Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A representação do
homem (sonhos)
Por
LEOPOLDO PONTES
"Um, dois, um, dois, três, quatro
Na estrada novamente
Mal posso esperar para pegar a estrada novamente
A vida que eu amo é fazer música com meus amigos
E mal posso esperar para pegar a estrada de novo
Na estrada de novo
Indo a lugares que nunca estive
Vendo coisas que talvez nunca mais veja
E mal posso esperar para pegar a estrada de novo
Na estrada de novo
Como um bando de ciganos nós descemos a estrada
Nós somos os melhores amigos
Insistindo para que o mundo continue girando em nosso caminho
E nosso caminho
Está na estrada de novo
Eu mal posso esperar para pegar a estrada de novo
A vida que eu amo é fazer música com meus amigos
E eu mal posso esperar para pegar a estrada novamente
Na estrada de novo
Como um bando de ciganos nós descemos a estrada
Nós somos os melhores amigos
Insistindo que o mundo continue girando em nosso caminho
E nosso caminho
Está na estrada de novo
Mal posso esperar para pegar a estrada de novo
A vida
Eu amo fazer música com meus amigos
E mal posso esperar para pegar a estrada de novo ”
On the Road Again. Música de Willie Nelson, gravada por Canned Heat em 1967.
© Copyright (2023) por Leopoldo Luiz Rodrigues Pontes - Todos os direitos
reservados.
Não é legalmente permitido reproduzir, duplicar ou transmitir qualquer parte deste
documento em meios eletrônicos ou impressos. A gravação desta publicação é estritamente
proibida. Somente com as devidas citações legais.
eDNA DA OBRA:
6511ba40dc1a3dab3999b95f15bdbff954bb826acbee55c03caae0c
bb135cf1d
b44e48aecb0431b7b6f3fec0e0d136cb0325a404e6fec9a513a6a74
d2af93fb6
À Fafí
Sumário
A Representação Do homem.................................................................................................................6
Num Universo Paralelo..........................................................................................................................9
Sonho Dentro De Outro Sonho............................................................................................................12
Junto Com Vampiros E Lobisomens.....................................................................................................13
Junto Com Travestis.............................................................................................................................15
Sonhei Que Era Uma Moça..................................................................................................................16
Sonhos Paralelos..................................................................................................................................17
Quadros Duplos Numa Exposição de Arte...........................................................................................19
Museu Sensorial..................................................................................................................................20
Um Jantar Imprestável........................................................................................................................21
Tocando Guitarra Num Universo Paralelo...........................................................................................22
De Volta Ao Universo Paralelo.............................................................................................................24
Mais Uma Vez De Volta Ao Universo Paralelo.....................................................................................26
Sonhando com o Pai Celestial..............................................................................................................27
Sobre o autor......................................................................................................................................29
Livros e e-Books de Leopoldo Pontes:.................................................................................................32
A Representação Do homem.
Hollywood fez um filme sobre isso. Mas era uma obra de ficção, então
eles extrapolaram.
Não é incomum eu ter pesadelos nas sonecas vespertinas.
Porém, acordo desesperado de um pesadelo horripilante e continuo
dormindo, dentro de outro pesadelo menos terrível.
Esses pesadelos não são de fazer suar frio, pois acordo com a cabeça no
travesseiro, normalmente, como se acordasse de um sonho bom.
Posso dizer que acordo de um pesadelo em um sonho ruim, e do sonho
ruim acordo normalmente. Toda agitação foi interna, dificilmente tem algum
sinal externo.
Tais bad dreams, muitas vezes, me representam dormindo, embora ouça
pessoas falando à minha volta, que só existem naquele sonho. Se aparecer
alguma dica de que estou sonhando, tento desesperadamente acordar.
Às vezes, acordo desses sonhos ruins falando com a minha boca alguma
coisa incompreensível, que lá tinha sentido, mas que cá não tem nenhum.
Aliás, esse é um ponto interessante. Muitas vezes, sonho com músicas ou
textos, ou poemas, completos, e quando acordo, o que consigo lembrar não tem
mais sentido algum. No sonho tinha todo um contexto, que se perde quando
acordo.
Porém, às vezes aproveito meus sonhos para produzir. Meu conto “A
Casa de Gelatina” é exatamente um sonho que tive. Sem tirar, nem pôr.
Esse conto está no e-book VMPM e outros contos.
Junto Com Vampiros E Lobisomens.
Outro dia, à tarde, sonhei que era uma moça. Vinha voltando de um baile,
acompanhada de um pretendente e um acompanhante do pretendente.
Subitamente senti uma flechada no meio das minhas costas. Outro rapaz,
sozinho, que era o que me amava de verdade, veio me acudir.
Então acordei, dentro de outro sonho. Neste, minha filha era solteira e tinha
seus 16 anos. Ela notou que no meio das minhas costas havia uma ponta de
flecha, o que me deixou impressionado. E a ela. Então, acordei de vez.
Sonhos Paralelos.
Tenho tido sonhos paralelos. Explico o que quero dizer com isso. Por
exemplo, um dia sonho que estou fazendo faculdade de antropologia. Então,
naquele dia todos os alunos tiram fotografias individualmente, mas criativas.
Num outro dia, volto a sonhar que estou fazendo a mesma faculdade de
antropologia, o mesmo prédio, os mesmos colegas, e um deles vem me
perguntar sobre o que eu achei sobre a sessão de fotografias.
Noutro dia, estou num quarto de estudantes dessa faculdade, rapazes e
moças, e todos estão preocupados com um determinado trabalho, menos eu, que
digo que já o tenho terminado, embora esteja em folhas soltas, faltando dar uma
garibada final.
Noutro dia, estou nessa mesma faculdade de antropologia assistindo a uma
aula.
Outro dia, estou nessa mesma faculdade de antropologia descendo as
escadas, junto à multidão de colegas, que são sempre os mesmos.
Eles não existem na vida real, nem a faculdade, embora no sonho sejam bem
reais e com personalidades definidas, e a faculdade tenha uma arquitetura
definida, sempre igual, embora grande, e podendo eu estar um dia num lugar,
outro dia noutro, mas há uma lógica de construção.
Mesmo assim, a construção da faculdade e sua decoração é criativa. É
incomum, não é como as faculdades que já conheci.
Eis o mais importante: em meus sonhos, nunca alguém usa máscara, ela
inexiste. Não existe covid.
Outro sonho paralelo é um barzinho, onde estão sempre as mesmas pessoas,
com suas personalidades determinadas, e a gente fica flanando, conversando,
trocando ideias...
O barzinho é sempre o mesmo, na mesma esquina, sempre à noite.
Outro dia, acordei de madrugada com uma tristeza imensa. Estava com
vontade de estar nesse barzinho, livre de convenções, podendo ficar flanando e
tomando uma coca zero.
Em todos esses sonhos minha idade varia, às vezes tenho a idade que tenho
hoje, outras vezes sou um jovem, outras vezes um homem casado de seus 30, 40
anos, isso é algo que varia.
Quadros Duplos Numa Exposição de Arte.
Sonhei que estava numa exposição de arte. Mas não era uma exposição
comum. Tratava-se de uma galeria preparada, onde o ambiente era escurecido,
iluminado apenas por cores que se mutavam, entre o azul escuro, verde escuro,
roxo, vermelho escuro, mas no mais das vezes azul escuro.
Os objetos expostos variavam entre quadros, nem todos quadrangulares,
sem moldura alguns, com moldura outros; esculturas e objetos indecifráveis,
alguns presos no chão, outros no teto, que era irregular, alguns móbiles, outros
que ficavam planando, se movimentando no ar.
A ideia era não só ver, mas cheirar, ouvir os sons emitidos e os sons
absorvidos, tatear, sentir o sabor, e ser tateado, ouvido, sentido em todas as
formas de percepção. Era algo para ser percebido entre as pessoas visitantes,
incluindo a artista criadora da exposição, e a curadora, que estavam presentes.
Não era apenas entre os objetos e as pessoas, mas também interpessoal.
Algumas pessoas ficavam observando de pé. Outras, sentadas no chão.
Outras, deitadas, mas não paradas, se movimentando, rolando, se esgueirando.
Outras andavam, ou corriam. Não havia uma maneira correta para apreciar a
exposição.
Tratava-se, naturalmente, de uma instalação participativa. Para a artista,
era quase uma performance; para as pessoas, uma curtição.
Não haviam obras à venda. Nada estava sendo vendido. Era apenas para
ser sentido.
Todos tinham que vestir um macacão sobre a pele nua, que deixava
descobertos apenas os olhos, os ouvidos, a boca, e os buracos dos narizes. As
roupas eram guardadas sabe-se lá onde.
Fiquei participando da “mostra” durante um tempão, até que acordei
abruptamente. Foi uma comoção. Senti-me arrancado de uma realidade sensível
para esta realidade virtual que compartilhamos, em tese. Uma realidade terrível,
insensível, burra.
Um Jantar Imprestável.
Leopoldo Luiz Rodrigues Pontes é meu nome. Nasci às 4 e meia da manhã, do dia 4 de abril
de 1958, no bairro da Lapa, na cidade de São Paulo.
No final dos anos 1970 e início dos 80, publiquei uma série de livros de poemas, por conta
própria, na base do mimeógrafo e do offset. Tentei fazer alguns para educação popular, mas não
foram para frente.
Enveredei pelas artes plásticas e pela música. Fiz várias exposições individuais e participei de
coletivas. Fui solista de guitarra e cantei, em várias bandas de rock que não duraram quase nada.
Individualmente, toquei vários outros instrumentos, não só de corda, mas também, muito
mal, de sopro e percussão. Sempre de ouvido, embora tenha estudado profundamente música, o
que ainda o faço.
Minha formação acadêmica inclui jornalismo em Santos e direito em Taubaté, além de meia-
pós-graduação em comunicação social e uma pós-graduação em língua portuguesa e literatura. E
vários pequenos cursos adicionais, incluindo extensões, todos presenciais, que é o que existia
naquele tempo. Por último, fiz cursos de psicanálise por EAD.
Meu primeiro emprego foi ajudar meu pai no depósito de artigos de época, fazendo pacotes,
atendendo a freguesia, carregando mercadoria, auxiliando no escritório, e fazendo contas.
Depois vagabundeei um pouco e fui ser cobrador. Passou um tempo e voltei a vagabundear,
para depois atuar com artes plásticas e antiguidades. O dinheiro não dava para nada.
Aí, recebi uma pequena herança e abri uma lanchonete que era também uma casa de chá.
Logo, minha esposa estava participando, até que, de repente, passou a cuidar sozinha do local.
Nesse meio tempo, fui chamado como redator e repórter da Rádio Emissora de Campos do
Jordão. Depois, concomitantemente, fui empregado de diversos jornais escritos, como diretor de
redação, fotógrafo, editor, redator, repórter, diagramador, etc, tudo ao mesmo tempo, já que eram
jornais pequenos.
Nessa época, escrevi pra burro, tudo quanto eram notícias, editoriais, resenhas, entre outras
coisas. Mas nunca fui convidado para a Academia Jordanense de Letras.
Também trabalhei, uns meses, como jornalista da prefeitura, o que me garantiu uns bicos
em períodos eleitorais.
Como jornalista, fiz ainda alguns frilas e uma correspondência por três meses tórridos!
Noutra época, meus finais de semana eram tomados por uma galeria de arte de Campos do
Jordão.
Quando fui demitido da Rádio Emissora, comecei a trabalhar como advogado, e logo fui
chamado pela Sabesp, para a qual havia prestado concurso, em Caraguatatuba, onde trabalhei como
atendente a consumidores.
Alguns dias antes do Natal de 2021, tive um acidente doméstico em que quebrei o ombro e o
braço esquerdos. Soma-se a isso meus acidentes anteriores, no cotovelo e tornozelo direitos, e uma
danação na coluna. Fora isso, estou bem. Fazendo eventuais fisioterapias, me alimentando, etc.
Só a cabeça não anda lá essas coisas. Por isso escrevo, para preservar minha memória para o
futuro. Sim. Eu acredito no futuro.
Contato: leopoldopontes21@gmail.com
Foto by Fafí Pontes. Abril\2023. Jimi & me.
Livros e e-Books de Leopoldo Pontes:
Fim.