando um com um
castelo na capa.
— Este é um livro sobre o estado da Pensilvânia, nos Estados
Unidos — disse João, abrindo-o na página onde estava o marcador.
— Veja aqui uma foto do Riacho do Sapo — apontou João. — É
uma foto desta mata!
— Ah, este é para você — disse a menina, mostrando um livro de
dinossauros. Ele estava com um marcador de seda azul.
— Deixe-me ver — pediu João colocando a mochila no chão.
— Você fica olhando esse, que eu vou olhar o livro sobre castelos
— disse Aninha.
— Não, é melhor não — discordou João. — A gente não sabe de
quem são esses livros.
Mas, enquanto dizia isso, o menino já ia abrindo o livro dos
dinossauros. Não dava para resistir.
João abriu o livro na página que tinha o desenho de um antigo
réptil voador, um pteranodonte.
Ele tocou nas enormes asas, que lembravam as de um morcego.
— Puxa! — murmurou o menino. — Eu queria ver um
pteranodonte de verdade.
João examinou a figura da estranha criatura voando no céu.
— Ai! — gritou Aninha.
— O que foi? — perguntou o garoto.
— Um monstro! — exclamou Aninha apontando para a janela da
casa da árvore.
— Pare de fingir, Aninha — disse João.
— Não. É de verdade! — afirmou ela.
João olhou pela janela.
Uma criatura gigantesca voava acima do topo das árvores! Tinha
uma crista comprida e esquisita na parte de trás da cabeça e um
bico fino. Suas asas eram enormes, como as de um morcego!
Era um pteranodonte de verdade!
O monstro fez uma volta no céu. Estava vindo bem na direção da
casa da árvore. Parecia um avião planador!

Começou a soprar um vento forte.


As folhas tremiam.
De repente, a ave começou a subir e foi lá para o alto, no céu.
João quase caiu da janela tentando acompanhá-la.
O vento estava ainda mais forte. Agora, assobiava alto.
A casa da árvore começou a girar.
— O que está acontecendo? — gritou João.
— Saia daí! — gritou Aninha.
Ela puxou o irmão da janela.
A casa da árvore girava cada vez mais rápido.
João fechou bem os olhos e agarrou-se a Aninha.
Então tudo ficou parado e no maior silêncio.
No mais absoluto silêncio.
João abriu os olhos. A luz do sol entrava pela janela.
Lá estava Aninha, os livros, a mochila.
A casa da árvore ainda estava no alto do carvalho.
Mas não do mesmo carvalho.
3
Que lugar é este?

João olhou pela janela.


Olhou para a ilustração no livro.
Olhou de novo pela janela.
O mundo lá fora e o mundo da ilustração... eram iguaizinhos.
O pteranodonte voava no céu. O chão era coberto de
samambaias e grama alta. Um riacho serpenteava por entre a mata.
Uma colina íngreme. E vulcões ao longe.
— Onde estamos? — gaguejou João.
O pteranodonte foi voando até o pé da árvore, onde eles estavam;
parou ali e ficou bem quieto.
— O que aconteceu conosco? — perguntou Aninha, olhando para
João. Ele olhou para ela.
— Não sei — respondeu o menino. — Estava olhando a ilustração
do livro...
— E você falou: ”Puxa, eu queria poder ver um pteranodonte de
verdade” — lembrou Aninha.
— Sim. E eu vi. Na mata do Riacho do Sapo — disse João.
— Sim. E então o vento começou a assobiar. E a árvore começou
a girar — continuou a garota. — E a gente veio parar aqui.
— Então isso significa... — disse João.
— Isso significa... o quê? — perguntou ela.
— Nada — disse o menino balançando a cabeça. — Nada disso
pode ser real.
Aninha olhou pela janela novamente. — Mas ele é real — afirmou
ela. — Muito real.
João ficou olhando pela janela junto com a irmã. O pteranodonte
estava no pé do carvalho. Como um guardião. Suas asas gigantes
estavam bem abertas, dos dois lados do corpo.
— Olá! — gritou Aninha.
— Psiu! — fez João. — Ninguém pode saber que a gente está
aqui.
— Mas que lugar é aqui? — perguntou ela.
— Não sei — respondeu o garoto.
— Olá! — gritou Aninha novamente para o bicho.
O pteranodonte levantou a cabeça para eles.
— Que lugar é este aqui? — gritou ela para o bicho lá embaixo.
— Você está louca! Ele não fala — disse João. — Mas talvez o
livro possa nos dizer.
João olhou as páginas do livro e leu a legenda da ilustração:

Este réptil voador viveu no período


Cretáceo. Ele desapareceu há 65
milhões de anos.
Não! Impossível! Eles não podiam ter ido parar 65 milhões de
anos atrás.
— João — chamou Aninha. — Ele é legal.
— Legal?
— Sim, tá na cara. Vamos lá falar com ele.
— Falar com ele?
Aninha começou a descer pela escada de cordas.
— Ei! — gritou João.
Mas a menina continuou a descer.
— Você está louca? — gritou o irmão.
Aninha pulou no chão e avançou corajosamente em direção
àquela criatura dos tempos antigos.
4
Rufo

João quase perdeu o fôlego quando Aninha estendeu a mão ao


pteranodonte.
Ah, Deus! Ela vivia querendo fazer amizade com os animais. Mas
aquilo estava indo longe demais.
— Não se aproxime tanto dele, Aninha! — gritou João.
Porém a garota tocou na crista do pteranodonte e acariciou-lhe o
pescoço. E começou a falar com ele.
Que diabos estava lhe dizendo?
João respirou fundo. Tudo bem. Ele ia descer também. Seria
interessante examinar aquele animal. Tomar notas. Como um
cientista.
João começou a descer a escada de cordas.
Ao chegar ao chão, estava a apenas alguns passos do bicho.
O pteranodonte olhou para João. Seus olhos estavam brilhantes e
atentos.
— Ele é fofinho, João — disse Aninha. — É como o Rufo.
João bufou. — Ele não é um cachorro, Aninha.
— Passe a mão nele, João — disse Aninha.
O garoto não se mexeu.
— Não pense, João. Simplesmente faça.
O irmão deu um passo à frente e estendeu o braço. Com muito
cuidado, ele passou a mão no pescoço daquele enorme animal.
Interessante. Uma fina penugem cobria a pele do pteranodonte.
— Fofinho, não? — repetiu Aninha.
João tirou um lápis e um caderno de anotações da mochila e
escreveu:

pele com penugem

— O que você está fazendo? — perguntou Aninha.


— Tomando notas — disse João. — Com certeza somos as
primeiras pessoas em todo o mundo a ver um pteranodonte de
verdade e vivo.
João olhou novamente para o animal. Ele tinha uma crista de
osso no alto da cabeça. Era mais comprida e mais larga que o braço
do menino.
— Será que ele é inteligente? — perguntou João.
— Muito inteligente — confirmou Aninha.
— Não conte com isso — retrucou João. — O cérebro dele não
deve ser maior que um grão de feijão.
— Não, ele é muito inteligente. Tá na cara!
— disse Aninha. — Vou batizá-lo de Rufo.
João escreveu no caderno:

cérebro pequeno?

João tornou a olhar para ele.


— Talvez seja um mutante — disse.
O pteranodonte balançou a cabeça.
Aninha riu.
— Ele não é um mutante, João.
— E o que está fazendo aqui, então? Onde ele vive?
Aninha aproximou-se bem do animal.
— Você sabe onde estamos, Rufo? — perguntou ela em voz
baixa.
Ele olhou para Aninha e suas longas mandíbulas se abriram e
fecharam, como uma tesoura gigante.
— Você está tentando falar comigo, Rufo? — perguntou a garota.
— Desista, Aninha — disse João. Em seguida, escreveu no
caderno:

boca parecida com tesoura?

— Nós voltamos a um tempo muito antigo, Rufo? — perguntou a


menina. — Este lugar é de uma época muito antiga?
De repente, ela se assustou e chamou:
— João!
Ele olhou para ela.
Aninha estava apontando para a colina. Lá no alto havia um
enorme dinossauro!
5
Ouro na relva

— Vai! Vai! — exclamou João. Ele jogou o caderno dentro da


mochila e empurrou Aninha em direção à escada de cordas.
— Até logo, Rufo! — disse ela.
— Vai! — disse novamente, dando-lhe um grande empurrão.
— Para com isso — respondeu. Mas começou a subir a escada.
João foi subindo atrás dela.
Lá no alto, entraram pela janela da casa da árvore.
Ofegantes, os dois olhavam pela janela e viam o dinossauro. Ele
estava no alto da colina, comendo as flores de uma árvore.
— Puxa vida! — disse João, baixinho. — Estamos num tempo
muito, muito antigo!
O dinossauro parecia um gigantesco rinoceronte. Só que tinha
três chifres, em vez de um. Dois bem compridos, acima dos olhos, e
um terceiro no focinho. E tinha uma coisa enorme, parecida com um
escudo, atrás da cabeça.
— Triceratope! — disse João.
— Será que ele come gente? — cochichou Aninha.
— Vou pesquisar — disse João pegando o livro de dinossauros e
começando a folhear.
— Olhe aqui! — disse ele apontando para a figura de um
triceratope. E leu a legenda:
O triceratope viveu no fim do período
Cretáceo. Esse dinossauro, que se
alimentava de plantas, pesava mais de
cinco toneladas.

João fechou o livro com força. — Só plantas. Carne, não.


— Vamos vê-lo — sugeriu Aninha.
— Você está louca? — disse João.
— Não quer fazer anotações sobre ele? — perguntou Aninha. —
Com certeza somos as únicas pessoas no mundo a ver um
triceratope de verdade.
João deu um suspiro. Ela estava certa.
— Vamos — concordou.
Ele enfiou o livro de dinossauros na mochila, pendurou-a no
ombro e começou a descer a escada.
No meio da escada, ele parou. Gritou para Aninha, que estava um
pouco mais acima:
— Você tem de prometer uma coisa: não vai fazer carinho nele.
— Prometo!
— Prometa que não vai beijá-lo.
— Prometo!
— Prometa que não vai conversar com ele.
— Prometo!
— Prometa que não vai...
— Vai! Vai! — apressou ela.
João foi.
E Aninha o seguiu.
Quando terminaram de descer a escada, o pteranodonte lançou
um olhar bondoso para eles.
Aninha lhe mandou um beijo.
— Logo a gente volta, Rufo — disse, alegremente.
— Psiu! — fez João. E avançou por entre as samambaias.
Devagar e com todo cuidado.
Quando ele chegou ao pé da colina, ajoelhou-se atrás de uma
grande moita.
A irmã se ajoelhou ao seu lado e começou a falar.
— Psiu! — fez ele, pondo o dedo nos lábios.
A menina fez uma careta.
João espiou o triceratope.
O dinossauro era incrivelmente grande. Maior que um caminhão.
E estava comendo magnólias.
Ele tirou o caderno de dentro da mochila e escreveu:

come flores

Aninha o cutucou.
João fingiu não sentir. Observou o triceratope novamente. E
escreveu:

come devagar

Aninha cutucou-o com força.


João olhou para ela.
A garota apontou para si mesma. Em seguida, fez com os dedos
o movimento de caminhar, apontou o dinossauro como se quisesse
aproximar-se dele e sorriu.
Aninha estava brincando, não?
Ela acenou para João.
Ele fez um movimento para agarrá-la.
Ela sorriu, se esquivou e caiu na grama, bem à vista do
triceratope!
— Volte! — sussurrou João.
Tarde demais. O grande dinossauro já tinha visto a garota. Olhou
para ela do alto da colina. Metade de uma magnólia saía de sua
boca.
— Ops! — fez Aninha.
— Volte! — gritou o menino.
— Ele parece ser legal, João.
— Legal? Olhe só os chifres dele, Aninha!
— Não. Ele é legal, João.
Legal?
Mas o triceratope apenas olhou para a menina calmamente.
Depois fez meia-volta e se afastou, começando a descer a encosta
da colina.
— Tchau — disse ela para o dinossauro, e voltou para onde
estava o irmão.
— Viu?
João grunhiu, mas escreveu em seu caderno:

legal

— Vamos! Vamos dar mais uma olhada por aí — disse a menina.


Quando João começou a seguir a irmã, viu uma coisa brilhando
no meio da grama alta. Ele se abaixou e pegou-a.
Era um medalhão. Um medalhão de ouro!
Havia uma letra gravada nele. Um belo M.
— Puxa! Alguém esteve aqui antes de nós — disse João,
baixinho.
6
O Vale dos Dinossauros

— Aninha, olhe isto aqui! — gritou João. — Olha o que eu achei!


A garota já estava no alto da colina.
E estava concentrada, colhendo magnólias.
— Aninha, olhe! Um medalhão.
Mas ela não estava prestando atenção nele. Estava olhando para
outra coisa, do outro lado da colina.
— Oh, uau! — disse ela.
— Aninha!
Segurando uma magnólia, ela desceu correndo pelo outro lado da
colina.
— Aninha, volte! — gritou o irmão.
Mas ela desapareceu.
— Eu vou matar essa menina! — disse ele em voz baixa.
João pôs o medalhão no bolso da calça.
Então ouviu Aninha gritar.
— Aninha? — o garoto chamou.
Ele ouviu também um outro som. Um som grave, de um urro.
Como uma tuba.
— João! Venha cá! — gritou a garota.
— Aninha!
Ele pegou a mochila e subiu correndo a colina.
Quando chegou lá no alto, ficou de boca aberta.
O vale estava cheio de ninhos. Grandes ninhos feitos de barro. E
estavam cheios de minúsculos dinossauros!
Aninha estava agachada perto de um dos ninhos. E, bem ao seu
lado, estava um gigantesco dinossauro com bico de pato!
— Não entre em pânico. Não se mexa — disse João. Ele desceu
a colina devagar, em direção ao lugar onde estava a irmã.
O enorme dinossauro estava bem junto a Aninha, balançando os
braços e fazendo aquele som de tuba.
João parou. Não queria se aproximar demais. Ajoelhou-se no
chão.
— Caminhe na minha direção, devagar — disse ele.
Aninha começou a se levantar.
— Não se levante. Venha de gatinhas — disse o irmão.
Segurando a flor, ela engatinhou na direção dele.
O dinossauro de bico de pato a seguiu, urrando.
Aninha ficou paralisada.
— Não pare — disse João baixinho.
A menina recomeçou a engatinhar.
João foi descendo a colina bem devagar, até ficar a um braço de
distância da irmã.
Então, estendeu o braço e agarrou a mão dela.
E puxou-a em sua direção.
— Continue abaixada — disse, agachando-se ao lado dela. —
Abaixe a cabeça. Finja que está mastigando.
— Mastigando?
— Sim. Li que é isso que se deve fazer quando um cachorro vem
em cima de você.
— Ele não é um cachorro, João — disse Aninha.
— Finja que está mastigando — ele insistiu.
João e Aninha abaixaram a cabeça e fingiram estar mastigando.
Logo o dinossauro se acalmou.
João levantou a cabeça.
— Acho que ele não está mais bravo — disse.
— Obrigada, João, você me salvou — disse a garota.
— A gente tem de usar a cabeça — afirmou João. — Não se pode
simplesmente correr para um ninho de filhotes. Tem sempre uma
mãe por perto.
A menina se levantou.
— Aninha!
Ela estendeu a mão e ofereceu a magnólia ao dinossauro.
— Desculpe-me por ter feito você temer por seus filhotes — disse
ela.
O dinossauro aproximou-se mais de Aninha e pegou a flor. Depois
queria mais.
— Não tem mais — disse Aninha.
O dinossauro fez um som triste de tuba.
— Mas tem mais flores lá em cima — apontou a garota para o alto
da colina. — Vou pegar algumas para você.
E subiu a colina correndo.
O dinossauro subiu atrás dela, naquele passo de pato.
João observou rapidamente os filhotes. Alguns estavam se
arrastando para fora do ninho.
Onde estariam as outras mães?
Ele tirou o livro dos dinossauros da mochila e começou a folhear.
Encontrou a figura de alguns dinossauros com bico de pato e leu
a legenda:

Os anatossauros viviam em colônias.

Algumas mães ficavam de guarda junto


aos ninhos, enquanto outras saíam em
busca de alimento.

Quer dizer, então, que há outras mães aqui por perto.


— Ei, João! — gritou a irmã.
O menino levantou a vista. Ela estava no alto da colina, dando
magnólias ao enorme anatossauro!
— Ele também é legal, João — disse ela.
Mas, de repente, o anatossauro fez aquele terrível som de tuba.
Aninha se agachou e fingiu estar mastigando.
O dinossauro desceu a colina com seu passo pesado.
Parecia estar com medo de alguma coisa.
João pôs o livro dentro da mochila e correu na direção da irmã.
— Por que será que ele saiu tão apressado? — perguntou a
menina. — Estávamos começando a fazer amizade.
João olhou em volta. O que ele viu ao longe quase o fez
desmaiar.
Um monstro enorme e horrível avançava pela planície em sua
direção.
Andava sobre duas pernas imensas, arrastava uma cauda grossa
e comprida e sacudia dois bracinhos minúsculos.
A cabeça era enorme e a boca estava escancarada.
Mesmo a distância, ele viu os dentes compridos e brilhantes.
— Tiranossauro Rex! — sussurrou João.
7
Um, dois, três... já!

— Corra, Aninha, corra! — gritou João. — Para a casa da árvore!


Eles correram desabalados colina abaixo. Passaram correndo por
entre a grama alta e as samambaias, pelo pteranodonte, e
chegaram à escada de cordas.
Os dois subiram aos trancos e barrancos. Segundos depois,
estavam dentro da casa da árvore.
Aninha correu para a janela.
— Ele está indo embora! — disse ela, ofegante.
O garoto ajeitou os óculos e ficou olhando pela janela com a irmã.
O tiranossauro estava indo embora.
Mas então o monstro parou e se voltou.
— Abaixe-se! — exclamou João.
Os dois se abaixaram.
Depois de muito tempo, levantaram a cabeça e olharam
novamente.
— Tudo azul — disse João.
— Que bom! — sussurrou a garota.
— Temos de sair daqui — concluiu ele.
— Da outra vez você formulou um desejo.
— Eu queria voltar para o Riacho do Sapo. — disse ele, mas não
aconteceu nada.
— Eu queria...
— Espere. Você estava olhando para a ilustração do livro dos
dinossauros, lembra?
O livro dos dinossauros. João deu um suspiro.
— Ah, não. Deixei o livro dos dinossauros e minha mochila na
colina. Tenho de voltar.
— Ah, esquece — sugeriu a irmã.
— Não posso — disse ele. — O livro não é nosso. Além disso,
meu caderno está na mochila com todas as minhas anotações.
— Vá depressa! — exclamou Aninha.
João desceu a escada de cordas, correndo. Pulou no chão.
Passou pelo pteranodonte, passou por entre as samambaias,
passou pela grama alta e subiu a colina.
Chegando no alto da colina, olhou para baixo. Lá estava a
mochila, jogada no chão. Em cima da mochila, o livro dos
dinossauros.
Mas agora o vale estava cheio de anatossauros. Todos de guarda
ao lado dos ninhos.
Onde é que eles estavam antes? Será que tinham voltado para
casa com medo do tiranossauro?
João respirou fundo.
Um, dois, três... já!
Desceu a colina correndo, e mais que depressa pegou a mochila
e o livro dos dinossauros.
Um terrível som de tuba! Outro! Mais outro! Todos os
anatossauros urravam para ele.
João saiu correndo.
E lá vai ele subindo a colina.
E lá vem ele descendo a colina.
Então, ele parou.
Lá vinha o Tiranossauro Rex de novo! E ele estava entre João e a
casa da árvore!
8
Uma sombra gigante

João pulou para trás da árvore das magnólias.


Seu coração batia tão forte que ele mal conseguia pensar.
Deu uma espiada no monstro gigantesco. A horrível criatura
estava abrindo e fechando a queixada enorme. Os dentes eram
grandes como facões.
Não entre em pânico. Pense.
Ele olhou o vale, lá embaixo.
Tudo bem. Os dinossauros de bico de pato estavam perto dos
ninhos.
João olhou novamente para o tiranossauro.
Tudo bem. O monstro ainda parecia ignorar que ele estava ali.
Não entre em pânico. Pense. Pense. Talvez haja alguma
informação no livro.
João abriu o livro dos dinossauros e encontrou o Tiranossauro
Rex. Ele leu:

O Tiranossauro Rex foi o maior animal


carnívoro de todos os tempos. Se ainda
estivesse vivo, comeria um ser humano
de uma bocada.

Ora. O livro não ajudou em nada.


Tudo bem. Ele não podia se esconder do outro lado da colina. Os
anatossauros o esmagariam com as patas.
Tudo bem. Ele não podia correr para a casa da árvore. O
tiranossauro correria mais rápido que ele.
Tudo bem. Talvez o melhor mesmo fosse esperar. Esperar que o
monstro fosse embora.

Escondido atrás da árvore, João deu uma espiada.


O tiranossauro se aproximara mais da colina.
Uma coisa chamou a atenção de João. Aninha estava descendo a
escada de cordas!
Ela estava louca? O que queria fazer?
João viu Aninha pular no chão.
A menina foi direto ao pteranodonte e começou a falar com ele.
Ela batia os braços como se quisesse voar. Apontou para João,
apontou para o céu e para a casa da árvore.
Ela estava mesmo louca!
— Volte para a árvore! — sussurrou João. — Suba!
De repente, ele ouviu um rugido.
O Tiranossauro Rex estava olhando na sua direção.
O menino se abaixou.
O tiranossauro vinha andando na direção da colina.
João sentiu o chão tremer.
Será que devia correr? Rastejar para o Vale dos Dinossauros?
Subir na magnólia?
Naquele mesmo instante, uma sombra gigante o cobriu. Ele olhou
para cima.
O pteranodonte planava no céu. A gigantesca criatura foi
descendo rumo ao pico da colina.
Vinha em direção a João.
9
A espantosa viagem

O pteranodonte pousou no chão.


Ele olhou para João com seus olhos brilhantes e atentos.
O que João devia fazer? Montar nele? ”Mas sou pesado demais”,
pensou.
Não pense. Simplesmente faça.
João olhou para o tiranossauro.
Ele já começava a subir a colina. Os dentes enormes brilhavam à
luz do sol.
Tudo bem. Não pense. Simplesmente aja!
Ele colocou o livro na mochila e montou no pteranodonte.
O garoto se agarrou com força.
A enorme ave avançou um pouco, abriu as asas... e ergueu-se do
chão!
Eles balançaram para um lado... balançaram para o outro...
Por pouco João não caiu.
O pteranodonte equilibrou o corpo, levantou voo e subiu em
direção ao céu.
João olhou para baixo. O tiranossauro estava mordendo o ar e
olhando para ele.
O pteranodonte planava no ar.
Sobrevoou o topo da colina.
Deu voltas sobre o vale, sobre os ninhos cheios de filhotes e os
dinossauros gigantes de bico de pato.
Então, o pteranodonte sobrevoou a planície. Lá embaixo estavam
os triceratopes pastando na grama alta.
Aquilo era espantoso! Um verdadeiro milagre!

João se sentiu como um passarinho. Leve como uma pluma.


O vento soprava em seu cabelo. O ar tinha um cheiro doce e
fresco.
Ele gritava e ria de alegria.
João não podia acreditar naquilo. Estava montado nas costas de
um antigo réptil voador!
O pteranodonte planava sobre os rios, matas e árvores.
Então ele foi descendo e deixou o garoto junto ao carvalho.
Quando eles pararam, João deslizou das costas do animal e caiu
sentado no chão.
Então o pteranodonte tornou a levantar voo e ganhou o céu.
— Adeus, Rufo — sussurrou João.
— Você está bem? — gritou Aninha da casa da árvore.
O menino ajeitou os óculos e continuou a olhar o pteranodonte lá
no céu.
— João, você está bem? — gritou Aninha.
Ele ergueu a cabeça, olhou para a irmã e sorriu.
— Obrigado por salvar a minha vida — disse ele. — Foi muito
divertido.
— Suba! — disse a menina.
Ele tentou se levantar. Suas pernas estavam bambas.
João estava um pouco tonto.
— Depressa! — gritou Aninha. — Ele vem vindo!
O garoto olhou em volta. O tiranossauro vinha na sua direção!
João correu para a escada de cordas, agarrou-a e começou a
subir.
— Depressa! Depressa! — gritava a irmã.
O menino entrou cambaleante na casa da árvore.
— Ele está vindo em direção à árvore! — exclamou Aninha.
De repente, alguma coisa se chocou contra o carvalho. A casa da
árvore balançou feito uma folha.
João e Aninha caíram em meio aos livros.
— Faça um pedido! — exclamou a garota.
— Precisamos do livro! O livro que tem uma figura com o Riacho
do Sapo! — disse João. — Onde está?
João afastou alguns livros. Ele tinha de achar o livro sobre a
Pensilvânia.
Lá estava ele!
O garoto agarrou o livro e foi virando as páginas depressa,
procurando a fotografia das matas do Riacho do Sapo, até que
encontrou!
Ele apontou para a fotografia.
— Quero que a gente vá para casa! — gritou.
O vento começou a gemer. A princípio, bem baixinho.
— Depressa! — gritou João.
O vento foi ganhando força. Agora, o vento assobiava.
A casa da árvore começou a girar.
Girava cada vez mais rápido.
João fechou os olhos e se agarrou com força à irmã.
Então tudo ficou imóvel e em silêncio.
Em absoluto silêncio.
10
Em casa antes do anoitecer

Um passarinho começou a cantar.


João abriu os olhos. Ele ainda estava apontando a foto das matas
do Riacho do Sapo.
Olhou pela janela da casa da árvore. Lá fora, ele viu a mesma
paisagem.
— Estamos em casa — sussurrou Aninha.
As matas estavam iluminadas por uma luz dourada. O sol já ia se
pôr.
O tempo havia parado desde que eles iniciaram a viagem.
— Joãão! Aniinha! — gritava uma voz ao longe.
— É a mamãe — disse Aninha apontando.
João viu sua mãe ao longe. Ela estava na frente da casa. E
parecia uma formiguinha, de tão pequena.
— A-niii-nha! — Jo-ãão! — gritou ela.
Aninha pôs a cabeça para fora da janela e gritou: — Estamos
indo!
João ainda estava atordoado. Ele só ficava
olhando para a irmã.
— O que será que nos aconteceu? — ele perguntou.
— Fizemos uma viagem na casa da árvore — respondeu Aninha
com simplicidade.
— Mas é a mesma hora de quando a gente saiu — disse João.
Aninha deu de ombros.
— E como é que ela nos levou tão longe? — perguntou João. —
E a uma época tão antiga?
— Foi só você olhar um livro e dizer que queria ir para lá — disse
Aninha —, que a casa da árvore mágica nos levou para lá.
— Mas como? — perguntou João. — E quem construiu a casa
mágica? Quem colocou aqui todos esses livros?
— Uma pessoa com poderes mágicos, acho — sugeriu Aninha.
Uma pessoa com poderes mágicos?
— Ah, olhe — disse João. — Quase havia me esquecido. —
Colocou a mão no bolso e tirou o medalhão de ouro. — Alguém
perdeu isso lá... na terra dos dinossauros. Olhe, tem uma letra M!
Aninha arregalou os olhos.
— Você acha que esse M é de mágico? — perguntou ela.
— Não sei — respondeu João. — Só sei que alguém esteve
naquele lugar antes de nós.
— Joãão! Aniinha! — ouviram gritar ao longe.
Aninha pôs a cabeça para fora da janela. — Tamos indo!
João pôs o medalhão no bolso novamente.
Tirou o livro dos dinossauros da mochila e colocou-o junto aos
outros livros.
Então ele e Aninha olharam em volta, contemplando a casa da
árvore uma última vez.
— Adeus, casa — disse ela baixinho.
O garoto pôs a mochila nas costas e apontou para a escada.
Aninha começou a descer. João a seguiu.
Segundos depois, os dois chegaram ao chão e começaram a
andar pela mata.
— Ninguém vai acreditar em nossa história — disse João.
— Então não vamos contar a ninguém — afirmou a irmã.
— Papai não vai acreditar — disse o garoto.
— Ele vai dizer que a gente sonhou — disse Aninha.
— Mamãe também não vai acreditar — continuou João.
— Ela vai dizer que foi tudo um faz de conta — completou a
menina.
— Meu professor não vai acreditar na história — disse o menino.
— Ele vai dizer que estamos loucos — concluiu ela.
— É melhor a gente não contar a ninguém! — disse João.
— Eu já disse isso — falou a menina.
— Acho que eu também já estou começando a duvidar — disse
ele, suspirando.
Eles saíram da mata e pegaram o caminho de casa.
À medida que passavam pelas casas de sua rua, a viagem à
época dos dinossauros ia ficando cada vez mais parecida com um
sonho.
Somente este mundo e esta época pareciam reais.
João enfiou a mão no bolso e pegou o medalhão.
O menino sentiu o relevo da letra M, que fez seus dedos
formigarem.
Ele riu. De repente se sentiu muito feliz.
Não seria capaz de explicar o que lhe acontecera naquele dia.
Mas tinha certeza de que sua aventura na casa da árvore fora real.
Absolutamente real.
— Amanhã — disse João baixinho —, vamos voltar à mata.
— Claro — concordou Aninha.
— E vamos subir na casa da árvore — disse João.
— Claro — concordou Aninha.
— E vamos ver então o que acontece — disse o irmão.
— É isso aí — afirmou a menina. — Vamos ver quem chega
primeiro?
E os dois saíram correndo para casa.
Viaje na

CASA DA ÁRVORE MÁGICA


DINOSSAUROS ANTES DO ANOITECER

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coleção A CASA DA ÁRVORE MÁGICA!

De onde veio a casa da árvore?

Antes que João e Aninha percebessem o que estava acontecendo,


foram levados pela misteriosa casa da árvore para a pré-história!
Agora, eles têm de dar um jeito de voltar para casa. Será que
conseguirão voltar antes do anoitecer? Ou vão terminar virando
almoço de dinossauro?
Muita aventura espera por você em

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 1


DINOSSAUROS ANTES DO ANOITECER

O CAVALEIRO AO AMANHECER

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Castelo, guardas e uma passagem secreta

Desta vez, a casa da árvore mágica leva Aninha e João para a


Idade Média. Eles entram num castelo medieval e se metem numa
confusão danada. São presos pelos guardas do palácio e têm de
dar um jeito de fugir. Aninha tem uma ideia genial e eles conseguem
inverter a situação. Encontram uma passagem secreta e, aí, a coisa
aperta!...

Descubra o que acontece em

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 2


O CAVALEIRO AO AMANHECER

MÚMIAS DE MANHÃ

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O Egito antigo
É para onde vão Aninha e João nesta viagem da casa da árvore
mágica! Lá eles encontram múmias de faraós e uma rainha morta
há muito tempo, que precisa da ajuda deles. Será que João e
Aninha conseguirão resolver o enigma para salvá-la, ou acabarão
virando múmias também?

Embarque na aventura em

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 3


MÚMIAS DE MANHÃ

PIRATAS DEPOIS DO MEIO-DIA

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Um tesouro no Caribe

Desta vez, a casa da árvore carrega João e Aninha para uma linda
ilha deserta no Caribe. Estava muito bom até que os piratas
apareceram... O que será que vai acontecer com as crianças?

Embarque na aventura em

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 4


PIRATAS DEPOIS DO MEIO-DIA

A NOITE DOS NINJAS

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Você já deu de cara com um ninja de verdade?


João e Aninha encontram ninjas quando a casa da árvore mágica
os leva para o Japão antigo, onde eles se veem na presença de um
mestre ninja. Será que eles vão aprender os segredos dos ninjas?
Ou antes disso serão capturados pelos samurais?

Descubra alguns segredos dos ninjas em

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 5


A NOITE DOS NINJAS

UMA TARDE NA AMAZÔNIA

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Uma aventura em plena floresta!


A casa da árvore mágica leva João e Aninha a se embrenhar na
mata, onde muitos animais os esperam: uma assustadora onça-
pintada, milhões de formigas carnívoras, uma sucuri e um jacaré
que dão o maior susto! Para piorar as coisas, os dois estão
completamente perdidos. E um macaco encrenqueiro parece querer
dizer algo. O que será?

Isso você só saberá ao ler

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 6


UMA TARDE NA AMAZÔNIA

TIGRE-DENTES-DE-SABRE AO PÔR DO SOL

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Um pôr do sol gelado!

João e Aninha quase congelam quando são levados pela casa da


árvore para a Era Glacial. Para piorar, eles caem numa armadilha
preparada pelos homens das cavernas. E ainda dão de cara com
um temível tigre-dentes-de-sabre!

O que poderá ajudá-los a escapar dessa verdadeira fria?

Conheça a Era Glacial em

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 7


TIGRE-DENTES-DE-SABRE AO PÔR DO SOL

MEIA-NOITE NA LUA
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Longe da terra

Aninha e João vão parar no lugar mais distante em que já


estiveram: a Lua... no futuro! Vestindo roupas espaciais, eles
dirigem um carro pela superfície lunar e conhecem um misterioso
astronauta. Quando decidem voltar à base, o caminho está
bloqueado. Conseguirão voltar antes que acabe o oxigênio? Quem
será o homem da Lua?

Desvende os mistérios lunares em

CASA DA ÁRVORE MÁGICA 8


MEIA-NOITE NA LUA

GOLFINHOS AO ALVORECER
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É nadar ou afundar!

A Casa da Árvore Mágica leva João e Aninha para o meio do


oceano. Felizmente, eles encontram um submarino num recife de
coral. Porém, eles logo vão se deparar com um polvo gigante e um
tubarão muito faminto. Será que os golfinhos os salvarão? Ou será
que João e Aninha serão o jantar?

Divirta-se e descubra o que acontece em

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 9


GOLFINHOS AO ALVORECER

CIDADE-FANTASMA AO ENTARDECER
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coleção A CASA DA ÁRVORE MÁGICA!

Esta cidade é mal-assombrada?

É o que João e Aninha se perguntam quando a Casa da Árvore


Mágica os leva para o Oeste Selvagem. Mas antes que possam
dizer “Buu!”, eles mergulham numa aventura cheia de ladrões de
cavalos, um potro perdido, cascavéis e um caubói chamado Magro.
Será que João e Aninha terão tempo de resolver o próximo enigma
da Casa da Árvore? Ou viverão para sempre numa cidade-
fantasma?

Você vai se divertir um bocado lendo


A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 10
CIDADE-FANTASMA AO ENTARDECER

UMA MANHÃ NA ÁFRICA

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“Onde estão os leões?”

João se pergunta quando a Casa da Árvore Mágica o leva, com sua


irmã, para as vastas planícies da África. Antes que ele perceba,
Aninha começa a ajudar

centenas de gnus a atravessar um rio impetuoso. Depois eles


seguem um passarinho até uma colmeia e se deparam com um
terrível guerreiro Masai. João torce para não dar de cara com leões.
Ele vai ficar muito decepcionado...

Mas você não se decepcionará ao ler

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 11


UMA MANHÃ NA ÁFRICA

URSOS POLARES DEPOIS DA HORA DE DORMIR

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coleção A CASA DA ÁRVORE MÁGICA!

Está fazendo um frio de rachar...

quando a Casa da Árvore Mágica leva João e Aninha ao Ártico


gelado. Felizmente, um homem empresta roupas quentes para eles.
Infelizmente, eles ficam presos no gelo prestes a quebrar! Será que
a ursa polar gigante os salvará? Ou será que João e Aninha serão
transformados em comida congelada? Isso você só saberá ao ler.

Embarque na nova aventura de

A CASA DA ÁRVORE MÁGICA 12


URSOS POLARES DEPOIS DA HORA DE DORMIR
A Autora

Paul Coughlin

Mary Pope Osborne é autora premiada de mais de 50 livros para


jovens, entre os quais as coleções American Tall Tales, Favorite
Greek Myths, os livros de mistério Spider Kane e One World, Many
Religions, que recebeu a láurea Orbis Pictus Honor Book.
Recentemente, ela completou duas gestões à frente da Authors
Guild, a organização de escritores mais importante dos Estados
Unidos. Mary Pope vive em Nova York com o marido Will e o
cachorro Bailey. Eles têm um chalé na Pensilvânia — a mesma
região onde nossos amigos João e Aninha moram.
A possibilidade de Mary viajar junto dos irmãos João e Aninha por
diferentes locais e épocas entusiasma a autora! Ela nunca havia
pensado que poderia visitar tantos lugares por meio da sua
imaginação.

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