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Operação
O sistema sonoro exige cuidadosa operação durante todo o desenrolar do programa.
Às vezes se avalia de modo errado um bom sistema porque o operador não estava
suficientemente qualificado, ou não tinha a experiência necessária para a designação.
Muitos irmãos ou irmãs sentem-se frustrados depois de gastarem muitas horas
ensaiando suas partes e se verem confrontados com um microfone mudo, sons
estridentes ou outras falhas técnicas durante sua apresentação. Em geral, tais falhas
podem ser evitadas.
Seleção dos operadores
Ao escolher o operador de som, deve-se levar em conta que o sucesso e a qualidade
do programa estarão em grande parte sob sua responsabilidade. Se ele permitir que
ocorram cortes, oscilações, realimentação, etc., ninguém mais poderá corrigir isto.
O operador de som precisa ser capaz e alerta, alguém que encara de modo sério e
dedicado sua designação. Deve ter alta capacidade de concentração, não ser distraído,
e ser capaz de calcular o que está prestes a acontecer no palco. Alguns logo
manifestam a habilidade de operar o sistema sonoro com destreza. Outros jamais
conseguirão fazer isso. Além disso, é fundamental que a pessoa escolhida tenha uma
atitude cristã e madura, sempre exibindo as qualidades do fruto do espírito, mesmo nos
momentos de pressão. – Gál. 5:22, 23.
Sempre que possível, o operador de som deverá ser um servo ministerial habilitado. Se
não houver servos ministeriais suficientes para cuidar desta responsabilidade, o corpo
de anciãos pode providenciar que outros irmãos batizados e exemplares façam isso.
Em vista da seriedade envolvida nessa designação, é apropriado que um irmão com
qualificações espirituais assuma essa responsabilidade. (veja od p. 52 par. 8, 9).
Quanto aos operadores de microfone e o de palco (que também poderá ser um dos
operadores de microfone), esses deverão ser irmãos fiéis, maduros, equilibrados e que
tenham iniciativa. Será que têm perspicácia suficiente para perceber, ao menor indício
de "microfonia”, que o orador está muito distante do microfone e que, portanto, precisa
aproximá-lo dele? Para que sejam capazes de tomar essas iniciativas, há necessidade
de estarem familiarizados com o sistema sonoro.
É dever do ancião envolvido com o sistema sonoro prover orientações adequadas para
os irmãos que desempenharão a função de operadores de palco e de microfone. Estes
devem ser informados de que também são responsáveis pela instrução dos
participantes no uso correto do microfone. Sendo assim, deverão conversar
pessoalmente com cada pessoa que
participará no programa, com antecedência.
Utilização dos microfones
Sempre devemos nos lembrar que quando
se aumenta o número de microfones
abertos (funcionando simultaneamente), o
potencial de "microfonia” também é
aumentado! Portanto, é importante manter
Figura 1
Revisado em: 27/11/18 1-5
fechado o volume daqueles microfones que não estiverem, no momento, em uso.
Devemos tomar cuidado com o ajuste do microfone para cada orador, a fim não colocá-
lo numa posição que interfira no movimento dele ou o atrapalhe, nem prejudique a
correta captação da voz. As Figuras 1 e 2 dão orientação neste sentido. Embora não se
especifique uma distância de trabalho para os microfones, deve-se escolher uma
posição que não exija elevar demasiadamente o ganho do microfone, o que aumenta o
perigo de realimentação.
Figura 2
Outro aspecto com que devemos nos preocupar é a proteção dos microfones. Deve-se
fixá-los de modo bem seguro no pedestal. Evite colocar os microfones volantes no
chão, onde estariam expostos à sujeira. Ao terminar o programa, sempre devem ser
recolhidos e guardados em suas respectivas embalagens.
Ao efetuar o teste em cada microfone, lembre-se que não se deve dar tapas ou soprar
em sua cápsula. É recomendável que o teste de um modo discreto, mencionando-se
em voz baixa a identificação do microfone que está sendo testado.
O operador de palco deve informar a cada participante que se ele porventura sentir que
o microfone não está funcionando, deve pausar e simplesmente reiniciar sua frase.
Um último lembrete: sugerimos que todos os microfones utilizados no palco sejam
iguais, da mesma marca e do mesmo modelo. Evita-se assim diferenças de tonalidade
de som entre os microfones.
Figura 6 Figura 7
Em um Salão do Reino, o equalizador de uma oitava pode ser muito útil para ajustar a
resposta geral do sistema. Num suplemento posterior será demonstrado como tal
equipamento pode ser ajustado sem o uso de instrumentos sofisticados, a fim de se
atenuar as freqüências que causam realimentação, reforçar freqüências deficientes ou
suprimir freqüências indesejáveis.
Amplificadores
O objetivo do amplificador
(Figura 8) é elevar o sinal de
áudio proveniente da mesa de
som a um nível suficientemente
alto para acionar os
sonofletores.
Existem dezenas de parâmetros
que definem a qualidade de um Figura 8
Figura 4.1a
Figura 4.3a
Já o sistema de alto-falantes
distribuídos no teto utiliza um
princípio diferente. Neste caso,
vários pontos estão
distribuídos sobre toda a
assistência, cada um cobrindo
uma pequena porção da área
do auditório (Figura 4.4a/b). Por
causa da quantidade de alto-
falantes espalhados, o sistema
de pontos distribuídos trabalha
com menor potência por ponto
(por alto-falante), isto pode
significar uma menor
possibilidade de realimentação
e/ou reverberação.
Figura 4.4a
Figura 4.4b
As vantagens do sistema de caixas acústicas são: (1) exige pouco planejamento para
ser instalado, (2) a instalação é simplificada, (3) resposta de frequência mais ampla.
As desvantagens do sistema de caixas acústicas são: (1) tendência para realimentação
e/ou reverberação se alguns cuidados não forem tomados, (2) custo um pouco maior
(em comparação com o sistema de pontos distribuídos).
Revisado em: 16/8/09 4-4
As vantagens do sistema de pontos distribuídos são: (1) cobertura uniforme (2) custo
um pouco menor (em comparação com o sistema de caixas acústicas).
As desvantagens do sistema de pontos distribuídos são: (1) instalação mais trabalhosa,
(2) exige mais planejamento (em comparação com o sistema de caixas acústicas), (3)
resposta de frequência limitada, (4) menor sensação de naturalidade (som não vem da
frente mas de cima).
As desvantagens de cada uma das opções não descartam imediatamente a
possibilidade de se usar uma ou outra. Por exemplo: Apesar de o sistema de pontos
distribuídos apresentar boas vantagens, um Salão do Reino cujo teto é de laje
dificilmente poderia utilizar esse sistema. Nesse caso, talvez a única opção seja a
instalação de caixas acústicas. Por essa razão, apresentamos a seguir o Quadro
Comparativo Caixas acústicas x Pontos Distribuídos que resume as aplicações de cada
um dos dois sistemas. Com a ajuda deste pode-se determinar qual é a melhor opção
para certo local.
Quantidade de Sonofletores
Diagrama do Local
Para facilitar a instalação do sistema de sonofletores, deve-se elaborar um diagrama do
local. Sobre uma cópia da planta baixa do local, podemos indicar exatamente onde
cada alto-falante (ou caixa) deve localizar-se. Também, podemos determinar o trajeto
da fiação dos alto-falantes e
incluir medidas e outras
informações que serão
necessárias durante a
instalação (Figura 4.5). Ao
determinar a posição dos
sonofletores, verifique
possíveis interferências com
luminárias, grelhas de
ventilação, vigas, etc.
Transferir nossas idéias
para o papel nos ajudará a
encontrar eventuais falhas
no projeto. Figura 4.5
Figura 4.7
Figura 4.8
Rede elétrica - Nos casos em que a interferência seja proveniente da rede elétrica é
aconselhável usar um filtro de linha. Existem bons filtros de linha disponíveis no
mercado que poderão ser de muita ajuda em reduzir ou eliminar estas interferências.
Vale lembrar que o filtro de linha só será eficaz se estiver conectado a um bom
aterramento.
Um mito sobre aterramento é o de que um equipamento precisa ser aterrado para evitar
interferências externas. Na realidade, não é bem assim. O principal propósito de um
aterramento elétrico é a segurança. A razão secundária é ajudar a reduzir a
possibilidade de uma interferência externa. Apesar de um aterramento adequado nem
sempre reduzir interferências, um aterramento inadequado ou inexistente pode
inquestionavelmente aumentar a possibilidade desta ocorrência.
Os projetos de novos Salões do Reino e os de construção coordenada possuem uma
planta de aterramento (denominada E15-1) cuja execução deve ser seguida à risca.
Nos outros casos, é possível providenciar um bom aterramento utilizando-se duas ou
mais hastes do tipo copperweld (cobre) de 3 m. x ¾ interligadas por cabos de cobre nu
(quando diretamente enterrados no solo) de 6 ou 10 mm², efetuando a conexão deste
terra ao terra da rede elétrica da concessionária. Lembramos que todos os terras
devem estar interligados (equipotencialidade): equipamentos do sistema de som, rede
elétrica, telefonia, bebedouro, computadores, etc...
Tal providência deve ser efetuada por profissional qualificado, habilitado e atualizado
com as normas técnicas vigentes (NBR 5410/04 – Instalações Elétricas De Baixa
Tensão – e NBR 5419/05 – Proteção De Estruturas Contra Descargas Atmosféricas).
Uma proteção adicional seria a instalação de protetores contra surtos, facilmente
encontrados no mercado.
Equipamentos - Quando a interferência atinge os equipamentos quase sempre vem
por meio dos seus canais de entrada e saída ou pela rede elétrica. O correto
aterramento da rede elétrica e uma minuciosa confecção dos cabos e conexões evita
esse problema.
Soldagem e Conectores
Um ponto crítico da instalação do sistema de som são os conectores. Muitos desses
problemas ocorrem devido a soldagens mal feitas, ou então devido à fragilidade do
conector usado, ou ainda devido aos esforços mecânicos que o conector sofre.
Os conectores XLR (também conhecidos como "Cannon”) têm-se mostrado
os mais indicados para microfones, em vista de sua maior resistência aos
esforços que sofrem (Figura 4.11). Este tipo de conector possui um prensa-cabo
que mantém o conector firmemente fixado ao cabo, bem como uma trava
em seu engate. Assim, um movimento brusco não o desconectará ou
causará dano a sua soldagem interna.
Figura 4.11
CORRETO INCORRETO
Figura 4.14
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Revisado em: 16/8/09
SISTEMA DE SOM DE CONGREGAÇÕES
Equalização
Equalizar significa igualar. Assim, a equalização do sistema de som consiste em igualar ou
equilibrar as partes principais do sistema de som: o equipamento e a acústica do ambiente.
Por que isso é necessário? Porque, de acordo com os materiais, dimensões e outras
características de um determinado ambiente, certas frequências poderão ser reforçadas ou
atenuadas. A maneira como um ambiente reage aos sons de diversas frequências é
chamada de resposta de frequência. Cada local possui a sua própria resposta de frequência.
Suponhamos que um ruído, capaz de reproduzir todas as frequências do espectro audível
(20 - 20.000 Hertz) com a mesma intensidade em todas as frequências, fosse produzido
num certo ambiente. O que aconteceria? O ambiente reforçaria certas frequências e
atenuaria outras. Se esta resposta de frequência fosse medida e lançada num gráfico, o
resultado provavelmente seria uma curva bastante irregular.
O problema da realimentação é uma prova disso. Quando há realimentação, dificilmente
essa ocorre em todas as frequências audíveis. Antes, podemos estar certos de que a
realimentação ocorre apenas numa faixa bem estreita de frequência.
Portanto, através da equalização, picos em certas frequências podem ser suprimidos, ao
passo que frequências deficientes podem ser reforçadas. Dessa forma, a curva de resposta
de frequência do sistema de som torna-se plana (B), livre de grandes irregularidades (Figura
5.1). Alguns dos benefícios que podem ser obtidos com uma equalização adequada são: (1)
diminuição do potencial de "microfonia”, (2) equilíbrio na resposta de frequência, o que dá
maior naturalidade ao som, e (3) controle individual de frequências indesejáveis.
Frequência em Hertz
31,5 63 125 250 500 1k 2k 4k 8k 16k Hz
90
80
70
B
60
C
50
Figura 5.1
+12
+6
+3
dB 0
-3
-6
-12
Condições de
equalização:
FIGURA 5.3
CONGREGAÇÃO: ______________________ CIDADE: _________________ ANO: _______
CONTROLE DE MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE SOM
MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO
MÊS MANUTENÇÃO QUINZENAL
MENSAL TRIMESTRAL SEMESTRAL REALIZA POR:
Sonofletores
É importante fazer uma verificação periódica dos sonofletores, principalmente dos
altofalantes que são colocados no forro, pois estes poderão ter seus cones
ressecados, apodrecidos e/ou rasgados devido à variação temperatura e maior
exposição à umidade. Pode ocorrer também rompimento da bobina, deixando outros
alto-falantes sem funcionar, dependendo de como foi realizada a interligação
entre eles. Em qualquer dos casos, se houver necessidade de fazer a
substituição do alto-falante, deve-se utilizar a mesma marca e modelo.
Equipamentos em geral
1) Algo muito desagradável são os chiados que às vezes ocorrem quando estamos
manejando algum controle do sistema de som. Na maioria das vezes isto ocorre devido
ao acúmulo de pó proveniente do próprio ambiente. De tempos em tempos é
conveniente que se verifique todos os botões e chaves dos equipamentos, observando,
com o sistema ligado, se há este tipo de problema. A solução ideal na maioria das
vezes é aplicar um limpa-contatos existente para esta finalidade. Cuidado: Na maioria
das vezes, apenas uma gota resolve o problema. Não coloque óleo ou outro produto
em excesso nos botões de regulagem. Também, nunca aplique nenhum tipo de
lubrificante em correias, polias e partes semelhantes.
2) Verifique periodicamente a situação das lâmpadas-piloto dos aparelhos. Caso haja
alguma lâmpada ou led queimado, recomenda-se que seja substituído.
Apresentamos no final dessa seção um Roteiro de Manutenção Preventiva/Preditiva do
Sistema de Som indicando a periodicidade em que cada uma das tarefas deverá ser
feita. Também, incluímos um Controle de Datas que poderá ser usado em conjunto com
a tabela de manutenção. Nele, o responsável poderá anotar a data em que cada tarefa
foi realizada. Talvez seja útil tirar uma cópia dessas tabelas e afixá-las em algum local
visível próximo dos equipamentos de som.