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Mortos pelo Arame

Jeronimo Krul Junior

Um certo Homem caminhava na rua para ir ao seu trabalho. Andando pelo


caminho já conhecido e pacato, avistou um homem sorrindo macabramente ao lado
de um carro. Assustado com a situação decidiu apenas ignorar e continuar seguindo
seu caminho rumo ao seu trabalho na lavanderia.
Andando pela cidade estranhamente ele percebeu que ela estava muito
quieta, poucos carros e poucas pessoas pelas ruas. “ Eles ainda devem estar com
medo do Assassino”. Pensou. Continuou andando até que chegou ao seu trabalho.
Na lavanderia encontrou seu chefe, Arnaldo, extremamente agitado e
inquieto.
- Boa noite, por que você está tão agitado? - disse o Homem
- Estou muito preocupado com o “ Assassino do Arame Farpado”, ele fez mais
uma vítima ontem somando 5 com as vítimas anteriores - disse Arnaldo.
O homem pensou e logo disse:
- Essa policia é muito incompente, temos um louco a solta e eles não tem nem
um tipo de dica de quem seja, daqui a pouco toda a cidade vai estar morta.
Arnaldo apenas ignorou sua fala e foi para a sua sala.
Após isso, o Homem seguiu para a sua bancada de recepcionista, onde
encontrou seu melhor amigo Marcos.
Marcos e o Homem eram amigos desde a época do colegial, e sempre
andavam juntos. Um completava o outro, enquanto o Homem era quieto e tímido,
Marcos era o extrovertido e engraçado, embora não o popular muitos gostavam
dele.
- Oi irmão, você está melhor? - disse o Homem
- Mais ou menos, às vezes eu penso nela, mas já estou conseguindo suportar
a dor. - disse Marcos.
O homem estava preocupado com seu amigo, pois a irmã de de Marcos
havia sido uma das vítimas do Assassino.
Após essa breve conversa, continuaram trabalhando atendendo as pessoas,
limpando as máquinas e desligando-as para não consumirem muita energia, até que
entrou uma mulher muito assustada.
Marcos logo notou o medo na mulher, e foi atender ela.
- Você está bem? Qual o seu nome? Por que está tão assustada?
A moça assustada respondeu.
- O meu nome é Cátia, eu precisava lavar essas roupas, e resolvi vim para
essa lavanderia, eu já estou com medo do Assassino, e no caminho um
homem com um sorriso não parava de me seguir, ele era bizarro e
assustador.
Após ouvir isso o Homem, assustado com o que a moça disse, já entrou na
conversa.
- Eu encontrei um homem assim na rua, ao olhar para aquele sorriso macabro,
aquele semblante assustador, eu senti minha alma congelar.
Cátia iria começar a falar, mas talvez pela situação que tinha acabado
de presenciar desabou em choro, sendo socorrido pelo Marcos que fez ela
sentar em uma cadeira da recepção.
- Algum de vocês conseguem descrever a aparência desse homem, onde
viram ele, no caminho para o trabalho eu não vi ninguém assim, estou com a
impressão que ele possa ser o Assassino. - disse Marcos
- Como foi dito ele era um homem estranho, mas não aquele cloche de vilão
de filme, só sua aparência que era esquisita, ele usava roupas normais, seu
corpo não apresentava nenhuma anomalia, só o seu sorriso de orelha a
orelha e seu olhar cansado que era o que estranhava - disse o Homem
Com isso Marcos e o Homem continuaram a trabalhar, na lavanderia e a cuidar da
mulher que estava em estado de pânico, durante isso seu chefe sai de sua sala e
vai conversar com ambos.
- Continuem a trabalhar, iremos fechar mais tarde hoje, e quem é essa
mulher?!
- Ela chegou assustada contando que havia sido perseguida pelo assassino,
eu e o Marcos a acolhemos, infelizmente ela não consegue falar devido ao
choque - disse o Homem.
- Eu já falei que não é pra ficar nenhum cliente na recepção além dos merdas
dos meus funcionários - gritou Arnaldo indo em direção a sua sala
Marcos e o Homem não entenderam o motivo de seu chefe estar tão irritado,
quando tiveram coragem de enfrentá-lo a energia do local acabou tornando um breu
tudo. Com isso houve os gritos de seu chefe e da mulher. Os amigos logo começam
a correr a procura de ambos, até que o Homem tropeça em algo grande, felizmente
a energia volta nesse mesmo horário, mas para a infelicidade dos nossos amigos o
"algo grande" era na verdade o corpo de seu chefe. Arnaldo tinha acabado de se
tornar mais uma das vítimas.
- Como isso ocorreu? Na frente do nosso olhos e não conseguimos fazer nada,
eu sabia que algo de ruim iria acontecer, mas não diante do meu nariz. -
disse o Homem desesperado.
Ninguém responde Marcos e Catia haviam sumido, o Homem começa a ficar
desesperado, até que 15 minutos depois Marcos chega dizendo.
- Cara se acalme, a luz acabou não conseguimos enxergar nada não
conseguiríamos fazer nada, você não tem culpa de nada. - disse ele com
uma leve voz de desconforto.
Ouvindo isso o Homem logo nota que o braço de Marcos estava completamente
dilacerado e sangrando muito, mas seu amigo parecia não se preocupar com a dor.
- Cara você está bem? olha o estado do seu braço. - disse o Homem
- Não se preocupe comigo, vamos encontrar aquela mulher, ela não está no
prédio, com certeza ela foi para a rua.
Saindo do prédio e andando pela rua deserta, afinal eram duas da manhã,
acabam encontrando gotas de sangue que acaba suspeitando ser da mulher, e
decidem seguir elas. Infelizmente a suspeita de ambos estava correta, Cátia havia
sido morta pelo Assassino do Arame Farpado. Ambos começaram a entrar em
estado de choque até que avistam o tão famoso Homem Sorridente correndo,
furioso o Homem começa a correr atrás do ser Sorridente alcançando-o
rapidamente e logo começa o agredir, o homem sorridente grita o por que de estar
apanhando, mas não é escutado pelo protagonista, talvez sua fúria o tenha tirado
sua sanidade, ele só parou de agredir o Homem Sorridente quando escutou as
sirenes da polícia que foi chamada por Marcos que logo foi encaminhado para o
hospital mais próximo.
O Homem Sorridente foi acusado de ser o “Assassino do Arame Farpado”
culpado e condenado à prisão perpétua por todos os assassinatos, durante esse
período um caçador havia desaparecido, o que levava a acreditar que o assassino
estava a solta, mas foi creditado que possivelmente ele havia sido morto por algum
animal durante suas caçadas.
Durante esse período Marcos foi liberado do hospital sendo buscado pelo
Homem, após chegarem no prédio da lavanderia para quem sabe tentar voltar com
os negócios, Marcos e o Homem começam a conversar.
- Bom, você deve estar feliz que o assassino está preso, sua irmã não foi
vingada, mas não vai ter pelo menos nenhuma vítima. - disse o Homem.
- Estou muito feliz que ele foi preso, alguém como ele merece mofar na cadeia,
sofrer o que a de pior na terra, minha irmã deve ter sofrido tanto, mas
ninguém será ferido por ele mais, eu acho. - disse Marcos.
- Não se preocupe, sua irmã deve estar em algum lugar melhor,ele jamais irá
sair da cadeia… hmm mas eu não entendi o que você quis com o eu acho. -
disse o Homem
Houve um silêncio absurdo, Marcos não disse nada, enquanto ajeitava
algumas caixas o Homem escuta o som de um arame batente no chão. Talvez a
pessoa errada tenha sido presa.

Fim

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