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A Efemeridade do Progresso

Busca pelo novo e efêmero nos é imposta,


O passado é apagado, tornado em mera encosta,
A cultura se desfaz, é um mosaico de efervescência,
O autêntico se perde na busca da conveniência.

A relatividade dita as regras, tudo é relativo e fugaz,


A objetividade se dissipa, torna-se vazia e incapaz,
A realidade é um véu, que esconde as aparências,
E sorriem aqueles que tecem as conveniências.

Valores morais e ética? São conceitos ultrapassados,


A superficialidade cresce, enquanto o cerne é jogado,
A profundidade é rara, uma joia que se esconde,
No vazio, se perde o sentido que corresponde.

No mundo das ideias, prometem conexões e união,


Mas, na realidade, semeiam a divisão,
Enquanto alguns sobem, outros caem na armadilha,
No caos das narrativas, perdemos a trilha.

No palco dessa era, o espetáculo é completo,


Tudo é uma encenação, mas não é direto,
Somos peças num tabuleiro, jogados ao sabor do vento,
Na ilusão da liberdade, dançamos sem alento.

Reavaliar o que nos é vendido como progresso,


Examinar com cuidado, não cair em retrocesso,
Pois na era que que a opinião sempre se transcende,
A busca pelo conhecimento exige mente atenta e prudente

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