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AVIVAMENTO
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Mais de Diretoria Geral de Cultura
DEUS
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e Educação Cristã
Revisor Teológico
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Pr. Elmer Mendes
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Pb. Mike Jonathan
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IV Divisão - Ribeirão Pires/SP
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2
Mais de Deus!
Editora Publicações Avivamento
Autores:
3
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Mais de Deus!
Editora Publicações Avivamento
Índice
Lição 01 - Mais de Deus.................................................................7
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Mais de Deus!
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LIÇÃO 01
Mais de Deus
“[...] e conhecer o amor de Cristo, que exce-
de todo entendimento, para que vocês fiquem
cheios de toda a plenitude de Deus”
Efesios 3, 19
E
INTRODUÇÃO
stamos iniciando mais uma série de estudos bíblicos com o tema
“Mais de Deus”. O propósito é obtermos melhor compreensão bí-
blica e termos atitudes que demonstrem a ação de Deus em nossas
vidas. Ter mais de Deus é uma necessidade diária de todos os cristãos.
ENTENDENDO O TEXTO
Esses versículos registram a oração de Paulo, que roga a Deus pelo
fortalecimento, com poder, possível somente através da intimidade do povo
de Deus com o Espírito. A exemplo do corpo humano que é fortalecido com
alimentação saudável, o homem interior somente terá saúde espiritual através
do Espírito de Cristo habitando nele.
A Bíblia de estudo SHEDD, faz o seguinte comentário sobre o amor
de Cristo que excede todo entendimento (Ef. 3, 19):
1 - TOZER, A. W. Experimentando a presença de Deus. Graça Editorial, 2015, p.18.
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As quatro dimensões insondáveis do amor de Cristo ou as quatro extre-
midades da Cruz são: 1) Largura - abrange a todos indistintamente (Mc.
16.15); 2) Comprimento - abrange todos os tempos (Ef. 1.4; 2 Pe. 3.9);
3) Altura - estendeu-se até ao céu para trazer o filho Amado esvaziado de
Sua majestade (Fp. 2.6-8) para onde também nos levará (Jo. 14.1-3) e 4)
Profundidade - suportou sofrimento infinito para expiar os nossos pecados
(Sl. 18.5; 1 Pe. 2.24).
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Mais de Deus!
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II- BUSCAR-ME-EIS
O Espírito de Deus habitou em Cristo, não como um vaso, mas como
uma fonte, como um oceano sem fundo. O Deus que deu a Jesus Cristo o
Espírito sem medida, agora habita em nós, como uma fonte a jorrar para a
vida eterna. Devemos reconhecer que existe “espaço” em nossa vida a ser
preenchido por ele. Você é capaz de reconhecer áreas de sua vida em que há
ausência de Deus? Há algo mais a ser experimentado! Não estamos no limite.
Ainda cabe mais da Sua alegria, paz, amor, bondade, misericórdia, mansidão,
e muito mais! Você precisa ter fome e sede da percepção da presença de Deus
e ir em busca de tudo o que Ele oferece. Quando você estiver pleno de Deus,
haverá transbordamento para todas as áreas da vida, seja para o casamento,
área profissional, ministerial e outras.
Muitos estão sendo bloqueados do acesso a esta vida plena. Oração,
meditação, solitude, adoração, serviço, culto, etc. são experiências que nos
fazem sentir mais próximos de Deus. Quando temos fome e sede de Deus
perseveramos na busca, pois sabemos o endereço da fonte, conscientes de que
jamais terminaremos. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de
todo o vosso coração” (BÍBLIA. Jeremias 29, 13). Há sempre mais a conhe-
cer e receber de Deus.
CONCLUSÃO
Mais de Deus e menos de mim. João Batista disse: “Convém que ele
cresça e que eu diminua” (BÍBLIA. João, 3, 30). Hoje somos convidados
a “[...] conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para
que vocês fiquem cheios de toda a plenitude de Deus” (BÍBLIA. Efésios
3,19).
Observe o mesmo texto na Tradução Linguagem de Hoje:
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“Sim, embora seja impossível conhecê-lo perfeitamente, peço que vocês
venham a conhecê-lo, para que assim Deus encha completamente o ser de
vocês com a sua natureza” (BÍBLIA. Efésios, 3, 19).
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 02
Mais amor
“Com isso todos saberão que vocês são meus
discípulos, se vocês se amarem uns
aos outros.”
João 13, 35
INTRODUÇÃO
O NT reitera o amor que Deus tem por todas as criaturas (Mt. 5.45), mas
enfatiza a manifestação em particular de si mesmo em Cristo e no Calvá-
rio (Jo. 3.16; Rm. 5.8; 8.31-39), eventos que mostram a vida eterna para
o crente. Deus é revelado como amoroso porque Ele próprio é amor (1 Jo.
4.8,16). O amor é a sua própria essência; o amor é outro termo juntamente
com “luz” (1 Jo. 1.5) que descreve a qualidade moral de seu ser.
Hoje, estudaremos sobre esse amor. Amor sacrificial, que gera comu-
nhão e exige que amemos uns aos outros como Ele nos amou.
ENTENDENDO O TEXTO
O evangelho de João, no capítulo 13, relata que Jesus lavou os pés
dos seus discípulos. Esse fato, certamente, é uma das mensagens mais claras
acerca do ministério, ou seja, do serviço cristão.
Após lavar os pés deles e exemplificar o que todo cristão deveria fazer
— servir uns aos outros — Jesus orientou seus discípulos sobre a atitude que
deveriam ter, essa ação traria unidade e identificaria os verdadeiros seguido-
res de Cristo.
1 - Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD, 5ª edição, 2009, pg.93
11
Os versículos a seguir são intitulados “o novo mandamento”: “Um
novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu
vos amei; que dessa mesma maneira tenhais amor uns para com os outros”
(BÍBLIA, João, 13, 34-35).
O padrão do amor que os discípulos devem ter uns pelos outros é o daquele que
o Senhor derramou em abundância sobre eles: “Ele sempre amou o seus que es-
tavam neste mundo, e os amou até o fim”. O mandamento do amor não era to-
talmente novo; toda a lei e os profetas foram resumidos no mandamento duplo:
“Amarás o senhor teu Deus...” e “amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mas,
com o seu ensino e ainda mais com o seu exemplo, Jesus lhe deu uma nova pro-
fundidade de significado. Quando o mandamento é retomado e repetido em I Jo.
2: 7-8, ele não é “mandamento novo, se não mandamento antigo, o qual desde
o princípio tivestes”, mas é ao mesmo tempo “novo mandamento, aquilo que é
verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando e a verdadeira luz
já brilha”.2
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CONCLUSÃO
5 - HARRISON, Evertt F. Comentário Bíblico Moody, editora Batista regular, 2017, p.333
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LIÇÃO 03
Mais humildade
“Peço igualmente aos jovens: estejam su-
jeitos aos que são mais velhos. Que todos se
revistam de humildade no trato de uns com
os outros, porque Deus resiste aos soberbos,
mas dá graça aos humildes.”
I Pedro 5, 5
INTRODUÇÃO
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ENTENDENDO O TEXTO
Esses versículos trazem vários conselhos ao povo de Deus, por exem-
plo, além do versículo cinco citar os jovens — “Peço igualmente aos jovens:
estejam sujeitos aos que são mais velhos [...]” —, também diz: “[...] que todos
se revistam de humildade no trato de uns com os outros, porque Deus resiste
aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (BÍBLIA, I Pedro, 5, 5, grifo nos-
so). Vários outros conselhos seguem até o versículo 11, contudo, a humildade
é a base para praticar essas recomendações.
I- JESUS, O MODELO
Não há aprendizado eficiente sem referência eficaz, ou seja, um pa-
drão a ser seguido, portanto, recorremos a Jesus, o modelo supremo de humil-
dade, e pautamos nossas vidas em seu exemplo.
Vindo ao mundo, “[...] humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até
à morte e morte de cruz” (BÍBLIA, Filipenses, 2, 8). Assim, demonstrou o
seu amor pelo homem orgulhoso e pecador, redimiu-lhe com sua humildade
e graça. A humildade é a essência de Jesus sendo demonstrada em sua humi-
lhação.
A humildade de Cristo é evidenciada em seu relacionamento com a
primeira pessoa da trindade. Conforme Murray4, Jesus sempre usava as ex-
pressões “não” e “nada” para demonstrar seu desapego do mundo e sua sub-
missão ao Pai, o Evangelho de João constata essa realidade (Jo. 5, 19.30.41;
6, 38; 7, 16.28; 8, 28.42.50; 14, 10.24).
Jesus não se importava com o que os homens diziam a seu respeito,
ele esvaziou-se de sua glória para cumprir a missão que o Pai lhe deu.
Ao observarmos como Jesus se relacionava com as pessoas, ficamos
surpresos por sua postura de servo, sendo o próprio Deus encarnado, o Senhor
do Universo e o Todo-Poderoso, ele poderia fazer o que desejasse com os
homens e o mundo, porém agiu humildemente, pois “[...] o Filho do homem,
não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos” (BÍBLIA, Mateus, 20, 28).
Jesus se relacionava humildemente com Deus Pai e com os homens,
4 - MURRAY, Andrew. Humildade: A beleza da santidade. 1.ª ed. Alfenas, Minas Gerais.
Comunhão do Corpo de Cristo. Edições, 2001.
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amando-os e servindo-os.
De acordo com Grün5, “O orgulhoso despreza os outros, o humilde os
respeita, valoriza-os mais do que a si mesmo. [...] O reverente reconhecimen-
to do mistério que cada um tem em si, é uma condição básica do verdadeiro
amor”.
Foi assim que o nosso maior exemplo viveu. O homem mais humilde
da Terra nos encorajou a seguir os seus passos para glorificarmos a Deus em
nossas vidas.
CONCLUSÃO
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LIÇÃO 04
Mais fidelidade
“Jesus disse: ‘Quem é fiel no pouco também
é fiel no muito; e quem é injusto no pouco
também é injusto no muito’”
Lucas 16, 10
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
No Novo Testamento temos o vocábulo “pistis”, que significa fé, fi-
delidade e lealdade. Na carta que Paulo escreveu a Tito, a palavra “pistin”
foi traduzida como lealdade: “[...] não defraudando, antes mostrando toda a
boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso
Salvador” (BÍBLIA, Tito, 2, 10).
A Bíblia Sagrada também usa o vocábulo fidelidade em relação a
Deus: “Pois quê? Se alguns foram infiéis, porventura a sua infidelidade anu-
lará a fidelidade de Deus?” (BÍBLIA, Romanos, 3, 3).
Temos; portanto, que a fidelidade é um dos atributos comunicáveis de
Deus. Chamamos comunicáveis os atributos que, em certa medida, Deus con-
fere ao homem, pois o homem não tem a fidelidade conforme Deus possui.
1 - Dicionário Bíblico Tyndale. Editora geográfica, 2015, p.679.
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Esses atributos foram comunicados ao homem em sua criação, motivo pelo
qual a Bíblia o caracteriza como a imagem e semelhança de Deus!
A fidelidade, falo sobre a fidelidade conforme Deus possui, se relacio-
na intimamente com outro atributo divino, a imutabilidade. O Senhor Deus
não muda. Uma expressão muito utilizada para falar sobre Deus no Antigo
Testamento é “Rocha”, essa metáfora demonstra o seu caráter inabalável. O
escritor aos hebreus observa esse mesmo atributo em Cristo, pois este é Deus:
“Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (BÍBLIA, He-
breus, 13, 8).
I- ABRANGÊNCIA DA FIDELIDADE
O cristão deve ser fiel a Cristo. A fidelidade é uma característica dos
santos, das pessoas salvas e separadas para servirem a Deus (Ef. 1, 1; Cl. 1,2).
A fidelidade é demonstrada no serviço, conforme Jesus ensinou atra-
vés da parábola do servo fiel; e do servo mau (Mt. 24, 45-51).
Contudo, o serviço pode ser realizado de várias maneiras: na fiel pre-
gação do Evangelho (II Co. 2, 17); ao ajudar os irmãos (III Jo. 1, 5) e ao cor-
rigir o próximo (Pv. 27, 6).
A parábola do administrador infiel (Lc. 16) é uma ilustração importan-
te para entendermos o conceito bíblico de fidelidade:
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CONCLUSÃO
Há grande contradição quando falamos sobre a existência de cris-
tãos infiéis. Na carta que Jesus ordenou que fosse escrita e enviada à igreja
de Esmirna, alertou sobre a dificuldade que ela passaria e a confortou com
as seguintes palavras: “[...] Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”
(BÍBLIA, Apocalipse, 2, 10). A ideia central desse texto é que os cristãos
deveriam manter a fidelidade a Cristo, mesmo sob ameaça de morte.
Ao ser fiel a Deus, não significa que o cristão estará imune às di-
ficuldades. Os discípulos no barco, durante a tempestade, retratam bem
essa situação! Observe, porém, que Jesus estava com eles. Há um “cori-
nho” cuja letra diz: “com Cristo no barco tudo vai muito bem, vai muito
bem e passa o temporal”. Nos momentos de tribulações devemos manter
nossa fidelidade para com o Senhor Deus. O que isso produzirá? Confor-
me Paulo escreveu aos romanos, produzirá perseverança (Rm. 5, 3).
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 05
Mais ousadia
“Então eles, vendo a ousadia de Pedro e
João, e informados de que eram homens sem
letras e indoutos, maravilharam-se e reconhe-
ceram que eles haviam estado com Jesus”
Atos 4, 13
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
Ao examinarmos o livro de Atos vemos que a ousadia era a marca de
todos os apóstolos. O livro de Atos, em sua íntegra, apresenta a ousadia como
uma das marcas imprescindíveis do ministério, nos dada através do reves-
timento do poder do alto, pois andamos com Jesus e recebemos a unção do
Espírito Santo.
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I- ESPÍRITO DE OUSADIA
Paulo escreveu a Timóteo as seguintes palavras: “Porquanto, DEUS
não nos deu o espírito de temor, mas de poder, de amor e equilíbrio” (Bí-
BLIA, II Timóteo, 1, 7) e Lucas registrou a afirmação de Jesus: “Eis que vos
dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda força do inimigo e nada
vos fará dano algum” (BÍBLIA, Lucas, 10, 19) portanto, quando um crente
acorda para a realidade de quem ele é espiritualmente, não há obstáculos que
impeçam a concretização do projeto de Deus na vida dele.
Na esfera espiritual, a ousadia do cristão é consequente da ação do
Espírito Santo no homem interior, assim Deus coopera com seu povo e con-
firma a pregação através de sinais. O comentário bíblico pentecostal do Novo
Testamento argumenta:
Pois quando Deus nos deu o seu Espírito, não recebemos timidez ou temor,
mas fortaleza, amor e moderação. Diante de Deus que vence a covardia,
contribui para o pensamento claro (especialmente diante dos falsos mes-
tres), nos fornece poder e nos enche de amor.2
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sangue de Jesus.
2. I João 4, 17-18 diz que a ousadia é aperfeiçoada no amor.
3. Um dos antônimos de ousadia é covardia, sobre isso também a Bí-
blia nos alerta, pois os covardes não herdarão o reino de Deus (Ap. 21, 8).
CONCLUSÃO
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LIÇÃO 06
Mais poder
“[...] bebam do Espírito de Deus,
à vontade”
Efésios 5, 18
INTRODUÇÃO
Para iniciar esta lição vamos analisar uma definição do dicionário
Bíblico Wyclyffe1 para a palavra “poder”:
ENTENDENDO O TEXTO
A embriaguez com vinho não os leva a nada de positivo, mas sim à depra-
vação; não os colocará de posse dos prazeres concretos e duráveis, nem do
1 - PFEIFFER, Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. 2.ª ed. Casa Publicadora das As-
sembleias de Deus, 2007, p.1572
2 - Nash, Ronald H. “Poder”, trans. Elizabeth Gomes, Dicionário de Ética Cristã. São
Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007, p. 454.
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conhecimento aproveitável e nem da alegria perfeita. De nada lhes valerá,
ao contrário os prejudicará. Deixa um péssimo e amargo sabor e produz
calamidades intermináveis (cf. Pv. 23.29–32). Por outro lado, sendo cheios
do Espírito, vocês serão enriquecidos com os preciosos tesouros das eternas
alegrias, profundo discernimento e satisfação interior. Esse estado de espíri-
to aguçará suas faculdades para a percepção da vontade divina.3
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Mais de Deus!
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I- ENCHEI-VOS
Essa relação é vista no imperativo do apóstolo, a saber: “E não vos
embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito
[...]” (BÍBLIA, Efésios, 5, 18).
O cristão deve se encher com o Espírito Santo. O verbo “encher” re-
mete a ideia de ocupar o espaço totalmente, até a plenitude, significa tomar
conta; preencher; fazer ficar cheio. Trata-se de um desejo divino e uma neces-
sidade humana.
O cristão deve ter consciência dessa necessidade pessoal, pois ela sur-
ge da verificação de sua premente carência existencial. Ser cheio do Espírito
Santo resulta de um desejo fervoroso e uma busca incessante, portanto o cris-
tão precisa clamar a Deus para ter essa experiência, deve sentir-se como “[...]
a corça que suspira pelas correntes das águas [...]” (BÍBLIA, Salmos, 42, 1).
É um desejo que não tem como narrar, é coisa do coração, um suspirar
do espírito dentro do crente, essa necessidade de ser preenchido por Aquele
que habita no Corpo de Cristo deve ser considerada urgente, um caso de vida
ou morte!
A Bíblia revela que o Espírito de Deus fortalece o cristão mediante
as riquezas de Cristo no homem interior. Ser cheio do Espírito Santo deve
ser uma aspiração para todo momento, para cada demanda da vida e em todo
tempo.
São inumeráveis as bênçãos de ser cheio do Espírito Santo, dentre elas
a doce comunhão que envolve intimidade, amizade, a alegria proporcionada
pela confraternização e o direcionamento de Deus.
O enchimento é uma ferramenta para construir o caráter de Cristo na
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vida, e uma porta para o exercício dos dons espirituais. Cada pessoa que an-
seia por essa experiência recebe, da parte de Deus, conhecimento espiritual,
sabedoria e revelação. As poucas palavras desta lição, nem de longe, podem
descrever tudo sobre o privilégio de ter a vida cheia do Espírito Santo, no
entanto as que foram escritas servem para desafiar a igreja na edificação do
Corpo de Cristo sob o poder do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 07
Mais prosperidade
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nas regiões celestes em Cristo [...]”
Efésios 1, 3
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
“O crente é apresentado como o recipiente de toda sorte de bênção
espiritual. Portanto, ele não necessita buscar bênçãos adicionais de Deus.
Deve, pelo contrário, apropriar-se das que já foram fornecidas”1.
“Assim, os crentes encontram-se na esfera de governo daquele que
é Senhor sobre todos os céus. Da mesma forma, essa ação de Deus de fato
contém ‘toda sorte de bênçãos espirituais’. A comunhão com Cristo equipa a
igreja com todas as coisas de que precisa”2.
27
tes palavras de Deus, proferidas por Jeremias, dizem respeito ao cativeiro
babilônico, a manutenção dos judeus naquela terra e o seu repatriamento:
Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor,
planos de fazê-los prosperar e não de causar danos, plano de dar a vocês
esperança e um futuro. Então vocês clamarão a mim, e virão orar a mim e
eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão, quando me procurarem de
todo coração (BÍBLIA, Jeremias, 29, 11-13).
O Senhor Deus estava com José, que veio a ser homem próspero e estava na
casa de seu dono egípcio. Potifar viu que o Senhor estava com José e que
tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos [...] O carcereiro não
se preocupava com nada do que tinha sido entregue às mãos de José, porque
o Senhor estava com ele, e tudo que ele fazia o Senhor prosperava (BÍBLIA,
Gênesis, 39, 2-3.23, grifo nosso).
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será que eles consideram os ricos e poderosos do nosso mundo, incluindo aí
criminosos e vários políticos desonestos, como pessoas de “vida abundan-
te?”5
CONCLUSÃO
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 08
Mais paciência
“[..] Como posso ter paciência, se não
tenho futuro?.”
Jó 6, 11
INTRODUÇÃO
1 - Harrison, Everett F. Dicionário de Ética Cristã. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007,
p. 429–430.
31
LEITURA COMPARTILHADA: Jó 6, 1-13
ENTENDENDO O TEXTO
A paciência é uma dádiva, uma virtude do ser humano, ela ajuda a
manter o controle emocional ante as adversidades. Ser paciente é uma qua-
lidade de quem crê no futuro, Jó entendeu que esse adjetivo está atrelado à
perspectiva do amanhã, ao dizer: “[...] como posso ter paciência, se não tenho
futuro?” (BÍBLIA, Jó, 6, 11).
O comentário bíblico Beacon2 traz o seguinte argumento sobre esse
capítulo:
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Desta forma, um cristão consistente e consciente de sua relação com
Cristo, traduz em paz os desafios enfrentados no seu trabalho, sempre firme
na certeza de que Deus está no controle de tudo.
A serenidade, virtude mencionada anteriormente, é definida pelo di-
cionário da língua portuguesa como a capacidade de uma pessoa enfrentar
com tranquilidade e calma as situações do seu dia a dia.
Uma das ocorrências bíblicas emblemáticas é a prisão de Jesus, a ma-
neira como Jesus se entregou aos seus algozes contrasta com a postura hostil
de um de seus apóstolos. A serenidade de Cristo é exemplo de como um cris-
tão precisa agir diante de circunstâncias complexas, Jesus repreendeu o seu
discípulo e socorreu o servo do sumo sacerdote (Lc. 22, 50-51).
CONCLUSÃO
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LIÇÃO 09
Mais sabedoria
“Dá-me, agora, sabedoria e conhecimento,
para que eu saiba conduzir-me à frente deste
povo; pois quem seria capaz de governar este
grande povo?”
II Crônicas 1, 10
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
O Comentário Bíblico Beacon2 traz o seguinte argumento sobre II
Crônicas 1:
O pedido de Salomão provavelmente foi inspirado pela oração de que ele,
como novo rei, pudesse ter sabedoria e entendimento (1 Cr. 29.10ss.). A apa-
rição do Senhor, em visão, deu a ele a oportunidade de pedir o que quisesse
(cf. 1 Rs. 3.5-15). Aqui está o princípio hebraico de que riquezas, fazenda e
honra (v.12) seguem aquele que faz a vontade de Deus. Isso não era sempre
verdade naquela época, nem o é hoje em dia; mas o que era verdade então, e
continua hoje, é que o homem que obedece a Deus é sempre melhor do que
o que o ignora.
Nesta passagem, vemos “a grande escolha”: 1). Deus dá a cada ho-
mem uma escolha [...]. 2) Os fundamentos de uma herança divina [...]. 3) A
escolha de valores mais elevados [...]. 4) A recompensa pelas escolhas corre-
tas [...].
1 - Dicionário da Bíblia de Almeida. 2.ª ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2011.
2 - Comentário Bíblico Beacon. 4ª impressão, 2012.
35
I- QUEM É SÁBIO?
O sábio é uma pessoa experimentada, fundamentada na palavra de
Deus, que discerne as circunstâncias e lida com qualquer conjuntura.
Em Deus encontramos os tesouros da sabedoria, esse tesouro é reve-
lado através do relacionamento diário com Ele, então nos tornamos pessoas
experientes e sábias, a oração é primordial nesse processo, conforme escreveu
Tiago: “se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos
dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (BÍBLIA, Tiago, 1, 5).
Quando buscamos mais de Deus, mais sábios nos tornamos.
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Mais de Deus!
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Sabedoria é olhar para a vida com os olhos de Deus. O sábio busca maturi-
dade e não prazer. Há pessoas cultas e tolas. Há pessoas que têm erudição,
mas não sabem viver a vida nem fazer escolhas certas. Quando estamos
sendo provados, precisamos de sabedoria para não desperdiçar as oportuni-
dades que Deus está nos dando para chegarmos à maturidade. A sabedoria
nos ajuda a entender como usar as provas para nosso bem e para a glória de
Deus.
CONCLUSÃO
4 - LOPES, Hernandes dias. Tiago: transformando provas em triunfo. São Paulo: Hag-
nos, 2006, p. 20-21
5 - SHIELDS, Martin A. “Wisdom”. ed. John D. Barry, Dicionário Bíblico Lexham Bellin-
gham, WA: Lexham Press, 2020
37
LIÇÃO 10
Mais intimidade
“Aproximem-se de Deus, e ele se aproxima-
rá de vocês! Pecadores, limpem as mãos, e
vocês, que têm a mente dividida, purifiquem o
coração”
Tiago 4, 8
INTRODUÇÃO
C omo ter mais intimidade com Deus? Essa pergunta merece nossa
atenção, pois progredir em intimidade requer atitude diária. Antes
de responder essa questão, pense em uma pessoa que você considera ter
intimidade, ou seja, amizade ou familiaridade com ela. Reflita sobre as
condições que proporcionaram esse relacionamento. Provavelmente você
responderia: “conversamos bastante”, “passamos por várias situações difí-
ceis”, “compartilhamos muitos momentos”. Essas respostas demonstram,
em parte, como podemos ter mais intimidade com Deus.
Intimidade é qualidade de íntimo; familiaridade ou relação de ami-
zade muito próxima. Nesta lição estudaremos essa qualidade em relação a
Deus e seu povo.
ENTENDENDO O TEXTO
Nos primeiros versículos deste capítulo, Tiago mostra a situação da
humanidade que não se submete a Deus e, tomada pela cobiça, busca de ma-
neira errada os bens deste mundo (v.1-3). Essa busca, quando se torna em
amor ao mundo, põe em risco a comunhão com Deus. Ganhar o mundo sig-
nifica perder a Deus (v. 4-6). Submeter-se a Deus significa mais intimidade
(v. 7-8). O comentário bíblico esperança1 traz o seguinte argumento sobre o
versículo 8:
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Mais de Deus!
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Tiago nos chama à intimidade com Deus (Tg. 4, 8). Interessa notar
que há uma promessa admirável no início desse versículo, a saber, se nos
aproximarmos mais de Deus, ele não ficará passivo ou indiferente; Ele se
aproximará de nós. Entretanto, vale ressaltar que ter intimidade com Deus
não é nada trivial como se possa imaginar, requer atitudes e renúncias, exige
mudanças externas,“mãos”, e internas, “mente e coração”.
MacArthur 2 afirma que a salvação “envolve submeter-se a Deus como
Senhor e Salvador, mas também traz o desejo de um relacionamento verda-
deiro com Ele”. “Pecadores, limpem as mãos […]” é a fala inicial de Tiago.
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um relacionamento íntimo com Deus. Esse “lavar” acontece, primeiramente,
nos momentos a sós com o Senhor, o quebrantamento deve anteceder à habi-
tual lista de pedidos. Essa é a ocasião em que confessamos os nossos pecados
e, arrependidos, reconhecemos os erros cometidos, sejam por palavras, atitu-
des ou pensamentos.
Refiro-me aos pecados inerentes à natureza humana (Rm. 7, 8-24),
portanto, não endosso, com essas palavras, uma vida de pecados deliberados,
pois isso não cabe a qualquer servo de Deus (Hb. 10, 26; I Jo. 5, 16-18).
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CONCLUSÃO
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 11
Mais compaixão
“Ao ver as multidões, Jesus se compadeceu
delas, porque estavam aflitas e exaustas como
ovelhas que não têm pastor”
Mateus 9, 36
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
O texto compartilhado propõe um modelo de evangelização, vejamos:
Jesus, movido pela íntima compaixão, passava por todas as cidades e en-
sinava nas sinagogas, pregava as boas novas e curava os enfermos. O que
nos move hoje? Precisamos ter os olhos espirituais abertos para ver ao nosso
redor, pois a época em que vivemos não é muito diferente da época em que Je-
sus encarnou. Há multidões perdidas que andam de um lado para o outro em
busca de soluções para seus problemas, enquanto sabemos que o Evangelho é
a resposta para todos os que creem, pois, é o poder de Deus (Rm. 1, 16).
Jesus não somente esperava os aflitos virem a Ele, mas ia em direção
aos necessitados! Esse modelo de evangelização deve ser replicado em todos
os ambientes onde transitamos. As multidões, inclusive nossos familiares, ca-
minham sem direção, estão doentes e desesperadas, sem Deus e a salvação.
O comentário bíblico do Novo Testamento1 faz a seguinte exposição
do versículo 36:
1 - HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Cultura Cristã. 2010, p.
543–544
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Jesus, cuja ênfase está sobre “as questões mais importantes da lei: justiça,
misericórdia e fidelidade” (Mt. 23.23), considera a condição deles no co-
ração. Ele é profundamente movido de compaixão ou solidariedade, sendo
ambas idênticas no original e referindo-se a “algo – seja triste ou alegre,
ainda que na maioria das vezes seja a primeira – que alguém experimen-
ta ao lado de outro”. As dores do povo são as dores do próprio Cristo,
porquanto ele ama ternamente essas pessoas sobrecarregadas. Ele sofre
profundamente com elas e se prontifica a ajudá-las. Sobre o tema da com-
paixão do Senhor, ver também 8.17; 14.14; 15.32; 18.27; 20.34; Mc. 1.41;
5.19; 6.34; Lc. 7.13.
43
II- O EXEMPLO DO BOM SAMARITANO
LC. 10, 30-35
A parábola do bom samaritano é uma clara mensagem que Cristo nos
dá sobre a compaixão.
“Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou perto do ho-
mem e, vendo-o, compadeceu-se dele” (v.33).
Nessa parábola temos os religiosos e o samaritano. A história é sobre
um homem que viajava de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de ladrões,
que além de roubarem, o espancaram e o deixaram quase morto (v. 30).
Os religiosos descritos por Jesus são o sacerdote e o levita. Jesus não
fornece muitas informações sobre o comportamento deles, apenas diz que
“passaram pelo outro lado da estrada”, mesmo vendo o homem necessitado
(v.32-33).
O comentário bíblico esperança2 diz o seguinte sobre o samaritano:
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CONCLUSÃO
ANOTAÇÕES
45
LIÇÃO 12
Mais mansidão
“Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam
de mim, pois sou manso e humilde de cora-
ção, e vocês encontrarão descanso para as
suas almas”
Mateus 11, 29
INTRODUÇÃO
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Mais de Deus!
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ENTENDENDO O TEXTO
Nesse texto, o convite geral é: “vinde a mim” e “aprendei de mim”.
Por que podemos aprender com Jesus? O comentário bíblico esperança1 res-
ponde da seguinte forma:
Jesus convida a aprender dele, isto é, tornar-se seu seguidor. Ele é manso
e humilde de coração. Ambas as qualidades precisam ser encontradas tam-
bém na vida de seus discípulos, tanto a mansidão, que é igual para com
cada pessoa, seja ela pobre ou rica, amiga ou inimiga, como também a hu-
mildade. Exatamente isso foi o que acompanhou o Senhor Jesus como uma
clara luz brilhante durante todos os seus dias. Essa humildade dele não foi
uma máscara exterior, um gesto adquirido de cortesia, não, ela brotava de
seu coração, do mais íntimo de seu ser. Não uma coação externa o impelia
para essa atitude, e sim a necessidade mais interior. Em outras palavras: A
mansidão é a característica exterior de uma ação, enquanto “ser humilde de
coração” refere-se mais à disposição interior que está por trás de toda ação.
I- AMPLIANDO O CONCEITO DE
MANSIDÃO NA BÍBLIA
O maior exemplo de mansidão é Jesus. Em nossa cultura, “ser man-
so” pode ter conotação negativa, ou seja, referir-se à “pessoa que todos tiram
proveito”, contudo o significado bíblico para “manso” é “aquele que age de
forma gentil, suave e calma”.
O homem só desfruta desse atributo se tiver Cristo como Senhor da
sua vida, pois a mansidão se origina da submissão a Deus.
• A mansidão é uma das características do fruto do Espírito (Gl. 5,
22-23).
• É parte da nova natureza em Cristo (Cl. 3, 12).
• É necessária para o bom combate da fé (I Tm. 6, 11-12).
• Precisamos de mansidão para responder a todo aquele que perguntar
sobre a razão da esperança que temos (I Pe. 3, 15-16).
• O servo do Senhor ensina e disciplina em mansidão (II Tm. 2, 24-25).
47
II- MATEUS 5, 5
A mensagem conhecida como o “sermão do monte”, registrada no
Evangelho de Mateus nos capítulos 5 a 7, aborda as bem-aventuranças, ou
seja, a “felicidade segundo Jesus”. Essa passagem soma oito bem-aventu-
ranças, isso pode induzir o leitor a pensar que deve escolher uma delas para
fundamentar sua verdadeira felicidade. Não é essa a proposta. Sobre isso, o
comentário bíblico Moody2 esclarece:
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fica que supera a baixeza. Poderes vitoriosos emanam de uma vida dessas.
Pessoas mansas submetem já agora a terra ao reinado de Deus. Entretanto,
não faz parte da “mansidão” que aceitemos calados a injustiça de outros
como se fosse justa. Injustiça continua sendo injustiça. Por isso o manso
aguarda pelo tempo e pela oportunidade para esclarecer ao outro com ob-
jetividade e amizade (mais precisamente, com verdade e lealdade) qual é a
injustiça dele. Se o outro não aceitar o alerta, o manso não se enche de ira e
ódio, e sim de paciência e força para suportar, entregando tudo àquele que
julga com justiça. O manso sabe esperar!
CONCLUSÃO
ANOTAÇÕES
49
LIÇÃO 13
Mais submissão
“[...] Sujeitem-se uns aos outros, por temor a
Cristo”
Efésios 5, 21
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
O capítulo 5 de Efésios inicia falando que devemos ser “[...] imitado-
res de Deus como filhos amados[...]” (BÍBLIA, Efésios, 5, 1), os versículos
subsequentes, 3 ao 20, esclarecem como um filho amado e imitador de Deus
1- NEE, Watchman. Autoridade Espiritual. Editora Vida, 2004.
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Mais de Deus!
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precisa viver, sendo que o ponto culminante é ser cheio do Espírito (v.18).
Há muitos resultados benéficos em ser cheio do Espírito, tais como:
comunhão, adoração, gratidão e sujeição uns aos outros (19-21).
Às vezes, uma pessoa que afirma ser cheia do Espírito torna-se agressiva,
autoritária e insolente. Mas aquelas verdadeiramente cheias do Espírito
demonstram a mansidão e a gentileza de Cristo, essas características con-
tribuem para a sujeição de uns aos outros. Elas também se sujeitam a Jesus,
pois a submissão mútua é baseada no temor a Cristo.
Estes são os resultados benéficos da plenitude do Espírito Santo, todos
remetem aos nossos relacionamentos: se formos cheios do Espírito tere-
mos um relacionamento harmonioso com Deus, o adoraremos com alegria
e ações de graças, e nos sujeitaremos uns aos outros. Cristãos cheios do
Espírito amam a Deus e amam uns aos outros, o que não é de surpreender,
uma vez que a primeira característica de quem tem o fruto do Espírito, é
o amor2.
I- SUBMISSÃO
Compreendemos a submissão como prestar obediência inteligente a
uma autoridade. A expressão bíblica “sujeitar-se” sugere isso. Segundo Gil-
berto (2008)3, a palavra grega para submissão (hupotasso), sempre sinaliza
obediência à autoridade dada por Deus. Por exemplo, Jesus se submeteu à
autoridade de seus pais (Lc. 2, 51), os demônios se submetiam aos discípulos
de Cristo (Lc.10, 17), cidadãos estão sujeitos às autoridades governamentais
(Rm.13, 1, 5), o Universo está sujeito a Cristo (I Co. 15, 25; Ef. 1, 22), e Jesus
se sujeitará ao Pai para que Deus seja tudo em todos (I Co. 15, 28).
De acordo com Kistemaker (2006)4, a palavra “sujeitai-vos”, no grego
(hypotagete), é um termo militar que traz a ideia de dispor-se às ordens do co-
mandante, significa colocar-se debaixo da vontade de alguém; subordinar-se
a uma autoridade.
Somos desafiados a nos sujeitar uns aos outros no temor de Cristo
(Ef. 5, 21), o apóstolo Paulo expõe o ideal, o princípio norteador do relacio-
namento, a submissão mútua e voluntária de uns para com outros no contexto
da família da fé.
2 - STOTT, John; PEAU, Andrew. Lendo Efésios com John Stott. Últimato, 2019
3 - GILBERTO, Antônio. Teologia Sistemática Pentecostal. 2 ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2008
4 - KISTEMAKER, S. Comentário do Novo Testamento – Pedro e Judas. Cultura Cristã,
2006
51
II- SUBMISSÃO ÀS AUTORIDADE
GOVERNAMENTAIS
Os cristãos devem sujeitar-se a todos os que foram revestidos de auto-
ridade pelo Senhor. A submissão é a obediência a Deus:
52
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CONCLUSÃO
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LIÇÃO 14
Mais esperança
“Quero trazer à memória o que pode
me dar esperança”
Lamentações 3, 21
INTRODUÇÃO
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ENTENDENDO O TEXTO
O livro das Lamentações, no capítulo 3, registra a fala do profeta de-
vido ao sofrimento pessoal e do povo, diante das ruínas de Jerusalém. Jere-
mias, com o coração quebrantado, lamenta em amargura e se coloca perante
o Senhor, enquanto prega a fé e a esperança como resultados da misericórdia
de Deus.
O profeta externou sua queixa diante do Senhor. Sua força se foi, seu cora-
ção está quebrado. Ele está exausto e desamparado. Toda tensão e conflito
saíram dele. Ele consegue desligar-se dos problemas. Humilde e quieto,
ele espera diante de Deus. Na quietude vem a mudança. Ele começa a orar
suavemente: “Lembra-te da minha aflição [...] Minha alma [...] se abate (se
curva) dentro de mim” (19-20). Discernimento e compreensão começam a
tomar conta dele: Disso me recordarei (21) — ele começa a lembrar muitas
coisas que havia esquecido durante sua aflição. Deus não despreza alguém
com um coração quebrantado e contrito (Sl. 51.17)2 !
55
que algo ocupe o lugar de Cristo em nosso coração.
Ao eliminar todos os ídolos do nosso coração e declarar o Senhor
como único provedor, nossa segurança e rochedo; desfrutamos da graça d’Ele
e temos uma esperança viva, independentemente da situação que enfrenta-
mos. Não existe limites para essa graça, mesmo em circunstâncias que pare-
çam impossíveis, experimentamos a paz que se origina em Deus, conforme
escreveu Paulo aos filipenses: “E a paz de Deus, que excede todo o entendi-
mento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (BÍBLIA,
Filipenses, 4, 7).
A palavra do Senhor nos ensina a confiar em Deus durante a adversi-
dade e descansar, abandonando qualquer ansiedade em relação ao futuro. O
apóstolo Pedro orienta: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele
tem cuidado de vocês” (BÍBLIA, I Pedro, 5, 7).
Leia, também, os seguintes textos que enfatizam a esperança: I Pedro
1, 3; Romanos 12, 12 e Hebreus 11, 1.
CONCLUSÃO
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ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 15
Mais comunhão
“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz
está, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifi-
ca de todo pecado”
I João 1, 7
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
O comentário bíblico Beacon2 afirma que “o propósito principal da
1 - PACKER, J.L. Vocábulos de Deus. 2ª ed. Editora Fiel, 2004, p. 292
2 - Dicionário Bíblico Beacon. CPAD, 4ª impressão, 2012
58
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Se, porém, andarmos... como ele na luz está. Deus é luz; nós andamos
nela. A exigência para a comunhão é deixar a luz revelar o certo e o erra-
do e então viver sob a sua orientação continuamente. O cristão jamais se
transformará em luz até que o seu corpo seja mudado, mas ele deve andar
em resposta à luz enquanto está aqui na terra. Duas consequências seguem-
-se – primeiro: comunhão; depois: purificação. Comunhão uns com os
outros. A referência é aos nossos irmãos e não a Deus, como em 3:11, 23
e 4:7, 12. A purificação do cristão é uma consequência do andar na luz;
a cláusula é coordenada e indica um segundo resultado do andar na luz.
Sangue de Jesus. Tanto no V.T. como no N.T. o sangue significa morte
– geralmente violenta. Nos purifica. Andar na luz expõe nossos pecados
e fraquezas; assim precisamos de constante purificação e isto se obtém
com base na morte de Cristo. O verbo está no tempo presente e se refere
à purificação em santificação. De todo o pecado. Pecado está no singular,
indicando o princípio do pecado, mas a adição de todo (ou cada) mostra
que ele tem muitas formas.
59
nhecimento de seu Criador, tornou-se depravada e ávida por impurezas. Esse
cenário é demasiadamente tenebroso!
Não obstante, a luz veio ao mundo, mas ele a rejeitou, portanto perma-
nece sob condenação (João, 3, 19-20).
O apóstolo Paulo reforça a afirmação joanina de que os homens que
praticam obras más estão em trevas, ele discorre sobre esse assunto na primei-
ra carta aos tessalonicenses (I Tessalonicenses, 5, 7).
A luz se contrapõe a escuridão, conforme Strong (2002)4 o termo
“luz” no Novo Testamento grego é “phōs” e significa “tornar manifesto”, ou
seja, expor, mostrar, revelar, tornar claro.
Quando Deus criou o mundo, seu primeiro ato foi chamar a luz à exis-
tência, Ele viu que a luz era boa (Gn. 1, 4). João declara que a luz é a essência
do próprio Deus: “E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos:
que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (BÍBLIA, I João, 1, 5).
De certa forma, a mensagem bíblica resume como a luz veio para
prevalecer sobre as trevas e, no final, as trevas serão derrotadas para sempre,
conforme Apocalipse 21, 23-25.
Quanto à possibilidade de conviver com a luz e as trevas, o apóstolo
Paulo explica que “Não há comunhão entre luz e trevas [...] entre justiça e
injustiça [...] entre Cristo e Belial [...] entre o crente e o não crente” (BÍBLIA,
II Coríntios, 6, 14-15). O Deus que fez separação entre o dia e a noite sabe
quem está na luz e quem está nas trevas. Quem caminha nas trevas não pode
ter comunhão com o Senhor: “Se dissermos que temos comunhão com ele,
e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade” (BÍBLIA, I
João 1, 6).
Na passagem acima, o termo “trevas” é análogo ao engano, mentira e
omissão da verdade, no entanto o vocábulo luz significa clareza, é o compor-
tamento honesto, diz respeito a viver a verdade e torná-la conhecida, portanto
as trevas são a injustiça e Belial, elas nada têm a ver com o crente.
Os homens vivem na escuridão, acometidos de cegueira espiritual, a
missão da igreja através de Cristo é: “[...] abrir-lhes os olhos e convertê-los
das trevas para a luz, e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam
o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé [...]” e
andem como “[...] filhos da luz [...]” (BÍBLIA, Atos, 26, 18; Efésios, 5, 8).
Andar na luz é assumir a verdade de Deus e não a minha, tampouco
a do outro. A verdade trará unidade, portanto essa união não depende apenas
de nós, pois somos instáveis ante as pressões que sofremos, porém o Espírito
4 - STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego. Barueri: Sociedade Bíblica,
2002
60
Mais de Deus!
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CONCLUSÃO
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 16
Mais paz
“Deixo com vocês a paz, a minha paz lhes
dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá.
Que o coração de vocês não fique angustiado
nem com medo”
João 14, 27
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O TEXTO
Os capítulos 14 a 16 do Evangelho de João são considerados “discur-
sos de despedida”. Jesus está se despedindo dos seus discípulos, antes, porém,
ele precisa esclarecer ser o único caminho de volta para Deus e apresenta o
Espírito Santo como a promessa da presença contínua de Deus na vida dos
discípulos.
A respeito da paz, que o versículo chave desta lição menciona (v.27),
o comentário bíblico esperança2 diz:
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Mais de Deus!
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I- TENHA PAZ
A vida de Jesus é o maior exemplo da paz referida nesta lição. Ainda
resta alguma dúvida sobre o que ela significa? Reflita na citação abaixo:
Ela é, como revela toda a história da Paixão, uma paz completa em meio às
piores aflições de todos os lados e na mais extrema escuridão dos suplícios.
Durante todos os eventos amargos, desde a detenção até o último clamor na
cruz, não sai dos lábios de Jesus nem uma única palavra sem paz, amarga
ou desesperada. Também no grito do abandono por Deus ouve-se, apesar
de tudo, sem amargura, “Deus meu, Deus meu”. Judas é tratado por “Meu
amigo.” Nem Caifás ou Pilatos são alvos de ameaça ou revolta por parte
de Jesus. E soldados e escarnecedores sob a cruz ouvem apenas as preces
pelo perdão a favor deles. Precisamente nessa hora de despedida Jesus tem
o direito de afirmar: “A minha paz.” É paz com Deus e com os humanos.
Mas essa paz não é apenas posse dele como algo que deve caracterizar
somente a ele. Ele a deixa como um legado aos seus. E a história da igreja
até hoje demonstra que esse espólio de Jesus é realidade plena. Aqui se
torna palpável toda a diferença entre aquilo que o mundo dá, e o que Jesus
concede. Sem dúvida, ainda tinham de acontecer a Páscoa e Pentecostes
para que realmente fosse deixado aos discípulos esse legado de paz por
parte de Jesus3 .
3 - Ibid.
63
• A paz do Cristão está fundamenta na palavra do próprio Cristo (Jo. 16,33).
• Ela excede nossa compreensão – entendimento (Fl. 4, 6-7).
• Os que promovem a paz são muito felizes (Mt. 5, 9).
• Fomos chamados para viver em paz uns com os outros (Cl. 3, 15).
• Devemos nos esforçar para promover a paz (Rm. 12, 18).
CONCLUSÃO
ANOTAÇÕES
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LIÇÃO 17
Mais fé
“Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou
a cabeça, prostrou-se em terra e adorou. E disse:
Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei. O
Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o
nome do Senhor! Em tudo isto Jó não pecou, nem
atribuiu a Deus falta alguma”
Jó 1, 20-22
INTRODUÇÃO
N osso caráter por vezes é forjado no fogo das provações. Nossas habi-
lidades e resistência se desenvolvem nas tempestades! As lutas que
desalinham o nosso penteado, organizam o nosso coração. O fogo que con-
some a palha refina o ouro que existe em nós.
A partir da experiência de Jó, te convido a uma jornada de fé e cres-
cimento, principalmente se estiver passando pela maior tempestade de sua
vida. Quem já não se emocionou lendo a história desse patriarca? Quem
nunca ficou atônito ao se deparar com a narrativa de suas perdas, desapon-
tamentos e, sobretudo, sua fidelidade a Deus? Quero encontrar o mapa cuja
rota ele traçou, talvez nos seja útil em algum momento da vida.
ENTENDENDO O TEXTO
O relato acima diz respeito à atitude de Jó após uma sequência de acon-
tecimentos desastrosos com potencial de aniquilação do homem de Deus, todavia
ele deixa algumas balizas na via que apontam a direção a ser seguida nos dias mais
nublados da vida.
Apesar da dor, prejuízos, angústia da alma, abatimento do espírito; apesar de
tudo isso, Jó se levantou!
Diante da dor, levante-se!
Perante as perdas, levante-se!
Ante os demônios que cruzam seu caminho, levante-se!
Mesmo chorando, levante-se!
Se estiver sangrando, levante-se!
Ao se sentir sozinho, levante-se!
65
Nenhum acontecimento pode te manter no chão, se você estiver decidido a
ficar em pé.
Que inspiração para nós, Jó se levantou diante da tempestade que levou tudo
o que ele tinha, mas se prostrou diante de Deus e o adorou.
Prostre-se diante de Deus, ele nunca deixou de amar você, mesmo que mui-
tos te odiaram.
Não lute contra Deus, Ele é soberano, sempre tem um plano e conhece seu
futuro, coisas ocultas a você!
I- A FÉ EM DIAS ADVERSOS
É uma pena que muitos se levantam contra Deus e se prostram diante
das tempestades. Se prostre diante de Deus e adore! Mesmo que pareça não
ter sentido, adore! Você será fortalecido no mais íntimo do seu espírito, e a
paz que excede todo entendimento ocupará a tua alma.
O apóstolo Pedro afirma haver algo muito melhor depois das gran-
des provações: “E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua
eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de
aperfeiçoar, confirmar e fortalecer” (BÍBLIA, I Pedro, 5,10).
Esse texto demonstra o Deus que trabalha em nossa vida em meio
às tempestades, na perspectiva do pós-sofrimento. Perceba, o Deus de toda
graça, que nos chamou para a sua glória eterna, fala de um período de sofri-
mentos, “depois de haverdes sofrido um pouco”, observe que o sofrimento
existe por um pouco de tempo, mas Deus está vendo pós-tempestade, pois
a tribulação é momentânea, o único aspecto eterno da nossa vida é a glória,
tudo mais é passageiro.
É incrível como Deus usa os tempos difíceis para o nosso bem! De-
pois de um curto prazo de sofrimento, o Senhor nos aperfeiçoará. O texto afir-
ma que não seremos aniquilados pelas adversidades, mas confirmados através
delas. Deus usa as tempestades para reafirmar a nossa vocação e cumprir suas
promessas sobre nós. Por fim, ainda sairemos mais fortes.
Depois de perder tudo, restou para Jó apenas um manto encharcado de
lágrimas, mas ele rasgou o seu manto, raspou os cabelos da cabeça e afirmou:
um dia eu comecei assim, saí do ventre de minha mãe, completamente nu,
sem nada!
Não é fácil para quem teve tudo, recomeçar do nada, porém Jó mostra
que com confiança em Deus isso é possível.
Mesmo que não reste quase nada, se prostre diante de Deus e adore,
depois levante-se e recomece!
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Mais de Deus!
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CONCLUSÃO
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Mais de Deus!
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JOVENS
Mochileiros
CURSO PREPARATÓRIO PARA VIAGEM MISSIONÁRIA
CONTEÚDO:
▸ Vida Devocional/Disciplinas Espirituais
▸ Vida Abundante
▸ Vocação e Chamado
▸ Evangelismo Criativo
▸ Empreendedorismo do Reino
Informações:
www.seminarioevangelico.org /jovens-mochileiros/
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Mais de Deus!
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Estatuto e
Constituição da IEAB
É com imenso prazer que apresentamos aos
membros da Igreja Evangélica Avivamento
Bíblico e suas lideranças o Estatuto e
Constituição da IEAB que regerá todas as
suas ações administrativas
no quadriênio 2020-2024.
Adquira no site:
www.livrariaavivamento.org
Por Apenas:
R$ 10,00
cada
Livraria
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