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APOSTILA DE FUTEBOL

HISTÓRICO DO FUTEBOL

A ORIGEM DO FUTEBOL

O Homem da Pré-História tinha como atividades físicas principais: correr, saltar, pular, trepar,
devendo ter praticado uma atividade lúdica dentro de seus costumes, que envolvesse um objeto
esférico. Na falta de uma bola de verdade, chutaram crânios, pinhas e pedras roliças, tornando-se
assim os primeiros praticantes do futebol.
Do seu surgimento até o ano de 2600 AC, não temos nenhuma referência bibliográfica que
cite a origem do Futebol.

O KEMARI NA CHINA

No ano de 2600 AC, surge na China com o nome de Kemari, o mais antigo dos esportes
praticado com a bola. Seu inventor, Yang Tsé, pertencia à guarda do jovem imperador Huang-Ti, que
foi talvez o primeiro nobre a se interessar pelo futebol. Sua função era de treinamento militar e, com o
tempo, tornou-se uma diversão.
Inicialmente o Kemari ou o Ts’u Chu, como também era conhecido, foi praticado pela Guarda
do Imperador, sendo depois praticado pelos nobres e bem mais tarde pelo povo chinês.
O Kemari jogado na China apresentava as seguintes características:
- O jogo era praticado com oito jogadores de cada lado.
- Durante o jogo, a bola não podia tocar no solo, devendo passar entre duas estacas fixas
no terreno e ligadas por um fio de seda.
- A bola redonda era de couro, cheia de cabelo ou crina e tinha 22cm de diâmetro.
- O campo de jogo, tinha um formato quadrado, com 14 metros de lado.
- Os bons jogadores tinham que ser exímios controladores de bola no ar (embaixadas).

O Kemari praticado na China, influenciou os japoneses, sendo praticado por nobres da corte
imperial em volta de uma cerejeira (árvore símbolo do Japão). O jogo no Japão tinha outro espírito,
não se contavam pontos, era praticado com delicadeza e o aperfeiçoamento da arte de chutar era o seu
principal objetivo.

O EPYSKIROS GREGO

No ano de 800 AC, praticava-se na Grécia antiga com o nome de Epyskiros um jogo disputado
com os pés que utilizava uma bexiga de boi, recheada com areia e ar, para chutar. O jogo era praticado
nas casernas durante os treinamentos militares.
O Epyskiros jogado na Grécia apresentava as seguintes características: 1
- O número de participantes era variável.
- A bola chamava-se sphairomaquia.
- A bola deveria ser arremessada para que ultrapassasse uma linha de meta, localizada
ao fundo de cada lado do campo para contagem de pontos.
- As expressões usadas pelos participantes eram: bola longa, passe curto, para frente,
mais alta e volte...

O HARPASTUM ROMANO

Os romanos, como muitos outros povos, inspiraram-se nos gregos ao fundarem sua própria
civilização. Toda a cultura helênica, na arte como na ciência, na filosofia como no esporte, foi por eles
absorvida ao longo de muitos séculos. Lá o futebol chamava-se Harpastum e assemelhava-se ao
Epyskiros grego. Sua originalidade para a época reside no fato de ter regras rígidas, tanto para sua
disputa, quanto para o posicinamento dos jogadores em campo. Também como atividade militar, a
idéia era a de uma batalha campal.
O Harpastum, futebol jogado pelo povo romano, surgiu aproximadamente 800 anos após o
Epyskiros, por volta de 100 anos AC e apresentava as seguintes características:
- A bola era de bexiga de boi, coberta com uma capa de couro, sendo chamada de follis.
- O campo era retangular, com uma linha divisória e duas linhas de meta.
- A bola era passada de jogador a jogador tocada com os pés, cabendo à um deles
arremessá-la através da linha de meta adversária, marcando assim um ponto.
- Os jogadores eram divididos em zagueiros, meio campistas e atacantes.
- O Haspartum era praticado com muita popularidade entre os soldados.
- Um jogo durava várias horas
- Sua função básica, além de cuidar do físico dos soldados era proporcionar a
comandantes e comandados maior visão de um campo de batalha.

O SOULE E O CHOULE FRANCÊS

Entre 58 a 51 anos AC, Júlio César, na sua campanha contra os gauleses (antigos franceses),
teria introduzido através de suas tropas o Harpastum romano em solo francês. A partir de sua prática
os franceses criaram o Soule na Normandia e o Choule na Picardia. As regras não eram uniformes,
variavam de região para região e o jogo foi praticado por criaturas truculentas e vigorosas, dando
origem à primeira fase de violência do futebol.
O Soule ou o Choule, futebol jogado pelos franceses, apresentava as seguintes características:
- Foi praticado pelos nobres, inicialmente, como passatempo.
- Foi praticado pelo povo com muita violência.
- Quanto às regras, existia uma linha de meta que deveria ser transposta pela bola entre
dois bastões fincados no solo. As dimensões do campo e o número de participantes
variavam.

O FUTEBOL NA INGLATERRA

Não tem nenhum documento que comprove quando o futebol chegou a Inglaterra, embora seja
provável que os romanos tenham praticado o Harspastum em solo bretão, na expedição de Júlio César
pouco antes da Era Cristã. No documento mais antigo que se tem referência, o livro de Willain
Fitzstephen escrito em 1175, fala-se de um jogo disputado durante a Shrovetide, quando os habitantes
de várias cidades inglesas chutavam uma bola de couro pelas ruas, comemorando a expulsão dos
dinarmaqueses no período de domínio anglo-saxão. A bola simbolizava a cabeça de um oficial do
exército invasor e, foi exatamente com essa cabeça que o jogo teve sua origem, reconhecidamente
violenta e condenada por muitos.
Inicialmente, disputado apenas com aspecto cívico anual, o jogo cresce de tal forma que, em
1314, o rei inglês Eduardo II decide proibir sua prática temendo que os jovens desviassem suas
atenções descuidando-se do arco-e-flecha, esporte mais útil a uma nação permanentemente em guerra.
Uma das hipóteses da sobrevivência do futebol na Idade Média, foi que o jogo passou a ser
praticado com as mãos, deixando-se de jogar com os pés, tornando-o muito menos ríspido e violento.

O CALCIO NA ITÁLIA

O Calcio Fiorentino foi fruto direto de uma guerra contra o importante centro econômico que
era Florença. Durante o sítio sofrido pela cidade por parte das forças do príncipe de Orange em 1529,
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duas forças políticas florentinas resolveram acabar com uma velha rixa através de um jogo de bola. A
partida entrou para a história e faz parte da tradição popular florentina, sendo reproduzida todos os
anos, a 24 de junho, dia de São João, padroeiro da cidade.
O gioco del calcio recebeu suas primeiras regras normativas em 1580, sendo observadas até
hoje na Piazza della Signoria.
O Calcio, futebol jogado em Florença apresentava as seguintes características:
- O primeiro jogo foi realizado entre duas facções políticas.
- Cada equipe jogava com 27 jogadores.
- A bola podia ser jogada, tanto com os pés quanto com as mãos.
- O objetivo do jogo era introduzir a bola em uma barraca no fundo de cada campo,
denominada de Caccia. O ponto praticamente decidia o jogo.
- A divisão da equipe era a seguinte:
15 atacantes (corridori);
5 médios (sconciatori);
4 zagueiros avançados (datori innanzi);
3 zagueiros recuados (datori addietro).
- O jogo apesar da violência representou um estágio mais avançado do futebol.
- Tinha regras claras: o tranco e o calço eram proibidos.
- Utilizavam dez juízes.

Do século XVI até o século XVIII, o futebol sofre várias críticas ferrenhas devido a sua
violência, caindo em declínio praticamente em todo o Mundo. Curiosamente, na Inglaterra, onde se
praticava o futebol mais violento, sua popularidade cresceu imensamente.

O FUTEBOL NO SÉCULO XVIII

No início do século XVIII, apesar das críticas e intervenções das autoridades, permanece
inalterada na Inglaterra a tradição do Mass Football praticado na cidade de Chester durante a
Shrovetide, no qual várias pessoas teriam que levar a bola de uma cidade às portas de uma outra
cidade utilizando trancos e pontapés. Porém, Chester era apenas um exemplo.
A partir de 1700, o futebol, proibido na Inglaterra desde 1314, foi permitido na sua forma
menos violenta, mudando sua feição em vários pontos do país. O futebol passa a ser praticado nas
escolas por jovens de famílias ricas e aristocráticas e nas ruas pelo povo, sendo introduzidas regras
próprias pelos seus praticantes nos diversos locais.
No ano de 1801, o futebol foi jogado em um campo de 80 a 100 metros de comprimento,
balizas com três pés de largura, de passes e dribles, muito semelhante ao jogo atual.
O Mass Football morre com o nascimento do século XIX.

O FUTEBOL NO SÉCULO XIX

O futebol já era praticado na Inglaterra nas Universidades de Eton, Cambridge e Oxford, onde
surgiram as primeiras tentativas de uniformização das regras universitárias. A proibição de colocar a
mão na bola deveria ser a mais importante.
Em 1823, o futebol universitário possuía dois grandes grupos distintos. O primeiro, sitiado na
Rugby School e liderado por William Webb Ellis, permitia o uso dos pés e das mãos indistintamente e,
o segundo, encabeçado pela universidade de Cambridge, considerava o uso das mãos um pecado.
As regras do futebol no início do século XIX variavam muito. Surgiram inúmeras regras com
os nomes dos colégios onde o jogo era praticado. Uma das tentativas de se estabelecer um código
único foi a realização da Conferência de Cambridge, em 1848. Porém os objetivos foram alcançados
apenas parcialmente: a proibição do uso das mãos não era unanimidade. O caminho natural, à falta de
acordo entre os dois grupos, foi o posterior surgimento de dois jogos distintos: o Futebol e o Rugby.

THE FOOTBALL ASSOCIATION

Em 26 de outubro de 1863, numa histórica reunião realizada à luz de velas na Taberna


Fremasons’s em Great Queen Street, Londres, por iniciativa dos veteranos de Cambridge e
incentivado pelo jornalista John D. Cartwright, onze clubes e escolas compareceram para debater as
regras do esporte. Uns defendendo o jogo só com os pés, outros batendo-se por uma unificação de
regras a partir dos fundamentos do Rugby. Os que eram pelo futebol, pura e simplesmente,
estabeleceram suas leis, fundando a The Football Association, e dando forma definitiva ao jogo que,
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mais tarde, se transformaria numa paixão universal. O futebol foi oficialmente codificado em 1º
dezembro daquele ano, a partir de nove regras estabelecidas por Cambridge. Distribuídas em forma de
livros e cartilhas por clubes, escolas e livrarias, elas procuravam difundir os ensinamentos aos
interessados em praticar o esporte. Privilegiar a técnica em detrimento do jogo violento, talvez fosse, o
principal objetivo das cartilhas. As regras foram sendo sucessivamente modificadas e novos manuais
passaram a ocupar o lugar das primitivas cartilhas. O pioneirismo na elaboração de publicações e de
manuais aperfeiçoados tornaram a Inglaterra do século XX o país de melhor pesquisa no campo do
futebol.

A EVOLUÇÃO DAS REGRAS

Depois de finalmente decidida em 1863, a proibição do uso das mãos, as regras foram se
modificando com o passar dos anos. As alterações ocorreram na seguinte seqüência:

• 1863 - É proibido tocar a bola com as mãos, trancar outro jogador, empurrar com as mãos
ou braços e dar pontapés.
• 1865 - Aparece uma corda estendida ao longo da baliza de 7 metros a uma altura de 2,40
metros.
• 1866 - A regra do impedimento estabelece que tem que haver, pelo menos, três
adversários entre o atacante e o gol.
• 1868 - Surge a figura do juiz, autoridade máxima do campo.
• 1871 - Pela primeira vez, os goleiros são citados na regra.
• 1872 - Determina-se pela primeira vez o tamanho da bola.
• 1873 - Se introduz o escanteio, antes se marcava falta.
• 1877 - Surge o travessão de madeira.
• 1878 - O juiz passa a utilizar um apito para anunciar suas decisões e, não mais a voz.
• 1882 - Surge o lateral cobrado com as mãos.
• 1882 - Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda fundam a International Board, órgão
assessor da FIFA que até hoje regula as leis do jogo.
• 1890 - Aparecem as redes nas balizas.
• 1891 - Se cria o pênalti, ainda não existe a marca de cal. A infração pode ser batida em
qualquer ponto distante 11 metros do gol. Um árbitro e dois auxiliares substituem os
antigos juizes.
• 1898 - As regras alcançam as 17 atuais.
• 1912 - O uso das mãos pelo goleiro se limita a Área de Pênalti.
• 1920 - Os jogadores não podem estar em situação de impedimento ao se executar um
arremesso lateral.
• 1924 - Pode marcar um gol diretamente de um escanteio.
• 1925 - Em função da redução do número de gols, a regra do impedimento passa a ter nova
redação: “Um jogador está fora de jogo se encontrar-se mais perto da linha de meta
contrária que a bola, no momento que esta é jogada. Exceto:
- Se o jogador atacante se encontra em sua própria metade do campo.
- Se tem entre ele e a linha de meta contrária pelo menos 2 jogadores
adversários.
- Se a bola foi jogada, em último momento, pelo adversário.
- Se recebe a bola diretamente de um tiro de meta, escanteio ou arremesso
lateral.
• 1935 - É testada a introdução de dois árbitros. A idéia não da certo e é abandonada.
• 1938 - A redação das regras é atualizada. É conferida a forma atual das 17 regras.
• 1951 - Se permite a utilização da bola branca.
• 1965 - Se autoriza que um suplente substitua um jogador lesionado.
• 1966 - Se autoriza que um suplente substitua um jogador por qualquer motivo.
• 1970 - São usados pela primeira vez, na Copa de 1970, os cartões amarelo e vermelho.
• 1990 - Não há mais impedimento se o jogador estiver na mesma linha que o penúltimo
adversário.
• 1993 - Criada a área técnica para os treinadores.
- A morte súbita estréia no Mundial de Juniores da Austrália

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- O goleiro não pode pegar com as mãos a bola recuada intencionalmente com os pés
por um companheiro.

O FUTEBOL NO BRASIL

Supõe-se que o futebol tenha sido jogado no Brasil, antes de 1850, trazido por padres jesuítas
vindos da Europa. Outras versões, atribuem aos marinheiros ingleses e holandeses a sua prática
pioneira em praias nordestinas. Existe, também, referências sobre jogos de futebol disputados por
funcionários e operários da Railway nos Estados de São Paulo e Rio, antes do final do XIX.
Porém, efetivamente, o futebol foi introduzido no país por Charles Miller, através de seu
entusiasmo pelo jogo que aprendera na Inglaterra.
Embora de nome inglês, Charles Miller nasceu em São Paulo no ano de 1874. Filho de pais
ingleses, com apenas nove anos foi estudar na Inglaterra. Apaixonou-se pelo jogo, passou a praticá-lo
e se transformou no primeiro jogador brasileiro na Europa. Estreou num selecionado do Condado de
Hampshire e, mais tarde, pelas boas atuações foi convidado para jogar na equipe do Condado de
Southampton.
Em 1894, de volta ao Brasil, trouxe consigo, além da paixão pelo futebol, duas bolas de couro,
bomba e agulha de encher, camisas, calções e chuteiras. Organizou e difundiu o futebol
ardorosamente, contagiando os jovens paulistas que passaram a praticá-lo entusiasticamente.
No Rio, o futebol chegou por outras mãos, no caso as de Oscar Cox.

FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION

O final do século XIX e o início do século atual se caracterizaram pela busca do ordenamento
das atividades do novo esporte, seu objetivo era organizar para controlar sua difusão e manutenção.
Foram criadas várias federações nacionais após o surgimento da The Football Association. A
escocesa, irlandesa e holandesa datam de antes do início do século XX e, a uruguaia e espanhola em
1900 e 1902, respectivamente.
A consolidação das federações nacionais criou condições para o estabelecimento de um
organismo internacional. As federações nacionais podiam reger suas próprias atividades futebolísticas,
porém a realidade das competições internacionais gerou a idéia de criar um novo organismo para
coordená-las.
Com o pretexto de celebrar em Paris um encontro internacional entre as seleções da França e
Bélgica, chegaram a capital francesa delegados das federações da Bélgica, Dinamarca, Espanha,
França, Holanda, Suécia e Suíça, que depois de finalizado o jogo decidiram trocar impressões sobre o
controle dos encontros internacionais e suas normas. As discussões duraram cerca de sete semanas e
finalizaram com a fundação da FIFA em 21 de maio de 1904. Os delegados conscientes que a ausência
britânica tiraria representatividade ao novo organismo, dado que foi a nação que inventou o novo
esporte e seguia tendo o futebol melhor e de maior qualidade, ofereceram a Presidência da FIFA as
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entidades do Reino Unido. Assim, a federação inglesa, que recebeu o convite, por considerá-la
prematura ou simplesmente por desprezo por não ter sido convocada desde o princípio, não aceitou.
Somente em 1908, as quatro federações do Reino Unido solicitaram filiação à FIFA. Apesar
da negativa inicial, em nome do princípio que estabelecia “uma nação, uma federação”, ingleses,
escoceses, galeses e irlandeses foram admitidos na entidade no congresso celebrado em 1910.
Atualmente a FIFA conta com cerca de duzentos países filiados, mais, portanto, que a própria
Organização das Nações Unidas (ONU), emprega 250 milhões de pessoas e gera US$ 250,00 bilhões
por ano. Representa a entidade desportiva mais importante do Mundo.

OS PRESIDENTES DA FIFA

Apesar da proximidade de seu centenário de criação, a FIFA, que tem sua sede em Zurich-
Suíça, foi dirigida por apenas 10 (dez) homens, sendo 8 europeus, 1 africano (interino) e 1 sul-
americano, o brasileiro João Havelange.

1.Robert Guérin França 1904-1906


2.Daniel Burley Woolfall Inglaterra 1906-1908
3.Jules Rimet França 1921-1954
4.Rodolphe W. Seeldrayers Bélgica 1954-1955
5.Arthur Drewry Inglaterra 1955-1961
6.Stanley Rouss Ingaterra 1961-1974
7.João Havelange Brasil 1974-1998
8.Joseph S. Blatter Suíça 1998-2015
9.Issa Hayatou (interino) Camarões 2015-2016
10. Gianni Infantino Itália/Suiça Desde 2016.

Presidente que mais tempo ficou no poder, Jules Rimet, conseguiu tranformar o sonho de um
torneio mundial em realidade. Desde 1914, quando já era presidente da federação francesa, defendia a
idéia de um campeonato mundial, onde diferentemente do torneio de futebol dos jogos olímpicos, os
países poderiam contar com toda sua força utilizando jogadores profissionais.
No congresso da FIFA de 1927, em Helsinque, a proposta da criação da Copa do Mundo foi
acatada e decidido que seria disputada de quatro em quatro anos a partir de uma data a ser definida no
próximo congresso.
Assim, durante os Jogos Olímpicos de Amsterdã, o Uruguai foi indicado para ter a honra e o
privilégio de sediar a I Copa do Mundo, em 1930.

AS CONFEDERAÇÕES CONTINENTAIS

Atualmente os continentes estão filiados à FIFA através de 6 (seis) confederações:

CONMEBOL - CONFEDERAÇÃO SUL-AMERICANA DE FUTEBOL


Fundação: 1916
Membros: 10
Sede: Assunção, Paraguai

UEFA - UNION EUROPÉENE DE FOOTBALL ASSOCIATION


Fundação: 1954
Membros: 49
Sede: Nyon, Suíça

ASIAN FOOTBALL CONFÉDÉRATION


Fundação: 1954
Membros: 41
Sede: Kuala Lampur, Malásia

CONFÉDÉRATION AFRICAINE DE FOOTBALL


Fundação: 1957
Membros: 51 6
Sede: Cairo, Egito

CONCACAF - CONFEDERACION NORTE-CENTROAMERICANA Y DEL CARIBE DE


FÚTBOL
Fundação: 1961
Membros: 30
Sede: Nova York, Estados Unidos

OCEANIA FOOTBALL CONFEDERATION


Fundação: 1966
Membros: 10
Sede: Central Park Auckland 6, Nova Zelândia .

O BRASIL E AS COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS

A SELEÇÃO OLÍMPICA

Nos primeiros jogos da era moderna, em Atenas no ano de 1896, o futebol não fazia parte do
programa oficial. Foi admitido definitivamente, somente, nos Jogos de 1908, celebrados em Londres.
A Seleção Brasileira de Futebol disputou apenas as Olimpíadas de 1952, 1960, 1964, 1968, 1972,
1976, 1984, 1988 e 1996, conquistando as medalhas de prata em 1984 e 1988 e o bronze em Atlanta
no ano de 1996.
As condições para participar dos Jogos sofreram alterações com o decorrer dos anos. De 1908
até 1980, somente jogadores amadores participavam das Olimpíadas, nos Jogos de 1984 - Los Angeles
e de 1988 - Seul, foi autorizada a participação de jogadores profissionais, desde que não tivessem
jogado partidas oficiais de Copa do Mundo, incluindo as eliminatórias. Em 1992, a única condição
exigida era a de que nenhum jogador tivesse mais de 23 anos e, em 1996 a condição dos Jogos
anteriores foi mantida com uma exceção, três jogadores podiam superar a idade permitida.
Segue o quadro de medalhas do futebol olímpico:

ANO OURO PRATA BRONZE


FEMININO
1996 EUA China Noruega
2000 Noruega EUA Alemanha
2004 EUA Brasil Alemanha
2008 EUA Brasil Alemanha
2012 EUA Japão Canadá
2016 Alemanha Suécia Canadá
2020 Canadá Suécia EUA
MASCULINO
1908 Grã-Bretanha Dinamarca Holanda

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1912 Grã-Bretanha Dinamarca Holanda
1920 Bélgica Espanha Holanda
1924 Uruguai Suíça Suécia
1928 Uruguai Argentina Itália
1932 Não foi disputado Não foi disputado Não foi disputado
1936 Itália Áustria Noruega
1948 Suécia Iugoslávia Dinamarca
1952 Hungria Iugoslávia Suécia
1956 União Soviética Iugoslávia Bulgária
1960 Iugoslávia Dinamarca Hungria
1964 Hungria Tchecoslováquia Alemanha Oriental
1968 Hungria Bulgária Japão
1972 Polônia Hungria Alemanha Or./União Sov
1976 Alemanha Oriental Polônia União Soviética
1980 Tchecoslováquia Alemanha Oriental União Soviética
1984 França Brasil Iugoslávia
1988 União Soviética Brasil Alemanha Ocidental
1992 Espanha Polônia Gana
1996 Nigéria Argentina Brasil
2000 Camarões Espanha Chile
2004 Argentina Paraguai Itália
2008 Argentina Nigéria Brasil
2012 México Brasil Coréia do Sul
2016 Brasil Alemanha Nigéria
2020 Brasil Espanha México

A SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

a) A COPA AMÉRICA

A Copa América foi criada em 1917, em substituição ao campeonato sul-americano. Desde o


primeiro Campeonato Sul-Americano de Futebol, disputado em 1916, o Brasil tem sido representado
por uma seleção.
A Argentina e o Uruguai são os maiores detentores de título da competição que, atualmente,
não se restringe apenas aos países da América do Sul.
Segue o quadro de resultados da competição:

ANO LOCAL CAMPEÃO VICE


1916 Argentina Uruguai Argentina
1917 Uruguai Uruguai Argentina
1919 Brasil Brasil Uruguai
1920 Chile Uruguai Argentina
1921 Argentina Argentina Brasil
1922 Brasil Brasil Paraguai
1923 Uruguai Uruguai Argentina
1924 Uruguai Uruguai Argentina
1925 Argentina Argentina Brasil
1926 Chile Uruguai Argentina
1927 Peru Argentina Uruguai
1929 Argentina Argentina Paraguai
1935(*) Peru Uruguai Argentina
1937 Argentina Argentina Brasil
1939 Peru Peru Uruguai
1941(*) Chile Argentina Uruguai
1942 Uruguai Uruguai Argentina
8
1945(*) Chile Argentina Brasil
1946(*) Argentina Argentina Brasil
1947 Equador Argentina Paraguai
1949 Brasil Brasil Paraguai
1953 Peru Paraguai Brasil
1955 Chile Argentina Chile
1956(*) Uruguai Uruguai Chile
1957 Peru Argentina Brasil
1959 Argentina Argentina Brasil
1959(*) Equador Uruguai Argentina
1963 Bolívia Bolívia Paraguai
1967 Uruguai Uruguai Argentina
1975(**) ---- Peru Colômbia
1979(**) ---- Paraguai Chile
1983(**) ---- Uruguai Brasil
1987 Argentina Uruguai Chile
1989 Brasil Brasil Uruguai
1991 Chile Argentina Brasil
1993 Equador Argentina México
1995 Uruguai Uruguai Brasil
1997 Bolívia Brasil Bolívia
1999 Paraguai Brasil Uruguai
2001 Colômbia Colômbia Mexico
2004 Peru Brasil Argentina
2007 Venezuela Brasil Argentina
2011 Argentina Uruguai Paraguai
2015 Chile Chile Argentina
2016 EUA Chile Argentina
2019 Brasil Brasil Peru
2021 Brasil Argentina Brasil
Obs: (*) -Nestes torneios, chamados de Extra, não esteve em disputa a Copa América.
(**) - Não houve sede fixa.

b) AS COPAS DO MUNDO

A Copa da França encerrou o primeiro século da maior competição do esporte mais popular do
planeta. Desde 1930, 16 vezes o título mundial esteve em disputa, sendo aclamados campeões apenas
sete países. A Taça Jules Rimet, conquistada definitivamente pelo Brasil em 1970, e a Copa FIFA,
disputada atualmente, representam a vontade de tantos por uma glória reservada a tão poucos.

1.COPA DO MUNDO DO URUGUAI - 1930

Para a primeira Copa do Mundo o Uruguai construiu, comemorando os 100 anos de sua
independência, o estádio Centenário com capacidade para 100 mil pessoas. Apenas 13 países, sendo 4
europeus participaram e a final foi uma repetição da final olímpica de 1928, entre uruguaios e
argentinos. A Celeste Olímpica entra para a história do futebol como a primeira a conquistar a Copa
do Mundo, venceram os argentinos por 4 x 2.
Desentendimento entre paulistas e cariocas comprometeu a campanha da seleção brasileira. O
Brasil foi representado por um grupo de cariocas e apenas um paulista, Araken Patuska. Foi 6º lugar.

2. COPA DO MUNDO DA ITÁLIA - 1934

Utilizada para promover o regime fascista de Mussolini, pela primeira vez o número de países
inscritos (32) superou a quantidade de vagas (16), forçando a implantação do sistema de eliminatórias.
A Itália conquistou o título vencendo a Tchecoslováquia na final por 2 x1, após eliminar a favorita
seleção espanhola em dois jogos dramáticos num intervalo de 24 horas.
A cisão profissionalista de 1933, não permitiu que a Confederação Brasileira de Desportos,
amadora, convocasse jogadores profissionais para a disputa da Copa do Mundo. Mesmo assim,
Leônidas da Silva compareceu, mas não foi suficiente. O Brasil foi 14º lugar. 9
3. COPA DO MUNDO DA FRANÇA - 1938

O futebol já é universal. Para o terceiro mundial, foram construídos 5 estádios apesar da


proximidade da II Guerra. O evento teve êxito completo, técnico e financeiramente. Pela primeira vez,
o campeão da Copa anterior e o país sede tinham direito assegurado de participar, sendo dispensados
das eliminatórias. O time italiano conquistou seu segundo título derrotando a Hungria na final por 4 x
2, numa competição que contou com 14 países.
O Brasil, pela primeira vez, compareceu com todos os bons jogadores à disposição,
profissionais e amadores, conquistando o 3º lugar numa campanha brilhante comandada pelo talento
ofensivo de Leônidas. A seleção só perderia nas semifinais diante dos italianos, quando jogou sem
Leônidas, o melhor jogador da Copa.

4. COPA DO MUNDO DO BRASIL - 1950

Em virtude dos efeitos da guerra, o Brasil foi o único candidato para ser a sede da Copa de 50,
que contou com apenas 14 participantes. Pelo privilégio de sediar o Mundial, foi construído o maior
estádio do mundo, o Maracanã.
A fórmula de disputa da Copa indicou um quadrangular final, no qual Brasil, Uruguai, Suécia
e Espanha iriam jogar num sistema onde todos se enfrentariam. O Brasil foi arrasador, marcando 7 x 1
na Suécia e 6 a 1 na Espanha. O Uruguai venceu os suecos e apenas empatou com os espanhóis.
Com isso, o Brasil entrou em campo, no dia 16 de julho, precisando apenas de um empate com
os uruguaios. A vitória de virada do Uruguai por 2 a 1 selou a primeira grande injustiça da história das
Copas. Os gols de Schiaffino e Ghiggia calaram 200 mil pessoas presentes ao Maracanã.

5. COPA DO MUNDO DA SUÍÇA - 1954

A Copa volta à Europa e o número de países participantes cresce novamente para 16. A
sensação do Mundial foi a seleção da Hungria. Campeão olímpico de 1952, o técnico húngaro Gusztav
Sebes criou um sistema revolucionário baseado na equipe do Honved, time com jogadores do exército
onde brilhavam Puskas e Kocsis. Inovaram realizando aquecimentos antes dos jogos e, talvez, por
isso, fizeram tantos gols no início das partidas. Perderam a invencibilidade de 4 anos e a Copa, na
final, em Berna, sob muita chuva. A Hungria fez dois gols em oito minutos. Mas o cansaço e o campo
pesado permitiram a virada. A Alemanha Ocidental vence por 3 a 2 e tira o título daquele que era
considerado o melhor da Copa.
A seleção brasileira do técnico Zezé Moreira, cruza com a Hungria nas quartas de final e
demonstra sua fragilidade e desorganização. Perde por 4 a 2 e se classifica em 5º lugar.

6. COPA DO MUNDO DA SUÉCIA - 1958

Com recorde de países inscritos, 53, as eliminatórias definiram os 16 participantes da Copa


que revelou para o Mundo o talento e a genialidade de um garoto de 17 anos: Pelé. O Brasil precisava
apagar a imagem de possuir um futebol talentoso, mas mental e psicologicamente primário. Para isso a
CBD investiu na seleção uma preparação científica.
O Brasil estreou com vitória sobre a Áustria e protagonizou o primeiro 0 a 0 da história das
Copas no empate com a Inglaterra, jogo considerado vital na conquista do título. O resultado não
convincente forçou a comissão técnica, pressionada pelos jogadores mais experientes, a promover a
situação de titulares dois atacantes: Pelé e Garrincha. Dessa forma a seleção derrotou os fortes
soviéticos por 2 a 0 e embalou para a consagração.
Estocolmo, 29 de junho, na final contra os suecos, o Brasil fez sua melhor partida. Goleia por
5 a 2 e ergue a Taça Jules Rimet, conhecida assim desde 1950, pela primeira vez no século.

7. COPA DO MUNDO DO CHILE - 1962

Das 56 seleções inscritas, 40 não se classificaram durante as eliminatórias. Inclusive a França


e os vice campeões da Copa de 58.
O Brasil chegou para o Mundial mantendo praticamente a mesma estrutura de 1958. Uma das
poucas mudanças foi a substituição de Vicente Feola, doente, por Aymoré Moreira.
No segundo jogo, contra os tchecos, uma contusão tirou Pelé da Copa, abalando a confiança
do elenco. Mas, a boa entrada de Amarildo no time e as exibições brilhantes de Garrincha devolveram
a tranqüilidade para a equipe, que rumou ao título. 10
Dia 17 de junho, Estádio Nacional de Santiago do Chile, o Brasil vence a Tchecoslováquia por
3 a 1 e Mauro, imitando o gesto de Bellini em 58, ergue pela segunda vez a Taça Jules Rimet.

8. COPA DO MUNDO DA INGLATERRA - 1966

A Copa de 1966 marcou o reencontro do futebol com o país de origem. A Inglaterra organizou
o Mundial para não perder, arbitragens benevolentes com a violência e de decisões duvidosas
colaboraram para o sucesso da seleção de craques como Banks, o capitão Bobby Moore e do atacante
Bobby Charlton.
O Brasil realiza uma preparação confusa e sem disciplina. Vicente Feola convoca 47
jogadores, entre novas estrelas e a geração desgastada de 58 e 62.
A eliminação prematura contra Portugal resume a nossa desorganização.
A seleção brasileira, em 11º lugar, assistiu a Inglaterra arrebatar o título vencendo a Alemanha
Ocidental na final por 4 a 2.

9. COPA DO MUNDO DO MÉXICO - 1970

O brasileiro pela primeira vez assistiu pela TV uma Copa do Mundo. A seleção enfrentou
muitos problemas durante sua preparação, chegando a trocar de treinador às vésperas da viagem para o
México. Problemas que dividiram a opinião pública. Mas, o descrédito inicial foi substituído aos
poucos pelas atuações irresistíveis de grandes jogadores que proporcionaram seis vitórias
incontestáveis e uma campanha emocionante.
Numa das melhores Copas do Mundo de todos os tempos, os bicampeões Brasil e Itália
decidiram no estádio Asteca, em 21 de junho, a posse definitiva da Taça Jules Rimet. A vitória na final
por 4 a 1 consagrou craques como Gérson, Rivellino, Tostão, Jairzinho e transformou Pelé no maior
jogador do planeta.

10. COPA DO MUNDO DA ALEMANHA - 1974

A Copa vencida pela Alemanha Ocidental, projetou para o Mundo o futebol revolucionário da
seleção holandesa. Idealizado por seu técnico, Rinus Michels, e liderado em campo pelo talentoso
Johan Cruyff, o “Carrossel Holandês” inovou pela constante mudança de posição de seus jogadores.
Entretanto, a Alemanha de Beckenbauer e Muller os venceram na final, de virada, por 2 a 1.
O Brasil, que manteve o técnico Zagallo da Copa de 70, rendeu-se a evolução tática do futebol
europeu, sendo eliminado pela Holanda na derrota nas quartas de final por 2 a 0. O quarto lugar
alcançado foi o máximo que nossa seleção pode aspirar pela fraca campanha no Mundial.

11. COPA DO MUNDO DA ARGENTINA - 1978

A Argentina conquista sua primeira Copa do Mundo após vencer os holandeses por 3 a 1
numa final dramática só decidida na prorrogação. Porém, a suspeita goleada de 6 a 0 contra os
peruanos colocaram em dúvida o verdadeiro brilho do primeiro título argentino.
O Brasil do técnico Cláudio Coutinho, ex-instrutor da Escola de Educação Física do Exército,
terminou a Copa invicto, classificando-se em terceiro lugar.

12. COPA DO MUNDO DA ESPANHA - 1982

Por decisão da FIFA, então presidida pelo Dr. João Havelange, a fase final da Copa foi
disputada pela primeira vez por 24 seleções. A Itália que fez péssima campanha na fase inicial,
recuperou-se na segunda fase eliminando o Brasil em dia inspirado de Paolo Rossi. Derrotando o
Brasil, considerado o melhor time da Copa, os italianos motivados passaram a sonhar com o título.
Noventa mil pessoas foram ao estádio Santiago Bernabeu, em Madri, assistir a Itália derrotar os
alemães por 3 a 1 e conquistar o terceiro título mundial.
A seleção brasileira, formada basicamente por jogadores de características ofensivas, venceu
de forma convincente seus quatro primeiros adversários, mas foi surpreendido pela forte marcação e o
eficiente futebol italiano. O Brasil obteve o 5º lugar no Mundial.

13. COPA DO MUNDO DO MÉXICO - 1986

A Argentina conquistou seu segundo título mundial vencendo a Alemanha na final por 3 a 2,
11
numa Copa que consagrou a habilidade e o talento genial de Diego Maradona. Foram gols e jogadas
que farão parte da história das Copas.
Confusões, troca de técnico, convocações e desconvocações, marcaram a preparação brasileira
para o Mundial. Telê Santana retorna à seleção mais cauteloso. O Brasil, apesar de algumas boas
atuações, é eliminado, nos pênaltis, pela França nas quartas de final. O Brasil ficou em 5º lugar.

14. COPA DO MUNDO DA ITÁLIA - 1990

A Copa do Mundo volta à Europa e premia a seleção mais regular. A Alemanha Ocidental,
depois de dois vice-campeonatos seguidos conquista o título vencendo a revanche da Copa de 86
contra a Argentina por 1 a 0. Vitória de um time aplicado taticamente e liderado por Franz
Beckenbauer, agora no banco, e Lothar Matthaus, seu sucessor no campo.
O Brasil, de forma inédita, adota o sistema 5-3-2, joga com um líbero e dois alas. Sem fazer
boas apresentações é eliminado pela Argentina nas oitavas de final. A seleção brasileira ficou em 9º
lugar.

15. COPA DO MUNDO DOS ESTADOS UNIDOS - 1994

O Brasil conquista o quarto título mundial na primeira final de Copa decidida por pênaltis.
Com dois homens realizando a proteção a frente da zaga e com um constante apoio dos laterais, o
Brasil chegou invicto para disputar a final contra a Itália.
Estádio Rose Bowl, Los Angeles, 94.194 pessoas assistiram o Brasil se tornar, novamente, o
maior vencedor de Copas do Mundo.

16. COPA DO MUNDO DA FRANÇA - 1998

A fase final da última Copa do século foi disputada pela primeira vez por 32 seleções. Outra
inovação foi a adoção da “morte súbita” para decidir as prorrogações a partir das oitavas de final. A
França construiu o estádio mais moderno do mundo, o Stade de France, para ser palco da conquista de
seu primeiro título mundial. Derrotaram o Brasil na final por 3 a 0.

17. COPA DO MUNDO DO JAPÃO E CORÉIA DO SUL – 2002

O Brasil conquista o quarto título mundial na final contra a Alemanha por 2 x 0. Foi a primeira
vez que dois países sediaram unidos o evento. A primeira vez que três seleções França, Japão e Coreia
do Sul estavam classificadas automaticamente, e a primeira vez que uma edição da Copa não
aconteceu na Europa ou nas Américas. Foi a última edição do evento onde o campeão anterior do
torneio garantia vaga direta na edição seguinte da competição, que foi a França.

18. COPA DO MUNDO DA ALEMANHA – 2006

Pela primeira vez na história do campeonato, o campeão do torneio anterior, no caso, o Brasil
precisou disputar as eliminatórias para poder defender o direito de participar no torneio. Pela segunda
vez a Alemanha foi o país-sede (a primeira vez foi no ano de 1974, como Alemanha Ocidental), e o
único pré-classificado. Brasil era considerado o favorito com o quadrado mágico (Ronaldo,
Ronaldinho gaúcho, Adriano e Kaká) cai nas quartas de final para a França por 1 x 0 e fica na 5ª
colocação.

19. COPA DO MUNDO DA AFRICA DO SUL – 2010

Foi a décima nona edição da Copa, que ocorreu de 11 de junho até 11 de julho e a primeira
ocorrida no continente africano. As seleções da Sérvia e da Eslováquia faziam sua primeira
participação na competição como países independentes. A grande campeã desta Copa foi a Espanha
que havia conquistado a Eurocopa de 2008 em cima da Alemanha, ostentado o 3º lugar na Copa das
Confederações FIFA de 2009 e era a 2ª colocada dentre todas as seleções no Ranking Mundial da
FIFA. Pela primeira vez na história das Copas, a Coreia do Sul e a Coreia do Norte competiram
simultaneamente. O Brasil perde de 2 x 1 para a Holanda nas quartas de final e fica em 6ºlugar. A
Copa do Mundo de 2010 na África do Sul teve todos os campeões mundiais, algo que não ocorreu
12
na edição da Alemanha. O pentacampeão Brasil, a tetracampeã Itália, a tricampeã Alemanha, os
bicampeões Argentina e Uruguai, e os campeões França e Inglaterra participaram desta Copa.

20. COPA DO MUNDO DO BRASIL – 2014

Foi a vigésima edição do torneio e segundo vez sediado pelo brasil. Esta edição de 2014 foi a
quinta realizada na América do Sul, depois de a Argentina ter sediado o torneio pela última vez no
continente em 1978. Com o Brasil, todas as equipes campeãs do mundo desde a primeira edição em
1930 (Uruguai, Itália, Alemanha, Inglaterra, Argentina, França e Espanha) qualificaram-se para esta
competição. O Brasil foi a 2.ª e última sede do torneio mundial escolhida através da política de
alternância de continentes, que foi iniciada a partir da escolha da África do Sul como a sede da edição
anterior. O jogo das semifinais entre Brasil e Alemanha, realizado no dia 8 de julho, ficou marcado
pela esmagadora derrota sofrida pela Seleção Brasileira de Futebol contra a Seleção Alemã de Futebol.
A vitória alemã, por expressivos 7–1, é considerada um dos resultados mais notáveis da história do
futebol. Alemanha foi a campeã contra a Argentina no Maracanã. Foi a pior derrota da história do
Brasil em Copas. A anterior havia sido de 3–0, para a França, na final da Copa de 1998. Foi a pior
derrota de um anfitrião em todos os mundiais, superando um 5–2 imposto pelo próprio Brasil, contra
a Suécia, pela decisão da Copa de 1958.

21. COPA DO MUNDO DO RUSSIA – 2018

A capa do mundo da Rússia foi a primeira realizada no Leste Europeu, a décima primeira
realizada na Europa. Esta edição da Copa do Mundo, juntamente com os Jogos Olímpicos de Inverno
de 2014, que também foram realizados em território russo, foram os primeiros eventos esportivos de
importância mundial realizados no país desde os Jogos Olímpicos de Verão de 1980. Foi também a
primeira edição de uma Copa a fazer uso do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR). Com ajuda do VAR,
a Copa do Mundo de 2018 bateu o recorde de maior número de pênaltis marcados em uma edição do
torneio, com 29 infrações apontadas pela arbitragem em 64 jogos. A França se torna bicampeã na final
contra a Croácia por 4 x 2. O Brasil cai nas quartas de final para a Bélgica por 2 x 1, e fica na 6ª
colocação.

22. COPA DO MUNDO DO CATAR – 2022

A capa do mundo do Catar foi a primeira realizada no Oriente Médio, e foi a última a ter o
formato de 32 equipes, uma vez que está prevista uma mudança no formato e número de equipes na
edição seguinte. Em 7 de junho de 2015, foi anunciado que o Catar poderia perder o direito de sediar o
campeonato, após denúncias de suborno. O Catar sofreu críticas sobre as condições dos trabalhadores
dos novos estádios para a competição, sendo que a Anistia Internacional referiu-se como trabalho
escravo a situação dos trabalhadores que sofriam abusos de direitos humanos, violando diversas regras
da instituição. Em meio as tensões da Invasão da Ucrânia pela Rússia, as seleções
da Suécia e Chéquia também anunciaram que não pretendiam jogar as partidas da repescagem em solo
russo, se recusando a participar dos jogos se caso fossem mantidos nesse território. A FIFA, em uma
reunião extraordinária e atendendo a pressão de países como Suécia, Polônia, Chéquia e Inglaterra,
decide desclassificar a Rússia da Copa de 2022, alterando os confrontos em que o país estaria presente
nas Eliminatórias. A participação brasileira se encerra novamente nas quartas de final para uma
seleção europeia, neste caso a Croácia, nas penalidades máximas por 4 x 2, com uma prorrogação
dramática onde o Brasil ganhava por 1 x 0 a quatro minutos do final do jogo.

ANO LOCAL CAMPEÃO BRASIL


1930 URUGUAI URUGUAI 6º LUGAR
1934 ITÁLIA ITÁLIA 14º LUGAR
1938 FRANÇA ITÁLIA 3º LUGAR
1950 BRASIL URUGUAI 2º LUGAR
1954 SUIÇA ALEMANHA 5º LUGAR
1958 SUÉCIA BRASIL CAMPEÃO
1962 CHILE BRASIL CAMPEÃO
1966 INGLATERRA INGLATERRA 11º LUGAR

13
1970 MÉXICO BRASIL CAMPEÃO
1974 ALEMANHA ALEMANHA 4º LUGAR
1978 ARGENTINA ARGENTINA 3º LUGAR
1982 ESPANHA ITÁLIA 5°LUGAR
1986 MÉXICO ARGENTINA 5°LUGAR
1990 ITÁLIA ALEMANHA 9°LUGAR
1994 EUA BRASIL CAMPEÃO
1998 FRANÇA FRANÇA 2°LUGAR
2002 JAPÃO/CORÉIA SUL BRASIL CAMPEÃO
2006 ALEMANHA ITÁLIA 5º LUGAR
2010 AFRICA DO SUL ESPANHA 6º LUGAR
2014 BRASIL ALEMANHA 4º LUGAR
2018 RÚSSIA FRANÇA 6º LUGAR
2022 CATAR ARGENTINA 7°LUGAR

A SELEÇÃO BRASILEIRA SUB -17

O Campeonato Mundial de Futebol Sub - 17, representa a competição da categoria de menor


idade que disputa um título mundial sob organização da FIFA.
É disputado desde 1985.

ANO LOCAL CAMPEÃO BRASIL


1985 CHINA NIGÉRIA 3º LUGAR
1987 CANADÁ URSS 13º LUGAR
1989 ESCÓCIA ARÁBIA SAUDITA 6º LUGAR
1991 ITÁLIA GANA 6º LUGAR
1993 JAPÃO NIGÉRIA NÃO CLASSIFICADO
1995 EQUADOR GANA 2º LUGAR
1997 EGITO BRASIL 1º LUGAR
1999 NOVA ZELÂNDIA BRASIL 1º LUGAR
2001 TRINIDAD E TOBAGO FRANÇA 6° LUGAR
2003 FINLÂNDIA BRASIL 1º LUGAR
2005 PERU MEXICO 2º LUGAR
2007 COREIA DO SUL NIGÉRIA 13°LUGAR
2009 NIGÉRIA SUÍÇA 21°LUGAR
2011 MEXICO MEXICO 4°LUGAR
2013 EMIRADOS ARABES NIGÉRIA 7°LUGAR
2015 CHILE NIGÉRIA 8°LUGAR
2017 ÍNDIA INGLATERRA 3°LUGAR
2019 BRASIL BRASIL 1º LUGAR
2021 CANCELADO PELO COVID19

A SELEÇÃO BRASILEIRA SUB -20

A cada dois anos, desde 1977, a FIFA coloca em disputa um troféu, de posse transitória, para
os campeões mundiais de futebol na categoria Sub - 20.

ANO LOCAL CAMPEÃO BRASIL


1977 TUNÍSIA URSS 3º LUGAR
1979 JAPÃO ARGENTINA NÃO CLASSIFICADO
1981 AUSTRÁLIA ALEMANHA 6º LUGAR
1983 MÉXICO BRASIL 1º LUGAR
1985 URSS BRASIL 1º LUGAR
1987 CHILE IUGOSLÁVIA 7º LUGAR
1989 ARÁBIA SAUDITA PORTUGAL 3º LUGAR
14
1991 PORTUGAL PORTUGAL 2º LUGAR
1993 AUSTRÁLIA BRASIL 1º LUGAR
1995 QATAR ARGENTINA 2º LUGAR
1997 MALÁSIA ARGENTINA 5º LUGAR
1999 NIGÉRIA ESPANHA 8°LUGAR
2001 ARGENTINA ARGENTINA 6°LUGAR
2003 EMIRADOS ARABES BRASIL 1º LUGAR
2005 PAIXES BAIXOS ARGENTINA 3°LUGAR
2007 CANADÁ ARGENTINA 14°LUGAR
2009 EGITO GANA 2°LUGAR
2011 COLOMBIA BRASIL 1º LUGAR
2013 TURQUIA FRANÇA NÃO CLASSIFICOU
2015 NOVA ZELÂNDIA SERVIA 2°LUGAR
2017 COREIA DO SUL INGLATERRA NÃO CLASSIFICOU
2019 POLÔNIA UCRÂNIA NÃO CLASSIFICOU
2021 CANCELADO PELO COVID 19

A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

No dia 8 de junho de 1914, oito entidades se reuniram para fundar a Federação Brasileira de
Sports que desde 1916 passou a ser chamada Confederação Brasileira de Desportos.
A fundação da CBD foi decisiva para que o futebol e outros esportes pudessem difundir-se de
maneira organizada, dentro de critérios disciplinares, que lhe proporcionaram o imediato
reconhecimento internacional, criando-lhe um campo até então inexistente para as competições e
despertando nos jovens entusiasmo incomum pela sua prática. Sua fundação unificou a direção do
futebol brasileiro e superou as desavenças entre paulistas, criadores da Federação Brasileira de
Futebol, e cariocas.
Dessa forma, a CBD filiou-se à Confederação Sul-Americana de Futebol e obteve sua filiação
provisória junto à FIFA em 29 de dezembro de 1917, sendo definitiva em 20 de maio de 1923. E daí
em diante, passou a ser um dos mais conhecidos, dos mais valorizados e dos mais respeitados
praticantes do futebol do mundo.
Por determinação do Ministério da Educação e Cultura, em 1979, a CBD dá lugar a
Confederação Brasileira de Futebol. O futebol conseguiu com a CBF sua inteira autonomia.

EVOLUÇÃO DAS REGRAS DO FUTEBOL

1863 - Proibido tocar a bola com as mãos, trancar jogador, empurrar e dar pontapés.
1865 - Corda estendida ao longo da baliza de 7 metros a uma altura de 2,40 metros.
1866 – Impedimento: pelo menos, 3 adversários entre o atacante e o gol.
1868 - Surge a figura do juiz, autoridade máxima do campo.
1871 - Pela primeira vez, os goleiros são citados na regra.
1872 - Determina-se pela primeira vez o tamanho da bola.
1873 - Se introduz o escanteio, antes se marcava falta.
1877 - Surge o travessão de madeira.
1878 - O juiz passa a utilizar um apito para anunciar suas decisões e, não mais a voz.
1882 - Surge o lateral cobrado com as mãos.
1883 - *International Board: órgão assessor da FIFA que até hoje regula as leis do jogo.
1890 - Aparecem as redes nas balizas.
1891 - Se cria o pênalti, ainda não existe a marca de cal. A infração pode ser batida em
qualquer ponto distante 11 metros do gol. Um árbitro e dois auxiliares substituem os antigos
juizes.
1898 - As regras alcançam as 17 atuais.
1912 - O uso das mãos pelo goleiro se limita a Área de Pênalti.
1920 - Os jogadores não podem estar em impedimento ao se executar um lateral.
15
1924 - Pode marcar um gol diretamente de um escanteio.
1925 – A regra do Impedimento passa a ter nova redação:
“Um jogador está fora de jogo se encontrar-se mais perto da linha de meta contrária que a
bola, no momento que esta é jogada.
Exceto:
- Se o jogador atacante se encontra em sua própria metade do campo.
- Se tem entre ele e a linha de meta contrária pelo menos 2 jogadores adversários.
- Se a bola foi jogada, em último momento, pelo adversário.
- Se recebe a bola diretamente de um tiro de meta, escanteio ou arremesso lateral.
1935 - É testada a introdução de dois árbitros. A idéia não da certo e é abandonada.
1938 - A redação das regras é atualizada. É conferida a forma atual das 17 regras.
1951 - Se permite a utilização da bola branca.
1965 - Se autoriza que um suplente substitua um jogador lesionado.
1966 - Se autoriza que um suplente substitua um jogador por qualquer motivo.
1970 - São usados pela primeira vez, na Copa de 1970, os cartões amarelo e vermelho.
1990 - Não há mais impedimento se o jogador estiver na mesma linha que o penúltimo
adversário.
1993 - Criada a área técnica para os treinadores.
- A morte súbita estreia no Mundial de Juniores da Austrália
- O goleiro não pode pegar com as mãos a bola recuada intencionalmente com os pés por
um companheiro.

NOÇÕES SOBRE AS 17 REGRAS DO FUTEBOL

1) O campo de jogo.
2) A Bola.
3) Os jogadores.
4) Os Equipamentos dos Jogadores.
5) O Árbitro.
6) Os outros Oficiais de Arbitragem.
7) A duração do Jogo.
8) O Início e Reinício do Jogo.
9) A Bola em Jogo e fora do Jogo.
10) Determinação do Resultado do Jogo.
11) Impedimento.
12) Faltas e incorreções.
13) Tiros livres.
14) Tiro Penal (Pênalti)
15) O Arremesso Lateral.
16) O Tiro de Meta.
17) O Tiro de Canto.

REGRA 1: CAMPO DO JOGO

• Retangular:
– Comprimento: de 90 a 120 m.
– Jogo Internacional: 100 m – 110m.
– Largura: 45 a 90 m.
– Jogo Internacional: 64 m – 75 m.
• Traves:
– separadas entre si por 7,32m
– altura: 2,44m
– Tecnologia de Linha de Meta (TLM).

16
17
REGRA 2: A BOLA

• Circunferência: de 68 a 70 cm.
• Peso: de 410 a 450 gramas.
• Pressão: 0,6 a 1,1 atmosferas.
• Sem autorização do árbitro, não pode ser trocada no transcorrer do jogo.

REGRA 3: OS JOGADORES

• 7 a 11 jogadores.
• Goleiro.
• 5 possíveis Substituições em 3 paradas, com prorrogação se abre mais 1 possível.

18
REGRA 4: O EQUIPAMENTO DOS JOGADORES

• nenhum jogador pode portar objeto perigoso para os demais (brincos, pulseiras, etc.)
• equipamentos obrigatórios:
– camisas com mangas.
– calções curtos.
– calções térmicos: desde que sejam da mesma cor.
– meias que cubram completamente as pernas
– caneleiras
– calçados (chuteiras)
• Goleiro (luvas)

REGRA 5: O ÁRBITRO

• cuidar da aplicação das regras.


• resolver todos os casos duvidosos, com decisões inapeláveis.
• cumprir função de cronometrista.
• interromper o jogo.
• cuidar da disciplina dos atletas.

REGRA 6: OS OUTROS OFICIAIS DE ARBITRAGEM

• Dois juízes de linha.


• indicar quando a bola estiver fora de jogo e a qual equipe caberá o arremesso lateral, o
tiro de meta e o escanteio.
• Faltas próximas.
• Impedimento.
• Nos tiros penais (goleiro se adiantar antes da bola ser chutada e se a bola ultrapassar a
linha de meta.

REGRA 7: A DURAÇÃO DO JOGO

• 2 tempos de 45 min.
• Intervalo de 15 min.
• Árbitro:
– Final da partida
– Acréscimo de tempo
• Pênalti.

REGRA 8: O INÍCIO E O REINÍCIO DO JOGO

• Sorteio para decidir o chute inicial.


• Autorização do árbitro.
• Reinício após o gol.
• Início do segundo tempo.
• Bola ao chão.
• É possível marcar um gol, diretamente de um chute inicial?

REGRA 9: A BOLA EM JOGO E FORA DO JOGO

• A bola está fora de jogo quando:


– a) tiver atravessado inteiramente uma linha lateral ou de fundo, seja por terra
ou pelo ar;
– b) a partida tiver sido interrompida pelo árbitro.
19
• A bola estará em jogo em todos os outros momentos, mesmo quando a bola
permanecer em campo depois de se chocar com as traves, as bandeirinhas de córner, o
juiz ou os fiscais de linha.

REGRA 10: DETERMINAÇÃO DE UM RESULTADO DO JOGO

• Quando a bola ultrapassar totalmente a linha de fundo, entre as traves e por baixo do
travessão, sem que tenha sido cometida qualquer irregularidade às regras do jogo.
• A equipe que marcar maior número de gols ganhará o jogo.

REGRA 11: IMPEDIMENTO

• O fato de estar em uma posição de impedimento não constitui uma infração em si.
• Todo jogador será considerado impedido se estiver mais perto da linha de fundo adversária do
que a bola, exceto se:
• estiver em seu próprio campo.
• houver pelo menos dois adversários entre ele e a linha de fundo, mesmo que estejam na
mesma linha.
• receber a bola de um tiro de meta, um escanteio, um arremesso lateral ou bola ao chão.
• receber a bola vinda na direção da linha de fundo para o meio do campo
• receber a bola do adversário.
• Tiro livre indireto à equipe adversária.
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REGRA 12: FALTAS E INCORREÇÕES

• Tiro livre direto


– dar ou tentar dar um pontapé
– dar ou tentar dar uma rasteira
– agredir ou tentar agredir
– empurrar ou agarrar
– cuspir
– tocar a bola com as mãos deliberadamente (exceto o goleiro, em sua própria
área)
• Tiro livre indireto
– jogar de forma perigosa
– obstruir o avanço de um adversário
– impedir que o goleiro possa jogar a bola com as mãos
– sendo o goleiro, receber a bola atrasada por um companheiro com o pé.

• expulsão dos jogadores


– Mostrar-se violento
– usar de linguagem injuriosa ou grosseira
– persistir nas infrações após ter sido advertido
– derrubar por trás o adversário que estiver correndo com a bola na direção do
gol
– evitar gols eminentes desviando a bola com a mão

▪ Considerações
1. Imprudente: não será necessária punição
2. Temerária: deverá ser advertido
3. Com uso de força excessiva: deverá ser expulso.

REGRA 13: OS TIROS LIVRES

• Os tiros livres podem ser:


– Diretos: nos quais é permitido chutar diretamente a bola para o gol adversário
– Indiretos: nestes, um gol só será válido se a bola for tocada também por outro
atleta, além daquele que cobrou o tiro

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REGRA 14: TIRO PENAL (PÊNALTI)

• Será concedido um tiro penal (pênalti) contra a equipe que cometer uma das faltas que
levem a tiro livre direto, dentro de sua própria área.

REGRA 15: O ARREMESSO LATERAL

• Uma das formas de se reiniciar o jogo.


• Quando a bola ultrapassar a linha lateral, por terra ou pelo ar, será posta em jogo pelo
adversário, fazendo-o do ponto onde ela saiu.
• Cobrança: bola por cima da cabeça.
22
REGRA 16: O TIRO DE META

• Outra forma de se reiniciar o jogo.


• Quando a bola sair pela linha de fundo, tendo sido tocada por um atacante, será
colocada num ponto qualquer da pequena área e lançada com o pé para fora da grande
área, por um jogador defensor.

REGRA 17: O TIRO DE CANTO

• Outra forma de se reiniciar o jogo.


• Quando a bola transpuser totalmente a linha de fundo, tendo sido tocada por um
defensor, será cobrado um tiro de canto.
• Local da cobrança.

ÁRBITRO ASSISTENTE DE VÍDEO – AAV (VAR)

É um árbitro de partida, que tem acesso independente às imagens gravadas do jogo, com
poderes para auxiliar o árbitro central, na eventualidade de um “erro claro e óbvio” ou de um
“incidente grave não percebido”, relativo a:
1. Gol/não gol;
2. Pênalti/não pênalti;
3. Cartão vermelho direto (não o segundo cartão amarelo);
4. Erro de Identificação (CA e CV). 23
O Árbitro deve sempre tomar uma decisão, ou seja, não pode deixar de tomar uma decisão,
em seguida, utilizar o VAR. Por isso, uma decisão de deixar seguir o jogo – após uma suposta
infração, pode ser revisada.

• As decisões tomadas pelo árbitro só́ devem ser mudadas se o vídeo mostrar,
claramente, um “erro claro e obvio”;
• Apenas o árbitro poderá́ dar início a uma “revisão”. Os outros árbitros da partida) só
podem recomendar uma “revisão”;
• Não há restrição de tempo para o processo de revisão. A precisão é mais importante do
que a velocidade;
• Caso o jogo tenha sido parado e depois reiniciado, o árbitro não poderá́ mais realizar
uma “revisão”, exceto em casos de identificação equivocada ou por infrações passíveis
de expulsão, relativas a condutas violentas, cusparadas, mordidas ou por atuação
extremamente ofensiva, insultante ou humilhante;
• Como o VAR irá automaticamente “verificar” toda situação/decisão revisável, não há
necessidade para técnicos ou jogadores solicitarem uma “revisão”;
• Atrasar a bandeira/apito devido a uma infração só́ é permitido em uma situação muito
clara de ataque, na qual um jogador esteja prestes a marcar um gol ou tenha o caminho
desobstruído rumo/para dentro da área penal da equipe adversária;
• O VAR possui acesso independente, além do controle dos replays, às imagens
gravadas da transmissão de TV;
• VAR irá escolher as melhores velocidades e ângulos/replays; o árbitro poderá́ solicitar
outras velocidades/ângulos adicionais;
• O árbitro é a única pessoa que poderá́ tomar a decisão final. O VAR possui o mesmo
nível que o dos outros árbitros da partida e pode apenas auxiliar o árbitro.

MÉTODOS DE ENSINO NO FUTEBOL

• O conceito de método pode ser entendido como um caminho a ser seguido para se
atingir um determinado fim, objetivo.
• O método ideal é aquele que motiva e estimula o aluno a aprender, sendo assim um
elemento que facilite o processo de aprendizagem por parte dos alunos.

Atualmente, dois princípios ou eixos norteiam a metodologia do ensino dos jogos esportivos,
incluindo o Futebol:
• Analítico-sintético;
• Global-funcional.

• No eixo analítico-sintético, o processo ensino-aprendizagem é realizado em partes,


em etapas, sendo baseado no ensino técnico e na repetição de movimentos.
• A ênfase principal da aula está na execução perfeita de técnicas pré-estabelecidas.
• O eixo é conhecido como “série de exercícios” que são regidos por princípios
metodológicos, tais como: do conhecido ao desconhecido (das partes ao todo), do mais
fácil para o mais difícil (diminuição gradativa da ajuda), do simples para o complexo,
do mais lento para o mais rápido etc.

• No eixo global-funcional, a ideia principal é a formação de alunos capazes de


resolver problemas dentro de situações reais de jogo.
• A metodologia acontece de forma progressiva através de atividades lúdicas, jogos pré-
desportivos (jogos com algumas alterações em suas regras, utilização de formas de
jogo menos complexas cujas regras vão sendo introduzidas aos poucos) e reduzidos.
• O aluno aprende a técnica da modalidade juntamente com conceitos táticos
necessários para o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas
ocorrentes durante o jogo. 24
Partindo desses princípios metodológicos, o professor pode optar pelas seguintes
concepções metodológicas de ensino dos jogos esportivos:
• Parcial;
• Global;
• Confrontação;
• Recreativo.

MÉTODO PARCIAL

• Segue princípios do eixo analítico-sintético. Utiliza a repetição de séries de exercícios


para o domínio das técnicas consideradas como elementos básicos para a prática do
jogo.
• Entende-se que o jogo é composto por partes que devem ser desenvolvidas
separadamente devido à sua complexidade e à dificuldade da aprendizagem da técnica
ideal.

Entre as vantagens do método, podemos citar:


• Possibilita o domínio e aprimoramento da técnica ou de um elemento da técnica
individual, ou seja, cria oportunidades de um treinamento motor correto e profundo de
elementos isolados do jogo;
• As correções são diretas, fáceis de serem aplicadas e podem, muitas vezes, ser bem
compreendidas pelos alunos;
• O controle sobre progressos na aprendizagem é facilmente realizável;
• Dificilmente é criada uma situação de conflito entre os participantes;
• Permite trabalhar respeitando os limites e o ritmo de aprendizagem de cada aluno.

Entre as desvantagens do método, podemos citar:


• Não sacia o desejo de jogar do aluno, principalmente o iniciante;
• Pode-se tornar uma aula pouco motivante para uns e com alto grau de exigência para
outros;
• Muitas vezes o exercício realizado foge a uma situação concreta de jogo, o que faz o
iniciante não estabelecer uma relação entre a tarefa realizada e sua utilização;
• Os alunos treinam habilidades individuais, mas, na maioria das vezes, não as treinam
da forma como serão exigidas posteriormente no jogo;
• Sob a pressão do jogo competitivo, as destrezas aprendidas podem não funcionar;
• O relacionamento social é deficiente;
• Apenas padrões de movimentos estimulados pelo professor são oferecidos.

MÉTODO GLOBAL

• Segue princípios do eixo global-funcional.


• Consiste na aprendizagem do jogo em si através de uma sequência de jogos adaptados.
• Parte-se de jogos mais simples, passando pelos mais complexos, até o jogo final.

Entre as vantagens do método, podemos citar:


• Maior motivação por partes dos alunos;
• Prática constante (o que leva à vivência em situações reais de jogo);
• Possibilita desde cedo que o aprendiz comece a praticar o jogo;
• A técnica e a tática estão sempre juntas;
• Permite a participação de todos os elementos envolvidos, como o movimento, a
reação, percepção, ritmo e outros.

Entre as desvantagens do método, podemos citar:


• Não permite a correção de movimentos, atendimentos e avaliações individuais; 25
• O aluno demora a perceber sua melhora nos elementos da técnica individual, o que
pode provocar certo desestímulo;
• Não proporciona uma avaliação eficaz sobre desempenho do aluno.

MÉTODO DA CONFRONTAÇÃO

• Nesse método, “o jogo se aprende jogando”.


• Jogar o jogo em si com todas suas regras e formas é a principal maneira de aprender o
jogo.

Entre as vantagens do método, podemos citar:


• Proporciona uma grande socialização e motivação por parte dos praticantes, pois
aproxima rapidamente do objetivo final a aprendizagem, que é a prática do jogo em si;
• Conhecimento da técnica do jogo e vivência do mesmo aprendidos ao mesmo tempo;
• Organização mais fácil das aulas por parte dos professores: segundo Greco (2001, p.
88), essa é a metodologia “rola a bola”.

Entre as desvantagens do método, podemos citar:


• O número de variações é muito grande durante o jogo, o que faz com que o aluno não
diferencie aquilo que é importante ou supérfluo;
• Pode existir uma perda de motivação dos menos aptos, pois o sucesso ocorre com
menos frequência;
• Dificuldade de identificar erros técnicos e táticos;
• Nas situações de competição, podem surgir conflitos, muitas vezes em virtude da
diferença de rendimento e dos níveis de interesse;
• Pode sobrecarregar a capacidade do aluno, pois muitas vezes as exigências da prática
são muito complexas para iniciantes ou para os menos aptos;
• O prazer e a alegria de jogar são importantes, porém a satisfação é maior ao sentir sabe
jogar.

MÉTODO RECREATIVO

• O método recreativo possui grande semelhança com o método global, pois utiliza
muitas vezes séries de jogos com diferentes formas e que, dependendo do objetivo,
permitem a aula/treinamento de uma maneira recreativa.
• O conceito recreativo do jogo esportivo destaca alguns valores dos métodos global e
parcial, como a prática constante do jogo e sua construção através da seriação por
partes de diferentes aspectos do jogo.
• Sendo assim, a utilização de pequenos jogos, muitas vezes, permite que possam ser
realizadas as correções e o aperfeiçoamento de gestos técnicos.

A TÁTICA NO FUTEBOL

A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE JOGO NO FUTEBOL

Sistema de jogo G-10 (1810-1863):


a) Podemos chamar esse período de pré-história tática ou ausência de tática. Todos
atacavam.
b) Essa época antecedeu a regulamentação do futebol pelos ingleses, em 1863.
(UNZELTE, 2002)
c) Não há certeza quando o futebol passou a ser jogado com 11 jogadores; contudo, as
primeiras regras estabelecidas na Inglaterra (1863 - The Football Association)
encerraram definitivamente o problema da padronização.
d) Até 1860, o jogo era essencialmente ofensivo: só existia preocupação em marcar gols;

26
assim, os jogadores se dispunham todos no ataque, deixando apenas o goleiro com
responsabilidade defensiva.

Sistema de jogo 1-1-8 (1863-1870):


a) Ainda o ataque em massa; nos primeiros anos do futebol regulamentado, 1 beque (do
inglês back, atrás), 1 homem de meio-de-campo e 8 atacantes. (UNZELTE, 2002)
b) Para Santos (1979), nessa época, o jogo ainda era essencialmente ofensivo, mas já se
começava a procurar equilibrar as linhas entre defesa e ataque.

Sistema de jogo 1-2-7 (1870-1871):


Por volta de 1870, surgem dois sistemas.
a) O primeiro apresentava a formação com um goleiro, um defensor, dois meio- -
campistas e sete atacantes.
b) O segundo introduziu mais um defensor, reduzindo o número de atacantes para seis.
Um dos atacantes do sistema anterior recuou para o meio-campo, reforçando o setor;
além disso, mesmo com muitos atacantes à frente, não eram marcados gols em todas
as oportunidades criadas, pois os atacantes menos capazes atrapalhavam os melhores
atacantes. (LEAL, 2001).

Sistema de jogo 2-2-6 (1871-1880):


a) “Por ocasião dos primeiros amistosos contra a seleção inglesa, os escoceses
começaram a se preocupar um pouco mais com a defesa”, colocando, assim, mais um
defensor (UNZELTE, 2002).
b) A Escócia a introduziu, mas o grande usuário dessa formação foi o clube inglês
Sheffield, obrigando os rivais a utilizarem a mesma formação.
c) Segundo Santos (1979), em 1873, com a fundação da “Scotish Football Association”,
o jogo começou a ter maior ênfase no passe. Mas ele ainda era muito individual:
marcava-se a bola, e não o jogador.

Sistema de jogo 2-3-5, sistema clássico ou piramidal (1880):


• Criado em1884, na Inglaterra, o Sistema Clássico surgiu pela necessidade de uma
distribuição mais racional dos jogadores no campo de jogo. O primeiro clube a utilizar
esse sistema foi o Nottingham Forest.
• Um atacante do 2-2-6 se transformou em médio, surgindo o 2-3-5: 2 zagueiros, 3
médios (médio-direito, médio-esquerdo e médio-centro) e 5 atacantes (2 pontas,
direito e esquerdo, 2 meias, direito e esquerdo, mais 1 centroavante). O médio-centro
tinha de ajudar a defesa e distribuir jogo para os atacantes. (UNZELTE, 2002).
• O ataque não tinha profundidade, as jogadas eram feitas para anular a tentativa
adversária de colocá-los em impedimento. Os três atacantes centrais progrediam
através de passes curtos ou utilizavam as rápidas investidas dos extremas que
buscavam a linha de fundo para cruzar.
• Para Petit e Capinussú (2004), esse foi o primeiro sistema de jogo em que houve o
início do estudo científico do futebol, e ele teria sido criado pela Universidade de
Cambridge.

27
. .

Sistema de jogo WM (1925):


a) Alteração da lei do impedimento em 1925: diminuição de três para dois a quantidade
de adversários que o jogador deveria ter entre si e a linha de fundo.
b) Tal decisão revolucionou totalmente os conceitos táticos vigentes no futebol. Os
ataques e defesas passaram por uma fase de adaptação às novas regras. As formas de
ataque se modificaram, causando respostas no sistema defensivo.
c) Surge, então, o Sistema WM, devido ao posicionamento do centroavante adversário
que se colocou ofensivamente entre os dois jogadores de defesa (beque de espera e
beque de frente);
d) Criado por Herbert Chapman, manager do Arsenal da Inglaterra, o sistema WM
passou a adotar uma formação com três defensores, sendo que dois marcavam os
pontas adversários, e o defensor do centro marcava o centroavante.

Tinha como características:


a) Apresentava um balanço numérico entre a defesa e o ataque;
b) Permitia atacar e defender com sete jogadores;
c) Os quatro jogadores de meio-campo eram responsáveis pela ligação entre a defesa e o
ataque;
d) O sistema era compacto e possuía superioridade numérica no meio-campo;
e) Permitia que as equipes jogassem em contra-ataques com investidas rápidas pelas
pontas, valorizando a força e a velocidade.

28
WM

. .

Sistema de jogo 4-2-4 (anos 50):


• Oriundo do sistema WM, o 4-2-4 surgiu quando alguns treinadores resolveram
adiantar um dos meias (ponta de lança), fazendo-o exercer a função de segundo
centroavante.
• Foi, portanto, uma variação bastante polêmica do WM, pois o posicionamento do meia
4-2-4:
mais adiantado fixou um médio adversário, que possuía dupla função, na defesa,
- O que
desfazendo é o quarto-zagueiro?
a surpresa que causava a chegada desse homem no ataque.

. .

Sistema de jogo 4-3-3 (anos 60):


a) Sistema utilizado pela seleção brasileira nas Copas de 58 e 62. Foi uma variante do
sistema 4-2-4, quando um atacante recuava para compor o 3º homem do meio-campo.
b) Esse papel foi desempenhado por Zagalo, ponta esquerda de Vicente Feola no
Mundial de 1958. O 4-3-3 foi considerado uma grande evolução tática.
c) O posicionamento dos jogadores demonstrava a preocupação de ocupar todos os
espaços do campo.
d) Com a evolução da preparação física, as esquematizações táticas foram ficando cada
29
vez mais variadas,e os jogadores que desempenham mais de uma função começaram a
aparecer. (DRUBSCKY, 2003)
Variações:
- 4-3-3

. .

Sistema de jogo 4-4-2 (anos 80):


a) Após a Copa do Mundo de 1962, os europeus aperfeiçoaram os métodos de marcação
e coberturas, e os jogadores passaram a ter funções defensivas e ofensivas, não
permitindo aos adversários tempo e espaço para jogar.
b) Reforçaram o meio-campo com o recuo de um dos atacantes do 4-3-3 para se tornar o
quarto homem do setor.
c) Os dois atacantes restantes passaram a jogar em cima dos zagueiros adversários em
bolas longas vindas de trás ou em cruzamentos laterais. (LEAL, 2001)

- 4-4-2

. .

Sistema de jogo 3-5-2 (anos 90):


a) Na Itália, na década de 1970, surge o líbero como precursor do sistema 3-5-2, que
visava à vantagem numérica na defesa;
b) São 3 zagueiros, 5 no meio-campo e 2 atacantes;
c) Um dos principais motivos da criação do 3-5-2 foi o fato de que a maioria das equipes
que atuavam em um 4-4-2 jogava com dois atacantes bem centralizados, o que criava
dificuldades para os zagueiros, pois, na distribuição por zona na defesa, pegavam
30
quase sempre os atacantes no um contra um, o que é uma grande desvantagem para
quem está defendendo;
d) No 3-5-2, os alas são essencialmente ofensivos e restringem as ações defensivas
quando toda equipe volta para defender no próprio campo;
e) Como no 4-4-2, as características dos volantes e meias, combinadas com as dos alas,
são que dará a forma do sistema funcionar. Como variação do sistema 3-5-2 surge
também, nesta década, o chamado 3-4-3.

POSICIONAMENTO FUTEBOL

AS POSIÇÕES NO FUTEBOL

Paoli (2007) classifica as posições de acordo com o setor do campo em que são mais atuantes:
a) No setor de defesa, cinco posições são básicas: goleiro, zagueiros, laterais, alas e
líbero;
b) No setor de meio-campo, quatro posições compõem o setor: volantes, meias de
armação, meias de contenção e meias atacantes;
c) No ataque, duas posições: os atacantes que jogam mais fixos na área, como referência,
e os atacantes que atuam mais pelas pontas e/ou pelas laterais do campo.

Princípios táticos no Futebol


a) Existem duas fases num jogo de futebol: ataque e defesa.
b) Na fase defensiva, tenta-se neutralizar as ações dos oponentes a fim de garantir uma
posição estável e se recuperar a posse de bola.
c) Na fase ofensiva, pretende-se criar desordem no sistema defensivo oponente a fim de
romper o equilíbrio defensivo adversário e marcar um gol.

Aspectos a considerar:
a) Pressionar o adversário de posse de bola a fim de diminuir espaços para ele jogar;
b) A atenção maior deve estar sobre o adversário, e não a bola (no entanto, sempre que
possível, jogador e bola devem estar sempre no campo visual);
c) Oferecer ao adversário as laterais, nunca o centro do campo. Deve existir sempre a
preocupação de “fechar o meio do campo”; 31
d) Abordar o adversário somente equilibrado e, em determinadas circunstâncias, manter
uma pequena distância para não ser driblado com facilidade, poder acompanhá-lo na
sequência de uma jogada e evitar bloqueios;
e) Estudar o oponente para detectar pontos fortes e fracos;
f) Posicionar-se sempre atrás da linha da bola;
g) Não se posicionar em linha, sempre em diagonal (importante para realizar coberturas e
o fechamento do meio);
h) Executar, no momento adequado, as chamadas dobras de marcação (as dobras de
marcação acontecem quando dois atletas impõem, de forma simultânea, a marcação ao
adversário que tem a posse de bola).

SISTEMAS DE DEFESA

• É o posicionamento da equipe dentro do campo de jogo quando estiver sem a posse de


bola.
• Esse posicionamento de movimentações defensivas coletivas está relacionado a tipos
de marcação e linhas de marcação.

Manobras defensivas
• Uma manobra defensiva pode ser entendida como a disposição ou movimentação dos
jogadores, individual ou coletivamente, dentro do campo de jogo com a intenção de
impedir ações ofensivas dos adversários contra a própria meta.
• As movimentações defensivas individuais podem ser trabalhadas quando exercitamos
o elemento da técnica individual marcação.
• As manobras defensivas podem ser realizadas de forma dinâmica (bola em jogo) ou
estática (marcação de bola parada).

Marcação Individual ou Homem a Homem:


• Tipo de marcação em que cada jogador acompanha o seu oponente por todo o campo
de jogo. Muito utilizada na iniciação por ser de fácil assimilação, porém requer um
ótimo condicionamento físico para sua execução.
• Pode ser utilizada contra equipes de pouca condição técnica com a intenção de
recuperar rapidamente a posse de bola e usufruir dessa melhor qualidade, porém pode
comprometer o sistema de cobertura defensiva caso um atleta da equipe executante da
marcação seja driblado.

Pontos positivos:
a) diminui a opção do passe, forçando o erro adversário; maior desgaste físico dos
adversários pela necessidade de maior movimentação em busca de espaços;
b) dificulta o chute de longa distância; reduz o tempo de posse de bola do adversário;
diminui o tempo de reação do adversário para refletir sobre a jogada.

Pontos negativos:
a) grande desgaste físico dos defensores, proporcional à movimentação dos atacantes;
abre o meio, facilitando lançamentos, infiltrações e "bolas nas costas";
b) dá maiores possibilidades de vantagem numérica ao adversário na ocorrência de um
drible, dificultando a recuperação e a cobertura;

Marcação por zona ou setor:


• Nesse tipo de marcação, cada atleta ocupa uma determinada zona/setor,
independentemente das movimentações dos adversários.
• Possui um grau de dificuldade maior na sua execução, pois exige um melhor

32
sincronismo por parte da equipe executante; por isso, deverá ser intensamente treinado
e orientado pelo técnico, sendo utilizada com cautela em equipes iniciantes.
• Facilita o sistema de cobertura defensiva, com cada atleta ocupando espaços
programados e procurando não deixar o companheiro desprotegido. A marcação por
zona é caracterizada, principalmente, pelo posicionamento, sempre atrás da linha da
bola; pelas constantes trocas de marcações; e pela espera do erro adversário para
roubar a bola e contra-atacar.

TÁTICAS OFENSIVAS
Na fase ofensiva, pretende-se criar desordem no sistema defensivo oponente a fim de romper
o equilíbrio defensivo adversário e marcar um gol.

Em outra análise, podemos dizer que existem três fases de jogo, sob o ponto de vista tático,
em um jogo de futebol:
a) A fase de construção de jogadas (momento ofensivo) caracteriza-se pelo ataque ou
manutenção da posse de bola;
b) A fase de recuperação (momento defensivo), que é a marcação e a tentativa de
recuperar a posse de bola;
c) A fase de transição (momento de reorganização), em que se perde ou recupera a posse
de bola e há a necessidade de ocupar novos espaços em função da mudança.

Princípios táticos fundamentais de ataque:


a) Apoio
b) Profundidade
c) Abertura
d) Mobilidade
e) Penetração
f) Improvisação (Criatividade)

Princípios táticos do jogo são identificados como: princípios gerais, operacionais e


fundamentais. 33
Princípios gerais recebem essa denominação pelo fato de serem comuns às diferentes fases
do jogo e aos outros princípios (operacionais e fundamentais), pautando-se em três conceitos
advindos das relações espaciais e numéricas, entre os jogadores da equipe e os adversários,
nas zonas de disputa pela bola. (GARGANTA; PINTO, 1994)
São eles:
• Não permitir a inferioridade numérica;
• Evitar a igualdade numérica;
• Procurar criar a superioridade numérica.

Princípios operacionais são, segundo Bayer (1994, p. 145), “as operações necessárias para
tratar uma ou várias categorias de situações”. Logo, se relacionam a conceitos atitudinais para
as duas fases do jogo, sendo:
• Na defesa: anular as situações de finalização, recuperar a bola, impedir a progressão
do adversário, proteger a baliza e reduzir o espaço de jogo adversário;
• No ataque: conservar a bola, construir ações ofensivas, progredir pelo campo de jogo
adversário, criar situações de finalização e finalizar a baliza adversária.

Princípios fundamentais representam um conjunto de regras de base que orientam as ações


dos jogadores e da equipe nas duas fases do jogo (defesa e ataque) com o objetivo de criar
desequilíbrios na organização da equipe adversária e estabilizar a organização da própria
equipe.
• Na literatura, observam-se propostas com diferentes princípios, para cada fase de jogo,
condizentes com os seus objetivos. Os princípios fundamentais do jogo são a base
de um sistema.
• A estratégia, o plano de jogo da equipe e a tática, além da tentativa de resolver
problemas em um jogo, variam amplamente, mas estão sempre associados aos
princípios do jogo.

ELEMENTOS DA TÉCNICA INDIVIDUAL DOS JOGADORES DE FUTEBOL

A técnica de um atleta de futebol é composta por um conjunto de gestos e movimentos


realizados durante uma partida e tem como base os chamados elementos básicos da técnica
individual (fundamentos).
Atletas de FUTEBOL podem ser classificados em função de suas características distintas:
• Atletas de linha;
• Goleiro.

FUNDAMENTOS

• Passe;
• Recepção;
• Domínio;
• Condução;
• Drible e finta;
• Marcação;
• Finalização (chute e cabeceio);
• Específico de goleiro (pegada e reposição).

PASSE

- É a transferência da posse de bola entre os elementos de uma mesma equipe.


Classificação
– a) classificação pela parte do pé que golpeia a bola:
34
• parte interna ou externa do pé;
• dorso do pé;
• solado;
• de bico (?).
– b) classificação pela distância:
• curto – distâncias de até 4 metros;
• médio – distâncias entre 4 e 10 metros;
• longo – distâncias acima de 10 metros.
– c) classificado pelo espaço do campo:
• lateral;
• diagonal;
• em paralela;
• passe pelo meio.
– d) classificado pela direção
• para frente
• para o lado
• para trás
– e) classificação pela trajetória da bola
• Rasteiro
• Meia altura
• Parabólico
• Alto
– f) classificação pela forma especial (passes de habilidade):
• Cabeça;
• Calcanhar;
• Cavado;
• Coxa;
• Letra;
• Ombro;
• Peito.

FATORES A SEREM CONSIDERADOS QUANDO SE FAZ O PASSE

• O disfarce;
• O tempo de soltura da bola;
• O comprimento e a força do passe;
• A posição do jogador que irá receber o passe;
• A posição do jogador adversário;
• A segurança e o risco do passe;
• O objetivo tático na seleção do passe;
• O conhecimento da técnica.
35
RECEPÇÃO

“É considerada como a ação de interromper ou interceptar a trajetória de uma bola passada ou


arremessada (nesse caso, pelo goleiro)”.
• Pode ser entendida como sinônimo de domínio ou controle.
• Contudo, domínio ou controle são ações que ocorrem após a bola ser recebida pelo
atleta.

– a) classificação pela trajetória percorrida da bola:


• Rasteira;
• Meia-altura;
• Parabólico;
• Alto.
– b) classificação em relação à execução:
• Faces interna/externa do pé, solado do pé;
• Faces anterior da coxa;
• Coxa, dorso, solado do pé;
• Cabeça e peito.

CONTROLE DE BOLA

– Ação realizada por meio de diversos toques curtos, precisos e de pouca


aplicação de força, com diferentes partes do corpo.

36
DOMÍNIO DE BOLA

“É a habilidade que o jogador(a) deve ter para manter a bola sob seu controle”.

OS PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O DOMÍNIO DA BOLA

• O jogador(a) deverá decidir antecipadamente qual a superfície do seu corpo que será
usada para controlar a bola.
• Posicionar seu corpo na direção da bola.
• Relaxar a superfície de contato com a bola.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

• O jogador(a) deve ter habilidade e tranquilidade no domínio da bola.


• No domínio da bola, a velocidade de pensamento e a ação serão vitais para criarmos
os espaços necessários.
• O domínio realizado com muitos toques faz com que se perca velocidade e iniciativa
para o prosseguimento da jogada.
• O jogador(a) exerce ação sobre a velocidade da bola, mantendo-a em seu domínio
pronta para execução de uma nova manobra.

PODE SER CLASSIFICADO COMO:

– a) parte do corpo que realizam o domínio:


• pé;
• coxa;
• peito.
– b) altura da bola:
• domínio da bola rasteira;
• domínio da bola à meia altura;
• domínio da bola pelo alto.
– c) velocidade da bola:
• muito veloz;
• velocidade média;
• baixa velocidade.

DORSO DO PÉ
• O jogador(a) deve se posicionar na direção da bola e mantê-la sobre sua visão.
• A perna de domínio deve estar flexionada, coxa paralela ao solo e a ponta do pé
direcionada para a bola.
• A perna de apoio sustenta o peso do corpo.
• O jogador fará um movimento de amortecimento retraindo toda a perna no momento
do contato, reduzindo, em consequência, a velocidade de queda da bola.

PARTE INTERNA
• O jogador(a) deve estar posicionado na direção do deslocamento da bola e mantendo-a
sobre sua visão.
• O jogador(a) deve retrair ligeiramente o pé após o contato com a bola, mantendo-a
sobre o seu domínio.
• O corpo deve estar equilibrado.
• A perna deve estar flexionada com a ponta do pé para fora.
• Jogador(a) bem treinado, domina e passa a bola com um único movimento.

37
PARTE EXTERNA
• O jogador(a) deve estar posicionado na direção do deslocamento da bola e mantendo-a
sobre sua visão.
• O jogador(a) deve retrair ligeiramente o pé após o contato com a bola, mantendo-a
sobre o seu domínio.
• O corpo deve estar equilibrado.
• A perna estará flexionada com a ponta do pé para dentro.

SOLA DO PÉ
• O jogador(a) deve se posicionar na direção da bola e mantê-la sobre sua visão.
• A perna de domínio deve estar flexionada com o pé realizando uma flexão dorsal
formando um ângulo aproximado de 45º com o solo. A ponta do pé direcionada para a
bola.
• A perna de apoio sustentará o peso do corpo.
• O jogador(a) fará um movimento de amortecimento retraindo toda a perna no
momento do contato, reduzindo, em consequência, a velocidade da bola.

DOMÍNIO COM A CABEÇA


• Na realização desta técnica o jogador(a) deve usar a testa mantendo os olhos abertos e
o pescoço relaxado.
• O domínio pode ser facilitado através do salto, coordenando o movimento de descida
com o contato com a bola.

DOMÍNIO COM A COXA


• O jogador(a) deve se posicionar na direção da bola e mantê-la sobre sua visão.
• A perna de domínio deve estar flexionada, coxa paralela ao solo e a ponta do pé
direcionada para a bola.
• A perna de apoio sustenta o peso do corpo.
• O jogador(a) deve retrair a coxa no momento do contato com a bola.
• Há necessidade de treinamento para realizar esta técnica com eficiência.
• Apresenta maior vantagem, em relação ao domínio com o tronco, devido a rapidez
com que a bola vai para os pés, ganhando-se tempo para executar um passe ou realizar
um drible sem a presença do adversário.

PARTE SUPERIOR do TRONCO


• O jogador(a) deve estar posicionado na direção da bola.
• O jogador(a) deve amortecer a bola no momento do contato, esvaziando a caixa
torácica.
• Os braços deverão estar afastados do tronco para dar maior equilíbrio ao corpo no
momento do contato com a bola.
• O tamanho da área de contato facilita o controle da bola.

PARTE INFERIOR do TRONCO


• O jogador(a) deve estar posicionado na direção da bola.
• O jogador(a) deve amortecer a bola no momento do contato retraindo a cintura
pélvica.
• Em relação ao domínio com a parte superior do tronco. a bola chegará aos pés com
maior rapidez, dificultando a aproximação do adversário.

38
CONDUÇÃO DA BOLA

“É a habilidade que o jogador(a) deve ter para se deslocar sem perder o controle da bola.”
• Descrita como a capacidade de se deslocar com a bola por intermédio de
toques curtos e sucessivos;
• Na condução da bola é mais frequentemente utilizada a parte externa do pé;
• Propicia durante o aprendizado, maior tempo de contato com a bola.

TIPOS DE CONDUÇÃO
– a) classificação pela trajetória:
• Retilínea;
• Sinuosa.
– b) em relação à execução com os pés:
• Faces interna e externa dos pés;
• Dorso;
• Ponta do pé.

PARTE EXTERNA DO PÉ
• Facilita o jogador(a) mudar a sua direção.
• Permite proteger a bola do desarme do adversário.
• Facilita driblar o adversário.

PARTE INTERNA DO PÉ
• O jogador(a) toca na bola várias vezes, reduzindo a sua velocidade de deslocamento.
• Facilita driblar o adversário.
• Permite a mudança de direção.

DORSO DO PÉ
• Permite o jogador(a) deslocar-se em alta velocidade.
• Permite o jogador(a) percorrer distâncias maiores.
• Facilita o desarme pelo adversário.

PONTA DO PÉ
• Usada quando o pé de apoio está afastado da bola.
• A condução com a ponta do pé é utilizada com pouca frequência.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS
• O jogador(a) quando se desloca em alta velocidade, o seu domínio torna-se vulnerável
porque a bola fica afastada do seu raio de ação, devido aos toques fortes e o seu rápido
deslocamento.
• O jogador(a) quando se desloca em baixa velocidade, o seu domínio não fica
vulnerável devido a aproximação da bola de seu raio de ação.

DRIBLE E FINTA

PRINCÍPIOS BÁSICOS
• Preceder o drible com um movimento de finta.
• Manter a bola dentro do raio de ação para poder trocar de passada e de direção sem
perder o controle da bola.
• Realizar o drible somente quando for a melhor opção.

DRIBLE é a ação praticada por um jogador(a) para ultrapassar o adversário sem perder o
controle da bola.

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QUALIDADES NECESSÁRIAS AO BOM DRIBLADOR
• Balanço, para desequilibrar o adversário (Criatividade, Noção de espaço)
• Controle da bola (próxima aos pés, Coordenação especial e equilíbrio)
• Explosão (Velocidade de execução, Agilidade nos movimentos)
• Usar muito bem os dois lados do pé de drible, de preferência usar os dois pés.

FINTA é a ação adotada para ludibriar o adversário em que o jogador(a) utiliza o movimento
corporal, mas não toca na bola.
Objetivo: facilitar o recebimento de um passe (desmarcação), ajudar na execução de um drible
e, até mesmo, auxiliar na marcação.

• Velocidade de execução;
• Noção de espaço;
• Visão de jogo;
• Agilidade nos movimentos;
• Criatividade.

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EMPREGO DO DRIBLE QUANTO A LOCALIZAÇÃO
• Empregar o drible no campo do adversário, de preferência no interior, nas laterais, e
na frente da área de pênalti.
• Não empregar o drible no interior, nas laterais e na frente da área de pênalti de sua
equipe.
• Evitar empregar o drible na faixa central, principalmente no seu campo de defesa.

CLASSIFICAÇÃO:

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MARCAÇÃO

– Sistema coletivo de marcação: tática;


– Individual: elemento técnico essencial;
– Ato de tomar a bola do adversário, impedindo-o de continuar suas ações.

a) Ação de impedir que o adversário receba a bola ou que o mesmo progrida pelo espaço
de jogo quando de posse dela;
b) A marcação deve ser efetuada tanto sobre um atleta que está sem a bola quanto sobre
aquele que tem a mesma;
c) Pode ser efetuada no campo adversário (marcação alta/pressão) ou aguardar no “seu
campo” (marcação baixa);
d) Na ação de marcar individualmente, é importante que não se marque a bola após a
ação de passe do oponente, e sim o seu deslocamento.

TIPOS DE MARCAÇÃO ou TIRADA


• Desarme;
• Interceptação;
• Tranco.

OS PRINCÍPIOS DO DESARME DE FRENTE


• O jogador(a) que desarma deve se mover para a frente do adversário de posse da bola,
fechando o seu caminho;
• Não tomar a posição com os pés em paralelo, quando estiver à frente do adversário de
posse da bola;
• Durante o desarme, o marcador deve fazer contato com o lado interno do pé,
mantendo a ponta do mesmo para fora e levantada;
• O joelho e o tornozelo da perna de desarme devem estar firmes para ganhar a posse de
bola;
• O jogador(a) que desarma deve procurar transferir todo o peso do seu corpo para a
frente, bloqueando o adversário;
• O jogador que desarma deve se posicionar sempre entre a bola e a sua meta.
• Possuir agressividade e determinação no desarme.

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OS PRINCÍPIOS DO DESARME DE LADO
• Faça o desarme de lado empurrando a bola para a frente e para fora do alcance do
oponente;
• Faça o deslize quando estiver bem próximo do adversário;
• Durante o desarme de lado, use preferencialmente a perna mais próxima do
adversário.

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INTERCEPTAÇÃO
• O marcador que intercepta deve possuir: percepção, agilidade, oportunismo e
determinação.
• O marcador deve usar a perna que mais facilita a interceptação da trajetória.
• A atenção é fundamental durante a ação da interceptação.

TRANCO
Tranco ou carga é o encontro dado no adversário tendo como objetivo o seu afastamento da
bola, impedindo-lhe o domínio durante a disputa da posse de bola. Ombro a ombro.

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46
FINALIZAÇÃO: CHUTE E CABECEIO

O CHUTE NO FUTEBOL

• É a ação de impulsionar a bola com os pés visando a desviar ou dar trajetória à


mesma, estando ela parada ou em movimento.
• O chute pode ser ofensivo, quando o objetivo é a meta adversária, ou defensivo, para
impedir ações ofensivas do oponente.
• Possui grande semelhança com o fundamento passe, o que os diferencia é o objetivo e
a força.

Alguns fatores são importantes para a execução correta do chute:


a) Posicionamento dos pés (o que impulsiona a bola e o de apoio);
b) Posição do joelho do pé de apoio (semifletido);
c) Posição do corpo (levemente inclinado) – importante para o equilíbrio;
d) Posição da cabeça e braços (também importante para o equilíbrio).

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TIPOS DE CHUTES
a) Quanto à parte do pé que golpeia a bola:
• de peito de pé;
• com a parte externa (trivela);
• de bico (mais utilizado no futsal);
• de calcanhar.

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c) Quanto à distância do gol:
• curto;
• médio;
• de longe.
d) Quanto à trajetória da bola:
• reto;
• em curva.
e) Quanto à força aplicada:
• colocado;
• forte.
f) Quanto à movimentação da bola:
– sem movimentação (bola parada);
– com movimentação:
• movimentação da bola rasteira
• movimentação da bola pelo alto
– sem necessidade de saltar
» meia altura
» chutada logo após tocar o solo
» por cima da cabeça com apoio (“puxeta”)
– necessitando saltar
» meia altura
» chutada logo após tocar o solo
» por cima da cabeça sem apoio (“bicicleta”)

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g) Quanto às outras partes do corpo:
• de joelho;
• etc.
h) Quanto a outros tipos:
• de “letra”;
• etc.

FASES DO CHUTE
a) Fase preparatória:
– o membro de apoio dirige-se à frente;
– apoia-se no solo;
• ao lado da bola (bola rasteira)
• pouco atrás da bola (bola pelo alto)
– posição do tronco;
• ligeiramente inclinado para frente (rasteira)
• ligeiramente inclinado para trás (alto)
b) Fase de ação:
• flexão de coxa;
• potente extensão do joelho;
• fase de toque na bola.

c) Fase contínua:
• o movimento prossegue;
• membro que golpeia: estendido.

50
ELEMENTOS DA TÉCNICA INDIVIDUAL DO GOLEIRO

Podemos apontar como os principais elementos da técnica individual do goleiro:


• Empunhadura;
• Defesas baixas e altas;
• Espalmar;
• Arremessos;
• Saída de gol.

EMPUNHADURA OU PEGADA
• Posicionamento básico das mãos que possibilita exercer as ações de defesa da
• bola quando chutada, passada ou arremessada nos diferentes planos.
• Após a pegada, em qualquer circunstância, se possível, o goleiro deve proteger
• a bola usando uma parte do corpo como obstáculo seguinte.

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DEFESAS BAIXAS
• Ações de defesa exercidas abaixo da linha da cintura, com a utilização das mãos ou
qualquer outra parte do corpo;
• Fazem parte das defesas baixas: as caídas ou quedas laterais, encaixadas de bola e
defesas com os pés.

DEFESAS ALTAS
• Ações de defesa exercidas com as mãos ou peito acima da linha da cintura;
• Fazem parte das defesas altas: defesa com deslocamento lateral, pontes (com ou sem
mão trocada) e defesas com recursos (peito, barriga e cabeça).

ESPALMAR
• O espalmar ou espalmada é o toque com a palma da mão na bola, desviando-a da sua
trajetória, em uma tentativa de defesa.
• Esse elemento da técnica individual do goleiro deve ser utilizado como um recurso
para chutes muito fortes ou em bolas que apresentam alto risco para uma defesa com
pegada.
• A mão deve estar estendida para realizar o toque, que é feito normalmente para trás.

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Classificação
• Em relação à distância:
• Curtos e médios: distância percorrida dentro do campo defensivo;
• Longos: distâncias próximas do meio campo no futebol.
• Em relação à trajetória:
• Rasteiro;
• Parabólico;
• Oblíquo (de cima para baixo).

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REFERÊNCIAS

• ABELHA, J. L. Treinamento de goleiro. Técnico e físico. São Paulo: Ícone, 2000;


• ENCICLOPÉDIA DO FUTEBOL BRASILEIRO. Edição Histórica. Volumes I, II, III e IV;
• LIMA E SILVA, L. A carreira do árbitro de futebol. São Paulo: Pimenta Cultural, 2021;
• LOPES, A. A. S. M. Cartilha brasileira de futebol e futsal. São Paulo: Ícone, 2010;
• MARTINS, P. S. & PAGANELLA, M. A. Futebol e seus Fundamentos. São Paulo: Ícone, 2013;
• Manual de esportes. Futebol. SME. Prefeitura do Rio. Lance: Diário de esportes;
• Manual de futebol. ESEFEx. Exército Brasileiro. 2000;
• MELO, R. S. Futebol 1000 exercícios. Rio de Janeiro: Sprint, 2000;
• NETO, J. Futebol de corpo inteiro. Portugal: Prime Books, 2012;
• NETO, J. Preparar para ganhar. Portugal: Prime Books, 2014;
• REGRAS OFICIAIS DE FUTEBOL – CBF 2019-2020;
• SANTOS, E. Futebol. Rio de Janeiro: 1978;
• SEDA, D. M. Futebol: da invisibilidade ao reconhecimento social. Curitiba: Appris, 2014.

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