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FALANDO SOBRE…

BLOCKCHAIN E OS ERP
Algumas vozes estão gritando por aí: “Blockchain vai mudar tudo!!!” Sim, esse
conceito vai gerar mudanças incríveis em várias atividades, mas tudo?!?!?! Não,
isso não vai acontecer.

A sociedade e o mundo dos negócios passam constantemente por ondas de


transformações geradas por um ou mais conceitos, adaptações, técnicas e/ou
tecnologias que, quando encontram um terreno fértil, prosperam e muitas das
verdades conhecidas e praticadas caem por terra.

Os impactos que as ferrovias e os telégrafos geraram quando aparecerem foram


fantásticos; os computadores, e toda a sua evolução, mudaram o mundo; a internet
e os smartphones criaram um universo alternativo altamente dinâmico; e, hoje em
dia, vemos a Indústria 4.0 começando a ter impactos de maior escala, a Internet das
Coisas (IoT) alocada nas nossas casas e até no que vestimos, modelos de negócio
baseados em plataforma destruindo modelos antigos, inúmeras aplicações de
Inteligência Artificial coexistindo conosco… tudo ao mesmo tempo… aqui, agora.

Blockchain é mais um elemento neste contexto, mas é um elemento, que quando


combinado com todos os outros, realmente faz tremer muitas das estruturas
enraizadas que conhecemos, inclusive impactando o mundo dos ERP. Vamos falar
sobre isso!!!

Antes, Precisamos Falar Um Pouco Sobre o Que É Blockchain

Não tenho a pretensão, neste momento, de detalhar todo o funcionamento e as


tecnologias embarcadas no conceito de Blockchain, o foco deste artigo é trabalhar
as suas aplicações e implicações no mundo dos ERP. Tem muito material bem
completo publicado na internet que poderá te guiar numa pesquisa mais
aprofundada. O que cabe, neste momento, é uma visão sucinta que possa fazer
com que você entenda as linhas gerais envolvidas.

O que é o Blockchain? É um conceito que modela uma estrutura distribuída de


informações, que tem como objetivo assegurar, com alto grau de confiabilidade,
numa velocidade razoável, a veracidade de uma informação gerada e trabalhada
dentro desta estrutura.

A base de trabalho é a seguinte:


Suportado por um sistema de trabalho distribuído P2P (Peer-to-Peer), sem um
ponto concentrador, uma série de pessoas/empresas disponibilizam seus

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computadores para processar e armazenar informações dentro de um protocolo
padrão de comunicação. Essas pessoas são chamadas de Mineradores.

Cada informação (que pode ser um texto, tabela, imagem, som, etc.) é colocada
inicialmente num bloco (chamado de bloco gênese), que é criptografada, gerando
uma chave nomeada como hash. Neste bloco também tem uma numeração e um
outro número de controle chamado nonce. Todos eles impactam no cálculo de
formação do hash.

Essa criação do bloco foi registrada num Livro de Registros Distribuídos, que é
chamado de ledger, e tanto o ledger, quanto o bloco gênese, vão ficar fisicamente
guardados, de forma distribuída, em todos os computadores dos Mineradores.

Um agente associado a rede distribuída, que seja proprietário da informação ou


tenha autoridade para usá-la, vai fazer uma transação com este bloco, por exemplo:
essa informação pode ser um certificado de propriedade de uma obra de arte, e a
transação feita foi de transferência da propriedade de uma pessoa para outra.

Com isso, um novo bloco associado ao bloco gênese foi criado, com informações
específicas (nonce, número do bloco, hash e a transação). Os Mineradores têm
como função descobrir qual foi o nonce gerado no processo e validar a transação e
o bloco anterior (até o bloco gênese). Qualquer alteração inadequada em algum
bloco faz com que seja praticamente inviável conseguir validar.

O Minerador que consegue processar primeiro a validação recebe uma recompensa


(financeira ou não financeira) e todos os demais Mineradores confirmam se
realmente a transação está correta. Com a confirmação da maioria (ou de um
percentual definido), a transação é processada em toda a rede distribuída. Caso não
seja validada pela rede, a operação é descartada.

Todos os blocos válidos e o ledger atualizado ficam nas máquinas de todos os


Mineradores. Uma nova transação é feita com base neste bloco e tudo se repete.

Tipos de Blockchain:
a) Público: todas as transações são públicas, mas os usuários podem permanecer
anônimos. Qualquer pessoa que tiver meios de acesso poderá participar do
processo (como por exemplo, comprar e vender uma moeda virtual).
b) Privado: uma corporação dita quem pode participar e quais serão as regras de
permissões. Esse modelo é interessante para operações B2B.
c) Consórcio: Com a mesma visão do Privado, sendo que aqui a gestão é feita por
um grupo de empresas, e as decisões são tomadas de forma colegiada e/ou
direcionadas por regras específicas.
d) Semiprivado: tem uma corporação a frente, ditando as regras, mas permite que
pessoas/empresas externas participem.

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Smart Contract (Contrato Inteligente):
É um conceito associado ao Blockchain que tem como objetivo garantir que ocorra,
de forma auto executável, uma série de regras associadas a um contrato
estabelecido.
Diferente dos contratos impressos, os mesmos ocorrem em operações transacionais
dentro de sistemas, onde obrigações e penalidades são definidas e controladas.
Isso é importante para fazer negócios entre partes que tenham riscos de não
cumprimento de algum requisito. “Confiança sem confiar”.
Além disso, os smart contracts podem tomar informações de outros processos. Em
situações com a necessidade de comprovação em ambiente físico existe o papel do
Oracle. Exemplo: no caso de um falecimento, o Oracle coloca dentro do sistema as
informações sobre o óbito de uma pessoa para executar um smart contract de
testamento dela.
Outro recurso interessante é a possibilidade de deixar caucionado moedas
eletrônicas associados ao smart contract, onde, caso as regras sejam quebradas,
esse dinheiro é diretamente transferido para o participante prejudicado.

Softwares Para Blockchain: até o momento, mais de 40 plataformas diferentes de


Blockchain já foram produzidas, entretanto dois modelos abertos de trabalho estão
se posicionando como os padrões de mercado: Hyperledger e Ethereum. Ambas
são operantes, mas ainda estão num estágio relativamente inicial de maturidade.

Com base no que foi descrito acima, vemos que a utilização do Blockchain pode
trazer quatro principais benefícios, que são:
=> Economia de tempo: operações com alto índice de confiabilidade muitas vezes
demoram de dias a meses, e aqui estamos falando de segundos/minutos.
=> Corte de custos: às transações de alta confiabilidade costumam ter custos
muito elevados, e aqui podemos ver custos bem menores.
=> Redução dos riscos: no momento, trabalhar com Blockchain tem alguns riscos
oriundos da maturidade das tecnologias embarcadas, mas, em essência, os tipos de
riscos e as probabilidades que eles ocorram nas operações são muito menores que
nas operações tradicionais que vemos.
=> Aumento da confiabilidade nas transações: esse é o ponto forte do
Blockchain, e que, em essência, o torna extremamente atrativo. A princípio, não tem
como manipular informações.

E os ERP Nesta História?

Para conseguir ter um pouco mais de clareza, vamos trabalhar dois grupos de
análise: os segmentos e modelos de negócio afetados pelo Blockchain e os pontos
operativos e técnicos associados aos Blockchains e aos ERP.

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Os Segmentos e Modelos de Negócio Mais Afetados Pelo Blockchain

Existem inúmeros segmentos de negócio que são e serão amplamente afetados


pelos Blockchain, onde destaco:

01) Criptomoedas: No momento, temos mais de 1.400 criptomoedas diferentes no


mercado. As principais criptomoedas são negócios específicos, mas algumas foram
feitas e gerenciadas por empresas e outras representam segmentos específicos de
negócio. As criptomoedas são totalmente suportadas pelo Blockchain, na realidade
elas só passaram a existir porque o Blockchain passou a ser técnico e
economicamente viável, mas como qualquer negócio, as empresas de criptomoedas
também precisam ter um controle das operações, e aí entra os ERP com APIs de
integrações e análises específicas.

02) Cartórios: caso eles ainda existam nesta nova realidade, eles vão precisar se
reinventar, e muito, e de forma rápida, e os seus ERP verticalizados também. A
principal função dos cartórios é fazer registros e garantir a veracidade das
informações... tudo que o Blockchain faz, só que ele faz com mais segurança, mais
rápido e mais barato.

03) Área Jurídica: desde escritórios de advocacia, passando por fóruns e trâmites
judiciais, todos vão ter os seus processos repensados sob a luz do Blockchain. Esta
é uma área que depende, em muito, da veracidade das informações. Já de início,
todas as documentações dos processos poderiam utilizar Blockchain como meio de
uso controlado.

04) Área Financeira: é a área que está mais à frente da transformação com o
Blockchain. Todos os seus processos principais são auditáveis e com grandes
impactos legais, onde destaco as transações financeiras internacionais, que são
complexas, lentas, caras e existem muitos riscos embarcados em tudo isso. É aqui,
inclusive nos ERP verticalizados, que o uso dos Blockchain vai crescer de forma
assustadora.

05) Importação/Exportação: é um segmento que também depende, em muito que


tudo ocorra de forma rápida e com confiabilidade. Alguns pontos mais operacionais,
como as documentações de embarque, as informações aduaneiras e até o ciclo
financeiro devem ser transformados primeiro.

06) Área Médica: todos os tipos de participantes dessa cadeia de valor vão precisar
se transformar com o uso de Blockchain, onde destaco as ações relacionadas aos
prontuários eletrônicos, compartilhamentos de históricos médicos e consolidação e
tráfego seguro de informações de exames. Acredito que até mesmo as pessoas que
ocupam essa área e conhecem sobre Blockchain tem dificuldades em imaginar
todas as possibilidades por aqui.

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07) Agronegócio: esse segmento tem muita dificuldade em realizar a
rastreabilidade direta e reversa dos seus produtos. Eles têm necessidades legais e
operacionais para isso e muitos riscos e improdutividade na sua execução. Os
Blockchains vão conseguir resolver esse problema de forma economicamente
viável.

08) Negócios com Propriedade Intelectual: música, livros, softwares, artes, e tudo
mais que você possa imaginar nesta linha pode, deve, será e já está sendo
impactado pelo uso dos Blockchains nas suas operações. O simples controle da
propriedade associados a smart contracts já vai ter um grande impacto nos
processos comerciais e financeiros envolvidos.

09) Logística: cadeias inteiras de abastecimentos, com grandes necessidades de


integrar informações operacionais, cadastrais e fiscais confiáveis entre as empresas
participantes são a realidade da área de Logística. Solução: usar o Blockchain com
sabedoria.

10) Bolsas de Valores: essa área já está dando os seus primeiros sinais que vai
utilizar largamente as suas operações com Blockchain… as próprias ações das
empresas e todo o ciclo de compra e venda podem (e devem) usar esta ferramenta.

11) Governos: essa é uma área que vai ser amplamente beneficiada com o uso dos
Blockchains. Identidades Digitais, Documentos Digitais, Eleições, Pesquisas,
Atendimento à População, etc. Tudo isso ocorrendo de forma validada. Os ERP
Verticalizados dessa área vão precisar passar por uma grande transformação.

12) Modelos de Plataforma: este modelo de negócio está devastando as empresas


tradicionais de hoje em dia. Uber e Airbnb são grandes exemplos do que estou
falando. Blockchain, com a sua operacionalidade descentralizada em P2P, pode
criar um modelo chamado DAO (Decentralized Autonomous Organization). Uma
DAO é uma combinação de código de computador, uma cadeia de blocos, smart
contracts e pessoas. Casos de serviços de transporte e venda de imóveis já foram
testados em DAO. Acredito que esse modelo pode ter algum espaço no curto/médio
prazo, mas qualquer coisa que eu vá falar aqui é um grande exercício de futurologia
sem grandes premissas de apoio.

Pontos Operativos e Técnicos Associados aos Blockchains e aos


ERP

01) Smart Contracts… as vezes não são tão “smart” e nem tão “contracts”
O grau de “inteligência” que um smart contract tem, está plenamente relacionado
com os processos e as regras de negócio embarcadas nele. Como em todo
contrato, tem momentos que precisamos fazer mudanças ou aditivos que são

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significativos. Como fazer isso nos smart contracts de forma prática e sem acabar
com a integridade das informações das atividades já desenvolvidas?
Outro ponto relevante é: quando um smart contract realmente representa um
relacionamento contratual, qual é o posicionamento jurídico da validade legal desse
tipo de contrato? Mesmo não tendo um documento formalizado, os smart contracts
(que ocorrem em operações dentro e/ou entre sistemas) podem ser
operacionalmente contratos ou parte de contratos, com ações, inclusive financeiras,
sendo feitas. Isso certamente precisa ter leis e/ou jurisprudências específicas que os
apoie.

02) Senhas X Assinatura Eletrônica X Blockchain


Vejo como uma tendência natural termos várias possibilidades de utilizar recursos
que garantam a identificação de quem está operando o ERP, ou em qualquer
elemento do seu ecossistema. As Assinaturas Eletrônicas foram criadas para ser
mais uma camada de segurança em operações críticas, mas elas, mesmo com os
bons recursos atuais que temos, ainda tem um grau razoável de riscos de
segurança.
Os Blockchain são uma solução muito interessante para diminuir ainda mais esses
riscos. Seja por tokens ou por ações diretas de assinaturas (tem muitas
possibilidades técnicas que os especialistas no assunto podem ficar por dias
conversando conosco sobre isso), os fornecedores de ERP já devem se mexer para
implementar uma solução baseada em Blockchain. O momento é agora.

03) Para muitas coisas o modelo transacional do ERP é o ideal


Entrada de materiais, alocação de pessoal em Ordens de Produção, planejamento
das Ordens de Serviços e todas as demais ações transacionais do dia a dia são
muito bem atendidas pelo modelo transacional tradicional que os ERP tem.
Blockchain é seguro, mas será que o grau de segurança em um ambiente fechado e
controlado que é o ERP de uma empresa tem já não fornece a segurança
necessária em muitas das atividades?
Comparado ao modelo transacional dos ERP, Blockchain é lento e muito caro.

04) Ponto Crítico: Rede de Mineradores


A formação da rede de Mineradores é uma das atividades das mais importantes
para a implantação do Blockchain. Uma rede grande diminui a probabilidade dos
ataques de segurança terem êxito, visto que seria necessário infectar/controlar um
número significativo de máquinas específicas para conseguir quebrar a segurança
sistêmica do processo.
Outro ponto relevante é ter volume transacional atrativo para os Mineradores,
oferecendo boas recompensas financeiras ou não financeiras. Exemplo: um
fornecedor de drive virtual que implantou o Blockchain na sua estrutura de senhas,
ofereceu como recompensa aos Mineradores espaço no próprio drive virtual dele. Já
fornecedores em geral, valores em moedas ou criptomoedas será o padrão.
No mercado corporativo em geral veremos empresas especializadas na captação e

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manutenção de redes de Mineradores.

05) Custo operacional total do Blockchain


Olhando o lado da empresa usuária do Blockchain, além das recompensas para os
Mineradores, o tempo transacional envolvido, que é bem maior que nas transações
com o ERP, também impacta negativamente na análise financeira total.
Aplique o Blockchain naquilo que realmente é importante e financeiramente viável.

06) Uso de Blockchain nas interações externas críticas


Em vários processos e subprocessos das empresas, atividades com acionistas,
clientes e fornecedores acontecem com um certo grau de agilidade e de criticidade.
Atendimento ao Cidadão, Compra de Produtos/Serviços, Contratos de Projetos
Vendidos, Atendimento ao Cliente, Entrada de Sinistros de Acidentes de Carro, etc.
Todos eles são fortes candidatos a terem as suas informações validadas por
Blockchain durante o processo.

07) Uso de Blockchain nas informações sensíveis da empresa


Dentro das empresas, as informações sensíveis como: formulação de produtos,
aprovações de processos não conformes, aprovações de compras/pagamentos
vultosos, ciclo de formatação de conteúdos (nas empresas de comunicação ou de
propaganda), relatórios de auditorias e pareceres técnicos, tabelas de preços etc. Já
podem (e devem) ter as suas validações por Blockchain.

08) Modelagem de processos com Blockchain


Olhando o ecossistema dos ERP e todos os recursos possíveis, implementar
Blockchain tem que ser componentizado e trabalhado de forma comum. Com a
maturidade dos Blockchains isso vai acontecer (já temos as primeiras notícias de
que isso já está acontecendo), o que você, fornecedor de ERP, precisa definir é
quando você vai colocar este recurso no seu sistema.
Como fazer isso?
Desconsiderando a rede de Mineradores, que, deve ter um modelo de negócio
próprio para a captação e implantação, colocar recursos de Blockchain em
processos dentro de sistemas, deve ser otimizado para trabalhar com:
=> Ferramentas de BPMS: podendo ser trabalhado como um recurso dentro dos
elementos das notações ou ter um ou mais elementos específicos.
=> Ferramentas CASE / frameworks de programação / camadas de
programação: Incorporar nas ferramentas de programação componentes
específicos.
=> Componentes adquiridos: comprados em mercados de componentes e
colocados dentro dos sistemas.
=> Serviços incorporados: uma atividade ou evento ativa a realização de um
serviço externo de validação das informações, retornando os resultados.
As opções precisam ser construídas e maturadas. O melhor caminho ainda precisa
ser descoberto.

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09) Gestão de ativos com Blockchain
Veículos, máquinas e até obras de arte, todos os ativos relevantes podem ter a sua
gestão melhorada com o uso de Blockchain para assegurar as suas identificações e
com isso controlar melhor as suas localizações e até os seus usos.

10) A maturidade do Blockchain (e dos seus ecossistemas) pode ser um


problema significativo no curto/médio prazo
Estamos no início da maturidade de formatação e de uso do Blockchain nos
negócios e vemos que as principais plataformas ainda estão tendo falhas estruturais
e bugs, bem como ainda estão operando com velocidades baixas e com redes de
Mineradores relativamente pequenas… tudo precisa maturar ainda, e certamente
vai demorar alguns anos para isso acontecer.
Enquanto isso, vamos ver o que sempre aconteceu com as tecnologias disruptivas
ou altamente incrementais: o Blockchain será aplicado gradativamente nos
principais pontos de ganhos e depois vai crescer o seu uso de forma exponencial.

Blockchain está sendo chamado da “Internet de Valor”, sim, ele merece esse título,
porque valida e entrega valores no decorrer dos processos.

No artigo eu foquei em algumas aplicações do Blockchain com os ERP e os seus


ecossistemas, mas ele vai muito além disso, com grandes possibilidades de
impactos na esfera social e governamental, no relacionamento de países e até na
visão econômica, com a viabilização da criação de criptomoedas, por exemplo.

Para mim, Blockchain é uma solução em busca de problemas, e no mundo dos ERP
ele vai achar vários problemas para atuar.

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