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Sustentabilidade (Educação Ambiental)

Discente: Vilson Franco de Oliveira


Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária

Atividade 6 - ELABORAR UMA RESENHA DO TEXTO "USO DE


BLOGS PARA EA", O QUAL SE ENCONTRA NA ABA ARQUIVOS.
ENVIAR ESSA RESENHA PARA O CHAT DO MONITOR.

Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)

O texto começa com a introdução das tecnologias e de suas


relações com diferentes fenômenos e institutos. As Tecnologias
de Informação e Comunicação (TICs) dentro da Educação
podem se portar como um instrumento de valorização e
enaltecimento das práticas pedagógicas, já que ampliam o
acesso à informação, garantem sua flexibilidade e aumentam as
formas de apresentação, além de enriquecerem os processos de
compreensão de conceitos e fenômenos (MARTINHO; POMBO,
2009).

Para Scheffer (2012), as mídias em certo enriquecem o trabalho


exploratório desenvolvido pelo professor no Ensino Básico, uma
vez que são motivadoras da aprendizagem. No entanto, é
preciso cautela, uma vez que estas não podem ser os únicos
instrumentos usados para resolverem todas as mazelas da
escola.

Os professores, presentemente, não são os únicos responsáveis


pela educação, mas estão em meio a este turbilhão, como linha
de frente, vivenciando intensamente dúvidas e conflitos na
ordenação e planejamento da mesma. Portanto, cabe
questionar, inclusive, como a formação dos professores trata as
questões relativas à ciência, tecnologia e sociedade (HALMANN,
2011). Rever esta formação é imperativo, para que, como
afirmam Silva; Bastos (2012), o professor possa contribuir para a
construção de cidadãos críticos e alfabetizados cientificamente.

As inovações tecnológicas podem unir as novas formas de


ensinar e aprender, de maneira a proporcionar mais dinamismo.
Com isso em mente, a produção de blogs educativos e/ou o seu
uso para o compartilhamento de conhecimento podem
constituir-se em importantes ferramentas pedagógicas.

A flexibilidade proporcionada pelos “blogs” possibilita o


desenvolvimento de sistemas de autoria, individual ou coletiva.
São espaços de colaboração e difusão de ideias e de
informações. Então, mostra-se um excelente instrumento para a
inovação, uma vez que pode dar visibilidade à escola como
produtora de conhecimento e não apenas como um local de
acesso ao conteúdo já pronto (BERNARDES, 2014). Essa mesma
facilidade é uma problemática quando não há fiscalização ou
garantia da especialização na temática de quem está
escrevendo, então é algo a se considerar.

Educação ambiental

Partindo para outro tópico, o conhecimento ambiental é tratado


desde os povos da antiguidade para identificar plantas
comestíveis, venenosas, medicinais, entre outras finalidades. Era
necessário para que os humanos se protegessem contra o que
consideravam ser os “ataques da natureza”, bem como para
conseguirem aproveitar os recursos e benefícios oferecidos por
ela. Dessa forma, esses conhecimentos foram sendo
disseminados de geração para geração, algumas vezes
acrescido de algo novo, alguma pequena mudança ou inovação,
de forma que, em decorrência, a interação entre o homem e a
natureza ultrapassou a simples demanda pela sobrevivência.
A partir da Revolução Industrial, a natureza e seus recursos
foram tratados como se fossem um “supermercado gratuito,
com reposição infinita de estoque”, e a consequência disso
acabou sendo fatídica, uma vez que gerou o esgotamento dos
recursos naturais, destruição de diversos ecossistemas, extinção
de espécies e perda da biodiversidade.

A Educação Ambiental (EA), hoje tão disseminada, teve sua


origem em meados do século XX, a partir dos movimentos
sociais em prol dos valores sociais e políticos que fomentaram o
ambientalismo e ajudaram a erguer a “bandeira” da ecologia
(RAMOS, 2001). Ela é uma perspectiva que se inscreve e se
dinamiza na própria Educação, formada nas relações
estabelecidas entre as múltiplas tendências pedagógicas e o
ambientalismo, que têm no “ambiente” e na “natureza”
categorias centrais e identitárias (LOUREIRO, 2004).

Objetivos

No quesito geral, o texto evidencia a necessidade e o intuito de


analisar a estrutura de blogs destinados a educadores, visando a
abordagem temas de Educação Ambiental.

Resultados

Foram analisados cinco blogs que abordam e/ou desenvolvem


temas de Educação Ambiental, destinados a educadores que
atuem na Educação Infantil e na etapa inicial do Ensino
Fundamental. Dos blogs analisados, apenas dois apresentaram
mais da metade dos itens avaliados. Em comum, todos eles
apresentam textos autorais, a maioria (N= 4; 80%) compartilha
textos de outros autores, assim como links para outras páginas e
apresenta imagens ilustrativas.

Poucos (N= 2; 40%) apresentam jogos educativos, vídeos,


tutorias e planos de aula, enquanto apenas um (N= 1; 20%)
apresenta animações, questionários interativos e Legislação
Ambiental. Outras análises ainda foram feitas como a
colorimetria presente, e os elos de comunicação com os autores.
No segundo caso, viu-se que em apenas dois “blogs” foram
encontrados espaços para a contato com o seu idealizador.

Os blogs podem ou poderiam ter sido importantes ferramentas


para a Educação Ambiental, porém tirou-se no texto que ainda
são pouco explorados por educadores, seja na sua elaboração,
como educadores-autores, seja como usuários das produções ali
disponibilizadas. Como foi possível perceber com os resultados
obtidos no presente trabalho, há poucos blogs abordando a
temática da Educação Ambiental, sendo que em muitos, esta é
apenas mais uma área que o compõe. No meu entendimento,
contudo, se houve um momento para estudo dessa plataforma
como ferramenta de aprendizagem, ele já se foi. O “blog”
apresenta recursos antiquados para o momento digital atual,
não possui prioridade de uso e pesquisa, possui uma “URL”
específica que o distingue de plataformas midiáticas populares
convencionais (Facebook, Twitter, Instagram, TikTok, etc.), e
ainda dentro dessas, tem uma codificação datada que não
permite usos interativos avançados ou mais complexos.

Apesar de ser enunciado que sua usabilidade ainda não se


encontra qualificada, e que não há atenção aos detalhes na
estrutura, e não há atualização dos dados em alguns blogs, não
creio que haverá um desenvolvimento para fora desse quadro.
Cabe ressaltar que entre os itens da usabilidade, a facilidade de
uso foi de pior avaliação. Ramos (2015), estudando blogs da área
de Ciências e Biologia, também encontrou resultado
semelhante. Porém, em outros aspectos da usabilidade,
encontrou páginas mais bem elaboradas em termos de
qualidade de conteúdo, espaços para troca de experiências
entre educadores e a disponibilização de conteúdo didático
mais variado.

Nas considerações finais, colocou-se que não é de hoje que a


Educação Ambiental está mais próxima do ensino regular, uma
vez que ela aborda assuntos com uma importância crescente
atualmente, principalmente entre as faixas etárias mais jovens.
Mas nem sempre os professores da área da Pedagogia estão
prontos para abordar essa temática. Uma nova realidade, cada
vez mais presente no dia a dia da educação, são as inovações
tecnológicas. Assim, surge a possibilidade de utilizar a
tecnologia a favor, mais uma vez, da educação, por meio de
divulgação de atividades e temas relacionados ao meio
ambiente em ambientes virtuais, como os “blogs”, uma vez que
estes são, em sua maioria, de fácil criação e manutenção, e
permitem ao criador divulgar suas ideias, estabelecer diálogos,
auxiliar outras pessoas, e propagar assuntos e atividades. Mas
como já estabelecido, já são outras problemáticas e vivências
que fazem parte da rotina de uso dos dispositivos dos jovens.
Com isso, as estratégias devem ser diferentes e a atualização
dos educadores deve ser rápida e precisa para esse momento
antes que ele se altere novamente. É um processo que está
sendo exaustivo e muita das vezes não se manter pareado com
a evolução tecnológica. O “blog” vai na direção contrária do
“conteúdo imediatista” que está ganhando extraordinário
espaço na rede, então não parece ser o mecanismo adequado.

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