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Formador Ricardo Amadeu

2023

INSPECÇÃO DE ACESSÓRIOS DE
ELEVAÇÃO, TRABALHOS EM ALTURA,
ESCADAS E ESCADOTES

1- Introdução:

A indústria moderna está cada vez mais dependente de movimentos rápidos e eficientes de
todo o tipo de materiais inerentes aos locais de produção, distribuição e armazenagem.

Por esse motivo, são, na maior parte das situações, utilizadas máquinas e equipamentos,
recorrendo-se, cada vez menos à movimentação manual de cargas, trabalhos em altura e
escadas e escadotes que, não só é mais morosa como provoca fadiga e esforço aos
trabalhadores.

Estes equipamentos, são dotados de acessórios que permitem a sua adaptação aos
diferentes tipos de trabalho e carga, conforme necessidade das empresas.

Para garantir o seu correcto funcionamento e evitar a ocorrência de acidentes e/ou incidentes
que tantos custos acarretam para a empresa, bem como para cumprimento da cada vez mais
exigente legislação sobre segurança no trabalho, deve ser feita uma inspecção frequente aos
seus componentes, nomeadamente às correntes de carga, cintas e laços, arnês, escadotes
etc.

Este trabalho aborda, precisamente, esta questão.

2- Objectivos

 Alertar para as situações de desgaste, permitindo a substituição/reparação


atempada dos componentes afectados.
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3- Correntes e suas características


Os materiais indicados para elevação de cargas são o aço e o inox, este último obrigatório na
indústria alimentar. Como o inox é muito dispendioso, o mais usual são as correntes de aço.
As correntes de aço têm uma capacidade de carga mais elevada do que as de inox.
Cargas máximas de utilização em Kgs

Exemplos de aplicação de lingas de corrente:

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4- Cintas e suas características

Bag Sling Anel

Os materiais aprovados são poliéster (PES), poliamida (PA) e polipropileno (PP). De salientar
que estas matérias têm propriedades mecânicas e químicas bastante diferentes. Em caso de
dúvidas consulte seu fornecedor.

Para cada capacidade nominal de carga de trabalho existe uma cor de reconhecimento de
capacidade:

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As costuras das cintas devem ser feitas com fios do mesmo material usado na fabricação da
cinta, não se podendo misturar, por ex, polipropileno e poliamida.

Os olhais dobrados e costurados devem ser reforçados, devendo-se utilizar o mesmo material
da cinta, ou couro.

5- Cabos de Aço e suas características


Composição

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Acabamentos
- Polido : Arames em protecção superficial. Envoltos em lubrificante especial.
- Galvanizado: Arames com camada de zinco. Arames refilados.
- Inoxidável: Arames em aço inoxidável, sem protecção superficial.

Alma
- Alma de fibra: maior flexibilidade; menor resistência a amassadelas; temperatura
máxima de uso 82.C

- Alma de aço: menor flexibilidade; maior resistência a amassadelas; temperaturas


acima dos 82.C.

Torções

Medição
Medição de diâmetro
- Dois pontos distanciados, no mínimo 30 vezes o diâmetro do cabo.
- Apoiar a aba do paquímetro na crista da perna
-Evitar medir próximo das extremidades

O diâmetro de um cabo, pode ser dividido em 2 tipos:

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- Nominal: Considerado o nome do cabo. Utilizado na identificação e cálculo da categoria


teórica.
- Real e Prático: O obtido com ajuda de instrumento de medição.
Dificilmente estes diâmetros serão idênticos, admitindo-se uma variação de -1% a 5% no
diâmetro nominal.

Tabela de Carga de ruptura e peso

6- Laços e suas características


Tipos de Laços

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Tabela de cargas

Sapatilha

7- Armazenamento correcto
Os acessórios de elevação devem ser limpos e secos antes de armazenados.
Devem ficar suspensos em local seco, uma vez que a humidade provoca a sua deterioração.

8- Etiquetas e chapas de características

O fabricante deve emitir, para cada cabo, um certificado que contenha, pelo menos,
as seguintes indicações:

a) Indicações obrigatórias:
- Nome e morada do fabricante ou do seu representante estabelecido na União
Europeia;
- Diâmetro nominal do cabo,
- Comprimento do cabo fornecido,
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- Massa média por metro linear,


- Modo e sentido de formação do cabo (enrolamento dos fios à direita ou à esquerda,
preformado ou não, cruzado ou «Lang», ...),
- Passo de cablagem,
- Construção (composição do cabo, natureza e comprimento da alma do cabo,
número de cordões, número de fios); juntar o esquema cotado da secção,
- Características do aço (classes ou qualidades);
- A tensão nominal de rotura à tracção do arame,
- A resistência prática mais baixa à rotura sob tracção do cabo,
- A tensão mínima prática de rotura à tracção do cabo,
- Pormenores sobre a natureza da protecção contra a corrosão interna e externa (no
caso de zincagem, deve ser indicada a qualidade da zincagem),
- Certificação de que a cabo é feito de uma só peça e que as suas características são
constantes ao longo de todo o comprimento,
- Pormenores sobre a natureza e métodos dos ensaios de tracção, torção, flexão,
bem como os seus resultados,
- Limites de temperatura de utilização do cabo,
- Instruções de manutenção e inspecção.

b) Indicação eventual
- Se o cabo é fabricado de acordo com uma norma nacional ou internacional, indicar
essa norma.

Quanto às correntes em varão redondo, deve ser emitido, para cada corrente, um
certificado que contenha, pelo menos, as seguintes indicações:

a) Indicações obrigatórias:
- O nome e morada do fabricante ou do seu representante estabelecido na União
Europeia,
- Características da corrente (comprimento e largura nominais do elo, tolerâncias
máximas, diâmetro do fio, corrente calibrada ou não); juntar um esquema cotado de
dois elos, pelo menos,
- Comprimento da corrente fornecida,
- Massa média por metro linear,
- Método de ligação dos elos (por forjagem ou soldadura eléctrica),
- Valor da carga de ensaio aplicada à totalidade da corrente após tratamento térmico,
- Tensão de rotura efectiva, mínima, à tracção da corrente, à temperatura normal,
- Tensão de rotura efectiva mínima à tracção da corrente à temperatura de utilização,
- Alongamento proporcional de rotura à tracção,
- Características do material da corrente (por exemplo, classe ou qualidade),

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- Tipo de tratamento térmico aplicado e, se necessário, a aplicar ulteriormente pelo


fabricante ou por uma empresa especializada,
- Pormenores sobre a natureza e os métodos dos ensaios de tracção e seus
resultados,
- Limites de temperatura de utilização da corrente,
- Instruções de manutenção e de inspecção;

b) Indicações eventuais:
- Se a corrente é fabricada de acordo com uma norma nacional ou internacional,
indicar essa norma,
- A indicação “para qualquer tratamento térmico, consultar o fabricante ou e seu
representante”, se se tratar de uma corrente que tenha sido submetida a um
tratamento térmico especial.
Um elo em cada vinte, pelo menos, ou um elo em cada metro, optando pelo menor
destes dois intervalos, deve possuir, de forma legível e indelével, uma marca de
qualidade de acordo com uma norma nacional ou internacional.

Deve ser emitido, para cada lote de ganchos ou, a pedido do utilizador, para cada
gancho, um certificado que contenha, pelo menos, as seguintes indicações:

a) Indicações obrigatórias:
- Nome e morada do fabricante ou de seu representante estabelecido na Comunidade
Económica Europeia,
- Tipo de gancho,
- Características dimensionais
- Referências de identificação, se se tratar de um gancho que obedeça a normas
nacionais ou internacionais,
- Se o gancho não é fabricado de acordo com uma norma nacional ou internacional;
- A carga que provoca uma abertura suficiente para a libertação dessa carga ou a
carga de rotura (o fabricante deve precisar se se trata da abertura do gancho ou de
rotura),
- A carga máxima que não provoca uma deformação permanente,
- As características do aço (classe ou qualidade),
- O tipo de tratamento térmico aplicado e, se necessário, a aplicar posteriormente pelo
fabricante ou por uma empresa especializada,
- Pormenores sobre a natureza e os métodos dos ensaios de tracção e seus
resultados,
- Limites de temperatura de utilização dos ganchos,
- Instruções de manutenção e de inspecção;

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b) Indicação eventual:
- A indicação “para qualquer tratamento térmico, consultar o fabricante ou o seu
representante”, se se tratar de ganchos que tenham sido submetidos a um tratamento
térmico especial.
Os ganchos devem possuir, de forma legível e indelével, uma marca de qualidade de
acordo com una norma nacional ou internacional.

9- Recomendações de Inspecção

As inspecções nos acessórios de elevação visam identificar situações de danos que possam
comprometer a segurança no seu uso. Devem abranger todas as partes do equipamento em
contacto directo.
Podemos dividi-las em:
- Inspecção frequente: análise visual feita pelo operador do equipamento, pessoa responsável
e devidamente habilitada. Visa detectar os danos mais comuns, como dobras, amassadelas,
pernas e arames rompidos, grau de corrosão, redução de diâmetro, entre outros.
- Inspecção periódica: análise detalhada das condições dos vários acessórios. Deve ser feita
por pessoa habilitada com frequência específica considerando factores como vida útil,
agressividade do ambiente, frequência de utilização e frelação entre a capacidade do
equipamento e a carga usual.

 Cabos:
* Os cabos devem ser inspeccionados visualmente antes de cada utilização.
* Uma inspecção completa deve também ser realizada periodicamente, e a sua frequência
deve estar baseada nos seguintes aspectos:

a) frequência do uso dos cabos;


b) severidade das condições de trabalho;
c) tipo de movimentação de carga que está a ser feita;
d) experiência anterior com o tempo de vida útil de outros cabos
usados em serviços similares.

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* Critérios para substituição: não existem regras fixas para a determinação do momento
exacto da substituição de um cabo em uso, uma vez que diversos factores estão envolvidos.
A segurança nestes casos depende de uma boa avaliação feita por pessoa capacitada, no
sentido de se determinar a resistência remanescente de um cabo que tenha sofrido algum
tipo de desgaste ou deterioração.
O factor de segurança de um cabo depende exclusivamente desta resistência remanescente.

* Estão indicadas a seguir algumas condições que são suficientes para comprometer a
segurança de um cabo e portanto, devem ser consideradas para sua substituição.

a) 10 (dez) arames rompidos distribuídos aleatoriamente em 1 (um) passo


do cabo de aço ou 5 (cinco) arames rompidos numa mesma perna
dentro de 1 (um) passo do cabo de aço; O rompimento pode ocorrer no topo ou
no vale formados pela posição das pernas. Os rompimentos do vale merecem
especial atenção, pois podem indiciar que em locais não visiveis, existem outros.

b) desgaste igual ou superior a 1/3 do diâmetro dos arames externos da


perna do cabo de aço ou redução do diâmetro nominal superior a 5%;

c) dobras, amassadelas, gaiolas de passarinho ou qualquer outro tipo


de dano que tenha resultado na distorção da estrutura do cabo de aço;

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d) evidência de danos por alta temperatura, sendo os mais comuns o aspecto do


lubrificante (borra) e a alteração de cor dos arames na região afectada;
e) terminais e acessórios que estejam trincados, deformados ou desgastados;
f) ganchos que tenham sofrido deformação maior do que 15% da sua
abertura normal ou tenham sofrido uma rotação maior do que 10 graus
do seu plano original;
g) corrosão no cabo de aço ou em seus acessórios.

 Laços
A inspecção visual, deve ser feita antes de cada utilização e de acordo com o
estipulado para os cabos de aço;
A inspecção completa, deve ser feita por pessoa qualificada, para que sejam
detectadas anomalias, como: arames rompidos, cabo torcido, desgaste excessivo,
corrosão, danos por altas temperaturas, presilhas soltas.
Os laços devem ser substituidos quando se verificar alguma das seguintes situações:
a) Arames rompidos: Podem causar ferimentos ao utilizador. Ocorrem por danos
mecânicos e/ou corrosão.

b) Deformação do cabo: Deve ser substituido o laço quando se verificar dobra


significativa, amassadela e colapso da alma.
c) Redução do diâmetro superior a 10% em relação ao seu diâmetro nominal;
d) Corrosão: esta pode ocorrer por armazenamento em locais inadequados ou por
utilização em meios corrosivos. O efeito da corrosão identifica-se com perda de
flexibilidade e aumento da rugosidade, ou perda de lubrificação;
e) Danos por calor: Quando exposto a temperatura excessiva, durante demasiado
tempo, o laço pode ter a sua resistência reduzida. Detecta-se por descoloração
ou perda de lubrificação.

A lubrificação do cabo de aço é muito importante, pois protege contra a corrosão e o


desgaste interno provocado pelo atrito do movimento relativo dos arames e das
pernas, e do contacto do cabo de aço nas partes do equipamento.
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Nunca se deve utilizar óleo queimado, pois contém partículas sólidas em suspensão
que aceleram o processo de desgaste por aumento de atrito, além de serem ácidos e
provocarem oxidação.
Não se deve utilizar solventes para limpeza pois podem deteriorar a alma de fibra.

 Correntes
As correntes, deverão ser inspeccionadas anualmente e, dependendo do uso, de 6
em 6 meses.

Descrição Dimensão Tolerância Máxima


Corrente dm -10%
e anéis 1 +5%
k +5%
Ganchos deh -10%
p +10%
k +5%
Conectador
d -10%
a +5%
Manilhas
bed -10%

* Estão indicadas a seguir algumas condições que são suficientes para comprometer a
segurança das lingas de corrente e, portanto, devem ser consideradas para sua substituição:
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a) Dobras nos elos ou trincas e entalhes;

b) Elos de Sustentação, Ganchos deformados ou quaisquer acessórios que


apresentem sinais de danos;

c) Correntes e componentes que apresentem desgaste superior a 10% da sua


dimensão original, através da seguinte fórmula;

d) Quanto ao alongamento, a medida externa do elo exceder em 3% o seu passo


original, o que corresponde a 5% do passo interno do elo.

Medidas referentes ao alongamento Medidas referentes ao desgaste

Desgaste admissível Influência das temperaturas

Uso Incorrecto

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 Cintas

- Qualquer dano evidente na capa indica que há dano em


potencial ao núcleo da cinta, comprometendo a sustentação da
carga. Cortes transversais ou longitudinais na capa, ou qualquer
dano na costura também comprometem a integridade do núcleo.

- Um desgaste localizado, que é diferente do desgaste geral,


pode ter sido causado por cantos afiados enquanto a cinta estava sob
tensão, podendo causar graves acidentes.

- Em uso normal poderá ocorrer algum aquecimento por atrito


na capa do Laço Redondo. Desgaste excessivo pode gerar
acidente.

- Um nó no laço redondo reduz a capacidade de carga de 25 a


100%. Laços redondos nunca devem ser atados ou torcidos

- Cortes transversais ou longitudinais na capa e também danos


nas fibras internas do Laço Redondo podem causar ruptura da
cinta.

- Cortes transversais ou longitudinais e cortes ou danos nas


margens das cintas com olhal.

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- Ataques químicos resultam em enfraquecimento do material.


Isso é indicado por escamas na superfície da capa ou da fita.
Ataque químico à capa / fita pode causar graves acidentes.

- Cortes transversais ou longitudinais na capa e também danos


nas fibras internas do Laço Redondo podem causar ruptura da
cinta.

- Uma cinta que não esteja identificada nunca deverá ser utilizada. A
etiqueta e a identificação devem estar legíveis.

- Acessórios que sejam muito grandes para a cinta, deixando um


ângulo de abertura muito grande, podem destruir a cinta. Deve ser
retirada de serviço e/ou contactado o fornecedor para orientação.

- Danos por calor e fricção são indicados pelas fibras do material


assumindo uma aparência vidrada e, em casos extremos, pode
ocorrer fusão das fibras, indicando um enfraquecimento ou ruptura
do núcleo.

10- Regulamentação da utilização de equipamentos destinados à execução de trabalhos


em altura – (Diploma Legal emanado pelo Governo) DL 50/2005, de 25/02

10.1- Obrigações do Empregador.


a) Assegurar que os equipamentos de trabalho são adequados ou convenientemente
adaptados ao trabalho a efectuar e garantem a segurança e saúde dos trabalhadores durante
a sua utilização;

b) Atender, na escolha dos equipamentos, às condições e características específicas do


trabalho, aos riscos existentes para a segurança e saúde dos trabalhadores, bem como dos
novos riscos resultantes da sua utilização;

c) Tomar em consideração os postos de trabalho e a posição dos trabalhadores durante a


utilização dos equipamentos de trabalho, bem como os princípios ergonómicos;

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d) Caso estas medidas não permitam assegurar a segurança ou a saúde dos trabalhadores,
tomar as medidas adequadas a minimizar os riscos;

e) Assegurar a manutenção adequada dos equipamentos de trabalho durante o seu período


de utilização, de modo que não provoquem riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores e respeitem os seguintes requisitos mínimos de segurança:

e1) Sistemas de Comando


Devem ser claramente visíveis e identificáveis;
Devem ser colocados fora das zonas perigosas e de modo que o seu accionamento
não intencional não possa ocasionar riscos suplementares;
O operador deve ter, do posto de comando principal, visibilidade suficiente que lhe
permita certificar-se da ausência de pessoas nas zonas perigosas. Se tal não for
possível, deve o arranque ser automaticamente precedido de aviso seguro, sonoro
ou visual, com lapso de tempo suficiente para que o trabalhador exposto possa sair
imediatamente daquela zona;
Os sistemas de comando devem ser seguros e escolhidos tendo em conta as falhas,
perturbações e limitações previsíveis na utilização para que foram projectados.

e2) Arranque do equipamento


Os equipamentos de trabalho devem estar providos de um sistema de comando que
exija uma acção voluntária para ser postos em funcionamento, arrancar após
paragem e sofrer modificação importante das condições de funcionamento, excepto
se o arranque ou modificação não representarem qualquer risco os trabalhadores
expostos ou se se tratar de uma sequência normal de um ciclo automático.

e3) Paragem do equipamento


O equipamento de trabalho deve estar provido de um sistema de paragem que
permita a sua paragem geral em condições de segurança, bem como de um
dispositivo de paragem de emergência se for necessário, em função dos perigos
inerentes ao equipamento e ao tempo normal de paragem;
Os postos de trabalho devem dispor de um sistema de comando que permita, em
função dos riscos existentes, parar todo ou parte do equipamento de trabalho, de
forma que o mesmo fique em situação de segurança, devendo a ordem de paragem
ter prioridade sobre a ordem de arranque;
A alimentação de energia dos accionadores do equipamento de trabalho, deve ser
interrompida sempre que se verifique a paragem do mesmo ou dos seus elementos.

e4) Estabilidade e rotura

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Os equipamentos de trabalho e os respectivos elementos, devem ser estabilizados


por fixação ou por outros meios sempre que a segurança ou a saúde dos
trabalhadores o justifique;
Devem ser tomadas medidas adequadas se existirem riscos de estilhaçamento ou de
rotura de elementos de um equipamento, susceptíveis de porem em risco a
segurança ou saúde dos trabalhadores.

e5) Projecções ou emanações


O equipamento de trabalho que provoque riscos devido a quedas ou projecções de
objectos, deve dispor de dispositivos de segurança adequados;
Se se tratar de emanações de gases, vapores ou líquidos ou emissão de poeiras,
deve dispor de dispositivos de retenção ou extracção na proximidade da sua origem.

e6) Riscos de contacto mecânico


Os elementos móveis de um equipamento de trabalho que possam causar acidentes
por contacto mecânico, devem dispor de protectores que impeçam o acesso às
zonas perigosas ou de dispositivos que interrompam o movimento dos elementos
móveis antes do acesso a essas zonas.
Esses protectores ou dispositivos de protecção, devem revestir as seguintes
características:
- Ser de construção robusta;
- Não ocasionar riscos suplementares;
- Não poder ser facilmente neutralizados;
- Estar situados a uma distância suficiente da zona perigosa;
- Não limitar a observação do ciclo de trabalho mais do que necessário;
- Permitir, se possível, sem desmontagem, as intervenções necessárias à colocação
ou substituição de elementos do equipamento, bem como à sua manutenção,
possibilitando apenas o acesso ao sector em que a mesma deva ser realizada.

e7) Iluminação e temperatura


As zonas e pontos de trabalho ou de manutenção dos equipamentos de trabalho,
devem estar convenientemente iluminados em função dos trabalhos a realizar;
As partes de um equipamento de trabalho que atinjam temperaturas elevadas ou
muito baixas, devem dispor de uma protecção contra os riscos de contacto ou de
proximidade por parte dos trabalhadores.

e8) Dispositivos de alerta


Os dispositivos de alerta do equipamento de trabalho devem poder ser ouvidos e
compreendidos facilmente e sem dúvidas.

e9) Manutenção do equipamento


As operações de manutenção devem poder efectuar-se com o equipamento de
trabalho parado, ou, não sendo possível, devem poder ser tomadas medidas de
protecção adequadas à execução dessas operações ou estas devem poder ser
efectuadas fora das áreas perigosas.
Se o equipamento de trabalho dispuser de livrete de manutenção, este deve estar
actualizado;

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Para efectuar as operações de produção, regulação e manutenção dos


equipamentos de trabalho, os trabalhadores devem ter acesso a todos os locais
necessários e permanecer neles em segurança.

e10) Riscos eléctricos, de incêndio e explosão


Os equipamentos de trabalho, devem:
Proteger os trabalhadores expostos contra os riscos de contacto directo ou indirecto
com a electricidade;
Proteger os trabalhadores contra os riscos de incêndio, sobreaquecimento ou
libertação de gases, poeiras, líquidos, vapores ou outras substâncias por eles
produzidas ou neles utilizadas ou armazenadas;
Prevenir os riscos de explosão dos equipamentos ou de substâncias por eles
produzidas ou neles utilizadas ou armazenadas.

e11) Fontes de energia


Os equipamentos de trabalho devem dispor de dispositivos claramente identificáveis
que permitam isolá-los de cada uma das suas fontes externas de energia e, em caso
de reconexão, esta deve ser feita sem risco para os trabalhadores.

e12) Sinalização de segurança


Os equipamentos de trabalho devem estar devidamente sinalizados com avisos ou
outra sinalização indispensável para garantir a segurança dos trabalhadores.

e13) Requisitos complementares dos equipamentos de elevação de cargas


Instalação
Os equipamentos de trabalho de elevação de cargas que estejam instalados
permanentemente, devem:
Manter a solidez e estabilidade durante a sua utilização, tendo em conta as cargas a
elevar e as forças exercidas nos pontos de suspensão ou de fixação às estruturas;
Ser instalados de modo a reduzir o risco de as cargas colidirem com os
trabalhadores, balancearem perigosamente, bascularem, caírem ou se soltarem
involuntariamente.

Sinalização e marcação
Os equipamentos de trabalho de elevação de cargas devem ostentar a indicação, de
forma bem visível, da sua carga nominal e, se necessário, uma placa que indique a
carga nominal para cada configuração da máquina.
Os acessórios de elevação devem ser marcados para que se possam identificar as
características essenciais da sua utilização com segurança.
Se o equipamento de trabalho não se destinar à elevação de trabalhadores, deve ter
aposta, de forma visível, uma sinalização de proibição adequada.

f) Sempre que a utilização de um equipamento de trabalho possa apresentar risco específico


para a segurança e saúde dos trabalhadores, tomar as medidas necessárias para que a sua
utilização seja reservada a operador especificamente habilitado para o efeito, considerando a
correspondente actividade.

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g) Se a segurança dos equipamentos de trabalho depender das condições da sua instalação,


deve proceder à sua verificação após instalação ou montagem num novo local, antes do
início ou recomeço do seu funcionamento.

h) Deve proceder a verificações periódicas (por pessoa competente), se necessário, ensaios


periódicos dos equipamentos de trabalho sujeitos a influências que possam provocar
deteriorações susceptíveis de causar riscos.

i) Deve proceder a verificações extraordinárias dos equipamentos de trabalho (por pessoa


competente), quando ocorram acontecimentos excepcionais, nomeadamente,
transformações, acidentes, fenómenos naturais ou períodos prolongados de não utilização,
que possam ter consequências gravosas para a sua segurança.

j) O resultado das verificações, deve constar de relatório, do qual constem as seguintes


informações:
j1) Identificação do equipamento de trabalho e do operador;
j2) Tipo de verificação ou ensaio, local e data da sua realização;
j3) Prazo estipulado para reparar deficiências detectadas, se for o caso;
j4) Identificação da pessoa competente que realizou a verificação ou ensaio.

k) Prestar aos trabalhadores e seus representantes para a segurança, higiene e saúde no


trabalho, a informação adequada sobre os equipamentos de trabalho utilizados, que deve ser
facilmente compreensível e conter as seguintes indicações:
k1) Condições de utilização dos equipamentos;
k2) Situações anormais previsíveis;
k3) Conclusões a retirar da experiência eventualmente adquirida com a utilização dos
equipamentos;
k4) Riscos para os trabalhadores decorrentes de equipamentos de trabalho
existentes no ambiente de trabalho ou de alterações dos mesmos que possam
afectar os trabalhadores, ainda que não os utilizem directamente.

10.2 – Utilização dos equipamentos de trabalho em geral


As regras de utilização dos equipamentos de trabalho, são aplicáveis na medida em que o
risco referido exista no equipamento de trabalho em causa.

a) A fim de proteger a segurança dos operadores dos equipamentos e de outros


trabalhadores, os equipamentos de trabalho devem:
a1) Ser instalados, dispostos e utilizados de modo a reduzir os riscos;
a2) Ter um espaço livre suficiente entre os seus elementos móveis e os
elementos do meio circundante;
a3) Ser montados e desmontados com segurança e de acordo com as
instruções do fabricante;
a4) Estar protegidos por dispositivos ou medidas adequadas contra os efeitos
dos raios nos casos em que possam ser atingidos durante a sua utilização;
a5) Assegurar que a energia ou qualquer substância utilizada ou produzida,
possa ser movimentada ou libertada em segurança;
a6) Ser utilizados apenas em operações ou em condições para as quais
sejam apropriados.

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10.3- Equipamentos de trabalho de elevação de cargas


a) Os equipamentos de trabalho desmontáveis ou móveis de elevação de cargas devem ser
utilizados de modo a garantir a sua estabilidade durante a utilização e em todas as condições
previsíveis, tendo em conta a natureza do solo.

b) A elevação de trabalhadores só é permitida com equipamentos de trabalho e acessórios


destinados a essa finalidade, podendo, excepcionalmente, fazer-se esse transporte desde
que haja as medidas necessárias para garantir a sua segurança, nomeadamente que o posto
de comando esteja ocupado em permanência e os trabalhadores disponham de meios de
comunicação e de evacuação seguros.

c) É proibida a presença de trabalhadores sob cargas suspensas ou a deslocação de cargas


suspensas por cima de locais de trabalho não protegidos e habitualmente ocupados por
trabalhadores, excepto se a boa execução dos trabalhos não puder ser assegurada de outra
forma e foram adoptadas as medidas de protecção adequadas.

10.4 – Elevação de cargas não guiadas


a) Se dois ou mais equipamentos de trabalho de elevação de cargas não guiadas estiverem
instalados ou montados num local de trabalho de modo que os respectivos campos de acção
se sobreponham, devem ser tomadas medidas adequadas para evitar colisões entre as
cargas e os elementos dos próprios equipamentos de trabalho.

b) Durante a utilização de equipamentos de trabalho móveis de elevação de cargas não


guiadas devem ser tomadas medidas para evitar o basculamento, o capotamento, a
deslocação e o deslizamento dos equipamentos e deve ser controlada a sua correcta
utilização.

c) Se as condições meteorológicas forem susceptíveis de afectar a segurança do


funcionamento ao ar livre de equipamentos de trabalho de elevação de cargas não guiadas e
causar riscos para os trabalhadores, a sua utilização deve ser adiada ou interrompida e
devem ser adoptadas medidas que impeçam o seu capotamento.

10.5 – Organização do trabalho na elevação de cargas

a) As operações de elevação de cargas devem ser correctamente planificadas, vigiadas de


forma adequada e efectuadas de forma a proteger a segurança dos trabalhadores.

b) As operações de elevação de cargas suspensas devem ser vigiadas permanentemente, a


não ser que seja impedido o acesso à zona de perigo e a carga esteja fixada e conservada
em suspensão com total segurança.

c) Se uma carga for levantada simultaneamente por dois ou mais equipamentos de elevação
de cargas não guiadas, deve ser assegurada a coordenação dos operadores.
d) Nas situações em que o operador de um equipamento de trabalho de elevação de cargas
não guiadas não possa observar todo o trajecto da carga, directamente ou através de
dispositivos auxiliares, deve ser designado um sinaleiro que, em comunicação com o

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operador, o oriente, devendo ainda ser tomadas medidas que evitem a colisão de cargas que
possa pôr em perigo os trabalhadores.

e) As operações em que a carga for fixada ou libertada manualmente por um trabalhador


devem ser realizadas com total segurança e o trabalhador deve manter o controlo directo ou
indirecto das operações.

f) Na utilização de equipamentos de trabalho de elevação de cargas não guiadas que não


possam reter as cargas em caso de corte total ou parcial de energia, deve evitar-se a
exposição dos trabalhadores aos riscos correspondentes.

11- Obrigações do trabalhador

As obrigações do trabalhador, em matéria de Higiene, Saúde e Segurança no trabalho, estão


contempladas na Lei 102/2009 e são as seguintes:

11.1-Cumprir as prescrições de segurança e de saúde no trabalho estabelecidas nas


disposições legais e em instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, bem como as
instruções determinadas com esse fim pelo empregador;

11.2-Zelar pela sua segurança e pela sua saúde, bem como pela segurança e pela saúde das
outras pessoas que possam ser afectadas pelas suas acções ou omissões no trabalho,
sobretudo quando exerça funções de chefia ou coordenação, em relação aos serviços sob o
seu enquadramento hierárquico e técnico;

11.3-Utilizar correctamente e de acordo com as instruções transmitidas pelo empregador,


máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas e outros equipamentos e meios
postos à sua disposição, designadamente os equipamentos de protecção colectiva e
individual, bem como cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;

11.4-Cooperar activamente na empresa, no estabelecimento ou no serviço para a melhoria do


sistema de segurança e de saúde no trabalho, tomando conhecimento da informação
prestada pelo empregador e comparecendo às consultas e aos exames determinados pelo
médico do trabalho;

11.5-Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, ao


trabalhador designado para o desempenho de funções específicas nos domínios da
segurança e saúde no local de trabalho as avarias e deficiências por si detectadas que se lhe
afigurem susceptíveis de originarem perigo grave e iminente, assim como qualquer defeito
verificado nos sistemas de protecção;

11.6-Em caso de perigo grave e iminente, adoptar as medidas e instruções previamente


estabelecidas para tal situação, sem prejuízo do dever de contactar, logo que possível, com o
superior hierárquico ou com os trabalhadores que desempenham funções específicas nos
domínios da segurança e saúde no local de trabalho

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TRABALHO EM ALTURA

Equipamentos de protecção individual contra quedas: talabarte de segurança; talabarte de


posicionamento e restrição; cinturão de segurança tipo abdominal; cinturão de segurança tipo
paraquedista; trava-quedas; acessórios.

O fabricante e/ou o fornecedor de EPI (Equipamento de Proteção Individual) deve


disponibilizar informações quanto ao desempenho dos equipamentos e os limites de uso,
considerando a massa total aplicada ao sistema (trabalhador e equipamentos) e os demais
aspectos previstos

Na aquisição e periodicamente devem ser efectuadas inspecções do SPIQ (Sistema de


Proteção Individual contra Quedas), recusando-se os elementos que apresentem
defeitos ou deformações.

Os elementos do SPIQ que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou sofrerem


impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, excepto quando sua restauração for
prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, em normas internacionais e de
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acordo com as recomendações do fabricante.

MATERIAIS DOS MODELOS

› Cadarço: Poliéster, poliamida e/ou para-aramida.

› Fivelas/ argolas: Aço, aço inox, alumínio ou aço revestido (dieléctrico)

› Almofada: E.V.A. para conforto lombar e das coxas.

› Como os cinturões são compostos por materiais têxteis sintéticos (poliéster,


poliamida e para-aramida), a exposição frequente a raios UV pode reduzir sua
vida útil. Recomenda-se armazená-los em locais secos sem a incidência de raios
UV;
› É recomendado evitar abrasão, corte e perfuração nos componentes têxteis do cinturão;
› O contacto das fibras têxteis com agentes químicos podem reduzir a vida útil do
produto. Recomenda-se
higienizar com sabão neutro;
› Os cinturões de para-aramida não podem ter contacto com o cloro;
› Em ambientes de alta temperatura ou actividades com solda, é recomendada a
utilização dos cinturões de para- aramida. O poliéster em ambientes de alta
temperatura ou no contacto com a solda sofrem perda de resistência;
› Em ambientes salinos (próximo ao mar) é recomendada a utilização de cinturões
com componentes metálicos em aço inoxidável ou aço revestido (dieléctrico);
› Se existir o risco de contacto do cinturão com agentes químicos específicos,
recomenda-se contactar o fabricante verificar o modelo indicado de cinturão para essa
actividade.
› Leia o manual do equipamento antes de utilizar pela primeira vez e sempre consultar o
fabricante em caso de dúvida sobre sua utilização e limitação

VIDA ÚTIL DO PRODUTO E INSPEÇÃO:

A vida útil é determinada pelas inspecções de rotina, que devem ser realizadas por uma
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pessoa treinada antes de cada utilização, seguindo as orientações abaixo descritas.


Caso alguma das observações abaixo for notada no cinturão ou no talabarte, o produto
deve ser descartado imediatamente.

CADARÇO (FITAS):
Sinais de rasgamento, perfuração, abrasão, derretimento ou corte

COSTURAS:
Rompimento de linhas ou descosturas

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COMPONENTES METÁLICOS:
Deformações, travamento, quebra, fissuras ou corrosões

INDICADOR DE IMPACTO:

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Rompido

ROMPIDO

NORMAL

ABSORVEDOR DE IMPACTO:
Rompido

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ETIQUETAS:
Número de CA, Referência, Número de Lote

PRECAUÇÕES:

Durante o transporte, proteja o cinturão de cortes e abrasões. Evite contacto com


materiais pontiagudos e/
ou cortantes pois podem danificar os cadarços. Evite o contacto com produtos
químicos. Não colocar materiais pesados sobre o cinturão, pois podem danificar os
seus conectores ou fivelas. Armazenar em locais protegidos do sol, fontes de calor e
intempéries.

O cinturão tipo paraquedista (com ou sem cinturão abdominal integrado e


talabarte) não pode sofrer nenhum tipo de alteração e/ou reparo. Qualquer
alteração realizada em qualquer equipamento resulta em perda da garantia de
fábrica e pode prejudicar a resistência do equipamento, podendo causar acidentes.

LIMPEZA E CUIDADOS:

Para realizar a limpeza do cinturão, deve-se seguir as orientações abaixo:

1. Limpar com água e sabão neutro com temperatura inferior a 60 °C.


Certifique-se de que a água utilizada na higienização não contenha produtos químicos;
2. Não utilizar nenhum tipo de solvente ou base forte;
3. Secar à sombra e em local ventilado;
4. Não utilize máquina de lavar e/ou secar.

Principais áreas com grande risco de queda


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horizontal + vertical caminhões / vagões - indústria petroquímica
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- coberturas - rampas silos / reservatórios - plataformas móveis - coletivo / individual

- torres / chaminés - galerias / tanques - pontes-rolantes / sacadas

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Exemplos de áreas com grande risco de queda e principais equipamentos e acessórios para
proteção do trabalhador

Cadeira Manual

Cadeira Motorizada

Trava-queda para cabo de aço

ou corda
Trava-queda para trilho inox

Trava-queda retrátil para áreas de


carga, telhados e andaimes

Escadas para telhados

Equipamentos manuais para áreas

confinadas
Equipamentos motorizados para

áreas confinadas
Sistemas de Segurança para

movimentação horizontal
Cinturões de segurança e acessórios para ancoragem

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• Nunca as apoie sobre caixas ou outros objeitos


• Não as coloque sobre condutores eléctricos ou diante de uma porta sem sinalizá-la.
• Deve-se subir com a cara para a escada e nunca de costas.
• Segure
Escadas nos degraus e não largue sua mão deles.
e escadotes
• Utilize uma bolsa ou mochila para transportar os produtos, isto lhe permitirá ter as mãos livres
• Não trate de alcançar objectos distante da escada.
• Se
31necessita mover-se lateralmente baixe a escada e mude de lugar.
• Não utilize escadas de tesoura como escadas de apoio.
• Antes de utilizar uma escada de tesoura portátil é preciso assegurar-se do seu bom estado.
• Utilize só escadas com dispositivos anti deslizantes.
• Devem-se guardar em local coberto, em posição horizontal e sem pesos em cima que possam
deformá-la.
• Armazená-la num ambiente com protecção contra Sol, Chuva, humidade, etc.
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CARACTERIZAÇÃO

A utilização de escadas portáteis deve revestir-se de alguns cuidados prévios que têm a ver,
nomeadamente, com a escolha do tipo de escada mais adequado para o trabalho a realizar,
com o estado de conservação da mesma e com a resistência da superfície de apoio.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Na colocação da escada: apoio e estabilidade


A escada deve ser colocada de modo que a base fique apoiada em pontos

solidamente fixos, que a impeçam de deslizar.
Em nenhuma circunstância a escada pode ficar assente sobre materiais soltos, caixotes ou

outros objectos que possam vir a provocar a sua instabilidade ou oscilação.
Sempre que não seja possível colocar a base dos montantes sobre um plano horizontal

fixo, devem usar-se estabilizadores ou pés reguláveis.
Nos casos em que se verifique o risco de afundamento dos pés, devem ser usadas bases

de madeira com dimensões de pelo menos 20 x 20 cm.
O apoio superior da escada deve ficar estável, devendo, para tal, verificar-se uma das

seguintes situações:
- Os dois montantes da escada ficam assentes em pontos de solidez não duvidosa; - A
utilização dum dispositivo de adaptação ao apoio (berço), em "V", "U", etc.
- O último degrau fica encostado no apoio.
Nota: Ter atenção se as superfícies de apoio

Posicionamento da escada

Verificar se não há risco de a escada tocar ou aproximar-se perigosamente de condutores


ou outras peças nuas em tensão (tomar em atenção que a distância de segurança aos
condutores ou peças nuas em tensão aumenta com o nível da tensão).
Para assegurar o equilíbrio e estabilidade, as escadas devem ser colocadas de modo
que a relação entre o pé (distância da base da escada à vertical do apoio) e o comprimento
da escada esteja compreendida entre 1/3 e 1/4;
No caso de colocar uma escada apoiada numa fachada ou estrutura, para subida a

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um terraço ou plataforma, aquela deve ficar com cerca de 1 metro acima da referida
estrutura.

Fixação da escada

O topo da escada deve ser seguro preferencialmente a pontos existentes, solidamente



fixos.
Sempre que a escada não esteja fixa a partir do solo, na primeira subida (e na última

descida) deve ser mantida segura por um trabalhador colocado na sua base.
Não havendo no topo um ponto de amarração suficientemente sólido, deve proceder se à

imobilização da escada a partir do solo.
Nota: Para trabalhos de curta duração e sem exigência de grandes esforços do utilizador,
aceita-se que um trabalhador colocado na base da escada possa servir como agente de
imobilização, impedindo os movimentos laterais desta e travando a base dos montantes com
os pés.

EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

 Capacete de protecção
 Sistema antiquedas (alturas superiores a 3 m)
 Sistema de amarração ao posto de trabalho
 Botas de protecção mecânica
 Luvas de protecção mecânica / isolantes (consoante o tipo de trabalho)

Obrigado

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