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ORGANIZADOS

PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


s
od-T
200924
ORGANIZADOS
PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ

“Fazer a tua vontade,


ó meu Deus, é o meu prazer.”
— Sal. 40:8.

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Local do batismo _________________________________________________________________________________________________________


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publicação são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.
Organizados para Fazer a Vontade de Jeová
Organized to Do Jehovah’s Will
Edição de setembro de 2020
Portuguese (Brazil) (od-T)
˘ 2005, 2015, 2020
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA
Editoras
Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc.
Wallkill, New York, U.S.A.
˜ ´
Associaçao Torre de Vigia de Bıblias e Tratados
´ ˜
Cesario Lange, Sao Paulo, Brasil
Made in Brazil
CONTEÚDO

CAPÍTULO PÁGINA
1 Organizados para fazer a vontade de Jeová 6
2 Reconheça o papel que Deus designou a Cristo 12
3 “Lembrem-se dos que exercem liderança
entre vocês” 17
4 Como a congregação é organizada e dirigida 24
5 Superintendentes para pastorear o rebanho 30
6 Servos ministeriais prestam serviços valiosos 53
7 Reuniões que ‘nos estimulam ao amor e
às boas obras’ 59
8 Ministros das boas novas 71
9 Métodos para pregar as boas novas 87
10 Maneiras de fazer mais no ministério 105
11 Locais de adoração 116
12 Apoio à atividade local e mundial do Reino 124
13 “Façam todas as coisas para a glória de Deus” 131
14 Como manter a paz e a pureza da congregação 142
15 Benefícios da sujeição à ordem estabelecida
por Deus 157
16 Uma fraternidade unida 162
17 Permaneça achegado à organização de Jeová 169
Apêndice 179
Índice de assuntos 213
Prezados colaboradores
na pregação das boas novas:

Que maravilhoso privilégio é estarmos unidos na adora-


ção do único Deus verdadeiro, Jeová! Somos seus “cola-
boradores”, encarregados da obra sagrada de pregar e en-
sinar as boas novas do seu Reino estabelecido, uma obra
que salva vidas. (1 Cor. 3:9; Mat. 28:19, 20) Para realizar
essa obra mundial em paz e união, precisamos estar bem
organizados. — 1 Cor. 14:40.
Este livro o ajudará a entender como a congregação cris-
tã funciona hoje. Você vai ler sobre seus privilégios e suas
responsabilidades como Testemunha de Jeová. Se você der
valor aos seus privilégios e cumprir suas responsabilida-
des, será ‘fortalecido na fé’. — Atos 16:4, 5; Gál. 6:5.
Por isso, nós o incentivamos a estudar este livro com
atenção. Procure maneiras de aplicar as informações dele
em sua vida. Por exemplo, se você se tornou publicador
não batizado recentemente, que passos deve dar para se
batizar como Testemunha de Jeová? Por outro lado, se
você já é batizado, o que pode fazer para progredir espi-
ritualmente e fazer mais no serviço de Jeová? (1 Tim. 4:15)

4
Como pode contribuir para a paz da congregação? (2 Cor.
13:11) Você encontrará as respostas neste livro.
Se você é um irmão batizado, o que pode fazer a fim de
se qualificar para ser designado servo ministerial e, mais
tarde, ancião? Há muita necessidade de irmãos qualifica-
dos para exercer a liderança, visto que milhares de pes-
soas continuam a vir para a organização de Deus. Este li-
vro o ajudará a ver o que está envolvido em ‘se esforçar’
para alcançar esses alvos espirituais. — 1 Tim. 3:1.
Oramos sinceramente para que este livro o ajude a ver
onde você se enquadra na organiza ção de Jeová e a
dar valor a esse privilégio. Amamos muito a todos vo-
cês e oramos para que estejam entre os que se alegrarão
para sempre na adoração de nosso Pai celestial, Jeová.
— Sal. 37:10, 11; Isa. 65:21-25.
Seus irmãos,
Corpo Governante das Testemunhas de Jeová

5
CAPÍTULO 1

Organizados para fazer


a vontade de Jeová
EM TODO o mundo, há muitas organizações religiosas,
políticas, comerciais e sociais, que variam em caracterís-
ticas, objetivos, pontos de vista e filosofias. Mas existe
uma organização que é bem diferente de todas as ou-
tras. A Palavra de Deus identifica claramente essa orga-
nização como as Testemunhas de Jeová. Isso porque elas
se apegam aos princípios bíblicos em tudo o que fazem.
2 Estamos felizes por você estar na organização de

Jeová. Você se convenceu de qual é a vontade de Deus


e agora está fazendo a vontade dele. (Sal. 143:10; Rom.
12:2) Você é um ministro que serve com uma amoro-
sa fraternidade mundial. (2 Cor. 6:4; 1 Ped. 2:17; 5:9)
Conforme a Palavra de Deus promete, isso traz ricas
bênçãos e muita felicidade. (Pro. 10:22; Mar. 10:30)
Por fazer fielmente a vontade de Jeová hoje, você está
sendo preparado para um futuro maravilhoso e eterno.
— 1 Tim. 6:18, 19; 1 João 2:17.
3 Nosso Grandioso Criador tem uma organização mun-

dial sem igual, governada de modo teocrático. Isso sig-


nifica que ela é governada por Jeová, que é Cabeça so-
bre todos. Temos total confiança nele. Ele é nosso Juiz,
nosso Legislador e nosso Rei. (Isa. 33:22) Por ser um
Deus de ordem, ele tem uma estrutura organizada que
nos permite ‘cooperar com ele’, servindo ao seu propó-
sito. — 2 Cor. 6:1, 2.

6 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


4 À medida que o fim do atual sistema se aproxima,
nós avançamos sob a liderança do Rei designado, Cris-
to Jesus. (Isa. 55:4; Apo. 6:2; 11:15) Foi o próprio Jesus
quem predisse que seus seguidores fariam obras maio-
res do que as realizadas por ele durante o seu ministério
terrestre. (João 14:12) Isso se daria porque seus segui-
dores aumentariam cada vez mais em número e, durante
um período maior, cobririam um território que continua-
ria crescendo. Eles pregariam as boas novas do Reino
até a parte mais distante da Terra. — Mat. 24:14; 28:19,
20; Atos 1:8.
5 Isso já se tornou realidade. Mas, como Jesus deixou

claro, a pregação das boas novas terminará no tempo


determinado por Jeová. As profecias da Palavra de Deus
mostram que está próximo o grande e atemorizante dia
de Jeová. — Joel 2:31; Sof. 1:14-18; 2:2, 3; 1 Ped. 4:7.
6 Uma vez que entendemos qual é a vontade de Jeová

nestes últimos dias, precisamos nos esforçar ainda mais


para fazer o que Deus requer. Para isso, é necessário
conhecermos bem o funcionamento da organização de
Jeová e cooperar plenamente com ela. Tudo o que a or-
ganização de Deus faz se baseia na Palavra inspirada de
Deus, incluindo seus princípios, mandamentos, leis, or-
dens, decretos e ensinamentos. — Sal. 19:7-9.
7 Quando o povo de Jeová se apega a essas orienta-

ções bíblicas, eles vivem e trabalham juntos em paz e


união. (Sal. 133:1; Isa. 60:17; Rom. 14:19) O que for-
talece a união entre nossos irmãos em toda a parte?
O amor. Somos motivados e guiados pelo amor. (João
13:34, 35; Col. 3:14) Por causa dessa união que Deus

ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ 7


nos dá, acompanhamos o passo da parte celestial da
organização de Jeová.
A PARTE CELESTIAL DA ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ
8
Os profetas Isaías, Ezequiel e Daniel tiveram visões
da parte celestial da organização de Jeová. (Isa., cap. 6;
Eze., cap. 1; Dan. 7:9, 10) O apóstolo João também teve
uma visão dela; no livro de Apocalipse, ele nos deu uma
ideia de como ela é. Ele viu Jeová num trono glorioso
acompanhado de anjos, que proclamam: “Santo, santo,
santo é Jeová Deus, o Todo-Poderoso, que era, que é e
que vem.” (Apo. 4:8) João viu também em pé “no meio
do trono . . . um cordeiro”, o Cordeiro de Deus, Jesus
Cristo. — Apo. 5:6, 13, 14; João 1:29.
9 O fato de a visão mostrar Jeová sentado num trono

indica que ele é o Cabeça da parte celestial da organi-


zação. A respeito dele e de sua posição superior, 1 Crô-
nicas 29:11, 12 diz: “Teus, ó Jeová, são a grandeza, o po-
der, a glória, o esplendor e a majestade; pois tudo o que
há nos céus e na terra pertence a ti. Teu é o reino, ó
Jeová. Tu te elevas como cabeça acima de todos. As ri-
quezas e a glória vêm de ti, e tu dominas sobre tudo.
Nas tuas mãos há força e poder, e nas tuas mãos há a
capacidade para engrandecer e para fortalecer a todos.”
10 Como colaborador de Jeová, Jesus Cristo ocupa

uma posição elevada nos céus e recebeu muita auto-


ridade. Deus “sujeitou-lhe . . . todas as coisas debai-
xo dos pés e o fez cabeça sobre todas as coisas no
que se refere à congregação”. (Efé. 1:22) O apóstolo
Paulo disse sobre Jesus: “Deus o enalteceu a uma po-

8 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


sição superior e lhe deu bon- Precisamos nos
dosamente o nome que está esforçar ainda mais
acima de todo outro nome, para fazer o que
a fim de que, diante do Deus requer. Para
nome de Jesus, se dobre isso, é necessário
todo joelho — dos que es- conhecermos bem
tão no céu, na terra e debai- o funcionamento
xo do chão — e toda língua da organização
reconheça abertamente que
de Jeová.
Jesus Cristo é Senhor, para
a glória de Deus, o Pai.” (Fil.
2:9-11) Assim, podemos confiar plenamente na lideran-
ça justa de Jesus Cristo.
11 O profeta Daniel observou numa visão o “Antigo de

Dias” no Seu trono celestial, e viu também que “mil ve-


zes mil [anjos] o serviam, e dez mil vezes dez mil esta-
vam de pé diante dele”. (Dan. 7:9, 10) A Bíblia se refe-
re a esse exército de anjos como “espíritos que prestam
serviço sagrado, enviados para servir os que vão herdar
a salvação”. (Heb. 1:14) Todos esses anjos estão orga-
nizados em posições de autoridade dentro da organiza-
ção de Deus. — Col. 1:16.
12 Quando tiramos tempo para meditar nesses aspec-

tos da parte celestial da organização, conseguimos en-


tender a reação de Isaías quando teve a visão de Jeová
“sentado num trono enaltecido e elevado” com sera-
fins “acima dele”. Isaías disse: “Ai de mim! A bem di-
zer já estou morto, pois sou um homem de lábios im-
puros e moro no meio de um povo de lábios impuros;

ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ 9


pois os meus olhos viram o próprio Rei, Jeová dos exér-
citos!” Sem dúvida, Isaías ficou impressionado e se sen-
tiu pequeno quando entendeu a grandiosidade da orga-
nização de Jeová. Essa experiência teve um impacto tão
grande nele que, quando saiu do céu uma convocação
para um trabalho especial de proclamar os julgamentos
de Jeová, a reação de Isaías foi: “Aqui estou! Envia-me!”
— Isa. 6:1-5, 8.
13 Entender a grandiosidade da organização de Jeová

e ser grato por ela faz Seu povo reagir da mesma ma-
neira. À medida que a organização avança, procuramos
acompanhar o seu passo. Nós nos esforçamos em de-
monstrar confiança na organização de Jeová hoje.
A ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ AVANÇA
14
O capítulo 1 da profecia de Ezequiel apresenta Jeová
dirigindo um grandioso carro celestial. Esse impressio-
nante veículo representa a parte invisível da organiza-
ção de Jeová. Ele dirige esse carro no sentido de que o
conduz de modo amoroso e o usa de acordo com o seu
propósito. — Sal. 103:20.
15 Cada roda desse carro tem outra do mesmo tama-

nho atravessada dentro dela. É por isso que se pode di-


zer que as rodas podiam “ir em qualquer uma das quatro
direções”. (Eze. 1:17) As rodas podem mudar de direção
instantaneamente. Mas esse carro não anda sem con-
trole nem supervisão. Jeová não permite que sua organi-
zação siga em qualquer direção em que ela talvez queira
ir. Ezequiel 1:20 diz: “Elas iam aonde o espírito as impe-
lia, aonde quer que o espírito fosse.” Portanto, é Jeová

10 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


que, por meio de seu espírito, faz com que sua organi-
zação vá para onde quer que ele queira. A pergunta que
devemos fazer a nós mesmos é: ‘Estou acompanhando
o passo dessa organização?’
16 Acompanhar o passo da organização de Jeová en-

volve mais do que apenas assistir às reuniões e parti-


cipar no ministério de campo. Em primeiro lugar, tem
a ver com progresso e crescimento espiritual. Nós nos
‘certificamos de quais são as coisas mais importantes’
e ficamos em dia com o alimento espiritual. (Fil. 1:10;
4:8, 9; João 17:3) Além disso, devemos nos lembrar que,
onde existe organização, existe boa coordenação e coo-
peração. Assim, precisamos reconhecer que é importan-
te usar do melhor modo possível nosso tempo, energias,
habilidades e recursos materiais que Jeová nos deu para
a realização de sua obra. À medida que acompanhamos
o carro celestial de Jeová, vivemos em harmonia com a
mensagem que pregamos.
17 Com a ajuda da organização de Jeová nós avança-

mos, fazendo cada vez mais a vontade dele. Lembre-se


de que o Condutor desse carro celestial é Jeová. Por-
tanto, quando acompanhamos esse carro, mostramos
que respeitamos a Jeová e que confiamos em nossa Ro-
cha. (Sal. 18:31) A Bíblia promete: “Jeová dará força ao
seu povo. Jeová abençoará o seu povo com paz.” (Sal.
29:11) Visto que hoje estamos na organização de Jeová,
recebemos a força que ele dá e usufruímos a paz com
que ele abençoa seu povo organizado. Sem dúvida, con-
tinuaremos a ter ricas bênçãos à medida que fizermos
a vontade de Jeová agora e para sempre.

ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ 11


CAPÍTULO 2

Reconheça o papel que


Deus designou a Cristo
“NO PRINCÍPIO Deus criou os céus e a terra”, e tudo o
que ele fez era “muito bom”. (Gên. 1:1, 31) Jeová fez
os humanos com perspectivas maravilhosas para o fu-
turo. Mas a rebelião no Éden interrompeu temporaria-
mente a condição feliz da humanidade. No entanto, o
propósito de Jeová para a Terra e a humanidade não
mudou. Deus indicou que haveria livramento para os
descendentes obedientes de Adão. A adoração verda-
deira seria restabelecida, e Deus destruiria os perver-
sos junto com todas as suas obras más. (Gên. 3:15)
Tudo voltaria a ser “muito bom”. Jeová realizaria isso
por meio do seu Filho, Jesus Cristo. (1 João 3:8) Por-
tanto, é essencial reconhecermos o papel que Deus de-
signou a Cristo. — Atos 4:12; Fil. 2:9, 11.
QUAL É O PAPEL DE CRISTO
Ao pensar no papel que Deus designou a Cristo, re-
2

conhecemos que esse papel tem muitos aspectos. Je-


sus serve como Redentor da humanidade, Sumo Sa-
cerdote, Cabeça da congregação cristã e agora como
Rei do Reino de Deus. Meditar nisso aumenta nosso
apreço pelo modo de Deus organizar as coisas e apro-
funda nosso amor por Cristo Jesus. A Bíblia descreve
algumas das suas várias funções.

12 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


3 Durante o ministério terrestre de Cristo, ficou cla-
ro que a humanidade obediente seria reconciliada com
Deus por meio de Jesus. (João 14:6) Como Redentor da
humanidade, Jesus deu sua vida como resgate em tro-
ca de muitos. (Mat. 20:28) Assim, Jesus é mais do que
apenas um exemplo de conduta que agrada a Deus. Ele
é a figura-chave na realização do propósito de Jeová
para a humanidade. É o único meio que nos possibilita
recuperar o favor de Deus. (Atos 5:31; 2 Cor. 5:18, 19)
A morte sacrificial de Jesus e a sua ressurreição abri-
ram o caminho para que humanos obedientes recebam
bênçãos eternas sob o governo do Reino celestial de
Deus.
4 Como Sumo Sacerdote, Jesus é capaz de “com-

preender as nossas fraquezas” e fazer expiação pe-


los pecados dos seus seguidores fiéis aqui na Terra.
O apóstolo Paulo explicou: “Não temos um sumo sacer-
dote incapaz de compreender as nossas fraquezas, mas
temos um que foi provado em todos os sentidos como
nós, porém sem pecado.” A seguir, Paulo incentivou os
que exercem fé em Jesus Cristo a aproveitar plenamen-
te essa provisão para a reconciliação com Deus, dizen-
do: “Então, com confiança, aproximemo-nos do trono
de bondade imerecida, a fim de receber misericórdia
e achar bondade imerecida para nos ajudar no tempo
certo.” — Heb. 4:14-16; 1 João 2:2.
5 Jesus é tamb ém Cabe ça da congregação crist ã.

Assim como seus seguidores no primeiro século, nós


hoje não precisamos de um líder humano. Jesus dá
orientações por meio do espírito santo e de anciãos

RECONHEÇA O PAPEL QUE DEUS DESIGNOU A CRISTO 13


qualificados, que têm a res- Jesus é a
ponsabilidade perante ele e figura-chave na
seu Pai celestial de cuidar do realização do
rebanho de Deus. (Heb. 13: propósito de Jeová
17; 1 Ped. 5:2, 3) Falando para a humanidade
profeticamente sobre Jesus,
Jeová disse: “Vejam, fiz dele
uma testemunha para as na-
ções, um líder e governante para as nações.” (Isa. 55:4)
Jesus confirmou o cumprimento dessa profecia quando
disse aos seus discípulos: “Nem sejam chamados de lí-
deres, pois o seu Líder é um só, o Cristo.” — Mat. 23:10.
6 Jesus é brando e humilde, e quer nos ajudar. Isso

fica bem claro no convite que ele fez: “Venham a mim,


todos vocês que estão trabalhando duro e estão sobre-
carregados, e eu os reanimarei. Tomem sobre vocês o
meu jugo e aprendam de mim, pois sou de tempera-
mento brando e humilde de coração, e acharão revigo-
ramento para si mesmos. Pois o meu jugo é suave e a
minha carga é leve.” (Mat. 11:28-30) Jesus Cristo diri-
ge a congregação cristã com brandura e de um modo
que nos traz revigoramento; isso deixa evidente que ele
é “o bom pastor”, imitando o exemplo de seu Pai celes-
tial, Jeová Deus. — João 10:11; Isa. 40:11.
7 Em sua primeira carta aos coríntios, Paulo explicou

outro aspecto do papel de Jesus Cristo, dizendo: “Ele


tem de reinar até que Deus lhe tenha posto todos os
inimigos debaixo dos pés. No entanto, quando todas as
coisas lhe tiverem sido sujeitas, então o próprio Filho
também se sujeitará Àquele que lhe sujeitou todas as

14 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


coisas, para que Deus seja todas as coisas para com
todos.” (1 Cor. 15:25, 28) Antes de vir à Terra, Jesus
era o “trabalhador perito” de Deus e foi a primeira das
suas criações. (Pro. 8:22-31) Quando Deus enviou Je-
sus à Terra, ele fez a vontade de Deus em todas as oca-
siões. Ele suportou o mais difícil dos testes e morreu
fiel ao seu Pai. (João 4:34; 15:10) Visto que seu Filho
foi leal até a morte, Deus o ressuscitou para a vida no
céu e lhe deu o direito de ser Rei do Reino celestial.
(Atos 2:32-36) Como Rei, Cristo Jesus recebeu de Deus
a grandiosa missão de liderar milhares de criaturas es-
pirituais para remover os governos humanos da Terra e
eliminar toda a maldade do nosso planeta. (Pro. 2:21,
22; 2 Tes. 1:6-9; Apo. 19:11-21; 20:1-3) Então o Reino
celestial de Deus, debaixo de Cristo, será o único go-
verno em toda a Terra. — Apo. 11:15.
O QUE SIGNIFICA RECONHECER O PAPEL DE CRISTO
8 Jesus Cristo, nosso Exemplo, é perfeito. Ele recebeu
a missão de cuidar de nós. Para nos beneficiar de seu
cuidado protetor e amoroso, precisamos permanecer
leais a Jeová e acompanhar o passo da organização de
Jeová.
9 Os seguidores de Jesus no primeiro século reconhe-

ciam plenamente o papel de Cristo. Eles mostraram isso


por trabalharem unidos debaixo da direção que rece-
biam dele por meio do espírito santo. (Atos 15:12-21)
O apóstolo Paulo se referiu à união da ungida con-
gregação cristã quando escreveu: “Falando a verdade,
cresçamos em todas as coisas, por amor, em direção

RECONHEÇA O PAPEL QUE DEUS DESIGNOU A CRISTO 15


àquele que é a cabeça, Cristo. Por meio dele, todo o
corpo é harmoniosamente unido e coordenado median-
te as juntas que suprem o que é necessário. Quando
cada membro funciona bem, isso contribui para o de-
senvolvimento do corpo, à medida que edifica a si mes-
mo em amor.” — Efé. 4:15, 16.
10 Quando todos na congregação cooperam entre si e

seguem a liderança de Cristo, isso resulta em progres-


so espiritual e um caloroso espírito de amor, “o perfei-
to vínculo de união”. — Col. 3:14; 1 Cor. 12:14-26.
11 Os acontecimentos mundiais que cumprem profe-

cias bíblicas provam sem dúvida nenhuma que Jesus


Cristo recebeu o poder do Reino em 1914. Ele agora
está reinando no meio dos seus inimigos. (Sal. 2:1-12;
110:1, 2) O que isso significa para os que vivem hoje na
Terra? Em breve Jesus exercerá seu papel como Rei dos
reis e Senhor dos senhores quando executar o julga-
mento divino contra seus inimigos. (Apo. 11:15; 12:10;
19:16) Então, a promessa de livramento que Jeová fez
no início da rebelião humana se cumprirá em benefí-
cio dos que estão à direita de Cristo e têm o seu favor.
(Mat. 25:34) Somos muito felizes por reconhecer o pa-
pel que Deus designou a Cristo. Durante estes últimos
dias, queremos continuar fazendo a vontade de Jeová
lado a lado com nossos irmãos, reconhecendo a auto-
ridade de Cristo.

16 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 3

“Lembrem-se dos que exercem


liderança entre vocês”
ESSAS palavras do apóstolo Paulo, registradas em He-
breus 13:7, também podem ser traduzidas do seguinte
modo: “Lembrem-se dos que governam vocês.” A par-
tir do Pentecostes do ano 33, os fiéis apóstolos do Se-
nhor Jesus Cristo cumpriram esse papel como corpo
governante, que exercia a liderança dando orientações
para a recém-formada congregação cristã. (Atos 6:2-4)
Por volta do ano 49, esse corpo governante tinha sido
ampliado e incluía outros além dos apóstolos de Jesus.
Quando a questão da circuncisão foi decidida, o corpo
governante incluía “os apóstolos e os anciãos” em Je-
rusalém. (Atos 15:1, 2) Sua responsabilidade era consi-
derar assuntos que afetavam os cristãos em toda par-
te. Eles enviavam cartas e decretos que fortaleciam as
congregações e possibilitavam que os discípulos per-
manecessem unidos no modo de pensar e de agir. As
congregações eram obedientes e submissas à direção
do corpo governante e, como resultado, recebiam as
bênçãos de Jeová e aumentavam em número. — Atos
8:1, 14, 15; 15:22-31; 16:4, 5; Heb. 13:17.
2 Depois da morte dos apóstolos, começou a grande

apostasia. (2 Tes. 2:3-12) Como Jesus predisse em sua


ilustração sobre o trigo e o joio, foi semeado o joio
(cristãos de imitação) por cima do trigo (cristãos ungi-
dos). Ao longo dos séculos, foi permitido que os dois

“LEMBREM-SE DOS QUE EXERCEM LIDERANÇA ENTRE VOCÊS” 17


grupos crescessem juntos até a colheita, “o final de
um sistema de coisas”. (Mat. 13:24-30, 36-43) Durante
essa época, sempre houve alguns cristãos ungidos na
Terra. Mas não havia um corpo governante, ou seja, Je-
sus não estava usando nenhum canal para dar orienta-
ções aos seus seguidores. (Mat. 28:20) Mas ele predis-
se que durante a colheita ocorreria uma mudança.
3 “Quem é realmente o escravo fiel e prudente?” Essa

pergunta foi a introdução de uma ilustração que Jesus


Cristo contou como parte do “sinal” que ele deu sobre
“o final do sistema de coisas”. (Mat. 24:3, 42-47) Je-
sus indicou que esse escravo fiel estaria ativo, dando
ao povo de Deus alimento espiritual “no tempo apro-
priado”. Assim como Jesus usou um grupo de homens
— e não uma pessoa só — para exercer a liderança no
primeiro século, o escravo fiel que Jesus usa durante o
final deste sistema de coisas não é formado por ape-
nas um homem.
QUEM É “O ESCRAVO FIEL E PRUDENTE”?
4
Quem Jesus designou para alimentar seus discípu-
los? Como seria de esperar, ele usou cristãos ungidos
na Terra. A Bíblia se refere a eles como “sacerdócio
real”, que foi designado para divulgar “ ‘as qualidades
excelentes’ Daquele que os chamou da escuridão para
a Sua maravilhosa luz”. (1 Ped. 2:9; Mal. 2:7; Apo. 12:17)
Será que todos os ungidos na Terra fazem parte do
escravo fiel? Não. Quando Jesus milagrosamente ali-
mentou uma multidão de uns 5 mil homens, além de
mulheres e crianças, ele distribuiu o alimento aos discí-

18 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


pulos, e os discípulos às mul- É essencial que
tidões. (Mat. 14:19) Ele ali- sejamos submissos
mentou muitos pelas mãos aos que cuidam de
de poucos. Hoje, ele fornece nós para o nosso
alimento espiritual da mes- bem-estar espiritual
ma maneira.
5 Assim, “o administrador

fiel, o prudente”, se compõe de um pequeno grupo de


cristãos ungidos diretamente envolvidos na preparação
e distribuição do alimento espiritual durante a presen-
ça de Cristo. (Luc. 12:42) Nestes últimos dias, “o escra-
vo fiel e prudente” é o Corpo Governante das Testemu-
nhas de Jeová. Esses irmãos ungidos servem juntos na
sede mundial.
6 Cristo usa esse grupo para publicar informações so-

bre o cumprimento de profecias bíblicas e para dar


orientações sobre como aplicar os princípios bíblicos no
dia a dia. Esse alimento espiritual é distribuído por meio
das congregações locais das Testemunhas de Jeová.
(Isa. 43:10; Gál. 6:16) Nos tempos bíblicos, um escravo
de confiança era o administrador da casa. Do mesmo
modo, o escravo fiel e prudente recebeu a responsabi-
lidade de administrar a família da fé. Assim, o escravo
fiel também supervisiona os recursos materiais, a ativi-
dade de pregação, os programas de assembleias e con-
gressos, a designação de anciãos para servir em várias
funções na organização e a produção de publicações
bíblicas, tudo isso para o benefício dos “domésticos”.
— Mat. 24:45.

“LEMBREM-SE DOS QUE EXERCEM LIDERANÇA ENTRE VOCÊS” 19


7
Quem então são os “domésticos”? Em termos sim-
ples, são aqueles que são alimentados. No início dos
últimos dias, todos os domésticos eram cristãos ungi-
dos. Depois, os domésticos passaram a incluir a grande
multidão de “outras ovelhas”. (João 10:16) Os dois gru-
pos tiram proveito do alimento espiritual provido pelo
escravo fiel.
8 Durante a grande tribulação, quando Jesus vier para

proferir e executar julgamento contra este sistema per-


verso, ele encarregará o escravo fiel “de todos os seus
bens”. (Mat. 24:46, 47) Os que compõem o escravo fiel
receberão sua recompensa celestial. Junto com o res-
tante dos 144 mil, eles reinarão com Cristo no céu. Não
haverá mais um escravo fiel e prudente na Terra, mas
Jeová e Jesus darão orientações para os súditos ter-
restres do Reino Messiânico por meio dos que forem de-
signados para servir como “príncipes”. — Sal. 45:16.
POR QUE ‘SE LEMBRAR DOS QUE EXERCEM LIDERANÇA’?
9
Temos muitos motivos para nos ‘lembrar dos que
exercem liderança’ e para confiar neles. Por que fazer
isso é bom para nós? O apóstolo Paulo disse: “Eles vi-
giam sobre vocês e prestarão contas disso; para que fa-
çam isso com alegria, e não com suspiros, porque isso
seria prejudicial a vocês.” (Heb. 13:17) É essencial que
sejamos obedientes e submissos às orientações dos
que exercem liderança, pois cuidam de nós para nossa
proteção e bem-estar espirituais.
10 Paulo disse em 1 Coríntios 16:14: “Que tudo que vo-

cês fizerem seja com amor.” As decisões tomadas em

20 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


favor do povo de Deus se baseiam nessa qualidade su-
perior, o amor. A respeito do amor, 1 Coríntios 13:4-8
diz: “O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciu-
mento. Não se gaba, não é orgulhoso, não se compor-
ta indecentemente, não procura os seus próprios inte-
resses, não se irrita com facilidade. Não leva em conta
o dano. Não se alegra com a injustiça, mas se ale-
gra com a verdade. Suporta todas as coisas, acredi-
ta em todas as coisas, espera todas as coisas, perse-
vera em todas as coisas. O amor nunca acaba.” Visto
que o amor é a base de todas as decisões tomadas em
benefício dos servos de Jeová, temos todos os moti-
vos para nos sentir seguros sob esse tipo de liderança.
Além do mais, essa liderança amorosa é apenas um re-
flexo do amor de Jeová.
11 Assim como no primeiro século, aqueles que Jeová

usa para liderar seu povo são homens imperfeitos. De


fato, Jeová usou humanos imperfeitos no passado para
realizar sua vontade. Noé construiu uma arca e pregou
sobre a destruição que ocorreria nos seus dias. (Gên.
6:13, 14, 22; 2 Ped. 2:5) Moisés foi designado para tirar
o povo de Jeová do Egito. (Êxo. 3:10) Homens imper-
feitos foram inspirados a escrever a Bíblia. (2 Tim. 3:16;
2 Ped. 1:21) O fato de Jeová usar hoje homens im-
perfeitos para dirigir a obra de pregar e fazer discí-
pulos não diminui nossa confiança na organização de
Deus. Ao contrário, somos fortalecidos por saber que,
sem o apoio de Jeová, a organização jamais conse-
guiria realizar tudo o que realiza. Por tudo o que pas-
sou, incluindo muitas dificuldades, o escravo fiel tem

“LEMBREM-SE DOS QUE EXERCEM LIDERANÇA ENTRE VOCÊS” 21


demonstrado que o espírito de Deus está dirigindo os
assuntos. A parte visível da organização de Jeová tem
recebido hoje muitas bênçãos. Portanto, nós a apoia-
mos e confiamos nela de todo o coração.
COMO DEMONSTRAMOS CONFIANÇA
12
Os designados para cargos de responsabilidade na
congregação demonstram que confiam em Jeová por
aceitar de bom grado as obrigações relacionadas às
suas designações e cumpri-las fielmente. (Atos 20:28)
Como proclamadores do Reino, pregamos zelosamen-
te de casa em casa, fazemos revisitas e dirigimos estu-
dos bíblicos. (Mat. 24:14; 28:19, 20) Para tirarmos pleno
proveito do rico alimento espiritual provido pelo escravo
fiel, nós nos preparamos para nossas reuniões e assisti-
mos a elas, incluindo assembleias e congressos. Somos
muito beneficiados pelo encorajamento que recebemos
uns dos outros quando nos associamos com nossos ir-
mãos nessas reuniões. — Heb. 10:24, 25.
13 Demonstramos nossa confiança na organização por

meio de nossos donativos. (Pro. 3:9, 10) Quando vemos


que nossos irmãos passam necessidade, nós os ajuda-
mos sem demora. (Gál. 6:10; 1 Tim. 6:18) Fazemos isso
num espírito de amor fraternal, sempre atentos a opor-
tunidades de mostrar a Jeová e sua organização que
apreciamos tudo o que têm feito por nós. — João 13:35.
14 Também demonstramos que confiamos na organi-

zação por apoiar suas decisões. Isso inclui seguir hu-


mildemente as orientações dos “que exercem lideran-
ça”, a quem devemos ser obedientes e submissos, como

22 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


os superintendentes de circuito e os anciãos congrega-
cionais. (Heb. 13:7, 17) Mesmo que não entendamos ple-
namente os motivos de certas decisões, sabemos que
apoiá-las será sempre para o nosso bem. Em resulta-
do, Jeová nos abençoa por nossa obediência à sua Pa-
lavra e à sua organização. Assim, mostramos sujeição
ao nosso Senhor Jesus Cristo.
15 De fato, temos todos os motivos para confiar no es-

cravo fiel e prudente. Satanás, o deus deste mundo,


faz tudo o que pode para manchar o nome de Jeová e
Sua organização. (2 Cor. 4:4) Não seja vítima das táti-
cas perversas de Satanás! (2 Cor. 2:11) O Diabo sabe
que falta apenas “pouco tempo” para ele ser lançado no
abismo, e está determinado a desviar de Deus o maior
número possível de pessoas. (Apo. 12:12) Assim, ao
passo que Satanás intensifica seus esforços, que nos
acheguemos cada vez mais a Jeová. Que confiemos em
Jeová e no canal que ele usa para dirigir seu povo hoje.
Fazer isso resulta numa fraternidade unida.

“LEMBREM-SE DOS QUE EXERCEM LIDERANÇA ENTRE VOCÊS” 23


CAPÍTULO 4

Como a congregação
é organizada e dirigida
NA SUA primeira carta aos coríntios, o apóstolo Paulo
mencionou uma importante verdade sobre Deus. Ele es-
creveu: “Deus não é Deus de desordem, mas de paz.”
Em seguida, falando sobre as reuniões congregacionais,
ele disse: “Que todas as coisas ocorram com decência
e ordem.” — 1 Cor. 14:33, 40.
2 No início dessa carta, o apóstolo advertiu sobre as

discórdias que existiam na congregação em Corinto. Ele


exortou os irmãos ali a ‘falar de acordo’ e a ser “com-
pletamente unidos na mesma mente e na mesma ma-
neira de pensar”. (1 Cor. 1:10, 11) Depois Paulo os acon-
selhou sobre vários assuntos que estavam prejudicando
a união da congregação. Usando como ilustração o cor-
po humano, ele mostrou a necessidade de união e coo-
peração. Ele exortou todos na congregação a cuidar
uns dos outros com amor, não importando qual fosse
o papel de cada um. (1 Cor. 12:12-26) Essa harmoniosa
cooperação entre os irmãos da congregação dá a en-
tender que ela seria organizada.
3 Mas como a congregação cristã devia ser organiza-

da? Quem a organizaria? Que tipo de estrutura teria?


Quem serviria em cargos designados? Se usarmos a Bí-
blia como guia, teremos respostas claras a essas per-
guntas. — 1 Cor. 4:6.

24 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


ORGANIZADA DE MODO A congregação
TEOCRÁTICO cristã hoje segue
4 A congregação cristã foi o mesmo padrão
formada no Pentecostes do de organização e
ano 33. O que sabemos so- de funcionamento
bre a congregação do primei- estabelecido no
ro século? Ela era organizada primeiro século
e dirigida de modo teocráti-
co, isto é, de acordo com o
governo (krátos) de Deus (theós). Essas duas palavras
gregas aparecem em 1 Pedro 5:10, 11, onde são tradu-
zidas “poder” e “Deus”. O relato inspirado do que acon-
teceu em Jerusalém quase 2 mil anos atrás não deixa
dúvida de que a congregação de cristãos ungidos foi
estabelecida por Deus. (Atos 2:1-47) Ela era seu edifí-
cio, sua família. (1 Cor. 3:9; Efé. 2:19) A congregação
cristã hoje segue o mesmo padrão de organização e de
funcionamento estabelecido no primeiro século.
5 A congrega ção do primeiro século começou com

cerca de 120 discípulos. Em cumprimento de Joel 2:28,


29, o espírito santo foi derramado primeiro sobre eles.
(Atos 2:16-18) Naquele mesmo dia, porém, mais umas
3 mil pessoas foram batizadas e passaram a fazer parte
da congregação dos gerados pelo espírito. Elas haviam
aceitado a palavra a respeito do Cristo e “dedicavam-
se . . . aos ensinamentos dos apóstolos”. Depois, “Jeová
diariamente continuava a lhes acrescentar os que esta-
vam sendo salvos”. — Atos 2:41, 42, 47.
6 O crescimento da congregação em Jerusalém foi tão

grande que o sumo sacerdote judaico se queixou de

COMO A CONGREGAÇÃO É ORGANIZADA E DIRIGIDA 25


que os discípulos haviam enchido a cidade com seu en-
sino. Entre os novos discípulos em Jerusalém havia mui-
tos sacerdotes judaicos, que passaram a fazer parte da
congregação. — Atos 5:27, 28; 6:7.
7 Jesus disse: “[Vocês] serão minhas testemunhas em

Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até a parte


mais distante da terra.” (Atos 1:8) E assim aconteceu.
Depois da morte de Estêvão, começou uma grande per-
seguição em Jerusalém, e os discípulos que moravam
ali foram espalhados por toda a Judeia e Samaria. Mas,
aonde quer que fossem, continuavam a pregar as boas
novas e a fazer discípulos, incluindo alguns samarita-
nos. (Atos 8:1-13) Mais tarde, a pregação das boas no-
vas teve bons resultados entre os incircuncisos, ou seja,
pessoas de nações não judaicas. (Atos 10:1-48) Toda
essa atividade de pregação resultou em muitos se tor-
narem discípulos e na formação de congregações fora
de Jerusalém. — Atos 11:19-21; 14:21-23.
8 Que medidas foram tomadas para que todas as no-

vas congregações fossem organizadas e dirigidas à ma-


neira de Deus, ou seja, de modo teocrático? Por meio da
operação do espírito de Deus, homens foram designa-
dos para cuidar do rebanho. Paulo e Barnabé desig-
naram anciãos nas congregações que eles visitaram na
sua primeira viagem missionária. (Atos 14:23) O escri-
tor bíblico Lucas fala sobre a reunião do apóstolo Pau-
lo com os anciãos da congregação de Éfeso. Paulo disse
a eles: “Prestem atenção a si mesmos e a todo o reba-
nho, sobre o qual o espírito santo os designou como
superintendentes, para pastorearem a congregação de

26 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Deus, que ele comprou com o sangue do seu próprio
Filho.” (Atos 20:17, 28) Eles se qualificavam para ser an-
ciãos porque satisfaziam os requisitos bíblicos. (1 Tim.
3:1-7) Tito, colaborador de Paulo, foi autorizado a de-
signar anciãos nas congregações de Creta. — Tito 1:5.
9 Com o tempo, o número de congregações no primei-

ro século foi aumentando, chegando a outros países.


Mas os apóstolos e anciãos em Jerusalém continuaram
servindo como os principais superintendentes. Eles for-
mavam o corpo governante.
10 Ao escrever à congregação em Éfeso, o apóstolo

Paulo explicou que a união da congregação seria man-


tida se eles trabalhassem em harmonia com o espíri-
to de Deus e fossem leais à liderança de Jesus Cristo.
O apóstolo incentivou aqueles cristãos a cultivar humil-
dade e a manter “a unidade do espírito”, associando-se
pacificamente com todos na congregação. (Efé. 4:1-6)
Daí ele citou o Salmo 68:18 e o aplicou ao fato de Jeová
designar homens espiritualmente qualificados para cui-
dar das necessidades da congregação, servindo como
apóstolos, profetas, evangelizadores, pastores e instru-
tores. Tais homens, como dádivas de Jeová, edificariam
toda a congregação até ela atingir uma madureza es-
piritual que agradasse a Deus. — Efé. 4:7-16.
AS CONGREGAÇÕES ATUAIS SEGUEM
O MODELO DOS APÓSTOLOS
11
Hoje, um padrão similar de organização é seguido
por todas as congregações das Testemunhas de Jeová.
Juntas, elas formam uma congregação mundial unida

COMO A CONGREGAÇÃO É ORGANIZADA E DIRIGIDA 27


em que os das outras ovelhas ajudam seus irmãos un-
gidos. (Zac. 8:23) Jesus Cristo é quem torna isso pos-
sível. Fiel à sua promessa, ele lealmente tem estado
com seus discípulos ungidos, e continuará ao lado de-
les “todos os dias, até o final do sistema de coisas”.
Os que são incluídos na crescente congregação acei-
tam as boas novas de Deus, dedicam sua vida sem re-
servas a Jeová e são batizados como discípulos de Je-
sus. (Mat. 28:19, 20; Mar. 1:14; Atos 2:41) Reconhecem
“o bom pastor”, Jesus Cristo, como Cabeça de todo o
rebanho, composto de cristãos ungidos e “outras ove-
lhas”. (João 10:14, 16; Efé. 1:22, 23) Esse “um só reba-
nho” mantém sua união por reconhecer lealmente a li-
derança de Cristo e por se sujeitar ao “escravo fiel e
prudente”, o canal designado por Cristo para cuidar da
organização. Continuemos a confiar plenamente nesse
canal hoje. — Mat. 24:45.
O PAPEL DAS ENTIDADES LEGAIS RELIGIOSAS
12
Para fornecer alimento espiritual no tempo apro-
priado e cuidar da pregação das boas novas do Reino
antes de vir o fim, a organização formou várias entida-
des legais. Essas entidades são registradas de acordo
com as leis dos diversos países onde são formadas e
cooperam umas com as outras. Elas ajudam a promo-
ver a pregação das boas novas em todo o mundo.
ORGANIZAÇÃO DE FILIAIS
13
Sempre que uma nova filial é criada, o Corpo Gover-
nante designa três ou mais anciãos para formarem uma
Comissão de Filial. Esses irmãos vão cuidar da obra no

28 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


país, ou países, sob a supervisão da nova filial. Um dos
membros da comissão serve como coordenador da Co-
missão de Filial.
14 As congregações supervisionadas por uma filial são

agrupadas em circuitos. Eles variam em tamanho, de-


pendendo tanto de fatores geográficos e linguísticos,
como da quantidade de congregações dentro do terri-
tório da filial. Um superintendente de circuito é designa-
do para visitar as congregações em cada circuito. A fi-
lial fornece ao superintendente de circuito orientações
relacionadas às suas responsabilidades.
15 As congregações respeitam as decisões da organi-

zação de Jeová, que são para o bem de todos. Aceitam


a designação de anciãos, que supervisionam o servi-
ço nas filiais, nos circuitos e nas congregações. Con-
tam com o escravo fiel e prudente para obter alimen-
to espiritual no tempo apropriado. O escravo fiel, por
sua vez, segue de perto a liderança de Cristo, apega-
se aos princípios bíblicos e aceita a orientação do es-
pírito santo. Quando todos nós trabalhamos em união,
temos resultados similares aos que os cristãos do pri-
meiro século tiveram: “As congregações eram fortaleci-
das na fé e cresciam a cada dia.” — Atos 16:5.

COMO A CONGREGAÇÃO É ORGANIZADA E DIRIGIDA 29


CAPÍTULO 5

Superintendentes
para pastorear o rebanho
DURANTE seu ministério terrestre, Jesus mostrou que
era “o bom pastor”. (João 10:11) Ao ver as multidões
que o seguiam, ele “sentia pena delas, porque eram es-
foladas e jogadas de um lado para outro como ove-
lhas sem pastor”. (Mat. 9:36) Pedro e os outros apósto-
los perceberam essa preocupação amorosa. Jesus era
muito diferente dos falsos pastores de Israel. Eles negli-
genciavam tanto o rebanho que as ovelhas viviam espa-
lhadas e espiritualmente famintas. (Eze. 34:7, 8) O belo
exemplo de Jesus em ensinar e cuidar das ovelhas, a
ponto de entregar sua vida por elas, ensinou aos após-
tolos como ajudar os que tinham fé a voltar para Jeová,
“o pastor e superintendente das suas almas”. — 1 Ped.
2:25.
2 Ao falar com Pedro em certa ocasião, Jesus enfati-

zou a importância de alimentar e pastorear as ovelhas.


(João 21:15-17) Sem dúvida, isso teve um profundo
efeito em Pedro, pois ele mais tarde exortou os anciãos
na congregação do primeiro século: “Pastoreiem o re-
banho de Deus, que está aos seus cuidados, servindo
como superintendentes não por obrigação, mas de boa
vontade perante Deus; não por amor ao ganho deso-
nesto, mas com entusiasmo; não dominando sobre os
que são a herança de Deus, mas tornando-se exemplos
para o rebanho.” (1 Ped. 5:1-3) Essas palavras também

30 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


se aplicam aos superintendentes, ou seja, aos anciãos
da congregação atual. Imitando a Jesus, os anciãos
servem como exemplos para o rebanho, exercendo a li-
derança no serviço de Jeová de bom grado e com zelo.
— Heb. 13:7.
3 Podemos ser gratos a Jeová pelos anciãos na con-

gregação, que são designados pelo espírito. Somos


muito beneficiados pelo modo como eles cuidam de
nós. Por exemplo, eles dão encorajamento e atenção in-
dividual a todos na congregação. Toda semana, dirigem
com zelo as reuniões congregacionais, que fortalecem
a fé de todos na congregação. (Rom. 12:8) Seus es-
forços para proteger o rebanho contra más influências,
tais como homens perversos, contribuem para a nossa
segurança espiritual. (Isa. 32:2; Tito 1:9-11) Sua lideran-
ça no ministério de campo nos incentiva a continuar ati-
vos na pregação das boas novas todo mês. (Heb. 13:15-
17) Por meio dessas “dádivas em homens”, Jeová tem
edificado os irmãos e as irmãs da congregação. — Efé.
4:8, 11, 12.
REQUISITOS PARA OS ANCIÃOS
4 Para que a congregação seja bem cuidada, os ho-
mens designados para servir como anciãos devem sa-
tisfazer os requisitos estabelecidos na Palavra de Deus.
Só podemos dizer que eles são designados pelo espíri-
to santo se preencherem esses requisitos. (Atos 20:28)
É verdade que os padrões bíblicos para os anciãos são
elevados, visto que essa é uma séria responsabilida-
de. Mas esses padrões não são tão elevados que não

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 31


possam ser satisfeitos por homens cristãos que têm
verdadeiro amor por Jeová e estão dispostos a ser usa-
dos por ele. Deve ficar evidente a todos que os anciãos
aplicam os conselhos da Bíblia no dia a dia.
5 Em sua primeira carta a Timóteo e em sua carta a

Tito, o apóstolo Paulo alistou os requisitos bíblicos bá-


sicos para os anciãos. Em 1 Timóteo 3:1-7, lemos: “Se
um homem está se esforçando para ser superinten-
dente, deseja uma obra excelente. O superintenden-
te, portanto, deve ser irrepreensível, marido de uma só
esposa, moderado nos hábitos, sensato, ordeiro, hos-
pitaleiro, qualificado para ensinar. Não deve ser beber-
rão nem violento, mas deve ser razoável, não briguen-
to. Não deve amar o dinheiro. Deve presidir bem à sua
própria família, tendo os filhos em sujeição com toda a
seriedade. (Pois, se um homem não souber presidir à
sua própria família, como cuidará da congregação de
Deus?) Não deve ser recém-convertido, para que não
se encha de orgulho e caia no julgamento aplicado ao
Diabo. Além disso, deve ter também um bom testemu-
nho de pessoas de fora, a fim de que não caia em de-
sonra e num laço do Diabo.”
6 Paulo escreveu a Tito: “Eu deixei você em Creta para

que corrigisse as coisas que precisavam ser endireita-


das e fizesse designações de anciãos em cada cidade,
conforme as instruções que lhe dei: o ancião deve estar
livre de acusação, ser marido de uma só esposa e ter
filhos crentes que não sejam acusados de devassidão
nem de rebeldia. Porque, como administrador designa-
do por Deus, o superintendente tem de estar livre de

32 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


acusação, não deve ser obs- Imitando a Jesus,
tinado, nem alguém que se os anciãos servem
ire com facilidade, nem be- como exemplos
berrão, nem violento, nem para o rebanho,
ávido de ganho desonesto, exercendo a lide-
mas deve ser hospitaleiro, rança no serviço
amar o que é bom, ser sen- de Jeová de bom
sato, justo, leal, ter autodo- grado e com zelo
mínio, apegar-se firmemente
à palavra fiel com respeito à
sua arte de ensino, para que possa tanto encorajar por
meio do ensinamento sadio como repreender os que o
contradizem.” — Tito 1:5-9.
7 Os requisitos bíblicos para anciãos podem à primei-

ra vista parecer muito difíceis. Mesmo assim, os ho-


mens cristãos não devem deixar de fazer esforços para
alcançar esse privilégio. Quando demonstram as boas
qualidades cristãs que se exigem dos anciãos, eles mo-
tivam outros na congregação a fazer o mesmo. Paulo
escreveu que essas “dádivas em homens” foram provi-
das “para o reajustamento dos santos, para a obra mi-
nisterial, para edificar o corpo do Cristo, até que todos
alcancemos a unidade da fé e do conhecimento exa-
to do Filho de Deus, o estado de homem adulto”, isto
é, até que alcancemos a madureza cristã. — Efé. 4:8,
12, 13.
8 Os anciãos não são muito jovens nem homens recém-

convertidos. Pelo contrário, são pessoas que têm expe-


riência na vida cristã, amplo conhecimento bíblico,

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 33


profundo entendimento das Escrituras e verdadeiro
amor pela congregação. Eles têm coragem para re-
preender transgressores, protegendo assim as ovelhas
de qualquer pessoa que queira explorá-las. (Isa. 32:2)
Todos na congregação reconhecem prontamente que
os anciãos são homens espiritualmente maduros, que
mostram interesse sincero no rebanho de Deus.
9 Os que se qualificam para ser anciãos demonstram

sabedoria prática na vida. Se for casado, o ancião


deve se apegar ao padrão cristão para o casamento,
ou seja, ser marido de uma só esposa e presidir bem
à sua própria família. Se ele tiver filhos crentes que
estão em sujeição com toda a seriedade e que não
são acusados de devassidão nem de rebeldia, os ir-
mãos da congregação poderão procurá-lo com confian-
ça para obter conselhos sobre a vida familiar e o modo
de vida cristão. O ancião também é irrepreensível, está
livre de acusação e tem bom testemunho até mesmo
de pessoas de fora. Não deve haver base para ser acu-
sado de conduta imprópria que manche o bom nome
da congregação. Não deve ter sido repreendido recen-
temente por alguma transgressão grave. Outros na con-
gregação são motivados a imitar seu bom exemplo e se
sentem felizes de que ele cuida bem da espiritualidade
deles. — 1 Cor. 11:1; 16:15, 16.
10 O papel desses homens qualificados que servem à

congregação é similar ao dos anciãos de Israel, que fo-


ram descritos como “sábios, prudentes e experientes”.
(Deut. 1:13) Os anciãos cristãos não são perfeitos, mas
são conhecidos na congregação e na comunidade como

34 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


homens íntegros e tementes a Deus, que já demons-
tram há algum tempo que vivem em harmonia com os
princípios divinos. Sua conduta irrepreensível permite
que eles falem com franqueza à congregação. — Rom.
3:23.
11 Os homens que se qualificam para ser anciãos de-

monstram que são moderados nos hábitos e razoá-


veis ao lidar com outros. Não são fanáticos. Pelo con-
trário, seu modo de vida se caracteriza por equilíbrio
e autodomínio. Sua moderação fica evidente no co-
mer, no beber, na recreação e no entretenimento. São
moderados no uso de bebidas alcoólicas para não dar
margem a serem acusados de ficar bêbados ou de se-
rem beberrões. Alguém com os sentidos afetados pelo
álcool perde facilmente o autodomínio e não está em
condições de cuidar dos interesses espirituais da con-
gregação.
12 A supervisão da congregação exige que um homem

seja ordeiro. Seus bons hábitos são evidentes na sua


aparência pessoal, na sua casa e nas atividades do dia
a dia. Ele evita ficar adiando as coisas; vê o que é pre-
ciso fazer e age de acordo. Ele se apega aos princípios
bíblicos.
13 O ancião deve ser razoável. Deve saber trabalhar

em união com todos no corpo de anciãos e cooperar


com eles. Deve ter um conceito equilibrado de si mes-
mo e não exigir demais dos outros. Como pessoa razoá-
vel, o ancião não insiste em suas opiniões, achando que
seu ponto de vista é superior ao dos outros anciãos.
Pode ser que alguns se destaquem em qualidades e

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 35


habilidades que ele talvez não tenha. O ancião demons-
tra razoabilidade quando baseia suas conclusões so-
lidamente nas Escrituras e se esforça para imitar o
exemplo de Jesus Cristo. (Fil. 2:2-8) O ancião não é bri-
guento nem violento, mas mostra o devido respeito por
outros, considerando-os superiores a si mesmo. Ele não
é obstinado, sempre insistindo que seu modo de fazer
as coisas ou seu ponto de vista sejam aceitos. Não se
ira com facilidade, mas é pacífico ao lidar com outros.
14 Além disso, quem se qualifica para servir como an-

cião na congregação é sensato. Isso significa que é


ponderado e não se apressa em tirar conclusões. Com-
preende bem os princípios de Jeová e sabe como apli-
cá-los. Quem é sensato aceita conselho e orientação.
Não é hipócrita.
15 Paulo lembrou a Tito que o anci ão ama o que é

bom. Ele deve ser justo e leal. Essas qualidades ficam


evidentes no modo como trata outros e na sua atitude
firme a favor do que é certo e bom. Não abre mão da
sua amizade e devoção a Jeová, e sempre defende os
princípios justos. Sabe manter confidência. Também é
hospitaleiro e dá generosamente de si e dos seus re-
cursos para ajudar outros. — Atos 20:33-35.
16 Para cumprir bem sua designação, o ancião preci-

sa ser qualificado para ensinar. Conforme Paulo escre-


veu a Tito, o ancião deve “apegar-se firmemente à pa-
lavra fiel com respeito à sua arte de ensino, para que
possa tanto encorajar por meio do ensinamento sadio
como repreender os que o contradizem”. (Tito 1:9) Ele é
capaz de raciocinar com outros, apresentar evidências,

36 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


vencer objeções e mostrar a aplicação dos textos bíbli-
cos de um modo que convença os ouvintes e fortaleça
sua fé. O ancião usa essa capacidade de ensinar tan-
to em circunstâncias favoráveis como em desfavoráveis.
(2 Tim. 4:2) Tem a paciência necessária tanto para re-
preender com brandura os que erram, como para ajudar
uma pessoa que está com dúvidas e motivá-la a reali-
zar boas obras à base da fé. Estar qualificado para en-
sinar é um requisito importante. O ancião mostra que
satisfaz esse requisito quando consegue ensinar peran-
te uma assistência ou em particular.
17 É importante que os anciãos sejam zelosos no mi-

nistério. Deve ser evidente que eles se esforçam em imi-


tar a Jesus também desse modo, pois ele dava priori-
dade à pregação das boas novas. Jesus demonstrava
interesse nos seus discípulos, ajudando-os a ser bons
evangelizadores. (Mar. 1:38; Luc. 8:1) A determinação
dos anciãos de dedicar tempo ao ministério apesar das
suas muitas responsabilidades incentiva todos na con-
gregação a ter o mesmo zelo. E, quando pregam com
membros de sua própria família e com outros na con-
gregação, eles ‘se encorajam mutuamente’. — Rom.
1:11, 12.
18 Tudo isso pode dar a impressão de que se espe-

ra muito de alguém que serve como ancião. É verda-


de que nenhum ancião satisfaz perfeitamente o eleva-
do padrão bíblico. Mas nenhum desses irmãos deveria
deixar tanto a desejar em alguma dessas qualidades
a ponto de isso ser encarado como falha grave. Alguns
anciãos talvez tenham certas qualidades notáveis, ao

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 37


passo que outros se desta- Para que a
cam em outros campos. Des- congregação seja
sa forma, o corpo de anciãos bem cuidada, os
como um todo tem todas as homens designados
qualidades excelentes neces- para servir como
sárias para a boa supervisão anciãos devem
da congregação de Deus. satisfazer
19 Quando os anciãos como
os requisitos
corpo recomendam homens estabelecidos na
para ser anciãos, devem Palavra de Deus
ter em mente as palavras do
apóstolo Paulo: “Digo a cada
um de vocês que não pense de si mesmo mais do que
é necessário pensar, mas que cada um pense de um
modo que revele bom senso, conforme a medida de fé
que Deus lhe deu.” (Rom. 12:3) Cada ancião deve se
considerar alguém menor. Ninguém deve ser “justo de-
mais” ao examinar as qualificações de outro. (Ecl. 7:16)
Tendo bem em mente os requisitos bíblicos para os an-
ciãos, o corpo de anciãos deve determinar se um ir-
mão que está sendo analisado satisfaz de modo ra-
zoável esses requisitos. Eles devem levar em conta as
imperfeições humanas e estar livres de favoritismo e hi-
pocrisia. Assim, fazem sua recomendação de um modo
que mostre o devido respeito pelos padrões justos de
Jeová e que seja para o bem da congregação. Conside-
ram com oração cada recomendação e seguem a orien-
tação do espírito santo de Deus. Essa é uma das sé-
rias responsabilidades que eles têm, e devem fazer isso

38 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


em harmonia com a exortação de Paulo: “Nunca impo-
nha as mãos sobre nenhum homem precipitadamente.”
— 1 Tim. 5:21, 22.
O FRUTO DO ESPÍRITO
20Os homens espiritualmente qualificados dão evi-
dência de que são guiados pelo espírito santo e mani-
festam o fruto do espírito na sua vida. Paulo menciona
os nove aspectos do fruto do espírito: “Amor, alegria,
paz, paciência, bondade, benignidade, fé, brandura, au-
todomínio.” (Gál. 5:22, 23) Esses anciãos reanimam os
irmãos e ajudam a unir a congregação para prestar ser-
viço sagrado. Sua conduta e os frutos do seu trabalho
mostram que são designados por espírito santo. — Atos
20:28.
HOMENS QUE PROMOVEM A UNIÃO
21É essencial que os anciãos trabalhem juntos para
promover a união na congregação. Eles talvez tenham
personalidades bem diferentes, mas preservam a união
do corpo escutando respeitosamente uns aos outros,
mesmo que nem sempre tenham a mesma opinião so-
bre todos os assuntos que consideram. Cada um deve
estar disposto a ceder e a apoiar a decisão final do cor-
po de anciãos, desde que ela não viole nenhum prin-
cípio bíblico. Para mostrar que é guiado pela “sabedo-
ria de cima”, que é ‘pacífica e razoável’, o ancião não
deve ficar insistindo em suas próprias opiniões. (Tia.
3:17, 18) Nenhum ancião deve pensar que é melhor que
os outros, nem deve tentar dominar os outros. Quan-
do cooperam como corpo para o bem da congregação,

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 39


os anciãos estão na realidade cooperando com Jeová.
— 1 Cor., cap. 12; Col. 2:19.
ESFORÇAR-SE PARA ALCANÇAR O PRIVILÉGIO
22
Homens cristãos maduros devem querer ser an-
ciãos. (1 Tim. 3:1) No entanto, esse privilégio exige tra-
balho e abnegação. Significa se colocar à disposição
para atender às necessidades dos irmãos, cuidando dos
interesses espirituais deles. Esforçar-se para se tornar
ancião significa empenhar-se para satisfazer os requi-
sitos bíblicos.
CIRCUNSTÂNCIAS PESSOAIS PODEM MUDAR
23
Pode ser que um irmão que serve fielmente como
ancião há muito tempo desenvolva um problema de
saúde ou fique de alguma outra forma incapacitado.
Por causa da idade avançada, talvez não consiga mais
cuidar das responsabilidades de um ancião. Mesmo as-
sim, ele ainda deve ser respeitado e considerado como
ancião enquanto continuar designado; não precisa en-
tregar o cargo por causa de suas limitações. Ele ainda
é digno da dupla honra dada a todos os anciãos dili-
gentes, que dão o melhor de si para pastorear o reba-
nho.
24 Mas, se um irmão achar melhor deixar de ser an-

cião por causa de mudanças nas circunstâncias pes-


soais que limitam sua capacidade de servir nessa fun-
ção, ele poderá fazer isso. (1 Ped. 5:2) Ele ainda deverá
ser respeitado. Poderá fazer muito para o bem da con-
gregação, embora não tenha mais as designações e os
deveres dos anciãos.

40 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CARGOS DE RESPONSABILIDADE NA CONGREGAÇÃO
25 Os anciãos cuidam de várias responsabilidades na
congregação. Eles podem servir como coordenador do
corpo de anciãos, secretário, superintendente de ser-
viço, dirigente do estudo de A Sentinela ou superin-
tendente da Reunião Vida e Ministério. Muitos anciãos
servem como superintendentes de grupo. Os anciãos
servem nesses cargos por tempo indeterminado. É cla-
ro que, se um irmão se mudar, não puder mais cuidar
de suas responsabilidades por motivos de saúde ou se
desqualificar por deixar de satisfazer requisitos bíblicos,
outro ancião será escolhido para cuidar da designação.
Nas congregações com poucos anciãos, talvez seja ne-
cessário que um ancião tenha mais de uma designação
até que outros irmãos se qualifiquem para ser anciãos.
26 O coordenador do corpo de anciãos preside as

reuniões do corpo. Nessa função, ele trabalha humil-


demente com os outros anciãos cuidando do rebanho
de Deus. (Rom. 12:10; 1 Ped. 5:2, 3) Ele deve ser bom
organizador e saber exercer liderança com diligência.
— Rom. 12:8.
27 O secretário cuida dos registros da congregação e

mantém os anciãos a par de importantes informações


recebidas. Se necessário, outro ancião ou um servo mi-
nisterial habilitado pode ser designado para ajudá-lo.
28 A programação para o serviço de campo e outros

assuntos relacionados são supervisionados pelo supe-


rintendente de serviço. Ele programa visitas regulares
a todos os grupos de serviço de campo, visitando assim

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 41


um grupo por mês, durante um fim de semana. Em con-
gregações menores, onde há poucos grupos, ele talvez
visite cada grupo duas vezes por ano. Durante sua vi-
sita, ele dirige as reuniões para o serviço de campo, tra-
balha com o grupo no ministério, faz revisitas e dirige
estudos bíblicos com os publicadores.
SUPERINTENDENTES DE GRUPO
29 Um dos notáveis privilégios na congregação é ser-

vir como superintendente de grupo. Suas responsabi-


lidades incluem (1) ter interesse ativo na espiritualida-
de de cada pessoa do seu grupo; (2) ajudar cada um
no grupo a ter uma participação regular, zelosa e alegre
no ministério; e (3) ajudar e treinar servos ministeriais
do grupo a fim de que se qualifiquem para receber res-
ponsabilidades na congregação. O corpo de anciãos de-
termina quais irmãos estão mais qualificados para sa-
tisfazer todos esses aspectos da designação.
30 Por causa da natureza da designação, os superin-

tendentes de grupo devem ser anciãos, se possível. Ou


um servo ministerial habilitado pode assumir essa fun-
ção até que um ancião possa fazer isso. Nesse caso, o
servo ministerial é chamado de servo de grupo, visto
que não atua como ancião na congregação. Ele cuida
dessa responsabilidade sob a orientação dos anciãos.
31 Um aspecto importante do trabalho de um superin-

tendente de grupo é exercer a liderança no ministério


de campo. Sua regularidade, zelo e entusiasmo anima-
rão outros no seu grupo. Visto que os publicadores gos-
tam do encorajamento e da ajuda que recebem quan-

42 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


do estão juntos, seria bom que o superintendente de
grupo programasse saídas de campo em horários que
seja conveniente para a maioria. (Luc. 10:1-16) O supe-
rintendente de grupo precisa ter certeza de que sem-
pre haja território suficiente. Em geral é ele quem diri-
ge a reunião para o serviço de campo e organiza os
publicadores para as atividades do dia. Quando não pu-
der estar presente, ele providenciará que outro ancião
ou um servo ministerial cuide dessas responsabilidades
para que os publicadores não fiquem sem a necessá-
ria liderança. Se não houver nenhum ancião ou servo
ministerial disponível, um publicador qualificado pode-
rá fazer isso.
32 O superintendente de grupo deve fazer preparativos

para a visita do superintendente de serviço, informan-


do seu grupo sobre a visita e criando expectativa por
essa ocasião e seus benefícios. Quando todos no gru-
po estão bem a par da programação, podem apoiá-la
com entusiasmo.
33 Os grupos de serviço de campo são mantidos pe-

quenos de propósito. Isso permite que o superintenden-


te de grupo conheça bem todos os designados ao seu
grupo. Como pastor amoroso, ele tem grande interesse
em cada um dos publicadores. Procura dar ajuda pes-
soal e incentivo para a pregação e a assistência às reu-
niões. Ele se esforça para fazer tudo o que for apro-
priado a fim de ajudar cada um no grupo a se manter
espiritualmente forte. Os que estiverem doentes ou de-
primidos se beneficiarão de uma visita dele. Uma suges-
tão animadora ou um conselho podem motivar alguns

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 43


a se esforçar para alcançar mais privilégios na congre-
gação e assim ajudar mais seus irmãos. É claro que o
superintendente de grupo se esforça em ajudar princi-
palmente quem faz parte do seu grupo. Mas, como an-
cião e pastor, ele se preocupa com todos na congrega-
ção e está disposto a dar atenção a qualquer um que
precise de ajuda. — Atos 20:17, 28.
34 Uma responsabilidade do superintendente de grupo

é recolher os relatórios de serviço de campo dos irmãos


do seu grupo. Esses relatórios são entregues ao secre-
tário. Os publicadores podem ajudar o superintenden-
te do grupo por entregar prontamente seus relatórios.
Eles podem ser entregues diretamente ao superinten-
dente do grupo no fim de cada mês ou colocados na
caixa de relatórios no Salão do Reino.
COMISSÃO DE SERVIÇO DA CONGREGAÇÃO
35
Certas responsabilidades são cuidadas pela comis-
são de serviço da congregação, que é formada pelo
coordenador do corpo de anciãos, o secretário e o
superintendente de serviço. Por exemplo, a comissão
de serviço aprova o uso do Salão do Reino para ca-
samentos e funerais, e é responsável pela designação
de publicadores para os grupos de serviço de cam-
po. Também aprova petições para pioneiros regulares e
auxiliares e para outras modalidades de serviço. Essa
comissão trabalha sob a supervisão do corpo de an-
ciãos.
36 É Betel que define as orientações sobre as respon-

sabilidades de cada um desses irmãos — bem como as

44 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


do dirigente do estudo de A Sentinela, do superinten-
dente da Reunião Vida e Ministério e de outros que fa-
zem parte do corpo de anciãos.
37 O corpo de anciãos da congregação se reúne perio-

dicamente para considerar assuntos relacionados com


o progresso espiritual da congregação. Além da reunião
de anciãos que é feita durante a visita do superinten-
dente de circuito, outra reunião de anciãos é feita uns
três meses depois de cada visita. Naturalmente, os an-
ciãos podem se reunir sempre que for necessário.
SER SUBMISSOS
38 Os anciãos são homens imperfeitos; ainda assim,

todos na congregação são exortados a ser submissos


a eles porque essa é uma provisão de Jeová. Os an-
ciãos prestarão contas a ele por suas ações. Eles repre-
sentam a Deus e seu governo teocrático. Hebreus 13:17
diz: “Sejam obedientes aos que exercem liderança en-
tre vocês e sejam submissos, pois eles vigiam sobre vo-
cês e prestarão contas disso; para que façam isso com
alegria, e não com suspiros, porque isso seria prejudi-
cial a vocês.” Assim como Jeová usa o espírito santo
para designar um homem, ele usará o mesmo espírito
santo para remover do cargo quem deixar de demons-
trar o fruto do espírito e não estiver mais vivendo à al-
tura dos requisitos bíblicos.
39 Será que somos realmente gratos pelo trabalho ár-

duo e pelo bom exemplo dos anciãos? Ao escrever à


congregação em Tessalônica, Paulo incentivou os ir-
mãos: “Pedimos . . . a vocês, irmãos, que respeitem

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 45


os que trabalham arduamen- Quando somos sub-
te no seu meio, que presi- missos aos anciãos
dem a vocês no Senhor e designados para
que os aconselham; tenham pastorear o reba-
a mais alta consideração por nho, cooperamos
eles em amor, por causa do com o Cabeça
trabalho deles.” (1 Tes. 5:12, da congregação,
13) Grande parte do trabalho Jesus Cristo
dos anciãos torna nosso ser-
viço a Deus mais fácil e mais
agradável. Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo tam-
bém menciona a atitude que os irmãos da congregação
devem ter para com os anciãos. Ele disse: “Os anciãos,
que presidem bem, sejam considerados dignos de du-
pla honra, especialmente os que trabalham arduamen-
te no falar e no ensinar.” — 1 Tim. 5:17.
OUTROS CARGOS DE RESPONSABILIDADE
NA ORGANIZAÇÃO
40
Às vezes, alguns anciãos são designados para ser-
vir como membros de Grupos de Visitas a Pacientes.
Outros servem em Comissões de Ligação com Hospi-
tais e visitam hospitais e médicos para incentivar cada
vez mais o tratamento de Testemunhas de Jeová sem
o uso do sangue. Outros anciãos promovem os interes-
ses do Reino por ajudar na construção e na manuten-
ção de Salões do Reino e Salões de Assembleias, ou
ainda por servir como membros de Comissão de Con-
gresso. Todos na organização apreciam todo o trabalho
que esses irmãos fazem, bem como sua disposição de

46 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


se gastar dessa maneira. De fato, ‘continuamos a pre-
zar homens como esses’. — Fil. 2:29.
SUPERINTENDENTE DE CIRCUITO
41 O Corpo Governante cuida da designação de an-
ciãos qualificados para servir como superintendentes
de circuito. Cada um deles é designado por Betel para
visitar as congregações que formam um circuito, em
geral duas vezes por ano. Periodicamente, eles também
visitam pioneiros em territórios isolados. Eles progra-
mam seu itinerário e informam cada congregação com
antecedência para que os irmãos tirem o maior provei-
to possível da visita.
42 O coordenador do corpo de anciãos é responsável

pelos preparativos para a visita, a fim de que ela seja


espiritualmente reanimadora para todos. (Rom. 1:11,
12) Depois de receber o aviso da visita e informações
sobre as necessidades pessoais do superintendente de
circuito e de sua esposa (se for casado), o coordena-
dor do corpo de anciãos providencia hospedagem e ou-
tras coisas necessárias, com a ajuda de vários irmãos.
Ele cuida para que todos, incluindo o superintendente
de circuito, sejam informados desses preparativos.
43 O superintendente de circuito entra em contato

com o coordenador do corpo de anciãos para se infor-


mar sobre o horário das reuniões, incluindo as reuniões
para o serviço de campo. Essas reuniões são progra-
madas de acordo com as sugestões do superintenden-
te de circuito e com as orientações fornecidas por Be-
tel. Todos precisam ser informados com antecedência

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 47


sobre a hora e o local das reuniões com a congregação,
com os pioneiros e com os anciãos e servos ministe-
riais, bem como das reuniões para o serviço de campo.
44 Na terça-feira à tarde, o superintendente de circui-

to verifica os Registros de Publicador de Congregação,


os registros de assistência às reuniões, os cartões de
território e as contas da congregação. Isso vai dar a ele
uma ideia das possíveis necessidades da congregação
e como ele pode ajudar os responsáveis por esses re-
gistros. O coordenador do corpo de anciãos deve pro-
videnciar que o superintendente de circuito receba es-
ses registros com antecedência.
45 Durante a visita, o superintendente de circuito tira

tempo para conversar com os irmãos individualmente,


dentro do possível — nas reuniões, no serviço de cam-
po, nas refeições com os irmãos e em outras ocasiões.
Além disso, ele se reúne com os anciãos e os servos mi-
nisteriais, dando conselhos bíblicos, sugestões e enco-
rajamento apropriados que os ajudarão a cumprir suas
responsabilidades de pastorear o rebanho aos seus cui-
dados. (Pro. 27:23; Atos 20:26-32; 1 Tim. 4:11-16) Ele
se reúne também com os pioneiros para encorajá-los
no serviço e dar ajuda pessoal caso estejam enfrentan-
do algum problema no ministério.
46 Se houver outros assuntos que precisam de aten-

ção, o superintendente de circuito dará ajuda dentro


do possível durante a semana. Mas, se esses assuntos
não puderem ser resolvidos durante a semana da visi-
ta, o superintendente de circuito poderá ajudar os an-
ciãos ou as pessoas envolvidas a fazer pesquisa sobre

48 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


as orientações bíblicas que se aplicam ao caso. Se for
preciso que Betel acompanhe o assunto, o superinten-
dente de circuito e os anciãos enviarão a Betel um re-
latório detalhado sobre o caso.
47 Durante a visita, o superintendente de circuito as-

siste às reuniões regulares da congregação. Vez


por outra, elas podem ser ajustadas de acordo com as
orientações de Betel. Ele faz discursos para encorajar,
motivar, instruir e fortalecer a congregação. Ele se es-
força para aumentar o amor dos irmãos por Jeová, por
Jesus Cristo e pela organização.
48 Um dos objetivos da visita do superintendente de cir-

cuito é incentivar uma participação ativa no ministério e


dar sugestões práticas. É possível que muitos na congre-
gação consigam ajustar sua programação para partici-
par ainda mais no ministério, seja servindo como pionei-
ros auxiliares no mês da visita, seja apoiando ao máximo
o serviço de campo naquela semana. Quem quiser tra-
balhar com ele ou com sua esposa pode combinar isso
com antecedência. Pode ser muito proveitoso levar o su-
perintendente de circuito ou sua esposa para acompa-
nhá-lo em estudos ou revisitas. O esforço adicional que
você fizer para apoiar plenamente esse aspecto da se-
mana da visita será muito apreciado. — Pro. 27:17.
49 Todo ano, duas assembleias são programadas para

cada circuito. O superintendente de circuito é res-


ponsável pela organização e pelo funcionamento des-
sas assembleias. Ele designa um superintendente de
assembleia e um superintendente ajudante de assem-
bleia. Esses irmãos cooperam com o superintendente

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 49


de circuito na organização desses eventos. Isso permi-
te que ele se concentre no programa espiritual. O supe-
rintendente de circuito também designa outros irmãos
habilitados para cuidar de vários departamentos. Além
disso, ele providencia que uma auditoria das contas do
circuito seja feita regularmente. Todo ano, uma das as-
sembleias de circuito recebe um representante de Betel
como orador visitante. Por causa das distâncias envol-
vidas ou do tamanho do local da assembleia, às vezes
alguns circuitos são divididos em partes, por exemplo,
partes “a” e “b”. Cada uma das partes tem a sua pró-
pria assembleia.
50 O superintendente de circuito envia seu relatório de

serviço de campo diretamente para Betel no final de


cada mês. Se houver algumas despesas necessárias
— como viagens entre uma congregação e outra, ali-
mentação, hospedagem ou outras coisas necessárias
para a realização do seu trabalho — e elas não forem
cobertas pela congregação que ele está visitando, ele
poderá apresentar as despesas para Betel. Os supe-
rintendentes de circuito confiam que, se colocarem o
Reino de Jeová em primeiro lugar, suas necessidades
materiais serão supridas, como Jesus prometeu. (Luc.
12:31) As congregações encaram como um privilégio
mostrar hospitalidade a esses anciãos que se dedicam
a servi-las. — 3 João 5-8.
COMISSÃO DE FILIAL
51
Em todas as filiais das Testemunhas de Jeová ao re-
dor do mundo, três ou mais irmãos maduros e espiri-
tualmente qualificados formam uma Comissão de Filial,

50 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


que cuida da obra de pregação no país, ou nos países,
sob sua supervisão. Um dos membros da comissão ser-
ve como coordenador da Comissão de Filial.
52 Os que servem na Comissão de Filial cuidam de as-

suntos relacionados a todas as congregações no terri-


tório da filial. A comissão supervisiona a pregação das
boas novas do Reino em todo o território da filial e se
certifica de que congregações e circuitos sejam for-
mados para cuidar bem das necessidades do campo.
Além disso, dá atenção às atividades dos missionários,
pioneiros especiais, regulares e auxiliares. A comissão
também cuida da organização de assembleias e con-
gressos e providencia designações para esses eventos,
a fim de que “todas as coisas ocorram com decência e
ordem”. — 1 Cor. 14:40.
53 Em alguns pa íses, designa-se uma Comissão do

País, que trabalha sob a supervisão de uma Comissão


de Filial de outro país. Isso permite que se supervisio-
ne mais de perto o trabalho onde a Comissão do País
serve. Essa comissão cuida dos assuntos do lar de Be-
tel, bem como da correspondência, dos relatórios e, de
modo geral, das atividades no campo. A Comissão do
País coopera com a Comissão de Filial para promover
os interesses do Reino.
54 O Corpo Governante faz todas as designações dos

que servem em Comissões de Filial e Comissões do País.


REPRESENTANTES DA SEDE MUNDIAL
55
Periodicamente, o Corpo Governante providencia
que representantes da sede mundial visitem cada uma

SUPERINTENDENTES PARA PASTOREAR O REBANHO 51


das filiais em toda a Terra. O objetivo principal da visi-
ta desse irmão é encorajar a família de Betel e ajudar
a Comissão de Filial com problemas ou dúvidas que tal-
vez surjam com respeito à obra de pregação. Ele tam-
bém se reúne com alguns superintendentes de circuito
e, de tempos em tempos, com missionários em campo.
Nessas ocasiões, ele conversa com esses irmãos sobre
os problemas e as necessidades deles, dando o enco-
rajamento que precisam para realizar a sua atividade
mais importante, pregar o Reino e fazer discípulos.
56 O representante da sede mundial tem muito inte-

resse no que está sendo realizado no território da filial


no que diz respeito à pregação do Reino e a outras ati-
vidades das congregações. Conforme o tempo permitir,
ele também pode visitar escritórios remotos de tradu-
ção. Ao visitar uma filial, ele também participa na pre-
gação, dentro do possível.
SUPERVISÃO AMOROSA
57
Nós nos beneficiamos muito do trabalho árduo e do
cuidado amoroso de homens cristãos maduros. Quan-
do somos submissos aos anciãos designados para pas-
torear o rebanho, cooperamos com o Cabeça da con-
gregação, Jesus Cristo. (1 Cor. 16:15-18; Efé. 1:22, 23)
Além disso, permitimos que o espírito santo de Deus
atue livremente e mostramos que a Palavra de Deus
guia nossas ações. — Sal. 119:105.

52 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 6

Servos ministeriais prestam


serviços valiosos
O APÓSTOLO Paulo escreveu à congregação em Filipos:
“Paulo e Timóteo, escravos de Cristo Jesus, a todos os
santos em união com Cristo Jesus que estão em Fili-
pos, junto com superintendentes e servos ministeriais.”
(Fil. 1:1) Note que ele mencionou os servos ministeriais.
Pelo visto, esses homens desempenhavam um impor-
tante papel ajudando os anciãos na congregação na-
quela época. O mesmo acontece hoje. Os servos mi-
nisteriais prestam serviços que ajudam os anciãos e
contribuem para a boa ordem na congregação.
2 Você sabe quem são os servos ministeriais da sua

congregação? Conhece o trabalho que eles fazem para


o seu benefício e para o benefício de toda a congrega-
ção? Com certeza Jeová dá valor aos esforços desses
homens. Paulo escreveu: “Os homens que servem bem
adquirem para si uma boa reputação e podem falar com
grande confiança sobre a fé em Cristo Jesus.” — 1 Tim.
3:13.
REQUISITOS BÍBLICOS PARA SERVOS MINISTERIAIS
3 Espera-se que os servos ministeriais tenham uma

vida cristã exemplar, sejam homens responsáveis e cui-


dem bem de suas designações. Isso fica claro quando
consideramos o que Paulo disse sobre as qualificações
deles em sua carta a Timóteo: “Os servos ministeriais

SERVOS MINISTERIAIS PRESTAM SERVI ÇOS VALIOSOS 53


devem igualmente ser sérios e homens de uma só pa-
lavra; não devem beber muito vinho, nem ser ávidos de
ganho desonesto. Devem se apegar ao segredo sagra-
do da fé com a consciência limpa. Também, que esses
sejam primeiro examinados quanto à aptidão; depois
sirvam como ministros, se estiverem livres de acusação.
Que os servos ministeriais sejam maridos de uma só es-
posa e presidam bem aos seus filhos e à sua própria
família.” (1 Tim. 3:8-10, 12) Quando os anciãos fazem
a recomendação de irmãos para serem servos ministe-
riais, eles devem se certificar de que esses irmãos cum-
prem os requisitos da Bíblia. Isso protege a congrega-
ção contra acusações quanto ao tipo de homens que
recebem responsabilidades especiais.
4 Independentemente da idade, os servos ministeriais

são ativos no ministério todo mês. Imitando a Jesus,


eles demonstram zelo pelo ministério. Por terem esse
zelo, eles refletem o interesse de Jeová na salvação da
humanidade. — Isa. 9:7.
5 Os servos ministeriais são também exemplares no

modo de se vestir e se arrumar, no falar, na atitude e


na conduta. São sensatos, e isso faz com que outros
os respeitem. Além disso, eles levam a sério sua amiza-
de com Jeová e seus privilégios na congregação. — Tito
2:2, 6-8.
6 Esses homens foram “examinados quanto à apti-

dão”. Mesmo antes de serem designados, eles provaram


que são homens realmente dedicados. Demonstraram
que colocam o Reino em primeiro lugar na vida e que se

54 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


esforçam para alcançar mais privilégios. São, de fato,
exemplos para outros na congregação. — 1 Tim. 3:10.
SERVIÇOS QUE PRESTAM
7 Os servos ministeriais prestam vários serviços úteis
para os irmãos, tornando possível que os anciãos te-
nham mais tempo para cuidar das responsabilidades de
ensino e de pastoreio. Ao lhes dar designações, o corpo
de anciãos leva em conta suas habilidades individuais
e as necessidades da congregação.
8 Considere alguns desses serviços: um servo minis-

terial pode ser designado para cuidar das publicações


que obtemos para uso pessoal e para o ministério de
campo. Ainda outros cuidam dos registros da congre-
gação ou dos cartões de território. Alguns são designa-
dos para cuidar dos microfones, operar o equipamen-
to de som, servir como indicadores e ajudar os anciãos
de outras maneiras. A manutenção e a limpeza do Sa-
lão do Reino exigem muito trabalho, por isso muitas ve-
zes se pede aos servos ministeriais que ajudem a cui-
dar dessas responsabilidades.
9 Em algumas congregações, talvez seja possível de-

signar um servo ministerial para cada uma dessas ta-


refas. Em outras, um servo ministerial talvez cuide de
várias delas. Em alguns casos, pode ser que mais de um
servo ministerial cuide da mesma tarefa. Se não houver
servos ministeriais suficientes para cuidar de algumas
dessas responsabilidades, o corpo de anciãos pode pro-
videnciar que outros irmãos batizados e exemplares fa-
çam isso. Assim, eles ganharão experiência que será útil

SERVOS MINISTERIAIS PRESTAM SERVI ÇOS VALIOSOS 55


mais tarde quando se qualifi- Os servos ministe-
carem para ser servos minis- riais prestam vários
teriais. Se não houver irmãos serviços úteis,
disponíveis, pode-se pedir a tornando possível
uma irmã exemplar que aju- que os anciãos
de em algumas coisas, em- tenham mais tempo
bora ela, naturalmente, não para cuidar das
seja designada para o car- responsabilidades
go de servo ministerial. Um de ensino e de
cristão exemplar é um bom
pastoreio
exemplo para outros em to-
dos os aspectos de sua vida,
como na assistência às reuniões, na participação no
ministério, na vida familiar, nas escolhas de entreteni-
mento, no modo de se vestir e se arrumar e assim por
diante.
10 Em congregações com poucos anciãos, servos mi-

nisteriais habilitados podem ser designados para con-


siderar com o candidato ao batismo as perguntas que
tratam de assuntos bíblicos. Essas perguntas estão no
Apêndice “Parte 1: Ensinos Cristãos”. Visto que a “Par-
te 2: Vida Cristã” tem a ver com assuntos pessoais de-
licados, essa seção deve ser considerada por um ancião.
11 Se houver um bom motivo, o corpo de anciãos tal-

vez ache proveitoso revezar de vez em quando algumas


designações entre os servos ministeriais. Mas há mui-
tas vantagens em ter irmãos cuidando das mesmas de-
signações por algum tempo; assim eles podem ganhar
experiência e habilidade.

56 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


12 Dependendo das circunstâncias locais, talvez haja
outras responsabilidades que podem ser dadas aos
servos ministeriais cujo progresso é “claramente visto
por todos”. (1 Tim. 4:15) Se não houver anciãos sufi-
cientes, um servo ministerial poderá ser designado para
atuar como ajudante do superintendente de grupo ou,
em alguns casos, como servo de grupo, sendo supervi-
sionado de perto pelos anciãos. Os servos ministeriais
podem ser designados para fazer algumas partes na
Reunião Vida e Ministério, incluindo dirigir o estudo bí-
blico de congregação, se necessário, e fazer discursos
públicos. Se houver uma necessidade específica, e eles
preencherem os requisitos, poderão receber outros pri-
vilégios. (1 Ped. 4:10) Ao ajudar os anciãos, os servos
ministeriais devem dar voluntariamente de si mesmos.
13 As funções dos servos ministeriais são diferentes

das funções dos anciãos. Mesmo assim, não deixam de


ser serviço sagrado e de ser importantes para o bom
funcionamento da congregação. Com o tempo, se um
servo ministerial cumprir bem suas responsabilidades e
se qualificar como pastor e instrutor, ele poderá ser re-
comendado para servir como ancião.
14 Se você é adolescente ou recém-batizado, está se

esforçando a fim de se qualificar para se tornar servo


ministerial? (1 Tim. 3:1) Todo ano, muitas pessoas acei-
tam a verdade; por isso precisa-se de homens espiri-
tualmente qualificados para cuidar das necessidades da
congregação. Você pode se esforçar para alcançar esse
privilégio cultivando o desejo de ajudar outros. Uma
maneira de fazer isso é meditar no excelente exemplo

SERVOS MINISTERIAIS PRESTAM SERVI ÇOS VALIOSOS 57


de Jesus. (Mat. 20:28; João 4:6, 7; 13:4, 5) Seu desejo
aumentará à medida que você sentir a alegria que vem
de dar. (Atos 20:35) Portanto, se ofereça para dar aju-
da prática a outros, para participar na manutenção do
Salão do Reino ou para substituir alguém numa desig-
nação de estudante na Reunião Vida e Ministério. Além
disso, se esforce para desenvolver qualidades espiri-
tuais por meio de uma boa rotina de estudo pessoal.
(Sal. 1:1, 2; Gál. 5:22, 23) Um irmão que se esforça nes-
se sentido mostra que é fiel e de confiança quando re-
cebe designações na congregação. — 1 Cor. 4:2.
15 Os servos ministeriais são designados por espíri-

to santo para o bem dos irmãos. Todos na congrega-


ção podem mostrar que apreciam seu bom trabalho por
cooperar com eles quando cuidam de suas tarefas de-
signadas. Assim, a congregação mostrará que aprecia
a provisão de Jeová para manter Sua família organiza-
da. — Gál. 6:10.

58 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 7

Reuniões que ‘nos estimulam


ao amor e às boas obras’
AO LONGO dos séculos, o povo de Jeová tem se reuni-
do de modo organizado. No Israel antigo, todos os ho-
mens viajavam até Jerusalém para as três grandes fes-
tividades judaicas. (Deut. 16:16) No primeiro século, os
cristãos se reuniam regularmente, em geral na casa de al-
guém da congregação. (Filêm. 1, 2) Hoje temos reuniões,
assembleias e congressos. Por que os servos de Deus se
reúnem? Acima de tudo, porque isso é parte importante
de nossa adoração. — Sal. 95:6; Col. 3:16.
2 Além disso, as reuniões beneficiam os que compare-

cem a elas. No passado, sobre a Festividade das Barra-


cas (que era uma celebração anual), foi dito aos israeli-
tas que a cada sete anos eles tinham de fazer o seguinte:
“Reúna o povo, os homens, as mulheres, as crianças e seu
residente estrangeiro, que está dentro das suas cidades,
para que escutem, aprendam sobre Jeová, seu Deus, e
o temam, e para que tenham o cuidado de cumprir todas
as palavras desta Lei.” (Deut. 31:12) Sabemos que nos
reunir é importante para sermos “ensinados por Jeová”.
(Isa. 54:13) E o convívio que temos com os irmãos nas
reuniões nos dá oportunidade de conhecer melhor uns
aos outros, ser encorajados e fortalecidos.
REUNIÕES CONGREGACIONAIS
3Os discípulos que ficaram em Jerusalém depois do
Pentecostes do ano 33 se dedicavam aos ensinamentos

REUNI ÕES QUE ‘NOS ESTIMULAM AO AMOR E ÀS BOAS OBRAS’ 59


dos apóstolos e “estavam constantemente no templo, dia
após dia, unidos no mesmo propósito”. (Atos 2:42, 46)
Anos depois, quando os cristãos se reuniam para ado-
ração, eles liam escritos inspirados, incluindo cartas dos
apóstolos e de outros discípulos cristãos. (1 Cor. 1:1, 2;
Col. 4:16; 1 Tes. 1:1; Tia. 1:1) Nessas ocasiões, eles tam-
bém faziam orações. (Atos 4:24-29; 20:36) Às vezes,
contavam-se experiências do campo missionário. (Atos
11:5-18; 14:27, 28) Consideravam-se ensinos bíblicos e
o cumprimento de profecias. Davam-se instruções sobre
conduta cristã e devoção a Deus. Todos eram incentiva-
dos a ser pregadores zelosos das boas novas. — Rom.
10:9, 10; 1 Cor. 11:23-26; 15:58; Efé. 5:1-33.
4 Em nossos dias, as reuniões cristãs seguem o mode-

lo estabelecido no tempo dos apóstolos. Nós acatamos


o conselho inspirado de Hebreus 10:24, 25: “Pensemos
uns nos outros . . . não deixando de nos reunir, como é
costume de alguns, mas nos encorajando uns aos outros,
e ainda mais ao passo que vocês veem chegar o dia.”
Nestes últimos dias, quando nos reunimos regularmen-
te, recebemos mais encorajamento. Isso nos mantém for-
tes em sentido espiritual e íntegros como cristãos. (Rom.
1:11, 12) Somos cristãos vivendo no meio de uma gera-
ção pervertida e corrompida. Rejeitamos a falta de te-
mor a Deus e os desejos do mundo. (Fil. 2:15, 16; Tito
2:12-14) Sendo assim, o que seria melhor do que o con-
vívio com o povo de Jeová? (Sal. 84:10) E o que pode-
ria ser mais proveitoso do que estudar e considerar jun-
tos a Palavra de Deus? Veja a seguir as várias reuniões
que temos para nosso benefício.

60 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


REUNIÃO DO FIM DE SEMANA
5 A primeira seção da reunião do fim de semana é um
discurso bíblico direcionado para as pessoas em geral;
algumas talvez estejam assistindo a uma reunião pela pri-
meira vez. O discurso público é muito importante para
ensinar verdades da Bíblia tanto para os que estão co-
meçando a assistir às reuniões como para os publicado-
res da congregação. — Atos 18:4; 19:9, 10.
6 Cristo Jesus, seus apóstolos e os que se associavam

com eles realizavam reuniões públicas semelhantes às


que temos hoje nas congregações do povo de Jeová. Sem
dúvida, Jesus foi o maior orador público que já viveu na
Terra. Foi dito a seu respeito: “Nunca homem algum fa-
lou assim!” (João 7:46) Jesus falava com autoridade, dei-
xando seus ouvintes maravilhados. (Mat. 7:28, 29) Os que
aceitavam de coração sua mensagem eram muito benefi-
ciados. (Mat. 13:16, 17) Os apóstolos seguiram o exemplo
dele. Em Atos 2:14-36, podemos ler o discurso marcan-
te de Pedro no dia do Pentecostes do ano 33. Milhares fo-
ram motivados a agir em resultado do que ouviram. Anos
mais tarde, outros se tornaram cristãos depois de ouvir
o discurso de Paulo em Atenas. — Atos 17:22-34.
7 Da mesma forma, milhões hoje tiram proveito dos

discursos públicos semanais feitos nas congregações e


dos que são feitos em assembleias e congressos. Esses
discursos nos ajudam a sempre dar atenção aos ensinos
cristãos e a permanecer firmes no serviço do Reino. Por
convidarmos os interessados e o público em geral, esta-
remos contribuindo para que as pessoas conheçam os
ensinos principais da Bíblia.

REUNI ÕES QUE ‘NOS ESTIMULAM AO AMOR E ÀS BOAS OBRAS’ 61


8
Os assuntos dos discursos públicos são variados. In-
cluem ensinos, profecias e princípios bíblicos, conselhos
sobre vida familiar e casamento, situações que os jo-
vens enfrentam e moral cristã. Alguns discursos se con-
centram na maravilhosa criação de Jeová. Outros desta-
cam a fé, a coragem e a integridade de servos de Deus
dos tempos bíblicos, mostrando lições para os nossos
dias.
9 Para tirarmos o máximo de proveito dos discursos pú-

blicos, é essencial prestar atenção, procurar os textos ci-


tados pelo orador e acompanhar a leitura e a explicação
deles. (Luc. 8:18) Dessa forma confirmamos na Bíblia as
informações, e isso fortalece nossa determinação de nos
apegarmos ao que aprendemos e a pôr em prática em
nossas vidas. — 1 Tes. 5:21.
10 Se houver oradores disponíveis, a congregação terá

um discurso público toda semana. Em geral, isso é pos-


sível por se convidar oradores de congregações vizinhas.
Se houver poucos oradores, esses discursos serão pro-
feridos sempre que possível.
11 A segunda seção da reunião do fim de semana é o

estudo de A Sentinela, uma consideração por perguntas e


respostas de artigos publicados na edição de estudo des-
sa revista. Por meio de A Sentinela, Jeová nos dá o ali-
mento espiritual no tempo certo.
12 Os artigos de estudo geralmente tratam da aplica-

ção de princípios bíblicos na vida diária. Eles fortalecem


os cristãos para resistir ao “espírito do mundo” e à con-
duta impura. (1 Cor. 2:12) Por meio de A Sentinela, profe-
cias e ensinamentos bíblicos são esclarecidos progressi-

62 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


vamente, tornando possível que todos fiquem em dia com
a verdade e permaneçam no caminho dos justos. (Sal.
97:11; Pro. 4:18) Assistir ao estudo de A Sentinela e par-
ticipar nele nos faz sentir alegres com a esperança do
novo mundo justo de Jeová. (Rom. 12:12; 2 Ped. 3:13)
Essa reunião nos ajuda a cultivar o fruto do espírito e
fortalece nosso desejo de servir a Jeová com zelo. (Gál.
5:22, 23) Somos fortalecidos para suportar provações e
edificar “um bom alicerce para o futuro”, a fim de ‘nos
apegarmos firmemente à verdadeira vida’. — 1 Tim. 6:19;
1 Ped. 1:6, 7.
13 Como podemos tirar o máximo proveito dessa pro-

visão de alimento espiritual? Devemos preparar o estu-


do com antecedência, quer sozinhos, quer em família,
procurar os textos citados e, na reunião, comentar em
nossas próprias palavras. Isso fará com que a verdade
fique gravada em nosso coração, e outros se beneficia-
rão de ouvir nossas expressões de fé. Por escutar com
atenção os comentários dos outros, seremos beneficia-
dos pelo estudo toda semana.
REUNIÃO DO MEIO DE SEMANA
14Toda semana, a congregação se reúne no Salão do
Reino para uma reunião chamada Nossa Vida e Ministé-
rio Cristão. Essa reunião tem três seções que nos aju-
dam a estar “qualificados” como servos de Deus. (2 Cor.
3:5, 6) A programação e a matéria são fornecidas men-
salmente numa publicação chamada Nossa Vida e Minis-
tério Cristão — Apostila do Mês. Essa Apostila também
contém sugestões de conversas sobre a Bíblia para usar-
mos na pregação.

REUNI ÕES QUE ‘NOS ESTIMULAM AO AMOR E ÀS BOAS OBRAS’ 63


15
A primeira seção dessa reunião, chamada de Tesou-
ros da Palavra de Deus, nos ajuda a conhecer o fundo his-
tórico e o contexto de relatos bíblicos e sua aplicação em
nossa vida. Essa seção da reunião inclui um discurso, uma
leitura e uma consideração com participação da assis-
tência baseada no trecho da leitura da Bíblia da semana.
A Apostila inclui ajudas visuais e exercícios que nos aju-
dam a ensinar esses relatos. Essa consideração profunda
da Bíblia é benéfica para nossa vida pessoal e nosso ensi-
no, para que ‘sejamos plenamente competentes, comple-
tamente equipados para toda boa obra’. — 2 Tim. 3:16, 17.
16 A segunda seção da reunião, Faça Seu Melhor no Mi-

nistério, foi preparada para treinar os publicadores no mi-


nistério, melhorando suas habilidades de pregar e ensinar.
Além das designações de estudante, vídeos com suges-
tões de conversas sobre a Bíblia são considerados com
a assistência. Essa seção da reunião nos ajuda a ter “a
língua dos instruídos”, para que ‘saibamos dizer ao can-
sado uma palavra de consolo’. — Isa. 50:4.
17 A terceira seção, Nossa Vida Cristã, mostra como apli-

car os princípios bíblicos na vida diária. (Sal. 119:105)


Uma parte importante dessa seção é o estudo bíblico de
congregação. Assim como o estudo de A Sentinela, o es-
tudo bíblico de congregação é feito por meio de pergun-
tas e respostas.
18 Todo mês, quando chega uma nova Apostila da Reu-

nião Vida e Ministério, o coordenador do corpo de an-


ciãos, ou o ancião que o ajuda, analisa a matéria cui-
dadosamente e faz uma programação. Toda semana, um
ancião que seja bom instrutor e aprovado pelo corpo de

64 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


anciãos serve como presidente da reunião. Sua designa-
ção inclui se certificar de que a reunião comece e termi-
ne na hora certa e dar elogios e conselhos aos que têm
designações de estudante.
19 Por nos prepararmos regularmente para a Reunião

Vida e Ministério, assistirmos a ela e participarmos nela,


adquirimos conhecimento das Escrituras, entendimento
de princípios bíblicos, confiança para pregar as boas no-
vas e habilidade para fazer discípulos. Aqueles que assis-
tem a essa reunião e ainda não são Testemunhas de Jeová
batizadas também se beneficiam da associação caloro-
sa e da matéria espiritualmente edificante. Para nos aju-
dar a nos preparar para essa reunião e outras, podemos
usar a Watchtower Library, o JW Library ˙, a BIBLIOTECA
ON-LINE  da Torre de Vigia (se estiverem disponíveis em
sua língua), o Guia de Pesquisa para Testemunhas de
Jeová e a biblioteca do Salão do Reino. A biblioteca do
Salão do Reino contém as publicações disponíveis das
Testemunhas de Jeová, o Índice das Publicações da Tor-
re de Vigia, e também pode conter várias traduções da
Bíblia, uma concordância, um dicionário e outras obras
de referência úteis. Essa biblioteca pode ser usada por
qualquer pessoa antes ou depois das reuniões.
REUNIÕES PARA O SERVIÇO DE CAMPO
20Em diversas ocasiões durante a semana e nos fins
de semana, grupos de publicadores se reúnem brevemen-
te para o serviço de campo. Essas reuniões geralmen-
te são realizadas em casas de irmãos ou em outros lu-
gares convenientes. O Salão do Reino também pode ser
usado para essa finalidade. Ter grupos menores reunidos

REUNI ÕES QUE ‘NOS ESTIMULAM AO AMOR E ÀS BOAS OBRAS’ 65


em diversos locais no territó- Nestes últimos
rio pode tornar mais fácil para dias, quando
os publicadores ir para os lo- nos reunimos
cais de saída de campo e para regularmente,
o território. Os publicadores recebemos mais
podem ser organizados e con-
encorajamento
duzidos ao território sem de-
mora. Também fica mais fácil
para o superintendente de grupo dar mais atenção aos
que estão sob seus cuidados. Embora haja vantagens em
ter grupos reunidos separadamente, as circunstâncias tal-
vez exijam que vários grupos se reúnam juntos. Por exem-
plo, se poucos publicadores vão ao campo no meio da
semana, talvez seja melhor juntar grupos ou reunir todos
os grupos no Salão do Reino ou em outro local apropria-
do. Assim, os publicadores terão com quem trabalhar. Os
anciãos talvez achem conveniente reunir toda a congre-
gação no Salão do Reino para a saída de campo nos fe-
riados. Ou talvez decidam fazer isso depois do estudo de
A Sentinela.
21 Se os grupos se reúnem separadamente, o superin-

tendente de cada grupo tem a responsabilidade de dirigir


a reunião para o serviço de campo. De tempos em tem-
pos, ele pode designar seu ajudante ou outro irmão qua-
lificado para dirigir essas reuniões. O dirigente deve es-
tar preparado para falar algo que seja prático e útil para
o serviço de campo. Os publicadores são divididos em
pares, recebem o território onde vão trabalhar, e um ir-
mão faz a oração. Daí o grupo já deve ir para o territó-
rio. Essas reuniões duram de cinco a sete minutos, mas

66 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


devem ser mais curtas se forem logo depois de uma reu-
nião congregacional. Elas devem dar incentivo, instrução
prática e orientações para os que vão à pregação. Publi-
cadores novos ou outros que talvez precisem de ajuda
podem trabalhar com publicadores experientes para re-
ceber treinamento.
REUNIÕES EM CONGREGAÇÕES NOVAS OU PEQUENAS
22 À medida que mais pessoas se tornam discípulos, o
número de congregações aumenta. Em geral, o pedido
para a abertura de uma nova congregação é enviado pelo
superintendente de circuito. Mas, em alguns casos, gru-
pos pequenos talvez achem melhor se reunir com a con-
gregação mais próxima.
23 Pode haver congregações pequenas compostas só de

irmãs. Nesse caso, uma irmã que faz orações na congre-


gação ou dirige reuniões faz isso com a cabeça coberta,
em harmonia com o procedimento bíblico. (1 Cor. 11:3-16)
Na maioria dos casos, ela fica sentada, de frente para o
grupo. As irmãs não fazem discursos da tribuna, como
os irmãos. Em vez disso, elas leem e comentam a ma-
téria fornecida pela organização, ou, para variar, podem
analisar a matéria com algumas participações da assis-
tência ou com uma demonstração. Betel vai designar uma
das irmãs para cuidar das reuniões e da correspondên-
cia com a filial. Com o tempo, quando irmãos se qualifi-
carem, eles cuidarão dessas responsabilidades.
ASSEMBLEIAS DE CIRCUITO
24Todo ano é feita uma programação para que as con-
gregações designadas ao mesmo circuito se reúnam em

REUNI ÕES QUE ‘NOS ESTIMULAM AO AMOR E ÀS BOAS OBRAS’ 67


duas assembleias de circuito de um dia. Essas ocasiões
dão a todos na assistência oportunidades de ‘abrir am-
plamente seu coração’ num alegre convívio cristão.
(2 Cor. 6:11-13) Visando atender a necessidades especí-
ficas, a organização de Jeová prepara os temas bíblicos
e as diversas partes desses eventos. As informações são
apresentadas na forma de discursos, demonstrações, en-
cenações, monólogos e entrevistas. Essa instrução edifi-
ca todos os presentes. Essas assembleias dão aos novos
discípulos a oportunidade de ser batizados em símbolo
de sua dedicação a Jeová.
CONGRESSOS REGIONAIS
25
Uma vez por ano, realizam-se reuniões maiores. São
geralmente congressos regionais de três dias, que reú-
nem congregações de vários circuitos. Filiais menores tal-
vez achem mais prático que todas as congregações no
território da filial se reúnam num só local. Em alguns paí-
ses, o planejamento para essas reuniões pode variar de
acordo com as circunstâncias ou com as orientações da
organização. De vez em quando, há congressos interna-
cionais e especiais em alguns países, e dezenas de mi-
lhares de Testemunhas de Jeová de vários países com-
parecem a esses eventos. No decorrer dos anos, muitos
aprenderam as boas novas do Reino por causa da divul-
gação dessas grandes reuniões.
26 Para o povo dedicado de Jeová, os congressos são

alegres oportunidades para adorar a Deus em união. Têm


sido boas ocasiões para se dar mais esclarecimento da
verdade. Em alguns desses eventos, são lançadas publi-
cações para estudo pessoal e congregacional ou para uso

68 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


no ministério de campo. E em todos os congressos são
realizados batismos. Essas ocasiões são especialmente
importantes porque nos ajudam a fortalecer nossa ami-
zade com Jeová. Dão evidência de que o povo de Jeová
realmente é uma fraternidade internacional de cristãos
dedicados que se destaca pelo amor. — João 13:35.
27 Por assistirmos às reuniões congregacionais e às as-

sembleias e congressos do povo de Jeová, somos forta-


lecidos para fazer a vontade dele. Também somos prote-
gidos contra influências que poderiam enfraquecer nossa
fé. Todas essas reuniões dão glória e louvor a Jeová. (Sal.
35:18; Pro. 14:28) Somos gratos a Jeová por ter forne-
cido essas ocasiões de revigoramento espiritual para seu
povo dedicado neste tempo do fim.
A CEIA DO SENHOR
28 Uma vez por ano, no dia em que Jesus Cristo mor-
reu, as congregações das Testemunhas de Jeová em todo
o mundo se reúnem para a Celebração da morte de Cris-
to, ou Ceia do Senhor. (1 Cor. 11:20, 23, 24) Essa é a
reunião mais importante do ano para o povo de Jeová.
Recebemos a ordem específica de realizar essa Celebra-
ção. — Luc. 22:19.
29 A data da Celebração corresponde à data da Páscoa

bíblica, que é indicada nas Escrituras. (Êxo. 12:2, 6; Mat.


26:17, 20, 26) A Páscoa era a celebração anual da liber-
tação dos israelitas do Egito, que aconteceu em 1513 an-
tes de Cristo. Naquela ocasião, Jeová determinou que no
14./ dia do primeiro mês lunar judaico os israelitas te-
riam de comer o cordeiro da Páscoa e sair livres do Egi-
to. (Êxo. 12:1-51) Essa data é calculada contando treze

REUNI ÕES QUE ‘NOS ESTIMULAM AO AMOR E ÀS BOAS OBRAS’ 69


dias a partir de quando a lua nova mais próxima do equi-
nócio da primavera se torna visível em Jerusalém. Em ge-
ral, a Celebração cai na primeira lua cheia depois do equi-
nócio da primavera.
30 As palavras do próprio Jesus em Mateus 26:26-28

mostram como a Celebração deve ser realizada. Não é um


ritual místico, mas uma refeição simbólica na qual parti-
cipam os que foram chamados para ser herdeiros com
Jesus Cristo no seu Reino celestial. (Luc. 22:28-30) To-
dos os outros cristãos dedicados e pessoas interessa-
das são incentivados a estar presentes à Ceia do Senhor
como observadores. Sua presença mostra que apreciam
a provisão que Jeová fez a favor de toda a humanidade
por meio do seu Filho, Jesus Cristo. Antes da Celebra-
ção, deve ser feito um discurso público especial. Esse dis-
curso deve criar expectativa para a Celebração e aumen-
tar o interesse pelo estudo da Bíblia.
31 Como Testemunhas de Jeová, nós gostamos muito

de estar com nossos irmãos nas reuniões. Nessas oca-


siões, nós ‘pensamos uns nos outros para nos estimu-
lar ao amor e às boas obras’. (Heb. 10:24) O escravo fiel
e prudente está atento para providenciar essas reuniões
para fortalecer nossa amizade com Jeová. Todos os ser-
vos de Jeová e pessoas interessadas são incentivados a
tirar pleno proveito da provisão das reuniões. Se mos-
trarmos apreço sincero por tudo o que Jeová nos dá por
meio de sua organização, manteremos a união como ser-
vos de Deus. E o que é mais importante, louvaremos e
glorificaremos a Jeová. — Sal. 111:1.

70 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 8

Ministros das boas novas


JEOVÁ nos deu um modelo perfeito para seguir — seu
Filho, Jesus Cristo. (1 Ped. 2:21) Quando alguém se tor-
na seguidor de Jesus, ele prega as boas novas como
ministro de Deus. Jesus indicou que isso seria espiri-
tualmente revigorante quando disse: “Venham a mim,
todos vocês que estão trabalhando duro e estão so-
brecarregados, e eu os reanimarei. Tomem sobre vocês
o meu jugo e aprendam de mim, pois sou de tempe-
ramento brando e humilde de coração, e acharão revi-
goramento para si mesmos.” (Mat. 11:28, 29) Todos os
que aceitam esse convite podem comprovar o cumpri-
mento dessa promessa.
2 Como Principal Ministro de Deus, Jesus convidou al-

gumas pessoas para ser seus seguidores. (Mat. 9:9;


João 1:43) Ele os treinou no ministério e os enviou para
fazer a mesma obra que ele fazia. (Mat. 10:1–11:1; 20:28;
Luc. 4:43) Mais tarde, ele enviou mais 70 para partici-
par na pregação das boas novas do Reino de Deus. (Luc.
10:1, 8-11) Quando enviou esses discípulos, Jesus dis-
se a eles: “Quem escuta vocês escuta a mim. E quem
desconsidera vocês desconsidera também a mim. Além
disso, quem desconsidera a mim desconsidera também
Aquele que me enviou.” (Luc. 10:16) Desse modo, Jesus
enfatizou a séria responsabilidade que ele deu aos dis-
cípulos. Eles representariam a Jesus e ao Deus Altíssi-
mo. O mesmo se aplica aos que hoje aceitam o convite

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 71


de Jesus: “Venha ser meu seguidor.” (Luc. 18:22; 2 Cor.
2:17) Todos os que aceitam esse convite recebem de
Deus a designação de pregar as boas novas do Reino e
fazer discípulos. — Mat. 24:14; 28:19, 20.
3 Por aceitar o convite de seguir a Jesus, somos aben-

çoados com o privilégio de ‘conhecer’ a Jeová e a Je-


sus Cristo. (João 17:3) Aprendemos como agradar a
Jeová. Com a ajuda dele, conseguimos renovar a mente,
nos revestir da nova personalidade e harmonizar nos-
sa conduta com seus padrões de justiça. (Rom. 12:1, 2;
Efé. 4:22-24; Col. 3:9, 10) Nosso apreço de coração
nos motivou a dedicar a vida a Jeová e a simbolizar
essa dedicação pelo batismo em água. Ao sermos ba-
tizados, cumprimos os requisitos para sermos reconhe-
cidos como servos de Jeová.
4 Nunca se esqueça que nosso serviço a Deus deve

ser prestado com mãos inocentes e coração puro. (Sal.


24:3, 4; Isa. 52:11; 2 Cor. 6:14–7:1) A fé em Jesus Cris-
to nos permite ter uma boa consciência. (Heb. 10:19-
23, 35, 36; Apo. 7:9, 10, 14) O apóstolo Paulo aconse-
lhou os cristãos a fazer todas as coisas para a glória de
Deus a fim de não fazer outros tropeçar. O apóstolo Pe-
dro destacou o valor da conduta exemplar para atrair
pessoas à verdade. (1 Cor. 10:31, 33; 1 Ped. 3:1) Como
você pode ajudar alguém a se qualificar para ser minis-
tro, ou publicador, das boas novas junto conosco?
NOVOS PUBLICADORES
5
Desde o momento em que você começa a dirigir um
estudo com alguém interessado, incentive-o a falar a

72 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


outros sobre o que ele está aprendendo. Ele pode fa-
zer isso de modo informal com parentes, amigos, cole-
gas de trabalho e outros. Esse é um passo importante
ao ensinar os estudantes a seguir a Jesus Cristo como
publicadores das boas novas. (Mat. 9:9; Luc. 6:40) À
medida que o estudante progredir espiritualmente e ga-
nhar habilidade em dar testemunho informal, ele sem
dúvida expressará o desejo de participar no ministério
de campo.
CUMPRIR OS REQUISITOS
6 Antes de convidar uma pessoa para ir de casa em
casa pela primeira vez, você deve ter certeza de que
ela satisfaz certos requisitos. Quem nos acompanha no
ministério de campo é identificado publicamente como
Testemunha de Jeová. Entende-se assim que ele já har-
monizou a vida com os padrões de justiça de Jeová e
pode ser um publicador não batizado.
7 Quando você estuda com alguém e considera com

ele princípios bíblicos, é provável que passe a conhecê-


lo melhor. Talvez note que ele vive em harmonia com o
que aprende. Mas há alguns aspectos da vida do es-
tudante sobre os quais os anciãos desejarão conversar
com você e ele juntos.
8 O coordenador do corpo de anciãos providenciará

que dois anciãos (um deles membro da comissão de ser-


viço) considerem esses assuntos com você e o estu-
dante da Bíblia. Nas congregações com poucos anciãos,
um ancião e um servo ministerial qualificado podem fa-
zer isso. Os irmãos escolhidos para essa consideração

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 73


devem se esforçar para fazê-la sem demora. Por exem-
plo, se eles forem informados numa reunião congrega-
cional que um estudante deseja ser publicador, talvez
possam conversar com você e seu estudante depois da
reunião. A consideração deve ser descontraída. Antes de
o estudante ser aprovado como publicador não batiza-
do, os anciãos devem confirmar se ele:
(1) Acredita que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus.
— 2 Tim. 3:16.
(2) Conhece os principais ensinos da Bíblia e acredita
neles. Assim, quando lhe fizerem perguntas, ele
responderá em harmonia com a Bíblia e não de
acordo com ensinos religiosos falsos ou suas
próprias ideias. — Mat. 7:21-23; 2 Tim. 2:15.
(3) Obedece à ordem bíblica de se reunir com o povo
de Jeová nas reuniões se tiver condições para isso.
— Sal. 122:1; Heb. 10:24, 25.
(4) Sabe o que a Bíblia ensina sobre imoralidade
sexual, incluindo adult ério, poligamia e
homossexualismo, e vive em harmonia com esses
ensinos. Se mora com alguém do sexo oposto com
quem mantém relações sexuais, os dois devem
estar devidamente casados. — Mat. 19:9; 1 Cor. 6:9,
10; 1 Tim. 3:2, 12; Heb. 13:4.
(5) Obedece à ordem bíblica contra ficar bêbado.
Também não usa sem prescrição médica
substâncias que viciam ou alteram a mente.
— 2 Cor. 7:1; Efé. 5:18; 1 Ped. 4:3, 4.
(6) Entende a importância de evitar más companhias.
— 1 Cor. 15:33.

74 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


(7) Desligou-se definitivamente de todas as
organizações religiosas falsas das quais talvez
tenha sido membro. Deixou de comparecer aos
seus cultos e de participar em suas atividades ou
apoiá-las. — 2 Cor. 6:14-18; Apo. 18:4.
(8) Não tem nenhum envolvimento com a política do
mundo. — João 6:15; 15:19; Tia. 1:27.
(9) Permanece neutro com respeito a questões
militares ou qualquer outra coisa relacionada a
guerras. — Isa. 2:4.
(10) Deseja sinceramente ser Testemunha de Jeová.
— Sal. 110:3.
9 Se os anciãos não tiverem certeza do que o estu-

dante pensa sobre algum desses assuntos, devem fa-


zer perguntas a ele, talvez usando como base os textos
citados aqui. É importante o estudante entender que,
para participar na pregação com as Testemunhas de
Jeová, é preciso viver de acordo com esses requisitos
bíblicos. Suas respostas ajudarão os anciãos a determi-
nar se ele sabe o que se espera dele e se está razoa-
velmente qualificado para começar a participar no mi-
nistério de campo.
10 Assim que possível, os anciãos devem informar ao

estudante se ele foi aprovado. Na maioria dos casos, é


possível fazer isso no fim da consideração. Se ele esti-
ver qualificado, os anciãos poderão dizer-lhe que estão
muito contentes em tê-lo como publicador na congre-
gação. (Rom. 15:7) Devem incentivá-lo a começar a par-
ticipar no ministério de campo assim que possível e a
entregar um relatório de serviço de campo no fim do

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 75


mês. Os anciãos podem explicar que, quando um estu-
dante é aprovado como publicador não batizado e en-
trega seu primeiro relatório de serviço de campo, um
Registro de Publicador de Congregação é aberto em
seu nome e colocado no arquivo da congregação. Os
anciãos recolhem as informações pessoais do publica-
dor nesse registro para que a organização possa cui-
dar das atividades religiosas das Testemunhas de Jeová
no mundo todo. Eles também recolhem essas informa-
ções para que o publicador possa participar em ativi-
dades espirituais e receber apoio espiritual. Além disso,
os anciãos relembram aos novos publicadores que to-
das as informações pessoais são cuidadas de acordo
com a política global das Testemunhas de Jeová sobre
proteção de informações, que estão no jw.org.
11 Conhecer melhor o novo publicador e mostrar inte-

resse pessoal no seu progresso pode ter bom efeito


nele. Pode incentivá-lo a entregar seu relatório de ser-
viço de campo todo mês e a se esforçar cada vez mais
para servir a Jeová. — Fil. 2:4; Heb. 13:2.
12 Depois que os anciãos aprovarem o estudante da

Bíblia para participar no serviço de campo, ele pode-


rá usar o livro Organizados para Fazer a Vontade de
Jeová. Depois que ele entregar o primeiro relatório de
serviço de campo, será dado um breve anúncio à con-
gregação de que ele é um publicador não batizado.
AJUDA ÀS CRIANÇAS
13
Crianças também podem se qualificar para ser pu-
blicadores das boas novas. Jesus acolheu crianças e as

76 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


abençoou. (Mat. 19:13-15; 21:15, 16) Embora os pais se-
jam os principais responsáveis pelos seus filhos, outros
na congregação talvez queiram ajudar as crianças que
desejam de coração participar na pregação do Reino. Se
você é pai ou mãe, seu bom exemplo no serviço de cam-
po contribuirá muito para animar seus filhos a ser ze-
losos no serviço a Deus. Quando uma criança que tem
uma conduta exemplar deseja de coração expressar sua
fé a outros, o que mais pode ser feito para ajudá-la?
14 Seria apropriado que o pai ou a mãe procurasse um

dos anciãos da comissão de serviço da congregação


para que seja marcada uma reunião com a criança para
ver se ela está pronta para ser um publicador. O coor-
denador do corpo de anciãos providenciará que dois
anciãos (um deles membro da comissão de serviço) se
reúnam com a criança e seus pais cristãos (ou um de-
les) ou um responsável legal, que também seja cristão.
Se a criança tiver conhecimento básico das verdades bí-
blicas e demonstrar que quer participar no ministério,
isso indicará bom progresso. Depois de considerar es-
ses fatores e outros similares aos que se aplicam aos
adultos, os dois anciãos decidirão se a criança pode ser
um publicador não batizado. (Luc. 6:45; Rom. 10:10) Ao
se reunir com uma criança, não há necessidade de con-
siderar alguns assuntos que geralmente são considera-
dos com um adulto, mas que obviamente não se apli-
cam a uma criança.
15 Durante a reuni ão, os anci ãos devem elogiar a

criança por seu progresso e incentivá-la a ter o alvo de


se batizar. Visto que os pais, sem dúvida, se esforçaram

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 77


muito para incutir a verdade na criança, eles também
merecem elogios. Para que os pais continuem a ajudá-
la, os anciãos devem recomendar que leiam “Mensagem
para os pais cristãos”, nas páginas 179-181 deste livro.
DEDICAÇÃO E BATISMO
16
Se você passou a conhecer e a amar a Jeová, e sa-
tisfaz seus requisitos e participa no ministério de cam-
po, você ainda precisa fortalecer sua amizade com ele.
Como? Dedicando sua vida a ele e simbolizando isso
pelo batismo em água. — Mat. 28:19, 20.
17 Dedicar significa colocar à parte para um objetivo

sagrado. Fazer a dedicação a Deus significa dirigir-se a


ele em oração e prometer de todo o coração usar a vida
no serviço dele e andar nos seus caminhos. Significa
adorar somente a ele para sempre. (Deut. 5:9) Esse é
um assunto pessoal. Ninguém pode fazer isso por você.
18 No entanto, você precisa fazer mais do que dizer a

Jeová em oração que deseja pertencer a ele. É preciso


mostrar a outros que você fez sua dedicação a Deus.
Você torna pública essa dedicação por ser batizado em
água, assim como Jesus. (1 Ped. 2:21; 3:21) Se você
decidiu servir a Jeová e quer ser batizado, o que deve
fazer? Deve dizer isso ao coordenador do corpo de an-
ciãos. Ele providenciará que alguns anciãos conversem
com você para se certificarem de que você satisfaz os
requisitos de Deus para o batismo. Para mais informa-
ções, veja “Mensagem para o publicador não batizado”,
nas páginas 182-184 deste livro, e “Perguntas para os
que desejam se batizar”, nas páginas 185-207.

78 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


RELATÓRIOS SOBRE O PROGRESSO DO MINISTÉRIO
19 Ao longo dos anos, relatórios sobre a expansão
mundial da adoração pura têm sido fonte de encora-
jamento para o povo de Jeová. Desde que Jesus Cris-
to disse aos seus discípulos que as boas novas seriam
pregadas em toda a Terra, os verdadeiros cristãos sem-
pre tiveram muito interesse em como isso seria feito.
— Mat. 28:19, 20; Mar. 13:10; Atos 1:8.
20 Os primeiros seguidores de Jesus gostavam de ou-

vir relatórios sobre o progresso da obra de pregação.


(Mar. 6:30) O livro bíblico de Atos nos diz que cerca
de 120 discípulos estavam presentes quando o espíri-
to santo foi derramado sobre eles no Pentecostes do
ano 33. O número de discípulos logo aumentou para
cerca de 3 mil e depois para cerca de 5 mil. Relatou-se
que “Jeová diariamente continuava a lhes acrescentar
os que estavam sendo salvos” e que “uma grande multi-
dão de sacerdotes se tornou obediente à fé”. (Atos 1:15;
2:5-11, 41, 47; 4:4; 6:7) As notícias desses aumentos
devem ter encorajado muito os discípulos! Esses relató-
rios emocionantes devem ter sido um grande incenti-
vo para que eles continuassem sua obra designada por
Deus, apesar da severa perseguição provocada pelos lí-
deres religiosos judaicos.
21 Entre os anos 60-61, Paulo relatou em sua carta aos

colossenses que as boas novas estavam “dando fruto


e aumentando em todo o mundo”, e que tinham sido
“pregadas em toda a criação debaixo do céu”. (Col. 1:5,
6, 23) Os primeiros cristãos eram obedientes à palavra
de Deus, e o espírito santo lhes deu poder para realizar

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 79


uma grande obra de pregação antes do fim do sistema
judaico, no ano 70. Era muito animador para aqueles
cristãos fiéis ouvir relatórios do que estava sendo rea-
lizado.
22 Da mesma maneira, a organização de Jeová dos

dias de hoje se esforça para manter registros da obra


que está sendo realizada em cumprimento de Mateus
24:14, que diz: “Estas boas novas do Reino serão prega-
das em toda a terra habitada, em testemunho a todas
as nações, e então virá o fim.” Como servos dedicados
de Deus, temos uma obra urgente a realizar. Devemos
estar interessados em fazer a nossa parte para que a
obra de pregação seja plenamente realizada antes de
vir o fim. Jeová cuidará de que essa obra seja concluí-
da, e, se participarmos nela, receberemos a sua apro-
vação. — Eze. 3:18-21.
RELATÓRIO DE SERVIÇO DE CAMPO
23
O que exatamente devemos relatar? O formulário
Relatório de Serviço de Campo fornecido pela organi-
zação indica o que deve ser relatado. Mas os comentá-
rios a seguir podem ser de ajuda.
24 Na linha “Publicações (impressas e eletrônicas)”,

anote o total de publicações — impressas ou em for-


mato digital — que você entregou ou enviou para al-
guém que não é uma Testemunha de Jeová batizada.
Já na linha “Vídeos mostrados”, anote quantas vezes
você mostrou um dos nossos vídeos.
25 Ao relatar “Revisitas”, anote o total de visitas feitas

com o objetivo de cultivar o interesse mostrado por al-

80 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


guém que não é Testemunha Você está
de Jeová batizada. Uma revi- interessado em
sita pode ser feita por meio fazer a sua parte
de uma visita pessoal, carta, para que a obra
ligação, mensagem de texto, de pregação seja
e-mail, ou entregando publi- realizada antes
cações. Toda vez que se diri- de vir o fim?
ge um estudo bíblico, pode-
se contar uma revisita. O pai
(ou a mãe) que dirige a adoração em família pode con-
tar uma revisita por semana se um filho não batizado
estiver presente.
26 Embora um estudo bíblico geralmente seja dirigi-

do toda semana, ele deve ser contado no final do mês


como apenas um estudo. Os publicadores devem ano-
tar o número de estudos diferentes dirigidos no mês.
Os estudos relatados incluem os que são realizados
com os que não são Testemunhas de Jeová batizadas
e com os recém-batizados que ainda não terminaram
de estudar os livros Você Pode Entender a Bíblia! e
Continue a Amar a Deus. Pode-se também relatar um
estudo dirigido com um irmão ou uma irmã inativos,
sob a orientação de um membro da comissão de ser-
viço.
27 É importante fazer um relatório exato das “Horas”.

Basicamente, esse é o tempo que você usa trabalhan-


do no ministério de casa em casa, fazendo revisitas, di-
rigindo estudos e dando testemunho de modo formal
ou informal para pessoas que não são Testemunhas de

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 81


Jeová batizadas. Se dois publicadores trabalharem jun-
tos, os dois poderão contar o tempo, mas cada um re-
latará apenas as suas revisitas e os seus estudos. Tan-
to o pai como a mãe podem contar no máximo uma
hora por semana quando participam na instrução dos
filhos na Noite de Adoração em Família. Os irmãos po-
dem relatar o tempo usado para dar um discurso pú-
blico. Quando um irmão ou uma irmã serve como in-
térprete de um discurso público, também pode relatar
o tempo. Há atividades essenciais que não entram na
contagem do tempo, tais como se preparar para o ser-
viço de campo, assistir às reuniões para o serviço de
campo e cuidar de qualquer outro assunto.
28 Cada publicador deve seguir sua consciência trei-

nada pela Bíblia ao determinar o que vai contar como


horas de serviço de campo. Alguns publicadores pre-
gam em regiões muito populosas, já outros trabalham
em territórios com poucos habitantes e precisam cobrir
grandes distâncias. Os territórios variam, e os publica-
dores têm opiniões diferentes sobre como contar o tem-
po gasto no serviço de campo. Os irmãos do Corpo Go-
vernante não exigem que as congregações no mundo
todo sigam a consciência deles quanto a como se deve
contar o tempo usado no ministério, e ninguém está au-
torizado a criar regras sobre esse assunto. — Mat. 6:1;
7:1; 1 Tim. 1:5.
29 O tempo usado no serviço de campo deve ser rela-

tado em horas inteiras. Uma exceção é quando um pu-


blicador está muito limitado devido à idade avançada,
impossibilitado de sair de casa, internado numa casa de

82 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


repouso ou incapacitado de alguma outra forma. Esse
publicador pode relatar períodos de 15 minutos de ser-
viço de campo. Mesmo que ele dê testemunho por ape-
nas 15 minutos durante o mês, deve relatar esse tempo.
Ele será considerado um publicador regular do Reino.
Isso também se aplica ao publicador que fica tempora-
riamente limitado, talvez sem poder se locomover du-
rante um ou mais meses por causa de alguma doença
grave ou acidente. Essa provisão se aplica apenas para
quem está muito limitado para participar em ativida-
des ministeriais. A comissão de serviço decidirá se um
publicador pode se beneficiar dessa provisão.
REGISTRO DE PUBLICADOR DE CONGREGAÇÃO
30 As atividades de serviço de campo que você relata
todo mês são anotadas no seu Registro de Publicador
de Congregação. Esses registros pertencem à congre-
gação. Se você planeja se mudar para outra congrega-
ção, não deixe de informar isso aos anciãos da sua con-
gregação. O secretário vai se certificar de enviar seu
registro à sua nova congregação. Dessa forma, os an-
ciãos terão melhores condições de recebê-lo bem e de
cuidar de você em sentido espiritual. Se você se ausen-
tar da sua congregação por menos de três meses, con-
tinue a enviar seus relatórios de serviço de campo para
ela.
POR QUE RELATAMOS NOSSAS ATIVIDADES DE CAMPO
31Você às vezes se esquece de entregar seu relató-
rio de serviço de campo? Sem dúvida todos nós pre-
cisamos de lembretes de vez em quando. Mas, se

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 83


entendermos por que os relatórios são necessários e
importantes, será mais fácil nos lembrar de relatar nos-
sas atividades.
32 Alguns perguntam: “Visto que Jeová sabe o que eu

faço no seu serviço, por que preciso entregar um re-


latório à congregação?” É verdade que Jeová sabe o
que fazemos, e sabe se prestamos um serviço de toda
a alma ou se fazemos apenas o mínimo. Mas lembre-se
de que Jeová registrou o número dos dias que Noé pas-
sou na arca, e também dos anos que os israelitas anda-
ram pelo deserto. Deus registrou o número dos que fo-
ram fiéis e dos que desobedeceram. Registrou também
a conquista progressiva da terra de Canaã e as realiza-
ções dos juízes fiéis de Israel. De fato, Deus registrou
muitos detalhes das atividades dos seus servos. Ele ins-
pirou o registro desses acontecimentos, deixando claro
para nós o conceito dele sobre manter registros exatos.
33 O registro de eventos históricos que encontramos

na Bíblia demonstra a exatidão dos relatórios e dos re-


gistros mantidos pelo povo de Jeová. Em muitos casos,
seria impossível transmitir o pleno impacto dos rela-
tos bíblicos sem fornecer números específicos. Veja es-
tes exemplos: Gênesis 46:27; Êxodo 12:37; Juízes 7:7;
2 Reis 19:35; 2 Crônicas 14:9-13; João 6:10; 21:11; Atos
2:41; 19:19.
34 É claro que nossos relatórios não incluem tudo o

que fazemos no serviço de Jeová, mas eles são úteis na


Sua organização. No primeiro século, quando os após-
tolos voltaram de uma campanha de pregação, eles re-

84 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


lataram a Jesus “tudo o que tinham feito e ensinado”.
(Mar. 6:30) Às vezes, os relatórios indicam que cer-
tos aspectos de nosso ministério precisam de atenção
especial. Os números podem mostrar que houve pro-
gresso em algumas atividades, mas que em outros as-
pectos, como o total de publicadores, não houve tanto
aumento. Talvez haja necessidade de dar incentivo ou
de resolver problemas. Os irmãos em posição de res-
ponsabilidade analisarão os relatórios e se esforçarão
para corrigir qualquer situação que talvez esteja impe-
dindo o progresso de alguns irmãos ou da congregação
como um todo.
35 Os relatórios também ajudam a organização a de-

terminar onde há mais necessidade de trabalhadores no


campo. Que regiões são mais produtivas? Onde há pou-
co progresso? Que publicações são necessárias para
ajudar as pessoas a aprender a verdade? Os relatórios
permitem que a organização tenha uma ideia das pu-
blicações necessárias para a obra de pregação em di-
ferentes partes do mundo. Assim, ela pode se preparar
para atender a essa necessidade.
36 Para nós, relatórios significam incentivo. Não fica-

mos emocionados ao saber o que nossos irmãos es-


tão realizando na pregação das boas novas em todo o
mundo? Relatórios nos ajudam a ter uma visão geral de
como a organização de Jeová está crescendo. E as ex-
periências de nossos irmãos alegram nosso coração e
nos enchem de zelo, motivando-nos a ter uma partici-
pação maior na obra de pregação. (Atos 15:3) Entre-
gar nosso relatório de serviço de campo é importante

MINISTROS DAS BOAS NOVAS 85


e mostra nosso interesse pelos irmãos em toda a par-
te. Desse modo simples, demonstramos que somos
submissos à organização de Jeová. — Luc. 16:10; Heb.
13:17.
ESTABELECER ALVOS PESSOAIS
37
Não há motivos para comparar nossas atividades
no serviço de campo com outra pessoa. (Gál. 5:26; 6:4)
As circunstâncias das pessoas variam. Por outro lado,
podemos ser muito beneficiados por estabelecer alvos
pessoais realísticos que nos ajudem a avaliar o quanto
progredimos no ministério. Alcançar esses alvos pode-
rá ser muito gratificante.
38 Não temos dúvida de que Jeová est á realmente

apressando o ajuntamento dos que ele protegerá du-


rante a “grande tribulação”. Vivemos no tempo do cum-
primento desta profecia de Isaías: “O pequeno se tor-
nará mil; e o menor, uma nação forte. Eu, Jeová,
apressarei isso no tempo devido.” (Apo. 7:9, 14; Isa.
60:22) Que privilégio é pregar as boas novas nestes sig-
nificativos últimos dias! — Mat. 24:14.

86 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 9

Métodos para
pregar as boas novas
COMO proclamador ativo das boas novas, Jesus esta-
beleceu um exemplo para seus seguidores. Ele tomava
a iniciativa de ir até as pessoas, pregando e ensinando
nas casas e em lugares públicos. (Mat. 9:35; 13:36; Luc.
8:1) Além de Jesus falar perante grupos de milhares de
pessoas, ele ainda falava com as pessoas individualmen-
te e ensinava seus discípulos em particular. (Mar. 4:10-
13; 6:35-44; João 3:2-21) Ele aproveitava toda ocasião
apropriada para dizer palavras de encorajamento e es-
perança. (Luc. 4:16-19) Mesmo quando precisava de des-
canso e revigoramento, ele não deixava passar nenhuma
oportunidade de dar testemunho. (Mar. 6:30-34; João
4:4-34) Quando lemos os relatos do ministério de Je-
sus, não nos sentimos motivados a imitá-lo? Com cer-
teza, assim como os apóstolos se sentiram. — Mat. 4:19,
20; Luc. 5:27, 28; João 1:43-45.
2 Considere as oportunidades que os cristãos hoje têm

de participar na obra que Jesus Cristo iniciou uns 2 mil


anos atrás.
PREGAR DE CASA EM CASA
3Como Testemunhas de Jeová, reconhecemos o valor
de pregar as boas novas do Reino de modo organizado
de casa em casa. Usamos esse método tão amplamente
que ele se tornou nossa marca registrada. Além disso, os

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 87


bons resultados confirmam a sabedoria de usar esse mé-
todo para alcançar milhões de pessoas em pouco tem-
po. (Mat. 11:19; 24:14) A pregação de casa em casa é
um modo prático de demonstrarmos amor a Jeová e ao
próximo. — Mat. 22:34-40.
4 A pregação de casa em casa não é uma invenção das

Testemunhas de Jeová. O apóstolo Paulo disse que en-


sinava na casa das pessoas. Falando aos anciãos de Éfe-
so sobre seu ministério, ele disse: “Desde o primeiro dia
em que pisei na província da Ásia . . . não deixei de fa-
lar a vocês coisa alguma que fosse proveitosa, nem de
ensiná-los . . . de casa em casa.” Dessa e de outras for-
mas, Paulo deu “testemunho de forma cabal, tanto a ju-
deus como a gregos, de que deviam se arrepender e se
voltar para Deus, e ter fé no nosso Senhor Jesus”. (Atos
20:18, 20, 21) Naquela época, os imperadores romanos
promoviam a idolatria, e muitas pessoas ‘tinham temor
às divindades’. Era urgente que elas buscassem “o Deus
que fez o mundo e tudo que nele há”, aquele que esta-
va ‘dizendo a todos, em toda a parte, que deviam se ar-
repender’. — Atos 17:22-31.
5 O fim deste sistema perverso está bem próximo. Por

isso, a necessidade de alcançar as pessoas com as boas


novas é ainda mais urgente hoje. Essa necessidade nos
motiva a fazer mais na pregação. O tempo provou que
não existe método melhor de procurar os que têm fome
da verdade do que pregar de casa em casa. Ele é tão
eficaz hoje como era nos dias de Jesus e dos apósto-
los. — Mar. 13:10.

88 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


6 Você participa plenamente na pregação de casa em
casa? Então, pode ter certeza de que Jeová se agrada
de seus esforços. (Eze. 9:11; Atos 20:35) Pregar de casa
em casa talvez não seja fácil para você. Pode ser que
tenha limitações físicas ou pregue num território onde
muitos não querem ouvir. Talvez haja até mesmo restri-
ções da parte do governo. Você talvez seja tímido e ache
muito difícil iniciar conversas com pessoas que não co-
nhece. Por isso, toda vez que participa na pregação de
casa em casa você fica um pouco ansioso. Mas não de-
sanime. (Êxo. 4:10-12) Sua situação não é diferente da
situação dos irmãos em muitos outros lugares.
7 Jesus prometeu aos seus discípulos: “Saibam que eu

estou com vocês todos os dias, até o final do sistema de


coisas.” (Mat. 28:20) Essa promessa nos fortalece para
participar na obra de fazer discípulos. Nós nos sentimos
como o apóstolo Paulo, que disse: “Para todas as coi-
sas tenho forças graças àquele que me dá poder.” (Fil.
4:13) Aproveite bem as programações da congregação
para pregar de casa em casa. Por trabalhar com outros,
você receberá incentivo e ajuda pessoal. Ore pedindo
ajuda para vencer qualquer desafio que talvez enfrente,
e esforce-se ao máximo como pregador das boas novas.
— 1 João 5:14.
8 Ao falar a outros sobre as boas novas, você terá opor-

tunidades de dar a eles ‘uma razão para a esperança que


você tem’. (1 Ped. 3:15) Você verá cada vez mais o con-
traste entre os que têm a esperança do Reino e os que
não têm esperança. (Isa. 65:13, 14) Terá a satisfação de
saber que está obedecendo à ordem de Jesus de ‘deixar

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 89


brilhar sua luz’, e poderá até mesmo ter o privilégio de
ajudar outros a conhecer a Jeová e a verdade que leva
à vida eterna. — Mat. 5:16; João 17:3; 1 Tim. 4:16.
9 São feitas programações para a atividade de casa em

casa nos fins de semana e no meio de semana. Onde é


difícil encontrar pessoas em casa durante o dia, algu-
mas congregações programam serviço de campo no fim
da tarde ou no começo da noite. As pessoas talvez es-
tejam mais dispostas a receber visitas nesse período do
que de manhã.
PROCURAR OS MERECEDORES
10 Jesus instruiu seus discípulos a ‘procurar’ os mere-

cedores. (Mat. 10:11) Ele não fazia isso apenas por meio
da pregação de casa em casa. Ele dava testemunho em
toda oportunidade, tanto de modo formal como infor-
mal. (Luc. 8:1; João 4:7-15) Os apóstolos também pre-
gavam em vários lugares. — Atos 17:17; 28:16, 23, 30, 31.
11 Hoje, nosso objetivo também é alcançar o maior nú-

mero de pessoas possível com a mensagem do Reino.


Para isso, precisamos imitar o método de pregação de
Jesus e seus apóstolos, e nos adaptarmos à mudan-
ça dos tempos e às circunstâncias das pessoas. (1 Cor.
7:31) Por exemplo, muitos publicadores têm sido bem-
sucedidos em contatar as pessoas no local de traba-
lho. O testemunho nas ruas tem dado bons resultados
em muitos países, assim como o testemunho em par-
ques, estacionamentos, ou onde houver pessoas. Algu-
mas congregações usam em seu território mostruários
de publicações, como mesas e carrinhos. Além disso,

90 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


onde há grande fluxo de pessoas, a filial talvez organi-
ze o testemunho público especial em regiões metropoli-
tanas, usando irmãos de várias congregações. Em resul-
tado disso, os publicadores podem falar com as pessoas
que não são encontradas de casa em casa.
12 Em lugares públicos, podemos oferecer uma publi-

cação para alguém que mostra interesse. Para cultivar o


interesse, você pode dar suas informações de contato
para a pessoa que se interessou e combinar uma revisi-
ta, além de falar sobre o jw.org ou dizer onde é o local
de reuniões mais próximo. Você vai ver que dar teste-
munho em lugares públicos é uma maneira agradável de
fazer mais no ministério.
13 No entanto, a obra designada aos cristãos hoje não é

apenas pregar as boas novas. Para ajudar outros a acei-


tar a verdade que leva à vida, é importante visitar vez
após vez os interessados para que façam progresso e
se tornem cristãos maduros.
FAZER REVISITAS
14 Jesus disse a seus seguidores: “[Vocês] serão mi-
nhas testemunhas . . . até a parte mais distante da ter-
ra.” (Atos 1:8) Mas ele também disse: “Vão e façam dis-
cípulos de pessoas de todas as nações, . . . ensinando-as
a obedecer a todas as coisas que lhes ordenei.” (Mat.
28:19, 20) Fazer revisitas pode resultar em muita alegria
no serviço de Jeová. Aqueles que mostram interesse nas
boas novas quando você os visita pela primeira vez pro-
vavelmente ficarão felizes de vê-lo de novo. Por lhes fa-
lar mais sobre a Bíblia, você poderá fortalecer a fé que

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 91


eles têm em Deus e ajudá-los Nosso objetivo é
a ver que eles têm necessida- alcançar o maior
des espirituais. (Mat. 5:3) Se número de pessoas
você se preparar bem e os re- possível com a
visitar numa ocasião que seja mensagem do
conveniente para eles, pode Reino
até ser que inicie um estudo
bíblico. Em geral, esse será
seu objetivo ao fazer revisitas. Além de plantar a semen-
te da verdade, nós também a regamos. — 1 Cor. 3:6.
15 Fazer revisitas pode ser um desafio para alguns. Tal-

vez você tenha muita facilidade para fazer uma breve


apresentação das boas novas e goste desse aspecto do
ministério. Mas, quando pensa em voltar para conversar
sobre um assunto da Bíblia, isso pode deixá-lo muito an-
sioso. Se você se preparar bem, vai ficar mais confian-
te. Não se esqueça de que as sugestões da reunião do
meio de semana são bem práticas. Você também pode
convidar um publicador mais experiente para ir com você
na revisita.
DIRIGIR ESTUDOS BÍBLICOS
16
Ao conversar com um prosélito judeu que estava len-
do a Palavra de Deus, o evangelizador Filipe perguntou:
“O senhor entende o que está lendo?” O homem respon-
deu: “Na verdade, como posso entender a menos que al-
guém me oriente?” O relato bíblico em Atos capítulo 8 diz
então que, começando com a passagem das Escrituras
que o homem estava lendo, Filipe “declarou-lhe as boas
novas a respeito de Jesus”. (Atos 8:26-36) Não sabemos

92 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


quanto tempo ele passou com aquele homem, mas as
boas novas que Filipe transmitiu foram suficientes para
ele ter fé e pedir para ser batizado. Ele se tornou discí-
pulo de Jesus Cristo.
17 Muitos hoje não conhecem bem a Bíblia, por isso po-

dem ser necessárias várias revisitas e um estudo deta-


lhado durante semanas, meses ou até mesmo um ano
ou mais para que desenvolvam fé e se qualifiquem para
o batismo. Mas a ajuda amorosa e paciente que você dá
aos sinceros para que se tornem discípulos traz recom-
pensas, como Jesus disse: “Há mais felicidade em dar
do que em receber.” — Atos 20:35.
18 Com certeza você vai querer dirigir um estudo bíbli-

co usando uma publicação feita especialmente para isso.


Ao aplicar as orientações dadas na reunião do meio de
semana e trabalhar com instrutores experientes, você vai
conseguir dirigir estudos produtivos e ajudar outros a se
tornar discípulos de Jesus Cristo.
19 Se você precisar de ajuda para iniciar e dirigir um

estudo bíblico, fique à vontade para falar com um an-


cião ou com qualquer irmão que seja um bom instrutor.
As sugestões que aparecem na Apostila da Reunião Vida
e Ministério e são apresentadas na reunião também o
ajudarão. Confie em Jeová, e diga a ele em oração que
deseja abrir um estudo bíblico. (1 João 3:22) Assim, se
possível, mesmo que você dirija estudo com um mem-
bro de sua família, estabeleça o alvo de ter um estudo
bíblico. Por dirigir estudos bíblicos, terá mais alegria no
ministério.

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 93


ENCAMINHAR OS INTERESSADOS
À ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ
20 Quando ajudamos outros a conhecer a Jeová e a se

tornar discípulos de Jesus Cristo, eles se tornam parte da


congregação. Os estudantes da Bíblia farão progresso e
desenvolverão madureza espiritual se reconhecerem que
Jeová tem uma organização e cooperarem com ela. É
importante ensiná-los a fazer isso. Alguns vídeos e a bro-
chura Quem Está Fazendo a Vontade de Jeová Hoje? fo-
ram preparados especificamente com esse objetivo. Al-
gumas informações do capítulo 4 deste livro também
podem ser de ajuda.
21 Desde as primeiras considerações da Bíblia com o

estudante, ajude-o a ver que Jeová está usando uma or-


ganização para realizar a pregação na Terra hoje. Des-
taque o valor de nossas publicações e explique como
elas são produzidas e distribuídas no mundo inteiro por
voluntários dedicados a Deus. Convide seu estudante
a ir com você às reuniões no Salão do Reino. Explique
como as reuniões são realizadas e apresente-o aos ir-
mãos ali. Ajude-o também a conhecer outras Testemu-
nhas de Jeová em assembleias e congressos. Nessas e
em outras ocasiões, deixe que ele observe por si mes-
mo como o povo de Jeová demonstra amor, o sinal que
identifica os verdadeiros cristãos. (João 13:35) O estu-
dante se achegará mais a Jeová à medida que aumen-
tar em apreço pela organização dele.
PUBLICAÇÕES BÍBLICAS
22
Os primeiros cristãos se tornaram pregadores zelo-
sos da Palavra de Deus. Eles faziam cópias das Escritu-

94 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


ras para uso pessoal e para estudo na congregação. In-
centivavam outros a aprender a verdade da Palavra de
Deus. Suas cópias manuscritas eram poucas e eles da-
vam muito valor a elas. (Col. 4:16; 2 Tim. 2:15; 3:14-17;
4:13; 1 Ped. 1:1) Hoje, as Testemunhas de Jeová usam
métodos modernos de impressão para produzir cente-
nas de milhões de Bíblias e publicações bíblicas. Essas
incluem folhetos, brochuras, livros e revistas em cente-
nas de idiomas.
23 Quando você pregar as boas novas a outros, não dei-

xe de usar as publicações fornecidas pela organização


de Jeová. Reconhecer o quanto você foi beneficiado pes-
soalmente por ler e estudar as publicações das Testemu-
nhas de Jeová o motivará a oferecê-las a outros. — Heb.
13:15, 16.
24 Cada vez mais pessoas est ão usando a internet

como sua principal fonte de informação. Portanto, além


das publicações bíblicas, nosso site oficial, jw.org, é uma
excelente ferramenta para divulgar as boas novas. Pes-
soas no mundo todo podem usar o computador para ler
ou ouvir gravações de leitura da Bíblia e de publicações
bíblicas em centenas de idiomas. Aqueles que não ficam
à vontade para conversar conosco ou que moram em lu-
gares onde não há muitas Testemunhas de Jeová podem
examinar nossas crenças usando o jw.org na sua própria
casa.
25 Por isso, nós divulgamos o jw.org em toda opor-

tunidade. Se um morador fizer uma pergunta so-


bre nossas crenças, podemos usar um dispositivo mó-
vel ou um computador para lhe mostrar a resposta

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 95


imediatamente. Se encontrarmos alguém que fala outra
língua, incluindo a língua de sinais, podemos informá-
lo do nosso site para que ele tenha acesso à Bíblia e
publicações bíblicas no seu idioma. Muitos publicadores
usam os vídeos do jw.org para iniciar uma conversa so-
bre a Bíblia.
TESTEMUNHO INFORMAL
26
Jesus disse aos que prestavam atenção à sua pala-
vra: “Vocês são a luz do mundo. . . . Deixem brilhar sua
luz perante os homens, para que vejam suas boas obras
e deem glória ao seu Pai, que está nos céus.” (Mat. 5:14-
16) Aqueles discípulos refletiam o modo de agir de Deus
por imitar a Jesus, que disse sobre si mesmo: “Eu sou
a luz do mundo.” Jesus estabeleceu o exemplo para os
cristãos por deixar “a luz da vida” brilhar para o benefí-
cio de todos os que o ouvissem. — João 8:12.
27 O apóstolo Paulo também deixou um exemplo para

nós. (1 Cor. 4:16; 11:1) Enquanto esteve em Atenas, ele


pregou todo dia na praça principal aos que estavam ali.
(Atos 17:17) Os cristãos em Filipos seguiram o seu exem-
plo. Por isso, Paulo pôde escrever que eles estavam “bri-
lhando como iluminadores no mundo” mesmo moran-
do “no meio de uma geração pervertida e corrompida”.
(Fil. 2:15) Hoje, nós podemos deixar a verdade do Rei-
no brilhar por meio de nossas palavras e ações sempre
que houver uma oportunidade de falar a outros sobre as
boas novas. É verdade que nosso bom exemplo como
pessoas honestas e íntegras pode chamar a atenção das
pessoas para o fato de que somos diferentes do mun-

96 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


do. Mas, quando falamos com elas sobre as boas novas,
elas entendem por que somos diferentes.
28 Muitos servos de Jeová falam das boas novas aos

que encontram no trabalho, na escola, no transporte


público, ou em qualquer outro lugar enquanto realizam
suas atividades diárias. Ao viajar, talvez tenhamos a
oportunidade de falar com os que viajam conosco. Cada
um de nós deve estar alerta a oportunidades de trans-
formar uma simples conversa num testemunho. Que es-
tejamos preparados para falar a outros em toda oca-
sião apropriada.
29 Seremos motivados a fazer isso se nos lembrarmos

que assim estaremos louvando nosso Criador e honran-


do o seu nome. Além disso, podemos ajudar os since-
ros a conhecer a Jeová para que também possam ser-
vi-lo e ter a esperança de vida eterna por meio da fé em
Jesus Cristo. Jeová aprecia esses esforços e os consi-
dera serviço sagrado. — Heb. 12:28; Apo. 7:9, 10.
TERRITÓRIO
30É da vontade de Jeová que a mensagem do Reino
seja pregada em todo o mundo, tanto nas cidades como
nas áreas rurais. Para isso, as congregações e aqueles
que servem em lugares isolados recebem de Betel de-
signações de territórios. (1 Cor. 14:40) Isso está em har-
monia com o sistema adotado pelos cristãos do primei-
ro século sob a orientação de Deus. (2 Cor. 10:13; Gál.
2:9) Com o rápido crescimento da obra do Reino nestes
últimos dias, consegue-se realizar muita coisa quando
há uma boa programação para trabalhar o território da
congregação.

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 97


31
Essa programação é supervisionada pelo superinten-
dente de serviço. Um servo ministerial pode designar os
territórios. Há dois tipos de território: território de gru-
po e território pessoal. Se o território da congregação for
pequeno, os superintendentes de grupo providenciarão
territórios de grupo onde os publicadores possam pre-
gar. Por outro lado, se o território for grande, publicado-
res individuais poderão obter territórios pessoais.
32 O publicador que obtém um território pessoal terá

um lugar para pregar em horários em que não houver


saída de campo ou quando não for prático se reunir com
o grupo. Por exemplo, alguns obtêm um território perto
de seu local de trabalho e pregam ali durante o interva-
lo do almoço ou depois do expediente. Algumas famílias
obtêm um território pessoal no bairro onde moram e pre-
gam nele em alguns dias, no começo da noite. Ter um ter-
ritório pessoal bem localizado pode ajudar o publicador
a fazer o melhor uso possível do tempo que tem dispo-
nível para o serviço de campo. Naturalmente, territórios
pessoais também podem ser usados para o testemunho
em grupo. Se você quiser um território pessoal, poderá
pedir ao servo de territórios.
33 Quando um superintendente de grupo obtém um ter-

ritório de grupo ou quando um publicador obtém um ter-


ritório pessoal, eles devem fazer o possível para contatar
pelo menos alguém em cada casa. Todo superintenden-
te de grupo ou publicador que obtém um território deve
se esforçar para cobri-lo dentro de quatro meses. A for-
ma como o território é coberto deve estar de acordo com
as leis de proteção de dados. Depois de cobrir o territó-

98 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


rio, quem pegou o cartão deve informar isso ao servo
de territórios. Dependendo das circunstâncias, o supe-
rintendente de grupo ou o publicador podem ficar com o
território para trabalhar nele de novo ou devolvê-lo para
o servo de territórios.
34 Quando todos os publicadores da congregação coo-

peram, o território pode ser coberto de modo cabal.


Além disso, pode-se evitar que dois ou mais publicado-
res visitem as mesmas casas num período muito curto,
o que poderia irritar os moradores. Assim mostramos
consideração por nossos irmãos e pelas pessoas no ter-
ritório.
COOPERAÇÃO PARA PREGAR
A PESSOAS DE TODAS AS LÍNGUAS
35 Todos precisam aprender sobre Jeová Deus, seu Fi-
lho e o Reino. (Apo. 14:6, 7) Estamos interessados em
ajudar pessoas de todas as línguas a invocar o nome de
Jeová para a salvação e a se revestir da nova persona-
lidade. (Rom. 10:12, 13; Col. 3:10, 11) Que desafios sur-
gem ao apresentarmos as boas novas em áreas onde se
falam várias línguas? Como enfrentar esses desafios de
uma forma que dê ao maior número possível de pessoas
a oportunidade de ouvir a mensagem do Reino no idio-
ma que elas entendem melhor? — Rom. 10:14.
36 As designações de território para cada congregação

são feitas de acordo com o idioma. Assim, em regiões em


que se falam muitos idiomas, publicadores de congrega-
ções diferentes pregam na mesma área. Nesses casos,
é melhor que os publicadores de cada congregação se

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 99


concentrem em pregar para quem fala o seu idioma. Isso
também se aplica quando há campanhas anuais com
convites. Mas, ao dar testemunho público ou informal,
os publicadores podem falar com qualquer pessoa e ofe-
recer publicações em qualquer idioma.
37 Em alguns casos, congregações de outros idiomas

não conseguem cobrir regularmente as partes mais dis-


tantes do território. Nesses casos, os superintendentes
de serviço das congregações envolvidas devem se con-
sultar com o objetivo de elaborar um sistema de co-
bertura do território que seja prático para todos. Isso
dará a todas as pessoas a oportunidade de ouvir a
mensagem do Reino e evitará que publicadores de di-
ferentes congregações falem com as mesmas pessoas.
— Pro. 15:22.
38 O que devemos fazer se a pessoa que nos atende

não fala o nosso idioma? Não devemos presumir que


os publicadores que falam a língua dela a visitarão. Al-
guns publicadores aprenderam uma apresentação sim-
ples num idioma que é muito falado no seu território. Po-
demos mostrar à pessoa como ela pode ler ou baixar
publicações na língua dela em nosso site oficial, jw.org,
ou podemos nos oferecer para levar publicações no idio-
ma dela.
39 Se a pessoa mostrar que está realmente interessa-

da, devemos tentar encontrar alguém que possa ajudá-


la num idioma que ela entenda. Também podemos dizer
qual a congregação mais próxima que realiza reuniões
no idioma dela. Se a pessoa quiser ser contatada por al-
guém que fala o seu idioma, podemos lhe mostrar como

100 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


fornecer suas informações para contato no site jw.org.
Daí, Betel vai tentar localizar, na região onde a pessoa
mora, um publicador, um grupo ou uma congregação que
possa lhe dar mais ajuda.
40 Devemos continuar visitando a pessoa interessada

até que ela diga que está sendo visitada por alguém que
fala o idioma dela. Em alguns casos, Betel informará aos
anciãos que não conseguiu encontrar ninguém que fale
a língua da pessoa. Quando isso acontecer, devemos fa-
zer o nosso melhor para continuar a cultivar o interesse
dela. Se possível, podemos estudar a Bíblia com ela, tal-
vez com a ajuda de uma publicação no seu idioma. Se
fizermos bom uso das gravuras e pedirmos para a pes-
soa ler os textos citados, ela poderá obter um entendi-
mento básico da Bíblia. Alguém da família da pessoa que
sabe o suficiente do idioma dela e do idioma local tal-
vez esteja disposto a servir de intérprete.
41 Devemos encaminhar a pessoa interessada para a

organização de Deus convidando-a para nossas reu-


niões, mesmo que ela talvez não entenda plenamente o
que é dito. Se houver uma Bíblia disponível no idioma
dela, podemos ajudá-la a encontrar os textos que são li-
dos. Simplesmente estar com outros na congregação já
pode ser edificante e ajudará a pessoa a fazer progres-
so espiritual.
42 Pré-grupos: Um pré-grupo é composto de publica-

dores que pregam num idioma que não é o idioma da


congregação, mesmo não havendo um ancião ou ser-
vo ministerial qualificado para dirigir uma reunião toda

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 101


semana naquele idioma. Betel pode aprovar que uma
congregação seja anfitriã de um pré-grupo se:
(1) Houver na região um número considerável de
pessoas que falam um idioma diferente do da
congregação.
(2) Pelo menos alguns publicadores souberem o idioma
ou estiverem dispostos a aprendê-lo.
(3) O corpo de anciãos estiver disposto a assumir a res-
ponsabilidade de organizar a pregação no idioma.
Se o corpo de anciãos quiser que a congregação seja
anfitriã de um pré-grupo, eles devem consultar o supe-
rintendente de circuito. Ele talvez saiba de outras congre-
gações que estão tentando pregar no idioma e pode ter
informações que ajudem a determinar qual congregação
teria melhores condições de ser anfitriã do pré-grupo. Os
anciãos da congregação escolhida devem escrever para
Betel pedindo que a congregação seja oficialmente re-
conhecida como anfitriã de um pré-grupo.
43 Grupos: Betel pode aprovar que uma congregação

seja anfitriã de um grupo se:


(1) Houver na região um número suficiente de pessoas
interessadas que falam o idioma e houver potencial
para crescimento.
(2) Pelo menos um pequeno grupo de publicadores
souber ou estiver aprendendo o idioma.
(3) Um ancião ou um servo ministerial qualificado
estiver disponível para tomar a liderança no grupo
e dirigir semanalmente pelo menos uma reunião ou
parte de uma reunião, como o discurso público
ou o estudo de A Sentinela, no idioma do grupo.

102 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Se todos esses requisitos forem preenchidos de forma
razoável, o corpo de anciãos deve enviar uma carta para
Betel dando todos os detalhes necessários e pedindo que
a congregação seja oficialmente reconhecida como an-
fitriã do grupo. O ancião ou o servo ministerial que to-
mar a liderança no grupo será considerado “superinten-
dente de grupo” ou “servo de grupo” e será responsável
por ele.
44 Quando o grupo tiver sido formado, o corpo de an-

ciãos da congregação anfitriã determina se outras se-


ções da reunião devem ser acrescentadas e quantas reu-
niões serão feitas no mês. Podem-se programar também
reuniões para o serviço de campo. Todos os irmãos do
grupo servirão sob a supervisão do corpo de anciãos da
congregação anfitriã. Os anciãos ficarão atentos às ne-
cessidades do grupo e darão orientação prática e equi-
librada para os irmãos do grupo. Quando o superinten-
dente de circuito trabalhar com o grupo na semana da
visita à congregação anfitriã, ele fornecerá a Betel um
breve relatório sobre o progresso do grupo e menciona-
rá qualquer necessidade específica. Com o tempo, tal-
vez o grupo possa se tornar uma congregação. Se todos
os envolvidos aplicarem as orientações da organização,
isso agradará a Jeová. — 1 Cor. 1:10; 3:5, 6.
TESTEMUNHO EM GRUPO
45Cada cristão dedicado tem a responsabilidade de
pregar as boas novas a outros. Há muitas manei-
ras de fazer isso, mas a maioria de nós gosta de ir ao
serviço de campo com outros. (Luc. 10:1) Por isso, as

MÉTODOS PARA PREGAR AS BOAS NOVAS 103


congregações se reúnem para o serviço de campo nos
fins de semana e no meio de semana. Os feriados tam-
bém são uma boa oportunidade para dar testemunho em
grupo, visto que muitos irmãos estão de folga. A comis-
são de serviço da congregação vai programar as saídas
de campo em horários e locais convenientes durante o
dia e no início da noite.
46 O testemunho em grupo torna possível que os pu-

blicadores trabalhem juntos e se ‘encorajem mutuamen-


te’. (Rom. 1:12) Os que são publicadores há menos tempo
podem trabalhar com os mais experientes e receber trei-
namento. Em algumas áreas, pode ser aconselhável que
dois ou mais publicadores trabalhem juntos por questões
de segurança. Mesmo que você planeje trabalhar sozi-
nho no território, reunir-se com o grupo pode ser encora-
jador para todos. Simplesmente saber que outros estão
pregando por perto pode lhe dar confiança. Os pioneiros
e outros não devem se sentir obrigados a apoiar todas
as reuniões para o serviço de campo da congregação,
especialmente se são realizadas todos os dias. No en-
tanto, é provável que tenham condições de apoiar pelo
menos algumas reuniões para o serviço de campo toda
semana.
47 Que todos nós sigamos o modelo deixado por Jesus

e seus apóstolos! Podemos ter certeza de que Jeová nos


abençoará se participarmos plenamente na importante
obra de pregar as boas novas do Reino. — Luc. 9:57-62.

104 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 10

Maneiras de fazer mais


no ministério
QUANDO chegou a ocasião de Jesus enviar seus discí-
pulos como pregadores do Reino, ele disse: “A colheita
. . . é grande, mas os trabalhadores são poucos.” Havia
muito trabalho a fazer, por isso ele acrescentou: “Peçam
ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a
Sua colheita.” (Mat. 9:37, 38) Jesus disse aos discípulos
como realizar o ministério. Havia um tom de urgência em
suas palavras: “Vocês de modo algum percorrerão todas
as cidades de Israel antes de chegar o Filho do Homem.”
— Mat. 10:23.
2 Hoje, também, há muito que fazer no ministério de

campo. As boas novas do Reino têm de ser pregadas


antes que venha o fim, e o tempo está se esgotando!
(Mar. 13:10) Visto que o campo é o mundo, nós nos con-
frontamos com uma situação bem parecida à de Jesus
e seus discípulos, mas numa escala muito maior. Somos
poucos em comparação com os bilhões de pessoas no
mundo, mas podemos ter certeza de que Jeová nos aju-
dará. As boas novas do Reino serão pregadas em toda
a Terra, e no tempo devido de Jeová o fim virá. Será que
vamos colocar o Reino em primeiro lugar na vida para
realizar plenamente o nosso ministério? Que alvos espi-
rituais podemos estabelecer para atingir esse objetivo?
3 Jesus deixou claro o que Jeová pede de Seus servos

dedicados, dizendo: “Ame a Jeová, seu Deus, de todo o

MANEIRAS DE FAZER MAIS NO MINISTÉRIO 105


seu coração, de toda a sua alma, de toda a sua mente
e de toda a sua força.” (Mar. 12:30) Devemos prestar a
Deus um serviço de toda a alma. Isso significa que, por
fazer o máximo no serviço a Jeová, demonstramos que
nossa devoção a ele é profunda e que nossa dedicação
é sincera. (2 Tim. 2:15) Há oportunidades para todos nós
nesse serviço, segundo as circunstâncias e habilidades
de cada um. Considere algumas dessas oportunidades,
e veja que alvos espirituais você se esforçará para al-
cançar ao realizar seu ministério.
SERVIR COMO PUBLICADOR NA CONGREGAÇÃO
4 Todos os que aceitam a verdade têm o privilégio de
pregar as boas novas. Essa é a principal obra que Je-
sus deu aos seus discípulos. (Mat. 24:14; 28:19, 20) Em
geral, um discípulo de Jesus Cristo começa a falar a ou-
tros sobre as boas novas assim que as ouve. Foi isso o
que André, Filipe, Cornélio e outros fizeram. (João 1:40,
41, 43-45; Atos 10:1, 2, 24; 16:14, 15, 25-34) Será que
isso significa que a pessoa pode falar a outros sobre as
boas novas mesmo antes de ser batizada? Com certeza!
Assim que uma pessoa se qualifica como publicador não
batizado na congregação, ela passa a ter a oportunida-
de de participar na pregação de casa em casa. Além dis-
so, de acordo com suas habilidades e circunstâncias, ela
pode participar em outras modalidades do ministério.
5 Depois que um publicador se batiza, ele sem dúvida

deseja fazer o máximo para ajudar outros a aprender as


boas novas. Tanto homens como mulheres têm o privi-
légio de participar na obra de pregação. Somos aben-
çoados por ter uma participação, mesmo que pequena,

106 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


em divulgar a obra do Reino. Se aproveitarmos as opor-
tunidades que a organização fornece para fazer mais no
ministério, teremos muitas alegrias.
SERVIR ONDE HÁ MAIS NECESSIDADE
6 Pode ser que o território de sua congregação seja tra-
balhado com frequência e um bom testemunho esteja
sendo dado. Nesse caso, você talvez ache que poderia
fazer mais no ministério por se mudar para onde há mais
necessidade. (Atos 16:9) Se você é ancião ou servo mi-
nisterial, talvez haja outra congregação que ficaria feliz
com sua ajuda. Seu superintendente de circuito pode ter
sugestões sobre como você pode ajudar outra congre-
gação no circuito. Se você quiser servir em outro lugar
do país, Betel pode fornecer informações úteis.
7 Gostaria de servir em outro país? Em caso afirmativo,

você deve pensar bem no que está envolvido numa mu-


dança assim. Por que não conversa com os anciãos de
sua congregação? Essa com certeza seria uma grande
mudança para você e para outros que talvez o acompa-
nhem. (Luc. 14:28) Mas, se não planeja ficar muito tem-
po, talvez seja melhor pensar em servir em outro lugar
no seu próprio país.
8 Em alguns países, irmãos que são usados em posi-

ções de responsabilidade são relativamente novos na ver-


dade. Irmãos locais, humildes, estão dispostos a permi-
tir que anciãos mais experientes que se mudam para sua
congregação exerçam a liderança. Mas, se você é ancião
e está pensando em se mudar para um país nessa situa-
ção, lembre-se que seu objetivo não é servir no lugar dos
irmãos locais. Em vez disso, sirva com eles. Incentive os

MANEIRAS DE FAZER MAIS NO MINISTÉRIO 107


irmãos a se esforçar para alcançar privilégios e a aceitar
responsabilidades na congregação. (1 Tim. 3:1) Tenha pa-
ciência se algumas coisas não forem feitas como seriam
no seu país de origem. Use sua experiência como ancião
para ser de verdadeira ajuda para os irmãos. Assim, se
algum dia você precisar voltar para o seu país, os an-
ciãos locais estarão em melhores condições de cuidar da
congregação.
9 Antes de Betel fornecer o nome das congregações

que poderiam se beneficiar de sua ajuda, a comissão de


serviço da sua congregação precisa fazer uma carta de
recomendação. Essa carta é necessária quer você este-
ja servindo como ancião, servo ministerial, pioneiro, quer
como publicador. A comissão de serviço enviará a car-
ta diretamente para a filial do país onde você deseja ser-
vir, junto com seu pedido de informações.
PREGAR EM OUTRO IDIOMA
10A fim de fazer mais no ministério, você talvez pense
em aprender outro idioma, o que inclui a língua de si-
nais. Se o seu alvo é pregar em outro idioma, por que
não conversa com os anciãos e com o superintendente
de circuito? Eles podem dar sugestões e o encorajamen-
to que você precisa. Sob a orientação de Betel, alguns
circuitos têm organizado aulas de idioma para treinar
publicadores e pioneiros habilitados para que possam
pregar em outro idioma.
SERVIÇO DE PIONEIRO
11
Todos os publicadores devem conhecer os requisitos
básicos para o serviço de pioneiro auxiliar, regular e es-

108 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


pecial, bem como para outras modalidades de serviço
de tempo integral. O pioneiro deve ser um cristão bati-
zado e exemplar, e suas circunstâncias devem permitir
que dedique um número específico de horas na prega-
ção das boas novas. A comissão de serviço da congre-
gação aprova as petições para o serviço de pioneiro au-
xiliar e regular, e os pioneiros especiais são designados
por Betel.
12 Os pioneiros auxiliares podem ser designados para

servir por um período mínimo de um mês, por vários me-


ses seguidos ou por tempo indeterminado, segundo suas
circunstâncias. Muitos publicadores do Reino gostam de
servir como pioneiros auxiliares em ocasiões especiais,
como na época da Celebração ou no mês da visita do
superintendente de circuito. Alguns preferem os meses
de férias do trabalho. Publicadores batizados que ainda
estão na escola talvez queiram servir como pioneiros au-
xiliares nas férias. Nos meses de março e abril e no mês
da visita do superintendente de circuito, os publicadores
podem ser pioneiros auxiliares com o requisito de ho-
ras reduzido. Sejam quais forem suas circunstâncias, se
você tem boa moral e conduta exemplar, se pode cum-
prir o requisito de horas e se acha que pode servir por
um mês ou mais como pioneiro auxiliar, os anciãos te-
rão prazer em considerar sua petição para esse privilé-
gio.
13 Para se qualificar como pioneiro regular, você pre-

cisa estar em condições de satisfazer o requisito anual


de horas. Como pioneiro regular, você deve cooperar ple-
namente com a sua congregação. Pioneiros zelosos são

MANEIRAS DE FAZER MAIS NO MINISTÉRIO 109


uma bênção para a congregação, criando entusiasmo
pelo ministério e até mesmo incentivando outros a en-
trar no serviço de pioneiro. Mas antes de ser pioneiro re-
gular você precisa ser um publicador exemplar e ser ba-
tizado por pelo menos seis meses.
14 Os pioneiros especiais geralmente são escolhidos

dentre os pioneiros regulares que já mostraram ser bem-


sucedidos no ministério. Devem ter condições de servir
onde quer que Betel os envie. Em geral, são enviados
para um território não designado onde podem encon-
trar pessoas interessadas e formar congregações. Às
vezes, os pioneiros especiais são designados para con-
gregações que precisam de ajuda para cobrir seu territó-
rio. Alguns pioneiros especiais que também são anciãos
têm sido designados para ajudar congregações peque-
nas, mesmo quando não há nenhuma necessidade es-
pecífica de mais trabalhadores no campo. Os pioneiros
especiais recebem uma pequena ajuda financeira para
suas despesas. Alguns deles são designados em base
temporária.
MISSIONÁRIOS EM CAMPO
15A Comissão de Serviço do Corpo Governante apro-
va a recomendação de missionários em campo, que en-
tão são designados pela Comissão de Filial local para
servir em áreas densamente povoadas. Eles contribuem
muito para estabilizar as congregações e dar impulso à
obra de pregação. Em geral, os missionários em campo
recebem treinamento na Escola para Evangelizadores do
Reino. Providenciam-se para eles moradia e uma peque-
na ajuda financeira para suas despesas.

110 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


SUPERINTENDENTES DE CIRCUITO
16Os superintendentes de circuito são designados pelo
Corpo Governante. Esses irmãos recebem treinamento
e ganham experiência por primeiro servir como superin-
tendentes de circuito substitutos. Eles dão muito valor ao
ministério e amam os irmãos. Eles são pioneiros zelosos,
estudantes diligentes da Bíblia e bons oradores e instru-
tores. Manifestam de maneira notável o fruto do espíri-
to e seu comportamento mostra que são razoáveis e têm
discernimento. Se o superintendente for casado, sua es-
posa serve como pioneira e tem uma conduta exemplar.
Ela se relaciona bem com outros e prega com habilida-
de. Respeita a autoridade de Jeová e também de seu
marido. Não fala em nome dele nem domina as conver-
sas. Os superintendentes de circuito e suas esposas têm
uma agenda cheia, por isso os que desejam entrar nes-
se serviço devem ter boa saúde. Os pioneiros não fazem
petição para o serviço de circuito. Eles conversam com
o superintendente de circuito sobre seu desejo de servir
nessa modalidade, e ele lhes dá sugestões.
ESCOLAS TEOCRÁTICAS
17 Escola para Evangelizadores do Reino: Há necessi-
dade de mais evangelizadores do Reino para cobrir ter-
ritórios pouco trabalhados e dar apoio espiritual às con-
gregações. Portanto, irmãs e irmãos solteiros, bem como
casais, podem fazer petição para cursar a Escola para
Evangelizadores do Reino. Depois da escola, os formados
são enviados para servir como pioneiros regulares onde
a necessidade é maior no seu próprio país. No entanto,
os que se colocam à disposição podem receber outras

MANEIRAS DE FAZER MAIS NO MINISTÉRIO 111


designações no seu próprio país ou em outro. Alguns po-
dem ser enviados como pioneiros especiais temporários
ou permanentes. Os pioneiros interessados nessa esco-
la podem saber quais são os requisitos para cursá-la por
assistir à reunião no congresso regional preparada para
essa finalidade.
18 Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia: Irmãs e

irmãos solteiros, bem como casais, que são escolhidos


para cursar essa escola falam inglês e são servos de tem-
po integral especial. Eles têm potencial para dar força e
estabilidade à obra no campo ou à organização de uma
filial. Eles mostram que querem servir aos irmãos e po-
dem ajudar outros a aprender e a seguir a orientação da
Bíblia e da organização. Irmãos com potencial para cur-
sar essa escola são convidados pela Comissão de Filial
local para preencher uma petição. Os que se formam nes-
sa escola são designados para o campo ou para a filial
quer num país estrangeiro, quer em seu próprio país.
SERVIÇO DE BETEL
19Servir em Betel é um privilégio especial. Betel signi-
fica “Casa de Deus”, e esse nome com certeza é apro-
priado para se referir às atividades que são feitas nes-
ses locais. Os irmãos e as irmãs que servem em Betel
realizam um trabalho vital relacionado com a produção,
tradução e distribuição de publicações bíblicas. Esse ser-
viço é muito valioso para o Corpo Governante, que for-
nece supervisão e orientação para as congregações em
toda a Terra. Muitos betelitas que são tradutores mo-
ram e trabalham em regiões do território da filial onde
se fala o idioma para o qual eles traduzem. Isso permite

112 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


que eles ouçam o idioma fa- Ter alvos espirituais
lado no dia a dia. Eles podem o ajudará a usar de
também avaliar pessoalmen- modo sábio suas
te se as pessoas entendem a energias e outros
linguagem usada nas publica-
recursos
ções que eles traduzem.
20 Grande parte do serviço

realizado em Betel exige esforço físico. Por isso, a maio-


ria dos que são chamados para Betel são irmãos jovens
dedicados e batizados que têm boa saúde e são fisica-
mente fortes. Se você tiver o desejo de servir em Betel,
poderá saber mais sobre os requisitos conversando com
os anciãos da sua congregação.
SERVIR NA CONSTRUÇÃO
21 A construção de locais para atividades do Reino é
uma forma de serviço sagrado, assim como foi a cons-
trução do templo de Salomão. (1 Reis 8:13-18) Muitos ir-
mãos e irmãs mostram grande zelo por dar de seu tem-
po e recursos para participar nesse trabalho.
22 Você tem condições de ajudar? Se você é um pu-

blicador batizado que deseja participar nessa ativida-


de, os irmãos que supervisionam o serviço de constru-
ção na sua região vão gostar da sua ajuda e vão estar
dispostos a treiná-lo mesmo que você tenha pouca ex-
periência. O que acha de dizer aos anciãos locais que
você está disponível para ajudar? Alguns publicadores
batizados que se qualificam para esse serviço têm se
colocado à disposição para trabalhar na construção de
locais para atividades do Reino até mesmo em outros
países.

MANEIRAS DE FAZER MAIS NO MINISTÉRIO 113


23 Há muitas oportunidades para participar no serviço
de construção. Publicadores batizados exemplares com
alguma habilidade específica e que têm condições de
apoiar projetos de construção na região onde moram po-
dem servir como voluntários do Departamento Local de
Projeto/Construção. Outros podem apoiar construções
mais distantes por um período limitado e são designados
pela filial para servir como voluntários de construção
de duas semanas a três meses. Os que são designados
para servir por um período mais longo são chamados
servos de construção. O servo de construção que recebe
uma designação para trabalhar em outro país é chama-
do de servo de construção no estrangeiro. Cada proje-
to de construção é liderado por um grupo de construção.
Esse grupo é formado por servos de construção e vo-
luntários de construção. Esses irmãos contam com a
ajuda de voluntários do Departamento Local de Proje-
to/Construção e de voluntários das congregações en-
volvidas no projeto. Os grupos de construção mudam
de uma construção para outra dentro do território da
filial.
QUAIS SÃO SEUS ALVOS ESPIRITUAIS?
24Se você dedicou sua vida a Jeová, você com certeza
quer servir a ele para sempre. Mas, por enquanto, quais
são seus alvos espirituais? Ter alvos espirituais o ajuda-
rá a usar de modo sábio suas energias e outros recursos.
(1 Cor. 9:26) Estabelecer tais alvos contribui para o seu
progresso espiritual e o ajuda a se concentrar nas coisas
mais importantes, à medida que você se esforça para
atingir mais alvos espirituais. — Fil. 1:10; 1 Tim. 4:15, 16.

114 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


25 O apóstolo Paulo é um excelente exemplo para imi-
tarmos no nosso serviço a Deus. (1 Cor. 11:1) Ele se
esforçou bastante no serviço a Jeová. Reconhecia que
Jeová tinha lhe dado muitas oportunidades. Paulo es-
creveu aos irmãos em Corinto: “Foi aberta [para mim]
uma porta ampla para atividade.” Não é assim também
no nosso caso? Sim, há muitas oportunidades para ser-
virmos a Jeová junto com a congregação, especialmen-
te na pregação das boas novas do Reino. Mas, como no
caso de Paulo, passar por essa “porta ampla” envolve
enfrentar “muitos opositores”. (1 Cor. 16:9) Paulo esta-
va disposto a se disciplinar. Note o que ele disse: “Sur-
ro o meu corpo e o conduzo como escravo.” (1 Cor. 9:24-
27) Será que temos essa mesma atitude?
26 Cada um é incentivado a se empenhar por alvos es-

pirituais de acordo com suas circunstâncias. Muitos hoje


estão em alguma modalidade do serviço de tempo inte-
gral porque estabeleceram alvos espirituais bem cedo na
vida. Quando ainda eram crianças, foram incentivados
por seus pais e outros a fazer isso. Assim, eles têm uma
carreira muito gratificante no serviço de Jeová — sem
arrependimentos. (Pro. 10:22) Existem outros alvos im-
portantes, como participar no serviço de campo toda se-
mana, iniciar e dirigir um estudo bíblico, ou dedicar mais
tempo à preparação das reuniões. O importante é con-
tinuarmos firmes e darmos o nosso melhor no ministério.
Se fizermos isso, honraremos a Jeová e alcançaremos
nosso alvo principal: servi-lo para sempre. — Luc. 13:24;
1 Tim. 4:7b, 8.

MANEIRAS DE FAZER MAIS NO MINISTÉRIO 115


CAPÍTULO 11

Locais de adoração
OS ADORADORES verdadeiros de Jeová receberam a or-
dem de se reunir para ser instruídos e encorajar uns aos
outros. (Heb. 10:23-25) O primeiro local de adoração do
povo escolhido de Deus, os israelitas, foi o “tabernáculo,
a tenda de reunião”. (Êxo. 39:32, 40) Com o tempo, Sa-
lomão, filho de Davi, construiu uma casa, ou templo,
para a glória de Deus. (1 Reis 9:3) Depois que o templo
foi destruído no ano 607 antes de Cristo, os judeus pas-
saram a se reunir para adorar a Deus em locais chama-
dos de sinagogas. Mais tarde, o templo foi reconstruído
e novamente usado como centro da adoração verdadei-
ra. Jesus ensinou nas sinagogas e no templo. (Luc. 4:16;
João 18:20) Ele realizou uma reunião até mesmo num
monte. — Mat. 5:1–7:29.
2 Depois da morte de Jesus, os cristãos se reuniam

em locais públicos e em casas particulares para ensinar


as Escrituras e se associar com outros cristãos. (Atos
19:8, 9; Rom. 16:3, 5; Col. 4:15; Flm. 2) Às vezes era ne-
cessário que eles se reunissem em lugares isolados para
não serem presos pelos perseguidores. De fato, os ser-
vos fiéis de Deus no passado tinham o desejo sincero
de se reunir em locais de adoração a fim de serem “en-
sinados por Jeová”. — Isa. 54:13.
3 Hoje, também, locais públicos e casas particulares

são usados para reuniões cristãs. Casas de irmãos mui-


tas vezes são usadas para a saída do serviço de cam-

116 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


po. Os que oferecem sua casa para essas reuniões en-
caram isso como um privilégio. Muitos acham que ficam
mais envolvidos com o serviço de Jeová quando colo-
cam sua casa à disposição dessa maneira.
SALÃO DO REINO
4 O principal local de reuniões das Testemunhas de
Jeová é o Salão do Reino. Geralmente se compra um
terreno e se constrói um Salão do Reino, ou se reforma
um prédio já existente. A fim de economizar recursos e
utilizar nossos prédios da melhor maneira possível, vá-
rias congregações podem usar o mesmo Salão do Rei-
no, se isso for prático. Em alguns lugares, é necessário
alugar um local. Quando se constroem Salões do Rei-
no ou são feitas grandes reformas, é apropriado realizar
um programa de dedicação. Mas, se são feitas apenas
pequenas reformas num Salão do Reino que já existe,
não há necessidade de um programa de dedicação.
5 O Salão do Reino não deve ser um prédio sofistica-

do, feito para impressionar. Embora o projeto possa va-


riar de um lugar para outro, ele deve sempre ser fun-
cional. (Atos 17:24) De acordo com as circunstâncias
locais, deve ser um local apropriado e confortável para
realizar reuniões cristãs.
6 Cada congregação das Testemunhas de Jeová con-

tribui para o uso, funcionamento e manutenção do seu


Salão do Reino. Não se fazem coletas nem se pede di-
nheiro. Há uma caixa de donativos à disposição dos
que assistem às reuniões, a fim de que possam con-
tribuir para as despesas relacionadas ao uso do Salão

LOCAIS DE ADORAÇÃO 117


do Reino. Eles fazem isso voluntariamente e de coração.
— 2 Cor. 9:7.
7 Todos na congregação consideram um privilégio

apoiar financeiramente o Salão do Reino e oferecer seus


serviços para mantê-lo limpo e bem conservado. Nor-
malmente, um ancião ou um servo ministerial é desig-
nado para fazer uma programação para esse serviço.
Em geral, a limpeza é feita pelos grupos de serviço de
campo, e o superintendente do grupo ou seu assisten-
te lideram o trabalho. Por dentro e por fora, o Salão do
Reino deve representar bem a Jeová e à sua organiza-
ção.
8 Quando mais de uma congregação se reúne no mes-

mo salão, os anciãos das congregações envolvidas for-


mam uma Comissão de Manutenção do Salão do Reino
para coordenar os assuntos relacionados ao prédio e à
propriedade. Os corpos de anciãos escolhem um irmão
para ser o coordenador dessa comissão. Sob a direção
dos corpos de anciãos, a Comissão de Manutenção su-
pervisiona a limpeza do salão e se certifica de que ele
tenha uma boa manutenção e que haja material sufi-
ciente para esses serviços. Isso exige boa cooperação
entre as congregações envolvidas.
9 Quando várias congregações usam o mesmo Salão do

Reino, talvez elas façam um rodízio nos dias e horários


das reuniões. Os anciãos farão isso levando em conta
os interesses uns dos outros e mostrando amor frater-
nal. (Fil. 2:2-4; 1 Ped. 3:8) Nenhuma congregação deve
se achar no direito de tomar decisões em nome das ou-
tras congregações. Quando o superintendente de circuito

118 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


visita uma das congregações que usam o Salão do Rei-
no, as outras congregações ajustarão os dias e horários
de suas reuniões conforme necessário naquela semana.
10 O Salão do Reino pode ser usado para discursos de

casamento e discursos fúnebres com a permissão da


comissão de serviço da congregação. Nesse caso, a co-
missão de serviço considera com atenção o que é soli-
citado e baseia sua decisão nas orientações fornecidas
por Betel.
11 Espera-se que aqueles que recebem permissão de

usar o Salão do Reino para esses objetivos se compor-


tem de um modo digno dos cristãos verdadeiros. Não
se deve fazer nada no Salão do Reino que faça os ir-
mãos tropeçar ou que desonre a Jeová e o bom nome
da congregação. (Fil. 2:14, 15) Sob a orientação de Be-
tel, o Salão do Reino pode ser usado para outras ativi-
dades espirituais, como a Escola do Ministério do Reino
e a Escola do Serviço de Pioneiro.
12 A congregação sempre tratará seu local de adora-

ção com respeito. A maneira de nos vestir e nos com-


portar deve refletir a dignidade associada à adoração a
Jeová. (Ecl. 5:1; 1 Tim. 2:9, 10) Quando aplicamos os
conselhos relacionados a isso, mostramos apreço por
nossas reuniões cristãs.
13 É importante manter a ordem durante as reuniões.

Recomenda-se que as crianças sentem com os pais. Os


pais com filhos pequenos podem ser incentivados a sen-
tar onde causarão menos distração caso precisem levá-
los para fora a fim de discipliná-los ou cuidar de outras
necessidades.

LOCAIS DE ADORAÇÃO 119


14Irmãos qualificados são Todos na congre-
designados para servir como gação consideram
indicadores nas reuniões no um privilégio apoiar
Salão do Reino. Eles devem financeiramente
estar atentos, ser amigáveis e o Salão do Reino
mostrar bom senso. Suas res-
e oferecer seus
ponsabilidades incluem dar
boas-vindas aos visitantes, serviços para
encontrar lugares para os que mantê-lo limpo e
chegam atrasados, contar a bem conservado
assistência e cuidar para que
a temperatura e a ventilação do salão estejam ade-
quadas. Quando necessário, os indicadores lembrarão
aos pais da necessidade de supervisionar bem os fi-
lhos, para que não fiquem correndo de um lado para
outro nem brincando no palco, antes ou depois das
reuniões. Quando uma criança fica inquieta e fazendo
barulho, o indicador pode pedir ao pai ou à mãe, de
modo bondoso e com tato, que a leve para fora para
não distrair a assistência. O trabalho dos indicadores
contribui muito para que todos tirem proveito das reu-
niões. É preferível usar anciãos e servos ministeriais
como indicadores.
CONSTRUÇÃO DE SALÕES DO REINO
15 No primeiro século, alguns cristãos tinham mais em
sentido material do que outros. Por isso, o apóstolo
Paulo escreveu: “Por meio de uma compensação, que o
excedente que agora vocês têm supra a necessidade de-
les, a fim de que o excedente deles também supra a ca-
rência de vocês, e desse modo haja uma compensação.”

120 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


(2 Cor. 8:14) Hoje acontece uma “compensação” simi-
lar. Os donativos das congregações no mundo todo são
usados para ajudar financeiramente na construção e na
reforma de Salões do Reino. O apoio generoso da fra-
ternidade mundial é muito apreciado pela organização e
pelas congregações que se beneficiam desses donati-
vos.
16 Levando em conta vários fatores, incluindo as ne-

cessidades da região, Betel é que determina quais con-


gregações usarão um Salão do Reino específico. Betel
também decide quando e onde construir ou reformar
Salões do Reino no território da filial. Quando ocorrem
calamidades, tomam-se providências para fazer conser-
tos em Salões do Reino danificados e, conforme a ne-
cessidade, em casas de irmãos.
17 Betel coordena o uso de voluntários para ajudar na

compra de propriedades, no desenvolvimento de proje-


tos de Salões do Reino, na obtenção de alvarás para
construção, na própria construção e na manutenção.
Por causa da grande necessidade de Salões do Reino
na maioria dos países, precisa-se de muitos voluntários.
Todos os publicadores batizados que se qualificam e de-
sejam ajudar são incentivados a preencher uma petição
e entregá-la à comissão de serviço da sua congregação.
Publicadores não batizados também podem ajudar na
construção ou na reforma do seu Salão do Reino.
SALÕES DE ASSEMBLEIAS
18
Os primeiros cristãos geralmente se reuniam em
grupos pequenos. Às vezes, porém, “uma numerosa
multidão” se reunia. (Atos 11:26) Da mesma forma hoje,

LOCAIS DE ADORAÇÃO 121


o povo de Jeová realiza grandes reuniões chamadas de
assembleias de circuito e congressos regionais. Em mui-
tos casos, alugam-se locais da região para esse obje-
tivo. Mas onde não há locais apropriados ou dis-
poníveis, pode-se adquirir um local para ser usado
como Salão de Assembleias.
19 Em alguns casos, um prédio é comprado, reforma-

do e usado como Salão de Assembleias. Mas, na maioria


das vezes, compra-se um terreno e um salão é construí-
do. Os Salões de Assembleias variam em tamanho, de-
pendendo das necessidades locais. Betel só toma a de-
cisão de comprar ou construir um prédio para ser usado
para assembleias e congressos depois de analisar bem
o custo e determinar quantas vezes por ano ele será
usado.
20 Betel faz a designação de irmãos para cuidar do fun-

cionamento e da manutenção do Salão de Assembleias.


Providencia-se que os circuitos façam a limpeza regular
e semestral, e a manutenção preventiva desses locais.
Os irmãos são beneficiados por se oferecer voluntaria-
mente para esse trabalho. Por isso, as congregações
são incentivadas a apoiá-lo de todo o coração. — Sal.
110:3; Mal. 1:10.
21 Às vezes, o Salão de Assembleias é usado para ou-

tros programas espirituais, como escolas bíblicas e reu-


niões especiais com os anciãos de um circuito ou com
os superintendentes viajantes. Assim como o Salão do
Reino, o Salão de Assembleias é um local dedicado para
adoração. Quando nos reunimos num Salão de Assem-
bleias, nossa conduta e maneira de nos arrumar devem

122 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


ser respeitosas, como nas ocasiões em que nos reuni-
mos no Salão do Reino para adoração.
22 Muitos novos estão vindo para a organização de

Deus na parte final destes últimos dias. Isso é evidên-


cia da bênção de Jeová. (Isa. 60:8, 10, 11, 22) Assim,
queremos apoiar tudo o que está envolvido em provi-
denciar locais de adoração limpos e confortáveis e cui-
dar da sua manutenção. Ao fazer isso, mostramos nos-
so apreço pelo papel que esses locais desempenham em
nos ajudar a encorajar uns aos outros, ainda mais ago-
ra que vemos chegar o dia de Jeová.

LOCAIS DE ADORAÇÃO 123


CAPÍTULO 12

Apoio à atividade local e


mundial do Reino
EM CUMPRIMENTO da profecia de Jesus a respeito dos
últimos dias, as Testemunhas de Jeová têm levado a
pregação das boas novas “até a parte mais distante da
terra”. (Atos 1:8; Mat. 24:14) Para isso, elas dão volun-
tariamente de seu tempo e energia para falar sobre as-
suntos espirituais com outros. Confiando que Jeová vai
sustentar os colaboradores dele, elas continuam a co-
locar o Reino de Deus em primeiro lugar na vida. (Mat.
6:25-34; 1 Cor. 3:5-9) Os resultados são uma prova cla-
ra da bênção e da aprovação de Jeová.
COMO SE CUIDA DA OBRA DO REINO NO MUNDO TODO
2Quando veem que distribuímos Bíblias e publica-
ções bíblicas sem custo ao público, alguns perguntam:
“Como tudo isso é possível?” É verdade que produzir
Bíblias e publicações bíblicas envolve despesas. Cons-
truir e manter lares de Betel para cuidar dos que ser-
vem nas filiais operando grandes impressoras, supervi-
sionando a obra de pregação e fazendo outros serviços
para promover as boas novas também envolve gastos.
Além disso, superintendentes de circuito, missionários
em campo, pioneiros especiais e outros no serviço de
tempo integral especial recebem ajuda financeira para
continuar no seu trabalho. Fica claro que a obra de pre-
gar as boas novas em nossos dias, tanto local como

124 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


mundialmente, envolve grandes somas de dinheiro. De
onde vêm esses recursos?
3 Muitos que apreciam a obra educativa das Testemu-

nhas de Jeová gostam de fazer donativos para a obra


mundial. Mas essa obra é apoiada principalmente pelas
Testemunhas de Jeová, e algumas delas enviam dona-
tivos diretamente para a sua filial local. Elas demons-
tram um espírito disposto semelhante ao dos servos
de Jeová do passado, que generosamente apoiaram a
construção do local de adoração de Jeová. (Êxo. 35:20-
29; 1 Crô. 29:9) Algumas doações são de bens deixados
em testamento, ao passo que outros donativos são de
indivíduos, congregações e circuitos, e geralmente são
quantias pequenas. Somados, esses donativos forne-
cem os fundos para dar prosseguimento ao nosso mi-
nistério.
4 Para as Testemunhas de Jeová, é um privilégio usar

o dinheiro que têm e outros recursos para promover


a obra de pregação. Jesus e seus discípulos tinham
uma caixa de dinheiro, indicando que eles recebiam aju-
da financeira para cobrir suas despesas. (João 13:29)
A Bíblia fala de mulheres que ajudavam Jesus e seus
discípulos. (Mar. 15:40, 41; Luc. 8:3) O apóstolo Pau-
lo aceitava com gratidão ajuda material dos que que-
riam promover as boas novas e apoiar o ministério
dele. (Fil. 4:14-16; 1 Tes. 2:9) As Testemunhas de Jeová
continuam a seguir esses exemplos de serviço zelo-
so e de generosidade. Assim, é possível oferecer “de
graça a água da vida” aos sinceros em toda a parte.
— Apo. 22:17.

APOIO À ATIVIDADE LOCAL E MUNDIAL DO REINO 125


COMO SE CUIDA DAS NECESSIDADES
DA CONGREGAÇÃO LOCAL
5 As despesas da congregação local também são co-
bertas por donativos. Não se fazem coletas, não se es-
tabelecem valores para os donativos nem se solicita di-
nheiro. Há caixas de donativos nos locais de reuniões
para que cada pessoa possa dar “conforme resolveu no
coração”. — 2 Cor. 9:7.
6 Os donativos são usados principalmente para cus-

tear o funcionamento e a manutenção do Salão do Rei-


no. O corpo de anciãos pode decidir enviar parte do
dinheiro à filial local das Testemunhas de Jeová para
promover a obra mundial. Nesse caso, a congregação
adota uma resolução concordando com isso. Desse
modo, muitas congregações fazem donativos regulares
para a obra mundial. Quando todos estão atentos às
necessidades que surgem de tempos em tempos, não
deve ser necessário fazer anúncios frequentes a respei-
to de donativos.
COMO SE CUIDA DOS DONATIVOS
7Depois de cada reunião, dois irmãos retiram o di-
nheiro colocado nas caixas de donativos e registram os
valores. (2 Reis 12:9, 10; 2 Cor. 8:20) O corpo de an-
ciãos providenciará que esse dinheiro esteja seguro até
que seja enviado para a filial ou usado para as neces-
sidades da congregação. O irmão que cuida das contas
prepara um relatório mensal para informar à congrega-
ção, e a cada três meses o coordenador do corpo de
anciãos providencia uma verificação das contas.

126 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


DESPESAS DO CIRCUITO Para as Testemu-
8 As despesas das assem- nhas de Jeová, é
bleias, assim como outras um privilégio usar
despesas relacionadas ao o dinheiro que têm
circuito, são cobertas pelos e outros recursos
donativos das Testemunhas para promover a
de Jeová de cada circuito. Há obra de pregação
caixas de donativos nos lo-
cais de assembleias para que
se façam donativos para o circuito. Além disso, para
cuidar das despesas periódicas, as congregações po-
dem fazer donativos em outras ocasiões.
9 O ideal é que cada circuito consiga cobrir suas pró-

prias despesas, e que os fundos excedentes sejam


enviados para a obra mundial. Se não houver fundos na
conta do circuito para cobrir as despesas da assembleia
ou as despesas iniciais da próxima, como um adianta-
mento para garantir o uso de um local, o superinten-
dente de circuito pode sugerir que se dê um anúncio às
congregações sobre o privilégio de contribuir. Cada cor-
po de anciãos vai considerar o assunto e decidir que
valor a congregação poderá contribuir para o fundo do
circuito. Eles então apresentarão o assunto por meio de
uma resolução.
10 Quando houver alguma questão financeira que pre-

cise da atenção dos anciãos do circuito, deve ser fei-


ta uma reunião com todos eles no dia da assembleia.
Todas as decisões que não envolvam as despesas nor-
mais do circuito devem ser aprovadas pelos anciãos do

APOIO À ATIVIDADE LOCAL E MUNDIAL DO REINO 127


circuito por meio de uma resolução. Cada vez que uma
despesa como essa ocorre, uma nova aprovação deve
ser feita pelos anciãos do circuito. Essas resoluções de-
vem ser registradas em quantias exatas.
11 Uma auditoria das contas do circuito é feita regu-

larmente.
COMO SE CUIDA DOS POBRES
12 Um dos objetivos da caixa de dinheiro mantida por
Jesus e seus discípulos era ajudar os pobres. (Mar.
14:3-5; João 13:29) Essa responsabilidade cristã ain-
da existe, pois Jesus disse: “Vocês sempre têm consigo
os pobres.” (Mar. 14:7) Como as Testemunhas de Jeová
cuidam dessa responsabilidade hoje?
13 Às vezes, irmãos fiéis na congregação precisam de

ajuda material por causa de idade avançada, doen-


ça, ou outra adversidade além do seu controle. Quan-
do isso acontece, familiares, parentes e outros que fi-
cam sabendo da situação talvez se sintam motivados
a ajudar. Isso está em harmonia com as palavras do
apóstolo João: “Se alguém tem os bens deste mundo e
vê o seu irmão passando necessidade, e ainda assim se
recusa a lhe mostrar compaixão, de que modo o amor
de Deus permanece nele? Filhinhos, devemos amar não
em palavras nem com a língua, mas em ações e em ver-
dade.” (1 João 3:17, 18; 2 Tes. 3:6-12) A adoração verda-
deira inclui cuidar dos fiéis que talvez precisem de ajuda
material. — Tia. 1:27; 2:14-17.
14 Na sua primeira carta a Timóteo, o apóstolo Paulo

explicou como se pode dar ajuda material aos que me-

128 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


recem essa ajuda. Você pode ler suas orientações em
1 Timóteo 5:3-21. Cada cristão é o principal responsá-
vel por cuidar das necessidades dos membros da sua
própria família. Os idosos e os doentes devem receber
ajuda de seus filhos, netos, ou de outros parentes próxi-
mos. Às vezes, é possível obter ajuda material por meio
de programas sociais ou do governo. Assim, parentes
ou outros podem ajudar a pessoa a entrar com o pedi-
do para receber essa ajuda. Pode surgir uma situação
em que a congregação como um todo precisa avaliar
a possibilidade de ajudar algum irmão necessitado que
tenha um longo histórico de serviço fiel. Se não houver
ninguém da família imediata nem outros parentes para
ajudar esse irmão e nenhuma ajuda adequada de ór-
gãos do governo, o corpo de anciãos poderá tomar as
devidas providências para fornecer ajuda. Para os cris-
tãos é um privilégio compartilhar seus bens materiais
com os que precisam.
15 Muitos irmãos talvez passem necessidade por cau-

sa de perseguição, guerra, terremoto, enchente, fome


ou outras calamidades comuns nestes tempos críticos.
(Mat. 24:7-9) As congregações locais talvez não tenham
condições de ajudar, por isso o Corpo Governante coor-
dena os esforços de irmãos de outros lugares para for-
necer o necessário. Isso é similar ao que os cristãos
na Ásia Menor fizeram, fornecendo alimento aos irmãos
na Judeia durante uma época de fome. (1 Cor. 16:1-4;
2 Cor. 9:1-5) Por seguirmos seu exemplo, reafirmamos
nosso amor pelos irmãos e mostramos que somos ver-
dadeiros discípulos de Jesus Cristo. — João 13:35.

APOIO À ATIVIDADE LOCAL E MUNDIAL DO REINO 129


DISTRIBUIÇÃO DE PUBLICAÇÕES
16 Bíblias e publicações bíblicas são importantes na di-
vulgação da mensagem do Reino. Geralmente, um servo
ministerial é designado pelo corpo de anciãos para cui-
dar das publicações. Os irmãos designados para cuidar
desses itens levam a sério suas responsabilidades. Eles
mantêm registros exatos, a fim de que haja publicações
suficientes para atender às necessidades da congrega-
ção.
17 Como cristãos dedicados, reconhecemos que nos-

so tempo, nossas habilidades físicas e mentais, nossos


talentos e bens materiais, e até mesmo nossa própria
vida são dádivas de Deus, que devem ser usadas no seu
serviço. (Luc. 17:10; 1 Cor. 4:7) Por usarmos bem to-
dos os nossos recursos, demonstramos o quanto ama-
mos a Jeová. Queremos honrá-lo com nossas coisas
valiosas, sabendo que ele se agrada de qualquer dádi-
va que seja uma expressão de nossa devoção de toda
a alma. (Pro. 3:9; Mar. 14:3-9; Luc. 21:1-4; Col. 3:23,
24) Jesus disse: “Vocês receberam de graça, portanto
deem de graça.” (Mat. 10:8) Ao darmos de nós mes-
mos e de nossos recursos no serviço de Jeová, senti-
mos mais alegria. — Atos 20:35.

130 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 13

“Façam todas as coisas


para a glória de Deus”
COMO servos dedicados de Jeová, temos a obrigação
de refletir sua glória em todas as nossas palavras e
ações. O apóstolo Paulo deixou um princípio orientador
quando escreveu: “Quer vocês comam, quer bebam,
quer façam qualquer outra coisa, façam todas as coisas
para a glória de Deus.” (1 Cor. 10:31) Isso envolve se-
guir os padrões justos de Jeová, que refletem sua per-
sonalidade perfeita. (Col. 3:10) Como povo santo, deve-
mos nos tornar imitadores de Deus. — Efé. 5:1, 2.
2 Trazendo isso à atenção dos cristãos, o apóstolo Pe-

dro escreveu: “Como filhos obedientes, parem de se


amoldar aos desejos que tinham antes na sua ignorân-
cia, mas, assim como o Santo que os chamou, tornem-
se santos em toda a sua conduta, pois está escrito:
‘Sejam santos, porque eu sou santo.’ ” (1 Ped. 1:14-16)
Como no Israel do passado, todos na congregação cris-
tã precisam manter a santidade. Isso significa que de-
vem permanecer sem mancha, livres da contaminação
do pecado e da conduta do mundo. Desse modo, são
colocados à parte para o serviço sagrado. — Êxo. 20:5.
3 Nós permanecemos santos por meio da obediência

às leis e aos princípios de Jeová, que são especifica-


dos claramente nas Escrituras. (2 Tim. 3:16) Por estu-
dar a Bíblia, aprendemos sobre Jeová e seus caminhos,
e fomos atraídos a ele. Esse estudo nos convenceu de

“FAÇAM TODAS AS COISAS PARA A GLÓRIA DE DEUS” 131


que precisamos buscar primeiro o Reino de Deus e fazer
da vontade de Jeová a coisa mais importante na nos-
sa vida. (Mat. 6:33; Rom. 12:2) Isso exigiu que nos re-
vestíssemos da nova personalidade. — Efé. 4:22-24.
PUREZA ESPIRITUAL E MORAL
4 Seguir os padrões justos de Jeová nem sempre é fá-
cil. Nosso adversário, Satanás, o Diabo, tenta nos des-
viar da verdade. As más influências do mundo e nossa
imperfeição às vezes dificultam as coisas. Viver à altura
de nossa dedicação exige que travemos uma luta espiri-
tual. A Bíblia diz que não devemos ficar surpresos quan-
do enfrentamos oposição ou provações. Com certeza
sofreremos por causa da justiça. (2 Tim. 3:12) Mas po-
demos ser felizes quando enfrentamos provações, pois
sabemos que elas provam que estamos fazendo a von-
tade de Deus. — 1 Ped. 3:14-16; 4:12, 14-16.
5 Embora fosse perfeito, Jesus aprendeu a obediência

por meio das coisas que sofreu. Ele nunca cedeu às ten-
tações de Satanás nem cultivou ambições do mundo.
(Mat. 4:1-11; João 6:15) Jesus jamais pensou em abrir
mão de sua lealdade. Seu proceder fiel resultou no ódio
do mundo, mas ele se apegou aos padrões de justiça
de Jeová. Pouco antes de sua morte, Jesus alertou seus
discípulos de que o mundo também os odiaria. Desde
aquela época, seus seguidores têm sofrido tribulação,
mas saber que o Filho de Deus venceu o mundo lhes dá
coragem. — João 15:19; 16:33; 17:16.
6 Para não fazermos parte do mundo, precisamos de-

fender os padrões de justiça de Jeová, como fez Jesus,

132 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


nosso Mestre. Além de não nos envolvermos nos assun-
tos políticos e sociais do mundo, temos de resistir ao
seu ambiente imoral. Levamos a sério o conselho em
Tiago 1:21: “Abandonem toda imundície e todo vestígio
de maldade, e aceitem com brandura a implantação da
palavra que é capaz de salvar vocês.” Por estudar a Bí-
blia e frequentar as reuniões, podemos sentir “a implan-
tação da palavra” da verdade na mente e no coração,
e jamais desejaremos o que o mundo oferece. O discí-
pulo Tiago escreveu: “Vocês não sabem que a amizade
com o mundo é inimizade com Deus? Portanto, quem
quer ser amigo do mundo faz de si mesmo um inimigo
de Deus.” (Tia. 4:4) Por isso, a Bíblia contém um forte
conselho para nos apegarmos ao padrões de justiça de
Jeová e permanecermos separados do mundo.
7 A Palavra de Deus nos alerta contra a conduta ver-

gonhosa e imoral. Ela nos diz: “A imoralidade sexual,


todo tipo de impureza e a ganância não sejam nem
mesmo mencionadas entre vocês, assim como é próprio
de pessoas santas.” (Efé. 5:3) Portanto, não devemos
permitir que nossa mente se concentre em coisas obs-
cenas, vergonhosas ou pervertidas. E de modo algum
deixaremos que aos poucos essas coisas façam parte
de nossa conversa. Desse modo provamos que quere-
mos seguir os padrões de moral de Jeová, que são pu-
ros e justos.
LIMPEZA FÍSICA
8Além da pureza espiritual e moral, os cristãos reco-
nhecem a importância da limpeza física. No Israel do

“FAÇAM TODAS AS COISAS PARA A GLÓRIA DE DEUS” 133


passado, o Deus de santidade exigia que o acampa-
mento fosse mantido limpo. Nós também precisamos
nos manter limpos para que Jeová “não veja nada in-
decente” em nós. — Deut. 23:14.
9 Na Bíblia, santidade e limpeza física estão bem re-

lacionadas. Por exemplo, Paulo escreveu: “Amados, . . .


purifiquemo-nos de toda imundície da carne e do es-
pírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus.”
(2 Cor. 7:1) Portanto, os cristãos devem se esforçar
para se manter fisicamente limpos, tomando banho e
lavando suas roupas. Embora as condições variem de
um país para outro, em geral é possível obter água e sa-
bão para se manter limpo e cuidar da higiene dos filhos.
10 Por causa da nossa atividade de pregação, normal-

mente somos bem conhecidos na vizinhança. Manter a


casa limpa e organizada, por dentro e por fora, já é um
testemunho para os vizinhos. Isso é algo em que a fa-
mília inteira pode participar. Por exemplo, os homens
cristãos podem cuidar da parte externa da casa e da
área em volta dela, pois reconhecem que uma casa e
um quintal bem cuidados causam uma boa impressão
nos outros. Esse cuidado, junto com sua liderança em
assuntos espirituais, indica que os maridos estão pre-
sidindo bem sua família. (1 Tim. 3:4, 12) As mulheres
cristãs também têm responsabilidades, especialmente
dentro de casa. (Tito 2:4, 5) Filhos bem-educados fa-
zem sua parte por manter a si mesmos e seus quar-
tos limpos e arrumados. Desse modo, a família coope-
ra em criar padrões de limpeza à altura dos que haverá
no novo mundo sob o Reino de Deus.

134 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


11 Muitos servos de Jeová Como servos dedi-
hoje usam carros ou motos cados de Jeová,
para ir às reuniões. Em al- temos a obrigação
guns lugares, esses veículos de refletir sua glória
são praticamente indispensá- em todas as nossas
veis para realizar o ministé- palavras e ações
rio. Eles sempre devem estar
limpos e bem conservados.
A nossa casa e o nosso veículo devem deixar eviden-
te que pertencemos ao povo limpo e santo de Jeová.
O mesmo princípio se aplica à nossa Bíblia e à nossa
pasta ou bolsa de campo.
12 Nossa roupa e modo de nos arrumar devem estar

à altura dos princípios de Deus. Não pensaríamos em


comparecer perante uma pessoa importante vestidos
de modo desleixado ou informal demais. Quanto mais
devemos nos preocupar com isso quando representa-
mos a Jeová no ministério de campo ou na tribuna!
O modo de nos arrumar e nosso estilo de roupa podem
influenciar o conceito que outros têm sobre a adoração
de Jeová. Mostrar falta de modéstia ou de conside-
ração pelos outros com certeza não seria apropriado.
(Miq. 6:8; 1 Cor. 10:31-33; 1 Tim. 2:9, 10) Assim, ao nos
aprontarmos para a pregação ou para as reuniões, as-
sembleias e congressos, devemos ter em mente o que
a Bíblia diz a respeito da limpeza física e da aparência
modesta. Queremos sempre honrar e glorificar a Jeová.
13 O mesmo se aplica quando visitamos a sede mun-

dial ou uma filial das Testemunhas de Jeová. Lembre-se

“FAÇAM TODAS AS COISAS PARA A GLÓRIA DE DEUS” 135


de que o nome Betel significa “Casa de Deus”. Portan-
to, devemos nos vestir e agir da mesma maneira como
fazemos ao assistir às reuniões no Salão do Reino.
14 Mesmo quando se trata de lazer, queremos dar

atenção à nossa roupa e ao modo de nos arrumar. Po-


demos nos perguntar: ‘Será que eu sentiria vergonha de
dar testemunho informal por causa da minha roupa?’
DIVERSÃO SADIA
15 Precisamos de descanso e diversão para manter
nossa saúde física e emocional. Certa vez, Jesus con-
vidou seus discípulos a ir com ele a um lugar retirado
para “descansar um pouco”. (Mar. 6:31) Descanso e di-
versão sadia podem proporcionar uma agradável que-
bra de rotina. Podem nos reanimar para prosseguir com
nosso trabalho normal.
16 Com tantas formas de diversão disponíveis hoje, os

cristãos precisam ser cuidadosos, demonstrando sa-


bedoria divina naquilo que fazem. Embora a diversão
tenha o seu lugar, não é a coisa mais importante na
vida. Somos alertados de que “nos últimos dias” as pes-
soas ‘amariam os prazeres em vez de a Deus’. (2 Tim.
3:1, 4) Boa parte do que é chamado de diversão é ofen-
sivo para quem deseja seguir os padrões de justiça de
Jeová.
17 Os primeiros cristãos tinham de resistir ao ambien-

te prejudicial do mundo ao seu redor, que se concen-


trava na busca de prazeres. Nos espetáculos romanos,
as pessoas se divertiam assistindo ao sofrimento de
outros. Violência, derramamento de sangue e imorali-

136 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


dade sexual eram apresentados para divertir as mul-
tidões, mas os primeiros cristãos se mantinham longe
dessas coisas. Hoje, grande parte da diversão do mun-
do tem características similares e satisfaz a desejos hu-
manos errados. Precisamos ‘estar bem atentos’ a como
andamos, rejeitando diversão prejudicial. (Efé. 5:15, 16;
Sal. 11:5) E, mesmo que certa diversão não seja erra-
da em si mesma, o ambiente talvez seja inaceitável.
— 1 Ped. 4:1-4.
18 Há várias formas de diversão sadia aceitáveis para

os cristãos. Muitos se beneficiam de seguir os conse-


lhos bíblicos e as sugestões equilibradas de nossas pu-
blicações.
19 Às vezes, algumas famílias se reúnem na casa de

alguém para passar tempo juntos. Ou pode ser que ir-


mãos sejam convidados para uma festa de casamen-
to ou um evento social parecido. (João 2:2) Os anfi-
triões devem se sentir responsáveis pelo que acontece
no local. Naturalmente, é preciso ter cuidado quando
um grupo grande se reúne. O clima descontraído nes-
sas reuniões tem levado alguns a ultrapassar os limites
da conduta cristã correta, comendo demais ou ficando
bêbado e até mesmo se envolvendo em outros peca-
dos graves. Com isso em mente, cristãos sensatos sa-
biamente limitam o tamanho e a duração desses even-
tos. Se forem servidas bebidas alcoólicas, deve-se ter
moderação. (Fil. 4:5) Se tudo for feito para que essas
reuniões sejam sadias e espiritualmente reanimadoras,
a comida e a bebida não serão as coisas mais impor-
tantes.

“FAÇAM TODAS AS COISAS PARA A GLÓRIA DE DEUS” 137


20 É muito bom ser hospitaleiro. (1 Ped. 4:9) Ao convi-
darmos outros cristãos à nossa casa para descontração
e companheirismo, para uma refeição ou um lanche,
devemos nos lembrar dos irmãos com menos recursos.
(Luc. 14:12-14) Se formos os convidados nessas oca-
siões, a nossa conduta deve se harmonizar com o con-
selho em Marcos 12:31. E é sempre bom mostrar grati-
dão pela bondade dos outros.
21 Os cristãos se alegram com as generosas dádivas

de Deus e sabem que podem ‘comer e beber, e desfru-


tar dos resultados de todo o seu trabalho árduo’. (Ecl.
3:12, 13) Quando ‘fazemos todas as coisas para a gló-
ria de Deus’ nas reuniões sociais, tanto anfitriões como
convidados podem ter a satisfação de se lembrar delas
como ocasiões espiritualmente reanimadoras.
ATIVIDADES ESCOLARES
22 Os filhos de Testemunhas de Jeová se beneficiam
de obter instrução secular básica. Enquanto estão na
escola, eles se esforçam para aprender a ler e a escre-
ver bem. Outras matérias da escola também podem ser
úteis para os jovens à medida que procuram alcançar
alvos espirituais. Durante seus anos escolares, eles de-
vem se esforçar em ‘se lembrar do seu Grandioso Cria-
dor’, dando prioridade às coisas espirituais. — Ecl. 12:1.
23 Se você é um jovem cristão que está na escola,

tome cuidado para não passar muito tempo com os jo-


vens do mundo sem necessidade. (2 Tim. 3:1, 2) Jeová
oferece muitas ajudas para nos proteger contra as in-
fluências do mundo, por isso você pode aproveitá-las

138 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


para resistir a essas influências. (Sal. 23:4; 91:1, 2) As-
sim, para se proteger, faça bom uso das provisões de
Jeová. — Sal. 23:5.
24 Para se manterem separados do mundo enquanto

estão na escola, a maioria dos jovens Testemunhas de


Jeová prefere não participar de atividades extracurri-
culares. Talvez seja difícil para os colegas e professo-
res entenderem isso. Mas o que importa é agradar a
Deus. Isso significa que você deve usar sua consciên-
cia treinada pela Bíblia e estar decidido a não se con-
tagiar com o espírito de competição e de nacionalismo
do mundo. (Gál. 5:19, 26) Por colocarem em prática os
conselhos bíblicos dos seus pais cristãos e se beneficia-
rem da boa associação na congregação, vocês, jovens,
podem se apegar aos padrões de justiça de Jeová.
EMPREGO E AMIZADES
25 Os chefes de família têm a obrigação bíblica de pro-
ver o necessário para sua família. (1 Tim. 5:8) Mesmo
assim, como servos de Deus eles reconhecem que o
seu emprego não está à frente dos interesses do Rei-
no. (Mat. 6:33; Rom. 11:13) Por praticarem a devoção a
Deus e se contentarem em ter o que comer e o que ves-
tir, eles evitam as ansiedades e as armadilhas do ma-
terialismo. — 1 Tim. 6:6-10.
26 Todos os cristãos dedicados que trabalham fora de-

vem ter em mente os princípios bíblicos. Para obter-


mos honestamente nosso sustento, rejeitamos práti-
cas que violam as leis de Deus ou as do país. (Rom.
13:1, 2; 1 Cor. 6:9, 10) Como soldados de Cristo, não

“FAÇAM TODAS AS COISAS PARA A GLÓRIA DE DEUS” 139


nos envolvemos em negócios que vão contra os pa-
drões justos de Deus, violam nossa neutralidade cris-
tã ou ameaçam nossa espiritualidade. (Isa. 2:4; 2 Tim.
2:4) Sempre nos lembramos dos perigos das más com-
panhias. E não temos ligações com “Babilônia, a Gran-
de”, inimiga de Deus. — Apo. 18:2, 4; 2 Cor. 6:14-17.
27 Se nos apegarmos aos padrões de justiça de Deus,

não usaremos as reuniões cristãs para promover negó-


cios ou outros interesses pessoais. O objetivo de nos
associar nas reuniões, assembleias e congressos é ex-
clusivamente adorar a Jeová. Nessas ocasiões, nós nos
alimentamos à sua mesa espiritual e ‘nos encorajamos
mutuamente’. (Rom. 1:11, 12; Heb. 10:24, 25) Esse con-
vívio deve ser mantido num nível espiritual.
COMO MANTER A UNIÃO CRISTÃ
28 Os padrões de justiça de Jeová exigem também que
seu povo ‘mantenha a unidade do espírito, no vínculo
unificador da paz’. (Efé. 4:1-3) Em vez de procurar agra-
dar a si mesmo, cada um procura se empenhar pelo
bem dos outros. (1 Tes. 5:15) Sem dúvida, esse é o es-
pírito que você encontra em sua congregação. Não im-
porta a raça, a nacionalidade, o nível social ou eco-
nômico, nem o grau de instrução, todos nós somos
guiados pelos mesmos padrões de justiça. Até pessoas
de fora observam que essa é uma característica notá-
vel do povo de Jeová. — 1 Ped. 2:12.
29 Destacando ainda mais a base dessa união, a Bíblia

diz: “Há um só corpo e um só espírito, assim como há


uma só esperança a que foram chamados; há um só

140 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai
de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em
todos.” (Efé. 4:4-6) Essas palavras nos motivam a es-
tar unidos tanto no entendimento dos ensinos básicos
como no dos mais profundos da Bíblia. Por fazermos
isso, demonstramos que reconhecemos a soberania de
Jeová. Realmente, Jeová tem dado a seus servos a lín-
gua pura da verdade, tornando possível que eles o sir-
vam ombro a ombro. — Sof. 3:9.
30 A união e a paz da congregação cristã são fonte de

revigoramento para todos os que adoram a Jeová. Te-


mos visto o cumprimento desta promessa de Jeová: “Eu
os porei em união como ovelhas no curral.” (Miq. 2:12)
Queremos manter essa união pacífica, sempre nos ape-
gando aos padrões de justiça de Jeová.
31 Todos os que foram acolhidos na congregação de

Jeová são muito felizes. Levar o nome de Jeová com-


pensa qualquer sacrifício que tenhamos de fazer. Ao
passo que mantemos nossa preciosa amizade com ele,
façamos o máximo para nos apegar aos seus padrões
de justiça e recomendá-los a outros. — 2 Cor. 3:18.

“FAÇAM TODAS AS COISAS PARA A GLÓRIA DE DEUS” 141


CAPÍTULO 14

Como manter a paz e a pureza


da congregação
TODO ano, milhares de pessoas afluem à casa de adora-
ção pura de Jeová, em cumprimento de profecias bíbli-
cas. (Miq. 4:1, 2) Ficamos muito felizes de recebê-las na
“congregação de Deus”. (Atos 20:28) Elas apreciam a
oportunidade de servir a Jeová conosco e de fazer par-
te do ambiente puro e pacífico do nosso paraíso espiri-
tual. O espírito santo de Deus e os sábios conselhos de
sua Palavra nos ajudam a manter a paz e a pureza da
congregação. — Sal. 119:105; Zac. 4:6.
2 Por aplicar os princípios bíblicos, nós nos revestimos

“da nova personalidade”. (Col. 3:10) Deixamos de lado


disputas insignificantes e diferenças pessoais. Visto que
temos o ponto de vista de Jeová, vencemos as influên-
cias divisórias do mundo e trabalhamos unidos como
uma fraternidade internacional. — Atos 10:34, 35.
3 Apesar disso, de vez em quando surgem dificuldades

que afetam a paz e a união da congregação. Por que


isso acontece? Na maioria dos casos, é porque algum
conselho bíblico não foi aplicado. Ainda temos que lidar
com nossas imperfeições; todos nós somos pecadores.
(1 João 1:10) Alguém talvez dê um passo em falso que po-
deria trazer impureza moral ou espiritual para a congre-
gação. Podemos ofender alguém com palavras ou ações
impensadas, ou tropeçar por causa do que alguém dis-
se ou fez. (Rom. 3:23) Como resolver situações assim?

142 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


4Por amor, Jeová leva tudo isso em consideração e,
na sua Palavra, ele dá conselhos sobre o que podemos
fazer quando surgem dificuldades. Os anciãos, que são
amorosos pastores espirituais, estão à disposição para
dar ajuda pessoal. Por aplicarmos seus conselhos basea-
dos na Bíblia, podemos restabelecer bons relacionamen-
tos com outros e ter a aprovação de Jeová. Se formos
disciplinados ou repreendidos por causa de algum erro,
podemos ter certeza de que isso é uma expressão do
amor de nosso Pai celestial por nós. — Pro. 3:11, 12; Heb.
12:6.
COMO RESOLVER PEQUENOS DESENTENDIMENTOS
5 De vez em quando surgem desentendimentos ou pro-
blemas não muito sérios entre irmãos da congregação.
Esses devem ser resolvidos rapidamente, num espírito
de amor fraternal. (Efé. 4:26; Fil. 2:2-4; Col. 3:12-14) É
bem provável que você concorde que problemas que en-
volvam seu relacionamento com alguém na congrega-
ção podem ser resolvidos aplicando-se o conselho do
apóstolo Pedro, de ‘ter intenso amor uns pelos outros,
porque o amor cobre uma multidão de pecados’. (1 Ped.
4:8) A Bíblia diz: “Todos nós tropeçamos muitas vezes.”
(Tia. 3:2) Por aplicarmos a Regra de Ouro, fazendo a ou-
tros tudo que queremos que eles façam a nós, em geral
podemos perdoar e esquecer pequenos desentendimen-
tos. — Mat. 6:14, 15; 7:12.
6 Se perceber que alguém ficou ofendido por causa de

alguma coisa que você disse ou fez, tome a iniciati-


va de fazer as pazes sem demora. Lembre-se de que a
sua relação com Jeová também está envolvida. Jesus

COMO MANTER A PAZ E A PUREZA DA CONGREGAÇÃO 143


aconselhou seus discípulos: “Se você levar a sua dádiva
ao altar e ali se lembrar de que o seu irmão tem algo
contra você, deixe a sua dádiva ali na frente do altar e
vá. Faça primeiro as pazes com o seu irmão, então volte
e ofereça a sua dádiva.” (Mat. 5:23, 24) Pode ter havido
um mal-entendido. Nesse caso, vá falar com a pessoa.
A boa comunicação entre todos na congregação contri-
bui muito para evitar desentendimentos e resolver pro-
blemas que surgem por causa da imperfeição humana.
QUANDO É NECESSÁRIO DAR CONSELHOS BÍBLICOS
7 Às vezes, os anciãos acham necessário aconselhar
alguém para reajustar seu modo de pensar. Isso nem
sempre é fácil. Paulo escreveu aos cristãos na Galácia:
“Irmãos, mesmo que um homem, sem perceber, dê um
passo em falso, vocês que têm qualificações espirituais
tentem reajustar esse homem num espírito de brandu-
ra.” — Gál. 6:1.
8 Por pastorear o rebanho, os anciãos podem proteger

a congregação de muitos perigos espirituais e impedir


que surjam problemas sérios. Os anciãos se esforçam
para fazer com que seu serviço na congregação esteja à
altura do que Jeová prometeu por meio de Isaías: “Cada
um deles será como abrigo contra o vento, como escon-
derijo contra o temporal, como correntes de água numa
terra árida, como a sombra de um enorme rochedo num
deserto.” — Isa. 32:2.
‘TOMAR NOTA’ DOS INDISCIPLINADOS
9O apóstolo Paulo deu o seguinte alerta contra certos
irmãos que poderiam exercer má influência na congre-

144 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


gação: “Afastem-se de todo irmão que ande de modo
indisciplinado e não segundo a tradição que vocês rece-
beram de nós.” Ele deu mais detalhes sobre isso ao es-
crever: “Se alguém não for obediente ao que dizemos
nesta carta, tomem nota dele e parem de se associar
com ele, para que fique envergonhado. Contudo, não o
considerem como inimigo, mas continuem a aconselhá-
lo como irmão.” — 2 Tes. 3:6, 14, 15.
10 Pode haver na congregação alguém que, apesar de

não ter cometido um pecado grave que poderia resul-


tar na sua expulsão, mostra grande desrespeito pelos
padrões de Deus. Isso pode incluir coisas como ser ex-
tremamente preguiçoso, crítico ou sujo em sentido físi-
co. Pode ser alguém que ‘se intromete no que não lhe
diz respeito’. (2 Tes. 3:11) Também pode ser alguém que
procura oportunidades para tirar vantagem material de
outros, ou que escolhe como diversão coisas claramen-
te impróprias. A conduta errada é séria o suficiente para
refletir mal na congregação e influenciar outros cristãos.
11 Primeiro, os anciãos tentarão ajudar essa pessoa por

meio de conselhos baseados na Bíblia. Mas, se a pes-


soa continuar desrespeitando os princípios bíblicos ape-
sar de repetidos conselhos, os anciãos talvez decidam
que um discurso de alerta deve ser dado à congrega-
ção. Os anciãos mostrarão discernimento ao decidir se
certa situação é grave e perturbadora a ponto de justi-
ficar tal discurso. O orador dará conselhos apropriados
relacionados com a conduta errada, mas não menciona-
rá o nome da pessoa. Assim, os que estiverem a par da
situação descrita no discurso evitarão ter contato social

COMO MANTER A PAZ E A PUREZA DA CONGREGAÇÃO 145


com a pessoa, embora continuem a ter associação es-
piritual com ela, ‘aconselhando-a como irmão’.
12 Espera-se que a posição firme dos irmãos fiéis da

congregação ajude a pessoa a sentir vergonha de seu


modo de agir e a fazer mudanças. Quando fica bem evi-
dente que ela abandonou a conduta errada, não é mais
necessário tratá-la como alguém de quem se tomou
nota.
COMO LIDAR COM ALGUNS ERROS GRAVES
13 Estarmos dispostos a desconsiderar erros e a per-
doar não significa que não nos importamos com a con-
duta errada ou que a aprovamos. Nem todos os
pecados são culpa da imperfeição; também não é apro-
priado desconsiderar pecados que vão além de peque-
nos erros. (Lev. 19:17; Sal. 141:5) O pacto da Lei identi-
ficava alguns pecados como mais sérios do que outros,
e o mesmo acontece na congregação cristã. — 1 João
5:16, 17.
14 Jesus disse o que fazer para resolver problemas sé-

rios entre irmãos. Veja os passos que ele mencionou: “Se


o seu irmão cometer um pecado, [1] vá mostrar-lhe o
seu erro, somente você e ele. Se ele o escutar, você ga-
nhou o seu irmão. Mas, se não o escutar, [2] leve com
você mais um ou dois, para que, com base no depoi-
mento de duas ou três testemunhas, toda questão seja
estabelecida. Se ele não os escutar, [3] fale à congre-
gação. Se não escutar nem mesmo a congregação, seja
ele para você apenas como homem das nações e como
cobrador de impostos.” — Mat. 18:15-17.

146 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


15 Tendo em vista a ilustra- Quando mantemos
ção que Jesus contou em se- a paz e a pureza
guida (Mateus 18:23-35), pa- da congregação,
rece que um dos pecados deixamos brilhar
que ele tinha em mente em a luz da verdade
Mateus 18:15-17 tinha a ver do Reino
com dinheiro ou bens, tais
como não pagar um emprés-
timo ou cometer fraude. Ou talvez Jesus estivesse se
referindo à calúnia, um pecado que afeta seriamente a
reputação de alguém.
16 Se você tiver provas de que alguém na congrega-

ção cometeu um pecado desse tipo contra você, não se


apresse em falar com os anciãos, pedindo que eles ajam
a seu favor. Como Jesus aconselhou, fale primeiro com
a pessoa. Tente resolver o assunto apenas entre vocês
dois, sem envolver mais ninguém. Tenha em mente que
Jesus não disse ‘vá só uma vez mostrar-lhe o seu erro’.
Portanto, se a pessoa não admitiu o erro nem pediu per-
dão, talvez seja bom conversar com ela em outra oca-
sião. Se o assunto puder ser resolvido dessa maneira,
aquele que pecou com certeza ficará grato por você não
ter falado com outros sobre o que ele fez nem mancha-
do a reputação dele na congregação. Você terá ‘ganho
o seu irmão’.
17 Se aquele que cometeu o pecado admitir a culpa, pe-

dir perdão e tomar medidas para corrigir o erro, não é


preciso levar o assunto adiante. Embora o pecado tenha
sido sério, uma situação assim pode ser resolvida entre
os envolvidos.

COMO MANTER A PAZ E A PUREZA DA CONGREGAÇÃO 147


18 Mas talvez você não consiga resolver o problema por
conversar “somente você e ele”. Nesse caso, pode fazer
como Jesus disse: “Leve com você mais um ou dois” e
fale com seu irmão de novo. O objetivo dos que o acom-
panharem também deve ser ganhar seu irmão. É melhor
que sejam testemunhas do suposto pecado, mas, se não
houver nenhuma, você pode pedir a mais um ou dois que
presenciem a conversa. Eles talvez conheçam bem o as-
sunto e possam determinar se o que aconteceu foi mes-
mo um pecado. Se algum ancião for convidado para pre-
senciar a conversa, ele não representará a congregação,
visto que o corpo de anciãos não o designou especifi-
camente para isso.
19 Se o assunto não for resolvido depois de repetidos

esforços — nem quando você falou com a pessoa em


particular, nem quando convidou mais um ou dois —, e
você achar que não pode simplesmente esquecer o as-
sunto, então você deve falar com os anciãos. Lembre-
se que o objetivo deles é manter a paz e a pureza da
congregação. Depois de falar com os anciãos, deixe o
assunto nas mãos deles e confie em Jeová. Você nun-
ca deve permitir que a conduta de alguém o faça tro-
peçar ou tire a sua alegria de servir a Jeová. — Sal.
119:165.
20 Os pastores do rebanho examinarão o assunto. Tal-

vez fique evidente que a pessoa cometeu mesmo um


pecado sério contra você, não se arrependeu nem está
disposta a fazer o que for apropriado e razoável para
corrigir a situação. Nesse caso, pode ser necessário que
uma comissão de anciãos expulse o pecador da congre-

148 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


gação. Assim, eles protegerão o rebanho e manterão a
pureza da congregação. — Mat. 18:17.
COMO CUIDAR DE PECADOS GRAVES
21 Alguns pecados graves, como imoralidade sexual,
adultério, homossexualismo, blasfêmia, apostasia e ido-
latria, exigem mais do que o perdão da pessoa prejudi-
cada. (1 Cor. 6:9, 10; Gál. 5:19-21) Visto que esses pe-
cados sérios ameaçam a pureza espiritual e moral da
congregação, eles devem ser relatados aos anciãos, que
então cuidarão do assunto. (1 Cor. 5:6; Tia. 5:14, 15) Al-
guém talvez procure os anciãos para confessar um pe-
cado que cometeu ou para relatar o que sabe a respei-
to do pecado de outra pessoa. (Lev. 5:1; Tia. 5:16) Não
importa como os anciãos fiquem sabendo de um peca-
do grave cometido por um irmão batizado da congrega-
ção, primeiro dois anciãos examinarão o assunto. Se fi-
car comprovado que a acusação tem base e que existem
provas claras de que foi cometido um pecado grave, o
corpo de anciãos formará uma comissão judicativa de
pelo menos três anciãos para cuidar do assunto.
22 Os anciãos cuidam muito bem do rebanho, procu-

rando protegê-lo de qualquer influência espiritualmente


prejudicial. Também se esforçam para usar bem a Pala-
vra de Deus para repreender os que erram e restabele-
cer a saúde espiritual deles. (Judas 21-23) Isso está em
harmonia com as instruções que o apóstolo Paulo deu
a Timóteo: “Eu lhe ordeno solenemente perante Deus e
Cristo Jesus, que julgará os vivos e os mortos, . . . Re-
preenda, censure, exorte, com toda a paciência e arte
de ensino.” (2 Tim. 4:1, 2) Fazer isso talvez exija muito

COMO MANTER A PAZ E A PUREZA DA CONGREGAÇÃO 149


tempo dos anciãos, mas faz parte do seu trabalho ár-
duo. A congregação aprecia seus esforços e os conside-
ra “dignos de dupla honra”. — 1 Tim. 5:17.
23 Quando fica confirmado que a pessoa é culpada,

o objetivo principal dos anciãos é restabelecer a saú-


de espiritual dela. Se ela estiver realmente arrependi-
da e os anciãos conseguirem ajudá-la, a repreensão que
eles derem (quer em particular, quer na presença de tes-
temunhas durante a audiência judicativa) servirá como
disciplina para ela e como aviso para os observadores.
(2 Sam. 12:13; 1 Tim. 5:20) Em todos os casos de re-
preensão judicativa, são impostas restrições. Assim, o
pecador pode ser ajudado a “endireitar os caminhos
para os seus pés”. (Heb. 12:13) No devido tempo, as res-
trições são removidas à medida que fica evidente a re-
cuperação espiritual da pessoa.
ANÚNCIO DE REPREENSÃO
24Se uma comissão judicativa chegar à conclusão de
que o pecador está arrependido, mas que o assunto pro-
vavelmente ficará conhecido na congregação ou na co-
munidade, ou se a congregação precisar ser alertada a
respeito da pessoa, será feito o seguinte anúncio sim-
ples na Reunião Vida e Ministério: “O irmão (a irmã)
[nome da pessoa] foi repreendido(a).”
SE A DECISÃO FOR DESASSOCIAR
25
Em alguns casos, a pessoa talvez tenha ficado tão
envolvida na prática do pecado que não corresponde
aos esforços de ajudá-la. Pode ser que o pecador não
demonstre suficientes “obras próprias do arrependimen-

150 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


to” na audiência judicativa. (Atos 26:20) O que fazer?
Nesses casos, é preciso expulsar da congregação o pe-
cador não arrependido, impedindo assim que ele se as-
socie com o povo limpo de Jeová. A má influência do
pecador é removida da congregação, preservando as-
sim a pureza moral e espiritual dela e protegendo seu
bom nome. (Deut. 21:20, 21; 22:23, 24) Ao saber da con-
duta vergonhosa de alguém da congregação em Corin-
to, o apóstolo Paulo exortou os anciãos, dizendo: “En-
treguem esse homem a Satanás . . . , a fim de que o
espírito [da congregação] seja salvo.” (1 Cor. 5:5, 11-13)
Paulo também falou de outros do primeiro século que ti-
nham se rebelado contra a verdade e sido desassocia-
das. — 1 Tim. 1:20.
26 Quando uma comissão judicativa decide que um pe-

cador não arrependido deve ser desassociado, ela deve


informar isso à pessoa, especificando claramente o mo-
tivo bíblico (ou motivos bíblicos) da desassociação. Ao
fazer isso, a comissão judicativa vai dizer-lhe que, se ele
achar que houve um sério erro de julgamento e desejar
apelar da decisão, deve fazer isso por escrito, mencio-
nando claramente os motivos. A partir do dia em que o
pecador tiver sido notificado da decisão da comissão,
ele terá um prazo de sete dias para fazer isso. Se um
pedido de apelação for feito, o corpo de anciãos entra-
rá em contato com o superintendente de circuito, que
escolherá anciãos qualificados para formar uma comis-
são de apelação a fim de realizar uma nova audiência.
Eles farão o possível para realizar a audiência dentro de
uma semana após o recebimento do pedido por escrito.

COMO MANTER A PAZ E A PUREZA DA CONGREGAÇÃO 151


Se houver uma apelação, o anúncio da desassociação
será adiado. Nesse meio-tempo, a pessoa acusada po-
derá participar na pregação, mas ficará sob restrição de
comentar, de fazer orações nas reuniões ou de ter qual-
quer outro privilégio.
27 A apelação é oferecida como gesto de bondade ao

acusado, dando a ele a oportunidade de ser ouvido de


novo. No entanto, se ele decidir não comparecer à au-
diência de apelação, será dado o anúncio da desasso-
ciação depois de se fazerem esforços razoáveis para
contatá-lo.
28 Se o pecador não quiser apelar, a comissão judica-

tiva deixará claro para ele a necessidade de se arrepen-


der e os passos que precisará dar para ser readmitido
no tempo devido. Além de útil, isso também é bondoso,
e deve ser feito na esperança de que a pessoa mude
sua conduta e com o tempo esteja em condições de vol-
tar para a organização de Jeová. — 2 Cor. 2:6, 7.
ANÚNCIO DE DESASSOCIAÇÃO
29Quando é necessário desassociar um pecador não
arrependido, é feito o seguinte anúncio: “[Nome da pes-
soa] não é mais Testemunha de Jeová.” Esse anúncio
servirá de alerta aos irmãos fiéis da congregação para
que parem de se associar com aquela pessoa. — 1 Cor.
5:11.
DISSOCIAÇÃO
30O termo “dissociação” se aplica à ação tomada por
uma pessoa batizada que, de livre e espontânea vonta-
de, rejeita sua posição como cristã. Ela pode fazer isso

152 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


por dizer que não quer mais ser Testemunha de Jeová ou
por meio de suas ações, como por exemplo, tornando-
se membro de uma organização que é condenada por
Jeová Deus por ter objetivos contrários aos ensinamen-
tos bíblicos. — Isa. 2:4; Apo. 19:17-21.
31 A respeito dos que renunciaram a fé nos seus dias,

o apóstolo João escreveu: “Eles saíram do nosso meio,


mas não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos,
teriam permanecido conosco.” — 1 João 2:19.
32 Quando uma pessoa se dissocia, sua situação pe-

rante Jeová é bem diferente da situação de um cristão


inativo, que não participa mais no ministério de campo.
Alguém talvez fique inativo porque deixou de estudar a
Palavra de Deus regularmente. Ou pode ser que tenha
passado por problemas pessoais ou perseguição e per-
deu o zelo em servir a Jeová. Os anciãos e outros na
congregação continuarão a dar a devida ajuda espiritual
ao cristão inativo. — Rom. 15:1; 1 Tes. 5:14; Heb. 12:12.
33 Por outro lado, se um cristão decide se dissociar, a

congregação é informada disso por meio do seguinte


anúncio: “[Nome da pessoa] não é mais Testemunha de
Jeová.” Essa pessoa é tratada da mesma maneira que
um desassociado.
READMISSÃO
34A pessoa desassociada ou que se dissociou da con-
gregação pode ser readmitida quando dá evidências cla-
ras de que se arrependeu. Ela tem que ter mostrado por
um período razoável que abandonou a conduta errada e
quer ter uma boa relação com Jeová. Os anciãos terão o

COMO MANTER A PAZ E A PUREZA DA CONGREGAÇÃO 153


cuidado de deixar passar tempo suficiente — muitos me-
ses, um ano ou até mais, dependendo das circunstân-
cias — para que a pessoa prove que está realmente arre-
pendida. Quando o corpo de anciãos recebe um pedido
de readmissão por escrito, uma comissão de readmis-
são fala com a pessoa. A comissão avaliará se há evi-
dência de que a pessoa está praticando “obras próprias
do arrependimento” e decidirá se deve ou não readmiti-
la naquela ocasião. — Atos 26:20.
35 Se a pessoa que pede readmissão foi desassociada

em outra congregação, uma comissão de readmissão da


congregação onde ela agora assiste às reuniões vai se
reunir com ela e considerar seu pedido. Se os anciãos
dessa comissão acreditarem que ela deve ser readmiti-
da, eles enviam essa recomendação ao corpo de anciãos
da congregação que desassociou a pessoa. As duas co-
missões trabalharão em conjunto para se certificar de
que todos os fatos para uma decisão justa foram reuni-
dos. Mas a decisão de readmitir a pessoa deve ser da
comissão de readmissão da congregação que desasso-
ciou a pessoa.
ANÚNCIO DE READMISSÃO
36Se a comissão de readmissão tiver certeza de que
a pessoa desassociada ou que se dissociou está real-
mente arrependida e deve ser readmitida, a readmissão
será anunciada na congregação onde ela foi desasso-
ciada. Se a pessoa estiver agora em outra congregação,
o anúncio será feito ali também. Deve-se dizer apenas:
“[Nome da pessoa] foi readmitido(a) como Testemunha
de Jeová.”

154 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CASOS QUE ENVOLVEM MENORES BATIZADOS
37 Pecados graves cometidos por menores batizados
devem ser relatados aos anciãos. Quando os anciãos
cuidam de casos assim, é melhor que seus pais batiza-
dos estejam presentes. O objetivo dos pais é cooperar
com a comissão judicativa, não tentar proteger o filho
que errou, impedindo assim que ele receba a devida dis-
ciplina. Do mesmo modo como lida com adultos, a co-
missão judicativa se esforça para repreender e restabe-
lecer o pecador. Mas, se o jovem não se arrepender, deve
ser desassociado.
CASOS DE PUBLICADORES NÃO BATIZADOS
38 O que fazer quando publicadores não batizados co-
metem um pecado grave? Visto que não são batizados,
não podem ser desassociados. Mas conselhos bondosos
podem ajudá-los a “endireitar os caminhos para os seus
pés”, pois talvez não entendam plenamente os padrões
bíblicos. — Heb. 12:13.
39 Se um pecador não batizado não se arrepender de-

pois que dois anciãos se reuniram com ele e tentaram


ajudá-lo, será necessário informar à congregação. Nes-
se caso, é feito o seguinte anúncio: “[Nome da pessoa]
não é mais publicador(a) não batizado(a).” A congrega-
ção passará a encarar o pecador como pessoa do mun-
do. Embora o pecador não seja desassociado, os cris-
tãos terão cuidado no que se refere a se associar com
ele. (1 Cor. 15:33) Não são aceitos relatórios de serviço
de campo de alguém nessa situação.
40 Com o tempo, alguém não batizado que deixou de

ser publicador por causa de um pecado talvez queira se

COMO MANTER A PAZ E A PUREZA DA CONGREGAÇÃO 155


tornar publicador novamente. Nesse caso, dois anciãos
se reúnem com ele e avaliam seu progresso espiritual.
Se ele se qualifica para ser publicador novamente, é fei-
to um breve anúncio: “[Nome da pessoa] é novamente
um(a) publicador(a) não batizado(a).”
JEOVÁ ABENÇOA A ADORAÇÃO PACÍFICA E PURA
41 Todos os que hoje se associam com a congregação
de Deus podem se alegrar com a excelente condição es-
piritual que Jeová deu ao seu povo. Nossas pastagens
espirituais são verdejantes, e temos uma abundância de
refrescantes águas da verdade. Também temos o cuida-
do protetor de Jeová por meio dos anciãos, sob a lide-
rança de Cristo. (Sal. 23; Isa. 32:1, 2) Estarmos no pa-
raíso espiritual nestes difíceis últimos dias nos dá um
senso de segurança.
42 Quando mantemos a paz e a pureza da congrega-

ção, deixamos brilhar a luz da verdade do Reino. (Mat.


5:16; Tia. 3:18) Com a bênção de Jeová, teremos a ale-
gria de ver muito mais pessoas conhecendo a ele e se
juntando a nós em fazer a Sua vontade.

156 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 15

Benefícios da sujeição
à ordem estabelecida por Deus
SUJEITAR-SE a Jeová, o Soberano do Universo, é es-
sencial se queremos estar organizados para fazer sua
vontade. Reconhecemos a liderança de seu Filho sobre
a congregação cristã e também seguimos o princípio
da chefia em outros aspectos da vida. Essa sujeição, ou
obediência, à ordem estabelecida por Deus beneficia a
todos.
2 O conceito de obedecer à determinada autoridade

foi apresentado pela primeira vez à humanidade no jar-


dim do Éden. Esse conceito está implícito nos manda-
mentos de Deus em Gênesis 1:28 e 2:16, 17. Todas as
outras criaturas da Terra estariam em sujeição aos hu-
manos, e Adão e Eva deveriam se sujeitar à vontade e à
autoridade de Deus. O resultado de se obedecer a Deus
seria paz e boa ordem. O princípio da chefia foi desta-
cado mais tarde em 1 Coríntios 11:3. O apóstolo Paulo
escreveu: “Quero que saibam que o cabeça de todo ho-
mem é o Cristo; o cabeça da mulher é o homem; e o
cabeça do Cristo é Deus.” Como podemos ver, o úni-
co que não tem de obedecer a ninguém é Jeová.
3 A maioria das pessoas hoje não reconhece nem vive

segundo o princípio da chefia. Por quê? O problema co-


meçou no Éden, quando nossos primeiros pais decidi-
ram de livre e espontânea vontade não estar mais sob
a autoridade soberana de Deus. (Gên. 3:4, 5) Mas eles

BENEFÍCIOS DA SUJEI ÇÃO À ORDEM ESTABELECIDA POR DEUS 157


não conseguiram mais liberdade. Em vez disso, ficaram
sujeitos a uma criatura espiritual perversa, Satanás, o
Diabo. Essa rebelião afastou a humanidade de Deus.
(Col. 1:21) Em resultado, a maior parte da humanidade
hoje está sob o poder do Maligno. — 1 João 5:19.
4 Por aprendermos a verdade da Palavra de Deus e

agirmos em harmonia com ela, deixamos de estar sob


a influência de Satanás. Como Testemunhas de Jeová
dedicadas e batizadas, nós aceitamos a Jeová como
o Soberano em nossa vida. O rei Davi reconheceu a
Jeová como “cabeça acima de todos”, e nós concor-
damos com ele. (1 Crô. 29:11) Nós admitimos com hu-
mildade: “Saibam que Jeová é Deus. Foi ele quem nos
fez, e nós pertencemos a ele. Somos o seu povo e as
ovelhas do seu pasto.” (Sal. 100:3) Reconhecemos que
Jeová é grandioso e merece nossa total obediência, vis-
to que criou todas as coisas. (Apo. 4:11) Como servos
do Deus verdadeiro, imitamos a Jesus Cristo, que deu
o exemplo perfeito de obediência a Deus.
5 O que Jesus aprendeu com as coisas que sofreu aqui

na Terra? Hebreus 5:8 responde: “Embora fosse filho,


aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu.”
Jesus foi leal e obediente a seu Pai celestial mesmo ao
enfrentar adversidades. Além disso, ele não fez nada
de sua própria iniciativa. Não falou com base em suas
próprias ideias, nem buscou sua própria glória. (João
5:19, 30; 6:38; 7:16-18) Durante seu ministério, Jesus
se alegrou em fazer a vontade de seu Pai, embora isso
resultasse em oposição e perseguição para ele. (João
15:20) Mesmo assim, Jesus mostrou sujeição a Deus.

158 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


“Ele se humilhou” a ponto de Os cristãos
enfrentar a “morte numa es- respeitam
taca”. Por obedecer a seu Pai o princípio da
em tudo, Jesus recebeu uma autoridade em
posição mais elevada do que todos os aspectos
tinha antes. Além disso, ele da vida
glorificou a Jeová e nos deu
a esperança de vida eterna.
— Fil. 2:5-11; Heb. 5:9.
A QUEM DEVEMOS MOSTRAR SUJEIÇÃO?
6 Quando nos sujeitamos a Deus por fazer sua vonta-
de, ficamos livres de muitas das ansiedades e frustra-
ções que afligem os que se negam a se sujeitar à sobe-
rania de Jeová. Nosso adversário, o Diabo, está sempre
tentando nos devorar. Seremos livrados desse adversá-
rio perverso se tomarmos posição contra ele e nos hu-
milharmos diante de Jeová, mostrando obediência de
coração. — Mat. 6:10, 13; 1 Ped. 5:6-9.
7 Dentro da congregação, reconhecemos a liderança

de Cristo e a autoridade que ele deu ao “escravo fiel e


prudente”. Isso afeta o modo como encaramos e trata-
mos uns aos outros. A sujeição a Deus na congregação
nos motivará a ser obedientes à Palavra de Deus em
todos os aspectos de nossa adoração. Essa obediência
envolve nosso ministério, nossa assistência às reuniões
e participação nelas, nosso relacionamento com os an-
ciãos e nossa cooperação com os procedimentos da or-
ganização. — Mat. 24:45-47; 28:19, 20; Heb. 10:24, 25;
13:7, 17.

BENEFÍCIOS DA SUJEI ÇÃO À ORDEM ESTABELECIDA POR DEUS 159


8 Nossa sujeição a Deus contribui para a paz, a segu-
rança e a boa ordem da congregação. As qualidades
de Jeová se refletem nos que obedecem a ele. (1 Cor.
14:33, 40) Nossa própria experiência na organização de
Jeová nos leva a expressar sentimentos como os do rei
Davi. Depois de notar o contraste entre os servos de
Jeová e as pessoas más, Davi exclamou alegremente:
“Feliz o povo cujo Deus é Jeová!” — Sal. 144:15.
9 A Bíblia diz que no casamento e na família “o cabe-

ça da mulher é o homem”. Diz também que o cabeça


do homem é Cristo, e o cabeça de Cristo é Deus. (1 Cor.
11:3) A esposa deve estar sujeita ao marido, e os filhos
aos pais. (Efé. 5:22-24; 6:1) Quando todos os membros
da família seguem o princípio da chefia, isso resulta em
paz.
10 O marido deve exercer a chefia de modo amoro-

so, imitando a Cristo. (Efé. 5:25-29) Também não deve


abusar de sua autoridade nem abrir mão dela. Quan-
do age assim, a esposa e os filhos se sujeitam a ele
com prazer. A esposa deve ser uma ajudadora, ou com-
plemento, do marido. (Gên. 2:18) Por pacientemente
apoiar e respeitar o marido, ela ganha seu favor e dá
honra a Deus. (1 Ped. 3:1-4) Quando maridos e espo-
sas seguem o princípio bíblico da chefia, eles dão exem-
plo para seus filhos em mostrar sujeição a Deus.
11 A sujeição a Deus afeta também nosso conceito so-

bre as “autoridades superiores”, que “foram colocadas


por Deus em suas posições relativas”. (Rom. 13:1-7)
Como cidadãos que obedecem às leis, os cristãos pa-

160 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


gam impostos, dando “a César o que é de César, mas
a Deus o que é de Deus”. (Mat. 22:21) Além disso, a
forma como o território é coberto deve estar de acor-
do com as leis de proteção de dados. Somos submis-
sos e obedientes às autoridades sempre que fazer isso
não entra em conflito com as leis justas de Jeová. Des-
sa forma, podemos concentrar nossos esforços e ener-
gias na obra de pregação. — Mar. 13:10; Atos 5:29.
12 Os cristãos respeitam o princípio da autoridade em

todos os aspectos da vida. Por meio da fé, podemos


ver o dia em que todos os humanos estarão sujeitos a
Jeová Deus. (1 Cor. 15:27, 28) Aqueles que alegremen-
te reconhecem a soberania de Jeová e permanecem su-
jeitos a ele serão muito abençoados por toda a eterni-
dade!

BENEFÍCIOS DA SUJEI ÇÃO À ORDEM ESTABELECIDA POR DEUS 161


CAPÍTULO 16

Uma fraternidade unida


DURANTE uns 1.500 anos, a nação de Israel era o povo
que levava o nome de Jeová. Depois Jeová “voltou sua
atenção para as nações, a fim de tirar delas um povo para o
Seu nome”. (Atos 15:14) O povo para o nome de Jeová se-
ria formado por suas testemunhas, unidas em pensamen-
to e ação, não importa onde vivessem na Terra. Esse povo
seria reunido em resultado da obra de pregação que Je-
sus ordenou aos seus seguidores: “Vão e façam discípulos
de pessoas de todas as nações, batizando-as em nome do
Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a obede-
cer a todas as coisas que lhes ordenei.” — Mat. 28:19, 20.
2 Por se dedicar a Jeová e ser batizado, você se tor-

nou discípulo de Jesus Cristo. Você faz parte de uma fra-


ternidade mundial unida, que não permite que diferenças
nacionais, tribais ou econômicas causem divisões entre
eles. (Sal. 133:1) Em resultado disso, você ama e respeita
seus irmãos na congregação. Alguns deles talvez sejam de
raça, nacionalidade ou nível de instrução diferentes, pes-
soas com quem antes você não teria convívio social por
causa dessas diferenças. Você tem um vínculo de amor
fraternal com eles que é muito mais forte do que qualquer
outro relacionamento, seja ele social, religioso ou familiar.
— Mar. 10:29, 30; Col. 3:14; 1 Ped. 1:22.
AJUSTES NO MODO DE PENSAR
3Alguns talvez achem difícil vencer fortes preconcei-
tos raciais, políticos, sociais ou outros. Nesse caso, eles

162 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


podem pensar nos cristãos judeus do primeiro século.
Aqueles cristãos tiveram de se livrar do preconceito re-
ligioso que tinham contra pessoas de outras nações. O
apóstolo Pedro passou por isso. Por isso, quando ele
recebeu a ordem de ir à casa de Cornélio, um oficial do
exército romano, Jeová bondosamente o preparou para
essa designação. — Atos, cap. 10.
4 Como Jeová fez isso? Numa visão, Pedro recebeu a

ordem de matar e comer alguns animais que eram im-


puros para os judeus. Quando ele se recusou a fazer
isso, uma voz do céu disse: “Pare de chamar de impuras
as coisas que Deus purificou.” (Atos 10:15) Isso foi ne-
cessário para que Pedro ajustasse seu modo de pensar
para a designação que logo receberia: visitar um ho-
mem das nações. Obedecendo à orientação de Deus,
Pedro disse aos reunidos ali: “Vocês bem sabem que é
proibido a um judeu se relacionar ou ter contato com
um homem de outra raça. Contudo, Deus me mostrou
que eu não devo chamar nenhum homem de aviltado
ou impuro. Por isso vim, sem nenhuma objeção, quan-
do fui chamado.” (Atos 10:28, 29) Depois disso, Pedro
viu claramente que Jeová havia aprovado Cornélio e sua
família.
5 Saulo de Tarso, que tinha sido um fariseu bem ins-

truído, também foi humilde e mudou seu modo de pen-


sar. Ele teve de se associar com pessoas com quem an-
tes não teria convívio social. Saulo até mesmo teve de
seguir orientações deles. (Atos 4:13; Gál. 1:13-20; Fil.
3:4-11) Dá para imaginar os ajustes que pessoas como
S érgio Paulo, Dionísio, Dâmaris, Filêmon, Onésimo

UMA FRATERNIDADE UNIDA 163


e outros tiveram de fazer no Você faz parte
seu modo de pensar quan- de uma fraternidade
do aceitaram as boas novas mundial unida, que
e se tornaram discípulos de não permite que
Jesus Cristo. — Atos 13:6-12; diferenças
17:22, 33, 34; Filêm. 8-20. nacionais, tribais ou
COMO MANTEMOS NOSSA econômicas causem
UNIÃO INTERNACIONAL divisões entre eles
6 Sem dúvida, o amor dos
irmãos na congregação aju-
dou você a se achegar a Jeová e à sua organização.
Você observou o sinal inconfundível do amor que ca-
racteriza os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, con-
forme ele disse: “Eu lhes dou um novo mandamen-
to: Amem uns aos outros; assim como eu amei vocês,
amem também uns aos outros. Por meio disto todos sa-
berão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor
entre si.” (João 13:34, 35) E, quando você se deu con-
ta que esse amor não se limita à sua congregação, mas
se estende a todos os servos de Deus no mundo, você
passou a apreciar ainda mais a Jeová e sua organiza-
ção. Você está presenciando o cumprimento da profe-
cia bíblica sobre o ajuntamento de pessoas nos últimos
dias para adorar a Jeová em paz e união. — Miq. 4:1-5.
7 Em vista dos muitos fatores divisórios que existem

hoje, quem imaginaria que seria possível unir pessoas


“de todas as nações, tribos, povos e línguas”? (Apo.
7:9) Considere as diferenças entre pessoas de uma so-
ciedade altamente tecnológica e as que se apegam a

164 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


antigos costumes tribais. Pense nas controvérsias re-
ligiosas entre pessoas da mesma raça e nacionalida-
de. Com o aumento do nacionalismo, as pessoas fi-
cam cada vez mais divididas politicamente. E, levando
em conta as diferenças econômicas e outros incontá-
veis fatores divisórios, a união de pessoas de todas as
nações, línguas, grupos e classes num vínculo inque-
brantável de amor e paz é um milagre que só o Deus
Todo-Poderoso seria capaz de realizar. — Zac. 4:6.
8 Mas essa união é uma realidade, e, ao se tornar Tes-

temunha de Jeová batizada, você passou a fazer parte


dela. Visto que você se beneficia dessa união, é sua res-
ponsabilidade ajudar a mantê-la. Você pode fazer isso
por dar atenção às palavras de Paulo em Gálatas 6:10:
“Enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a to-
dos, mas especialmente aos que fazem parte da nossa
família na fé.” Também seguimos o seguinte conselho:
“Não façam nada por rivalidade nem por presunção;
mas, com humildade, considerem os outros superiores
a vocês, buscando não somente os seus próprios in-
teresses, mas também os interesses dos outros.” (Fil.
2:3, 4) Continuaremos a ter relacionamentos pacíficos
e felizes com nossos irmãos se aprendermos a vê-los
como Jeová os vê e não nos deixarmos levar pelas apa-
rências. — Efé. 4:23, 24.
COMO MOSTRAMOS INTERESSE UNS PELOS OUTROS
9O apóstolo Paulo usou o corpo humano para ilus-
trar que a congregação não está dividida, mas todos na
congregação se preocupam uns com os outros. (1 Cor.

UMA FRATERNIDADE UNIDA 165


12:14-26) Grandes distâncias talvez nos separem de al-
guns de nossa fraternidade mundial, mas a nossa preo-
cupação com o bem-estar deles não diminui por causa
disso. Se alguns de nossos irmãos são perseguidos, to-
dos nós ficamos muito aflitos. Se alguns passam ne-
cessidade ou são vítimas de calamidade ou guerra, os
outros logo procuram encontrar meios de dar ajuda es-
piritual e material. — 2 Cor. 1:8-11.
10 Todos nós devemos orar diariamente pelos nossos

irmãos. Alguns enfrentam tentação para fazer o que é


errado. Outros passam por sofrimentos que talvez se-
jam do conhecimento de muitos. Ainda outros enfren-
tam oposição de colegas de trabalho e em lares divi-
didos, e talvez poucos saibam disso. (Mat. 10:35, 36;
1 Tes. 2:14) Isso nos preocupa porque somos uma fra-
ternidade mundial. (1 Ped. 5:9) Há entre nós os que
trabalham arduamente no serviço de Jeová, exercen-
do liderança na obra de pregação e nas congregações.
Também há aqueles que têm a responsabilidade de su-
pervisionar a obra mundial. Todos precisam de nossas
orações, e por meio delas demonstramos nosso amor e
interesse sincero, mesmo quando talvez não haja nada
mais que possamos pessoalmente fazer para ajudar.
— Efé. 1:16; 1 Tes. 1:2, 3; 5:25.
11 Com toda a desordem que há na Terra nestes últi-

mos dias, o povo de Jeová deve estar preparado para


ajudar uns aos outros. Às vezes, calamidades como ter-
remotos e enchentes tornam necessário que se realize
uma extensa campanha de ajuda humanitária e se pro-
videncie ajuda material em grande quantidade. Os cris-

166 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


tãos do primeiro século deram um excelente exemplo
nesse respeito. Lembrando-se do conselho de Jesus,
os discípulos em Antioquia enviaram com alegria ajuda
material aos irmãos na Judeia. (Atos 11:27-30; 20:35)
Mais tarde, o apóstolo Paulo incentivou os irmãos em
Corinto a apoiar o serviço de ajuda, que foi feito de
modo organizado. (2 Cor. 9:1-15) Hoje também, o povo
de Jeová (quer de forma individual, quer como organi-
zação) age prontamente quando nossos irmãos preci-
sam de ajuda.
SEPARADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ
12 Nossa fraternidade mundial unida está organizada
para fazer a vontade de Jeová. Hoje, a vontade dele é
que as boas novas do Reino sejam pregadas em toda
a Terra, em testemunho a todas as nações. (Mat. 24:14)
Ao passo que realizamos essa obra, é da vontade de
Jeová que vivamos de acordo com seus elevados pa-
drões de moral. (1 Ped. 1:14-16) Devemos estar dispos-
tos a nos sujeitar uns aos outros e nos esforçar para
divulgar as boas novas. (Efé. 5:21) Mais do que nun-
ca, agora não é tempo de buscar nossos próprios inte-
resses, mas de colocar o Reino de Deus em primeiro
lugar na vida. (Mat. 6:33) Trabalhar unidos pela causa
das boas novas com isso em mente nos traz grande sa-
tisfação agora e resultará em bênçãos eternas.
13 Como Testemunhas de Jeová, somos um povo úni-

co, separado do restante da humanidade por sermos


limpos e zelosos no serviço que prestamos a Deus. (Tito
2:14) Nossa adoração a Jeová nos torna diferentes.

UMA FRATERNIDADE UNIDA 167


Além de trabalharmos ombro a ombro com nossos ir-
mãos em toda a Terra, falamos a única língua da ver-
dade e agimos em harmonia com ela. Isso foi predito
quando Jeová declarou por meio do profeta Sofonias:
“Mudarei a língua dos povos para uma língua pura, para
que todos eles possam invocar o nome de Jeová, a fim
de servi-lo ombro a ombro.” — Sof. 3:9.
14 Jeová também inspirou Sofonias a descrever a fra-

ternidade mundial que se tornou realidade hoje: “Os


que restarem de Israel não farão o que é mau; não fa-
larão mentiras, nem terão na boca uma língua falsa;
eles se alimentarão e se deitarão, sem que ninguém os
faça ter medo.” (Sof. 3:13) Nós conseguimos trabalhar
em união porque entendemos a Palavra da verdade de
Jeová, transformamos nossa mente e ajustamos nos-
so modo de vida aos padrões dele. Realizamos o que
parece ser impossível para os que veem as coisas do
ponto de vista humano. Somos realmente um povo sem
igual, o povo de Deus, que honra a ele em toda a Terra.
— Miq. 2:12.

168 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


CAPÍTULO 17

Permaneça achegado
à organização de Jeová
O DISCÍPULO Tiago escreveu: “Acheguem-se a Deus, e
ele se achegará a vocês.” (Tia. 4:8) Apesar de Jeová
ser grandioso e estar numa posição elevada, ele ouve as
orações de humanos imperfeitos. (Atos 17:27) Para nos
achegar a Deus, precisamos desenvolver uma forte ami-
zade com ele. Como podemos fazer isso? Uma maneira
é por orar a ele de todo o coração. (Sal. 39:12) Outro
modo é por estudar regularmente sua Palavra, a Bíblia.
Assim, passamos a conhecer a Jeová Deus, seus propó-
sitos e sua vontade para nós. (2 Tim. 3:16, 17) E com
isso aprendemos a amá-lo e desenvolvemos um temor
sadio de desagradá-lo. — Sal. 25:14.
2 Mas só é possível achegar-se a Jeová por meio de

seu Filho, Jesus. (João 17:3; Rom. 5:10) Nenhum humano


poderia nos dar uma compreensão melhor da mente de
Jeová do que Jesus. Ele conhecia tão bem o Pai que pôde
dizer: “Ninguém sabe quem o Filho é, exceto o Pai; e nin-
guém sabe quem o Pai é, exceto o Filho e aquele a quem
o Filho quiser revelá-lo.” (Luc. 10:22) Assim, quando estu-
damos os Evangelhos para conhecer o modo de pensar e
os sentimentos de Jesus, estamos conhecendo também
o modo de pensar e os sentimentos de Jeová. Esse co-
nhecimento permite que nos acheguemos mais a Deus.
3 Para desenvolvermos uma forte amizade com Jeová,

precisamos permanecer achegados à parte visível da sua

PERMANEÇA ACHEGADO À ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ 169


organização, que nos ensina a fazer a vontade de Deus.
Além disso, temos de reconhecer a autoridade de Jesus.
Conforme predito em Mateus 24:45-47, o Senhor, Jesus
Cristo, encarregou “o escravo fiel e prudente” de dar “o
alimento no tempo apropriado” à família da fé. Hoje, esse
escravo nos fornece uma fartura de alimento espiritual.
Por meio desse canal, Jeová nos aconselha a ler sua Pa-
lavra todos os dias, a assistir regularmente às reuniões
e a ter uma participação significativa na pregação das
“boas novas do Reino”. (Mat. 24:14; 28:19, 20; Jos. 1:8;
Sal. 1:1-3) Apesar de o escravo fiel ser imperfeito, temos
certeza absoluta de que ele é dirigido por Jeová. Deve-
mos nos empenhar em permanecer achegados à parte
visível da organização de Jeová e seguir suas orienta-
ções. Isso nos achegará a Jeová e servirá para nos for-
talecer e proteger ao enfrentarmos provações.
POR QUE AS PROVAÇÕES ESTÃO AUMENTANDO
4 Talvez você já esteja na verdade há muitos anos.
Nesse caso, com certeza sabe o que significa enfrentar
provas de fé. Mas, mesmo que conheça a Jeová e se
associe com seu povo há pouco tempo, você sabe que
Satanás, o Diabo, se opõe a todos os que obedecem a
Jeová. (2 Tim. 3:12) Assim, quer você tenha enfrentado
muitas provações, quer poucas, não precisa ficar com
medo ou desanimado. Jeová promete que apoiará você
e o recompensará com livramento e vida eterna. — Heb.
13:5, 6; Apo. 2:10.
5 Todos nós ainda podemos sofrer provações nestes úl-

timos dias do sistema de Satanás. Desde que o Reino


de Deus foi estabelecido em 1914, Satanás não tem mais

170 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


permissão de entrar nos céus. Ele e seus anjos perver-
sos foram lançados para a Terra, e só podem interferir
nas atividades dos humanos. Satanás está furioso; por
isso, estão aumentando as dificuldades na Terra e a per-
seguição dos servos dedicados de Jeová. Tudo isso pro-
va que estamos vivendo nos últimos dias do domínio per-
verso de Satanás sobre a humanidade. — Apo. 12:1-12.
6 Furioso por causa de sua condição rebaixada, Sata-

nás sabe que seu tempo é curto. Junto com os demô-


nios, ele faz de tudo para prejudicar a obra de prega-
ção e destruir a união dos servos de Jeová. Isso nos
coloca no campo de batalha da guerra espiritual descri-
ta como “uma luta, não contra sangue e carne, mas con-
tra os governos, contra as autoridades, contra os go-
vernantes mundiais desta escuridão, contra as forças
espirituais malignas nos lugares celestiais”. Para sermos
vitoriosos, do lado de Jeová, não devemos desistir da
luta, mas manter nossa armadura espiritual em excelen-
tes condições. Devemos nos “manter firmes contra as
artimanhas” do Diabo. (Efé. 6:10-17) Para isso, precisa-
mos perseverar.
COMO DESENVOLVER PERSEVERANÇA
7 Perseverança é a capacidade de suportar aflições ou
dificuldades. Em sentido espiritual, isso significa conti-
nuar fazendo o que é certo apesar de aflições, oposi-
ção, perseguição ou qualquer outra coisa que possa co-
locar em perigo nossa lealdade a Deus. A perseverança
cristã precisa ser desenvolvida. Isso leva tempo. Quan-
to mais fortalecemos nossa fé, mais aumentamos nossa
capacidade de perseverar. Por suportar pequenas provas

PERMANEÇA ACHEGADO À ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ 171


de fé que surgem quando nos tornamos cristãos, fica-
mos mais fortes, capazes de suportar provações mais
difíceis que com certeza virão. (Luc. 16:10) Não pode-
mos ficar esperando até que surjam grandes provações
para só então decidir permanecer firmes na fé. Essa fir-
me decisão tem de ser tomada antes de virem as pro-
vas. Indicando que a perseverança deve ser desenvolvi-
da junto com outras qualidades que agradam a Deus, o
apóstolo Pedro escreveu: “Façam todo o esforço possí-
vel para acrescentar à sua fé a virtude; à sua virtude,
o conhecimento; ao seu conhecimento, o autodomínio;
ao seu autodomínio, a perseverança; à sua perseveran-
ça, a devoção a Deus; à sua devoção a Deus, o amor fra-
ternal; ao seu amor fraternal, o amor a todos.” — 2 Ped.
1:5-7; 1 Tim. 6:11.
8 Tiago mostrou a importância de desenvolver perseve-

rança quando escreveu: “Meus irmãos, considerem como


motivo de verdadeira alegria o fato de enfrentarem di-
versas provações, visto que vocês sabem que a qualida-
de provada da sua fé produz perseverança. Mas deixem
que a perseverança complete a sua obra, para que vo-
cês sejam completos e sãos em todos os sentidos, sem
lhes faltar nada.” (Tia. 1:2-4) Tiago diz que os cristãos
devem aceitar com alegria as provações porque elas nos
ajudam a desenvolver perseverança. É assim que você
encara esse assunto? Tiago mostra a seguir que a per-
severança realiza uma obra em nós, ajudando a aperfei-
çoar nossa personalidade cristã e a nos tornar plena-
mente aceitáveis a Deus. De fato, nossa perseverança é
fortalecida dia após dia ao enfrentarmos e vencermos
provações. A perseverança, uma vez fortalecida, produz

172 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


outras qualidades desejáveis Nossa perseverança
que nós precisamos. é fortalecida
9 Nossa perseverança agra-
dia após dia
da a Jeová, e por causa dela ao enfrentarmos
ele nos dará a recompensa e vencermos
da vida eterna. Tiago acres- provações
centou: “Feliz aquele que con-
tinua a perseverar em prova-
ção, porque ao ser aprovado receberá a coroa da vida,
que Jeová prometeu aos que continuam a amá-lo.” (Tia.
1:12) De fato, nós perseveramos visando a vida eterna.
Sem perseverança não conseguiremos permanecer na
verdade. Se cedermos às pressões do mundo, acabare-
mos voltando para ele. Sem perseverança, perderemos
o espírito de Jeová e não produziremos seu fruto na nos-
sa vida.
10 Para perseverar nestes tempos difíceis, precisamos

encarar da maneira correta os sofrimentos que enfren-


tamos por sermos cristãos. Lembre-se que Tiago escre-
veu: “Considerem [as provações] como motivo de verda-
deira alegria.” Isso pode não ser fácil, pois talvez envolva
sofrimento físico ou aflição mental. Mas lembre-se que a
nossa vida futura está em jogo. O que aconteceu com os
apóstolos em certa ocasião nos ajuda a entender como
podemos nos alegrar ao passar por sofrimentos. O re-
lato no livro de Atos diz: “Mandaram chamar os apósto-
los e, depois de os açoitarem, lhes ordenaram que pa-
rassem de falar em nome de Jesus e os soltaram. Assim,
eles saíram do Sinédrio, alegres porque tinham sido con-
siderados dignos de ser desonrados por causa do nome

PERMANEÇA ACHEGADO À ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ 173


dele.” (Atos 5:40, 41) Os apóstolos entendiam que seu
sofrimento era prova de que haviam sido obedientes à
ordem de Jesus e de que haviam recebido a aprovação
de Jeová. Anos mais tarde, ao escrever sua primeira car-
ta inspirada, Pedro comentou o valor de aguentar esse
sofrimento por causa da justiça. — 1 Ped. 4:12-16.
11 Outro incidente envolveu Paulo e Silas. Enquanto

realizavam seu serviço missionário em Filipos, eles fo-


ram detidos e acusados de perturbar a paz da cidade
e divulgar costumes ilegais. Por isso, foram espancados
severamente e colocados na prisão. O relato bíblico diz
que, “por volta da meia-noite”, enquanto ainda estavam
presos e sem receber tratamento para seus ferimentos,
“Paulo e Silas estavam orando e louvando a Deus com
cânticos, e os prisioneiros os ouviam”. (Atos 16:16-25)
Paulo e seu companheiro encaravam corretamente seus
sofrimentos por Cristo não só como evidência de sua in-
tegridade perante Deus e os homens, mas também como
meio de dar mais testemunho aos que estivessem dis-
postos a ouvir as boas novas. A vida de outros estava
envolvida. Naquela mesma noite, o carcereiro e sua famí-
lia ouviram a mensagem e se tornaram discípulos. (Atos
16:26-34) Paulo e Silas confiaram em Jeová, no Seu po-
der e na Sua disposição de apoiá-los quando estivessem
sofrendo. Eles não ficaram decepcionados.
12 Hoje, também, Jeová tem fornecido todo apoio que

precisamos em épocas de provação. Ele quer que per-


severemos. Jeová nos deu sua Palavra para nos equi-
par com o conhecimento exato do seu propósito. Isso
fortalece nossa fé. Temos a oportunidade de nos asso-

174 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


ciar com nossos irmãos e prestar serviço sagrado. Te-
mos também o privilégio de nos manter bem achegados
a Jeová por meio da oração. Ele ouve nossas expres-
sões de louvor e nossos sinceros pedidos de ajuda para
mantermos uma condição limpa perante ele. (Fil. 4:13)
E não devemos nos esquecer da força que recebemos
quando meditamos na nossa esperança. — Mat. 24:13;
Heb. 6:18; Apo. 21:1-4.
COMO ENFRENTAR DIVERSAS PROVAÇÕES
13 As provações que enfrentamos hoje são muito pare-
cidas às que os primeiros discípulos de Jesus enfrenta-
ram. Atualmente, as Testemunhas de Jeová têm sofrido
abusos verbais e físicos às mãos de opositores mal in-
formados. Como nos dias dos apóstolos, grande parte da
oposição é provocada por fanáticos religiosos, cujos en-
sinos falsos e práticas são expostos pela Palavra de Deus.
(Atos 17:5-9, 13) Às vezes, o povo de Jeová obtém alívio
por exigir direitos legais garantidos por governos políti-
cos. (Atos 22:25; 25:11) Mas também há casos em que go-
vernantes impõem proscrições à nossa obra, num esforço
de acabar com nosso ministério. (Sal. 2:1-3) Em tais situa-
ções, imitamos corajosamente o exemplo dos fiéis após-
tolos, que disseram: “Temos de obedecer a Deus como
governante em vez de a homens.” — Atos 5:29.
14 O espírito nacionalista tem aumentado em toda a

Terra. Com isso tem aumentado também a pressão para


que paremos de obedecer à ordem de Deus de pregar as
boas novas. Isso faz com que todos os servos de Deus
entendam melhor a importância do aviso em Apocalip-
se 14:9-12 sobre a adoração da ‘fera e da sua imagem’.

PERMANEÇA ACHEGADO À ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ 175


Entendemos o significado das palavras de João: “Isso
exige perseverança da parte dos santos, os que obede-
cem aos mandamentos de Deus e se apegam à fé em
Jesus.”
15 Guerras, revoluções, perseguição direta ou proscri-

ções governamentais podem impedir que você sirva a


Deus abertamente. Talvez não seja possível realizar reu-
niões congregacionais. O contato com a filial pode ser
impedido, e as visitas do superintendente de circuito po-
dem ser interrompidas. As publicações talvez não sejam
entregues. Se acontecer alguma dessas coisas, o que
você deverá fazer?
16 A resposta é: faça o que puder e o quanto puder

conforme as circunstâncias. Provavelmente é possível


fazer estudo pessoal. Em geral, grupos pequenos podem
se reunir em casas de irmãos. Publicações estudadas no
passado e a própria Bíblia podem servir de base para as
reuniões. Não fique preocupado ou com medo. O Corpo
Governante geralmente consegue estabelecer em pouco
tempo algum tipo de comunicação com irmãos de res-
ponsabilidade.
17 Mesmo que se encontre isolado de todos os seus ir-

mãos, lembre-se que você não está isolado de Jeová


e de seu Filho, Jesus Cristo. Sua esperança pode per-
manecer firme. Jeová ainda pode ouvir suas orações e
fortalecê-lo com o Seu espírito. Recorra a ele em bus-
ca de orientação. Lembre-se que você é servo de Jeová
e discípulo de Jesus. Portanto, aproveite bem as opor-
tunidades para dar testemunho. Jeová abençoará seus
esforços e, em pouco tempo, outros talvez se juntem a

176 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


você na adoração verdadeira. — Atos 4:13-31; 5:27-42;
Fil. 1:27-30; 4:6, 7; 2 Tim. 4:16-18.
18 Mas pode acontecer que, igual aos apóstolos e ou-

tros, você venha a enfrentar perigo de vida. Nesse caso,


confie “no Deus que levanta os mortos”. (2 Cor. 1:8-10)
Sua fé na ressurreição pode ajudá-lo a suportar até
mesmo a mais severa oposição. (Luc. 21:19) Cristo Je-
sus deu o exemplo; ele sabia que sua fidelidade dian-
te de provas fortaleceria outros para também persevera-
rem. Da mesma forma, sua perseverança pode ser fonte
de força para seus irmãos. — João 16:33; Heb. 12:2, 3;
1 Ped. 2:21.
19 Além de perseguição e oposição, talvez você tenha

de enfrentar outras situações difíceis. Por exemplo, al-


guns ficam desanimados por causa da apatia das pes-
soas no território. Outros têm de lidar com suas próprias
doenças físicas ou emocionais, ou suportar limitações
impostas pela imperfeição humana. O apóstolo Paulo
também teve de enfrentar uma provação desse tipo,
que interferiu no seu serviço ou o tornou difícil às ve-
zes. (2 Cor. 12:7) Epafrodito, um cristão de Filipos que
viveu no primeiro século, ficou “deprimido por [seus ami-
gos] terem ouvido que ele ficou doente”. (Fil. 2:25-27)
Nossas imperfeições humanas e as de outros podem
causar problemas muito difíceis de suportar. Pode haver
conflitos de personalidade com outros cristãos ou até
com membros da família. Mas os que seguem os con-
selhos da Palavra de Jeová podem enfrentar e vencer es-
ses obstáculos. — Eze. 2:3-5; 1 Cor. 9:27; 13:8; Col. 3:12-
14; 1 Ped. 4:8.

PERMANEÇA ACHEGADO À ORGANIZAÇÃO DE JEOVÁ 177


DETERMINADOS A PERMANECER FIÉIS
20 Devemos nos apegar àquele que Jeová designou
como Cabeça da congregação, Jesus Cristo. (Col. 2:18,
19) Precisamos cooperar com “o escravo fiel e pruden-
te” e com os anciãos. (Heb. 13:7, 17) Por obedecermos
às decisões da organização e cooperarmos com os que
exercem a liderança, estaremos organizados para fazer
a vontade de Jeová. Precisamos aproveitar bem o privi-
légio da oração. Lembre-se que nem mesmo os muros
de uma prisão nem uma cela isolada podem nos impe-
dir de conversar com nosso Pai celestial ou desfazer a
união que temos com nossos irmãos.
21 Com determinação e perseverança, façamos o máxi-

mo para cumprir nossa designação de pregar, cumprin-


do a ordem que Jesus Cristo deu aos seus discípulos
depois de ser ressuscitado: “Vão e façam discípulos de
pessoas de todas as nações, batizando-as em nome do
Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a obe-
decer a todas as coisas que lhes ordenei.” (Mat. 28:19,
20) Perseveremos, assim como Jesus. Que tenhamos a
esperança do Reino e a perspectiva de vida eterna sem-
pre claras diante de nós. (Heb. 12:2) Como discípulos
batizados de Cristo, temos o privilégio de participar no
cumprimento da sua profecia sobre o “final do siste-
ma de coisas”. Ele disse: “Estas boas novas do Reino
serão pregadas em toda a terra habitada, em testemu-
nho a todas as nações, e então virá o fim.” (Mat. 24:3,
14) Se hoje nos empenharmos de todo o coração nessa
obra, teremos a alegria de viver eternamente no novo
mundo justo de Jeová!

178 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


APÊNDICE

Mensagem para os pais cristãos:


Como pai ou mãe, você deseja ajudar seus queridos
filhos a amar a Jeová e se dedicar a ele. O que você
pode fazer para ajudá-los a se preparar para o batis-
mo? Quando é que eles estarão prontos para dar esse
passo importante?
Jesus ordenou a seus discípulos: “Façam discípulos
de pessoas de todas as nações, batizando-as.” (Mat.
28:19) Assim, o principal requisito para o batismo é ser
um discípulo — alguém que não apenas entende os en-
sinos de Cristo e acredita neles, mas também os segue
fielmente. Isso é algo que até mesmo os relativamente
jovens podem fazer.
Dê um bom exemplo a seus filhos e procure incul-
car neles os ensinos de Jeová. (Deut. 6:6-9) Isso in-
clui usar os livros Você Pode Entender a Bíblia! e Con-
tinue a Amar a Deus para ensinar a eles as principais
verdades bíblicas e para ensiná-los a raciocinar e a vi-
ver de acordo com princípios bíblicos. Ajude seus fi-
lhos a explicar as crenças deles usando as próprias pa-
lavras. (1 Ped. 3:15) O conhecimento e o incentivo que
eles receberem de você, do estudo pessoal, da ado-
ração em família, das reuniões congregacionais e das
boas amizades os ajudarão a progredir até o batismo
e a continuar progredindo. Ajude-os a sempre pensar
em como eles podem ficar cada vez mais achegados a
Jeová.

APÊNDICE 179
Provérbios 20:11 diz: “Até mesmo uma criança mos-
tra o que é pelas suas ações, se o seu comportamen-
to é puro e correto.” Quais são algumas ações que in-
dicariam que uma criança já se tornou um discípulo de
Jesus Cristo e está pronta para se batizar?
A criança que está progredindo para ser batizada
deve ser obediente aos pais. (Atos 5:29; Col. 3:20) A Bí-
blia diz sobre Jesus, quando tinha 12 anos: “Ele . . .
continuou a estar sujeito a [seus pais].” (Luc. 2:51) Na-
turalmente, você não pode esperar que seu filho seja
perfeito. Mas quem deseja ser batizado deve se esforçar
para seguir o exemplo de Jesus e ser conhecido como
alguém que obedece aos pais.
Também é importante que o jovem demonstre interes-
se em aprender verdades bíblicas. (Luc. 2:46) Será que
seu filho gosta de assistir às reuniões e participar ne-
las? (Sal. 122:1) Será que ele gosta de ler regularmen-
te a Bíblia e fazer estudo pessoal? — Mat. 4:4.
A criança que está progredindo para ser batizada se
esforça para colocar o Reino em primeiro lugar. (Mat.
6:33) Reconhece sua responsabilidade de falar para as
pessoas sobre o que aprende da Bíblia. Participa em vá-
rios aspectos do ministério e não tem vergonha de di-
zer aos seus professores e colegas de escola que é Tes-
temunha de Jeová. Ela leva a sério suas designações
na Reunião Vida e Ministério.
Também se esforça para permanecer moralmente
pura por evitar más companhias. (Pro. 13:20; 1 Cor.
15:33) Isso vai ficar evidente nas suas escolhas de mú-

180 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


sica, filmes, programas de televisão, videogames e si-
tes da internet.
Muitos reagiram bem aos esforços de seus pais, acei-
taram a verdade de coração e se qualificaram para o
batismo quando eram jovens. Que Jeová abençoe você
à medida que ajuda seus filhos a dar esse importante
passo na amizade deles com Jeová.

APÊNDICE 181
Mensagem para o
publicador não batizado:

É um privilégio servir como publicador na congrega-


ção. E agora você deseja se batizar. Você está de para-
béns por seu progresso espiritual. O estudo da Palavra
de Deus ajudou você a conhecer a Jeová e a desenvol-
ver fé nas promessas dele. — João 17:3; Heb. 11:6.
Antes de começar a estudar com as Testemunhas de
Jeová, pode ser que você tivesse algum vínculo com
outra organização religiosa ou não pertencesse a ne-
nhuma religião. Talvez você fazia alguma coisa que era
contra os princípios da Bíblia. Mas agora você mos-
trou sua fé por meio do arrependimento e da conver-
são. Arrependimento significa lamentar profundamen-
te os erros do passado, e conversão significa rejeitar o
proceder errado e estar determinado a fazer o que é
certo aos olhos de Deus. — Atos 3:19.
Por outro lado, você talvez tenha conhecido os es-
critos sagrados “desde a infância”. E por isso evitou
uma conduta não cristã e não cometeu pecados sérios.
(2 Tim. 3:15) Você aprendeu a resistir à pressão de co-
legas e a outras coisas que poderiam levá-lo a fazer o
que é errado aos olhos de Jeová. Você demonstra fé por
defender a adoração verdadeira e falar de suas cren-
ças a outros. Também recebeu treinamento no ministé-
rio cristão. Agora decidiu por si mesmo servir a Jeová
como publicador não batizado.

182 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Quer você tenha aprendido sobre Jeová mais tarde
na vida, quer tenha aprendido os caminhos de Jeová
desde a infância, agora talvez esteja pensando em dar
mais dois passos no seu progresso espiritual — a dedi-
cação e o batismo. Você faz sua dedicação a Jeová por
orar a ele e expressar sua decisão de adorar somente
a ele para sempre. (Mat. 16:24) Seu batismo em água
é símbolo dessa dedicação. (Mat. 28:19, 20) Por meio
da dedicação e do batismo, você cumpre os requisitos
para ser reconhecido como servo de Jeová. Que privi-
légio maravilhoso!
Mas, como seu estudo da Bíblia mostrou, você talvez
enfrente vários desafios. Lembre-se de que, pouco de-
pois do batismo, “Jesus foi . . . conduzido pelo espíri-
to ao deserto, para ser tentado pelo Diabo”. (Mat. 4:1)
Depois que você se batizar como discípulo de Cristo,
pode esperar mais provas de fé. (João 15:20) Elas vi-
rão de muitas formas. Você talvez sofra oposição de
sua família. (Mat. 10:36) Pode ser que enfrente zomba-
ria da parte de colegas de escola, de trabalho e de an-
tigos amigos. Lembre-se sempre das palavras de Jesus
em Marcos 10:29, 30: “Eu lhes garanto: Ninguém deixou
casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos, por mi-
nha causa e por causa das boas novas, que não rece-
ba cem vezes mais agora, neste tempo, casas, irmãos,
irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições, e, no
futuro sistema de coisas, a vida eterna.” Assim, conti-
nue a se esforçar para permanecer achegado a Jeová
e viver à altura de Seus padrões justos.

APÊNDICE 183
Quando quiser se batizar, fale com o coordenador do
corpo de anciãos. As perguntas que começam na pá-
gina 185 fornecem a base para as considerações que
os anciãos farão com você a fim de determinar se está
habilitado para o batismo. Você pode começar a estu-
dar essas perguntas no seu estudo pessoal regular.
Quando for se preparar para essas considerações, tire
tempo para ler todos os textos bíblicos citados e medi-
tar neles. Talvez queira fazer anotações neste livro ou
onde preferir. Você pode usar o seu livro e essas ano-
tações durante as considerações com os anciãos. Se
achar difícil entender alguma pergunta, fique à vonta-
de para pedir ajuda ao seu instrutor ou aos anciãos.
Nas considerações das perguntas com os anciãos,
não pense que precisa dar respostas longas ou compli-
cadas. Uma resposta simples, direta e em suas próprias
palavras é melhor. No caso de muitas perguntas, tam-
bém é bom incluir um ou dois textos que mostrem a
base bíblica para a resposta.
Se os anciãos notarem que o candidato ainda não co-
nhece bem os principais ensinos da Bíblia, esses irmãos
providenciarão que ele receba a ajuda necessária para
entender e explicar a Palavra de Deus nas suas próprias
palavras, de modo que possa se batizar em outra oca-
sião.
[Nota para os anciãos: As instruções para fazer as
considerações com os candidatos ao batismo estão nas
páginas 208-212.]

184 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Perguntas para
os que desejam se batizar

PARTE 1 ENSINOS CRISTÃOS


Por meio do seu estudo da Bíblia com as Testemunhas
de Jeová, você passou a conhecer a verdade e a ser
amigo de Deus. Também passou a entender como Jeová
cuida do seu povo hoje. (Zac. 8:23) Além disso, você
agora tem a esperança de viver para sempre no Paraí-
so na Terra. Sua fé na Palavra de Deus foi fortalecida,
e por meio do convívio com a congregação você já re-
cebeu muitas bênçãos.
Agora que está se preparando para o batismo, vai ser
muito útil para você relembrar os principais ensinos
cristãos com alguns anciãos. (Heb. 6:1-3) Que Jeová
continue a abençoar todos os seus esforços de conhe-
cê-lo, e que você receba a vida eterna. — João 17:3.

APÊNDICE 185
1. Por que você quer se batizar?
2. Quem é Jeová?
˙ “Jeová é o verdadeiro Deus nos céus, em cima, e
na terra, embaixo. Não há outro.” — Deut. 4:39.
˙ “Tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssi-
mo sobre toda a terra.” — Sal. 83:18.

3. Por que é importante que você use o nome


de Deus?
˙ “Orem do seguinte modo: ‘Pai nosso, que estás
nos céus, santificado seja o teu nome.’ ” — Mat.
6:9.
˙ “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será
salvo.” — Rom. 10:13.
4. Quais são algumas expressões que a Bíblia usa para
descrever a Jeová?
˙ “Jeov,, o Criador das partes mais distantes da
terra, é Deus por toda a eternidade.” — Isa. 40:28.
˙ “Pai nosso, que estás nos céus.” — Mat. 6:9.
˙ “Deus é amor.” — 1 João 4:8.
5. O que você pode dar para Jeová?
˙ “Ame a Jeová, seu Deus, de todo o seu coração,
de toda a sua alma, de toda a sua mente e de toda
a sua força.” — Mar. 12:30.
˙ “Adore a Jeová, seu Deus, e preste serviço sagra-
do apenas a ele.” — Luc. 4:8.

186 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


6. Por que você quer ser leal a Jeová?
˙ “Seja s ábio, meu filho, e alegre meu cora ç ão,
para que eu possa dar uma resposta àquele que
me desafia.” — Pro. 27:11.
7. Para quem você ora? E em nome de quem?
˙ “Digo-lhes com toda a certeza: Se pedirem ao Pai
qualquer coisa em meu nome [Jesus], ele a dará
a vocês.” — João 16:23.
8. Sobre que assuntos você pode orar?
˙ “Portanto, orem do seguinte modo: ‘Pai nosso,
que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, como
no céu, assim também na terra. Dá-nos hoje o
nosso pão para este dia; e perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós também perdoamos os
nossos devedores. E não nos leves à tentação,
mas livra-nos do Maligno.’ ” — Mat. 6:9-13.
˙ “Esta é a confiança que temos nele: não impor-
ta o que peçamos segundo a sua vontade, ele nos
ouve.” — 1 João 5:14.
9. Por que Jeová talvez não escute a oração
de alguém?
˙ “Eles clamarão a Jeová por ajuda, mas ele não
lhes responderá . . . por causa das suas malda-
des.” — Miq. 3:4.
˙ “Os olhos de Jeová estão sobre os justos, e os
seus ouvidos escutam as súplicas deles, mas a
face de Jeová se volta contra os que fazem coi-
sas más.” — 1 Ped. 3:12.

APÊNDICE 187
10. Quem é Jesus Cristo?
˙ “Simão Pedro respondeu: ‘O senhor é o Cristo, o
Filho do Deus vivente.’ ” — Mat. 16:16.
11. Por que Jesus veio à Terra?
˙ “O Filho do Homem veio, não para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida como resgate em
troca de muitos.” — Mat. 20:28.
˙ “Ele [Jesus] lhes disse: ‘Tenho de declarar as
boas novas do Reino de Deus também a outras
cidades, porque fui enviado para isso.’ ” — Luc.
4:43.
12. Como você pode mostrar gratidão pelo sacrifício
de Jesus?
˙ “Ele morreu por todos para que os que vivem não
vivessem mais para si mesmos, mas para aque-
le que morreu por eles e foi levantado.” — 2 Cor.
5:15.
13. Que autoridade Jesus tem?
˙ “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na ter-
ra.” — Mat. 28:18.
˙ “Deus o enalteceu a uma posição superior e lhe
deu bondosamente o nome que está acima de
todo outro nome.” — Fil. 2:9.
14. Você acredita que o Corpo Governante das
Testemunhas de Jeová é o “escravo fiel e prudente”
designado por Jesus?
˙ “Quem é realmente o escravo fiel e prudente, a
quem o seu senhor encarregou dos seus domésti-

188 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


cos, para lhes dar o alimento no tempo apropria-
do?” — Mat. 24:45.
15. Será que o espírito santo é uma pessoa?
˙ “O anjo lhe disse em resposta: ‘Espírito santo
virá sobre voc ê e poder do Alt íssimo a cobri-
rá com a sua sombra. E, por essa razão, aquele
que nascer será chamado santo, Filho de Deus.’ ”
— Luc. 1:35.
˙ “Portanto, se voc ês, embora maus, sabem dar
boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai,
no céu, dará espírito santo aos que lhe pedirem!”
— Luc. 11:13.
16. Como Jeová usa seu espírito santo?
˙ “Por meio da palavra de Jeová foram feitos os
céus; e por meio do espírito da sua boca, tudo
que há neles.” — Sal. 33:6.
˙ “Quando o espírito santo vier sobre vocês, rece-
berão poder e serão minhas testemunhas . . . até
a parte mais distante da terra.” — Atos 1:8.
˙ “Nenhuma profecia das Escrituras se origina de
interpretação pessoal. Porque a profecia nunca
foi produzida pela vontade do homem, mas os ho-
mens falaram da parte de Deus conforme eram
movidos por espírito santo.” — 2 Ped. 1:20, 21.
17. O que é o Reino de Deus?
˙ “O Deus do céu estabelecerá um reino que jamais
será destruído. E esse reino não passará para as
mãos de nenhum outro povo. Vai esmigalhar e

APÊNDICE 189
pôr um fim a todos esses reinos, e somente ele
permanecerá para sempre.” — Dan. 2:44.
18. Como o Reino de Deus vai ser bom para você?
˙ “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não
haverá mais morte, nem haverá mais tristeza,
nem choro, nem dor. As coisas anteriores já pas-
saram.” — Apo. 21:4.
19. Como você sabe que as bênçãos do Reino estão
bem perto?
˙ “Os discípulos se aproximaram dele em particu-
lar e disseram: ‘Diga-nos: Quando acontecerão
essas coisas e qual será o sinal da sua presença
e do final do sistema de coisas?’ Jesus, em res-
posta, lhes disse: ‘. . . Nação se levantará contra
nação e reino contra reino; haverá falta de ali-
mentos e terremotos num lugar após outro. E es-
tas boas novas do Reino serão pregadas em toda
a terra habitada, em testemunho a todas as na-
ções, e então virá o fim.’ ” — Mat. 24:3, 4, 7, 14.
˙ “Nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis
de suportar. Pois os homens só amarão a si mes-
mos, amarão o dinheiro, serão presunçosos, ar-
rogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais,
ingratos, desleais, desnaturados, não estarão dis-
postos a acordos, serão caluniadores, sem auto-
domínio, ferozes, sem amor ao que é bom, trai-
dores, teimosos, cheios de orgulho, amarão os
prazeres em vez de a Deus e manterão uma apa-
rência de devoção a Deus, mas rejeitarão o po-
der dessa devoção.” — 2 Tim. 3:1-5.

190 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


20. Como você mostra que o Reino é importante para
você?
˙ “Persistam, então, em buscar primeiro o Reino e
a justiça de Deus.” — Mat. 6:33.
˙ “Jesus disse então aos seus disc ípulos: ‘Se al-
guém quer ser meu seguidor, negue a si mesmo,
apanhe sua estaca de tortura e siga-me sempre.’ ”
— Mat. 16:24.
21. Quem é Satanás, e quem são os demônios?
˙ “Vocês são filhos do seu pai, o Diabo, e querem
satisfazer os desejos do seu pai. Ele foi um as-
sassino quando começou, e não permaneceu na
verdade, porque nele não há verdade. Quando
ele fala a mentira, está fazendo o que lhe é pró-
prio, porque é um mentiroso e o pai da mentira.”
— João 8:44.
˙ “Foi lançado para baixo o grande dragão, a ser-
pente original, o chamado Diabo e Satanás, que
está enganando toda a terra habitada. Ele foi lan-
çado para baixo, à terra, e os seus anjos foram
lançados para baixo junto com ele.” — Apo. 12:9.
22. Que acusação Satanás fez contra: (1) Jeová e
(2) os servos de Jeová?
˙ “A mulher disse à serpente: ‘Podemos comer do
fruto das árvores do jardim. Mas, sobre o fruto
da árvore que está no meio do jardim, Deus dis-
se: “Não comam dele, não, nem toquem nele; do
contrário, vocês morrerão.”’ Então a serpente
disse à mulher: ‘Vocês certamente não morre-
rão. Pois Deus sabe que, no mesmo dia em que

APÊNDICE 191
comerem dele, seus olhos se abrirão e vocês se-
rão como Deus, sabendo o que é bom e o que é
mau.’ ” — Gên. 3:2-5.
˙ “Satanás disse a Jeová: ‘Pele por pele. O homem
dará tudo o que tem pela sua vida.’ ” — Jó 2:4.
23. No seu caso, como você pode provar que
as acusações de Satanás são falsas?
˙ “Sirva a Jeová, seu Deus, de todo o seu coração.”
— Deut. 10:12.
˙ “Até eu morrer não renunciarei à minha integri-
dade!” — Jó 27:5.
24. Por que as pessoas morrem?
˙ “Por meio de um só homem o pecado entrou no
mundo, e a morte por meio do pecado, e desse
modo a morte se espalhou por toda a humanida-
de, porque todos haviam pecado.” — Rom. 5:12.
25. O que acontece quando uma pessoa morre?
˙ “Os vivos sabem que morrerão, mas os mortos
não sabem absolutamente nada.” — Ecl. 9:5.
26. Qual é a esperança para os que já morreram?
˙ “Haverá uma ressurreição tanto de justos como
de injustos.” — Atos 24:15.
27. Quantas pessoas vão para o céu governar
com Jesus?
˙ “Vi o Cordeiro em pé no monte Sião, e com ele
144.000, que têm o nome dele e o nome do seu Pai
escritos na testa.” — Apo. 14:1.

192 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


PARTE 2 VIDA CRISTÃ
Em seu estudo da Bíblia, você aprendeu o que Jeová
pede de você e como seguir os padrões de justiça dele.
Para agir de acordo com o que aprendeu, você prova-
velmente precisou fazer várias mudanças na sua condu-
ta e no modo como encara a vida. Você tomou a deci-
são de viver em harmonia com os padrões de justiça de
Jeová e, assim, é um publicador não batizado das boas
novas.
As perguntas a seguir vão ajudar você a ter bem em
mente os requisitos justos de Jeová. Também vão aju-
dá-lo a lembrar de algumas coisas que você pode fazer
para ser um servo de Jeová dedicado e batizado. Esses
princípios vão gravar na sua mente e coração a impor-
tância de fazer todas as coisas com uma boa consciên-
cia para o louvor de Jeová. — 2 Cor. 1:12; 1 Tim. 1:19;
1 Ped. 3:16, 21.
Agora que chegou nesse ponto do estudo, com cer-
teza você está ansioso para fazer parte da organização
de Jeová e continuar obedecendo ao governo dele. As
perguntas e os textos bíblicos a seguir vão ajudar você
a refletir no papel que Deus determinou para cada um de
nós na família, na congregação e com relação ao siste-
ma político deste mundo. Assim, você vai valorizar ainda
mais tudo o que Jeová tem feito para ensinar e fortale-
cer a fé do seu povo, o que inclui as reuniões congrega-
cionais. E sem dúvida você vai querer assistir às reuniões
e participar nelas o máximo que sua situação permite.

APÊNDICE 193
Além disso, as perguntas a seguir vão mostrar a im-
portância de participar no serviço de campo com regula-
ridade, ajudando outros a conhecer a Jeová e a aprender
o que ele está fazendo pela humanidade. (Mat. 24:14;
28:19, 20) Estas perguntas também vão ajudar você a
ver a seriedade de sua dedicação e batismo. Tenha cer-
teza de que Jeová dá valor a tudo que você faz para
mostrar que é grato pela bondade imerecida que ele de-
monstrou a você.

194 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


1. Qual é o conceito de Jeová sobre o casamento?
Qual é a única base bíblica para o divórcio?
˙ “Não leram que aquele que os criou no princípio
os fez homem e mulher, e disse: ‘Por essa razão
o homem deixará seu pai e sua mãe e se apegará
à sua esposa, e os dois serão uma só carne’? De
modo que não são mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, o ho-
mem não deve separar. . . . Quem se divorcia da
sua esposa, a não ser por causa de imoralidade
sexual, e se casa com outra, comete adultério.”
— Mat. 19:4-6, 9.
2. Por que os que moram juntos como marido e
mulher devem estar legalmente casados? Se você for
casado, tem certeza que seu casamento é legalizado
e reconhecido pelo governo?
˙ “Continue a lembrar-lhes que estejam sujeitos
e sejam obedientes a governos e autoridades.”
— Tito 3:1.
˙ “O casamento seja honroso entre todos, e o lei-
to conjugal mantido puro, porque Deus julgará os
que praticam imoralidade sexual e os adúlteros.”
— Heb. 13:4.
3. Que papel você tem na família?
˙ “Escute, meu filho, a disciplina do seu pai e não
abandone a instrução da sua mãe.” — Pro. 1:8.
˙ “O marido é cabe ça da esposa, assim como
o Cristo é cabe ça da congrega ç ão . . . Mari-
do, continue a amar a sua esposa, assim como

APÊNDICE 195
também o Cristo amou a congregação.” — Efé.
5:23, 25.
˙ “Pais, não irritem os seus filhos, mas continuem
a criá-los na disciplina e na instrução de Jeová.”
— Efé. 6:4.
˙ “Filhos, em tudo sejam obedientes aos seus pais,
pois isso é agradável ao Senhor.” — Col. 3:20.
˙ “Voc ,, esposa, esteja sujeita ao seu marido.”
— 1 Ped. 3:1.
4. Por que devemos mostrar respeito pela vida?
˙ “[Deus] dá a todos vida, fôlego e todas as coisas.
. . . Por meio dele temos vida, nos movemos e
existimos.” — Atos 17:25, 28.
5. Por que não devemos matar ninguém, incluindo um
bebê que ainda não nasceu?
˙ “Se homens brigarem e ferirem uma mulher grá-
vida, e . . . se houver um acidente fatal, se dará
vida por vida.” — Êxo. 21:22, 23.
˙ “Teus olhos até mesmo me viram quando eu era
um embrião; todas as partes dele estavam escri-
tas no teu livro com respeito aos dias em que fo-
ram formadas, antes de existir qualquer uma de-
las.” — Sal. 139:16.
˙ “Jeová odeia . . . mãos que derramam sangue ino-
cente.” — Pro. 6:16, 17.
6. Qual é o mandamento de Jeová sobre o sangue?
˙ “Persistam em se abster . . . de sangue [e] do que
foi estrangulado.” — Atos 15:29.

196 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


7. Por que devemos amar nossos irmãos e irmãs?
˙ “Eu lhes dou um novo mandamento: Amem uns
aos outros; assim como eu amei voc ês, amem
também uns aos outros. Por meio disto todos sa-
berão que vocês são meus discípulos: se tiverem
amor entre si.” — João 13:34, 35.
8. Para não transmitir a outros uma doença infecciosa
ou que pode levar à morte: (a) Por que a pessoa infec-
tada não deve tomar a iniciativa de mostrar carinho,
como por abraçar e beijar? (b) Por que ela não deve
levar a mal caso alguns prefiram não convidá-la para ir
à casa deles? (c) Por que uma pessoa que talvez tenha
ficado exposta a uma doença infecciosa deve fazer vo-
luntariamente um exame de sangue antes de começar
a namorar? (d) Por que a pessoa que tem uma doença
contagiosa deve informar isso ao coordenador do cor-
po de anciãos antes de ser batizada?
˙ “Não devam nada a ninguém, a não ser amar uns
aos outros. . . . ‘Ame o seu próximo como a si
mesmo.’ O amor não faz o mal contra o próximo.”
— Rom. 13:8-10.
˙ “Buscando não somente os seus próprios interes-
ses, mas também os interesses dos outros.” — Fil.
2:4.
9. Por que Jeová espera que perdoemos outros?
˙ “Continuem a suportar uns aos outros e a per-
doar uns aos outros liberalmente, mesmo que al-
guém tenha razão para queixa contra outro. As-
sim como Jeová os perdoou liberalmente, vocês
devem fazer o mesmo.” — Col. 3:13.

APÊNDICE 197
10. O que você deve fazer se um irmão disser algo
maldoso a seu respeito ou mentir para tirar dinheiro
ou algo valioso de você?
˙ “Se o seu irmão cometer um pecado, vá mostrar-
lhe o seu erro, somente você e ele. Se ele o es-
cutar, você ganhou o seu irmão. Mas, se não o
escutar, leve com você mais um ou dois, para que,
com base no depoimento de duas ou três teste-
munhas, toda questão seja estabelecida. Se ele
não os escutar, fale à congregação. Se não escu-
tar nem mesmo a congregação, seja ele para você
apenas como homem das nações e como cobra-
dor de impostos.” — Mat. 18:15-17.
11. Qual é o ponto de vista de Jeová sobre
os seguintes pecados?
— Imoralidade sexual
— Usar imagens na adoração
— Homossexualismo
— Roubo
— Jogar por dinheiro
— Ficar bêbado
˙ “Noo se enganem. Os que praticam imoralida-
de sexual, os idólatras, os adúlteros, os homens
que se submetem a atos homossexuais, os ho-
mens que praticam o homossexualismo, os la-
drões, os gananciosos, os beberrões, os injuria-
dores e os extorsores não herdarão o Reino de
Deus.” — 1 Cor. 6:9, 10.

198 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


12. Imoralidade sexual se refere a qualquer contato
sexual entre um homem e uma mulher que não estão
casados do ponto de vista de Deus. Por causa disso,
o que você está determinado a fazer?
˙ “Fujam da imoralidade sexual!” — 1 Cor. 6:18.
13. Por que não devemos usar substâncias que viciam
ou alteram a mente sem prescrição médica?
˙ “Apresentem o seu corpo como sacrifício vivo,
santo e aceitável a Deus, prestando assim um
serviço sagrado com a sua faculdade de raciocí-
nio. E parem de se amoldar a este mundo, mas
sejam transformados, renovando a sua mente, a
fim de comprovar por si mesmos a boa, aceitável
e perfeita vontade de Deus.” — Rom. 12:1, 2.
14. Jeová odeia todas as formas de ocultismo e
espiritismo. Cite alguns exemplos.
˙ “Não se deve encontrar em seu meio alguém . . .
que use de adivinhação, ou que pratique magia,
ou que procure presságios, ou um feiticeiro, ou
alguém que prenda outros com encantamento, ou
que consulte quem invoca espíritos, ou um adivi-
nho, ou alguém que consulte os mortos.” — Deut.
18:10, 11.
15. Se alguém comete um pecado grave e quer voltar
a ter uma boa amizade com Jeová, o que ele deve
fazer imediatamente?
˙ “Finalmente te confessei o meu pecado; não en-
cobri o meu erro. Eu disse: ‘Confessarei minhas
transgressões a Jeová.’ ” — Sal. 32:5.

APÊNDICE 199
˙ “Há alguém doente entre vocês? Que ele chame
os anciãos da congregação, e que eles orem por
ele, colocando óleo nele em nome de Jeová. E
a oração de fé fará que o doente fique bom, e
Jeová o levantará. Também, se ele tiver cometi-
do pecados, será perdoado.” — Tia. 5:14, 15.
16. Se você fica sabendo que um irmão cometeu
um pecado grave, o que você deve fazer?
˙ “Se alguém ouvir uma convocação pública para
prestar depoimento e não relatar algo de que foi
testemunha, que viu ou de que ficou sabendo,
estará cometendo um pecado e responderá pelo
seu erro.” — Lev. 5:1.
17. Se for anunciado que alguém não é mais
Testemunha de Jeová, como devemos tratar essa
pessoa?
˙ “Parem de ter convivência com qualquer um que
se chame irmão, mas que pratique imoralidade
sexual, ou que seja ganancioso, idólatra, injuria-
dor, beberrão ou extorsor; nem sequer comam
com tal homem.” — 1 Cor. 5:11.
˙ “Se alguém vier a vocês e não trouxer esses en-
sinamentos, não o recebam na sua casa, nem o
cumprimentem.” — 2 João 10.
18. Por que seus amigos devem ser pessoas que amam
a Jeová?
˙ “Quem anda com sábios se tornará sábio, mas
quem se junta com tolos acabará mal.” — Pro.
13:20.

200 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


˙ “Não se deixem enganar. Más companhias estra-
gam bons hábitos.” — 1 Cor. 15:33.
19. Por que as Testemunhas de Jeová não se envolvem
na política?
˙ “Eles não fazem parte do mundo, assim como eu
[Jesus] não faço parte do mundo.” — João 17:16.
20. Por que você deve obedecer ao governo?
˙ “Todos estejam sujeitos às autoridades superio-
res, pois não há autoridade sem a permissão de
Deus; as autoridades existentes foram coloca-
das por Deus em suas posições relativas.” — Rom.
13:1.
21. Se a lei dos homens for contra a lei de Deus,
o que você vai fazer?
˙ “Temos de obedecer a Deus como governante em
vez de a homens.” — Atos 5:29.
22. Ao escolher um emprego, que textos bíblicos
podem ajudar você a continuar separado do mundo?
˙ “Nação não levantará espada contra nação, nem
aprenderão mais a guerra.” — Miq. 4:3.
˙ “Saiam dela [de Babilônia, a Grande], meu povo,
se não quiserem ser cúmplices dos pecados dela
e se não quiserem receber parte das suas pra-
gas.” — Apo. 18:4.
23. Que tipo de entretenimento e diversão você vai
escolher, e que tipo vai rejeitar?
˙ “Jeová . . . odeia quem ama a violência.” — Sal.
11:5.

APÊNDICE 201
˙ “Abominem o que é mau; agarrem-se ao que é
bom.” — Rom. 12:9.
˙ “Tudo que é verdadeiro, tudo que é de séria preo-
cupação, tudo que é justo, tudo que é casto, tudo
que é amável, tudo de que se fala bem, tudo que é
virtuoso e tudo que é digno de louvor, continuem
a considerar essas coisas.” — Fil. 4:8.
24. Por que as Testemunhas de Jeová não adoram
a Deus junto com outras religiões?
˙ “Vocss . . . não podem participar da ‘mesa de
Jeová’ e da mesa de demônios.” — 1 Cor. 10:21.
˙ “‘Separem-se’, diz Jeová, ‘e parem de tocar em
coisa impura’; ‘e eu os acolherei.’ ” — 2 Cor. 6:17.
25. Que textos bíblicos vão ajudar você a decidir
se vai participar de alguma comemoração?
˙ “Mas eles se misturaram com as nações e ado-
taram os costumes delas. Serviam a seus ídolos,
e estes se tornaram um laço para eles.” — Sal.
106:35, 36.
˙ “Os mortos não sabem absolutamente nada.”
— Ecl. 9:5.
˙ “Eles não fazem parte do mundo, assim como eu
não faço parte do mundo.” — João 17:16.
˙ “No passado voc ês gastaram tempo suficien-
te fazendo a vontade das na ç ões, quando vo-
c ês viviam em conduta insolente, em paixões
desenfreadas, em embriaguez, em festas descon-
troladas, em bebedeiras e em idolatrias ilícitas.”
— 1 Ped. 4:3.

202 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


26. Que exemplos de aniversários existem na Bíblia?
O que você aprendeu desses exemplos?
˙ “O terceiro dia era o aniversário de Faraó, e ele
deu um banquete a todos os seus servos; ele trou-
xe para fora o chefe dos copeiros e o chefe dos
padeiros, diante dos seus servos. E ele restituiu
o chefe dos copeiros ao seu posto de copeiro . . .
Mas Faraó pendurou o chefe dos padeiros num
madeiro.” — Gên. 40:20-22.
˙ “No aniversário de Herodes, a filha de Herodias
dançou diante dos convidados e agradou tanto a
Herodes que ele prometeu com um juramento dar
a ela tudo o que pedisse. Então, instigada pela
mãe, ela disse: ‘Dê-me aqui numa bandeja a cabe-
ça de João Batista.’ Assim, mandou que João fos-
se decapitado na prisão.” — Mat. 14:6-8, 10.
27. Você quer obedecer às orientações dos anciãos?
Por quê?
˙ “Sejam obedientes aos que exercem liderança en-
tre vocês e sejam submissos, pois eles vigiam so-
bre vocês e prestarão contas disso; para que fa-
çam isso com alegria, e não com suspiros, porque
isso seria prejudicial a vocês.” — Heb. 13:17.
28. Por que é importante que você e sua família tirem
tempo para ler e estudar regularmente a Bíblia?
˙ “Seu prazer está na lei de Jeová, e ele lê a Sua lei
em voz baixa dia e noite. Ele será como uma ár-
vore plantada junto a correntes de água, uma ár-
vore que dá fruto na sua estação e cuja folhagem

APÊNDICE 203
não murcha. Tudo o que ele fizer será bem-suce-
dido.” — Sal. 1:2, 3.
29. Por que você gosta de assistir às reuniões e
participar nelas?
˙ “Declararei o teu nome aos meus irmãos; no meio
da congregação te louvarei.” — Sal. 22:22.
˙ “Pensemos uns nos outros para nos estimular ao
amor e às boas obras, não deixando de nos reu-
nir, como é costume de alguns, mas nos encora-
jando uns aos outros, e ainda mais ao passo que
vocês veem chegar o dia.” — Heb. 10:24, 25.
30. Qual é a obra mais importante que Jesus nos
pediu para fazer?
˙ “Portanto, vão e façam discípulos de pessoas de
todas as nações, batizando-as . . . , ensinando-as
a obedecer a todas as coisas que lhes ordenei.”
— Mat. 28:19, 20.
31. Quando fazemos donativos para a obra do Reino
ou ajudamos os irmãos, que atitude devemos ter para
agradar a Jeová?
˙ “Honre a Jeová com as suas coisas valiosas.”
— Pro. 3:9.
˙ “Faaa cada um conforme resolveu no coraç ão,
não a contragosto nem por obrigação, pois Deus
ama quem dá com alegria.” — 2 Cor. 9:7.
32. Que dificuldades os cristãos esperam enfrentar?
˙ “Felizes os que são perseguidos por causa da jus-
tiça, porque a eles pertence o Reino dos céus.

204 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Felizes s ão vocês quando as pessoas os insul-
tam e perseguem, e, mentindo, dizem todo tipo
de coisas más contra vocês, por minha causa.
Alegrem-se e fiquem cheios de alegria, porque
a sua recompensa é grande nos céus; pois assim
perseguiram os profetas antes de vocês.” — Mat.
5:10-12.
33. Por que é um privilégio ser batizado como
Testemunha de Jeová?
˙ “Tua palavra tornou-se a exultação e a alegria do
meu coração, pois eu levo o teu nome, ó Jeová.”
— Jer. 15:16.

APÊNDICE 205
CONSIDERAÇÃO FINAL
COM OS CANDIDATOS AO BATISMO
Os batismos geralmente são realizados nas assem-
bleias e nos congressos das Testemunhas de Jeová. Na
conclusão do discurso de batismo, o orador pedirá aos
candidatos ao batismo que se levantem e respondam
em voz alta estas duas perguntas:
1. Você se arrependeu dos seus pecados, dedicou
sua vida a Jeová e aceitou que o meio de salvação
escolhido por Jeová é Jesus Cristo?
2. Você entende que, ao se batizar, você se torna
Testemunha de Jeová e passa a fazer parte da
organização de Deus?
Ao responderem “sim” a essas perguntas, os candi-
datos ao batismo estão fazendo uma ‘declaração públi-
ca’ de que têm fé no resgate e que dedicaram a vida
a Jeová. (Rom. 10:9, 10) É importante que eles medi-
tem nessas perguntas e orem a respeito delas com an-
tecedência, para que possam responder de acordo com
suas convicções pessoais.

206 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE JEOVÁ


Você se dedicou a Jeová por meio de uma oração, pro-
metendo que vai adorar somente a ele e dizendo que a
vontade dele vai ser a coisa mais importante da sua vida?
Você tem certeza absoluta de que está pronto para ser
batizado?
Que roupa é apropriada para o batismo? (1 Tim. 2:9, 10;
João 15:19; Fil. 1:10)
Devemos nos vestir com “modéstia e bom critério” para
mostrar nossa “devoção a Deus”. Assim, os que vão se ba-
tizar não devem vestir roupa de banho que mostram mais
do que deviam, nem roupas com dizeres, propagandas ou
desenhos. Eles devem se vestir de um modo arrumado, lim-
po, de bom gosto e apropriado para a ocasião.
Como a pessoa deve se comportar ao ser batizada?
(Luc. 3:21, 22)
O batismo de Jesus serve de modelo para os batismos
cristãos hoje. Ele entendia que o batismo é um passo sé-
rio e demonstrou isso em pensamentos e ações. Assim, o
local do batismo não deve ser usado para nadar, fazer brin-
cadeiras ou outras coisas que poderiam mostrar desrespei-
to pela ocasião; não seria apropriado a pessoa, após o ba-
tismo, agir como se tivesse alcançado uma grande vitória.
Embora o batismo seja uma ocasião alegre, essa alegria
deve ser expressa de maneira digna.
Como é que se reunir e estar com os irmãos da
congregação vai ajudar você a continuar vivendo
à altura de sua dedicação a Jeová?
Depois do batismo, por que será importante você
continuar a ter uma boa programação de estudo
pessoal e a participar regularmente no ministério?

APÊNDICE 207
INSTRUÇÕES PARA OS ANCIÃOS
Quando um publicador não batizado informa que de-
seja se batizar, ele deve ser incentivado a ler com aten-
ção as “Perguntas para os que desejam se batizar”, nas
páginas 185-207 deste livro. Deve-se pedir a ele que leia
a “Mensagem para o publicador não batizado”, a par-
tir da página 182, que explica como ele pode se pre-
parar para considerar a matéria com os anciãos. Con-
forme mencionado ali, ele pode usar seu livro e suas
anotações durante as considerações. Mas ele não preci-
sa repassar as perguntas com alguém antes de se reu-
nir com os anciãos.
Quem quiser se batizar deve falar com o coordenador
do corpo de anciãos. Depois que a pessoa tiver lido as
“Perguntas para os que desejam se batizar”, o coorde-
nador do corpo de anciãos vai perguntar se ela orou
para se dedicar a Jeová e fazer a vontade dele. Se a
pessoa já tiver feito essa oração, daí o coordenador do
corpo de anciãos vai pedir que dois anciãos conside-
rem com ela as “Perguntas para os que desejam se ba-
tizar”. Cada uma das duas partes das “Perguntas para
os que desejam se batizar” deve ser feita por um ancião
diferente. Essas considerações podem ser feitas mes-
mo antes de se anunciar a data de uma assembleia ou
congresso.
As duas partes geralmente podem ser feitas em duas
sessões de cerca de uma hora cada uma, embora não
haja objeção a que se use mais tempo, se necessário.

208 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE JEOVÁ


Cada sessão deve começar e terminar com oração. Nem
a pessoa que vai se batizar nem os anciãos devem ter
pressa ao considerar as perguntas. Os anciãos desig-
nados devem dar prioridade a essa consideração, ape-
sar de terem outras responsabilidades.
Em geral é melhor considerar as perguntas com os
candidatos ao batismo individualmente, não em grupo.
Quando a pessoa responde a todas as perguntas, isso
dá aos anciãos uma ideia clara de quanto entendimen-
to ela tem das verdades da Bíblia, não deixando dúvi-
das de que ela está pronta para o batismo. Além dis-
so, a consideração individual pode deixar a pessoa mais
à vontade para se expressar. Marido e esposa podem
participar das sessões juntos.
Quando um ancião considera as perguntas com uma
irmã, as sessões devem ser realizadas onde outros pos-
sam facilmente vê-los, mas não ouvir o que dizem. Se
for necessário levar alguém junto, deve ser um ancião
ou servo ministerial, dependendo da sessão a ser con-
siderada, conforme explica o próximo parágrafo.
Se houver poucos anciãos na congregação, servos
ministeriais habilitados que têm demonstrado bom cri-
tério e discernimento podem considerar com a pessoa
as perguntas que estão na “Parte 1: Ensinos cristãos”.
Apenas anciãos devem considerar a “Parte 2: Vida cris-
tã”. Se a congregação não tiver um número suficiente
de irmãos qualificados, pode-se contatar o superinten-
dente de circuito para que ele verifique se uma congre-
gação vizinha pode ajudar.

APÊNDICE 209
Se for alguém menor de idade que quer se batizar,
seus pais cristãos (ou um deles) devem estar presen-
tes nas sessões. Se os pais cristãos (ou um deles) não
puderem acompanhar, então cada sessão deve ter dois
anciãos (ou um ancião e um servo ministerial, depen-
dendo da sessão que vai ser feita).
Os anciãos devem se certificar de que a pessoa que
deseja se batizar tenha um entendimento razoável dos
principais ensinos bíblicos. Além disso, desejarão saber
se ela dá valor à verdade e demonstra o devido respei-
to pela organização de Jeová. Se a pessoa não com-
preende os principais ensinos da Bíblia, os anciãos pro-
videnciarão que ela receba ajuda pessoal a fim de se
habilitar para o batismo em outra ocasião. Outros tal-
vez precisem de tempo para mostrar que entenderam
bem coisas como a importância do serviço de campo e
a obediência aos procedimentos da organização. Os an-
ciãos deverão usar de bom critério para aproveitar bem
o tempo de cada sessão, de uma hora ou pouco mais,
a fim de discernir plenamente se a pessoa está pronta
para o batismo. Embora se possa gastar mais tempo
com algumas perguntas e menos com outras, todas as
perguntas devem ser feitas.
Os anciãos designados para considerar essas pergun-
tas se reunirão depois da segunda sessão e decidirão
se a pessoa pode ou não ser batizada. Eles levarão em
conta a formação, as limitações e outras circunstâncias
de cada pessoa. O mais importante é determinar se ela
desenvolveu amor por Jeová e entendeu as verdades
fundamentais da Bíblia. Com nossa ajuda amorosa, os

210 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE JEOVÁ


que se batizam estarão bem preparados para cumprir a
importante designação que temos: pregar as boas no-
vas.
Depois, um ou os dois anciãos que consideraram as
perguntas do batismo com o publicador se reunirão
com ele para lhe dizer se está qualificado ou não para
o batismo. Se a pessoa se qualificar, os anciãos de-
verão considerar com ela a matéria nas páginas 206-
207, “Consideração final com os candidatos ao batis-
mo”. Se a pessoa ainda não terminou de estudar os
livros Entenda a Bíblia e Continue, os anciãos devem
incentivá-la a fazer isso depois do batismo. Informem
ao candidato que a data de batismo dele vai ser coloca-
da no Registro de Publicador de Congregação, que foi
feito para ele. Relembre-o de que os anciãos recolhem
as informações pessoais do publicador nesse registro
para que a organização possa cuidar das atividades re-
ligiosas das Testemunhas de Jeová no mundo todo. Eles
também recolhem essas informações para que ele pos-
sa participar em atividades espirituais e receber apoio
espiritual. Além disso, os anciãos relembram aos novos
publicadores que todas as informações pessoais são
cuidadas de acordo com a política global das Testemu-
nhas de Jeová sobre proteção de informações, que está
no jw.org. Essa reunião em geral não passa de dez mi-
nutos.
Um ano depois do batismo do publicador, dois an-
ciãos devem se reunir com ele para dar incentivo
e sugestões úteis. Um dos anciãos deve ser o supe-
rintendente do grupo do publicador. Se ele for jovem,

APÊNDICE 211
seus pais cristãos (ou um deles) devem estar presen-
tes. Essa reunião deve ser agradável e edificante. Os
anciãos analisarão como o publicador já progrediu de-
pois do batismo e darão sugestões práticas sobre como
ele pode continuar com uma boa rotina de estudo pes-
soal e leitura da Bíblia, adoração em família semanal,
assistência regular às reuniões e participação nelas, e
atividade semanal de serviço de campo. (Efé. 5:15, 16)
Se ele não terminou de estudar os livros Entenda a Bí-
blia e Continue, os anciãos devem providenciar que al-
guém estude com ele. Os anciãos devem ser amorosos
e dar elogios. Em geral, basta dar conselhos e suges-
tões sobre um ou dois pontos.

212 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE JEOVÁ


ÍNDICE DE
ASSUNTOS

Nota: O local onde se encontra a maioria das referências


abaixo é indicado pelo número do capítulo seguido do número
do parágrafo (ou parágrafos). Por exemplo, a primeira
referência sob “Ajuda financeira” é “circuito: 12:8-11”. Isso
significa que as informações a respeito de ajuda financeira
relacionada ao circuito se encontram no capítulo 12,
parágrafos 8-11.
Ajuda financeira
circuito: 12:8-11
congregação: 11:6-7; 12:5-7
mundial: 11:15; 12:2-4
Ajuda humanitária: 12:15; 16:11
Alvos
aprender outro idioma: 10:10
escolas teocráticas: 10:17-18
importância de ter: 10:24-26
missionários em campo: 10:15
publicadores: 10:4-5
realísticos: 8:37
serviço de Betel: 10:19-20
serviço de circuito: 10:16
serviço de construção: 10:21-23
serviço de pioneiro: 10:11-14
servir onde há mais necessidade: 10:6-9
Anciãos
atitude para com: 3:14; 5:38-39
cargos de responsabilidade: 5:25-36, 40
cooperação entre: 5:21
designados de modo teocrático: 4:8
esforçar-se para alcançar o privilégio: 5:22
grupos e pré-grupos: 9:42-44
idosos ou doentes: 5:23-24

ÍNDICE DE ASSUNTOS 213


manter a congregação limpa: 14:19-40
pastores: 5:1-3; 14:7-12
requisitos: 5:4-20
reuniões: 5:37
Anúncios
desassociação: 14:29
dissociação: 14:33
donativos: 12:6
publicadores não batizados: 8:12; 14:39-40
readmissão: 14:36
repreensão: 14:24
Áreas onde se falam várias línguas
aulas de idioma: 10:10
grupos e pré-grupos: 9:42-44
morador fala outro idioma: 9:38-41
Assembleia de circuito
despesas: 12:8-11
locais: 11:18
organização: 5:49
Assembleias
( Veja Assembleia de circuito)
Atividades escolares: 13:22-24
Batismo
crianças: pp. 179-181
em assembleias e congressos: 7:24, 26
ordenação: 8:3
perguntas para consideração: pp. 185-207
publicadores não batizados: pp. 182-184
significado: 8:16-18
Registro de Publicador de Congregação: 5:44; 8:10, 30
Casamentos: 11:10-11
Ceia do Senhor: 7:28-30

214 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Celebração: 7:28-30
Comissão de serviço
( Veja Comissão de serviço da congregação)
Comissão de serviço da congregação: 5:35; 9:45
Comissão(ões)
de Filial: 4:13; 5:51-54
de Ligação com Hospitais: 5:40
de Manutenção do Salão do Reino: 11:8
de serviço da congregação: 5:35
do País: 5:53
judicativa: 14:21-28, 34-37
Comissões de Ligação com Hospitais e Grupos de Visitas
a Pacientes: 5:40
Comissões judicativas: 14:21-28, 34-37
Congregação
( Veja também Reuniões; Salão do Reino)
novas e pequenas: 7:22-23
organizada de modo teocrático: 1:3; 4:4-11
união: 13:28-30
Congressos: 7:25-27
Coordenador do corpo de anciãos
candidatos ao batismo: 8:18; pp. 208-212
novos publicadores: 8:8, 14
responsabilidades principais: 5:26
Reunião Vida e Ministério: 7:18
verificação das contas: 12:7
visita do superintendente de circuito: 5:42-44
Corpo Governante
como identificar: 3:1-6
demonstrar confiança no: 3:12-15
motivos para seguir as orientações do: 3:9-11; 4:9-11

ÍNDICE DE ASSUNTOS 215


Crianças, filhos, jovens
ajudar pais e avós doentes: 12:14
atividades escolares: 13:22-24
jovens irmãos, esforçar-se por privilégios: 6:14
progresso espiritual: 8:13-15; 10:26; pp. 179-181
reuniões: 7:2; 11:13-14
transgressão: 14:37
Cristão exemplar
definição: 6:9
Cristãos inativos: 8:26; 14:32
Dedicação e batismo
( Veja Batismo)
Desassociação: 14:25-29
Desentendimentos
resolver graves: 14:13-20
resolver pequenos: 14:5-6
Discurso público: 7:5-10
Dissociação: 14:30-33
Diversão: 13:15-21
Donativos: 3:13; 11:6-7, 15; 12:2-11
Entidades legais: 4:12
“Escravo fiel e prudente”
demonstrar confiança no: 3:12-15
identificar: 3:4-6
sujeição ao: 15:7
Estudo de A Sentinela: 7:11-13
Estudos bíblicos
encaminhar estudantes à organização: 9:20-21
importância: 9:16-17
incentivar estudante a dar testemunho informal: 8:5
relatar: 8:26

216 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Filial
donativos para: 12:2-4
modo de se vestir e se arrumar ao visitar: 13:13
quando o contato é impedido: 17:15-17
responsabilidade: 4:13
Funerais: 11:10-11
Grupos de serviço de campo
fazer designações para: 5:35
função dos servos ministeriais: 6:12
limpeza do Salão do Reino: 11:7
reuniões para o serviço de campo: 7:20-21
superintendentes: 5:29-34
territórios: 9:31, 33
Indicadores: 11:14
Irmãs
escolas teocráticas: 10:17-18
quando não houver irmãos qualificados presentes: 6:9;
7:23
serviço de construção: 10:21
Jeová Deus
achegar-se a: 17:1-3
Soberano do Universo: 15:1-4
Jesus Cristo
Cabeça da congregação: 1:10; 2:5
Ministro; ministério: 8:1-2; 9:1
Pastor Excelente: 2:6; 5:1
Redentor: 2:3
sujeição a Jeová: 15:5
Sumo Sacerdote: 2:4
JW.ORG: 9:24-25
Liderança
autoridades superiores: 15:11
congregação: 3:14; 4:15; 15:7

ÍNDICE DE ASSUNTOS 217


família: 15:9-10
organização de Jeová: 1:9-10; 2:5, 9-10; 15:1-2
Limpeza; Pureza
física: 13:8-12
moral e espiritual: 13:6-7
Salão do Reino: 11:7-8
Modo de se vestir e se arrumar
lazer: 13:14
ministério: 13:12
os que recebem privilégios: 6:9
reuniões: 11:12, 21
servos ministeriais: 6:5
visita a Betel: 13:13
Nossa Vida e Ministério Cristão
— Apostila do Mês: 7:14-18
Ordenação como ministros: 8:3
Organização
parte celestial: 1:8-13
Pioneiros auxiliares: 10:11-12
Pioneiros especiais: 10:11, 14, 17-18
Pioneiros: 10:11-14
Pobres: 12:12-15
Pregar as boas novas
ajuda pessoal: 5:28-29, 33; 7:21; 9:7, 15, 19
aparência pessoal: 13:12
áreas onde se falam várias línguas: 9:35-44
comissão divina: 8:2
crianças: 8:13-15
de casa em casa: 9:3-9
exercer a liderança: 5:3, 17, 29-33; 6:4
importância: 9:5-8; 10:1-2

218 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


incentivar estudante da Bíblia a dar testemunho
informal: 8:5
modo informal: 9:26-29
primeiro século: 8:1-2; 9:1, 4
publicações: 9:22-23
relatar: 8:19-29, 31-36
requisitos: 8:6-9, 13-15
reuniões para o serviço de campo: 7:20-21
revisitas: 9:14-15
sob proscrição: 17:13-18
supervisão pelo superintendente de serviço: 5:28
território: 9:30-34
testemunho em grupo: 9:45-46
testemunho público: 9:11-12
usar o site jw.org: 9:24-25
Provações: 13:4-5; 17:4-19
Publicações
áreas onde se falam várias línguas: 9:35-37
como são financiadas: 12:2-4
cuidar das: 12:16
importância no ministério: 9:22-23
Publicadores
( Veja Publicadores de congregação; Publicadores não
batizados)
Publicadores de congregação
( Veja também Publicadores não batizados)
ajuda pessoal: 5:28-29, 33; 7:21; 9:7, 15, 19
crianças: 8:13-14
incapacitados: 8:29
mudança: 8:30
novos: 8:5-6
requisitos: 8:8

ÍNDICE DE ASSUNTOS 219


Publicadores não batizados
construção ou reforma de Salão do Reino: 11:17
crianças: 8:13-15
requisitos: 8:6-12
transgressão: 14:38-40
Readmissão: 14:34-36
Relatórios
importância: 8:19-22, 31-36
publicadores: 5:34; 8:10, 23-29
quando se ausenta da congregação: 8:30
superintendentes de circuito: 5:46, 50; 9:44
Repreensão: 14:4, 23-24
Representantes da sede mundial: 5:55-56
Resoluções: 12:6, 9, 10
Reuniões
anciãos: 5:37
assembleias de circuito: 7:24
congressos: 7:25-26
crianças na assistência: 11:13
discurso público: 7:5-10
durante a visita do superintendente de circuito: 5:43, 47
estudo bíblico de congregação: 7:17
estudo de A Sentinela: 7:11-13
importância: 3:12; 7:4, 27; 15:7
indicadores: 11:14
israelitas: 11:1
locais de reuniões: 11:1-5, 18-19
Nossa Vida e Ministério Cristão: 7:14-19
objetivo: 7:1-2
para o serviço de campo: 7:20-21; 9:45
primeiro século: 7:3; 11:2

220 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


promover negócios nas: 13:27
quando irmãs dirigem: 7:23
sob proscrição: 17:15-17
Salão do Reino
biblioteca: 7:19
construção: 10:21-23; 11:4-5, 15-17
dedicação: 11:4
despesas: 11:6; 12:5-6
limpeza e manutenção: 11:7-8
usado por mais de uma congregação: 11:8-9
usos especiais: 11:10-11
Salões de Assembleias: 11:18-21
Secretário: 5:27; 8:30
Serviço de Betel: 10:19-20
Servir na construção: 10:21-23
grupo de construção: 10:23
servo de construção: 10:23
servo de construção no estrangeiro: 10:23
voluntário de construção: 10:23
voluntário local de projeto/construção: 10:23
Serviço missionário: 10:15, 18
Serviço secular: 13:25-26
Servir onde há mais necessidade: 10:6-9
Servos ministeriais
esforçar-se para alcançar o privilégio: 6:14
mostrar apreço pelos: 6:1-2, 15
requisitos: 6:3-6
serviços que prestam: 6:7-12; 11:14
Sujeição
( Veja Liderança)

ÍNDICE DE ASSUNTOS 221


Superintendente de circuito
grupos: 9:44
para fazer mais no ministério, conversar com: 10:6,
10, 16
recomenda novas congregações: 7:22
ser hospitaleiro com: 5:50
visitas: 5:41-48
Superintendente de serviço: 5:28, 32; 9:31, 37
Superintendentes
( Veja Anciãos)
Território
áreas onde se falam várias línguas: 9:36-37
de grupo e pessoal: 9:31-34
‘Tomar nota’ dos indisciplinados: 14:9-12
Transgressão
( Veja também Desassociação; Desentendimentos;
Dissociação; Readmissão; ‘Tomar nota’ dos
indisciplinados)
anúncios sobre: 14:24, 29, 33, 39-40
contra outro cristão: 14:5-6, 13-20
grave: 14:21-33
menores batizados: 14:37
publicadores não batizados: 14:38-40
União
anciãos: 5:13, 21
base: 1:6-7; 13:28-29
bênçãos: 4:15; 5:57; 13:30-31
desafios: 14:3; 17:6
internacional: 16:6-11
manter: 17:20
sob a liderança de Cristo: 2:9-11; 4:10-11

222 ORGANIZADOS PARA FAZER A VONTADE DE JEOVÁ


Notas:

223
Notas:

224

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