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Limeira
2021
ii
Este trabalho corresponde à versão final da dissertação defendida pelo aluno Francisco
Antônio Tadeu Ramos, e orientada pelo prof. Dr. Francisco José Arnold.
Limeira
2021
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iv
__________________________________________________________________________
Prof. Dr. Francisco José Arnold
FT - UNICAMP
Presidente
__________________________________________________________________________
Prof. Dra. Talia Simões dos Santos Ximenes
FT - UNICAMP
___________________________________________________________________________
Prof. Dr. José Martins Júnior
EEP - FUMEP
Dedicatória
Dedico este trabalho à minha querida esposa, Maria Angélica, pelo incentivo, força e
compreensão nesta jornada.
À minha filha Nathália,’Billie’, que também foi uma grande motivadora para a busca
de um Sol brilhante em nossas vidas.
Ao amigo Hélcio Silva (i.m.), vítima dessa terrível pandemia, grande companheiro
de trabalho e estudos.
vi
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus que me deu forças para trilhar por esse caminho.
À Profa. Dra. Talia Simões dos Santos Ximenes e ao Prof. Dr. Rangel Arthur pela
atenção, apoio e informações dispensadas, no decorrer dessa pós-graduação.
Agradeço especialmente ao meu orientador, Prof. Dr. Francisco José Arnold, pelo
profissionalismo, atenção e disponibilidade de atendimento dedicados para a elaboração deste
trabalho.
Resumo
Abstract
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................................. 10
1. Introdução
1.1 Objetivos
2. Fundamentos Teóricos
A Figura 2 apresenta o circuito BVD. Este circuito possui dois ramos: um ramo
elétrico, constituído por C0, que indica a capacitância intrínseca do transdutor sem deformação;
o ramo mecânico, constituído por C1, L1 e R1, que representam as propriedades elásticas,
inerciais e dissipativas, respectivamente. (KIM et al., 2008).
𝑅1(𝐶1)2 𝜔
𝑍𝑅 = (𝐿1𝐶1𝐶0)2𝜔5+[(𝑅1𝐶0𝐶1)2−2𝐿1(𝐶0𝐶1(𝐶0+𝐶1)]𝜔3+(𝐶0+𝐶1)2𝜔 (1)
onde ZRL0 é a componente real e ZIL0 é a componente imaginária de TPL0, representadas pela
equações 4 e 5:
(𝑍𝑅2 +𝑍𝐼2 )𝑅𝐿0 +𝑍𝑅 (𝑅𝐿0
2 2
+𝑋𝐿0 )
𝑍𝑅𝐿0 = (4)
(𝑍𝑅 +𝑅𝐿0 )2 +(𝑍𝐼 +𝑋𝐿0 )2
2.2.2 Funcionamento
Uma vantagem do uso dessa classe de amplificadores é que cada transistor fica em
corte quando não há sinal de entrada, portanto não há dreno de corrente quando o sinal for igual
à zero. Outra vantagem é a melhoria na eficiência na presença de um sinal de entrada. A
eficiência teórica máxima de um amplificador classe B é de 78,5%, (MALVINO, et al., 2016).
a)
b)
Fonte: adaptado de Boylestad (2013).
𝑉𝐿2
𝑃𝐿 (𝜔) = 2|𝑍 𝑐𝑜𝑠𝜑(𝜔) (6)
𝐿0 (𝜔)|
Pela Lei de Kircchoff para tensões, Vcc = VCE + VL. Quando VL alcança um valor
máximo haverá saturação de um dos transistores. Assumiremos que a tensão de saturação VCEsat
seja um valor próximo de zero, logo Vcc = VCEsat + VLmax. Cada fonte de alimentação do circuito
da Figura 9 fornece corrente na forma senoidal em um semiciclo, logo o valor médio da corrente
𝑉𝑅𝐿 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)
na carga, e por conseguinte, fornecido pela fonte será dado por 𝐼𝐿 = . Assim, a
𝜋∣𝑍𝐿0 (𝜔)∣
potência média fornecida pelas fontes de alimentação serão obtidas pelo produto de Vcc e IL.
Após alguma manipulação algébrica, a potência média total fornecida pelas fontes de
alimentação (Ps) são dadas Equação 7.
2 𝑉𝐿 𝑉
𝑃𝑠 (𝜔) = 𝜋 |𝑍 𝑉𝐿𝑚𝑎𝑥 (1 + 𝑉𝐶𝐸𝑠𝑎𝑡 ) (7)
𝐿0 (𝜔)| 𝐿𝑚𝑎𝑥
22
A potência dissipada nos transistores PD, dada pela Equação 8, é obtida pela
diferença entre a potência fornecida pela fonte e a consumida pela carga.
2 𝑉𝐿 𝑉 𝑉𝐿2
𝑃𝐷 (𝜔) = 𝜋 |𝑍 𝑉𝐿𝑚𝑎𝑥 (1 + 𝑉𝐶𝐸𝑠𝑎𝑡 ) − 2|𝑍 𝑐𝑜𝑠𝜑(𝜔) (8)
𝐿0 (𝜔)| 𝐿𝑚𝑎𝑥 𝐿0 (𝜔)|
𝑉
𝜂%(𝜔) = 𝜋𝑉𝐿 /[(4𝑉𝐿𝑚𝑎𝑥 (1 + (𝑉 𝐶𝐸𝑠𝑎𝑡 ) 𝑐𝑜𝑠𝜑(𝜔))] (9)
𝐿𝑚𝑎𝑥
- para VCEsat = 0 e VL= VLmax , o rendimento 𝜂𝑚𝑎𝑥 em amplificadores classe B com cargas
reativas será de 78,5%, como é visto em (BOYLESTAD et al., 2013; MALVINO, 2016);
- se a frequência for ressonante (o ângulo de defasagem 𝜑= 0), o circuito reativo da
carga passará a ser idealmente resistivo;
- em ambos os casos citados, o valor da eficiência será igual à carga resistiva. Uma vez
saindo-se da frequência de ressonância (𝜑≠ 0), a eficiência do amplificador será menor.
3. Metodologia
Por meio das medições das tensões nos pontos A e B (VA e VB), assinalados na
Figura 10, em relação à terra, pode-se determinar as potências de interesse do problema. Para
determinar a potência na carga usa-se VB e IL. Para determinar a potência dissipada no transistor
Qn usa-se a diferença de potenciais entre Vcc e VA para obter VCE e IL. Logo, a potência fornecida
pela fonte será a soma das potências na carga e dissipada nos transistores.
Fase (°);
Corrente no coletor dos transistores Q1 e Q2 ICMax;
Potência fornecida pelas fontes de alimentação VCC PsMax;
Potência média nas fontes de alimentação Vcc Psmed;
Potência média e máxima na carga RL PLmed e PLMax;
Potência média e máxima dissipada nos transistores Q1 e Q2 PDmed e PDMax;
Eficiência do amplificador (η).
4. Resultados e discussões
R1a = 43,05 Ω R1b = 53,05 Ω R1c = 63,05 Ω R1d = 73,05 Ω R1e = 83,05 Ω
C1a = 42.98 Ω / 52.92 Ω / 62.84 Ω/ 72.76 Ω / 82.66 Ω/
359,54 0.55 º 0.43 º 0.35 º 0.29 º 0.24 º
pF 2.59 µH / 42.98 2.49 µH / 52.92 2.41 µH / 62.84 2.30 µH / 72.36 2.17 µH /
Ω Ω Ω Ω 82.66 Ω
C1b = 49.54 Ω / 29.67 58.37 Ω / 24.80 67.50 Ω/ 76.82 Ω / 18.51 86.25 Ω / 16.39
360,04 º º 21.22 º º º
pF 153.86 µH / 153.61 µH / 153.29 µH / 153.01 µH / 152.70 µH /
43.04 Ω 52.99 Ω 62.92 Ω 72.85 Ω 82.74 Ω
C1c = 65.01 Ω / 48.37 71.95 Ω / 42.39 79.53 Ω/ 87.56 Ω / 33.52 95.94 Ω / 30.21
360,54 º º 37.52 º º º
pF 304.87 µH / 304.34 µH / 303.90 µH / 303.37 µH / 302.88 µH /
43.19 Ω 53.14 Ω 63.08 Ω 73,00 Ω 82.91 Ω
C1d = 84.58 Ω / 59.12 90.01 Ω / 53.64 96.16 Ω/ 102.89 Ω / 110.10 Ω /
361,04 º º 48.83 º 44.62 º 40.95 º
pF 455.44 µH / 454.78 µH / 454.15 µH / 453.43 µH / 452.74 µH /
43.41 Ω 53.36 Ω 63.30 Ω 73.23 Ω 83.16 Ω
C1e = 105.98 Ω/ 110.34 Ω / 115.39 Ω / 121.04 Ω / 127.20 Ω/
360,54 65.65 º 60.90 º 56.55 º 52.58 º 48.99 º
pF 605.78 µH / 604.90 µH / 604.05 µH / 603.13 µH / 602.22 µH /
43.70 Ω 53.66 Ω 63.60 Ω 73.55 Ω 83.47 Ω
Figura 12. Potências na carga (vermelho), fornecida pela fonte (azul) e dissipada nos
transístores (verde) em função da fase quando R=56Ω: As linhas, círculos e quadrados
representam os resultados obtidos a partir do modelo teórico, da simulação e dos
experimentos, respectivamente.
Figura 13. Potências na carga (vermelho), fornecida pela fonte (azul) e dissipada nos
transístores (verde) em função da fase quando R=82Ω: As linhas, círculos e quadrados
representam os resultados obtidos a partir do modelo teórico, da simulação e dos
experimentos, respectivamente.
Figura 15. Potências na carga (vermelho), fornecida pela fonte (azul) e dissipada nos
transístores (verde) em função da fase quando R=100Ω: As linhas, círculos e quadrados
representam os resultados obtidos a partir do modelo teórico, da simulação e dos
experimentos, respectivamente.
Nas curvas de eficiência dos modelos teórico, simulado e experimental onde foram
mostrados os valores do amplificador em função da fase. Observa-se que a diminuição da
eficiência é mais acentuada para cargas resistivas de menor resistência.
De modo geral, pode-se afirmar que os resultados simulados pelo modelo sempre
apresentam valores maiores de potência, visto que as dissipações inclusas nas malhas de
polarização do amplificador não estão contempladas nos seus cálculos.
38
Figura 21a. Potências na carga (traço Figura 21b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) vermelho), fornecida pela fonte (traço azul)
e dissipada no transistor (traço verde) em e dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo função do tempo obtidas
teórico para R = 47 Ω e L = 2 μH. experimentalmente com R = 47 Ω e L = 2
μH.
39
Figura 22a. Potências na carga (traço Figura 22b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 56 Ω e L = 2 μH. com R = 56 Ω e L = 2 μH.
Figura 23a. Potências na carga (traço Figura 23b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 82 Ω e L = 2 μH. com R = 82 Ω e L = 2 μH.
Figura 24a. Potências na carga (traço Figura 24b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 91 Ω e L = 2 μH. com R = 91 Ω e L = 2 μH.
Figura 25a. Potências na carga (traço Figura 25b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 100 Ω e L = 2 μH. com R = 100 Ω e L = 2 μH.
Figura 26a. Potências na carga (traço Figura 26b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 82 Ω e L = 2 μH. com R = 82 Ω e L = 2 μH.
Figura 27a. Potências na carga (traço Figura 27b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 82 Ω e L = 156 μH. com R = 82 Ω e L = 156 μH.
Figura 28a. Potências na carga (traço Figura 28b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 82 Ω e L = 300 μH. com R = 82 Ω e L = 300 μH.
Figura 29a. Potências na carga (traço Figura 29b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 82 Ω e L = 452 μH. com R = 82 Ω e L = 452 μH.
Figura 30a. Potências na carga (traço Figura 30b. Potências na carga (traço
vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e vermelho), fornecida pela fonte (traço azul) e
dissipada no transistor (traço verde) em dissipada no transistor (traço verde) em
função do tempo obtidas pelo modelo teórico função do tempo obtidas experimentalmente
para R = 82 Ω e L = 607 μH. com R = 82 Ω e L = 607 μH.
O aspecto de simetria da forma das curvas das potências dissipadas nos transistores
também é modificado. O aumento da indutância implica na presença crescente de potência
reativa no sistema e, embora isso contribua para a diminuição da potência fornecida pela fonte,
também leva a maior dissipação nos transistores, tanto em valores médios, como pelo valor
máximo que se acentua em um dos picos.
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ANEXOS : RESULTADOS