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FICHAS GLOBAIS

2. FICHA GLOBAL – LEITURA (Memória) e GRAMÁTICA


Nome: _______________________________________________________________ N.O: _____________ Turma: _____________ Data: ___________________

Responda às questões.
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

As pequenas memórias
Devemos ter vivido na Rua Padre Sena Freitas uns dois ou três anos. Quando principiou a guerra
civil espanhola era aí que residíamos. A mudança para a Rua Carlos Ribeiro terá sido em 38, ou tal-
vez mesmo em 37. Salvo que esta minha por enquanto ainda prestável memória deixe vir à superfície
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um podia fabricar em sua própria casa (tive pouquíssimos brinquedos, e, mesmo esses, em geral de
lata, comprados na rua, aos vendedores ambulantes), o qual divertimento consistia numa pequena
tábua retangular em que se espetavam vinte e dois pregos, onze de cada lado, distribuídos como
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mas, de preferência, usava-se uma esferazinha de metal, das que se encontram nos rolamentos, a
qual era alternadamente empurrada, de um lado e do outro, com uma pequena espátula, por entre

´ pobríssimos materiais divertia-se a gente, tanto miúda como graúda, e havia renhidos desafios e
15 campeonatos. Observado a esta distância parecia, e talvez o tivesse sido por alguns momentos, a
idade de ouro. Mas não o foi sempre, como já se vai ver. Um dia, estávamos na varanda das traseiras,
meu pai e eu, a jogar (recordo que, nesse tempo, as famílias de escassas posses passavam a maior
parte do tempo nas traseiras das casas, principalmente nas cozinhas), eu sentado no chão, ele num

20 pai não era pessoa para deixar que o filho lhe ganhasse, e, por isso, implacável, aproveitando-se
da minha pouca habilidade, ia marcando golos uns atrás dos outros. O tal Barata, como agente da
Polícia de Investigação Criminal que era, deveria ter recebido treino mais que suficiente quanto aos
diferentes modos de exercer uma eficaz pressão psicológica sobre os detidos ao seu cuidado, mas
terá pensado naquela altura que podia aproveitar a ocasião para se exercitar um pouco mais. Com
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O garoto aguentou enquanto pôde o pai que o derrotava e o vizinho que o humilhava, mas, às tantas,

ao mesmo tempo que desabafava com as poucas palavras que em tais circunstâncias poderiam ser

30 lhe assentava duas bofetadas na cara que o atiraram de roldão no cimento da varanda. Por ter
faltado ao respeito a uma pessoa crescida, claro está. Um e outro, o pai e o vizinho, ambos agentes
da polícia e honestos zeladores da ordem pública, não perceberam nunca que haviam, eles, faltado
ao respeito a uma pessoa que ainda teria de crescer muito para poder, finalmente, contar a triste
história. A sua e a deles.
José Saramago, As pequenas memórias, Lisboa, Editorial Caminho, 2006, pp. 44-47.

EDITÁVEL
SENTIDOS 12 FOTOCOPIÁVEL 25
2. FICHAS GLOBAIS

1. O episódio relatado pelo narrador


(A) aconteceu durante a Guerra Civil espanhola.
(B) ocorreu em 1937 ou 1938.
(C) desenrolou-se na rua Carlos Ribeiro.
(D)

2. O narrador conta que


(A) o pai e António Barata tiveram uma zaragata.
(B) António Barata o provocou.
(C) o pai deu duas bofetadas a António Barata.
(D) faltou ao respeito a António Barata.

3. No contexto em que surge, “Salvo que” (l. 3), significa


(A) acrescento que. (C) dado que.
(B) a não ser que. (D) ainda que.

4. O segmento “Devemos ter vivido na Rua Padre Sena Freitas uns dois ou três anos” (l. 1) é
representativo da modalidade
(A) (C) deôntica (valor de obrigação).
(B) (D) deôntica (valor de permissão).

5. O segmento “aos vendedores ambulantes” (l. 8) desempenha a função sintática de


(A) complemento direto. (C) complemento indireto.
(B) complemento oblíquo. (D) modificador.

6. O valor do aspeto gramatical configurado no segmento “Um dia, estávamos na varanda das
traseiras” (l. 16) é
(A) (C) perfetivo.
(B) habitual. (D) imperfetivo.

7. O modo de relato de discurso presente em “Estás a perder, estás a perder” (l. 25) é o/a
(A) citação. (C) discurso indireto.
(B) discurso direto. (D) discurso indireto livre.

8. Indique o antecedente retomado pelo segmento “a qual” (ll. 11-12).

9. Identifique o(s) processo(s) fonológico(s) operado(s) em MATERIA- > madeira.

10. Classifique a oração “para se exercitar um pouco mais” (l. 24).

EDITÁVEL
26 FOTOCOPIÁVEL SENTIDOS 12
4. CENÁRIOS DE RESPOSTA

2. Os cães (nome científico Canis lupus familiaris) são um dos FICHA GLOBAL 5 (p. 31)
animais de estimação mais populares em todo o mundo e são 1. (C); 2. (A); 3. (B); 4. (D); 5. (A); 6. (D).
considerados o melhor amigo do homem. Parentes dos lobos, os 7. Subordinada adverbial temporal.
cães começaram a ser domesticados há mais de 30 mil anos e
8. Deôntica com valor de obrigação.
está cientificamente provado que são o animal com maior capa-
cidade de empatia com os humanos. Os cães são animais sociais,
dotados de grande capacidade de olfato e de audição, qualidades
QUESTÕES DE AULA
que levam ao recurso frequente da ajuda canina, por exemplo, em QUESTÃO DE AULA 1 (p. 34)
buscas ou em salvamentos. 1.1. (B); 1.2. (A); 1.3. (A); 1.4. (C); 1.5. (B); 1.6. (A); 1.7. (C); 1.8. (B); 1.9. (A);
3. Coesão lexical (por reiteração); Coesão gramatical (inter-
1 2 1.10. (B); 1.11. (B); 1.12. (C); 1.13. (A); 1.14. (C); 1.15. (C); 1.16. (A).
frásica); 3 Coesão gramatical (referencial); 4 Coesão gramatical
QUESTÃO DE AULA 2 (p. 36)
(frásica); 5 Coesão gramatical (temporal).
1. a. V; b. V; c. F; d. V; e. V; f. F; g. V; h. F; i. V; j. F.
4. a. “umas fitas douradas”; b. “ele”; c. “A dança da chuva”;
d. “O amor”. 2.1. (B); 2.2. (B); 2.3. (A); 2.4. (C).

5. a. Não há continuidade de sentido; b. Não há progressão nem QUESTÃO DE AULA 3 (p. 37)
renovação da informação; c. Contradição.
1. a. F; b. V; c. V; d. F; e. V; f. V; g. F; h. V; i. F; j. V; k. V; l. V; m. V;
6. [A] – [3]; [B] – [4]; [C] – [1]; [D] – [2]. n. F; o. V; p. V; q. F; r. V; s. F; t. F.

FICHA 7 (p. 21) 2. a. V; b. F; c. V; d. V; e. F; f. V; g. V; h. F; i. V; j. V.


1.1. [A] Dialogal; [B] Descritiva; [C] Explicativa; [D] Argumentativa; 3. [A] – [2]; [B] – [11]; [C] – [7]; [D] – [13]; [E] – [1]; [F] – [3];
[E] Narrativa. [G] – [6]; [H] – [9]; [I] – [8]; [J] – [4]
2.1. [A] – [4]; [B] – [5]; [C] – [2]; [D] – [3]; [E] – [1].
QUESTÃO DE AULA 4 (p. 39)
FICHA 8 (p. 22) 1. a. três; b. “Brasão”; c. cinco; d. Avis; e. O Infante D. Henrique; f. “Mar
1. a. Apreciativa; b. Epistêmica (valor de certezo); c. Deôntica português”; g. dos Descobrimentos; h. “Mostrengo”; i. “O Encoberto”;
(valor de permissão); d. Deôntica (valor de obrigação); e. Epistê- j. “É a hora!”
mica (valor de probabilidade); f. Apreciativa; g. Epistémica (valor 2. e 2.1. a. F – Os poemas da secção são dois (A “Coroa” não faz
de probabilidade); h. Deôntica (valor de obrigação); i. Deôntica parte.); b. F – “Afonso de Albuquerque” não pertence à Parte II.;
(valor de permissão); j. Deôntica (valor de obrigação); k. Deôntica c. V; d. V; e. V; f. F – Pessoa aplida-o de “o plantador de naus a
(valor de obrigação); l. Deôntica (valor de certeza). haver”, por ter plantado o pinhal de Leiria.; g. F – Quatro poemas
2. [A] – [4]; [B] – [2]; [C] – [1]; [D] – [5]; [E] – [3]; [F] – [4]; referem-se a infantes (D. Duarte também foi rei e D. Pedro foi
regente).; h. V
[G] – [5]; [H] – [3]; [I] – [1].
3. [A] – [3]; [B] – [2]; [C] − [4]; [D] − [1]; [E] − [6]; [F] − [5]; [G] − [7];
FICHAS GLOBAIS [H] − [10]; [I] − [8]; [J] − [9].

FICHA 1 (p. 23) 4.1. (B); 4.2. (C); 4.3. (A); 4.4. (A)

1. (C); 2. (B); 3. (A); 4. (D); 5. (A); 6. (D); 7. (C) QUESTÃO DE AULA 5 (p. 41)
8. “Esses rapazes que aparecem com cartazes a oferecerem abra- 1.1. (A); 1.2. (C); 1.3. (C); 1.4. (B); 1.5. (D); 1.6. (B); 1.7. (D); 1.8. (A);
ços nos festivais de verão” (l. 5). 1.9. (B); 1.10. (C).
9. Empréstimo. 2. e 2.1. a. F – Ao fim de algum tempo como hóspede do Hotel Bra-
10. Oração subordinada substantiva completiva. gança, Ricardo Reis aluga uma casa no Alto de Santa Catarina;
b. V; c. V; d. F – O Ricardo Reis saramaguiano apresenta-se quase
FICHA 2 (p. 25) como um decalque do heterónimo de Pessoa, quer em termos fí-
1. (D); 2. (B); 3. (B); 4. (A); 5. (C); 6. (D); 7. (B). sicos, quer literários, quer, ainda, em termos de personalidade;
e. F – Fernando Pessoa visita várias vezes Ricardo Reis, seja no
8. “uma esferazinha de metal” (l. 11).
Hotel Bragança, seja na sua casa do Alto de Santa Catarina; f. V;
9. Sonorização e metátese. g. V; h. F – Marcenda é uma mulher passiva e desistente; i. F – Ricardo
10. Oração subordinada adverbial final. Reis sente que se meteu num grande sarilho, não sabendo se vai
ou não perfilhar a criança; j. V.
FICHA 3 (p. 27)
QUESTÃO DE AULA 6 (p. 43)
1. (A); 2. (C); 3. (B); 4. (C); 5. (A); 6. (B); 7. (D).
1. a. Complemento do nome; b. Complemento direto; c. Comple-
8. Complemento oblíquo.
mento direto + complemento oblíquo; d. Sujeito; e. Complemento
9. Composição (radical + palavra). direto; f. Vocativo + predicativo do sujeito; g. Complemento oblí-
10. Palatalização e apócope. quo + modificador do nome apositivo; h. Complemento oblíquo;
i. Predicativo do sujeito; j. Complemento oblíquo; k. Complemento
FICHA GLOBAL 4 (p. 29) oblíquo; l. Complemento do adjetivo; m. Predicativo do sujeito;
1. (C); 2. (A); 3. (D); 4. (D); 5. (C); 6. (A); 7. (B). n. Complemento do nome.
2. a. Subordinada substantiva completiva; b. Subordinada adverbial
8. Anterioridade.
temporal; c. Subordinada substantiva completiva + coordenada
9. “Ontem” (l. 2) – valor temporal; “cá” (l. 2) – valor espacial. adversativa; d. Subordinada adjetiva relativa restritiva + coorde-
10. Modalidade apreciativa. nada disjuntiva; e. Subordinada substantiva completiva.

EDITÁVEL
SENTIDOS 12 FOTOCOPIÁVEL 47

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