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DA BOA SONORIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
Acompanhe nosso site, canaldoaudio.com.br e nosso canal no YouTube, Canal do Áudio, que
estaremos trazendo mais informações nessa caminhada. Vamos juntos!
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ASPECTO 1: ACÚSTICA X CAIXA DE SOM
Muitos problemas de som podem acontecer em função da acústica do local que está sendo
sonorizado. Tem locais que o som reverbera muito tempo. Reverbera? Sim. Ficamos ouvindo
o som durante alguns segundos pelo simples fato de que as paredes, chão e até mesmo o teto
não possuem um material que “amorteça” as ondas sonoras. Assim, o resultado pode ser um
som embolado porque ele está saindo das caixas e se misturando com o som que está
refletindo no ambiente (reverberação).
Isto pode acontecer em locais como ginásios, salões de eventos, igrejas, bares, salas de aula,
teatro e auditórios em geral. Se estes locais receberem tratamento acústico adequado, este
problema é eliminado. As próximas dicas que vamos listar aqui é considerando que o local não
tenha acústica ideal para sonorizar.
Digamos que você esteja num curso em uma sala ou pequeno auditório para 40 ou 50 pessoas
próximas umas das outras. Suponhamos ainda que a acústica do local não seja adequada para
sonorizar o palestrante com um microfone. Outra situação é um concerto de instrumento ou
voz, num ambiente nas mesmas condições.
Cabe aqui um julgamento. Será que vale realmente a pena sonorizar nesta situação? Um
sistema de sonorização não seria um fator a mais para trazer eventuais problemas (som
embolado ou microfonia) e prejudicar o evento, visto que as pessoas poderiam ouvir
perfeitamente sem equipamento de som?
Se você tem a oportunidade de julgar isto com a organização do evento, faça isso. A não ser
que você esteja contratado para fazer este serviço e não queira perder este contrato. Neste
caso, as demais dicas também servirão inclusive para esta situação.
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#DICA 3: “Posicione as caixas viradas para o público”.
Parece óbvio, mas é comum ver caixas de som por cima das primeiras fileiras de público,
posicionadas de lado para algumas pessoas ou ainda com uma inclinação inadequada. Toda
caixa de som possui um ângulo de abrangência e nitidez, tanto na horizontal quanto na
vertical. O público ouvinte precisa estar posicionado dentro deste ângulo de abrangência.
A #DICA 3: “Posicione as caixas viradas para o público”. serve tanto para ambientes pequenos
quanto para eventos grandes. Mas se o local a ser sonorizado for grande, talvez seja o caso de
instalar mais caixas de som espalhadas no ambiente, mas com menos volume. Neste caso,
jamais posicione uma caixa de frente para outra.
*grande: é um conceito relativo, em se tratando de sonorização. Grande pode ser uma igreja
para 100 pessoas, uma casa de shows para 1.000 pessoas ou um estádio para 40mil pessoas.
Depende da referência. O que realmente quero considerar aqui é que numa situação com
acústica inadequada, talvez a dica acima possa ajudá-lo. Já precisei fazer isso em situações
com cerimonial para 100 pessoas num local onde a reverberação era mais de 5 segundos!!!
Funcionou!
Se estivermos num contexto de banda ao vivo ou em outras situações que exijam caixas de
retorno de palco, considere a possibilidade de utilizar fones de ouvido para os integrantes da
banda. Caso não seja possível, é importante baixar o máximo possível o volume do som dos
retornos de palco para que este não se misture com o que está sendo sonorizado para o
público. Isto vale também para os amplificadores de baixo e guitarra.
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#DICA 6: “Considere utilizar bateria microfonada com aquário”
Se a bateria for acústica e microfonada (utilizando microfones para captar o som das peças da
bateria), creio que seria uma boa ajuda usar um aquário para cercá-la para poder ter um
controle melhor da timbragem e volume de cada peça da bateria no sistema de som.
Uma mesma caixa de som pode soar de maneiras diferentes em cada ambiente. O volume de
algumas frequências poderá diminuir enquanto o volume de outras poderá aumentar,
conforme o local onde as caixas estiverem funcionando.
De uma forma simplificada, alinhamento das caixas de som é regular os volumes de cada faixa
de frequência, de maneira que os ouvintes não escutem mais algumas frequências do que
outras.
Citando como exemplo, suponha que uma caixa em um determinado ambiente, esteja com o
som muito grave. Neste caso estas faixas de frequências graves precisam ser atenuadas
(baixar o volume dos graves).
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#DICA 8: “Em sistema de som mais complexo, saiba que pode ser
necessário regular o tempo de reprodução do som”
No caso de um sistema de som maior e mais complexo, onde se utilize várias caixas de som
para uma grande área, pode ser necessário regular também o tempo em que cada caixa
“dispara” (ou reproduz) o som.
Considerando os diversos tipos de sistemas de som que precisamos alinhar, podemos utilizar
equipamentos em dois níveis de alinhamento. Separei em básico e avançado somente pra
ficar mais didático.
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#DICA 9: “Tenha a compreensão de como compensar a equalização no
canal de cada sinal de áudio”.
Talvez você esteja muito longe da realidade citada no nível avançado de alinhamento, não
tendo acesso e talvez nem necessidade de utilizar um alinhamento neste nível. Mas é
importante você ter a compreensão de que as caixas de som vão ter sonoridades diferentes
em cada ambiente em que você as instalar e que no mínimo você precisará compensar isto no
canal de cada instrumento, microfone ou dispositivo plugado na mesa de som.
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ASPECTO 3: CONEXÃO DOS EQUIPAMENTOS
#DICA 11: “MIC OUT para MIC IN & LINE OUT para LINE IN”
Toda saída de nível de microfone (MIC OUT) deve ir para uma entrada de nível de microfone
(MIC IN). Toda saída de nível de linha (LINE OUT) deve ir para uma entrada de nível de linha
(LINE IN). Se você não obedecer esta regra, o som poderá até sair de um equipamento e
chegar em outro, mas com menos qualidade, com risco de distorcer o som e em alguns casos
poderá até acarretar em queima de entrada de áudio.
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ASPECTO 4: QUALIDADE NA CAPTURA DO SOM
Muito comum ver situações onde a captura do som é negligenciada, com o pensamento de
que na mesa de som tudo pode ser arrumado. A mesa só irá processar aquilo que foi
capturado. Se a captura for ruim, a mesa irá pré-amplificar um sinal ruim.
Este aspecto se mistura com o ASPECTO 3: CONEXÃO DOS EQUIPAMENTOS . Podemos
capturar o som com microfones ou simplesmente conectando os instrumentos via cabo aos
equipamentos. Se você vai tirar o som de um computador, tablet ou celular, também temos
que seguir algumas regras importantes.
Sobre captura do som, temos que analisar algumas dicas que listamos aqui.
Se você conhecer bem os microfones que tem em mãos, poderá tirar vantagens das
características deles para fazer uma boa captura de som. Os microfones têm diferentes
padrões polares (ângulos de captação do som), resposta de frequência (quais frequências ele
captura) e sensibilidade. Cada uma destas características bem utilizadas são essenciais para
uma boa captura de som.
Se você está diante de uma necessidade de decidir qual (ou quais) microfone(s) vai comprar,
analise antes qual a sua real necessidade, o orçamento disponível e o valor de mercado. Às
vezes vale mais a pena ter 8 microfones medianos e mais baratos do que 4 bons e mais caros,
dependendo da necessidade. Às vezes o contrário também é verdadeiro.
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O mesmo vale para cabos, caixas de som, mesa de som (com mais ou menos canais) e todo o
restante do sistema de som.
Por incrível que pareça, isto influencia diretamente na qualidade da captura do som. Veja por
exemplo um local que tem por característica ter somente palestras ou debates. Talvez o
máximo de microfones que vai precisar é 3 ou 4. Vale a pena investir um pouco mais e ter
qualidade nestes microfones. Por outro lado, um lugar que tenha sempre que sonorizar uma
banda com bateria acústica, vozes, guitarra e teclado, sem ter um orçamento avantajado,
talvez o melhor pra captura do som seja ter mais microfones de menor qualidade.
Claro que sempre é bom reunir QUALIDADE e QUANTIDADE, mas nem sempre o “bolso”
permite.
Ao montar o sistema de som, tome cuidado para não misturar cabos de áudio com cabos de
energia elétrica. Isto poderá injetar ruídos no seu sistema de som.
Aliás, por falar nisso, cuide no capricho de não fazer uma “teia de aranha” no palco com os
cabos. Passe todos juntos, pelo mesmo caminho, agrupando separadamente o que é áudio e
elétrica. Faça uma “estrada imaginária” por onde os cabos vão passar e passe todos os cabos
por lá. Se possível, use fita crepe para dar um acabamento melhor e até prevenir que pessoas
tropecem no cabo e tenha um acidente ou desconecte algum equipamento. Isso dará um
aspecto mais “clean” no visual do seu trabalho e transmite mais segurança e organização pra
quem está trabalhando com você.
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ASPECTO 5: O CONHECIMENTO
Talvez você tenha que estudar alguns conteúdos teóricos para conhecer o seu equipamento e
trabalhar com ele. Por exemplo: os equalizadores da mesa de som. Você poderá encontrar 2,
3, 4 ou mais potenciômetros (botões) no equalizador do canal da sua mesa de som. Você
precisa conhecer as frequências: GRAVES (20Hz a 200Hz), MÉDIOS (200Hz a 6,3KHz) e
AGUDOS (6,3KHz a 20KHz). Além das frequências do espectro de áudio, é necessário saber
que tipo de equalizador você tem em mãos: LOW SHELVING, HIGH SHELVING, PEAKING,
SWEEPING, SEMI-PARAMÉTRICO, PARAMÉTRICO ou combinação de alguns destes.
Outro exemplo é o COMPRESSOR DE ÁUDIO. Se você está utilizando um, no mínimo precisa
saber pra que servem os botões de THRESHOLD, RATIO, ATTACK e RELEASE.
É muito importante ter um senso de julgamento sonoro para decidir o que queremos com o
som que estamos trabalhando. Por isso é importante saber separar do todo cada fonte sonora
e também como encaixá-lo no espectro geral do som. Por exemplo: uma banda com bateria
acústica (microfonada), baixo, guitarra, teclado, violão, três backing vocals e o líder da banda.
Você precisa aprender a diferenciar o som do bumbo separadamente do contexto da banda.
Precisa julgar o som do bumbo mesmo quando a banda está tocando todos os instrumentos e
saber como encaixá-lo no contexto da banda. Isto vale para cada fonte sonora.
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#DICA 19: “Compare volume e timbragens”
Mesmo num contexto mais simples, como num debate ou bate papo ao vivo com 2 ou 3
pessoas no palco, é importante sempre estar julgando se os 3 microfones estão com o
mesmo volume e timbragem (sonoridade).
CONCLUSÃO
Temos então uma visão geral, um início, um norte pra que você possa apontar e nos
acompanhar. Vamos abordar muitos destes assuntos em nossos cursos e também em vídeos
gratuitos que complementarão muito este material que você acabou de ler. Se você chegou
até aqui, é porque você está buscando mais. E garanto pra você: ENCONTRARÁ.
Conte conosco, aqui no Canal do Áudio.
Abner Borba
www.canaldoaudio.com.br
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