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Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

TRABALHO DE LICENCIATURA

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO


PARA FORNECER ENERGIA ELÉCTRICA NUMA INCUBADORA

Elaborado por:

MUCOMOLE, FERNANDO VENÂNCIO

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MAPUTO, DEZEMBRO DE 2012


MOÇAMBIQUE

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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

TRABALHO DE LICENCIATURA

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO


PARA FORNECER ENERGIA ELÉCTRICA NUMA INCUBADORA

PROJECTO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO

DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO

DO GRAU DE LICENCIATURA EM FÍSICA

SUPERVISOR:

Ph.D. BOAVENTURA CHONGO CUAMBA

CO-SUPERVISOR:

Msc. CONSTANTINO DOMBO

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MAPUTO, JANEIRO DE 2013


MOÇAMBIQUE

Dedicatória

Á memória do meu pai Venâncio Mucomole,á minha mãe Albertina Macie, pelo
sacrifício e luta para conseguir cada centavo e alocar aos meus estudos, mesmo diante das
adversidades;

Á todos os meus irmãos pelo afecto e amor incondicional e a toda família Mucomole
semprepresente, pelos ensinamentos e direcionamento em toda vida.

“Pedras no caminho! Guardo todas.

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Um dia vou construir um Castelo.”


“Fernando Pessoa”

Aprovação do Júri

Este trabalho foi aprovado com uma classificação de ____valores no dia ___ de ___ de 2013
pelos membros do júri examinador do Departamento de Física da Universidade Eduardo
Mondlane.

__________________________________________________________

(Presidente do Júri)

__________________________________________________________

(Oponente)

__________________________________________________________

Ph.D Boaventura Chongo Cuamba

(Supervisor)
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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus pela bênção e unção que tem derramado sobre mim; pelas
oportunidades de crescimento e por todas as coisas boas que me aconteceram em toda a minha
vida;

Aos meus supervisores Ph.D. Boaventura Chongo Cuamba eMsc. Constantino Dombo, pelas
suas valiosas orientações e correcções que contribuíram para a conclusão deste trabalho;

A todos docentes e investigadores da secção de Física das Energias Renováveis do departamento


de Física da Universidade Eduardo Mondlane: dr Cláudio Tingote, dr Nordino Mungoi, dr Elísio
Tivane, dr Inocêncio Mapanda, dr Basílio, dr Gujamo, drª Célia, pelo acompanhamento e pelas
suas aulas de incentivo ao estudo inicial das energias renováveis;

Agradeço aos colegas de faculdade e do departamento de Física, em especial ao Adélio, Glória,


Atanásio e Lavumó, amigos que fiz para toda vida pelo incansável apoio e ajuda nessa longa
jornada;

A todos professores e funcionários do Departamento de Física da Universidade Eduardo


Mondlane especialmente aos Ph.D. Volodymyr Tchernych, Ph.D. AJ Leão, Ph.D. Akil
Askasjhoaev, Ph.D. Adriano Sacate, Ph.D A. Maphossa, Msc Joaquim Nhanala, Msc. Luís
Cheia, Msc. Manuel Chenene, Msc. Claúdio Paulo, Msc. Luis Manuel e Msc. L. Zucule, que
contribuíram para o sucesso dos meus estudos e da minha formação académica.

Por fim agradeço a todos aqueles que directa ou indirectamente fizeram parte desta história.

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Eternamente grato!!!

Declaração de Honra

Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria e resulta da minha longa e
profunda investigação. A autenticidade dos resultados deste trabalho de licenciatura tem como
testemunhas os respectivos supervisores, e esta é a primeira vez que o submeto para obter um
grau académico numa instituição de ensino superior.

Maputo, aos ____ de ________________ de 2013

O autor

______________________________________________

(Fernando Venâncio Mucomole)

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Resumo

A incubação de ovos através de umaincubadoraalimentada apartir de um sistema fotovoltaico


(incubadora solar), é uma alternativa eficiente por este fornecer energia sem oscilação e
sustentavél por poder ser aplicada nas regiões rurais Moçambicanas que ainda não beneficiam da
ligação à rede eléctrica convencional.

No presente trabalho foi estabelecida a metodologia para a construção de uma incubadora solar
com capacidade de 100 ovos de galinha. Primeiro foram determinadasas dimensões internas e
externas da caixa de madeira da incubadora, partindo do cálculo das dimensões da grade de
rolagem dos ovos, e das medições do tamanho da bandeja dos ovos. Foi estabelecidoo número de
furos parauma ventilação adequada;foram indicadas a quantidade de recipientes de água para
garantir a humidade relativa, o termómetropara a medição da temperatura, o termostato a usar
para manter constante a temperartura na incubadora e as lâmpadas a usar para o aquecimento da
incubadora.

De seguida foi dimensionado o sistema fotovoltaico para alimentar a incubadora. Neste tarefa
primeiro foi feito o levantamento das necessidades energéticas da incubadora de 100 ovos,
partindo da elaboração do quadro no qual foram organizadas as cargas (lâmpadas) de acordo com
as suas potências e as horas de funcionamento e foi calculado o consumo diário de energia
daincubadora. Foi tomado em conta o consumo total de energia requerida e fez se o
dimensionamento dos módulos fotovoltaicos, das baterias solares, do controlador de carga e do
inversor que compõem o sistema fotovoltaico da incubadora solar.

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Pode concluir-se que o consumo diário de energia de uma incubadora solar com capacidade de
100 ovos é de 864 Wh/d. Para um bom desempenho e longa durabilidade do sistema fotovoltaico
é necessário que seja composto por dois módulos monocristalinos com potência nominal de 150
Wpcada, um banco de baterias solares seladas com uma capacidade de 359Ah, um inversor solar
com potência aparente de 300W, um controlador de carga de 240W (10A)e diversos cabos
comárea de secção transversal mínimade 1,5mm². O projecto de construção de uma incubadora
solar é orçado em cerca de 61 285,0 Mtndos quais8 425Mtncorrespondem aos materiais de
construção e os restantes52 860 Mtnaoscomponentes do sistema fotovoltaico.

Palavra chave: Construção de Incubadora solar com capacidade de 100 ovos, Dimensionamento
de sistemas fotovoltaicos autónomos, Energia solar fotovoltaica.

Abstract

Hatching eggs using a solar incubator (incubator powered from a PV system) is a sustainable and
efficient energy supply through this without oscillation and can be applied in rural Mozambican
not yet benefit from the connection to the conventional electricity grid.

In this work was established a methodology for the construction of a solar incubator with
capacity of 100 chicken eggs. First we determine the internal and external dimensions of the
wooden box of the incubator, based on the calculation of the dimensions of the grid scroll eggs,
and measurements of the size of the tray of eggs. It was established holes for ventilation, the
indicated amount of water containers to ensure the relative humidity, the thermometer for
measuring the temperature using the thermostat to maintain a constant temperartur at the
incubator and the lamps to be used for heating the Incubator. Then the PV system was sized to
feed the incubator. In this task first survey was conducted energy needs of the incubator 100
eggs, from the development of a framework in which were organized loads (lamps) in
accordance with its powers and hours of operation and we calculated the daily energy intake of
Incubator. It was taken into account the total energy required and did the sizing of photovoltaic
modules, solar batteries, the charge controller and inverter that make up the solar photovoltaic
incubator.

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It can be concluded that daily consumption of solar energy in an incubator with a capacity of 100
eggs is 864 Wh/d. For good performance and long service life of the photovoltaic system is
required to be composed of two monocrystalline modules with rated power of 150 Wp each, a
solar battery bank sealed with a capacity of 359Ah, with a solar inverter apparent power of
300W, a controller load of 240 W (10A) and different cable cross-sectional area of an average of
at least 1.5 mm ². The project to build a solar incubator is estimated at about 61 285,0 Mtn, that 8
425Mtnof which correspond to the materials of construction and the remaining 52 860.00 Mtn
components of the PV system.

Keyword: Construction Incubator solar capacity of 100 eggs, autonomous sizing photovoltaic
systems, Solar photovoltaic energy.

Índice

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Índice de Figuras

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Índice de Tabelas

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Indice de Anexos/ Apendice

Lista de Abreviatura
AM – Massa de ar (Air Mass);
AC – Corrente alternada (Alternate current);
VRLA – Válvula de segurança;
OGI – Placas estacionárias radiais (Ortsfest Gitterplaten)
MPP – Ponto de potência máxima (Maximum power point);
PWM – Pulse Width Modulation
DC/AC – Corrente continua em Corrente alternada;
FF – Factor de forma (Fill Factor);

PV– Fotovoltaico (photovoltaic);


DC – Corrente continua (Continue current);
OpzS – Placa Tubular Estacionária Especial (Ortsfeste Panzerplatte Spezial);
OPzV – Placa Tubular Estacionária Selada (Ortsfeste PanzerplatteVerschlossen);
S.I – Sistema internacional;
CIS –Cobre Índio Selênio;

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CIGS–Cobre Índio Gálio Selênio.


Lista de Simbolos

Simbolo/ Abreviatura Significado


Wh/dia Watt hora por dia
Ah/dia Ampére hora por dia
WP Watt peak
Ωmm²/m Ohm milímetros quadrados por metro
mm2 milímetros quadrados
V, A Volts, Ampéres
h/d Horas por dia
Η Rendimento ou eficiência
lm/W Lúmen por Watt
Cd/ m2 Candelapor metro quadrado

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CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1. Introdução

A história da civilização da humanidade está relacionada com o uso de energia para a satisfação
das suas necessidades diárias (cozinhar, electrificar casas, incubadoras, escolas, etc). A forma
primordial de energia usada pelo homem foi a sua própria força muscular e com o tempo, o
homem aprendeu a usar outras formas exteriótipas de energia como a força do vento, água, etc.

A dinâmica do crescimentodas sociedadespressupõe uma demanda energética maior para


satistisfazer as necessidadesde desenvolvimento e por isso, o no mundo contemporrâneo o
homemtem necessidade de explorar novas fontes de energia. Uma das formas de energia que
actualmente tem registado um índice crescente de exploração e uso em Moçambique, é a energia
solar fotovoltaica (energia proveniente da conversão directa da radiação solar em energia
eléctrica), e mostra-se como uma das fontes alternativas mais eficazes na electrificação de
incubadoras, dado ao facto de fornecer energia eléctrica limpa que pode ser conservada em
baterias solares para o uso posteriore sem oscilação, oferecendo deste modo uma solução
alternativa face à actual oscilação da energia eléctrica da rede convencional que se tem
verificado em zonas urbanas e rurais, afectando sobremaneira a incubação de ovos em
incubadoras que estejam em regime de funcionameno ligadas a essa rede.

A conversão fotovoltaica para obtenção de energia eléctrica ainda não é de baixo custo.
Entretanto, na base de estudos mundiais, várias características de dispositivos usados já são
conhecidos, com estas foram elaborados modelos de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
para aplicações diversas. Para se dimensionar de forma certa uma aplicação e análise dos custos
de desempenho do sistema fotovoltaico, devem ser analisadas as características dos dispositivos
que o constituem no ambiente em que funcionam.

Diante do exposto, o presente trabalho apresenta o dimensionamento de um sistema fotovoltaico


para uma incubadora solar que possa funcionar em qualquer região de moçambique e a
metotologia para a construção dessa incubadora. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de
padronizar a metodologia para o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos que forneçam
energia eléctrica de elevada fiabilidade, assegurando deste modo a produção eficaz de pintos.

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1.1.Motivação do Trabalho

Actualmenmte em Moçambique a produção de aves em pequena e larga escala está directamente


condicionada pela disponibilização de pintos em quantidades variadas de acordo com a
necessidade do criador. Para obtenção de pintos, é necessário incubar ovos usando energia
eléctrica da rede geral de distribuição. As diferentes regiões do país, principalmente nas zonas
centro e norte, o fornecimento de energia eléctrica da rede convencional é irregular, o que torna
qualquer incubadora ineficiente obrigando a que criadores daquelas regiões tenham que depender
da capital no que tange ao fornecimento de pintos para a sua criação.

Entretanto, motivado pelo cenário acima descrito o presente trabalho propõe a construção eo
dimensionamento de um sistema fotovoltaico para uma incubadora solar (incubadora
electrificada com base em energia solar fotovoltaica) com capacidade de incubar
simultâneamente 100 ovos de galinha, usada na produção de pintos que possibiliariá que mesmo
em regiões remotas os produtores produzam directamente seus pintos, reduzindo as perdas que se
verificam no transporte de pintos a longas distâncias. Com este trabalho abre-se ainda uma
oportunidade de transferir tecnologia para as comunidades rurais, aravés da disseminação de
conhecimentos teóricos/ práticos adquiridas em sala de aula e no curso de capacitação sobre
tecnologia fotovoltaica.

1.2. Justificação do Trabalho

O presente trabalho centra-se emconstruir e dimensionar um sistema fotovoltaico para uma


incubadora solar que será usada na produção de pintos, como resposta à actual deficiente
qualidade de energia fornecida pela rede eléctrica convencional nas diferentes regiões do país e
que torna ineficiente as incubadoras, no processo de produção de pintos. Entretanto, a escolha da
tecnologia fotovoltaica para concretização do projecto é justificada pela localização estratégica
de Moçambique, que possui a maior parte das suas terras nas proximidades da linha do equador
(Pinto Izidine, 2008)nas quais o sol flui com alta intensidade praticamente todos dias, daí a
oportunidade de poder se aproveitar a alta intensidade para a produção de electricidade.Os
sistemas fotovoltaicos produzem energia eléctrica com elevada fiabilidade, susceptível de ser
armazenada em baterias solares, o que pode garantir que as incubadoras estejam funcionando a
todo vapor durante o tempo previsto para a realização de todo o processo de incubação dos ovos.

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1.3. Objectivos do Trabalho

1.3.1. Objectivo Geral

 Dimensionamento de um sistema fotovoltaico para fornecer energia eléctrica numa


incubadora com capacidade de 100 ovos de galinha.

1.3.2. Objectivos Específicos

 Estabelecer a metodologia e o conjunto de parâmetros necesários para a construção de


uma incubadora solar;
 Padronizar a metodologia de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos em
Moçambique;
 Dimensionar um sistema fotovoltaico para alimentar uma incubadora solarcom
capacidade de incubar simultaneamente 100 ovos de galinha.

1.4. Perguntas de Pesquisa

Associado aos objectivos, para o presente trabalho são definidas as seguintes perguntas:

 Estudar como uma incubadora alimentada por energia solar, pode revelar-se eficiente e
recomendávél na chocagem de ovos em regiões onde a energia da rede geral de
distribuição não chega ou é deficiente;
 Elaborar da sistematizar os passos que conduzem a uma metodologia adequada para
realizar o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos em incubadoras.

1.5. Estrutura do Trabalho

No capítulo I foi feita uma introdução teórica, uma rápida ilustração da motivação, dos
objectivos a abordar e a justificação do projecto. No capítulo II são abordados os principais
fundamentos teóricos envolvidos na energia solar fotovoltaica e na incubação de ovos. No
capítulo III são indicados os materiais e métodos envolvidos na realização do trabalho. No
capítulo IV são apresentados os resultados de todas tarefas do trabalho. No capítulo V foi feita a
discussão dos resultados obtidos no trabalho. No VI°eúltimo capítulo são apresentadas as
conclusões do trabalho e as devidas recomendações.
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CAPÍTULO II – RESUMO TEÓRICO

2.1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

2.1.1. O sol e a Radiação solar

O sol é classificado como uma estrela de tamanho médio cuja distância em relação à terra varia
devido à excentricidade da órbita terrestre e é a base de toda a vida existente na terra.
Anualmente fornece para a atmosfera terrestre uma quantidade significativa de energia de cerca
de 5 , 51× 1024 J , isto é, 1 ,53 × 1018 kWh por ano. No centro do sol, ocorrem reacções de fusão
que transforman núcleos de hidrogénio em núcleos de hélio, sumarizadas pela seginte reacção:

1 4 +¿+2 v e +2 γ (26 ,7 MeV )¿


4 H → He+2 e

Durante este processo parte da massa é transformada em energia, sendo assim o sol é um enorme
reactor de fusão e emissor de radiação solar (quantidade de energia emitida pelo sol).

A radiação emitida pelo sol pode ser aproximadamente representada pela função de distribuição
de Planck. Esta função fornece a quantidade de radiação que um corpo negro emite à temperatura
T em cada comprimento de onda λ, e é dada pela relação:

2
2π c
Bλ (T )=
s
λ [exp
ℏc
λkT( )
−1]
( 2.1)

onde ℏ é a constante reduzida de Planck ( ℏ=1 ,05 × 10−34 J . s ¿, c é avelocidade da luz


8
10 m
(c=3× ), k é a constante de Boltzman(k =1 ,38 × 10−23 J . K−1 ¿.
s

A massa de ar AM é definida como o caminho percorrido pela radiação solar desde a sua
incidência na atmosfera até atingir a superfície terrestre e é dada pela relação(Duffie &
Beckman, 1991):
1
AM = (2.2)
cosθ

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onde θ é distância angular entre o feixe solar e a vertical no local de incidência. Quando o sol
está no zénite temos um AM igual a 1, e quando AM é igual a 2 temos um ângulo zenital θ de
60° (Duffie& Beckman, 1991). Sob ponto de vista de aproveitamento de energia solar usando a
conversão fotovoltaica o AM de 1,5 correspondente a um ângulo de 42,8 e é o mais importante.

Figura2.1:AM que um feixe de radiação atravessa ao incidir na superfície com um ânguloθz.


[Fonte: Melo, 2003]

A distribuição espectral da radiação solar extraterrestre possui um formato aproximado ao corpo


negro, porque o sol não está em estado de equilíbrio radioativo nem termodinâmico, ao entrar na
atmosfera terrestre o espectro sofre algumas modificações devido aos espalhamentos sucessivos
das partículas na atmosfera. A figura mostra o espectro solar fora e na superfície da terra.

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Figura 2.2: Comparação entre espectro solar fora da atmosfera (AM 0) e na superfície (AM 1,5)
[Fonte: Zekai Sen, 2008]
Quando a radiação solar atinge a superfície terrestre subdivide-se numa fracção directa (radiação
directa) que vem segundo a direcção do sol produzindo sombras bem definidas em qualquer
objecto, e por outra fracção difusa (radiação difusa) que carece de direcção específica.

Figura 2.3: Componentes da radiação solar ao interagir com a atmosfera


[Fonte: Freitas, 2008]

A radiação global (RG) na superfície terrestre é a soma das componentes directa ( Rd ) e difusa (
R D), que e é dada pela relação seguinte RG =Rd + R D .

2.1.2. Energia Solar Fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é a energia proveniente da conversão directa da radiação solar em


energia eléctrica. Entretanto, com a descoberta do efeito fotovoltaico por Becquerel, a partir dos
anos 60 surge a discusão do facto desta ser uma tecnologia com alto custo mas que é apropriada
para suprir todas as demandas energéticas mundiais em missões aeroespaciais, manutenção de
satélites e outros equipamentos. Com este dilema começou-se uma investigação para o
melhoramento das células solares com intuito de baixar o custo da tecnologia fotovoltaica.

2.1.2.1. Tecnologias das Células Solares

As células solares geralmente podem ser classificadas como células monocristalínas,


policristalinas, amorfas e de película fina.Ascélulas policristalinas usam silício policristalino
constituído por um número elevado de pequenos cristais da espessura de um cabelo humano;
ascélulas amorfas são constituídas por um suporte de vidro ou de outra matéria sintética eas

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células de película fina que apesar de possuírem baixa eficiência são uma alternativa promissora
ao silício pois são mais resistentes aos efeitos de sombreamento e a temperaturas elevadas.
Entretanto, por possuirem preço e período de retorno de investimento elevado em relação aos
outros tipos de células, as células monocristalinas são as mais ideais para potenciar o efeito
fotovoltaico porque usam o silício monocristalíno e possuem um único cristal que proporciona
alta eficiência e apresentam-se muitas vezes na forma de diferentes placas.

Tipos de Células Solares


Células monocristalinas Células policristalinas Células amórfas Células de película fina

Tabela 2.1: Tipos de células solares


[Fonte: Greenpro, 2004]
A tabela a seguir ilustra a eficiência das células solares desenvolvidas a partir da década de 70.

Material da célula Solar Eficiência da Célula


Silício monocristalíno 11-16%
Silício policristalino 10-14%
Silício Cristalino de película fina 6-8%
CIS, CIGS 4-7%
Tabela 2.2 : Rendimento das diferentes tecnologias de células fotovoltaicas
[Fonte: Freitas, 2008]
2.1.2.2. Características Eléctricas das Células Solares

A unidade básica de produção de energia de um sistema gerador solar de potência é a célula


solar, que usa as propriedades de matériais semicondutores como o silício, germano, etc que
quando dopados com elementos químicos como boro ou fósforo formam uma junção pn, em que
num lado temos excesso da concentração de cargas positivas e do outro de cargas negativas.

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Figura 2.4: Princípio de funcionamento de uma célula fotovoltaica (Efeito Fotovoltaico).


[Fonte: Freitas, 2008]

Cada célula não importando o tamanho, produz no seu MPP uma tensão de cerca de 0,5V.
Algumas produzem mais e outras menos e o modelo do circuito equivalente de uma célula solar
é.

Figura 2.5: Circuito equivalente de uma célula solar fotovoltaica


[Fonte:Greenpro, 2004]

A fonte de corrente I Phé a corrente eléctrica gerada pelo feixe de radiação luminosa ao atingir a
superfície activa da célula (efeito fotovoltaico), I D é a corrente que se fecha através do díodo.

I =−I D =−I 0 [exp


( )
VD
mV T
−1] ( 2.3 )

onde: I 0é a corrente inversa máxima de saturação do díodo; V é a tensão aos terminais da célula;
KT
m é o factor de idealidade do díodo (díodo ideal: m=1, díodo real: m> 1); V T = é o potencial
q
térmico, T é a temperatura absoluta da célula em K; q é a carga eléctrica do electrão.

A corrente I que se fecha pela carga é obtida através da relação:

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I =I Ph−I D =I Ph−I 0 [exp


( )
VD
mVT
−1] ( 2.4)

A análise da curva I versus V é fundamental para a caracterização de um módulo fotovoltaico,


pois a partir desta é possível obter os principais parâmetros que determinam a sua qualidade e
desempenho (Freitas, 2008). Portanto para as condições padrão a curva IxV da célula solar é:

Figura 2.6: Curva I×V e parâmetros do ponto de potência máxima [Fonte: Freitas, 2008]

2.1.2.2.1. Factores que Influenciam as Células Solares

Em células solares uma variação da radiação incidente provoca um aumento aproximadamente


linear da corrente de curto-circuito e uma variação ligeira da tensão de circuito aberto resultando
no aumento brusco da potência de saída do módulo fotovoltáico.

Figura 2.7: Efeito causado pela variação de intensidade luminosa


[Fonte: Freitas, 2008]

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A variação da temperatura na célula solar origina com que os pontos de operação na extração
máxima variem, ou seja a tensão em circuito aberto baixa com o aumento da temperatura e o
valor da corrente de curto circuito pouco varia.

Figura 2.8: Efeito causado pela temperatura na célula


[Fonte: Freitas, 2008]
Para estimar a temperatura da célula a partir da temperatura ambiente, pode se usar a equação:
NOCT −20
T c =T a+ × ( 219+823 × K t ) ( 2.5 )
800
onde: Tc é a temperatura de célula em °C, Ta é a temperatura ambiente média em °C, Kt é o
índice de claridade, NOCT é a temperatura nominal de funcionamento da célula.

2.1.2.2.2. Rendimento e Factor de Forma FF

O rendimento expressa a relação entre o ponto de potência máxima de uma célula e a potência da
radiação solar incidente sobre a célula, e é expressa pela equação:

P Max
η= ( 2.6 )
A×G

onde A é a área da célula; G é a radiação solar incidente por unidade de superfície. O FF


expressa a aproximação da representação da curva I×V a um rectângulo, utilizada para qualificar
as células, tal que quanto maior for a qualidade das células mais próxima da forma rectangular
será a curva. O FF é expresso pela equação:

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I PPM ×V PPM
FF= ( 2.7 )
I CC × V OC

O FF tem um valor menor que uma unidade, comum entre 0,7 e 0,8 para boas células de Silício.

2.1.2.2.3. Pontos Quentes e Sombreamento em Células Solares

A célula solar quando é sombreada pode aquecer até ao ponto de se danificar, dando origem a
uma corrente inversa que flui através dela. Ao estar totalmente obscurecida a célula solar fica
inversamente polarizada passando a absorver energia eléctrica e transformando em calor.
Quando a corrente que a atravessa for suficientemente elevada no máximo igual á corrente de
curto-circuito, resulta um ponto quente (Freitas, 2008). Para prevenir os pontos quentes, a corrente é
desviada da célula usando díodos de derivação ligados em série com as células que impedem o
aparecimento de tensões inversas elevadas.

2.1.2.3. Módulos Fotovoltáicos

Os módulos fotovoltaicos são constituídos por agrupamentos de células ligadas em série ou em


paralelo de forma a obter os valores desejáveis de tensão e corrente eléctrica. Em módulos as
ligações em série constituem as fileiras para minimizar as perdas de potência no sistema e são
utilizados módulos do mesmo tipo. As ligações em paralelo são mais frequentes nos sistemas
com ligação à rede e nestas encontram se várias fileiras ligadas em paralelo. Entretanto, nas
interligações de módulos o número de módulos por fileira produz as curvas a seguir:

Figura 2.9: Ligação em serie ( esquerda ) e em paralelo ( direita ) entre módulos fotovoltaicos
[Fonte : Greenpro, 2004]

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 10 | P a g e


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Existem também as ligações mistas que associam as interligações em paralelo e em série, são
mais ideais para grandes projectos de sistemas ligados à rede eléctrica de alta luminosidade.

Figura 2.10: Ligação mista de módulos fotovoltaicos


[Fonte: Greenpro, 2004]
2.1.2.4. Controlador de Carga

Os controladores de carga são dispositivos electrónicos que usam diodos de bloqueio que não
permitem a circulação de corrente inversa e tem as funções de garantir óptima carga, protecção
contra sobrecargas, prevenção de descargas nas baterias, etc. Os controladores de carga podem
ser de seguintes formas: controlador em série, em paralelo (ou shunt) e tipo MPP.

O contolador em série, usa uma chave depois do gerador fotovoltaico que permite desconectar o
sistema do arranjo quando as baterias estão plenamente caregadas, como é mostrado na figura.

Figura 2.11: Princípio de um controlador de carga série

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 11 | P a g e


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2013

[Fonte: Greenpro, 2004]


Ocontrolador em paralelo ou tipo Shunt (consome menosenergia e é o mais usado), funciona
com uma chave na entrada do gerador fotovoltaico, de modo que quando a tensão da bateria
atingir a sua tensão máxima, os paineis são curto circuitados, como mostrado na figura 2.12.

Figura 2.12: Princípio de um controlador de carga Shunt


[Fonte: Greenpro, 2004]
Os controladores em série e em paralelo possuem perdas significativas de energia (10 á 40%) e
por isso introduziram -se os controladores de carga MPP. Estes têm um sistema de rastreio MPP
que consiste num conversor DC/DC regulado de modo a tomar a máxima potência e ajustar o
sinal de saída em função da tensão de carga da bateria. São mais adequados para projectos com
potências fotovoltaicas superiores a 500W e tem eficiência DC/DC que varia entre 90 a 96 %.

Figura 2.13: Princípio de um controlador de carga MPP[Fonte : Greenpro, 2004]


2.1.2.5. Baterias Solares

A não simultaneidade entre a produção e consumo de energia em sistemas fotovoltaicos, leva à


necessidade do uso de baterias solares para armazená-la. Nas baterias solares as células
electroquímicas são a unidade responsável pelo processo de acumulação de energia e são

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basicamente formadas de dois eléctrodos isolados com diferentes polaridades (negativo e


positivo) imersos num meio electrolítico. Na descarga o material activo dos eléctrodos reage
quimicamente com o eletrólito e liberta-se energia eléctrica. No processo de carga aplica-se uma
tensão superior à dos eléctrodos e os electrões fluem na direcção contrária onde a reacção
química inversa ocorre e consome energia. As células possuem uma tensão baixa e por isso a
maioria das baterias são compostas por diversas células associadas em paralelo de modo a
formarem níveis de tensão e capacidade adequadas ao sistema.

Figura 2.14: Esquema de uma célula electroquímica


[Fonte: GTES, 2004]
Entretanto em sistemas fotovoltaicos as batérias mais usadas são as de chumbo ácido e estas
podem ser húmidas, seladas ou de gel de chumbo, estacionárias com placas tubulares (OPzS e
OPzV) e de bloco com placas positivas planas. As células de chumbo ácido utilizam dióxido de
chumbo (PbO2) como material activo da placa positiva e chumbo metálico (Pb) numa estrutura
porosa altamente reactiva como material activo da placa negativa (eléctrodo). A reação química
reversível na bateria chumbo-ácido é:

PbO 2+ Pb+2 H 2 SO4 ❑ 2 PbSO 4+ 2 H 2 0


(Carga) (Descarga)
As baterias seladas ou de gel chumbo (ácido sulfúrico é imobilizado com recurso a aditivos
ganhando a consistência de um gel) são as mais comuns e usadas nos sistemas fotovoltaicos
autónomos pelo facto de serem seladas e equipadas com válvula de segurança através dos quais

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libertam-se os gases que se acumulam nas sobrecargas. Estas, necessitam de um controlador de


carga que seja adequado às suas características por serem altamente sensíveis a sobrecargas.

Em instalações fotovoltaicas autónomas, também podem ser usados as baterias de níquel cádmio
(NiCad) e de lítio ferro fosfato (LiFePO) mas, estas têm a inconveniência de custo mais elevado
em relação às de chumbo ácido.

2.1.2.6. Inversores Solares

Os inversores solares são dispositivos eléctricos que convertem o sinal eléctrico DC em AC e


ajustam para frequência e nível de tensão da rede a que está ligado, usando um mecanismo de
chaveamento (transistor, relé, etc) para alterar o fluxo de corrente. Os inversores para sistemas
fotovoltaicos autónomos classificam se quanto à sua forma na saída, sendo os principais tipos os
de onda quadrada, senoidal modificada ou rectangular e senoidal pura.

O inversor trapezoidal ou de onda rectangular é o mais próximo da senóide que o de onda


quadrada, o que o torna mais adequado para mais aplicações. Usa um transformador que eleva o
sinal DC disponivél em forma de onda quadrada com frequência de 50Hz para uma tensão de
230V, podendo alimentar qualquer carga com excepção dos aparelhos eléctricos mais sensíveis.

Figura 2.15:Formas de ondas típicas dos inversores monofásicos.


[Fonte: GTES, 2004]
Os inversores de onda sinusoidal, são dispositivos electrónicos baseados no princípio da
modulação por largura de onda sinusoidal e são adequados para conexão em aparelhos muito

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sensíveis, Comparados com os inversores trapezoidais são muito mais caros devido à sua
complexidade.

Existem também os inversores ligados à rede eléctrica nos quais a energia produzida é injectada
directamente na rede eléctrica pública e podem ser de dois tipos:

 Comutados pela própria rede eléctrica, utilizando o sinal da mesma para se sincronizar;
 Auto-comutados, em que um circuito electrónico no inversor controla e sincroniza o sinal
dele ao sinal da rede eléctrica. (Greempro, 2004)
Dependendo da configuração do painel solar os inversore ligados à rede podem ser:inversor
central, inversor de fileira, inversor de várias fileiras e inversor com módulo integrado.

2.1.2.4. Cabos Elétricos e Outros Acessórios

Os cabos eléctricos são os responsáveis pelo estabelecimento da ligação entre os módulos e os


outros componentes. Devem ser resistentes aos raios ultravioletas, ao clima e serem apropriados
para um largo espectro de temperaturas. Geralmenteos cabos usados em sistemas autónomos têm
secção transversal variável entre1,5 mm2 e6,0 mm2.

Usualmente, os outros acessórios usados na instalação dos sistemas fotovoltaicos são terminais,
fita isolante, electroduto, parafusos, bornes para bateria, abraçadeiras, buchas de fixação, pregos
etc., para fixar os diversos elementos do sistema às suas bases e suportes e para efectuar as
conexões eléctricas. Estes acessórios devem ser adequados ao tipo de material sobre o qual serão
instalados. As técnicas e procedimentos usados para fixação dos condutores são as habituais de
uma instalação elétrica convencional eé preciso ter em vista que está se trabalhando com corrente
contínua e em geral os níveis de corrente são elevados.

2.1.3. Métodos de Dimensionamento de Sistemas Fotovoltáicos

Para garantir objectivos distintos de modo a diferenciá-los, os sistemas são dimensionados


usando o método de dimensionamento de sistemas com ligação à rede eléctrica (usado para
dimensionar grandes projectos fotovoltaicos com ligação à rede eléctrica) e de sistemas
fotovoltaicos autónomos. Neste trabalho dá-se mais ênfase à ilustração dos passos do método de
dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos.

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2.1.3.1. Método de Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos Autónomos

Segundo (Freitas, 2008) o procedimento para a aplicação deste método envolve asseguintes
fases:

 Avaliação da viabilidade técnica atendendo ao recurso solar disponível no local;


 Avaliação das necessidades energéticas para alimentar as cargas, tendo em conta as
opções que conduzem à poupança de energia;
 Desenvolvimento conceptual do sistema;
 Avaliação da radiação solar disponível de forma detalhada;
 Dimensionamento dos principais componentes do sistema;
 Selecção dos componentes e revisão do projecto e dimensionamento do sistema.

Para que se tenha um óptimo sistema é necessário que se faça um prévio dimensionamento dos
componentes do mesmo.

2.1.3.1.1. Dimensionamento dos Módulos Fotovoltaicos

A radiação solar que atinge uma superfície horizontal num período de tempo é medida em
unidades de energia solar (a unidade padrão é kWh/m 2), tal que sob condições padrão a potência
do módulo PV é dada como:

W PV =E ÷ G ÷ ηSYS ( 2.8 )

Onde: W PV é a potência de pico do gerdor fotovoltaico em Wp, Eé a energiadiária em Wh,G


é o número médio diário de horas de pico de sol durante o mês de design para a inclinação e a
orientação do painel fotovoltaico; η SYS é a eficiênciatotal do sistema(quando igual a 1 é de 100%)
geralmente é considerado igual a 0,6 (60%). (Solar Con, 2012)

Pelo facto de haverperdas não é possivel ter um sistema totalmente eficiente. Entretanto, uma
relação de desempenho global do sistema de 60% é muito boa. O factor de eficiência de 0,6
usadopara o sistema propiciou componentes de qualidade e correcto dimensionamento de cabos.

η SYS=η PV ×η PV − BATT × ηCC ×η BATT × η DIST ×η INV ( 2.9)

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η SYS=0.8 × 0.97 ×0.98 × 0.9× 0.97 × 0.9=0.60 ( 2.9.1)

onde: η SYSéa eficiência total do sistema; η PV igual a 20% é aeficiência dos módulos PV não
operando no MPP (0,98); η PV −BATT são perdas de 2% no controlador de carga de boa qualidade
(0,98), η BATT igual a 10% são perdas de eficiência da bateria em Ah (0,9); η DIST são perdas de 2%
em cabos de distribuição da bateria para cargas (0,98); η INV são perdas de 10% em um inversor
de boa qualidade ( 0,9).(Solar Con, 2012)

A geração do módulo fotovoltaico é achada mediante o uso darelação seguinte:

Geração do Módulo=Radiação ×Corrente Nominal ( 2.10 )

O consumo total será achado usandoa expressão dada por:

EConsumida
Consumo Total= ( 2.11 )
V Bateria

E o número de módulos solares para este sistema será dada por:

Consumo Total
Número de Módulos= ( 2.12 )
Geração do Módulo

2.1.3.1.2. Dimensionamento das baterias Solares

A batéria é dimensionada para armazenar não somente o consumo de energia por dia, mas
também durante os dias de autónomia previstos (3 a 4 dias), durante os dias nublados, a formula
para dimensionar a capacidade mínima da bateria é dada pela relação:

Q= ( E × A ) ÷ ( V × T ×η INV ×ηCABLE ) ( 2.13 )

ondeQé acapacidade da bateria em Ah;Eé a energia diária emWh;Aé o número de dias de


armazenamento;Vé a tensão do sistemaDC; Té o número máximo permitido da profundida de
descarga (DOD) da bateria (0,3 a 0,9); η INV é a eficiência do inversor (é 1 se não há inversor);
ηCABLE é a eficiência da entrega de cabos da alimentação da bateria para cargas. (Solar Con, 2012)

A capacidade total do banco de baterias, segundo (SolarTerra, 2004)é dada pela relação:

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Cap . Bat =1 ,66 × Dtot × Aut ( 2.14 )

onde1,66 é o factor de correcção da bateria de acumuladores que leva em conta a profundidade


de descarga admitida, envelhecimento e um factor de temperatura; Dtot : Consumo total de
energia da instalação em Ah/dia; Autsão dias totais de autonomia prevista.

2.1.3.1.3. Dimensionamento do Controlador de Carga

O fabricante oferece uma potência f P de 0,60 e portanto teremos uma potência aparente Q igual
á:

P
Q= ( 2.15 )
fP

Considerando um rendimento de 80%, teremos a seguinte corrente ao lado de corrente contínua:

V 220 × I 220
I Máxima = ( 2.16 )
η ×V 12

2.1.3.1.4. Dimensionamento do Inversor Solar

Os inversores são dimensionados em função da potência aparente, utilizando o factor de potência


nominal f P de 0,60 das lâmpadas electrónicas. Logo teremos uma potência aparente máxima Q
de:

P
Q= ( 2.17 )
fP

O dimensionamento do inversor deve ser de modo a que trabalhe com no máximo 80% da sua
potência nominal e a sua potência não deve ser inferior à do gerador PVsob o risco dese
danificar-se.

2.1.3.1.5. Dimensionamento da Secção Transversal dos Cabos Eléctricos

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Para garantir maior eficiência na transmissão da corrente eléctrica, em sistemas autónomos é


admitida uma queda de tensão máxima de 1,5% entre o quadro de distribuição e as cargas,
usando cabos de comprimento curto (5m no máximo). A secção dos cabos é calculada por:

2 × ρ ×l × I max
S= ( 2.18 )
V n × ∆V adm

ondeS é a seção mínima do condutor em mm²; ρ é a resistividade do cobre (ρ=1/58Ωmm²/m), l é


a distância até à carga em metros,∆ V admé a queda de tensão aceitavél (%), V né a tensão em V.

2.1.4. Instalação e Comissionamento de Sistemas Fotovoltaicos

A execução da instalação de sistemas fotovoltaicos autónomos é simples por não serem


necessárias outras técnicas além das comumente empregues na instalação elétrica convencional,
mas recomenda se que seja efectuada por técnicos com conhecimento de energia fotovoltaica a
fim de poder solucionar os eventuais problemas que podem ocorrer durante a instalação.

2.1.4.1. Localização e Orientação dos Geradores Fotovoltáicos

Os módulos fotovoltaicos devem estar em local distante de objectos que dificultam a passagem
da luz solar, pois provocam sombreamento nas horas de maior intensidade de radiação solar. No
hemisfério sul os painéis solares devem estar orientados para o norte geográfico e no hemisfério
norte para o sul geográfico de modo a obter melhor aproveitamento energético durante todo ano.

Figura 2.16:Parâmetros angulares relativos à orientação dos módulos fotovoltaicos

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[Fonte: Carneiro, 2009]


Segundo (SolarTerra, 2002) os módulos fotovoltaicos deverão estar inclinados em relação ao
plano horizontal num ângulo que variará conforme a latitude do local da instalação, como é
ilustrado na tabela abaixo.

Latitude do local Ângulo de Inclinação


0 á 4 graus 10 graus
5 á 20 graus latitude + 5 graus
21 á 45 graus latitude + 10 graus
46 á 65 graus latitude + 15 graus
66 á 75 graus 80 graus
Tabela 2.3: Ângulo de inclinação do gerador fotovoltaico
[Fonte: Solarterra, 2002]
2.1.4.2. Montagem da Estrutura dos Módulos Fotovoltaicos

A estrutura de suporte de módulos fotovoltaicos deve ser rígida, leve e de geometria adequada ao
ângulo de inclinação do local de modo a assegurar uma ventilação adequada do módulo e
posicionamento de maneira estável. Os tipos de estrutura de suporte para fixação de módulos
mais frequentes são a estrutura de fixação no solo, no poste, na parede e no telhado. Nas
instalações autónomas, os módulos geralmente são instalados no telhado se a estrutura do telhado
for muito frágil tem se optado pela instalação com estrutura de fixação em poste.

2.1.4.3. Localização das Baterias Solares

As baterias devem estar localizadas em locais com condições ambientais e de ventilação


adequadas, de modo a reduzir as variações de temperatura e seja de acesso fácil e seguro para
manutenção e troca, além de ser de acesso restrito para o pessoal treinado ou autorizado. As
baterias do arranjo devem ser todas iguais (fabricante, modelo e idade). O número máximo de
baterias em paralelo deve ser de 4 á 6, como éilustrado no exemplo da figura a seguir.

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Figura 2.17: Forma correta de conexão de banco de baterias.


[Fonte: GTES, 2004]
Para equalizar os níveis de tensão e intensidade nas baterias deve se usar fios (geralmente de
cobre de modo a resistirem a altas e baixas temperaturas) com comprimentos iguais entre elas e
com cruzamento em série e em paralelo entre as várias baterias envolvidas.

Segundo (Carneiro, 2009) se o objectivo consistir em garantir a obtenção de tensões elevadas as


baterias são associadas em série, tal que a corrente ou capacidade é mantida e a tensão é
aumentada. Quando se pretende obter capacidade mais elevada, elas podem ser associadas em
paralelo (tensão é mantida e a corrente

ou capacidade é incrementada).

Figura 2.4: Representação esquemática de baterias associadas em série e em paralelo


[Fonte: Colectado em Carneiro, 2009]
2.2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE INCUBADORA

2.2.1. Especificacações de Incubação

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Incubação é um conjunto de factores físicos presentes num meio matérial que rodeia o ovo, e que
intervêm no processo biológico através do qual um ovo fértil se transforma num novo indivíduo.
Esta pode ser natural ou artificial. O sucesso da incubação artificial depende da regulação dos
quatro factores envolvidos na incubação (temperatura, teor de humidade relativa, ventilação e
volteio regular dos ovos).

2.2.1.1. Temperatura

A incubadora (aparelho para incubação de ovos) deve fornecer uma temperatura semelhante á de
uma galinha que aquece os ovos com seu corpo, que é obtida por aquecimento e regula-se por
meio de um termostato (dispositivo que mantém constante a temperatura). A temperatura ideal
na fase inicial de incubaçãoé de 37,8ºC e na fase de eclosão é de 37 a 40,5ºC (Casvassim, 2004).

2.2.1.1.1. Método de Aquecimento da Incubadora

No interior da incubadora a temperatura pode ser estabelecida pelo uso de candeeiros e outros
mecânismos de aquecimento, porém neste trabalho serão usadas lâmpadas para o aquecimento
interno da incubadora solar. Os tipos de lâmpadas disponíveis no mercado são as lâmpadas
incandescente, lâmpadas de descargas eléctricas (fluorescentes, de vapor metálico, vapor de
sódio, etc) e as LED’s. Pelo facto das lâmpadas incandescentes emitirem maior percentagem da
radiação no infravermelho (73%) e uma percentagem de calor (de 19%) não muito excessiva em
relação as outras lâmpadas (Wageningen et all,1995) e ainda, possuirem um excelente índice de
reprodução de cores, elas satisfazem a condição para o aquecimento da incubadora solar.

Incandescente Fluorescente Vapor Metálico LED’s


Energia Luz visivél 8% 21% 27% 15-25%
Radiada Infra-Red 73% 37% 17% 0%
Ultravioleta 0% ~0% 19% ~0%
Total de energia radiada 81% 58% 63% 15-25%
Emissão de calor 19% 42% 37% 75-85%
Total 100% 100% 100% 100%
Tabela 2.5:Energia Radiada pelas lâmpadas electrónicas
[Fonte: Pinto, 2008]
2.2.1.1.2. Parâmetros Luminotécnicosdas Lâmpadas da Incubadora

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Do ponto de vista luminotécnico as principais grandezas relacionadas com a emissão de luz pelas
fontes puntiformes são a intensidade luminosa, o fluxo luminosoe o iluminamento ou
aclaramento, luminância e tendo em conta as outras grandezas como: rendimento luminoso, a
temperatura de cor e a duração de vida média.

O fluxo luminoso (Φ) é a quantidade total de luz emitida por uma fonte, medida em lúmens (lm)
na tensão de funcionamento (Ferreira, 2010).1 lúmen=1 Candela ×1 Esterroradiano

A intensidade luminosa (I) é a intensidade do fluxo luminoso projetado em uma determinada


direcçãoexpressa em candelas (Cd).

A iluminância (E) ou iluminamento é o fluxo luminoso (Φ) que incide sobre uma superfície (S)
situada a uma certa distância da fonte (Osram, 2010), medida em lux (lx) e é dada pela relação:

Φ
E= ( 2.19 )
S

Luminância (L) é a intensidade luminosa (I) que emana de uma superficie para a sua superficie
aparente (Ferreira, 2010), medida em Cd/ m2 e é dada pela relação:

I
L= ( 2.20 )
S .Cosα

onde α é o ângulo considerado em graus. Uma vez que é difícil medir a intensidade luminosa que
provem de um corpo não radiante (através de reflexão) recorre se à fórmula:

ρ.E
L= ( 2.21 )
π

onde ρ é o coeficiente de reflexão, E é a iluminância sobre essa superficie. O índice do local que
se pretende iluminar, que é a relação entre as dimensões do local é calculado através da relação:

C ×l
K= ( 2.22 )
(C+l)× A

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Onde: Céo comprimento, lé a largura e Aé altura do local a ser iluminado.

Em função do índice do local (K), dos índices de reflexão do tecto, parede e piso, determina-se o
factor de utilização (FU) que é a razão entre o fluxo utilizado e o fluxo luminoso emitido pelas
lâmpadas (Ferreira, 2010), dada através da tabela:

Tipos Branco Claro Médio Escuro


Tecto 80% 70% 50% 30%
Parede --- 50% 30% 10%
Piso --- --- 30% 10%
Tabela 2.6: Factor de utilização - FU

O factor de manuntenção do ambiente a ser iluminado é:

Ambiente Limpo Médio Sujo


Factor de Manuntenção (FM) 0,9 0,8 0,6
Tabela 2.7:Factor de manuntenção - FM

O número de lâmpadas e de luminárias caso se deseje usar é calculado mediante a aplicação da


expressão:

E×S
N= ( 2.23 )
Φ × FU × FM

Onde: N é o número de lâmpadas/ luminárias, E é a iluminância desejada, S é a área do local, Φ é


o fluxo da lâmpada = Fluxo luminário da lâmpada x Quantidade da lâmpada, FUé o factor

de utilização (dada pela Tabela 2.6) e FMé o factor de manuntenção (dada pela Tabela 2.7).

2.2.1.2. Teor de Humidade Relativa

O teor de humidade relativa ideal para a incubação é de 50 a 60% e 70 a 75% na eclosão, caso
não seja regulado os embriões desidratam-se no ovo ou não conseguem eliminar os gases tóxicos
por eles produzidos. Para conseguir esta humidade regulada deve se instalar na incubadora
recipientes com água e medi-la usando termómetro húmido ou higrómetro, ilustrado a seguir:

Legenda

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1 - Termómetro vulgar;
2 – Invólucro de tecido;
3 - Pequeno reservatório de água.

Figura 2.18: Termómetro húmido ou higrómetro.


[Fonte: Wageningen et all, 1995]
Para medir a humidade relativa é necessário fazer a diferença de temperatura do termómetro sêco
e do termómetro húmido.

Incubação Dia Termómetro Húmido (°C) Termómetro Seco (°C) Humidade Relativa (%)
0 – 18 31 38,9 60
19 – 20 27 36,1 50
21 33 36,1 70
Tabela 2.8: Especificações de temperatura e humidade no interior da incubadora
[Fonte: Wageningen et all, 1995]
2.2.1.3. Ventilação e Volteio Regular dos Ovos

Para que os embriões possam assimilar oxigénio e eliminar dióxido de carbono a incubadora
deve possuir um sistema de ventilação. A ventilação ideal deve ser de 21% de oxigénio e mais de
0,5% de gás carbónico.Para uma melhor distribuição da temperatura sobre todas as partes dos
ovos e para que a gema não cole a casca do ovo deve-se efectuar o volteio dos ovos. No início da
incubação o volteio dos ovos deve ser feita de duas em duas horas ou de três em três horas, a
rotação a executar deve ser no mínimo de 45º (Wageningen et all, 1995).O dispositivo para
volteio dos ovos é constituido por quadro móvel com rede que permite virar os ovos duma vez
sem necessidade de abrir a porta.

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Figura 2.19:Dispositivo para virar os ovos


[Fonte: Wageningen et all, 1995]
Uma pega na parede da incubadora permite deslocar o quadro (5cm ajustáveis), no qual os ovos
rolam na gaze e são voltados para outro lado.

2.2.1.4. Regulação Automática da Temperatura

No interior da incubadora aquecida electricamente, a temperatura é mantida num nível constante


usando um termóstato. Existem vários tipos de termóstatos, os mais usados são o termóstato
bimetálico (disjuntor) e termostato de cápsula de éter.O termostato de cápsula de éter, funciona
na base de um gás (éter) que dilata-se sob o efeito da pressão na cápsula quando a temperatura
aumenta e desliga a corrente eléctrica, as lâmpadas apagam-se e pouco tempodepois acendem.

O termóstato bimetálico é o mais usado para manter a temperatura em incubadoras. É feito de


duas folhas de metais diferentes (bronze/aço ou cobre/zinco) com coeficientes de dilatação
diferentes, tal que, sob a acção do calor a folha de bronze (ou cobre) dilata-se mais do que a
folha de aço (ou zinco). Como estão fixadas juntas o bimetal derrete caso aumente a temperatura
e desliga a corrente, quando a temperatura desejada foi atingida, e ao arrefecer volta à sua forma
original e restabelece a corrente. O bimetal tem um botão que permite a regulação da temperatura
desejada.

Legenda
1- folha de cobre;
2 - folha de metal;
3 - parafuso;
4 - cabo 1;
5 - cabo 2
Figura 2.20: Interruptor de termostato bimetálco
[Fonte: Wageningen et all, 1995]
CAPITULO III – MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Metodologia

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3.1.1. Metodologia de Construção da Incubadora

Para a construção da incubadora primeiro foi feito o dimensionamento da grade de rolagem dos
ovos que irá facilitar o volteio dos ovos tendo em contao perímetro do ovo de galinha (13,6 cm)
e o espaçamento para a rolagem dos ovos (definido pelo meio perímetro dos ovos de 6,8 cm, no
qual adoptou se o valor aproximado que é de 7 cm) na bandeja.

Partindo das dimensões da grade de rolagem dos ovos na incubadora, foram dimensionadas as
medidas internas e externas da bandeja dos ovos da incubadora (que tem as dimensões definidas
pelo comprimento da grade de ralagem dos ovos mais o espaçamento para a rolagem dos ovos) e
foi feitaa definição da grade ideal para assegurar os ovos (rede de gaze ou arame de 0,5cm de
diâmetro).

Tendo em conta as medidas da bandeja dos ovos foram estabelecidas as medidas da caixa da
incubadora: paredes de espessura de 20 mm e medidas externas de 108 cm X 54cm X 40 cm.

Foi ainda estebelecida a altura a que se deve encontrar a bandeja dos ovos das lâmpadas que
aquecem a incubadora para garantir que não haja um escesso de iluminação de modo a que não
se ultrapasse a temperatura ideal der 37,8°C e garantir que haja uma incubação dos ovos com
sucesso (70% a 80% dos ovos iniciais para a incubação).

Sendo conhecida todas as medidas da incubadora foi feita a identificação da quantidade, do tipo
de lâmpadas eficientes e adequadas para a incubação de ovos de galinha usando as tabelas dos
ANEXOS e APÊNDICE.

Foi identificado o número ideal de lâmpadas que irão ilumirar a incubadora, na base de cálculos
de iluminância, usando a relação seguinte:

Φ
E= ( 3.1 )
S

E foi achado também o indice do local a ser iluminado e outros parâmetros, tendo sido calculado
o número de lâmpadas aplicando a formula:

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E×S
N= ( 3.2 )
Φ × FU × FM

Foi indicadae definida a estruturação de outros parâmetros da incubadora solar, como a fixação
ideal do visor de vidro na porta da incubadora, do posicionamento ideal da porta, do local ideal
de colocação das fechaduras, dos recipientes para manter a humidade relativa bem como da
distância a que este devem estar situados das lâmpadas que feornecem a iluminação e
aquecimento ideal na incubadora, o termostato ideal a ser usado e a sua posição de fixaçã na
incubadora, bem como os termómetros que medem a temperatura no interior da incubadora.

3.1.2. Metodologia de Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico

3.1.2.1. Método Usado

Para o dimensionamento do sistema fotovoltaico para a incubadora solar foi usado o método de
dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos (ja descrito no parágrafo 2.1.3.1).

Este método consiste no cálculo da potência nominal do gerador fotovoltaico, para dimensioná-
lo em função da energia total diária, expressa em Wh/dia. A aplicação deste método foi cumprida
mediante a implementação e concretização dos rocedimentos de dimensionamento descritos na
parte que se segue.

3.1.2.2. Metodologia/ Procedimentos

Primeiro foi feito o levantamento e análise das necessidades energéticas da incubadora solar de
100 ovos (que e o consumo de todas as lâmpadas da incubadora). Nesta fase do projecto foi feita
a identificação das lâmpadas eléctricas mais eficientes e adequados para a incubadora, e a análise
das horas de funcionamento destas com a finalidade do cálculo do consumo total de energia
eléctrica em Wh/dia. O total de consumo de energia foi achado mediante a aplicação da relação:

Total do Consumo=Pot ê nciada Carga × Horas de Funcionamento( 3.3 )

De seguida foi feita uma análise conceptual do sistema para, a identificação da tensão a adoptar.
Pelo facto do sistema em estudo ser de pequenas dimensões, a tensão adoptada é de 12V para

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corrente contínua (havendo a possibilidade de associar- se a outros sistemas com outros niveis de
tensão caso seja necessário).

Foi feita uma avaliação do recurso solar, para poder se conhecer o mês com menor incidência de
radiação solar de modo a estabelecer um ângulo de inclinação do painel solar adequado para
maximizar a radiação incidente no plano do painel, extraindo assim a máxima potência do painel
para o mês em que a radiação solar é mais baixa, com base na análise da Tabela APÊNDÍCE 1.

Procedeu-se ao dimensionamento dos componentes do sistema fotovoltaico para aincubadora


solar. Tomando em conta o mês de menor radiação solar (Junho) foi feito o dimensionamento
dos módulos fotovoltáicos necessários para alimentar a incubadora solar calculando deste modo
a potência nominal na base da geração do módulo solar, usando a relação:

W PV =E ÷ G ÷ ηSYS ( 3.4 )

Ainda tendo em conta o levantamento do total de consumo de energia em Wh/dia já efectuado,


fez-se o dimensionamento das baterias solares. Neste ponto foi identificada a partir de cálculos a
capacidade de cada bateria dada pela relação:

Q= ( E × A ) ÷ ( V × T ×η INV ×ηCABLE ) ( 3.5 )

e a capacidade total do banco de baterias, que segundo (SolarTerra, 2004) é dada pela relação:

Cap . Bat =1 ,66 × Dtot × Aut ( 3.6 )

onde: 1,66 é o factor de correção de batéria de acumuladores que leva em conta a profundidade
de descarga admitida, envelhecimento e um factor de temperatura; Dtot : Consumo total de
energia da instalação em Ah/dia; Aut: são dias totais de autonomia prevista.

Foi dimensionado o inversor solar, para a conversão de DC em AC para o consumo das cargas
em AC, para tal foi calculada a potência aparente máxima Q dada pela relação:

P
Q= ( 3.7 )
fP

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Depois foi dimensionado o controlador de carga que de entre as várias funções protege as
baterias contra sobrecargas e descargas profundas, para tal foi achada a potência aparente do
controlador de carga empregando a relação anterior, e a corrente máxima I M á xima associada à
corrente continua usando a relação:

V 220 × I 220
I Màxima = ( 3.8 )
η ×V 12

Por último foi dimensionada a área da secção transversal dos cabos eléctricos, de modo a garantir
maior eficiência na transmissão da corrente eléctrica e sem grandes perdas,apartir do cálculo
usando a relação seguinte:

2 × ρ ×l × I max
S= ( 3.9 )
V n × ∆V adm

Onde: S é a seção mínima do condutor em mm²; ρ é a resistividade do cobre (ρ=1/58Ωmm²/m), l


é a distância até a carga em m,∆ V admé a queda de tensão aceitavél em %, V né a tensão em V.

3.2. Matériais e Instrumentos Usados

3.2.1. Material de Construção da Incubadora

Para construção da incubadora serão necessários os seguintes matériais:

 1 Caixa de madeira para incubadora (108 cm X 54 cm X 40 cm e espessura = 20 mm),


com 1 bandeja de ovos de medidas internas 104 cm X 50 cm e externas 106cm X 52 cm;
 2 Recipientes de água de 44 cm X 25 cm e 4 cm de altura, pode usar se vários recipientes
desde que não falte água para garantir a humidade na incubadora;
 1 Termómetro que varia de 0 a 50°C (disponível nas farmácias);
 3 lâmpadas incandescentes com potência de 60 W (240W);
 1 Pedaço de vidro (visor de vidro) de 30 cm X 10 cm X 4 mm de espessura;
 1 Termostato (controlador térmico);
 1 Termómetro húmido ou higrómetro;
 2 Dobradiças, 20pregos de alumínio, 20 parafusos e 10 porcas;

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 2m de rede fina de gaze;


 2m de rede grossa (2m) ou 2 m arame (espessura de 3mm)
 2 fechaduras de metal para a porta da incubadora.

3.2.2. Componentes do Sistema Fotovoltaico

Na instalação do sistema fotovoltaico serão usados os seguintesaparatos dimensionados para


funcionarem durante todas estações do ano, inclusive no mês de menor incidência solar:

 2 Módulos fotovoltaicos monocristalinos (12V, 150Wp);


 2 Baterias Solares Selada (12V 190Ah);
 1 Controlador de carga (10A 12/24V );
 Inversor autónomo de onda sinusoidal (300W/12V);
 80m de cabo eléctrico de 1,5 mm2 de diâmetro mínimo.

Os acessórios usados para complementar a instalação do sistema serão:

 1 estrutura de ferro galvanizadode 2,5 m de altura, para fixar o gerador PV;


 1estrutura de tabua de madeira para montagen dos componenstes do sistema PV;
 3 bocais de lâmpadas incandescentes;
 2 Interruptores;
 2Dinjutores.

Serão usados ainda materiais que irão auxiliar no âmbito da realização da instalação eléctrica na
incubadora, a saber:

 Martelos, alicates,tesouras de corte de metal, cola; protector de terminais, etc.

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CAPITULO IV – RESULTADOS

4.1. Especificações para a Construção da Incubadora Solar

Para a construção da incubadora devem se ter em conta alguns aspectos que garantem uma
incubação de ovos com sucesso, os aspectos mais inportantes na construção da incubadora são:

4.1.1. Dimensionamento da Grade de Rolagem dos Ovos

A incubadora em causa tem capacidade de incubar 100 ovos de galinha, durante 21 dias. O
perímetro do ovo de galinhaé igual a 13,6 cm, meio perímetro é igual 6,8 cm (adopta-se 7 cm), a
distância da rolagem dos ovos será exactamente metade do perímetro do ovo de galinha deitado.
Calcula-se o tamanho da grade de rolagem dos ovos de galinha da seguinte maneira:

0 , 3 cm+ ( 4 ,5 cm+0 , 3 cm ) ×20 v ã os=96 , 3 cm( 4.1 )

O tamanho da grade de rolagem será de 96,3 cm, o espaço para a rolagem dos ovos será igual a 7
cm, por isso o tamanho interno da bandeja dos ovos será igual á:

96 , 3 cm+7 , 0 cm=103 , 3 cm( 4.2 )

A grade de rolagem dos ovos tem uma capacidade de 5 ovos por coluna, com 20 colunas. Esta
será feita com uma rede de capoeiraque pode ser comprada ou construida usando um fio de 3
mm de arame galvanizado (electrizado) rígido.

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Figura 4.1: Construção da grade de rolagem dos ovos


4.1.2. Definição do Tamanho da Bandeja Ovos

Baseando- se no tamanho da grade de rolagem dos ovos e do espaço de rolagem dos ovos, temos
as seguintes medidas da bandeja dos ovos:

 Medidas internas da bandeja 104 cm X 50 cm;


 Medidas externas da bandeja 106 cm X 52 cm.

Para construção desta deve-se cortar dez madeiras com as dimensões seguintes: duas de 104 X 4
X 2,0 cm para correr a bandeja, duas de 104 X 4 X 2,0 cm mais, duas de 106 X 4 X 2,0 cm para
fazer a bandeja, duas de 104 X 1 X 1 cm para engradado externo, três de 50 X 1 X 1 cm para
engradado interno.

Figura 4.2: Engradado interno e externo da bandeja de ovos

A tela da rede é furada e resistente de modo a suportar o peso dos ovos, pode ser de nylon ou de
arame com vazamento de 0,5 cm2. A seguir ilustra-se os aspecto da bandeja mais a grade de
rolagem.

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Figura 4.3: Bandeja com grade de rolagem dos ovos


4.1.3. Medidas da Caixa da Incubadora

Vamos utilizar uma caixa de madeira, pelo facto da madeira ser um bom isolanteque não
permitirá trocas de calor com o exterior, com as seguintes medidas externas: caixa de incubadora
de largura 108 cm X comprimento 54 cm X 40 cm de altura, as madeira tem uma espessura igual
a 20 mm de espessura.

Figura 4.4: Medidas da caixa da Incubadora solar


A incubadora terá as seguintes dimensões em termos de medidas da altura e largura:

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Figura 4.5: Secção de uma incubadora de ovos


4.1.4. Cálculos Para Identificação das Lâmpadas da Incubadora

Apartir do estudo dos catálogos nos Apêndices e Anexos, para a iluminação e aquecimento da
incubadora solar em construção serão usadas as lâmpadas incandescentes pelo facto de emitirem
uma percentagem de calor (de 19%) não muito excessiva em relação as outras lâmpadas (vapor
de sódio, de mercúrio, etc), possuir um excelente indice de reprodução de cores, não precisarem
de reactor ou ignitores como as de vapor de sódio para o seu funcionamento e por possuirem
menor custo se comparadas com as outras lâmpadas, embora nao sejam as mais eficiêntes.

Figura 4.6: Lâmpada incandescente transparente

A incubadora tem uma área rectangular com dimensões de 104 cm X 50 cm, por isso a área a ser
iluminada é:

2
S=C ×l=104 cm× 50 cm=5200 cm ( 4.3 )

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A incubadora é classificada como um ambiente de classe C (ver Anexo 4) que necessita de uma
iluminâcia de 2 000 á 5 000 lux no máximo, para poder garantir uma incubação com sucesso dos
ovos (80% a 70% dos 100% dos ovos iniciais a serem incubados) . Para atingir esta iluminância
máxima escolheu-se lâmpadas incandescente transparentes de bulbo redondo de 60W, que
libertam um fluxo luminoso de 864 lm(ver Tabela A2 dos Anexos).

A iluminância que exprime o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície situada a uma certa
distância da fonte, será dada como:

Φ 864 lm 864 lum lum


E= = =1661 ,5 lux ou E= =0 , 17 2 ( 4.4 )
S 0 ,52 cm 2
5200 cm
2
cm

Umavez conhecendo o comprimento e largura (50 cm X 100 cm) da bandeja de ovos que é o
local onde se pretende iluminar, e a altura da área a iluminar a lâmpada central:

A=Pé direito− Altura do Local de Trabalho=40 cm−15 cm=25 cm,( 4.5 )

pode se determinar oíndice do local de trabalho, que será:

2
C ×l 50 cm×104 cm 5200 cm
K= = = =1 ,35 ( 4.6 )
(C+l)× A (50 cm+104 cm ) × 25 cm 3850 cm2

Por tratar se de um ambiente com pararedes médias o factor de utilização empregue tendo em
conta o o índice do local de trabalhoé de 30% ou seja 0,3 (ver Tabela 2.6). O factor de
manuntenção que será usado é de 0,9 ou seja 90%, por tratar se de um ambiente limpo (ver
Tabela 2.7). O número de lâmpadas incandescentes a serem usadas para aquecer a incubadora é
calculado através da seguinte relação:

2 2
E×S 0 ,17 lm /cm ×5200 cm 884 , 0
N= = = =3 ,79=3lampadas ( 4.7 )
Φ × FU × FM 864 lm× 0 , 3× 0 , 9 233 ,28

Portanto serão usadas 3 lâmpadas incandescentes com a potência de 60W cada, colocadas duas
nos lados e uma nomeio para garantir que aárea da bandeja seja iluminada totalmente.

4.1.5. Estruturação de Outros Parâmetros da Incubadora

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A fixação da madeira de apoio da bandeja deve ser com quatro parafusos e porcas em cada lado,
mas pode-se usar pregos adequados.

Figura 4.7: Incubadora e seus parâmetros


As 3 lâmpadas incandescentes (60 W) serão presas uma de cada lado e a outra no meio. O
termômetro deve ser posto ao mesmo nível do sensor porém no lado oposto tendo o cuidado de
não quebrar.Atendendo que a temperatura a estabilizar e de 37,5 °C, devem serfeitos 12 furos
(com uma tela fina para evitar a entrada de insectos) para ventilação de 1 cm de diâmetro na
base, 4 próximos à lateral, 4 próximos à outra lateral e 4 no meio da base conforme mostrado na
figura acima.A humidade relativa na incubadora será conseguida instalando 2 recipientes de
água, com44 cmX 25 cm X 6 cm, tendo especial atenção de os recipientes não taparem os furos
de ventilação.

4.1.6. Rolagem dos Ovos na Incubadora

Para rolagem dos ovos deve ser feito um furo fino no sentido horizontal alinhando com a grade
de rolagem de modo a caber a chave que vai empurrar e puxar a grade de rolagem dos ovos, a
chave deve ser fabricada com o arame usado na fabricação da grade de rolagem e deve ser rígido.

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Figura 4.8: Chave de rolagem dos ovos


A porta da incubadora deve ser horizontal de modo que no momento de abrir-se a porta para
questões de operação, esta não permita trocas escessivas de calor.

Figura 4.9: Detalhes da construção da porta da incubadora


As dobradiças devem estar localizadas na parte inferior da tampa, para facilitar que para
pequenas operações na incubadora a porta não se abra com maior ângulo e consequentemente
não permita maior entrada de ar, pois pode modificar as condições térmicas da incubadora.

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Figura 4.10: Detalhes das dobradiças da porta da incubadora

As fechadura (dois trincos) da porta da incubadora solar devem estar fixadas em cima,um de
cada lado, para melhor fechar e proteger o interior da incubadora contra vazamento de calor.

Figura 4.11: Montagem das fechaduras da incubadora


O visor da incubadora deve estar na porta da incubadora e situar- se ao nível dos ovos, de modo
que o termômetro fique com o sensor de leitura nivelado com os ovos e a coluna de leitura fique
visível no visor, para questoes de leitura da temperatura sem abrir a incubadora.

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Figura 4.12:Posição do visor dos ovos na incubadora


4.1.7. Identificação de Todos os Elementos Envolvidos na Incubadora

Figura 4.13: Elementos da incubadora solar


Para que o sistema não aqueça escessivamente, será usado um controlador térmico ou termostato
(bimetal) que irá desligar as lâmpadas quando atingida a temperatura estabelecida, e representará
uma economia de energia de 80% no máximo.

4.2. Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico para Incubadora Solar

A incubadora em construção está acoplada a um sistema fotovoltaico. Por isso de seguida são
dimensionados os parâmetros que vão compôr o sistema fotovoltaico da incubadora solar.

4.2.1. Levantamento das Necessidades Energéticas da Incubadora

A primeira tarefa consistiu em efectuar o levantamento das necessidades energéticas diárias da


incubadora com capacidade para 100 ovos, para determinação do consumo total diário de energia
consumida pelos aparelhos em Wh/dia.

Cargas Quantidade Potência do Horas de Funcionamento Total do Consumo


aparelho (W) [A] (h/d) [B] (Wh/d) [A×B]
Lâmpadas 3 60 × 3 = 180 24 4320
Termóstato O termostato economiza a energia do sistema 4320 – 80%

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em 80% no máximo
Total 3 180 24 864
Tabela 4.1: Necessidades energéticas de uma incubadora solar

4.2.2. Dimensionamento dos Módulos Fotovoltáicos

Para o dimensionamento dos módulos fotovoltaicos foi considerado o mês de menor incidência
solar, para que seja garantindo o funcionamento do sistema fotovoltaico durante todas as
estacões do ano. A partir da tabela 1 do APÊNDICE é fácil notar que a menor incidência da
radiação solar verifica-se em Junho consequentemente a maior incidência solar em Dezembro.

Tendo em conta que a energia consumida E é de 864,0 Wh/d, o número médio diário de horas de
pico de sol durante o mês é de 5,50 kWh/m²d, a eficiência do sistema é de 0,6, então terremos a
potência do módulo dada como:

W PV =E ÷ G ÷ ηSYS =864 , 0 Wh ÷ 5 , 6÷ 0 ,6=257 , 14 W P ( 4.8 )

O local da instalação tem uma radiação média anual de 5,60 kWh/m²d, e o módulo solar ora
escolhido é um modelo com corrente nominal de 4.44ª. eremos então a geração do módulo de:

Geração do Módulo=Radiação ×Corrente Nominal=5 , 60 × 4 , 44=24 ,86 Ah/dia

EConsumida 864 , 0 Wh /d
Consumo Total= = =72 , 0 Ah/d ( 4.9 )
V Bateria 12V

E o número de módulos solares para este sistema será:

ConsumoTotal 72 ,0 Ah/d
Número de Módulos= = =2,896=2 Módulos 4.10 )
Geração do Módulo 24 , 86 Ah/d (

Portanto 2 módulo de 4.4 A de corrente nominal e potência de 150 Wp(ou como alternativa 3
modulos de 100W cada) são suficientes para garantir uma iluminação adequada na incubadora
solar.

4.2.3. Dimensionamento das Baterias Solares

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A energiaconsumida diariamente é de 864,0 Wh/d, o número de dias de armazenamento Aé de 2


a 3 dias, a tensão do sistema adoptada é de 12V-DC para 24V-AC, o número máximo permitido
da profundidade de descarga para o sistema escolhido com 50% é de T = 0,5, a eficiência do
inversor neste caso é de 90% ou seja η INV =0 , 9, e assume-se que a eficiência da entrega de cabos
de alimentação da bateria para cargas éde 3%, tal que ηCABLE =0 ,97 , a capacidade mínima da
bateria em Ah será:

Q= ( E × A ) ÷ ( V × T ×η INV ×ηCABLE ) ( 4.11 )

Q=(864 Wh /d ×3 d )÷ ( V × DOD 0 , 5 ×0 , 5INV ×0 , 97 CABLE ) ( 4.11.1 )

Q= ( 864 , 0 ×3 ) ÷ ( 24 V ×0 , 5 ×0 , 9 ×0 , 97 )=247 , 42 Ah ( 4.11.2 )

Entretanto, a capacidade total do banco de baterias (Cap.Bat) será:

Cap . Bat =1 ,66 × Dtot × Aut =1 ,66 × 72 ,0 Ah/d × 3 d=358 , 56 A h ≅ 359 A h( 4.12 )

Serão usadas duas baterias com 200 Ah cada uma, para poderem satisfazer a demanda de 359Ah.

4.2.4. Dimensionamento do Inversor Solar

Na tabela da Recon (ANEXO 1) para sistemas com potência total inferior a 1kVA, deve se
adoptar o factor de demanda de 0,80. Tal que a demanda máxima do inversor será:

Demanda máxima=0 ,80 ×180 W =144 W ( 4.13 )

O inversor ora em escolha deve possuir uma potência real mínima de 144 W, uma entrada de
12V-DC e uma saída de 230V-AC. Os inversores são dimensionados em função da potência
aparente, utilizando o factor de potência nominal f P de 0,60 das lâmpadas electrónicas, logo
teremos uma potência aparente máxima Q de:

P 144 W
Q= = =240 W ( 4.14 )
f P 0 ,60

O dimensionamento do inversor deve ser de modo a trabalhar com o máximo possível de


eficiência, com no máximo 80% da sua potência nominal. Para tal de acordo com os cálculos de

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potência escolhemos um inversor de 300W (12VDC-220VAC). Adoptado o inversor


dimensionado podemos calcular a carga relativa do inversor quando operando a plena carga.

240 W
PUtilizada = × 100 %=80 %( 4.15 )
300

Assim o inversor estará a trabalhar sempre com máximo de 80%, o que garante uma confortável

eficiência de conversão e uma reserva caso novas cargas sejam ligadas. Para evitar perdas

intrínsecas do inversor este deve estar sempre desligado caso não esteja em funcionamento.

4.2.5. Dimensionamento do Controlador de Carga

Já foi achada uma demanda máxima de 144 W, o fabricante oferece uma factor de potência f P de
0,60 portanto teremos uma potência aparente Q igual á:

P 144 W
Q= = =240 W ( 4.16 )
f P 0 ,60

Uma corrente máxima no lado de corrente alternada de:

240 W
I Máxima = ≅ 1,091 A ( 4.17 )
220 V

Considerando um rendimento de 80%, teremos a seguinte corrente ao lado de corrente contínua:

V 220 × I 220 220 ×1,091 183 ,7


I Máxima = = = ≈ 9 , 56 A ( 4.18 )
η ×V 24 0 , 8× 24 19 , 2

Será usado um controlador de carga com uma corrente de10 A, ao lado de corrente contínua.

4.2.6. Dimensionamento da Secção Transversal dos Cabos

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Para garantir maior eficiência na transmissão da corrente eléctrica, em sistemas autónomos é


admitida uma queda de tensão máxima de 1,5% entre o quadro de distribuição e as cargas, com
um comprimento de 5m de cabos a disposição, a secção dos cabos será:

2 × ρ ×l × I max 2 ×5 × 4 , 44 44 , 4
S= = = =0 ,5 mm ²( 4.19 )
V n × ∆V adm 58 ×220 ×0,015 191 , 4

Entretanto, dado o facto da menor secção de condutores disponível no mercado ser de


1,5mm²(para transporte eficiente de corrente) tem se que para este projecto a seção escolhida é
2
S Escolh ida =1 ,5 mm .

4.2.7. Desenho das Interligações do Sistema Fotovoltaico Para Incubadora

O sistema fotovoltaico que alimentará a incubadora seguirá com o seguinte esquema de ligações:

Figura 4.14: Diagrama de ligações do sistema PV (DC/ AC) para alimentar a Incubadora solar

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4.2.7.1. Especificações a Adoptarna Instalação do Sistema Fotovoltaico

O arranjo fotovoltaico será fixado num poste solar de ângulo regulavél. Para cada localidade de
Moçambique onde for fixada a incubadora, o arranjo fotovoltaico deve ser regulado o ângulo de
inclinação de acordo com a sua latitude, como ilustrado na Tabela 2.3. Por exemplo, pelo facto
de Maputo estar situada na latitude de 25º, e estar localizado no sul geográficoo arranjo
fotovoltaico (fixado num poste solar) deve estar orientado para o norte geográfico e num ângulo
de inclinação de 35º Norte (Tabela 2.3).

O controlador de carga, o inversor e alguns componentes electrónicos que complementam a


instalação serão montados numa estrutura móvl feita de madeira e ferro galvanizado de formato
rectangular, de modo a evitar que estes sejam movimentados de maneira incorecta.

4.3. Orçamento do Projecto

4.3.1. Orçamento dos Matériais para Construção da Incubadora

Item Material Valor Unitário (Mtn) Valor Total (Mtn)


1 Caixa de Madeira 4500 4 500
2 Recipientes de água 90 180
2 Termómetro (0 a 50°) 150 150
1 Termómetro húmido ou higrómetro 250 250
3 Lâmpadas Incandescentes (60W) 15 60
1 Visor de vidro (4mm) 350 350
1 Termostato 500 500
2 Dobradiças 20 40
20 Pregos de alumínio 5 100
20 Parafusos 5 100
15 Porcas alumínio, plástico 7 105
1 Rede fina gaze (2m); 150 150
1 Rede grossa (2m)/ 2 m arame (3mm) 150 150
2 Fechaduras 20 40
2 Interruptor 50 100
2 Disjuntores 75 150
1 Poste para painéis solares 1000 1000
1 Estrutura de montagem do sistema PV 500 500
Total 8 425

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Tabela 4.2: Orçamento dos Matériais para Construção da Incubadora

4.3.2. Orçamento do Sistema Fotovoltaico para a Incubadora

Item Matérial Valor Unitário (Mtn) Valor Total (Mtn)


2 Módulo fotovoltaico monocristalíno (150WP) 15 900 31 800
1 Inversor solar (300W/12V) 2 500 2 500
2 Bateria Solar Selada Húmida (12V 190Ah) 6 200 12 400
1 Controlador de carga (10A 12/24V) 4 960 4 960
Suf. Cabos eléctricos (220V,1,5 mm², 80 m) 15 1200
Total 52 860
Tabela 4.3:Orçamento do Sistema Fotovoltaico para a Incubadora

O orçamento geral do projecto que é a soma do preço dos matériais para construção da
incubadora e dos materiais para a montagem do sistema solar fotovoltaico para fornecer energia
na incubadoraé de cerca de 61 285,0 Mtn.

CAPITULO V – DISCUSÃO DE RESULTADOS

Os resultados da análise das tarefas acima desenvolvidas mostram que no projecto de construção
de uma incubadora com capacidade de incubar simultâneamente 100 ovos de galinhanecessita
dos seguinesmateriais descritos nos resultados: 2 recipientes de água de 44 cm x 25 cm e 6 cm de
altura, 1 termómetro que varia de 0 a 50°, 3 lâmpadas incandescentes com potência de 60 W, 1
pedaço de vidro (30 cm x 10 cm x 4 mm), 1 termostato, 1 termómetro húmido ou higrómetro, 3
dobradiças, 20 pregos de alumínio, 20 parafusos, 10 arruelas e 10 porcas, 2m de rede fina de
gaze, 2 m de arame, 2 fechaduras para porta, uma caixa de madeira (108cm x54 cm x 40 cm )
como componente principal para dar início à construção da incubadora.

O dimensionamento do sistema fotovoltaico, tendo em conta o termostato que


economizaaenergia total que seria gasta na incubadora durante 24 horas em 80% no máximo
porque este desliga o sistema de aquecimento (lâmpadas incandescentes) quando se atinge a
temperatura de 38,7°C estabelecida para o início da chocagem ou 36,8°C estabelecida para a
eclosão dos ovos. Com isso, a incubadora tem as necessidades energéticas de 864,0 Wh/d e para
um excelente desempenho do sistema fotovoltaicoem todas estações do ano especialmente no
mês de menor radiação solar (Junho) e considerando os dias de autnomia do sistemaé necessário

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 46 | P a g e


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2013

que o sistema fotovoltaico da incubadora solar seja composto por: um banco de baterias solares
seladas com uma capacidade de 359Ahou seja duas baterias de 200 Ah cada, um inversor solar
com potência aparente de 300W, um controlador de carga de 240 W euma corrente de10 A ao
lado de corrente contínuae 80 m de cabos eléctricos de alumínio com uma área de secção
transversal minima de 1,5mm².

Estes resultados obtidos concordam qualitativamente com os reportados na literatura. Porém os


valores obtidos neste estudo não são comparados quantitativamente com os relatados noutros
estudos do género, como por exemplo em Wageningen et all, 1995 &Casvassim, 2004 que
abordam a construção de uma incubadora sendo porém a quantidade de materiais que eles usam
diferente da quantidade usada no presente trabalho. Isso deve-se ao facto de serem diferentes as
variáveis usadas para a análise: neste trabalho a análise parte de um número de 100 ovos de
galinha contrariamete a dos outros estudos que tratam da incubação de um número incerto de
ovos de outras espécies de aves.

CAPITULO VI – CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

6.1. Conclusão

Diante do alcance dos resultados acima expostos, no presente trabalho mostrou se que a
electrificação de uma incubadora usando umsistema fotovoltaico é muito eficiênte dado ao facto
deste oferecer energia sem flutuações se comparado com a energia electrica da rede
convencioinal que normalmente é usado na alimentação eléctrica de incubadoras. Com os
resultados obtidos pode se concluir que:

 Na construção de uma incubadora solar com capacidade de incubar silmultaneamenmte


100 ovos de galinha são necessarios:2 recipientes de água de 44 cm x 25 cm e 6 cm de
altura, 1 termómetro que vária de 0 a 50°, 3 lâmpadas incandescentes com potência de 60
W , 1 pedaço de vidro (30 cm X 10 cm X 4 mm), 1 termostato, 1 termómetro húmido ou
higrómetro, 3 dobradiças, 20 pregos de alumínio, 20 parafusos, 10 arruelas e 10 porcas,
2m de rede fina de gaze, 2 m de arame, 2 fechaduras para porta, uma caixa de madeira
(108 cm x 54 cm x 40 cm ).

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 47 | P a g e


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2013

 No dimensionamento de um sistema fotovoltaico para alimentar a incubadora solar é


necessário ter em conta a economia de energia do termostato. Para um bom desempenho
do sistema fotovoltaico sob dimensionamento para alimentar a incubadora solar com
capacidade de incubar 100 ovos de galinha em simultâneo é necessário ter se em média
dois módulos fotovoltaico monocristalíno de 150Wp, um banco de baterias solares
seladas com capacidade de 358,6 Ah, um inversor solar de onda senoidal de300W, um
controlador de carga em série de 240 Wcom uma corrente de 10 A, e 80m de cabos de
área de secção transversal mínima1,5mm².

Pode concluir-se ainda que o projecto de construção de uma incubadora solar com capacidade de
incubar simultâneamente 100 ovos de galinha é orçado em cerca 61 285,0 Mtndos quais 8
425Mtnsão correspondesaos materiais para construção da incubadora e os restante 52 860 Mtn,
são correspondentes ao componentes do sistema fotovoltaico.

6.2. Recomendações

Recomenda-se que a incubadora sejacolocada num local com excelente ventilação ou numa caixa
de maiores dimensões que servirá de isolamento desde que a ventilação seja apropriada e
suficiente para a incubadora (21%). Recomenda se ainda que:

 Antes de se utilizar a incubadora pela primeira vez, esta deve se pôr a funcionar vazia
durante pelo menos uma semana para questões de teste e regulação dos parâmetros
térmicos estabelecidos (temperatura, humidade, sistema de ventilaçã, etc);
 Pelo facto de tratar se de uma incubadora que envolve equipamentos fotovoltaicos não
usuais recomenda-se um acompanhamento dos usuários das incubadoras durante os
primeiros meses após a instalação do sistema fotovoltáico, para questões de certificação
do bom funcionamento e desempenho do sistema;
 E é de vital importância transmitir ao usuário da incubadora solar( usuário da população
rural)instruções práticas de como operar e manter o sistema fotovoltaico apresentando

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2013

tabelas simples de equipamentos que podem ser conectados e por quanto tempo eles
podem ficar ligados ao sistema.
 Na incubadora ora estabelecida neste trabalho não podem ser incubados outros tipos de
ovos além dos de galinha dado o facto da temperatura de incubação no inicio e na fase de
eclosão dos diferentes tipos de ovos na incubação ser diferente;
 O arranjo do sistema fotovoltaico instalado no suporte metálico deve estar sempre
orientado para o norte geográfico se estiver situado nosul geografico e vice-versa,
segundo um ângulo de inclinação de acordo com a latitude do local (usar Tabela 2.3).

BIBLIOGRÁFIA

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Alternativa, Brasília, Brasil. Acessado, pelas 11:08h do dia 20/09/2012em
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[15] Carneiro, Joaquim (2009); Projecto Interdisciplinar II - Dimensionamento de Sistemas


Fotovoltaicos, 2º Ano do Mestrado Integrado em Engenharia Têxtil. Acessado em
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/16965/1/DIMENSIONAMENTO%20DE
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Incubadora de 36 Ovos de Galinha; Brasil, Curitiba.Acessado pelas 16:43h
dia03/12/2012emhttp://www.reisinfor.com.br/ebook514/E-BOOKS%20514/Ebooks/Varios/
Manual%20De%20Contru%C3%A7%C3%A3o%20de%20Chocadeira/MANUAL%20PR
%C3%81TICO%20PARA

[19] Osram (2010); Manual Luminotecnico Pratico, Nossa Vida e Luz. Acessado pelas 14:58h do
dia 09/11/2012emhttp://pt.scribd.com/doc/7086192/Manual-de-Luminotecnica-Osram;

[20] Ferreira, Rodrigo Arruda Felicio (2010), Manual de Luminotecnica, Apostila Auxiliar da
Disciplina de ENE-065 Para o Curso de Engenharia Electricada UFJF, Universidade Federal
de Juiz de Sera, Brasil. Acessado pelas 9:54h do dia 22/12/2012
emhttp://www.ufjf.br/ramoieee/files/2010/08/Manual-Luminotecnica.pdf.

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 51 | P a g e


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Programas Usados

Google Earth, acessado em https://GoogleEarth.com, pelas 11:13h do dia 15/11/2012 -


Base de dados geográficos do programa;
Software do programaARCHIED-CAD10e 15 para desenho e correcção de algumas
figuras presentes no trabalho;
Untitled – Paint, usada para desenhar e dar cor mais intensa a algumas figuras presentes
no trabalho;
Paint – Net (Desenho), usada para dar cor mais intensa as figuras presentes no trabalho.

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ANEXOS/ APENDÍCE

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio MucomoleA | P a g e


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ANEXOS
Anexo 1. Carga Mínima Factores de Demanda para Iluminação/ Tomadas Gerais

Descrição Carga Mínima Factores de Demanda (em %)


(KVA/ m²)
Auditórios, salões para exposições, 0,015 80
salas de vídeo e semelhantes
Bancos postos de serviços públicos e 0,050 80
semelhantes
Barbearias, salões de beleza e 0,020 80
semelhantes
Clubes e semelhantes 0,020 80
Escolas e semelhantes 0,030 80 para os primeiros 12 KVA
50 p/ o que excede 12 KVA
Escritórios 0,050 80 para os primeiros 12 KVA
60 p/ o que excede 12 KVA
Garagens, áreas de serviços e 0,005 Residênci 80 para os primeiros 10 KVA
semelhantes al 25p/ o que exceder de 10 KVA
Não 80 para os primeiros 30 KVA;
Residênci 60 p/ o que exceder de 30 a 100 KVA;
al 40 p/ o que exceder de 100 KVA
Hospitais , centros de saúde e 0,020 40 para os primeiros 50 KVA
semelhantes 20 p/ o que exceder de 50 KVA
Hotéis, motéis e semelhantes 0,020 50 para os primeiros 20 KVA
40 para os seguintes 80 KVA
30 p/ o que exceder de 100 KVA
Igrejas, salões religiosos e semelh. 0,015 80
Lojas e semelhantes 0,020 80
Unidades consumidoras residenciais 0,030 0 < P (KVA) ≤ 1(80) 6 < P (KVA) ≤ 7(40)
(Casas, apartamentos) 1< P (KVA) ≤ 2(75) 7 < P (KVA) ≤ 8(35)
2< P (KVA) ≤ 3(65) 8 < P (KVA) ≤ 9(30)
3< P (KVA) ≤ 4(60) 9 < P (KVA) ≤ 10(27)
4< P (KVA) ≤ 5(50) 10 < P (KVA) ≤ (24)
5< P (KVA) ≤ 8(45)
Restaurantes, bares, lanchonetes e 0,020 80
semelhantes
Tabela A1: Factor de demanda para instalações em geral - Light/ Recon 2007

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[Fonte: Serrão, 2010 ]


ANEXO 2. Caracteristicas de Diferentes Lâmpadas

Tipo de lâmpada Potência (W) Fluxo Luminoso (lm) IRC (%) TCC (K)
40 516 100 2000-2700
60 864 100 2000-2700
Transparente 100 1640 100 2000-2700
Incandescentes 150 2180 100 2000-2700
40 465 100 2000-2700
Branca 60 580 100 2000-2700
100 1170 100 2000-2700
15 740 70-79 6500
20 1060 70-79 5250
Convecciona 30 1900 70-79 6500
Fluorescentes l 40 2700 70-79 5350
9 490 80-89 2700-4000
14 730 80-89 2700-4000
Compacta 20 1050 80-89 2700-4000
23 1400 80-89 2700-4000
70 5600 <50 2000
Vapor de 100 8500 <50 2000
Descargas Sódio 150 145000 <50 2000
80 3800 60 4000
Vapor 125 6300 60 4000
Metálico 200 13000 60 4000

Tabela A2: Caracteristicas de diferentes lâmpadas electrónicas


[Fonte: Ferreira, 2010]
ANEXO 3. Localização das Regiões de Moçambique

Região Estação Localização


Latitude (S) Longetude (E) Altitude (m)
Pemba 12°59’ 40°32’ 101,0
Norte Lichinga 13°18’ 35°14’ 1365,0
Nampula 15°06’ 39°17’ 438,0
Tete 16°11’ 33°35’ 149,0
Centro Chimoio 19°07’ 32°28’ 731,0
Beira 19°48’ 34°354’ 8,0
Inhambane 23°52’ 35°23’ 14,0
Sul Chokwe 24°33’ 33°00’ 33,0

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Maputo 25°58’ 32°36’ 60,0


Tabela A3:Localização das Regiões de Moçambique
ANEXO 4 : Nível de Iluminância Ideal Para um Local de Actividades

Iluminância (lux) Tipo de ambiente / Atividade


20 - 30 – 50 ruas públicas e estacionamentos
CLASSE A (áreas de uso
50 - 75 – 100 ambientes de pouca permanência
contínuo e/ou execução de
100 - 150 – 200 depósitos
tarefas simples)
200 - 300 – 500 trabalhos brutos e auditórios
trabalhos normais: escritórios e
500 - 750 - 1.000
CLASSE B (áreas de trabalho fábricas
em geral) trabalhos especiais: gravação,
1.000 - 1.500 - 2.000
inspeção, indústrias de tecidos
2.000 - 3.000 - 5.000 trabalho contínuo e exato: eletrônica
trabalho que exige muita exatidão:
CLASSE C (áreas com tarefas 5.000 - 7.500 - 10.000
placas eletro-eletrônicas
visuais minuciosas)
trabalho minucioso especial:
10.000 - 15.000 - 20.000
cirurgia
Tabela A4:Nível de iluminância ideal para um local de atividades

[Fonte:http://www.catep.com.br/dicas/ILUMINANCIA%20E%20CALCULO
%20LUMINOTECNICO.htm]

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APENDÍCE
APENDÍCE 1. Variação Anual da Radiação Em Moçambique

Variação Anual da Radiação Global por Região em Moçambique


Região Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agst Set Out Nov Dez
Sul Inhambane 6,6 6,3 5,7 4,8 4 3,6 3,8 4,4 5,2 6 6,4 6,7
Chokwe 7,5 7,1 6,4 5,5 4,6 4,2 4,3 5,1 5,9 6,6 7,1 7,6
Maputo 7,7 7,3 6,4 5,3 4,4 3,9 4,1 4,9 5,8 6,7 7,1 7,7
Norte Pemba 6,1 5,9 5,8 5,4 5 4,6 4,7 5,3 5,9 6,5 6,7 6,4
Lichinga 4,1 4,6 4,2 4,5 4,8 4,6 4,4 5,4 6,2 6,2 6 4,7
Nampula 6,1 6 5,7 5,2 4,6 4,2 4,3 5 5,8 5,8 6,5 6,2
Centro Tete 7 7,1 6,8 6,2 5,5 5,0 5,2 6 6,7 7,3 7,7 7,2
Chimoio 5,9 5,9 5,4 5,2 4,7 4,2 4 4,5 5,4 5,8 5,8 5,3
Beira 6,5 6,2 5,7 5,1 4,4 3,9 4,1 4,7 5,5 6,1 6,4 6,5
Rad. Extraterrestre (kWh/m²) 11,5 11 10,1 8,8 7,5 6,8 7,1 8,2 9,5 10,7 11,3 11,6
Insolção Astronomica. (h) 13 12,6 12,1 11, 11 10,9 11 11,4 11,9 12,4 12,9 13,1
5
Tabela APENDÍCE 1: Dados de radiação solar em Moçambique

APENDÍCE 2. Classificação das Lâmpadas Electrónicas em Função dos seus Parâmetros

Classificação Fonte de luz IRC (%) Eficiência luminosa (lm/W) Vida Media (h)
Indução Incandescentes 100 10-15 1000
Halogénas 100 15-25 2000
Fluorescente compacta 80 50-80 8000
Fluorescente Tubular 80 55-75 16000
Descargas Vapor Metálico 70 65-90 15000
eléctricas Mista 50 20-35 10000
Vapor de Mercúrio 40 45-55 15000
Vapor de sódio 25 80-140 32000
LED LED’s branco 70-90 40-130 50000
Tabela APENDÍCE 2: Classificação das lâmpadas electrónicas.
[Fonte: Colectado emPINTO, 2008]

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