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CURSO AVALIAÇÃO DE

SEGURANÇA

ELIZABETH MAY PONTEDEIRO


PAULO FERNANDO LAVALLE HEILBRON
JESUS SALVADOR PÉREZ GUERRERO
ESTRATÉGIAS DE AMOSTRAGEM PARA
OBTENÇÃO DE DADOS AMBIENTAIS

Para se gerar dados corretos deve-se:


Realizar uma coleta de amostras adequada e correta
Garantir a qualidade do laboratório analítico
Garantir a representatividade dos dados quanto ao
objetivo do estudo.
Amostragem representativa
 Pode ser considerada como a medição do grau de
exatidão dos dados.

 Representa de forma precisa uma característica da


população, como variam os parâmetros segundo as
condições ambientais.

 Os dados representam de forma adequada o


problema a ser investigado.
Projeto (desenho) de
amostragem
 Um desenho de amostragem completo indica o
número de amostras e identifica as amostras em
detalhe, com as posições geográficas exatamente
determinadas.

 Inclue explicação e justificação do número de


amostras e a frequência de amostragem.

 Deve especificar o procedimento de análise da


amostra.
Objetivos de um projeto de
amostragem
Fornecer suporte técnico para comparação com valores de
referência.
Estimar as características médias de uma dada população.

Localizar “hot spots” (áreas com alto nivel de

contaminação)
Caracterizar a extensão de contaminação de um sitio

Monitorar tendências do parâmetro em estudo.

Os objetivos devem ser alcançados otimizando os


recursos econômicos, humanos e o tempo gasto.
Tipos de projeto de amostragem

Probabilísticos A juizo do operador


Vantagens

- Permite calcular a incerteza - Pode ser muito eficiente se o local


associada. é conhecido.
- Permite reproduzir os dados - Fácil de implementar
dentro de certos limites. - Menor custo em relação aos
- Inferências estatísticas métodos probabilísticos
- Pontos de amostragem - Depende do conhecimento do
Desvantagens

aleatórios podem ser difíceis especialista.


de localizar. - Depende do julgamento pessoal
- Um projeto ótimo depende de do profissional para interpretar os
um modelo conceitual preciso dados do objeto em estudo.
- Não permite avaliar o grau de
precisão do que está sendo
estimado.
Tipos de projetos de amostragem

 Julgamento profissional
 Aleatório simples

 Estratificado

 Sistemático em malha

 Categorizado

 Aleatório por clusters (grupos)


 Composto
Amostragem em função de
julgamento profissional

Seleção de unidades de amostragem (número, lugar e


frequência) está baseada no conhecimento profissional.
Inferências se baseiam no julgamento profissional e
não na estatística.
Debe-se ter um conhecimento histórico confiável das
características do processo/local.
Pode-se aplicar junto a outros projetos, a fim de se
definir modelos mais eficazes.
Aplicação:
 Um número baixo de amostras será analisado
 Existe conhecimento sobre o processo/local/atividade em análise.
 O objetivo é ver se existe contaminação/verificação de níveis de referência.

Beneficios:
 Fácil de implementar com recursos limitados.

Límites:
 Não é possível conhecer o nível de incerteza/confiança dos resultados.
Amostragem aleatória simples

Todas as unidades de amostragem


possuem a mesma probabilidade de
serem selecionadas.
Se associam números a cada
unidade, e a sua escolha é aleatória.
É útil quando a população a se
amostrar é homogênea.
Não se esperam “hot spots”.
Fácil de implementar.
Fórmula simples para cálculo do
número de amostras.
Aplicação:
 População uniforme, deve-se usar junto com outros modelos de
amostragem.
 Deve-se utilizar como complemento de outros modelos.

Benefícios:
 Garantia que a amostra é representativa da população.
 A análise estatística dos dados obtidos é consistente com a amostragem

Limites:
 Se os pontos de amostragem apresentam variabilidade espacial e
temporal. Ignora o conhecimento prévio.
Amostragem estratificada
A populaçãoé separada em
sub-populações mais
homogêneas.
Estas são escolhidas de
acordo com a proximidade
espacial ou temporal, ou
baseado em julgamento
profissional (processo).
Útil em caso de
heterogeneidade e quando as
áreas podem ser divididas,
baseando-se em níveis
distintos esperados.
Amostragem estratificada
As etapas consistem em:

Definir os estratos;
Selecionar os elementos dentro de cada estrato, mediante um
processo aleatório simples;
 Conjugar os elementos selecionados em cada estrato, que em sua
totalidade constituem a amostra.
Éeficaz quando na população em estudo existem valores extremos
para a característica em estudo, sendo possível agregá-los em um
estrato separado.
Aplicação:
 A população não é uniforme, existe variação espacial ou temporal.
 Em cada estrato a população é homogênea, ganha-se em precisão nas
estimativas.
 Existe uma variável auxiliar que se correlaciona com a variável a ser
estudada.

Benefícios:
 Pode reduzir custos (menor número de amostras) e ter precisão maior ou
igual a outros projetos de amostragem. Processo de amostragem é mais
eficiente que os anteriores.

Limites:
 Deve-se ter conhecimento prévio sobre a variável que será utilizada para
definir os estratos.
Amostragem sistemática em malha

 As amostras são retiradas a intervalos regulares, no tempo e no


espaço.

O ponto de partida é escolhido


aleatoriamente e os restantes
formam uma malha (quadrada,
retangular, triangular).
É útil para localizar “hot spots”
e avaliar tendências espaciais e
temporais.
Assegura que a população
está coberta.
Não é um método eficiente se
existir informação prévia.
Aplicação:
 Quando não existem dados sobre a população em estudo e o objetivo é
verificar se existe um padrão de distribuição.
 Quando existe um padrão de distribuição e quer se determinar a forma da
distribuição.

Benefícios:
 Fornece melhor precisão: menor intervalo de confiança, menor incerteza.
 Cobre melhor a população que a amostragem aleatória.
 Estima eficientemente as tendências espaciais e temporais.

Limites:
 Se o padrão de interesse é menor que o espaçamento das amostras;
nesse caso, deve-se diminuir o intervalo entre as amostras.
Amostragem categorizada

Emprega duas fases de amostragem: identifica zonas


de amostragem (aleatoriamente), e realiza medições de
baixo custo a fim de “rankear” os pontos de
amostragem em cada zona, e assim escolher um ponto
em cada zona.
As amostras resultam mais representativas.
Uma variável associada à variável em estudo tem que
ser possível de ser avaliada, a fim de categorizar
(rankear) as unidades de amostragem.
É útil quando é mais barato rankear ou categorizar
pontos de amostragem no campo, ao invés de realizar
medições no laboratório.
Aplicação:
 O custo das medições de screening in situ é muito menor que as medições
em laboratório.

Benefícios:
 Fornece melhor estimativa da média comparado com o mesmo número de
amostras em uma amostragem aleatória.
 É mais eficiente para se detectar diferenças de média entre duas
populações.

Limites:
 Os custos podem ser maiores que uma amostragem aleatória simples.
 Deve-se efetuar corretamente a categorização.
Amostragem em clusters

n amostras são
tomadas usando a
técnica de amostragem
aleatória.
Em seguida pega-se
amostras adicionais,
adjacentes aos pontos
onde as medições
excedem um valor de
referência.
É utilizado para delinear
em detalhe um “hot spot”.
Aplicação:
 Característica de interesse está dispersa na população, mas concentrada
em determinado lugar.
 Localizar “hot spots”.

Benefícios:
 Possui duplo objetivo: determinar o valor médio e detectar as zonas
contaminadas.

Limites:
 Os custos não são conhecidos a priori. Depende das descobertas in situ.
Amostragem composta

Material de várias unidades de


amostragem selecionadas é combinado e
misturado, a fim de formar uma amostra
homogênea, que depois é analizada.
Pode ser muito efetiva, já que reduz o
número de análises.
Não deve haver perda de material
durante o processo (componentes
voláteis)
Posteriormente pode-se analisar as
porções individuais que formaram o
composite (tomando-se novas amostras).
Ex.: amostragem de solo
Aplicação:
 O processo não afeta a integridade da amostra.
 Não tem-se como objetivo conhecer a variação espacial e
temporal das amostras individuais.
 Os custos analíticos são altos em relação à amostragem.
Beneficios:
 Pode-se obter a mesma precisão de uma média estimada
com menor custo, ou cobrir uma população maior com igual
custo.
Limites:
 Não se conhecem as variações espaciais e temporais.
Fatores na escolha de um
projeto de amostragem
PROGRAMA DE MONITORAMENTO

MODELAGEM AMBIENTAL MONITORAMENTO DE


EFLUENTES

MONITORAMENTO AMBIENTAL
VIAS DE EXPOSIÇÃO
Objetivo de um Programa de
Monitoramento Ambiental

Garantir que em condições normais de operação, a liberação


de efluentes de uma Instalação no meio ambiente não gere
uma dose nos indivíduos do público acima daquelas
estabelecidas pelas normas de proteção radiológica.

Efluentes atmosféricos

Efluentes líquidos
Programa de Monitoramento
Ambiental (PMA)

Efetuar a avaliação do impacto radiológico ambiental devido à


manipulação de substâncias radioativas e sua liberação no meio
ambiente.

Programa de Monitoramento Ambiental (PMA):

a) Fase Pré-Operacional

b) Fase Operacional
FASE PRÉ-OPERACIONAL

Antes que a instalação entre em funcionamento.

Este programa tem por objetivo medir os níveis de


radiação natural na zona de localização da instalação
radioativa.

Os resultados obtidos servem como referência para


comparação com aqueles encontrados quando a
instalação entra em funcionamento (auxilia a monitorar e
tomar medidas preventivas em caso de contaminações
inadvertidas).
FASE OPERACIONAL

As análises são realizadas quando a instalação se encontra


em operação.

Se realizam dois tipos de monitoramento:

a) Efluentes

b) Ambiental
O Safety Guide fornece requisitos gerais na avaliação de
dose para grupo crítico da população devido à presença
de material radioativo ou de campos de radiação no meio
ambiente, os quais podem ser oriundos tanto da operação
normal de uma instalação nuclear ou com material
radioativo (práticas) ou de uma emergência nuclear ou
radiológica, assim como de áreas contaminadas no
passado com radionuclídeos de meia vida longa (interven
ções).

A avaliação de dose é baseada nos resultados do monito-


ramento da fonte, monitoramento ambiental ou individual
ou uma combinação desses.
Requisitos de Monitoramento

Requisitos específicos devem ser desenvolvidos durante a


formulação do PMA , e incluem:

 O que medir ?

 Onde medir ?

 Quando medir ?

 Como medir ?

Métodos de avaliação a serem utilizados


Aspectos ambientais

Considerando um possível impacto ambiental, deve-se


especificar:

• Valores ambientais a serem preservados

• Perigos potenciais

• Impactos potenciais

• Níveis de mudança aceitáveis

• Níveis de risco

• Setores e locais de impacto


Etapas para a elaboração de um PMA

Local Efluentes Gerados Outros

Demografía
Meteorología Sólidos Economicos
Hidrología Líquidos Políticos
Topografía Gasosos Sociais
Usos da erra e águas
Vías de acesso

Elaboração do PMA

Implantação do PMA

Melhrias e atualização do PMA


Informação de um PMA

Meio a ser monitorado

Lugar de tomada da amostra

Tipos de amostras coletadas:


Aerosol
Agua e sedimento
Solo
Biomaterial

Frequência de amostragem

Frequência de análise

Tratamento e processamento dos dados de monitoramento


Procedimento

• Coleta, identificação, preservação e conservação


das amostras

• Análises necessárias

• Análises específicas de radionuclídeos críticos

• Tratamento dos resultados analíticos

• Avaliação do impacto ambiental e cálculo de dose


Vias de exposição

A importância de cada vía depende de:

 Propriedades radiológicas do material liberado


 Propriedades fisico-químicas e sua migração
 Mecanismo de dispersão e características do ambiente
 Hábitos dos indivíduos expostos

Em caso de acidentes, outras vias podem ter maior impacto


e serem transitórias (nuvem radioativa, contaminação
residual no solo e alimentos)
Tipos de monitoramento

• Da fonte (local de descargas)


• Ambiental  relacionado com a fonte
 relacionado com o individuo
• Monitoramento individual de membros do público

Aspectos relevantes em programas de monitoramento:


• Inventário radioativo e composição de RN.
• Liberações autorizadas e taxas de liberação.
• Contribuição de outras fontes próximas.
• Vias de exposição.
• Características do local.
• Hábitos da população.
Estudo pré-operacional

Estabelece a linha de base ambiental (2 ou 3 anos antes),


a fim de determinar o impacto da prática.
Provê dados ambientais básicos para os cálculos de dose
ao Grupo Crítico, e para estabelecer os limites autorizados
de liberação.
Serve para identificar matrizes a serem analisadas.
Engloba características do ambiente (geologia,
hidrogeología, condições meteorológicas, densidade
populacional, possíveis grupos críticos)
Estudo pré-operacional (cont)

Registra os níveis existentes de RN no ambiente e sua


variabilidade (naturais e artificiais).
Determina a presença de agentes físicos ou aqueles que
possam afetar a transferência de RN.
Identifica possíveis organismos indicadores de RN
(organismo sensíveis concentradores de RN).
Se utiliza para treinar pessoal.
Se utiliza para verificar equipamento.
Deve ser iniciado 2-3 anos antes da instalação começar
a operar, para determinar a variabilidade sazonal.
Estudo pré-operacional (cont)

Inclue levantamento de dados ambientais e carac-


terísticas da população:
Condições climatológicas:
•Velocidade e direção do vento
•Precipitações
•Temperatura e umidade
•Características hidrogeológicas
•Características topográficas
Características da população:
•Distribuição for faixa etária
•Hábitos e taxas de consumo
•Características agrícolas
Monitoramento em operação
Monitoramento da fonte
• Medição das liberações e campos de radiação.
• Deve cumprir com a verificação dos limites autorizados
de liberação.
• Medição de RN específicos ou totais no ponto de
liberação

• Tipos de medições:
- monitoramento on line
- amostragem contínua e medição em laboratório
- amostragem intermitente e medição em laboratório.
Monitoramento em operação (cont)
Monitoramento da fonte

 A escolha da forma de amostragem e medição depende de:


Características, quantidades e taxa de liberação de RN;
possibilidade de liberações não planejadas.

• Deve-se levar em conta:


Forma físico-química dos RN descartados
Distribuição do tamanho das partículas
(material particulado)
pH em caso de linerações líquidas
Os dados obtidos são utilizados para estimar a dose
através de modelos
Monitoramento em operação (cont)
Monitoramento ambiental
Pontos de amostragem: determinação das maiores
doses de radiação e áreas de maior probabilidade de
contaminação.

 Ponto de amostragem: grupo crítico real

 Pontos de amostragem de background.


Estratégia de amostragem
Realizado de acordo com cada situação e tem que ser
consistente com os objetivos da monitoração.
Os pontos, frequências e técnicas de amostragem serão
dependentes da composição de RN, forma de liberação e
doses potenciais ao grupo crítico.
Monitoramento ambiental
Pontos de amostragem
 Próximos aos pontos de máxima deposição e exposição,
na direção predominante dos ventos e nas águas a
jusante do ponto de liberação (descarga) líquida.
 Próximos ao grupo crítico ou nos centros populacionais.
 Pontos de controle ou testemunho (background).
Liberação Matrizes Frequência

• Taxa de dose gama • Contínua


• Dose gama
• Integrada
• Ar • Contínua/Med.
Semanal ou mensal
• Depósito • Contínua/Med.
Mensal
• Solo • Uma vez ao ano
Atmosférica
• Vegetais de folha • Em época sazonal
• Outros vegetais e • Na colheita
frutas
• Leite • Mensal
• Pasto • Mensal
• Líquens, fungos • Uma vez ao ano
Liberação Matrizes Frequencia
• Agua superficial • Contínua/Med.
Mensal
• Agua potável • Duas vezes ao ano
• Sedimento • Uma vez ao ano

Líquidas • Peixes • Uma vez ao ano


• Mariscos • Uma vez ao ano
• Indicadores • Duas vezes ao ano
aquáticos (bentos
marinhos, esponjas
marinhas)
Técnicas de amostragem ambiental
Monitoramento ambiental resultados representativos
Amostra:
 Deve refletir as condições do ambiente do qual foi retirada.
 Deve ser representativa das condições ambientais e de sua
variabilidade espacial e temporal.
 Variações inerentes: distribuição espacial não homogenea do
material depositado (vento, práticas agrícolas, erosão).

Frequência de amostragem depende de:


 Variabilidade espacial e temporal
 Proximidade dos valores com os níveis de intervenção.
 Vida média dos radionuclídeos a analisar.
Incerteza nos dados de monitoramento

 Amostragem não representativa, incertezas técnicas e


erros humanos (etiquetagem, preservação, transporte,
armazenamento)
 Incertezas técnicas podem dever-se a:
Variabilidade temporal e espacial da quantidade
monitorada.
Variabilidade nos procedimentos de amostragem,
processamento e medição.
Estatística de contagem nos casos de baixa atividade
Estes não podem ser eliminados, mas sim reduzidos:
 Procedimentos de garantia da qualidade (gestão, ensaio,
calibrações, treinamento de pessoal, etc).
 Sugere-se calcular as incertezas em todos os passos e
considerá-las no cálculo de dose.
Interpretação dos resultados de um
programa de monitoramento
Resultados:
 Níveis de radiação no local de liberação e no material liberado.
 Níveis de radiação e RN no ambiente.
 Dose recebida pelo grupo crítico.
 Dose projetada para o grupo crítico (emergência).

Pode-se comparar com:


 Limites de liberação.
 Limites ambientais.
 Restrição de dose associada à fonte.
 Limite de dose para membros do público.
Dados do monitoramento ambiental
 Detetar mudanças na fonte, no meio ambiente
ou nos hábitos das pessoas.
 Validar e atualizar modelos de transferência de
RN ou modelos de cálculo de dose para o
Grupo Crítico.
 Determinar tendências dos RN no meio
ambiente a longo prazo.
Garantia de qualidade
O programa de garantia de qualidade deve ser projetado para
assegurar:
 Estrutura organizacional: responsabilidades, níveis de
autoridade e interfases devem ser definidos.
 Os procedimentos devem estar estabelecidos e entendidos.
 Os requisitos regulatórios relacionados com os programas de
monitoramento são alcançados.
 Métodos apropriados de amostragem e medição são utilizados.
 Localização dos pontos de amostragem e frequência de
amostragem é adequada.
 Participar de comparações inter-laboratório a nível nacional e
internacional para métodos e instrumentos.
Garantia da qualidade
O programa de garantia da qualidade debe ser projetado para
assegurar especificamente:
 O projeto e implementação de tudo relacionado com
programas de monitoramento: seleção de equipamentos,
pontos de amostragem, procedimentos e documentação.
 Manutenção, verificação e calibração de equipamentos e
instrumentos.
 Utilização de padrões rastreáveis.
 Análise de incertezas.
 Conservar os registros.
 Qualificação e treinamento de pessoal adequado.
Garantia da qualidade
O programa de garantia da qualidade deve ser desenhado
para dar confiança quanto aos aspectos relacionados com a
estimativa de dose:
 Os requisitos regulatórios relacionados com a determina-
ção de dose sejam cumpridos.
 Os resultados usados das monitorações de liberação e
ambiental sejam os corretos.
 Os modelos de estimativa de dose e os parâmetros
utilizados sejam apropriados.
 Procedimentos de validação, verificação e calibração
apropriados para os modelos.
 Cálculos de dose sejam realizados corretamente.
 Documentação disponível e atualizada.
 Pessoal competente e treinado.
Técnicas de amostragem de água, solo, sedimento e alimentos

Característica chave das amostras ambientais:

Variabilidade (intrínseca) espacial, temporal e individual geralmente


maior que o erro na amostragem e na análise das mesmas.

Muitas variáveis afetam a deposição e redistribuição


de radionuclideos no meio ambiente.

Por isso, o fundamental na hora de amostrar é:

Assegurar a representatividade da amostra que se está tomando


…Uma vez que se tenha um plano de amostragem adequado,

Objetivos das técnicas de amostragem bem práticos:

(Tendo sempre em conta obter amostras representativas…)


 Evitar contaminação damostras (externas e cruzadas).
 Permitir a tomada de amostras no menor tempo, com a menor quantidade
de recursos humanos, com menor esforço e da forma mais econômica possível.

Transporte

+ Evitar deterioração das amostras


+ Assegurar rastreabilidade Pre-tratamento
(cadeia de custódia).

Dados
Generalidades importantes para todos os tipos de amostragem:

Limpeza e bom estado de todos os elementos de amostragem.


(material novo vs material descontaminado)
 Equipamento adequado que facilite a tarefa e minimize o
risco para o pessoal.

Adequação de pontos de amostragem teóricos (a partir do


desenho de amostragem) com o que é factível fazer no campo

Ideal: manter os mesmos pontos


através dos anos (GPS)

As técnicas propriamente ditas vão depender muito de cada zona

As quantidades a serem amostradas dependem do método analítico e


da necessidade de repetir a análise ou obter triplicatas para QA.
…Mas adequar-se à realidade
Ríos, riachos e outros cursos de água
Característica:
Mistura por turbulência e velocidade Registro dos caudais

Menor ∅, uma amostra aproximadamente no centro e ligeiramente


Abaixo da superficie é suficiente.
Maior ∅, pode ser necessário fazer uma amostra composta transversal.

Amostrar água antes de sedimento para evitar ressuspensão de material fino


Iniciar a jusante para evitar alterar as condições da amostra seguinte.

Amostragem direta
Amostragem integrada (no tempo ou
por volume) - equipamentos automáticos

Matrizes e RN com baixas concentrações


AGUA: Subterrânea

Difícil caracterização hidrogeológica para desenhos (projetos) de amostragem

Napa freática (pressão atmosférica) / Aquífero (confinado, semiconfinado)

Bombeamento
É de suma importância a construção e
utilização de poços de amostragem

AGUA: Potável

• Similar à água de origem (río, lago ou subterrânea)

• Preferencialmente amostrar na planta de tratamento de água potável, desde onde


é distribuída. Exceto na amostragem individual do grupo crítico

• Deixar correr alguns minutos para “limpar” o encanamento


PRÉ-TRATAMENTO DE ÁGUAS

Filtrado (exceto água potável) – evitar interferências nas técnicas; determinação


somente de radionuclídeos na solução

Acidificação (HNO3) para evitar aderências ao recipiente e precipitações (depois de


filtrar para evitar solubilizar material aderido ao sedimento)

Amostrar maiores volumes e concentrar (evaporação) quando a concentração do


radionuclídeo for baixa.
SEDIMENTO

Igual ao da água, em rios ou lagos volumosos o ideal é tirar


várias sub-amostras para formar uma amostra composta.
(no caso de cursos d’água, na largura da seção transversal)

Geralmente quando se considera adequado pegar somente uma amostra, é aconse-


lhável coletar debaixo da água o mais profundo possível (material mais fino, maior
sedimentação, mais “historia”).

RN Emissores gama (Rad. Externa) – nas margens

Quantidade: cuidado com a heterogeneidade: muita matéria orgânica e/ou muito


líquido vai necessitar amostras maiores.

Nas margens dos rios ou riachos pode-se amostrar diretamente com uma pá
(descartável ou não), com cabo longo...

... Para aqueles debaixo da superfície da água, usam-se amostradores especiais


que evitam a lavagem do material (+ bote)
SOLO

Pontos de amostragem coincidentes com amostragem de ar


(o mesmo para sedimentos) para acumulação a longo prazo – Frequência anual

Screening αβ tendência
Alta heterogeneidade – amostras compostas (< quantidade de sub-amostras para
acompanhamento que para caracterização)

Equipamentos: superficial ou em profundidade (mantém estrutura) –


conforme o objetivo

PRÉ-TRATAMENTO (Sedimento / solo)


Retirar elementos estranhos à matriz que não tenham sido retirados no
momento da amostragem (pedras, matéria orgânica em decomposição,
restos vegetais, etc)
Secar em estufa a 105 C até atingir estabilidade de peso (aprox. 72 hs)

Peneiramento: 2 mm; menor caso o método analítico exija

Homogeneização e quarteamento Alíquotas p/ variabilidade técnica analítica


ALIMENTOS (produtos agropecuários)

Amostrados na zona de influência da instalação


(preferencialmente na direção predominante dos ventos e até aprox. 15 km)

Permite calcular a dose por ingestão, validar modelos e em emergências;


em geral, para vigilância ambiental bastam as matrizes primárias.

 Vegetais: verduras (raíz, folha, outras), frutas e grãos (consumo humano)

Epocas de colheita
Carnes:
Grande vía para contaminação por ingestão: ar  pasto  grama  animal 
carne.
Amostragem para calcular dose ou validar modelos de transferência, etc

 Leite: vía similar a carne, mas consumida por grupos mais sensíveis e
particularmente para seguimento de Iodos.

Conservação até análise: refrigeração, congelado ou preservantes


PRÉ-TRATAMENTO DE ALIMENTOS

Em geral possuem alto conteúdo de umidade  volumes importantes de


amostra devem ser coletados para obter valores detetáveis (14 kg vegetais
/ 16 L leite).

Para cálculos de dose deve-se eliminar partes não consumíveis.

Calcinação (até 450 C para RN voláteis), convém antes secar em


temperaturas mais baixas.
Evitar suspensão de partículas em fornos/estufas (contaminação cruzada).

Homogeneização de cinzas e quarteamento (quando sobra amostra


calcinada).

Pastilhas para geometria calibrada em mediçõa gama.


PRÉ-TRATAMENTO DE ALIMENTOS
OBRIGADO PELA PACIÊNCIA !!!

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