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ISOLADA DE INFORMÁTICA “COMEÇANDO DO ZERO”

Informática
Emanuelle Gouveia

Meios de Transmissão de Dados

Neste capitulo nos concentraremos nos detalhes físicos envolvidos na transmissão dos dados (conjunto de
bits) de um computador para outro, independente do tipo de rede no qual eles estão envolvidos.

Antes de estudarmos os meios de transmissão em si, veremos alguns conceitos importantes.

1. Conceitos básicos de técnicas envolvidas na transmissão de dados

1.1. Canal de Comunicação – é o meio físico utilizado na comunicação entre os equipamentos, pode
ser constituídos por pares de fios, fibra óptica, satélites, ondas de rádio e etc.
Cada tipo de canal de comunicação possui características físicas e elétricas diferentes e isso acarreta
em melhor qualidade de enlace, que em relação direta com a performance.

1.2. Modos de Comunicação de Dados -- Na comunicação sempre estão envolvidos dois


personagens, o receptor e o emissor, a maneira como a comunicação se dá, entre eles, pode ser
classificada em:
a) Simplex – o fluxo de dados se dá em apenas uma direção. Só há um emissor. Ex.: televisão
b) Half duplex – o fluxo de dados se dá em ambos os sentidos possíveis de transmissão, mas
apenas um de cada vez. Ex.: rádio amador
c) Full duplex – o fluxo de dados se dá em amos os sentidos possíveis simultaneamente. Ex.:
telefone

1.3. Ritmos de Transmissão – indica como é feito é o controle da transmissão dos bits.
a) Transmissão Síncrona – nesse tipo de transmissão, como já visto anteriormente, os bits são
enviados um após o outro, após o sincronismo inicia-se a transmissão da mensagem em si. Geralmente
são mais rápidos e alcançam velocidades superiores a 2400 bps.
b) Transmissão Assíncrona – Nesse tipo de transmissão, como já visto anteriormente, são usados
bits de controle (Start e Stop) para indicar o início e o fim do caracter transmitido. Geralmente são mais
lentos e alcançam velocidades inferiores a 2400 bps.

1.4. Tipos de Transmissão – indica a forma como os bits são transmitidos.


a) Serial – os bits são passados um a um.
b) Paralelo – vários bits podem ser transmitidos simultaneamente, lembrando que para bit há um fio
correspondente.

OBS. Maiores detalhes podem ser observados no capítulo II.

1.5. Tipos de Sinais

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a) Analógico – são sinais elétricos que possuem variação contínua, podendo assumir diferentes
valores amplitude, em um espaço de tempo.
b) Digital – são sinais elétricos que possuem variação discreta e assim valores de amplitude
predeterminados, em um espaço de tempo.

OBS. Os termos analógicos e digital, correspondem de certa maneira, a variação contínua e


discreta respectivamente

1.6. Modulação – é a através da técnica de modulação que os dados são transmitidos pela linha
telefônica. A modulação consiste em um processo através do qual uma onda portadora, tem uma ou mais
características modificados, de acordo com um sinal modulante (informação que se deseja transportar).

Existem basicamente três tipos de modulação:

 Modulação de amplitude – essa técnica consiste em variar a amplitude da onda de acordo com o
sinal que está sendo transmitido (Amplitude Modulation – AM)
 Modulação de freqüência – essa técnica consiste em variar a freqüência da onda de acordo com
o sinal 1 ou 0 que está sendo modulado. (Frequency Modulation)
 Modulação de fase – essa técnica consiste em alterar a fase da onda de acordo com o sinal que
está sendo transmitido. (Phase Modulation – PM)

Os tipos de modulação podem ser usados de maneira combinada.

O aparelho responsável por fazer a modulação é o modem, vejamos algumas características dele:

 Modens analógicos – permitem que os sinais digitais trafeguem pelo meio telefônico.
No caso do sinal modulador ser um sinal digital, temos as seguintes técnicas:

a) Modulação por chaveamento de amplitude (Amplitude Shift Keying – ASK) – a amplitude do


sinal resultante da modulação, varia de acordo com a amplitude do sinal que se quer modular, mantendo-
se a freqüência da onda portadora.
b) Modulação por chaveamento de freqüência (Frequency Shift Keying – FSK) – mantém-se a
amplitude da onda portadora e há a variação na freqüência de acordo com o sinal transmitido.
c) Modulação por chaveamento de fases (Phases Shift Keying – PSK) – modifica a fase da onda
portadora.
d) Modulação por chaveamento de fase diferencial (Differential Phase Shift Keying – DPSK) – é
uma variação do PSK, onde cada bit não é associado a uma fase portadora e sim a uma mudança ou não
dessa mesma fase. Sendo assim para cada bit Ø, efetua-se uma inversão de 180° na fase da onda
portadora e, no bit 1, não se altera a fase da onda portadora.
e) Modulação por amplitude em quadrante (Quadrante Amplitude Modulation – QAM) – esse é
um novo sistema de modulação, gera uma otimização da modulação pois modifica simultaneamente a
amplitude e a fase da onda portadora.

 Modens digitais – são equipamentos que codificam o sinal digital, adequando-se a uma
transmissão em uma letra física.
Para isso usamos basicamente três codificações:

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a) Codificação AMI (Alternate Mack Inversion – Inversão Alternada de Marcas) – usa três níveis
de sinal (0, +, -) para codificar a informação binária que será transmitida. O nível Ø representa o bit Ø, e o
bit 1 corresponde a pulsos retangulares com metade de duração do dígito e com polaridades alternadas (+
ou -).
b) Codificação Miller – para cada bit 1 realiza-se uma transição no meio intervalo significativo do bit;
para o bit Ø, temos duas linhas de ação: se o próximo bit for 1 nenhuma transmissão é realizada no final
do bit significativo, se for Ø realiza-se uma transição no fim do intervalo significativo do bit.
c) Codificaçao HDB – 3 (High Sensity bypolar With 3 zero maximum tolerance prior to zero
substitution – código com alta densidade de pulsos): nesse caso, o sinal digital é analisado
detalhadamente e cada vez que é detectada uma seqüência de quatro zeros consecutivos, esta seqüência
é imediatamente substituída por outra padronizada. Para tanto utiliza-se o recurso da violação, com um
pulso que tenha a mesma polaridade do pulso anterior

1.7. Controle de Fluxo – consiste na habilidade de sinalizar para a estação que está enviando os
dados, se você está pronto ou não para recebê-los.

Os métodos mais conhecidos para o controle de fluxo são:

 Polling – cria uma relação mestre/escravo na qual a estação mestre pergunta para a estação
escravo se pode transmitir.
 XON/XOFF – é utilizado por impressoras e terminais e consiste em uma troca de sinais de ON e
OFF. O sinal de Os habilita a transmissão de dados e o sinal de OFF desabilita.
 RTS/CTS (Request To Send e Clear to Send) – existe uma requisição e uma autorização para a
transmissão dos sinais.

1.8. Propagação de sinal pelo meio de transmissão

As duas técnicas mais utilizadas atualmente são:

 Banda Base – nessa técnica os sinais são digitais e são enviados na forma de pulsos elétricos ou
de luz para o meio físico sempre na mesma freqüência. O equipamento emissor coloca os pulsos
diretamente no meio de comunicação e eles são detectados pelo equipamento receptor. A emissão é
bidirecional, ou seja, apenas um canal de transmissão é permitido por vez (apenas um usuário utilizando
de cada vez).
Caso seja necessário, para grandes distâncias, utilizamos repetidores para reforçar o sinal.

Atualmente esse meio é muito utilizado em LAN’s.

 Banda Larga (Banda espalhada) – nessa técnica os sinais são analógicos. O meio de
transmissão é separado em freqüências diferentes o que permite a existência de vários canais
simultâneos. Nesses canais é possível propagar diversos tipos de informações como voz, vídeo, fase ou
dados. A emissão é unidirecional.
Caso haja necessidade de reforçar os sinais, amplificadores devem ser utilizados. Como a propagação
é unidirecional deve haver dois caminhos para a propagação dos sinais recebidos e transmitidos. Há duas
técnicas possíveis para fazer isso:

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1. Utilizando canais físicos distintos, um para transmissão outro para recepção.

2. Pelo mesmo meio físico, utilizando duas freqüências diferentes.

Sinais digitais Sinais analógicos

Vários canais unidirecionais

Banda Base Banda Larga

1.9. Tipos de Métodos de Acesso ao Meio de Comunicação

O método de acesso é o conjunto de regras que define como um computador coloca ou retira os dados
de um meio de transmissão, já que na maioria das redes eles são interconectados por um meio de
transmissão comum, os métodos de acesso impedem que haja colisão entre os dados enviados, o que
garante maior integridade.

Os métodos de acesso mais conhecidos são:

a) Prioridade por demanda (demand priority method) – neste método de acesso a comunicação
ocorre apenas entre o computador que está transmitindo (end node), o hub (repetidor de sinal) e o
computador que está recebendo os dados (end node).
Os “end nodes” podem sem um computador, uma bridge, um switch ou um roteador, e o concentrador
geralmente é um hub.

Neste método pode haver transmissão e recepção de dados simultaneamente, pois são utilizados 4
pares de fios, cada par transmitindo a 25 Mbps. A comunicação se dá apenas entre o computador que
está transmitindo, o hub e o computador de destino.

b) ”Passagem de bastão” – “taken passing method” – semelhante a criação e passagem de


símbolo, visto no capítulo anterior, usado na topologia em anel.
c) Múltiplo acesso com:
 Detecção de portadora (“canier sense multiple acess method”) com detecção de colisão
(CSMA/CD) – neste método cada computador que deseja utilizar o meio de transmissão deve verificar se
ele está “livre”, para iniciar a transmissão. Após iniciar a transmissão, outros computadores que desejam
iniciar uma comunicação devem aguardar até que o meio esteja livre novamente.
Quando dois computadores iniciam uma transmissão ao mesmo tempo, ou quando, por algum
problema, um computador inicia a transmissão com o meio sendo usado, dizemos que ocorreu uma
colisão.

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O número de colisões e proporcional ao número de usuários em um segmento, levando-se em conta


também o tipo da aplicação que está sendo utilizada.

A capacidade de detectar uma colisão é o parâmetro responsável pela limitação da distância total de
um segmento de computadores neste método de acesso. Após 2,5 km o mecanismo de detecção de
colusão não é mais eficiente, devido a atenuação.

Após uma colisão, os computadores envolvidos cessam a transmissão e em um período de tempo


aleatório cada qual tenta recomeça-la.

 Detecção de portadora com colisão permitida (CSMA/CA) – neste método o computador que
deseja transmitir tenta inicialmente iniciar uma transmissão. Caso não detecte problema, a transmissão é
prosseguida. Essa transmissão inicial aumenta o tráfego na rede e diminui o desempenho. As redes LAN
sem fio e “wireless ‘LAN” utilizam esse método de acesso.

1.10. Técnicas para detecção e correção de erros

Na transmissão de dados há vários fenômenos que ao ocorrerem podem causar erros de transmissão.
Como é impossível eliminar totalmente esses fenômenos, os sistemas de comunicação devem ser
projetados de forma a possibilitar a detecção e, se possível, a correção dos erros.

 Técnicas de detecção de erros


a) Paridade – como já visto anteriormente, esse é o método que usa um bit adicional no caracter para
provocar um número ímpar ou par de bits no nível 1 lógico. Na transmissão dos blocos, o controle especial
de controle BCC (Block Check Character).
 Paridade Par – número par de bits 1 nos caracteres.
 Paridade Ímpar – número ímpar de bits 1 nos caracteres.
b) CRC (Código de Razão Constante) – essa técnica faz com que os caracteres sejam geradores de
tal forma que a razão entre o número de 1’s e o número 0’s que compõem o caracter seja constante.
c) Código Polinomial – neste método o dado de informação e transformado em função dos 1’s e 0’s
em um polinômio do tipo x n  x 4  x 3  x 2  x 1 . Ao polinômio de dados é aplicado o grau do polinômio
gerador, resultado em um novo polinômio M(x). a seguir, M(x) é dividido pelo G(x) que vai resultar em um
resto que será R(x). Ao dado original é acrescido, na parte menos significativa, o resto da divisão. Quando
o dado for recepcionado novamente será dividido por um polinômio gerador idêntico ao da transmissão. Se
o resto dessa nova divisão for 0, não houve a ocorrência de erros, caso seja 1, ocorreu erro na
transmissão.
Esse método permite a detecção de praticamente qualquer tipo de erro.

 Técnicas de correção de erros


a) Correção Manual (Echoplexing) – os dados enviados são devolvidos e comparados
individualmente.
b) Correção por Solicitação – a informação é enviada com um caracter de controle de erro (BCC). O
receptor analisa o BCC e informa ao transmissor se houve ou não erro, e solicita ou não a retransmissão.
ACK (Acknowledgement) – indica um bloco bem recebido.

NACK (Negative Acknowledgement) – indica que o bloco recebido contém erros.

c) Correção automática – igual a explicada acima, mas não há o retorno de confirmação.

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1.11. Isolação – diz respeito a capacidade que cada fio de uma linha privativa tem de não permitir que
os sinais elétricos do sistema.

1.12. Ruído – é a quantidade de potência de um sinal aleatório que se encontra em uma linha
privativa, sem que se tenha injetado nenhum sinal proposital.

1.13. Fatores de Degradação – são fatores que alteram a quantidade de sinal que foi inicialmente
transmitido em um meio de comunicação – afetando assim o desempenho da rede.
Há basicamente dois tipos de fatores: os sistemáticos e os aleatórios.

 Fatores sistemáticos – são fatores inerentes ao meio de transmissão que está sendo utilizado
para reduzi-los, aplica-se a rede compensações externas.
a) Distorção de amplitude – é a perda de amplitude do sinal ao longo da transmissão no meio, o que
gera dificuldades de reconhecimento do sinal na recepção.
b) Distorção de Freqüência – é a variação de freqüência do sinal ao longo da transmissão no meio,
o que gera dificuldades de reconhecimento do sinal na recepção.
c) Distorção de Fase – é a alteração do ângulo da fase do sinal, ao longo da transmissão no meio, o
que gera dificuldades de reconhecimento do sinal na recepção.
d) Ruído Branco – é quando ocorre a composição de sinais (fase, freqüência e amplitude). Em
muitos casos essa composição é gerada pela movimentação térmica nos materiais que compõem os
meios de transmissão.

 Fatores Aleatórios – são fatores que influem na transmissão dos dados, mas cuja ocorrência, não
se pode prever.
a) Ruído Impulsivo – são impulsos que surgem na transmissão e suplantam a amplitude do sinal
original.
b) Gaim Hits: são variações bruscas no ganho de amplitude do sinal.
c) Phase Hits: são mudanças bruscas na fase de um sinal.
d) Eco: é a reflexão de parte de um sinal, ao longo de uma transmissão.
e) Diafonia: é a interferência entre um ponto e outro de um suporte qualquer de transmissão.
f) Drop out – é a perda da onda portadora do sinal, geralmente isso ocorre por um curto intervalo de
tempo.

2. Meios de Comunicação e Transmissão de dados

As categorias de meios de transmissão podem ser de dois tipos: Hardwire e Softwire.

 Hardwire – são os meios físicos em si. Meios de comunicação desse tipo incluem
preferencialmente cabos coaxiais, par trançado blindado – STP, par trançado não blindado UTP e fibra
óptica. Esses cabos transportam sinais elétricos ou luminosos entre equipamentos da rede.
 Softwire – são os meios de transmissão não tangíveis. Meios de comunicação desse tipo incluem
microondas de banda estreita, terrestre e por satélite, espectro espalhado, infravermelho e laser.

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Para escolher qual o meio de transmissão a ser usado, leva-se em consideração os seguintes
quesitos:

 Custo do meio – geralmente é medido pela razão entre a unidade monetária e a unidade de
comprimento. Em pequenas instalações não gera muito impacto, mas é um fator importante em grandes
instalações.
 Equipamentos disponíveis – de acordo com o tipo de tecnologia empregada nesses
equipamentos o custo pode sofrer fortes impactos.
 Atenuação – é a perda do sinal entre o emissor e o receptor. É uma característica inerente ao
meio de transmissão.
 Ruído – já visto anteriormente.
 Freqüências de transmissão – o meio físico utilizado limita a freqüência a ser utilizada.
 Atraso de propagação – de acorde com o meio de transmissão escolhido, há um tempo maior ou
menor decorridos entre o envio e a recepção da mensagem.

OBS. No caso da transmissão por meios intangíveis há outros fatores a serem observados, tais
como:

 Freqüência do sinal;
 Perda do sinal;
 Degradação do sinal por obstáculos (obstáculos físicos ou passageiros);

3. Tipos de Meios de Transmissão

Os meios de transmissão, como já vimos, são os meios capazes de transportar informações.

Há varias características que os diferem, mas os mais comuns são:

 Quanto à banda;
 Imunidade a ruído;
 Limitação geográfica;
 Confiabilidade;
 Custo e disponibilidade dos componentes.

3.1. Cabo coaxial

É um cabo formado por um fio central de cobre revestido por várias outras camadas. Sendo assim
temos um fio de cobre na parte central, envolvido por um material isolante. O isolante é protegido por um

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condutor cilíndrico, geralmente formado por uma malha sólida entrelaçada e o condutor externo é coberto
por uma camada plástica protetora.

A malha trançada protetora pode absorver os sinais eletrônicos do meio e, desse modo, evita que eles
interfiram nos dados que estão sendo enviados pelo cabo de cobre interno.

Sendo assim, a blindagem e a estrutura do cabo coaxial fazem com que ele ofereça melhores
condições para o envio de dados em longas distancias e em velocidades mais altas (por manter uma
capacidade constante e baixa, independente do comprimento que possui suporta velocidades da ordem de
megabits/segundo, sem a necessidade de regeneração do sinal e sem distorções ou ecos). Permite
também suportar com segurança taxas de dados mais altas usando equipamentos mais simples.

De uma maneira geral eles proporcionam uma boa combinação de alta largura de banda e excelente
imunidade a ruído, e são mais resistentes a interferência e a alteração do que o cabo de par trançado.

A largura de banda possível depende da qualidade do cabo, do tamanho e da relação sinal/ruído do


sinal de dados. Os cabos mais modernos tem uma largura de banda próximo de 1 GHz.

As principais vantagens do cabo coaxial são: a imunidade a interferência; a alta freqüência utilizada; a
simplicidade de implementação.

As principais desvantagens são: o custo elevado em relação ao par trançado; alguns modelos
apresentam uma espessura maior que a de outros cabos; a dificuldade de manipulação durante a
instalação; o baixo nível de segurança.

Há três principais tipos de cabos coaxiais:

 Thinnet – também conhecido como cabo coaxial fino (10 base 2). Era um tipo muito utilizado em
redes locais e principalmente na topologia em barra.
É mais utilizado nas transmissões de dados digitais e o meio de acesso mais utilizado nesse tipo de
cabo é o de detecção de portadora com detecção de colisão.

Sofre menos reflexões e por isso é mais imune a ruídos eletromagnéticos de baixa freqüência do que o
cabo grosso.

Características técnicas mais marcantes:

 Impedância: 50 ohms
 Tamanho máximo de segmento*: 185 m
 Tamanho mínimo de segmento*: 0,45 m
 Número máximo de segmentos*: 5
 Tamanho máximo total*: 925 m
 Tamanho máximo sem repetidores*: 300 m
 Capacidade: 30 equipamentos/segmento
 Acesso ao meio: CSMA/CD
 Modo de transmissão: Half-duplex
 Transmissão: por pulsos de corrente contínua
 Conector: conector T

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* todos esses valores são baseados em situações ideais, por isso, podem sofrer alterações na
realidade.

 Thicknet – também conhecido como cabo coaxial grosso (10 base 5). Era muito utilizado em redes
locais quando era necessário a integração dos serviços de vozes, dados e imagens.
É mais utilizado na transmissão de dados analógicos, como geralmente há a necessidade de
amplificadores analógicos periódicos, que só transmitem o sinal em um único sentido, foi necessário a
criação de duas formas de transmissão: cabo único e cabo duplo.

Cabo único – são alocadas bandas diferentes de freqüência para comunicação;

Cabo duplo – toda transmissão é feita no cabo 1 e toda recepção ocorrerá no cabo 2.

Dessa forma, em redes locais, a banda é dividida em dois canais ou caminhos, caminho de
transmissão (inbound) e o caminho de recepção (putbound).

Características técnicas mais marcantes:

 Impedância: 75 ohms
 Tamanho máximo de segmento*: 500 m
 Tamanho mínimo de segmento*: 2,5 m
 Número máximo de segmentos*: 5
 Tamanho máximo total*: 2.500 m
 Capacidade: 1500 canais com 1 ou mais equipamentos por canal.
 Acesso ao meio: FDM
 Taxas de transmissão de dados*: 100 a 150 Mbps (depende do tamanho do cabo)
 Modo de transmissão: Full Duplex
 Transmissão: por variação em sinal de freqüência de rádio.
 Conector: o mais comum é tipo derivador vampiro; também utiliza transceptores.

CATV: É o cabo utilizado nos serviços de TV a cabo. Possui características técnicas muito
semelhantes ao cabo coaxial grosso.

Especificação do Meio de Número de Distância


cabo coaxial transmissão equipamentos máxima de
nos barramento propagação do
sinal

10 base 5 Cabo coaxial 100 500 m


(thicknet)

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10 base 2 (thinnet) RG – 58 cabo 30 189 m


coaxial

10 broad 16 RG – 9 CATV 1023 3800 m


coaxial

OBS. Tipicamente só o CATV trabalha em broad band (banda larga), aplicando múltiplas
freqüências de sinais analógicas. Os outros tipos trabalham em banda base, ou seja, em uma única
freqüência de sinais analógicos, ou com sinais digitais.

Os cabos coaxiais utilizam o conector BNC (Britsh narol connector – conector naval britânico) para a
conexão final entre o cabo e os conectores.

Entre os componentes principais temos:

 Cabo com conector BNC – esse tipo é soldado ou ajustado à extremidade do cabo.
 Cabo T BNC – esse tipo une o cabo de rede à placa de interface de rede do computador.
 Conector Barrel BNC – esse tipo é utilizado para unir dois cabos e formar um cabo de tamanho
maior.
 Terminador BNC – são colocados nas extremidades dos cabos para evitar a reflexão do sinal (ver
“Redes em Barra”)

3.2. Cabo par trançado

É o meio de transmissão mais antigo e mais comum. Um par trançado consiste em dois fios de cobre
encapados e enrolados de forma helicoidal (isso é necessário porque dois fios paralelos formam uma
antena simples, quando são enrolados – trançados – as ondas de diferentes partes do fio se cancelam, o
que gera menor interferência). Vários fios de par trançado são agrupados e fechados em um revestimento
protetor, formado um cabo.

Esse tipo de cabo surgiu da necessidade de se ter cabos flexíveis e com maior velocidade de
transmissão. A sua aplicação mais é o sistema telefônico, mas atualmente tem sido usado largamente em
conjunto com sistemas ATM, possibilitando o tráfego de dados a velocidades extremamente altas (cerca
de 15 Mbps).

Os pares trançados podem ser usados na transmissão de sinais analógicos ou digitais a largura da
banda depende da espessura do tipo e da distância percorrida, mas, na maioria dos casos, pode chegar a
diversos Mbps por alguns km. Porém na transmissão analógica (para a qual essa tecnologia foi
desenvolvida) é necessário a colocação de um amplificador a cada 5 a 6 km; já na transmissão digital é
necessário a colocação de um repetidor a cada 2 ou 3 km.

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Devido ao seu baixo custo e ao desempenho obtido, os pares trançados são usados em larga escala e
provavelmente é a sua suscetibilidade a interferências, ruídos, e ao famoso “cross-talk” de fiações
adjacentes, por isso houve uma preocupação maior com a blindagem e dois tipos de cabos foram criados:
O UTP e o STP.

a) UTP (Unshield Twister – Pair) – é o de par trançado não blindado. Ele é formado por pares de
fios, onde cada par é isolado um do outro e todos são trançados juntos e envolvidos por uma cobertura
externa. Pela falta da blindagem física, a única proteção a ruído que esse tipo de cabo possui é o próprio
trancamento que elimina principalmente o “cross talk” (interferência cruzada). Quanto mais trançados por
unidade de comprimento menos susceptíveis a ruídos eles são.
A maior vantagem do cabo UTP é seu baixo custo, a facilidade de instalação e a sua espessura (por
ser relativamente fino, não preenche os dutos de fiação tão rapidamente quanto os outros tipos de cabos).

Os cabos UTP são divididos em categorias (essa classificação se baseia principalmente no nível de
segurança e na bitola do fio – os números maiores são utilizados para fios com diâmetros menores).

 Categoria 1 – serve apenas para transporte de voz, mas não de dados. São os cabos telefônicos
UTP tradicionais.
 Categoria 2 – contém 4 pares trançados e certifica o cabo UTP para transmissões de dados de até
4 Mbps.
 Categoria 3 – contém 4 pares agrupados dentro de uma capa plástica protetora, na qual os fios
mantidos juntos. Certifica o cabo UTP para transmissões de dados de até 10 Mbps.
 Categoria 4 – contém 4 pares trançados e certifica o cabo UTP para transmissão de dados de até
16 Mbps.
 Categoria 5 – contém 4 pares trançados de fios de cobre. Foram lançados em 1988. São
parecidos com os cat. 3, mas possuem mais voltas por centímetro, o que reduz a incidência de linhas
cruzadas e em um sinal de melhor qualidade nas transmissões de longa distância, o que o torna ideal para
a comunicação de computadores de alta velocidade, certifica o cabo UTP para transmissões de dados de
até 100 Mbps.

OBS. As categorias 3 e 5 são as mais importantes para as redes de computadores. Estão sendo
lançados as categorias 6 e 7, capazes de tratar sinais com largura de banda de 250 e 650 MHZ
respectivamente (as cat. 3 e 5 oferecem 16 MHZ e 100 MHZ respectivamente).

b) STP (Shielded Twister – Pair) – são os cabos de par trançados blindados. Foram lançados pela
IBM na década de 80.
Possuem uma blindagem interna que envolve cada par trançado componente do cabo o que permite a
redução da diafonia. Sendo assim pode alcançar longas distâncias e suportar altas taxas de transmissão.
(largura de banda de 300 MHz em 100 m de cabo).

Um cabo STP geralmente é formado por mais de 1 par de fio trançados blindados (comumente 2
pares) isso torna o cabo mais grosso, o que dificulta a manipulação no momento da instalação.

Há basicamente dois tipos de cabos STP:

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 STP de 100 ohms – é utilizado em instalações Ethernet. A sua blindagem não faz parte do circuito
de dados. Aumenta a resistência contra interferência eletromagnética no fio de par trançado, porém sem
aumentar muito o peso e a espessura do mesmo.
 STP de 150 ohms – era utilizado nas redes Token-Ring. É o tipo mais comum. Possui blindagem
no cabo inteiro e cada par de fios trançados é separado um do outro por uma blindagem.
Permite altas taxas de sinalização e pouca distorção ao sinal, porém a blindagem – para evitar a perda
do sinal – exige o aumento do espaçamento entre os pares de fio e a blindagem, o que aumenta a
espessura, peso e custo do cabo.

Os cabos STP, de uma maneira geral, não se mostraram muito populares fora das instalações da IBM.

OBS. Os cabos de par trançados utilizam os conectores do tipo RI–45 que permitem o alojamento
de até 8 conexões de cabos.

3.3. Fibra Óptica

É um meio de transmissão moderno, no qual os dados digitais são transportados em forma de pulsos
modulados de luz. Os pulsos de luz enviados através de uma fibra se expandem à medida que se
propagam na fibra. Essa expansão é chamada de “dispersão cromática”.

Esse tipo de tecnologia é extremamente apropriada para a transmissão de grande volume de dados,
em altas velocidades, pois oferece ausência de atenuação e um alto grau de pureza do sinal
(posteriormente veremos as vantagens da fibra em relação aos fios de cobre).

Os cabos de fibra óptica são parecidos com os cabos coaxiais, mas não possuem as malhas metálicas
características deles.

No centro do cabo fica o núcleo de vidro através do qual se propaga a luz (esse núcleo é tão fino que
chega medir 50 mícrons de diâmetro, nas fibras multímodo, o que é a espessura de um fio de cabelo). O
núcleo, por sua vez, é envolvido por um revestimento de vidro que possui índice de refração inferior ao do
núcleo, pois assim, toda a luz é mantida no núcleo.

Após essas camadas, há uma cobertura de plástico fino, para proteger o revestimento interno.

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Geralmente as fibras são agrupadas em feixes, por um revestimento exterior.

Na superfície eles, usualmente são colocados a um metro do solo (para evitar ataques, de pequenos
animais).

Um sistema de transmissão óptica possui três componentes fundamentais: a fonte de luz, o meio de
transmissão e o detector.

O meio de transmissão, com já vimos, é uma fibra de vidro ultrafina. O detector gera um pulso elétrico
quando entra em contato com a luz.

Quando há a instalação de uma fonte de luz em uma extremidade de uma fibra óptica e de um detector
em outra extremidade, há a formação de um sistema de transmissão de dados unidirecional que recebe
um sinal elétrico e o converte, transmitindo-os por pulsos de luz, na outra extremidade de recepção, o sinal
é reconvertido em sinal elétrico.

Por convenção, um pulso de luz indica um bit 1, é a ausência de luz representa um bit zero.

Os emissores e receptores geralmente ficam em equipamentos como hubs ópticos, placas ópticas e
transceivers.

A fonte de luz são os equipamentos responsáveis pela conversão do sinal elétrico em sinal óptico para
que eles possam ser transmitidos pela fibra óptica. As fontes luminosas mais utilizadas são:

 LED’s (Light Emiting Diodes) – nesse tipo de aparelho, o processo utilizado é o de fotogeracão por
recombinação espontânea. São mais baratos, adaptam-se melhor a temperatura ambiente e possuem um
ciclo de vida maior. As taxas de transmissão variam entre 20 e 150 Mbps.
 LD’s (Lase Diodes) – nesse tipo de aparelho o processo utilizado é de geração estimulada pela luz.
Nesse processo, os cabos utilizados possuem pequena espessura e uma potencia maior. A largura de
banda é bastante elevada, podendo chegar a até % GHz e tende a ser limitada pela taxa de modulação
máxima da fonte luminosa.

Item LED LD

Taxa de dados Baixa Alta

Tipo de fibra Multímodo Multímodo ou modo único

Distância Curta Longa

Duração Longa Curta

Sensibilidade a Insignificante Substancial


temperatura

Custo Baixo custo Dispendioso

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O detector ou fotodetector é o responsável pela conversão do sinal óptico em sinal elétrico.

Os fotodetectores mais utilizados são:

 PIN – mais barata, mais adaptável a temperatura ambiente e com maior ciclo de vida.
 AFD – custo mais elevado, porém apresenta sensibilidade e relação sinal/ruído bem superior ao
PIN.

Há três maneiras básicas para realizarmos a conexão das fibras:

1) Emenda óptica por acoplamento de conectores – as fibras, nesse caso, possuíram conectores
em suas extremidades e serão plugadas em soquetes de fibra ou acopladores ópticos.
O custo desse processo de conexão é baixo, mas ele é mais trabalhoso e consequentemente requer
mais tempo em sua instalação.

Para a realização desse processo é necessário a aquisição de um kit para a conectorização de fibra,
conectores e acopladores ópticos.

2) Emenda óptica mecânica – nesse caso, as duas extremidades são cuidadosamente colocadas
uma perto da outra em uma luva especial e fixados no lugar.
O custo desse processo de conexão é relativamente baixo, e como, apesar de cuidadoso, ele é
extremamente simples, o custo beneficio é bastante alto.

Para a realização desse processo é necessário a aquisição de um kit de ferramentas para emenda
mecânica, as “luvas” e um clivador de fibra óptica de precisão.

3) Emenda óptica por fusão das fibras ópticas – neste caso, duas peças de fibra podem ser
fundidas de modo a formar uma conexão sólida. A união por fusão é quase tão boa quanto uma fibra
óptica sem emendas; no entanto; sempre há uma pequena atenuação.
Esse processo possui custo bastante elevado, mas a confiabilidade e a velocidade adquiridos, o torna
bastante compensatório.

Para a realização desse processo é necessário a aquisição de uma máquina de emenda óptica, um
decapador de fibra óptica e um clivador de fibra óptica.

OBS. Clivador de fibra óptica – é um aparelho utilizado para cortar as fibras num ângulo o mais reto
possível.

Decapador de fibra óptica – é um equipamento utilizado para remover o revestimento da fibra sem
danificá-la

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Os tipos de fibras ópticas são:

 Monomodo degrau – nessas fibras o núcleo possui dimensão mínima e a luz o percorre em um só
‘modo’, dessa forma evita-se os vários caminhos de propagação da luz ao núcleo e diminui-se a dispersão
do impulso luminoso.
São fibras muito utilizadas nos atuais sistemas telefônicos. Ela atinge altas taxas de transmissão na
ordem de 1GHz/km.

 Multímodo com índice degrau – é uma fibra com baixíssimo desempenho de 15 a 25 GHz/km. É
utilizado para iluminação ou na transmissão de dados em curtas distâncias.
Possui o núcleo formado por um único tipo de vidro. O que significa que possui índice de refração
constante.

 Multímodo com índice gradual – possui o núcleo formado por vidros especiais com valores de
índices de refração diferentes. Isso permite aumentar a largura de banda da fibra pois diminui as
diferenças de tempos de propagação da luz no núcleo (lembre-se que a luz pode percorrer inúmeros
caminho diferentes no interior da fibra), e sendo assim, diminui também a dispersão do impulso.
Possui uma taxa de transmissão semelhante a da multímodo com índice degrau, porém essa é mais
usada em redes locais, pois exige baixo custo de instalação. Opera com emissores do tipo LED.

OBS. Tantos as fibras multímodo, quanto as monomodo operam com sinais de dados, sons e
imagens e as topologias nas quais a fibra é mais usada é a anel e a estrela.

Fibra Óptica x Fio de Cobre

 A fibra pode gerenciar larguras de bandas muito mais altas do que o cobre (só isso já justificaria
seu uso nas redes de última geração).
 Possui uma baixa atenuação e perdas de transmissão baixa pois o sinal luminoso apenas é
ligeiramente reduzido apenas após a propagação de grandes distâncias. Dessa forma o uso de
repetidores só é necessário a cada 50 km de distância em linhas longas (nos fios de cobre são
necessários a cada 5 km) o que significa uma economia considerável.
 A mão é afetada por picos de tensão, interferências eletromagnéticas ou quedas de fornecimento
de energia, ou seja, possui imunidades a interferências (por serem compostos de material dielétrico são
imunes a pulsos eletromagnéticos) e isolação elétrica (não há a necessidade de aterramentos, nem
problemas de interface, visto que são constituídos de vidro ou plástico – isolantes elétricos).
 As fibras são imunes a ação corrosiva de alguns elementos químicos que pairam e, sendo assim,
adapta-se muito bem a ambientes industriais desfavoráveis.
 A fibra é fina e leve o que torna viável o seu uso nos dutos, completamente congestionados, dos
sistemas atuais. Além disso, a remoção dos fios de cobre com a conseqüente substituição por fibras
permite a venda do cobre para as refinarias especializadas. O fato de a fibra ser leve reduz
significativamente a necessidade de sistemas mecânicos de sustentação, cuja manutenção é
extremamente cara. Sendo assim, nas novas rotas, as fibras são preferidas, por terem um custo de
instalação muito mais baixo, também é o meio de transmissão ideal em aviões, navios e satélites.
 A fibra é feita de sílica, um material encontrado abundantemente na natureza e não muito caro. (o
que aumenta o seu custo é o processo requerido para fazer vidros ultrapuros desse material).

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 As fibras não desperdiçam luz e dificilmente são interceptados, sendo uma alternativa com
excelente nível de segurança contra roubos de informações.
 As fibras podem ser danificadas com relativa facilidade se forem encurvadas demais.
 Por possuírem pequenas dimensões, exigem procedimentos e dispositivos de alta precisão na
realização de suas conexões e emendas.
 Utilizam em suas conexões acopladores tipo T, que possuem perdas muito grandes, isso dificulta a
utilização da fibra em redes multiponto.
 Como a transmissão óptica é basicamente unidirecional, a comunicação bidirecional exige duas
fibras ou duas bandas de freqüência em uma única fibra.
 Os repetidores ópticos necessitam de alimentação elétrica independente, não permitindo a
alimentação remota pelo próprio meio de transmissão.
 As interfaces de fibra são mais caras que as interfaces elétricas.
 Ainda não há padronização dos componentes ópticos o que dificulta a integração das redes.

3.4. Comunicação sem fio

Quando uma antena, de tamanho apropriado, é instalada em um circuito elétrico, as ondas


eletromagnéticas podem ser transmitidas e recebidas com significativa eficiência por um receptor
localizado a uma distância bastante razoável. Toda a comunicação sem fio é baseada nesse princípio.

As porções de rádio, microondas, infravermelho e luz visível do espectro eletromagnético podem ser
usadas na transmissão de informações, desde que seja modulada a amplitude, a freqüência ou a fase das
ondas.

3.4.1. Transmissão de rádio

As ondas de rádio são amplamente utilizadas para a comunicação em ambientes abertos e fechados,
pois são fáceis de gerar, podem percorrer longas distâncias e penetram facilmente nos prédios.

Como elas são omnidirecionais (navegam em todas as direções a partir da fonte) o transmissor e o
receptor não precisam estar fisicamente alinhados para a transmissão ser bem sucedida.

Elas apresentam algumas desvantagens como o fato de serem absorvidos pela chuva e a estarem
sujeitas a interferência de motores e outros equipamentos elétricos.

Falaremos mais da utilização de ondas de rádio, ao estudarmos a tecnologia GPRS e Bluetooth.

3.4.2. Transmissão de microondas

Esse meio de transmissão de dados é mais propício para as situações em que não há facilidade de
comunicação terrestre entre dois pontos. Nesses casos a comunicação por microondas pode ser instalada
facilmente, à um custo relativamente baixo e disponibilizando conexões de alta velocidade, com taxas de
transmissão chegando a 2 Mbps ou múltiplos disso.

As microondas viajam em linha reta e sendo assim o sistema é composto basicamente de duas
antenas viradas uma para outra. Observe que não deve haver obstáculos entre uma e outra, caso isso

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ocorra, ou a distancia entre as antenas seja muito grande, devem ser utilizados antenas repetidoras no
caminho. Essa utilização deve ser criteriosa, pois o excesso de repetições pode causar problemas e
dificultar a detecção e o rastreamento de falhas.

Essa tecnologia opera na faixa de SHF utiliza freqüências na faixa de 2, 4, 6, 13 e 20 GHz ou mais. As
bandas de até 10 GHz já são de uso rotineiro, mas a partir de 4 GHz elas passam a ser absorvidas pela
água, o que dificulta a utilização na comunicação.

As antenas parabólicas utilizadas têm cerca de 50 a 80 cm de diâmetro e alcance, mais ou menos, de


50 km.

A distância máxima entre as antenas é relativa, quanto mais alta for instalada a antena, maior será o
alcance dela.

Ao contrário das ondas de rádio, as microondas não atravessam muito bem obstáculos sólidos.

Devido a grande capacidade de transmissão o canal pode transmitir dados, voz e imagem. Quanto
maior a freqüência, maior a largura da banda e maior a capacidade de transmissão.

Esse tipo de meio de transmissão é muito utilizado na telefonia a longa distância, na telefonia móvel,
na distribuição de sinais de televisão.

Apresenta uma grande vantagem em relação a fibra, dispensa a necessidade de ter direitos sobre um
caminho.

3.4.3. Transmissão por infravermelhos (IRDA)

As ondas de infravermelhos e ondas milimétricas sem guias são extensamente utilizadas na


comunicação de curto alcance.

Possuem um funcionamento semelhante ao da fibra óptica, porém os feixes de ondas luminosas são
transmitidos pelo espaço livre, ao invés de ser pelo núcleo da fibra. Na transmissão são usados LEDs ou
IDLs (Diodos de injeção a laser) e na recepção os mesmos fotodiodos já vistos quando estudamos fibras.

Esse tipo de transmissão é largamente utilizado em controles remotos de eletrodomésticos de uma


maneira geral.

É uma tecnologia relativamente fácil de montar, porém não podem atravessar paredes ou outros
objetos opacos e são diluídas por outras fontes de luz muito fortes. O vidro pode ser atravessado, mas há
perda de performance.

É por essa limitação dos infravermelhos que você não muda o canal da TV do seu vizinho.

As ondas de infravermelho estão dentro da faixa ISM e não precisam de autorização governamental
para serem utilizadas.

3.4.3. Transmissão por ondas de luz

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Dá-se através da instalação de lasers. Por ser uma comunicação unidirecional cada ponto deve
possuir seu próprio raio laser e seu próprio fotodetector.

Sua maior vantagem é a alta largura de banda oferecida a um custo bem baixo, e a não necessidade
de licença de uso geralmente. Suas desvantagens são: a dificuldade de instalação e o fato de que os raios
lasers não atravessam chuva ou neblina espessa.

3.5. Comunicação por satélite

Esse tipo de comunicação se baseia em usar como meio de interligação entre os pontos desejados
(dois ou mais), um satélite ou um grupo de satélites artificiais. Esses satélites podem estar estacionados
ou não na órbita terrestre e o seu papel na comunicação é receber e transmitir os sinais enviados pelas
antenas fixadas na terra.

Essa comunicação é indicada para a cobertura de longas distâncias; nos casos em que a existência de
obstáculos impede uma ligação direta entre os pontos, ou até mesmo bloqueia a visão direta (o que
impossibilita o uso de microondas); e nos casos em que a utilização de numerosos repetidores terrestres
inviabiliza a comunicação.

Há basicamente três tipos de satélites:

 GEOS (Geoestationary Earth Orbit Satelities) – os satélites geoestacionários são satélites de alta
órbita, geralmente colocados a aproximadamente 36.000 km de altitude, em uma órbita chamada – órbita
dos satélites geoestacionários – OSG que tem uma velocidade de translação igual a velocidade de rotação
da Terra, o que faz com que, para um observador posicionado na Terra, o satélite pareça estar fixo no
espaço. Isto inclusive justifica seu nome.
Os efeitos da gravidade solar, lunar e planetária tende a deslocá-los de sua órbita normal, o que pode
ser compensado por motores de foguetes existentes a bordo. Essa atividade de ajuste é chamada de
“manutenção da estação”, quando acaba o combustível dos foguetes (em média 10 anos), o satélite fica
sem controle e é desativado.

A grande maioria dos satélites comerciais é desse tipo.

Abaixo, vejamos um quadro das principais bandas comerciais usadas nesse tipo de comunicação:

Band Largura da Problemas


a banda

L 15 MHz Está lotada e apresenta baixa largura de


banda.

S 70 MHz Está lotada e apresenta baixa largura de


banda.

C 500 MHz Sofre interferências terrestres

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Ku 500 MHz Sofre interferências da chuva

Ka 3.500 MHz Sofre interferências da chuva e o custo do


equipamento é alto.

Uma novidade no mundo dos satélites de comunicações é a criação de microestações de baixo


custo, chamados VSATs – Very Small Aperture Terminds. Eles possuem antenas pequenas e uma taxa de
transmissão razoável. Geralmente há um retardo mais longo nas comunicações usando essa tecnologia,
mas as estações são mais econômicas para o usuário final.

 MEO (médium Earth Orbit Satelities) – são satélites vistos da Terra e podem ser vistos se
deslocando lentamente pelo céu, levando cerca de 6h para circular a Terra.
Como estão em órbitas mais baixas que os GEOs, possuem uma área de cobertura menor no solo e
exigem transmissores menos potentes. Geralmente operam na altitude de cerda de 18.000 km (entre
10.000 e 20.000 km).

Esses satélites não são mais usados para telecomunicações. Os 24 satélites GPS (Global Positioning
System) são exemplos de MEOs.

 LEO (Low Earth Orbit Satelities_ - em uma altitude ainda menor, encontramos os satélites LEO. Por
estarem próximos a Terra, movem-se em relação à esta, e por isso é necessário uma grande quantidade
desses satélites para formar um sistema completo, por outro lado, essa proximidade é uma vantagem, pois
as estações terrestres não precisam de muita potência e o retardo de ida e volta é de apenas alguns
milissegundos.
Esse tipo de comunicação é utilizada em aplicações de auxílio à navegação, sensoriamento remoto,
atividades militares, e nas comunicações moveis (onde não há a exigência de cobertura fixa).

Há três sistemas de satélites LEO, muito conhecidos:

a) Iridium – conjunto de 77 satélites de baixa órbita, utilizados na comunicação de voz. Foi um projeto
inicialmente montado pela Motorola em 1990 e depois revendido para outro investidor.
O objetivo básico desse projeto é fornecer um serviço de telecomunicações de amplitude mundial por
meio de dispositivos portáteis que se comuniquem direto com os satélites.

b) Globalstar – conjunto de 48 satélites. Também utilizado para comunicação. Seria uma alternativa
ao Iridium. A maior parte do seu controle é feita na Terra.
c) Teledesic – conjunto de 30 satélites. Visa fornecer serviços de acesso a Internet com alta largura
de banda ignorando por completo o sistema de telefonia.
É um projeto de Craig Mccaw (pioneiro da telefonia móvel) e Bill Gates (fundador da Microsoft).

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1) OBS. Os satélites são basicamente meios de difusão, e como o custo de transmissão de uma
mensagem é independente da distância percorrida, a difusão por satélite se torna muito mais econômica do
que pelos outros sistemas.
2) Quando se trata da segurança e da privacidade, os satélites são desastrosos, todo mundo pode ouvir
tudo, logo o uso de técnicas de segurança é fundamental.
3) Os satélites proporcionam excelentes taxas de erros e podem ser explorados quase
instantaneamente.

3.6. Linha telefônica

3.6.1. Linha telefônica fixa

O sistema telefônico teve início de maneira bem rústica, com o usuário praticamente fazendo a ligação
direta entre os aparelhos, pois os telefones eram vendidos aos pares e os fios os interligaram diretamente.
Obviamente, com o sucesso da invenção e a expansão do sistema, essa ligação direta tornou-se
impraticável, criou-se então, as estações de comutação. Nessa nova estrutura, os aparelhos eram ligados
a central de comutação que por sua vez conectara manualmente o emissor da chamada ao receptor
usando um jumper.

Com o aumento ainda maior do sistema, passou a ser necessário interligar as estações de comutação
e surgiram as estações de comutação de nível 5.

Em suma o sistema telefônico é formado por três componentes principais: o loop local, os troncos e as
estações de comutação.

3.6.1.1. O loop local

Cada telefone contém dois fios de cobre que saem do aparelho e se conectam diretamente a estação
final (estação central local) mais próxima. As conexões através de dois fios entre o telefone de cada
assinante e a estação final são chamados loops locais que geralmente são formados por cabos de pares
trançados de categoria 3. Logo, os loops locais são pares trançados analógicos indo para as residências e
as empresas.

Eles oferecem acesso ao sistema inteiro para todas as pessoas, assim, eles são críticos, mas, também
são o elo mais fraco do sistema.

As linhas de transmissão enfrentam três problemas principais: a atenuação, a dispersão de retardo e o


ruído.

Na grande maioria das vezes essas linhas são analógicas e necessitam por isso de um aparelho
chamado modem para que um computador possa transmitir dados digitais através de uma linha analógica.

Sendo assim, o modem é inserido entre o computador (digital) e o sistema telefônico (analógico).

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Se na outra extremidade houver um computador com um modem, a conversão inversa, de digital para
analógico, será necessária para que o sinal possa percorrer o loop local no destino. É o que ocorre nos
ISP (Internet Service Provider – provedor de serviços da Internet).

Seguindo a estrutura já vista até aqui, duas formas de conexão muito utilizadas por computadores são:

 Dial–up – é o acesso discado. Nesse caso utiliza-se o loop local analógico e o usuário para pelo
uso. Esse tipo de transmissão possui taxa muito baixa e (utiliza modem com taxa de transmissão de até 56
Kbps). Nesse caso, não é possível transmitir voz e dados simultaneamente.
 LPCD – essa é a famosa linha privada para a comunicação de dados. Oferece um acesso
dedicado, oferecendo conexão permanente entre dois pontos, mediante o pagamento de uma taxa
mensal. Geralmente as linhas, aqui oferecidas, são digitais.
Há vários padrões para LPCD:

T1 – utilizado nos EUA com taxa de transmissão de 1.54 Mbps.

E1 – utilizado no brasil com taxa de transmissão de 2 Mbps.

T3 – utilizado por grandes empresas e por ISPs.

E1 fracionários – visam o usuário final, com taxas de 64 Kbps, 128 Kbps, 256 Kbps, 384 Kbps e 512
Kbps. Oferecem valores mensais mais acessíveis.

Linhas Digitais do assinante

Com a concorrência, tornou-se cada vez mais importante a oferta de serviços com maior largura de
banda. A solução mais obvia encontrada foi a oferta de novos serviços digitais sobre o loop local. Esses
serviços, com maior largura de banda que o serviço de telefonia padrão, costumam ser chamados de
serviços de banda larga, porém essa expressão e mais marketing do que necessariamente um conceito
técnico.

Um serviço que passou a ser oferecido com essa nova tecnologia foi o ISDN.

 ISDN (RDSI – Rede Digital de Serviços Integrados) – consiste na oferta de uma linha digital, cuja
banda é dividida em 3 canais. Esse sistema pode transmitir voz e dados simultaneamente (devido à
divisão em canais) e chega a taxas de transmissão de até 128 Kbps.
É composto basicamente por:

Canal B: 2 canais de 64 Kbps que transmitem voz e dados;

Canal D: 1 canal de 16 Kbps para a transmissão dos sinais de controle.

Na tecnologia de linhas digitais para o assinante, há muitas ofertas, todas sob o nome genérico xDSL
(Digital Subscriber Line – Linha Digital do Assinante) para diversos x.

O grande “truque do x DSL devem ter 4 características básicas:

o Devem funcionar nos loops locais já existentes (à grande maioria ainda par trançado cat.3);

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o Não devem afetar, nem ocupar os telefones e os aparelhos de fax que os clientes já possuem;
o Devem ser muito mais rápidos que 56 Kbps.
o Devem estar sempre ativos, com o custo de uma tarifa mensal.

Vejamos algumas das tecnologias xDSL

 ADSL (Asynchonous Digital Subscribe Line) – é uma linha digital assimétrica, ou seja, oferece
velocidades diferentes para o envio e para o recebimento de dados. A linha é dividida em três canais, onde
dois transmitirão voz e dados (um recebendo, outro enviando) e outro estará ligado ao telefone (POTS –
Plain Old Thelephone Service).
As velocidades oferecidas podem variar bastante, mas geralmente fica entre 256 Kbps, 512 Kbps e
1.54 Mbps.

Geralmente a instalação desse serviço é feita por um técnico da companhia prestadora do serviço,
visto que há a necessidade de colocação de um aparelho chamado NID (Network Interface Device –
dispositivo de interface de redes) que na maioria das vezes separa o que deve ir para linha telefônica e o
que deve ir para o Modem ADSL que também deve ser instalado.

 HDSL (Hight bit rate Digital Subscribe Line) – é uma linha digital simétrica (os dados são
transmitidos e recepcionados no mesma velocidade, oferece velocidades de 2 Mbps (padrão brasileiro
com três pares de fio trançado), ou 1.54 Mbps (padrão Americano com dois fios de pares trançados).
 SDSL (single Line Digital Subscribe Line) – é um mecanismo idêntico ao HDSL, porém usa apenas
um par de fio trançado.
 VDSL (Very high bit rate Digital Subscribe Line) – também utiliza um único fio de par trançado, mas
trabalha com taxas de 13 e 52 Mbps no recebimento e 1.5 e 2.3 Mbps para transmitir.

OBS.: Há também os loops locais sem fio o WLL (Wireless Local Loop) que são alternativas
econômicas para o loop local tradicional. As redes que utilizam esse sistema são comumente chamadas de
redes sem fio fixas.

3.6.1.2. Os Troncos

Formam a parte central do sistema telefônico. Utilizam a multiplexação para que possa atender a
demanda atual do sistema. Interligam os loops locais as estações de comutação.

Utiliza as técnicas de multiplexação já estudadas, alem da WDM (Wavelength Division Multiplexing –


Multiplexação por divisão de comprimento de onda) que é uma multiplexação por divisão de freqüências
utilizada nas fibras ópticas.

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OBS.: A técnica que digitaliza vários sinais de voz analógicos e os combina em um único tronco de
saída se chama PCM (Pulse Code Modulation – modulação por código de pulso).

3.6.1.3. Estações de Comutação

São os pontos finais do sistema de telefonia, onde o emissor é guiado até o receptor.

Utiliza as técnicas de comutação, já vistas; comutação de circuitos, comutação de mensagens e a


comutação de pacotes. Porém na prática mesmo o mais comum é a comutação de pacotes,
ocasionalmente a de circuitos, mas nunca de mensagens.

3.7. O Sistema de Telefonia Móvel

Há dois tipos de telefones sem fio, os famosos “telefones sem fio” que não são usados na interligação
de redes e os telefones móveis (celulares) que são usados para a transmissão de voz e dados a longas
distâncias. Estudaremos estes.

Os telefones móveis passam por três gerações distintas, com diferentes tecnologias: voz analógica,
voz digital, voz digital e dados.

3.7.1. Voz analógica

 AMPS (Advanced Móbile Phone System) – divide a área de cobertura em células e em cada
momento, o celular está sob o controle da estação base de uma célula.
O sistema AMPS utiliza 832 canais full-duplex, cada constituído de um par de canais simples. Esses
canais são divididos em:

o Controle – unidirecional (da base para a unidade móvel). Servem para gerencias o sistema.
o Localização – unidirecional (da base para a unidade móvel). Servem para alertar os usuários
móveis das chamadas destinadas a ele.
o Acesso – bidirecional. Servem para configuração de chamadas e atribuições de canais.
o Dados – bidirecional. Servem para transmitir voz, fase ou dados.

O aviso de ligação é enviado por difusão para unidades móveis na área.

3.7.2. Voz Digital

 D – AMPS (Digital Advanced Móbile Phone System) – é a segunda geração do AMPS e é


totalmente digital.
 GSM (Global System for Mobile Cmmunications) – é parecido com o D-AMPS. Nos dois sistemas é
empregada a multiplexação por divisão de freqüência, com cada unidade móvel transmitindo em uma
freqüência mais baixa que a recebida, porém os canais GSM são muito mais largos que os canais AMPS e

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contêm relativamente poucos usuários adicionais, o que dá ao GSM uma taxa de dados muito maior por
usuário que o D-AMPS.
 CDMA (Code Division Multiple Access) – é um sistema que cada estação transmita sobre todo o
espectro de freqüências durante todo o tempo, diferentes do D-AMPs e do GSM que dividem a faixa de
freqüências permitida em canais estreitos, e os canais em slots de tempo.
Na prática, a largura de banda disponível para cada usuário é, no mínimo, tão boa quanto à do GSM,
mas com uma freqüência muito melhor.

3.7.3. Voz e dados digitais

O projeto que realiza esse serviço foi o IMT-2000 que deve oferecer para os usuários os seguintes
serviços:

 Transmissão de voz de alta qualidade;


 Serviço de mensagens;
 Multimídia;
 Acesso a Internet.

Essas redes são conhecidas como redes 3G e há duas propostas de serviços básicos.

 W-CDMA (Wireband CDMA – CDMA de banda larga) – é um projeto da Ericsson. Funciona em


uma largura de banda de 5 MHz e pode interoperar com o GSM. Foi adotado pela União Européia, que o
chamou de UMTS (Universal Telecommunications System).
 CDMA2000 – é um projeto de Qualcomm. Também utiliza uma largura de banda de 5 MHz, mas
pode interoperar com o GSM.

Como ainda não há consenso, as operadoras, estão trabalhando com propostas alternativas
conhecidas como geração 2.5 G.

Dentre essas soluções, as mais conhecidas são:

 EDGE (Enhanced Data rates for GSM Evolution – taxas de dados aperfeiçoados para a evolução
do GSM) – é p GSM com mais bits por baund , isso pode gerar mais erros por baund, por isso o EDGE
tem nove esquemas diferentes para modulação e correção de erros que diferem entre si pela proporção da
largura de banda dedicada à correção dos erros introduzidos.
 GPRS (General Pocket Radio Service – serviço geral de rádio de pacotes) – essa é uma rede de
superposição de pacotes sobre o D-AMPS ou sobre o GSM. Permite a transmissão e a recepção de
pacotes IP.

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OBS.: Já há projetos para a 4G que incluem alta largura de banda, onipresença (conectividade em
todo lugar), integração uniforme com redes fisicamente conectadas, transmissão de pacotes IP, rádio por
software e alta qualidade de serviços para multimídia.

3.8. Televisão a cabo

Tem se tornado uma opção importante para a transmissão de dados e acesso a Internet nas redes
fixas. As operadoras de TV a cabo têm tentado aumentar significativamente sua participação no mercado.

3.8.1. CATV (Community Antenna Television)

CATV era o nome dado a TV a cabo nos primeiros anos de funcionamento. Nessa época, tudo era
muito simples, o sistema consistia em uma grande antena situada em um ponto alto geralmente uma
colina, e essa antena era a responsável por captar os sinais da TV; havia um amplificador chamado “head
end” e um cabo coaxial que distribuía os sinais a cada casa.

Dessa forma havia milhares de sistemas independentes. Em 1974 surgiu um canal exclusivo para
cabo, o Home Box Office (HBO) e, depois dele, vários outros. Dessa forma, houve a necessidade de
interligar esses canais independentes e surgiram então as grandes redes de TV a cabo.

Com essa expansão, os cabos entre as diversas cidades foram substituídos por fibra óptica de alta
largura de banda, e esse novo sistema (com fibra óptica nas linhas principais e cabo coaxial não ligações
para as residências) é chamado de HFC (Hybrid Fiber Coax – Sistema Híbrido de Cabo Coaxial e Fibra).

Nessa nova estrutura se fez necessário o uso dos conversores eletro-ópticos para interfacear entre as
partes ópticas e elétricas da rede, e são chamados de nós de fibra.

Vale ressaltar que, devido à largura de banda da fibra ser bem maior que a do cabo, um único nó de
fibra pode alimentar vários cabos coaxiais.

3.8.2. Internet por cabo

Com a expansão do sistema de TV a cabo, muitas operadoras decidiram entrar no ramo de acesso a
Internet e no ramo de telefonia.

A largura de banda oferecida pelos sistemas a cabo (fibra óptica e cabo coaxial) é infinitamente
superior a oferecida pelo par trançado, porém, nesse tipo de transmissão o processo ocorre por difusão, e
como, todos os usuários do serviço compartilham a mesma banda pode haver uma queda significativa na
qualidade do serviço para alguns.

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Nesse tipo de serviço há a necessidade da instalação de um modem a cabo que é um dispositivo que
possui duas interfaces: uma para o computador e outra para a rede a cabo. Eles estão sempre ativos.
Estabelecem uma conexão ao serem ligados e mantêm essa conexão durante todo o tempo em que
permanecem ligados.

Como o cabo é um meio compartilhado, por questão de segurança, todo o tráfego deve ser
criptografado em ambos os sentidos.

ADSL x Cabo

 O sistema a cabo utiliza cabo coaxial e o ADSL utiliza par trançado.


 O sistema a cabo não garante uma largura de banda efetiva, visto que o canal é compartilhado, já o
ADSL consegue garantir, em média, 80% dos valores de banda afixados na rota do cliente.
 Novos usuários interferem no desempenho do sistema a cabo, porém no ADSL cada usuário tem
uma conexão dedicada, e o número maior ou menor de usuários não interfere em absolutamente nada.
 O sistema a cabo não oferece segurança, sendo necessário o uso da criptografia.
 O sistema telefônico de uma maneira geral, é mais resistente a falhas que o sistema a cabo.

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