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Disciplina: Comunicação Social

Curso: Jornalismo
Período: 2022.2
Prof.: Fenelon Rocha (fenelonrocha@ufpi.edu.br)
Docente: Adriano de Aquino Barbosa

BRUM, Eliane. O olho da rua: uma repórter em busca da literatura da vida real. São
Paulo: Editora Globo S.A., 2008. https://docedro.com.br/doc/n00x.

Resenha crítica do livro “O Olho da Rua”


Apuar fatos, colher dados, estar o tempo todo atualizado sobre ocorrências no
mundo, conhecer lugares e histórias, se arriscar, se reinventar, tudo isso e muito mais
acontece na vida de um jornalista, na busca de relata a realidade, de ter o conhecimento
necessário para que possa distribuir nos meios de comunicação aos leitores, ouvistes e
telespectadores.
Notícias marcam memorias e são estas memorias que Eliane Brum traz em seu
livro “ O Olho da Rua”, divido em dez histórias ocorridas durantes sua carreia como
jornalista pelo o Brasil, relatando os detalhes vividos pelo povo brasileiro, suas crenças e
lutas que ultrapassam a história e marcam suas vidas; trazendo a voz e histórias de pessoas
desconhecidas, que vivem longe das mídias, até mesmo em locais isolados de grandes
centros urbanos. Através de reportagens distintas que nos transportam para outras
realidades.
Nos primeiros dois capítulos desde livro, Brum traz a vivencia do povo norte do
pais, diretamente do Amapá as crenças das mulheres parteiras, suas verdades contadas de
perto e ouvidas ali por quem busca não só conhecer, mas, aprender através da observação
e nitidamente como uma ouvinte, Brum nessa reportagem, vai em busca do início da vida
vinda pelas mãos daquelas escolhidas pelo destino, assim como elas relatam pelas
próprias palavras em seus discursos. “Deus me deu esse prestígio” diz, Jovelina Costa
dos Santos de 77 anos de idade, a qual se começou suas atividades ainda muito jovem
sozinha e sem experiência, por ironia do destino. O próximo capitulo “ A guerra do
começo do mundo”, a repórter relata a história de migrantes colonizadores de Roraima, a
luta constante de povos indígenas pela preservação da natureza e suas terras, a posição e
olhar de cada um dos lados, posteriormente após a publicação da matéria, relata também
que sofreu ameaças por insatisfação de alguns, levando a ser ridicularizadas até mesmo
em músicas e prosas que era divulgada pela mídia da região.
No terceiro e quarto capitulo, as reportagens entoam sobre os estados do Rio de
Janeiro e São Paulo. “ A casa de velhos”, terceira parte do livro, relata as histórias das
pessoas que vivem na Casa São Luiz, localizada no bairro Caju no Rio de Janeiro, a
escritora começa seus relatos contando um pouco da origem do lugar e fundadores. Nesse
capitulo podemos em diversas histórias de pessoas que convivem naquele local, suas
trajetórias de vidas. No quarto capítulo, “ O homem estatística”, Brum acompanha o
drama vivido por um paulista, na sua busca por ajuda para poder manter sua família, a
pobre, o desemprego as condições miseráveis, a qualidade vida são as marcas principais
desde enredo
É nesse emaranhado de histórias que Brum vai se mergulhando, relatando vidas
distintas a parti de relados e vivências reais, fazendo com que os leitores consigam se
envolver e se apega a cada linha, a cada parágrafo, pelas palavras suas, que fazem até
sentimentos transbordarem, e no decorrer dos próximos capítulos somos abordados sobre
as expectativas de vidas pelo Brasil. No centro Pará, onde aborta a luta sobre mortes e
ameaças que adormentam os que ali vivem, a dor causa nas famílias pelo tráfico de drogas
e mundo do crime nas favelas do pais. Na Amazônia, a vida dos garimpeiros com a
exploração de minério. A sobrevivência dos colombianos que sofrem com a doenças “Mal
de Chagas”. Além de trazer relados seus pessoais, na sua busca de compreender a si
mesma.
Encerrando seu livro, “A vida até o fim”, Brum se adentra aos que muitos
consideram “o fim da vida”, trazendo relatos de pessoa que estão entre a vida e a morte,
o tratamento ao qual os profissionais dão a essas pessoas, no sentindo de as
tranquilizarem, amenizando seu pensamento.
O livro de Eliane Brum, não só nos envolvem com suas histórias, entretanto, nos
mostra os desafios do jornalista, os cuidados a entrevista pessoas, o saber ouvir esperando
o tempo de cada um por suas repostas, deixar com o que o entrevistado se sinta à vontade
para falar e abrir seu coração, saber a quem, pergunta e como perguntar. Trata também
do trabalho cansativo muito vezes, que chega muitas vezes a pensar em desistir, porém o
a força de vontade de se relacionar com meio e pôr à tona tudo que vivenciou,
compartilhando suas experiências é muito maior. Podendo ser indicados para todos os
tipos de leitores principalmente aqueles que se aventura no mundo jornalístico.

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