Atividade 6 - ELABORAR UMA RESENHA DO TEXTO "USO DE
BLOGS PARA EA", O QUAL SE ENCONTRA NA ABA ARQUIVOS. ENVIAR ESSA RESENHA PARA O CHAT DO MONITOR.
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)
O texto começa com a introdução das tecnologias e de suas
relações com diferentes fenômenos e institutos. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) dentro da Educação podem se portar como um instrumento de valorização e enaltecimento das práticas pedagógicas, já que ampliam o acesso à informação, garantem sua flexibilidade e aumentam as formas de apresentação, além de enriquecerem os processos de compreensão de conceitos e fenômenos (MARTINHO; POMBO, 2009).
Para Scheffer (2012), as mídias em certo enriquecem o trabalho
exploratório desenvolvido pelo professor no Ensino Básico, uma vez que são motivadoras da aprendizagem. No entanto, é preciso cautela, uma vez que estas não podem ser os únicos instrumentos usados para resolverem todas as mazelas da escola.
Os professores, presentemente, não são os únicos responsáveis
pela educação, mas estão em meio a este turbilhão, como linha de frente, vivenciando intensamente dúvidas e conflitos na ordenação e planejamento da mesma. Portanto, cabe questionar, inclusive, como a formação dos professores trata as questões relativas à ciência, tecnologia e sociedade (HALMANN, 2011). Rever esta formação é imperativo, para que, como afirmam Silva; Bastos (2012), o professor possa contribuir para a construção de cidadãos críticos e alfabetizados cientificamente.
As inovações tecnológicas podem unir as novas formas de
ensinar e aprender, de maneira a proporcionar mais dinamismo. Com isso em mente, a produção de blogs educativos e/ou o seu uso para o compartilhamento de conhecimento podem constituir-se em importantes ferramentas pedagógicas.
A flexibilidade proporcionada pelos “blogs” possibilita o
desenvolvimento de sistemas de autoria, individual ou coletiva. São espaços de colaboração e difusão de ideias e de informações. Então, mostra-se um excelente instrumento para a inovação, uma vez que pode dar visibilidade à escola como produtora de conhecimento e não apenas como um local de acesso ao conteúdo já pronto (BERNARDES, 2014). Essa mesma facilidade é uma problemática quando não há fiscalização ou garantia da especialização na temática de quem está escrevendo, então é algo a se considerar.
Educação ambiental
Partindo para outro tópico, o conhecimento ambiental é tratado
desde os povos da antiguidade para identificar plantas comestíveis, venenosas, medicinais, entre outras finalidades. Era necessário para que os humanos se protegessem contra o que consideravam ser os “ataques da natureza”, bem como para conseguirem aproveitar os recursos e benefícios oferecidos por ela. Dessa forma, esses conhecimentos foram sendo disseminados de geração para geração, algumas vezes acrescido de algo novo, alguma pequena mudança ou inovação, de forma que, em decorrência, a interação entre o homem e a natureza ultrapassou a simples demanda pela sobrevivência. A partir da Revolução Industrial, a natureza e seus recursos foram tratados como se fossem um “supermercado gratuito, com reposição infinita de estoque”, e a consequência disso acabou sendo fatídica, uma vez que gerou o esgotamento dos recursos naturais, destruição de diversos ecossistemas, extinção de espécies e perda da biodiversidade.
A Educação Ambiental (EA), hoje tão disseminada, teve sua
origem em meados do século XX, a partir dos movimentos sociais em prol dos valores sociais e políticos que fomentaram o ambientalismo e ajudaram a erguer a “bandeira” da ecologia (RAMOS, 2001). Ela é uma perspectiva que se inscreve e se dinamiza na própria Educação, formada nas relações estabelecidas entre as múltiplas tendências pedagógicas e o ambientalismo, que têm no “ambiente” e na “natureza” categorias centrais e identitárias (LOUREIRO, 2004).
Objetivos
No quesito geral, o texto evidencia a necessidade e o intuito de
analisar a estrutura de blogs destinados a educadores, visando a abordagem temas de Educação Ambiental.
Resultados
Foram analisados cinco blogs que abordam e/ou desenvolvem
temas de Educação Ambiental, destinados a educadores que atuem na Educação Infantil e na etapa inicial do Ensino Fundamental. Dos blogs analisados, apenas dois apresentaram mais da metade dos itens avaliados. Em comum, todos eles apresentam textos autorais, a maioria (N= 4; 80%) compartilha textos de outros autores, assim como links para outras páginas e apresenta imagens ilustrativas.
Poucos (N= 2; 40%) apresentam jogos educativos, vídeos,
tutorias e planos de aula, enquanto apenas um (N= 1; 20%) apresenta animações, questionários interativos e Legislação Ambiental. Outras análises ainda foram feitas como a colorimetria presente, e os elos de comunicação com os autores. No segundo caso, viu-se que em apenas dois “blogs” foram encontrados espaços para a contato com o seu idealizador.
Os blogs podem ou poderiam ter sido importantes ferramentas
para a Educação Ambiental, porém tirou-se no texto que ainda são pouco explorados por educadores, seja na sua elaboração, como educadores-autores, seja como usuários das produções ali disponibilizadas. Como foi possível perceber com os resultados obtidos no presente trabalho, há poucos blogs abordando a temática da Educação Ambiental, sendo que em muitos, esta é apenas mais uma área que o compõe. No meu entendimento, contudo, se houve um momento para estudo dessa plataforma como ferramenta de aprendizagem, ele já se foi. O “blog” apresenta recursos antiquados para o momento digital atual, não possui prioridade de uso e pesquisa, possui uma “URL” específica que o distingue de plataformas midiáticas populares convencionais (Facebook, Twitter, Instagram, TikTok, etc.), e ainda dentro dessas, tem uma codificação datada que não permite usos interativos avançados ou mais complexos.
Apesar de ser enunciado que sua usabilidade ainda não se
encontra qualificada, e que não há atenção aos detalhes na estrutura, e não há atualização dos dados em alguns blogs, não creio que haverá um desenvolvimento para fora desse quadro. Cabe ressaltar que entre os itens da usabilidade, a facilidade de uso foi de pior avaliação. Ramos (2015), estudando blogs da área de Ciências e Biologia, também encontrou resultado semelhante. Porém, em outros aspectos da usabilidade, encontrou páginas mais bem elaboradas em termos de qualidade de conteúdo, espaços para troca de experiências entre educadores e a disponibilização de conteúdo didático mais variado.
Nas considerações finais, colocou-se que não é de hoje que a
Educação Ambiental está mais próxima do ensino regular, uma vez que ela aborda assuntos com uma importância crescente atualmente, principalmente entre as faixas etárias mais jovens. Mas nem sempre os professores da área da Pedagogia estão prontos para abordar essa temática. Uma nova realidade, cada vez mais presente no dia a dia da educação, são as inovações tecnológicas. Assim, surge a possibilidade de utilizar a tecnologia a favor, mais uma vez, da educação, por meio de divulgação de atividades e temas relacionados ao meio ambiente em ambientes virtuais, como os “blogs”, uma vez que estes são, em sua maioria, de fácil criação e manutenção, e permitem ao criador divulgar suas ideias, estabelecer diálogos, auxiliar outras pessoas, e propagar assuntos e atividades. Mas como já estabelecido, já são outras problemáticas e vivências que fazem parte da rotina de uso dos dispositivos dos jovens. Com isso, as estratégias devem ser diferentes e a atualização dos educadores deve ser rápida e precisa para esse momento antes que ele se altere novamente. É um processo que está sendo exaustivo e muita das vezes não se manter pareado com a evolução tecnológica. O “blog” vai na direção contrária do “conteúdo imediatista” que está ganhando extraordinário espaço na rede, então não parece ser o mecanismo adequado.