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SISTEMA SONORO DE CONGREGAÇÕES

Operação
O sistema sonoro exige cuidadosa operação durante todo o desenrolar do programa.
Às vezes se avalia de modo errado um bom sistema porque o operador não estava
suficientemente qualificado, ou não tinha a experiência necessária para a designação.
Muitos irmãos ou irmãs sentem-se frustrados depois de gastarem muitas horas
ensaiando suas partes e se verem confrontados com um microfone mudo, sons
estridentes ou outras falhas técnicas durante sua apresentação. Em geral, tais falhas
podem ser evitadas.
Seleção dos operadores
Ao escolher o operador de som, deve-se levar em conta que o sucesso e a qualidade
do programa estarão em grande parte sob sua responsabilidade. Se ele permitir que
ocorram cortes, oscilações, realimentação, etc., ninguém mais poderá corrigir isto.
O operador de som precisa ser capaz e alerta, alguém que encara de modo sério e
dedicado sua designação. Deve ter alta capacidade de concentração, não ser distraído,
e ser capaz de calcular o que está prestes a acontecer no palco. Alguns logo
manifestam a habilidade de operar o sistema sonoro com destreza. Outros jamais
conseguirão fazer isso. Além disso, é fundamental que a pessoa escolhida tenha uma
atitude cristã e madura, sempre exibindo as qualidades do fruto do espírito, mesmo nos
momentos de pressão. – Gál. 5:22, 23.
Sempre que possível, o operador de som deverá ser um servo ministerial habilitado. Se
não houver servos ministeriais suficientes para cuidar desta responsabilidade, o corpo
de anciãos pode providenciar que outros irmãos batizados e exemplares façam isso.
Em vista da seriedade envolvida nessa designação, é apropriado que um irmão com
qualificações espirituais assuma essa responsabilidade. (veja od p. 52 par. 8, 9).
Quanto aos operadores de microfone e o de palco (que também poderá ser um dos
operadores de microfone), esses deverão ser irmãos fiéis, maduros, equilibrados e que
tenham iniciativa. Será que têm perspicácia suficiente para perceber, ao menor indício
de "microfonia”, que o orador está muito distante do microfone e que, portanto, precisa
aproximá-lo dele? Para que sejam capazes de tomar essas iniciativas, há necessidade
de estarem familiarizados com o sistema sonoro.
É dever do ancião envolvido com o sistema sonoro prover orientações adequadas para
os irmãos que desempenharão a função de operadores de palco e de microfone. Estes
devem ser informados de que também são responsáveis pela instrução dos
participantes no uso correto do microfone. Sendo assim, deverão conversar
pessoalmente com cada pessoa que
participará no programa, com antecedência.
Utilização dos microfones
Sempre devemos nos lembrar que quando
se aumenta o número de microfones
abertos (funcionando simultaneamente), o
potencial de "microfonia” também é
aumentado! Portanto, é importante manter

Figura 1
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fechado o volume daqueles microfones que não estiverem, no momento, em uso.
Devemos tomar cuidado com o ajuste do microfone para cada orador, a fim não colocá-
lo numa posição que interfira no movimento dele ou o atrapalhe, nem prejudique a
correta captação da voz. As Figuras 1 e 2 dão orientação neste sentido. Embora não se
especifique uma distância de trabalho para os microfones, deve-se escolher uma
posição que não exija elevar demasiadamente o ganho do microfone, o que aumenta o
perigo de realimentação.

Figura 2

Para o uso de microfones


volantes unidirecionais
(cardióides), a melhor
posição é demonstrada na
Figura 3. É importante
enfatizar que os participantes
mantenham o microfone a
uma distância constante,
jamais fazendo gestos com
ele. Caso movam a cabeça
para qualquer direção, o
microfone deve acompanhar
este movimento. Figura 3

Outro aspecto com que devemos nos preocupar é a proteção dos microfones. Deve-se
fixá-los de modo bem seguro no pedestal. Evite colocar os microfones volantes no
chão, onde estariam expostos à sujeira. Ao terminar o programa, sempre devem ser
recolhidos e guardados em suas respectivas embalagens.
Ao efetuar o teste em cada microfone, lembre-se que não se deve dar tapas ou soprar
em sua cápsula. É recomendável que o teste de um modo discreto, mencionando-se
em voz baixa a identificação do microfone que está sendo testado.
O operador de palco deve informar a cada participante que se ele porventura sentir que
o microfone não está funcionando, deve pausar e simplesmente reiniciar sua frase.
Um último lembrete: sugerimos que todos os microfones utilizados no palco sejam
iguais, da mesma marca e do mesmo modelo. Evita-se assim diferenças de tonalidade
de som entre os microfones.

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Operação da mesa de som ou mixer
Uma das primeiras tarefas de quem irá operar a mesa de som, é certificar-se de que
todas as fontes de programa, tais como microfones e players, estejam devidamente
ligadas e prontas para uso. Antes de cada reunião, é prudente testar cada fonte de
sinal, especialmente os microfones. Também será apreciado familiarizar-se de antemão
com os cânticos que serão usados no decorrer da reunião.
Outra responsabilidade do operador de som é manter um nível sonoro adequado à
assistência. Diferenças no volume de voz dos participantes, o ruído no ambiente e
outros fatores, poderão exigir que se aumente ou diminua o volume durante o
programa. Portanto, desencorajamos o uso de marcações nos controles de volume.
Também, não se deve fazer mudanças bruscas ou alterar indiscriminadamente a
tonalidade do som. Se forem necessárias, faça-as de modo suave e progressivo.
A Despertai! de 8 de dezembro de 1980, página 23, comenta sobre isso: “Se o volume
for insuficiente, ou a qualidade for deficiente, algumas palavras não serão ouvidas,
obrigando o ouvinte a se esforçar a fim de entender. Depois de algum tempo, o cansaço
mental pode prevalecer, pois a tendência natural é parar de escutar em vez de
continuar esforçando-se para compreender a mensagem. Por outro lado, o som
excessivamente alto se torna cansativo e perturbador, resultando na fadiga do ouvinte.
Aqui o ouvinte novamente desliga sua atenção e é privado da mensagem.”
Um dos problemas mais inconvenientes e embaraçosos para o operador de som é a
realimentação. Ele precisa educar seus ouvidos para captar o sutil início da
"microfonia”. Quando isso ocorrer, deve-se baixar suavemente o volume, mesmo que
isso signifique trabalhar com um nível um pouco abaixo do ideal. Em seguida é bom
verificar se o problema não se deve ao excesso de microfones abertos (funcionando ao
mesmo tempo), por exemplo.
Quando há necessidade de se usar mais de um microfone no programa, o operador
precisa certificar-se de que cada um deles esteja devidamente identificado, de modo
que não haja enganos. Como sugestão, pode-se identificá-los com fitas de cores
diferentes, colocadas em local visível no corpo do microfone. Também, espumas
protetoras em cores variadas poderão ser usadas.
Operação do player de mídias (desktop ou notebook)
Ao reproduzir os cânticos, o operador de som pode ter a tendência de aumentar o
volume além do necessário, presumindo erroneamente que volume alto é sinônimo de
qualidade. Isso não é verdade. O cântico não deve estar tão alto a ponto de ocultar as
vozes, nem tão baixo a ponto de só se ouvir as vozes. Os volumes da melodia e das
vozes devem sempre estar equilibrados.
Sugerimos que o operador sempre ouça antes a melodia dos cânticos programados
para a reunião. Uma boa maneira de fazer isso é reproduzir em volume baixo, antes do
início da reunião, os cânticos que serão usados. Desta forma, não só o operador, mas
também os presentes se familiarizarão com as melodias antecipadamente.
A Verificação preliminar
Esse aspecto é de grande importância para uma operação segura, estável e sem
surpresas. A verificação preliminar deve ser feita bem antes do início do programa.
Deve haver tempo suficiente para que todas as partes do sistema sejam testadas
satisfatoriamente.

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Podemos iniciar por ligar todos os equipamentos que serão usados (os amplificadores
sempre por último). Indicam os LEDs que os equipamentos estão ligados, recebendo
energia? Depois, podemos verificar o funcionamento de todas as fontes de sinal.
Microfones, computadores, etc., deverão ser testados conforme os procedimentos já
descritos.
Uma verificação cabal do sistema de alto-falantes ou caixas acústicas também será
apreciável. Pode-se reproduzir um cântico em volume baixo e dar uma caminhada pelo
auditório, verificando o funcionamento de cada um deles. Pode-se ouvir o som vindo de
cada alto-falante ou caixa acústica? É o som claro e inteligível? Distorções, chiados,
"roncos” ou outras anormalidades podem indicar problemas.
Frisamos que esta verificação deve ser feita pelo operador de som, e não por um jovem
interessado em ajudar ou algum irmão que está no meio do auditório. Boa vontade,
nesse caso, não pode substituir a experiência de um operador com ouvidos treinados.
A chegada de pessoas, com conseqüente aumento do ruído ambiente e da absorção
acústica, talvez exija ajustes no nível de nosso sistema. Isso indica que outras
verificações do som no auditório podem ser necessárias. Pode-se adotar o seguinte
critério, além da verificação preliminar: logo no início da reunião devemos avaliar se: O
volume é adequado? As palavras são claras e facilmente inteligíveis? É muito elevado o
nível de ruído ambiente?
Refletir nestas perguntas nos ajudará a ver que ajustes são necessários. Esse
procedimento deverá ser repetido durante o programa sempre que for preciso.
Naturalmente, sempre procuraremos fazer isso de maneira discreta, de modo a chamar
o mínimo de atenção. Desejamos que a assistência fixe sua atenção no que está sendo
dito, não no nosso trabalho.
Certamente, realizar esse acompanhamento minucioso não é uma tarefa fácil. Exigirá
tempo e esforço de nossa parte. Mas podemos ter em mente que os presentes tirarão
muito mais proveito do programa espiritual se dermos a esse pormenor a atenção e o
cuidado devidos.
Como cuidar do som no palco
Um dos primeiros passos para que as apresentações no palco fluam de modo suave é
dar aos operadores de palco um treinamento adequado. Como já mencionado
anteriormente, esses irmãos devem ser selecionados segundo sua madureza, seu tato,
sua discrição e sua aparência pessoal. Com freqüência, é preciso abordar os
participantes do programa para usarem os microfones de modo correto.
Assim, será útil que os irmãos operadores de palco saibam como lidar com os
participantes, evitando causar ainda mais nervosismo. Eles também precisarão receber
orientação sobre alguns conhecimentos básicos de acústica e estar familiarizados com
o funcionamento dos microfones e com os ajustes disponíveis no pedestal e como fazê-
los de modo suave e preciso. Devem usar de bom senso e prever o que é necessário
para se obter uma boa captação, e ao mesmo tempo, realizar seu trabalho com o
mínimo de distração para a assistência.
Por exemplo: É necessário que alguém se levante e vá até o microfone para abaixá-lo
ou levantá-lo alguns centímetros? Se o próximo irmão que for usar o microfone é
apenas um ou dois centímetros mais alto ou mais baixo que o orador que o precedeu,
será que há necessidade de ajustar novamente o microfone?

Revisado em: 27/11/18 4-5


Por outro lado, se o orador fala baixo ou longe demais do microfone, e o operador da
mesa de som aumentou o volume a ponto de o sistema começar a entrar em
realimentação, será que aquele que cuida do palco entenderá que é hora de levar o
microfone para mais próximo do orador para que não haja realimentação? O programa
será beneficiado quando os operadores de palco forem pessoas alertas e que usam de
bom senso.
De especial importância é o bom entrosamento entre o operador de som, de microfone,
de palco e os participantes do programa. Os participantes deverão ser consultados com
antecedência, antes do início da reunião para saber o que suas apresentações exigirão
do sistema sonoro. Quantos microfones serão necessários, e em que posição?
Para alguns participantes menos experientes, talvez se mostre útil uma breve sessão
de treinamento. Pode ser ensaiado como se segurar o microfone, ou como movimentar-
se com ele no palco. Deixe que o participante o segure e se acostume com ele. Isso lhe
dará mais confiança. Pode-se explicar a posição correta para o uso do microfone e os
efeitos de usá-lo de modo diferente. Isso poupará os participantes e os operadores de
muitos embaraços.
Também, o operador de som sempre deverá ser informado pelo operador de palco das
demonstrações e cenas que ocorrerão no programa.
Cuidar de emergências
Por mais cuidadosos que sejamos, nosso sistema sonoro poderá apresentar problemas
de vez em quando. É proceder de sabedoria preparar-se para cuidar dos problemas e
emergências. Registros atualizados e claros do sistema sonoro, tais como um diagrama
de ligação dos equipamentos, são importantes nessas ocasiões, uma vez que tornam
mais fácil e rápido o diagnóstico e a localização do problema.
Estar preparado, como se dá com tantas outras coisas, faz parte da prevenção. É
fundamental estar plenamente familiarizado com o sistema. Deve-se conhecer a
localização, a função e a interligação de cada componente do sistema sonoro. Uma
cópia do diagrama de ligação dos equipamentos e os manuais dos equipamentos
sempre deverão estar acessíveis para pronta consulta. Algumas ferramentas básicas
também têm-se provado de grande ajuda nessas ocasiões, além de fusíveis de
reposição e cabos extras de microfone.
É quando surge o problema que um coração calmo e a aplicação do fruto cristão do
autodomínio se revelarão muitíssimo úteis. Fazer pleno uso de nossos sentidos de
observação, nossos ouvidos e olhos, junto com raciocínio lógico nos ajudará a "cercar”
o problema. Por exemplo, surge uma dificuldade: não há nenhum som nos alto-falantes!
Como agir? Podemos começar por perguntar-nos se há energia elétrica nos nossos
aparelhos. Um breve relance nas luzes-piloto dos equipamentos logo nos dará a
resposta. Olhando para os indicadores de nível (VUs), onde é que o sinal desaparece?
Essa técnica de isolar o problema tem-se mostrado um modo racional de encontrar
defeitos.
Operar corretamente o sistema sonoro não é uma tarefa fácil. Exige esforço, atenção e
equilíbrio do operador de som. Porém, devemos sempre nos lembrar do grande
benefício espiritual que os nossos irmãos tirarão das reuniões se o som for claro,
natural e bem controlado.

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SISTEMA SONORO DE CONGREGAÇÕES

Equipamentos do sistema sonoro


Nesse suplemento faremos uma breve consideração de alguns dos equipamentos
utilizados no sistema sonoro de um Salão do Reino.
No diagrama de interligação ao
lado vemos, de cima para baixo:
microfones e um player que estão
Desktop ou notebook
ligados a uma mesa de som.
Logo depois encontramos um
equalizador que, por sua vez,
Mesa de som
está ligado a um amplificador. O
amplificador está ligado aos
sonofletores, que poderão ser
tanto alto-falantes como caixas
acústicas.
Em vez de fazer uma extensa
discussão sobre cada um dos
equipamentos disponíveis,
procuramos esclarecer o papel
que cada componente
desempenha no sistema sonoro. Figura1
Esperamos que estas
informações contribuam para um melhor uso dos equipamentos disponíveis, bem como
para a correta seleção de novos equipamentos.
Microfones
Os microfones constituem o primeiro elo na cadeia de equipamentos do sistema sonoro.
Eles fazem a ligação entre o ambiente e o sistema sonoro. O microfone transforma
energia acústica (vibrações) em energia elétrica, e por isso é chamado de transdutor
eletroacústico. Como isso ocorre?
Observando o esquema básico de construção
de um microfone dinâmico, na figura 2,
notamos, logo após a entrada de ar do
microfone, uma fina película plástica muito
sensível às vibrações sonoras, chamada
diafragma. Presa ao diafragma, há uma
pequena bobina de fio chamada bobina móvel,
que se movimenta dentro de um campo
magnético produzido por um ímã. Ao captar
um som, o diafragma vibra, transmitindo o
movimento para a bobina móvel. O movimento Figura 2
da bobina dentro do campo magnético produz
um sinal elétrico, que é conduzido através de cabo ou de um conjunto transmissor-
receptor de RF para o mixer ou mesa de som. Esse sinal elétrico corresponde às
vibrações sonoras captadas pelo microfone.

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Há disponível uma grande variedade de microfones, cada um para uma finalidade
específica (figura 3). Os microfones podem ser classificados em duas grandes famílias:
os multidirecionais e os unidirecionais.
Os microfones multidirecionais, também
conhecidos como omnidirecionais,
captam sons de quase todas as
direções. A maior desvantagem do
microfone omni direcional num ambiente
de discurso público é que, por captar
som de quase todas as direções, ele
favorece a "microfonia”. Por este motivo,
o microfone multidirecional não é
recomendado para uso nos Salões do
Reino.
Os microfones mais indicados para
nosso uso são os microfones
unidirecionais, também conhecidos como
cardióides. Também, podem ser usados
os microfones do tipo super-cardiódes ou
hiper-cardiódes, que possuem maior
Figura 3 sensibilidade frontal, porém, são mais
caros. Ao contrário dos multidirecionais,
os microfones cardióides evitam a realimentação. Graças a sua construção, o microfone
cardióide rejeita os sons posteriores. Como podemos usar esta característica em nosso
benefício? Por orientar este campo de rejeição de forma que haja uma menor
sensibilidade de captação na direção dos sonofletores, reduzindo assim a possibilidade
de realimentação.
Assim como se dá com outros tipos de equipamentos, a qualidade custa um pouco mais
caro. É sábio evitar microfones “econômicos” ou do tipo “caseiro” para que se tenha
qualidade satisfatória. Por outro lado, não há necessidade de ir ao outro extremo em
termos de sofisticação. Por incrível que pareça, microfones muito caros, se mal
escolhidos ou mal utilizados, também podem prejudicar de maneira significativa o
desempenho de todo o sistema sonoro.
Acessórios
Existem atualmente muitos acessórios
que podem aperfeiçoar o desempenho
dos microfones. Dentre eles, podemos
destacar o uso da espuma protetora
(figura 4). A espuma protetora é feita de
um material acusticamente transparente Figura 4
que não prejudica a captação dos sons.
Ela é moldada de modo a revestir toda a cúpula do microfone. Para cada tipo de
microfone existe um modelo de espuma adequado. Para que serve a espuma
protetora?
Existem certos fonemas oclusivos, tais como "P” e "T”, e constritivos, tais como "F” e
"V” que causam um ruído explosivo no microfone e incomodam a assistência. Estes
ruídos podem ser evitados, ou bastante atenuados, através da espuma protetora.
Também, esta espuma serve de proteção em caso de queda do microfone.

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Cabe lembrar que não é qualquer tipo de espuma que serve para esta finalidade. Existe
no mercado uma variedade de espumas profissionais especialmente feitas para
diversos formatos de microfone.
Microfones sem fio
Não há dúvida da grande comodidade que o microfone sem fio oferece, dando maior
liberdade de movimentos aos participantes, especialmente em demonstrações.
Contudo, muitos microfones sem fio disponíveis no mercado apresentam problemas de
instabilidade e baixa qualidade na transmissão. O problema mais comum é a falta de
um cristal que mantenha estabilizada a freqüência de transmissão do microfone. Sem
isso, o microfone pode facilmente variar a freqüência de transmissão para a qual o
receptor foi regulado, acabando por "sair do ar”. Além de interromper o programa, este
problema causa distração na assistência.
Alertamos também para o fato que a ANATEL exige certificação desse tipo de
equipamento. Microfones sem fio não certificados podem eventualmente ser
confiscados pelo órgão competente em caso de denúncia por terceiros.
Portanto, antes que uma congregação decida usar microfone sem fio, deve-se analisar
os fatores descritos acima. Atualmente estão disponíveis no mercado microfones sem
fio profissionais de boa qualidade. Se decidirem usar, devem utilizar os modelos
recomendados pela filial. Convém lembrar que é preferível ter um microfone
convencional (com fio) que funcione bem a ter um microfone sem fio que, apesar de
mais prático, deixe a desejar em seu funcionamento. A qualidade do microfone é um
requisito muito importante. Não se pode abrir mão desta em busca de mais praticidade.
Players de mídia
Deve-se utilizar um notebook ou desktop, conectado à mesa de som através do
conector de saída de áudio. Os anciãos podem decidir qual destes dois será utilizado
de acordo com a situação local. O notebook facilita a portabilidade em locais onde há
problemas com a segurança. Porém muito tempo pode ser gasto reconectando cabos
ao sistema de AV e resolvendo problemas de configuração e de hardware que podem
surgir. Computadores do tipo Desktop precisam de um monitor sobre o móvel do som o
que pode se tornar um chamariz para furtos. Mas, esse tipo de equipamento não
costuma apresentar problemas de conexão e configuração.
Mesa de som ou mixer
O próximo equipamento do sistema é a mesa de som (Figura 5). Nela, devem ficar
conectados os microfones e o player. A função da mesa de som é agregar (ou misturar)
os sinais de todas as entradas em uma ou mais saídas. Para isso, as mesas de som
possuem controles de volume individuais por entrada, além de recursos de controle de
tonalidade, equalização, controle de volume geral, etc.
Este aparelho deverá ter entradas
suficientes para a quantidade de
equipamentos ligados a ele. Em geral,
recomenda-se pelo menos cinco
entradas para microfone, uma para o
player e uma para um equipamento
auxiliar.
Não há necessidade de que o mixer
tenha grandes sofisticações. Antes, Figura 5
deve-se estar atento para que seja um
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equipamento fácil de operar. Os controles devem ser bem identificados. O tamanho dos
botões e o curso de seu movimento devem ser adequados, de modo que não seja difícil
fazer um ajuste suave e preciso.
Antes de adquirir uma mesa de som, deve-se sempre verificar se suas entradas são
compatíveis com os equipamentos que serão ligados a ele.
Equalizadores
Através do equalizador, o Sistema Sonoro pode ser regulado de forma a compensar as
irregularidades acústicas do ambiente, melhorando a qualidade do que se ouve.
Apesar de não ser um equipamento imprescindível para o Sistema Sonoro de um Salão
do Reino, pode-se avaliar seu uso, principalmente no caso de locais com acústica
problemática, problemas de realimentação, etc.
Entretanto, existem limites sobre as correções que podem ser feitas, e quando essas
forem feitas, devem visar uma boa inteligibilidade da voz humana e não somente
acentuar graves ou agudos.
Os equalizadores dividem a curva de resposta do equipamento de som em bandas ou
fatias. Os equalizadores mais comuns são os equalizadores gráficos. São assim
chamados porque seus controles deslizantes são arranjados de forma tal que a posição
dos botões dá a aproximação gráfica da curva de resposta para a qual o aparelho foi
regulado.
A largura de cada uma das bandas do equalizador é baseada na oitava. Uma oitava é o
intervalo entre duas freqüências quaisquer que tenham uma proporção de dois para
um. Assim, uma oitava abaixo de 100 Hertz será 50 Hertz, e uma oitava acima de 100
Hertz será 200 Hertz. Existem equalizadores de uma oitava (Figura 6), 2/3 de oitava,
1/3 de oitava (Figura 7), etc.

Figura 6 Figura 7

Em um Salão do Reino, o equalizador de uma oitava pode ser muito útil para ajustar a
resposta geral do sistema. Num suplemento posterior será demonstrado como tal
equipamento pode ser ajustado sem o uso de instrumentos sofisticados, a fim de se
atenuar as freqüências que causam realimentação, reforçar freqüências deficientes ou
suprimir freqüências indesejáveis.

Amplificadores
O objetivo do amplificador
(Figura 8) é elevar o sinal de
áudio proveniente da mesa de
som a um nível suficientemente
alto para acionar os
sonofletores.
Existem dezenas de parâmetros
que definem a qualidade de um Figura 8

Revisado em: 27/11/18 4-7


amplificador. Dependendo da aplicação, determinados parâmetros podem ser mais
relevantes que outros.
Assim, ao escolhermos um amplificador, precisamos estar atentos a algumas
características importantes. Por exemplo: Possui boa fidelidade? A estrutura mecânica
do aparelho é resistente? Possui um sistema de arrefecimento, seja através de
dissipadores de calor, seja de ventoinha? Possui
sistemas de proteção, como por exemplo, contra
curtos-circuitos na saída?
Também, o amplificador deverá ter potência
suficiente para alimentar os sonofletores. Existem
diversas unidades de medida de potência áudio de
amplificadores. Destas, a medida que realmente nos
interessa é Watts RMS. Esta representa a real
quantidade de energia que o amplificador poderá
fornecer. Talvez fiquemos impressionados com um
amplificador compacto com potência cotada em 500
Watts PMPO. Mas quanto de potência real este
amplificador poderá fornecer? Cinqüenta Watts
RMS, ou menos, dependendo de seu rendimento!
Convém estar atento a este pormenor ao se
escolher um amplificador.
A Filial tem testado o desempenho de diversos
amplificadores encontrados no mercado e tem
recomendado modelos que equilibram aspectos
como qualidade, preço e assistência técnica, e que
se adequam à maioria dos Salões do Reino. Na hora de adquirir um novo amplificador,
convém levar em conta estas recomendações.
Amplificadores Integrados
Alguns fabricantes de equipamentos de som têm produzido aparelhos que integram
mesa de som e amplificador em um único equipamento. Alguns destes amplificadores
apresentam boa qualidade e se mostram apropriados para Sistemas Sonoros de Salões
do Reino. Estes podem ser uma boa opção para congregações com recursos
financeiros limitados, sem abrir mão da qualidade.
Sonofletores
São transdutores eletroacústicos, capazes de transformar energia elétrica em vibrações
sonoras. Como último elo na cadeia de equipamentos, são eles que estabelecem a
ligação entre o sistema elétrico/eletrônico e o ambiente. Dentre esses, estão os alto-
falantes e as caixas acústicas.
Alto-falantes
Analisemos a construção e o funcionamento do alto-falante de cone, um tipo de alto-
falante muito comum. O alto-falante possui um diafragma em forma de cone,
geralmente feito de papel. Presa a este cone, há uma bobina de fio de formato circular,
chamada bobina móvel. Quando o sinal elétrico vindo do amplificador percorre a
bobina, um campo elétrico é criado. Este campo interage com o campo magnético
gerado por um ímã permanente, provocando a movimentação do cone para frente e
para trás.

Revisado em: 27/11/18 5-7


Esta movimentação do cone produz ondas sonoras que correspondem à movimentação
de ar ao redor do microfone que capta a voz. Assim, o som original da voz é
reproduzido, mas com energia aumentada ou amplificada.
Existem alto-falantes feitos para reproduzir a maior parte das freqüências audíveis.
Estes são chamados de "full-range” ou faixa de resposta completa (Figura 9). Por outro
lado, outros alto-falantes foram projetados para reproduzir apenas uma parte do
espectro audível. Os alto-falantes que reproduzem sons agudos são chamados
de "tweeters”. Os que reproduzem apenas sons médios são chamados de
"midranges”, e os que reproduzem sons graves são os "woofers”.
Sistemas instalados no forro ou teto devem usar alto-falantes capazes de reproduzir
sons graves, médios e agudos (resposta de freqüência em torno de 100 a 15.000
Hz). Nesses casos, além dos alto-falantes do tipo “full-range”, pode-se usar
também os chamados coaxiais ou triaxiais, que conjugam numa única peça o woofer e
um ou dois tweeters.
É preciso estar bastante atento à qualidade dos Figura 9
alto-falantes. Alto-falantes chamados
"econômicos” podem apresentar uma série de
problemas. Um alto-falante barato, com ímã
pequeno, talvez funcione bem quando pouco é
exigido dele. Porém, sua estrutura frágil pode
danificar-se facilmente, resultando em atrito ou
travamento da bobina, o que produz distorções
ou até falha total.

Caixas Acústicas Figura 10


Pode-se encontrar modelos de caixas acústicas
de boa qualidade no comércio, inclusive com
dimensões reduzidas (Figura 10). No entanto,
deve-se ter cuidado para não comprar caixas de
procedência duvidosa ou de qualidade inferior,
como as de uso caseiro ou de kits multimídia para
computadores. Caixas com pelo menos 2 vias,
potência mínima de 30 Watts RMS e
sensibilidade mínima (1W/1m) de 85dB SPL,
oferecem desempenho satisfatório.
Normalmente, quatro dessas caixas são

suficientes para sonorizar um Salão do Reino de médio porte (100 assentos). É


importante que a caixa acústica escolhida tenha uma boa curva de resposta de
freqüência e boa fidelidade para reprodução de voz.
Também é importante instalar as caixas acústicas levando em consideração seu ângulo
de dispersão acústica (Figura 11). Como o facho de luz de uma lanterna, as caixas
acústicas, de acordo com suas características e formato, projetarão o som para uma
direção com determinados ângulos vertical e horizontal. Ao usarmos corretamente
essas características podemos, por exemplo, aproveitar com mais eficiência sua
potência e também reduzir problemas de reverberação.

Revisado em: 27/11/18 6-7


Figura 11

Um bom Sistema Sonoro não só depende da escolha de equipamentos adequados,


mas também da acústica do ambiente e de uma correta instalação e interligação
desses equipamentos. Essas questões serão consideradas nos suplementos seguintes.

Revisado em: 27/11/18 7-7


Instalação do Sistema de Som
Para que o sistema de som funcione de maneira segura e eficaz, uma instalação
correta é de fundamental importância. Para uma instalação bem-sucedida do sistema
de som, três requisitos básicos devem ser atendidos: (1) possuir conhecimento básico,
(2) planejamento e preparação cuidadosos e (3) realizar o trabalho da maneira correta.
Pôr em prática estes três requisitos resultará numa instalação segura, durável e que
não apresentará surpresas durante o funcionamento.
Atingir este feliz resultado requer esforço e cooperação. É sábio contar com a ajuda de
irmãos com conhecimento técnico e prático adequado para determinados trabalhos,
como por exemplo, efetuar a ligação dos sonofletores, confecção dos cabos, etc.
Também, todos os que efetivamente farão a instalação devem estar cientes das
armadilhas que podem detrair os bons resultados. Métodos inadequados de fixação ou
sustentação podem causar danos nos equipamentos, ou pior ainda, acidentes com
nossos irmãos. A instalação incorreta ou descuidada da fiação pode levar a inúmeros
problemas no som, dentre eles oscilações, ruídos, enfraquecimento de sinal e outros.
Neste capítulo consideraremos alguns fatores vitais que merecem atenção durante a
instalação do sistema de som.
Segurança das Instalações
A segurança e o respeito pela vida sempre foram normas do povo de Jeová. Por
exemplo, ao se construir uma casa, a Lei de Deus exigia que o terraço dela — um lugar
de considerável atividade familiar — tivesse um parapeito. “Tens de fazer também um
parapeito para o teu terraço, a fim de que não ponhas culpa de sangue sobre a tua
casa porque alguém . . . se precipite dela.” (Deuteronômio 22:8) Trabalhar com
segurança significa trabalhar de modo ordeiro, sem correrias e, principalmente,
prestando atenção a possíveis perigos. A segurança deverá estar acima de qualquer
outro fator — em primeiro lugar a segurança de nossos irmãos e, em segundo lugar, a
segurança de nosso equipamento. Reconhecemos que os métodos de instalação
devem adaptar-se à situação e aos recursos existentes. No entanto, a segurança
deverá ter prioridade em qualquer ocasião. Consideremos algumas situações em que
precisamos estar atentos à segurança.
Alto-falantes instalados no forro devem estar adequadamente fixados por meio de
suportes específicos (figura 4.1a).

Figura 4.1a

Revisado em: 16/8/09 4-1


Da mesma forma, os suportes para as caixas acústicas
deverão possuir estabilidade suficiente e serem
construídos com material resistente e de espessura
apropriada (figura 4.1b). Também, deverão suportar
qualquer esforço decorrente de um ajuste na posição da
caixa.
Devemos estar bastante alertas quando forem
realizados serviços no teto ou sobre escadas. Ao subir
em escadas, esteja certo de que estas sejam seguras e
estejam firmes. De preferência, alguém deve ficar
embaixo, segurando a escada. Também, todo o cuidado
é pouco para não deixar cair coisas ou ferramentas que Figura 4.1b
possam ferir alguém.
Não se deve trabalhar de chinelos ou descalço. Quem trabalha descalço corre o risco
de facilmente se machucar. Há também o perigo de tomar um choque elétrico. Chinelos
não protegem os pés e aumentam o risco de se escorregar. Não se deve negligenciar o
uso de equipamentos de proteção individual (E.P.I), como capacete, luvas, óculos, nos
serviços que assim os exijam.
Desencorajamos fortemente quaisquer improvisações durante a instalação do sistema
de som. Não substitua ferramentas, métodos ou materiais por outros de segurança
duvidosa. Nestes casos, é preferível não realizar aquela tarefa a colocar tudo a perder
por um acidente.
Com bom planejamento antecipado, muitos contratempos poderão ser evitados. Antes
de iniciar o trabalho, providencie as ferramentas adequadas, o material apropriado na
quantidade necessária, e assim por diante. Finalmente, não nos esqueçamos que a
correria ou pressa é a maior inimiga da segurança.
Planejamento da Instalação
Pela nossa experiência e pela consideração que fizemos sobre a acústica dos
ambientes, torna-se claro que um som adequado é o resultado da combinação do
sistema elétrico com o sistema acústico. A correta combinação entre o sistema de alto-
falantes ou caixas acústicas e o ambiente deverá ser uma das preocupações primárias
no planejamento do sistema de som. Passamos a considerar alguns aspectos que
devem ser levados em conta ao se planejar o sistema de som. Note que nos Salões do
Reino construídos pelo sistema de construção coordenada pela Associação, vários
aspectos já foram considerados no projeto, aliando baixo custo e eficiência.
Localização da cabine de som
O local em que a cabine de som será instalada deve atender a dois requisitos
fundamentais: (1) permitir uma visão ampla de tudo o que se passa no palco e (2) dar
ao operador um bom retorno do som que a assistência está ouvindo.
Deve-se cuidar de não cometer o engano muito comum e ultrapassado de que qualquer
lugar, de preferência escondido ou camuflado, serve para a cabine de som. Antes, o
operador de som deverá ter ampla e total visão do palco e de tudo o que acontece nele.
Não podemos presumir que um mero local atrás do palco, com um simples buraquinho
para espiar o que se passa no palco é suficiente. A boa operação do sistema de som
está diretamente relacionada com a ampla visão do palco e do que ocorre nele.

Revisado em: 16/8/09 4-2


Qual é a melhor posição para o
balcão com os equipamentos de
som? Podemos tomar como
exemplo os projetos (plantas
com sugestão de construção) de
Salões do Reino fornecidos pela
Associação (Figura 4.2).
Em todos os modelos
apresenta-se a opção de instalar
os aparelhos no fundo do
auditório, próximo do fim da
assistência (observe que o som
Figura 4.2
fica instalado no auditório, e não
no fundo do Salão).
Neste caso, o balcão deverá ter uma estrutura reforçada para proteger o equipamento
de som contra roubo ou furto. A opção de deixar os equipamentos no fim do auditório
dá ao operador uma noção mais real de como está o som. Deixar a Cabine de Som
perto do palco tem a vantagem de que os cabos de microfone tornam-se mais curtos,
reduzindo um pouco o custo da fiação. No entanto, uma sala à parte do auditório exige
uma caixa acústica monitora, para o operador saber como está o som que vai para a
assistência. As duas opções são aceitáveis, e a mais conveniente deve ser decidida
localmente, conforme a situação.
Caixas Acústicas x Alto-Falantes no Teto
Não há regra geral para se determinar qual o melhor sistema de sonofletores para um
Salão do Reino. A escolha do melhor sistema depende de cada ambiente. Um sistema
que pode ser muito eficaz em um local, pode não o ser em outro. Examinemos
primeiramente as características dos sistemas de caixas acústicas.
O sistema de caixas
acústicas baseia-se no
princípio de projetores
concentrados em poucos
pontos, cobrindo uma área
maior da assistência (Figura
4.3a/b/c). É comum
observarmos salões em que
apenas quatro caixas
acústicas sonorizam um
auditório para dezenas de
pessoas. Visto que as caixas
acústicas ficam concentradas
em apenas alguns pontos do
auditório, há necessidade de
operarem com potência
maior por ponto para que os
ouvintes mais distantes
possam ouvir bem.

Figura 4.3a

Revisado em: 16/8/09 4-3


Figura 4.3b Figura 4.3c

Já o sistema de alto-falantes
distribuídos no teto utiliza um
princípio diferente. Neste caso,
vários pontos estão
distribuídos sobre toda a
assistência, cada um cobrindo
uma pequena porção da área
do auditório (Figura 4.4a/b). Por
causa da quantidade de alto-
falantes espalhados, o sistema
de pontos distribuídos trabalha
com menor potência por ponto
(por alto-falante), isto pode
significar uma menor
possibilidade de realimentação
e/ou reverberação.
Figura 4.4a

Figura 4.4b

As vantagens do sistema de caixas acústicas são: (1) exige pouco planejamento para
ser instalado, (2) a instalação é simplificada, (3) resposta de frequência mais ampla.
As desvantagens do sistema de caixas acústicas são: (1) tendência para realimentação
e/ou reverberação se alguns cuidados não forem tomados, (2) custo um pouco maior
(em comparação com o sistema de pontos distribuídos).
Revisado em: 16/8/09 4-4
As vantagens do sistema de pontos distribuídos são: (1) cobertura uniforme (2) custo
um pouco menor (em comparação com o sistema de caixas acústicas).
As desvantagens do sistema de pontos distribuídos são: (1) instalação mais trabalhosa,
(2) exige mais planejamento (em comparação com o sistema de caixas acústicas), (3)
resposta de frequência limitada, (4) menor sensação de naturalidade (som não vem da
frente mas de cima).
As desvantagens de cada uma das opções não descartam imediatamente a
possibilidade de se usar uma ou outra. Por exemplo: Apesar de o sistema de pontos
distribuídos apresentar boas vantagens, um Salão do Reino cujo teto é de laje
dificilmente poderia utilizar esse sistema. Nesse caso, talvez a única opção seja a
instalação de caixas acústicas. Por essa razão, apresentamos a seguir o Quadro
Comparativo Caixas acústicas x Pontos Distribuídos que resume as aplicações de cada
um dos dois sistemas. Com a ajuda deste pode-se determinar qual é a melhor opção
para certo local.

Quantidade de Sonofletores

Se concluirmos que o sistema de pontos distribuídos é o mais adequado para certo


local, a próxima questão é: Quantos alto-falantes serão necessários para se obter uma
boa cobertura sobre toda a assistência?
A resposta a essa pergunta não é simples. Vários cálculos são necessários para se
saber com precisão quantos projetores devem ser colocados no ambiente. Porém,
existem alguns métodos práticos para se determinar isso. Apresentamos no final desta
seção um Roteiro de Cálculo para sistemas de pontos distribuídos que poderá ser
bastante útil. Basta seguir os passos do roteiro, fazendo os cálculos necessários.
Vamos praticar um exemplo para aprender a usar este roteiro? Suponhamos então que
iremos sonorizar um auditório de 10 x 8 metros, com altura de 3,8 metros. Quantos alto-
falantes serão necessários, e quais as posições em que deverão ser instalados?
Vejamos:

Revisado em: 16/8/09 4-5


Item 1 - ØC = 2.(3,8-1,2), ØC = 5,2 metros
Item 2 - EM = 5,2 – (5,2 ÷ 4), EM = 3,9 metros
Item 3 - NC = 2,56 – arredondando, NC = 3
NL = 2,05 – arredondando, NL = 2
NT = 6 alto-falantes
Item 4 - X = 2 metros
Y = 3,3 metros
A = 2 metros
B = 1,5 metros
Assim, serão usados seis alto-falantes, distribuídos no teto conforme as medidas
calculadas acima.
Caso consideremos, com a ajuda do Quadro Comparativo Caixas acústicas x Pontos
Distribuídos, que a melhor opção é a instalação de caixas acústicas, então podemos
utilizar o Roteiro de Cálculo para sistemas com caixas acústicas, no final dessa seção,
para definir a quantidade de caixas necessárias e sua localização no auditório.

Diagrama do Local
Para facilitar a instalação do sistema de sonofletores, deve-se elaborar um diagrama do
local. Sobre uma cópia da planta baixa do local, podemos indicar exatamente onde
cada alto-falante (ou caixa) deve localizar-se. Também, podemos determinar o trajeto
da fiação dos alto-falantes e
incluir medidas e outras
informações que serão
necessárias durante a
instalação (Figura 4.5). Ao
determinar a posição dos
sonofletores, verifique
possíveis interferências com
luminárias, grelhas de
ventilação, vigas, etc.
Transferir nossas idéias
para o papel nos ajudará a
encontrar eventuais falhas
no projeto. Figura 4.5

Ligação dos Sonofletores


Para realizar a ligação de cada alto-falante ou caixa acústica, deve-se ter em mente
que estes são cargas que serão ligadas ao amplificador. Visto que os sinais elétricos
correspondentes ao som são alternados, essa carga é chamada de impedância (Z). A
impedância é medida em Ohms (símbolo ). Assim como os alto-falantes e caixas
acústicas possuem um valor de impedância, o amplificador também tem sua
impedância de saída, ou seja, um valor ideal de impedância para o qual foi projetado.

Revisado em: 16/8/09 4-6


Quando a linha de sonofletores
tem um valor de impedância
que combina com a saída do
amplificador, diz-se que há um
casamento de impedância. Um
correto casamento de
impedância é fundamental para
haver máxima transferência de
potência do amplificador para
os sonofletores. Uma grande
diferença entre as impedâncias
do amplificador e do sistema
de sonofletores pode produzir
significativa distorção,
desperdiçar a potência do
amplificador ou ainda causar
danos ao amplificador ou aos
sonofletores.
Como determinar a melhor
maneira de ligar os
sonofletores? Existem algumas
fórmulas que nos permitem
ligar os sonofletores de forma
tal que a impedância total do
sistema se aproxime o máximo
possível da impedância de
saída do amplificador. No
quadro Resumo de Fórmulas
para Ligação de Sonofletores
podemos encontrar as fórmulas
usadas:
Vamos praticar um pouco estas
fórmulas usando exemplos reais?
Situação 1: Como ligar duas caixas acústicas com impedância de 4 Ohms a um
amplificador com impedância de saída de 8 Ohms, de modo a obter máxima
transferência de potência?
Podemos iniciar por nos lembrar que a
impedância total de uma ligação em série
é igual à soma das impedâncias das
caixas acústicas (ou alto-falantes)
individuais. Consequentemente, a
potência total demandada pela linha será
igual à soma das potências das caixas
acústicas individuais. Veja o resultado
desta combinação na Figura 4.6.
IMPORTANTE: Só se deve ligar em série
alto-falantes ou caixas da mesma
impedância e da mesma potência. Figura 4.6

Revisado em: 16/8/09 4-7


Situação 2: Um novo Salão do Reino possuirá quatro caixas acústicas de 8 Ohms.
Como estas deverão ser associadas, de modo que sua impedância total coincida com a
impedância de saída do amplificador que é de 8 Ohms?

Figura 4.7
Figura 4.8

Para situações como essas de ligação mista, chamada ligação série-paralelo,


aplicamos individualmente cada uma das fórmulas anteriores, calculando o
resultado das duas ligações. Veja as duas opções que podemos adotar (Figuras 4.7 e
4.8):

IMPORTANTE: Só deverão ser ligados em paralelo alto-falantes ou caixas de


mesma impedância e mesma potência.
Situação 3: Um Salão do Reino irá instalar alto-falantes distribuídos no forro. Conforme
cálculo para o sistema de pontos distribuídos, serão necessários 10 alto-falantes. No
mercado estão disponíveis alto-falantes de 8 ohms. Como esses deverão ser
associados para serem ligados a um amplificador com duas saídas de 4 ohms de
impedância cada?
Visto que o amplificador possui 2 saídas, separaremos os alto-falantes em dois
grupos de cinco. Neste caso também será necessário adotar a chamada ligação
série-paralela. No entanto, para que a distribuição de potência seja igual entre os
alto-falantes, será preciso usar um
resistor de compensação com
resistência próxima de 8 ohms, em
cada grupo de alto-falantes. Veja
como ficam as ligações (Figura 4.9).
Existem diferentes maneiras de se
combinar alto-falantes para que a
impedância da linha se aproxime
ao máximo da impedância de saída
do amplificador. Em alguns casos,
como indicado ao lado, não é
possível obter-se a impedância
ideal. Quando isso ocorrer, deve-
se escolher o valor de impedância
que seja maior que a impedância de saída do amplificador e que, ao mesmo
Figura 4.7
tempo, esteja mais próximo do valor ideal.
Revisado em: 16/8/09 4-8
Outro exemplo: Para um amplificador com impedância de saída igual a 8 Ohms,
conseguiram-se duas opções de ligação dos alto-falantes: uma com impedância de 6,3
Ohms e outra com impedância igual a 9,2 Ohms. Qual deve ser escolhida? A de 9,2
Ohms, pois é o valor que está acima da impedância do amplificador e o que mais se
aproxima deste.
Por combinarmos de maneira apropriada as impedâncias individuais dos alto-falantes
ou caixas, usando os princípios demonstrados acima, poderemos interligar nossa linha
de sonofletores ao amplificador com máxima transferência de potência, resultando em
aproveitarmos plenamente a potência que ele pode oferecer.
Sonorização de salas adicionais e palco
Caso seja necessário sonorizar salas adicionais, como por exemplo, a sala B, não se
deve derivar da fiação dos sonofletores do auditório principal, um ponto para sonorizar
tais salas. Isto causaria um desbalanceamento de impedâncias que, por sua vez,
originaria diferenças indesejáveis de volume entre os sonofletores e até uma possível
sobrecarga em um dos canais de saída do amplificador. Como sugerido na palestra 3
(figura 3.1), a sonorização de salas adicionais deve ser feita utilizando-se um
amplificador de pequeno porte, ligado à mesa de som, de maneira que haja uma linha
independente alimentando os sonofletores dessa(s) sala(s).
Quanto às caixas de retorno de palco para o orador, não tem sido necessário o uso de
tais equipamentos na grande maioria dos salões do Reino. Normalmente eles só se
fazem necessários em locais maiores, como ocorre em assembléias e congressos. O
uso desse recurso exige cuidados, como por exemplo, uma equalização específica e
nível de volume muito bem controlado para não se tornar uma fonte de realimentação
(microfonia).
Fiação para Alto-falantes
Os cabos que interligam os alto-falantes ao amplificador podem ser fonte de
significativas perdas de potência em vista da dissipação de calor que produzem ao
serem percorridos pela corrente elétrica. Com isto em mente, sempre desejaremos
planejar nossa linha de alto-falantes com fiação de bitola adequada, de forma a
alimentarmos o sistema de alto-falantes com mínima perda de potência.
Para padronizar as perdas admissíveis na fiação, consideraremos a perda de 12,5% da
potência total do amplificador
(0,5 dB) como o valor máximo
para perdas na fiação. Com o
auxílio da tabela
Comprimentos Máximos de
Cabo Paralelo Para Perdas
de 12,5% (0,5 dB) poderemos
determinar qual a fiação mais
recomendável para nosso
sistema de alto-falantes.
Nesta tabela encontramos
alistadas diversas bitolas de
cabo disponíveis no
comércio. De acordo com a
impedância do sistema,
podemos determinar até que
distância pode-se chegar com
Revisado em: 16/8/09 4-9
a fiação para uma perda de potência máxima de 12,5%. Caso certa bitola de cabo
paralelo seja insuficiente para a distância que a linha precisa percorrer, deve-se optar
por um cabo de bitola maior. Deve-se lembrar que é sempre recomendável utilizar
cabos paralelos que tenham identificação de polaridade.
Interferência de Radiofrequência (IRF)
A IRF é um efeito decorrente da detecção de energia de radiofrequência pelo sistema
de som, criando ruído audível, zumbido ou outro tipo de interferência. As interferências
de radiodifusão, PX, PY, polícia, bombeiros, etc., são por vezes problemas bem sérios.
Quase sempre ocorre a tendência de se culpar o transmissor. Mas, muitas vezes a
culpa não é do transmissor, e sim de como o equipamento foi instalado, bem como do
tipo de cabos e conexões utilizados na interligação dos aparelhos. Entretanto, na
grande maioria dos casos, o “elo fraco” do sistema de som reside nos cabos utilizados
nos microfones e suas conexões. Por isso, começaremos por eles.
Cabos de microfone - Quando se usam cabos muito compridos e esses costumam
ficar enrolados no palco, isto pode ser um problema. Por isso, sugerimos que não se
utilizem cabos de microfone com mais de 15 metros de comprimento. É muito
importante a escolha desses cabos. Ainda existe no mercado cabos com blindagem
torcida, e estes jamais devem ser usados. Deve-se certificar de que os cabos de
microfone sejam realmente com blindagem trançada (shielded). Ademais, onde os
problemas de interferência são mais sérios, deve-se utilizar linha balanceada e
microfones de baixa impedância mesmo em distâncias curtas.
Impedância do microfone - Apesar de a impedância de um microfone não traduzir
necessariamente a sua qualidade, ainda assim, recomendamos os microfones de baixa
impedância. Os microfones de alta impedância são usados junto com equipamentos
antigos, a válvula, ou junto com equipamentos de som econômicos e de qualidade
inferior. Todos os sistemas profissionais empregam hoje microfones de baixa
impedância, já que esses permitem o uso de cabos mais compridos, sem qualquer
perda significativa nas altas frequências. Ademais, os circuitos de baixa impedância são
bem menos sensíveis ao "ronco" ou zumbido e à interferência de transmissores de
rádio. Ao contrário, um microfone de alta impedância apresentaria perda significativa
nas frequências mais altas, caso o comprimento de seu cabo fosse superior a 8 metros.
Linhas balanceadas - Todo sinal de áudio necessita pelo menos de dois condutores.
Numa linha desbalanceada a malha é um destes condutores. Uma linha balanceada
exige um condutor adicional. Daí a necessidade de cabos com duas almas, ou dois
condutores, além da malha. Numa linha balanceada a malha não conduz sinais de
áudio. Portanto, as linhas de microfones balanceadas são muito mais seguras contra
interferências. Os microfones de melhor qualidade são produzidos já com circuito
balanceado. São geralmente apresentados com conector XLR de 3 pinos. É importante
que não lhes alteremos esta característica com o uso de cabos de microfone comuns.
Os cabos de microfone apropriados são os de duas almas revestidos com malha de
blindagem trançada de boa qualidade.
Evite o uso de cabos cuja blindagem externa seja torcida. Este tipo de cabo,
quando usado para distâncias maiores ou quando fica enrolado, age como verdadeira
antena, provocando a interferência de estações de rádio, além de, em muitos casos,
produzir o incômodo "ronco". Faça uma verificação minuciosa de todos os conectores
nos terminais dos cabos e verifique que estejam perfeitamente soldados e que não haja
nenhum mau contato. A malha de blindagem deve, de preferência, ser soldada à
carcaça do conector. Uma vez feita esta verificação, faça o teste dos cabos com um
multímetro. Contudo, não se restrinja apenas ao multímetro. Teste cada cabo também
Revisado em: 16/8/09 4-10
com um microfone para se certificar de que o seu contato esteja perfeito. Voltamos a
repetir que, quanto mais curtas forem as linhas de microfones, melhor será o resultado
obtido. Caso haja necessidade de linhas mais compridas, essas têm de ser
balanceadas, e o cabo deverá obviamente ser de duas almas, ou seja, dois fios internos
blindados pela malha externa.

Rede elétrica - Nos casos em que a interferência seja proveniente da rede elétrica é
aconselhável usar um filtro de linha. Existem bons filtros de linha disponíveis no
mercado que poderão ser de muita ajuda em reduzir ou eliminar estas interferências.
Vale lembrar que o filtro de linha só será eficaz se estiver conectado a um bom
aterramento.
Um mito sobre aterramento é o de que um equipamento precisa ser aterrado para evitar
interferências externas. Na realidade, não é bem assim. O principal propósito de um
aterramento elétrico é a segurança. A razão secundária é ajudar a reduzir a
possibilidade de uma interferência externa. Apesar de um aterramento adequado nem
sempre reduzir interferências, um aterramento inadequado ou inexistente pode
inquestionavelmente aumentar a possibilidade desta ocorrência.
Os projetos de novos Salões do Reino e os de construção coordenada possuem uma
planta de aterramento (denominada E15-1) cuja execução deve ser seguida à risca.
Nos outros casos, é possível providenciar um bom aterramento utilizando-se duas ou
mais hastes do tipo copperweld (cobre) de 3 m. x ¾ interligadas por cabos de cobre nu
(quando diretamente enterrados no solo) de 6 ou 10 mm², efetuando a conexão deste
terra ao terra da rede elétrica da concessionária. Lembramos que todos os terras
devem estar interligados (equipotencialidade): equipamentos do sistema de som, rede
elétrica, telefonia, bebedouro, computadores, etc...
Tal providência deve ser efetuada por profissional qualificado, habilitado e atualizado
com as normas técnicas vigentes (NBR 5410/04 – Instalações Elétricas De Baixa
Tensão – e NBR 5419/05 – Proteção De Estruturas Contra Descargas Atmosféricas).
Uma proteção adicional seria a instalação de protetores contra surtos, facilmente
encontrados no mercado.
Equipamentos - Quando a interferência atinge os equipamentos quase sempre vem
por meio dos seus canais de entrada e saída ou pela rede elétrica. O correto
aterramento da rede elétrica e uma minuciosa confecção dos cabos e conexões evita
esse problema.

Revisado em: 16/8/09 4-11


Se ainda assim ela persistir, será necessário blindar todos os aparelhos por instalá-los
num rack metálico onde estarão conectados juntos os chassis de todos os
equipamentos. Por último, ligue o rack ao terra.
Deve-se dar atenção às condições dos contatos dos conectores, plugs e tomadas. Se
estiverem com zinabre ou oxidados poderão causar maus contatos, tornando-os pontos
de entrada de interferências.
Alto-falantes - Em outros casos, devido à proximidade de transmissores de
radiodifusão, a interferência chega a atingir diretamente as linhas de alto-falantes, se
essas forem aéreas. Nesse caso, recomendamos que se passe a fiação dentro de
eletrodutos metálicos, caso esteja sobre o teto, respeitando-se todas as normas de
segurança.

Soldagem e Conectores
Um ponto crítico da instalação do sistema de som são os conectores. Muitos desses
problemas ocorrem devido a soldagens mal feitas, ou então devido à fragilidade do
conector usado, ou ainda devido aos esforços mecânicos que o conector sofre.
Os conectores XLR (também conhecidos como "Cannon”) têm-se mostrado
os mais indicados para microfones, em vista de sua maior resistência aos
esforços que sofrem (Figura 4.11). Este tipo de conector possui um prensa-cabo
que mantém o conector firmemente fixado ao cabo, bem como uma trava
em seu engate. Assim, um movimento brusco não o desconectará ou
causará dano a sua soldagem interna.

Figura 4.11

Mesmo assim, sempre devemos cuidar de que a


soldagem dentro do conector seja bem feita.
Vemos ilustrados na Figura 4.12a alguns
exemplos de soldagem corretas.
A figura 4.12b retrata um conector que não
funcionará por muito tempo. Muito de sua
isolação externa foi retirada de modo que o
prensa-cabo segurará apenas a blindagem.
A blindagem logo irá enfraquecer e quebrar neste
ponto. O próprio trançado está danificado e
desfiado. Os condutores internos estão
descuidadamente desencapados, expondo
Figura 4.12a
diversos fios. O isolador não foi colocado, o que
permite que a malha trançada entre em contato
com a carcaça do conector. A solda em excesso
formou uma "bolha” num dos pinos e a malha do
cabo está ligada com uma "solda fria” (que não faz
bom contato).
Todos os conectores de microfone deverão ser
Figura 4.12b
inspecionados regularmente por se tirar o invólucro
externo e examinar as conexões. Isolamentos
gastos ou malhas quebradas devido à flexão são indícios de que o cabo está prestes a
se romper.

Revisado em: 16/8/09 4-12


São muito comuns também os conectores tipo RCA ou do tipo
TRS (P10), principalmente em entradas ou saídas de
RCA P-10 mono
equipamentos (Figura 4.13).
Também, barras de terminais são encontradas em alguns
equipamentos de som, sendo usadas no lugar de conectores.
Quando colocamos um condutor debaixo do parafuso devemos
nos certificar de que ele esteja bem enrolado e não desfiado.
Apenas uma volta deverá ser dada e sem que se cruze o condutor.
O excesso de fio deverá ser cortado. Ao apertarmos o parafuso
precisamos cuidar de não cortar os fios. Vemos a seguir métodos
corretos e incorretos de se conectar um condutor à barra de
terminais (Figura 4.14). Sempre que possível utilize terminais apropriados Figura 4.13

nas pontas dos fios para conexão com barra de terminais.

CORRETO INCORRETO
Figura 4.14

Ventilação dos Equipamentos


O calor é um dos piores inimigos dos equipamentos eletrônicos. Quanto maior o calor,
maior o risco de falha. Por esta razão, os equipamentos nunca devem ficar expostos a
fontes de calor, nem receber luz direta do sol. É apropriado que os equipamentos
fiquem alojados em prateleiras ou rack, de maneira que possa haver uma boa
circulação de ar ao redor dos equipamentos. Em lugares de clima quente, convém usar
algum tipo de ventilador ou circulador de ar.

Revisado em: 16/8/09 4-13


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Revisado em: 16/8/09
SISTEMA DE SOM DE CONGREGAÇÕES

Equalização
Equalizar significa igualar. Assim, a equalização do sistema de som consiste em igualar ou
equilibrar as partes principais do sistema de som: o equipamento e a acústica do ambiente.
Por que isso é necessário? Porque, de acordo com os materiais, dimensões e outras
características de um determinado ambiente, certas frequências poderão ser reforçadas ou
atenuadas. A maneira como um ambiente reage aos sons de diversas frequências é
chamada de resposta de frequência. Cada local possui a sua própria resposta de frequência.
Suponhamos que um ruído, capaz de reproduzir todas as frequências do espectro audível
(20 - 20.000 Hertz) com a mesma intensidade em todas as frequências, fosse produzido
num certo ambiente. O que aconteceria? O ambiente reforçaria certas frequências e
atenuaria outras. Se esta resposta de frequência fosse medida e lançada num gráfico, o
resultado provavelmente seria uma curva bastante irregular.
O problema da realimentação é uma prova disso. Quando há realimentação, dificilmente
essa ocorre em todas as frequências audíveis. Antes, podemos estar certos de que a
realimentação ocorre apenas numa faixa bem estreita de frequência.
Portanto, através da equalização, picos em certas frequências podem ser suprimidos, ao
passo que frequências deficientes podem ser reforçadas. Dessa forma, a curva de resposta
de frequência do sistema de som torna-se plana (B), livre de grandes irregularidades (Figura
5.1). Alguns dos benefícios que podem ser obtidos com uma equalização adequada são: (1)
diminuição do potencial de "microfonia”, (2) equilíbrio na resposta de frequência, o que dá
maior naturalidade ao som, e (3) controle individual de frequências indesejáveis.
Frequência em Hertz
31,5 63 125 250 500 1k 2k 4k 8k 16k Hz
90

80

70

B
60

C
50

dB Curva de Curva de Curva de


A resposta do recinto B resposta ideal C resposta do equalizador

Figura 5.1

Revisado em: 24/2/2010 5-1


Analisemos cada um destes benefícios.
Uma vez que a resposta de frequência do sistema de som torna-se plana, estaremos bem
mais longe do limite de "microfonia”. Isso permite que, quando necessário, nosso sistema
trabalhe com mais ganho, sem que haja realimentação. Esse certamente é um dos maiores
benefícios que a equalização traz, uma vez que, além de reduzir a incidência de
realimentação, amplia a capacidade de nosso sistema operar sem "microfonia”.
Com o equilíbrio de todas as frequências, não haverá frequências que soarão mais alto que
as outras. A impressão de som estridente, metálico ou abafado poderá ser corrigida. Isso
produz um som natural, tal como se o orador estivesse falando sem a ajuda do sistema de
som. Havendo naturalidade, o som é mais agradável para a assistência.
Através da equalização pode-se também exercer controle sobre frequências específicas,
sem alterar o restante da curva de resposta de frequência. Por exemplo: certos sistemas de
som apresentam o problema de "ronco”, que é um ruído de baixa frequência proveniente de
motores. Toca-fitas e outros equipamentos que possuem motor podem produzir este
desagradável ruído conhecido como "rumble”. Através do controle correspondente no
equalizador, pode-se filtrar este ruído, evitando que ele interfira no programa.
Também, sons sibilantes da fala, como os "esses”, podem tornar-se irritantes e estridentes
para os ouvintes, se muito exagerados. Essa estreita faixa de frequência que corresponde
aos sons sibilantes pode ser controlada apropriadamente através do equalizador, sem que o
restante das frequências seja afetado.
Por outro lado, a equalização tem efeito limitado e não corrige problemas como: microfones
de baixa qualidade, alto-falantes mal escolhidos, uma descuidada distribuição de alto-
falantes ou de caixas, um palco ou auditório com acústica problemática.
Para que a equalização surta o efeito esperado, alguns passos preliminares devem ser
dados. Descrevemos a seguir quais são estes, bem como um método simples e eficiente de
se fazer a equalização de um ambiente.
Passos Preliminares
Os passos que devem ser dados antes de se iniciar qualquer trabalho de equalização são:
1) Ao equalizar um sistema de caixas acústicas, todos os alto-falantes individuais ou caixas
acústicas deverão estar ligados com a polaridade correta. Isso significa que não pode haver
fiações ou ligações invertidas.
2) Certifique-se de que todos os controles de tonalidade, quer sejam do equalizador, da
mesa de som ou do amplificador, estejam em posição plana, isto é, nem atenuando
nem reforçando qualquer frequência. Nos equalizadores gráficos esta posição é o centro
do controle. Nos amplificadores e mesas de som, os controles de tonalidade podem
receber os nomes de "high”, "mid” e "low”, ou de "bass” e "treble”, ou ainda de graves e
agudos. Certifique-se de mantê-los na posição zero.
3) Prefira sempre equalizar o local sem a presença de pessoas, se possível à noite, quando
o ruído ambiente é menor.
4) Um microfone de boa qualidade deve ser colocado na área da assistência, apontado para
uma das caixas ou para um dos alto-falantes do sistema que será equalizado.
Preferivelmente, este microfone deverá ser aquele usado no palco. Nenhum outro microfone
deverá estar ligado durante o teste.

Revisado em: 24/2/2010 5-2


Procedimento Para Equalização
A) Posiciona-se o microfone conforme descrito no item 4 e aumenta-se o volume até o ponto
de se ouvir o início da "microfonia” (Figura 5.2).
B) Localiza-se no equalizador a
respectiva frequência da
realimentação, atenuando-a até que
a realimentação desapareça. Eleva-
se o volume até se ouvir novamente
o início da "microfonia”. Localiza-se o
controle correspondente no
equalizador, atenuando-o até que a
"microfonia” pare. Pode-se repetir
este procedimento até se atingir o
ponto ideal. A experiência tem
mostrado que as frequências mais
usadas nesta operação são: 250, Figura 5.2
500, 1.000 e 2.000 Hertz.
Recomenda-se que isso seja feito sem a presença da assistência. É verdade que a
assistência alterará a acústica do ambiente. Contudo, uma vez que esta alteração envolve
mais absorção do que reflexão dos sons, bastará que reforcemos ligeiramente as
frequências que compreendem a voz humana (500 - 2.000 Hertz), até que atinjamos o nível
ideal.
IMPORTANTE: Após os ajustes, não se esqueça de preencher o gabarito de equalização,
para que fique registrada a equalização ideal para aquele local. No final desta seção há um
modelo de gabarito de equalização para equalizadores de uma oitava (Figura 5.3). Pode-se tirar
cópia deste modelo para uso da congregação.
Descrição dos Controles do Equalizador
Apresentamos abaixo uma descrição básica de cada faixa de frequência que pode ser
controlada num equalizador de uma oitava. (No suplemento 2, tópico Equalizadores, podem
ser encontradas mais informações sobre este equipamento.)
32 Hz: Controla as frequências graves profundas ou filtra certas frequências provenientes
dos motores de toca-fitas ("rumble”). É bom manter este controle atenuado para evitar
possíveis "roncos” no sistema.
64 Hz: Ressalta os sons graves, conseguindo-se uma sensível melhora na solidez do som.
Não reforce demais esta frequência.
125 Hz: Através deste controle conseguem-se dois opostos de tonalidade: um som cheio e
volumoso ou um som suave.
250 Hz: Este controle afeta as frequências graves da voz humana. Se muito reforçado, pode
tornar a voz abafada. Se muito atenuado, pode tirar o “peso” ou “densidade” da voz. Ajustes
nessa faixa de frequência podem causar mudanças significativas em locais com alto nível de
reverberação.
500 Hz: Região que influencia o impacto do som. Reduzir excessivamente este controle
dará a impressão de som incompleto ou fanhoso.
1 KHz: Aumenta ou diminui o som vocalizado. Enfatiza ou não a voz. (Cuidado com a
"microfonia”!)

Revisado em: 24/2/2010 5-3


2 KHz: Provoca um estímulo mais forte para o ouvido humano. Se o som parecer metálico,
diminua este controle.
4 KHz: Através deste controle pode-se atenuar o som estridente até que a audição se torne
agradável e mais suave, tomando-se o cuidado para não deixar o som abafado.
8 KHz: Influencia delicadamente as variações tonais. Aumentando-se este controle
intensifica-se o brilho dos sons agudos (região dos instrumentos de sopro e cordas). Ao
mesmo tempo, não se deve reforçar demais esta frequência para não acentuar
excessivamente o som sibilante dos "esses”.
16 KHz: Específico para sons de alta frequência, principalmente na música. É bom
posicioná-lo em zero dB (decibel), para não acentuar eventuais chiados do sistema.
Uma Palavra de Cautela
Na utilização de equalizadores, especialmente de uma oitava, devemos tomar cuidado para
evitar uma regulagem excessiva. A qualidade do som não é apenas uma questão de se
conseguir o máximo de volume sem causar realimentação. Quando o equalizador é ajustado
apenas para reduzir a realimentação, a resposta de frequência do sistema pode ficar
seriamente afetada, introduzindo-se perdas de energia em frequências imprescindíveis à
boa inteligibilidade e naturalidade da voz.
A maneira mais recomendável de se utilizar o equalizador é equalizar primeiro num esforço
de corrigir a curva do local. Isso também reduzirá automaticamente o potencial de
realimentação. Se a curva do ambiente continuar problemática, mesmo depois de feita a
equalização, ajustes muito pequenos poderão ser feitos na frequência que provoca a
realimentação.
Depois de fazer os ajustes na equalização do sistema, seguindo-se o procedimento descrito
acima, a regulagem do equalizador deverá permanecer fixa. Ajustes significativos, de
qualquer tipo, certamente destruirão a equalização e possivelmente farão com que o sistema
opere com menor eficiência. Nunca devemos cometer o sério equívoco de usar o
equalizador como um controlador de tonalidade para as diferentes vozes do programa. A
variação de tonalidade das vozes é uma característica natural e deve ser mantida. Portanto,
não se deve procurar "melhorar” a voz do orador através do equalizador. A regulagem do
equalizador deverá permanecer fixa, recebendo algum ajuste pequeno apenas quando
realmente necessário.
Controle de Tonalidade em uma mesa de som
Os controles de graves, médios e agudos existentes em uma mesa de som permitem
ajustar, ainda que de forma limitada, a qualidade tonal do som, com o objetivo de corrigir
deficiências acústicas do local ou de corrigir características de timbre dos
microfones. Quando posicionados no centro de seu curso (equivalente à indicação de meio-
dia num relógio analógico), estão em sua posição neutra, ou seja, não estão atuando. Ao
deslocá-los para a direita ou para a esquerda dessa posição, reforça-se ou atenua-se as
frequências que eles controlam, respectivamente. Esses controles têm a função de ajustar o
som dos microfones ou do cântico de modo que pareça o mais natural possível. Um grande
erro seria o exagero, ou seja, atenuar ou reforçar demais os controles de tonalidade. Depois
de se fazer uma equalização cuidadosa, até que o som dos microfones ou do cântico soe
natural, não há mais necessidade de fazer alterações nos controles de tonalidades para
cada participante. Os controles de tonalidades não possuem a função de corrigir o timbre de
voz de cada pessoa.

Revisado em: 24/2/2010 5-4


GABARITO DE EQUALIZAÇÃO
Local:

Realizado por: Data:

32 64 125 250 500 1K 2K 4K 8K 16K Hz

+12

+6

+3

dB 0

-3

-6

-12

Condições de
equalização:

FIGURA 5.3
CONGREGAÇÃO: ______________________ CIDADE: _________________ ANO: _______
CONTROLE DE MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE SOM
MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO
MÊS MANUTENÇÃO QUINZENAL
MENSAL TRIMESTRAL SEMESTRAL REALIZA POR:

JANEIRO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___


FEVEREIRO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
MARÇO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
ABRIL ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
MAIO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
JUNHO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
JULHO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
AGOSTO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
SETEMBRO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
OUTUBRO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
NOVEMBRO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___
DEZEMBRO ___/___/___ ___/___/___ ___/___/___

Revisado em: 30/5/06


ROTEIRO DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE SOM
EQUIPAMENTOS SONOFLETORES CABOS E CONEXÕES
TAREFA/PERIODICIDADE CD/DVD- Mesa de Equali- Amplifi- Alto- Caixas Cabos de Cabos de
Microfones
Player som zadores cadores Falantes Acústicas áudio força
Periodicidade: Quinzenal
Verificação dos cabos de microfone X X
Verificação de pilhas ou baterias X
Verificação das marcações e ajustes X X X
Periodicidade: Mensal
Teste de reprodução X
Verificação das luzes piloto X X X X
Limpeza geral X X X X X X X
Teste das entradas (line, mic, aux, etc.) X X X
Periodicidade: Trimestral
Verirficação do estado do cordão de força X X X X
Inspeção e limpeza dos potênciometros X X X
Verificação dos cabos do equipamentos X X X
Inspeção visual de soldas/conexões X X
Periodicidade: Semestral
Inspeção visual dos sonofletores X X
Inspeção visual de conexões e cones X X
Teste geral do sistema X X X X X X X X X
Verificação dos fusíveis reservas X X X X

Revisado em: 301/5/06


SISTEMA DE SOM DE CONGREGAÇÕES

Manutenção do Sistema de Som


Não podemos conceber um sistema de som confiável sem levar em conta o aspecto da
manutenção. A manutenção desempenha um papel vital em manter todos os
componentes do sistema de som em bom estado. Manutenção não significa apenas
corrigir ou sanar problemas quando estes ocorrem. Um bom programa de manutenção
previne defeitos, evitando-os antes mesmo que se manifestem. Um programa de
manutenção pode ser dividido em três partes principais:
Manutenção Preventiva: Envolve, basicamente, prevenir defeitos antes de surgirem os
primeiros sintomas. A manutenção preventiva envolve limpezas de rotina, verificação e
substituição de itens que sofrem desgaste com o uso, como conectores, cabos, etc.
Manutenção Preditiva: Significa evitar o defeito quando surgem seus primeiros sinais.
Este também é um importante aspecto para a preservação dos equipamentos. Quando
surgem sinais de mau funcionamento, como por exemplo, falha na leitura do CD, ruídos
intermitentes nos cabos ou equipamentos, não seria prudente deixar o assunto
entregue ao acaso, aguardando suas últimas conseqüências.
Manutenção Corretiva: Finalmente, o terceiro aspecto da manutenção é corrigir o
defeito quando este se manifesta. Defeitos simples poderão ser corrigidos pelo próprio
operador, desde que tenha conhecimento de como isto deve ser feito. Caso contrário, é
recomendável levar o equipamento a uma oficina de manutenção idônea e confiável.
Um eficiente programa de manutenção preventiva e preditiva é de suma importância
para o sistema de som. Como auxílio nesta tarefa, passamos a esboçar a seguir um
Roteiro de Manutenção que discrimina as tarefas e a freqüência com que deverão ser
realizadas. Recomendamos que o responsável pelo sistema de som se encarregue
pessoalmente de que este programa seja cumprido o mais de perto possível.
ROTEIRO DE MANUTENÇÃO
Microfones
1) Inspeção visual da situação do conector de ligação. Verificar se há sinais de
desgaste nos contatos, oxidação, peças soltas, parafusos frouxos, mau-contato, etc.
Também a(s) chave(s) interruptora(s) deverá(ão) ser verificada(s). Um líquido ou spray
limpa-contatos poderá ser aplicado no conector e na chave interruptora durante a
verificação.
2) Limpeza externa do microfone. Para isso poderá ser usada uma flanela ou outro
tecido limpo umedecido com uma solução de água e álcool na proporção de três partes
para uma. (Observação: o pano deverá estar apenas umedecido. Cuidado para evitar
respingos de água na parte interna do microfone). Um pincel limpo e seco pode ser
usado para limpar a tela metálica.
Conectores e Cabos de Microfone
Estes são um dos elos mais fracos do sistema de som. São os componentes que
apresentam a maior incidência de defeito. Portanto, exigem atenção redobrada.
Durante a verificação dos conectores, retirar a proteção (capa) do plugue e observar a
situação da soldagem. Há sinais de oxidação? Há fios partidos (ou na iminência de
partirem)? A soldagem está firme ou apresenta sinais de desgaste? Caso se observe

Revisado em: 08/09/10 6-1


algum destes sintomas, convém refazer a soldagem. (Veja mais sobre isso no
Suplemento 4, Soldagem e Conectores.)
Quanto aos cabos, estes não devem ter emendas, pois elas são fonte de ruídos e mau
contato. Caso haja algum trecho com indícios de esmagamento (cabo partido), cortes
ou muito torcido, convém avaliar se já está na hora de substituí-lo.
Cabos de Energia e Cabos de Interligação dos Equipamentos
Para os conectores e plugues pode ser adotado o mesmo critério descrito no item
anterior. Lembre-se: cabos de energia sempre deverão possuir plugues em bom estado
e, caso haja emendas, estas deverão ser eliminadas por substituí-las por um cabo no
tamanho adequado.
(Observação: É sempre recomendável que haja alguns conectores e plugues de
reserva para casos de defeito. Também, alguns cabos prontos, ou seja, cabos com os
conectores apropriados já instalados, poderão mostrar-se muito úteis quando deixados
de reserva)

Sonofletores
É importante fazer uma verificação periódica dos sonofletores, principalmente dos
altofalantes que são colocados no forro, pois estes poderão ter seus cones
ressecados, apodrecidos e/ou rasgados devido à variação temperatura e maior
exposição à umidade. Pode ocorrer também rompimento da bobina, deixando outros
alto-falantes sem funcionar, dependendo de como foi realizada a interligação
entre eles. Em qualquer dos casos, se houver necessidade de fazer a
substituição do alto-falante, deve-se utilizar a mesma marca e modelo.

Equipamentos em geral
1) Algo muito desagradável são os chiados que às vezes ocorrem quando estamos
manejando algum controle do sistema de som. Na maioria das vezes isto ocorre devido
ao acúmulo de pó proveniente do próprio ambiente. De tempos em tempos é
conveniente que se verifique todos os botões e chaves dos equipamentos, observando,
com o sistema ligado, se há este tipo de problema. A solução ideal na maioria das
vezes é aplicar um limpa-contatos existente para esta finalidade. Cuidado: Na maioria
das vezes, apenas uma gota resolve o problema. Não coloque óleo ou outro produto
em excesso nos botões de regulagem. Também, nunca aplique nenhum tipo de
lubrificante em correias, polias e partes semelhantes.
2) Verifique periodicamente a situação das lâmpadas-piloto dos aparelhos. Caso haja
alguma lâmpada ou led queimado, recomenda-se que seja substituído.
Apresentamos no final dessa seção um Roteiro de Manutenção Preventiva/Preditiva do
Sistema de Som indicando a periodicidade em que cada uma das tarefas deverá ser
feita. Também, incluímos um Controle de Datas que poderá ser usado em conjunto com
a tabela de manutenção. Nele, o responsável poderá anotar a data em que cada tarefa
foi realizada. Talvez seja útil tirar uma cópia dessas tabelas e afixá-las em algum local
visível próximo dos equipamentos de som.

Revisado em: 08/09/10 6-2


Conclusão
Nestes seis tópicos (suplementos) foram abordados muitos aspectos práticos para o
aprimoramento do sistema de som. Entretanto, cabe lembrar que nunca se deve
permitir que o conhecimento técnico adquirido ofusque as qualidades espirituais, muito
mais importantes, e que têm de estar presentes em cada um de nós. Experiência
profissional ou conhecimento técnico em qualquer quantidade não podem substituir a
razoabilidade e a demonstração dos frutos do espírito em tudo que fizermos.
Ao lidarmos com outros irmãos envolvidos, nos lembraremos sempre que somos
primeiro cristãos, depois operadores de som. E, como cristãos, trataremos nossos
irmãos com amor e brandura, demonstrando autodomínio e longanimidade em todas as
ocasiões. (Gal. 5:22, 23) Também, a qualidade da humildade evitará que tentemos
impor nossos pontos de vista ou outros conceitos técnicos a outros. Estes princípios
devem ser especialmente observados quando há o compartilhamento do sistema de
som com outra congregação ou congregações.
Ademais, nunca nos esqueçamos que a força principal para o êxito de nosso trabalho é
o espírito de Jeová. Os vários componentes que temos à disposição podem ser
encarados como ferramentas que Jeová colocou em nossas mãos para amplificar e
difundir a palavra da verdade. Com a ajuda de Jeová, usaremos essas ferramentas
para cumprir efetivamente Seu propósito. Podemos encontrar real satisfação em
continuar a usar nossas qualificações e habilidades técnicas para ajudar a suprir as
necessidades espirituais de nossos irmãos.

Revisado em: 08/09/10 6-3

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