Você está na página 1de 5

Desenvolvimento da Bola de Futebol

A bola que chegou em 1894 no Brasil, trazida pelo inglês Charles Miller,
era um tanto antiquada: feita de couro curtido com uma costura bem
grosseira ao centro. Na hora de cabecear a bola, eis o maior problema,
os cordões machucavam a testa dos jogadores.

Copa do mundo de 1958 - A bola usada na primeira Copa do Mundo que


o Brasil ganhou já não tinha os tais cordões, mas continuava sendo feita
de couro. Em dias chuvosos, o couro se encharcava e a bola ficava bem
mais pesada, o que dificultava a precisão dos chutes.

Anos 60 e 70 - As bolas ainda eram feitas de couro, mas com um


diferencial, eram impermeabilizadas, ou seja, não ficavam encharcadas
em campos molhados.

Anos 80 - Os materiais sintéticos começaram a ser usados na fabricação


de bolas. O aspecto visual e a durabilidade do material conquistaram a
atenção dos jogadores.

Anos 90 - Chegou a vez dos polímeros! As bolas fabricadas a partir deste


período ficaram mais leves graças à presença de polímeros. O
poliuretano (altamente durável e leve) é usado como revestimento e nas
camadas internas se emprega o poliestireno, as câmaras de ar
(presentes no interior da bola) são de látex.

Início do século XXI - Os polímeros chegaram para ficar, a prova disso é


a composição das bolas mais modernas: sob o revestimento de
poliuretano se emprega dez camadas de poliestireno e na câmara é
usada a borracha butílica. A tecnologia deste século permite que os
gomos da bola sejam unidos por ligação térmica em vez de costuras.
Regras do Futebol na Antiguidade
O futebol praticado atualmente é bem diferente daquele regulamentado
há 150 anos. Para se ter uma idéia, os toques com a mão eram
permitidos – e por qualquer jogador em campo. Os goleiros não existiam.
Nem o passe para frente. Os gols sequer eram delimitados em sua
altura. E as Regras do Jogo não eram 17, como hoje, mas apenas 13 – o
impedimento, o árbitro, o tempo e o pênalti foram introduzidos somente
nos anos seguintes. Nas próximas linhas, confira como foi a evolução
das regras do futebol a partir da criação da Football Association, em
1863:

1865 – As traves passam a ter uma fita entre elas, para delimitar a altura
do gol. O protótipo do travessão, instituído apenas dez anos depois.
1866 – Os passes para frente foram legalizados, desde que três
adversários estivessem entre o recebedor e o gol. Aí nasceu a regra do
impedimento. Além disso, pegar a bola com as mãos no ar passou a ser
proibido, tornando cabeçadas e matadas no peito comuns.
1869 – Nasce o tiro de meta. Antes, a bola que saísse pela linha de
fundo era do time que a pegasse primeiro, ganhando uma cobrança de
falta.
1871 – Apenas um jogador passa a poder pegar a bola com as mãos.
Nasce o goleiro.
1872 – Os goleiros só podem pegar a bola com as mãos no próprio
campo. Os escanteios são introduzidos.
1874 – Os árbitros passam a existir, um para cada lado do campo. Antes,
as discussões sobre as jogadas eram feitas pelos capitães. No mesmo
ano, os times passam a trocar de campo depois do intervalo, o que
acontecia a cada gol.
1877 – O tempo de jogo é fixado em 90 minutos.
Os primórdios do futebol
Não é certa a atribuição a uma cultura ou país da invenção do
futebol.Sabe-se entretanto, que as primeiras manifestações surgiram
entre 3000 e 2000 a.C, na China, desde que se considere jogos com
chutes em objetos esféricos ou similares, sem seguir as regras oficiais do
jogo, que surgiriam apenas no século XIX.
O tsu-chu (China)
Durante a dinastia do imperador Huang-ti, era costume chutar
os crânios ou cabeças dos inimigos derrotados. Os crânios, que mais
tarde viriam a ser substituídos por bolas de couro, tinham que ser
chutados pelos soldados chineses por entre duas estacas cravadas no
chão, no primeiro indício de traves. O esporte era chamado de tsu-chu,
que em chinês, significa (tsu) uma "bola recheada feita de couro" (chu).
O esporte foi criado para fins de treinamento militar, por Yang-Tsé,
integrante da guarda do Imperador, na dinastia Xia, em 2.197 a.C.

O kemari (Japão)
Significando pontapear a bola (ke = chutar, mari = bola) é uma variação
do tsu-chu com origem no Japão. Ao contrário do esporte chinês, as
mulheres não podiam participar do kemari. Foi difundido pelos
imperadores Engi e Tenrei, e era proibido qualquer contato corporal. O
campo (kakari) era quadrado e cada lado havia uma
árvore: cerejeira (sakura), salgueiro (yana-gi), bordo (kaede)
e pinheiro (matsu). Os jogadores (mariashi, de mari = bola e ashi = pé)
eram oito. Esse jogo era mais um ritual religioso do que propriamente um
esporte, antes de se iniciar era realizada uma celebração para abençoar
a "bola" que simbolizava o Sol e era criada artesanalmente com bambu.

O epyskiros
Nele é citado o epyskiros, um esporte disputado com os pés, num campo
retangular, por duas equipes de onze jogadores. O número desses,
porém, podia mudar de acordo com as dimensões do campo. Podia-se
ter até 17 jogadores de cada lado, como acontecia no século I
a.C. em Esparta. A bola era feita de bexiga de boi e recheada
com ar e areia, que deveria ser arremessada para as balizas, no fundo
de cada lado do campo.
Os sacrifícios Maias
Entre os anos de 900 e 200 a.C., na Península de Iucatã, atual México,
os maias praticavam um jogo (poktapok) com os pés e as mãos. O
objetivo do jogo era arremessar a bola num furo circular no meio de seis
placas quadradas de pedras. Na linha de fundo haviam dois templos,
onde o atirador-mestre (o equivalente ao capitão da equipe) do grupo
perdedor era sacrificado.

O harpastum (Império Romano)


Descendente do epyskiros, o harpastum foi um esporte praticado por
volta de 200 a.C. no Império Romano. O harpastum era disputado num
campo retangular, divido por uma linha. A bola, feita de bexiga de boi,
era chamada de follis.
O harpastum era um exercício militar, o que fazia uma partida poder
durar horas. Com as conquistas romanas, ele foi difundido por outras
regiões da Europa, da Ásia Menor e do Norte da África.

O soule(Idade Media)
Durante a Idade Média, na região onde atualmente fica a França, foi
criado o soule, uma versão do harpastum, introduzido
pelos romanos entre os anos de 58 e 51 a.C.. As regras
do soule variavam de região à região. Seu nome também variava muito
entre as regiões.
O soule foi um esporte da realeza, praticado pela aristocracia. O
rei Henrique II da França, proibiu o jogo, pois o mesmo era violentíssimo
e barulhento. Sendo assim, criou a lei que decretava a proibiçao desse
esporte, e aqueles que o praticassem poderiam ir até para a prisão.
Origem do Futebol no Brasil
Charles Miller, um brasileiro que estudava na Inglaterra e lá teve contato
com o futebol e, em 1894, trouxe uma bola e um conjunto de regras para
o Brasil. A primeira partida de futebol no Brasil foi realizada em São
Paulo, no dia 14 de abril de 1895. As equipes participantes eram o São
Paulo Railway e a Companhia de Gás, e eram formadas por ingleses que
viviam na capital paulista. O primeiro time contava com a participação
de Charles Miller, considerado o pai do futebol brasileiro, pois trouxe as
duas primeiras bolas de futebol para o país em 9 de junho de 1894.
Em 1901, foi criada a Liga Paulista de Futebol, que realizou
posteriormente o primeiro Campeonato Paulista. O time de Charles Miller
era uma sensação e foi tricampeão paulista. Os clubes que surgiam
estavam se organizando e, até 1919, quase todos os estados
brasileiros já possuíam um campeonato regional e sua federação. Em
1914, foi criada a Confederação Brasileira de Desportos (CDB), que
administrava outros esportes além do futebol.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi criada em 1979, após a
dissolução da CDB. É a entidade que administra o futebol brasileiro e
possui 27 federações estaduais vinculadas. Sua sede é no Rio de
Janeiro e organiza os principais campeonatos nacionais. O dia do
futebol é comemorado no dia 19 de julho.
Durante os governos, principalmente de Vargas, foi feito um grande
esforço para alavancar o futebol no país. A construção do Maracanã e
a Copa do Mundo do Brasil (1950), por exemplo, foram na Era Vargas. A
vitória no Mundial de 1958, com um time comandado pelos
negros Didi e Pelé, o mestiço Garrincha e pelo capitão paulista Bellini,
ratificou o futebol como principal elemento da identificação nacional, já
que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e
diferentes regiões do país

Você também pode gostar