mangazine

Entrevista com
Maria Luiza
conversamos sobre a carreira
e sobres os novos projetos.
contribuições via pix

Além do ensaio sobre a obra, tenha acesso

as partes selecionadas da entrevista de Ai Yazawa
 Feita por otakus para otakus
espalhe essa revista
para seus
amigos

Título: Mangazine
Edição 002 abril 2022
Textos de João Guilherme, Icaro Andrade, Josie Fonseca, Sayumi e Mangateria.
MARIA
LUISA
Q. Aos que podem não te conhe-
cer, poderia se apresentar para os
nossos leitores?

R. Olá! Muito prazer, me chamo

Maria Luiza, atendo por Maria
Luiza Grantaine como dubladora,
mas na internet todo mundo me
conhece como Moo ou Moo-chan
e até Kid ou Kidzastr meu @ nas re-

“Nana e Paradise Kiss foram obras que li quando

ainda (estava) ... tentando me encontrar no mundo”
des. Sou atriz, cosplayer, apresenta-
dora, cantora e crio conteúdo sobre
anime e mangá pro canal Bentô, do
Omelete! Talvez me conheçam de
um outro projeto que foi até pra
TV, pro qual produzi por 5 anos,
como apresentadora e roteirista
também.

Q. Atriz, cosplayer, dubladora,

apresentadora, cantora. Você
lembra o que veio primeiro ou o Q. Antes de entrar na nossa pau- a Koito Nagase em Wonder Egg
que influenciou a começar algu- ta principal, conte sobre as du- Priority e a Ayako Yamada, em
ma dessas diversas facetas? blagens, como está sendo? Você Kageki Shojo!! mais recentemen-
chegou a dizer que pretende - na te, conseguindo até trabalhar com
R. Desde criança os animes eram margem do possível - fazer cos- canto pela primeira vez neste pa-
minha principal inspiração. Eu play de todos os que você dublar. pel! E como cosplay, canto, atuação
queria ser os personagens, queria É isso mesmo? e dublagem sempre foram parte da
interpretar eles, e, me fantasiar de- mesma coisa pra mim, eu quero
les, fazer as falas e cantar as músi- R. Eu me formei atriz em 2014 mas sim fazer cosplay de todas as per-
cas dos animes me aproximava de eu era muito imatura na época e sonagens que eu dublar, na medida
todo esse universo que eu amava tinha muitas inseguranças. Acabei realmente do que for possível, por-
tanto. De alguma forma, hoje eu deixando o sonho da dublagem que nem sempre dá e espero que eu
tenho o privilégio de estar cercada de lado até ter a oportunidade de duble tantas que se torne impossí-
de tudo isso e profissionalmente, dublar a Mine Kuramae, em Fruits vel fazer todas. Mas, por enquanto
pagando as contas sendo otaku! Basket meu anime favorito!!! em eu estou conseguindo! hauhau
hauhau Mas todas as paixões sem- 2021, e a partir daí, eu agarrei a
pre foram parte do meu cotidiano chance com todas as forças, e me Q. Entrando um pouco mais so-
desde pequena, então sinto que sentindo mais segura, fui capaz de bre cosplay, muitos estão lendo
mesmo sem definir racionalmente, seguir conseguindo mais papéis e essa entrevista e pensando em co-
segui o fluxo do que me fazia feliz. pontinhas em outros animes, como meçar no hobbie ou tem vontade
e não tem coragem do primeiro Q. Você tem algumas “séries” de
passo. Pode compartilhar como cosplay , como o caso de Hori-
foi o processo do seu primeiro? miya, Fruits Basket, até mesmo
personagens de One Piece você
R. Meu primeiro cosplay foi a já fez alguns. Como é interpretar
Sakura de Tsubasa Reservoir Chro- tantos personagens com persona-
nicles! E eu encomendei com uma lidades diferentes?
costureira que já conhecia do que
se tratava o hobby, mas eu mesma R. Quando eu penso em fazer vá-
fui atrás dos detalhes e expliquei rios personagens da mesma obra o
pra ela como eu queria. Não ficou desafio é como eu, sendo eu, con-
exatamente como eu queria, mas eu seguiria interpretar personagens
me diverti bastante, conheci pesso- que já tem o mesmo traço artísti-
as incríveis e não parei de fazer no- co sem fazer eles muito parecidos.
vos projetos desde então!Mas antes É um desafio tanto pra maquia-
disso, eu sempre pesquisei muitas gem e caracterização quanto pra
referências de roupas, sempre ten- postura e interpretação nas fotos
tei modificar coisas que eu já tinha ou vídeo. E o que eu sempre faço,
em casa e minha maior dica pra mentalmente ou até por escrito
quem quer começar é fazer o mes- como planejamento, é algo que
mo. Você não precisa gastar tanto fazemos pra construção de perso-
dinheiro logo de cara. Pesquisa nagem no teatro, que é uma análi-
bastante, procura formas de apro- se das personalidades de cada um.
veitar o que tem pra se divertir, ver Penso como eles seriam no nosso
como se sente, e aos poucos vai se mundo, como se movimentariam,
aprimorando e descobrindo qual a nos gostos de cada um, em como
melhor forma de entrar no hobby, isso influencia suas atitudes, e ten-
que pode ser costurando suas pró- to me colocar diante da câmera
prias roupas, comprando prontas, pensando nas próprias referências
encomendando com costureira ou da obra, que já entregam muitos
cosmaker, reaproveitando o que desses gestos, mas trazendo esses
tem em casa, etc. Cada um tem seu elementos pra um corpo 3D! É um
jeito de se divertir e se expressar processo MUITO divertido que as
e todas as formas são válidas! Pra vezes incluo na própria confecção
quem tem inseguranças, procure das roupas, pensando que tipo de
amigos queridos pra compartilhar efeito o personagem gostaria que
esse momento, se divirtam fazendo a própria roupa tivesse como fiz
e planejando juntes e se enfrenta- com a Jolyne de Jojo, que pra mim
rem algum tipo de julgamento ou é clubber demais e fiz até um en-
preconceito não se deixem abalar! saio pensando nela em contexto de
Seu amor pelo personagem e a di- balada hauahauhau Sinto que esse
versão que você tem em fazer tudo é meu jeito de misturar várias das
devem sempre ser prioridades! minhas paixões em uma coisa só!
Estou torcendo por vocês com to-
das as minhas forças e se quiserem Q. Consegue escolher entre os
me mostrar seus cosplays eu vou cosplays de Fruits Basket? Sabe-
AMAR ver! É só me mandar ou me mos que você ama essa obra, mas
marcar <3 consegue por em palavras o por-
que você gosta tanto?

Interpretar a Tohru porque me sinto

curando minhas próprias dores
R. Diria que a Tohru sempre vai ser
meu amor eterno. Quando mais
nova eu não me achava digna de fa-
zer cosplay dela de tão perfeita que
ela era nos meus olhos. Mas isso é
uma bobagem e quando eu fiz esse
cosplay finalmente me senti muito
bem. Amo muito poder interpretar
a Tohru porque me sinto curando
minhas próprias dores, que se asse-
melham um tanto com as dela. Mas
preciso dizer que, depois de dublar
a Mine, o cosplay dela se equiparou
ao que a Tohru significa pra mim
porque eu dublei ela, então é uma
união de coisas que amo ao mesmo
tempo que me faz surtar de alegria.
Mas ter feito o projeto de fazer tan-
tos personagens me fez aprender
ainda mais com cada um deles. Foi
uma experiência de me aprofun-
dar mais ainda nessa obra que amo
tanto. Gostaria de dar continuida-
de a essa brincadeira qualquer dia.
Q. Sei que gosta muito da autora
Ai Yazawa. Tem algum cosplay de
Paradise Kiss ou pretende fazer
mais algum da obra dela?
R. Eu sou completamente fanática
pelas obras da Ai Yazawa e há MUI-
TOS anos eu fiz cosplay da Yukari
de Paradise Kiss, mas pretendo re-
fazer ele também! Outra que fiz na
mesma época foi a Reira, de Nana
também, que também pretendo re-
formar. De outras obras dela não
Fotografia por Bruno Antonucci
não tenho planos ainda, mas de Estou planejando algo bem espe-
Nana vem aí! cial de cosplay e musical também,
que ainda não sei quando exata-
Q. Vou me repetir um pouco, e mente vou conseguir publicar, mas
como sobre Fruits Basket, o que que pro ano que vem sai com certe-
representa para você Nana? E za!! Então me aguardem, vou amar
quando veremos mais fotos suas que participem disso comigo!
de Nana Osaki e de outros perso-
nagens da obra? Q. Você divide bastante o pro-
cesso de criação em suas redes
R. Nana e Paradise Kiss foram obras sociais, como no caso de Jolyne.
que li no período da adolescência, Muito da essência que você pen-
quando ainda tava me entendendo, sou para a personagem foi captu-
tentando me encontrar no mundo, rado pela fotografia, como são as
e ambas foram grandes influências sessões?
pra eu seguir o caminho que me
trouxe onde estou hoje. Parakiss R. Todo processo de criação do fi-
me fez desistir de prestar vestibu- gurino costuma ser meu (as vezes
lar pra qualquer coisa, me fez ir encomendo roupas que tenho pre-
estudar costura pra passar a fazer guiça de costurar rsrs) e às vezes eu
meus próprios cosplays, e as duas mesma me fotografo, mas confesso
obras me fizeram tomar coragem que prefiro mil vezes trabalhar com
pra seguir de fato o sonho de ser fotógrafos que são tão apaixonados
dubladora e estudar teatro. Mulhe- quanto eu, e esse é o caso de tudo
res se descobrindo, se permitindo, o que tenho a honra de fazer com o
seguindo sonhos, enfrentando de- Lucas Freitas como fotógrafo. Ele é
safios, tudo, em cada detalhe, me muito generoso, sempre trabalha-
deu força pra, mesmo muito inse- mos em conjunto pra que as duas
gura, seguir meu próprio caminho, visões possam se fundir, sem que o
no meu próprio ritmo. Sempre que trabalho de um apague o trabalho
subo num palco, sempre que ligam do outro. É maravilhoso trabalhar
as luzes do estúdio, quando entro com ele e crescemos muito juntos
numa cabine de áudio, eu lembro sempre. No caso da Jolyne, mon-
claramente de cenas das obras e tamos um estudio na minha gara-
sinto “eu também consegui!” de- gem numa noite meio fria, usamos
pois de tantos anos me dedicando. luzes artificiais que eu tinha aqui,
Por isso eu quero fazer também ele testou alguns flashes coloridos
uma grande homenagem à Nana! e brilhou na edição! Depois de tirar
fotos normais, eu queria fazer o
teste de fotos na luz negra, e a gen-
te se preparou antes, pesquisamos,
mas arriscamos, porque nunca ti-
nhamos feito nada parecido. No
fim adoramos o resultado e quere-
mos fazer coisas diferentes assim
de novo sempre que possível. É di-
ficil encontrar uma sintonia assim,
tenho muita sorte de tê-lo como
amigo e parceiro de aventuras! Vão
lá conhecer o trabalho lindo dele
também!
tes, não se apeguem aos erros,
aprendam com eles, sigam em
frente, sigam seu ritmo. Cada pes-
soa tem sua história, cada um lida
com sua própria vida, não sabemos
os detalhes de nada, não entende-
mos nem a nós mesmos, mas tudo
é sempre possível, somos capazes.
Tempestades passam, tudo melho-
ra e, independente de terem sonhos
ou de não desejarem algo de espe-
cial, a vida vale a pena ser vivida.
To torcendo por vocês! E pra quem
também torce por mim, meus mais
intensos e honestos muitos obriga-
da! Estamos juntes <3

Q. Pretende interpretar Rose ou

Lucy para delírio dos seus segui-
dores? E fala um pouco dos seus
projetos futuros.

R. Eu confesso que sou mais fã da

Mika Nakashima como Nana nos
live action do que da Anna Tsu-
chiya, mas é impossível não amar
as músicas dela como Nana no ani-
me! Então quero sim montar um
setlist de covers pra homenagear
essa obra que amo tanto. Já dando
alguns spoilers, eu quero fazer até
alguns produtinhos pra vender e
quem sabe, fazer uma apresentação
de Nana com banda? No momen-
to, tá no planejamento inicial, pre-
ciso de muito apoio pra conseguir
fazer rolar, mas já deixo aqui a in-
tenção e convido vocês a me acom-
panharem nas redes pra quando eu
tiver mais notícias, poder contar
com a presença de vocês pra que a
gente possa ser Jota roqueiro junto
huahauhUHA No momento eu to
planejando uns 3 visuais de Nana
Ozaki , 2 de Reira Serizawa e 2
cosplays pra CCXP que não tem a
ver com NANA, que são a Thorn
Princess, de SpyXFamily, e a Boa
Hancock, de One Piece. Torçam
por mim, a hiperatividade me fez
megalomaníaca! HUahUAHu Por
fim, se me permite, só queria dei-
xar um recado! Pra todos que so-
nham, e também para aqueles que
não tem nenhum tipo de ambição:
Se respeitem, imponham seus limi-
Fotografia por Lucas Freitas
Fotografia por Lucas Freitas

Nana é considerado um dos
melhores animes e mangás de
seu gênero, Shoujo com perso-
nagens adultos e isso não é atoa.
O mangá foi publicado de 2000
até 2009 e segue em hiato atual-
mente por problemas de saúde
da autora. A editora JBC publi-
cou os volumes aqui no Brasil.
O anime foi adaptado pelo es-
túdio Madhouse entre 2006 e
2007, contando com 47 episó-
dios de pura dor, sofrimento,
muito aprendizado e música
excelentes. Além disso, a histó-
ria também possui dois filmes
live action. Na história de Nana
acompanhamos duas protago-
nistas que carregam o mesmo
nome. Nana Komatsu é uma ga-
rota comum, vinda de uma fa-
mília grande e calorosa onde ela
reside feliz e cheia de amigos no
interior do Japão. Já Nana Osaki
foi deixada com a avó, muito ri-
gorosa, por sua mãe aos 4 anos
e viveu uma vida solitária, prin-
cipalmente após a morte de sua
avó quando ela tinha 15 anos;
Idade que ela conheceu seu pri-
meiro namorado, o baixista Ren
e se tornou vocalista de sua ban-
da. Apesar de serem completa-
mente diferentes uma da outra,
as duas Nanas além do nome
igual e a idade, carregam como
semelhança também a vontade
de viver em Tóquio.
Nana Komatsu não tem muitas
ambições ou desejos para o fu-
turo, ela já se apaixonou mui-
tas vezes e sonha em viver um
grande amor. Amor esse que
acredita ter encontrado em seu
namorado, Shouji. Porém, após
ele decidir ir para Tóquio para
estudar, ela fica triste por ter
que ficar longe dele e decide ir
para lá estudar também. Bas-
tante impulsiva, Shouji a impe-
de e diz para ela planejar me-
lhor essa nova fase de sua vida
e juntar dinheiro. Assim ela faz
por um ano, até que enfim con-
segue o necessário para sua in-
dependência. O namorado de
Nana Osaki, Ren, também vai
para Tóquio, só que para estrear
profissionalmente como baixis-
ta em uma outra banda. Apesar
de Ren ofertar levar Nana junto,
ela como cantora orgulhosa que
é, se recusa e somente anos de-
pois ela decide ir sozinha com a
intenção de viver profissional-
mente de sua música também.
O destino das duas se cruzam no
trem indo para Tóquio, onde uma
tempestade de neve faz a viagem
durar o dobro do tempo. Depois
elas se reencontram numa visita a
uma apartamento onde ambas ti-
nham intenção de alugar e acabam
decidindo morar juntas para di-
vidir as despesas. Nana soa como
“sete” em japonês, considerado um
número de muita sorte em diver-
sas culturas e as garotas vão mo-
rar no sétimo andar do prédio no
apartamento número 777. Porém,
apesar disso, não podemos dizer
que a vida das duas é a mais sor-
tuda do mundo. Para diferenciar
as duas garotas, na história, Nana
Osaki é chamada de Nana e a Nana
Komatsu é apelidada de Hachiko, e
posteriormente abreviado por Ha-
chi, que também soa como “oito” e
é um nome bem comum para ca-
chorrinhos, o que os personagens
associam a personalidade prestati-
va e deslumbrada de Hachi.
Na primeira parte podemos dizer
que a história foca bastante em
Hachi. Ela quer viver feliz com
seu namorado, trabalhar e ter mo-
mentos divertidos novamente com
seus amigos Junko e Kyousuke, ca-
sal de amigos que estão junto com
ela e Shouji desde que entraram na
escola de artes. Eles tiveram mo-
mentos muitos divertidos juntos
quando estudavam juntos e Hachi
tem um grande desejo de voltar a
terem momentos como aqueles.
Porém as responsabilidades da
vida adulta, estudos e trabalho tor-
nam tudo bem difícil, principal-
mente para Shouji. Mesmo aman-
do Hachi, era difícil para ele lidar
com os impulsos e certos egoísmos
dela e essa dificuldade desenca-
deia eventos dolorosos de assistir
e que podem causar um pouco de
raiva. Uma coisa que gosto muito
na história de Nana é que os per-
sonagens são muito humanos e
isso torna fácil nos identificarmos
com eles. Hachi é cheia de defeitos
e esses defeitos causam grandes
consequências na história e em
suas relações, mas ela compensa
tudo com seu carisma e coração
incrível. Porém ao longo da his-
tória ela amadureceu muito e aca-
bou se tornando um pouco mais
fechada, um pouco mais como a
Nana. Nana tem essa dificulda-
de de expressar seus sentimentos
pela maneira solitária como ela
foi criada, ela não aprendeu muito
bem como se comunicar. Já Ha-
chi, acabou se fechando por medo
de incomodar os outros com seus
sentimentos, ela acaba se fechando
um pouco e tendo mais cuidado
com sua personalidade expansi-
va por não querer incomodar os
outros com seus problemas e pro-
mete, mais uma vez, tomar mais
cuidado com quem irá se envolver
romanticamente, afinal seu maior
sonho é encontrar o amor de sua
vida. Porém essa promessa, infe-
lizmente, não dura muito tempo e
mais uma vez eventos desastrosos
atropelam nossas Nanas. Enquan-
to isso, Nana estava reconstruindo
sua banda e se dedicando para sua
música alcançar cada vez mais su-
cesso, ela e Ren acabam se reconci-
liando, graças a Hachi. Apesar dos
dois se amarem muito, a relação de
ambos nunca mais seria a mesma
coisa, afinal o sentimento de ter
sido trocada por uma banda me-
lhor e uma vocalista melhor, nun-
ca a abandonou. Ren abriu mão de
muita coisa para chegar até onde
chegou e agora precisava de Nana
para sobreviver ao dia a dia e Nana
precisava... da Hachi. Ela demora
bastante para ter essa percepção
e no momento que a ficha cai, o
grande evento desastroso já tinha
ocorrido e agora tudo parecia uma
grande bagunça irreversível. Du-
rante a história nos acompanha-
mos vários monólogos das Nanas
e em dado momento da história
Hachi afirma que se Nana fosse um
homem, com certeza seria o amor
de sua vida. Essa relação platônica
das duas nunca ficou muito bem
esclarecida na história e fico pen-
sando se a fosse escrita nos dias de
hoje, ambas teriam uma percepção
diferente sobre o amor que sentiam
uma pela outra e tentariam algum
envolvimento romântico. Afinal,
Nana é uma grande história de
amor. Gosto de falar que conheci
Nana no momento certo da mi-
nha vida. Eu tinha 18 anos e ainda
não estava pronta para enfrentar
essa fase dos 20 e poucos e todas
as responsabilidades que caem em
nossas costas. Decidir o futuro, ir
em busca de um amor legal, buscar
estabilidade em todas áreas da mi-
nha vida, entre outras coisas. As-
sistir Nana me fez ter a compreen-
são que a vida é lotada de furacões
constantes passando em nossas
vidas. Às vezes esses furacões são
pequenos e em vez de bagunçar
as coisas, colocam elas onde de-
veriam estar e outros são enorme,
bagunçam toda organização que
fizemos, mas nós trazem aprendi-
zados que nunca serão tirados de
nós e as vezes uma percepção di-
ferente, e necessária, das coisas que
estavam na nossa frente. Sou uma
pessoa otimista e mesmo vendo
todos os furacões que passaram
na vida das Nanas, gosto de pen-
sar que no final tudo vai dar certo
e elas conseguiram alcançar seus
maiores sonhos, seja ele qual for e
finalmente ter uns momentinhos
de paz nessa grande tempestade da
vida. Vocês devem estar se pergun-
tando se vale a pena encarar uma
história tão real e sofrida que não
tem um final ainda e muito menos
previsão de receber um final e eu
digo para vocês que vale muito a
pena sim. Como mencionei, Nana
é uma das melhores histórias de
seu gênero e é lotada de perso-
nagens muito humanos, cheio de
camadas, muito bem trabalhados
e desenvolvidos. De fato, o desejo
de um final existe em meu coração,
mas eu aprendi tanto e me iden-
tifiquei com tantos personagens
que um final seria apenas a cereja
do bolo para mim. Nana é o tipo
de história que quando se pesca o
coração de alguém vai ter aprendi-
zados que vão ressoar em diversos
momentos da vida daquela pessoa.
O anime finaliza algumas questões
abordadas ao longo dos necessá-
rios 47 episódios, deixa algumas
outras em aberto, mas adaptou so-
mente 12 de 21 volumes da histó-
ria, então fica a minha recomenda-
ção para que leiam o mangá. Vão
de coração aberto, bem hidratos e
com dois potes de lencinhos ao seu
lado. Depois voltem aqui para me
agradecer, ou não e dizer que eu ti-
nha razão.

Escrito por
Sayumi.
Ai Yazawa
A edição #8 da revista japonesa Da
Vinci publicou recentemente uma
reportagem especial sobre Ai Ya-
zawa, que aborda sua carreira, sua
influência e suas inspirações, e con-
ta com uma entrevista com a pró-
pria autora, afastada desde 2009 por
motivos de saúde. Em parceria com
a Mangáteria, que traduziu e dispo-
nibilizou a entrevista, trouxemos
uma curadoria das perguntas. Para
a leitura na íntegra, acesse o site.

“Tanto o amor quanto a moda nos ensinaram

coisas importantes. Apaixonados por Ai Yawaza”
03 – De onde vêm os títulos
dos mangás e nomes dos seus
personagens?

Ai – Eu espero que o título ve-
nha naturalmente enquanto
penso na história. Já os nomes
muitas vezes podem “vir do
céu” ou de uma busca deses-
perada em um “Dicionário de
Nomes de Bebês”.
04 – Você é do tipo de relê seus
trabalhos? Ao relê-los, como
leitora, o que você acha dos
“mangás da Ai Yazawa”?
Ai – Eu não releio, a menos que
seja necessário para o trabalho.
Não consigo reler como leitora
pois fico enlouquecida pensan-
do “Eu poderia ter feito diferente
aqui”. É por isso que é tão difícil
reler (risos).
07 – Como você adora moda,
as roupas originais em seus
trabalhos são muito bonitas.
Como você decide como vestir
seus personagens, que adereços
dar a eles e como decorar seus
quartos?
Ai – É como ouvir dos próprios
personagens sobre suas músicas
favoritas, roupas e decoração.
14 – Os personagens coadju-
vantes em suas obras também
são muito impressionantes,
como o encantador persona-
gem do tio em Gokinjo Mono-
gatari, e a amiga de confiança
representada por Junko no
NANA. Existe uma diferença
entre os personagens princi-
pais e os coadjuvantes quando
você pensa na caracterização?
Ai – Eu penso na caracterização
da mesma forma para todos os
personagens. Há apenas uma di-
ferença em quem vai se destacar,
mas ninguém é coadjuvante pra
mim.
15 – Você já disse anteriormen-
te que não pensa no enredo
antes do tempo, e que os per-
sonagens inventam suas pró-
prias histórias. Existe algum
trabalho que tomou um rumo
inesperado e você se perguntou
“isso está acontecendo?”
Ai – Há muitas coisas em to-
dos eles, mas uma que mais me
chocou foi quando Nana que-
brou os copos de morangos,
em NANA. Essa era uma ideia
que eu mesma não teria tido.
Muito obrigada! Fico emocio-
nada em saber que as pessoas se
interessam em saber “quem é Ai
Yazawa?”. Espero que gostem!

16 – Qual mangaká te influen-

ciou ou que você admira?

Ai – Há muitos para citar. Minha

pessoa favorita na revista Ribbon
era a Fuyumi Ogura. Uma que
sempre admirei, mesmo antes
de sua estreia, é a Ryo Ikuemi.

18 – Existe algo em que está vi-

ciada atualmente?

Ai – BMSG

20 – A resposta dos leitores já

chegou a influenciar no seu tra-
balho? Por favor, nos conte so-
bre qualquer feedback impres-
sionante que tenha recebido,
ou quaisquer opiniões que lhe
tenham causado alguns proble-
mas (risos).

Ai – Acho que eu não sou tão

influenciada. Se fosse, não creio
que Sachiko em NANA teria aca-
bado com Shoji. Ela era odiada
pelos leitores e eu até fiquei um
pouco envergonhada por isso
(risos). Eu simplesmente acho
que ele era um bom menino.

22 – Por favor, envie uma men-

sagem aos fãs que estão ansio-
sos em saber mais sobre esse
especial e sobre a exposição.

Ai – Já faz bastante tempo que

Nana está em hiato. Sinto muito
por não ter conseguido retomá-
-la ainda. Mesmo assim, a razão
pela qual ainda podemos fazer
exibições e especiais como este
na Da Vinci é por existir pes-
soas que continuam a ler mi- Tradução creditada para equipe Mangáteria
nhas obras por todo esse tempo. Todo o conteúdo aqui descrito é
de propriedade da Revista Da Vinci e da
editora Kadokawa.
 ~
Guia de verao
seu guia de verão para saber o que assistir pelos próximos meses

46% comédias Caso você não tenha assistido nenhum trailer de Ly-
coris Recoil, o anime original da A-1 Pictures não pro-
meteu nada e está entregando tudo. O anime de “ação
e comédia”, no melhor estilo garotas fazendo coisas
13% shounes
tem seus pontos positivos no design de personagens e
na trama cheia de mistérios em um Japão alternativo.
Nesse cenario onde uma organização militar recruta
meninas para resolver problemas, sejam entregas de
café, lanches, interceptar contrabando ou caçar zum-
bis e extraterrestes. Pessoalmente acho todos os perso-
nagens cativantes, e isso já se faz suficiente para que-
rer acompanhar, porém, quero falar superficialmente
sobre Chisato, uma protagonista feminina, em um
cenário urbano sem um par romântico, uma grande
oportunidade para Lycoris Recoil se destacar.

Outros animes para acompanhar: Yofukashi no

Uta, Soredemo Ayumu wa Yosetekuru, Isekai Oji-
san, Kumicho Musume to Sewagakari e Hoshi no
Samidare.
13% isekais Para quem gosta de especiais, nessa temporada temos
Estamos começando mais uma temporada de animes alguns interessantes. Dr. Stone: Ryuusui é um entre
e esse é seu guia de verão para saber o que assistir pe- arcos do manga que apresenta o personagem Ryuusui
los próximos meses. Quero começar dizendo que a Nanami. Esse personagem movimenta a dinamica do
temporada pode estar um pouco fraca comparada as Reino da Ciência e permite que o avanço da história.
anteriores quando o assunto é estreias, porém espero O combo de especial de 55 minutos e anuncio da ter-
me surpreender. Quero começar com a segunda tem- ceira temporada criou o hype para quem já acompa-
porada de Kanojo, Okarishimasu, o anime de Reiji nha a obra.
Miyajima é uma comédia romântica onde acompa-
nhamos Kazuya e Chizuru em seu relacionamento Outros animes para ficar de olho: Cyberpunk: Ed-
complicado de “namoro de aluguel”. Para quem não gerunners, Kakegurui Twin, Tonikaku Kawaii: Sei-
assistiu a primeira temporada super recomendo aos fuku e Boku no Hero Academia.
que gostam da temática harém, mas lembrando que
Kanojo, Okarishimasu é para maiores de 16 anos eLembrando que durante a temporada, estaremos aqui
apensar de não ter tanto ecchi, tem um número exces-
atualizando o guia, nunca se sabe quando clássicos
sivo de piadas sobre pinto. nascem ou o tempo que uma bomba leva para explodir.
Caso você tenha algum anime que está acompanhan-
Outros animes para acompanhar sequências: Over- do e não viu aqui, não deixe de nos marcar e comentar.
lord IV, Maou-sama 2ª temporada, Danmachi 4ª Para saber mais sobre a temporada siga também /wo-
temporada. taku no instagram e vertente geek youtube.
 Cinco anime por Chico Bretes
Saiki Kusuo no Ψ-nan
Para a pessoa comum, as habili-
dades psíquicas podem parecer
uma bênção; para Kusuo Saiki,
no entanto, isso não poderia estar
mais longe da verdade. O estudan-
te prometeu quando criança que
esconderia suas habilidades de
prever o futuro, mas esse talento
continua sendo um problema em
sua vida.

Natsume Yuujinchou “Natsume herdou a habilidade de sua

13 episódios avó de ver yokai. Depois de se mudar
verão de 2008 para cidade natal de sua vó, ele des-
perta acidentalmente um yokai preso
Estúdio Brain’s Base
em uma estatua de gato da sorte.”

Mob Psycho 100 “A história gira em torno de Mob, um

26 episódios garoto que explodirá se sua capacida-
verão de 2016 de emocional atingir 100%.”
Estúdio Bones

3-gatsu no Lion “Kiriyama recentemente começou

44 episódios a viver sozinho, financiado por seu
outono de 2016 salário como jogador profissional de
Shogi. Mas ele tem dificuldades em
Estúdio Aniplex
interagir com seus colegas.”

Baccano! “Isaac e Miria, conectando várias

13 episódios pessoas, todas elas com suas próprias
verão de 2007 ambições e agendas ocultas, e criando
laços e consequências ao longo da vida
Estúdio Brain’s Base
para todos os envolvidos.”
Hoshi no Samidare
“Um dia eu acordei e havia um
lagarto no meu quarto, nós nos
encaramos e o primeiro a que-
brar o silêncio... foi ele! ” Essas
são as linhas iniciais de Hoshi
no Samidare, traduzido aqui no
Brasil como Lúcifer e o Martelo.
Falar da obra de Satoshi Mizuka-
mi, é uma tarefa ao mesmo tem-
po prazerosa e desafiadora para
este que vos escreve, isto é dado
pelo fato do Mangá figurar sem
sombra de dúvidas no hall de me-
lhores coisas que já li sobre o gê-
nero, acredite em mim, a jornada
pelos sessenta e seis capítulos é
algo especial que pode te levar a
uma mistura de sentimentos gra-
tificantes. Acho que posso dizer
algumas coisas sobre Lúcifer e o
Martelo, e a Mangazine me cedeu
um espaço para que eu possa fa-
zer isso, mas primeiro, deixe-me
dar uma sinopse só para poder-
mos nos situar.
Lúcifer e o Martelo é um seinen
publicado originalmente pela
Seinen Magazine, e ficou ativo
de abril de 2005 até sua conclu-
são em agosto de 2010, como já
disse a obra conta com sessenta e
seis capítulos e conta a história de
Yuuhi Amamiya um jovem estu-
dante misantropo, que um dia é
acordado por um lagarto. O estra-
nho animal se apresenta como Sir
Noi Crezant e explica para Ama-
miya que ele foi escolhido como
um dos cavaleiros destinados a
proteger a princesa do terrível
Magus e seus golens. Porém como
qualquer ser humano normal, o
jovem nega o pedido, não o julgo,
faria o mesmo eu acho. Noi expli-
ca então para Amamiya que so-
mente ele pode ver o lagarto e por
ter sido o escolhido ele ganhou
poderes de telecinese chamados
de domínio, nada pode mudar a
cabeça do jovem Yuuhi, a não ser
conhecer a princesa em si, que se
trata de ninguém mais ninguém
menos que sua vizinha Samidare
Asahina, uma adolescente de 15
anos irmã da professora de Yuuhi,
Samidare explica para Amamiya
que ele precisa ajudá-la a impedir
que Magus e o seu martelo gigan-
te que está vindo em rota de co-
lisão com a terra, é isso mesmo
que você leu caríssimo leitor, os
motivos de Samidare para salvar
a terra são para que ela mesma
possa destrui-la, e aparente-
mente esses argumentos fo-
ram o suficiente para que
Mamamiya aceitasse a
missão de se tornar
um de seus cavalei-
ros bestas. A obra
então se desenrola a partir des-
se ponto, com Yuuhi e Samidare
encontrando os outros cavaleiros
bestas e lutando contra Magus,
mas por enquanto já está bom de
sinopse, não quero estragar a ex-
periência de ninguém.
É verdade que Lúcifer e o Mar-
telo deixam aquela curiosidade
enquanto você está explorando
os primeiros capítulos, o humor
e feito em medidas perfeitas para
mim pelo menos, e existe da parte
do autor uma tentativa de torcer
os preceitos já tão estabelecidos
nas obras tradicionais do gêne-
ro de shonen, e sem dúvida isso
em 2005 quando a obra começou
a ser publicado podia até não ser
algo inédito, mas com certeza era
visto com menos frequência do
que hoje em dia. Mas como eu
disse o Manga pode até te puxar a
curiosidade em seu começo, mas
o que te faz prender, é a qualidade.
Veja bem caro leitor, é muito di-
fícil para mim definir Lúcifer e o
Martelo em um gênero especifico,
assim como uma boa obra deve
ser, assim como para mim é difí-
cil dizer que Slam Dunk é só um
Manga sobre basquete, e One pie-
ce é só um shonen sobre piratas,
Lúcifer e o Martelo não é só uma
obra sobre Magos e cavaleiros
bestas. Ele flutua sobre gêneros, e
de forma coesa, podemos encon-
trar humor e cotidiano, ao mesmo
tempo que podemos achar ação e
as famosas regras truncadas de
mundos de magia, tão presentes
em boas obras shonen, Lúcifer e
o Martelo passa por esses pontos
sempre focando no lado humano
dos personagens, dentro de uma
trama onde sempre a mais a ser
apresentado, mas nunca em exa-
gero ou fora do lugar, acredite em
mim se puder me dar essa chance,
você vai se apaixonar pelas figuras
não apenas de Yuuhi Amammyia
e seu lagarto meio mal humorado,
ou pelo gênio forte de Samidare,
mas por todos os personagens
que preenchem essa obra.
Agora que te fisguei e você com
certeza está louco para conhecer
mais sobre Lúcifer e o Martelo,
posso te dar a notícia boa, a obra
vai ganhar uma serialização pro-
gramada para julho de 2022, mais
conhecido como esse ano na tem-
porada de verão no Japão, fora que
já tivemos o Manga sendo trazido
aqui para o Brasil no passado pela
JBC. Dito isso podem ficar tran-
quilos pois todos poderão expe-
renciar o clássico moderno de Sa-
toshi Mizukami logo, logo no seu
serviço de stream mais próximo.
Bom, agora me despesso de vocês,
pois preciso terminar de ler Hoshi
no Samidare pela terceira vez. Fui!

Escrito por: João Guilherme

 RETOMADA DO
ANIME FRIENDS
LOTA ANHEMBI
90 mil pessoas passaram pelo evento nos três
dias do festival de cultura pop asiática

No último final de semana (08, 09 Dubladores de One Piece e Attack

e 10 de Julho) aconteceu o Anime on Titan deram entrevistas e apre-
Friends no Pavilhão do Anhembi sentaram painéis em um dos pal-
em São Paulo. A primeira edição cos do anime. Foi emocionante ver
após dois anos de pandemia mar- o (nome dele), dublador de One
cou o grande retorno dos eventos Piece, cantando a música tema do
de anime e encheu o coração de Soneking ao vivo. Diversas atra-
apreciadores de animes de todas ções, bandas, dubladores, artistas,
as idades. 90 mil pessoas passaram criadores de conteúdos, cosplays,
pela feira nós três dias de eventos crianças e até idosos fizeram parte
e nos da mangazine estávamos do público do evento desse ano. Foi
por lá! Além de prestigiar e apoiar um evento saudável, abraçou todos
amigos queridos em suas mesinhas os públicos, gostos e acreditamos
pelo corredor dos artistas, também que uma nova era dos eventos de
podemos passear pelo evento e anime se iniciou. Ficamos muito
apreciar cosplays incríveis e criati- felizes de poder ter aproveitado
vos. Também contamos com mui- esses três dias e estamos ansiosos
tas atrações internacionais, desde pelas surpresas e atrações que tere-
bandas até autores de obras incrí- mos no ano que vem.
veis, como a queridíssima A1, au-
tora de On or Off, mangá boys love
publicado pela New Pop no Brasil.
O painel da autora foi apresentado
por Guto Nunes no sábado e no
domingo. Pode conhecer um de
pertinho uma prestigiado autora
foi um marco para todos nós, mas
principalmente para a comunidade
LGBTQIA+. Tivemos stands incrí-
veis e precisamos elogiar o capri-
cho e preparo dos stands da edi-
tora JBC e da Crunchyroll. Além
dos produtos comercializados no
eventos, eles também contaram
com diversas exposições e lugares
para o público se divertir tirando
fotos. Atrações nacionais também
marcaram presença no evento.
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