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INTERNET, REDES SOCIAIS E

COMUNICAÇÃO
INTERPESSOAL

Belo Horizonte
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 05

1 INTERNET..............................................................................................................05
1.1 Estrutura da internet ........................................................................................... 07
1.2 Principais serviços ou utilizações da internet.......................................................08
1.3 Intranet e extranet ...............................................................................................10
1.4 O hipertexto .........................................................................................................11
1.4.1 A utilização do hipertexto pelo educador ..........................................................14
2 REDES SOCIAIS ...................................................................................................16
3 COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL .......................................................................22
3.1 As redes de comunicação ..................................................................................25
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ..................................................31
AVALIAÇÃO .................................................................... Erro! Indicador não definido.
GABARITO ...................................................................... Erro! Indicador não definido.

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INTRODUÇÃO

Sejam bem-vindos ao curso de Especialização em INFORMÁTICA NA


EDUCAÇÃO, oferecido pelo Instituto Pedagógico de Minas Gerais - IPEMIG.

Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação


daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências
atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso.

As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.

Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos


colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada
está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar
nosso trabalho.

Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês


são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que:
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é
demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos
nossos/ seus alunos.

Nós sabemos que a comunicação proporciona interação entre os seres


humanos, sendo através dela que ocorre a transmissão de uma mensagem, tendo
como participante uma pessoa ou um grupo destas, um destinatário e o veículo desta
mensagem. Na atualidade essa comunicação pode acontecer de várias maneiras,
dentre elas através da internet, do correio eletrônico ou das redes sociais.

Entretanto, cabe salientar que encontramos além de vantagens, o seu oposto,


ou seja, desvantagens que podem se traduzir até mesmo em perigo para qualquer dos
usuários.

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Esta apostila trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que
entendemos serem os mais importantes para a disciplina. Para maior interação com o
aluno deixamos de lado algumas regras de redação científica, mas nem por isso o
trabalho deixa de ser científico.

Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.

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1 INTERNET

Em meados da década de 1960, o Departamento de Defesa Americano


desenvolveu um projeto denominado Advanced Research and Projetcts Agency /
Agência de projetos de Pesquisa Avançada (ARPA) com o objetivo de conectar os
computadores dos seus departamentos de pesquisa. Assim, a internet nasceu a partir
da ARPANET, que interligava quatro instituições: Universidade da Califórnia, LA e
Santa Bárbara; Instituto de Pesquisa de Stanford e Universidade de Utah. Na
sequência todas as agências de defesa dos Estados Unidos e, mais tarde, empresas
públicas do governo e universidades.

O governo americano utilizou como meio de transmissão a infraestrutura


pública das companhias telefônicas. Mais tarde, surgiu a necessidade de um protocolo
que pudesse conectar diferentes redes (o Transmission Control Protocol / Internet
Protocol, conhecido como TCP/IP) e ainda assim manter essa rede sem um ponto
central, pois essa rede deveria suportar um ataque nuclear, pois o departamento de
defesa tinha que manter um sistema de comunicação ativo (MONTEIRO, 2003).

Com o crescimento desta rede (ARPANET) que usava o protocolo TCP/IP,


ocorreu a adoção oficial deste protocolo de comunicação. Com a conexão de diversas
redes e a abertura para fins comerciais, à Internet obteve um crescimento enorme na
década de 1990, e então se tornou uma rede enorme, a nível mundial, onde só no
Brasil existem aproximadamente 22 milhões de internautas.

1.1 A estrutura da internet


Internet é formada por vários computadores interligados por cabos,
equipamentos de comunicação em rede e servidores (Computadores que centralizam
e distribuem informação para outros computadores). O meio de comunicação é feita
normalmente por pulsos elétricos formando uma linguagem semelhante a uma
lâmpada ligada e desligada que chamamos de linguagem binária (0 e 1) ou linguagem
de computador. As informações são organizadas por pacotes de informações
chamados de protocolos, no caso da Internet o protocolo principal utilizado é o TCP/IP,
ele tem a facilidade de ser transportado em partes com encapsulamento de

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informações que são fragmentadas na sua origem e viajam pela rede até chegar em
seu destinatário para que sejam novamente unidas e passadas ao usuário, por isso
foi escolhido como o protocolo ideal para Internet.

A Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN) foi a


responsável pela invenção da World Wide Web, ou simplesmente a Web, como hoje
a conhecemos. Essa nova tecnologia chegou por volta de 1990 e numa primeira fase,
permitia apenas aos cientistas trocar dados, depois acabou por se tornar a complexa
e essencial Web - www.

Em 1989, o seu responsável (Tim Berners-Lee) propôs um projeto de


hipertexto 1 que permitia às pessoas trabalhar em conjunto, combinando o seu
conhecimento numa rede de documentos. Foi esse projeto que ficou conhecido como
a World Wide Web.

1.2 Principais serviços ou utilizações da internet

NAVEGAÇÃO

Navegação, termo utilizado por utilizadores (internautas) da Internet significa


a troca de uma página para outra por links colocados no código HTML.

Ao acessar endereços eletrônicos de qualquer tipo pode-se trocar de página


através de Hiperlinks sendo levado para outras páginas, conhecendo novas páginas
a cada clique, é usado também o termo surfar para essa ida e vinda rede Internet.

1 Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual agrega-se outros conjuntos
de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de
referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma
de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de
interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações
que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de ―linkar‖ ou de ―ligar‖ textos foi
criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland
Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de ―Lexia‖, que seria a ligação de textos com
outros textos. Em palavras mais simples, o hipertexto é uma ligação que facilita a navegação dos
internautas. Um texto pode ter diversas palavras, imagens ou até mesmo sons, que, ao serem clicados,
são remetidos para outra página onde se esclarece com mais precisão o assunto do link abordado.

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PESQUISA

Assuntos diversos são encontrados na Internet, por ser utilizada pelo mundo
inteiro podemos conhecer alguns aspectos culturais de países que provavelmente não
conheceremos. Há troca de experiências em todos os níveis na internet, textos
diversos podem ser encontrados e referências para vários assuntos, com isso tornou-
se o principal meio de pesquisa para o meio acadêmico e profissionais, mas há um
perigo, nem todas as informações são corretas ou verdadeiras, o uso indevido do
nome das personalidades é fato comum no conteúdo encontrado, por isso é
importante utilizar informações de Sites seguros e reconhecidos.

TROCA DE ARQUIVOS

As trocas de informações através de arquivo foi outro benefício obtido pelo


uso da Internet. A melhor forma e mais segura de se transportar arquivos pela rede é
com o protocolo FTP (File Transfer Protocol) onde a transferência é feita em padrão
BINÁRIA ou ASC possibilitando a transferência de grande volume de dados pela rede
conectando dois computadores de uma forma padronizada.

BINÁRIA: Esta opção é usada quando a intenção for transferir arquivos que não
sejam padrão texto, como executáveis e imagens.

ASC: Esta opção é usada quando a intenção for transferir arquivos em modo
texto.

INFORMAÇÃO

Informação, muita informação, de qualquer tipo, acadêmico, jornalístico,


científico em qualquer linguagem em qualquer área de atuação, mas é preciso tomar
cuidado, uma vez que nem toda informação da Internet é verdadeira.

Recomenda-se sempre procura sites ou portais conhecidos e com referência,


geralmente os que são mais confiáveis são os de Universidades e de meios de

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comunicação conceituadas, devendo se utilizar também mais de uma fonte de
consulta.

CORREIO ELETRÔNICO

Mensagens enviadas pela Internet através de programas que podem conter


arquivos anexos.

O envio e recebimento de uma mensagem de e-mail é realizada através de


um sistema de correio eletrônico. Um sistema de correio eletrônico é composto de
programas de computador que suportam a funcionalidade de cliente de e-mail e de
um ou mais servidores de e-mail que, através de um endereço de correio eletrônico,
conseguem transferir uma mensagem de um usuário para outro. Estes sistemas
utilizam protocolos de Internet que permitem o tráfego de mensagens de um remetente
para um ou mais destinatários que possuem computadores conectados à
Internet.

OUTROS SERVIÇOS

Serviços como Acesso remoto, vídeo conferência, transmissão ao vivo, chats


ou bate-papo, mensagem on line e outros diversos serviços podem ser encontrados
na Internet.

O e-mail permite que as pessoas se comuniquem como se estivessem


enviando cartas pelo correio, a única diferença é que o recebimento é instantâneo e a
entrega pode ser confirmada em poucos minutos. Em todo mundo circulam milhões
de mensagens e esse serviço tornou-se indispensável na atualidade.

O funcionamento do e-mail é possível com dois tipos de Servidores o POP


(Post Office Protocol), que recebe as mensagens e depois separa de acordo com as
contas cadastradas, e o SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) que envia as
mensagens conectando-se aos Servidores dos destinatários.

NEWS / MALA DIRETA

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Com uma lista de e-mails é possível enviar uma mala direta (propaganda) ou
Newsletter (boletim) para um grupo de pessoas, a divulgação é instantânea e por isso
várias empresas utilizam desse artifício para manter seus clientes informados ou
fazerem propaganda, contudo, mais uma vez alertamos, deve-e tomar muito cuidado,
pois se o destinatário não tiver autorizado o recebimento pode ser considerado como
Spam e assim entrar para listas negras na Internet.

SPAM

O uso indevido de listas de e-mails para envio por meio eletrônico com material
pornográfico, propostas de enriquecimento fácil, pedidos de ajuda para pessoas
necessitadas, histórias absurdas etc., é considerado SPAM, nesse caso
―emails em massa‖ são enviados em pouco tempo e sem solicitação feita pelos seus
destinatários, isso é uma forma de propaganda ilegal, esse é um dos grandes
problemas atuais na rede, mais de 50% dos e-mails enviados na Internet são SPAM.
Programas anti-spam foram criados com regras de coleta e análise de dados para
impedir que e-mails indesejados cheguem até os usuários, mas são burlados com
envio de destinatários e assuntos automaticamente alterado, feito por especialistas
em Informática.

SPYWARE

Programa que vem oculto a um outro baixado da Internet, sem que o usuário
tenha conhecimento.

Uma vez instalado, sempre que o computador estiver conectado à rede, passa
a exibir anúncios pop-up, além de enviar ao remetente informações sobre os hábitos
de navegação do usuário. Para livrar-se de qualquer acusação de ilegalidade, os
criadores de programas que levam oculto um spyware, comunicam sua inclusão, no
contrato de uso. No entanto, contam com o fato de que esses contratos, não raro são
extensos, e por isso mesmo, são frequentemente ignorados pelo usuário. A proteção
contra essa intrusão se dá por meio de firewalls ou softwares removedores de espiões.

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PEDOFÍLIA NA INTERNET

A pedofilia são problemas psicológicos de pessoas que utilizam crianças para


suas fantasias pornográficas, na Internet qualquer divulgação de qualquer material
fotográfico digitalizado que envolva crianças é considerado crime inafiançável.

1.3 Intranet e extranet

Além da internet, existem ainda outros dois tipos de redes que de certa forma
a compõem e utilizam os mesmos protocolos: as intranets e as extranets.

A intranet é uma rede organizacional interna que oferece acesso a todos os


dados de uma organização ou instituição. Ela utiliza a infraestrutura de rede existente
na instituição, juntamente com os padrões de conectividade da internet e softwares
desenvolvidos para a web (LAUDON; LAUDON, 2001). Por ser particular é protegida
do público em geral por firewalls — sistemas de segurança com software
especializado para evitar a invasão de terceiros.

As extranets são intranets particulares que permitem acesso limitado para


visitantes de fora da empresa. Esse acesso limitado é controlado pelos firewalls que
permitem acesso somente dos usuários autorizados. As extranets são importantes
para ligar as organizações com clientes ou parceiros comerciais (LAUDON; LAUDON,
2001).

A internet está trazendo vários benefícios para as organizações, entre eles:

Conectividade e alcance global;

Redução dos custos de comunicação;

Redução de custo de transação;


Redução de custo de operação;

Interatividade, flexibilidade e personalização e distribuição acelerada de


conhecimento (AMOR, 2000; LAUDON; LAUDON, 2001).

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Contudo, Young (2001) destaca que entre as oportunidades mais promissoras
que a internet oferece para melhorar as operações dos negócios nas organizações
estão a entrega de aprendizado e o suporte à performance dos empregados.

Rosenberg (2002) acrescenta que a internet é uma tecnologia unificadora que


permite que o aprendizado ultrapasse as fronteiras geográficas e organizacionais, as
culturas e fusos horários, as linhas de produtos e classificação de clientes,
transformando radicalmente o aprendizado nas organizações e levando todos os
envolvidos a avaliar novamente a sua função e seu objetivo.

A internet cria também, uma flexibilidade de tempo, localização, conteúdo e


forma de instrução sem precedentes, onde os estudantes estão potencialmente hábeis
a aprender o que eles precisam, quando e onde eles quiserem e no formato mais
apropriado a suas necessidades, o que está fortalecendo cada vez mais a educação
(GHEDINE, TESTA, FREITAS, 2006).

Existem várias tecnologias de apoio para a interação em cursos via Internet.


Entre as que suportam a comunicação síncrona, destacam-se os chats, a
teleconferência, a videoconferência, os groupware, os tutoriais computadorizados e os
GSS (Group Suport Systems). Para a comunicação assíncrona, podem ser citadas as
listas de e-mail, os fóruns de discussão, as aulas pré-gravadas distribuídas via Web e
as simulações (GHEDINE, TESTA, FREITAS, 2008).

1.4 O hipertexto

O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de 1960, para
denominar a forma de escrita/leitura não linear na informática, pelo sistema
―Xanadu‖. Até então a ideia de hipertextualidade havia sido apenas manifestada pelo
matemático e físico Vannevar Bush através do dispositivo ―Memex‖.

O hipertexto está relacionado à própria evolução da tecnologia computacional


quando a interação passa à interatividade, em que o computador deixa de ser binário,
rígido e centralizador, para oferecer ao usuário interfaces interativas. O termo
interativo já pertencia ao campo das artes quando se propunha intervenção do/com

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apreciador, no entanto o termo interatividade passa a se associar a sistemas da
informática, por fazer um contraponto à leitura/escrita das metanarrativas.

O hipertexto vem auxiliar o ser humano na questão da aquisição e assimilação


do conhecimento, pois tal como o cérebro humano, ele não possui uma estrutura
hierárquica e linear, sua característica é a capilaridade, ou melhor, uma forma de
organização em rede. Ao acessarmos um ponto determinado de um hipertexto,
consequentemente, outros que estão interligados também são acessados, no grau de
interatividade que necessitamos.

Foi no campo da informática que surgiu o hipertexto, pela necessidade de


tornar o computador cada vez mais interativo. Mas o hipertexto não precisa ser
interativo e sim ―explorativo‖. Ao navegar pela internet vamos encontrando
endereços de sites, palavras sublinhadas, ícones piscando, e muitos outros atrativos
que nos levam a clicar com o mouse e abrir diversas janelas, pois bem, este é o
chamado efeito hipertextual no ciberespaço. Da mesma forma pode acontecer num
documento de texto (Word, Página na internet), onde se inserem palavras-chaves que
levam a outros textos ou imagens.

O hipertexto permite ao leitor decidir o rumo a seguir na sua viagem pela


leitura, tornando o tempo e o espaço, em relação à construção textual, flexível (Pierre,
2002).

Ao analisarmos a definição de hipertexto e focarmos a educação, podemos


inferir que ele pode afetar a forma de atuação tanto de professor quanto de aluno.

O professor tem parte de sua autoridade e poder transferidos ao aluno,


tornando-se mais um colaborador no processo de ensino e aprendizagem, que
assume características de parceria. O aluno, tal como o leitor do hipertexto, torna-se
mais ativamente participante em relação ao processo de aquisição de conhecimentos,
pelo fato de lhe ser facultado elaborar livremente, sob a sua própria responsabilidade,
trajetos de seu interesse, acessando, sequenciando, derivando significados novos e
acrescentando comentários pessoais às informações que lhe possam ser
apresentadas.

São vantagens do hipertexto:

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 Sistemas de hipertexto enquanto ferramentas de ensino e aprendizagem
parecem facilitar um ambiente no qual a aprendizagem acontece de forma
incidental e por descoberta, pois ao tentar localizar uma informação, os
usuários de hipertexto, participam ativamente de um processo de busca e
construção do conhecimento, forma de aprendizagem considerada como mais
duradoura e transferível do que aquela direta e explicita;

 Uma sala de aula onde se trabalha com hipertextos se transforma num espaço
transacional apropriado ao ensino e aprendizagem colaborativos, mas também
adequado ao atendimento de diferenças individuais, quanto ao grau de
dificuldades, ritmo de trabalho e interesse;

 Para os professores hipertextos se constituem como recursos importantes para


organizar material de diferentes disciplinas ministradas simultaneamente ou em
ocasião anterior e mesmo para recompor colaborações preciosas entre
diferentes turmas de alunos.

Para Santos (1999) a característica de não linearidade exige atenção


redobrada para que o foco de pesquisa não seja deslocado para assuntos diversos,
também de interesse do aluno e do pesquisador, mas que não se definem como
complementares àquela intertextualidade que o leitor hipertextual buscava no início da
pesquisa.

Snyder (1996 apus Dias, 2011) aponta para os fatos de que: o texto eletrônico
depende de uma tecnologia emergente, sujeita a constantes transformações; a boa
utilização do hipertexto passa por um conhecimento da máquina para que sejam
devida e corretamente explorados os seus recursos - um certo conhecimento da
gramática da tela que oriente a escrita para que seja mais adequada ao meio que a
torna possível.

Entendemos, porém, que, muito mais do que uma simples enumeração de


vantagens e problemas há que se usar o argumento de uma reflexão sobre o
hipertexto, o qual se apresenta não só como uma nova forma de produção e
transmissão cultural, mas também de escrita e leitura, para se repensar alguns
aspectos da própria educação (DIAS, 2011).

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O uso do computador, bem como o do hipertexto no contexto da educação não é
tarefa tão simples, embora, hoje, em razão da força com que se impõem no espaço
educativo as ferramentas ligadas à informática, tal tema venha sendo intensamente
pautado nas agendas, quer daqueles que se dedicam a buscar soluções técnicas
para os problemas do ensino, quer daqueles que se preocupam (e estes em menor
número) com uma visão mais ampla das questões relacionadas à educação.

São características dos hipertextos

1. Intertextualidade;
2. Velocidade;
3. Precisão;
4. Dinamismo;
5. Interatividade;
6. Acessibilidade;
7. Estrutura em rede;
8. Transitoriedade;
9. Organização multilinear

1.4.1 A utilização do hipertexto pelo educador

O trabalho com hipertexto pode impulsionar o aluno à pesquisa e à produção


textual. O hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem facilita um ambiente
no qual a aprendizagem acontece de forma incidental e por descoberta, pois ao tentar
localizar uma informação, os usuários de hipertexto, participam ativamente de um
processo de busca e construção do conhecimento, forma de aprendizagem
considerada como mais duradoura e transferível do que aquela direta e explícita.

Na sala de aula, onde se trabalha com hipertexto, os alunos, num sistema de


colaboração, acabam aprendendo mais e através de diversas fontes. O próprio
conceito de hipertexto, pode nos levar a essa intenção. Uma atividade colaborativa
traz benefícios extraordinários no que diz respeito a construção individual e coletiva
do conhecimento. Os professores também podem trabalhar com hipertexto para

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funções pedagógicas. Utilizar textos de várias turmas e redistribuí-los é um bom
exemplo.

O hipertexto também traz como vantagem para a educação a construção do


conhecimento compartilhado, um importante recurso para organizar material de
diferentes disciplinas. Trabalhar com hipertexto leva o aluno a produção de textos e
traz como vantagens a construção do conhecimento de forma dinâmica e inserindo o
aluno e o processo educativo no mundo digital. Em sua produção o aluno se refere a
conhecimentos antes apreendidos, mantendo uma relação sempre linear com o texto.

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2 REDES SOCIAIS

Em palavras bem simples, as Redes Sociais são o meio onde as pessoas se


reúnem por afinidades e com objetivos em comum, sem barreiras geográficas e
fazendo conexões com dezenas, centenas e milhares de pessoas conhecidas ou não.

Segundo Aristóteles (s.d apud Nogueira, 2010), ―O homem é, por natureza,


um ser social‖. As pessoas necessitam uma das outras para viverem em plenitude e
as redes sociais são apenas o reflexo desse desejo humano.

Na definição do site Wikipédia, um dos maiores dicionários eletrônicos e mais


acessados da atualidade, uma rede social é uma estrutura social composta por
pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que
partilham valores e objetivos comuns. Uma das características fundamentais na
definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos
horizontais e não hierárquicos entre os participantes.

Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase
uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer
e desfazer rapidamente (DUARTE E FREI, 2008).

Muito embora um dos princípios da rede seja sua abertura e porosidade, por
ser uma ligação social, a conexão fundamental entre as pessoas se dá através da
identidade. ―Os limites das redes não são limites de separação, mas limites de
identidade. (...) Não é um limite físico, mas um limite de expectativas, de confiança e
lealdade, o qual é permanentemente mantido e renegociado pela rede de
comunicações.‖ (CAPRA, 2007).

As Redes Sociais podem operar em diferentes níveis, como, por exemplo,


redes de relacionamentos (facebook, orkut, myspace, twitter, tymr), redes profissionais
(linkedin), redes comunitárias (redes sociais em bairros ou cidades), redes políticas,
dentre outras, e permitem analisar a forma como as organizações desenvolvem a sua
atividade, como os indivíduos alcançam os seus objetivos ou medir o capital social –
o valor que os indivíduos obtêm da rede social.

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Um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o
compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de
objetivos comuns. A intensificação da formação das redes sociais, nesse sentido,
reflete um processo de fortalecimento da Sociedade Civil, em um contexto de maior
participação democrática e mobilização social.

Sites como MySpace, Facebook e Linkedln estão entre os sete dos 20


Websites mais visitados no mundo, e o site de relacionamentos criado pelo Google, o
Orkut, acabou virando o predileto dos brasileiros. Para muitos usuários, principalmente
aqueles que ficam muito conectados e que fazem parte da chamada Geração Internet,
as redes sociais online não são apenas uma maneira de manter contato, mas um modo
de vida.

Muitos dos recursos das redes sociais online são comuns para cada um dos
mais de 300 sites de rede social existentes atualmente. A capacidade de criar e
compartilhar um perfil pessoal é o recurso mais básico. Essa página de perfil
normalmente possui uma foto, algumas informações pessoais básicas (nome, idade,
sexo, local) e um espaço extra para que a pessoa informe suas bandas, livros,
programas de TV, filmes, hobbies e Websites preferidos.

A maioria das redes sociais na Internet permite postar fotos, vídeos e blogs
pessoais na sua página de perfil. Mas o recurso mais importante das redes sociais
online é encontrar e fazer amigos com membros de outro site. Na sua página de perfil,
esses amigos aparecem como links, assim os visitantes podem navegar facilmente na
sua rede de amigos online.

Cada rede social online possui regras e métodos diferentes de busca e contato
com amigos potenciais. A rede do MySpace é a mais aberta. No MySpace, você pode
buscar e entrar em contato com pessoas em toda a rede, sejam elas membros
afastados da sua rede social ou estranhos. Mas você só vai ter acesso às informações
completas de seus perfis se elas concordarem em aceitar você como amigo e fazer
parte da sua rede.

A rede do Facebook, que começou como um aplicativo de rede social de uma


faculdade, é muito mais restrita e orientada a grupos. No Facebook, só é possível
encontrar pessoas que estão em uma das suas ―redes‖ existentes. Elas podem

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incluir a empresa onde você trabalha, a faculdade onde você estudou e até o seu
colégio; mas você também pode participar de várias das centenas de redes menores
―groups‖ criadas por usuários da Facebook, algumas baseadas em organizações
reais, outras que só existem na mente de seus fundadores.

A LinkedIn, que é a rede social online mais popular para profissionais de


negócios, permite que você busque cada um dos membros do site, e você também
tem acesso aos perfis completos e informações de contato dos seus contatos já
existentes, ou seja, as pessoas que aceitaram o convite para participar da sua rede
(ou que convidaram você para participar da rede delas). No entanto, seus contatos
podem apresentá-lo a pessoas que estão distantes de você duas ou três posições na
rede maior da Linkedln. Ou você pode pagar um adicional para entrar em contato direto
com qualquer usuário por meio de um serviço chamado InMail.

Aqui precisamos fazer um alerta sobre as redes do mal!

As redes sociais têm o lado bom de aproximar pessoas de diferentes lugares,


mas a facilidade de criar perfis e comunidades também tem um lado negro. Em março
de 2008, o Orkut foi obrigado a revelar à polícia os dados de usuários pedófilos. A
Polícia brasileira descobriu uma rede de pedofilia infiltrada nas páginas do Orkut e
obrigou a empresa a revelar os dados dos usuários envolvidos. Em maio de 2006, a
rede social foi obrigada a retirar do ar comunidades consideradas pelas autoridades
como criminosas e racistas.

O Orkut, rede social do Google, é a mais popular entre os brasileiros. Seu uso
é tão fácil que os brasileiros acabaram dominando a rede e são, hoje, 80% de seus
usuários. Para fazer parte do Orkut antes era preciso ser convidado por algum
membro. Mas o Google decidiu liberar o acesso e permitir a participação de todos. E
uma vez cadastrado na rede, o usuário tem uma página pessoal onde pode adicionar,
além de seus dados pessoais e profissionais, amigos, amigos dos amigos, amigos dos
amigos dos amigos, criar comunidades online e participar das já existentes, enviar
recados para sua rede de contatos e para quem ainda não faz parte dela, criar álbuns
de fotos e paquerar, flertar, namorar. E, o mais importante para grande parte dos
participantes, xeretar a vida das pessoas através das páginas de recados (ROOS,
2010).

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Não há dúvidas que a internet facilitou as relações pessoais e o fluxo de
informações entre redes de interesses comuns. Amigos de longa data se
reencontraram com o advento do Orkut, que também ajudou na formação de novos
grupos a partir de gostos similares, conectando pessoas e facilitando a comunicação
entre elas através de perfis e fóruns de debate.

No Twitter, você pode definir que suas atualizações sejam particulares,


podendo ser vistas apenas pelas pessoas que você aprovar.

O Twitter confunde mais as pessoas do que o Facebook. Ele parece realmente


pouco intuitivo: como dizer qualquer coisa em apenas 140 caracteres? A ascensão
meteórica da popularidade do Twitter é uma boa indicação que de é possível se
comunicar bem, mesmo com tão poucas palavras. De fato, a Nielsen.com afirma que
o Twitter tem um crescimento mensal de 1.382%.

O Twitter foi fundando em 2006 por Jack Dorsey e, sendo um serviço tão novo,
tem um grande contingente de fãs ardorosos. O microblogging (pequenas entradas de
blog com apenas um pensamento ou evento) cresce em popularidade pelo mesmo
motivo, em parte, pelo qual o Facebook também se torna mais popular: a sensação
de comunidade.

É necessário pouquíssimo tempo para fazer uma atualização de 140


caracteres e compartilhá-la com amigos e contatos. E demora muito pouco para eles
fazerem o mesmo. Saber o que as pessoas estão fazendo, pensando e lendo cria
novas definições de comunidade.

O Twitter é um jeito ultrarrápido de disseminar notícias ou informações


importantes. Os posts no Twitter são chamados de tweets, e, quando você retransmite
um tweet, ele se torna um retweet. Essa funcionalidade permite que você compartilhe
o que é importante para você simplesmente clicando em alguns botões.

Hash tags (tags precedidas de "#") representam um tópico no Twitter. Por


exemplo, programas de TV populares terão hash tags quando as pessoas fizerem
comentários em tempo real, enquanto o programa estiver no ar. Se você estiver
assistindo a um programa chamado 24, por exemplo, e quiser conversar sobre ele

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com outras pessoas que também estiverem assistindo, poderá seguir os comentários
no Twitter, procurando por #24.

O léxico do Twitter O Twitter tem o seu próprio vocabulário. Aqui estão alguns
dos termos mais comuns:

 Tweet: Uma atualização/post de 140 caracteres ou menos no serviço do


Twitter.

 Retweet: Retransmitir um tweet de um contato para a sua própria lista de


contatos.

 Hashtag: O uso do sinal da tralha (#, chamado em inglês de "hash") antes de


um tópico no seu tweet. Por exemplo, você usaria a hashtag #houstonrockets
ao falar tweetar sobre o time, para que outros torcedores possam achar seu
tweet facilmente.

 Tweeps: Pessoas que usam o Twitter e que você segue em mais de uma rede
social (por exemplo, alguém que seja seu contato no Facebook e no Twitter).
 Twitosfera: A comunidade total de tweeters.

 @nomedeusuário: É assim que você faz um link para um usuário específico no


Twitter. @stephenfry, por exemplo, é o link para a conta do popular comediante
britânico Stephen Fry.

 DM: Sigla para Mensagem Direta (Direct Message). Você pode enviar uma
mensagem particular para outro usuário, digitando "d nomedeusuario" (sem as
aspas).

Aprendizado em rede social

Quando você cria uma rede social, elas tendem a funcionar muito com as
redes de relacionamentos no mundo real. Nas redes sociais é possível ver notícias,
discutir problemas do trabalho e da vida particular, compartilhar as ideias, enfim, ter
acesso a experiência e expertise a que não teria acesso de outra forma.

Algumas redes sociais estão montadas especificamente ao redor de


interesses especiais. Esses sites existem para compartilhar experiências,
conhecimentos e formar grupos sobre tópicos específicos.

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Outros tipos de comunidade que vêm crescendo são as redes sociais
dedicadas à aprendizagem de novos idiomas. O contato com internautas de todo o
mundo facilita a compreensão das línguas, e as ferramentas disponíveis como fóruns,
chats e atividades interativas aceleram o processo de aprendizado. O Livemocha e o
Italki são dois bons exemplos.

À medida que as comunicações continuam em uma rede social, elas formam


ciclos de retroalimentação múltiplos que, no final, produzem um sistema compartilhado
de crenças, de explicações e de valores – um contexto de significado comum,
conhecido como cultura que é continuamente sustentado por novas comunicações.

Através da cultura, os indivíduos adquirem identidade como membros da rede


social, e, desta forma, a rede gera suas próprias fronteiras (CAPRA, 2007).

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3 COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

A informação é um dos objetos da comunicação, sendo essa última entendida


como o agir humano orientado a transferir informações, sinais, símbolos ao longo de
canais e com meios diferentes, de um emitente a um destinatário. A comunicação é
um fator estruturante das organizações e também, a chave de emergência das novas
comunidades e organizações, dotadas de capacidade integrativa dos próprios
membros, de auto-conservação, de alcance de objetivos conjuntos e de
características, tais como adaptação e inovação (PECI, 1999, p. 5).

Segundo Carvalho e Serafim (1995, p. 77) ―a preocupação dos executivos


com os problemas das comunicações tem sido um acontecimento crescente nos
últimos tempos e muito devido à complexidade cada vez maior e mais intensa da
civilização, principalmente do ponto de vista tecnológico e financeiro‖.

Os mesmos autores inferem que a questão da comunicação é muito


importante para a integração completa de qualquer grupo de trabalho e que o
desenvolvimento administrativo das empresas e das pessoas inclui a comunicação
como um elemento-chave e de real importância para o seu funcionamento e
integração.

Para Lacombe (2005, p. 240) ―tão importante quanto saber expressar-se, ou


transmitir uma mensagem é saber decodificá-la, ou seja, saber ouvir‖.

Na concepção de Baldissera (2000, p. 20) comunicar é criar vínculos e


qualquer interferência num dos elementos atingirá o todo. Sob esse ângulo, a
comunicação é entendida como processo de construção de sentidos, [...] que permite
que os emissores/receptores, participantes de um complexo jogo de relações
interativas, realizem o intercâmbio de mensagens, com diferentes graus de
informações, mediante o uso de linguagens.

Toda organização deve ser constituída sobre uma sólida base de informação
e de comunicação e não apenas sobre uma hierarquia de autoridade, ou seja, da base

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até a cúpula, todos devem assumir suas responsabilidades através da disseminação
da informação (CHIAVENATO, 2004, p.462).

Drucker (1992 apud Chiavenato, 2004, p. 462) afirma que cada pessoa deve
aprender a fazer duas perguntas fundamentais.

 A primeira é: qual a informação de que necessito para o meu trabalho: de quem,


quando e como?

 A segunda: qual a informação que eu proporciono aos outros a respeito do


trabalho que eles fazem, de que forma e quando?

Essa afirmação leva a perceber que nessa Era da Informação, cada vez mais
as organizações necessitam de sistemas informacionais adequados pata lidar com a
complexidade ambiental e para transformar seus funcionários em parceiros e agentes
ativos da mudança e da inovação.

Percebe-se que uma comunicação eficiente influencia e muito, em todos os


aspectos da personalidade do liderado, levando a acreditar que as comunicações
constituem-se o elo de ligação entre o que o gerente pensa e o que seu grupo de
trabalho assimila e pratica.

Mas até o momento só falamos em comunicação dentre de ambientes de


trabalho, de organização enquanto empresa e você deve estar se perguntando: mas
eu faço um curso voltado para a educação...

O que precisamos lembrar e levar em consideração é que precisamos formar


sujeitos que sejam cidadãos críticos, autônomos, criativos e comunicativos! Eles irão
para o mercado de trabalho, irão se deparar com possibilidades de sucessos e
insucessos, irão disputar um lugar cobiçado e a boa comunicação lhes será
imprescindível.

Mas não é só no ambiente de trabalho que vale a boa comunicação. Na


escola, nas reuniões de pais, de professores, na sala de aula, nas conversas com
amigos, em qualquer local uma comunicação clara faz a diferença entre as pessoas.

Em Ferreira (2004) comunicação é definida como ato ou efeito de emitir,


transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos
convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais,

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signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou
visual.

Classicamente, esse conceito envolve os componentes básicos do processo


de comunicação, ou seja: a mensagem, o código, emissor e receptor.

Figura 1: Componentes do processo de comunicação realimentação

EMISSOR MENSAGEM CÓDIGO CANAL RECEPTOR

Fonte: Carvalho e Serafim (1995, p. 79)

O emissor é a fonte primária da mensagem comunicada. O transmissor ou


remetente. Ele desencadeia o processo de comunicação. A ele cabe escolher o
conteúdo adequado da mensagem, a utilização correta de símbolos, os quais
possibilitarão o código correto, escolhendo ainda o canal aberto para veicular a
mensagem. Todos esses pontos visam tornar a mensagem compreendida pelo
destinatário.

Nesse sentido, para que o emissor possa comunicar-se de maneira clara,


objetiva e racional, fazendo-se entender plenamente, ele precisa desenvolver
habilidades de comunicação, tanto escrita quanto falada, bem como a leitura e audição
e seu pensamento.

A mensagem é o conteúdo da comunicação, tanto na fala como na escrita.


Definida como ―[...] o conjunto de signos (símbolos ou sinais) que o remetente envia
ao destinatário, a fim de estimulá-lo a produzir uma resposta‖ (CARVALHO E
SERAFIM, 1995, p. 80). Quanto ao conteúdo da mensagem, este dependerá da
escolha das palavras e da sua organização em frases.

O código é todo conjunto de conhecimentos que emissor e receptor possuem


em comum antes do reconhecimento da mensagem, sendo a linguagem humana, o
código mais importante e mais utilizado que existe, constituída por símbolos e regras
perfeitamente definidas (CARVALHO E SERAFIM, 1995, p.80).

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O canal ou o veículo é o componente físico utilizado pelo emissor para levar
a mensagem ao receptor. Na linguagem publicitária o termo ―mídia‖ é utilizado para
identificar os canais de comunicação de massa (jornais, rádio, etc.) (CARVALHO E
SERAFIM, 1995, p.80).

A escolha do tipo de canal utilizado pelo emissor é importante devido a fatores


tais como disponibilidade financeira, recursos técnicos disponíveis, poder de impacto,
amplitude e profundidade desejadas, dentre outros.

O receptor ou destinatário, é o sujeito que recebe a mensagem e, após


decodificá-la, deve produzir uma resposta esperada pelo remetente.

3.1 As redes de comunicação

No entendimento de Castro (2008, p.4), as redes de comunicação são


sistemas em que um conjunto de dispositivos, enlaces de comunicação e pacotes de
software permitem que as pessoas e equipamentos possam trocar informações.

Historicamente as redes de comunicação nasceram com o telégrafo de Morse


em 1830. Passaram pelas linhas telefônicas ponto-a-ponto de Graham Bell (1876), as
linhas comutadas por operadores humanos (séc. XIX), linhas comutadas por
dispositivos eletromagnéticos (anos 90 do séc. XIX), estação de comutação
computadorizada (anos 70 do séc. XX) e hoje as comunicações são feitas por satélites
e as células.

Sobre as redes de computadores, estas são entendidas como sistemas em


que conjuntos de computadores e periféricos são interconectados, compartilhando
recursos, com o intuito de executar tarefas (CASTRO, 2008, p.4). O objetivo inicial das
redes de computadores era compartilhar recursos, confiabilidade e economia de
recursos financeiros.

Comunicações eficazes

Uma comunicação eficaz, segundo Rego (1996) deve ser vista como a
potencialidade, de um lado, do emissor, de afetar os outros, de modo a fazê-los seguir

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suas intenções e também o potencial para ser afetado pelos outros, de forma que
sejam vantajosos para a organização; de outro modo, o desenvolvimento das aptidões
de alguém para receber comunicação é tão importante como o desenvolvimento de
alguém para comunicar.

Desse modo, pode-se observar que as habilidades humanas são


fundamentais para a eficiência da comunicação, cujos elementos de codificação e
decodificação nas mensagens são vitais para a maximização do processo.

Em vista disso, o ponto chave para aumentar a eficácia da comunicação é


conhecer o receptor da mensagem, descobrir suas capacidades, suas habilidades,
seus anseios, seu nível sociocultural, etc., pois com base nestas informações é
possível construir uma mensagem em linguagem adequada, com sinais e códigos que
possam ser reconhecidos e interpretados, como também enviá-los pelo meio mais
adequado para atingir o receptor.

Ainda na questão da eficácia devemos lembrar que, além da escolha dos


meios e formas da mensagem, também são fundamentais: a freqüência com que se
trabalha a mensagem, ou seja, quantas vezes o receptor estará sendo atingido, e a
formação do composto integrado de comunicação, somado a comunicação interna
(que não será abordada neste artigo), que juntos potencializam a sua eficácia.

Comunicações escritas

A comunicação de modo geral é a chave para o bom relacionamento tanto no


trabalho quanto fora dele, podendo ser ela, oral ou escrita.

A comunicação escrita recebe o nome de ―redação oficial‖ tendo uma


padronização para cada situação, visando facilitar e otimizar a comunicação entre
todos.

Na visão de Carvalho e Serafim (1995, p. 97) a comunicação escrita – produto


do considerável aumento da distância entre os vários escalões hierárquicos da
empresa – vem sendo utilizada cada vez mais pela administração, visando aproximar
os funcionários envolvidos na dinâmica empresarial de hoje. Ao transportarmos esta
fala para a educação, temos à nossa frente, a comunicação do gestor escolar para

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todos os demais atores da escola e do seu entorno, o serviço de supervisão
pedagógica para com professores, pais e alunos e assim por diante.

Entretanto, quando essas comunicações não são elaboradas com o devido


cuidado necessário, elas acabam por distanciar as pessoas, uma vez que, como se
sabe, por meio da escrita pode-se informar, analisar e persuadir, mas pode-se também
frustrar ou aborrecer.

Para Lacombe (2005, p. 240) citando Jack Welch, um dos executivos mais
bem-sucedidos do final do século XX, é preciso investir na comunicação, pois tempo
e dinheiro investidos na comunicação com os funcionários são os melhores
investimentos em curto e longo prazo do desempenho empresarial, sendo a
comunicação o caminho direto para a inovação.

De qualquer maneira a comunicação escrita é formal e pode ser interna ou


externa, podendo ainda acontecer através de diversos veículos de comunicação,
sendo que cada um deles terá uma funcionalidade diferente, afinal com vários tipos
de ferramentas fica mais fácil atingir o público de maneira geral nos diversos níveis
hierárquicos da empresa.

Para cada ferramenta, haverá um tipo de linguagem, alguns serão sucintos,


outros mais extensos e outros com mais figuras e gráficos. Para cada veículo é
necessário um estudo para saber seu público direcionado, assim, trabalhando a
linguagem fica mais fácil o entendimento das mensagens internas (FASCINA, 2006,
p. 37).

Sobre os tipos de comunicação interna, Rego (1986, p. 42) apresenta os


seguintes canais:

 Tempestivos (email-s via internet);

 Rápidos (boletins noticiosos);

 Simultâneos (conversas pessoais ou telefônicas);

 Outros mais lerdos e complexos (canais impressos, jornais e revistas);

 Alguns que permitem visibilidade, difusão e sentido de atração (reuniões gerais,


eventos, convocações, comunicados oficiais de impacto) e,

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 Outros canais mais seletivos (relatórios técnicos e confidenciais para
determinada faixa de público).

Todos os canais de comunicação citados acima ficam caracterizados como


comunicação formal, pois de alguma forma essas mensagens passaram por uma
triagem para então serem disseminas ao público.

De acordo com Fascina (2006, p. 38) os canais de comunicação impressos


podem ser muito bem-vindos nas organizações, sendo um modo de deixar os
funcionários mais atentos ao que acontece dentro da empresa, não deixando as
mensagens restritas apenas aos que tem acesso aos meios eletrônicos de
comunicação.

Outra divisão que pode ser feita nas ferramentas de comunicação é: escritos
(Circulares, Cartas Pessoais, Manuais, Quadro de avisos, Boletins, Panfletos, Jornais,
Revistas, Relatórios e e-mails), orais (Reuniões de informação ou discussão,
Conferências, Conversas, Entrevistas e discursos, Telefones e Rádio) e aproximativos
(Visitas, Eventos esportivos, Auditórios, Inaugurações, Comemorações e
Confraternizações).

Características da comunicação escrita

Ao elaborar as comunicações escritas é preciso adotar um estilo claro e


objetivo, o qual se constitui, no entendimento de Carvalho e Serafim (1995, p. 89) na
principal característica da comunicação empresarial.

Essa clareza e objetividade envolvem ainda, os seguintes aspectos:

 Emprego de frases certas;

 Escolha de frases que exijam construção gramatical com pontuação


simplificada;

 Adoção de verbos de voz ativa;

 Revisão de frases e de parágrafos, dando destaque à clareza do texto emitido;

 A comunicação escrita deve ser facilmente assimilada pelo destinatário;

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 Sempre que possível, buscar a palavra ou a frase que transmita uma ideia pelo
caminho mais curto possível.

Abaixo encontram-se algumas definições para as características que devem


impregnar uma comunicação escrita:

Objetividade – dizer com exatidão, apenas o necessário; o corte de adjetivos


e possessivos ajuda a alcançá-la;

Clareza – característica ligada, de forma íntima, à objetividade. Escrever de


modo claro pressupõe ideias claras; assim, antes de alinhar a mensagem no papel, é
imprescindível organizá-la de modo claro no pensamento;

Concisão – expressar o pensamento de modo rápido, isto é, colocar a


mensagem no menor número de palavras, sem sacrificar ideias ou considerações que
ajudem no seu entendimento;

Precisão – é o elemento que direciona para a concisão, visto que o uso de


termos exatos e informações claras torna a comunicação precisa, não conduzindo a
interpretações errôneas.

Harmonia – é necessário ajuste de palavras na frase, e da frase no período,


com todas as partes guardando relações entre si, criando unidade e coerência no
texto;

Correção – o respeito às normas e princípios do idioma é fator básico para a


elaboração de uma redação técnica, sendo inadmissível qualquer erro. A linguagem
usada, compreendida por pessoa de cultura média, não pressupõe escrita ou
construções incorretas;

Polidez – as mensagens surgem para fins específicos, nem sempre


agradáveis, o que não impede o uso de cortesia e discriminação ao redigi-las. Faz
parte desta polidez o emprego de palavras positivas, evitando-se as de sentido
negativo, tais como ―erro‖, ―culpa‖, ―negligência‖ ou ―esquecimento‖ (PARANÁ,
2002, p. 15).

Vale a pena frisar:

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1. A comunicação interpessoal é um método de comunicação que promove a
troca de informações entre duas ou mais pessoas.

2. O processo de comunicação prevê, obrigatoriamente, a existência mínima de


um emissor e de um receptor.

3. A fim de minimizar os choques culturais entre as pessoas, convencionou-se


ferramentas e meios de múltiplas utilizações que passam a ser usados pelas
pessoas na comunicação interpessoal, dentre elas a escrita, a língua, o
computador.

4. A escolha dos meios de comunicação e a utilização das ferramentas


disponíveis devem ser observadas de modo a facilitar todo o processo com o
menor índice de ruídos possível.

5. Muito importante na comunicação interpessoal é o cuidado e a preocupação de


quem fala algo a alguém ou das informações em questão para que se obtenha
o sucesso no processo desejado.

6. O sucesso na comunicação não depende só da forma como a mensagem é


transmitida, a compreensão dela é fator fundamental, principalmente se
atentarmos para o fato de que vivemos em sociedade e que as culturas são
múltiplas.

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