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GEOGRAFIA DO

BRASIL
A Integração do Brasil no Processo de
Internacionalização da Economia

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GEOGRAFIA DO BRASIL
A Integração do Brasil no Processo de Internacionalização da Economia
Professor Júlio Santos

Apresentação.................................................................................................................................................... 3
A Integração do Brasil no Processo de Internacionalização da Economia.......................... 4
Origens da Globalização e dos Blocos Econômicos. . .................................................................... 15
Mercosul........................................................................................................................................................... 28
Origens do Mercosul. .................................................................................................................................. 29
Tratado de Assunção................................................................................................................................... 31
Protocolos Complementares. ................................................................................................................. 33
Questões de Concurso............................................................................................................................... 39
Gabarito............................................................................................................................................................ 66
Questões Comentadas............................................................................................................................... 67

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A Integração do Brasil no Processo de Internacionalização da Economia
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Apresentação

Olá, caro(a) aluno(a)!


É o nosso sexto encontro e estamos caminhando a passos longos no curso de geografia
do Brasil e espero que esteja aprendendo cada vez mais. A aula de hoje refere-se ao estudo da
integração do Brasil no processo de internacionalização da economia. A divisão inter-regio-
nal do trabalho e da produção. A aula a seguir realça o fenômeno de globalização, os modelos
de produção e os blocos econômicos como o MERCOSUL. Temos um cabedal de informações
a serem dadas e não podemos perder tempo, pois como sempre destacamos o tempo urge,
é improtelável iniciar os estudos o quanto antes. Então vamos lá, lave esse rosto, vista o man-
to do entusiasmo, motive-se e mãos à obra.

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A INTEGRAÇÃO DO BRASIL NO PROCESSO DE


INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA
A segunda metade dos anos 50 é marcante para a integração do Brasil no processo de
internacionalização da economia onde conquistou relevante nível de industrialização e urba-
nização, surgindo uma burguesia expressiva e elevado número de trabalhadores assalariados
que se tornaram o “embrião” de um mercado consumidor. A quarta fase da industrialização
brasileira ocorre a partir do governo JK quando se dá a internacionalização do capital com
forte liberalismo e grande participação do Estado como empresário e no desenvolvimento
de infraestrutura (transportes, energia, portos) e políticas de incentivos fiscais. Todos esses
fatores, aliados à disponibilidade de mão de obra barata, mercado consumidor emergente
e acesso a matérias-primas e fontes de energia, atraíram empresas transnacionais para o
território brasileiro. É um momento de enorme expansão do parque industrial, principalmente
indústrias de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos) com a vinda de
inúmeras transnacionais do setor automotivo (FIAT, FORD, Volkswagen e Chevrolet). O Brasil
aderiu, mesmo que tardiamente, ao modelo fordista de produção que estabelecia uma pro-
dução voltada a massificação do mercado com enormes estruturas e grande capacidade de
estocagem. É  um momento de intenso liberalismo personificado no governo de Juscelino
Kubitschek (1956-1961) e posteriormente ampliado pela ditadura militar (1964-1985) com a
implantação de suntuosas hidroelétricas e rodovias estimuladas pelo “milagre econômico”
que elevou o país à posição de 8ª economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de
crescimento acima de 9%.

JK governou o país entre 1956 a 1961 e estabeleceu no campo econômico o Plano de Metas
que dedicou mais de 2/3 de seus recursos para estimular o setor de energia e transporte
fundamentais para a industrialização. Houve um grande crescimento da indústria de bens
de produção, que cresceu 370% contra 63% da indústria de bens de consumo. É notório por
esses números que, na década de 50, alterou-se a orientação da industrialização do Brasil

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contribuindo para isso a Instrução 113 (governo Café Filho), que permitia a entrada de má-
quinas e equipamentos sem cobertura cambial (sem depósito de dólares para a aquisição no
Banco do Brasil). O crescimento da indústria de bens de produção refletiu-se principalmente
nos seguintes setores:

Siderúrgico e metalúrgico (automóveis).


Químico e farmacêutico.
Construção naval.

O desenvolvimento industrial foi alicerçado com capital estrangeiro, atraído por incentivos
cambiais, tarifários e fiscais oferecidos pelo governo. Nesse período, teve início em maior es-
cala a internacionalização da economia brasileira, por meio das multinacionais.
São medidas adotadas durante esse período:

Aumento da produção de energia elétrica, aço, ferro-gusa, cimento.


Incentivo a indústria petroquímica.
Abertura de rodovias (atração das multinacionais por meio do rodoviarismo de JK).
Expansão da indústria de bens de consumo não duráveis e duráveis com a produção,
inclusive, de artigos sofisticados.

É durante o governo de Juscelino Kubitschek pelo decreto-lei número 3.173 de 6 de junho


de 1957 que é instituindo o Porto Livre de Manaus que somente dez anos depois houve de
fato sua criação pelo decreto-lei 288 de 28 de fevereiro de 1967 da Zona Franca de Manaus
durante o governo de Castelo Branco com o propósito de impulsionar o desenvolvimento eco-
nômico da Amazônia Ocidental.
O fim do governo de JK coincide com a subida ao comando do país de Jânio Quadros que
tem um governo extremamente conturbado que após 7 meses renuncia assumindo o país
João Goulart (Jango), graças ao movimento de legalidade encabeçado por Leonel Brizola e
Mauro Borges. É um período de forte declínio no crescimento econômico e industrial.
O ano de 1967 é simbólico com a criação da zona Franca de Manaus que (ZFM) que con-
siste é uma área isenta de impostos em troca da implantação de indústrias. É um modelo de
desenvolvimento econômico implantado pelo governo brasileiro objetivando viabilizar uma

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base econômica na Amazônia Ocidental, promover a melhor integração produtiva e social


dessa região ao país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras. A ZFM compre-
ende três polos econômicos: comercial, industrial e agropecuário.

http://www.suframa.gov.br/invest/zona-franca-de-manaus-pim.cfm
Comercial: ascensão até o final da década de 80, quando o Brasil adotava o regime de
economia fechada.
Industrial: é considerado a base de sustentação da ZFM. O  polo Industrial de Manaus
possui aproximadamente 600 indústrias de alta tecnologia gerando mais de meio milhão de
empregos, diretos e indiretos, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas
e químico (destaque para aparelhos celulares e de áudio e vídeo, televisores, motocicletas,
concentrados para refrigerantes).
Agropecuário: abriga projetos voltados a atividades de produção de alimentos, agroindús-
tria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira, entre outras.
Mas a retomada do desenvolvimento industrial ocorre somente em 1968 durante os go-
vernos militares por meio do milagre econômico, ocorrendo uma maior diversificação da
produção industrial. O Milagre econômico brasileiro é o nome dado à época de crescimen-
to econômico elevado durante os anos de 1969 e 1973, também conhecido como “anos de

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chumbo”. É um intervalo de grande crescimento econômico brasileiro onde o PIB saltou de
9,8% a.a. (1968) para 14% a.a. (1973). A inflação passou de 19,46% (1968) para 15,6% (1973).
Delfim Netto era o Ministro da Fazenda e indicou a privatização da Petrobras como solução
durante a primeira grande crise do petróleo em 1973, contudo Geisel, presidente da Petrobras,
não levou adiante tal proposta já que possuía muitos ideais vinculados a política de Vargas.
Diante da falta de apoio do presidente Médici, Delfim Netto entregou o cargo.
A solução para a crise do petróleo levou ao desenvolvimento do Proálcool (Programa Na-
cional do Álcool) que consistiu em uma iniciativa do governo brasileiro de intensificar a pro-
dução de álcool combustível (etanol) para substituir a gasolina. Essa atitude teve como fator
determinante a crise mundial do petróleo, durante a década de 1970, pois o preço do produto
estava muito elevado e passou a ter grande peso nas importações do país. Logo, em 1975,
foi ofertado diversos incentivos fiscais e empréstimos bancários com juros abaixo da taxa
de mercado para os produtores de cana-de-açúcar e para as indústrias automobilísticas que
desenvolvessem carros movidos a álcool.
Na primeira década do Proálcool, os resultados foram positivos, visto que os consumi-
dores priorizavam os automóveis movidos a álcool e, em 1983, as vendas desses veículos
dominaram o mercado brasileiro. Em 1991, aproximadamente 60% dos carros do país (cerca
de 6 milhões) eram movidos por essa fonte energética.
Porém, apesar de substituir parcialmente o petróleo, o Programa Nacional do Álcool pro-
moveu uma série de problemas: elevação da dívida pública em consequência dos benefícios
concedidos, aumento dos latifúndios monocultores de cana-de-açúcar, elevação dos preços
de alguns gêneros alimentícios (pois ocorreu a redução do cultivo de alimentos em substitui-
ção à cana-de-açúcar).
O fim dos governos militares coincide com a subida de José Sarney ao comando do país e
lança o Plano Cruzado que busca promover o crescimento industrial sem a posterior austeri-
dade fiscal e monetária do Plano Real de 1994. Contudo, o desabastecimento, principalmente
de produtos de primeira necessidade, promovido por setores oligopolizados da economia,
condenou o plano econômico ao fracasso. O  Plano Cruzado surge no sentido de conter o
processo inflacionário com o tabelamento de produtos, não sempre de maneira oficial, mas
de maneira oficiosa.

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Caro estudante, é importante destacarmos que a partir do governo JK o Brasil aderiu mais
plenamente ao modelo fordista que não trouxe crescimento econômico capaz de promover
o desenvolvimento econômico regional. É fato que ocorreu o aumento de renda per capita,
mas sem grandes avanços na qualidade de vida. O crescimento que o Brasil obteve, principal-
mente durante o período correspondente ao regime militar, construiu uma estrutura técnica
e logística para o desenvolvimento. A partir do governo de Fernando Collor de Melo (1990-
1992), Itamar Franco (1992 – 1994) e nos governos posteriores ganha espaço uma política
econômica baseada na livre concorrência somente havendo intervenção em momentos de
crises (Neoliberalismo).
A especulação econômica era uma prática comum e a entrada de capital estrangeiro atra-
ído pelos programas de privatizações de estatais (fruto do neoliberalismo) tornaram o inves-
timento do capital de risco em setor industrial muito atraente durante o governo de FHC (1994
– 2002) e Luís Inácio Lula da Silva (2002 – 2010).
O Brasil tornou-se um local de intensa especulação financeira sem a implantação de uma
estrutura capaz de promover um pleno desenvolvimento industrial e reais condições de com-
petitividade no mercado internacional estabelecidos durante a implantação da nova ordem
mundial.
Mas o que foi a nova ordem mundial?
A Nova Ordem Mundial foi estabelecida em 1991 a partir da desintegração da URSS colo-
cando fim a Guerra Fria. É uma ordem caracterizada pela existência de vários polos de poder
com o mundo baseado em uma divisão econômica e não mais geográfica. Isso fica claro
quando se analisa a chamada “linha norte/sul”, que não é uma divisão geográfica, mas eco-
nômica, em que o norte abrange os países ricos e industrializados e o sul abrange os países
pobres e em processo de industrialização. A divisão centra-se em países ricos e desenvolvi-
dos ao norte, com elevada tecnologia, e naqueles em desenvolvimento, com sérios problemas
sociais, localizados ao sul, como o Brasil.

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 Obs.: Percebe-se na imagem acima que a Austrália está localizada geograficamente ao sul,
contudo quando se analisa os aspectos socioeconômicos, pode-se dizer que ela per-
tence ao norte.

Observe os países do norte e do sul.

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https://br.pinterest.com/pin/798544577658753694/
Caro estudante a linha norte e sul distingui dois grupos: os países produtores de commo-
dities e os países produtores de tecnologia. É quase impensável a ideia de que um país possa
produzir todas as mercadorias e serviços necessários aos atuais padrões de consumo, por-
tanto é de suma importância a prática comercial. Os países do norte são chamados de países
centrais ou desenvolvidos e possuem alto nível de desenvolvimento industrial, tecnológico,
social e econômico. Esse grupo de países representam as maiores economias do planeta
tais como:
• G-7 (EUA, Japão, Reino Unido, Canadá, Alemanha, França e Itália);
• Austrália;
• União Europeia.

Os países do norte possuem uma excelente qualidade de vida e sua industrialização é


clássica destacando-se como berço da Revolução Industrial acumulando riquezas a partir
da colonização de países na América, Ásia e África. A industrialização trouxe uma série de
transformações políticas, econômicas e sociais, modificando o espaço geográfico com o sur-

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gimento de novas fontes de energia, matérias-primas, além do êxodo rural, melhoria do sane-
amento básico e a construção de vilas operárias.
São características dos países do norte (desenvolvidos):
• Crescimento econômico está relacionado ao processo produtivo e às emancipações
industriais, de serviços e de comércio, que refletem no aumento do PIB;
• Desenvolvimento incide diretamente na qualidade de vida da população e traz consigo
os alicerces do bem-estar social;
• O desenvolvimento econômico resulta de um processo histórico que se relaciona com
a evolução do capitalismo;
• Os países dominantes ficavam com a riqueza produzida, enquanto as colônias tinham
a função de contribuir para a acumulação de capital nas metrópoles;
• Promovem colonialismo na América Latina, África, Oriente Médio, Sul e Sudeste asiá-
ticos.

Para o desenvolvimento econômico dos países do norte é preciso:


• Disponibilidade de capital;
• Domínio da tecnologia existente;
• Criação de novas tecnologias por meio de investimentos na formação de pesquisado-
res e na construção de tecnopólos;
• Mão de obra qualificada;
• Mercado consumidor com considerável poder de compra.

Os Países do sul são chamados de subdesenvolvidos, em desenvolvimento, ou países pe-


riféricos e semiperiféricos e se relacionam ao baixo desenvolvimento industrial e aos aspec-
tos socioeconômicos. É um grupo heterogêneo com países como o Uruguai com que não tem
um parque industrial diversificado e potente, mas apresenta indicadores sociais semelhantes
à de países ricos; e de outro lado, países com graves problemas socioeconômicos, conflitos
étnicos, religiosos e políticos. Os  países do sul são emergentes que investem na indústria
com PIB elevado, mas que não reflete no desenvolvimento social. As consequências dessa
divisão é que o norte se tornou rico e industrializado, já o sul tornou-se pobre e em processo

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de industrialização. Podemos destacar como exemplo de países emergentes os componen-


tes do BRICS.
O BRICS é uma organização (e não um bloco econômico) formado pelo Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul. São países emergentes que ocupam uma posição de destaque
apesar de manterem certas características de países subdesenvolvidos.

https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/internacional/brics-avancam-em-a-
genda-proposta-pelo-brasil/
É importante salientar que são países que possuem um mercado consumidor de grande
destaque, além de serem fornecedores de commodities, instrumentos militares e tecnologia.
O Brasil, por conta do momento de crise em que se encontra, atualmente está em um patamar
econômico mais baixo que as demais nações dos BRICS.

 Obs.: Atualmente, o grande questionamento dessas organizações se refere aos subsídios


econômicos, como o Programa Agrícola Comum (PAC), promovido pela União Euro-
peia como uma forma de protecionismo contra os países em desenvolvimento.

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É importante destacar que a nova ordem mundial possui como pilares o fenômeno da
globalização, a solidificação dos blocos econômicos e a implantação maciça do modelo ne-
oliberal aspectos os quais o Brasil está plenamente inserido. Atualmente a globalização se
encontra na quarta fase e está relacionada ao capitalismo financeiro, ao  fluxo de capitais,
ao movimento de desconcentração industrial, à atuação maciça das grandes corporações.
A globalização é um fenômeno associado ao capitalismo financeiro que promove a integra-
ção de mercados, a homogeneização cultural e a disseminação informacional e ganhou mais
força principalmente após a desintegração do socialismo, no ano de 1991, quando a União
Soviética acabou sendo dividida em 15 repúblicas. É uma nova etapa do capitalismo finan-
ceiro comandada pelos países ricos e por grandes empresas transnacionais (ultrapassa as
economias nacionais), ocorrendo a interdependência entre os atores econômicos globais –
governos, empresas e movimentos sociais, favorecida pelo domínio do capitalismo após o
desmantelamento do socialismo. A globalização intensificou o fluxo de mercadorias e capi-
tais entre os países e potencializou uma cultura de massa. É um processo sistêmico na busca
de maior lucratividade, levando as empresas a investirem cada vez mais no mercado finan-
ceiro, que se tornou o centro da economia mundial. A globalização tem promovido o aumento
do abismo social, uma vez que busca uma maior lucratividade, muitas vezes relacionada ao
advento tecnológico, que implica no fechamento de muitos postos de trabalho e está asso-
ciado à relocalização das fábricas.
Relocalização de suas fábricas – fenômeno associado ao fechamento de unidades de
produção em um local e sua abertura em outra região ou outro país (mecanismo de corte de
gastos com mão de obra, encerrando a produção em países nos quais os salários são maio-
res, para organizar a produção onde há menos custos – também de impostos e infraestrutura
produtiva). A  relocalização das fábricas nada mais é do que a desconcentração industrial.
Antes havia uma matriz que enviava os seus produtos para outros países. Atualmente o pro-
cesso das grandes corporações é o de estabelecimento de filiais em diversos países com o
objetivo de buscar fontes de matéria-prima e mão de obra extremamente abundante e barata
potencializando a lucratividade dessas corporações, movimento esse também chamado de
desconcentração industrial. É notório que antes essas grandes corporações pretendiam se

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estabelecer nas grandes cidades de um país, hoje vão para cidades de médio porte melhoran-
do o processo relacionado à sua logística, que acaba promovendo a ampliação de mercados.
Se antes uma empresa estabelecia a sua filial em São Paulo, hoje o custo é muito elevado,
principalmente devido à especulação imobiliária (gentrificação). As empresas fixam-se, en-
tão, em cidades de médio porte, melhorando a gestão da sua logística e ampliando o seu mer-
cado, porque o mantém com as grandes cidades, assim como o potencializa nas cidades de
médio porte. A busca de cidades de médio porte tem relação com os subsídios que recebem
e incentivos tributários, como a FIAT em Minas Gerais. Além disso, barateiam o seu produto,
porque estão no local onde é extraída a sua matéria-prima. Por exemplo, a Nike possui mui-
tas indústrias na região das Filipinas, onde a mão de obra é mais barata e a matéria-prima
é abundante. Esse processo busca unicamente o lucro, que é a característica latente desse
processo denominado Globalização.

https://d.emtempo.com.br/economia/191486/zona-franca-de-manaus-zfm-53-anos-
-de-historia

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Origens da Globalização e dos Blocos Econômicos

A globalização pode ser dividido em quatro etapas.


1ª Globalização – Expansão Ultramarina (XV – XVI): os primeiros passos rumo à confor-
mação de um mercado mundial e de uma economia global remontam aos séculos XV e XVI
com a expansão ultramarina europeia e a chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492.
Existem alguns autores que consideram que a 1ª Globalização ocorre quando o homem co-
meça a viver em sociedade, contudo a maioria dos autores associa a 1ª Globalização às gran-
des navegações, ao movimento de saída em busca das especiarias no Oriente. O caminho
natural seria pelo Mediterrâneo (menor distância) que estava controlado ora pelas cidades de
Gênova e Veneza, ora pelos mouros (árabes que vivem na África Setentrional). Diante disso,
surgiu a necessidade portuguesa (buscavam mercadorias orientais) de se fazer o contorno
da costa da África, denominado Périplo Africano. No momento em que contornam o conti-
nente africano, e como não eram detentores de grandes técnicas de navegação – apesar da
escola de Sagres em Portugal e da Escola de Cervantes na Espanha –, vão costeando o con-
tinente, dominando a região, colonizando-a e tornando-a fornecedora de metais preciosos,
suprimentos e escravos. No processo desse contato de portugueses e espanhóis com essas
comunidades, de uma forma ou de outra acontece uma troca cultural entre esses indivíduos,
fundamento necessário para se iniciar a primeira fase da Globalização.

A América é descoberta por Cristóvão Colombo, em 1492, quando Portugal e Espanha acor-
dam o tratado da bula papal Inter Coetera, datada de 1493, estabelecia que o “novo mundo”
seria dividido entre Portugal e Espanha por meio de um meridiano situado a 100 léguas a
oeste do arquipélago de Cabo Verde: o que estivesse a oeste do meridiano seria espanhol,
e o que estivesse a leste, português. Os termos da bula desagradaram a Coroa Portuguesa
e, para solucionar esse impasse, foi negociado o Tratado de Tordesilhas, em 1494, que esta-
beleceu um novo meridiano a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde, ficando as terras a leste
para Portugal e a oeste para Espanha. A expansão ultramarina somente foi possível devido
ao mercantilismo que é um processo de intervencionismo estatal com o objetivo de promo-

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ver o seu fortalecimento. Uma das formas desse intervencionismo é o metalismo, em que há
a acumulação de metais preciosos fortalecendo o Estado português e a burguesia, que é a
classe fundamental para promover a grande transformação da sociedade no século XVIII por
meio da grande revolução industrial. Apesar das burguesias de Portugal e da Espanha serem
muito desenvolvidas em função do metalismo, não são elas que promovem a revolução in-
dustrial, e sim a Inglaterra. A Revolução Industrial desenvolveu o trabalho assalariado, o mer-
cado consumidor, as descobertas científicas e as invenções, provocando grande expansão
dos setores industrializados e possibilitando a exportação de produtos mundo afora. Há três
ações que acabam por mudar a história da Inglaterra no cenário global: uma grande habilida-
de de fomentar acordos comerciais sempre vinculados ao governo de Portugal. A presença
de grandes reservas de carvão que são fundamentais, porque, a tecnologia que se desenvolve
é a das máquinas a vapor. Por fim, tem início a expulsão do trabalhador rural para as cidades
com o intuito de transformar esses indivíduos em mão de obra assalariada para incentivar o
mercado consumidor.

2ª Globalização – (XVIII – XIX): a 2ª Globalização começa a partir da primeira Revolução


Industrial quando houve uma produção de mercadorias de maneira desenfreada sem que
houvesse duas preocupações que são fundamentais: se existiam mercadorias capazes de ser
absorvidas pelo mercado consumidor que se estabelecia, e se existia matéria prima com ca-
pacidade de suprir as necessidades dessa indústria que estava em processo de consolidação,
de ratificação. A segunda globalização se inicializa a partir da introdução de novas tecnologia
e pelos processos de integração de regiões fortalecidos pelo estabelecimento de meios ade-
quados de transportes. Com a expansão da dominação colonial europeia sobre territórios da
Ásia e, principalmente, da África, além da consolidação do processo de industrialização no
continente europeu, a globalização entrou, então, em uma nova fase e a África/Ásia se torna
a razão de atritos entre as potências que culminam com a 1ª Grande Guerra. Os avanços pro-
movidos na área da indústria e os recursos captados por aquilo que se convencionou chamar
de “ mundo desenvolvido” a partir da exploração de suas colônias ou áreas de dominação
econômica, os  sistemas de transporte e comunicação ampliaram-se, havendo a criação e

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difusão de ferrovias, telégrafos, sistemas de telefonia, além do uso dos automóveis, aviões.
A 1ª Revolução Industrial (a revolução do vapor) promove um processo de disseminação de
mercadorias sem preocupação se existia mercado consumidor ou fonte de matéria-prima.
A Europa estabelece o movimento colonial para que estas se transformem em fornecedores
de matéria-prima. A intenção dos europeus não era escravizar, queria desenvolver um tra-
balho assalariado, mesmo que fosse um trabalho mal remunerado, para que esse mercado
consumidor também tivesse capacidade de absorver os produtos das grandes corporações
europeias. Nessa fase da globalização, a Divisão Internacional do Trabalho (DIT), ampliou-se
e enquanto os países desenvolvidos produziam e forneciam produtos industrializados, as co-
lônias e países subdesenvolvidos limitavam-se ao fornecimento de produtos primários. É du-
rante a 1ª Revolução Industrial que se adotam o modelo de produção baseado no Taylorismo
e no Fordismo.

Inicialmente a produção era feita da matéria-prima ao produto final. Atualmente são basea-
das nas ideias de Taylor, as etapas de produção passam a ser divididas, o que traz grandes
benefícios para o empregador: redução de custos (desperdício menor de matéria-prima por-
que o trabalho está especializado), produção maior em menor tempo e a alienação do traba-
lhador – uma vez que esse trabalhador seja desligado, ele não saberá montar uma empresa
concorrente porque não conhece todas as etapas de produção. O Taylorismo ocorreu no final
do século XIX e caracteriza-se por ser uma técnica de administração (método científico).
O objetivo do Taylorismo é dinamizar o trabalho na indústria e a otimização da produção de
modo a aumentar a racionalização do movimento e evitar a ociosidade operária. É um modelo
de produção baseado na rígida separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos, ra-
cionalização da produção e o controle do tempo (cronometrar). O filme “Tempos Modernos”,
de Charles Chaplin aborda a situação da cronometragem do tempo: “tempo é dinheiro”, “com
o tempo se ganha ou se perde”, o tempo não é passível de resgate. O filme é um excelente
exemplo do modelo de produção de Taylor e serviu de inspiração ao modelo fordista.

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https://www.todamateria.com.br/tempos-modernos-filme-chaplin/
O Fordismo já está inserido no que será denominado de 2ª Globalização. O Fordismo con-
tribui para a crise de 1929 porque aumentou de maneira ostensiva a produção sem a real
verificação se o mercado consumidor global tinha capacidade de absorção de tais mercado-
rias. Isso origina a maior crise econômica global, a de 1929. A produção em massa está as-
sociada à política de redução de preços e a extrema especialização cria a alienação da classe
trabalhadora. No Fordismo, a produtividade aumenta e a especialização diminui o desperdí-
cio, aumenta o lucro e aliena a classe trabalhadora. A alienação significa que o trabalhador
desconhece todo o processo produtivo e, quando for excluído do quadro de funcionários de
determinada fábrica, ele não consegue efetuar uma real concorrência. A alienação da classe
trabalhadora é de fundamental importância para manter o controle desses empreendimentos
nas mãos do grande empresariado.
Os EUA adotaram esse sistema para abastecer a Europa após a 1ª Guerra Mundial. A pro-
priedade econômica entre 1918 a 1928 gerou o “modo de vida americano” (empregos, preços
baixos, produção agrícola, expansão do crédito e parcelamento do pagamento). A economia
europeia se reergue, diminui o consumo de mercadorias dos EUA, levando a uma superpro-

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dução (mais mercadorias que consumidor). Os  preços caíam, a  produção diminui e o de-
semprego aumenta. A queda dos lucros, a retração da produção industrial e a paralisação do
comércio resultaram na quebra da bolsa de valores de Nova York, em 1929.
Crise de 1929:

https://economia.uol.com.br/colunas/econoweek/2020/05/05/a-crise-de-1929-e-a-co-
vid-19.htm
Lembre-se que Taylor, ainda durante a 1ª Revolução Industrial, estabelece a divisão do
trabalho e essa divisão foi muito interessante porque aumentou a produção. Inspirando-se
nisso, Ford resolveu criar a ideia da esteira produtiva e pega alguns elementos que são pilares
na proposta de Taylor, tais como a rigidez no trabalho, grandes espaços e grandes estoques.
A fábrica produz desde a matéria-prima até o produto final, inabilitando assim a produção
com grande variabilidade, já que para isso seria necessária uma grande variedade de matéria
prima. Ford estabelece uma produção em massa – por exemplo, o calhambeque preto nos
anos de 1930.
A crise de 1929 é um momento que imperava o liberalismo econômico, a ideia de Adam
Smith. A ideia da livre concorrência era tão arraigada que havia a teoria da “mão invisível”,

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defendida por Smith, segundo a qual o mercado tinha poder de se autorregular. Com a crise
de 1929, tem início a desvalorização das mercadorias: o custo da produção era superior ao
valor final da venda dessas mercadorias, o que ocasionou a quebra da Bolsa de Valores em
Nova York. O Brasil, por exemplo, promoveu a queima do café que não conseguia ser absor-
vido pelo mercado e a estocagem era impossível, por maior capacidade de estoque que o
Brasil possuísse. Logo após a 1ª Grande Guerra o mundo começa a se reconstruir e a crise
de 1929 é mais sentida nos países mais devastados pela 1ª Guerra Mundial, entre eles a
Alemanha, que conduz ao revanchismo e totalitarismo que deságuam na 2ª Guerra Mundial
(1939 a 1945). A Alemanha é novamente derrotada. No final da 2ª Guerra Mundial, apenas
o Japão resistia. O Japão tinha grande interesse em obter territórios para, graças a isso, ter
uma economia mais próspera do que a americana. Os EUA, em 6 de agosto de 1945, lança
uma bomba atômica em Hiroshima. O Japão não se rende e uma segunda bomba é lançada
três dias depois, em Nagasaki. O Japão só se rende em 15 de agosto de 1945. Logo após o
final da 2ª Guerra Mundial, começam atritos mais claros e intensos entre o governo norte-a-
mericano e o governo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que culmina na Guerra
Fria – entre 1945 e 1991 destacando-se por um momento de conflitos indiretos. No final da 2ª
Guerra Mundial, os Estados Unidos eram superiores em poder bélico, já que possuíam armas
nucleares. A União Soviética só terá armas nucleares em 1949, fruto da espionagem indus-
trial em relação ao governo americano. O mundo está bipolarizado: de um lado, o capitalismo
americano buscando áreas de influência; de outro, o socialismo soviético também tentando
solidificar, introduzir o seu sistema econômico. Nesse momento, começa uma série de corri-
das: espacial, armamentista e nuclear, como grande desenvolvimento das comunicações, das
tecnologias que culminam na 3ª Globalização.

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http://pt.granma.cu/mundo/2018-09-14/o-retorno-da-guerra-fria
3ª Globalização (Guerra Fria) – 1945 a 1991: a 3ª globalização coincide com a Guerra Fria,
que vai de 1945 a 1991. Em 1945 ocorreu dois ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki e,
em 1991, a formação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). A 3ª globalização é
o momento de grandes investimentos nas novas tecnologias, principalmente relacionadas
às comunicações e como fruto da espionagem industrial, a União Soviética realiza os seus
primeiros testes nucleares em 1949. Os Estados Unidos criaram então uma Comissão para
investigar as atividades antiamericanas. A Comissão, presidida pelo senador Joseph McCar-
thy, está na origem da CIA e tinha por objetivo fazer uma devassa na vida da população ame-
ricana, sendo cada americano considerado um potencial espião da polícia secreta soviética,
a KGB. É a fase da globalização que se estendeu do final da Segunda Guerra Mundial ao final
da Guerra Fria e coincidiu com o período da Nova Ordem Mundial marcado pela bipolaridade.
Há quem considere que o final da Guerra Fria ocorreu em 1989 (a partir da queda do muro de
Berlim), e não em 1991 (ano da desintegração da União Soviética e formação da CEI). Nessa
época, o mundo assistiu à formação de dois grandes blocos de poder: de um lado, um liderado
pelos Estados Unidos, o “bloco capitalista”; de outro, um liderado pela União Soviética, cha-
mado de “bloco socialista”, embora não houvesse um sistema socialista de fato. Há algumas

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situações pontuais durante a Guerra Fria: a desanexação da Iugoslávia, em 1948; em 1949 o


Macartismo; de 1950 a 1953, a Guerra das Coreias; em 1953 morre Stalin e a URSS começa
a se preocupar com o processo de sucessão, que ocorre em 1956 com a subida ao poder de
Nikita Kruschev, mesmo ano em que tem início a Guerra do canal de Suez. Três anos depois
ocorre a Revolução Cubana e em 1962 há a crise dos mísseis na Baía dos Porcos; em 1963
Kennedy é assassinado; em 1964 há a Guerra do Vietnã; em 1968 é assinado o tratado de não
proliferação das armas nucleares; em 1970 a crise do petróleo; em 1974 o caso Watergate;
em 1979 a invasão do Afeganistão e a Revolução Islâmica; em 1980 a Guerra dos Sete anos
entre o Irã e o Iraque; e nos anos 1990 a Guerra do Golfo. Todo esse cabedal de conflitos ca-
racteriza o período denominado Guerra Fria. Esse período foi marcado por grandes avanços
na área tecnológica, principalmente em razão da corrida armamentista e da corrida espacial
que permitiu uma soma inestimável de conhecimentos científicos. Tais conhecimentos fo-
ram respaldados pela emergência da Terceira Revolução Industrial, mais conhecida como
Revolução Técnico-científica-Informacional. É um período onde quem tem o monopólio das
informações é aquele que controla o mundo: os aspectos políticos, econômicos, sociais re-
lacionados à esfera planetária. Os Estados Unidos têm grande influência no mundo porque
possuem bastante poder econômico decorrente do grande controle das informações. A Pri-
meira Revolução Industrial é a do vapor; a Segunda é do petróleo e da eletricidade; e a Terceira
é técnico-científica-informacional, ligada ao que se denomina biotecnologia, muito defendida
pelo geógrafo brasileiro Milton Santos, um nome que é referência no mundo em relação ao
terceiro passo da globalização.

 Obs.: é durante a 3ª globalização que ocorre o Toyotismo, modelo econômico inspirado no


fordismo.

Toyotismo – 1970: a ideia do Toyotismo, criado no Japão, é a customização do produto


que onera as mercadorias, mas para aqueles que desejam um produto exclusivo, personali-
zado, isso não é obstáculo.
• A base é a tecnologia de informática e da robótica (automação);
• Foi inserido no contexto da 3ª Revolução industrial (globalização);

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• A origem está vinculada a década de 1970 na fábrica da Toyota;


• Possui estratégias para produção e consumo em escala global;
• É intensa a pesquisa científica e novas tecnologias;
• Flexibilidade dos contratos de trabalho;
• Produto customizado;
• Regulado por tarefas diárias;
• Terceirização do trabalho;
• Espaço industrial é descentralizado (DIT), as peças são entregues diariamente (peque-
nos estoques) e o controle sob todo o processo é mais dinâmico e simplificado;
• O operário desenvolve diversas atividades na produção;
• Just-in-time: produção por demanda, em que primeiramente se vende o produto para
depois comprar a matéria-prima e posteriormente fabricá-lo e montá-lo, levando à di-
minuição do desperdício.

4ª Globalização (1989 aos dias atuais): com a queda do Muro de Berlim, o esfacelamento
da URSS e o fim da Guerra Fria, o mundo entrou em uma Nova Ordem Mundial, e a globaliza-
ção também passou a um novo estágio. Para o esfacelamento da URSS contribuíram vários
fatores. Um deles foi o endividamento decorrente da corrida armamentista e a invasão do
Afeganistão em 1979. O coração da URSS, a Rússia, é um dos maiores produtores de petró-
leo e havia a pretensão de escoar o petróleo para outras regiões, mas o Afeganistão era um
obstáculo. Há um grupo de guerrilha, liderado por Bin Laden, que não concorda com a invasão
russa, e esse grupo recebe apoio norte-americano. Os ataques de 11 de setembro foram mui-
to eficientes porque Bin Laden já conhecia a maior parte dos alvos. A guerra no Afeganistão
durou 10 anos com a vitória de Bin Laden, pois a URSS já estava extremamente endividada.
O segundo fator, a russificação, corresponde ao sentimento da União Soviética de impor os
valores russos sobre todos os países eslavos que eram integrados, o que estabeleceu nesses
países um forte sentimento de nacionalismo contrários a supressão da cultura local pelos
russos. O terceiro fator que concorre para o esfacelamento da União Soviética é a gerontocra-
cia. O Conselho da União Soviética era formado por pessoas com idade avançada, pessoas
com aversão a mudanças radicais. Houve momentos em que a União Soviética necessitou de

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mudanças que não ocorreram e que potencializaram a crise e como último fator, a excessiva
burocratização. O marco simbólico do seu fim está relacionado à queda do muro de Berlim,
em 1989, e o marco de fato da sua desintegração se dá em 1991 por meio da formação da Co-
munidade dos Estados Independentes (CEI). Nesse momento começa a ocorrer a supremacia
do capitalismo, acabando com a ordem bipolar com áreas de influência norte-americana ou
soviética. É estabelecida uma nova ordem mundial com três pilares importantes:
• A ratificação, consolidação de fato do movimento de globalização por meio da redução
das distâncias por meio do desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação;
• O estabelecimento de organizações que busquem o comércio mútuo com estabeleci-
mento dos blocos econômicos;
• Uma política que não seja demasiadamente intervencionista nem muito liberal, que
culminou com a crise de 1929. É o meio termo denominado neoliberalismo, que é a não
intervenção do Estado a não ser em momentos de crise. Por exemplo, Dilma Rousseff
percebeu que havia uma estagnação econômica geradora de desemprego e reduziu o
IPI (Imposto de Produção Industrial), barateando os eletrodomésticos e os veículos.
O mercado inflamou, a procura tornou-se extremamente elevada e Dilma, como neo-
liberal, interveio novamente na economia subindo novamente o IPI. O  mercantilismo
era intervencionista demais, o liberalismo promoveu uma crise econômica, a fórmula
perfeita seria a política neoliberal. O neoliberalismo tem pontos positivos, mas também
pontos extremamente negativos. O sistema financeiro conseguiu avançar ainda mais
por meio daquilo que o sociólogo Manuel Castells chamou por Capitalismo Informa-
cional ou pelo o que o geógrafo Milton Santos denominou por Meio Técnico-científico-
-informacional quando definiu a 3ª Globalização. No plano político, consolidaram-se o
poderio econômico e militar dos Estados Unidos e a formação de polos “secundários”,
tais como a União Europeia, a China e a Rússia. Os polos secundários se organizam em
blocos econômicos. O BRICS não é um bloco econômico, mas sim uma organização
internacional que tem como objetivo principal tentar promover relações de equilíbrio na
disputa pelos mercados globalizados.

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Em suma:
• 1ª Revolução Industrial – Clássica, com o uso da máquina a vapor;
• 2ª Revolução Industrial – introdução do petróleo e energia elétrica;
• 3ª Revolução Industrial – utilização da biotecnologia.

Mas o que é a quarta revolução industrial?


É um projeto que surgiu na Alemanha para promover a computadorização de indústrias
tradicionais, como a manufatureira. Incorpora novas tecnologias para automação e troca de
dados e utiliza conceitos de sistemas ciberfísicos, internet das coisas e computação em nu-
vem (“fábricas inteligentes”, em que tudo está conectado a tudo e à internet)
São consequências da globalização:
• A globalização concentra a riqueza em um pequeno grupo de países, reforçando a de-
sigualdade entre as nações;
• A redução das tarifas de importação é um dos motivos que explicam essa concen-
tração de renda beneficiando os produtos exportados pelos mais ricos, que possuem
maior valor agregado em detrimento dos países mais pobres, que têm dificuldades para
exportar produtos agrícolas devidos aos subsídios promovidos pelos ricos. Há uma
redução de tarifas quando os países se organizam em blocos econômicos;
• Os produtos exportados pelos países mais ricos possuem maior valor agregado. Por
exemplo, os  Estados Unidos exportam um computador que tem um valor agregado
muito maior do que a soja exportada pelo Brasil. Portanto, é necessária muita soja para
conseguir comprar um computador;
• Os países em desenvolvimento tentam introduzir produtos primários, commodities
(qualquer matéria-prima em estado primitivo de comercialização global). Os países de-
senvolvidos introduzem a sua tecnologia nos países em desenvolvimento, mas, numa
forma recíproca, os commodities não são introduzidos nos países desenvolvidos. Por
exemplo, os Estados Unidos vendem computadores, e parte desse lucro é utilizado para
subsidiar os seus fazendeiros (adquirem o produto agrícola por um preço alto e inse-
rem no mercado a um preço mais baixo do que o preço da concorrência) visando a
proteção dos postos de trabalho.

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DICA!
A Rodada de Doha de foi um conjunto de reuniões entre 2000
a 2004 para discutir os subsídios agrícolas promovido pelos
países desenvolvidos, contudo nada foi resolvido, e essa prá-
tica dos subsídios continua muito recorrente e é um dos ele-
mentos que promoveu a formação do BRICS, que tenta um
maior equilíbrio da disputa do comércio desse mercado glo-
balizado. A globalização potencializou a formação de blocos
econômicos e o neoliberalismo. O  bloco econômico, BENE-
LUX, formado em 1944, é  o embrião do que hoje é a União
Europeia. A  globalização intensificou a formação de blocos
econômicos, que são organizações criadas por países com
o objetivo de integração de mercados, homogeneização cul-
tural e disseminação informacional por meio da redução de
barreiras alfandegárias, práticas protecionistas e regulamen-
tações nacionais. O bloco econômico é o conjunto de países
que busca o seu fortalecimento comercial via redução das ta-
rifas alfandegárias, havendo restrição do protecionismo que
culmina no aumento das relações comerciais entre os países-
-membros. Uma parte da doutrina considera que num bloco
econômico existam cinco fases. Outra parte da doutrina con-
sidera apenas três fases, estabelecendo que as fases quatro
e cinco seriam subfases da terceira.

Fases de um bloco econômico:


• Área de livre-comércio: é uma área ou região com taxas alfandegárias reduzidas ou
eliminadas, ocorrendo uma livre circulação de mercadorias e um comércio externo per-
mitido;

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Exemplo: NAFTA.
• União aduaneira: é uma área ou região com taxas alfandegárias reduzidas ou elimina-
das, ocorrendo uma livre circulação de mercadorias e um comércio externo controlado
por meio de uma TEC (Tarifa Externa Comum é adotada para boa parte – ou a totalidade
– dos serviços e mercadorias provenientes de outros países, ou seja, todos cobram os
mesmos impostos, as mesmas taxas e tarifas de importação de terceiros);

Exemplo: MERCOSUL.
• Mercado comum: é uma união aduaneira na qual, além de mercadorias e serviços, ca-
pital e trabalhadores, também podem circular livremente e se engajar em atividades
econômicas em qualquer dos países-membros;

Exemplo: UNIÃO EUROPEIA.


• União econômica e monetária: os países-membros adotam uma moeda comum e a
mesma política de desenvolvimento. A União Europeia é o único bloco a atingir esse
estágio de integração. Na união monetária, há uma moeda comum, uma moeda que
serve para todos os 27 países da União Europeia. Entre os 27 países, há 8 países que
NÃO adotam o euro:

República Tcheca Suécia


Romênia Bulgária
Hungria Croácia
Polônia Dinamarca

Portanto, a moeda é comum, não única.


Há bancas que consideram o termo moeda única como o correto, mas o melhor termo para
a união monetária é a MOEDA COMUM, que é o euro estabelecido a partir de 2002. A União Eu-
ropeia, além de ser um Mercado Comum e possuir uma União Monetária, possui, igualmente,
uma União Política.
União política e monetária: a união dos poderes constituídos como o legislativo, executivo
e judiciário.

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Exemplo: União Europeia.

Caro estudante, como nosso foco é a internacionalização do Brasil nesse momento va-
mos destacar apenas o Mercosul.
Vamos lá!

Mercosul

Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) completa 29 anos em 2020. Ape-
sar da denominação Mercado Comum do Sul, o MERCOSUL é uma União Aduaneira, área ou
região onde as tarifas alfandegárias são reduzidas ou eliminadas. Há a existência de uma
Tarifa Externa Comum (TEC) – cujo não cumprimento tornou-se um dos pilares da suspensão
da Venezuela no final do ano de 2016.
O MERCOSUL é um bloco formado por Brasil, Venezuela, Paraguai, Uruguai e Argentina es-
tabelecido por volta dos anos 90 (A Venezuela somente em 2012). As primeiras conversações
ocorrem em 1991 e o objetivo é facilitar as transações entre os países-membros do bloco,
os associados que auferem de alguns benefícios e os integrantes responsáveis pelo estabe-
lecimento da legislação do bloco. A presidência do MERCOSUL é rotativa, a cada seis meses,
e acompanha a ordem alfabética:
• Argentina;
• Brasil;
• Paraguai;
• Uruguai;
• Venezuela – que se encontra suspensa desde o ano de 2016.

O passado é marcado por uma tentativa, sem sucesso, de supressão do bloco para o es-
tabelecimento da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que teria como objetivo tentar
conter o avanço da União Europeia (EU), já que o NAFTA (Acordo de livre Comércio da América
do Norte) não teve essa capacidade. O nome diz, o Mercosul almeja ser um mercado comum,
mas está na fase da união aduaneira, mas com algumas características de mercado comum,
como o passaporte padrão e livre circulação e moradia de pessoas nos países do bloco.

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O MERCOSUL não é um mercado comum, mas permite a circulação de indivíduos. O merca-


do comum é uma área que permite tanto a circulação de mercadorias como a circulação de
pessoas, caso esse personificado pela UE. No caso do MERCOSUL, a circulação é permitida
porque anterior ao ano de 1991 já existiam tratados e acordos bilaterais que a permitiam, não
é o bloco em si que oferece essa premissa: ela já existia de maneira anterior ao processo de
consolidação, de ratificação do MERCOSUL em 1991.
É importante que o turista esteja identificado, mas não é obrigado a apresentar a sua
identidade quando circula nesses países coirmãos. Ele tem um passaporte padrão, uma livre
circulação e possibilidade de fixar moradia.

Origens do Mercosul

Em 1941, pela primeira vez, Brasil e Argentina tentaram a criação de uma União Aduaneira
entre as suas economias. Porém, isso não se concretizou devido às diferenças diplomáticas
dos países em relação às políticas do Eixo durante a segunda Guerra, após o ataque a Pearl
Harbor. O ataque de Pearl Harbor ocorreu quando tropas japonesas atacaram bases america-
nas localizadas em Pearl Harbor, no Havaí. Posteriormente, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945,
houve uma retaliação norte-americana, que promoveu o fim da Segunda Guerra por meio das
bombas atômicas (Little Boy em Hiroshima, matando 95 mil pessoas, e Fat Man em Nagasaki,
que matou 65 mil pessoas), promovendo a derrota do Japão em 15 de agosto de 1945. O fim
da guerra e a necessidade de interação entre as nações se tornou iminente, entretanto na
América Latina não houve uma união que tenha obtido resultados satisfatórios. A primeira
grande união que ocorreu em termos de blocos econômicos foi em 1933 para a formação do
BENELUX (Bélgica, Netherlands e Luxemburgo), que mais tarde originaria a hoje denominada
União Europeia (EU). É importante recordar que foi o Tratado de Fusão ou Bruxelas, em 1965,
que promoveu a evolução da organização com a fusão da Comunidade Europeia do Carvão e
do Aço (CECA), a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia de Energia
Atômica (Euratom). É uma fusão que originou a UE. Em termos de Europa, todo o processo
foi satisfatório, mas, em termos de América Latina, foi um processo lento, tendo em vista a
industrialização tardia desses países.

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Diante as divergências durantes os anos 40 que não evoluíram para formar um bloco sul-
-americano é somente em 1985 que o presidente brasileiro José Sarney e o presidente argen-
tino Raúl Alfonsín assinaram a Declaração de Iguaçu, que foi a base para o Cone Sul. O Cone
Sul era a zona de livre comércio, que se tornou o MERCOSUL, uma União Aduaneira incomple-
ta. A Declaração do Iguaçu foi um tratado celebrado em 1985, em Foz do Iguaçu, com o qual
se lançou a ideia da integração econômica e política do Cone Sul. Ambos os países acabavam
de sair de um período ditatorial e enfrentavam a necessidade de reorientar suas economias.
O Brasil saía da ditadura de João Batista Figueiredo (autor da frase “prefiro cheiro do cavalo
ao cheiro do povo”) e iniciava uma abertura política que seria responsável pelo estabeleci-
mento dessa política neoliberal, processo de liberdade econômica no qual apenas acontecem
intervenções econômicas em momentos de crise. É um processo configurado na formação
do Cone Sul (por meio da Declaração do Iguaçu) em um momento histórico do Brasil carac-
terizado pela introdução da América Latina num âmbito mais globalizado. Essa globalização
fica muito clara no estabelecimento da Declaração do Iguaçu em 1986 quando a Argentina
declara a intenção de uma “associação preferencial” com o Brasil. Os  dois países haviam
contraído uma grande dívida externa no período dos governos militares e não gozavam de
crédito no exterior. Havia uma grande necessidade de investimentos nos países, mas não
havia verbas. O Brasil tinha contraído uma grande dívida externa devido à industrialização e à
proteção das fronteiras brasileiras, uma vez que essas fronteiras eram consideradas permeá-
veis, com grande facilidade de penetração devido a características de uma vegetação densa,
principalmente no extremo norte, bem como em função de sua extensão. Muitas vezes esse
endividamento é associado apenas aos militares devido ao chamado “Milagre Econômico”,
mas está também associado ao estabelecimento da nova capital. A construção de Brasília é
um momento de grande potencialização da dívida interna/externa do Estado brasileiro.
É no ano de 1990 que o presidente do Brasil, Fernando Collor, e  o da Argentina, Carlos
Menem, assinaram a Ata de Buenos Aires visando à total integração alfandegária entre os
dois países, ficando decidido que todas as medidas para a construção da união aduaneira
deveriam ser concluídas até 31 de dezembro de 1994. O prazo para a promoção dessa total
integração alfandegária seria de 4 anos. A UE tinha um prazo de 12 anos para a abolição das

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tarifas alfandegárias. O NAFTA tinha um prazo de 15 anos, e o Brasil, com o característico
imediatismo dos latinos, tinha apenas 4 anos para promover esse processo. Claro que isso
não ocorre, e o MERCOSUL acaba por ter na atualidade uma identidade questionável: não é
uma zona de livre comércio nem uma união aduaneira, sendo apenas uma união aduaneira in-
completa, uma vez que poucas são as mercadorias que têm como característica a adoção da
TEC (tarifa externa comum), que já deveria estar disseminada para todos os produtos que fos-
sem comercializados entre os países integrantes do MERCOSUL. O processo torna-se assim
utópico no estabelecimento desse bloco que tinha como objetivo o fortalecimento comercial
entre os países integrantes. A necessidade de implementação do bloco cria o Grupo de Tra-
balho Binacional que é um órgão voltado para assegurar o cumprimento dos prazos para
definir métodos para a criação do mercado comum entre as duas nações. O Grupo de Traba-
lho Binacional não obteve os resultados almejados e em setembro, os governos de Paraguai
e Uruguai demonstraram forte interesse no processo de integração regional. Esse interesse
foi avalizado pelos presidentes do Brasil e da Argentina, bem como pelo Congresso Nacional
de ambos os países e em 1991 os presidentes de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai assi-
naram o Tratado de Assunção, visando construir uma zona de livre comércio entre os quatro
países, denominada Mercado Comum do Sul.

Tratado de Assunção

Definiu regras e condições para criação de uma zona de livre comércio entre seus quatro
signatários. Todas as medidas para a construção do mercado comum deveriam ser conclu-
ídas até 31 de dezembro de 1994. Estão entre as condições a livre circulação de bens, servi-
ços e fatores produtivos entre os países, por meio da eliminação dos direitos alfandegários e
restrições não tarifárias à circulação de mercadorias. Isso acabou por se tornar um entrave
para o Brasil e para a Argentina. O Brasil pretende entrar de uma maneira mais maciça com a
indústria automotiva na Argentina, que tem freado a TEC, o que acaba gerando fortes atritos
que foram personificados nas figuras de Michel Temer, no Brasil, e  Mauricio Macri, na Ar-
gentina. A Venezuela foi suspensa do bloco por não cumprimento de protocolos, entre eles,
a TEC. A Argentina também não cumpre, mas não foi suspensa. A suspensão da Venezuela

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está mais associada a questões de ordem política do que as questões de ordem econômica
ou técnica. Cabe ao MERCOSUL o estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) e a
adoção de uma política comercial comum em relação a terceiros países ou blocos econômi-
cos, ou seja, cabe ao MERCOSUL o estabelecimento das relações entre países não membros
do bloco e outros blocos econômicos com o objetivo de fortalecimento da política econômica
entre os países integrantes por meio do tratado de Assunção. É importante destacar que pro-
dutos originários do território de um país signatário terão, em outro país signatário, o mesmo
tratamento aplicado aos produtos de origem nacional. É  reservado o direito ao tratamento
isonômico, sem segregação, ao contrário do praticado pelos Estados Unidos por meio do es-
tabelecimento de subsídios agrícolas, o que tem gerado um impacto extremo na política eco-
nômica por parte do Estado mexicano, que é o lado mais fraco do bloco do NAFTA (Estados
Unidos, Canadá e México). Nas relações com países não signatários do Mercosul, os mem-
bros do bloco assegurarão condições equitativas de comércio. Dessa maneira, aplicarão suas
legislações nacionais para inibir importações cujos preços estejam influenciados por sub-
sídios, dumping ou qualquer outra prática desleal. Enquanto nas zonas de livre comércio é
possível comercializar com países que não pertençam ao bloco, existe na união aduaneira
um rol de países com os quais é autorizado o comércio por meio da padronização de tarifas
(TEC – Tarifa Externa Comum). Esses países, ao comercializar de maneira pessoal com outras
nações que não pertençam ao bloco, devem levar em conta a ideia de estar havendo ou não a
atribuição de subsídios agrícolas e dumping. O dumping é uma política caracterizada por re-
duzir o preço da mercadoria abaixo do valor do mercado, objetivando quebrar a concorrência.
Por exemplo, no Maranhão, a Coca-Cola tinha um concorrente, o refrigerante Jesus. A Coca-
-Cola baixou o valor do preço do seu produto para bem abaixo dos valores praticados, com o
objetivo de vender mais do que o refrigerante Jesus, que entrou em processo de falência e foi
incorporado pela Coca-Cola.
Caro(a) estudante, agora que vimos a origem do Mercosul, cabe analisarmos alguns pro-
tocolos que foram posteriormente anexados ao Tratado de Assunção.

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Protocolos Complementares

O Tratado de Assunção anexou diversos protocolos complementares:


• 1992 – Protocolo de Las Leñas: afirma que sentenças provenientes de um país signa-
tário têm o mesmo entendimento judicial em outro, sem a necessidade de homologa-
ção de sentença. Esse protocolo trabalha com a ideia da isonomia jurídica. Caso um
indivíduo cometa um crime na Argentina, ele receberá o mesmo tratamento se esse
crime fosse cometido no país de origem;
• 1994 – Protocolo de Ouro Preto: esse foi o protocolo que deu ao Mercosul personali-
dade jurídica de direito internacional, tornando possível sua relação com outros países,
organismos internacionais e blocos econômicos. Os acordos comerciais com outros
países tornaram-se possíveis a partir do momento em que o MERCOSUL adquiriu per-
sonalidade jurídica de direito internacional;
• 1998 – Protocolo de Ushuaia: no Brasil, esse protocolo foi aprovado por meio do De-
creto Legislativo n. 452, de 14 de novembro de 2001, e promulgado por meio de Decreto
n. 4 210, de 24 de abril de 2002. O protocolo estabelece que deve haver relações demo-
cráticas entre os países integrantes do MERCOSUL. Por exemplo: a adesão da Vene-
zuela, em 2012, constitui uma incoerência, já que existe o pré-requisito de um regime
democrática. Nicolás Maduro, que sucedeu a Hugo Chavez, pratica uma política rela-
cionada à ditadura, de desrespeito aos direitos humanos, o que contraria o Protocolo de
Ushuaia. Portanto, a entrada da Venezuela no MERCOSUL foi uma postura mais política
do que técnica, já que, desde o princípio, contraria o estabelecido;
• 2002 – Protocolo de Olivos: aprimorou o Protocolo de Brasília mediante a criação do
Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul. Esse tribunal passou a revisar
laudos expedidos pelos Tribunais Arbitrais, em caso de contestação. Seus árbitros são
nomeados por um período de dois anos, com possibilidade de prorrogação. As deci-
sões deste tribunal têm caráter obrigatório para os Estados envolvidos nas controvér-
sias, não estão sujeitas a recursos ou revisões e, em relação aos países envolvidos,
exercem força de juízo.

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 Obs.: Adesão da Venezuela e suspensão do Paraguai: o dia 22 de junho de 2012 o Paraguai


tem o impeachment de Fernando Lugo decretado em apenas 39 horas e, como con-
sequência, a suspensão do país em relação ao MERCOSUL. Posteriormente ocorre a
ratificação da Venezuela como integrante do Bloco, em 2012.
• 2003 – Acordo de Complementação Econômica do Mercosul: em um primeiro momen-
to, Colômbia, Equador e Venezuela são admitidos como membros associados deven-
do cumprir um prazo mínimo de dois anos nessa condição. Os integrantes são Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai e são os responsáveis pela gestão do bloco econômico
(estabelecimento de diretrizes e critérios de legislação que permitem o funcionamento
do bloco). Os associados dão uma contribuição financeira e recebem alguns benefí-
cios, entre eles, uma tarifa mais amena, se comparada a países não membros, ou uma
tarifa superior, se comparada aos países integrantes. Nesse acordo foi estabelecido um
cronograma para a criação de uma zona de livre-comércio entre os Estados signatários
e os membros plenos do Mercosul, com gradual redução de tarifas;
• 2004: a Venezuela foi elevada ao status de membro associado sem ao menos concluir
o cronograma firmado com o Conselho do Mercado Comum de dois anos. Em 2012,
a Venezuela torna-se integrante do bloco econômico do MERCOSUL. A investida vene-
zuelana encontrou forte resistência nos congressos do Brasil e do Paraguai. O Proto-
colo de Adesão da Venezuela foi assinado em 2006 por todos os presidentes de países
do bloco, contudo não basta a assinatura dos presidentes dos países do bloco era
necessária a ratificação por parte dos Congressos Nacionais dos respectivos países.
O Congresso do Brasil o fez somente em dezembro de 2009 e o Congresso paraguaio
não o aprovava e, dessa forma, impossibilitou a adesão plena da nação caribenha. En-
tretanto a suspensão do Paraguai com a destituição sumária de Fernando Lugo da
presidência (impeachment relâmpago), fez os presidentes do Mercosul decretaram a
suspensão paraguaia até a eleição presidencial seguinte, em abril de 2013. Um mês
depois, os presidentes do bloco reconheceram a adesão plena da Venezuela e diversos
acordos comerciais foram firmados. O grande interesse do bloco é com relação ao pe-
tróleo da Venezuela que até 2013 esteve em seu auge e a partir dessa data começou

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a ter problemas para vender o seu petróleo por conta de uma disseminação de barris
que acarretou uma diminuição no preço. A Venezuela é extremamente dependente da
venda de petróleo, o que resultou num processo de desabastecimento, um dos pilares
que correspondem à crise econômica do país. A suspensão da Venezuela do bloco tem
como primeiro pilar uma de ordem técnica (não cumprimento dos protocolos estabele-
cidos pelo tratado de Assunção), política (sai Mauricio Macri e Temer, que são contrá-
rios à permanência da Venezuela), econômica (a crise de desabastecimento promove
uma migração em massa desses indivíduos para os países do MERCOSUL. No Brasil,
a entrada dá-se pelo Acre). Em novembro de 2015, o então recém-eleito presidente da
Argentina, Mauricio Macri, afirmou que pediria a suspensão da Venezuela do Mercosul,
porém, devido aos resultados das eleições legislativas, ele recuou da proposta duas
semanas depois.

Podemos destacar como membros integrantes do MERCOSUL:


• Brasil;
• Argentina;
• Uruguai;
• Paraguai;
• Venezuela.

Podemos destacar como membros associados do MERCOSUL:


• Chile;
• Bolívia;
• Colômbia;
• Equador;
• Peru.

Podemos destacar como observadores do MERCOSUL:


• Nova Zelândia;
• México.

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 Obs.: a Bolívia é o mais novo membro do Mercosul. No entanto, para a sua integração defi-
nitiva, falta ainda a ratificação do seu ingresso por alguns parlamentos nacionais. Na
Bolívia, Evo Morales tentou promover a estatização da Petrobras, que ali se encon-
trava para a extração de gás e petróleo, o que causou atritos com o Presidente Lula,
que foram contornados pela via diplomática. A entrada da Bolívia poderá acarretar
problemas semelhantes ou ainda maiores do que a entrada da Venezuela em 2012.
Uma das críticas ao Mercosul são os poucos acordos de livre-comércio com outros
países ou blocos econômicos. O  Mercosul possui apenas três acordos, com Egito,
Israel e Palestina.

O bloco negocia há mais de uma década um acordo de livre-comércio com a União Eu-
ropeia. As negociações enfrentam impasse principalmente devido à resistência da Argentina
em reduzir as tarifas de importação, por conta do receio de que a abertura do mercado aos
manufaturados europeus enfraqueça as indústrias nacionais. Por outro lado, há quem defen-
da que os ganhos no médio prazo com o aumento das exportações podem compensar essas
eventuais perdas iniciais. O MERCOSUL conta com uma presidência rotativa em ordem alfa-
bética, onde cada país-membro preside o bloco por um período de seis meses.

Período Presidência
Janeiro a julho de 2016 Uruguai
Agosto a dezembro 2016 Venezuela (SUSPENSA)
Janeiro a julho de 2017 Argentina
Agosto a dezembro 2017 Brasil
Janeiro a julho de 2018 Paraguai
Agosto a dezembro 2018 Uruguai
Janeiro a julho de 2019 Venezuela (SUSPENSA)
Agosto a dezembro 2019 Argentina
Janeiro a julho de 2020 Brasil
Agosto a dezembro 2020 Paraguai

O segundo semestre de 2016 ficaria a presidência a cargo da Venezuela. No entanto, Bra-


sil, Argentina e Paraguai se opõe que a Venezuela assuma a presidência pro-tempore e so-
mente o Uruguai concorda. A Venezuela declarou que assumiu a presidência rotativa, mas os

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três países alegam que a presidência tem de ser assumida em uma reunião com a presença
dos presidentes dos países-membros do bloco. Os três países alegam que, quatro anos após
o seu ingresso, em 2012, a  Venezuela não se adequou à legislação do bloco. A  Venezuela
cumpriu apenas 25% das obrigações estabelecidas pelos protocolos do Mercosul. Segundo
os países, a Venezuela segue sem assinar o Protocolo de Assunção sobre Direitos Humanos
do Mercosul, estabelecido em 2015, e  outras normativas em matéria econômica. O  Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai fazem um comando partilhado durante o segundo semestre
de 2016
Com base no protocolo de Ouro Preto, firmado em 17 de dezembro de 1994 e vigente des-
de 15 de dezembro de 1995, o Mercosul tem uma estrutura institucional básica composta por:
• Conselho do Mercado Comum (CMC) – órgão supremo cuja função é a condução polí-
tica do processo de integração;
• Grupo Mercado Comum (GMC) – órgão decisório executivo, responsável por fixar os
programas de trabalho e negociar acordos com terceiros em nome do Mercosul, por
delegação expressa do CMC;
• Comissão de Comércio do Mercosul (CCM) – órgão decisório técnico, é o responsável
por apoiar o GMC no que diz respeito à política comercial do bloco;
• Comissão Parlamentar Conjunta (CPC) – órgão de representação parlamentar, integra-
da por até 64 parlamentares. A CPC tem um caráter consultivo, deliberativo e de formu-
lação de Declarações, Disposições e Recomendações;

 Obs.: o Parlamento do Mercosul foi constituído no dia 06 de dezembro de 2006, em substi-


tuição à Comissão Parlamentar Conjunta.
• Foro Consultivo Econômico Social (FCES) – órgão consultivo que representa os setores
da economia e da sociedade, que se manifesta por Recomendações ao GMC;
• Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul (CRPM) – órgão permanente
do CMC, integrado por representantes de cada Estado-parte e presidida por uma perso-
nalidade política destacada de um dos países partes. Sua função principal é apresentar
iniciativas ao CMC sobre temas relativos ao processo de integração, as negociações
externas e a conformação do Mercado Comum.

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Caro(a) concurseiro(a), como já é de costume, logo após o estudo da parte teórica inicia-
lizaremos a resolução de questões que estão divididas em comentadas, fixação e de concur-
sos. Lembre-se é um momento muito importante em sua preparação, então se organize em
um ambiente silencioso, iluminado e faça com afinco as questões propostas a seguir.
Mãos à obra!
A integração do Brasil no processo de internacionalização da economia. A divisão inter-
-regional do trabalho e da produção.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 Sobre a economia globalizada:
a) Homogeneizou as culturas e reduziu as discrepâncias econômicas entre os países.
b) Integrou economias e possibilitou a difusão de hábitos dos lugares pelo mundo.
c) Deu visibilidade às minorias, a povos e culturas de recantos isolados do mundo.
d) Quase anulou a xenofobia e os conflitos étnicos e religiosos em todo o planeta.

Questão 2 O índio do Xingu, que ainda acredita em Tupã, assiste pela televisão a uma par-
tida de futebol que acontece em Barcelona ou a um show dos Rolling Stones na praia de
Copacabana. Não obstante, não há que se iludir: o índio não vive na mesma realidade em que
um morador do Harlem ou de Hong Kong, uma vez que são distintas as relações dessas dife-
rentes pessoas com a realidade do mundo moderno; isso porque o homem é um ser cultural,
que se apoia nos valores da sua comunidade, que, de fato, são os seus.

GULLAR, F. Folha de S. Paulo. São Paulo: 19 out. 2008 (adaptado).


Ao comparar essas diferentes sociedades em seu contexto histórico, verifica-se que
a) Pessoas de diferentes lugares, por fazerem uso de tecnologias de vanguarda, desfrutam da
mesma realidade cultural.
b) O índio assiste do futebol ao show, mas não é capaz de entendê-los, porque não pertencem
à sua cultura.
c) Pessoas com culturas, valores e relações diversas têm, hoje em dia, acesso às mesmas
informações.
d) Os moradores do Harlem e de Hong Kong, devido à riqueza de sua História, têm uma visão
mais aprimorada da realidade.
e) A crença em Tupã revela um povo atrasado, enquanto os moradores do Harlem e de Hong
Kong, mais ricos, vivem de acordo com o presente.

Questão 3 Entre as promessas contidas na ideologia do processo de globalização da eco-


nomia estava a dispersão da produção do conhecimento na esfera global, expectativa que não
se vem concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um centro de pesqui-

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sa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta com mão de obra altamente qualificada.
Os impactos desse processo na inserção dos países na economia global deram-se de forma
hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a reestruturação produ-
tiva, houve difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e organizacional. O peso
da assimetria projetou-se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e aqueles em
desenvolvimento.

BARROS, F. A. F. Concentração técnico-científica: uma tendência em expansão no mundo


contemporâneo? Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, n.1 jan./fev. 2007 (adaptado).
Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que
a) A inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a agricultura,
a indústria e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos.
b) Os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado, obedecendo
ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica.
c) As novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as popula-
ções que as incorporam em seu dia a dia.
d) Os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de industrialização,
concentrados em alguns países emergentes.
e) O crescimento econômico dos países em desenvolvimento, decorrente da dispersão da
produção do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos países desenvolvidos.

Questão 4 (UFAM) São características da Globalização:


a) A adoção do Toyotismo como modelo para a reorganização da produção, a restrição dos
mercados e a valorização tecnológica.
b) O estabelecimento de redes comerciais, com valorização do capital mercantil e o aumento
do controle estatal na economia.
c) A adoção de políticas neoliberais, a desregulamentação da economia e diminuição dos ín-
dices de robotização na indústria.
d) A dinamização tecnológica com a garantia da ampliação de políticas sociais e direitos tra-
balhistas.
e) A formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital finan-
ceiro.

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Questão 5 O processo de globalização tem, na atualidade, provocado grandes mudanças,


tanto nas esferas econômica, financeira e política quanto na vida social e cultural dos povos
e das nações, em escala mundial. A esse respeito, é possível afirmar, de modo correto, que:
a) A maioria das instituições financeiras globais tem sua sede localizada nos países subde-
senvolvidos.
b) O avanço das telecomunicações e da informática e o uso da internet são fundamentais
para os fluxos financeiros mundiais.
c) O Estado intervém na economia por meio de investimentos no setor industrial, fortalecendo,
assim, as empresas estatais.
d) As transformações políticas, econômicas, sociais e tecnológicas dão-se da mesma forma
nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
e) Os blocos econômicos regionais são constituídos com o objetivo único de formação de
alianças para defender a autonomia política dos países-membros.

Questão 6 Para o geógrafo Milton Santos, existiriam três mundos num só: a globalização
como fábula, a globalização como perversidade e uma outra globalização.

Com base na afirmação e na imagem, pode-se compreender que o processo de globalização:

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I – Possibilita que se viva numa aldeia global.


II – Permite que as fronteiras desapareçam.
III – Inclui e une todos os povos.
IV – É benefício exclusivo de alguns.

Está correto o que se afirma em:


a) I e III
b) II e IV
c) I, II e IV
d) apenas I
e) apenas IV

Questão 7 A globalização, apesar de trazer a ideia de interligação de todos os povos e lu-


gares do mundo, acaba segregando minorias presentes em todo o planeta. A inclusão digital
não é acessível a todos, portanto, não há como afirmar que se viva numa aldeia global. Tam-
bém não há como afirmar que a globalização inclui e une todos os povos e que há o desapa-
recimento de fronteiras.
Leia este texto:
Faces da globalização
Milhões de pessoas vão todas as semanas às lojas Wal-Mart, que possuem novecentos em-
pregados proibidos de se sindicalizarem. Os trabalhadores da empresa McDonald’s são tão
desprezados como a comida que servem. Eles também não podem se sindicalizar. Na Malá-
sia, o governo criou a “União Livre”, uma organização do setor eletrônico independente de sin-
dicatos. No Brasil, de cada cinco operários da Volkswagen, só um é empregado da empresa.
A China produz a metade de todas as bonecas Barbie do mundo com 300 empresas tercei-
rizadas. Oito de cada dez novos empregos na Argentina estão sem nenhuma proteção legal.

GALEANO, E . Os Direitos dos trabalhadores: um tema para arqueólogos? (Adaptado)


Considerando o texto e conhecimentos sobre a questão, é CORRETO afirmar que

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a) a globalização reorganizou o mercado de trabalho, com intensa desregulamentação traba-


lhista.
b) a globalização resultou em uma desconcentração espacial da indústria e da tecnologia.
c) as condições de trabalho melhoraram na China com as terceirizações ocorridas.
d) as mudanças trabalhistas ocorreram somente nos países da periferia do capitalismo.

Questão 8 Os processos capitalistas impulsionaram diversas transformações que envol-


vem a circulação de informações, de pessoas e produtos por diferentes países. Foram esta-
belecidos diversos pontos de interconexão que, de certo modo, aproximam sujeitos, conheci-
mentos e fortalecem tendências internacionais. Tal situação é potencializada por tecnologias
contemporâneas ao mesmo tempo em que evidencia significativos contrastes sociais, cul-
turais e econômicos. Recentemente, essas transformações tornaram-se mais significativas.
Esse fenômeno é chamado de
a) Estratificação
b) Globalização
c) Nacionalização
d) Lugarização
e) Territorialização

Questão 9 Apenas sobre as VANTAGENS da globalização, assinale V para as proposições


verdadeiras e F para as proposições falsas:
I – ( ) Compressão espaço-tempo, ou seja, diminuição das distâncias e do tempo graças
aos avanços tecnológicos.
II – ( ) A maneira como a globalização expande-se ocorre de forma semelhante tanto nas
nações mais desenvolvidas como nas menos desenvolvidas.
III – ( ) A expansão da globalização, apesar de diminuir os preços dos produtos, faz com
que muitas empresas passem a controlar o mercado mundial.
IV – ( ) Redução do preço médio dos produtos.

Assinale a alternativa correta:

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a) FVFV
b) FVFF
c) VFFV
d) VVFF

Questão 10 Assinale a alternativa que indica uma desvantagem em relação ao processo de


globalização:
a) Produtos industrializados têm seus processos produtivos descentralizados em várias par-
tes do mundo.
b) O deslocamento das fábricas permite a aquisição de matérias-primas mais baratas e o
emprego de mão de obra mais em conta, reduzindo os salários e contribuindo para a desre-
gulamentação progressiva das leis trabalhistas.
c) Informações diversas sobre dados econômicos, políticos e sociais também se dispersam
rapidamente.
d) Se há uma nova descoberta no campo da medicina em algum país, o restante do mundo
passa a ter conhecimento dessa novidade instantaneamente.

“O advento do Mercosul ampliou bastante as relações comerciais e financeiras do Brasil com


seus vizinhos do sul e sudoeste. Até os anos 1980, esses países sul-americanos não eram
parceiros comerciais importantes, principalmente em relação a investimentos, porém, nos
anos 1990, passou a figurar notadamente a Argentina entre os mais importantes para o co-
mércio exterior brasileiro. Um crescente número de empresas do Brasil já abriu filiais na Ar-
gentina (e vice-versa), e muitas indústrias estrangeiras se instalaram em um desses países a
fim de produzir para todo o mercado consumidor do Mercosul”.
VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012. p. 333.

Questão 11 Sobre os países que compõem o Mercosul e suas relações comerciais, assinale
a alternativa incorreta:
a) O Mercosul foi criado com o objetivo de ampliar o comércio entre os países-membros atra-
vés da redução ou eliminação de tarifas alfandegárias.

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b) Os membros associados ao Mercosul são: Chile, Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Guiana
e Suriname.
c) Em 2004, o México ingressou no bloco como membro observador.
d) O Mercosul, ainda hoje, não é considerado um bloco econômico constituído por uma União
Aduaneira.

Questão 12 A Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai formam o Mercosul (Mercado Co-


mum do Sul), o organismo que estabelece as regras e os procedimentos para
a integração econômica entre os quatro países. Sobre esse bloco econômico, é correto afir-
mar que:
a) integra países com povoamento, dinâmica econômica e nível de renda muito diferentes.
b) estabelece “fronteiras abertas” para o livre deslocamento de pessoas, produtos e capitais.
c) permite a livre circulação dos bens industriais sem restrições e barreiras alfandegárias.
d) restringe os fluxos migratórios devido às rivalidades históricas existentes dentro do bloco.

Questão 13 Observe o gráfico:

A leitura do gráfico permite concluir que:


a) a composição econômica dos membros do Mercosul é muito heterogênea.
b) o ingresso da Bolívia no Mercosul não deve alterar as relações internas no bloco.
c) dos atuais integrantes do Mercosul, o Brasil é que pode ser considerado industrializado.
d) apesar das diferenças econômicas entre os membros, o Mercosul é um dos blocos mais
atuantes do mundo.
e) o aumento da participação do Mercosul na OMC (Organização Mundial do Comércio) deve
alterar a atual disparidade interna no bloco.

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Questão 14 No ano de 2012, o presidente Fernando Lugo sofreu um processo de impeach-


ment em seu país, dando lugar a Federico Franco, que assumiu o país interinamente até a
realização de novas eleições, que ocorreram em abril de 2013. No entanto, muitos analistas
políticos consideraram essa questão como um Golpe de Estado por não se embasar em fun-
damentações práticas consistentes e por não dar o direito de defesa ao presidente deposto.
Considerando essas argumentações, o Mercosul decidiu pela exclusão provisória do país do
bloco, entendendo a atitude antidemocrática tomada em seu contexto político.
O país a que o texto se refere é:
a) Argentina
b) Paraguai
c) Uruguai
d) Bolívia
e) Equador

Questão 15 Assinale a alternativa abaixo que NÃO representa um dos critérios estabeleci-
dos pelo Mercosul para a adesão de um país como membro efetivo do bloco.
a) Fazer parte da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração).
b) Apresentar uma economia em estágio avançado de desenvolvimento.
c) Possuir um regime político interno democrático.
d) Aprovação de sua entrada por unanimidade pelos membros efetivos.
e) Associar-se primeiramente como membro associado até que todas as exigências sejam
cumpridas.

Questão 16 Com a criação do Mercosul, as parcerias econômicas brasileiras passaram por


transformações. Assinale a alternativa que expressa corretamente tais transformações.
a) Ampliação da parceria com os países sul-americanos, notadamente a Argentina, em detri-
mento da antiga proximidade econômica com os Estados Unidos.
b) Diminuição das importações para os países da América Latina e ampliação das exporta-
ções para eles.

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c) Redução brusca das dívidas externas dos países-membros do Mercosul, em função da


nova política brasileira de concessão de empréstimos a juros baixos.
d) Início da industrialização do Brasil a partir da integração com os países-membros do Mer-
cosul graças ao recebimento de novos tipos de matérias-primas.

Mercosul formaliza fim de disputa por entrada de Venezuela no bloco


O governo brasileiro e o venezuelano comemoraram nesta terça-feira (14/01) em Assunção
o fim da disputa pela entrada da Venezuela no Mercosul após a cerimônia de ratificação de
ingresso deste país no bloco, que foi presidida pelo chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga.
O embaixador da Venezuela em Assunção, Alfredo Murga, disse que o ato tem um grande sig-
nificado e o governo de Nicolás Maduro agradece ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes.

(Opera Mundi, 14/12/2014. Disponível em: Operamundi.uol


. Acesso em: 17/01/2014).

Questão 17 Com base na leitura da notícia acima, podemos concluir que o agradecimento
oficial direcionado a Horacio Cartes pelo governo da Venezuela justifica-se:
a) porque o governo paraguaio fez constantes disputas a fim de garantir a entrada dos vene-
zuelanos no Mercosul.
b) porque o presidente Nicolás Maduro conseguiu se eleger em seu país em função do apoio
incondicional dado pelo Paraguai.
c) porque o Paraguai é o país responsável pela autorização de um novo membro no bloco do
Mercosul.
d) porque o Paraguai não vetou a entrada do novo membro, diferentemente do que havia rea-
lizado ao longo dos anos anteriores.

Questão 18 Dentre os estágios de integração entre membros de um mesmo bloco econômi-


co abaixo elencados, assinale aquele que corresponde ao Mercosul:
a) Zona de livre comércio.
b) Área de livre comércio.

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c) União Aduaneira.
d) Mercado Comum.
e) Região Alfandegária.

Questão 19 Comparando-se o Mercosul e a União Europeia, é correto afirmar que:


a) A União Europeia tem colhido fracassos em razão de ser composta por países que têm um
histórico recente de conflitos armados, ao passo que os sucessos do Mercosul devem-se à
harmonia natural de países vizinhos sem histórico de conflitos.
b) Não são passíveis de comparação, pois a União Europeia resultou de um tratado amplo e
antigo entre países desenvolvidos e o Mercosul é um acordo de Livre Comércio entre países
subdesenvolvidos que nunca visou a qualquer tipo de integração regional.
c) A integração regional da União Europeia atinge as esferas econômica, social, política e cul-
tural do mesmo modo que o Mercosul, que projeta para o futuro a plena integração comercial
em todos os setores da economia e uma moeda comum ainda para 2006.
d) Nos dois casos verificou-se que, após as tentativas de integração regional, as  relações
comerciais entre os países-membros praticamente não foram afetadas, pondo em dúvida a
eficácia dessas organizações supranacionais.
e) Enquanto a União Europeia conheceu ampla integração territorial por meio das infraes-
truturas (ferrovias, rodovias, hidrovias) antes mesmo de sua institucionalização, o Mercosul
passou a expandir tais infraestruturas somente após sua criação e ainda assim em ritmo
bastante lento.

Questão 20 Observe a Charge a seguir:

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(Millôr Fernandes. Retirado de: VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora

Ática, 2012. p. 323.)

A ilustração de Millôr Fernandes é uma crítica à ordem global atual. Além disso, ela faz refe-
rência:
a) à visão eurocêntrica das projeções cartográficas
b) à visão conceitual da Globalização realizada no processo de ensino-aprendizagem
c) à forma com que o Planalto Central opera o processo de inserção da Globalização no Brasil
d) à Divisão Internacional do Trabalho, em que os países do Sul subdesenvolvido são depen-
dentes do Norte desenvolvido.
e) à influência da Globalização sobre o processo de transformação da educação brasileira.

Questão 21 “A globalização constitui o estágio máximo da internacionalização, a amplifica-


ção em sistema-mundo de todos os lugares e de todos os indivíduos, logicamente em graus
diferentes”.

(Disponível em: Mundo educação/ Globalização)


Os “graus diferentes” citados no texto referem-se:
a) às diferenças entre os níveis de ajustamento da política internacional a uma ordem de ho-
mogeneização cultural;

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b) à resistência dos movimentos antiglobalização frente aos avanços do sistema capitalista


em escala mundial.
c) à forma desigual de difusão e alcance do processo de mundialização econômica e política.
d) à impossibilidade da globalização atingir todo o planeta
e) à incerteza de alguns países em adotar a globalização como forma de desenvolvimento.

Questão 22 “A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do


mundo capitalista. [...] No fim do século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um
sistema de técnicas presidido pelas técnicas da informação, que passaram a exercer um pa-
pel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença
planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas.
Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global,
responsável pelo essencial dos processos políticos atualmente eficazes.”

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência univer-
sal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24.
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contem-
porânea, assinale a alternativa correta.
a) A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas
técnicas de informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universa-
lização do uso da internet, que se deu a partir do final da década de 1990.
b) Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão
internacional do trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar
cada vez mais em poucos países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
c) Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo
à doutrina econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do
Estado e a intervenção estatal como reguladora direta dos mercados – industrial, comercial
e financeiro.
d) Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de
produção, das forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mer-

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cado mundial, são amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou
conglomerados multinacionais.
e) As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a
entrada de produtos estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como ca-
racterísticas marcantes do processo de globalização.

Questão 23 “Embora tenha suas origens mais imediatas na expansão econômica ocorrida
após a segunda guerra e na revolução técnico-científica ou informacional, a globalização é a
continuidade do longo processo histórico de mundialização capitalista.”

(MOREIRA, João Carlos e SENE, Eustáquio de. Geografia para o ensino médio: Geografia
Geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2002.p. 03)
Com relação ao desenvolvimento do capitalismo, sua mundialização e globalização, é possí-
vel afirmar que:
a) Os Tigres Asiáticos começaram a se constituir como potências econômicas a partir da
aplicação da política de bem-estar social e do taylorismo/fordismo como elementos dinami-
zadores de suas economias.
b) A constituição do MERCOSUL foi uma resposta político-econômica dos países da América
Latina à perspectiva de constituição do NAFTA, uma vez que suas economias apresentam
elevado grau de complementaridade e integração entre os setores primário, secundário e ter-
ciário.
c) A chamada terceira revolução científica e tecnológica vem contribuindo intensamente com
a integração entre os mercados, uma vez que possibilita maior grau de flexibilidade aos capi-
tais internacionais, inclusive na perspectiva de substituição do dinheiro de papel pelo dinheiro
de plástico e virtual em tempo real.
d) Com a crise da economia americana, o valor das commodities agrícolas tem baixado se-
guidamente, contribuindo para atenuar a fome no Chifre da África.
e) A crise que assola a economia-mundo tem contribuído para alterar e inverter as relações
entre os países na divisão internacional do trabalho, pois até a China passou a ser credora
dos EUA.

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Questão 24 Assinale um dos eventos abaixo enumerados que não possui relação direta com
o processo de globalização:
a) A difusão dos comércios localizados em oposição às corporações internacionais.
b) A formação de blocos econômicos regionais.
c) A propagação do inglês como idioma universal.
d) O “encolhimento” do mundo graças à redução das dificuldades de comunicação e trans-
porte entre as diferentes regiões do planeta.

Questão 25 Uma das características atuais do processo de globalização é a exigência, cada


vez maior, de fluidez de informações e mercadorias, ou, em essência, do próprio capital. Tal
exigência tem conduzido os países à reestruturação de seus sistemas de circulação. Nesse
sentido, no Estado brasileiro, nos últimos anos,
a) priorizou-se o transporte público urbano, com a ampliação do número de linhas do Metro-
politano em todas as capitais dos Estados.
b) houve uma ampla recuperação da malha ferroviária, com a construção de novos trechos,
a exemplo da Transnordestina.
c) privilegiou-se o sistema de cabotagem, valorizando-se o transporte de passageiros pelo
território nacional e interligando as áreas costeiras do país.
d) priorizou-se o transporte hidroviário, voltado à exportação de grãos, conforme atestam as
hidrovias Tietê-Paraná e do Rio São Francisco.
e) intensificou-se a modernização do sistema portuário, incluindo a construção de portos
como os de Sepetiba (RJ) e Pecém (CE).

Questão 26 A economia mundial influencia outros setores da sociedade. Sobre esse tema,
considere as seguintes afirmativas:
I – O atual modelo assumido pela economia mundial coloca países subdesenvolvidos e
desenvolvidos em um mesmo patamar socioeconômico e cultural.
II – A presença da rede McDonald’s em países como a Índia e a China mostra a eficácia
dos modelos de consumo ocidentais difundidos pela ruptura de barreiras comerciais.

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III – Cuba é um dos poucos países do mundo ocidental que se mantém fora do circuito
mundial do comércio, da informação e da comunicação, embora na atualidade se veri-
fiquem algumas mudanças na participação cubana nesses setores.
IV – A abertura econômica da China tem sido acompanhada por um acelerado processo de
democratização do país.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

Questão 27 (UFPB/2008) Superada a indeterminação provocada pela Segunda Guerra Mun-


dial, a economia do mundo voltou a crescer em ritmo mais acelerado. Nesse cenário de pros-
peridade, as empresas dos países industrializados passaram a exercer maior relação de poder
sobre as dos países não industrializados. A partir das informações apresentadas, identifique
as proposições verdadeiras relativas às empresas multinacionais:
1. São grandes corporações capitalistas, geralmente organizadas em conglomerados, as quais
passaram, sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial, a instalar filiais em vários países, além
do território onde se originaram.
2. São aquelas empresas que se expandiram pelo mundo em busca de custos menores de
produção e de novos mercados consumidores, instalando-se em países de industrialização
recente com grande contingente populacional.
4. São empresas com escala de produção regional, que usam mão de obra qualificada pelos
órgãos gestores da produção, recorrem à tecnologia e seus produtos são comercializados
além dos territórios de origem.
8. São empresas geradas de acordos ou combinações entre elas, geralmente ilegais (trustes),
com o objetivo de restringir a concorrência e controlar os preços.

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16. São aquelas empresas que se encarregaram de globalizar, gradativamente, não somente
a produção, mas também o consumo, construindo filiais em vários países.

Questão 28 Sobre os temas capitalismo e globalização, assinale a(s) proposição(ões) COR-


RETA(S).
1. No Brasil, a base material da reprodução da sociedade capitalista foi fundamentada na do-
minação consentida das classes subalternas sobre a burguesia.
2. A regulação do capitalismo se dá por uma relação dialética do mercado, que através dos
preços regula a quantidade e as técnicas de produção de mercadorias.
4. Atualmente, a globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas es-
tão cada vez mais descobrindo na rede mundial de computadores (internet) uma maneira
rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de outros países ou, até mesmo, de co-
nhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta.
8. Mesmo antes do que seria conhecido como globalização, a maior internacionalização das
economias permitiu às grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes
do mundo, buscando principalmente a redução de custos.
16. A sociedade capitalista foi gestada em meio à dissolução da ordem feudal, particularmen-
te nos países asiáticos, considerando-se o fortalecimento da relação de servidão em detri-
mento do trabalho assalariado.
32. O neoliberalismo se caracteriza como uma doutrina baseada em um conjunto de ideias
políticas e econômicas capitalistas que defendem a ampla participação do Estado na econo-
mia.

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Questão 29

TEXTO I

TEXTO II
A Índia deu um passo alto no setor de teleatendimento para países mais desenvolvidos, como
os Estados Unidos e as nações europeias. Atualmente mais de 245 mil indianos realizam li-
gações para todas as partes do mundo a fim de oferecer cartões de crédito ou cobrar contas
em atraso.
Disponível em: www.conectacallcenter.com.br. Acesso em: 12 nov. 2013 (adaptado).

Ao relacionar os textos, a explicação para o processo de territorialização descrito está no(a):


a) aceitação das diferenças culturais.
b) adequação da posição geográfica
c) incremento do ensino superior
d) qualidade da rede logística
e) custo da mão de obra local.

Questão 30 Assinale um dos eventos abaixo enumerados que não possui relação direta com
o processo de globalização:
a) A difusão dos comércios localizados em oposição às corporações internacionais.
b) A formação de blocos econômicos regionais.

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c) A propagação do inglês como idioma universal.


d) O “encolhimento” do mundo graças à redução das dificuldades de comunicação e trans-
porte entre as diferentes regiões do planeta.

Questão 31 O processo de Globalização consolidou-se no Brasil a partir da década de 1990,


tendo como principais características as questões a seguir, exceto:
a) Expansão do sistema econômico neoliberal.
b) Frente de ampla abertura comercial para o mercado externo.
c) Flexibilização das frentes de trabalho.
d) Transferência de patrimônio privado para o poder público.
e) Imigração de empresas multinacionais.

Questão 32 (UFAM) São características da Globalização:


a) A adoção do Toyotismo como modelo para a reorganização da produção, a restrição dos
mercados e a valorização tecnológica.
b) O estabelecimento de redes comerciais, com valorização do capital mercantil e o aumento
do controle estatal na economia.
c) A adoção de políticas neoliberais, a desregulamentação da economia e diminuição dos ín-
dices de robotização na indústria.
d) A dinamização tecnológica com a garantia da ampliação de políticas sociais e direitos tra-
balhistas.
e) A formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital finan-
ceiro.

Questão 33 (UFC) O processo de globalização tem, na atualidade, provocado grandes mu-


danças, tanto nas esferas econômica, financeira e política quanto na vida social e cultural dos
povos e das nações, em escala mundial. A esse respeito, é possível afirmar, de modo corre-
to, que:
a) A maioria das instituições financeiras globais tem sua sede localizada nos países subde-
senvolvidos.

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b) O avanço das telecomunicações e da informática e o uso da internet são fundamentais


para os fluxos financeiros mundiais.
c) O Estado intervém na economia por meio de investimentos no setor industrial, fortalecendo,
assim, as empresas estatais.
d) As transformações políticas, econômicas, sociais e tecnológicas dão-se da mesma forma
nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
e) Os blocos econômicos regionais são constituídos com o objetivo único de formação de
alianças para defender a autonomia política dos países-membros.

Questão 34 (UNEAL) Leia a frase para responder à questão. Fenômeno decorrente da im-
plementação de novas tecnologias de comunicação e informação, isto é, de novas redes téc-
nicas, que permitem a circulação de ideias, mensagens, pessoas e mercadorias num ritmo
acelerado, e que acabaram por criar a interconexão entre os lugares em tempo simultâneo.
PCN Geografia.
A descrição revela o fenômeno da
a) conurbação.
b) metropolização.
c) globalização.
d) revolução industrial.
e) favelização.

Questão 35 (ENEM/MEC) Você está fazendo uma pesquisa sobre a globalização e lê a se-
guinte passagem, em um livro:
A SOCIEDADE GLOBAL
As pessoas se alimentam, se vestem, moram, se comunicam, se divertem, por meio de bens e
serviços mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.
Suponhamos que você vá com seus amigos comer Big Mac e tomar Coca-Cola no Mc Do-
nald’s. Em seguida, assiste a um filme de Steven Spielberg e volta para casa num ônibus de
marca Mercedes.

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Ao chegar em casa, liga seu aparelho de TV Philips para ver o videoclip de Michael Jackson e,
em seguida, deve ouvir um CD do grupo Simply Red, gravado pela BMG Ariola Discos em seu
equipamento AIWA. Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes nesse seu
curto programa de algumas horas.

Adap. Praxedes et alli, 1997. O MERCOSUL. SP, Ed. Ática, 1997.


Com base no texto e em seus conhecimentos de Geografia e História, marque a resposta cor-
reta.
a) O capitalismo globalizado está eliminando as particularidades culturais dos povos da terra.
b) A cultura, transmitida por empresas transnacionais, tornou-se um fenômeno criador das
novas nações.
c) A globalização do capitalismo neutralizou o surgimento de movimentos nacionalistas de
forte cunho cultural e divisionista.
d) O capitalismo globalizado atinge apenas a Europa e a América do Norte.
e) Empresas transnacionais pertencem a países de uma mesma cultura.

Questão 36 (ENEM/MEC) A leitura do exercício acima ajuda você a compreender que:


I – A globalização é um processo ideal para garantir o acesso a bens e serviços para toda
a população.
II – A globalização é um fenômeno econômico e, ao mesmo tempo, cultural.
III – A globalização favorece a manutenção da diversidade de costumes.
IV – Filmes, programas de TV e música são mercadorias como quaisquer outras.
V – As sedes das empresas transnacionais mencionadas são os EUA, Europa Ocidental e
Japão.

Destas afirmativas estão corretas:


a) I, II e IV, apenas.
b) II, IV e V, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) III, IV e V, apenas.

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Questão 37 (ENEM/1998) Um dos fenômenos mais discutidos e polêmicos da atualidade é


a “Globalização”, a qual impacta de forma negativa:
a) na mão de obra desqualificada, desacelerando o fluxo migratório.
b) nos países subdesenvolvidos, aumentando o crescimento populacional.
c) no desenvolvimento econômico dos países industrializados desenvolvidos.
d) nos países subdesenvolvidos, provocando o fenômeno da “exclusão social”.
e) na mão de obra qualificada, proporcionando o crescimento de ofertas de emprego e fazen-
do os salários caírem vertiginosamente.

Questão 38 (UFPR/2009) A economia mundial influencia outros setores da sociedade. Sobre


esse tema, considere as seguintes afirmativas:
I – O atual modelo assumido pela economia mundial coloca países subdesenvolvidos e
desenvolvidos em um mesmo patamar socioeconômico e cultural.
II – A presença da rede McDonald’s em países como a Índia e a China mostra a eficácia
dos modelos de consumo ocidentais difundidos pela ruptura de barreiras comerciais.
III – Cuba é um dos poucos países do mundo ocidental que se mantém fora do circuito
mundial do comércio, da informação e da comunicação, embora na atualidade se veri-
fiquem algumas mudanças na participação cubana nesses setores.
IV – A abertura econômica da China tem sido acompanhada por um acelerado processo de
democratização do país.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.

Questão 39 (ENEM/2009) Entre as promessas contidas na ideologia do processo de glo-


balização da economia estava a dispersão da produção do conhecimento na esfera global,

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expectativa que não se vem concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um
centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta com mão de obra alta-
mente qualificada. Os impactos desse processo na inserção dos países na economia global
deram-se de forma hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a
reestruturação produtiva, houve difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e
organizacional. O peso da assimetria projetou-se mais fortemente entre os países mais de-
senvolvidos e aqueles em desenvolvimento.

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contemporâneo: Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, n.1 jan./fev. 2007
Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que:
a) A inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a agricultura,
a indústria e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos.
b) Os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado, obedecendo
ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica.
c) As novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as popula-
ções que as incorporam em seu dia a dia.
d) Os tecnopólos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de industrialização,
concentrados em alguns países emergentes.
e) O crescimento econômico dos países em desenvolvimento, decorrente da dispersão da
produção do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos países desenvolvidos.

Questão 40 (ENEM/2009) Um certo carro esporte é desenhado na Califórnia, financiado por


Tóquio, o protótipo criado em Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos EUA e México,
com componentes eletrônicos inventados em Nova Jérsei (EUA), fabricados no Japão. (…). Já
a indústria de confecção norte-americana, quando inscreve em seus produtos ‘made in USA’,
esquece de mencionar que eles foram produzidos no México, Caribe ou Filipinas. (Renato Or-
tiz, Mundialização e Cultura). O texto ilustra como em certos países produz-se tanto um carro
esporte caro e sofisticado, quanto roupas que nem sequer levam uma etiqueta identificando
o país produtor. De fato, tais roupas costumam ser feitas em fábricas — chamadas “maquila-

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doras” — situadas em zonas francas, onde os trabalhadores nem sempre têm direitos traba-
lhistas garantidos.
A produção nessas condições indicaria um processo de globalização que
a) fortalece os Estados Nacionais e diminui as disparidades econômicas entre eles pela apro-
ximação entre um centro rico e uma periferia pobre.
b) garante a soberania dos Estados Nacionais por meio da identificação da origem de produ-
ção dos bens e mercadorias.
c) fortalece igualmente os Estados Nacionais por meio da circulação de bens e capitais e do
intercâmbio de tecnologia.
d) compensa as disparidades econômicas pela socialização de novas tecnologias e pela cir-
culação globalizada da mão de obra.
e) reafirma as diferenças entre um centro rico e uma periferia pobre, tanto dentro como fora
das fronteiras dos Estados Nacionais.

Questão 41 (UECE/2007) A globalização tem sido vista, de maneira muito simplificada, como
simples abertura de fronteiras e geração de um espaço mundial comum. É natural a constru-
ção ideológica segunda a qual nosso mundo encolheu dramaticamente e qualquer ponto do
planeta está a nosso alcance, através do teclado do computador ou da tela da televisão. Con-
sidere os seguintes itens a respeito da globalização:
I – A produção globalizada e a informação globalizada permitem a emergência de um
lucro em escala mundial, buscado pelas firmas globais que constituem o verdadeiro
motor da atividade econômica contemporânea.
II – A globalização é o estágio supremo da internacionalização e o maior destaque desse
mais recente período é o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, a per-
mitir que o mundo se torne socialmente mais justo e igualitário.
III – Num mundo globalizado, as realidades geográficas se renovam, contribuindo para vi-
vermos num espaço sem fronteiras, uma aldeia global onde todos podem conhecer
extensivamente e profundamente o planeta.

É(são) correta(s) apenas

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a) I e III
b) II e III
c) II
d) I

Questão 42 (UFAL) O Capitalismo Moderno é um sistema político e econômico que ainda


predomina no mundo atual. Ele apresenta uma série de características, como as que são
mencionadas a seguir, exceto:
a) a globalização do capital financeiro.
b) a intensificação dos monopólios.
c) a redução considerável do direito à propriedade privada dos meios de produção.
d) o aumento da produtividade do trabalho.
e) a competição de oligopólios no mercado internacional.

Questão 43 (UNAERP) O processo de globalização, iniciado com as grandes navegações,


atravessa os séculos e apresenta-se hoje, em todo o mundo, sob a égide do neoliberalismo,
que não se caracteriza corretamente:
a) pela predominância de interesses eminentemente financeiros.
b) por uma política estatizante e centralizadora.
c) por uma política de privatizações.
d) pelo abandono do estado de bem-estar social.
e) pela desregulamentação dos mercados.

Questão 44 Segundo Milton Santos, o Tempo do Mundo é o das empresas multinacionais e


o das instituições supranacionais. O Tempo dos Estados-Nações é o tempo dos Estados na-
cionais e das grandes firmas nacionais. Entre esses dois, haveria um tempo regional – o das
organizações regionais supranacionais – em que funcionariam
a) os sistemas naturais, como o clima e o relevo.
b) os mercados comuns regionais, como o Nafta.
c) os territórios híbridos, como o do narcotráfico.

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d) as redes urbanas, como as das regiões metropolitanas.


e) os movimentos sociais locais, como o MTST.

Questão 45 Em 2006, a  Venezuela passou à condição de membro permanente do bloco,


o que gerou uma série de críticas: negativas com relação a Hugo Chaves e positivas devido ao
incremento do comércio regional e à expansão do bloco em direção ao Caribe.

Questão 46 Bolívia e Chile ingressaram no bloco na condição de Estados associados, ou


seja, participam da união aduaneira, porém não têm voz em decisões do bloco nos âmbitos
político e econômico.

Questão 47 O Tratado de Assunção, assinado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, defi-
niu, em 1991, a formação do bloco econômico embasado nos princípios de uma união adua-
neira, que se baseia em eliminação progressiva das tarifas de alfândegas entre países-mem-
bros.

Questão 48 O acrônimo BRIC tem sido usado de modo cada vez mais amplo para designar
um grupo específico de países no cenário internacional. Quais são estes países e quais as
suas características relevadas neste agrupamento?
a) Bulgária, Romênia, Iugoslávia e Checoslováquia, que são países ex-comunistas que solici-
taram ingresso na União Europeia.
b) Brasil, Rússia, Índia e China, que são países extensos com capacidade de crescimento po-
sitiva.
c) Bolívia, República Dominicana, Índia e Canadá, que assinaram um protocolo de direitos
especiais para os povos indígenas.
d) Brasil, Rússia, Irã e Coréia do Norte, que questionam os termos do Tratado de Não Prolife-
ração de Armas Nucleares.
e) Brasil, Rússia, Irã e Cuba, que estabeleceram uma parceria no desenvolvimento de tecno-
logia aeroespacial

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Questão 49 A formação de blocos econômicos é característica marcante da globalização e


tem, na União Europeia, seu exemplo mais avançado.

Questão 50 Como o protecionismo é incompatível com a atual ordem econômica global, ele
praticamente desapareceu do cenário do comércio mundial dos dias de hoje.

Questão 51 Pode ser promissora, a  proposta de integração da América do sul, Unasul –


zona de livre comércio continental, com um núcleo forte constituído pelo MERCOSUL e a Co-
munidade Andina.
Levando em conta as transformações econômicas recentes e avaliando a situação de di-
ferentes países da América do Sul, um país da região poderá ocupar um papel importante
na condução da proposta, devido à atual política exterior, constitucionalmente fundada nos
princípios de independência nacional, no respeito aos direitos humanos e na não intervenção,
expressando uma articulação de interesses comerciais e políticos de uma potência regional
autônoma.
De acordo com a descrição acima, o país mais provável é
a) Brasil.
b) Equador.
c) Colômbia.
d) Venezuela.
e) Argentina.

Questão 52 Acerca dos antecedentes, objetivos e principais instrumentos da integração no


contexto do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue os itens seguintes.
O MERCOSUL foi criado pelo Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento firmado
originalmente por Brasil e Argentina em 1988 e expandido, com a incorporação do Uruguai e
do Paraguai, mediante o Tratado de Assunção de março de 1991.

Questão 53 Acerca dos antecedentes, objetivos e principais instrumentos da integração no


contexto do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), julgue os itens seguintes.

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O MERCOSUL objetiva, formalmente, a  constituição da união econômica implicando a livre


circulação, em seu âmbito, de bens, serviços, capitais e mão de obra, a adoção de uma moeda
comum e a criação de instituições supranacionais para gerir política e economicamente o
processo de integração.

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GABARITO
1. E, C, C, E 29. e
2. c 30. a
3. a 31. d
4. e 32. e
5. b 33. b
6. e 34. c
7. a 35. a
8. b 36. b
9. c 37. d
10. b 38. b
11. d 39. a
12. a 40. e
13. a 41. d
14. b 42. c
15. b 43. d
16. a 44. b
17. d 45. E
18. c 46. C
19. e 47. C
20. d 48. b
21. c 49. C
22. d 50. E
23. c 51. a
24. a 52. E
25. e 53. E
26. b
27. 1 + 2 + 16
28. 2 + 4 + 8

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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1 Sobre a economia globalizada:
a) Homogeneizou as culturas e reduziu as discrepâncias econômicas entre os países.
b) Integrou economias e possibilitou a difusão de hábitos dos lugares pelo mundo.
c) Deu visibilidade às minorias, a povos e culturas de recantos isolados do mundo.
d) Quase anulou a xenofobia e os conflitos étnicos e religiosos em todo o planeta.

Errado. Certo. Certo. Errado.


a) Errada. A cultura, em sua essência, continua heterogênea, e não houve redução das discre-
pâncias econômicas entre os países, em alguns países esse processo se intensificou.
b) Certa. A  economia globalizada possibilitou a integração de economias para o meio do
aparato tecnológico desenvolvido, e difundiu hábitos pelo mundo, por exemplo, as redes de
fast food.
c) Certa. Proporcionou por meio dos meios de comunicação maior visibilidade a culturas lo-
cais.
d) Errada. Não houve redução significativa nos casos de xenofobia e nem diminuiu os confli-
tos étnicos e religiosos, principalmente nos países africanos.

Questão 2 O índio do Xingu, que ainda acredita em Tupã, assiste pela televisão a uma par-
tida de futebol que acontece em Barcelona ou a um show dos Rolling Stones na praia de
Copacabana. Não obstante, não há que se iludir: o índio não vive na mesma realidade em que
um morador do Harlem ou de Hong Kong, uma vez que são distintas as relações dessas dife-
rentes pessoas com a realidade do mundo moderno; isso porque o homem é um ser cultural,
que se apoia nos valores da sua comunidade, que, de fato, são os seus.

GULLAR, F. Folha de S. Paulo. São Paulo: 19 out. 2008 (adaptado).


Ao comparar essas diferentes sociedades em seu contexto histórico, verifica-se que
a) Pessoas de diferentes lugares, por fazerem uso de tecnologias de vanguarda, desfrutam da
mesma realidade cultural.

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b) O índio assiste do futebol ao show, mas não é capaz de entendê-los, porque não pertencem
à sua cultura.
c) Pessoas com culturas, valores e relações diversas têm, hoje em dia, acesso às mesmas
informações.
d) Os moradores do Harlem e de Hong Kong, devido à riqueza de sua História, têm uma visão
mais aprimorada da realidade.
e) A crença em Tupã revela um povo atrasado, enquanto os moradores do Harlem e de Hong
Kong, mais ricos, vivem de acordo com o presente.

Letra c.
a) Errada. Não, apesar do processo de globalização, aspectos locais configuram a cultura de
um povo.
b) Errada. O índio entende o jogo de futebol e o show, pois por meio dos meios de comunica-
ção tem acesso a esses eventos.
c) Certa. O processo de globalização proporciona para as pessoas, por meio dos meios de
comunicação, acesso à informação.
d) Errada. Não, pois isso varia de acordo com a cultura e o contexto histórico de cada popula-
ção, havendo valores de conhecimento distintos.
e) Errada. São questões históricas e culturais, não havendo comparações entre diferentes
povos e culturas.

Questão 3 Entre as promessas contidas na ideologia do processo de globalização da eco-


nomia estava a dispersão da produção do conhecimento na esfera global, expectativa que não
se vem concretizando. Nesse cenário, os tecnopolos aparecem como um centro de pesqui-
sa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta com mão de obra altamente qualificada.
Os impactos desse processo na inserção dos países na economia global deram-se de forma
hierarquizada e assimétrica. Mesmo no grupo em que se engendrou a reestruturação produ-
tiva, houve difusão desigual da mudança de paradigma tecnológico e organizacional. O peso

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da assimetria projetou-se mais fortemente entre os países mais desenvolvidos e aqueles em


desenvolvimento.

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contemporâneo? Campinas: Inovação Uniemp, v. 3, n.1 jan./fev. 2007 (adaptado).
Diante das transformações ocorridas, é reconhecido que
a) A inovação tecnológica tem alcançado a cidade e o campo, incorporando a agricultura,
a indústria e os serviços, com maior destaque nos países desenvolvidos.
b) Os fluxos de informações, capitais, mercadorias e pessoas têm desacelerado, obedecendo
ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnológica.
c) As novas tecnologias se difundem com equidade no espaço geográfico e entre as popula-
ções que as incorporam em seu dia a dia.
d) Os tecnopolos, em tempos de globalização, ocupam os antigos centros de industrialização,
concentrados em alguns países emergentes.
e) O crescimento econômico dos países em desenvolvimento, decorrente da dispersão da
produção do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos países desenvolvidos.

Letra a.
a) Certa. O avanço tecnológico está presente em vários setores da economia, seja por meio
dos meios de comunicação e até na mecanização das atividades agrícolas. Os países desen-
volvidos se destacam nesse processo em virtude de maiores investimentos em tecnologia.
b) Errada. Por meio do processo de globalização, os fluxos de informação, capitais, mercado-
rias e pessoas têm acelerado em razão, principalmente, do avanço tecnológico dos meios de
comunicação.
c) Errada. Não, pois as tecnologias se difundem em graus diversos no espaço geográfico, de-
pendendo da capacidade tecnológica de cada localidade.
d) Errada. Os tecnopólos são centros de pesquisas para o desenvolvimento de inovações téc-
nicas com a utilização de mão de obra altamente qualificada, e se localizam, principalmente,
em países desenvolvidos.
e) Errada. O crescimento econômico dos países em desenvolvimento não se compara com o
processo utilizado pelos países desenvolvidos, pois são estruturas econômicas diferentes.

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Questão 4 (UFAM) São características da Globalização:


a) A adoção do Toyotismo como modelo para a reorganização da produção, a restrição dos
mercados e a valorização tecnológica.
b) O estabelecimento de redes comerciais, com valorização do capital mercantil e o aumento
do controle estatal na economia.
c) A adoção de políticas neoliberais, a desregulamentação da economia e diminuição dos ín-
dices de robotização na indústria.
d) A dinamização tecnológica com a garantia da ampliação de políticas sociais e direitos tra-
balhistas.
e) A formação de blocos econômicos, a integração dos mercados e o avanço do capital finan-
ceiro.

Letra e.
a) Errada. No processo de produção globalizado não há a adoção do modelo Toyotista de
produção, nem a restrição dos mercados.
b) Errada. Não ocorre o aumento do controle estatal na economia.
c) Errada. Os índices de robotização na economia globalizada são elevadíssimos, pois inten-
sificam a produção e são mais viáveis economicamente.
d) Errada. As  políticas sociais e direitos trabalhistas não são características da economia
globalizada.
e) Certa. As  formações de blocos econômicos facilitam a circulação de mercadorias, pro-
porcionando maiores mercados consumidores e investimentos de capital financeiro numa
escala global.

Questão 5 O processo de globalização tem, na atualidade, provocado grandes mudanças,


tanto nas esferas econômica, financeira e política quanto na vida social e cultural dos povos
e das nações, em escala mundial. A esse respeito, é possível afirmar, de modo correto, que:
a) A maioria das instituições financeiras globais tem sua sede localizada nos países subde-
senvolvidos.

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b) O avanço das telecomunicações e da informática e o uso da internet são fundamentais


para os fluxos financeiros mundiais.
c) O Estado intervém na economia por meio de investimentos no setor industrial, fortalecendo,
assim, as empresas estatais.
d) As transformações políticas, econômicas, sociais e tecnológicas dão-se da mesma forma
nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
e) Os blocos econômicos regionais são constituídos com o objetivo único de formação de
alianças para defender a autonomia política dos países-membros.

Letra b.
a) Errada. As sedes das instituições financeiras globais estão localizadas em países desen-
volvidos, nos países em desenvolvimento há a presença de filiais de empresas transnacionais.
b) Certa. Pois o aparato tecnológico é de fundamental importância para os serviços de teleco-
municação, transporte, investimentos, entre outros fatores essenciais para realização eficaz
das atividades econômicas em escala planetária.
c) Errada. Na economia globalizada, o Estado, normalmente, não intervém no setor industrial,
ocorrendo muitas vezes a privatização de empresas estatais.
d) Errada. Os países desenvolvidos são os principais beneficiados, isso em razão do desen-
volvimento tecnológico desenvolvido por eles, restando aos países subdesenvolvidos a de-
pendência tecnológica.
e) Errada. A formação de blocos econômicos regionais não tem como objetivo único a forma-
ção de alianças para defender a autonomia política dos países-membros, fatores que impul-
sionam a formação de blocos econômicos é criação de áreas de livre circulação de mercado-
rias, pessoas e serviços.

Questão 6 Para o geógrafo Milton Santos, existiriam três mundos num só: a globalização
como fábula, a globalização como perversidade e uma outra globalização.

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Com base na afirmação e na imagem, pode-se compreender que o processo de globalização:


I – Possibilita que se viva numa aldeia global.
II – Permite que as fronteiras desapareçam.
III – Inclui e une todos os povos.
IV – É benefício exclusivo de alguns.

Está correto o que se afirma em:


a) I e III
b) II e IV
c) I, II e IV
d) apenas I
e) apenas IV

Letra e.
O processo de globalização é benefício exclusivo de alguns.

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Questão 7 A globalização, apesar de trazer a ideia de interligação de todos os povos e lu-


gares do mundo, acaba segregando minorias presentes em todo o planeta. A inclusão digital
não é acessível a todos, portanto, não há como afirmar que se viva numa aldeia global. Tam-
bém não há como afirmar que a globalização inclui e une todos os povos e que há o desapa-
recimento de fronteiras.
Leia este texto:
Faces da globalização
Milhões de pessoas vão todas as semanas às lojas Wal-Mart, que possuem novecentos em-
pregados proibidos de se sindicalizarem. Os trabalhadores da empresa McDonald’s são tão
desprezados como a comida que servem. Eles também não podem se sindicalizar. Na Malá-
sia, o governo criou a “União Livre”, uma organização do setor eletrônico independente de sin-
dicatos. No Brasil, de cada cinco operários da Volkswagen, só um é empregado da empresa.
A China produz a metade de todas as bonecas Barbie do mundo com 300 empresas tercei-
rizadas. Oito de cada dez novos empregos na Argentina estão sem nenhuma proteção legal.

GALEANO, E . Os Direitos dos trabalhadores: um tema para arqueólogos? (Adaptado)


Considerando o texto e conhecimentos sobre a questão, é CORRETO afirmar que
a) a globalização reorganizou o mercado de trabalho, com intensa desregulamentação traba-
lhista.
b) a globalização resultou em uma desconcentração espacial da indústria e da tecnologia.
c) as condições de trabalho melhoraram na China com as terceirizações ocorridas.
d) as mudanças trabalhistas ocorreram somente nos países da periferia do capitalismo.

Letra a.
A globalização concentra, espacialmente, as indústrias e a tecnologia. As condições de tra-
balho na China não melhoraram, visto que a mão de obra chinesa é explorada para que se
atenda à demanda. Além disso, as mudanças trabalhistas ocorreram no mundo todo.

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Questão 8 Os processos capitalistas impulsionaram diversas transformações que envol-


vem a circulação de informações, de pessoas e produtos por diferentes países. Foram esta-
belecidos diversos pontos de interconexão que, de certo modo, aproximam sujeitos, conheci-
mentos e fortalecem tendências internacionais. Tal situação é potencializada por tecnologias
contemporâneas ao mesmo tempo em que evidencia significativos contrastes sociais, cul-
turais e econômicos. Recentemente, essas transformações tornaram-se mais significativas.
Esse fenômeno é chamado de
a) Estratificação
b) Globalização
c) Nacionalização
d) Lugarização
e) Territorialização

Letra b.
Se trata do processo de globalização.

Questão 9 Apenas sobre as VANTAGENS da globalização, assinale V para as proposições


verdadeiras e F para as proposições falsas:
I – ( ) Compressão espaço-tempo, ou seja, diminuição das distâncias e do tempo graças
aos avanços tecnológicos.
II – ( ) A maneira como a globalização expande-se ocorre de forma semelhante tanto nas
nações mais desenvolvidas como nas menos desenvolvidas.
III – ( ) A expansão da globalização, apesar de diminuir os preços dos produtos, faz com
que muitas empresas passem a controlar o mercado mundial.
IV – ( ) Redução do preço médio dos produtos.

Assinale a alternativa correta:


a) FVFV
b) FVFF

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c) VFFV
d) VVFF

Letra c.
II – Errada. A expansão da globalização ocorre de forma desigual, beneficiando, geralmente,
nações desenvolvidas e chegando incompleta nas nações menos desenvolvidas.
III – Errada. A globalização diminui os preços dos produtos, porém concentra o mercado mun-
dial nas mãos de poucas empresas.

Questão 10 Assinale a alternativa que indica uma desvantagem em relação ao processo de


globalização:
a) Produtos industrializados têm seus processos produtivos descentralizados em várias par-
tes do mundo.
b) O deslocamento das fábricas permite a aquisição de matérias-primas mais baratas e o
emprego de mão de obra mais em conta, reduzindo os salários e contribuindo para a desre-
gulamentação progressiva das leis trabalhistas.
c) Informações diversas sobre dados econômicos, políticos e sociais também se dispersam
rapidamente.
d) Se há uma nova descoberta no campo da medicina em algum país, o restante do mundo
passa a ter conhecimento dessa novidade instantaneamente.

Letra b.
a) Errada. Se os processos produtivos se descentralizam, os preços dos produtos tendem a
cair, sendo, portanto, uma vantagem.
c) Errada. É uma vantagem, pois contribui para avanços em muitas áreas do conhecimento.
d) Errada. Representa uma vantagem.

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Caro(a) concurseiro(a), mais uma etapa vencida e reitero meus votos de sucesso, pois
se chegou nesse ponto já é um vencedor e o momento de sua consagração se avizinha cada
vez mais. Como já é de praxe ao encerrar mais uma aula, renovo meus agradecimentos, meu
muito obrigado pela confiança depositada na equipe do Gran Cursos Online e até o próximo
encontro.
Abs.
Júlio Santos

Júlio Cézar dos Santos Silva

Graduado em História e Geografia, sou professor de geografia e atualidades em diversos cursos preparató-
rios para concursos com quase 20 anos de docência realizo este trabalho com o Gran Cursos Online desde
2015. Atualmente, além da função de professor em cursos presenciais e online sou empregado público e
encontro-me alocado no Sistema FIBRA do qual fazem parte o SENAI, SESI, IEL.

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