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Marcos
Olho para o Alexandre e começo o treino arriscando dois socos, mas
ele, com seu bom reflexo, desvia dos dois. Sinto meus músculos queimarem e
uma vontade enorme de tomar uns bons goles de água. Temos uma pequena
plateia composta por mulheres fortes e que têm treino quando o nosso
acabar. Concentro-me nos movimentos do Alexandre e não me surpreendo
quando ele começa a avançar e tentar socos em variados lugares do meu
corpo. Defendo todos correndo de costas e dando um mortal para trás ficando
longe dele. Logo em seguida prossigo com alguns passos, ele de cara tenta o
golpe diving hurricanrana e consegue.
– Filho da puta. – Xingo rindo com ele.
Sinto meu corpo pular na cama elástica gigante e me levanto. Sim,
treinamos numa cama elástica. Achamos melhor para treinar os golpes com
vontade e não nos quebrarmos todos. Às vezes nos empolgamos com a ideia
de levantar um ao outro e jogar no chão.
– 22 anos de pura experiência, Marcos. – Fala e me olha. – Irmão
mais novo também sabe das coisas.
– Mas se distrai fácil. – Rapidamente golpeio meu irmão com
o monkey flipe e ele cai no chão. – Vamos Sr. 22 anos de pura experiência. –
Gargalho e ele me acerta com soco e depois um angle slam .
Cansado por hoje fico no chão da cama e ele começa a pular
comemorando vitória.
– Hoje eu peguei você, Marcos!
Sinto meu corpo quente e as gostas de suor escorrendo por minha
pele. Sinto-me exausto e minha respiração assim como a do Alexandre está
muito acelerada. Meu irmão pula e deita na cama, logo, nossos corpos
pesados pulam algumas vezes antes de repousarem completamente. Tiro as
luvas e o protetor dental.
– Chega por hoje? – Pergunto arfando.
– Chega, estou exausto e preciso de um banho gelado. – Olha-me. –
Treinamos bastante.
Levanto-me e saio do nosso ring especial. Alexandre sai logo em
seguida e me segue até o vestiário. Olhares vindo das mulheres nos seguem e
eu pisco para elas. Adoro vê-las com sorrisinhos bobos, é sensacional.
Algumas até suspiram alto. Assim que entramos no vestiário o Ale me cheira
e faz uma cara feia.
– Está fedendo para um cacete, Marcos. – Olho para ele de lado e
sorrio.
– Esse cheiro é seu. Você fede. Eu sou cheiroso, másculo, sexy e a
mulherada lá fora confirma isso.
– A mulherada deve estar se drogando então.
– Bastardo invejoso. – Falo enquanto abro meu armário e pego
minhas coisas junto com ele.
Enquanto tomo vários goles de água que caem em minha barriga, ele
tira o short e isso seria motivo para muitas mulheres ficarem caidinhas pelo
Ale. Meu irmão é bonitão e puxou a mim. Seus olhos são num tom azul claro
por causa do meu pai e os meus na cor âmbar por causa da minha mãe. Que
Deus os tenha. Eles se foram quando eu tinha apenas nove anos de idade,
como a família era apenas nós quatro, e nenhum parente nosso foi
encontrado, fomos para um orfanato. Mesmo se encontrassem seria estranho
viver na casa de quem nunca tínhamos visto antes. Meus avós estão todos
mortos, então não tivemos saída. Tios e primos? Nunca os conheci, nem sei
se existem. Ainda mais agora que sou um empresário conhecido, ninguém
apareceu com cara de pau por dinheiro, isso é bom e espero que permaneça
assim.
Não gosto de pessoas interesseiras, não no meu dinheiro pelo menos,
por isso sou bem metódico com minhas amizades e paqueras. Não gosto de
esbanjar o dinheiro na cara dos outros e muito menos que me olhem como se
eu fosse um bolinho de grana. Tenho 24 anos, sou novo, no entanto,
esperto. E bonitão, claro... muito bonito.
Como pode ser empresário com apenas 24 anos de idade? Sou muito
esperto como eu tinha dito e fiz amizade com um velho rico e muito
carismático, eu não sabia que ele era rico e empresário, e eu nunca fui
interesseiro, por isso ele gostou de mim logo de cara. Reinaldo
Barone Montanaro. Foi como um pai para mim, e quando faleceu me deixou
seus negócios, não eram tão grandes, mas com apenas 19 anos eram como um
império para mim. Ele não confiava nos outros, mas em mim, por algum
motivo, confiou. E sinto uma falta danada dele.
Pulei alguns anos de escola, pois eu já era avançado e fiz a faculdade
com 16. Ele pagou tudo para mim e para meu irmão. Foi a maior sorte
conhecer o Reinaldo, ou melhor o Rei, era assim como eu o chamava.
Conheci o Rei quando eu o servi em um de seus restaurantes. Conversei com
ele um pouquinho e pronto. Ele me amou. Mudou minha vida e sou grato por
isso. Já introduzido nesse mundo dos negócios, puxei o Ale junto e aqui
estamos. Com empresas que crescem a cada dia e com uma boa grana. E
quando falo boa é boa mesmo! O doido nos deixou dinheiro também. Foram
bons anos ao lado dele e fomos sua família, já que a família biológica dele
não lhe dava a mínima atenção e esperavam ansiosos para sua morte no
intuito de fisgar sua fortuna.
Entro no banho gelado e gemo quando a água me tira todo o suor.
Eu e o Alexandre nos ajudamos muito. Eu posso interferir nos
negócios dele e ele nos meus. Assim temos mais chances de vencer nessa
vida, ou seja, trabalhamos por dois! Mas como somos responsáveis e ávidos
trabalhadores, na maioria das vezes nos pegamos adiantando trabalho e, mais
tarde, relaxando.
Quando termino a minha ducha, saio do box e me olho o espelho
antes de pegar minha toalha. Meu corpo todo tatuado e muito bem moldado
por personais trainers me causa orgulho.
– Sabe Marcos, acho que vou fazer mais uma tatuagem. – Sai do box
e pega a toalha. – Vou fazer na coxa direita. Essa perna está muito vazia.
– Vai virar um gibi ambulante igual o Eric?
– Vou.
– Aprovo.
Olho no relógio e vejo que já são sete horas da manhã.
– Se apressa Alexandre, precisamos passar em casa para nos
trocarmos.
∞∞∞
∞∞∞
Capítulo um
Katherine
– Katherine? Katherine? Vai dormir até que horas? Acorda!
E é a primeira coisa que ouço nesse dia nublado e sem sol. Na minha
opinião um dia lindo, porém pelo fato de eu estar acordando cedo isso já me
deixa de mau humor. Já estou no fim do ano e meu aniversário de 18 está
chegando, mas, por incrível que pareça, não está fazendo efeito nenhum em
mim. Estou bem cansada por causa da escola, tive que passar noites em claro
terminando meu TCC. Tirei nota máxima, e isso já me deixa aliviada, mas
não animada. Preciso sair um pouco, conhecer alguém, fazer algumas
loucuras, ficar bêbada ou sei lá o que. Só sei que minha vida anda sem graça
e sinto falta de sexo.
Minha mãe me deixa em frente à escola e como meu sono reduziu,
meu humor melhorou um pouco. POUCO! Vou andando pelo pátio dando
alguns sorriso e acenos para alguns amigos. Não sou popular, mas muito
sociável, então acabo criando amizades. Como sempre faço toda manhã,
passo os olhos panoramicamente pela escola, várias pessoas conversando, um
homem bonitão conversando com a diretora, pessoas comprando lanche na
cantina e... opa.
Olho novamente e sinto minhas pernas bambearem. Um Deus grego!
Ele é muito bonito. Moreno, barba bem-feita, um estilo bem de executivo,
mesmo não estando em um terno ele é bem elegante. Como estou vendo-o de
lado eu arisco a andar um pouquinho mais para frente para conseguir vê-lo
melhor. Que foi? Olhar não arranca pedaço! E esse homem é com certeza
um pedaço de mau caminho. Ele tem olhos claros, castanhos talvez... Seus
lábios são finos e ele é bem forte. Tem um porte grande e é muito viril.
Suspiro e me controlo para não babar. Que homem...
Acabo esbarrando em alguém por não olhar por onde ando, mas
como o infeliz sai resmungando, a atenção da diretora e do gostosão vieram
para nós dois. Agora para mim já que fiquei parada e olhando para o bonitão.
Ele me encara causando um forte frio na minha barriga e eu lanço um breve
sorriso antes de sair quase correndo dali em direção a Jade e Eva. Que olhar
foi aquele? Intimida qualquer um e que homem. Provavelmente é o mais
bonito que já vi.
Jade e Eva já estavam comentando sobre ele. Reparo que Eva tem a
pele negra bem brilhante esta manhã. Deve ser um de seus cremes com brilho
que ela ama comprar e abusar com belas camadas na pele. Seus cachos estão
presos num rabo de cavalo e bem cheios. Olho para a Jade e reparo que ela
mantém seus cabelos negros, e bem lisos, soltos. Ela não costuma fazer muito
isso e eu acho que ela fica linda assim. Sua pele branquinha como um palmito
combina com o blush em suas bochechas e o gatinho que faz toda manhã com
um delineador. Entramos na sala e eu dou risada com um comentário de
Eva.
– Ele é definitivamente um gostoso. Pena que não vai dar bola para
nenhuma de nós, pois deve ser casado. Bonito desse jeito alguma mulher
deve tê-lo fisgado e se fosse eu não o soltaria mais.
– Os bonitos que são perigosos. Pela postura pode até ser, mas com
tanta beleza duvido que não seja um mulherengo. Sempre são. – Jade diz.
– Só espero que tenhamos chance de ver o bonitão mais uma vez –
Falo. – Provável que ele se derreta pela Globeleza aí. –Aponto para a Eva
com a cabeça e olho para Jade. – Uma negona bonita e gostosa dessa
ninguém resiste. – Ela gargalha comigo e me dá um beijo na bochecha.
As aulas passam até rápido. Acabamos esquecendo o garanhão de
hoje cedo, mas lembramos imediatamente quando tivemos que ir ao auditório
e o encontramos. Em cima do palco, ele fica com as mãos no bolso, postura
ereta e um sorriso arrebatador. Respiro fundo e por ideia de Jade sentamos
bem na frente. Ela me puxou com tanta força que para não fazer papel de
idiota eu apenas apressei os passos e me sentei. Sinto meu rosto
queimar quando ele fica me encarando, e para disfarçar, cruzo minhas pernas
e jogo meu cabelo para o lado. Olho rapidamente para vê-lo e quase vomito
de tanta vergonha quando percebo que ele está me encarando. Seu olhar
quase me atravessa o corpo e é tão intimidante quanto sensual. Eu posso
estar errada, mas eu senti desejo nesses olhos. Para manter a postura e fingir
estar relaxa, eu respiro fundo e o encaro de volta. Ele é mais bonito ainda de
perto. É mais forte, mais intenso e acho que eu estou molhada.
A coordenadora chega para falar algo com ele e, então, olho para trás,
ainda há pessoas sentando nas cadeiras e entrando na sala. Nossa sala contém
36 alunos e sempre têm os atrasados que andam mais devagar que uma
lesma. Tenho uma boa relação com todos e falo com todos, mas sou realista e
sei que Jade e Eva é quem farão parte da minha vida quando nos formarmos.
Sinto meu corpo inteiro ficar quente e um perfume masculino
incrivelmente bom. Mesmo com o ar-condicionado ligado eu me abano com
as mãos e passo a mão na nuca. Estou suando, tem um gostoso me encarando,
tenho borboletas agitadas na barriga e estou excitada. Por que meu Deus? Por
quê? Podia ser um velhinho gordo. Estou reclamando como uma idiota, ele é
exatamente o homem que eu queria que ficasse bem na minha frente para que
eu pudesse admirar. E é isso o que vou fazer!
A porta do auditório é fechada e a coordenadora sobe ao palco para
introduzir o que acho que será a palestra.
– Boa tarde, terceirão. Vocês estão passando por um momento
importante de transição da vida, com esse climão de vestibular e faculdade,
vocês estão bem elétricos e também meio cansados querendo que acabe logo
o ano. O Marcos Walker...
Marcos Walker. Um bom nome. Um nome bem forte. Acabo parando
de ouvir o que a coordenadora diz e o encaro. Respiro fundo e sinto os
músculos abaixo da minha cintura ficarem contraídos. Mais uma vez recebo
seu olhar e sorrio olhando para baixo. Como sou boba, ele sabe que é bonitão
e deve apenas estar jogando o charme por diversão. Deve fazer isso sempre
para ver as mulheres caidinhas por ele.
– Parece que alguém gostou muito de você. – Sussurra. – O gostosão
não para de te olhar.
– Deixa de falar besteira, Jade. – Sussurro de volta.
– Não é besteira não, Katherine. Ele está te olhando desde a hora que
sentamos. – Eva murmura bem baixinho.
– Vocês estão loucas. – Jogo meu cabelo para o outro lado e o olho.
Ele está me olhando.
– Então dá uma piscadinha para ele. – Jade diz – Anda Katherine,
você é bonitona e se ele se demonstrar afetado você nos paga uma pizza.
– Não vou piscar para ele, que vergonha. – Olho para ela e belisco
seu braço. – Abaixa esse fogo, sua safada.
A coordenadora finalmente para de falar e ele com suas longas pernas
vai até o centro do palco, tira as mãos do bolso e exibe toda sua altura e
elegância. Como pode parecer ser tão poderoso e bem-sucedido? Possui meu
corpo pelo amor de Deus!
– Boa tarde, meu nome é Marcos e a pedido da escola venho contar
um pouco da minha vida e tentar de alguma forma inspirar vocês para que
possam seguir carreiras que realmente gostem, e talvez administrar empresas
que é o foco da palestra de hoje, além de ser minha grande paixão.
Marcos vai conduzindo muito bem a palestra com elegância e
segurança. A voz dele é máscula, levemente rouca, é literalmente a definição
de uma voz sexy! Sinceramente, não presto atenção em nada do que ele fala,
mas não é culpa minha, é dele! Ele é o bonitão aqui, ele é quem faz qualquer
uma pensar várias coisas inapropriadas para o momento e ele é quem tem a
voz suave e ao mesmo tempo grossa. Ele é quem distrai as meras mortais
como eu. Só consigo olhar para seus olhos, sua boca fina e imaginar como
deve ser seu beijo. Jesus, esse homem tem cara de quem sabe beijar e trepar.
Tem sim! É VISÍVEL! Estou delirando... eu sei.
Oh lorde! O que que eu estou pensando? Katherine Miller, controle-
se, mocinha. Presta atenção no que o Marcos está falando, danada! Respiro
fundo e o olho. Cristo, parece que eu nunca vi homem bonito nessa vida...
Quer saber, pensar não faz mal a ninguém.
– ... e sou muito grato por ter conhecido o Rei, ele me ensinou muito.
Absorvi cada conhecimento que ele quis reverberar, e é indubitável que...
Ele tem tatuagem. Vejo a pontinha de uma delas em seu pescoço, no
entanto não dá para saber o que é. Sou louca por tatuagens. Ah eu quero tirar
todas essas roupas caras que está usando e estudar todo o corpo dele.
RESPIRA KATHERINE.
OH!! Ele está me olhando, está falando algo e está me olhando.
Cruzo minha perna e molho meus lábios mantendo a postura. ESTÁ CALOR
AQUI. Estou suando. Essa palestra não acaba nunca não?
∞∞∞
Dormi muito bem essa noite. E estou ansiosa, mas hoje é um novo
dia e olha só... Está ensolarado, um dia bonito. Particularmente prefiro frio,
chuva e neblina, mas não deixa de ser um dia querido. Tomo meu banho
relaxante e despertador e vou até meu guarda roupa. Vou vestir a primeira
calça que encontrar, não vou ficar me arrumando muito, pois o Marcos só vai
ao colégio entregar meu celular não para me paquerar ou flertar comigo. O
que não seria ruim, ele é tão bonito, tão forte e de tirar o fôlego.
A primeira calça que encontro é uma calça flare. Eu já fui com ela
para a escola, mas é muito forçado. Tenho uma perfeita. Abro minha gaveta e
pego uma das minhas preferidas. É uma calça jeans capri, bem escura, colada
no meu corpo, deixa minha bunda gigante e é cintura alta, ou seja, valoriza
minha cintura. Visto a blusa do uniforme, já que não posso me livrar dela, ao
menos é baby look e preta. Uniforme preto é maravilhoso. Olho para minha
sapateira e resolvo que meu par de tênis preto combina. Olho-me no espelho
e sorrio com o resultado. Estou bonita, nada chamativa, corpo modelado
e estilosa para um dia de aula. Não sou passar maquiagem para ir estudar,
mas acho que eu poderia testar um delineado discreto. Meu cabelo? Lindo de
qualquer jeito, bem comprido e liso. Às vezes acho meio sem graça, mas eu
amo meus longos e hidratados fios.
A gente tem que ter mais amor próprio e é isso o que tenho praticado.
Gostar mais de mim mesma, ficar mais segura... O que que eu estou falando?
Estou nervosa, porque Marcos vai à escola. Olha para mim, eu nunca passo
maquiagem para ir a aula e até que eu vou arrumada sim, gosto de ficar
bonita , mas... meu Deus. Não quero parecer ridícula na frente dele e nem
malvestida, ele é todo estiloso, dono de si e poderoso. JESUS COMO O
HOMEM É PODEROSO.
Pego minha bolsa tiracolo e desço indo até a cozinha. Eu geralmente
como no caminho indo para a escola, então pego o dinheiro para o intervalo e
um lanche que minha mãe insiste em fazer para mim. Não sou mimada, mas
ela gosta de cuidar de mim.
– Bom dia, Mãe. Bom dia, Pai. – Sorrio para os dois.
– Bom... Dia. – Meu pai me responde fazendo uma breve pausa com
um pequeno sorriso em seu rosto que vai aumentando. – De onde vem essa
animação toda? Querida, quando foi a última vez que vimos a
pequena Katherine desse jeito? E logo de manhã... – Olha para mim. –
Geralmente você é um porre, uma espécie de fera raivosa. – Diz tirando onda
com a minha cara. – Você tomou uma das pílulas da sua mãe, né filha? Toma
cuidado em...
– Max! – Ela ri olhando para o marido com os olhos serrados.
Max Miller é um homem de aparência comum. Tem olhos escuros,
uma barba bem rala e grandes entradas em seu cabelo escuro também graças
as tintas. Com uma testa pequena e nariz longo ele deixa minha mãe caidinha.
Tem um pequeno topete de galã de novela e está até em forma para a idade. É
um roqueiro nato e muito sério algumas vezes apesar do seu senso de humor.
– Muito engraçado. Eu não tomo pílulas! E que tipo seria? – Põe as
mãos na cintura. – Caso você não saiba ontem eu a vi conversando com um
rapaz muito bonito.
– Ahh. Então achou o rapaz bonito? Você é casada, Lorena. Não tem
que achar ninguém bonito, só o seu marido. Que sou eu!
– Já está bem velhinho. E você sabe bem que não manda em mim e
muito menos diz o que eu tenho que fazer, garanhão.
– Vou te mostrar o velhinho. Ontem à noite Lorena...
– OPA! – Falo. – Não aconteceu nada entre vocês, eu não preciso
saber e estou atrasada.
– Vamos, querida. Depois eu converso com o seu pai.
Não demora muito para eu chegar no colégio. Beijo a bochecha da
minha mãe e saio do carro. Por costume jogo meu cabelo para o lado. Estou
com um frio na barriga e nervosa. Acalme-se, Katherine, é só um homem
bonito demais. Olho para o lado e o vejo sair de uma Ferrari. O cara tem uma
Ferrari. Quem nesse mundo tem uma Ferrari? O gostosão claro.
Olha isso está bom demais para ser verdade. O cara é bonito, rico e
não é um idiota arrogante. Pelo menos até agora não foi. Mais bonito que
ontem, ele sorri e anda até mim com suas pernas longas. Ele tem um andar
leve e calmo. Usa um terno azul marinho feito sob medida com certeza, pois
não tem nenhuma parte folgada. É possível um homem ficar tão sexy usando
um terno? Ele é tão definido que seus músculos aparecem quase que
perfeitamente pelo paletó.
A cada passo que ele dá fico mais nervosa e respiro fundo. Tento me
acalmar e sorrio para ele. É simples, pegar o celular, agradecer e dizer adeus.
Pegar o celular, agradecer e dizer adeus. Pegar o celular... Marcos me
cumprimenta com um beijo na bochecha e nossa senhora que homem
cheiroso.
– Katherine. Como é bom te ver de novo. – Ele passa os olhos por
mim e sorri com malícia. – Está linda. – Pega minha mão. – Dá uma
voltinha? – Fico vermelha na hora.
– Marcos...
– Desculpa, não queria te deixar envergonhada.
– Não deixou. Eu fico vermelha fácil – Ele põe a mão dentro do
paletó e me entrega o celular.
– Prontinho. De volta para a dona.
– Obrigada. Eu quase entrei em desespero quando vi que tinha
perdido. – Quase?
– Por nada. Sai que horas do colégio?
– Minhas aulas acabam às 13h40. – Ele parece pensar um pouco.
– Vai fazer algo no fim da tarde?
– Não programei nada... eu... – Paro de falar respiro fundo. É um belo
homem.
Ele vai mesmo me chamar para sair? Fico com um frio imenso na
barriga e minhas pernas ficam bambas.
– Ótimo. – Ele olha para o Rolex em seu pulso. – Eu te busco às 19h.
Janta comigo?
– Claro. – Pisco várias vezes e contenho a sensação de estouro que
sinto no colo do peito.
Sinto uma corrente elétrica de felicidade passar por cada parte do
meu corpo e começo a mexer nas pontas do meu cabelo na tentativa de
disfarçar o nervosismo.
– Boa aula, anjo. Me manda o endereço da sua casa pelo WhatsApp.
Já gravei meu número no seu celular. – Novamente seus lábios encostam na
minha bochecha e eu respiro fundo discretamente para inalar seu aroma. Vejo
o Marcos sair andando e encaro suas costas largas. Solto o ar que estava
respirando e percebo que ele me deixou excitada... – E Katherine. – Ele me
chama. – Se não me mandar o endereço eu vou te ligar.
– Se eu não mandar, talvez significa que eu não queira. – Falo
sorrindo.
– Você quer sim e está louca por um beijo meu.
– Convencido.
– Otimista. – Pisca para mim e vai até sua maldita vermelhinha.
Capítulo dois
Fiquei a tarde inteira pensando no encontro. Estou muito ansiosa.
Tive que contar tudo para Jade e Eva e as duas quase ficam loucas. As duas
foram para casa quase agora e me ajudaram a escolher uma roupa.
O Marcos é realmente lindo, tão bonito como o pôr do sol e como eu
disse minha ansiedade é muita, não paro de pensar nele. Me pego quase toda
hora com um sorriso bobo na cara. Droga. O que aquele homem fez
comigo?
Já são 18h45. Não sei se ele é pontual, mas vou me apressar para
colocar meu vestido preto de veludo. O vestido é bonito, simples e elegante.
Possui alcinhas e um decote discreto, mas é colado no corpo. Como tenho
uma cintura fina o vestido me deixa sexy e é perfeito já que não sei onde
iremos jantar. Minha sandália cor nude a qual possui um salto pequeno e fino
combinou muito bem com o vestido.
Soltando o grampo da minha franja que cai ondulada eu respiro fundo
me olhando no espelho do closet e sorrio. As borboletas estão agitadas em
minha barriga. Fico me namorando no espelho até ouvir meu celular tocar. É
uma mensagem dele. Bem baixinho escuto o barulho de uma porta de carro
se fechar e sorrio abrindo a mensagem.
∞∞∞
Capítulo três
Hoje acordei sentindo-me ansiosa e feliz. Fiquei um tempo na cama
pensando sobre o dia de ontem. Olho para janela e vejo que o dia está lindo
mesmo estando bem ensolarado. Eu prefiro o frio. Quando finalmente tomei
coragem de levantar da cama eu vejo a porta do meu quarto abrir bem
devagar. Minha mãe.
Seus cabelos castanhos e meio enrolados estão metade presos e metade
soltos. Ela usa apenas uma camisola meio curta e mesmo sem maquiagem
tem uma beleza invejável. Minha mãe é linda, ela não malha, mas tem um
corpinho de dar inveja.
– Bom dia , minha princesa.
– Dia, mãe! – Espreguiço-me e sento na cama.
– Então, vai me contar detalhes sobre seu encontro? – Ela faz o mesmo
colocando uma mexa rebelde do meu cabelo atrás da minha orelha.
Eu sempre conto tudo para minha mãe, somos bem próximas, mas dessa
vez, ela vai ter que esperar um pouquinho. Ela é bem de boa, sempre me
entende, mas não sei como vai reagir a isso. Não posso dizer que saí com o
Marcos e cai de boca do irmão gostosão dele.
– Ahh mãe, nós conversamos, conheci o irmão dele, Alexandre, que é um
gato, beijamos e ele sabe muito bem o que fazer com as mãos. Marcos e o
irmão são homens incríveis, simpáticos, belos e confiantes. Não sei ainda,
mas Marcos deve ter um pau enorme... – Gargalho com ela.
– Que menina mais safada, só pensa nisso! Toma jeito, Katherine. –
Levanta da cama. – Desce para comer. – Beija minha testa. – Abaixa esse
fogo, garota. Eu, hein! – Fecha a porta do quarto e eu grito no travesseiro.
Ouço meu celular tocar e quando vejo que é o Marcos eu quase solto um
grito. Normalizo a respiração e atendo com um sorriso de orelha a orelha.
Ouvir a voz dele logo agora é a melhor coisa do dia... até agora.
– Alô – Tentei fazer minha voz soar o mais normal possível, mas é falho
– Bom dia, anjo. Eu estava pensando... vamos sair hoje para almoçar?
Aproveitar que é sábado e está um dia bonito. – Suspiro. Mais um encontro.
– Claro, eu adoraria.
– Te busco às 14h. Pode ser?
– Pode. às 14h está ótimo.
– Estou louco para te beijar de novo. – Mordo o lábio.
– Nem me fale.
– Hoje você será todinha minha. – Fico toda arrepiada. – Tenho que
desligar, anjo. Até daqui a pouco.
– Até... – Deixo o celular cair na cama e dou um grito silencioso.
Começo a pular que nem doida até cansar e cair na cama.
Deita do meu lado e assim ficamos nos olhando por um bom tempo,
ele é tão lindo quanto o mar, tão cheiroso como um frasco do perfume e é tão
confortável como nossa própria casa. Enquanto eu contorno seus gominhos,
ele toca em um assunto que eu já esperava.
– Você já transou com mais de uma pessoa? – Murmura mexendo no
meu cabelo.
– Não. Seu irmão fez a mesma pergunta e eu respondi que estava
aberta para novas experiências.
– Bom saber. – Ele beija minha testa. – Gosto disso.
– Sexo a três?
– Também, mas eu estava me referindo a você e sua vontade.
– Curiosidade... – Corrijo. Olho para seu rosto e sorrio. – Foi
maravilhoso. – Passo a mão por sua barba e depois meu indicador em seu
lábio inferior.
– Você foi maravilhosa. – Marcos puxa meu corpo para perto do seu
e me abraça bem forte. – Gosto da sua pele, Katherine. É macia, cheirosa e
fica perfeita na minha. – Beija minha testa e eu sorrio para ele. – Também
gosto dessa sua cara de safada. Já que gosta de novas experiências podemos
experimentar novas posições. – Solto uma risadinha.
– Gostei disso. – Beijo seus lábios com vontade e precisão. Sua barba
roça em minha pele e eu sorrio quando a imagem de seu rosto vem a minha
cabeça.
Capítulo quatro
Já é domingo e não fiz nada de mais até agora, fiquei em casa e
assisti minhas séries favoritas, ou seja, estive a tarde inteira de bobeira.
Mandei algumas mensagens para o Alexandre, mas ele ainda não me
respondeu. Mandei para o Marcos e ocorreu o mesmo. Espero que o Marcos
descanse um pouco nessa viajem e aproveite também, pois quando ele voltar
pretendo atacá-lo como nunca.
Não perguntei foi se o Alexandre iria para essa viagem também.
Acho que não, por que iria? E eu não vou morrer se eu ficar um dia sem falar
com eles.
Ouço alguém bater na porta do meu quarto e pauso a série, minha
mãe põe a cabeça na porta e sorri, entra no meu quarto e se senta na cama.
Sorri para mim. Sorrio de volta. Ela fica me encarando e estamos parecendo
duas idiotas assim.
– Pode começar a falar se quiser mãe! – Exclamo quase rindo.
– Filha, preciso te perguntar algo que já sei a resposta, mas preciso
confirmar.
– Fala mãe.
– Está ativa, safada? – Rio com ela.
– Sim, e fica tranquila que eu estou tomando pílula e também usando
camisinha.
– Tudo bem, você é grandinha, já sabe se cuidar, mas toma cuidado.
– Ela disse séria, mas não com a intenção de dar lição de moral ou algo
assim. Apenas um conselho de mãe para filha.
Ela começa a conversar comigo sobre sexo, eu sempre presto atenção
e dou ouvidos ao que ela diz, mas hoje eu só quero relaxar.
– Katherine, está prestando atenção, sua avoada?
– Estou mãe. Eu sempre presto. – Beijo sua bochecha e a abraço
forte.
– Tá bom, vou te deixar aqui quietinha. Mas só hoje.
Ela sai do quarto e quando vou voltar a assistir a série meu celular
vibra. Jade me mandou mensagem. Que saudade. Sorrio e respondo na hora.
OI SUMIDA!
OIIIII.
Vou ir para sua casa, posso?
Claro que sim!
Vamos conversar um pouco, tenho algumas novidades.
Jade mora perto de mim, então não demora nada para eu chegar. Dou
um abraço bem forte quando a vejo e percebo que Eva ainda não chegou. E
sei disso não só pelo fato de ela não ter vindo até a porta, é porque a casa está
bem silenciosa. Não vou contar nada até as duas estarem aqui, mas claro que
Jade vai tentar tirar qualquer casquinha!
– Então, Katherine, o que queria conversar?
– Preciso de um conselho das minhas duas melhores amigas e eu
também preciso colocar as fofocas em dia com vocês, mas eu acho melhor
esperar a Eva chegar, porque eu não quero contar duas vezes, tem muita
coisa! E pode parar de ficar querendo me comprar com comida, ainda não fez
isso, mas sei que vai! Já sei perfeitamente o que rola nessa sua cabecinha,
Jade.
– Não estou te comprando com comida, mas se quiser eu te dou três
barras de chocolate se contar para mim agora. – Fala enquanto vamos até seu
quarto. – A Eva nem precisa saber. Segredo nosso.
– Não! – Exclamo sorrindo e contendo a vontade de aceitar.
– Um pote de sorvete? – Ela pergunta arqueando as sobrancelhas. –
Conta, sua safada, você estava em meio de suruba que eu sei! – Dou risada e
me jogo em sua cama.
– Não, Jade. – Falo sorrindo e jogando o travesseiro nela.
Por enquanto que a Eva não chega, ficamos ouvindo música e
conversando sobre os diversos meninos que a Jade quer ficar, mas morre de
vergonha de ir falar com um deles. Sabe qual é o pior disso tudo? Os caras
dão o maior mole para ela. No momento em que Eva chega, Jade corta o
assunto na hora e vai correndo atender a porta. Quando retorna, volta pulando
de alegria com a outra doida.
– Oi, meninas! Kat, agora conta as novidades, desembucha, peituda.
– Ela diz já entusiasmada sentando na cama. – A última coisa que sabemos é
que você saiu com o gostosão. E depois?
– Calma sem pressa, senta aqui as duas! Vou contar tudo. – Falo
empolgada e suspiro repentinamente relembrando da noite passada.
Começo a falar sobre o Marcos e o Alexandre do começo ao fim, não
deixa passar nenhum detalhe. As expressões faciais de seus rostos a cada
coisa que conto são hilárias. No mesmo momento em que eu falo, elas
suspiram e a Eva chega a perder o fôlego só de ouvir eu descrever em poucas
palavras como foi o sexo com os dois. Acabo tendo que parar de contar e ir
buscar água para ela que ficou mesmo sedenta por causa dos detalhes.
– E os dois comentaram sobre um sexo a três comigo... – Ambas me
interrompem
– Meu Deus! NÃO BRINCA. – As duas falaram juntas e agitadas
– Katherine , safada. – Eva joga um travesseiro em mim que acerta
em cheio minha cara.
– Não estou brincando, só que eu pensei melhor e não estou segura o
suficiente para ter essa experiência na minha vida. Pode ser até uma
oportunidade única, mas... – A Jade me interrompe na hora. Pela sua feição
facial já era de se esperar.
– Lógico que é uma oportunidade única, são dois caras extremamente
gostosos. Katherine, acorda mulher, isso aqui não é um filme, é vida real e
não vai ter outra oportunidade como essa, mas caso esteja decidida mesmo
em não aceitar você faz assim: fica só com um e deixa o outro para
nós solteironas. A gente dá conta.
– Apoiada. – Jade diz enfiando uma mãozada de salgadinho na boca.
– Mas enfim, eu acho que se você não está pronta conversa com eles, apesar
de que na hora se você ver eles dois deitados na cama sem roupa alguma,
gominhos a mostra, te olhando, mordendo os lábios e te chamando... aqueles
corpos esculpidos, rosto esbelto, ar de macheza exalando no ar e... – Por um
momento ela para de falar e suspira pesadamente. – Esqueci o foco da nossa
conversa.
– Está vendo, se só de falar você perde a concentração imagina eu lá
na hora!
– Não se preocupe, conversa com os dois antes. Isso é preciso. – Eva
diz.
– Não acredito que esses dois caíram na sua mão, Katherine. Não
pensa muito não, transa mesmo. Senta naquela rola como se o mundo fosse
acabar. Na dos dois.
Gargalhamos alto demais e começamos uma guerra de travesseiros.
Depois dessa conversa e de gastar bastante tempo com as duas volto para
casa e fico pensando nos dois. Penso neles, pois não estou conseguindo me
concentrar em nada. ISSO É OBSESSÃO. Meu desejo está começando a se
tornar maior. Fico imaginado cada hora de volúpia que tive com os dois. Vou
parar com isso! Tenho que me concentrar em outras coisas. Obsessão é algo
muito ruim e não vai me levar a nada, pode ser que eu me machuque. Vou
tentar pensar em outras coisas.
– Como se isso fosse dar certo... – Falo baixinho para mim mesma.
Não consegui dormir até agora, fiquei com insônia e não sei o
motivo. Noto que são três horas da manhã. Ouço uns barulhinhos pela janela.
Péssima hora para alguém invadir minha casa pelo meu quarto. Pego um taco
de basebol que meu pai me deixou no quarto e me aproximo cautelosamente
da janela. Nunca usei esse taco antes e não estou preparada para usar agora.
Chego mais perto e vejo o Alexandre pulando a grade. A sensação de medo é
substituída pela de alivio.
Se eu dissesse que sempre quis que alguém entrasse pela janela como
nos filmes vocês acreditariam? Sei que é clichê, mas eu sempre achei bem
legal.
– Para que esse taco? – Ele sussurra.
Está lindo como sempre. Já eu? Estou de coque no cabelo e com uma
camisola quase colada ao corpo. Estou quase um trapinho! Quase, pois sou
bonita.
– Você não podia simplesmente tocar a campainha? Quase me matou
de susto, Ale. – Falo sussurrando também, mas sorrio e ele retribui.
– Ah eu até podia, mas assim fica mais romântico e não seria legal se
eu acordasse todos da casa agora. Nesse momento. Seus pais me matariam.
São três horas da manhã, Katherine.
Não discordo, pois ele está certo, apenas continuo com meu sorriso
no rosto e abro mais a janela para que ele possa entrar. Ponho o taco no chão
e quando vou olhá-lo sinto seus braços me puxando pela cintura e sua boca
me dá um beijo forte. Meu sangue ferve me fazendo abrir imediatamente a
boca para que língua dele passe e explore cada canto da minha boca faminta
pela sua. Seu cheiro é divino e isso me deixa cada vez mais atraída por ele.
– Alexandre. – Falo no meio do beijo. – Precisamos... conversar. –
Ele sorri durante o beijo e apalpa minha bunda. – Ale...
– Agora? – Põe a língua na minha boca e morde meu lábio. Quase
não consigo dizer mais uma palavra e quando encontro brecha solto a voz.
– Sim, agora! – Alexandre sela nossos lábios e me encara.
– Pode falar.
– Você e o Marcos têm falado comigo sobre um ménage à trois. –
Ele me ouve solicitamente. Sempre zeloso, me observando e me dando
sorriso tranquilizador. – Imagino que queiram fazer comigo.
– Conversei com ele e a resposta é sim. Queremos.
– Não sei se estou tão à vontade com isso. Não me sinto tão segura.
Pode levar um tempo para eu me acostumar com a ideia.
– Não tem problema, gata, não vamos te obrigar a nada. Entendo
perfeitamente!
– Pensei que fosse ficar bravo ou desanimado...
– Bravo? Não! É a última coisa que eu ficaria. Mas vou ficar muito
bravo se você não me beijar agora. Está uma delícia com essa camisola.
– Devo estar um bagaço com o cabelo preso.
– Está linda. – Murmura com um tom de voz doce e de maneira
amorável. Ele faz eu me olhar no espelho. É, não estou um bagaço, na
verdade, meus seios ficaram bonitos e minha bunda está enorme. – Você tem
uma beleza natural muito rara. – Seus lábios tocam suavemente meu ombro e
sobem para o pescoço. Fico de frente para ele e aproveito cada segundo desse
beijo doce. Enfio minha mão entre seus cabelos aveludados e respiro
fundo. Enquanto o beijo flui, minha mão boba desliza até seu pacote e eu o
aperto com vontade. Ele é imenso.
Nós deitamos e apenas damos beijos lentos, quentes e com uma certa
paixão. Transar é bom, mas hoje nós dois só queremos ficar juntos.
Dormimos agarrados de conchinha, senti o resto da noite ele me cutucando
nas costas, já que só nos beijamos e não fizemos mais nada, era de se esperar
que ele ficasse duro. Foi bom ele ter dormido aqui comigo me dando o seu
abraço caloroso.
– Kat, acorda que a vida continua peste. – Minha mãe grita e eu tomo
um sustinho. – Não me faz gritar de novo, amor da minha vida.
Olho para o Alexandre e no mesmo momento damos um pulo da
cama. Ele sorri para mim e eu faço o mesmo. Como ficamos meio
desesperados, ele apenas escova os dentes antes de ir correndo para a janela.
– Gostosa. – Ele me puxa para si e me dá um beijo rápido e meigo
que faz minhas pernas falharem. – Te vejo depois, anjo.
– Amor, levanta. – Ouço a voz da minha mãe cada vez mais alta.
Alexandre sorri para mim e desce às pressas enquanto eu pulo na
cama fingindo que nada aconteceu. Mamãe abre a porta do quarto e eu tento
ficar indiferente. Meu coração está meio acelerado. Isso que dá fazer coisa
escondida. Sorte que não trepamos, se não ele iria embora pelado.
– Bom dia! – Falo
– Bom dia, está tudo bem? – Ela pergunta olhando para o meu quarto
e depois para mim.
– Sim, tudo ótimo. – Dou um beijo na sua bochecha e vou para o
banheiro tomar um banho frio para aliviar a tenção e fazer as borboletas da
minha barriga ficarem mais tranquilas. Respiro fundo e ouço o cochicho da
minha mãe.
– Cheiro de perfume de... homem... – O perfume do Ale.
Rio baixinho e tomo um banho. Adoro tomar banho, sinto que lavo o
corpo e a alma. Fico relaxada, limpa e bem cheirosa. Com o corpo todo
embaixo da água eu imagino como seria um banho com o Marcos. A boca
dele passando pelo meu corpo, suas mãos agarrando meus seios, seu corpo
todo molhado e a melhor parte... Meu celular começa a tocar dando-me um
pequeno susto. Saio da banheira para pegar e sorrio por causa da
coincidência. É o Marcos!
– Alô? Marcos? Oi. – Isso soou meio desesperado, mas nem ligo para
o meu tom de voz.
– Oi, meu anjo, está bem?
– Estou, e a sua viajem?
– Está ótima na medida do possível, afinal vim para cá à trabalho. –
Ouço seu suspiro e entro na banheira novamente. – Não consigo parar de
pensar em você e nem nossa noite. Estou ficando cada vez mais duro só de
lembrar do seu corpo totalmente nu na minha frente. – Mordo o lábio e fecho
os olhos. – Mulher, o que você fez comigo?
Sua voz tem um tremor gostoso, poderia ficar o dia inteiro ouvindo
dizer essas coisas e desse jeito. A voz dele entra em meus ouvidos e já é o
ideal para as minhas pernas ficarem bambas. Nunca desejei ninguém e nada
como estou desejando os dois e uma transa a três nesse momento. Sim, mudei
de ideia fácil e rápido.
– Sinto que ainda tenho o gosto da sua bocetinha doce na minha boca.
– Marcos diz essas palavras com sensualidade e naturalidade.
Ouço ele engolir. Deve estar saboreando uma bebida cara. Conheço
pouco esse homem, mas sei que ele gosta de boas bebidas.
– Você sabe como deixar uma mulher molhada. Aquela noite foi
ótima.
– É dom. – Marcos solta uma pequena risada e logo um silêncio
instala-se na linha.
Eu poderia ouvir esse silêncio sempre, só por saber que ele está
sorrindo fico com uma sensação de bem-estar.
– Volta amanhã, não volta? – Almejo suas mãos em meu corpo mais
do que um viciado precisa de crack.
– Sim. Espero que esteja disposta para mim tanto quanto vou estar
pra você.
– Isso é uma promessa?
– Sim. – Sorrio.
– Tudo bem. Vou estar mais disposta o possível. – Levanto minha
perna fazendo a água escorrer e gotejar na banheira.
– Está tomando banho? – Pergunta com uma voz séria.
– Estou... um banho solitário. Estou molhadinha, e nem é por causa
da água.
– Safada, não posso ficar excitado agora.
– Não estou fazendo nada.
– Tá bom, quero ver quando fizer. Liguei para ouvir a sua voz e saber
se estava bem, agora tenho que desligar, o trabalho me chama, até amanhã,
minha linda.
– Até amanhã, Marcos. – Desligo.
Chego à escola e vou direto para o meu armário, pego meus materiais
e quando fecho a porta encontro o Tomas parado do meu lado. Esse menino
me persegue desde a quinta série... Ele não é feio, mas é muito chato, acha
que se ele gosta de uma menina essa menina pertence a ele e lhe deve
satisfação. É típico bonitão, sem noção, babaca e inconveniente.
Encaro seus olhos negros iguais aos seus fios. Ele tem um cabelo
impecável, pele lisa com uma espinha muito rara e lábios finos. Seus olhos
não expressam maldade alguma, mas mesmo assim não gosto dele.
– Ei, mocinha, vi você conversando com o palestrante aquele dia. –
Se soubesse que fiz bem mais do que conversar. – Posso saber o porquê? –
Quem ele pensa que é?
– Não te devo explicações. Agora se não se importa você podia para
de ser chato? Sai do pé, Tomas! – Exclamo deixando-o sozinho.
Vou indo em direção a sala de aula, Jade e a Eva estavam na sala me
esperando, dou um sorriso para as duas e para mais alguns amigos. Meu
celular vibra enquanto vou em direção a elas e por milagre consigo disfarçar
o sorriso quando vejo que a mensagem é do Ale.
Também achei ótimo dormir com você. Estarei ansiosa até lá.
Capítulo cinco
É terça feira à noite e o Marcos disse que viria aqui em casa me
buscar. Fiquei com saudade dele, mesmo que eu tente deixá-lo fora da minha
mente por um segundo eu não consigo. Esses dois viraram um vício para
mim. Como a saudade maltrata! Ponho uma roupa confortável e ao mesmo
tempo bonita. Já que não sei como vamos passar o tempo não quero ficar
incomodada com as minhas roupas. Tenho um palpite e por isso estou indo
com uma lingerie de matar.
Marcos chega na hora certa, aviso minha mãe que talvez não volte
hoje e saio antes que ela diga para eu usar camisinha e essas coisas. Não
gosto de rejeitar os conselhos da minha coroa bonitona, mas nesse momento
o gostosão viril está lá fora me esperando. Eu até o convidaria para entrar,
mas a saudade é muita e minha mãe iria querer ficar conversando e entupindo
ele de comida a noite toda. Vejo Marcos com o quadril encostado na sua
Porsche. Ele sorri e anda até mim, faço o mesmo em passos meio
apressados.
– Senti sua falta, Katherine. – Ele fala no meu ouvido e me beija de
um jeito meigo.
O beijo suave e doce acaba se tornando um pouco safado. Marcos
passa as mãos pelo meu corpo apalpa minha bunda. Meu cabelo é puxado de
leve, e suas mãos vão para minha cintura me deixando mais colada em seu
corpo. Sorrio e dou um selinho demorado nele. Ele está muito cheiroso e por
causa disso inalo seu cheiro profundamente o que faz ele sorrir de orelha a
orelha.
– Também senti sua falta, Marcos. Como foi a viagem? – Pergunto
alisando seus braços fortes enquanto suas mãos continuam pousadas em
minha cintura.
– Foi ótima, te conto no caminho. – Ele abre a porta do carro para
mim. Acena para minha mãe que está na janela nos olhando e sorrindo. Ah
minha mãe sabe me deixar com vergonha às vezes. Essa mulher é toda doida
e eu a amo por isso.
Aceno de volta e volto minha atenção para o Marcos. Seus
movimentos são sempre bem elegantes. Como ele consegue aparentar ser tão
dono de si. E o Alexandre não fica para trás. Mesmo tendo 22 anos já parece
um homem vivido e pé no chão com tudo sob controle. Marcos tem 24, é
mais sério e exala poder ao redor dele. Alexandre também demonstra poder e
fica lindo num terno assim como o irmão. Isso me deixa excitada.
Marcos não mora tão longe de mim. No caminho ele me conta como
foi a viagem e eu passo um bom tempo olhando-o dirigir. Marcos é lindo no
volante, nunca achei que veria um homem ficar tão sexy enquanto dirige.
Que carro cheiroso, isso ajuda muito.
– Marcos, e o Alexandre? – Pergunto quando já estamos quase
chegando.
Olho para ele sorrateiramente, usa uma camisa feita sob medida, não
há nenhuma parte sobrando e nenhuma justa demais, mas como ele é
musculoso dá para ver de longe seus músculos, meus olhos descem mais um
pouco e vejo o volume chamativo na sua calça, lembro-me da nossa noite e
fico com frio na barriga. Mordo meu lábio e sua voz me tira da distração.
– Está em casa. – Ele faz uma pausa e depois me chama. – Minha
linda... – Olho para os seus olhos cor mel e ele sorri. – Tem
uma babinha aqui. – Ele passa o indicador no canto da minha boca e ri um
pouco. Não creio. Eu realmente estava babando? Sério, Katherine?
Fico vermelha e limpo minha boca caso tenha mais. – Não se preocupa, fiz
coisa pior quando te vi pela primeira vez e pensei muitas coisas quando te vi
sem roupa na minha frente.
– Tipo o que? – Observo ele dirigir, faz isso com tanta leveza e tão
bem.
– Quando te vi pela primeira vez eu paralisei dentro do carro. Eu
tinha acabado de sair do treino e o motorista parou o carro bem em
frente a sua escola. Fiquei te olhando todo bobo feito um idiota. Peguei água
para beber e derrubei todinha em mim. Fiquei de boca aberta e me babei todo.
Eu pensei que você era a mulher mais bonita que eu já vi na vida. – Ele para
no farol e me olha. – Pensei que você fosse um anjo. Não conseguia tirar os
olhos de você.
– Que lindo isso. – Digo com o coração acelerado e um sorriso
enorme.
– E quando te vi sem roupa, peladinha para mim... ai senhor, quase
endoidei mulher. – Ele põe a mão na minha coxa e beija meu pescoço. Solto
uma risada e o olho. – Quase desmaiei.
– Exagerado.
– A propósito o Ale já me falou sobre o que você acha da ideia
maluca dele... Que eu gostei. – Murmura. Eu até ia começar a falar algo em
minha defesa, mas ele não deixou. – Shiuuu. – Coloca o dedo na minha
boca. – Não precisa se explicar eu entendo você, e respeito o seu espaço... e
eu também não vou te obrigar a nada. Não sou desses. Mas se quiser que eu
te amarre na cama e de umas palmadinhas está tranquilo para mim. – O farol
abre e ele dá partida. – Quer?
– Não vou deixar ninguém me amarrar. – Ele gargalha para mim e eu
acabo fazendo o mesmo.
Novamente me pego secando ele, olho para o seu membro. Da para
ver quase o formato perfeito se não fosse o tecido grosso da calça jeans.
Mordo o lábio e ele pigarreia.
– Está tudo bem? – Sorri de canto.
– Está tudo ótimo. – Tiro meu cinto e pego na sua coxa apertando de
leve.
Desabotoo sua calça e ele continua com a mesma expressão sempre
de olho na avenida. Tiro seu cinto sentindo um frio na barriga e a boca
salivando. Marcos dirige apenas com uma mão e segura meu cabelo com a
outra livre. Puxo sua ereção para fora e ele mantém a mesma expressão
concentrada, mas assim que chupo a cabeça ele fecha os olhos revirando-os.
Nossa como ele fica lindo assim. Olha rapidamente para a rua e respira
fundo.
– Cacete. – Murmura baixinho gemendo.
Chupo com mais vontade e sinto a maciez da sua cabeça. Marcos tem
um ótimo gosto e senti-lo na minha boca é um prazer imenso. Ele faz carinho
na minha nuca enquanto saboreio sua pele e sinto seu aroma bem gostoso.
Ainda bem que ele é cheiroso! Com a boca cheia por causa de sua grossa
ereção eu gemo e soco seu pau na minha boca mais e mais. Passo minha
língua por cada parte dele e o chupo avidamente. Sugo sua cabeça várias
vezes abusando do uso da minha língua.
– Katherine , eu vou gozar... – Diz arfando.
– Na minha boca, Marcos.
Percebo que para o carro e geme alto puxando meus fios de cabelo.
Sua expressão facial é tão gostosa quanto seu líquido cremoso que transborda
minha boca escorrendo por sua longa extensão. Marcos pulsa na minha
língua e eu o masturbo com pressa e habilidade fazendo ele jorrar até a última
gota. Encaro seu rosto lindo e dou um selinho nele. Marcos sorri para mim
me beijando bem forte.
Só percebemos que o farol abriu quando ouvimos várias buzinas
atrapalhando nosso beijo atordoante.
Capítulo seis
nos olhos das duas quase me faz abrir a boca e gritar para todo mundo que
estou saindo com dois ao mesmo tempo. Mas me seguro até chegarmos. Elas
sempre considerei isso como uma parte do charme das duas. Tão malandras!
∞∞∞
∞∞∞
∞∞∞
Dormi igual um anjo essa noite, estou meio dolorida, mas nada
intenso. Acordei 7h e, sinceramente, odiei. Queria dormir até meio dia, mas
meu sono foi embora. Como a dupla ainda está dormindo e eu já estou há um
bom tempo deitada na cama, levanto e vou até o closet. Visto a primeira
camiseta do Marcos que encontro. A blusa é bem longa então fica como um
vestido para mim. Dobro as mangas e prendo o cabelo num coque. Mas um
coque bem feito, nada de coque frouxo. Isso aqui não é fanfic. Rio
mentalmente. Visto minha calcinha reserva, coloco meus óculos de leitura e
pego meu livro na bolsa. Gosto de ler de manhã. (Na verdade, tomando café
da manhã num fim de semana ou feriado)
Assim que entro na cozinha vejo a bancada posta. Que café da manhã
mais delícia. Chego perto e percebo que tem um bilhete.
Não consegui dormir muito à noite, fora saber que tenho dois
namorados, e ficar pensando em ter que fazer as coisas em dobro, tenho a
grande ansiedade de contar isso para o meu pai. Não faço a mínima ideia do
vou falar e nem como falar. Espero, realmente espero, que ele me entenda. Já
pensei na possibilidade de nunca contar e fugir com eles para a Suíça, mas
nem rola!
Acordei e fiz minha higiene pessoal. Agora, olhando minha aparência
no espelho, decido que preciso de um banho. Tomo calma ficando um bom
tempo na banheira e refletindo sobre como estou sentindo-me feliz. Quando
noto que já estou bem cheirosa e renovada, vou até meu guarda roupa e visto
uma lingerie depois me hidratar. Pego o primeiro short jeans que acho e logo
em seguida uma blusa cuja a cor combina perfeitamente com a cor das
minhas unhas. Azul marinho! Gosto dessa cor, acho luxuosa. E além disso o
Alexandre tem uma blusa dessa cor e ele ficou um gostoso com o pano
colado no seu corpo a ponto de mostrar os gominhos! "Uma blusa"... Tem
várias e de várias cores, e para completar todas as roupas estão organizadas
por cores e tons.
Desço para tomar café da manhã e assim que beijo a bochecha de
meu pai ele avisa que minha mãe saiu. Com ela aqui ou não, é hora de contar
para ele. Chamo meus dois pecados para vir aqui em casa hoje no horário que
puderem. Estou ansiosa e ao mesmo tempo excitada, só de ouvir o nome
deles ou um simples bom dia com aquelas vozes roucas e
extremamente sexy já fico molhada e querendo os dois agora.
Sento na cama do meu quarto e começo a pensar em tudo o que está
acontecendo. A janela está aberta e o vento que entra por ela está uma delícia.
Será que vale a pena seguir em frente com isso? Será que vai dar certo?
Estou adorando ter dois namorados, e principalmente assim, bonitos, com
uma elegância extrema e mesmo assim sexy, e safados! Bem safados! Ambos
são homens poderosos e não digo só por eles aparentarem ter dinheiro, mas
pelo jeito deles. O jeito que eles se impõem. Será que são velhos demais para
mim? Não costumo ser insegura, muito pelo contrário, gosto de encarar as
situações e ser determinada, mas eu nunca tinha lidado com isso antes, e é
normal de toda mulher ter aquela dúvida e insegurança. Normal de todo ser
humano. Eu quero muito e vou tentar ao máximo fazer isso dar certo.
A campainha toca e eu sorrio, mesmo sem saber e sabendo ao mesmo
tempo quem é.
– Eu atendo. – Meu pai grita de lá da sala.
Saio imediatamente do meu quarto indo para as escadas. As vozes
vão ficando cada vez mais altas.
– Oi Marcos! Tudo bem? – Meu pai pergunta parecendo surpreso
pela visita.
– Tudo na medida do possível e com o senhor?
– Tudo ótimo. – Vou descendo devagar e sento no degrau olhando a
cena.
Eles dois estão encantadores. Fico com um sorriso bobo e com a mão
poiando minha cabeça.
– Você eu não conheço. – Diz se referindo ao Alexandre.
– Sou o Alexandre, irmão do Marcos. Prazer. – Eles se
cumprimentam sorridentes.
Pobre Max, mal sabe a bomba que lhe aguarda.
– O prazer é meu, Alexandre. – Diz simpático como sempre. –
Entrem por favor, e fiquemà vontade, eu vou chamar a Katherine, imagino
que estejam aqui por causa dela.
– Sim, mas não só por ela, queríamos falar com você também. De
preferência apenas nós primeiro. – Meu pai faz um gesto para eles se
sentarem.
NÃO ACREDITO, ELES VÃO CONTAR TUDO SEM MIM? Esse
não era o combinado! Eu preciso estar ali.
– Pode falar. – Meu pai sorri para eles. – É grave? – Sorri para os
dois. – Vocês me acompanham em uma bebida antes? – Meu pai diz se
levantando e indo até o bar.
– Claro. – Marcos responde.
– Grave não é, mas vai depender muito da sua opinião sobre.
Escondida na escada sento em um degrau mais acima. Eles começam
a contar tudo, e em questão de segundos o sorriso que havia no rosto do meu
pai some. Seu rosto é ocupado por uma expressão raivosa e confusa. Fico
com um frio na barriga e assim que eles acabam com a história, eu faço
barulho e os três olham na minha direção. O olhar de papai é frio e me arde
todinha. Na real, não passa nem sinal de wifi de tanto o cu fechou.
– Pai... – Falo descendo alguns degraus.
– Com licença. – Diz e apenas sobe para o quarto.
Apesar do clima estranho eles estão um perigo nesse ângulo.
Bonitões como sempre, ambos me lançam um sorriso maravilhoso e eu
retribuo. Desço e abraço os dois calorosamente. Dou um beijo em cada um
deles, um beijo quente e envolvente. O Alexandre me dá puxões leves no
cabelo, já o Marcos segura firme na minha cintura enquanto sua boca me
deixa aturdida.
Decidimos que é melhor deixar meu pai digerir tudo o que ouviu.
Eles me convidam para ir à casa deles e eu aceito fazendo em seguida uma
malinha com algumas roupas e coisas que vou precisar. Pretendo dormir por
lá. Não aviso meu pai pessoalmente, apenas deixo um bilhete para que ele
saiba aonde estou e que estou bem, embora eu saiba que ele vai ficar um
pouquinho bravo.
Quase caminho inteiro fica o maior silêncio. Nós três estamos
pensativos a respeito do me pai. Alexandre me beija e corta o silêncio
batendo a mão na minha coxa, bunda e apalpando. Sorrio por gostar do gesto
de carinho e safadeza. Olho para seu rosto e beijo num ponto perfeito, bem
acima de sua barba.
– Quando chegarmos em casa você pode fazer uma coisa muito boa
com a gente. – Alexandre murmura no meu ouvido, mas alto o suficiente para
o Marcos ouvir, que por sinal fica uma delícia dirigindo com a manga dessa
camisa arreganhada. Na verdade, ele está de terno, só que sem o paletó e
gravata. Como não percebi antes? Ele fica um gostoso assim tão bem
vestido.
– Sexo oral? – Falo e os dois me olham sorrindo. – Que foi? –
Pergunto rindo.
– Na verdade, eu ia falar biscoitos, sua mãe disse que você é ótima
fazendo. – O tom humorado na voz do Ale me anima.
– Sexo oral também.
– Disso a gente tem certeza. – O Marcos diz e gargalha gostosamente
junto com o irmão e eu.
– Hum então teremos sexo oral com biscoitos. – Mordo o Alexandre.
– Gostei.
Depois de rirmos novamente vamos o resto do caminho em um
silêncio confortante, bom e nada constrangedor. O clima ficou um pouco
mais descontraído que antes e minha nossa... Esse carro está tão cheiroso que
vocês precisam sentir.
Assim que chegamos na casa sorrio por sentir que o lugar me faz
bem. Sento no sofá enorme da sala de estar e deixo a mochila na mesinha de
centro. Gosto de ficar aqui com eles. Mecho nos meus fios de cabelo e
aproveito a presença de espelhos pela casa toda.
– Você é linda demais. – O Ale diz pegando nas minhas duas mãos e
me fazendo levantar.
Vejo o Marcos bebendo uma dose de vodca e acabando com o
conteúdo do seu copo em dois goles sem fazer uma careta. É como se o
liquido não descesse queimando.
Os dois apalpam minha bunda pegando meu corpo em seguida e
puxando-o para si no estilo libertino! Beijam-me o pescoço acariciando em
meus seios ao mesmo tempo. Fico ansiosa e mordo o lábio adorando a
carícia. Eles colam nossos corpos e eu sinto um frio na barriga onde as duas
ereções roçam fazendo minhas pernas falharem imediatamente. Marcos me
dá um beijo quente e caloroso puxando meu cabelo, sinto sua língua explorar
cada canto da minha boca de maneira cautelosa, gostosa e lentamente.
Minhas mãos acariciam os braços musculosos, os maxilares marcados e os
cabelos macios. Alexandre arrasta seus lábios pelo meu pescoço, meus
poucos pelos pelo copo ficam arrepiados e eu estremeço sentindo sua barba
no meu maxilar. O corpo dos dois me pressiona contra parede gelada.
Fico indecisa se isso é bom por me refrescar ou se quero me queimar
com o fogo dos dois pecados, que passam a língua pelo meu corpo que
comparado ao deles é frágil. Estão mais duros do que pedra. Fecho os olhos e
imagino os dois enterrados em mim. Fico molhada e lembro que tenho mãos.
Sim, estou tão ébria de excitação que eu tinha esquecido. Pego na nuca do
Ale e na bunda malhada do Marcos.
Ficamos por um bom tempo assim, não sei se são minutos ou horas, o
tempo passa devagar com eles e por mim poderíamos ficar uma eternidade
trocando caricias. Mesmo estando sem ar eu quero mais deles, poderia morrer
sufocada, desde que fosse com eles dois e desse jeito. Sorrio olhando ambos
com a boca dormente de tanto beijar. Instala-se um silêncio e permanecemos
nos olhando. Sempre que nos beijamos consigo sentir a diferença entre os
dois. O Marcos me domina fazendo eu me sentir nas nuvens e o Ale
movimenta boca devagar me beijando de maneira profunda. A semelhança é
que os dois me fazem querer mais deles e me deixam sem ar com as pernas
bambas.
Quebro o silêncio aproveitando uma brecha para falar.
– O que vocês acham de irmos para uma balada hoje? – Sei que eles
têm ciúmes de mim, mas parece ser uma boa ideia e relacionamentos não são
prisões.
O maxilar do Marcos trava e fica mais quadrado do que já é. Os dois
me soltam e eu respiro fundo. Desde a hora que olhei para eles o ar me faltou.
E muito.
– Por mim nós vamos. – O Alexandre murmura e me dá um
selinho.
– Claro que vamos. – O Marcos diz e olha para o irmão. Os dois
sorriem mostrando as covinhas perfeitas em suas bochechas e voltam a
atenção para mim.
– Se... – Falam em uníssono. E eu já sabia que tinha coisa.
– Se o que? Fala logo... – Cruzo os braços. Mal dei a ideia e eles já
vão foder com o meu esquema.
– Nós vamos se você ficar aqui com a gente a tarde inteira. É uma
troca justa. E não vai ser nenhum sacrifício para você. Trouxe até a
mochilinha, tinha planos para hoje. – Marcos diz e os dois tiram as camisas e
jogam em mim. Caem bem no meu rosto e eu cheiro as duas. Reviro os olhos
gemendo bem baixinho.
– Fico, pretendia dormir aqui.
– E tem uma coisa.
– Que coisa, Alexandre? – Ponho as camisas no sofá.
– Sabe o que você tinha falado no carro, sobre sexo oral? Então, os
biscoitos a gente pode fazer depois.
Entendo e recado e começo a tirar a blusa devagar. Ambos se olham
dando um sorrisinho um para o outro. Em pouco tempo os dois ficam sem
roupa alguma. Adoro o fato de eles ficarem superconfortáveis nus e ainda por
cima com alguém olhando para eles do jeito que eu olho. Eu já fico toda
corada e tímida. O olhar dos dois é bem marcante. Eles chegam perto e tiram
o que resta de roupa em mim. Olho para baixo e encaro duas grandes e
rígidas ereções. Salivo querendo colocar a boca, tento ver qual é o maior, mas
os dois parecem ser incrivelmente do mesmo tamanho. Marcos é um pouco
mais grosso e acho que o Alexandre é um centímetro maior. Ou é ao
contrário? Dane-se.
Abaixo e abro um sorriso de orelha a orelha mordendo o lábio,
pareço uma criança olhando para doce.
– Katherine, por mais que eu queira que você faça isso, eu iria ficar
mais confortável se eu fizesse primeiro em você, né Ale... Caralho. – O
Marcos para de falar assim que eu abocando seu pau magnífico, com veias
saltando, com a maior vontade do mundo.
Coloco mais que a metade na boca enquanto masturbo o Alexandre.
Sua cabeça macia passa pelos meus lábios e eu faço leves sucções. Troco e
desta vez sinto o sabor bem gostoso do Alexandre. Olho para suas veias
saltadas e passo a língua pela sua extensão. Faço o mesmo que fiz com o
Marcos e acabo engasgando um pouco.
– Calma gulosinha! – Marcos diz e eu sorrio para os dois.
Chupo como se o mundo fosse acabar amanhã. Não sei quando isso
tudo a três vai acabar então quero ter aproveitado ao máximo. Alternado entre
o Marcos e o Alexandre faço ambos gemerem bastante e irem ao delírio. O
timbre baixo e rouco que escapa de suas bocas me deixa doida. Adoro ouvir
essas vozes roucas. Chupo as bolas dos dois dando atenção para cada parte
sem deixar nada passar. Agradeço pelos dois serem depilados e aparados em
alguns lugares. Sempre achei que se algum dia eu trepasse com dois caras ia
ser cansativo, mas é totalmente ao contrário. Sério, fisguem dois de uma vez,
é a melhor coisa do mundo.
Meus movimentos com a boca e a mão aumentam e eles reviram os
olhos. Fico satisfeita comigo mesmo por saber que faço o serviço direito
assim como eles. Sinto dois jorros cremosos na minha boca, quase que ao
mesmo tempo, é tanto que transborda da minha boca e escorre pela extensão
longa de ambos. Mantenho o contato olho a olho desde o começo e sorrio
satisfeita.
Eles me levantam e me colocam no sofá com cuidado. Alexandre
limpa minha boca com sua blusa enquanto o Marcos abre minhas pernas
devagar.
– Meu anjo, você com certeza é a melhor namorada que a gente teve,
sério. – Marcos murmura. – Você é perfeita...
– Eu sei disso! Eu sou muito boa. – Falo com a confiança em mim
mesma lá em cima.
– Nem me fale. – Alexandre sussurra posicionando a mão na parte de
trás de meu joelho segurando para que eu mantenha minhas pernas bem
abertas.
Marcos segura o do outro lado e eu respiro fundo. Sinto dois chupões
e fecho os olhos apreciando a sensação gostosa. Um deles é no meu seio e
outro na minha intimidade que não está molhada e sim encharcada. Estou
bem exposta, essa posição me deixa muito excitada e para melhorar Marcos
mantém meus lábios afastados passando a língua lentamente pelo meu
clitóris. Ambos me acariciam com tanta volúpia que eu fico embevecida.
– Anh, minha nossa. – Eu gemo colocando os dedos entre o cabelo
deles.
Sinto-me no paraíso, as mordiscadas que Alexandre dá nos meus
seios me deixa com uma sensação indecifrável passeando pelo meu corpo.
Ele chupa o bico enquanto apalpa meu seio livre. Puxo um pouco o cabelo
dos dois quando tudo se intensifica, e tento normalizar a respiração que a
uma altura dessas só vem a ficar mais fraca. Meus pés ficam contraídos e
minha sede por um orgasmo aumenta.
Marcos me olha intensamente enquanto me beija de língua e faz
pequenas sucções. Minha nossa ele faz isso tão bem. Meus lábios por serem
meio gordinhos ficam em torno de sua boca enquanto ele me chupa bem
devagar. A aparência dos dois está perfeita, já eu devo estar toda descabelada
e acabada. Alexandre me beija levemente e eu retribuo pressionando sua
nuca. Os dois juntos passam a estimular meu clitóris e uma pressão no meu
corpo vai aumentando cada vez mais, até que ela vai embora me deixando
com pernas trêmulas, clitóris pulsante e toda mole. Meu orgasmo é múltiplo e
vem como uma bomba, eu explodo por dentro e fecho as pernas
rapidamente.
– Está sensível – Falo sorrindo. Sinto um beijinho nos meus lábios
inferiores e abro as pernas o suficiente para olhá-los.
– Uma pena eu estava adorando isso. – O Alexandre diz e dá um
pequeno beijo no meu ventre junto com o Marcos.
Ainda não satisfeita fico de quatro e mordo o lábio. Ainda tenho
energia para gastar e esse é o melhor jeito. Só paro quando eu estiver
exausta. Sinto um deles me abocanhar novamente e outro segurar meus
braços nas minhas costas. Ai minha nossa que gostoso...
∞∞∞
Katherine
Acordo com uma ressaca do caralho, estou muita dor de cabeça. É
como se alguém tivesse batido nela com um martelo. Abro os olhos
vagarosamente e reconheço o quarto. Estou jogada novamente no lençol
maravilhoso como se eu estivesse flutuando em alto mar. É tão bom, pelo
menos isso, né. Meus cabelos estão espalhados pela cama e eu realmente me
sinto submersa... e com um a puta dor de cabeça não podemos esquecer disso.
Mesmo estando feliz por ontem parece que um caminhão foi jogado em cima
de mim e tirado umas mil vezes. Sento-me na cama e consecutivamente
ponho a mão na cabeça. Caramba bebi demais... e dancei muito. Sorrio. Olho
ao redor e me encontro sozinha, mas sei que dormi agarrada com os dois,
pois ao meu lado o colchão está meio fundo e bagunçado. Sou espaçosa, mas
eu não faria três marcas na cama e não deixaria tudo bagunçado. Vejo que
uso uma roupinha confortável, deve ser uma das que o Marcos e o Alexandre
compraram. Ahhhhhhhhh! Grito mentalmente e me arrependo disso.
Vejo o Alexandre todo molhado e com uma toalha pendurada em seu
quadril, mais um pouquinho e ela cai. Ele passa a mão no cabelo sexy para
trás e bagunça um pouco. Suas ações são hipnotizantes. Eu realmente já
beijei essa boca? Eu realmente já vi e provei o instrumento que tem a baixo
dessa toalha que eu passei a odiar. Na verdade, acho que passei a odiar tudo o
que cobre o corpo dos dois.
Seus olhos azuis se encontram com os meus. Ele faz uma
cara fodidamente sexy e morde o lábio involuntariamente levantando apenas
uma maldita sobrancelha. Seus fortes braços tatuados e com veias ressaltados
se juntam sendo cruzadas, deixando os músculos maiores e acompanhados de
um maxilar travado e um sorriso lindo de cachorrão. Ficamos nos encarando
e o silêncio se instala. Gosto dele nessas horas, dá tempo para eu observar
mais o pecado na minha frente.
– Lindo, e ontem o que aconteceu depois que eu dancei? – Paro por
um segundo e começo a falar. – Nossa tudo que me lembro era que tinha um
cara que parecia estar com a mesma roupa que a sua, ele estava me puxando
pelo braço e... – Paro de falar e fecho os olhos com força. – Minha cabeça vai
explodir, Ale.
Safada, quanto está secando o Alexandre e quase lambendo ele
todinho a cabeça não dói, né? – Meu consciente diz.
– Calma aí, deixa que eu explico. Mas toma um remédio para a
ressaca primeiro. – Ele me oferece junto com um copo de água e pega um
suco no frigobar. Tomo o remédio de uma vez e suspiro ao sentir o suco
descer gelado e docinho pela minha garganta. Hum, manga. – Ontem você foi
ao banheiro, demorou demais então Marcos e eu ficamos preocupados, fui
atrás de você, fiquei te esperando e... – Ele suspira olha para baixo e dá um
sorrisinho.
– Que foi, Ale? – Falo sorrindo também.
– Você é uma fofa sabia?
– Por quê? Termina de falar... – Sorrio me ajoelhando na sua frente.
– Aquele cara que te puxou era eu. Você estava bêbada, eu tentei te
beijar, você não me reconheceu e disse que tinha namorados recusando o
beijo. – Coro. – Você fica linda quando cora. Fica toda vermelhinha. – Ele se
aproxima e me dá um beijo meigo nos lábios, retribuo na mesma intensidade
e mordo o lábio quando ele vai arrastando o beijo até o meu ombro onde
deposita um beijo molhado. – Quer terminar de ouvir o resto?
– Sim. – Ponho o cabelo todo para o lado e ele sorri mais.
– Enquanto eu dirigia, o Marcos ficou no banco de trás com você.
Você disse que nós éramos lindos e não acreditava que nós namorávamos.
Você estava bem engraçada, chamava Marcos e eu de grandões ou garotões.
Você atacou o Marcos o beijando bem forte e se recusou a sair do carro.
Trouxemos você para casa e então comecei a tirar sua roupa para o Marcos te
dar um banho, mas você achou que eu ia te estuprar! – Diz rindo. – Estou
rindo, mas é de nervoso, Katherine, que horror pensar isso. – Dou risada com
ele. – Demos um banho em você e a deixamos dormir. E a propósito você
dormiu igual um anjo.
Eu olho para ele meio tímida depois de rir um pouquinho mais e o
beijo. Fico me sentindo tão segura e tão protegida que me arrepio inteirinha.
A boa do Alexandre é tão gostosa que me atordoa os sentidos. Passam
segundos e o beijo vai ficando mais quente, gostoso e tão envolvente que
nossas cargas de energias corporais se juntam. Nossas línguas se encostam e
eu adoro isso, por mim e eu ficaria assim até morrer. Com a mão livre, Ale
alisa minha coxa e põe a mão em minha nuca. Separo-me dele tentando puxar
o ar respirando em alivio.
– E o Marcos? – Pergunto mexendo em seu cabelo macio.
– Ele foi fazer uma palestra para alguma grande empresa, ele é muito
bom no que faz e por isso tem a agenda cheia. – Alexandre começa a beijar
meu pescoço e morder o local. Ouço sua voz em um murmúrio arrepiante ao
pé do meu ouvido. – ..., mas sempre tem tempo para nossa linda Katherine,
que tem uma boquinhamuito gostosa – Morde minha orelha e eu não resisto
aos meus instintos. – Nossa doidinha.
– Não sei porquê, mas me lembro disso vagamente.
– Marcos te deu um novo apelidinho ontem. – Solto uma risadinha e
mordo o lábio sendo agarrada por ele.
Pego em sua ereção dura como pedra sob a toalha, ele geme e começa
a apalpar meu seio prendendo meu mamilo rígido entre os dedos e puxando
um pouco. Eu o paro, por mais que eu não queira, e falo que preciso ir tomar
um banho e escovar os dentes primeiro. Sei que tomei um ontem e ele adora
meu cheiro natural, mas vou me sentir mais confortável assim. Ele e o
Marcos tem uma volúpia enorme que é como um imã... E sei que se você
estivesse no meu lugar também optaria por um banho. É duro escolher entre o
namorado gostoso e um banho, mas temos que fazer sacrifícios às vezes,
sabia? Claro que sabe... Você mesmo já deve ter feito vários e vários
sacrifícios em sua vida. Não com meu Alexandre, mas já... Meu? Eu disse
MEU?
– Katherine, eu te quero de 69 jeitos diferentes, gata... – Diz dando
ênfase no 69. Dou um sorriso e olho com cara de danada para ele. – Você não
faz ideia de como essas carinhas me deixam. Você me deixa duro com uma
simples piscada, mulher. – Fica me observando e eu continuo em silêncio. –
Katherine, você é a melhor namorada que eu já tive, espero que tenhamos um
longo relacionamento. E aproveitando que estou falando a verdade, às vezes
eu tenho ciúmes de você com o Marcos, não é nada com que se preocupar.
Isso é bobagem. Deixa... – Ele suspira. Eu encaro seus olhos claros e me
perco nesse tom azulado, é uma brisa tão grande e tão boa. Ele tem um olhar
tão penetrante e intenso que me deixa molhada e com as pernas bambas,
mesmo sentada na cama. – Eu me perco em sua beleza... Katherine, eu te
amo!
– Eu também te amo. – Sento no colo dele e uma lágrima de emoção
escorre pelas minhas bochechas rosadas. – E você e o Marcos são de longe os
melhores namorados que eu já tive. Sério, é meio cedo para dizer essas
coisas, mas é o que eu sinto, Ale. Sei que você disse que é besteira, mas não
precisa ter ciúmes, eu amo vocês dois do mesmo jeito.
Deixa eu ver se entendi, ele diz que te ama e você chora de emoção?
– Meu consciente fala.
Para minha defesa, antes que você fique do lado do meu consciente. –
Sabe às vezes acho tem um homem martelando na minha cabeça. – Eu estou
sentimental esses dias. Sou mulher e eu estou certa, posso ficar do jeito que
quiser e chorar quando quiser. Foi apenas uma lágrima.
Beijo o Alexandre por mais um tempinho eu vou tomar banho
pensando em cada palavra que o Alexandre me disse. Um sorriso bobo ainda
está no meu rosto enquanto eu lavo meu longo cabelo. Uma faísca de
eletricidade passa por todo o meu corpo e eu não contenho a felicidade.
Termino de tomar meu banho e passo um óleo hidratante no corpo.
Quando saio do banheiro, vejo que o Alexandre está de olhos
fechados, deitado sem toalha e com o travesseiro na barriga cobrindo seu
grande membro apetitoso que me deixa com água na boca. Encosto no
batente da porta observando o monumento Alexandre. Ele é um Deus grego,
exalava macheza e muita masculinidade. Seu corpo cheio de músculos bem
definidos, sua bunda redondinha e perfeita está pedindo uma mordida... e
esses lábios meu Deus?! O cabelo meio bagunçado e sua tatuagem me deixa
louca, estudo-o com volúpia não desgrudando meus olhos dele um momento
se quer. Ele não está dormindo, e acho que percebeu que eu observo-o, pois
dá um sorrisinho. Um dos mais lindos do mundo e um dos meus preferidos.
Abre os olhos e fecha de novo, sua voz aveludada de tom misterioso acaba
quebrando o silêncio torturante.
– Porque está me olhando assim? Está gostando do que vê? – Ele me
fita. – Tenho uma novidade, é todo seu! Pode abusar.
– Estou admirando a bela paisagem...
– Fica à vontade. Quer tirar foto? – Rio.
Ele senta, me olha, morde os lábios e faz um gesto com os dedos me
chamando. O travesseiro é jogado de lado e esse pequeno gesto vem
acompanhado de um belo sorriso. Ando cautelosamente até ele, mas...
– Tchu tchu tchu. – Gesticula "não" com o dedo fazendo o barulho
com a boca. – Sem a toalha doidinha, eu gosto da sua nudez. Me fascina.
Eu jogo a toalha no chão e vou até ele montando em seu colo
acolhedor. Ponho meus braços em volta do seu pescoço, começo a
movimentar o quadril para frente e para trás apenas roçando em sua ereção
rígida.
Ele me beija com amor e vai descendo os lábios arrastando até meu
pescoço, morde minha orelha e a palavra "Gostosa" é sussurrada em meu
ouvido.
– Linda, tão cheirosa. – Essas três palavras me fazem respirar fundo
combatendo ansiedade que corre para todos os lados causando friozinhos na
minha barriga.
Quando me dou conta, ele já está enterrado em mim entrando e
saindo bem devagar. Alexandre segura minha cintura fazendo meu corpo
subir e descer, não faço esforço algum, ele guia os movimentos. Morde cada
um dos meus seios, lambe e brinca com meu mamilo enquanto suas estocadas
aumentam junto com o calor. De duas uma, ou aqui está abafado, ou os
nossos calores se juntaram tornando o quarto quente. Nosso sexo está
devagar e incrível, mas se a velocidade aumentar tudo fica melhor.
– Ahnn, mais rápido vai. – Ele geme enquanto lambe meu pescoço. –
Alexandre... – Grito seu nome e sento nele com vontade. Pulo em seu pau
com determinação e me entrego de corpo e alma para ele, mas acho que por
eu forçar demais começo a ficar com dor nas pernas. – Vamos trocar de
posição? – Falo ofegante e com ele enterrado em mim até a base.
Alexandre fica meio distraído olhando para o meu corpo, mas
responde com um sorriso.
– Você quem manda. – Ele fica por cima de mim e eu abro bem
minhas pernas olhando bem em seus olhos. Alexandre torna a estocar numa
velocidade mais rápida que antes e começa a gemer de novo. – Ahhh...que
bucetinha mais gostosa. – Esse gemido rouco me faz arranhar suas costas. A
frase suja é um imã para meu orgasmo. Eu mordo o lábio e aperto sua bunda
redondinha. – Grita meu nome, Katherine. Pede mais! – Minhas pernas se
abrem e meus joelhos encostam no colchão com a ajuda dele que posiciona
suas mãos grandes na parte de trás dos meus joelhos.
Ele olha para minha intimidade engolindo seu pau e eu faço o
mesmo. A imagem em si dá um tesão danado. Minhas mãos vão direto para
seu pescoço sexy o qual eu arranho. Alexandre é um homem grande e por
cima de mim assim me deixa mais excitada. Ainda mais quando me fode bem
gostoso.
– Mais Alexandre, mais Ale... me fode. – Sussurro. Nos olhamos
fixamente. Minha boca está levemente aberta e minhas sobrancelhas estão
arqueadas e juntas. Seu dedão entra na minha boca e eu chupo gemendo. –
Não se atreva a parar, não agora. – Falo e mordo seu ombro.
– Não me atreveria. Goza comigo. – Ele me faz olhar para ele, mas
quando desliza o dedo molhado em meu centro eu olho imediatamente e
quase não me aguento.
Seu corpo é grande e faz com que eu me sinta bem delicada, mas ao
mesmo tempo poderosa. Um homão desse me ama e adora me ver assim,
molhadinha e gemendo seu nome. Ponho a cabeça para trás e pulso em seu
dedo. O orgasmo me atinge e eu enlouqueço. Alexandre dá a última estocada
e minhas pernas tremem um pouco. Encosto nossas testas e ele permanece
atolado em mim. Uma sensação de satisfação se instala no meu corpo, ele
respira um pouco ofegante e morde meu lábio.
Além de afundar meus joelhos no coxão afunda minha cabeça quando
me beija forte. Nosso beijo é apaixonado e eu aproveito cada segundo. Faço
questão de roçar minha língua na dele e chupar seus lábios. Vira mais a
cabeça num ângulo ideal e pressionamos nossas bocas uma contra a outra.
Nossos lábios se separam e eu sinto-os tremerem um pouco.
– Está tomando o remédio direitinho?
– Gozou dentro?
– Aham. – Ele me dá mais uns pequenos leves beijos e cai para o lado
me puxando junto.
Ficamos na cama por alguns minutos, quando a fome bate nós
apanhamos um pouco por querer ficar deitados na cama. No momento em
que decidimos nos levantar, coloco uma saia curta com babados na barra.
Olho a etiqueta e vejo o nome da grife. Louis Vuitton. O Ale disse que essa
parte do closet são as roupas de usar em casa, mas eu juro que usarias todas
para sair. São roupas lindas e só de cabeça fiz combinações incríveis para
algumas delas. Não hesito em colocar, visto também uma blusinha preta
colada, o modelo é de alcinha e mostra a barriga. E novamente Louis Vuitton.
Já usei roupas de marcas famosas, mas grife raramente, e muito menos em
casa. Ou melhor muito menos o conjunto todo! Mesmo não combinando,
ponho uma pantufa de gatinho preta e prendo o cabelo num coque.
Termino de preparar o café e sinto uma mão quente nas minhas
costas, logo em seguida seus braços grandes envolvem meu tronco. Ele
morde minha orelha e pergunta se quero ajuda.
– Não, estou bem! – Falo guardando as coisas do balcão, Alexandre
vira meu corpo e me beija apertando minha bunda e me dando leve puxões no
cabelo. – Iria me ajudar a fazer o café? – Pergunto confusa, pois, na verdade,
quem fez foi a cafeteira.
– Eu? – Ele dá uma leve gargalhada. – Eu não sei fazer café, na
verdade, não sei cozinhar, o Marcos sabe. Ia pedir para uma das empregadas.
Mas você dá conta e além disso a mesa do café está linda. – Olho para nosso
trabalho. – Estou me sentindo orgulhoso de mim mesmo por saber cortar as
coisas tão bem. Olha só as fatias desse bolo. E os morangos. Fora que eu
derreti bem o chocolate, Marcos me ensinou, claro. Eu sempre queimava. –
Dou risada. – Nem precisamos de empregada. Somos uma bela equipe.
– Eu dispensei suas funcionárias por algumas horinhas. – Sorri e
morde meu lábio chupando-o. – Alexandre. – Falo seu nome baixinho no
ouvido.
– Katherine, eu adoro quando você fala meu nome. Principalmente
quando você está na cama gemendo, gosto quando você geme manhosa por
eu estar duro e latejando dentro de você – Ele diz sorrindo junto com sua mão
boba e sede de sexo.
– Alexandre, não. – Rio. Ponho outra xícara na cafeteira. – Ale,
controla essas mãos, eu estou pegando o café! – Quero comer, mas também
quero que ele continue com o carinho.
– Gosto quando você fala "não" querendo dizer "isso, continua vai"
com essa voz dengosa. – Murmura beijando delicadamente meu ombro. – Só
quero te fazer gozar e ver novamente como essa carinha linda fica.
Entrego-me agora mesmo e novamente. Beijo sua boca com tesão e
desejo tocando seu corpo musculoso. Ele tinha dito a verdade, falei "não"
querendo dizer "sim". É aquela coisa: sua boca diz não, mas seu corpo diz
sim e... Puta merda... Ele rasga minha blusa. Como? Não é impossível, mas
como seus braços rasgaram uma blusa de tecido tão bom e resistente? Só
porque gostei da blusinha.
– Ei. – Falo indignada com os seios expostos. – Gostei dessa
blusinha, Ale.
– Eu te compro outra depois, quantas quiser, mas eu só quero ouvir
você gritar meu nome gemendo. Ouviu? – Assinto que sim sorrindo.
Ele me pega forte e apoia meu corpo na primeira parede que vê,
termina de tirar a roupa e me senta no balcão. Sinto sua língua quente
subindo na parte de dentro da minha coxa. Sua barba roça me fazendo
fraquejar e abrir as pernas. A minha calcinha nova e rendada não é obstáculo
para o Alexandre, pois ele me chupa sem mais nem menos e em seguida seus
dedos habilidosos empurram o tecido para o lado. Sua língua faz novamente a
trilha, partindo da parte interna da minha coxa até chegar no meu clitóris. Faz
movimentos com o dedo em forma de oito e lambe. A vontade louca de gozar
me possui com volúpia intensa. Ele não precisa ficar muito tempo me
beijando de língua para eu sentir que vou gozar logo. Não demora muito para
que eu fale seu nome, já que prometi que só falaria quando estivesse
gozando. Quase não me aguento de tão gostosa que é a sensação, meu
coração acelera desta e vez e eu fico toda vermelha. Contraio meus pés e o
resto do corpo inteiro... Está vindo.
– Alexandre. – Eu grito gemendo do jeito que ele gosta. Não iria
conseguir falar baixo mesmo. Seus dedos me fodem junto com sua língua.
Finalmente tremo e tenho umas das melhores sensações do mundo,
uma que só ele e o Marcos me fazem ter de maneira tão prazerosa.
– Essas suas tremidinhas são fantásticas. – Diz passando de leve o
dedo no meu clitóris sensível e bem melado. Ajeita minha calcinha e me dá
um último selinho.
Ale se senta à mesa sorrindo como se não tivesse acabado de me
deixar em transe, por causa de seus beijos lentos e intensos que deu em meus
lábios inferiores. Ele toma cappuccino e quando olho para o café puro
voltando para a realidade, percebo que é uma opção melhor.
– Não vai comer, doidinha? – Pergunta e põe um morango na boca. –
Está uma delícia igual a você. Bem docinho e todo vermelhinho.
Sorrio e saio de cima do balcão com as pernas trêmulas, pego minha
blusinha e visto como um colete amarrando as extremidades para cobrir meus
seios. Vai que alguém entra aqui. Sento à mesa acompanhando-o. Quando
ponho um pedaço de bolo na boca eu agradeço pela comida com todas as
minhas forças. Alexandre sorri me observando saborear a calda de chocolate
e morde um pedacinho do meu bolo.
Capítulo dez
Depois que como, subo para tomar mais um banho quente e
demorado antes de ir embora, porém sozinha. Depois que já me sinto bem
melhor coloco uma roupa fresca. Mais grife... Vou à cozinha e vejo que o
Alexandre ainda está lendo e tomando seu cappuccino, e apenas com a calça
moletom preta. Ela cobre somente uma parte dele, mas seu tronco divino
tatuado está de fora e todo definido. Um calor se acumula entre minhas
pernas imediatamente. Sorrio e encosto no batente da porta admirando-o.
Seus olhos fitam os meus e de brinde um sorriso malicioso e convencido se
estampa em seu belo rosto.
Que criatura mais maravilhosa...
– Está me olhando assim por quê? – Diz com uma voz macia.
– Porque você é lindo, tenho sorte de ter conhecido você e o Marcos.
Que saudade dele.
– Safado, romântico, pervertido e amoroso. Toda garota deveria ter
um cara como eu... – Ele me dá uma piscadela e antes que eu protestasse por
algo ele continua falando. – Porém eu sai dessa vida e agora sou só de uma,
ela é gostosa, linda, sensual, poderosa e muito engraçada quando bebe. – Dou
risada. – É tudo isso e nem fez 18 ainda. – Umedece o lábio. – Quer
cappuccino?
– Incrível sua habilidade de fazer gracinhas, me molhar toda e
simplesmente mudar de assunto... – Serro os cílios. – Ousado!
Ela chega perto de mim me prensando no batente e me dá um leve
beijo, com as duas mãos no meu rosto ele me olha por uns cinco segundos e
me chama de linda. Me concede três selinhos e um beijo na testa. Adoro isso.
Simplesmente acho isso muito respeitoso.
– Vou pegar a chave do carro. – Diz e sai da enorme cozinha.
Lembro-me que me esqueci de ajeitar o cabelo. Sem maquiagem tudo
bem, me acho até bonita sem ela, mas com o cabelo para o alto já é
sacanagem, mesmo sabendo que vai demorar para secar. Corro para o
banheiro e começo a pentear meus longos fios castanhos, vou fazer uma tiara
de trança no meu cabelo, amo esse penteado.
– Ihh. Já vi que vai demorar, até a madame arrumar o cabe... – Ele
faz uma pausa. – Espera, está fazendo penteado? – Diz encostado no batente
da porta e me olhando.
– Estou! Por quê? Algum problema, Alexandre? Pressa? – Pergunto
descontraída.
– Não. – Diz levantando as mãos em sinal de redenção e seu olhar
fica no meu corpo todinho.
– Então não pressiona, mulher não gosta de ser pressionada, a não ser
que seja contra a parede, com uma boa pegada na cintura e uma leve puxada
no cabelo. Ai pode. – Olho para seu rosto e lá está o seu sorriso safado.
– Vou te pressionar assim mais vezes, pode? Ah, esqueceu de dizer
que precisa de um pau assim grande igual o meu roçando no corpinho
gostoso que você tem. – Esse tarado, lindo e fofo diz o mais natural o
possível. Como consegue? Quase deixo meu cabelo do jeito que está e
agarro-o aqui mesmo.
– Ousado, meça as palavras, Alexandre. – Falo rindo .
– É que eu manjo das indecências. Que culpa eu tenho de ser safado?
É da minha natureza. – Ele diz rindo ainda de braços cruzados e encostado no
batente da porta. – Está ficando lindo, já está acabando?
– Aguenta mais um pouco aí tigrão. – Falo quando termino minha
trança.
Quando finalmente termino o penteado nós vamos até o carro. O
caminho é silencioso, apenas minha coxa e a mão dele conversaram. Passo a
maior parte do tempo olhando para seu corpo e pelo jeito que ele dirige.
Alexandre estaciona em frente à minha casa e eu beijo sua boca sem pressa
me despedindo. Ah, eu estou nas nuvens.
Entro em casa tão feliz que NADA nesse mundo estraga. Mas risca
essa parte, pois isso é o que eu pensava. Meu pai está no sofá, parece estar
melhor, no entanto sua expressão facial meio tensa quando me vê já denuncia
que tem algo errado... Minha mãe me lança um sorriso e eu retribuo me
sentindo melhor. O dia de ontem e hoje de manhã foram tão bons que nem
me lembrei da conversa com meu pai sobre meu relacionamento.
Como sempre beijo minha mãe e meu pai quando chego.
– Pai? Podemos conversar? – Não consigo deixar de expressar
minha voz fragilizada e vacilante a qual eu não sabia que sairia assim e, na
verdade, não esperava.
– Claro, sobre? – Ele diz seco. – Sobre seu namoro? Sobre você ir
para a cama com dois homens? Ter dois namorados? Mas espera, é pior, é
sobre você não ter me contado antes?
– Eu tinha contado para minha mãe e eu achei que... – Ele me
interrompe imediatamente.
– Achou nada, estou muito decepcionado com você. Vejo que vai
fazer 18, mas não tem o psicólogo para isso. Achei que tínhamos uma relação
aberta, mas você escondeu isso de mim, Katherine. – Fico com um nó na
garganta e raiva. Tenho psicológico sim para meus 18 anos.
– Pai não fala assim, o que eu faço ou deixo de fazer agora é
problema meu. Nunca deveria ter te contado.
Minha mãe fica olhando para nós dois e se manifesta.
– Querido, mantenha a calma, não é para tanto. Ela não é mais uma
criança, só precisou do tempo dela.
– Não é para tanto? Está parecendo que sim, Lorena.. . – Ele retorna
a olhar para mim, fecho os olhos e passa a mão no cabelo. – Você vai
terminar esse namoro, te dou uma semana, e ainda está de bom tamanho,
deveria fazer você ligar agora para os dois.
– Pegou pesado com ela. – Minha mãe fala séria. – Poxa Max, vamos
conversar um pouco sozinhos? Ela não precisa terminar o namoro e nem
vai.
– Não é questão precisar, é questão de dever! – Exclama.
– O que? – Eu dou risada. – Não! Não vou terminar meu namoro. –
Grito.
– Abaixa o tom de voz, Katherine! Ninguém está gritando aqui. Vai e
ponto final, e nós vamos mudar daqui a uma semana para outro estado. –
Meus olhos começam a ficar cheios de lágrimas. – Espero que até lá vocês já
tenham se despedido.
Meu chão cai ali mesmo. Não vou terminar com os dois, eu amo os
dois, e amo mesmo, não falo da boca para fora e nem por achar que amo.
Disso tenho certeza. São maravilhosos, fazem com que eu me sinta bem tanto
quanto minha família. Já me apeguei aos dois e não vou me separar. Droga,
pareço uma menina mimada e apaixonada desses filmes de romance.
– Droga! Como assim nos mudar daqui a uma semana? E minha
formatura? Sei que não quero participar, mas quero estar lá para ver minhas
amigas! Que saco! – Grito e corro frustrada para o meu quarto sem dar
ouvidos ao meu pai me chamando.
– Vamos conversar sozinhos, Max. Está ficando louco?...
Minha respiração ofegante e meu rosto vermelho me fazem
claramente perceber o quanto eu estou irritada. Começo a chorar. Enquanto
subo as escadas minha raiva é tanta que acho que perdi a vontade, mas assim
que fecho a porta me desmancho em lágrimas. Nos mudar? Para onde? E por
quê? Não sou o tipo de pessoa que fica revoltada por tudo. Mas isso já foi o
cúmulo! Choro tanto que acabo adormecendo por causa do sono e a dor de
cabeça.
∞∞∞
∞∞∞
Capítulo onze
Noite da balada
Marcos
O Alexandre foi buscar a Katherine no banheiro e eu fico encostado
no bar saboreando meu refrigerante, pois é a coisa mais forte que vou beber a
partir de agora, pelo menos aqui. Fiz um pequeno trato com o Ale. Olho para
o chão e sorrio ao lembrar da Katherine dançando, ela estava linda e toda
sensual sorrindo, me olhando enquanto rebolava aquela bunda maravilhosa
que tem. Suas curvas são lindas e ela é uma menina formosa,
deslumbrante... Menina. Parece uma mulher, uma angelical mulher. Lembro-
me da primeira vez em que a vi. Nossa. Não sei como, mas algo fez eu me
apegar a ela fácil e de certa inexplicável forma me fez ficar completamente
apaixonado.
Ela passa os dedos em minhas tatuagens com a boca salivando, isso
eu pude perceber. Suas pálpebras estão pesadas, uma grande mexa de seu
cabelo está em seu rosto e com certeza sua bocetinha está molhada e doce
como sempre...
Balanço a cabeça e acabo pedindo uma dose dupla de uísque para o
barman... Dane-se. O Alexandre dirige hoje ou eu chamo o motorista. Droga.
Isso me faz lembrar que preciso dizer a verdade para a Katherine sobre meu
emprego. Ela não sabe que sou um CEO, e muito menos que o Alexandre
também é.
Da última vez que viajei fui fazer uma reunião com um americano,
marcamos de nos encontrar no Rio de Janeiro, pois ele tinha uma espécie de
sala de reuniões, aquilo se parecia um galpão no meio do nada, perto de um
rio que foi reformado e ficou luxuoso. O lugar era realmente bonito, a vista
que as grandes janelas de vidros, que iam do teto até o chão de mármore,
proporcionavam era esplendida. O copo é colocado em minha frente e eu
tomo o conteúdo em um gole, saboreio um pouco a bebida deixando-a na
boca por um curto período e depois deixo o liquido descer aos poucos me
aliviando de certa forma.
Não posso ficar doidão. Não posso ficar doidão. Não posso ficar
doidão.
Deixo o copo de lado já que vai ser a única dose essa noite. Olho a
multidão de corpos se mexendo ao redor, vejo vários olhos femininos me
olhando, olho para os corpos os quais rebolam e volto minha atenção ao
redor.
Eu precisava tanto disso que nem notei quando segurei sua cintura
fica com uma certa força e a cada estocada gostosamente forte que dava,
puxava ela para mais perto.
– Já disse que sua vagina é linda? – Pergunto arfando.
– Já! E você me deu até um apelido. Lembra? – Diz ofegando
também. – Minha nossa. – Geme. Começo a alisar seu clitóris rosado.
– Aé, bochechudinha. Da vontade de te chupar e fazer você gozar
muito sabia? – Ela sorri. Minha voz saiu rouca e ela revira os olhos
gemendo e implorando por mais.
Sua expressão me faz abrir a boca num ‘’O’’ perfeito, arquear as
sobrancelhas juntas e gozar depois que seu último gemido foi dado. Seus
pequenos pés ficam esticados e eu sorrio ao notar que faz isso sempre que
goza.
– Marcos, para. – Ela diz fofa sorrindo e um gritinho escapa de sua
garganta. Ela fecha as pernas, ou tenta...
– Que?
– Está sensível.
Tiro meu polegar de seu centro e saio de dentro dela, vendo logo em
seguida a marca do meu prazer escorrer por sua delicada intimidade. Isso
aqui é mais que sexo. Ela toma meus lábios cautelosamente e...
– Oi. – Uma voz feminina me tira dos devaneios. Olho para a criatura
na minha frente com um sorriso bobo.
Não é a Katherine e não estou sorrindo para mulher loira e baixinha.
Estou sorrindo por não entender o que a Katherine está fazendo comigo,
estou sonhando acordado... Isso é bom.
– Oi. – Respondo um pouco menos animado. – Ela sorri.
Não é feia, tem um bom corpo e seios medianos. Que foi? Sou
homem, foi automático e o decote que ela está usando não colabora. Ela tem
olhos escuros, acho... e os lábios são finos assim como seus dedos que
seguram um copo com o que aparenta vodca ou tequila dentro ou algo assim.
Ela está meio bêbada.
– Como é seu nome? – Não sei o porquê, mas não quero falar com
ela.
Parece que depois da Katherine não dá vontade de falar com outras meninas,
quer dizer, outras que dão em cima de você ou que aparentam dar em cima.
Só não estou afim de conversar, na verdade.
– Marcos.
– Que nome forte, másculo. Sou Manuela. – Ela dá uma pausa
olhando para mim inteiro e morde o lábio assim que seus olhos se cruzam
com os meus. Ela está tentando me seduzir? – Tem quantos anos? – Que
preguiça...
– Vinte e quatro. – Respondendo secamente, não foi a intenção, então
sorrio levemente. Não sou mal-educado.
– Então, você tem namorado? Porque meu amigo está interessado em
você. – Ela sorri. – Mas quando eu vim falar com você reparei que você
olhou para os meus seios, então acho que você não gosta da mesma fruta que
eu.
– Não. – Dou risada com ela. – Não gosto. – Olho ao redor
procurando a Katherine e o Alexandre.
– Eu imaginei, desculpa o engano.
– Não tem problema, mas mesmo assim eu tenho namorada.
Desculpa desapontar seu amigo.
– Hum, sou comprometida também.
A conversa se estende por mais um tempinho, mas, na verdade, eu
estou mais preocupado com a Katherine, então não prestei muito a atenção.
Cadê essa Doidinha? A Manuela me passa o número dela para que a
adicionasse no WhatsApp, não tenho nem cabeça para recusar já que nessa
hora vejo Alexandre se aproximando e tudo o que mais quero é saber da
Katherine.
∞∞∞
Katherine
Hoje, ao me levantar, eu senti uma imensa vontade de ficar na cama,
meu sono era muito, mas acabei me levantando, pois já eram quase uma hora
da tarde. Depois que tratei de tomar café eu resolvo ligar para o Marcos. Sua
voz maravilhosa soa do outro lado da linha, e parece que ele está meio
ofegante.
– Oi, gostoso. – Falo antes dele.
– Oi meu anjo. Tudo bem?
– Mais ou menos.
– Vai viajar hoje, né? Eu e o Alexandre vamos ir aí depois para se
despedir! Já fica sem calcinha para facilitar, ok? – Não pude deixar de rir.
– Que ótimo, vocês vão me destruir.
– A intensão é te deixar suada, sensível e quase inconsciente com o
orgasmo. Quero que você não lembre nem o próprio nome. – Sorrio. Sua voz
ainda parece ofegante, mas rouca e deliciosa.
– Fico só de pensar. Por que está ofegante? – Um pequeno silêncio se
instala e finalmente ele responde.
– Eu estava correndo.
– Correndo? – Novamente o silêncio...
– Tá, eu não estava correndo, na verdade, me masturbando
imaginando sua boca macia sugando meu pau loucamente igual você faz.
Céus... Katherine. – Ele diz gemendo. – Foram várias e várias vezes, nada me
amolece.
– Está fazendo isso agora? – Pergunto rindo
– Estou. Estava, já terminei. – Passo a mão no rosto, que homem é
esse?
– Meu Deus, Marcos. – Dou risada.
– Meu Deus digo eu. É só lembrar de ti e pimba. Durinho da Silva.
– Vem que horas? – Mudo de assunto. Não acredito que ele estava se
masturbando e falando comigo. ELE ESTAVA SE MASTURBANDO E
PENSANDO EM MIM. Dou uns gritinhos por dentro e sorrio mais para não
gargalhar alto.
– Não sei, gostosa, vou assim que puder. Estou com saudade de você.
Prometo que vou.
– Eu também. Agora tenho que terminar de arrumar minhas malas.
Te vejo depois, Marcos.
– Tudo bem, te vejo depois, minha linda. – Aprecio cada sílaba em
tom grave que seus lábios transmitem me fazendo arrepiar.
Ponho tudo o que preciso na mala, mesmo não querendo. Viajar pode
ser bom, mas juro que trocaria a viagem para ficar esse tempo na casa do
Marcos. Ia ser uma maravilha acordar com os dois juntinhos naquela cama
imensa, os quatros braços grandes e musculosos me agarrando, beijos de boa
noite intensos e trepadas matinais voluptuosas. Ahh, minha calcinha molha só
de pensar. Tomo um banho, e depilo o que preciso, quase nada, mas acho que
eles gostam de me ver lisinha. Fico vermelha de imaginar que na primeira vez
que o Alexandre colocou o rosto entre minhas pernas eu estava meio
peludinha. Que foi? Eu não esperava sexo, tinha algo em mente sim, mas
pensei que iriamos apenas jantar. E eu acho que ele adorou, pois, o sorrisinho
que ele fez quando me viu exposta foi lindo, mas mesmo assim ainda fico
toda corada.
Enquanto eu termino de colocar os brincos a campainha toca e lá
estão os dois. Lindos, elegantes e vigorosos. Com um sorriso no rosto o
Marcos me puxa pela cintura mordendo o lábio antes que eu pudesse dizer
uma única palavra. Dou um beijo quente e romântico em ambos. As mãos do
Ale passearam pelo meu corpo durante nosso lento beijo e a língua do
Marcos explorou meus lábios milhares de vezes quando estávamos em uma
gostosa conexão. O aroma deles é esplendido. O cabelo castanho claro do
Alexandre está incrível todo bagunçado assim, está dando mais charme do
que ele já tem. Vou sentir saudade deles.
Nós entramos e sentamos no sofá em L no meio da sala. Eu me deito
ficando no colo do Ale e com as pernas em cima do Marcos. Suas mãos
macias acariciam minhas coxas e eu aproveito o tempo que tenho perto deles.
Não vou morrer se ficar 1 mês longe deles, mas vou sentir saudade. Gosto do
carinho que me dão.
– Vou sentir saudade.
– Nós também, mas quando você voltar quero que passe o dia com a
gente. – O Ale diz e beija minha têmpora.
– Com certeza farei isso.
Observo os dois atentamente, o Marcos tem os olhos na cor âmbar, já
o Ale tem olhos meio azuis. O Marcos tem os cabelos mais escuros que o Ale
e os dois têm covinhas lindas acompanhadas de um sorriso encantador com
dentes brancos e perfeitos. São parecidos, mas têm algumas lindas
diferenças.
– E seus pais?
– Saíram. Vão voltar bem mais tarde. – Respondo para o Marcos.
– Então, eles deixaram a pobre garotinha sozinha em casa.
– Não sou mais criança, Alexandre.
– A gente podia te sequestrar e abusar do seu corpo sabia?
– Estariam me fazendo um favor. – Penso um pouco. – Espera,
abusar? Do meu corpo?
– Sim e você do nosso.
O Marcos levanta do sofá e me puxa pelos tornozelos abrindo minhas
pernas, o Ale segura minhas mãos beijando minha testa. Sorrio e mordo o
lábio gostando disso. Meu vestido rodado e meio curto é levantado até a
barriga onde Marcos deposita um beijo terno e morde.
– Qual a parte do ‘’ tira a calcinha ‘’ a garotinha teimosa não
entendeu? – Seus olhos se encontram com os meus e ele me estuda com as
sobrancelhas levantadas.
Minha libido passa a ficar cada vez maior, minhas pernas estão bem
abertas, meus pés contraídos e esticados. Oh lorde... eles sabem como me
excitar. Noto que há uma parte úmida na minha calcinha no formato de um
círculo, eu coloquei agora há pouco. Escapa-me um pequeno gemido e
Marcos passa o dedo de leve no tecido, bem em cima do meu centro inchado.
Marcos me dá uma palmada quando fecho as pernas em reação ao seu
dedinho intrometido, e o Alexandre passa a segurá-las posicionando suas
mãos grandes e magras na parte de trás dos meus joelhos.
Fico com um frio na barriga e a vontade de ter um orgasmo é enorme.
O clima esquenta cada vez mais e seu dedo massageia meu clitóris por cima
do tecido me deixando doida. Fecho os olhos me concentrando na carícia que
recebo e meus quadris começam a movimentar-se para cima e para baixo. As
mãos do Alexandre apertam meus seios e eu olho para ele. Assim que mordo
o lábio a língua do Marcos me chupa por cima do fino tecido alisando minha
bunda. Minha nossa. Minha manifestação de prazer sai alta demais, pois sou
pega de surpresa.
– Acho que você está com roupa demais para o meu
gosto, Katherine – O Alexandre diz.
Não dá tempo de pensar em nada, quando me dou conta minhas
roupas já estavam sendo tiradas do meu corpo e sendo jogas no chão junto
com a deles. Fico nua e molhada. Minha boca é devorada pelo Alexandre e
minha vagina é abocanhada pelo Marcos. Alexandre me beija lentamente e
põe as mãos no meu rosto, bem no maxilar, seguro seus pulsos e retribuo o
beijo generosamente. Meus pequenos gemidos são dados à medida que a
língua do Marcos aumenta a velocidade.
– Que bucetinha mais gostosa, Katherine. – Marcos sussurra e fisga
meu lábio inferior com os dentes.
Nosso contato é desfeito devagar, então abro os olhos e os dois tiram
a cueca na minha frente. Toco em meus seios e observo os dois como se eu
fosse devorá-los. Dava para ver perfeitamente as ereções sob o tecido. Agora
elas estão eretas e livres. Os dois estão loucos para se enterrarem em mim.
Eles são incríveis. Ambos se aproximam lentamente com seus corpos viris e
vigorosos. São enormes.
Os dois beijam meu pescoço e eu novamente fecho os olhos para
aguçar meus outros sentidos. Sinto e presto atenção em cada passada de
língua, cada chupão que consequentemente me dá calafrios e arrepios.
Fico de quatro no sofá e agradeço por ele ser bem grande e caber nós
três. Mordo o lábio e ataco o Marcos quando ajoelha na minha frente. Ouço
Alexandre pegar uma camisinha e volto a me concentrar em chupar o
Marcos. Enquanto sinto as maravilhosas e ainda lentas estocadas do
Alexandre e o Marcos em minha boca reparo que não vou querer parar por
tão cedo. Gostei muito do ménage.
Sinceramente, isso tudo é novo para mim e é uma das melhores
coisas que já me aconteceram, nunca pensei na possibilidade de me deitar
com dois homens, nunca pensei que um dia estaria de quatro sentindo as
investidas de um cara maravilhoso enquanto eu abocanhava com vontade a
ereção rígida e hipnotizante de outro. Ambos são muito atraentes e minhas
emoções estão todas misturadas e explosivas.
Sinto uma palmada e sugo toda sua grossura até minhas bochechas
ficarem côncavas. Amo a expressão que o Marcos faz quando faço isso. Sua
boca abre um num "O" perfeito e ele fecha os olhos travando o maxilar.
Marcos tem um gosto incrível, então faço com vontade sempre mantendo um
intenso contato visual e dando atenção a tudo, principalmente a cabecinha. A
dele é mais sensível que a do Alexandre.
– Oh, Katherine, isso. – Ele faz um coque improvisado no meu
cabelo. – Cacete.
Agarro-o masturbando esse monumento enquanto minha língua
percorre pela longa extensão, empino mais a bunda querendo mais estocadas,
mais Alexandre, mais Marcos, mais... Nossa! Esses dois me deixam sedenta.
Eu amo os dois.
– Você. É. Muito. Gostosa. – Alexandre diz no mesmo ritmo das
investidas e segura forte minha cintura.
Meu quadril é pressionado contra ele e eu respiro fundo tomando
fôlego. Esses dois me tiram o ar. Chupo o Marcos novamente, e bem
determinada para sentir seu jorro transbordar pela minha boca, mas antes que
eles finalmente gozassem, os dois diminuem as carícias até que fico sem
contato com nenhum dos dois.
– Marcos, volta aqui. Alexandre!
Marcos põe as mãos em meu rosto e me dá um beijo carinhoso, beija
minha testa e depois meu nariz.
– Vou te fazer gozar primeiro.
Sabe, eu amo o jeito que eles me tratam, me colocam muitas vezes
em primeiro lugar e detalhe: Eles sempre querem que eu goze primeiro. Mas
eu estou ansiosa para ver os dois gemerem e esguicharem A PORRA EM
MIM. Eita... me empolguei. É a adrenalina, excitação e desejo pelo meu
corpo todo.
– Mas...
– Sem ‘’mas‘’ anjo, você primeiro! – O Ale diz me deitando no sofá.
– E ficamos com mais tesão quando você goza. Lembra sempre disso.
– Mas vocês estavam quase, a carinha de vocês estavam tão lindas e...
– Os dois beijam meu pescoço.
– Shiu. – Marcos faz um barulho para eu ficar quieta. – Só relaxa. –
Eles abrem minhas pernas delicadamente. – Tão linda aqui em baixo. – Os
dois sorriem um para o outro.
Dois beijos são depositados na parte interna de cada coxa minha,
ambos fazem uma trilha até meu pequeno ponto sensível e colocam a língua
me dando um beijo, um de cada vez. Aperto meus próprios seios e mordo o
lábio, minha respiração fica mais acelerada e meus ruídos cada vez mais
altos. Marcos e Alexandre alternam as carícias me enlouquecendo. Abro mais
minhas pernas para que ambos tenham espaço e mordo o lábio. Acho que
morro e ressuscito por causa da sensação deleitosa. Minha nossa. Marcos
investe em pequenas sucções e o Alexandre incansavelmente me dá beijos de
língua. Ambos fazem de tudo pelo meu prazer e quando o orgasmo me atinge
com tudo, eu seguro nos braços dos dois apertando enquanto eu fecho minhas
pernas.
– Ver você tendo um orgasmo é a melhor coisa do mundo. – Marcos
abre novamente minhas pernas e eu pulso em sua língua da forma mais
gostosa quando ele me prova de novo.
– Confia em mim? – Alexandre pergunta. – Ou melhor em nós dois?
– Confio. – Falo depois de hesitar um pouco. Confesso que a
confiança está sendo construída.
– Podemos tentar algo diferente? – Marcos pergunta.
– Vocês ainda não conquistaram o sexo anal. Nem pensem.
– Tentamos. – Marcos diz e senta no sofá.
Ele puxa meu corpo em seguida e me faz montar nele, porém de
costas. Alexandre se masturba chegando perto e quando coloco seu pau na
boca eu estouro de emoção por dentro. É tão bom chupar uma ereção que
enche a boca. Com cautela e lentidão, Marcos me penetra todo seu membro.
Não há palavras que descrevam como é sentir ambos dentro de mim. De certa
forma, sempre que estamos juntos temos uma conexão forte e nossos corpos
são como imãs. Nosso sexo tem um ritmo muito bom e parece que é até
ensaiado. A cada vez que os dois entram e saem de mim sinto várias emoções
juntas e quero sempre mais. Muito mais. Ambos têm gostos muito bons e não
é delírio meu.
As camisinhas estão no chão, pois gostamos do contato pele com
pele. É ideal para nós três. Sento com gosto e chupo com desejo. Faço sempre
muito bem porque gosto de vê-los loucos de tesão. Seus gemidos são graves,
muitas vezes roucos e passaram a ser meus favoritos. Uma camada de suor
surge em minha pele e minhas pernas começam a queimar. Não vou parar
agora. Marcos me ajuda com os movimentos me guiando com as mãos na
cintura. Quando aperta o local e se retira de mim sinto seu esguicho na minha
barriga, a qual sobe e desce apressadamente, e mais tarde escorrendo.
Minhas pernas normalizam aos poucos e eu agradeço por ele ter
gozado logo. Preciso ir para a academia fortalecer essas coxas. Sugo a
cabecinha do Ale e engulo cada gota, mesmo ele tendo avisado e tentando
não gozar na minha boca. Minhas pernas estão moles e meu corpo destruído,
mas mesmo assim um sorriso está em meu rosto. Deitamos agarrados bem
devagar. O sofá é grande então coube nos três perfeitamente. Se meus pais
entram nessa casa eu tenho um ataque do coração, mas acho que dá tempo de
correr para o quarto.
– Amo você – Os dois falam juntos, no mesmo tom, grave e baixo,
com vozes grossas e maravilhosas.
– Eu também.
– Você é tão linda, Katherine. – Sorrio para o Alexandre.
– E fica mais linda ainda corada. – Corada, Marcos? Meu rosto está
queimando.
Beijo o maxilar dos dois e fico curtindo o “sanduiche de Katherine“
no perfeito silêncio. Agarrada pelos dois eu sorrio e respiro fundo. Como
podem ter corpos tão lindos? Pernas grossas, corpos grandes, sorrisos lindos,
barrigas com tanquinhos e gomos perfeitos de brinde. E tudo isso, os dois são
loucos por mim e gostam de cada parte do meu corpo. Percebi isso, pois já
percebi que eles não tiram os olhos de mim e nem as mãos.
– Acham que eu estou gorda?
Não sei se é exatamente isso o que que queria perguntar, mas quero
ter um pouco mais de resistência. Quero acompanhá-los, poxa eles são bem
definidos e eu gostaria de ter um corpo um pouquinho mais durinho. Eu gosto
do meu corpo sim, tenho minhas inseguranças, mas às vezes, minha gente, eu
como que nem uma baleia azul, sem freio algum. Eu amo comer. E acho que
às vezes uma opinião masculina pode ser boa. Quero estar bonita para eles.
– Katherine, olha para mim. – Encaro o Ale. – Desde quando você é
gorda? Está ficando doida? Por que mulheres teimam com isso?
– Eu não disse que estou gorda, só estou checando, sabe eu gosto do
meu corpo, adoro.
– E tem motivo para gostar. – O Marcos murmura e aperta meu seio.
– Você tem que amar seu corpo. Está perfeito.
– Mas tenho esses pneuzinhos aqui. – Sento, aperto eles mostrando e
os dois riem. – Que foi? Olha.
– Isso é pneuzinho? – O Ale pergunta. – Eu não sabia que o nome era
pneuzinho. – Os dois pegam forte um de cada lado. – Acho uma maravilha.
– Katherine, nós não ligamos para isso que você chama de
“pneuzinho”, na verdade, amamos! É aquele lugar em cima da sua raba,
gigante e gostosa, perfeito para encaixar as mãos quando você está de quatro.
– O Marcos diz e me dá uma piscadela.
– Sabemos que tem inseguranças com o corpo, todo mundo tem. Mas
não fica com paranoia, não. Gosto das gordinhas. São lindas.
– Também gosto. – Eles apertam novamente meus pneuzinhos. –
Acho que cada mulher tem sua beleza. E como beleza é relativo, tem sempre
alguém que ache bonito.
– Vem cá doidinha, deita aqui. – O Ale diz. Os dois me puxam e me
apertam forte.
– Pneuzinho. – O Marcos diz e rimos.
– Vocês não existem. Devem ser anjos enviados, devo ter feito algo
muito bom em outra vida e estou sendo recompensada em dobro e...
Ouvimos o barulho da porta e demos um pulo do sofá. Droga!
Corremos pelados para o meu quarto e eu dou risada ao ver o membro dos
dois balançando. Meu coração dispara e eu só percebo isso quando entro no
quarto. Fecho a porta e mordo o lábio olhando as bundas redondinhas.
Retomo minha respiração normal e tomo um rápido banho antes de pôr a
roupa aos risos e agitada junto com eles.
– Que susto. – Falo.
– Tive um mini ataque do coração. – O Marcos diz vestindo a blusa
junto com o Alexandre.
– Seu pai nos mataria se encontra nós três daquele jeito. Dois lobões
com as garras na menininha dele. – Seca o cabelo com a toalha.
– Mataria mesmo. Nunca mais voltaríamos dessa viagem. – Meu
sorriso se desfaz um pouco.
– Vai ser uma longa viagem. – Marcos murmura.
Quando já estamos vestidos e apresentáveis, descemos tentando
manter uma postura. Minha mãe abre um sorriso ao ver os dois e fica bem
animada. Meu pai cumprimenta, mas mesmo assim ainda fica um clima
estranho. Max vai até a cozinha dizendo que vai pegar vinho e minha mãe
joga minha calcinha no Marcos que ri e joga em mim.
– Esqueceram uma coisinha aqui na sala safadinhos. Rolou festinha
lá em cima?
– Ah, sabe como é né sogrinha? Sua filha distrai e ocupa 99% da
atenção. Isso leva a pequenos esquecimentos. E rolou festinha sim. – O
Alexandre diz meio tímido, mas ao mesmo tempo descontraído.
– Sei bem como é, essa Katherine é danada. – Diz fazendo sinal para
todos nós nos sentarmos.
– Não sou danada, mãe. – Rebato percebendo o quão elegante ela
está.
– Lógico que é, puxou a mim!
– Daí que vem tanta beleza. – Marcos comenta.
– Aos trinta e cinco a gente faz o que pode, meu querido. – Rimos.
Aos trinta e cinco anos minha mãe não estava casada e nem sonhava em ter
filhos.
Meu pai traz o vinho e serve todos nós. Acho incrível a postura que
os dois têm, são sempre elegantes, e tem um ar poderoso. Conversamos mais
um pouco, e noto que meu pai já está mais solto com eles, parece que estão se
dando bem. Eu minha mãe vamos para a cozinha deixando os três sozinhos,
instalou-se um silêncio e eu acho que não vai ser uma boa ideia. Olho para
trás antes de entrar na cozinha e o Marcos pisca para mim.
– Está se cuidando direitinho, né, minha filha? – Pergunta bebendo
vinho direto da garrafa.
– Estou mãe, eu tenho os remedinhos. Transamos algumas vezes sem
camisinha, mas eu vou fazer exames e prometo que volto a usar.
Ela ri e põe uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. Minha mãe
sorri me olhando com brilho nos olhos.
– Está tão grande e crescida. Já posso me imaginar com vários
netinhos.
– Já está pensando em netos mãe? E mais de um?
– Já olhou bem para a dupla viril no sofá? Eles têm cara de quem tem
disposição para coisa toda, vai ser um filho cada ano. Já estou pensando nos
nomes, estou preparando o coração para emoção. E pela beleza desses dois,
vão ser lindos. E falo isso por causa de antes minha filha, vou te contar, seu
pai é lindo, e eu sabia que você ia ser linda também. E é assim que a banda
toca. Pessoas bonitas geram crianças bonitas. Você é a prova disso.
– Mãe, para você todo mundo é bonito e todo bebê também.
– Verdade, né? Mas vamos ir agora, se não a gente se atrasa para o
voo e o silêncio constrangedor deve estar exalando naquela sala.
– Vamos. – Nós vamos abraçadas, mas antes que saíssemos da
cozinha eu tiro a garrafa da sua mão.
Assim que entramos na sala vemos os três rindo muito e
conversando. O que aconteceu aqui? Minha mãe sorri e senta no colo do meu
pai. Eles dão um selinho.
– Bom, meninos, agora a gente tem que ir. Foi ótimo ver vocês
novamente, são sempre bem-vindos aqui.
Meus pais levam as malas para o carro depois de se despedirem dos
dois. Minha mãe volta para espiar a gente, pega a minha mala para disfarçar e
sorri para nós três.
– Te espero lá fora. – Ela se direciona à porta. – E, Katherine. – Ele
me chama. – Não esquece de vestir uma calcinha princesa. – Ela manda um
beijo e sai.
Vejo o sorrisinho no rosto dos dois.
– Sua mãe é engraçada. Lembra a nossa.
– Por isso vocês são assim, Ale?
– Sim, a safadeza a gente herdou do meu pai. O velho era tarado pela
minha mãe. Eles iam adorar conhecer você.
– Eu também iria.
O Alexandre me puxa para perto encostando os lábios na minha boca,
me dando um beijo profundo e envolvente ele me agarra em seus braços. Sua
língua roça na minha e seus lábios movimentam-se com precisão e cautela,
viro a cabeça num ângulo perfeito e faço nossas bocas se encaixarem
perfeitamente, paramos num selinho demorado e eu deslizo as mãos pelos
seus músculos. Esse beijo foi muito bom.
– Minha vez – O Marcos diz pegando na minha mão.
Ele cola meu corpo no dele e junta nossos lábios, o beijo não começa
lento, muito pelo contrário, seus lábios macios me deixam louca com um
beijo voraz. É como se fossemos um só, suas mãos vão para minha bunda e
meu lábio inferior é mordido, o Ale concentrou suas mãos na minha cintura,
mas o Marcos aperta minha bunda com mãos firmes, eles são incríveis.
Minhas mãos também se ocupam em sua carne durante todo o nosso contato.
O beijo vai ficando lento e ele me concede um selinho terno.
– Vamos?
– Claro. – Respondo.
Fecho a casa e vamos em passos lentos até o taxi. Abraço os dois
antes de entrar no carro e inalo o aroma divido pela última vez. Falando
assim parece que nunca mais vamos nos ver...
– Amo você – Eles falam em uníssono e eu sorrio surpresa com a
sincronia.
– Eu também amo vocês. Vou sentir saudade.
– Boa viagem, até daqui a longos 30 dias.
– Não fala assim, Marcos. Quando vocês puderem, a gente se fala
pelo Skype. Eu nem tenho conta, mas crio uma.
– Boa viagem, meu anjo. – Ale diz e beija minha testa.
– Obrigada.
Passo a mãos pelo peitoral rígido dos dois e desço até os gomos. Eles
dão risada e minha mãe põe a cabeça para fora do carro.
– Eles são uns pecados, sua safada. Mas temos que ir.
– Lorena, o único pecado aqui, sou eu! – Meu pai diz, claramente
com ciúme.
Entro no carro e Alexandre fecha a porta por mim. Ponho meus fones
de ouvido sorrindo para os dois e o carro dá partida. A cada vez que falo que
amo os dois, esse amor cresce, e eu sei que é amor. Nunca senti nada por
alguém assim antes. Vou ficar um mês sem vê-los, um mês. Droga, é muito
tempo. Não vou morrer, mas é ruim ficar longe de alguém quem gosta,
especialmente esses dois. Estou absolutamente apaixonada.
Capítulo doze
3 semanas depois
Alexandre
Eu não gosto muito da ideia da Manuela ser nossa "diarista”, durante
essas semanas ela vem dando em cima de mim, e posso deduzir que em cima
do Marcos também, mas ele ainda não enxerga isso. Ela vem quatro dias na
semana e isso já é muito sufocante. Os olhares, as abaixadas para pegar algo
que cai no chão, o jeito que ela anda pela casa, as conversas e entre outras
coisas já deixam a entender as segundas intensões. O pior é que ela sabe que
somos comprometidos e ela se diz ser comprometida também.
Já conversamos sobre isso e teve um dia em que ela disse, baixinho,
que eu e o Marcos somos areia de mais para o caminhãozinho da Katherine.
Fiquei irritado, mas acabei deixando para lá, pois ela pode ter falado outra
coisa e eu posso ter entendido errado. Semana passada quase brigamos. Ela
disse que parecia que nós não gostávamos realmente da Katherine e que ela
pode ser uma interesseira. No momento eu explodi, não gritei, mas falei firme
e duro. Retruquei falando que ela não era interesseira de jeito algum, não
contei do fato dela não saber que somos empresários bem sucedidos, mas
falei que amávamos a Katherine, e quero que ela a trate com respeito, afinal,
ela não conhece o ser incrível que aquela doidinha gostosa é. No outro dia, a
ouvi comentar com a amiga pelo celular que nós tínhamos vergonha do jeito
que ela se vestia, por isso compramos aquele monte de roupas. Achei um
absurdo, eu gosto do estilo da Katherine, principalmente o jeito em que ela ia
para escola, a calça jeans meio larga, All Star e a regata colada ao corpo
deixam-na esbelta, com um estilo despojado e jovem só dela, sem falar nos
coques meio bagunçados com uns fiozinhos rebeldes no cabelo. Ela é
maravilhosa.
Conversei com o Marcos, e ele com Manuela. Ela explicou tudo e
disse que não era a intensão falar mal. Por mim ela já estaria demitida, mas o
Marcos deu mais uma chance e disse que compreendeu o mal-entendido.
Também me assegurou de que Rebecca está ajudado a procurar outra
ajudante.
Quando acordo vou para o quarto do Marcos ver se ele já está
acordado, provavelmente não, ele gosta de dormir até tarde quando sabe que
pode, pois quando ele tem que acordar cedo para algum compromisso é
sempre pontual, é uma das coisas que admiro no meu irmão.
– EAEE. – Bato palmas. – VAMOS ACORDAR BELA
ADORMECIDA OU VAI QUERER BEIJINHO?
Falo gritando bem alto indo em direção a ele que estava se
espreguiçando quando entrei e como sempre está pelado com o lençol
cobrindo sua minhoquinha, meu pau é maior que o dele, mas o Marcos não
assume.
– É sério isso? Sério mesmo, Alexandre? Você precisa mesmo fazer
isso? Porra, cretino, sai do pé, me deixa dormir. – Diz sério, mas com alguns
traços de humor em seu rosto. – Eu sei que sou gostoso e que sou muito
atraente, mas vamos maneirar gostosa. Calma aí, sou comprometido. – Ele
murmura rindo.
Eu também dou risada e também estou pelado, totalmente pelado.
Olho em volta e percebo que o quarto está bem arrumado, estranho, o quarto
do Marcos é sempre meio bagunçado pela manhã. Vejo a Manuela saindo do
banheiro com uns baldes de limpeza, acho que acabou de limpar a suíte toda.
Tomo um susto e pulo na cama me cobrindo.
– Cretino safado. Por que você não me avisou que ela estava aqui?
Estou peladão, Marcos. – Falo sussurrando e dou um soquinho em seu braço
ele me retribui com outro.
– Sai pra lá. Não quero homem pelado na mesma cama que eu não.
– Bom dia meninos! Estão bem? – Ela diz sentando na beira da cama.
Esse uniforme está curto demais.
Todas as nossas empregadas usam vestidos, mas são comportados,
esse está a um palmo a cima do joelho ou mais, vou providenciar um
uniforme maior. Não dou a mínima para o tamanho das roupas dela, mas aqui
em casa ela usa uniforme e eu não admito que fique tão curto.
– Bom dia. – Falo todo vermelho por causa da cena.
– Bom dia. – Marcos diz meio sonolento.
– Vou pôr o café na mesa.
Ela nos deixa a sós no quarto e eu sinto uma mão na minha coxa
indo paro meu garotão...
– Marcos! – Advirto rindo com ele. – Você é gay, não é? Eu sempre
quis um irmão gay, sério. Iria ser perfeito, assim eu não teria
que dividir mulher com você.
– E se as pessoas tiverem preconceito comigo?
– Não se preocupa, eu mesmo soco cada uma delas. – Levanto-me. –
Agora sai do armário e deixa a Katherine todinha para mim.
– Nem por todo o dinheiro do mundo.
Nos vestimos rapidamente e vamos à cozinha, encontramos Manuela
servindo o café preto do Marcos, sem açúcar, claro, e Rebecca beija nossas
testas se retirando do local. Rebecca é um amor.
Manuela às vezes fala com a gente com voz de safada, quase
gemendo, Marcos também percebeu, mas prefere não falar nada. Ele acha que
pode ser algum problema e o assunto pode ser delicado. Terminamos de
tomar café depois de muito papo, gosto de conversar com Marcos, é incrível.
Eu penso em me retirar da mesa, mas eu fico na cozinha comendo mais um
pedaço do bolo da Rebecca enquanto Marcos vai até a sala assistir TV.
Rebecca tem mãos de ouro. Queria eu saber cozinhar assim, Marcos e ela
tentaram me ensinar, mas eu só me saí bem cortando os legumes. Queimei o
feijão e meu arroz ficou papado e todo grudado. Talvez um dia eu aprenda.
– Ale? Você precisa de mais alguma coisa? – Ela murmura sorrindo e
me lançando um de seus truques de sedução. Manuela é bonita, mas as
atitudes a deixam feia.
– Não, obrigado. Estou bem, Manuela. – Respondo gentil.
– Tem certeza? – Ela se aproxima e coloca a mão em meu braço
apertando meu músculo e alisando a mão pela minha tatuagem. Travo o
maxilar e tiro sua mão de mim. – Nossa, você malha bastante, né?
– Tenho certeza que não quero nada. E por que está me perguntando
se eu malho se você me vê malhando? Escondido, mas eu já notei.
– Ah é, né. Desculpa. – Ela ri. – Uma pena você namorar aquela
menina lá. Novamente suas mãos tocam em meu peito nu e desce para
minha barriga.
– TIRA A PORRA DA MÃO DE MIM, MANUELA. – Grito com
ela e me afasto.
Ela se assusta de começo e dá um sorrisinho. Que mulherzinha... O
Marcos aparece na cozinha depois de segundos.
– Porra! Está gritando por quê? O que que está acontecendo aqui?
– Está acontecendo que a Manuela está me alisando. E se fosse ao
contrário eu sairia como o pervertido. Demite essa doida, Marcos.
– Desculpa, Sr. Alexandre, não era essa a intenção. Eu só estava
conversando, queria saber se você queria algo mais.
– Manipuladora. – Eu digo a ela. – Demite essa mulher. Marcos, ela
tem que ser aniquilada.
– Alexandre! – Marcos me repreende. – Aniquilada? Você tem
quantos anos? E ela já pediu desculpa. – Olha para a doida que está "fazendo
a pêssega" – E Manuela não precisa alisar para saber se ele está bem. Ele não
é mais um bebê, parece, mas não é.
– Vai à merda, Marcos.
– Olha como fala comigo, ainda sou o mais velho e não foi essa a
educação que eu te dei.
Eu saio puto da cozinha e decido ligar para Katherine, pois lembro
que ela me disse que ia chegar mais cedo da viagem. Com esses dias cheios e
com aquela abusada da Manuela não consegui contar para o Marcos, acabo
esquecendo, mas depois conto, agora preciso ligar para a doidinha gostosa.
Marcos
Fico fitando a Manuela depois que o Alexandre se retira bravo da
cozinha, não entendi muito bem o que tinha acontecido, mas sei que Manuela
não é nada santa e também sei que o Alexandre é exagerado e dá muito
chilique às vezes, ele era muito mimado e aprendeu a ser uma pessoa mais
calma, porém velhos hábitos nunca mudam então eu dou um desconto, eu
também fui mimado e também queria tudo na mão e na hora.
Com a morte dos nossos pais, aprendemos a correr atrás das coisas, a
batalhar pelos nossos quereres. Não acho nada bom eles terem morrido, tenho
muita saudade, mas se estivessem vivos, seriamos dois meninos mesquinhos,
metidos e filhinhos de papai, por outro lado, eu ainda preferia ser tudo isso
com eles dois vivos ao meu lado. Quando percebo que um silêncio se instalou
na cozinha eu a olho novamente e finalmente consigo pronunciar as palavras.
– E então? Fala Manuela. Me explica o que aconteceu aqui porque
eu, sinceramente, ainda não entendi.
– Eu estava aqui conversando com ele vendo se ele queria mais
alguma coisa para café da manhã e ele estava olhando para baixo, eu tinha
dúvidas se ele havia me ouvido falar com ele, então eu toquei no braço dele
assim. – Ela demonstra em mim, não aprece ser muito grave, foi um toque
comum. – E ele gritou comigo, fiquei sem entender.
– Tá, tudo bem. – Dou um suspiro e passo a mão no cabelo.
Durante nossa curta conversa ela não tirou os olhos de mim... Quer
dizer do meu tanquinho e corpo em geral. As olhadas dela são muito
sugestivas, estou começando a achar que foi má ideia contratá-la. Ela é
safada, Marcos... – Meu consciente diz, mas ignoro-o.
– Marcos, eu vou preparar um suco de maracujá para ele, e também
vou explicar esse mal-entendido, eu não queria dar essa impressão, gosto de
trabalhar com vocês, por favor, não me demita! – Ela me olha nos olhos e não
pude deixar de apenas acenar a cabeça compreensivamente, afinal acho que
ela não tem culpa.
Pelo menos desse lado da história!
Alexandre
Deitado na cama converso com a Katherine por uns 15 minutos, ela
disse que está voltando ainda hoje e nem consigo conter a ansiedade. Um
sorriso mais que bobo se abre em meu rosto de orelha a orelha. Quando
termino de falar com meu anjo, escuto alguém bater na porta.
– Entra.
Reviro os olhos para Manuela. Ela vem com um suco em uma
bandeja com um sorrisinho falso na cara. Não olho muito, tento ignorá-la o
máximo possível. Manuela atravessa o quarto cautelosamente, respiro fundo
e a olho com desprezo.
– Ale, eu trouxe isso pra você.
– Não quero, já pode sair. – Ela suspira e sorri.
– Desculpa pelo o ocorreu na cozinha, Alexandre, eu só vim trazer
um suco de maracujá. –Diz com uma voz gentil.
Observo-a sentando na cama e colocando o suco na mesinha ao lado,
quando eu olho para o suco vejo algumas coisas borbulharem de leve no
fundo, parece que algo foi dissolvido, encaro a figura desconfiado. Essa
mulher pensa que sou idiota? Observo tudo, reparo em tudo, tenho habilidade
o suficiente para tirar qualquer um de circulação e encerrar buscas policiais e
ela me vem no quarto com a porra de algum remédio no suco, ela achou
mesmo que eu não perceberia? Ela nem se quer esperou sai-lá-o-que que tem
nesse suco dissolver. Essa mulher é muito louca e sem noção, estou
começando a acreditar que ela tem algum distúrbio. Minha mão coça para
acertar sua cara, mas eu contenho minha raiva. Ela passou dos limites, mas
ainda quero ver o que mais essa maluca faz.
– O que foi, Ale?
Num elã joga minha coluna para trás e monta em mim.
De primeira fico sem reação, mas logo eu a empurro um pouco e me
atento a segurar seus pulsos com mais força do que eu queria. Encaro seu
rosto muito bravo e sinto meu sangue borbulhar. A raiva toma conta do meu
corpo e eu encaro seus olhos antes de começar a cuspir fogo.
– Você está ficando louca? Perdeu a noção no juízo garota? Você é
suja, não respeita nem a mim, Marcos e a Katherine. Chega! Você passou dos
limites. Agora sai de cima de mim e não encosta porque você me enoja. –
Solto seus pulsos com força não dando a mínima se machucou ou não.
Seus olhos me encaram com raiva, ela vai ser demitida hoje, já
passou da hora, não aguento mais ver essa mulher aqui. Que falta de respeito,
principalmente com a Katherine. Quando tento empurrar Manuela de cima de
mim ela apalpa meu membro. Meu sangue imediatamente ferve e meu rosto
queima de raiva, meus ouvidos não aguentam ouvir mais uma palavra de sua
boca e meus olhos não aguentam ver suas atitudes ridículas e escrotas. A
vontade de dar um tapa em seu rosto e fazê-la criar vergonha na cara é muita.
– Só saio de cima assim que você me foder igual você fode aquela
sem sal da Katherine, você quer Alexandre não finge que não... – Não espero
a sem vergonha terminar de falar e dou um tapa em sua cara, deixando sua
bochecha bem vermelha.
– VAGABUNDA. – Grito.
Mesmo merecendo eu me arrependo um pouco, não bato em mulher e
para falar a verdade nunca levantei a mão para alguma, mas a Manuela me
fez explodir. Ela me olha assustada, o pavor está em seus olhos, seu rosto tem
uma marca vermelha de meus dedos. Droga. O que eu fiz?
– Nunca mais, fala assim da Katherine, fui claro? – Minha voz
expressa muita raiva e está mais grossa que antes. Falo baixo e
assustadoramente. Sinto algo entalado em minha garganta.
– Você me bateu. – Murmura com a voz trêmula e quase chorando.
– Eu sei, me desculpa mesmo você não merecendo. – Ela sai num
pulo de cima de mim assim que o Marcos entra no quarto.
– TÁ E AGORA, O QUE QUE FOI? QUE PORRA É ESSA? –
Marcos pergunta visivelmente muito bravo.
– O Alexandre me agrediu, Marcos, ele me atacou. – Conheço a cara
que o Marcos fez, ele não acredita em nada que ela diz. Também está cheio
dela.
– Eu não falo mais nada, você que se entenda com essa vadia louca,
eu vou buscar a Katherine, e quando voltar espero não encontrar ela aqui. –
No mesmo momento atravesso o quarto pego minha roupa separada
carinhosamente pela Rebecca e saio de casa como um furacão derrubando
algumas coisas ouvindo o Marcos gritar. Vou ter que me trocar no carro,
merda.
Katherine
A viagem foi incrível, mas confesso que alguns momentos foram um
saco sem o Marcos e o Alexandre, não morri, não estou me prendendo a eles,
mas a companhia deles me faz bem de modo que eu me sinta confortável,
sexy e com certeza desejada. Que saudade deles, fiquei quase um mês sem
vê-los, mas ainda bem que voltamos mais cedo. Amo passar um tempo com
meus pais, mas os dois pecados entraram em minha vida e não posso deixar
dois homens gostosamente viris por aí dando sopa, a barangada cai matando,
sério, protejam seus homens.
Claro que a culpa não é das mulheres, não é isso o que quero dizer,
ambos têm que se pôr no lugar, sei muito bem disso. E também não estou
dizendo para não confiar eles, se tiverem a cabeça no lugar nada acontece,
mas nunca se sabe o que passa na cabeça de uma mulher. Principalmente se
ela for louca, e eu não tenho apenas um para tomar conta, tenho dois.
DOIS. Quer um? Eu... Espera, tira essa parte, não sei o porquê ofereci, não
divido aquelas criaturas com ninguém. Tenho frio na barriga igual ao que
teria se pudesse voar. Voar, comer e não engordar, ser livre, dormir a hora
que quer e Marcos e Alexandre... Tudo para vida ser perfeita! Ok, quase
tudo!
Quando volto para casa respiro fundo e sorrio. Lar doce lar. Viajar é
bom, mas voltar para casa é melhor ainda. Como diz Mario Quintana “Viajar
é trocar a roupa da alma.” Vou direto tomar um banho, tenho planos para
mais tarde. Eu nem tinha contado para o Marcos sobre ter voltado mais cedo,
só falei para o Alexandre. Não faz mal, apareço do nada, ele vai adorar me
ver.
Saio do banho e enrolo a toalha ao corpo, me retiro do banheiro e
sorrio de orelha a orelha quando meus olhos dilatam ao ver o Alexandre me
olhando. Vigoroso como sempre usa uma calça jeans escura que combina
perfeitamente com o cinto preto da Hermes, camisa branca com uma estampa
de ancoras e feita sob medida, não há nenhuma parte sobrando ou faltando, os
três botões abertos me deixam doida. Seu sorriso é contagiante e seu cabelo...
Nossa. Totalmente bagunçado e de perder o fôlego.
– Ale. – Falo animada e corro para abraçá-lo.
Ele me aperta e eu faço o mesmo, recebo um beijo em meu ombro.
Seu aroma está maravilhoso. Desfazemos o nosso abraço e ele me olha inteira
sorrindo sem tirar as mãos de mim. Senti saudade disso.
– Você está tão linda.
– Eu estou sem maquiagem e pelada.
– Exatamente. – Beija-me aos pouquinhos desfazendo o pequeno nó
da minha toalha.
Minhas pernas abraçam seu quadril, nossos lábios trabalham como
uma equipe e cada segundo que gastamos nos beijando o calor aumenta.
Minhas mãos tocam seu cabelo da nuca e sorrimos durante o beijo. Ele
apalpa minha bunda e minhas mãos deslizam acariciando seu peitoral
tatuado. O barulho que nossas bocas fazem é maravilhoso e eu o abraço forte
novamente.
– Senti saudade de você. Doidinha. – Rio com ele.
– Eu também. – Beijo seu nariz. – Cadê o Marcos? – Pergunto mais
animada ainda. – Quero vê-lo também.
– Está em casa, eu sai correndo. – Diz meio alheio beijando meu
pescoço.
Ele me deita na cama e sorri. Seus olhos fitam meus seios onde ele
passa a língua e os lábios no bico. Solto um pequeno gemido mordendo meu
lábio e olhando para ele que faz o mesmo com o outro seio. Alexandre
deposita um beijo terno no meio dos dois e sorri novamente. Borboletas se
agitam em minha barriga e os músculos abaixo da minha cintura se contraem
e imploram por atenção.
– Oi, Katherine. – Diz sussurrando.
– Oi, Alexandre. – Murmuro no mesmo tom. – Porque estamos
sussurrando?
– Não faço ideia. – Diz normalmente e rindo. – Sabe o quanto eu te
amo? E sabe o quanto eu senti sua falta?
– Sei sim, os sentimentos são muito recíprocos.
– Ah são?
– Claro?
– Que honra. – Um silêncio se instala e continuamos nos encarando.
– Ale?
– Fala, meu amor.
– Preciso por uma roupa. Quero ver o Marcos também.
– Para mim você está perfeita, peladinha e linda. – Gargalho. – E para
ele também. Se for assim para a casa, Marcos vai amar.
Ele me oferece seus lábios e eu aceito curtindo o beijo rápido. Ponho
um vestido preto básico de manguinhas, é meio curto, tem as costas abertas
com várias tiras na horizontal e fica perfeito com um sapa tênis delicado,
prendo o cabelo enorme e meio pesado em um rabo de cavalo, é difícil
manter os fios comportados, mas mesmo assim é bonito e ajeitadinho. O
Alexandre me estuda, cada movimento que faço ele observa. Desde a hora
em que coloquei lentamente minha calcinha, olhando-o por cima do ombro,
até o momento em que termino de passar meu batom vinho mate bem escuro
em meus lábios. Preciso de um bronze, sério! Estou muito branquela.
– Como você está se sentindo? – Ele me pergunta. Sento-me em seu
colo e passo os braços por seu pescoço.
– Muito feliz por estar com você, com saudade do Marcos, e com
muita fome.
– Está com fome? – Sussurra mordendo minha orelha e acariciando
minha coxa. – Sabe que eu também estou. – Apalpa minha carne e morde
minha bochecha.
– Não é essa fome, Ale. – Beijo seus lábios de leve. – Ainda não
almocei, bobo.
– Idem gata. – Fala rindo. – Então vamos, o Marcos precisa te ver e
eu conheço um restaurante ótimo que você vai adorar. – Diz e beija meu
nariz.
– Estou com a roupa apropriada? Posso por algo melhor.
Chega com o rosto bem perto do meu ouvido
– Katherine, você está tão gostosa com essa roupa que eu te levava a
loucuras agora mesmo.
– E porque não me leva? – Acaricio sua barba.
– Tudo tem seu tempo. – Ele me dá uma piscadela.
Nada disso! Monto nele sentindo suas mãos em minha cintura, passo
a beijá-lo com lentidão e intensidade no mesmo momento em que roço minha
intimidade em seu volume. Alexandre me corresponde generosamente, seu
membro já rígido umedece um ponto bem no meio das minhas pernas. Do
jeito que estamos vamos acabar suados e sem roupa, mas minha mãe me dá
um grito que nos faz sorrir e parar com o fogo. Ia ser uma foda tão gostosa...
– Katherine, desce para comer! Você está precisando menina.
– Que droga, vamos, Ale. – Dou um selinho nele. – Se não ela vem
aqui em cima, acredite. E eu preciso ver o Marcos. – Pulo do colo animada e
pego minha bolsinha.
Foi duro convencer minha mãe de que íamos a um restaurante, mas
ela acabou aceitando...
Capítulo treze
Alexandre
– Katherine, espera vem aqui... – Grito, mas ela não ouve ou pelo
menos me ignora. Droga.
– Manuela, sai daqui agora. – Digo com a mão nos olhos e tentando
me controlar.
– Ale... eu... – Diz tentando se desculpar, é o que sua
expressão denuncia.
– SAI. – Grito e levantando a mão apontando para a porta.
– N ão grita com... com a Katherine, Ale. – Diz bem arrastado e
quase inaudível.
Assim que ela se retira começo a vestir o Marcos.
– Marcos, fala comigo. Ei, acorda. – Tento acordá-lo, seus olhos se
abrem bem pouco, mas ele não fala nada. – Ei, fala comigo. – Sorrio e seus
lábios se curvam um pouco. – Acorda cretino. – Falo rindo e beijo sua testa.
Ele não está nada bem, não está em estado normal. Olho ao redor
procurando meu celular, vejo a bandeja com um copo em cima e... O suco!
Pego o copo e jogo o liquido na pia. Tem um comprimido quase todo
dissolvido. Droga, Marcos... como não percebeu, cara? Jogo o copo na
parede. Merda, não acredito que depois de tentar me dopar ela fez isso com o
Marcos. Essa mulher é louca, doida. Vou dar um jeito nela e... A Katherine...
tenho que falar com ela. Ela está muito mal... Ah que droga. Muita coisa para
resolver agora.
– Ale... Alexandre. – Ouço a voz baixa e fraca do Marcos... Saio
correndo para vê-lo.
– Marcos, fala comigo cretino, o que aconteceu?
– Eu não sei bem... Cadê a Katherine? Porque gritou... para ela sair?
Não fala assim com ela, Ale. Aí... – Tenta abrir os olhos e consegue aos
poucos. Põe a mão na cabeça e faz cara de dor. – Minha cabeça está doendo
muito, a última vez que ela doeu assim foi quando eu fiquei de ressaca no
meu aniversário, lembra? – Ele ri. – Fiquei loucão aquele dia. – Ele fala
arrumando o cabelo. – Você pode pegar um espelho, por favor?
Eu pego o espelho mais próximo que acho e entrego para ele. Achei
estranho o pedido, mas não hesitei. Ele se olha e sorri, aponta sorrindo.
– Sabia. – Diz e me olha.
– Sabia o que, Marcos?
– Que mesmo dopado estava bonitão e gostoso. Aquela Manuela é
uma... – Ele para de falar um momento para pensar. – Vagabunda. Gritou
para ela sair, certo? Eu tomei um suquinho e por um momento achei que a
Katherine estava aqui, aí não estava mais e foi uma confusão.
Dou risada com ele, pois sei que depois desse comentário ele está
bem. Ele sempre me fez rir, mesmo em momentos difíceis, até mesmo
quando meus pais haviam morrido e nós dois estávamos no hospital
esperando a resposta, eu tinha apenas 3 anos de idade, assustado e indefeso.
Ele fez de tudo para eu não chorar e não ficar com medo naquele momento e
cuidou de mim a vida toda, sempre me tirando das merdas que eu fazia. Um
dia bateu em dois caras do colégio que queriam me bater, isso tudo por que a
namorada de um deles deu em cima de mim e me beijou, eu tinha 16 anos e
estava com os hormônios lá em cima, beijei a menina, ela me agarrou e eu
não era nada trouxa, mas era bem retardado. Se não fosse ele eu teria sido
espancado. Amo esse cara.
– Já está se recuperando, né? Está cheio de gracinhas.
– Eu sou gostoso, vou fazer o que? – Ele solta uma risada me tirando
dos devaneios, mas para de rir do nada adotando uma expressão séria. –
Nossa. – Ele fica mais sério ainda e o par de olhos castanhos mel me fitam. –
A Katherine, ela viu a cena, porra ela vai achar que foi de
propósito. Caralho, Ale! – Ele ainda está meio avoado. O que que a doida deu
para ele?
– Calma, vamos na casa dela assim você explica tudo. Mas antes dá
um tempinho para você voltar ao normal.
Katherine
Depois de ver aquela cena horrível, pego um taxi e vou para casa.
Droga. Não acredito, eu sou uma idiota, como pude achar que ele me amava?
Acorda, Katherine, vocês se conhecerem a pouco tempo, sua burra. O taxista
me pergunta se estou bem quando me vê limpando as lágrimas, apenas
respondo que vou ficar melhor. Atrapalho-me um pouco na hora de pegar o
dinheiro e acabo ganhando a corrida de graça.
Entro em casa e vejo minha mãe desfazendo as malas.
– Katherine, o que aconteceu, querida?
– Nada, só não vai ao meu quarto e me deixa sozinha um pouco. Por
favor. – Ela me abraça e beija minha bochecha.
– Claro, mas depois quero saber o que aconteceu. Amo você.
– Ok. Eu também te amo. – Respondo chorando.
Vou até meu quarto e deito-me na cama. Ele não merece que eu chore
por ele, mas não consigo parar. Está doendo aqui dentro, nunca fui traída,
mas parece que me jogaram um balde de água fria. Recebi uma facada. Isso
que dá se iludir. Minha cabeça dói e aquela imagem não sai da minha cabeça.
Droga Marcos! Bato no travesseiro algumas vezes querendo descontar minha
raiva que é grande e lateja dentro do meu corpo. Aperto minhas mãos e
qualquer coisa que vejo pela frente. A quanto tempo ele está com ela? Foi
durante a viagem? Choro novamente. Volto a socar o travesseiro com toda a
força que tenho.
Não sei dizer por quanto tempo fico deitada, e oscilando o choro
ainda por cima, mas quando ouço alguém bater na porta percebo que o céu já
está mais escuro.
– Eu disse que queria ficar sozinha. – Digo chorando novamente.
– Katherine, por favor, abre a porta. – Essa voz rouca é do Marcos.
Como ele tem a cara de pau de...
– Marcos seu desgraçado vai embora, não quero ver você. Não sei
nem como teve coragem de vir aqui.
– Katherine, por Deus, não faz isso comigo, me deixa explicar? Por
favor? – Fecho os olhos e a imagem de seu rosto e de seu corpo hercúleo são
desenhados em minha mente e... E ainda estou com raiva dele. Esse idiota
me traiu, não importa o quanto seja bonito, o quanto seja maravilhoso. Ele
me traiu. Estou tentando enganar quem? Não vou para de gostar dele de uma
hora pra outra.
Eu me levanto e ando devagar até a porta, mas não para abrir, fico
escutando.
– Katherine, abre, meu anjo, por favor, não faz isso .
– VAI EMBORA. – Grito. – Cachorro.
– Vou ficar aqui até você abrir. Uma hora você vai precisar sair.
– Então vai ficar aí. –Fica silêncio por um tempo.
– Katherine, sou eu, Alexandre, abre porta, por favor. – Cruzo os
braços.
Não sei bem se abro apenas para o Alexandre ou não. Quer
saber, para ele sim. Não teve culpa. Abro a porta devagar e puxo o
Alexandre para dentro pelo braço, Marcos me lança um pequeno sorriso lindo
e cafajeste. Percebo que ele está sem a camisa... Nossa! A beleza dele me
irrita. Estou puta com ele e não queria nem me importar com quão atraente
ele é. Quando ele dá um passo para frente pensando que vai entrar, eu fecho a
porta com força impedindo. Tranco por precaução.
Alexandre me encara com compaixão. Cruzo os braços e ele segura
minha cintura puxando meu corpo sua direção.
– Katherine, não chora, linda.
– Ele me traiu. Como eu não vou chorar? Estou me sentindo uma
idiota, uma ridícula e iludida. Eu sabia que ele era perfeito demais para ser
verdade.
– Meu amor, deixa explicar, ele não te traiu, só dá uma chance. – Ele
põe as duas mãos no meu rosto e me puxa para um beijo leve, gostoso e
envolvente.
– Espera, você só está querendo acobertar seu irmão, está me traindo
também desgraçado? – Dou uns tapinhas nele. – Alexandre, eu te pego,
lazarento. – Rosno entredentes e ele segura meus braços rindo.
– Não te traí, doidinha. E nem estou acobertando ele, o cara é cretino,
é cachorro, mas ele não vai te trair, tem o pau pequeno também, e isso o
deixa frustrado, mas...
– Alexandre, eu estou ouvindo, retardado, alivia meu lado, indigente.
Antes que eu grite o Alexandre toma meus lábios e eu desabo, me
entrego, e acabo fazendo o que ele pede. Vou dar uma chance a ele e vou
ouvir o que tem a dizer.
Abro a porta e ele dá um sorriso, é um dos mais lindos que já vi.
Essas covinhas são fofas..., mas eu estou com raiva dele. Estou magoada, de
verdade. Cruzo os braços e o olho.
– E então? – Sou estudada da cabeça aos pés por um olhar bem
safado e que me deixa sem ar. Marcos me encara com um olhar de desculpas
e passa a mão no cabelo.
– Tão linda. – Sussurra bem fraco. Ele me mostra um buque de rosas
e beija uma delas me olhando.
Luto com todas as minhas forças para não sorrir. A beleza dele
está me irritando muito!!!
– Vai me deixar entrar? – Ah Marcos, tudo o que eu queria era você
na minha cama agora, pena você ter sido tão cafajeste.
– NÃO ABUSA, FALA LOGO, MARCOS. NÃO ESTOU BOA
COM VOCÊ E NEM COM AS SUAS OUSADIAS, SEU ABUSADO. –
Grito com ele sem perceber. – Desculpa.
– Pegou pesado. – O Alexandre fala baixinho.
– Tá bom, eu não me lembro de muita coisa, mas o Alexandre me
ajudou a lembrar e...
– Ajudou a lembrar ou a inventar alguma desculpa? – Pergunto
interrompendo na hora.
– Katherine, não complica, fica com essa boquinha gostosa
fechadinha e me deixa falar, e para começar, só para deixar bem claro, eu fui
abusado! Aquela vaca abusou do meu corpinho. Isso é grave, vou denunciar a
doida. – Ele respira fundo e me encara.
Marcos começa a falar e eu fico indecisa, parece ser verdade, tudo se
encaixa. Todos merecem uma segunda chance. Dessa vez eu deixo passar,
pois ele não teve culpa. Realmente eu acho que foi grave e a doida tem que
ser presa. Fico com culpa e envergonhada por tê-lo julgado sem ouvir antes.
– E foi isso meu amor, ela me dopou.
– A doida já tentou fazer isso comigo. – Alexandre fala. – Mas eu fui
mais esperto com que o Marcos, sempre sou e... – Ele se cala quando o
Marcos o olha sério e eu dou um sorrisinho.
– Desculpa por ter fugido. Fiquei arrasada, Marcos. Pensei que
tivesse feito de propósito.
Recebo um abraço e um beijo em minha testa. Que saudade do cheiro
dele. Seus braços grossos e confortáveis me abraçando fizeram falta, um mês
sem isso tudo aqui deixou a desejar. Minhas borboletas na barriga ficam
agitadas por causa do nosso contato e eu beijo seu pescoço sexy. É um alívio
saber que não me traiu, mas fico triste por causa da doida da Manuela. Ela
abusou do Marcos e tem que ser presa. A mão boba dele descendo até minha
bunda faz um sorriso bobo aparecer em meu rosto.
– Marcos, a gente acabou de fazer as pazes e você já quer me
apalpar? – Sorrio.
– Que saudade, meu amor... – Sussurra em meu ouvido. – Ahh já ia
me esquecendo, essas flores são para você – Pego as flores e fisgo seus lábios
com os meus.
O beijo é molhado e como sempre me sinto protegida no meio de
tanto músculo, minhas mãos deslizam desde seu peitoral rígido e até sua
nuca, assim como sua língua desliza pela minha boca e acariciando-a com
todo o carinho. Que saudade desse beijo. Marcos não desgruda as mãos e
nem a boca de mim. Ele vira a cabeça num ângulo perfeito e eu pressiono
minha boca contra a sua.
– Hum... Então... Eu ainda estou aqui viu. Já podem parar... –
Alexandre fala e me lembro daquela vez em que ele comentou que tinha
ciúmes do Marcos.
Espero que isso não se agrave.
– Eu sei, Alexandre, eu sei que você ainda está aí. –O Marcos
murmura com os lábios encostados aos meus.
– Mas não por muito tempo, um de nós vai ter que ir até a Walker,
ocorreu um acidente na empresa, sua secretária acabou de me mandar
mensagem. Eu iria adorar fazer sexo com vocês, mas esse é um tipo de
problema que só eu ou você pode resolver Marcos. – Ele passa a mão no
cabelo. – Não é nada grave para falar a verdade.
– Empresa? Que empresa? – Pergunto confusa.
– Você não sabia? – Pergunta olhando paro mim e depois para o
Marcos. – Não contou para ela ainda Marcos? Achei que...
– Não, por favor, alguém me explica. – Novamente cruzo os braços e
olho atenta esperando uma resposta.
– Marcos mentiu para você desde o começo.
– Valeu Alexandre. Eu ia falar para ela com jeitinho. – Olha para
mim. – Eu não menti, eu omiti. É bem diferente. – Ele me encara e eu fico
esperando a bomba. Ele vai dizer que é traficante. Só pode. Isso explica tudo.
– Eu sou empresário. Tenho uma empresa chamada Walker. – Marcos diz se
encolhendo olhando para o Ale e para mim. – O Alexandre também é, mas a
dele se chama Clark.
– Você também mentiu, cafajeste. – Falo apontando o dedo para o
Alexandre e ele faz cara de confuso.
Meu queixo cai e eu não estou acreditando, eu não sabia disso. Ando
de um lado para o outro. Ele é um palestrante, não é?
– Mas, Marcos, você não é palestrante? E porque o Alexandre vai no
seu lugar?
– Eu faço palestra também, sou um CEO, tenho que fazer constantes
palestras na Walker, e o Alexandre na Clark. Eu posso interferir nos negócios
da empresa dele e ele nos meus, por isso ele vai no meu lugar. – Seu rosto
assustado me faz olhar fixamente para ele. – Amor dá um sorriso está me
assustando, parece até que está brava.
– Mas eu estou. E indignada. E não adianta me olha com cara de
culpa não. – Serro os olhos para eles. – Pelo menos não são traficantes.
– Achou que a gente era traficante?
– Não, Marcos. Eu pensei nessa hipótese agora. Na verdade, eu
ficava me perguntando o que você fazia, mas não ia perguntar para você.
– Espera. – Ele põe as mãos na cintura e me encara. – Eu fui na sua
escola fazer uma palestra sobre o futuro, sobre as carreiras a serem seguidas,
falei brevemente sobre mim e acho que citei meu emprego. Aonde você
estava naquele momento? O corpo estava lá. E que corpinho gostoso, mas e a
cabecinha de vento?
– Eu estava ocupada demais naquele momento.
– Com o que? – Alexandre pergunta.
– Vai me dizer que ficou a palestra inteira babando por mim e não
prestou atenção nas... Katherine. Eu fui lá por você. – Diz indignado. – Você
mentiu também, bonitona. Ah, sua safada. Te peguei. Você disse que o tema
era superinteressante e que adorou a palestra, mas nem prestou atenção. –
Marcos levanta a mão fechada para o Ale que dá um soquinho.
– Gato, eu queria te pegar, disse o que você queria ouvir. E eu tenho
certeza de que a palestra foi ótima. Mas o assunto aqui é sobre a sua
artimanha, Marcos. E o seu irmão é cúmplice disso tudo.
– O que que eu posso fazer se às vezes minha cabeça de baixo
raciocina melhor. Já viu o tamanho da danadinha? – Mordo meus dois lábios
segurando o riso. – Minha cabeça de cima só funcionou quando nós saímos
no dia seguinte e nos conhecemos melhor. Aí você me fisgou. E fisgou ele
também.
Alexandre pega o celular que toca e respira fundo.
– Tenho que ir. Sei que vocês vão querer ficar sozinhos. – Ele me
olha novamente e chega perto. – Ainda ama a gente?
– Estou pensando.
– Ficou doida, ouviu isso Marcos?
– Claro que amo. Não sei como, mas amo. E amo os dois. Estou
caidinha por vocês, e preocupada com o Marcos.
– Ótimo. – Ale diz suspirando em alivio. – Mas tudo será resolvido.
Tudo.
– Tem mais alguma coisa que eu não sei sobre vocês? – Questiono os
dois com as mãos na cintura.
– Sim. – O Alexandre fala. – Aquela palestra que o espertão aqui fez
na sua escola era tudo fachada, como você já sabe e ele já tinha te
visto há uma semana a trás na escola e aí ele se interessou por você, puxou
sua vida inteira, sério ele pediu um dossiê, e então ele fingiu tudo. Ahh ele
tinha pegado seu celular na intenção de te levar no outro dia na escola só pra
te ver! E valeu a pena ele fazer isso, super apoio. – Ele só para de falar
quando percebe o olhar sério do Marcos em cima dele.
– Porra, eu disse Alexandre, eu disse ia contar pra ela com jeitinho.
Cala essa boca, cara.
– E por que ninguém falou isso tudo para mim antes? –
Pergunto curiosa e cruzo os braços. – É meio assustador, mas eu deixei você
doidinho. – Mando um beijo para o Marcos.
– A gente passa mais tempo transando do que conversando! –
Alexandre fala vindo em minha direção me dando um beijo terno. – Íamos te
contar hoje. Juro que íamos abrir o jogo.
– Está reclamando? Acha ruim?
– Jamais. – Ele me abraça forte e eu inalo todo o seu cheiro de homem
gostoso.
– Estou surpresa e preciso digerir tudo. – Murmuro fitando os dois. – Tem
mais alguma coisa que vocês ainda não me contaram? – Quase sem fôlego
solto-me de seus braços fortes e tatuados.
– Tem.
– Mas que merda hein... – Eles se olham e olham para mim, já sei que
tem coisa aí! Quando essa dupla se olha, já posso esperar por bomba.
– Você está maravilhosa nessa roupa, doidinha. – O Ale diz sorrindo
e encarando todo o meu corpo.
– Boa observação.
– Vocês são tarados, hein. – Falo com as mãos na cintura.
– Sabe onde eu gostaria de ver essa roupa? – Marcos pergunta.
– Não, onde?
– No chão desse quarto. – Arregalo os olhos, pois ele perguntou com
seriedade e inocência, não achei que seria mais uma de suas malícias.
Assim que o Alexandre se despede carinhosamente de nós dois e
parte, Marcos fica selvagem de uma hora para outra, me pega pela bunda
fazendo com que minhas pernas abracem seu quadril e meus braços agarrem
seu pescoço... Reviro os olhos amando isso. Leva-me rapidamente para a
porta passando a me beijar forte enquanto tranca a fechadura. Já vi que o
negócio vai ser sério aqui.
Suas mãos grossas passeiam pelo meu corpo e eu já posso sentir sua
ereção roçando em minha intimidade, sua mão segura minha nuca
aprofundando ainda mais o beijo envolvente e que me faz acreditar que há
um imã poderoso em nossas bocas sedentas umas pelas outras. O toque dele é
gostoso, preciso e deleitoso. Um pequeno gemido escapa do fundo da minha
garganta e ele sorri. Sinto meu corpo sendo jogado na cama e começo a tirar
minha roupa. Marcos me ajuda com certa brutalidade ou desespero que eu
não sabia que tinha, mas eu já imaginava como nos comportaríamos quando
nos víssemos depois de um tempo. Isso envolve muito amor, sede, tesão e
desespero. Fico com um imenso frio na barriga, pois me dou conta de como
estamos nos engolindo quando sua língua roça na minha gostosamente.
Depois de um mês sem vê-lo era de se esperar.
Quando ele começa a tirar a calça jeans eu o observo e me desfaço de
meu sutiã deixando meus seios livres e apontados para o pecado no pé da
minha cama. No momento em que me acaricio e passo a arrastar minha
calcinha pelas minhas pernas, ele põe as mãos sobre as minhas e me ajuda
com o processo beijando minha barriga carinhosamente.
– Senti saudade... – Sussurra e morde o local.
Beijando minha boca, Marcos se desfaz de toda sua roupa ficando
magnificamente nu e eu não poupo minhas mãos. Deslizo-as por
seus músculos e partes mais sexy do corpo. Que homem incrível.
Seu grande corpo fica em cima do meu e depois de venerar meu
pescoço arrancando de mim gemidos, mais alto do que eu queria, nossas
bocas ficam juntas novamente. Mudando de posição sem tirar nosso contato
eu fico por cima desse homem. Ele é maravilhoso. Sua ereção rígida me
chama atenção e eu seguro abrindo um sorriso, é tão lindo e toda vez que
olho tenho vontade de pôr na boca e não tirar nunca mais. E não pense que
sou ninfomaníaca, só gosto muito da fruta. E por coincidência a fruta do
Marcos é de dar água na boca.
– Impressionante. – Murmura.
– Eu sei, é grande, né? E grosso também...
– Não estou falando do meu pau, meu amor, estou falando do jeito
que olha, parece uma criança na Disneylândia. Seus olhos brilham e você
sorri com malícia, seu rostinho safado é maravilhoso. – Gargalho.
Chupo a cabeça a saboreio a extensão antes de colocar a camisinha.
Posiciono a cabeça na minha entrada e sento devagar me apoiando em seu
peitoral grande. Passo a cavalgar lentamente com sua ajuda, as mãos dele
ficam na minha cintura e sinto-o fazendo força para eu subir e descer, cada
centímetro dele entra e eu gemo a cada vez que desço. Meus seios pulam e
ele olha hipnotizado. Olha embevecido para o movimento circular que faz.
Eu, sinceramente, amo meus seios, e vê-lo olhando assim para eles me deixa
mais segura, mais desejada e mais bonita. Seu peitoral infla e Marcos põe a
cabeça para trás fechando os olhos por um tempo antes de voltar a atenção
para mim.
Suas manifestações de prazer têm um som rouco e maravilhosos.
Enquanto me olha eu rebolo nele com mais vontade e ponho meu cabelo para
o lado.
– I... Isso... – Balbucia. – Você não faz ideia de como a visão de você
assim é maravilhosa. – Apalpa minha bunda com as duas mãos e me dá uma
palmada.
– Ah, Marcos. – Falo gemendo.
– Eu vou explodir. – Murmura baixinho.
Ele me puxa para que consiga a mordiscar meus seios, chupa cada
vez mais e começa a fazer movimentos circulares no meu clitóris enquanto eu
ainda cavalgo com muita vontade nele. Passo a arfar e gemer mais. Entrego-
me para ele de corpo e alma, tudo fica ainda melhor, pois ele sabe bem o que
fazer com o dedo. Seus movimentos são perfeitos e sensação dele dentro de
mim me deixa louca.
– Cacete. – Seu timbre grosso é excitante.
Pulo à medida que ele mexe em meu ponto sensível. Desta vez deixo
minhas pernas bem abertas e meus pés na cama para que ele me veja
inteirinha. Suas coxas grossas servem de apoio enquanto faço movimentos
com o quadril que deixa ele doidinho.
– Goza para mim. – Fala bem baixinho encarando minha intimidade
engolir seu pau. Ele me dá uma palmada e apalpa meu seio com a mão livre.
Só com essas palavras meu corpo todo se contrai e minhas pernas
abrem mais ainda. Assim que tenho um orgasmo, ponho os joelhos na cama
por causa das minhas pernas tremulas. Não paro um segundo de cavalgar no
Marcos e ainda por cima no ritmo perfeito, como se estivéssemos tocando
uma música, o som de minha bunda batendo em suas coxas é meio engraçado
e quando está alto sinto que estou fazendo tudo direitinho. Marcos solta o
último gemido mordendo meu pescoço, apertando minha bunda e rugindo
como um leão.
– Vem cá. – Agarra meu corpo.
Marcos me tira rapidamente de cima dele e começa a beijar meu
pescoço, sua trilha de beijos desce em direção aos meus seios, minha barriga
e só termina no meio das minhas pernas. Entrelaço nossos dedos e abro as
pernas, adoro ficar assim para ele e não sei como, mas não sinto vergonha
nenhuma, mesmo não tendo o corpo modelo que a sociedade exige das
mulheres. Sinto-me desejada com ambos arreganhada assim. Céus. O
Marcos abocanha meu clitóris e me concede vários beijos de língua. Grito de
prazer e ele beija a parte interna das minhas coxas. Espero que um dia vocês
encontrem um cara igual ele, sério.
Dois de seus dedos grossos são colocados em mim e sua língua ainda
trabalha lentamente alternando a velocidade. Ele é muito bom nisso, seus
olhos estão cravados aos meus. Sua boca me saboreia com prazer e
determinação. Lá vem outro orgasmo.
– Ah... Marcos... Mais rápido. – Contraio meus pés e apertos meus
seios abrindo os lábios de minha intimidade logo em seguida. – Não para. –
Com a mão livre, entrelaço meus dedos em seus fios macios.
– Você é tão gostosa e tão doce, Katherine. – Passa a língua por entre
meus lábios bem devagar.
Acho que esse orgasmo vai me matar quando vir. Ele retira os dedos
e continua com a boca, escancara minhas pernas o máximo que pode e chupa
com mais vontade. Abre meus lábios levemente dá atenção exclusivamente
ao ponto mais sensível do meu corpo todo. Quando sua boca está entre meus
lábios e passam a investir em pequenas sucções eu praticamente grito e puxo
seus cabelos. Marcos segura minhas pernas abertas e as mantêm assim até
fraquejarem e meu clitóris pulsar em sua língua. O orgasmo atinge como uma
surpresa inesperada, como ele consegue me fazer sentir tão forte assim?
Marcos levanta e segura minhas pernas abertas me olhando por inteira,
respiro de modo profundo e arfo. Está aqui, esse homem é quente. Quente
como o inferno!
Estamos suados, ele ainda cheiroso, o cabelo bagunçado e eu devo
estar acabada. Estou toda molhada, lambuzada com gozo e satisfeita... Olho
para o meu corpo embaixo do seu e sorrio, meus dedos deslizam com
facilidade por cima dos meus lábios que acabaram de ser sugados por uma
boca maravilhosa. Marcos observa meus dedos deslizarem pelo meu sexo e
quando aproximo de sua boca ele chupa. Temos um momento de calma e eu
sinto um clima gostoso entre nós. Aproximo minha boca da dele e ganho um
selinho. Apenas um selinho, porém forte, apaixonado e relaxante. Respiramos
fundo com a boca encostada um no outro o que deixa tudo mais profundo.
– Você é incrível – Gemo. – Quero você, de novo, Marcos. E de
novo, e de novo...
– Eu te quero sempre, Katherine. Você e sua boceta me
deixam louco. Vocês duas são deliciosas.
– Então me fode mais uma vez, vai? – Pergunto bem
baixinho esfregando meu nariz pela sua barba macia.
Toco em seus braços, nuca, pescoço e depois as costas. Marcos estica
a mão para pegar outra camisinha, mas eu o impeço. Gosto do contato pele
com pele. Marcos me penetra com facilidade e começa a dar bombadas
gostosas e lentas. Contraio os pés arranhando suas costas, peitoral e mordo
seu ombro. Enquanto me proporciona sensações deleitosas eu agarro sua
bunda e mantenho minhas pernas no lugar onde ele deixou. Ele me dá uns
puxões no cabelo da nuca e eu o beijo novamente...
∞∞∞
Quando acabar a
brincadeirinha, põe um pouco de gelo
para aliviar as dores da florzinha.
Rio e mostro para o Marcos. Ele gargalha alto junto comigo.
Florzinha? Eu tenho cinco anos de idade?
– Eu adoro sua mãe. Sério. Melhor sogra.
– Eu também adoro. – Falo rindo.
Marcos decide que vai dormir aqui em casa, achei ótimo, pois temos
que conversar, quero saber mais sobre a Manuela. E quero essa doida longe
dele, longe dos dois. Infelizmente o Ale não pode vir para cá. Agora que já
sei tudo, compreendo que os dois sejam bem ocupados.
Marcos e eu nos sentamos no chão da sala e colocamos a pizza na
mesa de centro junto com um vinho que abri. Marcos sabe muito sobre
vinhos e disse que meus pais tinham bom gosto para esse tipo de coisa. Como
não desconfiei de nada? Uma puta casa, um carro incrível, aquele luxo todo...
Sou retardada só pode. Mas uma retardada comprometida com dois caras
lindos e ainda por cima sou gostosa, tudo isso tem seu lado bom. Agora me
fala você também queria ser retardada assim, né? Pode admitir minha
querida, eu sei que queria, mas também se não queria é aquele ditado, né.
Fazer o que? Segue a vida e nossa essa pizza está incrível!
– Essa pizza está uma delícia! – Eu falo de boca meio cheia.
– Eu concordo, mas sabe o que eu queria agora comer agora? – Ele
fala.
– O que? – Pergunto como se não soubesse a resposta.
– Você – Gargalho. – Não ri, estou falando sério. Vem cá. – Ele me
puxa para o colo dele e me abre um dos melhores sorrisos do mundo.
– Tá bom, mas antes, vamos conversar um pouco. – Ele bebe um
pouco do vinho e eu também.
– Sobre? – Resmunga beijando meu pescoço e me excitando todinha.
Ele é bom nisso.
– Marcos. – Falo advertindo ele. – Eu sei o que eu você está fazendo
e a resposta é não, vamos conversar primeiro.
– E o que eu estou fazendo? – Sussurra no meu ouvido e depois
morde minha orelha.
– Me distraindo, seu safado... Marcos, não! – Ele dá risada e me
coloca deitada no chão da sala com as mãos do lado da minha cabeça me
prendendo.
– Uma rapidinha? Vai , Katherine! Trinta minutos? – Olho para ele
séria. – Vinte? – Eu ainda o encaro séria. – Tudo bem, te faço gozar em dez
minutinhos. O que acha? Menos que isso não tem graça, sabe como fico
quando estou duro.
– Não , Marcos Walker. Vamos conversar, preciso saber de algumas
coisinhas.
Ele sai de cima de mim e senta na minha frente, ainda no chão da
sala.
– Quer falar sobre o que?
– Primeiro quero saber seu nome inteiro. – Ele sorri.
– Marcos Evan Clark Walker.
– E o do Alexandre?
– Alexandre Pierre Clark Walker. – Marcos morde meu lábio
sorrindo. – Sobre o que mais quer saber? – Beija minha boca de leve me
dando selinhos.
Eu respiro antes de falar, pois sei que ele vai ficar bravo, mas
eu preciso saber.
– Manuela. – Assim que falo ele para de me beijar e olha para mim.
O sorriso no rosto dele vai embora, o clima fica tenso e seu rosto se
fecha totalmente, é meio estranho vê-lo assim, ele está sempre sorridente, e
parece que toda a felicidade do mundo sumiu. Sinto-me meio culpada por não
ter deixado ele se explicar de começo, mas eu estava confusa... Respiro
profundamente.
– O que você quer saber sobre ela? – Ele diz me fitando. Eu me
arrependo um pouco de ter tocado nesse assunto.
Sua voz ocupa a sala e fica assustadora, se eu não o conhecesse
morreria de medo de encontrá-lo um dia quando está bravo ou coisa do tipo.
– Você já a denunciou?
– Já... tenho pessoas para fazer isso para mim. E nesse momento ela
deve estar presa, sendo levada para um manicômio ou sei lá! Fiz isso
enquanto você dormia. Podemos mudar de assunto? – Diz sem paciência.
– Nada disso. Onde você conheceu essa... essa... louca?
– Naquela balada que nós fomos. Ela parecia ser uma pessoa legal,
queria me apresentar para o amigo gay dela, ou sei lá se ela estava mentindo.
Mas disse que era comprometida. Então achei que ela só queria amizade.
– Com certeza deveria estar mentindo! Marcos, quase todas as
mulheres que conhecem você e seu irmão querem mais que amizade. Já vi o
jeito que olham para vocês. Tem algumas que não ligam, mas já outras... –
Fica um silêncio. Faço carinho em seu cabelo.
– Posso te perguntar uma coisa, Katherine? – Balanço a cabeça
dizendo sim. Ele passa a mão pela minha bochecha e toca meu queixo. –
Vem morar comigo?
– Marcos, não muda de assunto me... que? – Falo me dando conta de
sua pergunta.
– Vem morar comigo?
– É sério?
– Sim... compro outra casa para você e vamos morar juntos.
Porque me parece que o Alexandre não está incluso nesse "vamos"?
– Não precisa responder agora, pode pensar! Até o seu aniversário
quero uma resposta, se não for pedir muito.
– Tudo bem, prometo que penso a respeito. E tem mais uma coisa.
Esse ciúme que você sente do Alexandre e ele de você, não é nada grave, né?
Estou meio preocupada, não quero que briguem ou se desentendam. Não
quero ter que escolher um de vocês.
– Isso é ciúme bobo de irmão. – Ele me lança um sorriso
tranquilizante. – E agora? – Torna a beber o vinho.
– E agora o que?
– Sexo! Foder no chão ou na cama, doidinha? Pode escolher.
– Nada disso, a gente vai para cama, mas para dormir.
Dou um beijo no seu nariz, na testa dele e me levanto pegando o
vinho. Ele me dá uma palmada e sorri cafajestemente.
– Marcos!
– Katherine!
Eu tentei deitar na cama e dormir, mas quem disse que ele deixou?
Acabei de quatro para ele e toda arreganhada novamente, sua língua fez
loucuras de novo e eu fiquei mais vermelha ainda. Quando viu o resultado de
todo o sexo, começou a me pedir desculpas várias e várias vezes. Marcos não
é para qualquer uma, às vezes penso em pedir arrego! Ele é uma graça.
SIM
OK
E eu preciso falar com você, meu anjo.
É sobre você vir morar comigo.
Como assim?
Ele disse o que para você? O que ele disse?
Olha, depois a gente se fala anjo.
Tenho que trabalhar
Mas só para deixar claro...
Eu vou comprar uma casa.
E quero que você more comigo lá.
Até, minha delícia
∞∞∞
Dou um beijo na minha mãe depois de conversar com ela pela
manhã. Meu pai entra na cozinha rindo com o Marcos como se fossem
melhores amigos. Eles estão se dando muito bem e eu estou adorando.
– Mãe, Marcos e eu vamos comer numa padaria aqui perto, tá?
– Tá, cuidado. Cuida bem dela, hein Marcos.
– Deixa comigo sogrinha. – Ele abraça minha mãe e meu pai.
– Filha lembrou de passar gelinho?
– Mãe! Marcos, vamos. – Ele vem atrás de mim gargalhando e
dizendo o quanto adora minha mãe.
Capítulo catorze
– Marcos? Por que você nunca me deixa pegar a conta dos lugares
em que vamos? – Falo comendo um sonho maravilhoso.
– Porque eu me sinto melhor pagando e você olhando... – Observa-
me e sorri. – E comendo. E porque eu posso, eu quero, e eu devo.
– Não Marcos, você não deve pagar a conta todas as vezes.
– Velhos hábitos nunca mudam. E você ainda não trabalha – Marcos
beija meu pescoço.
Olho ao redor e sorrio ao perceber que é tudo bonito. Vejo uma
mulher tentando ensinar aos seus filhos gêmeos a como se portar a mesa. Eles
são morenos e lindinhos. Os dois são fofos. Em outra mesa há um homem e
sua filha, ela é bem branquinha com os cabelos negros e lisos. Ele sorri para
ela e faz aviãozinho com o croassant. De fundo toca uma música calma,
todos os garçons e funcionários sempre sorrindo. Quando terminamos de
tomar café da manhã o garçom traz a conta e eu pego antes do Marcos.
– Eu pago, Marcos.
– Eu sou o dono, ele só manda a conta para eu conferir. – Ele dá
risada da minha cara e eu sorrio por ouvir sua gostosa gargalhada.
– Mas é um cretino mesmo... Que eu amo.
– Eu sei, eu sei. – Ele fala e me dá um beijo na testa.
– Vamos agora? Quero ver o Ale.
– Ok. Vamos. Mas antes vamos passar na empresa. Vou te mostrar
meu reino e meu orgulho.
-Ah, Alexandre tinha pedido para eu te dizer que tem que ir lá
mesmo. Vou gostar de conhecer.
Alexandre
Eu não acredito que o Marcos disse para Katherine ir morar com ele.
Ele a quer só para ele, já não basta ter me provocado aquele dia beijando-a na
minha frente, agora quer levar ela de mim? Simples assim? Vou conversar
com ele, não vou brigar com ele por qualquer coisa. Se bem que a Katherine
não é qualquer coisa.
Hoje eu aproveitei que não tive que ir trabalhar e chamei alguns
amigos para vir aqui em casa, eu vou apresentar a Katherine para eles, eles
vão adorá-la. Ela é um amor.
Katherine
A empresa do Marcos é uma coisa linda! Luxuosa e toda elegante. É
bem grande e não deu para eu conhecê-la inteirinha! Sua secretária é bonita e
foi muito simpática comigo. Gostei dela. E principalmente do terninho lindo
que usava. E os saltos? Nossa, bem altos e ela desfilava em cima deles como
se fossem superconfortáveis.
Adorei toda a decoração e o lugar, mas a parte que mais me chamou
atenção foi a cobertura claro. O escritório dele é a coisa mais fascinante que
já vi. Parece aqueles de filmes. Tem janelões do teto ao chão, uma mesa
enorme e uma cadeira maior ainda. Sentei na cadeira do rei dele e pude sentir
um pouquinho o poder que Marcos têm! Ele me disse que a empresa do
Alexandre também é linda. O prédio é bem parecido e apenas o escritório é
totalmente diferente.
Vê-lo trabalhar e fazer uma videoconferência de última hora foi
sensacional. Ele me excitou tanto que eu tive que provocá-lo para que ele
pudesse me comer na sala dele. O sofá preto de couro foi perfeito e o fato de
não termos tirado as roupas me deixou doida. Minha calcinha foi para o lado
e Marcos mal tirou a calça. Seu pau estava firme e gostoso. Ele me comeu
com vontade e só de pensar que Alexandre também tem todo esse poder e
deve ser lindo trabalhando, eu quase tenho uma síncope. Alexandre prometeu
que me leva para conhecer sua empresa já que é perto, mas outro dia. Fico
ansiosa.
Foi difícil dizer tchau para aquele escritório lindo. Minha intimidade
ainda está dolorida, e eu queria ficar alí para sempre. A secretária dele me
serviu cookies, vinho e queijo. Adorei essa combinação.
Marcos
Depois que termino de falar com meu assistente do trabalho, desligo
o viva voz do carro e olho para minha Katherine.
– Meu anjo? Você está muito quieta. Aconteceu alguma coisa? –
Pergunto quando paro no farol.
– Impressão sua. – Ela diz dando um sorriso. – Parece que seu
assistente estava bem preocupado no telefone – Diz referente a minha breve
conversa.
– Deve ser algum problema que aconteceu assim que saímos, passo lá
depois.
– Se tem muito trabalho para fazer, não tem que passar o tempo todo
comigo. Não quero que se complique.
– Eu tenho trabalho mais que adiantado, meu anjo. Não está me
complicando. Fica tranquila. E já resolvi algumas coisas hoje!
– Ok. – Pego em sua mão e beijo. – E também, o Ale disse algo sobre
eu ir morar com ele. Por que eu tenho impressão de que vocês querem...
Sabe, ele me quer só para ele e você me quer só para você.
– Como assim morar com ele? Ele ficou louco? Se ele acha que
simplesmente vai pegar você e ir para outra casa ele está muito enganado. –
Percebo que estou alterado e me acalmo. – Katherine, não se preocupe eu vou
falar com ele. – Eu digo calmo.
– Marcos, promete que vocês não vão me fazer escolher um de
vocês? – Olho em seus lindos olhos e sorrio.
Como ela é maravilhosa, tão linda, não vou fazer isso com ela. Vou
ter que conversar com o Ale, essa cara triste que ela fez agora é de partir o
coração. Beijo sua testa macia.
– Prometo. – Ela sorri de um jeito tão lindo e iluminado.
Se estivéssemos no escuro e precisássemos de luz, eu faria de tudo
para essa menina sorrir. Uma menina mulher, minha menina mulher! Embora
eu queira matar o Alexandre agora eu vou ligar para ele e...
– Marcos? Amor? – A Katherine me balança.
– Que?
– O farol! Está verde. – Ouço buzinas e piso no acelerador.
Entramos na sala agarrados e aos beijos. Katherine, ao perceber visita
na sala, se afasta um pouco. Alexandre está com uns amigos Eric, Henrique, e
o Kelvin que estão jogando e bebendo. Fico animado, pois fazia um tempo
que não os via. São nossos amigos desde crianças, sempre aprontávamos, às
vezes era grave. Na verdade, fazemos merda até hoje. Beijo a bochecha da
Katherine e a puxo de volta quando ela termina de abraçar o Alexandre.
Quero-a do meu lado. Alexandre me olha de cara feia e cruza os braços por
causa do meu gesto.
– Amor, esse é o Kelvin, Henrique e Eric. Gente essa é a Katherine,
minha namorada.
– Só sua, Marcos? – Alexandre diz olhando-me com raiva. Ele cruza
os braços e a puxa para perto dando um selinho.
– Nossa namorada. – Me corrijo.
– Oi gente. – Ela diz tímida e eu sorrio. – É um prazer.
Ela é fascinante, eu poderia ficar horas e horas observando-a, cada
passo, cada suspiro, cada movimento que seu corpo maravilhoso faz.
Katherine é como uma manhã de natal. Linda, serena, e te faz se sentir bem.
Sou louco por ela desde o momento em que a vi
– Espera um pouco, vocês dividem a Katherine? – Eric pergunta.
– Sim, mas, na verdade, quem a viu primeiro fui eu. – Digo olhando
para o Alexandre.
– Mas aí ela me viu e não me resistiu. – Alexandre diz me encarando
também.
– Gente. Pode parar com isso eu já disse gosto dos dois, do mesmo
jeito, na mesma intensidade, só que não ao mesmo tempo. Certo?
– Certo. – Murmuro.
– Certo.
Katherine
Eu não acredito numa coisa dessas. Eles vão ficar com ciúme um do
outro? Isso não pode e nem vai continuar. Não quero só um, quero os dois!
Gostei de conhecer os amigos deles, a final nunca tinha visto nenhum. Eles
são bonitos, todos com um corpo de babar, deve ser resultado de alguns anos
de academia. Todos estão com camisetas coladas nos músculos e usando
apenas jeans.
O Kelvin é negro, careca e com olhos negros, tem os lábios carnudos
e é o maior de todos, tanto no corpo como na altura. Seus dentes são bem
brancos e ele parece ser uma pessoa muito engraçada. Apenas pelo jeito que
se apresentou. Eric é ruivo e tem algumas sardas na bochecha, é branquelo e
cheio de tatuagem, parece um gibi ambulante, todas são incríveis, ele tem um
alargador pequeno em sua orelha e uma voz muito grave, a mais grave de
todos. Será que ele tem algum problema nas cordas vocais? Não quero ouvir
esse homem bravo ou gritar. E por fim Henrique, é moreno tem uma grande
barba e o menos malhado, seu sorriso é composto por lábios finos e dentes
branquíssimos. Ele tem um cabelo liso que forma um enorme topete.
Ficamos conversando na sala enorme de estar. Ainda não vi essa casa
por completo, esse cômodo é lindo. Tem um espelho gigante que vai do teto
ao chão preso a um painel de madeira que toma a parede toda, há um lustre
brilhante com uns detalhes pretos e janelas que também vão do teto ao chão.
Logo no canto há uma adega cheia de vinhos e taças lindas, algumas até com
detalhes de ouro na parte superior.
Ao decorrer da conversa, comemos alguns aperitivos, eles disseram que iriam
para um acampamento e que sempre faziam isso, quase fiquei sabendo de
alguns podres deles, mas o Marcos fez o favor de jogar uma almofada no Eric
o fazendo ficar quieto.
– Katherine, vem com a gente? – O Kelvin diz dando um gole em sua
cerveja.
– É, vem vai ser legal. – Henrique fala sorrindo.
Todos me olham atentos e coro por estar com vários pares de olhos
em cima de mim, fico vermelha fácil, principalmente quando pessoas me
encaram. Olho para todos de volta, sorrio e eles fazem o mesmo.
– Adoraria, mas eu não quero estragar o dia de vocês. Sabe? É o dia
dos meninos.
– Não vai estragar nada. Você vai e pronto. – O Alexandre fala sério
e beija minha têmpora. – Vai deixar o dia ainda melhor. Você não estraga,
nada.
Ele tenta me puxar para mais perto, mas como estou no meio dos
dois, o Marcos me segura e beija meu nariz assim que o olho. Sorrio para os
dois, e continuo conversando com Kelvin sobre esportes, não sei muita coisa,
mas pude dar uma boa enrolada.
O Henrique e Eric estavam discutindo sobre qual dos era mais
competente, estavam apontando os podres e as utilidades deles próprios.
Depois, tive a honra de ver o concurso de arroto e sempre fingindo não sentir
o Marcos e o Alexandre, me puxarem e darem algumas olhadas feias uns para
os outros. Droga...
Nós vamos em casa buscar minhas coisas. Não sabia que iriam
necessariamente hoje, então enquanto faço as malas o Marcos fala com meus
pais junto com o Ale. Desço a escada já pronta para ir. Dou um abraço nos
dois coroas e damos partida voltando para casa do Marcos.
Vamos para a garagem assim que chegamos, essa era uma das partes
da casa que eu ainda não tinha visto. Meu queixo cai quando vejo vários
carros. São todos deles? Têm pelo menos uns 6 carros contando com
duas Ferraris vermelhas no canto. São mais ricos do que eu imaginava, não é
à toa exalam esse ar de poder por onde passam. Sempre majestosos e
elegantes. Não sou nada majestosa, sou meio doidinha, mas determinada e
bem elegante quando quero, tenho minhas inseguranças às vezes, mas toda
mulher tem, não sou imune a isso. Sorrio. Sei que sou boa o suficiente para
eles e vice-versa. Não me ache metida ou renegada, mas sei valorizar meus
lados bons e ruins. E com esses dois homens no meu pé não tem como não se
sentir poderosa, ainda mais quando eles te fazem se sentir assim. Sério,
experimenta dois ao mesmo tempo, todos são felizes, para com essa vida de
escolher um ou outro, fisga os dois ao mesmo tempo... Quero dizer, isso se
você gostar né ou se o cara quiser também.
Aparentemente, o ciúme desses dois está falando mais alto e eu não
estou gostando nada disso. Entramos no Jeep e depois que todos têm certeza
de que não esquecemos nada demos partida. No começo fico ansiosa e feliz,
eu nunca fui acampar. E era uma das coisas que eu sempre quis fazer. Não sei
quanto tempo demorou, mas sei que dormi o caminho inteiro no colo do
Alexandre... ou quase o caminho inteiro, pois ouvi os dois conversando
algumas vezes...
– Ela dormiu? – Marcos pergunta
– Sim.
– Posso saber o porquê de você querer que ela more só com você?
– Você também quer isso. – Alexandre rebate e eu sinto seus dedos
fazerem carinho em minha nuca.
– Mas não fui eu quem disse que iria comprar uma casa e pedi para
ela morar comigo lá. – Fica um silêncio. Continuo com os olhos fechado e
adorando as mãos do Alexandre na minha nuca fazendo carinho.
– Se nossas brigas ou ciúmes não pararem, a gente vai ter que
resolver.
– Como Alexandre? – Marcos pergunta calmo e eu sorrio de leve por
causa da imagem dele dirigindo que vem em minha cabeça. Ele e o
Alexandre ficam bonitões dirigindo. – Ela me pediu para a gente não a fazer
escolher entre nós dois. E eu prometi que não faria. E não vou fazer, não vou
magoá-la desse jeito.
É isso mesmo, Marcos...
– A gente resolve de outro jeito então... – Sinto um beijo do Ale na
minha testa, me aconchego mais em seus braços fortes e durmo.
Assim que chegamos nós vamos direto fazer rapel, pois ainda está de
dia e ensolarado. Eu nunca tinha feito isso antes sempre tive vontade então
fico bem ansiosa e com muito frio na barriga. O Marcos e o Ale colocam o
equipamento em mim certificando duas vezes de que cada corda, mosquetão
ou a cadeirinha estavam em perfeitas condições. Eles se olham e sorriem
quando terminam.
– Eu podia te amarrar com essa corda, Katherine.
– Quer me amarrar, Ale?
– Amarrada assim eu te chuparia todinha. – O Marcos diz no meu
ouvido e os dois beijam meu pescoço apalpando minha bunda.
– Linda. – Olho para os meninos que sorriem para mim enquanto
colocam seus equipamentos.
Olho ao redor e sinto o vento bater em todo o meu corpo. A paisagem
é linda e parece que somos apenas nós e o mundo inteiro. Há várias rochas e
é natureza para todos os lados. Na verdade, se olhar bem, lá longe, bem
miudinho, há uma três ou quatro pessoas fazendo o mesmo. Ponho a mão na
barriga numa tentativa falha de fazer as borboletas pararem de se mexer
tanto.
– Katherine. – Olho para o Alexandre. – Vou primeiro, quero que
fique a cima de mim e do Marcos assim a gente fica menos preocupado.
– Tudo bem.
– Esses safados só querem olhar para sua bunda, Katherine. – O Eric
diz e ri.
– Eu sei Eric, eu sei.
– Dois tarados. – O negão diz dá risada com seus dentes
branquíssimos. – Bora descer que o negão tem fome.
– E quando você não está com fome, Kelvin? – O ruivo pergunta.
– Quando estou comendo. – Dou risada.
Olho para o horizonte. É lindo aqui. Vamos descer ao lado de uma
cachoeira. O sol está brilhando como um diamante iluminando cada parte das
altas árvores e flores de diversas espécies e lindas. Têm pássaros no céu. O
vento gostoso bate em meu rosto e faz meu cabelo solto que está livre
capacete voar. Sorrio e respiro fundo, a natureza é maravilhosa. Para nós que
vivemos na urbanização toda isso aqui é ótimo, limpa a alma e purifica os
pensamentos... quer dizer, purifica se você não vier para cá com dois homens
tipo Marcos e Alexandre, aí é meio impossível ter pensamentos santos perto
deles. São dois pecados de homem.
∞∞∞
∞∞∞
Capítulo quinze
Desgraçado, você tinha que ficar puxando ela. – Digo com raiva,
sentindo minhas veias saltadas, meus punhos fechados e meu rosto
vermelho.
A raiva começa a tomar conta do momento me controlar para não
socar a cara lisa dele. Andamos para bem longe da barraca da Katherine e
ficamos nos encarando bem de perto com os olhos cravados um no outro.
– Marcos, eu vou te quebrar inteiro.
– Tenta. – Rebato.
– Ninguém vai bater em ninguém. – O Henrique fala para gente
colocando a cabeça para fora da barraca.
E é nessa hora que dou um soco na cara do Alexandre e ele revida
dando um nas minhas costelas. Nunca tínhamos brigado assim, mas não
pensei em nada, só agi. Chuto sua perna o fazendo fraquejar um pouco, mas
ele me dá um soco certeiro no olho. Vou admitir ele é tão bom de briga
quanto eu, mas antes que eu possa revidar o Henrique me segura e o Eric
segura ele, o Kelvin fica no meio de nós. Não sei como a Katherine não
acordou com essa gritaria toda. Começo a respirar forte e sinto meu sangue
borbulhar. Eles tampam nossas bocas e ficamos quietos por um momento.
Lanço um olhar de fogo para o Alexandre e ele para mim. Ainda com os
punhos fechados eu fecho os olhos, lembro-me da Katherine e me acalmo.
– Para agora vocês dois. Caramba gente, assim vocês me assustam. E
se a Katherine acorda e vê vocês assim? Põe a cabeça no lugar Marcos. Esfria
a cabeça Alexandre.
– Ta, mas isso morre aqui Kelvin.
Eles dois nos largam, e cada um vai pra sua barraca, mas antes que o
Kelvin entre ele olha para nós dois de novo.
– Se eu tiver que chamar eles dois para separar vocês de novo eu
conto para Katherine. – Sua voz é séria e decidida. É difícil o negão falar
assim comigo.
Ficamos nos olhando, o silêncio assustador reina entre nós, um clima
muito tenso se instala me fazendo passar as mãos no rosto e o encarar
novamente. Ele se parece muito comigo. E a pergunta que não quer calar é
como a Katherine não ouviu a confusão... Ou ela ouviu e preferiu ignorar.
Duvido muito.
– A Katherine não pode nem sonhar com essa briga, Marcos.
– Mas vai ser difícil não perceber. Você está com um olho roxo e eu
também.
Continuamos nos olhando fixamente, sorrio um pouco olhando para
ele que retribui. Começamos a rir juntos e quando percebemos estamos
gargalhando. Nos escoramos um no outro e nos abraçamos muito forte. Meu
corpo todo vibra e eu beijo o maldito.
– Somos ridículos. – Falo rindo.
– Eu sei, somo dois idiotas loucos pela mesma mulher. E que
mulher.
– Você quase quebra minhas costelas, Alexandre. Está ficando forte
demais.
– Estou querendo chegar em você. Minha vida sempre foi essa.
Seguir os passos do grande Marcos. Do grande pica fina, Marcos.
– Alexandre, meu pau é maior que o seu cara.
– Marcos, nem vem, já me viu pelado? Já viu o tamanho da minha
trolha? – Diz gesticulando. – Admite que... – Não o deixo terminar de falar o
pego e abraço forte rindo mais uma vez. Adoro fazer isso.
Ele retribui e aperta minha bunda.
– Olha a mão boba safado. – Ele gargalha quando dou um pequeno
soco em seu braço.
– Boa noite, amo você.
– Eu também Marcos. Cabeça dura. – Fala indo para sua barraca.
– Bebezão. – Entro em minha barraca e me cubro.
Respiro fundo e deito de lado na esperança do sono vir. Aqui fica tão
grande sem a Katherine. Ahh doce, meiga, fantástica, gostosa e encantadora
Katherine. Seu charme todo me deixa doido e caidinho por ela. Fora o
sorriso, nossa... Vê-la sorrir é como ver um pôr do sol. E as curvas? O que
são aqueles peitões senhor? Fico duro só de pensar nela. A bunda fica
maravilhosa virada para mim e sua bocetinha apertada é doce e rodeia
perfeitamente meu pau.
Toda vez que falo dela sinto algo diferente em meu peito, é bom e me
deixa relaxado e satisfeito. O efeito que ela tem sobre mim é tão grande que
apenas seu cheiro é capaz de me despertar e me fazer imaginar e sentir mil
coisas ao mesmo tempo.
Katherine
Acordo no meio da noite com um calor muito grande, estou suando
e... Começo a sentir duas coisas duras na bunda e na barriga. Ainda meio
sonolenta ponho minha mão para tatear ao meu redor e sinto dois corpos.
Marcos e Alexandre. Sorrio instintivamente.
Esses dois estão dormindo um de cada lado. Estamos fazendo um
perfeito sanduiche de Katherine. Tiro meus fones de ouvido
pausando a musica, sento-me e observo os dois com a pouca luz que temos,
são as coisas mais lindas do mundo. Tudo neles é perfeito, chega a assustar.
Noto algo diferente em meu peito, é bom. Acho que é paixão, amor, desejo e
muita volúpia, com certeza.
O cabelo bagunçado do Marcos é muito sexy, sem falar no aroma
masculino que está reinando dentro da barraca. São realmente fascinantes, a
expressão séria deles é uma tentação. Apalpo o pacote e salivo por querer
colocar na boca. Dou uma espiada no sublime V localizado bem abaixo de
seus gomos. Conto um por um. Seis para cada barriga, mordo meu lábio
passando o indicador em seus corpos. Contorno tatuagens. Dormem
intensamente. Assim que levanto um pouco mais a camisa do Marcos
percebo uma vermelhidão na região das costelas. Onde ele machucou? Passo
a mão de leve na região.
Mexo no cabelo dos dois, sedosos e macios. Acendo a lanterna, mas
deixo fraco para não os acordar, quero apenas apreciar a vista celestial. Olho
bem no rosto deles para ver cada traço masculino, o maxilar quadrado, olho
roxo, barbas alinhadas e... Espera, olho roxo? Que porra é essa? O que
aconteceu? Se eles tivessem brigado eu teria ouvido...ou não, eu estava com
fones, mas a questão é que se esses dois andaram brigando por ciúme eu
acabo com esses pedaços de mau caminho. Levanto novamente a blusa do
Marcos ignorando seus músculos e me atento na região vermelha nas
costelas. Safado... ele levou um soco aqui.
– Marcos? Alexandre? – Falo mexendo neles.
Dou uma boa passada de mão no peitoral forte como aço.
– Hum. – O Alexandre resmunga.
– Gente?
– Fala, amorzinho. – O Marcos fala de olhos ainda fechados.
– Só mais 5 minutos.
Que droga já vi que não vou conseguir acordar esses dois, dormem
igual pedra. Que vontade de lamber eles inteirinhos até eu não ter mais saliva
na boca.
– Gente, estou pelada e quero transar. – Mexo em seus torsos.
Só basta essa frase para que os dois acordem e fiquem sentados e me
olhando. Tão lindos assim de carinha amassada; cabelo fodidamente sexy e
bagunçado; sorriso molhador de calcinha nos rostos; e olhos roxos.
– Oi, pode falar. – Marcos passa a mão no rosto, faz uma cara dor e
toca nas costelas.
– Estou acordado.
– Primeiro: Porque vocês estão na minha barraca? – Falo olhando
para os dois.
– Por que você não está pelada? Posso saber mocinha? Está vendo
isso Alexandre?
– Responde a minha pergunta, seu atrevido!
– É... A gente viu que estava sendo estúpido e então fomos dormir,
mas não sei, acho que por sermos irmãos a gente tem uma conexão forte,
porque eu pensei em entrar aqui e dormir com você, e quando estava saindo
da barraca o Marcos estava saindo também com o mesmo propósito.
– Ah que fofos, aí vocês decidiram invadir aqui, deitar e dormir? É
isso mesmo? – Digo zombando, com uma voz de bebê e dou um selinho nos
dois. – Tá bom foda-se. Adorei a invasão. E segundo: Por que vocês estão
com os olhos roxos e costelas vermelhas?
– E de pau duro. – Alexandre diz rindo e o Marcos solta uma
risadinha. – Mas ainda estamos bonitos?
– Sim, Alexandre. Vocês ainda estão bonitos, até demais. Chega a ser
desumano.
– Ainda quer rebolar no pau? – Marcos pergunta com a cara de pau
dele.
– Não muda de assunto, Marcos. Sei o que está tentando fazer,
abusado.
– Quero te chupar todinha. – O Ale chupa meu pescoço.
– Olha a ousadia. Pode começar a falar. Agora. Vocês brigaram? –
Pergunto ficando de joelhos e cruzo os braços.
– Tá. Tem uma boa explicação para isso. – O Marcos diz.
– Pode começar, estou esperando.
– Tem que ser agora? – Ele pergunta me olhando com uma cara de
quem quer me atacar. Olha para mim por completo molhando os lábios. –
Temos coisas melhores para fazer. – Ele expõe meu seio abaixando minha
blusa bem devagar. – Está molhadinha? – Dou um tapinha em sua mão e me
cubro.
– Marcos para de enrolar! Fala agora! – Eles se olham. – Alexandre!
– É... Então, foi assim... – Balbucia e olha para o Marcos.
– É que eu e o Alexandre estávamos conversando com o Kelvin e o
Henrique.
– Aí a gente se desentendeu e acabou brigando. – Fico olhando para
eles desconfiada com os olhos serrados. – Coisas de homem, não achávamos
que tínhamos passado do limite. Não foi nada.
– Agora me fala o verdadeiro motivo.
– Ciúme e Katherine. – Alexandre responde e Marcos sorri mordendo
o lábio.
– Desculpa, não vamos brigar de novo.
– Dessa vez eu vou deixar passar. Vamos dormir que está muito bom
aqui com vocês.
– Ué, você não queria transar? – O Ale pergunta.
– Sim... Não, espera, sim porque vocês são muito... Muito... –
Gaguejo me distraindo e passando a mãos pelo corpo deles. – Ahrrg – Rosno.
– Vocês sabem muito bem o que são! E não quero, porque estou chateada.
– Nem um beijo a gente ganha?
O Alexandre junta as sobrancelhas e faz um leve bico com seus
lábios, ele os aproxima dos meus me dando um beijo quente, facilmente abre
a boca dando passagem para minha língua, Alexandre segura minha nuca
puxando ainda mais, suga meus lábios ferozmente me fazendo derreter e
querer mais. Pego em seu membro grande enquanto mordo seu lábio macio.
Concedo um selinho na sua boca incrível para finalizar o beijo gostoso e
cheio de charme como o próprio Alexandre. O beijo é tão bom como um
banho de mar num dia quente que fez minhas pernas falharem de tão
delicioso.
Marcos se deita e me desloca para cima dele, abre um sorriso lindo
me dando a chance de ver perfeitamente suas covinhas, sua boca formidável
passa raspando na minha e suavemente encosta fazendo pressão. Enquanto
coloca cada vez mais sua língua na minha boca eu aprofundo o beijo
inclinado a cabeça num ângulo perfeito e aproveitando seus lábios firmes,
conduzo minhas mãos ao seu cabelo e faço os fios passarem entre meus
dedos. Esse beijo é primoroso como as estrelas numa noite de verão. É
intenso como o Marcos.
Isso tudo é melhor do que eu imaginaria que seria... Ter dois
namorados é as mil maravilhas, e principalmente quando se trata de namorar
os irmãos Clark Walker. Antes de me ajeitar para voltar a dormir, beijo seu
olho roxo e o do Alexandre que já estava quase dormindo feito um anjo, um
anjo gostoso. Já não basta eles serem tudo isso, para provar que são anjos,
vou te contar uma coisa. ELES NÃO RONCAM.
Acordo relaxada, e acabo de me lembrar que faltam dois dias para o
meu aniversário. Vou fazer dezoito e estou animada. Engraçado como a vida
muda, né? Noto que estou sozinha na barraca. Coloco alguma roupa e saio,
sorrio quando o sol bate em meu rosto embora eu prefira um dia nublado e
bem frio. A brisa daqui é boa demais. Vejo o Kelvin, Eric e Henrique se
entupindo de salgadinho. O Henrique está bebendo logo de manhã. Rio
baixinho, mas eles ouvem e me olham.
– Caramba, Alexandre e Marcos tinham razão. Você é linda de
manhã, gracinha. – Eric diz – Depois vou te apresentar para minha namorada,
Maria. Vão se adorar.
– Obrigada, ruivo. Bom dia, aliás. – Sorrio para os três.
– Bom dia. – Falam os três juntos.
– Quer um goró? – Henrique me oferece levantando a garrafa de
cerveja.
– Não, obrigada Henrique.
Pego minha escova dentes e faço minha higiene, lavo o rosto em um
lago perto de onde estamos. Tem uns peixinhos na água que nadam para
longe quando ponho meus pés, são engraçados. Prenso o cabelo em um coque
e guardo minha escova.
– Meninos, cadê o...
– Marcos? – Marcos fala atrás de mim.
– Alexandre? – Ele faz o mesmo.
– Serve esses dois ai?
– Serve.
Dou um selinho nos dois e me sento para comer. Marcos e Alexandre
colocam os galhos que acharam para aumentar a fogueira e eu saboreio
os marshmallows já assados para mim e algumas uvas. Provei caviar e
com vodka, o Marcos trouxe e eu adorei. Quem traz caviar e vodka para um
acampamento? Marcos! Quem gosta de caviar com vodka? Eu,
aparentemente.
– Me conta. – Olhamos para o Henrique, bêbado, que fala com sua
voz arrastada. – Como é que esses bostas conheceram a popozuda? – Ele ri e
o Alexandre joga a garrada de cerveja da noite passada nele. Acerta a cabeça
dele o fazendo ficar quieto por um tempo.
– Cala boca, Henrique, por favor. – Alexandre pede rindo.
– Olha aqui, Alexxandre. – Diz dando ênfase no X – Me poupe, se
poupe, nos poupe.
Kelvin puxa o Henrique de volta para o lugar quando se curva demais
para a fogueira pela terceira vez. Ele sorri para o amigo e da um toque na
mão dele.
O Marcos dá um arroto e o Alexandre faz o mesmo. Mesmo
arrotando são gostosos.
– Desculpa. – Falam olhando pra mim.
Bebo o refrigerante em três goles seguidos e arroto olhando para
eles.
– Desculpa. – Falo tímida.
– Essa mulher é perfeita, até arrota. Eu quero uma popozuda dessa.
– Henrique cala boca. – O Marcos joga outra garrafa. Rio e beijo o
pescoço dos dois.
– Vou te apresentar uma amiga... vai adorá-la.
– Aí eu valorizo. – Dá risada comigo.
∞∞∞
Ontem passei o dia com meus pais, conversei sobre ficar uns meses
sem ir para faculdade, quero pelo menos um descanso. Eles aceitaram,
sempre fui inteligente e responsável com essas coisas. Não estou fazendo
essa pausa para ficar com o Alexandre e Marcos, mas sim por mim, quero um
tempo para curtir mais a vida. Sei que não posso ficar muito tempo parada em
relação a isso, é o meu futuro, mas sei que ano que vem começo firme nos
estudos. Fora que vou fazer 18 anos e quero tirar habilitação. A/B de
preferência.
Lógico que minha mãe quis saber sobre tudo o que ocorreu durante o
tempo em que fomos acampar. Contei tudo até a parte em que eles estavam
com ciúme um do outro. Minha mãe riu e disse que eu estava certa em não
querer escolher apenas um. Ela disse que eu tenho que dominar os dois.
Quando ficou um pouco mais tarde passei na casa da Eva junto com a Jade
para atualizá-las das fofocas e ser atualizada. Elas adoraram o fato de Marcos
e Alexandre terem 2 amigos gatões e solteiros. Alexandre disse que seria
interessante convidar as duas para o próximo passeio que fizermos todos
juntos. Vai ser mesmo.
Meu pai está começando a se dar bem mesmo com meus namorados.
Ontem antes de eu acordar meu pai foi correr com os dois. Ele
voltou superanimado e se sentindo mais jovem. Meus pecados entraram para
dar um oi para minha mãe que os adora desde o começo, mas infelizmente
não puderam ficar muito tempo. Ambos tinham que ir trabalhar, o dia estava
cheio.
Hoje, vim para casa do Marcos passar a noite. O Alexandre chegou
mais cedo da empresa e me buscou em casa. Ficamos na sala de Tevê
enquanto esperávamos o Marcos chegar. Fico deitada em seu peito forte
enquanto ele beija meu pescoço, contorno seus gomos e cada traço de seu
rosto assim como ele faz comigo.
– Como consegue?
– Como consegue o que?
– Ser linda assim, chega a doer, Katherine, por Deus. – Faz um carinho
em meu cabelo e em minha nuca.
– Fala como se não fosse. Sua beleza e do Marcos chegam a ser
exagerada. – Beijo sua testa. – E eu gosto.
– E olha esses peitos, nossa posso gozar litros me masturbando só
lembrando deles.
– Como consegue? – Falo com as sobrancelhas juntas e boca aberta.
– É fácil, primeiro eu deito e tiro a roupa, depois disso... – Não o
deixo terminar de falar.
– Não, Alexandre, como consegue ter essa transformação de um cara
romântico, meigo e sensível, para um cara tarado e sem vergonha alguma? –
Ele gargalha gostosamente e me dá uma palmada mordendo o lábio.
– Boa noite. – O Marcos chega.
Esse homem é uma perdição. Ele está com três botões de sua camisa
colada abertos, a gravata frouxa e as magas levantadas até os cotovelos. Seu
cabelo está sedutor e ele por completo está hipnotizante.
– Uma ótima noite. – Eu levanto e ele me abraça me tirando do chão.
Abraço seu quadril com minhas pernas e o beijo ferozmente. Minha boca fica
vermelha e ele sorri beijando meu nariz.
– Linda. Amanhã é o aniversário de alguém, e antes que você diga
alguma coisa, eu já falei com os pais desse ser superatraente que a festa nós
iremos organizar. – Ele faz uma pausa e cheira meu pescoço. – Cheirosa
demais. Isso tudo é para mim? – Saio de seu colo e me sento novamente no
sofá.
– Para você e para o Alexandre.
– Eu e o Ale temos uma surpresa para você, mas só vamos te mostrar
amanhã.
– Me deixa adivinhar... Vocês vão ficar pelados, se enfiar dentro de
uma caixa grande e ficar na cama o dia inteiro? – Olho para os olhos
arregalados. – Que foi? Eu iria adorar.
– Não, eu e o Marcos não vamos fazer isso, mas a parte de foder e
ficar com você o dia todo é uma opção. – Dou risada.
– Vou tomar um banho meu amor. – Diz e beija meus lábios de um
jeito terno e romântico.
– Coincidência...– Monto em seu colo. – Eu e Alexandre também
íamos...
– Íamos? – Alexandre pergunta confuso. – Katherine, acabamos de
tomar banho.
Olho para o Marcos sorrindo e jogo uma almofada na cara do irmão.
– Não faço ideia do que ele está falando, meu amor. – Levanto de seu
colo e tiro minha roupa indo em direção as escadas. – Vamos gente. – Jogo
minha calcinha nos degraus.
Tomamos um belo banho juntos. Passo a maior parte do tempo
acariciando os dois e me entregando nas mãos desses tarados. Também sou,
deve ser por isso que combinamos tanto. Nem o som da água caindo foi
capaz de abafar minhas manifestações de prazer, nem o pau do Marcos em
minha boca foi capaz disso. Cada toque que senti eu vou lembrar para
sempre. Meu coração quase que explode quando esses dois gozam juntos
gemendo no meu ouvido. Na verdade, ele explode quando ambos dizem que
amam e depositam beijos meigos em minha pele.
Capítulo dezesseis
Acordo com os dois me dando vários beijos. Aconchego sorrindo e
mergulho nesse mar de lençóis macios e brancos com o cheiro dos dois
impregnado. Solto um gemido manhoso quando um deles enterra o rosto em
meu pescoço. Marcos fez isso, reconheço o toque de sua barba. Logo,
Alexandre beijou meu cabelo.
– Bom dia delicia. – A voz do Alexandre preenche meus ouvidos
como uma música suave e gostosa de ouvir pela manhã.
– Finalmente dezoito. – Recebo um beijo do Marcos na testa.
– Bom dia, é tão bom acordar assim.
Abro os olhos e me deparo com os dois sem camisa, segurando um
buque de rosas cada um. Em cima dos lençóis bagunçados tem várias pétalas
de rosas e um café da manhã incrível cheio de coisas que eu gosto. Eles
fazem eu me sentir tão bem, tão amada e desejada. Sinto-me como se eu fosse
a mulher mais cobiçada e poderosa. Esses dois são bons de uma forma
inexplicável. Os sorrisos cafajestes que me cercam me derretem toda, fora a
combinação de safados e românticos que formam os dois.
– Eu amo vocês. Obrigada.
– Nós também te amamos doidinha. E não precisa agradecer, hoje é
seu dia. Eu e o Marcos fizemos de coração para nossa deusa
grega da raba grande. – Viram, é uma habilidade incrível que eles têm de ser
meigos numa hora e na outra serem dois safados. E eu amo isso!
– Modéstia parte, a gente é muito foda. – Alexandre sorri
concordando com o irmão.
– Perfeitos também, até demais. – Falo olhando para eles com a
maior cara de apaixonada o possível. – Chega a ser irritante. – Falo com um
sorriso no rosto.
– Somos cheirosos.
– Somos bonitões, Ale, somos bonitões.
– O dia é meu ou de vocês? – Falo comendo uma
rosquinha supergordurosa com chocolate. Hoje é meu dia e vou comer o que
quiser. Academia existe pra isso e eu amo fazer exercícios, mas não hoje,
hoje vou comer. – Bonitões. – Falo com a voz grossa imitando eles.
– Hoje é seu meu anjo. Só seu. – O Marcos fala sorrindo para mim
mostrando suas covinhas.
Os dois me beijam na bochecha e depois depositam um beijo eu meu
pescoço.
– Amei isso tudo. Muito obrigada.
– Calma gata, o dia ainda nem começou.
– Tem mais, Ale? – Bebo o cappuccino bem quentinho. Que
delícia...
– Você não faz ideia. Ela fica sexy quando acaba de acordar, não é
Marcos? Olha. – Fico vermelha.
– Reparei isso desde o primeiro dia em que acordei do lado dela.
– Ela está aqui. – Falo comendo morango agora. Essa bandeja está
uma maravilha. Tem até cookie. Eu amo comer cookie de manhã – Como
sabem tanto sobre mim? Tudo o que gosto está aqui. Dona Lorena, que falou
para vocês, né?
– Sua mãe ajudou um pouco. Ela que disse dos cookies. O Max
também ajudou. Mas você esqueceu que sou empresário. Muitas pessoas
trabalham para mim e para o Alexandre. E em um estalar de dedos eu posso
saber tudo de quem eu quiser. E o melhor de tudo, em sigilo. – Marcos
arranca da minha boca a metade do morango ficou para fora. Está docinho. –
Da sua boca é melhor.
– E desde o primeiro dia que ele te viu, puxou sua fixa completa.
– Vocês bisbilhotaram minha vida? – Falo comendo dois cookies de
uma vez.
– Foi por uma boa causa, o Marcos disse que seria uma boa ideia.
– Eu? Você também quis. E você deu a ideia.
– Marcos, você já estava pensando nisso eu só disse algo que já era
evidente. Você fazia isso com as mulheres que queria algo sério. Fez isso
com umas duas namoradas e com aquele cara estranho da sorveteria.
Mulheres? Que merda é essa? Controla esse ciúme, Katherine!
– Meninos! Não interessa de quem foi a ideia. – Falo calma. – Mas já
que tem um dossiê meu, pode ser hora de provar um pouco do nosso recente,
mas intenso amor, já que gostavam de saber tanto da vida de outras mulheres,
gostam de saber da minha e acho que não vão ter problemas de responder
algumas perguntas.– Sento melhor na cama.
– Como assim? – O Marcos pergunta confuso.
– Vou fazer algumas perguntinhas bestas, aí vocês respondem. Se
errarem uma se quer ficamos duas semanas sem sexo.
– Nem fodendo, Miller. – O Alexandre diz indignado.
– Para que isso agora? Katherine, eu nem sei quem são essas
mulheres que o bocudo falou. Alexandre só diz merdas. Já percebeu isso, né?
– Que dia eu nasci, Alexandre?
– Dia 24 de fevereiro.
– Que horas eu nasci, Marcos?
– 09h14
– Manhã ou noite?
– Manhã – Ele responde e levanta as sobrancelhas dando um sorriso.
– Qual o meu maior medo, Alexandre?
– Isso não estava no dossiê, mas eu sei. Ver todos que ama morrer. –
Ele também me lança um sorriso.
– Qual animal eu sempre quis domesticar, Marcos?
– Ah essa eu sei. Um lêmure. – Antes que eu pergunte ele responde. –
Pois são fofos quando filhote e também parecem ser peludos. Ah e também
um tigre.
– Maldito.
– Chupa, Katherine. – Sorrio.
– Alexandre, qual dos meus seios é maior que o outro?
– O esquerdo, embora não tenha nenhuma diferença. – Abaixo o
lençol e olho para os meus seios novamente. Verdade, o esquerdo é maior. Se
bem que não tem muita diferença.
Apalpo os dois. Será que o esquerdo é mais pesado? Nossa, como são
grandes. Vou começar a fazer exercícios para mantê-los em pé até onde a
idade aguentar... As perguntas, Katherine. Olho para os dois e os vejo
hipnotizados. Vou um pouco para o lado olhando os olhos azuis e castanho
mel que seguem meus peitos. A boca do Ale está até um pouco aberta. Estalo
os dedos chamando-os para realidade.
– Ei, voltando aqui. Planeta Terra chamando. Marcos, qual parte do
meu corpo eu não gosto?
– Os pés. Não sei o porquê, são bonitos, fofos e pequenos.
– Eu calço trinta e sete.
– E eu quarenta e quatro.
– Você é homem.
– Próxima pergunta, Miller. – Alexandre diz – As conversas com
dona Lorena renderam bastante!
– Alexandre, eu sou alérgica a que?
– Nada.
– O que eu mais gosto, Marcos?
– Meu pau. – Gargalhamos com essa resposta.
– Ok, acabou. Só estava testando vocês. – Dou um selinho demorado
nos dois. – Amo vocês. Estão se dando bem mesmo com minha mãe.
– Ela é uma graça. Adora conversar com a gente. Seu pai também. –
Alexandre diz e sorri.
– O que mais ela falou de mim para vocês?
– Depois te falamos. Termina o seu café da manhã e depois põe a
roupa que a gente deixou separado para você ali. É um vestido eu e o
Alexandre escolhemos.
– Fica bem bonita viu.
– Amo você – Os dois falam juntos.
Eles saem do quarto e eu já sinto falta. Que vontade de gritar.
Termino de comer e atravesso o quarto indo até a poltrona onde está o
vestido coberto por uma capa preta. Tem um bilhete cuja caligrafia grafada é
linda. Respiro fundo sentindo um frio na barriga e sorrio.
Katherine
– Que porra de vestido complicado, hein, Katherine. Falei para o
Marcos que ia ser difícil arrancá-lo do seu corpo.
– Alexandre você está se matando porque quer, já disse "eu tiro”, mas
não, você tem que ser mandão e dizer que você vai tirar.
– Então tira logo essa merda, ainda bem que você está sem sutiã, é
um obstáculo a menos.
– Sem calcinha também.
Deixo o vestido deslizar pelo meu corpo e cair no chão ao redor dos
meus pés. Totalmente nua e de salto eu sorrio e fecho os olhos quando as
mãos do Ale passeiam pelo meu corpo. Alexandre pediu que eu relaxasse,
mas fico preocupada com o Marcos. Quero saber se ele está bem e onde a
doida está. As mãos do Alexandre apalpam meu corpo e eu entrego meu
corpo e alma a ele, mas minha mente está a todo vapor e não relaxa de jeito
nenhum. Ele é carinhoso em cada beijo e toque.
– Gostosa. – Diz quando chupa meus seios colando o rosto entre
eles.
Ele mordisca meus seios prendendo o bico entre os dentes às vezes.
Ele me põe em cima da pia grande e abre minhas pernas. Recebo uma
palmada e a chance de ver o Alexandre tirar a camisa e deixar seu corpo
magnífico à mostra. Suspiro quando me presenteia com um selinho bem
suave e faz uma trilha de beijos até a parte interna de minhas coxas. Sua
barba roça me causando arrepio em todo o meu corpo. Enquanto babo por ele
sua língua trabalha em meu clitóris que implora atenção. Meus saltos saem
dos meus pés e sem vergonha alguma, abro mais as pernas e seguro seu
cabelo.
– Isso... – Gemo apertando os seios. Seus lábios macios beijam os
meus de língua, mas para a minha total queda seus olhos azuis me encaram e
ele passa a língua por entre minhas dobrinhas separando-as. – Minha nossa,
Alexandre...
Sua boca se concentra em meu pequeno ponto sensível e agora bem
molhado, os lábios gordinhos de minha intimidade rodeiam os de sua boca
e...
– Alexandre Pierre Clark Walker, se você e a Katherine estiverem
fodendo nesse banheiro sem mim eu vou bater nos dois! – Marcos fala
batendo na porta.
O Alexandre para o que está fazendo me olhando com um olhar de
desculpas e abre a porta para o Marcos que entra fechando-a em seguida.
– Danada. – Continuo com as pernas abertas e começo a me
masturbar. – Está todo mundo a trás de você, sabia? – Ele olha para os meus
dedos. – E você aqui toda peladinha. – Fecho as pernas me sento. – Porra
Alexandre, você também em.
– Para sua informação, eu estava muito duro e a Katherine me
obrigou a vir para cá.
– É Alexandre, um homem como você, desse tamanho, musculoso,
não teve como hesitar e veio para cá com medo de mim, que sou bem mais
forte que você, não é?
– Sedução e beleza são suas armas Katherine, você sabe bem como
usá-las. Marcos sabe disso assim como eu e você sabemos. – Gargalho.
– Katherine, por mais que eu ame ver você assim sem roupa
nenhuma, é melhor você colocar o vestido e nós voltarmos para lá.
Coloquei o vestido com a ajuda dos dois e saímos do banheiro indo
em direção a festa. O clima no banheiro estava tão bom que não lembrei do
que aconteceu. Gostei tanto de ver o Marcos que nem lembrei que Alexandre
não terminou o que começou. Meu sorriso vai embora e sinto nitidamente que
todo o pingo de alegria momentânea que senti perto dos meus pecados vai
embora e em seu lugar entra a angustia. Quero saber daquela louca.
Aproveito o silêncio que fazemos ao caminharmos juntos e pergunto.
– E o que aconteceu com a Manuela? – Pergunto bem baixinho.
– Eu pedi para o Eduardo levá-la à delegacia, mas acho que ela
realmente é louca, sabe? Tem algum distúrbio ou sei lá. Amanhã eu cuido da
situação. Ela vai precisar de tratamento psiquiátrico e vai ter. – Ele me olha e
sorri. – Hoje me permiti e me forcei a fingir que nada aconteceu e comemorar
seus preciosos 18 anos. Quero que faça isso também.
– Ela está longe e agora somos só nos três. – Alexandre diz. Beijo a
têmpora dos dois e sorrio.
Não respondi mais nada relacionado ao assunto apenas aproveitamos
a festa. Vai acabar tarde e quero sair daqui exausta e bêbada, mas não caindo
de bêbada, pois, quero lembrar dessa noite para sempre. Fico um bom tempo
dançando e conversando com a Jade e Eva. Atualizo as duas de todas coisas
possíveis. Enquanto danço faço alguns passos provocativos para Marcos e
Alexandre, mas nem tanto, pois ainda está cedo e não tinha tantas pessoas
assim dançando, logo, eu seria o centro das atenções e não é isso o que
quero... Quando o jantar é liberado para todos eu agradeço e sou a primeira
da fila. Eu preciso comer depois de tudo o que aconteceu hoje mais cedo.
Tenho que agradecer muito aos dois e aos meus pais, eu estou
amando isso tudo. Há um oceano de pessoas dançando agora ao som da
música eletrônica, roço na Alexandre e Marcos várias vezes. Já bebi alguns
copos com algumas misturas doidas que os dois fizeram e que estavam
ótimas por sinal. Faço exatamente o que Marcos pediu. Permito-me e forço-
me a curtir cada momento dessa noite. Ela é minha.
∞∞∞
Capítulo dezoito
∞∞∞
Marcos
Vou para o trabalho preocupado com a Katherine, eu disse para ela
ficar em casa descansando, mas quem disse que a doidinha me ouve?
Empilho alguns papéis organizando-os, meu celular toca a primeira
vez, mas não atendo. O nome disso é preguiça. Toca novamente, pode ser a
Katherine. Pego e vejo que é um número desconhecido.
– Alô.
– Sua voz ainda é sexy sabia? – A voz de uma mulher soa do outro
lado da linha e essa mulher não é a Katherine.
– Quem é? – Pergunto confuso.
– Manuela.
– O que?... Mas...Como? – Pergunto confuso.
Fico sem palavras não sei como ela conseguiu meu número. Essa
mulher é louca, dela não duvido nada. Com o corpo todo arrepiado e com um
peso em minhas costas eu passo a mão no rosto sem acreditar. Achei que
finalmente havia me livrado dela.
– Sim, já conseguiu se lembrar de mim? Do que você me causou? Do
que passamos juntos?
– Manuela, me escuta, você é doente e lunática, eu não tenho
nenhuma conexão com você, você está me confundindo com alguém. – Meu
assistente entra na sala. Peço para ele esperar lá fora com gestos.
– Não, não estou não, eu sou e admito meu amor, mas confundir
você? Nunca. Você é meu Marcos.
– Como você descobriu o meu número? E onde você está?
– Não interessa, mas sei onde iremos estar daqui a meia hora. – Passo
a mão no rosto.
O que essa louca quer comigo? Não é possível, nunca a vi na vida
antes da balada. Ela me manda o endereço e eu anoto. Ela me pede para ir
sozinho e eu estou pensando nisso ainda. Como é possível? Ela some da
minha vida e me aparece quatro anos depois, cacete, eu joguei pedra na cruz
senhor. Por que eu fui ser tão merda assim? Eu não consigo me lembrar dela.
Só falta ser alguma menina com quem fiquei quando era mais novo. Eu era
cachorrão e ficava com várias, já fiz muitas mulheres e meninas chorarem,
acredite. Uma doida até tentou colocar pó de mico nas minhas roupas.
Caramba, eu me lembraria dela se tivesse passado pela minha vida. Será que
ela é uma das meninas que transou comigo enquanto eu estava bêbado na
minha adolescência? Caralho... Não fica com raiva de mim, eu era imbecil,
hoje sou um homem sério, comprometido só com uma e a mais bonita desse
mundo, trabalho sério numa empresa que sobe a cada dia e não brinco mais
com essas coisas. Hoje sou até sensível às vezes, e a Katherine disse que sou
fofo. Sou um amor, e pra minha defesa, me arrependo da vida de cafajeste.
Estou tentando enganar quem? Não me arrependo, mas não tenho saudade.
Nem um pingo, não trocaria a Katherine por mulher numa nesse mundo. Ligo
para o Alexandre.
– Oi. – Diz
– Eu preciso que você vá na Miller e veja se a Katherine está bem.
– Aconteceu algo com ela? Precisa ir ao médico? – Respiro e conto
sobre a Manuela. – Quer que eu mate a desgraçada, Marcos? – Rio com ele.
Não entendo como esse cara consegue me fazer rir nos piores
momentos.
– Não, Ale, não precisa matar ninguém.
– Se você quiser estou aqui. Estou indo, se cuida. Vai armado.
– Tá bom, vai e cuida bem dela.
– Eu sempre cuido. Amo você, toma cuidado com essa doida e
interna essa vadia louca de vez.
– Ok, Alexandre. Eu interno, amo você também.
Katherine
Abro a porta do banheiro do escritório para que eu possa respirar
direito. Alexandre foi buscar algo para eu comer e eu fiquei enjoada
em segundos novamente. Levantei-me bruscamente da cadeira e pronto. Ai
minha nossa, vou chamar um médico para vir aqui agora. Eu tenho que deixar
de lado a empresa e cuidar de mim, minha saúde vem em primeiro lugar.
Geralmente eu não deixo passar tantos dias como eu deixei desta vez, mas
foram tantas coisas que tive que resolver e meu mal-estar estava oscilando
tanto que acabei não me importando.
Saio do banheiro devagar e pego meu celular. Vou até o centro da
sala e sento no sofá com calma para não piorar a situação. A medida
que mando a mensagem para o médico a luz do celular começa a ofuscar
minha visão. Nunca estive tão mal.
Novamente a preocupação surge em meu peito. Alexandre me contou
o que Marcos foi resolver e isso me deixa louca de angústia. Espero que ele
esteja bem. Bloqueio a tela do celular por causa da dor de cabeça e esfrego os
olhos. Escoro os cotovelos em minhas coxas e seguro minha cabeça. Ouço
algumas batidas na porta e logo depois ela é aberta.
– Alexandre? – Sorrio, mas continuo na mesma posição.
Ainda bem que ele chegou, eu estou com fome, muita fome. Tento
olhá-lo, mas minha visão turva me impede.
– O que aconteceu, Katherine? – A voz dele está... Ah, deixa.
– Você sabe que estou mal esses dias, Ale. E estou com fome.
– Desculpe, estou com tanta coisa na cabeça que esqueço. Está
enxergando direito?
– Na verdade, não. Sinto-me mal, mas já mandei mensagem para o
médico. Ele está vindo.
– Ótimo.
– O que trouxe para eu comer? – Pergunto e sinto sua mão fazendo
carinho em mim.
– Ah... é melhor não comer agora. – Diz calmo, mas num tom
diferente.
– Sua voz está estranha. – Digo me sentindo meio fraca, preciso
comer alguma coisa.
Levanto a coluna ficando ereta e ainda de olhos fechados eu levanto
minha cabeça em seguida. Estou tão cansada.
– Impressão sua, deve estar meio inconsciente, seus sentidos estão
meio afetados. Mas vai ficar bem.
Solto uma risadinha e quando abro os olhos eu os fecho novamente
por não conseguir enxergar muita coisa. Ai droga! Cadê o médico? Cadê o
Marcos?
– Não estou inconsciente. Só um pouco zonza.
– Então me beija para eu ver se ainda consegue.
Antes que eu respondesse sinto sua mão em meu maxilar e depois
meu rosto sendo virado para sua direção. Nossos lábios se conectam e eu
noto uma diferença. Sua língua se enrosca com a minha de um jeito que
nunca fez. Passo a mãos por seus músculos e corpo. Meu Alexandre está
diferente. Sua mão prensa minha nuca fazendo com que minha boca
pressione a sua. Não quero mais.
– Alexandre, para... – Peço e tento me soltar. – Alexandre... para. –
Digo um pouco mais brava, mas ele não me solta.
Ele só para de me beijar quando alguém aparece na porta e ele leva
um susto. Olho direito para ele e percebo ser o Logan. Como assim?
Alexandre põe a sacola no sofá e olha com raiva para meu ex secretário. Meu
estômago embrulha na hora e eu fico sem palavras.
– Alexandre, eu não vi que era ele... eu passei mal achei ser você e...
Alexandre não olha para mim e apenas encara o Logan, o que deixa
preocupada. Eu não vi que era ele... O que eu fiz?
– Filho da puta, minha mulher inconsciente e você se aproveita dela?
Logan levanta do sofá bruscamente e o encara com a mesma raiva.
– E eu tenho culpa se ela não reconhece o próprio namorado?
Alexandre acerta um forte soco no Logan que me faz levantar tão
rápido que...
– Alexandre... – Sussurro e...
Marcos
Assim que cheguei na sala presenciei a cena que eu menos esperava.
Alexandre acertava socos no Logan e a Katherine estava no chão. A raiva que
eu estava sentindo por causa de meu encontro com Manuela foi somada com
a raiva que senti ao saber que Logan se aproveitou da Katherine. Eu só não
fui até o hospital que ele estava e terminei de quebrar o nariz dele, porque
Alexandre me convenceu a não ir. Eu vou queimar a imagem do Logan e o
cretino nunca mais vai arranjar um emprego descente. A situação ficou mais
confusa quando o médico chegou dizendo que foi chamado pela Katherine.
Não demora nada para a Katherine acordar, assim que abre os olhos
Alexandre e eu corremos para perto dela. Confusa ela olha ao redor e a
primeira coisa que faz é pedir desculpas por ter beijado o Logan. Bobagem, a
culpa não foi dela. Não estamos bravos com ela e fazemos questão de
demonstrar isso tranquilizando-a. Aliviado por ela estar se sentindo melhor
eu sento ao seu lado junto com Alexandre e conto sobre o meu encontro com
Manuela.
Achei que ela iria ficar arrasada e no caminho de vinda eu me senti
culpado, achei que nosso relacionamento tinha acabado, mas ela entendeu
tudo. – Não está chateada? – Pergunto.
– Não, eu entendo, se eu fosse ela iria querer um adeus. – Katherine
me olha e beija minha mão que faz carinho em sua nuca. – Ama a Manuela?
– Claro que não, eu amo você. Você é quem eu amo. – Dou um
selinho demorado e observo seus lindos olhos enormes, adoro isso. – O beijo
com ela foi sem emoção e afeto. Eu achei besteira o que ela disse, errei
beijando a doida, mas...
– Eu sei, eu entendo. O importante é que ela se foi, o Logan também
e seremos nós três novamente. – Ela olha para o Alexandre e beija seus lábios
também.
– Está bem mesmo, meu amor?
– Sim, só preciso ir para a casa, foi um dia cheio.
– Mas antes o doutor vai te examinar, você desmaiou e não estava
muito bem essa semana.
O médico faz várias perguntas e examina a Katherine com cuidado e
atenção. Ela desmaiou por uma série de coisas como o jejum prolongado, a
falta de hidratação, a queda brusca da pressão arterial provocada pela
mudança repentina de posição e o stress todo da situação. Quanto as tonturas
e enjoos o médico tem quase certeza que a causa é o puro trabalho. Katherine
faz exames de saúde com frequência e ele sabe disso pois está atualizado de
tudo. O importante é que ela fará alguns exames para ter certeza de que está
tudo certo e ficará bem, na verdade, já está ótima. Sorridente como sempre e
sua pele está com mais cor, ou seja, as bochechas levemente rosadas que ela
tem estão a mostra.
Ela come o lanche natural que o Alexandre comprou, um chocolate,
que ela adora, e bebe um chá bem docinho antes de irmos para a casa. Foi um
da cheio eu só quero relaxar ao lado da minha namorada e do Alexandre.
Katherine
Nua e me sentindo bem melhor que antes eu entro na hidromassagem
com meus pecados e aproveito o momento. Distribuo leves beijos no
Alexandre e alterno com o Marcos. Gosto tanto da ideia de namorar os dois.
Ambos me fazem tão bem e eu nem sei como agradecer. Eles cuidam de mim
e eu deles, isso é o que mais gosto. Passo a mão por suas peles e não demora
nada para eu agarrá-los e massageá-los, paro antes que fiquem tão duros. Só
quero provocar hoje, apenas isso. Aninho-me no meio dos dois que chegam
mais perto e solto um pequeno gemido com os carinhos que recebo. Amada, é
como me sinto. Desejada, bem cuidada e muito bem tocada. Ale sabe muito
bem como tocar em um seio e o Marcos me deixa louca com sua boca em
meu pescoço.
Abraço os dois e passo a observá-los. O silêncio é perfeito e as luzes
reduzidas formam um bom clima. Beijo o maxilar quadrado do Ale bem em
cima de sua barba lenhador. Está em crescimento, ele ainda não considera
uma barba lenhador, mas está linda desse tamanho, sem falar que é macia,
bem penteada e cheirosa. Passo minha mão em seu topete rebelde e sexy. Ele
cultiva um undercut em sua cabeça e seu visual é de tirar o fôlego. Que
homem lindo, pelo amor de Deus. E ele é tão charmoso.
– Lindo. – Sussurro e mordo sua orelha.
Alexandre sorri e passa a beijar meu pescoço. Dou espaço para que
faça isso e consequentemente olho para meu Marcos. Lindo como sempre ele
sorri e eu beijo o mesmo ponto que beijei Alexandre. Marcos também tem
uma bela barba macia e cheirosa. É de deixar qualquer um admirado. Seus
cabelos, menos rebeldes, um pouco mais escuros e agora molhados também
possuem um undercut que o deixa magnífico. E ele é tão intenso.
– Lindo também. – Mordo seu lábio e deposito um selinho neles.
Adormeço por alguns minutinhos e sou despertada com carinho e
beijos. Olho para os dois que sorriem para mim e suspiro.
– Vamos para a cama, meu amor? – Alexandre pergunta.
A água ainda está quentinha, borbulhando e cheirosa por causa do
sabão e sais.
– Aqui está tão bom. Vamos dormir aqui mesmo. – Ouço a risada dos
dois.
– Não boba... – Alexandre me beija a bochecha e Marcos morde do
outro lado. – Foi só um jeito educado de dizer que queremos fazer amor, na
verdade, sexo. Hoje queremos sexo.
– Aproveita que estamos todos pelados. – Marcos diz.
– A questão é quando vocês não querem transar. Tarados. – Levanto
devagar e faço uma careta quando o frio me bate da cabeça ao joelho.
Alexandre me pega no colo com cautela e Marcos liga o aquecedor
por perceber meu incômodo. Beijo seu ombro enquanto Alexandre me leva
até a cama e solta meus cabelos presos em um coque. Alexandre fisga meus
lábios e eu abraço seu quadril com minhas pernas, dou uma espiada para ver
se o Marcos já está vindo e torno a devorar a boca do meu homem. Alexandre
tem um gosto incrível, sempre fresco e de menta. Passo minhas mãos por seu
corpo todinho e apalpo sua bunda. Sinto um frio na barriga no momento em
que sua boca venera meu pescoço. Além do prazer e arrepio, sinto uma fome
imensa e desta vez, não é de sexo. Estou faminta.
– Amor... – Falo num gemido.
– O que? – Diz abafado e morde a região exposta de meu pescoço.
É tentador a escolha de deixar de comer para transar com Alexandre e
Marcos, ainda mais agora que Alexandre tem o enorme cacete duro como
uma pedra.
– Quero comer.
– Eu também quero... – Suga um de meus seios. – E não é comida.
– É sério... estou faminta e quero fondue de chocolate. – Mordo meu
lábio quando ele fisga meu mamilo com os dentes.
Alexandre olha para mim no mesmo momento e me encara, ele sorri
esperando que eu retribua e diga que é brincadeira, mas eu apenas inclino
minha cabeça para o lado e faço carinho em seu lindo cabelo.
– Está de brincadeira?
– Não, quero fondue.
– E onde que eu vou arranjar fondue agora, Miller? E a essa hora da
noite. Já está tarde. – Diz divertido e com um sorriso sacana no rosto. Gosto
quando ele me chama de Miller.
– Da seu jeito, Ale. Eu quero e você vai ir buscar para mim... – Beijo
seu nariz – Em prova do nosso amor.
– Em prova... – Para de falar e olha para a porta do banheiro. – Está
ouvindo isso, Marcos? – Ele aparece no quarto com uma toalha pendurada na
cintura e secando o cabelo com outra. Ah como eu gosto de ter dois
namorados. Um entre minhas pernas e o outro na minha frente. – A madame
quer fondue de chocolate e quem vai ter que ir buscar é a gente!
– A gente um caralho, ela disse você – Alexandre me olha meio
indignado e serra os olhos.
– Ta, mas quando eu voltar, Katherine...
– Quando você voltar o que, Alexandre? – Falo entredentes e com o
rosto bem perto do seu.
Com minha cabeça levemente levantada eu o desafio e contenho um
sorriso. Ele fica lindo assim.
– Quando eu voltar, vamos transar a noite toda. Ouviu? – Diz
entredentes e morde meu lábio antes de levantar resmungando e colocar a
primeira e estilosa roupa que vê.
Ele sempre se veste bem, é incrível. Observo meu monumento
colocar cada pedaço de pano que cobre todas as partes que me deixam com
minhas dobrinhas molhadas. Respiro fundo e só saio do meu "transe
hipnotizador" quando ele termina de borrifar o perfume nele e olha para o
irmão que deixa o celular de lado e o olha de volta.
– Que foi? – Marcos pergunta.
– Não vai mesmo comigo?
– É claro que ele vai. – Respondo por ele e Marcos olha para trás
afim de me observar.
– Por quê?
– Porque eu quero! – Digo me divertindo com a situação.
Ele põe a roupa resmungando um pouquinho, mas eu pude ver o
sorrisinho dele. Ponho uma lingerie bem bonita, já que só tenho desse "tipo",
e deito na cama novamente depois de pegar um livro e uma taça de vinho. No
momento em que estão prontos Marcos me dá uma bela palmada, já que
minha bunda está para a lua e Alexandre beija minhas costas.
– Tchau, grandões. – Falo quando estão na porta.
– Katherine, tem certeza que não quer transar antes? Olha a minha
situação, vou ter blue balls, eu peço para um dos meus assistentes ir. –
Alexandre dá a ideia e Marcos encosta no batente.
– Eu concordo com o Alexandre. É uma ótima ideia.
– Meus namorados são seus assistentes ou vocês?
Ambos fecham a cara e me olham com tédio. Mando um beijo no ar e
ele fazem o mesmo, mas me mandam um beijinho bem choco antes de irem
atrás da minha fondue. Rebecca já deve estar deitada, não vou acordá-la para
fazer uma fondue.
No meio da minha leitura sinto falta de mãos me apertando e de uma
boca em mim. Devia ter pedido para um deles ficar aqui... Deixo meu livro
de lado e viro de costas para a cama. Encaro o teto e respiro bem fundo.
Eu acho meio estranho eu querer esse tipo de comida e sentir um
desejo bem grande. Amanhã vou ao médico para ver o resultado de alguns
exames e vou fazer um teste de gravidez. Eles estão sempre duros quando
quero, Marcos e Alexandre têm muito desejo de sexo e às vezes estamos tão
sedentos que não colocamos a camisinha. Eu parei de tomar
o anticoncepcional por causa de alguns efeitos colaterais, mas vou voltar a
fazer o uso. Se eu ficasse grávida, acha que meus pecados iriam gostar?
Estamos muito jovens, queremos viajar mais um pouco, aproveitar
mais um pouquinho a vida sem a preocupação com filhos. Sei que iriamos
amar um bebezinho, mas talvez seja muito cedo.
Acho que não quero mais fondue, tenho vontade de comer pizza.
Uma bem gostosa! Vou pedir e vai ser agora!
Alexandre
Marcos e eu vamos até a garagem em passos largos e rápidos. Vamos
mesmo comprar fondue agora, já é meia-noite. Os restaurantes mais pertos
daqui fecham às 23h.
– Eu dirijo. – Pego a chave do carro e o Marcos também pega me
olhando com as sobrancelhas juntas.
– Por que você?
– Porque eu dirijo melhor que você, Marcos. – Falo com um tom e
expressão demonstrando toda a obviedade do fato.
Marcos gargalha alto da minha cara e eu ponho as mãos na cintura.
Ele dá tanta risada que até se curva e põe a mão na barriga. Quando se
recompõe olha para mim aponta o dedo para mim e torna a rir. Fico em
silêncio e com vontade de calar a boca dele com soco.
– Você? Puta merda Alexandre. Não joga uma dessa para cima mim,
não. Você dirige mal para cacete.
– Eu? Quem foi que quase bateu a Ferrari, Marcos? – Ele fica mais
sério e cruza os braços.
– Quase não é lá. Quase é quase. E para minha defesa o cara estava
errado. Eu estava de boa ultrapassando os limites de velocidade da via na
maior adrenalina e o imbecil frenou do nada. – Ele dá um passo para frente. –
E quem foi que quase atropelou a mulher? Hein, Alexandre? Consegue me
responder essa?
– Quase não é lá, Marcos! – Digo sua frase contra ele que serra os
olhos. – Vamos resolver quem dirige como adultos. Quer Jokenpo ou par ou
ímpar?
– Par ou ímpar. – Responde.
– Par. – Escolho.
– Impar. – Escolhe.
–1,2,3 e já. – Falamos.
Coloco um dois e ele um três. Quando vê que ganha dá risada e pega
a chave do carro de minha mão aos risos.
– Eu sou demais, você nunca aprende né Alexandre? Sou o mais
velho, as coisas funcionam melhor para mim.
– Vamos logo, Marcos. – Falo sem paciência. – Vamos na Ferrari. –
Vou em direção a ela.
– Quem ganhou o par ou ímpar, Alexandre? Vamos na Porsche.
Olho para ele sem paciência e passo a ponta da língua entre meus
lábios e os dentes inferiores. Marcos abre a porta do passageiro para mim e
faz o deboche dele. Debochado demais.
– Entre no carro, mademoiselle. – Diz em seu francês fluente.
– Vou quebrar seus dentes, Marcos. – Falo e sorrio como se tivesse
dito algo amigável – Vou quebrar um por um. Fazer você engolir todos.
– Adoro quando você me bate. – Ele beija minha bochecha e
contorna o carro indo para o lado do motorista.
Respiro fundo para conter minha raiva e olho para cima. Me dá
paciência.
– Onde vamos arranjar fondue agora, Marcos? – Pergunto antes que
ele entre no carro.
Ele parece pensar um pouco e depois torna a me olhar.
– Qual é o meu nome completo? – Pergunta e eu retribuo seu olhar,
porém confuso e sem entender.
– Que?
– Ou melhor, fala como são nossos nomes completos. – Juntos as
sobrancelhas e protesto.
– O que que isso tem a ver com...
– Fala, porra! – dá uma risadinha.
– Marcos Evan Clark Walker. Alexandre Pierre Clark Walker. – Digo
rápido e continuo olhando para a figura no outro nado no carro sem entender
nada.
– Podemos ir? – Ele entra no carro e eu faço o mesmo.
– Me explica o você acabou de pedir para eu fazer?
– Você é burro demais, Alexandre. Somos fodas, ligamos para algum
restaurante, dizemos nosso nomes e pronto. Eles comem na nossa mão.
Começo a sentir vergonha alheia. Ele me atinge com força igual uma
onda inesperada atinge suas costas na praia. Olho para ele e entro no carro.
– Estou sentindo vergonha alheia agora. – Falo.
– Você sempre sente vergonha alheia de si mesmo, Alexandre.
– Não podemos dizer para a Katherine que não tem lugar para
comprar? Ia ser mais fácil – Coloco o cinto de segurança logo depois dele.
– Isso, que ótima ideia. – Diz com ironia e um ridículo entusiasmo
me zoando. – Aí ela faz greve de sexo e quem se fode é a gente. Katherine já
está adiando sexo. Não quero que faça greve, então vamos agradá-la do
mesmo jeito que ela nos agrada. E espero que a gente ache lugar para
comprar essa merda de fondue.
Marcos dá partida e eu aproveito para colocar um som.
Não achei que demoramos muito para achar um restaurante que
ficasse aberto até mais tarde. Pelo menos o restaurante em que fomos estava
meio vazio e apenas com alguns casais em um possível encontro. Quando
finalmente chegamos em casa e entramos no quarto, vemos a Katherine
devorando um pedaço de pizza.
– Que porra é essa? – Ponho a caixa da fondue na mesinha do quarto.
– Ah, meu amor, vocês demoraram um pouco com o fondue, perdi a
vontade e pedi uma pizza. – Katherine, linda como sempre, morde um belo
pedaço e me oferece. – Quer um pedacinho. – Diz com aboca um pouquinho
cheia.
Se eu não estivesse bravo com ela por ter feito nós dois irmos
comprar o desejinho dela eu acharia isso tudo fofo.
– Porra, perdeu a vontade... Katherine! – Olho para o Marcos que
termina de tirar a calça jeans. – Está ouvindo isso, Marcos? A mocinha
perdeu a vontade de comer fondue. Está vendo essa palhaçada toda?
Olho para a Katherine de olhos serrados e ponho as mãos na cintura.
Ah, mas vai ter troco.
Katherine
Alexandre fica me olhando bem sério e Marcos deita de bruços na
cama. Eu deixo meu olhar de desculpas de lado quando vejo que não estão
resolvendo para nada e ponho a caixa de pizza em cima da cômoda. Estou
bem satisfeita agora. Torno a sentar na cama observando seu silêncio e vendo
seus olhos me observarem. Ponho meus cabelos para o lado e espero um
beijo dele. Ale disse que me pegaria de jeito quando voltasse e vou cobrar.
Alexandre anda até mim todo poderoso e sexy e toma meus lábios.
Ele devora minha boca e eu não hesito em passar a mão por seus cabelos,
pescoço, músculos e antebraços que são cheios de veias saltadas. Eu tenho
uma queda por antebraços bonitos, pulsos magros e mãos no mesmo estilo,
grandes e com dedos longos. Para minha sorte ambos têm essas
características e eu amo demais. Percebo quando ambos se olham e sei que
tem coisa nesse olhar. Eles não falaram nada, mas falaram muito que eu sei.
Marcos entra na brincadeira pegando em meu seio e eu deixo para lá
a possível comunicação deles. Ambos apalpam meus seios e beijam meu
pescoço ao mesmo tempo, apalpam meu corpo e eu me entrego para eles
inteirinha. Tiro minha babydoll transparente e rendada ficando seminua,
apenas de calcinha. Meu corpo se acende todinho e meu ponto mais sensível
clama por atenção. A boca dos dois beijam minhas pernas e fazem uma trilha
pela parte interna da minha coxa. Sinto um frio na barriga e o enorme desejo
de gozar, então quando ambos abrem minhas pernas eu ajudo e acabo ficando
bem exposta.
Meu clitóris está durinho e assim que Alexandre arrasta minha
calcinha para o lado e Marcos introduz dois de seus longos e habilidosos
dedos em mim eu solto um gemido bem manhoso. Alexandre abre meus
lábios "bochechudinhos", como eles dizem, e me abocanha fazendo a pressão
perfeita. Ai minha nossa. Sua boca se afunda em minha intimidade e Marcos
faz contato certeiro com meu ponto G. Ele sabe bem o que está fazendo e
Alexandre sabe muito bem chupar um buceta.
Por eu estar suando, quente e bem aberta meu orgasmo dá indícios de
que está chegando. Eu sei, foi rápido, mas só o toque leve e um olhar deles já
é uma pesada preliminar e um incentivo tremendo para a excitação.
Gemendo como louca eu respiro mais ofegante e abro mais minhas pernas.
Olho para os olhos do Alexandre e mordo meu lábio numa forma de aguentar
tremendo deleite.
– Me diga quando for gozar... – Marcos pede e me fode com os dedos
cada vez mais rápidos.
– Goza, meu amor, na minha boca. – Alexandre diz e faz várias
sucções em meu clitóris.
– Gente... é agora... Anh – Fecho os olhos, pois meu carrinho está
chegando no topo da montanha russa.
Ele está na curvinha lá em cima e... Céus! Vai despencar ago... Não!
Ambos param de tocar e meu carrinho volta para trás descendo de ré. O que
está acontecendo? Eu ia gozar tão gostoso. Eles se confundiram? Não! Sabem
muito bem quando vou gozar e quando já gozei, eles me conhecem como
ninguém nessa situação.
– Gente... – Falo ofegante e sento na cama olhando para ele. – Por
que pararam? Eu estava quase...
– Boa noite, Katherine. – Marcos diz breve e visivelmente satisfeito.
– Boa noite. – Alexandre diz o mesmo e se levanta do chão retirando
a roupa e colocando um moletom mais confortável.
– Boa noite? – Pergunto brava e levanto da cama também. Arrumo
minha calcinha e ponho as mãos na cintura. – O que pensam que estão
fazendo?
– Nos preparando para dormir. Devia fazer isso também. – Alexandre
responde com um sorriso orgulho e irritante no rosto.
– Tira esse sorrido do rosto, seu desgraçado. Não acredito que
fizeram isso comigo.
– Acredite, você viu com os próprios olhos. – Marcos fala e cruza os
braços contendo um sorriso também irritante e bonito como o do irmão.
– Vai ser assim? Vocês quem pediram. – Alexandre termina de vestir
a calça moletom e me olha atento e preocupado desta vez.
Atravesso o quarto com passos largos e segurando meus seios que
balançam e são um verdadeiro show para eles. Arrasto a enorme porta de
madeira de Sândalo enquanto ouço um comentário do Marcos.
– Você fica linda assim bravinha sabia? Toda baixinha, gostosa e fofa
com essa carinha de...
Não deixo que ele termine a frase, ando até eles dois, pego ambos
pela orelha e arrasto os dois para fora do quarto. Como seguro firme eles vão
aonde eu mando para não perderem as orelhas.
– Ai, Katherine, está doendo... cacete, amor. – Marcos diz e logo em
seguida o irmão reclama da dor também.
– Ai, caralho. Katherine, está doendo. – Não dou a mínima e só solto
quando eles estão fora do quarto.
– Podem ir dormir no sofá, no chão, no quarto de visitas aonde
quiserem, lugar não falta. Mas aqui comigo, os senhores não dormem. E eu
espero que ouçam eu gemer bem alto por causa do meu consolo que vou ter
que usar. Um consolo bem grande. – Deslizo a porta fechando-a. – Boa
noite!
– Espera, você tem um vibrador? Katherine... – Fecho a porta e deixo
Marcos falando.
– Não, mas deveria! – Grito e torno a me deitar na cama.
Frustrada por não ter tido um orgasmo eu ponho a primeira blusinha
que vejo e cruzo os braços. Vou dormir mal hoje! Encaro o teto e tento pegar
no sono, pelo menos dormindo eu não vou me sentir frustrada.
Marcos
– Puta merda, Ale. – Digo segurando o riso. – O que fizemos?
– Cutucamos a onça com vara curta. – Ele passa a mão no rosto
e dá uma risadinha.
– Sabe qual é o pior?
– Não. – Olha para mim procurando uma resposta.
– A comida está lá dentro. Vai pegar.
– Por que eu?
– Porque quem teve a ideia foi você, malandro. Você me olhou.
– Você concordou, Marcos!
– Mas você... – Ele me interrompe e me olha sério.
– Nós dois!
Bufo e abro a porta devagar, vamos até a mesinha onde está a caixa e
eu abro para conferir quantos pedaços tem. Ela só comeu dois! Vemos que
Katherine está deitada de costas e parece dormir. Alexandre pega a caixa e
meu coração acelera quando ouço a voz da Katherine.
– Deixa. A. Pizza. Ai. – Fala bem séria e olha para nós dois. – Some
daqui os dois, antes que eu mate vocês de tão frustrada que me deixaram.
– O que a gente faz? – Alexandre pergunta olhando para ela que senta
na cama de braços cruzados e brava.
– Corre, com certeza corre. Some da frente dela. Isso aí é TPM que
eu sei.
– Que, Marcos? – Ele grita.
Alexandre e eu saímos do quarto correndo quando ela pega o vaso no
criado muda e mira em nós dois. Fechamos a porta e ouvimos o barulho dele
batendo na porta, mas parece que não quebra. Olho para as mãos do
Alexandre e quase mato ele.
– Alexandre, a pizza! – Ele volta para pegar, mas sai correndo com a
caixa na mão.
– Corre, Marcos. – Diz – A fera levantou e está com um salto na
mão.
Nós vamos para o quarto de visitas e começamos a gargalhar. Meu
coração está meio acelerado e eu realmente fiquei com medo da Katherine.
Encaramos a Katherine brava, eu me sinto até mais confiante depois disso.
Katherine
Depois que os dois saem correndo eu fecho a porta e largo o salto no
chão. Não faço ideia do porquê, mas começo a rir de mim mesma. Eu ia jogar
meu salto 15 no Alexandre. Desgraçado, levou minha pizza. Olho para a
caixa da fondue em cima da mesa e sorrio.
Eles trouxeram só para mim. Animada e já deixando para lá o fato de
eles terem me negado um orgasmo eu abro a caixa e devoro cada morango,
uva e até marshmallows. Eles são incríveis, mas são uns ousados! Ainda
estou brava com eles. A fondue está maravilhosa e comer isso aqui já é um
orgasmo. Dos grandes...
Capítulo vinte
No meio da noite eu acordo com uma tremenda sede. Como a água da
minha moringa acabou e também a jarra do frigobar está vazia vou até a
cozinha. Rebecca deve ter esquecido de encher. Em passos lentos e calmos,
meio sonolenta, ando até a enorme cozinha e adivinha quem eu encontro
pelado? Alexandre! Eu tento, eu juro que tento não olhar para sua ereção
gigante, para o seu corpo definido e para suas tatuagens. Eu amo as
tatuagens e não consigo deixar de olhar, encaro fixo e ele percebe. Pego a
jarra na geladeira e me sirvo. Ale também está bebendo água e quando me vê
deixa cair um pouco no seu peito, a pequena gota desce contornando as
pequenas fendas em seus gomos até chegar em seu V celestial onde
desaparece... Fecho a boca e jogo o cabelo para o lado. Respiro fundo e torno
a beber água em silêncio. Alexandre tem um corpo grande, bonito e me deixa
louca.
Se eu ainda não estivesse "brava" com ele por não ter terminando o
que começou, eu me entregava para ele agora. Mas não vou. Vou ser forte e
fazer ele me desejar sem ter.
– Amor? – Diz com uma voz rouca que preenche todo o lugar.
Mesmo de costas consigo perceber através sua voz que seu sorriso
cafajeste está estampado em sua cara. Maldito sorriso.
– Hum. – Dou um sinal de que estou ouvindo, mas não o encaro.
– Está brava comigo ainda? – Fala se aproximando.
Para minha sorte ou não a cozinha é grande e então me
movo para o outro lado escondendo o sorriso. Lutando para ficar séria eu
deixo meu copo na bancada e me concentro nele. Meus olhos posam em seu
cacete e em suas coxas grossas como se fossem imã. Olho para o copo
novamente e faço cara de deboche.
– Talvez – Murmuro.
– Já vi que está.
Por causa da minha pequena distração em imaginar nós dois mais o
Marcos nos amando, não percebo quando
Alexandre chega perto rápido demais e me encoxa, quando sua ereção grossa
encosta em minhas costas. O formato, tamanho, cor, cheiro, gosto e
temperatura vêm em minha mente e eu fico trêmula.
– Alexandre, para com isso. – Falo sem me mexer e ele morde minha
orelha.
– Não estou fazendo nada... – Sussurra sorrindo largamente e desce a
mão até entre minhas pernas chupando meu pescoço de leve e suave, mas
mesmo assim causando uma explosão de emoções em mim.
Reunindo as forças que tenho e me lembrando do que disse a mim
mesma, seguro a mão esperta e habilidosa dele e tiro da minha
intimidade. Calma Katherine, aguenta, não é só porque seu namorado
gostoso está desse jeitinho com você em plena madrugada que você vai
ceder.
– Alexandre! Desencosta essa coisa grande de mim. – Falo me
afastando e dando um tapinha em seu pau.
Rio um pouco mais do que gostaria com o movimento que fez. Que
foi? Está duro, quando dei o tapinha foi para o lado e voltou. Que homem
dotado, senhor. Mal posso acreditar que tenho dois em casa.
– Peituda, vem com o papai. – Diz rindo comigo.
– Não vou. Deixa meus seios fora disso.
Ele segura meu braço e me puxa colocando a mão grande em minha
cintura apertando. Olho em seus olhos e me perco neles. Sua barba alinhada
em seu rosto perfeito me deixa encantada com vontade de observá-la dias, eu
poderia ficar doida de pedra e contar cada fio. E a boca composta por lábios
finos juntos com um maxilar quadrado provocam frios na barriga. Fecho os
olhos por um segundo e abro novamente. Ele arrasta os pelos macios em
minha bochecha e me pega bem gostoso. Se tem uma coisa que ele e Marcos
tem é pegada. Minha nossa ambos têm mãos grandes e sabem muito bem
como usá-las.
Sua fraca. – A parte mais rígida e resistente em minha mente diz.
Puxo sua nuca com força e o beijo, sua língua roça na minha e seu
pau na minha barriga. Alexandre faz suas mãos se arrastarem por meu corpo
até chegar em minha bunda onde ele apalpa, uma de minhas mãos acaricia a
cabeça de seu membro e a outra se perde entre seus cabelos macios da
nuca. Nossas bocas se chocam e se misturam com tanta dependência quanto
nossos pulmões com oxigênio.
– Anhh – Gemo enquanto ele tira meu longo robe de seda pura e joga
no chão.
– Seu corpo é totalmente sensual, Katherine. – Murmura com os
braços em volta de mim não me dando chance de sair.
Ale me beija mais forte ainda, minhas pernas abraçam seu quadril,
nossas intimidades se encostam e eu mexo o quadril me esfregando nele.
Ouço pequenos barulhos de prazer saírem de sua boca enquanto não desgruda
da minha. Sempre noto muita paixão em nossos beijos, o amor que sentimos
estoura quando nos tocamos, seja para um abraço simples ou para um beijo
feroz e intenso. Sou colocada em cima da grande bancada deixando cair
algumas coisas no chão. Olho a bagunça e começo a rir com ele.
– Prometo que termino o que comecei. – Diz e aperta minhas coxas.
– Acho bom, Alexandre.
– Vai gemer toda manhosa enquanto eu devoro sua bocetinha lisa e...
– Eu começo a rir, pois sei o que ele vai dizer. – Bochechudinha, tem lábios
bem gordinhos que me beijam como ninguém.
Como sempre ele escancara minhas pernas, em seguida coloca sua
língua quente na minha intimidade e começa a fazer uma das coisas que é
sem dúvida bom e habilidoso. Seus olhos azuis me fitam e eu tomo
a conclusão de que é lindo vê-lo assim. O movimento que seu maxilar faz
abrindo e fechando enquanto me abocanha é excitante e bonito. Coloca dois
dedos em mim e beija a parte interna de minha coxa, morde o lábio me
olhando com desejo e move os dedos devagar. Com meu dedo indicador e o
médio eu abro meus lábios e solto um gemido bem manhoso quando me beija
bem o centro. Meus dedos somem em seu topete e eu já sinto um orgasmo
vindo, sinto algumas faíscas e Alexandre percebe. Socando os dedos cada vez
mais rápido, as veias de seu antebraço estão saltadas e eu reviro os olhos
encostando as costas no granito empurrando mais coisas para o chão. Ele me
chupa mais e eu passo os braços em volta da parte de trás dos meus joelhos,
gemendo e olhando para ele.
– Goza na minha boca, meu anjo. – Recebo uma palmada e deixo
escapar um último grito.
– Meu deus, Alexandre. – Arfo gozando.
Respiro ofegante pela boca e ponho as mãos no rosto sorrindo. Sinto
meu corpo relaxar todinho e curto os pequenos espasmos. Pulso em sua
língua que continua me provando devagar e com a pressão certa. Ele expõe
meu clitóris e passa o dedo me fazendo fechar as pernas rapidamente.
– Alexandre não. – Dou risada com ele. – Está sensível. – Sento na
bancada ainda com pernas abertas e abro meus lábios olhando fixamente em
seus olhos.
– Não tem vergonha nenhuma né, Dona Katherine? – Dou risada e
ponho meus dedos melados com meu gosto em seus lábios. Alexandre chupa
e beija olhando para mim.
– Não! Gosto de ficar nua na frente de vocês dois. E eu sei que vocês
gostam mais de mim safadinha.
– Gostamos de você de qualquer jeito.
Ele me encara por um tempo fazendo carinho na minha bochecha, me
beija de novo, de leve, apenas pequenos selinhos demorados. Olha-me de
novo por um tempo, ele tem brilho nos olhos e muita paixão. Mexo em seu
cabelo e retribuo o olhar.
– Eu te amo. – Beija minha barriga olhando para mim.
– Eu também te amo.
– E caso você estiver realmente grávida, eu vou amar minha filha. –
Sorrio. – Vai ao médico amanhã novamente, não vai?
– Sim, vou. – Beijo seu nariz – É meio cedo para pensar em
filhos, mas eu quero menino, um que me faça lembrar de você e do Marcos.
– Se não for menina dessa vez, a gente faz amor de novo. – Sorri. –
Hipoteticamente falando, claro. Concordo que está cedo.
– E se eu ficar grávida e tiver só menino?
– A gente fica tentando, tentando e tentando até vir uma princesinha
com o seu rosto lindo. Já posso imaginar, uma menina morena, com o cabelo
grande toda bravinha e meiga. – Rio. – Vai ser a sua cara e já imagino
ela brigando comigo como você briga. Fica emburradinha quando está brava
e faz uma coisinha fofa com o nariz – Gargalho mais ainda. Eu quase nunca
brigo com eles, temos uma boa relação.
Ele me pega no colo estilo noiva, e me leva para o quarto onde a
gente dorme agarrados. Agora só falta o Marcos, mas vou deixá-lo dormir.
Amanhã faremos as pazes.
Acordo cedo e sem sono algum, olho paro lado e noto que o
Alexandre ainda dorme, parece um Deus grego, tão lindo e tão
perfeito. Levanto devagar e vou ao banheiro, tomo banho e faço minha
higiene com calma. Sinto um bem-estar hoje e revigorada depois do
banho. Um frio na barriga por ir fazer as pazes com Marcos me faz sorrir
boba. Depois de me hidratar, visto minha roupa de trabalho, uma saia lápis
cor creme, uma blusa baby look branca e calço meu Jimmy Choo.
Um scarpin preto alto e bem simples. Faço maquiagem bem leve e termino de
me arrumar colocando de volta minha aliança de namoro no dedo e uma
joia que ganhei no meu aniversário de 18 anos.
Reparo que o Alexandre já acordou e está de terno e muito elegante,
esse homem fica maravilhoso de terno. Está muito lindo, com o cabelo ainda
molhando ele passa mão deixando meio bagunçado. Pensa em homens muito
bonitos de terno, agora multiplica por mil. Isso é o que eu vejo todo dia de
manhã, isso é Alexandre Clark e Marcos Walker. Vou até ele e o ajudo com a
gravata, quando encaro seu belo rosto vejo que o Ale está com uma
sobrancelha levantada e se distrai com algo no espelho enorme do closet.
Deve ser algo bem interessante, pois está o entretendo muito.
– Que foi? O que tem no espelho. – Olho. Não vejo nada a não ser
uma mulher bonita, modéstia parte, não é? Não sou exibida, mas me acho
bonita e tenho direito de falar, todo mundo tem o momento diva, mas enfim,
vejo meu reflexo e o do Ale. Ele é de tirar fôlego.
– Sua bunda fica maior com essa saia. – Ele morde o lábio. – Olha
isso. Olha o tamanho dessa raba, Katherine.
Eu viro a cabeça para trás sorrindo. Está gigante mesmo.
– Olha esse sorriso. – Diz eu beijo sua bochecha.
Ele apalpa me dando uma palmada enquanto termino de arrumar sua
gravata. Ale levanta minha saia e passa os dedos na minha bunda e depois na
minha intimidade por cima da calcinha. Esses dedos longos fazem de tudo,
mas eu tiro os intrusos de lá.
– Alexandre, não são nem oito horas e você já está me assediando.
Tarado.
– Peguei em um lugarzinho bom agora. – Gargalha. Ele fecha os
olhos, levanta a cabeça e fala um pouco mais alto. – AÍ PAPAI. Com uma
mulher dessa do meu lado eu não consigo me concentrar na vida. Ainda bem
que tem o Marcos, porque eu só não dou conta desse furacão Katherine.
– Furacão, Alexandre?
Dou um beijo rápido em seus lábios e ele me encosta rápido e forte
na parede.
– Vou foder você todinha. – Ele fala rindo.
– Seu besta. – Eu dou risada. – Olha a baixaria, muito cedo para esse
tipo de coisa. Me solta. – Eu saio do closet rindo.
– Não, espera amor, vem com o papai. – Dou uma rasteira rápida e
forte nele e o faço cair no chão de costas. Alexandre ri. Monto nesse homem
com um sorriso no rosto e seguro seus braços.
– Quem é o papai agora, Ale? – Ele sorri e geme de dor.
– Aprendeu bem em...
– Tive os melhores professores.
O Marcos entra no quarto de terno também, seu visual é tentador e
ele me deixa com os pensamentos mais impuros possíveis na cabeça. Como
está sem paletó, tenho a visão perfeita de seus músculos através da camisa
feita sob medida que está com as mangas dobradas tornando-se ¾. Seus belos
antebraços tatuados a mostra e só sua presença me deixa apaixonada.
O cheiro dele está incrível e eu nem me lembro mais da frustração que me fez
passar ontem. Meu Marcos.
– Que lindo isso, os dois já estão se pegando, voltaram a se falar
quando? – O Marcos pergunta cruzando os braços.
– Ontem na madrugada. – O Ale responde.
Levanto e abraço meu homem que me ergue com um braço só
beijando minha boca. Marcos afunda sua boca gostosa na minha e eu
não resisto em fazer o mesmo. Roço minha língua na sua bem devagar e
intensamente. Sua barba roça meus lábios e o cheio dele está divino. Lembro
que ele me segura apenas com um braço quando puxa meu cabelo, e solta
meus lábios para dar atenção ao meu pescoço. Onde esse homem arranja
tanta força? Solto-me e cruzo os braços. Ele sorri e põe a mão livre no bolso.
Ele me deixa com mais raiva por estar bonito demais. Amado eu estou
tentado ficar brava com você! Não ouse colocar a mão no bolso, me mostrar a
covinha e me olhar todo gostoso que estou tentando ficar brava com você.
– Safado você, me deixa frustrada, rouba minha pizza e, hoje,
simplesmente chega aqui em forma de pecado puro, me abre um sorriso lindo
e pronto, te beijo como se nada tivesse acontecido. – Abraço seu torço rígido
e inalo todo seu aroma de homem gostoso.
Ele beija minha testa rindo.
– Prometo que te compenso depois, doidinha.
– Acho bom moço.
– Gostosa. – Diz sussurrando olhando para meu corpo todinho.
– Gostoso. – Imito.
– Só ele safada? – Recebo uma palmada... Duas, o Marcos
me dá uma também.
– Você também papai. – Falo debochando do Ale.
Marcos e eu damos risada do apelido.
Descemos para tomar café da manhã, enquanto eu converso com a
Rebecca, os dois decidem me sacanear como sempre. Eles abrem minha
perna e passam o dedo no meu clitóris sobre a calcinha eu solto um
gemido de espanto por causa do rápido e discreto movimento. Rebecca está
virada de costas cortando queijo que pedi então não faz ideia do que os dois
pecados fazem.
– E quando eu estava passando em frente à loja eu... anhh... – Ela
olha para trás e me encara.
– Está tudo bem, Katherine?
– Sim, sim claro.
Depois de serrar os olhos para os dois caras-lisas, ela vira de costas e
eu belisco os países baixos de ambos fazendo com que gritem juntos.
– KATHERINE!
– Algum problema? – Pergunto como se nada estivesse acontecido e
volto a conversar com Rebecca que ri quando percebe o que aconteceu.
∞∞∞
Alexandre
Pego-me pela terceira vez pensando na Katherine e começo a refletir
sobre a relação a três que tenho, é uma relação muito boa e acho que está na
hora de avançar. Ligo para o Marcos e ponho meus pés em cima da mesa.
– Fala.
– Então, sabe naquele dia que a gente falou sobre casar? Faz uma
semana mais ou menos. Então é agora Marcos, vamos pedir a Katherine em
casamento. Não aguento mais esperar, me pego várias vezes ao dia tendo
devaneios com ela, olhando suas fotos, lembro-me do cheiro dela, dá risada,
do corpo... nossa o corpo sensual. Fico o dia todo pensando nela vestida com
aquelas blusinhas finas e sem sutiã. Marcos eu fico duro só de pensar. – Meu
coração bate mais rápido. – Não há porque esperar, nós amamos muito aquela
mulher.
– Você está me deixando duro falando dela assim. – Rio com ele. –
Sabe que eu estava pensando em tocar nesse assunto com você de novo, a
gente a ama, a Katherine ama a gente. Por que não casar? Estamos esperando
o que? E além do mais, ela foi ao médico hoje, se ela estiver grávida é a
melhor hora agora. E se não estiver, podermos ficar felizes com o
casamento. O procedimento para fazer um filho a gente domina. Vamos pedir
amanhã já que é sábado e ninguém trabalha.
– Mas onde? No gazebo? Nos fundos? Podemos decorar com velas,
pétalas, cristais, ouro, flores e essas coisas que ela gosta.
– Sim, no gazebo, o mesmo lugar que a gente a pediu em namoro, ela
vai amar. E vamos dar uma festa à tarde para anunciar para a família dela e os
nossos amigos. Ela vai aceitar.
– Há uns cinco anos atrás eu não me imaginava apaixonado assim, e
nem imaginava que eu iria achar a mulher mais linda desse mundo e me
casaria com ela.
– Nem eu Alexandre. E se ela não aceitar? É muito cedo?
– Ela vai aceitar, não acho que seja cedo. – Um pequeno silêncio
instala entre nós dois até eu voltar a falar. – Sabe, às vezes eu fico pesando
como ela consegue ser tão bonita? Não entendo, existem mulheres muito
bonitas, mas a Katherine... Marcos eu fico com tesão só de pensar nela. A
saia que ela colocou hoje de manhã me deixou doido, ela me faz parecer um
tarado, pervertido e ninfomaníaco sério, ela me enlouquece. Ainda mais
quando sorri ou fica bêbada.
– Se acalma homem, e calma a anaconda. Hoje nos falamos melhor
sobre isso em casa no escritório para prepararmos tudo.
– Ok, vou ficar calmo, mas então quer dizer que você admite
que meu pau é grande?
– É grande, mas não maior que o meu. Abaixa a bola. – Fala rindo.
– Sonha. Estou ansioso.
– Eu também, eu também. Não é pedir qualquer uma em casamento,
é pedir a Katherine. Ela é extraordinária, acho que já pensei em vários
adjetivos possíveis para ela. Bom, vou desligar, tenho
reunião megaimportante agora.
– Ok, boa reunião.
Desligo e telefone e tento voltar ao trabalho, depois dessa conversa
vai ser meio difícil.
Marcos
Quando Alexandre e eu chegamos em casa, nós vamos direto para o
quarto tirar os ternos, mas algo nos faz esquecer isso completamente, sorrir e
andar devagar até a cama. Vemos a Katherine dormindo, totalmente relaxada,
linda como um anjo e intensa como nossos beijos. Sua pele macia e cheirosa
aguça o desejo que temos por ela. O quarto quente deixa tudo numa
temperatura perfeita. Que visão, seu corpo é todo curvilíneo e delicado,
embora por dentro ela seja forte, poderosa e guerreira. Apenas um lençol
branco aveludado como ela cobre seu corpo nu que me deixa com água na
boca. Sua pele é reluzente como a luz do sol que entra em contraste com seus
cabelos negros que nesse momento parecem estar submersos nas águas da
ilha mais bela.
Ela tem o dom e a beleza de uma sereia, não totalmente, (sereias são
traiçoeiras) porém capaz de fazer com que nós, míseros mortais,
beijemos seus pés e a façamos feliz pelo resto da vida. Mas ao contrário das
sereias ela não tem maldade alguma, às vezes eu mereço os seus tapinhas que
não doem, mas isso faz parte e eu gosto. Olho mais uma vez para o seu corpo,
lindo! Sua bunda redonda está totalmente para cima, a vontade de apertar e
apalpar é grande, mas seu sono é profundo e não quero acordá-la. Ela é tão
gostosa, sensual, deslumbrante que fico fascinado com tamanha perfeição em
seus simples movimentos.
– Você será minha esposa. – Sorrio. Recebo um soquinho do Ale. –
Nossa... nossa esposa.
– Assim está melhor. – Depositamos um beijo em seu ombro e fomos
para o escritório resolver tudo sobre o pedido de casamento.
Não pode ser coisa chocha, tem que ser algo que ela goste, que se
emocione, que a faça dizer sim sem pensar duas vezes. Fico tão bobo
apaixonado, sempre me pego com sorrisinhos bobos. O Alexandre não fica
para trás. Guardamos as alianças no cofre e nos dedicamos a isso com nossas
vidas. Pode ser em cima da hora, mas fazemos uma bela equipe. Ficamos
tanto tempo aqui que acabamos dormindo, as xícaras de café já não faziam
efeito e juramos dar só um cochilo.
Katherine
Acordo no meio da noite, sinto a cama vazia e procuro pelo Marcos e
o Ale. Os lados de meu enorme leito estão esticados e nem sinal de seus
ternos dobrados ou até mesmo embolados e algum lugar. Espreguiço-me e
levanto. Visto apenas uma calcinha e meu robe. Lavo meu rosto e escovo
meus dentes antes de descer para procurá-los. Passo por alguns quartos,
cozinha, salão de jogos, fui até na quadra, sim nós temos uma quadra, esses
dois são exagerados e, por incrível que pareça, eles têm tempo para se
exercitarem e usarem. Sempre gostam de mudar as atividades físicas e
exercícios. Já os vi jogando, são ágeis e habilidosos. Eu sei, são os pacotes
completos. De tanto praticar com eles estou ficando melhor que ambos em
alguns jogos. Sorrio e volto a minha busca pelos dois, vejo no escritório e
encontro-os. Encosto no batente da porta. Vejo os dois sem paletó, com as
mangas das camisas para cima, os cabelos bagunçados, devem ter passado as
mãos milhares de vezes, entretanto, mesmo assim estão belos, quem olha
realmente diz que são irmãos, são iguais em tudo. Respiro fundo e
estudo meus pecados mais um pouco. Há umas... uma, duas, três, quatro,
cinco, seis, sete, oito, nove canecas espalhadas. O que estavam fazendo de tão
importante? Deve ser algo realmente grande. Devem ter se entupido de café.
Olho no relógio, são 4h38. Devem estar cansados, precisam ir para a cama.
Vou até eles e pego da mão dos dois as canecas colocando em cima
da mesa. O Marcos dormiu igual pedra no sofá do escritório, mas eu consegui
levá-lo para a cama, tiro seu terno e dou um beijo nele, arrumo seu cabelo,
mas não mexo muito, sempre que toco em seu maldito e lindo cabelo
enquanto ele dorme, Marcos acorda. Dou vários beijos no meu Marcos e fico
um tempinho observando ele dormir.
Quando entro no escritório novamente para levar o Alexandre até a
cama também, percebo que ele já está se espreguiçando. Paro no batente da
porta e cruzo os braços sorrindo.
– Oi, minha linda. – Estende a mão para mim, ando até ele que me
puxa para sentar no seu colo.
– Oi, meu lindo. – Dou um selinho.
– Cadê o Marcos? Ele subiu e me deixou aqui nesse sofá, não foi?
Desgraçado eu vou ter uma conversinha com ele depois. – Começo a rir e ele
me olha. – Está rindo de que?
– O Marcos não subiu sozinho, eu o levei para cama, aí eu voltei pra
te buscar e você já estava acordado.
Ele me olha e beija, pega na minha nuca e eu me ajeito no colo dele
sentando com as pernas separadas uma de cada lado. Alexandre me segura
forte nas costas e depois pões as duas mãos em minha bunda. Eu pego na sua
nuca aprofundando mais o beijo aprazível e coloco a língua na sua boca
tornando o beijo mais satisfatório do que já é. Eu paro o beijo olho para ele.
– Por que ficaram aqui até tarde? – Ponho a mão em seu pescoço
sexy e contorno seu maxilar.
– Trabalho, meu amor, trabalho.
– Nossa, e que trabalho chato é esse que faz vocês ficarem exaustos e
perderem a noite de sono?
– Um trabalho que não é nada chato, é mais que um prazer o fazer e
vale muito a pena, amanhã estaremos com sorrisos enormes e rindo.
– Vale tanto a pena assim?
– Você não faz ideia.
– É mais importante que eu?
– Você sabe que é a coisa mais importante na minha vida.
– E o Marcos? – Pergunto.
– O Marcos também é a coisa mais importante na minha vida. Vocês
dois são. São minha família, e são mais importantes que tudo. E eu amo
vocês dois. – Ele sorri e eu dou um beijo estalado demorado nele.
– Quero fazer uma coisa agora. Você vai gostar.
– O que é?
– Só relaxa.
– Ok – Põe as mãos no meu rosto e em dá um beijo na testa. – Sem
dentes.
– Como você sabe que eu ia... – Ele põe o dedo na minha boca.
– Não fala nada doidinha, só cai de boca e cuidado com os dentes.
Eu saio do colo dele e me ajoelho em sua frente.
– Eu nunca coloquei dentes e se reclamar você vai ficar com as
marcas deles no seu garotão. – Falo abrindo a calça e tirando a ereção para
fora da calça.
– Cuidado com ele, é precioso.
– Mais do que eu? – Falo masturbando ele.
– Olha Katherine, não me faça escolher entre você e... Meu Deus,
mulher. – Coloco todo na boca fazendo ele parar de falar e fechar os olhos.
Ele pega no meu cabelo, faz um coque improvisado e eu desço minha
boca lentamente pela grossa extensão enquanto minha mão massageia suas
bolas. Dou leves sucções na cabeça quente, minha boca faz o mesmo
movimento que minhas mãos e apertam fazendo a pressão exata que ele
gosta. Sua ereção está grande e melada graças ao seu líquido pré-ejaculatório
e boa parte da minha saliva, facilitando eu encostar minha boca na base.
Apesar de estar escuro por aqui eu o encaro e quase morro toda vez que vejo
suas expressões de prazer. São lindas e a beleza dele é grande.
– Cacete, Katherine. – Geme colocando a cabeça para trás por alguns
segundos voltando a me olhar nos olhos em seguida. – Isso.
Ele é tão gostoso quanto o Marcos. Desço minha boca junto com a
minha mão novamente e dando sugadas mais precisas. Chupo suas bolas e
saboreio sua pele molhada e rígida como se fosse o último chocolate do
mundo todo. Sinto a cabeça latejante encostar em minha garganta, não
engasgo mais, já peguei o jeito e colocar esse pau grande na boca é uma das
melhores coisas do mundo, faço movimentos mais rápidos apertando e
arranhando suas coxas grossas. Apenas minha boca faz o trabalho agora, e
pequenos sons de prazer escapam de seus lábios. São sons grossos, graves e
excitantes que me fazem estremecer.
– Ohh – Põe meu cabelo para o lado gemendo.
– Alexandre, goza na minha boca. – Sussurro e sugo a cabeça
enquanto eu o masturbo rápido.
Sinto o jorro em minha boca que transborda em seguida. Engulo
olhando para ele e sorrio. Alexandre sorri retribuindo e me encara.
– Você é incrível – Diz ofegante enquanto eu ainda o masturbo
lentamente. Ainda está ereto e amolecendo aos poucos.
– Eu sei disso, vamos para cama? – Eu passo a língua pela longa
extensão dando um beijinho na sua glande e me levanto fechando sua calça.
– Vamos. – Ele me leva no colo e vou com a cabeça encostada em
seu peitoral firme.
Ele me põe na cama e se ajeita do meu lado. Os braços do Marcos me
puxam, ele me encoxa bem gostoso, beijo sua aliança e entrelaço nossos
dedos. Amo quando Marcos me abraça assim. Encosto a cabeça no peito
largo do Ale e ponho uma perna em cima de seu V. Faço carinho na mão e
braço do Marcos e sorrio.
– Ale, lembra que fui ao médico fazer consulta? – Balança a cabeça
dizendo sim e beijo minha testa. – Então, achei que fosse gravidez e fiz o
teste.
– Claro que lembro. Marcos e eu íamos te perguntar como foi.
Ficamos preocupados. E então? – Questiona esperançoso com um pequeno
sorriso no rosto.
– Não estou grávida. – O sorriso no seu rosto vai se desmanchando
quando ele olha para o espelho no teto. – Mas eu queria estar. – Olha-me de
novo mostrando um sorriso tranquilizador.
– Tudo tem sua hora. Um dia talvez.
– Sim, um dia. Ainda somos jovens. Teremos tempo. – Alexandre
sorri e beija minha testa.
– Boa noite, Katherine.
– Boa noite, Ale. – Dou um beijinho nele. Viro e olho para o Marcos.
– Boa noite, Marcos. – Beijo sua têmpora.
∞∞∞
∞∞∞
No meio da festa
Marcos anuncia a todos o motivo da comemoração e mostra no telão
eles me pedindo em casamento! Sim, eu apareço só de toalha para todos da
festa verem. Dou risada e choro um pouco com minha mãe que se emociona
do meu lado. A Jade e Eva me abraçam bem forte depois de rirem de mim
por eu ter sido pedida em casamento pelada, fiquei quase a festa inteira
conversando com elas. As duas estão namorando sério, mas os
namorados não puderam vir. Nenhuma delas me contou e foi uma bomba
quando descobri, elas queriam me fazer essa surpresa.
Aproximo-me de Marcos e Alexandre e me enfio no meio dos dois.
– Doidinha, se não fosse toda essa gente você já estaria sem essa
roupa, toda descabelada e gemendo meu nome. – O Alexandre fala baixo,
mas alto o suficiente para o Marcos ouvir.
– Isso com certeza, Alexandre. – Fala olhando em volta.
– Se controlem. – Digo.
– Hoje é um dia especial, estamos excitados mais que o normal. –
Alexandre diz.
Quando o vídeo acaba eu dou um selinho nos dois ao som de palmas
e sorrisos apontados para nós três. A festa continua e subo até o quarto para
pegar a bolsa que minha mãe deixou, assim entro e pego a bolsa dela que está
em cima do baú, aproveito para retocar o batom. Olho no espelho, arrumo a
calcinha que está quase me partindo ao meio e quando vou me virar para
sair do quarto sinto meu corpo sendo jogado em cima da cama. É o
Marcos. A bolsa cai no chão e eu tento me recuperar do susto.
Ele pega meus braços e põe em cima da minha cabeça me deixando
presa.
– Finalmente sozinhos. – Ele beija meu colo e se põe entre minhas
pernas.
– Marcos, por mais que eu queira você socado dentro de mim, e na
minha boca agora, a gente tem que descer.
Ele beija meu pescoço, e eu mudo de ideia na hora... Não temos que
descer coisa nenhuma, solto uma risadinha e troco de posição montando em
cima dele.
– A gente não tinha que descer? – Diz debochando.
– Não, eles esperam. – Falo me esfregando na sua ereção. Ele faz
uma expressão maravilhosa em seu rosto.
– Você me enlouquece doidinha safada. Ainda me mata sabia. – Diz
tirando minha blusa e o sutiã de uma vez.
– Eu ainda nem tirei a calcinha.
– Aí que está o erro. – Ele ri e abocanha meu seio, mas eu o empurro
um pouco. Não podemos fazer isso agora.
Controle-se Katherine. Ainda Não!
– Marcos, não. Temos que voltar. – Falo quando minha razão
me dá juízo. – Tento pegar minha blusa e sutiã, mas é falho, pois ele
pega antes e joga longe. – Marcos!
– Para de fazer cu doce Katherine. Uma rapidinha? Olha meu estado.
– Olho para baixo, ele está enorme, dá para ver perfeitamente o formato.
Olho para ele que me lança o sorriso que me derrete toda. – Te faço gozar
duas vezes, o que acha? – Paro pra pensar na sua proposta.
– Três, menos que isso não quero.
– Consigo até quatro, gata, só relaxa.
Seus braços me envolvem e eu o beijo. Ele cumpre o trato, foram
quatro orgasmos delirantes. Essa é uma das melhores rapidinhas que tivemos.
Respiramos ofegantes, pois isso aqui envolveu amor e paixão. Ele me fez
gozar quatro vezes em menos de 10 minutos. Enquanto eu caio na cama
ofegante e ainda calçando meus saltos, apenas, ele senta em perfeito estado,
com o cabelo levemente bagunçado, cheiroso e impecável. E eu? Minha
trança se foi... pelo menos metade dela, pois fiquei louca com sua língua em
meu clitóris pulsante, suas mãos que não me deixavam fechar as pernas de
modo algum e com seu pau grosso socado em mim até a base inúmeras
vezes.
– Mandamos ver. – Ele estende a mão e eu bato.
Eu me levanto, visto a saia e ele põe o seu membro para dentro da
calça. Pego a blusa do chão e a coloco sem o sutiã. Meus seios são bonitos e
nada caídos, não gosto muito de usar sutiã mesmo. Arrumo-
me um pouco, pois estou um trapo depois que Marcos me pegou de jeito. Não
acredito que ele aparenta estar novinho em folha. Ainda sinto leves espasmos
entre as pernas, tento ignorá-los, mas quando ando esses espasmos percorrem
por minhas pernas impossibilitando o esquecimento. Pego a bolsa da minha
mãe e desço bem devagar na frente do Marcos. Minha mãe está no último
degrau falando com o Alexandre para minha sorte. Minhas pernas vão
falhar se eu andar muito.
– Desculpe a demora mãe, eu não estava achando. – Ela sorri olhando
para mim inteirinha e depois para o Marcos.
O Alexandre já percebe o que aconteceu e estreita os olhos olhando
nós dois sorrindo. Ele estende a mão fechada e o Marcos dá um soquinho.
– Não estava achando? Mas aposto que estava na cueca do Marcos. –
Ele sorri e vira de costas pegando uma taça de champanhe com o
garçom. Marcos e Alexandre dão risada e um beijo na minha coroa. – Já vou
minha querida, parabéns. – Ela me dá um abraço confortável.
– Já vai, mãe?
– Já, sabe que a idade chega para todos, tenho que descansar e seu pai
também.
– Vocês vão trepar que eu sei.
– Também temos nossa festinha. – Rio e abraço meu pai.
O Marcos e o Ale fazem questão de lavá-los até o carro comigo. Eles
dão partidas e nós voltamos para a casa.
∞∞∞
∞∞∞
∞∞∞
Alexandre
Hoje a Katherine está uma fera. Irritada com tudo, quando está assim
se meu charme não funciona eu mantenho distância. Se alguma alma entrar
no caminho dessa mulher é capaz de ela matar, estou falando sério. O pior é
que ela fica linda quando está brava, por mais que dê raiva às vezes eu adoro
os pits que ela dá. O Marcos também é louco pelas pequenas crises de
raiva. Às vezes a gente até provoca. Teve um dia que o Marcos inventou de
colocar farinha dentro do secador dela, e para piorar a situação o cabelo dela
estava molhado, agora pensa numa mulher brava. Pensa numa mulher
vermelha de raiva, multiplica por cem. Isso é a Katherine brava por tão pouca
coisa.
Bebo um gole de cerveja junto com o Marcos e ponho a garrafa em
cima da bancada.
– Ale?
– Fala. – Digo comendo algumas uvas.
– A gente vai casar cara. – Diz passando a mão no cabelo e se
sentando no alto banco da bancada em minha frente.
– Pois é. E eu acho que tenho algum problema. Fico duro muito
rápido, só de pensar nela, às vezes, quando abro o olho e olho, já está enorme
latejando. E isso fode tudo, se eu estiver em uma reunião e ficar assim ferrou
tudo. – Ele me olha atento e balança a cabeça compreensivo.
– Sei qual o nome dessa doença. – Fala com o gargalo na boca e bebe
um gole. – Não tem cura, a não ser que faça cirurgia ou se separe da
Katherine e pense numa mulher muito feia, tipo muito, muito acabada, sem
chances nenhuma nessa vida. Também tenho isso aí.
– Que porra de doença é essa? – Falo assustado. Eu estava brincando,
mas ele falando assim parece ser sério.
– Essa doença se chama “Ser homem“, Alexandre. A gente se excita
muito rápido, alguns não são assim, mas a maioria, eu acho! A
gente sexualiza muita coisa, somos animais, farejamos sexo. E com a
Katherine andando por aí não ajuda muita coisa não. – Diz rindo comigo.
Desço do banco, pego um copo com água a fim de colocar na pia,
mas acabo esbarrando na Katherine e jogando a água nela. Droga... Ela está
usando blusa preta, se fosse uma branca...
– Alexandre! – Diz quase gritando. Sua cara não é nada boa.
– Que foi? Desculpa, meu amor, não tinha te visto.
– E você tem olhos para que?
– Katherine, não complica, já pedi desculpa.
– Devia fazer você se ajoelhar, Alexandre. – Olho para o Marcos
sorrindo, ele tampa a boca e faz um gesto para eu me ajoelhar. Faço.
– Desculpa? – Pego na sua mão e beijo.
– Não é para você ser fofo Alexandre. É para discutir comigo! –
Sorrio e me levanto.
– Por quê?
– Porque eu quero discutir. – Ouço a gargalhada do Marcos.
Dou um beijo terno nela que me retribui um pouco.
– Linda, não vou brigar com você. Brigo se a gente transar em
seguida, aí eu grito com você – Ela ri um pouco.
Ela me olha, beija meu nariz e eu beijo seu pescoço e vou descendo
até chegar em seus seios, quando vou afundar meu rosto neles ela põe a
palma da mão na minha testa e levanta minha cabeça.
– Nada disso, Alexandre.
Sento no banco e termino a minha cerveja.
– Que droga, me mostra essas belezuras então, já que não posso
tocar.
– Não mostro nada. – Diz rindo e sai andado mexendo a bunda
gostosa e grande de um lado e de outro... Ahhh essa mulher ainda me mata.
No meio da festa
Eu estou conversando com as minhas amigas na maior emoção.
Ainda não estou acreditando que estou em pleno meu casamento. A Eva está
mesmo gostando do Kelvin. Acho que eles têm futuro. O negão sabe como
investir em uma mulher e Eva está doida por ele. Tomo um susto e arregalo
os olhos quando olho para o lado e vejo o Marcos e o Alexandre bêbados,
mas isso não é o pior, eles estão só de cueca, e ainda correndo para todos os
lados junto com vários homens no mesmo estado, só que os outros estão de
roupa pelo menos.
Até que os homens pegam os dois recém-casados no colo
e os jogam na piscina, eu vou até eles correndo e gargalhando, fico na beira e
grito. Que doidos.
São seus maridos bonitona. – Minha consciência fala.
– Marcos e Alexandre, que porra é essa? Na última festa ficaram sem
camisa, nessa só de cueca, na próxima vão ficar pelados? – Digo rindo.
– Meu amooor. – Marcos grita.
– Essa aqui de branco é a mulher da minha vida. – Alexandre fala
para todo mundo.
– Linda, vem aqui... Entra aqui comigo.
– Marcos, eu vou ficar pelado. – Alexandre diz e dá risada.
– Não vai nada... – Grito. – Alexandre, não tira a cueca pelo amor
de... ALEXANDRE.
Quando eu falo é tarde demais, ele levanta a cueca molhada e taca na
beira da piscina aos meus pés e sorri para mim.
– Puta merda. – Eu chamo o meu assistente e peço para eles ajudarem
a colocar a cueca nele de volta e tirar os dois da piscina.
Demora um pouco, mas eles saem e me abraçam beijando meu
pescoço e tentando enfiar o rosto em meus seios. Não deixo aos risos e os
faço colocar os smokings novamente, não por completo, mas a calça, sapato e
camisa com certeza. Olho para os dois e beijos a testa deles os levando para
um sofá grande ao lado da escada. Eles me puxam me abraçando e eu
retribuo.
– Katherine... Eu amo você, e amo você também. – Marcos aponta
para minha barriga e beija.
– Aí papai, que nome lindo. – O Alexandre fala com um sorriso
encantador estampado em seu rosto maravilhoso. Sua voz arrastada é
engraçada e fofa.
– Qual Ale? – Pergunto
– Katherine Miller Clark Walker. – Mesmo sua voz ainda estando
arrastada é ótima. Já falei isso?
Eu beijo a cabeça dos dois.
– Meu anjo, minha cabeça de baixo quer beijinho também. Vou
facilitar o trabalho. – Começa a desabotoar a calça e eu impeço.
– Por hoje não, Alexandre! Só a de cima ganha. Que mania de querer
ficar pelado!
Eu permaneço sentada com eles ouvindo eles falarem coisas sem
sentido algum. Como hoje somos o centro das atenções recebemos vários
olhares, mas todos nos deixam curti um momento juntos. E está tudo ótimo,
até consegui fazer os dois comerem, mas toca uma música mais animada e
ambos se agitam novamente. Acho que eles já podem ser liberados
novamente. Só não quero que fiquem pelados, por Deus!
– Ohhhhh. Eu preciso dançar essa música.
– Não, não precisa, Marcos. Fica quietinho aqui. Sentadinho. – Puxo
ele para sentar no sofá, por não resistir ficar longe, e ponho minhas pernas em
cima das suas o prendendo.
– Não, Katherine não vem roçando não, assim eu fico louco, assim eu
não aguento.
– Mas o vestido tá aqui Marcos, calma..
– Aí que está o erro. – Alexandre diz me agarrando mais.
Curto a noite e o meu casamento com eles. Resolvo ir dançar com os
dois e mais várias pessoas. Amo tanto esses dois. Nem acredito que sou
casada com eles, a ficha ainda não caiu. São lindos, engraçados sexys.
AHHHHHHHHHHHHHHHHH COMO EU TENHO SORTE! Respiro fundo
sentido o aroma dos dois, mexo no cabelo do Marcos enquanto beijo o
pescoço do Ale.
– Katherine, tive uma ideia... – Marcos diz com um sorriso no rosto.
– Qual?
– Pega a cadeira, Alexandre! – Alexandre e eles se olham do jeitinho
que só eles fazem e todos automaticamente abrem a pista de dança.
O que está acontecendo?
Alexandre me põe sentada na cadeira e beija minha boca. Marcos me
beija em seguida e eu sinto o gosto do álcool. A música eletrônica para de
tocar e é substituída por outra. Ai minha nossa... Todos começam a gritar
quando os dois se posicionam na minha frente e eu tampo o rosto. Eles vão
dançar para mim. A música Often do The Weeknd invade o salão e eu sinto
um frio na barriga maior ainda. Um calor aparece entre minhas pernas e se
eu estivesse usando calcinha ela estaria encharcada. Sinto um calor no corpo
todo e eles ainda nem começaram a dançar. Cruzo as pernas e apoio meu
cotovelo esquerdo no pulso da minha direita. Eles sabem bem como eu amo
as músicas do The Weeknd.
Ambos começam a desabotoar a camisa bem devagar e me encarando
do jeito mais sexy que já me olharam. Suspiro e respiro fundo para aguentar.
Se fosse só um, tudo bem. Mas eu tenho que aguentar dois. As camisas são
colocadas no chão e todos os músculos são levemente iluminados pelo
sistema de luzes muito bem elaborado pelos Djs.
Marcos e Alexandre dançam juntos e lentamente. Eles dançam de
maneira sexy sem parecer estranho ou me fazer sentir vergonha por estar
olhando. Há pessoas que sentem vergonha de olhar, mas eu não sinto
nenhuma. Ambos movem os corpos com sensualidade e eu mal consigo ouvir
todos gritando, apenas me concentro no corpo viril e tatuado dos meus
maridos.
Fico hipnotizada com o quanto a bunda deles está grande e redonda,
ambos possuem coxas grossas e um V tão marcante que quando dançam me
fazem querer lamber.
Meus pecados se aproximam de mim e eu sorrio. Cada um pega em
minhas nãos trêmulas e as colocam em seus peitorais fortes como de um
gladiador. Mordo o lábio e me contenho para não morrer aqui mesmo.
Deslizo a mão até o V apreciando cada parte. Minha respiração aumenta e eu
sinto uma gota de suor escorrer por minha têmpora. Um calor queima meu
corpo todo. O volume dos dois me deixa louca e está mais que marcado.
Todos estão olhando? Sim. Queria que estivéssemos apenas nós três.
Ambos iriam em destruir com um sexo incrível.
Deixando-me sedenta e atordoada, ambos se afastam sorrindo e ficam
de perfil. Eles se jogam no chão sensualmente apoiando o peso em seus
braços fortes e descendo o corpo grande suspenso devagar. Ambos fazem
movimentos sensuais e de tirar o fôlego. Movem o quadril como
se estivesse transando comigo. Me imagino em baixo dos dois gemendo
loucamente e gritando o nome deles. Meu clitóris pulsa e eu fico doida por
não poder fazer nada. Ouço o coro de gritos e palmas para ambos e desperto
de um pequeno transe.
Meus pecados se põem de pé e sorriem orgulhosos do show.
Make that pussy pop and do it how I want it
Often, often, girl, I do this often
Make that pussy pop and do it how I want it
Often
Alexandre
Eu acordo com uma puta de uma dor de cabeça, tive um sonho meio
estranho, mas muito engraçado, sonhei que eu estava no meu casamento e
que eu estava correndo só de cueca para todo lado junto com o
Marcos. Espreguiço-me e sorrio ao lembrar que ontem eu me casei com a
mulher mais linda mundo e fiquei loucão. Olho no relógio. Considerando que
do Brasil até o destino são pelo menos umas onze horas de voo ainda temos
umas horinhas aqui dentro. Marcos ainda dorme junto com a minha esposa.
Sorrio ainda mais olhando para ela, vou adorar chamá-la assim. Minha
esposa. Minha esposa. Minha mulher.
Levanto-me, apanho a bolsa de mão e pego meu kit para poder
escovar meus dentes. Molho bem o rosto para acordar e quando acabo sento
novamente no acento.
– Bom dia Sr. Clark! – Diz a comissária com um carrinho de
aperitivos e outras coisas.
– Bom dia. – Sorrio retribuindo sua larga curva nos lábios totalmente
vermelhos. Ela é tão baixinha, que fofa.
– Gostaria de tomar o seu café da manhã e um remédio para dor de
cabeça? – Diz com uma voz... digamos meio manhosa e mordendo o lábio.
– Sim, claro... – Faço uma pausa, não sei seu nome.
– Eliza, prazer. – Aperto sua mão.
– Alexandre, o prazer é meu. – Percebo sua animação e sua pegada
diferente em um simples apertar de mão.
Não sei o porquê, mas tenho a impressão de que ela pega as coisas
que estão fora do seu alcance no carrinho de propósito só para empinar a
bunda. Posso estar errado, obviamente, mas suas olhadas sérias me encarando
denunciam algo. Mas deve ser coisa da minha cabeça não? Ou não, ou pode
ser isso mesmo. Ahhh se a Katherine vê isso, essa loira fica sem o cabelo se
minha esposa estiver em um dia ruim.
– Aqui está. –Ela entrega o remédio e o cappuccino.
Eu começo a olhar para janela, e penso em como sou um homem de
sorte... Tenho uma linda mulher, um irmão que amo tanto, riqueza, saúde,
beleza, uma família perfeita e também uma das coisas mais felizes da minha
vida... Tenho o prazer de me considerar pai. Quero uma menina, uma menina
igual a Katherine, linda, cabelos grandes e castanhos que quando espalhados
na cama parecem estar em baixo da água de tão ondulados e lindos que
ficam, olhos profundos de mesma cor capazes de hipnotizar qualquer um,
pele tão macia quanto pêssego e linda que te faz querer beijar o tempo todo,
um sorriso encantador e raro assim como a pedra mais brilhante e valiosa do
mundo, meio doidinha, uma pessoa maravilhosa com quem quero estar ao
resto da vida.
– Ele é seu irmão? – Pergunta me tirando de belos devaneios com
minha musa.
– É sim.
– Vocês são bastante parecidos, são tatuados, têm cabelos bonitos, o
maxilar dele é um pouco mais quadrado que o seu, mas mesmo assim tem
vários traços em comum, são bem fortes, com barba similar e alinhada... –
Ela suspira e antes que comesse a falar de novo eu a interrompo desviando
olhar.
– Também somos casados. – Digo olhando para janela, mas começo a
falar de novo para disfarçar. – Morenos... somos homens de sorte.
– Ah, ele é casado com ela? – Ela me lança um sorriso falso e com
um ar de decepção. Por mais que tente a comissária não consegue disfarçar o
quão decepcionada ficou.
– Sim... Eu também. – Orgulho e satisfação são expressos em mim
voz, não foi de propósito, mas dizer para alguém que essa coisa linda sentada
do meu lado dormindo igual um anjo é minha esposa não tem preço, é
prazeroso e delirante.
– Vaca sortuda... – Murmura tão baixo que não entendi direito o que
disse.
– Como é que é? – Olho em seus olhos.
– Mulher sortuda. – Por um momento ela fica pálida.
– Eu quem sou sortudo.
– Há quanto tempo estão casados?
– Faz algumas horas. – Ela não precisa saber as horas exatas, só
precisa saber que faz pouco tempo e que sou fiel a uma mulher.
– Ah claro, parabéns e... – Antes que ela pergunte eu a interrompo
mudando de assunto.
– Estamos perto do nosso destino? – Sei que ainda não, mas só quero
que ela saia daqui. Começou a me incomodar.
Responde educada e se retira depois de nos deixar um belo café da
manhã e alguns brindes. O Marcos acorda devagar e eu o encaro.
– Bom dia, garanhão.
– Bom dia... Caralho que dor de cabeça. – Fala tentando abrir o olho,
eu pego remédio e dou para ele.
Ainda fico ansioso quando olho para as nossas alianças. Ele toma o
remédio e depois de fazer sua higiene e voltar do banheiro novo em folha, ele
começa a tomar o café da manhã. Como ainda estou com fome, me alimento
mais um pouco reforçando a minha primeira refeição do dia.
– Como vai a vida de casado, Marcos?
– As mil maravilhas, minha esposa é muito linda e gostosa. – Fala
rindo. – E a sua? – Bebe seu café forte e amargo.
– A minha? Está ótima, te contei que eu vou ser pai, Marcos? – Ele ri
comigo. – Nem dá para acreditar, nós dois casados, luxúria, um filho, saúde...
É a vida perfeita.
– É, ainda não caiu a ficha de que tudo isso aconteceu.
Começamos a olhar para a Katherine e observar esse ser tão belo
dormir. Sua respiração é calma como o vento em um dia ensolarado. Seus
lábios estão meio rosados e ela dorme tranquilamente.
– Tão linda... – Digo com sorriso no rosto e beijo sua têmpora.
– Perfeita, nossa Katherine, nossa esposa
Nós dois nos olhamos e temos uma ligação tão forte que pensamos a
mesma coisa.
– Está na hora de acordar a doidinha. – Falo.
Katherine
Eu estava num sono profundo quando sinto vários beijos, chupões no
pescoço e mãos apertando meus seios. Suspiro e abro um sorriso enorme.
– Sai fora seus tarados, não posso nem dormir em paz – Abro os
olhos aos poucos.
Se eu acordar feliz e sorrindo assim todos os dias já sei que o ‘’Sim‘’
que eu falei com bom gosto e sede ontem valeu muito, muito a pena.
– Bom dia linda. – Falam em uníssono. Estão impecáveis e eu devo
estar de pernas para o ar.
– Bom dia meus lindos.
Pego na mão dos dois e dou um beijo na aliança deles. Eu vou ao
banheiro fazer minha higiene, me arrumo sorrindo muito por estar recém–
Casada e muito ansiosa, acabo tendo um mini ataque de felicidade dentro
desse banheiro e quando me recomponho volto para comer. Sento no banco
sendo observada pelos meus dois olhares favoritos.
– Katherine, já está de manhã e você ainda não me deu um beijo.
Eu encaro o Marcos e ele puxa minha nuca me concedendo um beijo
terno e gostoso, sentir sua boca deliciosa na minha é uma maravilha, me faz
sorrir e cada pelo do meu corpo se arrepia, Marcos conduz o beijo e o deixa
intenso como ele. Marcos morde meu lábio e me olha com aqueles olhos
castanhos maravilhosos e lindos como o pôr do sol, sua barba alinhada é
macia e o deixa sexy, o deixa com cara de O Homem. Ele é lindo, ele é meu
marido, meu marido, meu marido! Não me canso nunca de falar essas duas
palavras que vieram a ser minhas favoritas.
– Eu. – Ele me beija na bochecha. – Amo. – Beija a outra. – Você –
Me dá um selinho demorado. Encostamos a cabeça no banco e eu sorrio com
os lábios no dele, tocando em seu maxilar, nuca e puxando alguns fios de
seus cabelos sedosos.
– Eu ganho também, Sra Clark Walker?
– Sempre Ale, quantos você quiser.
Eu ponho as mãos no pescoço dele e o puxo para mim, sua boca
quente me deixa louca, ele põe a língua na minha e explora cada canto como
se fosse algo novo. O beijo transborda paixão. Mordo seu lábio gostoso e ele
aprofunda o beijo me fazendo soltar um gemido baixo, Ale me imita e ri.
Ganho mais carinho com vários selinhos e beijos pelo rosto, encaro meu
homem e em seguida sua mão pega em meu cabelo da nuca. Ale puxa um
pouco e me fita com seus olhos meio azuis lindos.
-Me ama também? – Pergunto para ele tentado beijá-lo de novo.
– Você não faz ideia do quanto. – Ele beija minha bochecha.
– Tenho algo para contar. Lembram da dancinha que fizeram para
mim?
– Ah se lembro! – Marcos diz. – Foi incrível.
– Eu entrei num transe no final. Eu... Eu fiquei tão excitada que
passei a me imaginar com as pernas bem abertas, com você me chupando. –
Falo para o Marcos. – E com você me beijando. – Olho para o Alexandre. –
A imagem da cena era tão maravilhosa. Nosso beijo era lindo, Alexandre,
lindo. Aquele beijo estava muito gostoso. E os lábios da minha vagina
estavam ao redor dos seus, Marcos, sabe como são cheinhos e ficam assim,
não sabe? São gordinhos e você os beija como se fossem a coisa mais gostosa
do mundo. – Solto um gemido. – Aí o Marcos me deu um selinho e eu gozei.
– Ambos me olham sem acreditar. – Eu também fiquei surpresa, só sei que
minha xoxota ficou bem molhada e eu estava pulsando, gente, pulsando. Eu
estava muito excitada e gozei ali mesmo. Foi incrível. E eu me assustei
quando vi meus mamilos bem duros.
– Cacete... – Alexandre diz e dá risada. – É sério? Não
está brincando, está?
– Não. Não estou. Eu gozei sem vocês tocarem em minha vagina.
– A imagem que descreveu é de foder em... – Marcos me olha com
um sorriso. – É exatamente o que fizemos quando entramos no quarto.
– Por isso foi tão intenso.
– Já estou sentindo o gosto doce da bocetinha... – Alexandre diz e
passa a mão no rosto.
Depois de muita conversa, depois de mais beijos, decisões e
discussões sobre nosso filho – pois quero menino e os dois uma menina – eu
volto a tocar no assunto destino de nossa viagem. Quero muito saber para
onde estamos indo. E mesmo a viagem sendo longa, nós nem sequer olhamos
para os Ipads, ou os Macs ao nosso redor. Só queremos nossa própria
companhia.
– Então... Para onde vocês estão me levando?
– É surpresa doidinha.
– Ah Marcos... Por favor, me fala, dá uma pista. Uma pequena. –
Beijo seu maxilar.
– Não. – Diz meigo.
Eu me viro para o Alexandre ponho a mão na coxa dele, começo a
fazer carinho, ele sorri e me observa por inteiro. Vou arrancar essa
informação deles de algum jeito, ahh se vou!
– Ale? Fala vai. – Pego no seu pacote. – Vai diz para mim. – Falo
toda mansa. – Estou te pedindo, e você mesmo prometeu que me daria tudo o
que peço.
– Katherine, o que quiser é seu, mas o que for a respeito do nosso
destino é surpresa. – Beija meu nariz.
Começo com a mão boba no Marcos que me olha e suspira.
– Marcos, fala vai... – Dou um beijo no pescoço dele e pego no seu
volume grande. – Fala, meu gostoso.
– Meu anjo, não, eu sei o que você está tentando fazer. Safada!
– Não vão me contar?
– Não. – Falam em uníssono rindo.
Eu me levanto e sento na poltrona em frente a eles os quais deixam
escapar um suspiro forte. Os dois arrumam a gravata e passam a mão no
cabelo. Seus rostos belos e similares que olham para a poltrona onde eu
estava, e para mim logo em seguida, expressam confusão. Sobrancelhas
franzidas e encaradas duvidosas são dadas.
– Já que não vão me falar o destino, vocês não vão me tocar até eu
saber o maldito lugar. – Não demora muito para os dois protestarem.
– Isso é sério? – O Marcos diz – Você não pode estar falando sério,
não faz isso com a gente, Doidinha. É golpe baixo.
– Já estou fazendo, querido. – Cruzo os braços e as pernas.
Eles ficam quietos com a boca meio aberta, eu poderia jurar que eles
iriam protestar mais, mas apenas aceitam por enquanto. Olhando para mim e
para a janela, finjo que não percebo os olhares, e então, descruzo e cruzo as
pernas novamente, os dois encaram meu pequeno gesto e praguejam
baixinho. O Alexandre olha para baixo sorrindo e passa a mão em seu rosto
divinamente sexy ficando sério novamente, e olhando para a janela
disfarçando o máximo que pode. Eu ponho minhas pernas ainda cruzadas
para o lado me sentando meio torna na poltrona colocando minha bunda para
o lado deixando sua polpa aparecendo já que minha saia se
levantou. Novamente os dois praguejam e começam a tirar a gravata alegando
estar calor. Jogo meu cabelo para o lado e me abano.
– Nossa, está calor aqui, não está? Se ao menos os pecados me
dissessem para onde vamos, eles poderiam colocar algo gelado em meu corpo
e me lamber todinha.
– Katherine, não me provoca. – Alexandre murmura com uma
voz super-rouca e grave fazendo eu ficar com um pequeno frio na barriga. –
Vai se arrepender por isso.
– Não estou fazendo nada.
Eu começo a abrir os botões da blusa mordendo o lábio e deixo
uns abertos. Abano-me mais chamando a atenção dos dois e seguro um
sorriso. Olhos famintos vigiam meu corpo todo e eu consigo sentir a
excitação, tesão e volúpia dos dois daqui. Tentam cobrir os seus grandes
membros duros que já deixam a calça com um formato perfeito.
– Está brincando com fogo... – Marcos fala suspirando de jeito mais
sexy desse mundo me deixando excitada com apenas um olhar e algumas
palavras.
Levanto e sento no colo do Alexandre passando meus braços em
volta de seu pescoço cheio de veias e lascivo, sinto sua ereção em minha
bunda. Eles vão ceder... Eu sei que vão.
– Ale... – Beijo seu pescoço. – Fala para mim? – Apalpo seu pau e
mordo o lábio.
– Alexandre, seja forte! – Marcos diz rígido e tentadoramente
gostoso.
– Ale, olha para mim, me fala vai? Não custa nada, meu amor.
– Aí eu não resisto. – Puxa minha nuca e me lasca um beijo delirante,
mas paro nosso contato e ele puxa meu cabelo da nuca fazendo nossos olhos
se encontrarem. Ele sabe ser duro ou fofo nas horas certas, os dois sabem e eu
amo, simplesmente amo isso. Alexandre me olha com charme nos olhos. O
Charme que só ele tem. – Tá bom eu falo, mas assim que eu falar você vai
tirar essa roupa, ficar peladinha, e me tirar do estado em que eu estou agora.
– Alexandre! Ela é manipuladora chantagista que... – Dou um
pequeno selinho nele o interrompendo. Mordo seu lábio antes de ele me olhar
com toda sua intensidade. A intensidade que só ele tem. – Katherine... – Dou
outro suave juntando nossos lábios aveludados e feitos um para o outro, se
encaixam perfeitamente.
Volto minha atenção ao Alexandre e mordo meu lábio olhando para
ele. Ale fecha os olhos sorrindo, abrindo-os logo em seguida e me
encara com seus belos e sutis olhos de águia azuis.
Eles se encaram rapidamente e o Alexandre dá um suspiro como se
estivesse se conformando de que não conseguem esconder coisas de mim.
Sorrio e olho para seus lábios, realmente fiquei curiosa quanto ao lugar em
que vamos. Mas quando ele abre os finos lábios para soltar sua voz incrível a
comissária de bordo nos interrompe com seu bico vermelho.
– Senhores chegamos ao destino, vamos pousar, peço que fiquem
sentados. Obrigada. – Os dois suspiram em alivio e sorriem.
– VIU SÓ QUE MARAVILHA? – Marcos grita gargalhando e eu
serro os olhos. – Agora vem aqui querida, fica de costas para mim. – Levanto
do colo do Alexandre e recebo duas palmadas.
– Tarados, me deixem em paz – O Marcos que põe uma venda nos
meus olhos e sinto dois beijos em meus ombros o que fazem os poucos pelos
que tenho em meu corpo se arrepiarem. – Mas que diabo é isso, Marcos? –
Questiono quando um nó é feito.
– Uma venda.
– Para que? Eu quero ver.
– Mas não vai. E fica quietinha. – Recebo outra palmada e além da
venda eles colocam um fone de ouvido em mim.
– Era só o que me faltava, não vou ver e nem ouvir.
– Se você ouvir alguma daqui você vai saber fácil onde está.
– Eu sou um monstro, vocês querendo me fazer surpresa e eu aqui
reclamando de tudo. – Falo e recebo mais beijos.
– Isso é ser mulher.
– Por um acaso você está dizendo que reclamo de tudo Marcos, é isso
o que está dizendo?
– Está fazendo isso agora, amorzinho. – Ele beija meu nariz.
– Eu não estou reclamando, só acho um absurdo você dizer que
reclamar é ser mulher.
– Katherine, me ouve. Presta atenção. – Paro de falar. – Fica
quietinha e não me faz perder a paciência.
– Marcos, eu estou grávida, estou sensível, não me manda ficar quieta
não. Quer o divórcio? – Falo sorrindo. Ele me beija fazendo parar de falar. –
Isso é uma boa maneira de me fazer calar a boca.
– Eu sei, nunca falha.
Assim que o avião pousa e a comissária nos libera, ouço a voz dele.
– Podemos ir? – Ouço a voz do Alexandre de longe e viro o rosto na
direção.
O Marcos põe a mesma música em que estava tocando ontem
enquanto eles me flagraram cantando no quarto... antes da cerimônia. Sorrio
e fico ansiosa por eles me guiarem. Não ouço nenhuma
conversa, nada, somente a música. Eles aproveitam meu momento indefesa e
passam as mãos pelo meu corpo, sorrio e sinto uns beijos na testa e
têmpora às vezes. Adorei isso. O meu nervosismo fica maior, ainda mais
agora que estou vendada e com um fone de ouvido, se ao menos eu pudesse
ouvir alguém falando algo.
Meus maridos me colocam dentro do se parece um carro com o maior
cuidado, alguém tira o fone e ouço o barulho da porta se fechar. É um carro.
Na esperança de que alguém tire minha venda eu espero por
um tempinho, mas nenhum deles tira e nem dá um pio para falar a verdade.
Apenas aceito que ainda não é hora de ver e como não consigo ouvir nada
dentro do carro eu quebro o silêncio.
– Vocês não vão falar nada?
– Não. – Alexandre diz calmo e rápido.
– Estão quietos demais.
– Na verdade, a palavra certa é "bravos"– Analiso os dois. – E
excitados de certo modo, mas isso faz parte de ser casado com você.
Excitação é o que teremos de sobra.
– E a raiva?
– Isso passa e quase nunca teremos. Isso também faz parte de ser
casado com você. – Ouço uma risadinha.
– Por que estão bravos?
– Teimosia sua! – Alexandre diz e beija minha bochecha. – Não
estamos bravos com você, relaxa... – Sussurra e eu sorrio.
Eu não pergunto mais nada apenas relaxo apoiando minha cabeça no
peitoral do Marcos e segundos depois sinto um beijo terno sendo depositado
em minha cabeça, o que faz eu me aninhar mais ainda em seu corpo quente e
cheiroso assim como o de Alexandre.
Depois de alguns minutos o Eduardo anuncia que chegamos e meus
fones são colocados novamente, a música ainda toca a e está pela metade.
Respiro fundo sorrindo e saio do carro com cuidado, os dois me ajudam o
tempo todo e acabam sendo mais atenciosos do que já são. Paramos por um
tempo e damos mais uns cinco passos. Estamos num elevador. Meus fones
são retirados e ouço a gargalhada dos dois o que me faz sorrir. Eles devem ter
feito caras muitas lindas. A imagem vem em meu rosto e eu aperto mais
o Alexandre que faz o mesmo. O barulho indica que já chegamos ao andar e
assim andamos novamente.
– Ansiosa?
– Muito, Ale, muito! A curiosidade está me matando.
– Para aqui um pouquinho... – Uma porta se abre. – Pode andar, meu
amor. – Começo a sentir um ventinho e sol em meu rosto eles me soltam e se
afastam um pouco.
– Ale... Marcos... – Falo e eles me interrompem.
– Calma, antes de tirar a venda espera só um pouquinho. – Começo a
ouvir alguns barulhos, não consigo identificar direito.
Fica um silêncio no quarto e sinto algo molhado em minha bochecha
logo em seguida um chupão. Os dois tiram minhas roupas com toda a calma
do mundo deixando beijos, mordidas e chupões por cada parte de minha pele
que se expõe, assim, vou ficando mais aflita. Os pequenos toques me
arrepiam e me deixam excitada. Respiro fundo tentando acalmar o coração e
novamente eles se afastam um pouco. O ar fresco e um cheiro de coisa
cara invade minhas narinas... é cheiro francês... Tenho certeza! Não acredito.
– Katherine. Pode tirar a venda.
Eu não penso duas vezes, desfaço o nó às pressas e só aí percebo que
tremo e estou ofegante, a ansiedade toma conta de mim ainda
mais. Quando jogo a venda – o único pano que uso – no chão e abro os olhos
observando a imagem a minha frente eu fico encantada. Meu coração vai a
mil, cada gota de meu sangue percorre por meu corpo rapidamente, meus
olhos, que brilham abundantemente, arregalam e em um movimento rápido
levo as mãos em minha boca. Eu amo esses dois
Capítulo vinte e três
Primeiro nós vamos até a Torre andar por lá tirar fotos... É tão linda e
enorme que me encanto quando fico bem embaixo dela. Tem um ar tão
positivo e romântico. Vários abraços e beijos são oferecidos a mim e eu
aceito todos retribuindo com mais vontade, paixão e excitação. Há vários e
vários casais por aqui. Todos felizes e sorridentes. Posso dizer que ficamos
um bom tempo por aqui. Apreciando a espetacular vista e
conversando. Tiramos tantas fotos lindas. Meu Instagram vai ficar
maravilhosos com essas fotos.
– Katherine, eu te amo... – Os falam juntos me abraçando.
– Até quando você é teimosa. – Alexandre diz.
Eu viro de frente para os dois e olhos ambos nos olhos
profundamente.
– Eu também amo vocês... Até quando vocês implicam com a roupa
que eu uso.
Eu beijo o Marcos e ele me agarra na cintura chupando minha língua
com sua boca incrível. Adoro seus beijos, eles me deixam sedenta por mais.
Minhas mãos vão diretamente para sua nuca onde massageio. Nossos beijos
transbordam paixão e eu sinto uma pequena carga pelo meu corpo como se
fossem pequenos choquinhos. Sua boca me deixa louca e eu me derreto toda
quando ele me pega firme pela cintura, nos movimentamos devagar e aos
poucos vamos parando o beijo, até ele morder meu lábio inferior e selar
nossos beijos encostando minha boca na dele de modo gentil e
apaixonado... Ah Marcos... Eu te amo tanto. Sorrio para ele e olho para o
Alexandre.
O Alexandre me puxa beijando o meu pescoço cuidadosamente me
arrepiando toda, faz uma trilha de pequenos e macios beijos
até meus lábios, os quais ele chupa e faz se mexer no mesmo ritmo que os
dele. Quando nos beijamos o mundo ao meu redor para, desaparece e por um
momento ele me possui por completo. Sua língua acaricia a minha e seus
lábios fazem movimentos divagares e lentos. A intensidade de seus beijos me
deixa sem ar. Eu poderia ficar aqui beijando por um bom tempo. Poderia
beijar os dois para sempre... Sou mesmo muito sortuda. Casei com dois
homens celestiais e magníficos. Olho no fundo dos olhos azuis do Alexandre
e sinto minhas pernas bambas. Eu amo demais esse homem.
Depois de eles me mostrarem mais alguns pontos turísticos, por cima,
só para ver, pois outro dia faremos o tour, vamos até o Wallis Blanche, é um
restaurante lindo e muito luxuoso. Tem espelhos e lustres majestosos por
várias partes, o lugar é aconchegante. Não há hall de espera, apenas quem
reserva pode apreciar dos atributos deste restaurante. Marcos murmura algo
em francês para a recepcionista supersorridente que nos leva até uma parte
mais reservada. A iluminação é um pouco mais fraca, pois velas já fazem o
trabalho. O aroma aqui é divino e há muita gente bonita.
– Fala francês, Marcos? – Pergunto baixinho ao pé do seu
ouvido. Isso eu não sabia, nunca tinha perguntado.
– Sim. O Alexandre também.
– Disso eu não sabia... Vocês me surpreendem a cada dia. –
Beijo a bochecha dos dois. – Quero aprender também!
– Vou providenciar isso.
Marcos tira minha estola preta de meus braços e o Alexandre puxa a
poltrona bege com detalhes em ouro para que me sente. Os dois se sentam ao
meu lado e imediatamente colocam as mãos em minhas coxas fazendo uma
leve pressão e carinho. Marcos põe a mão em minha barriga e sorri
beijando.
– Minha princesa vai ser igualzinha a você, meu anjo. Linda.
– Adoro as suas esperanças Marcos, mas vai ser menino. Quero um
menininho igual a vocês. Lindo, engraçado, gatinho e fofo.
– Somos fofos? Estou me sentindo meio gay – Rimos do que o
Alexandre acaba de falar.
– Qual o problema de ser gay, Ale?
– Não tem problema ser gay, eu só acho que gays são fofos. São
como gatos sabe? Fofos.
– Se sentiu ofendido, Ale? – Pergunto sorrindo.
– Nem um pouco, mas ser fofo abala meu instinto animal, meu
amor.
– Mas você tem algo contra gays, Alexandre? – Estou só enchendo o
saco dele. Alexandre é a favor dos gays e não gosta de homofóbicos.
– Não, respeitando meu espaço, assim como qualquer outra
pessoa, para mim está de boa.
– E se seu filho for gay?
– Eu vou amar do mesmo jeito. Claro que eu iria querer um
machinho, mas se ele for meio afeminado não tem problema,
nasceu bugado fazer o que, né? Mas nesse caso eu sufoco e a gente faz outro.
– Gargalhamos num tom mais baixo. – Claro que estou brincando, amaria ele
do mesmo jeito.
– Isso foi pesado, Alexandre... – Marcos diz. – Muito pesado. Logo
você falando isso...
– Eu sei... Nossa, desculpa, amor, sabe que eu nunca sufocaria um
filho, não sabe?
– Sei Ale... sei. – Beijo sua têmpora. – Eu te conheço muito bem, só
estava te enchendo.
– Eu tenho uma coisa para dizer. – Marcos diz e chega um pouco
mais perto. – Eu tenho uma tara enorme por você Alexandre, gostoso. – Ele
pega no membro do Ale que consegue dar um soco disfarçado em seu braço.
– Tira as patas do meu pênis, Marcos.
– É tão pequeno e fofo.
– Katherine, faz seu marido calar a boca.
– Ele é seu irmão. Se vira aí.
– Que saco... Marcos, você deveria ir se fod... Então Marcos, os
negócios vão indo bem a empresa está crescendo muito. – Olho meio confusa
para os dois que começam a falar de assuntos sérios e bem nada a ver.
Vejo o garçom bem na nossa frente e agora entendo o motivo da
troca de assuntos. O garçom é baixinho, loiro, tem uma barba meio grandinha
a ponto de ele ter feito uma trança na frente. Seus olhos são azuis ele segura
um Ipad em sua mão pequena com dedos curtos e gordinhos. Que fofo. Ele é
brasileiro com certeza.
– Bonne Nuit, sejam muito bem-vindos ao Wallis Blanche, estão se
sentindo confortáveis?
– Bonne Nuit. Estamos sim, Merci. – Alexandre responde com toda
sua elegância misturando o português e francês assim como o garçom que
tem um sotaque mais apurado. Deve morar aqui há um bom tempo.
– Espero que sim, músicas clássicas serão tocadas em alguns
instantes para que vocês aproveitem está linda noite. – Adorei o sotaque dele.
– Com certeza querem apreciar vinho, certo?
– Oui, uma garrafa de Richebourg Grand Cru seria esplêndida. –
Marcos diz com tanta polidez que me encanta. Podem não estar falando
francês completamente, mas essa mistura de idiomas fica sexy quando os
dois falam.
Um leve vento raspa em minha pele nua coberta apenas pelos lenções
macios, dedos longos se movem para cima e para baixo fazendo carinho em
meus cabelos da nuca, sinto-os deslizando por meu pescoço ombro e se
prender no lençol puxando-o para baixo. Respiro fundo e solto um leve
gemido quando sinto lábios generosos me dadivando um beijo gostoso e
terno em meu pescoço. Ainda de olhos fechados sorrio de leve me esticando
na cama, sinto o vento em meus mamilos expostos e finalmente abro os
olhos. No começo a visão fica branca, e depois de olhar para o enorme
espelho no teto me viro para o Marcos que me olha sorrindo.
– Bom dia, meu anjo. – Diz com uma voz rouca ao pé do meu
ouvido. Nossa que voz. Faz-me apertar as pernas querendo um alívio. A noite
foi maravilhosa.
– Bom dia, meu amor. – Murmuro e ele me dá um selinho. Eu sorrio
dando mais uns outros nele. Beijo seu maxilar marcante e quadrado e ele se
ajeita na cama deitando suas costas largas e tatuadas no grande travesseiro. –
Cadê o Alexandre? – Falo coçando o olho e sentindo falta da sua ereção na
minha bunda logo de manhã. Paro para observar a do Marcos que está
coberta pelo lençol branco da cama. Da para ver o formato certinho.
– Foi correr. – Que pena, gosto de ver o rostinho dele logo de
manhã. Olho para o rostinho do irmão e me contento com o dele
Eu me sento na cama, passo os dedos nos olhos e agradeço por não
estar com remela. Observo Marcos pela milésima vez. Quero gravar bem na
minha cabeça esse momento. Marcos tem um corpo esculpido que parece que
foi feito especialmente para mim. Mordo o lábio olhando o formato que é de
tirar o fôlego. Meus olhos se cruzam com o seu e depois olho para sua ereção,
fito seus olhos novamente e mais uma vez sua ereção, encaro de novo seus
olhos e outra vez para o seu pacote que enche a boca. Faço esse vai e vem
pelo menos mais umas três vezes. Ele sorri e quebra o silencio.
– Vai ficar passando vontade amorzinho? – Pergunta e se expõe fitando
meus seios e depois minha boca. – É todo seu. – Marcos pega em seu grosso
cacete se masturbando e põe a mão em minha nuca. Fico de quatro na sua
frente entre suas pernas e balanço minha bunda o que o faz rir, morder o lábio
e se esticar para me dar uma palmada e apertar minha bunda com vontade. –
Adoro você safadinha assim, sabia? – Sorrio e passo a língua por sua
extensão.
Saboreio uma das coisas mais deliciosas do mundo com vontade e o
encaro toda hora. Olho pra expressão perfeita que ele faz agora. Aproximo o
rosto e suas sobrancelhas juntam arqueadas. Ahhh, Marcos, você me deixa
louca. Dou um selinho nele mordendo o lábio e pego no seu pau grosso
colocando na boca sugando de leve a cabeça, desço até a metade fazendo-os
revirar os olhos.
– Ah... isso. – Ele geme, se apoia no cotovelo e me encara.
Minha mão desce no mesmo instante que minha boca, contorno
algumas veias com a ponta de minha língua e massageio suas bolas com
minha mão livre. Seu gosto é incrível e a vontade de fazê-lo gozar é imensa.
Quero dar muito prazer para ele e o enlouquecer, vou fazê-lo nunca se
arrepender de ter casado comigo assim como ele faz.
Sua mão improvisa um coque no meu cabelo e mais uma vez volto a
saborear sua glande macia, seus gemidos ficam mais audíveis, seus quadris já
se movimentam e seu maxilar está travado. Coloco até a base na boca e sinto
o jorro cremoso em minha boca. Com uma única sugada, subo a boca até a
glande o que faz ele tremer um pouco as pernas e cair com as costas na cama
passando a mão nos cabelos. Deixo descer pela minha garganta e solto seu
membro que cai para o lado e eu sorrio.
Sua mão pega na minha nuca e me puxa para cima, os lábios dele me
beijam profundamente e com muita paixão.
– Você é incrível, Katherine. – Sorrio e faço carinho na mão que
acaricia minha nuca puxando de leve.
– Você é incrível, Marcos. – Encosto em seu peitoral e respiro
fundo.
– Dormiu bem, meu amor?
– Muito bem, você e o Alexandre me deixam muito feliz. Me sinto
protegida quando durmo com os dois.
– Fico feliz em saber, pois vamos sempre proteger nossa doidinha
gostosa. Ainda mais agora que está com a minha bebezinha na barriga. –
Faço carinho junto com ele. – Alexandre beijou horrores sua barriga antes de
ir correr, você nem percebeu ele beijando nossa menininha.
– Marcos, eu já disse que é um menino, não tente mudar o destino. –
Por não resistir dou um selinho nele.
– Como sabe tanto que é um menino?
– Eu sinto.
– Intuição feminina?
– Sim. – Olho para ele. – E além disso, eu estou certa.
– Nem sempre. – Ele ri.
– Amorzinho quando eu estou errada você está mais ainda... – Ele ri
gostosamente. – Preciso ir tomar um banho. – Beijo seu mamilo e me
levanto.
Ganho uma palmada quando viro a bunda para ele balançando e me
expondo todinha. Eu gosto quando eles me veem bem exposta. Está tudo tão
maravilhoso. Preparo a banheira imensa e pego um pouco de champanhe, eu
sei, eu sei que não pode, mas é um pouquinho. Quase nada, não me julguem,
os champanhes daqui são um dos melhores. A melhor coisa que me
aconteceu foi conhecer esses dois. Aproveito a água quente por um bom
tempo enquanto saboreio chocolate e outras milhares de gostosuras que o
Marcos me trouxe. Amo o jeito que eles me tratam me sinto única, amada e
venerada. E isso me faz querer fazer o mesmo por eles.
Assim que termino meu banho, saio do banheiro atravessando o
quarto calmamente a fim de observar melhor a torre na expansiva área
descoberta. O desejo surge em mim percorrendo por cada gota de sangue,
cada pedaço dos meus ossos e por cada uma de todas as partes de meu corpo
quando vejo o Alexandre ofegante, suado e bebendo água usando apenas uma
bermuda. É incontrolável o que sinto agora. Meu coração chega a palpitar.
Eu vou até ele e dou um beijo no seu pescoço, ele é tão lindo de perfil
e mesmo suado está cheiroso, é a mistura de seu aroma natural com os seus
perfumes caros. Igual o Marcos. Eles tomam banho de perfume e todos os
músculos a baixo da minha cintura dão sinal de vida assim que eu chego
perto deles e inalo o cheiro divino que eles têm.
Ele me encara com o sorriso que faz minhas pernas ficarem bambas e
depois olha para o meu corpo coberto pela toalha.
– Odeio essa toalha...
– Por quê? – Pergunto confusa.
– Porque ela me impede de te ver pelada! – Ele exclama com as
sobrancelhas levantadas me lançando seu olhar e sorriso cafajeste que eu amo
tanto.
– Não seja por isso... – Tiro e deixo cair no chão. Ele para de beber
água e até baba um pouco. Dou risada.
Ele me puxa e senta na grande poltrona comigo montada nele. Seus
braços fortes me cercam e eu já começo a ficar mole. Ele beija meu pescoço e
desce até meus seios onde ele chupa e mordisca. Gemo e faço carinho em sua
nuca puxando seu cabelo. Levanto um pouco ficando de joelhos dando a
oportunidade, muito bem agarrada por ele, para me tocar com seus dedos
longos e habilidosos. Ele faz movimentos circulares no meu clitóris
enquanto mama sem parar me meus seios. Meus gemidos ficam cada vez
mais altos, quando ele introduz três dedos em mim eu estremeço e arranho
seus ombros fortes.
– Ale... – Sussurro.
– Minha gostosa está gostando? – Diz beijando meus lábios com
tamanha volúpia e amor.
Com todo esse carinho chego em um orgasmo e sento em seu colo
respirando forte e aliviada. Ele beija minha têmpora e põe os dedos melados
em sua boca chupando como se tivesse acabado de comer chocolate e ele
derreteu em suas mãos.
– Você está linda, doidinha. E é doce meu anjo. – Diz rodeando meu
corpo com seus braços e me abraçando forte. – Você tem que vestir uma
roupa, nós vamos sair hoje... – Murmura no meu ouvido me dando uma
mordida logo depois.
– Vamos para onde?
– Você vai ver. – Sorrio e beijo seu nariz.
Levanto-me e vou até o closet, depois que me hidrato bem ponho
uma das minhas lingeries preferidas, uma das mais sexys. Olho-me no
espelho e sorrio.
– Nossa, está tão linda assim. – O Alexandre diz me fazendo olhar
para pelo espelho. Sinto-me bem perto dele.
– É nova, gostou?
– Deixa você bem gostosinha, ficaria mais bonita jogada no chão do
closet. Você sem roupa me tira o fôlego mulher.
Eu viro de costas para ele e rebolo um pouco ameaçando a tirar a
calcinha, olho para ele por cima do ombro sorrindo de leve e paro indo para a
ala principal do closet escolher uma roupa.
– Katherine, vem aqui safada... – Fala rindo e vindo atrás de mim. –
Termina o que começou. – Sussurra em meu ouvido me agarrando por
trás, me apertando com suas mãos grandes e rodeando com seus braços
musculosos. Alexandre é um homem viril e me deixa pernas bambas toda vez
que me agarra.
– Não termino nada, você não manda em mim.
– Como é que é? – Sussurra no meu ouvido, mordendo e me
erguendo no ar.
Sorrio. Sinto sua ereção na minha bunda. Olho nós dois no espelho e
arfo, seus olhos cruzam com os meus o que faz meu coração bater mais forte.
Aconchego-me em seus braços e gemo quando ele morde meu pescoço.
Retorno a olhar no espelho e as borboletas do meu estômago se agitam. Que
visão maravilhosa. Ele só de cueca, seus braços na minha cintura, estou altura
dele. Ele e o Marcos são muito altos.
– Repete o que você disse!
– Você ouviu bem o que eu disse. Não termino nada. Você não
manda em mim. – Sorrio junto com ele.
– Ah, mando! Mando e você vai terminar sim. – Ele me solta e
me dá uma palmada, eu tento ir para o quarto, mas ele me puxa e nós
começamos a gargalhar.
– Volta aqui, não acabei. – Dou mais risada ainda e tento fugir, mas é
falho, ele me pega forte e eu me derreto quando ele faz isso.
Meus movimentos são limitados, e eu luto contra minha vontade de
falar para ele que eu quero mais é que ele me agarre e me foda do jeito que
ele fode.
– Alexandre!
Começa a beijar meu pescoço respirando forte se sentando no sofá
preto. Ainda estou de costas para ele e sinto seu pau duro igual cimento na
minha bunda. Nossos corpos estão quentes e exalam muito calor.
– Alexandre... Eu preciso me vestir. – Falo ofegando.
– E eu preciso que você rebole gostoso em cima de mim. – Ele beija
minha nuca e ainda comigo imóvel ele começa a tirar minha lingerie
calmamente. Não faço absolutamente nada para impedir, até mesmo por que
não sou idiota de recusar uma foda gostosa com um homem hercúleo e
poderoso como ele, meu marido.
Meu coração acelera e eu sinto nossa paixão cada vez mais forte.
Entreguei-me para ele inteirinha, desde o corpo até a alma, rebolei e gemi e
cavalguei com todas as minhas forças. Ele me dava investidas fogosas,
consegue ser bruto e ao mesmo tempo carinhoso. Ele até sussurrou algumas
palavras em francês ao pé do meu ouvido o que me deixou mais excitada por
incrível que pareça.
Capítulo vinte e quatro
Um mês depois
Katherine
Depois que o Marcos e o Ale me contam o que perguntei nós aproveitamos
um pouco mais uns aos outros até que eles resolvem jogar.
– Xbox? – Ale pergunta para o Marcos
– Vamos.
– Louça? Eu. – Pergunto e respondo a mim mesma.
– Se quiser a gente ajuda! – Alexandre diz e arrasta os lábios pela
minha orelha me arrepiando.
Eles sempre levam a louça quando precisa, é minha vez agora, e nós
três juntos para fazer essa tarefa é um perigo, da última vez
que nós ficamos encarregados disso, quebramos quase a louca inteira. Ao
total quatro pratos e três taças. E além do mais, eles molham a cozinha toda
brincando, pegam a torneira e jogam água um na cara do outro e por aí vai, e
eu participo dessa palhaçada toda, adoro aprontar com os dois. Naquele dia a
Rebecca e suas ajudantes ficaram impressionadas com a bagunça. Rebecca é
uma mulher simples, tem o cabelo liso e castanho, é baixinha e muito
bondosa, seus olhos estão repletos de doçura e ela já é parte da família,
sempre trabalhou para os dois e conhece muito bem as figuras.
– Não, de jeito nenhum, podem ir. Vou quando eu puder. –
Caminham até a sala de TV com um sorriso no rosto. Observo os dois
desaparecerem escada a baixo e caio no tufon novamente com um puta
sorriso de orelha a orelha.
Eles são incríveis.
– Katherine, você é uma mulher muito sortuda. – Falo para mim
mesma e suspiro.
∞∞∞
Marcos
Ao invés de ficar jogando online, chamamos Henrique, Eric e Kelvin
para vir aqui em casa. Eles deram a ideia de sair para jogar conversa fora
mais tarde, vai ser ótimo. Enquanto eles não vinham, eu resolvo jogar com o
Alexandre. Coloco um jogo de futebol já que não é o forte do Alexandre. A
Katherine joga futebol melhor que ele. Às vezes ela ainda ganha de mim.
– Alexandre não dá carrinho.
– Não estou dando carrinho, você que é muito ruim e está falando
coisas para servir de desculpa quando você perde. – Dou pausa no jogo e me
viro para ele.
– Quem é que perde todos os jogos que envolvem matar zumbies,
hein, Alexandre? Não sabe mirar e atirar.
– Você! E quem perde todos os jogos de futebol, hein, Marcos? –
Retruca
– A Katherine joga melhor que você, Alexandre.
– Bastardo, aceita que eu jogo melhor que dói menos.
– Do mesmo jeito que você aceita que o meu pau é maior que o seu?
– Seu pau é do tamanho de um feijão comparado ao meu.
Sei que parecemos adolescentes discutindo às vezes, mas o
Alexandre teima em dizer que tem o pau maior, quando, na verdade, eu
tenho. Quando eu penso em abrir a boca para falar algo, a campainha toca e a
Rebecca vai atender.
Rebecca é como se fosse uma mãe para a gente, sempre cuidou de
nós dois e da casa, trabalha para a gente há tanto tempo que eu nunca
pensaria em substituí-la. Sei que ela terá que se aposentar um dia, mas espero
que isso demore. Ela entra sorrindo na sala de TV. Seus cabelos castanhos
estão presos em um coque perfeito, ela é baixinha e um pouco gordinha. É
fofa. Tem olhos escuros e sempre que olho para ela vejo bondade infinita ao
redor como se fosse um brilho ou uma alma branca como se fosse um anjo.
Nunca a vi brava ou levantar a voz.
Com sua calma e doce voz ela anuncia os rapazes e se retira depois
de receber meu sorriso e o do Alexandre em forma de agradecimento.
– Oi.
Eric desfila passando a mão em seus fios ruivos, ele sorri para nós
dois e suas bochechas repletas de sardas ficam mais redondas. Ele me
cumprimenta com um toque na mão e um abraço do mesmo jeito que faz com
o Alexandre.
– Oi, gibi ambulante. – Falo me referindo ao seu corpo coberto de
tatuagem. Ele tem ao total umas sessenta tatuagens pelo corpo. Pequenas e
grandes, mas devo admitir que o cara fica bonitão assim, mesmo sendo várias
não parece exagerado.
– Vocês acreditam que o nosso ferrugem fez mais duas tatuagens? –
Kelvin diz depois de nos cumprimentar e se senta todo largado assim como o
Henrique.
O negão é grande, todo bombado e é bonitão. O Henrique passa a
mão na barba grande e castanha estilo lenhador e sorri mostrando seus dentes
branquíssimos.
– Mais duas. Já não tem tatuagem de mais não, ferrugem? –
Alexandre pergunta
– E tem mais. – Nos viramos todos para o Henrique. – Uma delas ele
fez porque a mãe dele obrigou. – Todos nós rimos e ele começa a falar se
defendendo.
– Ela não me obrigou, Kratos. – Henrique mostra o dedo do meio
enquanto ri por causa do apelido. – Eu escrevi o nome dela por que eu quis. É
minha mãe. E a outra fiz com a Maria.
Antes que eu pudesse falar algo os três olham um para um ponto atrás
de mim e do Ale e os três abrem um pouco a boca respirando fundo. Olho
para trás e quase tenho um enfarte. A Katherine desce as escadas toda
gostosa com um biquíni minúsculo preto, eu simplesmente amei vê-la assim,
mas não admito homem nenhum babando por ela descaradamente na minha
frente.
– Aí, o que que é isso, senhor? – Alexandre fala baixinho.
Jogo uma almofada em cada em um deles que riem.
– Desculpa pela olhada, mas assim é impossível, o negão aqui tem
seus limites.
– Se não quiser ficar cego é melhor parar de olhar e aumentar os
limites. – Falo. Eu sei é impossível não olhar para a Katherine. Nunca vi
mulher mais bonita.
– Mulher de amigo meu é homem, mas vamos combinar que desse
jeito é impossível não olhar. – Eric diz.
– Então faça o impossível se tornar possível – Alexandre diz.
Levanto e vou até ela, vamos ter uma conversinha. Calma ai, antes
que vocês pensem que vou chamá-la de canto para repreendê-la quero deixar
algo claro, sei que a culpa não é dela por ser uma deusa como é. É que tenho
muito ciúmes, já disse que amo desfilar com minha amada por ai, mas
quando vejo que as olhadas excederem eu gosto de dizer com gestos que ela é
minha esposa e eu sou o idiota sortudo que se casou com ela. Vocês sabem
como amo a Katherine, e quando vi olhos demais devorando por segundos
minha esposa meu primeiro pensamento foi esse, vamos conversar e tirar a
carne boa do meio de vários leões, vou tentar resistir ao impulso de agarrar
esse anjo seminu e tentar me concentrar conversa. Droga de cabeça de
baixo...
Katherine
Chego até a sala cantarolando e arrumando o biquíni. Ouço vozes
masculinas que não são apenas do Ale e do Marcos. Vejo que Henrique, Eric
e Kelvin vieram nos fazer visita. Sorrio na intensão de cumprimentar todos
com beijinho na bochecha, mas devido o modo como estou vestida os
cumprimento de longe. Sei que devo me vestir como quero, até mesmo por
que estou em casa, mas meus trajes são realmente muito pequenos,
apenas uso quando vamos aproveitar a piscina nos três ou quando estou com
amigas, e aparecer assim e ficar totalmente à vontade como se eu não
estivesse quase pelada eu não consigo. Um leve sentimento de vergonha
brota em meu corpo me fazendo cruzar os braços corando violentamente e
sorrindo para não parecer grossa.
Observo a reação do Alexandre, ele sussurra algo baixinho e o
Marcos me olha inteira fechado os olhos em seguida. Sua expressão é sexy e
ele parece se controlar. Ele se estica todo mostrando o quando é alto e anda
até mim devagar sorrindo.
– Amor? Vem comigo ali na cozinha pegar cerveja para eles
rapidinho.
Marcos fala tentando cobrir boa parte de meu corpo que perto do seu
fica pequeno e me puxa pelo braço de modo carinhoso e gentil, ele nem
me dá tempo de responder. Recebo um beijo na têmpora quando entramos na
cozinha. Marcos fecha as duas portas enormes, se vira na minha direção e
passa a mão no rosto pondo a mão livre na cintura.
– Katherine que pedaço de pano é esse? Me diz como é que você me
aparece assim? Quer me matar de tanto tesão?
– Ué, é o biquíni que vocês dois escolheram para eu usar, ou será que
não lembra de suas próprias preferências, Sr. Walker? E eu não sabia
que tínhamos visitas.
– Ai meu Deus, me ajuda com essa mulher. – Ele olha para cima e
depois para mim. – Sabe que não posso fazer nada com visitas. – Ele se abana
e passa a mão em seus cabelos lindos e macios. – Ai que calor.
– Seus amigos poderiam ter disfarçado.
– Você me aparece com esse puta corpão, essa raba enorme de fora
mesmo que fizessem esforço não conseguiriam disfarçar, você é linda demais
Katherine, não tem como desviar os olhos de você. Você é como
um... um.. Não dá nem para dizer. – Ele passa novamente as mãos no rosto. –
Vou cegar os dois pela olhada.
– Acho que cegar os dois é demais. E acho que eu deveria ter posto
algo maior, senti um pouco de vergonha.
– De jeito nenhum, não tinha como você saber, o que me deixa
frustrado é o fato de eu saber que você está celestial e eu não poder fazer
amor com você agora. – Suas mãos e braços me envolvem diminuindo nossa
distância.
– Acho que não vão se importar se você demorar um pouquinho. –
Falo e beijo seus lábios levemente com um selinho carinhoso. – O Ale podia
estar aqui. – Encosto novamente nossas bocas famintas uma pela outra.
– Não, não vem roçando não, você sabe como eu fico. – Fala um
pouco dengoso enquanto venero seu pescoço com minha boca. – Tenho que
voltar, Katherine. – Ele engole seco e tenta me soltar sorrindo. – Katherine...
não faz isso. – Mordo sua carne e o olho nos olhos. Sua ereção encosta na
minha barriga e eu sorrio para ele dizendo o quando gostei disso. – Você quer
me matar... – Sussurra e possui minha boca com a sua idolatrando meu corpo
amorosamente com suas mãos grandes.
Ele me põe sentada em cima do balcão e cultua todas as partes de
meu corpo e alma que são entregues de bandeja à ele. Marcos apalpa meu
seio fazendo carinho na região enquanto chupa minha língua. Meu cabelo é
puxado levemente durante nosso contato que transborda desejo e amor assim
como nossas almas que se unem quando estamos juntos.
– Tão linda. – Sussurra olhando nos meus olhos e apenas abaixa a
parte de cima da minha roupa de banho expondo meu seio direito. Um sorriso
safado e de muita aprovação brota em seu rosto. – Perfeito. – Diz e toca
apertado deixando o bico entre seu dedo médio e anelar. Sinto o frio da
aliança e deixo escapar um pequeno gemido passando os dedos em seu
cabelo que tanto amo.
Enquanto acaricia um, ele abocanha suavemente o outro seio por
cima do biquíni põe a mão livre na minha cintura apertando de leve, com seu
toque arqueio as costas e jogo a cabeça para trás.
– Marcos, por que vocês estão demorando? O Eric está querendo
falar com você – Alexandre diz entrando na cozinha e o Marcos morde meu
bico caminhando suas mãos até a parte de baixo de minha roupa de banho
afastando para o lado assim como faz com minha perna.
– É importante? – Diz pondo a ponta do dedo em minha boca e
depois nos lábios que tenho entre as coxas me fazendo fechar os olhos.
– E eu vou saber?
– Deixa eu terminar o que comecei. – Alexandre ri e vem em nossa
direção.
– Pode ir, eu assumo daqui. – Diz empurrando o irmão e pondo as
mãos na minha nuca e fazendo carinho.
As mesmas mãos macias descem acariciando minha pele e deixando
um rastro de fogo e desejo por onde passam. Dou um selinho no Alexandre e
sorrio. Eu ia adorar que ele continuasse.
– Nem ferrando, Alexandre vaza.
– Vaza você Marcos, eu continuo.
– Katherine? Quer que eu ou o Alexandre continue?
– Não pode ser os dois? – Pergunto.
– Não. – Marcos responde.
– Não estão me fazendo escolher entre um dos dois, estão? – Eles se
olham e o Alexandre me abraça.
– Claro que não, meu amor. Marcos, é a minha vez você se divertiu
hoje de manhã. É justo.
Marcos dá um pequeno soco no braço do irmão, beija minha barriga
várias vezes, atravessa a cozinha pegando as cervejas logo em seguida e
pragueja baixinho. Rio da situação bem baixinho e o observo sair da cozinha.
Sinto meu seio ficar molhado e minha intimidade ser acariciada. Olhando
para mim com o olhar mais sexy do mundo, Alexandre me penetra dois
dedos, passa o polegar em meu queixo e depois em meu lábio,
beijando minha boca enquanto seus dedos entram e saem de dentro de mim
lentamente.
– Amo você, meu anjo. – Diz fazendo uma trilha de beijos até minha
intimidade onde venera com todo amor fazendo me contorcer o corpo em
cima da bancada.
– Espera... – Alexandre me olha com o sorriso que me derrete
inteira. Ahh, Alexandre... assim você me mata.
Desço da bancada e me ajoelho na frente dele. Alexandre sorri mais
ainda e abaixa a bermuda. Sinto um frio na barriga e uma sede imensa por
ele. Agarro Alexandre com a pressão perfeita em minhas mãos.
Alexandre improvisa um coque em meus longos fios e eu, já com água na
boca, chupo sua cabecinha macia. Alexandre é delicioso e eu amo demais tê-
lo em minha boca.
Aos poucos vou deixando que seu grosso cacete invada minha boca
enquanto mantenho contato visual com ele o tempo todo. O gemido grave,
que sai de seus lábios enquanto eu saboreio sua carne, me deixa louca e me
faz querer senti-lo com mais intensidade. Alexandre é grande e enche a boca.
Sempre que faço oral em meu marido eu sinto uma força de vontade tão
grande e faço de tudo para expressar nos meus movimentos. Passo a língua
por toda a extensão do Alexandre e chupo sua cabecinha macia quando chego
nela.
Alexandre solta um gemido mais alto dessa vez e eu solto uma
risadinha.
– Ale... geme mais baixo.
– Essa boca gostosa não deixa.
Torno a chupá-lo com vontade e precisão. Minha mão imita os
movimentos de minha boca e eu aumento a velocidade. Alexandre aperta
minha nuca e eu o coloco inteirinho em minha boca. Agradeço por ele ser
cheiroso e bem higiênico. Meu nariz encosta em seu V marcado e eu ponho
as mãos nos músculos na ponta dele. Quando chego ao meu limite me afasto
aos poucos e sugo sua extensão a medida que vou voltando com a cabeça
para trás. Alexandre solta seu último gemido e o finalzinho de seu jorro
cremoso toca em minha língua.
– Cacete, Katherine... – Diz com um sorriso.
Arrumo sua bermuda e levanto para dar um beijo de tirar o fôlego
nele. Alexandre é gostoso demais.
Já está quase anoitecendo. Eva, Jade e Maria iriam vir aqui, mas a
mãe de Eva ficou doente, assim Jade ajudou a cuidar dela, e Kelvin
preocupado foi dar apoio também. Ofereci-me para ir, mas ela disse que não
precisava, pois, sua mãe já havia tomado remédio e está melhorando aos
poucos, mesmo assim mandei alguns chocolates para fazê-la se sentir melhor
depois. Eric e Henrique ficaram um pouco mais jogando conversa fora, e por
conta do que ocorreu eles decidiram que a ida a algum restaurante seria
adiada para algum dia que todos nós pudéssemos ir. Saio da piscina e me
enrolo no roupão que Rebecca me trouxe há pouco tempo e seco meu cabelo.
– Katarine, já vamos querida. Foi um prazer revê-la. – Eric diz
debochando do meu nome com sua voz extremamente grave. Ele ri e se
despede com um toque na minha mão e beijo na bochecha.
– Já te disse que é Katherine, e não Katarine. – Rio com ele. – Tchau,
ferrugem.
– Tchau, Katherine. – Henrique diz e me abraça.
– Está com quantos meses? – Sorrio para o Eric.
– Um mês e alguns dias. Minha barriga quase não aparece ainda.
– Tenho certeza que se essa criança puxar a mãe vai ser linda. –
Henrique diz e passa as mãos em sua grande barba. – Tomara que não tenha
as caras do Marcos ou do Alexandre.
– Se tiverem o rosto deles meu filho será o mais lindo mundo. – Nós
todos rimos e eu abraço os dois mais uma vez antes de irem embora.
Vou até a sala e vejo que os dois estão vendo TV. Quero ir para a
cama com os dois ficar agarradinhos e talvez depois role algo que eles são
especialistas em fazer. Tiro o roupão e passo devagar na sala, paro em
frente à TV e finjo que estou fazendo algo de importante no celular quando,
na verdade, estou clicando em qualquer coisa.
– Amor, está na frente. – Marcos avisa e eu saio.
– Desculpa.
Volto para fora, fico uns dez segundos observando ao redor e
novamente passo devagar em frente à TV com cara de quem não quer nada.
– Meu anjo, com licença. – Alexandre diz e eu bufo baixinho.
Sento no colo do Alexandre e ponho meus braços em volta de seu
pescoço onde começo a encher de beijos, caricias e mordidinhas. Seus braços
me apertam e eu faço uma trilha de carinhos até sua boca e o beijo com
vontade, mas ele me beija olhando para a TV. Que droga!
– Katherine, estou vendo o jogo. – Murmura beijando minha
têmpora.
Levanto e tiro as louças que ficaram na mesa de centro ficando em
frente a televisão que roubou toda atenção dos meus maridos. Os dois passam
a mão no rosto e bufam. Raramente eles assistem TV, sempre estão lendo
livros, esse é o hobbie preferido dos dois. Sei que não deveria atrapalhar, mas
eu quero carinho agora.
Vocês podem estar achando que sou grudenta e que quero as
mãos dos dois vinte e quatro horas por dia em mim, mas não é bem assim... é
um pouco, mas estou grávida e não sou só eu quem quer a atenção dos dois
agora. Sinto isso mais forte depois que descobri que tem pãozinho assando no
forno. Tomara que meu filho seja gordinho para eu apertar ele todinho. Quero
muito um menino com o rostinho de um dos dois.
Percebo que os dois se olham desconfiados, mas não falam
absolutamente nada. Ponho as louças que peguei na cozinha e quando volto
ouço ambos murmurarem. Fico em frente à distração e cruzo os braços
serrando os olhos para os dois.
– Desisto de te pedir licença, fala querida. – Alexandre diz e se
escora nos cotovelos nas coxas me olhando atento assim como o Marcos.
– Eu quero uma coisa. – Falo olhando para eles.
– SABIA. – Marcos grita empolgado por me decifrar como se
mulheres fossem enigmas. Eu sei que algumas são... tipo a maioria. – Eu
estava aqui pensando comigo, essa mulher quer alguma coisa. Te conheço,
Katherine.
– Atenção, carinho e amor com os dois juntos. Percebi que faz tempo
que a gente não faz amor como antes, casei com os dois para ter os dois
juntos, não quero um de cada vez.
Ambos suspiram, se olham e voltam a atenção para mim olhando
para o meu corpo todo. Seus olhos pousam em minha barriga e uma pequena
carga parece brotar em meu corpo me deixando um pouco elétrica com o
olhar ardente dos dois.
– Se queria tudo isso antes, era só falar. – Alexandre fala vindo em
minha direção com o Marcos. – Era só pedir, meu amor. – Quando meus
maridos tocam em mim com os lábios e roçam ao longo do meu rosto e
colo do peito, eu respiro fundo e deixo que seus braços fortes sustentem meu
corpo substituindo minhas pernas que estão bambas nesse momento. – Sabe
que tudo o que quiser é seu, não sabe? – Sua voz rouca penetra no meu
ouvido e me faz ter um calafrio.
– Tudo o que quiser Katherine, fazemos tudo por você – Marcos
sussurra e deposita um beijo terno e demorado em meu ombro.
– E eu por vocês. – Murmuro virando o rosto e concedendo um
pequeno contato com o lábio dos dois.
Eles começam a beijar o meu pescoço juntos, fazendo os mesmos
movimentos me arrepiando. Entrego me por completa para os dois gemendo
quando os braços me envolvem em um aperto quente, prazeroso e ardente.
Ambos mordem minha orelha, fecho os olhos para sentir cada toque mais
intenso do que já são. Seus lábios e barba roçam minha bochecha até chegar
em minha boca entreaberta. Os peitorais rígidos dos dois estão em contato
permanente com minhas costas e peito, me protegendo e sustentando meu
corpo.
– Katherine, eu vou te perguntar uma coisa, mas não fica brava. – Ale
diz e beija minha bochecha. – Pode ser depois do jogo?
Assim que ele pergunta eu fico vermelha de raiva. Olho para ele com
a boca aberta e as sobrancelhas juntas.
– Alexandre, cala a boca. – Marcos fala baixinho entre dentes. – Não
irrita ela não, não deixa ela nervosa, imbecil.
– Você prefere o jogo a mim? – Eu me controlo e em invés de tornar
isso uma discussão eu finjo que vou chorar e começo a falar algumas coisas
nada haver.
– Não, calma não é assim. Katherine? Vai chorar? Não, não chora,
minha linda– Ele puxa minha cabeça e encosta minha testa na dele.
– Alexandre, estou grávida, só te pedi carinho e você prefere ver o
jogo? Que tipo de marido é você? Eu estou gorda, não estou? É por isso que
me rejeita. – Esforço para não rir.
Sua expressão de preocupação além de linda é hipnotizante poderia
olhá-lo por horas sem me cansar.
– Não... eu não disse isso, apenas perguntei se podia ser depois do
jogo, mas era só pra ver se você deixava, não é, Marcos?
– Não, foi exatamente isso que você disse, gata. Ele quer ver o jogo.
Nossa Alexandre, como você pôde? – Marcos finge estar arrasado e debocha
do Alexandre me abraçando.
– Katherine? – Ele me dá um beijo na bochecha e eu continuo
olhando para ele com um pequeno beicinho e abraçada no Marcos. – Fala
comigo, vem vamos para cama, vamos ficar agarradinho, deixa eu te dar
carinho, quero cuidar do nosso filho. – Começo a abrir um sorriso e aceito
seu beijo intenso dado de bom grado.
– Por quais outros motivos devo ir com você?
– Para gente fazer o nosso jogo. – Sorri para mim e levanta as
sobrancelhas para o Marcos que revira os olhos. – Sem o Sr. Pica fina, claro.
– Eles se mostram o dedo do meio.
– Ele não é pica fina. E se não for os dois não quero.
– Por quê?
– Sou casada com os dois, então é os dois que eu quero! – Eles se
olham e sorriem.
Concedo um beijo leve nos lábios finos dos dois e sorrio me soltando
de seus braços. Corro escada a cima rindo e ele vem atrás de mim, correndo e
rindo também, me perseguindo por cada lance de escada. Vejo-me entrando
no quarto e sendo agarrada pelos dois que num piscar de olhos me agraciam
com arrepios, borboletas agitadas na barriga, envolvendo minha
sementinha, e faíscas de felicidade que transitam por cada músculo que
tenho. Ambos veneram meu pescoço com suas bocas, acariciam meus seios
com suas mãos e me deixam morta de desejo de seus corpos com estes
roçando em mim. Com cuidado eles retiram minha roupa de banho e beijam
as partes expostas.
Sou colocada na cama cautelosamente e os dos beijam minha
barriga.
– Linda. – Marcos murmura e o Ale me olha fascinado concordando.
Alexandre me beija profundamente enquanto o Marcos abre minhas
pernas adorando a parte interna das minhas coxas, mordiscando e arrastando
a língua por ali. Solto um gemido contra a boca do Alexandre que chupa
minha língua e desfaz nosso prazeroso contato. Levanto a cabeça pedindo sua
boca na minha e ele se afasta um pouco sorrindo. Que sorriso.
O Marcos fica um bom tempo passando a língua de leve em meus
lábios inferiores, até que sinto um chupão mais concentrado e dou um
pequeno gritinho contraindo os pés. Ele vê que estou muito molhada e sorri
para mim.
– Quero fazer uma posição diferente hoje. – Falo corando
violentamente.
Não sei o porquê, mas depois que falei me senti um pouquinho
envergonhada. Sento-me na cama e sorrio um pouco ao ver dois se olhando e
sorrindo.
– A gente faz o que você quiser, minha linda. – A voz rouca do
Marcos me fechar os olhos e respirar fundo.
– Alexandre, deita aqui. – Falo apontando para o meio de nossa cama
redonda imensa.
Ele faz e eu monto nele ficando de costas. Recebo um palmadinha e
ele põe as mãos grandes e macias em minha fina cintura pegando firme. O
agarro e posiciono em minha entrada descendo calmamente até a base. Olho
para trás e o vejo fazendo sua expressão de prazer que eu amo. Boca
levemente aberta em um O, sobrancelhas juntas e arqueadas e olhos
fechados.
– Está tudo bem ai, garotão? – Pergunto baixinho.
– Eu estou no céu. – Marcos e eu rimos e levanto as sobrancelhas
olhando-o
Lambo meus lábios olhando para sua ereção já fora da cueca, pois
suas roupas assim como as do Ale ficaram jogas pela casa, ou melhor, pelas
escadas enquanto eles corriam atrás de mim.
– Já entendi o recado.
Vai até a beirada da cama ficando na minha frente, mas antes que o
envolvesse em minhas mãos, ele se fasta pondo a mão em minha nuca me
fazendo olhar para ele. Sinto os beijos do Alexandre em minhas costas e
depois sua língua em minha orelha. Ele sussurra que me ama e eu sorrio em
resposta. Marcos beija minha testa e eu o seguro firme nas mãos
massageando com determinação e carinho.
– Seria melhor eu fazer em você primeiro. – Diz de olhos fechados e
respirando forte.
– Nem pensar, hoje vocês gozam primeiro.
Chupo sua cabeça dando leves sucções.
– Me sinto melhor quando você chega ao auge primeiro, meu amor.
– Concordo com o Marcos, meu amor. – Sussurra em minha nuca.
Mexo meu quadril em seu colo em um movimento gostoso e envolvo
minha boca em seu pau grosso com vontade gemendo baixinho.
– Não hoje, na maioria das vezes em que fazemos amor ou fodemos
vocês me idolatram. Dessa vez eu faço esse papel – Passo a língua por sua
extensão não deixando faltar nenhum pedaço.
Ele geme junto com o Alexandre e joga a cabeça para trás. Enquanto
minha mão trabalha em seu membro, minha boca sacia o desejo de passar a
língua por cada gominho e pelas linhas de V sexy e muito definido. Volto a
levá-lo a loucura com a boca e não perco a oportunidade de olhar em seus
olhos cor âmbar penetrantes. Mexo mais o quadril e percebo que estou
fazendo um ótimo trabalho, seus rostos, respirações e gemido denunciam tal
fato. Sentir o Alexandre me preenchendo de modo tão gostoso me deixa
satisfeita e me faz deseja-lo mais, para sempre. Ter o Marcos em minha boca
me deixa satisfeita e sedenta por mais. Eles são incríveis, hercúleos e
celestiais.
– E se esse papel ser feito novamente por nós dois? E se nós formos
privilegiados por ver você reagindo a um orgasmo que nós te
proporcionamos? – Alexandre diz ao pé do meu ouvido e seu irmão sorri de
lado como forma de concordar com cada palavra.
– Acho que isso não vai acontecer. – Falo com minha voz mais
sensual.
Estou adorando isso. Eu enxergo isso como um joguinho quente. Um
desafio gostoso e divertido que eu estou disposta a aceitar e ganhar. Nossas
noites e momentos de amores – que ocorrem a qualquer momento entre o
tempo de 24 horas – são baseadas em nos dar prazer e nos amar, mostrar o
quanto queremos estar juntos um do outro. Geralmente um orgasmo que se
parece uma onda inesperada me atinge primeiro e logo em seguida eles, mas
sei que aquele última estocada, o último suspiro é causado por mim.
Hoje quero apenas conseguir tal efeito primeiro neles do que em mim.
– Como tem tanta certeza disso Sra. Clark Walker? – Alexandre diz e
põe seus dedos longos e habilidosos no ponto mais sensível entre minhas
coxas.
Com movimentos circulares e um bom ritmo ele me faz gemer e
sentir um prazer indescritível. Copio seu ritmo movendo meu quadril e minha
boca do mesmo jeitinho.
– Porra, Katherine. – Marcos diz massageando minha nuca e fazendo
um coque improvisado em meus longos cabelos ainda meio úmidos.
– Intuição feminina, Ale, e vocês sabem como ela é – Falo baixinho e
não parando um minuto com os movimentos substituindo minha boca pelas
minhas mãos nos momentos que preciso falar algo, precisamente em tom
calmo, sensual e confiante.
Nem preciso dizer o quanto isso excita eles, preciso?
– É forte e a maldita nunca falha. – Marcos fala baixinho de olhos
fechados enquanto passo a língua por uma veia saltante que ele tem perto da
cabeça, está sempre ali e é minha preferida. – Tem uma primeira vez para
tudo, não?
Recebo uma palmada do Alexandre e um beijo nas costas antes de ele
aumentar a velocidade de suas gostosas investidas se deitando na cama para
facilitar.
No fim das contas, eu cumpri o que tinha falado. Eles ficaram
satisfeitos e sorridentes depois de feito, e eu fiquei orgulhosa de mim mesma
por fazer os dois ficarem exaustos depois de alguns orgasmos. Fizemos mais
duas posições, e mesmo eu tendo feito eles irem ao clímax duas vezes eles
me agraciaram com quatro orgasmos. Caímos na cama respirando forte e
suados. Marcos chegou a pingar um pouco. E o melhor de tudo é que não
fodemos, não transamos e nem trepamos, foi bem diferente. Fizemos amor,
houve beijos, juras e carinhos. Não que não haja quando não estamos fazendo
amor, mas é diferente.
Quando já estávamos mais tranquilos, nos juntamos na cama, ambos
apoiam as cabeças em mim de modo que suas bochechas ficaram escoradas
em meios seios, eles amam ficar assim e eu amo quando ficam assim. Eles
dizem que meus seios são ótimos travesseiros e muitas vezes enterram os
rostos neles me fazendo gargalhar. Suas mãos geralmente pousam em minha
barriga onde seus dedos fazem pequenos círculos e carinhos.
∞∞∞
Eu acordo aos poucos, não reconheço onde estou, mas passo a mão
nos olhos e reparo que estou em um hospital. A sala está levemente clara.
Uso roupa hospitalar e me sinto um pouco melhor. Olho em volta e vejo por
um pequeno vidro que o Alexandre está conversando com o médico do lado
de fora. O Marcos está com os braços na maca, sua cabeça para baixo entre
eles e sua mão enfaixada direita toca em meu ventre, mantendo aquecido o
local. Fico feliz por aquilo tudo ter acabo e me sinto um pouco aliviada. Toco
no cabelo aveludado e sedoso do Marcos que acorda em um salto e pega na
minha mão olhando para ela. Olha para mim lentamente e se levanta.
– Katherine? Meu anjo, você acordou. – Seus olhos estão
vermelhos, parece que chorou muito.
Ele segura meu rosto com as duas mãos e me beija minha testa me
envolvendo em seus braços protetores e fortes. Agora sim me sinto protegida.
Depois que ficamos um bom tempo agarrados num abraço caloroso, quente,
confortável e perfeito eu olho em seus olhos.
– Pensei que estava morrendo. – Digo passando levemente o nariz no
seu.
– Eu não deixaria, se bem que não fiz nada enquanto aqueles cretinos
tocavam em você. Me desculpa, eu deveria ter feito algo para te proteger.
Amo muito você – Beijo seus lábios e sinto as lágrimas escorrerem pelas
minhas bochechas.
Ficamos bons segundos apenas com os lábios pressionados
fortemente sem mover um músculo. Minhas mãos pressionam sua nuca e ele
me abraça forte.
– Não foi culpa sua, você me protegeu! Você e o Alexandre. Eles
estavam armados, eu não queria que corressem o risco de se machucarem. Eu
também amo você Marcos. – Ele se senta e beija minha boca com muito amor
e cuidado.
Que beijo... Sua boca está quente e ele está com um hálito
maravilhoso de hortelã, Marcos põe cautelosamente a língua maravilhosa em
minha boca e eu correspondo o beijo lento e tranquilizador. Puxo sua nuca
aprofundando o beijo. Estava com tanto medo de perder eles que fico ali por
muito tempo aproveitando cada segundo. Recebo mais um beijo na testa e
toco em sua mão machucada.
– Está tudo bem? – Pergunto beijando os nós e olhando em seus
olhos.
– Está sim, eu e o Alexandre pudemos revidar um pouco. Não me
orgulho, mas não posso dizer que não gostei de bater naqueles cretinos.
Estaria mentindo se dissesse que não mataria se tivesse a chance.
O Alexandre entra na sala com os olhos no mesmo estado que os do
Marcos e vem até mim rodando a maca indo ao lado aposto ao irmão. Ele me
abraça forte e novamente me sinto protegida e me aninho em seus braços
acolhedores. Que saudade desses braços.
– Doidinha, ficamos preocupados. – Murmura e me olha. – Está se
sentindo bem?
– Estou sim, meu amor. – Olho para sua mão também enfaixada
e beijo seus nozinhos olhando em suas safiras azuis.
– Desculpa por não fazer nada para te proteger. Eles sempre
apontavam armas para você, fiquei com medo de...
– Não precisa pedir desculpas, você e o Marcos tentaram fazer o
possível, mas as circunstâncias não deixaram. Obrigada por se preocuparem
comigo. Me preocupo com vocês também. E essa mão?
– Tive que socar a cara deles por ousarem pensar em abusar de
você.
Abraço Alexandre fortemente por longos segundos e recebo um beijo
cheio de paixão e tranquilizador.
O beijo se torna mais suave e mais lento, sinto sua língua tocar na
minha devagar como se estivéssemos beijando em câmera lenta. Que
sensação maravilhosa. Conforto e alivio se apoderam de meu corpo neste
momento. Sei que estou segura com os dois, e sei que aquela agonia que senti
acabou. Não me sinto mais humilhada e nem suja. Encosto os lábios na boca
do Alexandre e apenas curto nosso contato. Eles fazem eu me sentir bem com
apenas a presença prazerosa de ambos. Alexandre ainda está todo cheiroso.
– Rebecca?
– Está ótima! – Marcos responde.
– E... E meus filhos? – Pergunto pondo a mão na barriga e ficando
preocupada.
Volto a chorar um pouco e recebo outro abraço dos dois me
aninhando ali no meio dos meus protetores.
– Me diz que eles estão bem. – Digo com a voz trêmula e com a
cabeça enterrada no ombro dos dois.
– Não sabemos ainda, meu anjo, mas sei que estão, não é mesmo
Marcos?
– Claro que estão. – Eles me olham. – São seus filhos, Katherine. São
fortes como você, são fortes como nós.
Meus pais entram na suíte muito preocupados e correm para me ver.
Ambos se afastam um pouco dando espaço para os meus pais me abraçarem.
– Katherine, minha filha. Está se sentindo bem?
– Agora estou, pai.
– Não se preocupe, aqueles monstros nunca mais encostarão em você
e nos meus netinhos. – Depois de me beijar no topo da cabeça ela se vira para
os dois. – E vocês, como estão? – Diz envolvendo os dois em seus braços
também.
– Estamos bem, sogrinha.
Depois de abraços calorosos e conversas eu atento às ligações de Eva,
Jade, Violetta e mais outras pessoas que ligaram para nos desejar melhoras e
nos consolar. Agradeci a todas as belas palavras de todos e tratei de descansar
conversando pouco com as quatro pessoas mais importantes na minha
vida... Ops! Seis, conversei com meus gêmeos também. Mesmo preocupada,
sinto que eles estão bem.
O Dr. Cláudio entra na sala e me envolve em seus braços também.
Ele me conhece desde de pequena e ficou muito preocupado.
– Katherine, como se sente?
– Meus filhos estão bem? – Eu não estou nem aí para mim quero
saber dos meus filhos. – Ele sorri.
– É disso mesmo que eu vim falar, tenho uma notícia. Seus gêmeos
estão bem, muito bem para falar a verdade. São fortes como a mãe, saudáveis
como os pais e guerreiros como os avós. Mas você não pode passar por essas
pressões, sei que de maneira alguma tinha como evitar o transtorno, te
aconselho a relaxar querida, tente seguir em frente, você é guerreira e vai
superar, sei que vai. Daqui a algumas horas você já pode ir para casa. Não se
esqueça, fique de repouso e tente sorrir o máximo possível, fazer coisas que
te deixam feliz, além de fazer bem para os pequeninos, fará a você também.
Antes que ele saísse o Marcos chama o Dr. Cláudio.
– E ela pode fazer sexo, não pode? – Eu dou risada junto com os
outros.
– Pode sim. – Ele ri. – Só não hoje e peço que cuidado com as
posições. Relaxem um pouco, fará bem para ela e para os bebês.
– Pode deixar.
Nós vamos para casa quando ganho alta e assim que chegamos eu me
sento no sofá da sala de estar, longe da que foi cena da terrível humilhação
que passei. Rebecca imediatamente se senta ao meu lado e me abraça.
– Oi, você está bem, querida? – Ela deposita um beijo em minha
testa.
– Estou sim Rebecca, e você? – Ela sorri. – Fiquei preocupada.
– Estou bem sim, Katherine, os rapazes cuidaram de mim, mas e os
pequeninos? Como estão? – Diz passando a mão em minha barriga.
– Meus netinhos estão ótimos e crescerão saudáveis. – Minha mãe diz
se sentando na minha frente com meu pai.
– Quer um chá? Posso fazer para nós. – Fala se levantando e eu a
impeço.
– Quero que descanse por um tempo, amanhã outros funcionários
virão e darão conta do serviço.
Rebecca e meus pais decidem ir até a cozinha conversar e eu fico no
mesmo lugar processando tudo o que aconteceu. Os dois homens da minha
vida entram na mesma sala que eu com expressões de raiva em seus
rostos sexy e bonitos.
E logo atrás vem uma fila com todos os seguranças – vestidos de
terno com óculos escuros – que rodeiam a casa. Ao total tem uns vinte ou
vinte e dois. Eles ficam um do lado do outro numa perfeita formação e em
perfeita postura.
– Posso saber onde vocês estavam e o que estavam fazendo quando
três criminosos invadiram a porra a minha casa? – A voz do Alexandre é
firme e séria.
Um deles dá um passo à frente e mantém as mãos juntas na frente
como todos.
– Estávamos rodeando a casa. senhor. Nas nossas posições. Não
vimos eles entrando. – Ele volta pra formação.
– E que belo trabalho fizeram, seus imprestáveis. – Agora foi a vez
do Marcos mostrar o timbre grave de sua voz.
– Senhores, com todo o respeito, mantenham a calma, eles
entraram de modo...
O Alexandre interrompe o mesmo segurança.
– CALMA É O CARALHO... EU PAGO PARA VOCÊS
PROTEGEREM A CASA, MINHA MULHER GRÁVIDA QUASE FOI
ABUSADA SEXUALMENTE, ELES QUASE NOS ASSALTAM E AINDA
APONTAM UMA ARMA PARA NOSSAS CABEÇAS E VOCÊ PEDE
PARA EU FICAR CALMO? – Respira fundo. – Eles apontaram uma arma
para os meus filhos. Fizeram minha mulher passar por uma situação horrível,
não ouse me pedir calma.
Eles dois suspiram e o Marcos diz baixo, mas num tom severo,
intimidador e firme.
– Um de vocês está envolvido com isso, aqueles três só
conseguiriam entrar nessa casa com a ajuda de alguns. Eu vou descobrir
quem é. Podem sair. A equipe inteira está demitida.
Levanto e vou para perto dos dois abraçando-os. Logo depois,
chegaram Eva, Jade, Maria, Henrique, Eric e Kelvin nos dar forças e nos
animar um pouco. Depois de saber que Kelvin quer ir mais a sério com Eva e
que Jade cedeu ao “Katros” e sua barba, eu começo a ficar bem melhor e
mais relaxada. Ainda meio transtornada, mas eles são uma bela distração.
Meus pais fizeram questão de dormir em casa, convidamos todos
para dormir aqui. Dormi agarrada com minha mãe e as meninas em
um tufon enquanto os rapazes dormiram em outro, no mesmo cômodo que
nós, fazendo questão de dizer o quando queriam estar no nosso tufon cheio de
mulheres. Eles também brincavam dizendo que estariam ferrados se Kelvin
resolvesse virar gay por uma noite. Acabou que todos no meio da noite se
deitaram no nosso tufon que é imenso, meu pai se deitou ao lado da minha
mãe, meus maridos me colocaram no meio deles, Maria dormiu em cima do
Eric e Jade sumiu um tempinho com Henrique antes de finalmente se
deitarem no canto e ficarem agarrados como todos.
Não estou totalmente curada do que ocorreu hoje, ainda me lembro
de tudo e esses pensamentos invadem minha mente sem permissão alguma
me deixando um pouco para baixo, mas tenho a família e amigos ao meu lado
me fazendo sorrir e me esquecer aos poucos do que ocorreu. E o mais
importante, tenho meus filhos e meus maridos me tranquilizando.
Alexandre
Eu acordo com o cheiro maravilhoso do cabelo enorme da Katherine
no meu rosto. Dou um beijo no topo de sua cabeça e ela acorda. Essa mulher
é linda acordando, é a mulher mais sexy que já vi e principalmente
despertando nua. Minha bela esposa me olha e eu dou uma tocadela em seus
lábios.
– Bom dia, querida.
– Bom dia, meu amor. – Ela diz e sorri. – Amo você, sabia? Amo
muito!
Minha mão ainda está pousada em meus futuros filhos e no momento
em que sinto algo, uma leve pontada ela olha para mim com um encantador e
magnifico sorriso no rosto angelical.... Acho que o David ou Christian estão
chutando.
– Amor, sentiu?
– Claro. – Respondo fascinado. – Mais uma vez.
– Vão ser briguentos. Estão brigando aqui dentro.
– Deve ser por uma menina muito linda, espero. Sente isso sempre?
– Algumas vezes. Às vezes nem os sinto. De novo... sente. – Ponho
minha mão novamente e sorrio. – Está sentindo, Ale?
Dessa vez eu sinto, mas sinto outra coisa... Tiro meu sorriso do rosto,
sinto uma coisa bem nas costas, uma coisa dura familiar e que eu
tenho. Lembro-me que a Katherine foi ao banheiro á noite e eu acabei
dormindo no meio depois disso, Marcos deve estar achando que eu sou a
Katherine. Esse anjo sempre dorme no meio.
– Marcos, tem como tirar sua ereção das minhas costas? – Olho para
ele.
– Mas é gay mesmo em. Dormiu aí no meio de propósito só para me
sentir duro pela manhã? – Ele gargalha. – Quer tomar seu lugar Katherine.
Toma cuidado que assim eu me apaixono por essa gostosa.
– Cala boca. – Dou risada também.
– Não se preocupa, Ale, pode se assumir. Gays são incríveis. Você se
tornaria incrível sendo um.
– Marcos, se ele se vira gay eu me ferro. Não dá ideia. Por mais que
não fosse uma má ideia, tenho um amigo gay no salão e ele é sensacional.
– É o do cabelo rosa?
– Não é mais rosa, agora está roxo, eu mesma escolhi a cor. E ele vai
adotar um filho com o namorado dele.
– Que ótimo, dê os meus parabéns para ele. – Falo.
– Ele vai ficar mais feliz se você der pessoalmente. Ele meio que tem
uma quedinha por vocês, ele respeita o namorado, claro, mas chama vocês
de “Lobões” ou “Tigres“. Acho sensacional.
– Lobão. – Marcos ri comigo.
Eu troco de lugar com a Katherine e ela dá um beijo no Marcos.
– E meus filhos?
– Estão bem e estavam chutando agora a pouco.
Nós dois colocamos as mãos, demorou um pouquinho, mas sentimos.
Eu olho para o Marcos ele olha para mim. Adoro nossa telepatia, pensamos
igual e não precisamos falar uma palavra para entendermos o recado.
– Eu posso não estar olhando para vocês, mas eu sei quando vocês
trocam olhares. E sei que são cheios de segundas intenções. – Ela me
surpreende todo dia.
Encostamos nossos corpos nus nela e damos beijinhos em seu colo,
rosto e pescoço.
– E você, meu amor, está sentindo isso?
– Os beijos ou as ereções? Porque estou sentindo os dois... e também
uma vontade imensa, uma vontade enorme, gigante... – Para pôr um
momento de falar nos olhando. – ... De fazer xixi. Minha nossa, como eu
ando fazendo xixi ultimamente.
Rimos e ela e suas curvas estonteantes vão até o banheiro. Essa
mulher é sublime...
Katherine
– KATHERINE, ESTÁ PRONTA? – O Alexandre me grita. Deve
estar no segundo andar.
– NÃO! ESPERA MAIS UM POUCO. – Respondo do quarto.
Um pequeno silêncio se instala e eu começo a passar uma sombra
clara.
– ESTÁ FAZENDO O QUE AGORA, MEU ANJO? – Agora o
Marcos me grita.
Esses dois não sabem vir até aqui e conversar como pessoas
civilizadas?
– PASSANDO A MAQUIAGEM.
– AMOOOR. – Choraminga. – VOCÊ NÃO PRECISA DISSO, É
LINDA SEM. VAMOS.
Eu paro de me maquiar, saio do closet e atravesso o quarto. Ando até
o corrimão de vidro adjacente a escada, escoro-me olhando para o térreo que
é onde eles estão. Ambos olham para cima e eu serro os olhos, mesmo
estando tão longe percebem que não gostei nada da pressão enquanto e
arrumo.
– Vocês estão me apressando? É isso? – Falo em tom normal já que
por conta da distância e do ambiente o eco faz o trabalho para que eles
escutem.
– Não! Eu só estou aqui esperando... É... Eu... Vou ficar aqui
sentado... – Marcos gagueja e se senta. – Leva o tempo que precisar.
– Ah, achei que estavam me apressando, devo estar enganada. – Falo
irônica.
– Impressão sua, meu bem. – Alexandre diz e se senta ao lado
Marcos olhando para mim. – é apenas impressão.
– Rãm!
Volto para o closet, termino minha maquiagem e quando sinto que
estou pronta desço sem pressa. Olho para o janelão em frente a algumas
escadas dando a visão de como está lá fora. Há estrelas no céu, está uma noite
linda e bem fresquinha. Por isso optei por colocar um vestido soltinho e
cinturado. Ele é azul bem escuro, tem um decote em V imenso até um pouco
abaixo dos seios, por isso o uso sem sutiã. Bem onde as extremidades do
decote se juntam há um elástico que franze o vestido deixando minha barriga
mais marcada. Ele é de alça, nas quais tem uma pequena flor feita de ouro,
localizada na extremidade das costas.
Quando chego ao hall, os vejo conversando e gargalhando
gostosamente. A música Enemy do The maravilhoso Weeknd toca baixo.
Ambos chegaram da empresa agora a pouco, seus paletós então em jogados
na poltrona, a gravata do Alexandre está em seu colo possibilitando-o a
deixar os três botões de sua caríssima camisa – feita sob medida – branca,
colada ao corpo, abertos expondo parte de seu peitoral rígido que deixa a
desejar, ao contrário do irmão, Marcos mantém sua gravata preta listrada de
pura seda em seu lindo pescoço sexy. As mangas de suas estão franzidas até
os cotovelos deixando parte de suas tatuagens visíveis. Seus antebraços são
tão lindos. Como sempre, usam relógios e suas pulseiras masculinas que eu
tanto amo vê-las em seus pulsos magros e atraentes. Os cabelos quase me
fazem desmaiar, estão maravilhosos e os fazem ficar tentadores. Virilidade é
o que não falta nesses dois.
– Vocês estão... – Começo a falar e os dois me olham juntos parando
de conversar. – Incríveis. Acho que magníficos e elegantes descreve bem, ou
celestiais. Vocês são bonitos para caralho.
Os dois levantam mostrando toda sua altura e chegam perto de mim.
– Você está formosa, Katherine. É a grávida mais encantadora e
radiante que já vi.
Coro violentamente ao ouvir o Alexandre dizer isso e morder minha
orelha. Ambos estão lindos. Ele me abraça e eu faço o mesmo apalpando sua
bunda.
– E é a grávida com o maior decote do mundo. Os homens daquele
shopping vão ficar loucos quando verem essas belezuras fartas e gostosas. –
Diz apalpando.
– O shopping é de vocês mesmo, tem o direito de expulsarem eles de
lá. E além do mais é só para equilibrar, Marcos.
– Equilibrar o que? – Continua a brincar com meus seios.
– Vocês acham mesmo que as barangas não vão cair matando? Vocês
chamam atenção demais, mas eu gosto de desfilar por aí com vocês. Isso é
um risco que eu corro... Ai Marcos, está sensível – Reclamo quando ele
morde o bico um pouco forte demais.
Os dois me abraçam bem forte e me dão vários beijinhos no rosto.
Uma das melhores partes do nosso relacionamento é que mesmo depois de
casados eles ainda me elogiam e nunca mudaram, me tratam da mesma forma
que me tratavam quando me conheceram, isso se não tratam melhor, eu me
sinto protegida e muito amada perto dos dois.
∞∞∞
∞∞∞
– Está ficando lindo aqui. – Marcos fala no meu ouvido com sua voz
rouca e beija meu pescoço me tirando dos devaneios
– Está mesmo. – O Alexandre também beija meu pescoço, e me dá
uma palmada leve apertando um pouco minha bunda. – Redondinha.
Acabaram de chegar e eu estou aqui igual boba observando o quarto
dos meus filhos.
O quarto do Christian e David está quase pronto, embora falte muitas
coisas já podemos visualizar como está ficando. Em um canto, na parede em
que há uma grande janela e estão os berços brancos azuis com
detalhes dourados, estão perpendiculares a janela com uma cortina
grande e branca com alguns desenhos azuis no tema marinha. Ao chão há um
tapete azul marinho bem felpudo sobre o chão branco acolchoado. Está com
as Iniciais C e D em dourado e com uma corroa em cima. O closet deles fica
do lado oposto e de fronte com a porta, há três poltronas e seus apoios para os
pés combinando com a decoração. Ao lado da janela que fica entre os berços
serão pendurados os nomes dos dois com letras decorativas de madeiras em
alguma fonte que ainda não decidi. Há também um lugarzinho para deixar os
brinquedos dos dois, o cantinho parece um cubo anexado ao quarto com uma
de suas faces abertas, fica ao lado do banheiro ainda não decorado e nem
reformado. Ainda irão sobrar partes no quarto deles que iremos decorar.
Marcos e Alexandre querem comprar um pequeno castelo para os
dois e colocar em um canto que pelo que dizem caberá certinho. Eu tenho
medo do “Pequeno castelo“, mas eu adorei a ideia. Eles estão empolgados e
já se imaginam construindo uma casa de madeira enorme na árvore que
temos nos fundos, é uma árvore forte com tronco e galhos grossos. Eu mesma
já subi nela e me pendurei ali, alguns galhos são retos e já me sentei algumas
vezes neles para curtir a tarde bebendo um chá enquanto lia. Isso antes de
engravidar, agora leio apenas na biblioteca, muitas vezes com Marcos e
Alexandre ao meu lado lendo algum livro também, ora livros de lazer ora de
negócios. A construção de uma casa na árvore não é de um dia para o outro e
levando em contas os projetos que já estão fazendo a casa não será apenas
para as crianças, e também, para dois adultos que às vezes se comportam
como adolescentes, amo isso e não preciso citar nomes aqui, até mesmo
porque não tem necessidade de dizer que esses “adolescentes” incríveis são
Marcos Evan e Alexandre Pierre... Ops! Risca essa parte.
E pode parar de pensar que eu os vejo desse jeito sempre só porque
digo às vezes, eu os vejo como Homens bem resolvidos, pé no chão,
tentadores, de esplêndido e grande caráter e (só vou parar aqui para a lista
não ficar grande) que sabem se divertir se comportando às vezes como
adolescentes ou não. Eu também me comporto assim quando estou com Jade
e Eva, e agora tem Maria. Quando estamos juntas nos entupindo de chocolate
e sorvete falando de homens só de lingerie, sem maquiagem, ouvindo
músicas e cantando juntos parecemos ter 15 anos de idade. Assusta um
pouco, mas é maravilhoso, me sinto na época da escola, só que sem as
patricinhas mimadas, não tenho nada contra, mas procurava não me enturmar
muito com elas, eu não fazia o tipo e as da minha escola frisavam e honravam
as panelinhas que estavam se desfazendo. A galera já estava mais madura,
todos se misturavam e falavam com todos e porque cheguei a esse assunto?
Estávamos falando do quarto dos meus filhos... Deixa para lá.
Olho para o pé direito duplo da casa ao lado das escadas e vejo que já
é noite. Ambos ainda estão cheirosos e bonitos depois de um dia cansativo de
trabalho. Devem estar exaustos. Desço com os dois ficando no segundo
andar. Tiro o paletó, colete, sapato e gravata dos dois, eles tentam me
impedir, mas é falho, eu descansei hoje e estou revigorada depois da pequena
seção no spa. Eles trabalharam, chegaram mais tarde e acordaram cedo. Sento
me no meio dos dois me deitando entre as pernas do Alexandre e com a
cabeça do Marcos em minhas coxas cruzadas ao lado de seu corpo.
– Já me decidi o dia do chá de bebê – Murmuro no meio do silêncio
gostoso que havia se instalado por um longo tempo. – Pode ser sábado? Meus
pais vieram aqui hoje, concordaram, mas preciso da resposta de vocês. Pode
parecer bem em cima da hora... – Suspiro com o carinho na nuca que recebo
do Ale. – Embora sábado seja daqui a quatro dias, eu acho perfeito.
– O que você quiser, Katherine, eu quero, meu amor. – Marcos diz
com sua voz rouca e põe a mão em minha barriga.
– Então será sábado.
– Posso cuidar de tudo amanhã mesmo. Gosto da ideia de fazer aqui
em casa. Jade e Eva também adoraram a ideia.
– Vieram aqui também? – Alexandre pergunta e afasta meu cabelo
colocando para o lado expondo meu ombro dando beijos até chegar em
minha têmpora.
– Não, falei com elas pelo telefone. Estavam muito ocupadas com o
trabalhado então fui breve. – Sorrio ao sentir sua língua na minha orelha. – E
como foi o dia de vocês?
– Foi bom, a reunião ocorreu tudo bem, almoçamos juntos... – Uma
pausa é feita e o Marcos boceja. – Encontramos o Henrique no restaurante.
– A barba dele ainda continua imensa?
– Sim. – Rimos. – E está maior. Quase nos matou por termos raspado
a nossa.
– Serviria de lição para nunca mais fazerem isso.
– Estava grande demais, Katherine.
– Marcos, se sua barba está grande demais você apara e não raspa
tudo, embora tenham ficado uns pecados de homens sem elas, ainda tenho
saudades. Eu amava a barba de vocês.
– Vai crescer de novo. – Boceja novamente.
– Está com sono? Vamos dormir.
– Infelizmente não posso ainda. – Ele se levanta e eu faço o mesmo. –
Tenho que tomar um banho, malhar um pouco, jantar, assinar alguns
documentos megaimportantes e depois a gente vai fazer amor, quero você
peladinha, suando e gemendo, aí sim ficamos deitados na cama, dou atenção
para você e dormimos agarradinhos. – Ganho uma piscada do Marcos e
sorrio.
Viro me para o Ale.
– Sua lista de afazeres é grande também? – Beijo seu maxilar e o
cheiro. Que homem cheiroso.
– Sim, mas você podia entrar no banho com a gente.
– Se eu entrar naquele banho com vocês sabem no que vai dar e então
seus afazeres estarão cancelados. – Sorrio e dou um leve beijo nos lábios dos
dois. – Podem ir, vou pedir para fazerem o jantar. – Ambos sobem para a
suíte e eu vou até a cozinha.
A lista de afazeres do Ale durou pouco, quando já tinha jantado,
malhado, e tomado banho eu fui ver os dois no escritório do Marcos. Marcos
está em sua grande mesa preta assinando e lendo documentos com uma de
suas canetas tinteiro. Eles amam essa caneta e sempre assinam o nome com
uma caligrafia linda e impecável. Já o Ale dorme sentado no grande sofá
perto da janela com o Macbook no colo, suas canetas caras e seus óculos que
usa para leitura estão ao lado. Marcos está tão concentrado no trabalho que
nem percebeu o fato de o irmão ter dormido. Eu o acordo e o levo para cama,
não antes de dar um beijo na testa do Marcos, que tinha ficado puto minutos
antes por todo o cappuccino ter caído em cima do seu Iphone. Levo o
Alexandre até nossa cama e o deixo dormir. Ele está cansado e por mais que
meus tornozelos estejam começando a doer eu faço questão de levá-lo até
lá. Quando desço para buscar o irmão, vejo que ele se serve de uma pequena
dose de John Walker. Uma de suas bebidas favoritas. Marcos me diz que
terá de ficar até mais tarde e me dá um beijo feroz me agarrando com seus
braços fortes recém–malhados. Meus dedos vão em direção a sua nuca
puxando seu cabelo quando ele me põe sentada em cima de sua mesa me
beijando mais devagar e roçando suas mãos em meus seios. Sinto o gosto da
bebida em minha boca. O cheiro do escritório é de
Marcos, Alexandre, fragrância masculina, hortelã e John Walker. Depois de
um boa noite caloroso e apaixonante ele me leva em seus braços até a suíte
me deitando ao lado do Alexandre.
Suspiro, faz meia hora que Marcos me deixou aqui. Acho que vai
demorar lá em baixo. Beijo o cabelo do Alexandre que está exausto e
adormeço ao seu lado sendo aquecida pelo calor de seu corpo grande e
esculpido por deuses. Ah como eu amo esse homem. Alexandre é grande,
cheiroso e mesmo com sono, ele desperta de leve e me dá beijinhos
delicados.
– Assim você me mata de amor, Alexandre... – Torno a beijar bem
devagar e sorrio. – Eu amo você – Beijo sua testa e sinto ele me apertar mais
contra seu corpo.
Hummm como é bom ser agarrada assim. Ainda mais pelo meu
marido.
Marcos
Eu tive que ficar até tarde no meu escritório, acabei sem sono e
adiantei algumas coisas, olho no relógio já são 3h. Tenho que dormir. Dou
uma olhada num último relatório bem detalhado. Tenho a impressão de ter
ouvido um grito e um barulho que me faz levantar a cabeça e olhar para a
porta do escritório na hora. Foi muito baixo, me levanto e olho através das
paredes de vidro que rodeiam 40% do local. Não tem nada.
– Katherine? – A chamo e acelero o passo até a sala de estar.
Arregalo os olhos e corro até ela quando a vejo no chão. Não...
Katherine. O desespero prolifera em meu corpo, meus olhos se enchem de
lágrimas, ajoelho-me na hora e ponho as mãos em seu rosto aninhando-o
– Katherine, meu amor. – Ela está apagada. – Droga.
O Alexandre aparece e quando olha a situação ele corre até nós
desesperado também. Um nó é formado em minha garganta e minhas mãos
tremem. Começo a pensar o pior quando olho para sua barriga, meu coração
aperta e eu fico sem chão ao vê-la assim. Tudo ao redor desmorona, ela é
tudo para mim.
– Marcos, o que aconteceu? – Se agacha ao lado dela.
– Eu não sei, ouvi um barulho, quando cheguei ela já estava aqui, ela
caiu da escada.
– Puta merda. – Os olhos dele ficam marejados iguais aos meus.
Assim que ele me olha com o olhar igual ao meu, cheio de
preocupação, tristeza e como se toda a felicidade do mundo estivesse sido
tirada para sempre, vários momentos nós três juntos se passam pela minha
cabeça. Pego-a no colo e a ponho no sofá.
– Vou pegar as carteiras e ligar para o médico. – Diz correndo escada
a cima.
Rebecca aparece e fica pálida, corre para perto me ajudando.
– Katherine, meu amor acorda, não faz isso, por favor.
Ponho a mão em sua barriga, não consigo sentir nada. Geralmente
quando ela faz qualquer movimento mais agitado eles se mexem ou chutam,
mas agora nada. Isso só faz meu coração doer mais.
– Droga, não me deixa, Katherine, por favor. Volta para mim.
Ouço o Alexandre correndo escada a baixo.
– Marcos, vamos.
Pego-a no colo. Rebecca vai avisar Lorena e Max, antes de eu sair ela
abraçou o Ale e sussurrou que tudo vai ficar bem. Sua voz estava rígida e
confiante, isso me deu esperança. Ponho a Katherine no banco de trás junto
com o Alexandre e dirijo o mais rápido que posso e o mais rápido que a
segurança me concede. Limpo as lágrimas e passo em todos os faróis
vermelhos, agradeço por não ter muitos carros na rua e piso no acelerador.
Ouço o Alexandre tentando acordá-la.
– Katherine. – Ele fala baixinho. – Não faz isso comigo, você não vai
me deixar, não vai fazer isso, temos filhos, meu amor, só acorda. – Ele faz
uma pausa. – Marcos, não estou sentindo meus filhos. Droga, droga.
Concentro me na rua e tento não pensar o pior, o que é muito difícil
quando sua esposa grávida cai da escada. Droga, se acontecer alguma coisa
com a Katherine eu não sei o que eu faço.
Katherine
Minha cabeça dói muito, eu estou deitada e posso sentir o cheiro de
medicamento, luva e hospital. Droga, me lembro de tudo, eu... eu cai da
escada e ficou muito escuro depois. Respiro fundo e percebo que as dores
diminuíram. Vou recuperando os sentidos aos poucos. Sinto um carinho na
barriga e nas mãos. Alguém beija minha têmpora e depois o topo de minha
cabeça.
– Você vai ficar bem, Katherine, você é forte.
Abro os olhos devagar e vejo os olhos castanho escuros de Rebecca,
estão vermelhos e ela segura um lencinho branco, Rebecca sorri para mim e
eu para ela bem de leve.
– Ela acordou. – Diz radiante e viro o rosto para o lado oposto vendo
a sala grande cheia preocupados que sorriem para mim.
Meus pais estão no canto sentados, mas se levantam para falar
comigo. Eva, Jade e Maria estão agarradas em seus homens. Assim que Eva
se vira para me olhar, vejo que a minha nega deu um jeito de aumentar os
peitos. Danada. Henrique, Eric e Kelvin me olham atentos sorriem para mim.
Todos me olham atentos e tensos, sorrio para todos. E seguro com mais força
a mãos de Rebecca.
– Oi. – Falo. – Alguém pode chamar o médico? Estou faminta. –
Falo calma e um pouco cansada respirando profundamente. Eles riem um
pouco.
Todos da sala me abraçam, minha mãe chora no meu ombro e eu falo
várias vezes que estou bem. Só preciso saber se meus filhos estão. Meu pai
repete várias vezes que me ama ao pé do meu ouvido e meu sorriso repetindo
de volta. Quando já estamos um pouco mais calmos e sorrindo uns para os
outros por eu estar bem o Dr. Cláudio entra na sala e me dá um abraço como
todos.
– Que bom que você acordou. Você vai ficar bem, Katherine. – Olha-
me nos olhos.
– E meus filhos? – Falo assim que a preocupação vem a minha
cabeça.
Do jeito que cai pode ter acontecido algo grave com eles, não pude
ver se sangrei, mas espero que eles estejam bem, fortes e saudáveis. Não
posso ter tido um abordo ou coisa do tipo. Eles têm que estar bens, se não,
não sei o que será de mim, só de pensar na ideia de ter perdido meus filhos
fico mal, frustrada e muito triste, é a mesma sensação de perder a família
inteira e ficar sozinha. Passo as mãos na barriga esperando a resposta.
Todos olham atentos assim como eu para o Dr. Martinez.
– Seus filhos...
Ele é interrompido pelos Marcos e Alexandre que entram na sala e
paralisam quando me veem. Eles respiram muito forte e choram vindo em
minha direção quando abro os braços sorrindo. Ganho dois abraços apertados
e é como se nossas almas se unissem nesse abraço, eu me sinto protegida e
num sanduiche de Katherine. É como se eu fosse o recheio do bolo.
Desculpa, estou com fome. Acabo deixando algumas lágrimas caírem
também. Ficamos longos minutos assim.
– Você parece um anjo. – Alexandre murmura no silêncio que é feito
na sala.
– Nosso anjo. – Marcos completa.
Os dois me beijam várias vezes na bochecha, no rosto e me abraçam
forte novamente, quase fico sem ar, mas não ligo, eu morreria nos abraços
fortes que eles me dão. Ficaria aqui para sempre, é o melhor lugar do mundo.
Aninho-me mais no meio disso dando leves beijos no cabelo cheirosos e
aveludado dos dois quando enterram os rostos em meu pescoço. Quando seus
olhos brilhantes e cheios de esperança me olham, eu limpo as lágrimas deles.
Apenas não beijo os agora por termos uma plateia grande. Apenas roço meu
rosto no rosto deles e sussurro que amo os dois em seus ouvidos.
Os dois passam a mão na minha barriga e beijam ela.
– Fica tranquila, eles estão bem, muito bem, são fortes.
– E são mesmo, Alexandre. – Dr. Cláudio diz – Eles estão ótimos, na
verdade, achei incrível o fato de estarem intactos. E são briguentos em, vão
dois garotões briguentos. – Olhamos para o doutor e sorrimos. – Você ficará
aqui para observação por mais algumas horas. Seu tornozelo está ótimo
também, a torcida pode ter doido muito, mas foi de leve. Vai sentir um pouco
de dor ao andar amanhã, vou te passar uns medicamentos e você ficara
novinha em folha em uma semana com total recuperação. Quero ver você
radiante no sábado em. Sei que vai.
Todos foram embora depois de um tempinho de conversa e risadas.
Eva disse que está apenas malhando bastante, então seus seios então mais em
pés e não maiores, a expressão que Kelvin fez ao descrevê-los foi
maravilhosa, nos custou alguns segundos de gargalhadas. Marcos contou
sobre os projetos que vãos fazer, a casa na árvore, o castelo e a decoração do
quarto. Quando a visita acabou, meus pais os acompanharam até a saída nos
deixando sozinhos por um tempinho.
Olho para os dois depois que como um pedaço de chocolate. E
levanto as sobrancelhas.
– Quero um beijo. – Alexandre sorri e é o primeiro a avançar.
Com um leve roçar de narizes ele encosta os lábios com leveza aos
meus. Minhas mãos vão imediatamente para sua nuca que é pressionada.
Nossa conexão nos faz ser um só, nossa conexão transborda uma grande
quantidade de amor e carinho. Ele vira a cabeça num ângulo perfeito e põe
sua língua para dançar com a minha. Suas mãos ficam o tempo todo
aninhando meu rosto deixando meu maxilar quente. Puxando um pouco meu
cabelo para baixo ele aprofunda o beijo me fazendo deixar escapar um leve
gemido. Ele beija tão bem que sempre quando nossas bocas estão juntas, eu
sinto meu sangue ferver de desejo e uma vontade imensa de tirar sua roupa.
Nossa osculação é calma novamente e é interrompida com um pigarreio.
Com um selinho demorado desencosto dos lábios dele e o olho nos olhos.
– Amo você, Alexandre.
– Eu também te amo Katherine, doidinha. – Rio baixinho com eles.
Quando se afasta eu suspiro e respiro fundo me preparando para a
outra boca suave e macia. Marcos me possui e beija ferozmente de forma
apaixonante. Esse é sem dúvida um beijo apaixonado repleto de
erotismo e amor. Ponho as mãos em seu maxilar sexy e abro a boca mais uma
vez dando passagem para sua língua exploradora que roça na minha
lentamente. Mordisca meu lábio e me dá um estalinho indo com a cabeça
para trás. Desejando sua boca ainda mais vou atrás dela e encosto nossos
lábios novamente, acendo uma fogueira ainda mais forte que antes, outro
gemido é escapado do fundo da minha garganta, e eu chupo sua língua depois
de ele ter abocanhado minha boca com sua. Entrego-me totalmente a esse
beijo prazeroso, poderia passar horas assim.
Meus pais entram na sala com a Rebecca e somos obrigados a parar,
pois meu pai separa nossas cabeças sorrindo com a gente. Saímos do hospital
às 17h em ponto.
Eles pediram paro o Eduardo vir buscar a gente, eles queriam ficar no
banco de trás comigo, fomos abraçados o caminho inteiro trocando juras de
amor e claro que os dei alguns beijos. Essas bocas são um perigo e eu adoro
ficar perto.
Quando chegamos em casa, eu comi mais obviamente e passei o
tempo todo ao lado dos dois, dos meus pais e de Rebecca. O dia foi
cansativo. Dormimos juntos o resto da tarde e ficamos acordados desde às 4h
da manhã. Estava uma noite tranquila e gostosa, o clima favoreceu muito,
uma lua linda se exibia no céu junto a várias estrelas estampadas ao seu lado.
Então, jogamos mais conversa fora no tufon da área social. A iluminação
ficou bem clara deixando–nos mais confortáveis. Alternei entre ficar
aninhada no meio dos meus pais, no meio dos meus maridos e depois do lado
de Rebecca que agora é uma segunda mãe.
Quando me aninhei a segunda vez entre Marcos e Alexandre eu
adormeci ali e eles também. Ouvi uma última frase e pude dormir calma e
feliz.
– Amo você, doidinha.
Chá de bebê
Está tudo indo muito bem, há vários amigos espalhados pela casa, já
abracei todos e a decoração está incrível. Desde o momento que o primeiro
convidado chegou eu não parei de ganhar beijos em minha barriga. Marcos e
Alexandre ficaram do meu lado o tempo todo até que Kelvin e Eric roubaram
eles de mim. Os vejo sentados em uma roda com vários homens, eles
gargalham fazendo seus rostos ficaram bem mais bonitos. Eles realmente
ficam belos sorrindo.
Os convidados já viram o quarto do David e do Christian que já está
pronto. Elogiaram muito e acredite eles já têm muitos brinquedos e ursos de
pelúcia. Têm um grande estoque de fraldas e outras coisas de bebes. Vou
andando devagar na direção da minha mãe quando ouço alguém me chamar.
– Katherine. – É a Jade.
Eu me viro e vejo ela toda sorridente com uma taça de champanhe na
mão e toda doidinha como sempre, ela está acompanhada do Henrique. Ela
está radiante com um coque superbem feito em seu cabelo.
– Mulher, isso aqui está uma maravilha, eu fui lá em cima e o quarto
dos seus filhos é lindo. Entrei no seu closet e eu quase morri, aqueles saltos
maravilhosos da Jimmy Choo me enlouqueceram, vou pegar alguns
emprestados. – Ela suspira.
– Jade respira. – Dou risada e olho para o Henrique que a olha todo
apaixonado.
– Katherine, tenho uma novidade. O Henrique e eu estamos noivos. –
Ele abre a boca dando uns gritinhos comigo e pulando um pouco. – Da para
acreditar?
– Parabéns Jade. – Damos um abraço apertado.
Enquanto observo os dois se abraçando e trocando carinho eu sinto
duas mãos em minha barriga e algo muito familiar em minha bunda. Um
beijo é depositado em meu ombro e depois no meu pescoço.
– Está gostando? – A voz rouca do Alexandre me dá um frio na
barriga e eu sorrio pondo a mão sobre a sua e beijando sua bochecha
– Estou amando tudo.
Viro-me de frente e passo meus braços em volta de seu pescoço. Ele
leva seus lábios até os meus me permitindo sentir sua boca quente e
aveludada. Suas mãos descem pelo meu corpo apertando minha bunda
enquanto ele põe a língua em minha boca. Seu cheiro é divino e eu sorrio no
meio do beijo assim como ele.
– Ocorreu tudo bem até agora.
Alexandre põe a mexa rebelde de meu cabelo para trás da
orelha. Marcos chega perto de nós e beija minha boca de leve.
– Claro que ocorreu tudo bem até agora, vocês ainda não estão
bêbados e pelados correndo por aí.
– Ainda, temos algumas horinhas de festa e bastante cerveja. –
Marcos diz e bate na mão do Ale.
– Não ousem fazer isso no chá de bebê dos filhos de vocês.
– Tá bom, mamãe, a gente se comporta... mas só hoje. –
Alexandre diz rindo e também me agarra apaixonadamente.
– Ótimo. – Sorrio para os dois.
A festa correu bem até o final, Marcos e o Ale ficaram um pouquinho
bêbados, mas não tiraram a roupa. Eu dancei um pouco com eles, mas isso
durou apenas uma música, tive que sentar por conta do barrigão. Jade e
Henrique não são os únicos que vão se casar, Eva e Kelvin também vão.
Demorou um pouco para Jade ceder para o Henrique, mas eu não esperava
que fosse se unir assim tão forte e lindamente tão rápido. Fico feliz por eles.
Faz uma semana que fui ao médico de novo, ele deu a data que
possivelmente meus gêmeos iriam nascer. Eu estou tão ansiosa, Dr. Cláudio
me disse que seria dentro de uma semana.
O Marcos e o Ale estão doidos, e paranoicos qualquer dorzinha que
eu sinto e falo para eles, os dois endoidam achando que estou em trabalho de
parto. Vou admitir que é engraçada a reação deles. Hoje eu fiquei com desejo
de comer um lanche bem grande, um não, acho que uns quatro lanches, pois
esses dias eu estou comendo por três e posso jurar que não tenho mais aquele
corpo de grávida malhada e sim de uma vaca prenha. Mas por um lado é
bom, já que estou assim como o que quiser. O Alexandre foi sozinho desta
vez buscar meu desejo.
– Aí que demora, Marcos. – Falo mexendo no cabelo maravilhoso
dele. – Que fome...
Marcos deixa o livro de lado e eu também. Sento no mesmo sofá que
ele, em seu colo, e o beijo várias vezes. Ele sorri e me deita ficando do meu
lado bem agarrado comigo.
– Se eu tivesse ido, meu anjo, você já estaria com o seu lanche, ou
melhor, seus lanches.
– Olha aqui, em minha legítima defesa eu estou gravida e não tenho
só um filho na minha barriga, tenho dois e como são seus filhos, eles vão
comer para caramba igual vocês, por isso eu sinto toda essa fome. Pois sãos
seus filhos e você e o seu irmão comem igual a um boi.
– Então essa é sua desculpa para comer muito? Colocar a culpa em
mim! – Ele diz rindo.
– Está me chamando de gorda? É isso mesmo que eu estou ouvindo,
Marcos? É isso o que está insinuando?
– Nunca, no dia em que você ficar gorda, meu pau vai ficar menor,
ou seja, nunca! Você não é gorda, é gostosa, até grávida sabia? Sem falar nos
seus peitos... nossa Katherine. – Ele gesticula com as mãos fechando os
olhos. – Estão simplesmente fartos, mais do que já eram. Adoro quando
estamos fazendo amor e eu ponho a boca neles. Gosto de por minha cara
neles e ficar com eles em minha boca.
– Eu acho estranho fazer sexo com essa barriga.
– Eu gosto.
Eu dou risada e o Alexandre chega sorrindo com um saco enorme de
alguma lanchonete.
– Cheguei gata. – Ele põe as duas mãos no meu rosto e me dá um
selinho. – Sentiu saudade? Eu sei que sentiu.
Sento-me no sofá com a ajuda dele.
– Se liga Alexandre, eu estava aqui, sozinho já satisfaço a
gorduchinha. – Olho para ele incrédula, com as bocas abertas e os olhos
serrados.
– Satisfaz? Têm certeza? Com esse seu pau pequeno?
– Meu pau é maior que o seu aceita! Não é, Katherine? – Ele me
pergunta e eu belisco seu braço.
– Eu não quero saber qual de vocês tem o pau maior, eu não quero
nem saber de vocês, muito menos do idiota que me chamou de gorduchinha e
que vai ficar sem sexo até essas crianças nascerem, eu quero saber da porra
do meu lanche, eu tenho duas crianças pra alimentar. – Falo brava olhando
para os dois.
Um olhar de assustado é lançado para mim e eu cruzo os braços. Ele
pega os lanches sorrindo e põe dois no prato. O Marcos pega os dele e se
senta ao meu lado bebendo cerveja. Alexandre estende o prato para mim e
quando eu me estico para pegar ele puxa de volta.
– Alexandre para de graça. Me dá logo os lanches.
– Cai de boca rapidinho?
– Não, me dá logo a comida.
– Nossa, rapidinho, meu amor? – Diz rindo junto como Marcos que já
está com metade de seu lanche supergostoso na boca. – Vai cair a sua boca se
você me fizer um boquetinho agora?
– ALEXANDRE! – Grito e ele estende o prato. Quando eu vou pegar
ele puxa de volta novamente. – EU VOU TE CASTRAR, DESGRAÇADO.
– Tá bom gorduchinha, eu te dou os lanches, mas me dá um beijo em
troca. – O Marcos ri ainda mais e eu já estou mais que nervosa, eu não falo
nada apenas cruzo os braços e resisto a tentação de voar no pescoço dele. – É
só um beijo que eu quero, só um beijinho, meu amor.
– Você me chamou de gorduchinha e acaba de ficar na mesma
posição que o safado do seu irmão. Sem sexo.
– Desculpa, sabe que eu te amo, me dá um beijo? – Ele chega bem
perto e morde meu lábio.
Alexandre põe o prato na mesinha e se aproxima, pega meu rosto
com uma mão e vira me fazendo olhar seus olhos azuis lindos como o mar.
Ele me dá um selinho gostoso e cheio de amor, depois tenta pôr a língua na
minha boca, mas eu não movo um músculo, suspiro querendo fazer amor
com ele, mas deixo a boca fechada e não dou passagem para sua língua
maravilhosa. Seus lábios são macios e sua barba está grande me deixando
mais derretida por ele.
– VAI LOGO PORRA. – Ele grita e ri, eu não aguento e dou risada
também. – Safada, me dá um beijo. – Ele me dá outro selinho. – Só um. –
Morde o lábio rindo. – Você fica tão linda brava.
Eu olho para ele e não resisto ao pegar na nuca dele e colar nossos
lábios. Alexandre me possui e eu gemo um pouco quando suas mãos e braços
começam a acariciar meu corpo. Ele coloca a língua na minha boca e dessa
vez eu dou passagem roçando a minha língua na dele. Toda vez que nos
beijamos me entrego de corpo e alma para ele, meus dedos passeiam por seu
cabelo e sua boca quente me leva a loucura com um simples beijo.
– Agora já pode me dar o lanche. – Falo calma e afastando ele. –
Troglodita.
Ele me dá o prato e eu praticamente devoro os dois, eu realmente
estava com muita fome. Com tanta que acabei roubando algumas mordidas
do lanche do Marcos, que me deu e encheu de beijos e elogios me
convencendo de retirar a ideia de greve de sexo. E eu trouxa e louca pelos
dois retirei.
Depois que me sinto satisfeita e termino minha leitura, levanto e
recolho os pratos e copos que colocamos na mesa de centro. Vou indo em
direção a cozinha afim de pôr as louças na pia.
– Katherine? Pode vir aqui, meu anjo? – O Alexandre me chama
antes que eu vá. Viro me para ele. – Pega uma taça de vinho para mim? –
Aproximo-me o suficiente para que ele me dê uma palmada e um beijo na
testa.
– Folgado, só vou porque você foi comprar meus lanches. – Ele ri.
Eu vou até a cozinha, ponho uma quantidade na taça e como um
pedaço de chocolate que eu encontrei na geladeira. Atravesso o grande
corredor e vou até a sala de estar onde eles estão. Marcos voltou a ler e o
Alexandre também se encontra com um livro e seus óculos de
leitura. Estendo para ele e quando ele vai pegar eu puxo.
– Katherine.
– Maldito, o mundo das voltas. – Ele estica o braço para tentando
pegar.
Dou uma risadinha e me afasto, corro um pouquinho quando ele levanta, mas
como essa barriga não deixa muito, a velocidade das minhas pernas inchadas
é baixa. Minha corridinha não adianta nada, pois ele me segue andando em
seus paços largos com suas pernas longas e me pega por trás roçando seu
pacote em mim, fazendo os gêmeos brincarem com as borboletas agitadas em
minha barriga. Alexandre me segura firme e puxa um pouco meu cabelo, sua
boca roça em meu pescoço e depois em minha orelha fazendo o clima ao
nosso redor ficar quente. Com uma risadinha eu estico o braço ao máximo
que posso deixando-o bem longe da taça ainda cheia, tomei cuidado ao correr
para que não caísse uma gota.
– Katherine, me dá a taça. – Sua voz rouca faz minhas pernas ficarem
bambas e eu mordo o lábio.
– Não do nada.
As mãos grandes e habilidosas do Alexandre roçam em meus seios
apertando-os e eu gemo um pouco, com essa distração sexy e gostosa ele
quase pega sua bebida de minha mão, mas eu estico novamente meu
braço para longe.
– Espertinho, mas nem tanto, tenta pegar garotão.
Com o desafio aceito ele estica seu longo braço tentando pegar, mas
eu rebolo em seu membro que cria vida e vai ficando duro cada vez mais, ele
fica meio distraído olhando para o local que nossos corpos se unem e depois
volta a realidade.
– Não, não roça não. O que a doidinha quer para me deixar beber o
vinho? Isso é castigo por eu ter demorado pra te dar os lanches?
– Sim é uma espécie de vingança. E já que mencionou algo em troca
eu aceito um beijo. Mas tem que ser “O beijo”.
Ele me solta o suficiente para que eu possa pôr a taça na mesa atrás
da gente. Chego perto e sinto o aroma natural que ele tem. É gostoso esse
cheiro, eu amo. Suas mãos magras agarram minha bunda enquanto sua boca
possui a minha imediatamente. Gemo ficando quase sem reação, mas minhas
mãos vão para seu peitoral rígido que o deixa poderoso e arrastam-se até sua
nuca. Alexandre vira seu cabeça num ângulo perfeito para a
direta e aprofunda o beijo encaixando nossas bocas, famintas uma pela
outra, perfeitamente. Ele vira o meu corpo me deixando em seu lugar e ele no
meu, sua língua explora cada canto de minha boca como se fosse novidade,
vamos dando alguns passinhos para trás enquanto suas mãos passeiam pelo
meu corpo acariciando como se também fosse alguma novidade para ele.
Nosso contato é retirado e ele me olha com um sorriso matador e vencedor
estampado no rosto. Ele levanta a taça ao seu lado e as sobrancelhas.
Olho surpresa e ele beija meu nariz.
– Parece que o garotão pegou o que queria. E a doidinha deve estar
molhadinha por causa da pegada do papai, sei que está. –Ele chega perto e
sorri. – Gostosinha. – Sussurra e me conduz até a sala depois que eu apenas
aceito o fato de ele ter me distraído com beijo prazeroso e tirador de fôlego.
Percebemos que o Marcos foi para a sala de TV e agora está deitado
no sofá comendo pipoca e bebendo refrigerante. Esses dois comem de tudo a
hora e não engordam. Eles são de outro planetas e ridículos por isso, ahh. Eu
como um chocolatinho e já tenho que correr bastante para perder todas as
calorias, já eles são fortes, magros e hercúleos. Meu corpo é uma belezura e
ralo para manter a forma, já eles comem iguais bois, comem mais do que
malham e olha que eles malham bastante e pegam pesado.
Vou para frente do Marcos e começo a beijá-lo, seus lábios estão
macios e a barba roça em mim me enlouquecendo como a do Alexandre, que
estava roçando em minha orelha agora a pouco. Marcos põe a língua em
contato com a minha várias vezes e ele mordisca meu lábio carnudo. Deito-
me ao seu lado com a cabeça encostada em seu peitoral rígido e musculoso,
seu cheiro também está divino. Sua mão pousa em minha barriga e eu me
sinto segura, confortável e amada assim. Fecho os olhos ouvindo o Marcos
reclamar com o Ale por estar comendo toda a pipoca e depois adormeço ali
mesmo contornando com o dedo seus gominhos definidos.
Alexandre
Ficamos um tempo vendo a TV e mexendo no celular. O
sono começa a bater e eu percebo quando Marcos e eu bocejamos pela
terceira vez. Olho para a esbelta e angelical criatura deitada ao lado do
brutamonte pica fina chamado Marcos. Ela está dormindo. É encantadora,
ainda mais grávida. Tão linda e tão perfeita... Fico besta ao pensar que pode
existir uma mulher assim como a Katherine, ela é a mulher da minha vida, é a
mãe dos meus filhos. Sinto-me orgulhoso e um prazer imenso possui meu
corpo quando digo algo assim. Tenho tesão e paixão enormes quando digo
que sou casado com ela.
– Marcos? – Aponto com a cabeça para Katherine. – Nosso anjo
dormiu.
– Vamos levá-la para cama, deve estar cansada e muito ansiosa,
como nós, já que os gêmeos vão nascer em tão pouco tempo.
– Eu carrego ela, faço questão de levar a gorduchinha para cama. –
Falo pegando ela no colo e rindo baixinho com o Marcos.
– Se ela te ouve falando isso, Alexandre! – Dá risada baixinho. – Ela
ficou brava, mas é um apelido carinhoso por causa do barrigão, e acho que
ela ficou linda com esses pneuzinhos. Estão gostosos e eu amo pôr as mãos
quando ela com a bunda enorme apontada para mim. Ela tem um corpo
escultural, muitas vezes fico observando ela inteirinha e tentando imaginar
como ela pode ser tão bonita.
– Faço isso desde o primeiro dia que a vi.
Quando chegamos na suíte ponho-a com cuidado na cama e me deito
com o Marcos deixando-a no meio. Seus cabelos lindos se espalham pelos
travesseiros azuis da cama como se estivessem submersos no mar. Seu rosto
com bochechas rosadas está relaxado e sua boca está sem cor, mas mesmo
assim viva e tentadora. É sempre um convite para mim. Seus olhos relaxados
e ela inteira é perfeita e celestial.
– Nem dá para acreditar que estamos tanto tempo juntos. – Falo
passando o dedão em seu lábio inferior. – E agora temos filhos.
– Verdade, lembro até hoje do primeiro dia que eu a vi na escola de
longe, nós estávamos passando com o Eduardo de carro e me encantei assim
que pus os olhos nela. Estávamos esperando o Eduardo voltar com nossas
rosquinhas... Eu me babei todinho, lembra?
– Lembro de quando ela foi em casa e eu estava só de cueca. Fiquei
meio sem graça no começo, mas depois eu cai matando, juro que eu achei
que era só mais uma que você ficaria, e quando comecei a conversar com ela
percebi um brilho nos olhos dela que nenhuma mulher que você se relacionou
tinha. Daí eu vi que ela já era especial e me arrependi amargamente por achar
que ela era só mais uma, acho que a vergonha por estar só de cueca ofuscou
meus outros sentidos.
– Lembro de quando ela nos amarrou e ficou supersensual com uma
lingerie nova, estava deslumbrante e maravilhosa. Como agora.
Nos viramos para ela beijamos sua bochecha.
– Mas acho que um dos melhores momentos que passamos juntos foi
quando ela disse sim depois de termos a pedido em casamento. Meu coração
foi a mil naquele dia e eu quase não acreditei. Ela estava pelada, melhor
parte.
– Sabe, Marcos, no nosso casamento ela nos deu a notícia de que
estava grávida, esse dia entre com certeza entra para a lista.
Sorrimos e agarramos o lindo anjo adormecido antes de dormirmos
agarrados.
Katherine
Acordo no meio da noite e aos poucos vou tomando consciência de
onde estou. Minha garganta está seca. Marcos e Alexandre me agarram,
mesmo sendo uma difícil e dura escolha sair do meu ninho, ou casulo que
eles me proporcionam eu me levanto devagar e atravesso o quarto indo até o
frigobar para pegar uma jarra com água gelada. Bebo saboreando cada gota e
ponho a jarra de volta no lugar. Ouço um barulho, parecido com um balão
estourando e depois o som de um líquido, de uma enxurrada para falar a
verdade, batendo no chão, está escuro e não consigo ver, mas é quente e
escorre pelas minhas pernas, quando me dou conta do que é deixo o copo cair
no chão. Minha bolsa rompeu. Marcos e Alexandre se mexem um pouco na
cama acordando. Já li muito sobre isso e Dr. Martinez me falou muito sobre
isso.
Não posso entrar em pânico, não posso entrar em pânico, não posso
entrar em pânico, não vou entrar em pânico. AI MEU DEUS, EU VOU
ESTAR EM PÂNICO, ESTOU EM PÂNICO.
Meus gêmeos, vão nascer!
Capítulo vinte e nove
Minhas mãos tremem e quando consigo falar algo, a única coisa que
sai de minha boca é o nome dos dois aos gritos.
– MARCOS. ALEXANDRE!
Eles acordam num pulo, meio atordoados e ficam em posição de
ataque. Marcos pega um bastão de beisebol e tenta abrir bem os olhos.
– QUE FOI? – Grita. – Cadê ele? Cadê o invasor? Vou dar só um
golpe. – Marcos diz olhando ao redor, mas olha para o chão e acende a luz –
Você mijou no chão, meu amor? Não dava para andar até o banheiro?
Você...
– Não tem invasor. Gente, se controla, minha bolsa estourou, eu não
mijei coisa nenhuma, Marcos! – Eles arregalam os olhos e se olham.
– É a hora? É agora? Está nascendo? – Alexandre pergunta e olha
para o Marcos.
Ponho as mãos no rosto e rio da reação dos dois, eu estou com os
gêmeos na barriga e parecem ser eles. Respiro fundo e tento me acalmar. Sei
que não era para vir hoje, mas já que vieram, vamos manter a calma.
– Não está nascendo, nem estou sentindo contrações, ainda, mas vão
vir, já passamos das 37 semanas. Ponham uma roupa vou jogar uma água no
corpo e achar uma cortina, se der sorte ela vai caber certinho em mim.
Eu realmente joguei uma água no corpo e me deixei meio
apresentável, apenas troquei de roupa depois de um banho de segundos. A
Rebecca já havia deixado minha bolsa pronta para esse dia, na verdade, isso
estava previsto para daqui a uma semana. Levou apenas exatos seis minutos
para estarmos indo para o carro e eu começar a sentir contrações. Droga, isso
não é bom, ou é. Estou decidindo ainda.
– Ah, gente, está doendo.
– Muito? – Marcos pergunta.
– Não, mas sei que vai começar daqui a pouco.
Para irmos mais rápido até o carro e por precaução, Marcos me pega
no colo e o Alexandre minha bolsa. Sinto os lábios do Marcos em minha testa
e sorrio pondo a mão em seu pescoço. A dor invade e se apodera de
mim novamente. Gemo e ponho a mão na barriga.
– Cadê a chave, Alexandre?
– Ué, Marcos, não está com você?
– Ou eu pego a Katherine ou a chave. – Sinto outra contração, mas
dessa vez mais forte.
– Era só o que me faltava, ter meus filhos no banco traseiro de uma
Ferrari. – Falo com dificuldade e o Alexandre corre para pegar a chave.
Quando ele volta, abre a porta e o Marcos me põe no banco se
sentando ao meu lado. Rebecca aparece toda feliz com o Eduardo. Eles têm
um caso que eu sei, mas isso conto para vocês depois. Ela me dá um beijo na
testa e me deseja sorte. Diz que vai ligar para os meus pais e os outros
notificando-os, ela faz questão de fazer isso. Quando faço uma cara de
dor, Eduardo nos dá um sorriso, Rebecca deixa o Alexandre dar partida e nós
vamos rápido.
– Amor, olha para mim, minha linda. – A voz tranquila do Marcos
me faz olhar para ele. – Isso, se concentra em mim, tá? Respira, vai dar tudo
certo. Toda vez que você sentir dor aperta minha mão. – O Marcos fala me
dando um beijo na testa.
Eu sinto uma dor enorme dessa vez e faço o que ele mandou.
– AHH – Nos gritamos, eu devo ter apertado muito forte sua mão.
– CARALHO, ALEXANDRE, ACELERA ESSA PORRA. – O
Marcos grita.
Ele vai mais rápido, eu continuo apertando a mão dele forte. Apesar
da dor eu estou vibrando por dentro, nem acredito que vou segurar em meus
braços meus lindos gêmeos daqui a algumas horas, não são mais meses, são
horas. Marcos, seus olhos e boca estonteantes olham para mim sorrindo e eu
faço o mesmo começando a ver dois Marcos. Droga, minha visão fica um
pouco turva e eu sinto uma gota de suro escorrer pela minha testa.
– Katherine, respira e aperta minha outra mão quando sentir dor. –
Começo a descer a mão para seu membro e ele quase dá um
pulo desesperado. – Não, não safadinha, eu disse para apertar a minha mão. –
Rio e gemo de dor novamente quando a contração desgraçada, que por uma
boa causa, invade meu corpo e me arranca algumas lágrimas. – Porra eu estou
tão feliz – Ele e o irmão batem as mãos sorrindo e orgulhosos.
– Katherine, você está indo muito bem, já estamos chegando, meu
amor. – Alexandre diz e percebo que ele avança todos os faróis vermelhos
possíveis.
– Minha linda, respira, como estão as dores? Estão muito fortes? Eu li
que se estiver dores fortes em um determinado período é porque você já está
em trabalho de parto. Droga, não lembro detalhadamente, eu estou nervoso.
– Marcos, que se foda o período, está doendo para cacete, está
doendo muito. – Falo brava, mesmo não querendo estar, droga tudo isso é por
causa das contrações. – Ai Deus, desculpa ser grossa. Sei que está nervoso,
eu sou uma monstra. – Geme de dor. – Não quis ser grossa, desculpa.
– Ei, fica quietinha... respira. – Ele ri e me olha. – Até gosto quando
me chama de idiota às vezes, sei que é de momento. – Ele beija minha
têmpora
– Será que já dá para ver a cabecinha dele? – Alexandre diz e olha
para a gente.
– ESTÁ FICANDO LOUCO, ALEXANDRE? – Os dois riem de
mim e eu faço o mesmo.
– Obrigada por ler a respeito, amo você. E caso ainda não tenha
percebido, eu acho que estou em trabalho de parto, está doendo muito, as
contrações estão fortes.
– Estamos quase chegando, meu amor. – Minha visão fica muito
embaçada e estou me sentindo fraca.
– Marcos, eu estou enxergando as coisas embaçadas... – Falo baixo e
com a voz trêmula.
– QUE? – Ambos gritam desesperados.
– Katherine, não fala isso. – Ele se ajoelha no chão do carro e fica de
frente para mim.
Põe uma mão fazendo de apoio para o meu pescoço e a outra na
minha barriga. – Não dorme, fica acordada, você é forte, eu sei que é – Ele
beija minha testa. – Quer apertar meu corpo? Eu deixo se te deixa acordada. –
Rio um pouco com um fraco sorriso.
– Marcos, não deixa ela dormir.
Eu tento ficar com os olhos abertos e a dor insuportável me acaba
acordando. Aperto a mão do Marcos de novo. Olho para onde descontei um
pouco da força e vejo nossas mãos vermelhas e brancas, estão suadas.
– Isso, fica acordada. – Ele me dá uns beijinhos lentos e se afasta me
olhando.
Observo a criatura na minha frente, estudo o Marcos com muita
intensidade.
– Marcos, você é incrível – Ele sorri. – E o Alexandre também, amo
muito vocês. – Falo ofegante e sinto as lágrimas caírem.
Posso jurar que a minha lágrima cai na mesma velocidade que a dele
cai e se arrasta em seu rosto até sumir em sua barba junto com as outras.
– Você é incrível – Pega minha aliança e beija antes de levar seus
lábios até os meus.
O carro para e eu vejo várias luzes, chegamos. E sou atingida por
mais uma forte contração. Desta vez, o Alexandre me pega no colo e ele
sussurra que me ama e que vai ficar tudo bem o tempo todo. O Dr. Cláudio já
está na porta e assim que nos vê põe sua equipe para trabalhar.
Ele avalia meu estado rapidamente, mas com cautela e depois avalia
um histórico enquanto me colocam na maca. O Dr. Cláudio me diz que faz
questão de me acompanhar desde minha chegada como fez com minha mãe,
Luiza acompanha-o sempre sorrindo para mim e me tranquilizando. Ela é a
enfermeira obstetra que me recebe junto com ele. Vou imediatamente para
uma avaliação clínica, e depois alguns exames Marcos e Alexandre são
permitidos a acompanhar tudo de perto. Estou mais que decidida que quero
parto normal, já vinha conversado com Luiza, ela me contou muito sobre as
vantagens do parto normal em algumas consultas que eu havia tido com o Dr.
Cláudio. Isso só me fez querer mais ainda um parto normal e só cogitar em
uma cesárea caso fosse necessário.
Olhando para trás, desde o momento em que me descobri estar
grávida pude perceber que foi sim uma gravidez tranquila, fora a falta de
sono, os enjoos e as raras vezes que eu tinha muita fome depois do oitavo
mês eu achei tudo uma excelente experiência. Sei que cada ansiedade, cada
chilique, cada crise de choco ou crise de comilança valeram muito a pena.
Muitos me disseram que seria impossível ter um parto normal de gêmeos,
mas sei que não é. Espero que dê tudo certo. Recebo a analgesia pelo
anestesista Dr. Carlos Rocha, e isso me alivia muito. Continuo sentindo tudo,
mas com bem menos intensidade, já que é esse o papel da analgesia.
Quando finalmente chego à dilatação total, eu sei que está na hora de
fazer minha parte, sei que tenho que ser forte para que tudo ocorra bem.
∞∞∞
Marcos
Meu anjo de cabelos negros e pele macia dorme lindamente, beijo sua
testa e sorrio para ela mesmo sabendo que não está vendo. Katherine fez um
ótimo trabalho e sei que será uma excelente mãe. Sento no sofá que fica em
frente a cama e me acomodo ao lado do Alexandre. Olho para o meu tesouro
pequeno que se aconchega em meus braços, ele tem cabelos lisos, nariz
pequeno e vermelhinho assim como suas bochechas grandes e sua testa
pequena. Seus lábios são finos e ele tem menos cabelos que o irmão. Seu
pezinho se mexe um pouco e eu sorrio bobo.
O Alexandre faz o mesmo ficando admirado com o gêmeo em seus
braços. Uma sensação boa se instala em todo o meu corpo e meu coração é
aquecido toda vez olho para meus filhos. Fico quase sem ar de tanta emoção
e tudo ao redor some, são somente eu e os dois. Ele é tão pequeno que cabe
quase todo na palma da minha mão, tá bom, encolhido cabe quase todo na
palma da mão. Meus filhos são muito fofos e tenho vontade de olhá-los
sempre. Não quero tirá-los do colo.
– Marcos, eu estou bobo com tanta beleza e fofura. – Diz sorrindo
para o pequeno lindo bebê em seus braços.
– Eu sei, estou com as pernas bambas, Ale. O coração chega a bater
mais rápido. São 47 ou 48 cm de pura fofura. – Ele me olha. – Eu ainda
confundo quem é quem, ainda mais assim dormindo.
– Sabe que ainda estão com a identificação, não sabe?
– Sim, mas tenta descobrir sem olhar a identificação. – Colocamos
cautelosamente nossos braços juntos para que não acorde os dois.
Alexandre observa sorrindo e depois junta as sobrancelhas. Ele
observa bem e eu dou risada baixinho.
– Marcos, eu não sei. A enfermeira me deu o Christian para segurar,
mas trocamos eles algumas vezes. Agora, não sei se estou com o David ou
com o Christian.
– Nem eu. – Rimos e trocamos mais uma vez – Aposto que a
Katherine saberia quem é quem. Não vejo a hora de ensinar as coisas para os
dois.
– Nem eu, amo tanto esses dois que chega a doer. – Alexandre me
olha. – Vamos ter que explicar para os dois o porquê de terem apenas avós
maternos.
– Vamos ter que explicar o porquê de eles terem dois pais. Será que
vai confundir eles? Não, não é?
– Acho que não. – Beijo a testa do meu filho e depois seu narizinho.
– Nossa, eu estou encantado com eles.
– São tão perfeitos igual a mãe. E vão arrasar corações. As gatinhas
vão cair matando em cima desses bonitões. Polidos, bonitões e gêmeos,
vamos ter que tomar cuidado para que não fiquem metidos com tanta atenção
que vão receber.
– Vamos mimar eles tanto. Vai ser duro dizer não a essas
carinhas. Ai, teremos que ter cuidado para não serem mimados demais... eu
sei que serão.
Nós nos levantamos e vamos ao lado da Katherine que ainda dorme
como uma deusa. Fico de um lado e o Alexandre do outro.
– Nós realmente temos muita sorte, Marcos... ela é uma bela mulher e
vai ser uma mãe maravilhosa.
– Perfeita. – A gente beija a testa dela.
Katherine
Eu acordo sentindo dois beijos em minha testa. Ouço Marcos e
Alexandre conversando um pouco. Abrindo os olhos devagar vejo-os com os
gêmeos em seus braços. Eles começam a olhar uns para os outros e ficam
confusos tentando saber quem é quem. Já vi que isso vai ser rotina para eles.
Sorrio ao ver a cena e fico muito relaxada dando um suspiro apaixonado
pelos quatro.
– O David é mais cabeludinho. – Falo com a voz calma e baixa. –
Esse é o David – Aponto para o meu filho que está nos braços do Alexandre e
ele põe o pequeno no meu colo.
– Esse é o Christian – Falo passando a mão na cabecinha dele e o
Marcos põe ele também em meus braços.
Sorrio para os dois encantada com meus filhos. Eles começam a
acordar e chorar baixinho. Dou uma risadinha com os dois. Marcos e
Alexandre me ajudam a amamentá-los arrumando minha roupa hospitalar.
Ainda não coloquei uma minha, mas em breve sei que vou poder.
– Acho que vou ter que me acostumar com os dois querendo mamar
ao mesmo tempo. – Falo.
– São fofos, mas estão roubando os seios da minha mulher.
– Não estão roubando, Marcos. Estão pegando o que é deles.
– Sabe que estão fartos e deliciosos, não sabe?
– E doloridos.
– Continuam fartos. – Rio.
Olho para os gêmeos. Um de olhos azuis e outro de olhos cor
âmbar.
– Katherine, Dr. Cláudio disse que ocorreu uma superfecundação.
Então um deles é meu e o outro do Ale. Ele e nós dois estamos muito felizes
por saber que essa raridade aconteceu com a gente. E sem falar que são
gêmeos idênticos. A mídia vai ficar louca quando descobrir. Vão nos encher
de perguntas.
– Isso que dá ser um ótimo empresário! Sabe qual dos dois é seu
filho? – Faço uma pergunta óbvia.
– Desconfio tendo certeza, pedi para o médico que não falasse. Eu e o
Ale chegamos a conclusão de que essa raridade é simplesmente espetacular,
mas eu tenho dois filhos, e o Ale tem dois filhos. Assim fica melhor para se
pensar.
– E eu tenho uma família linda. Vocês são os homens da minha vida,
e esses dois pequenos vão ser também, hoje são os bebezinhos da minha vida.
– Respiro fundo. – Eles têm uns olhões esbugalhados, são tão fofos. Vão ser
perseguidos pelas gatinhas se tiverem a beleza dos pais.
Pisco para os dois.
∞∞∞
– Meus netinhos são lindos. – Minha mãe diz fascinada. – Fico feliz
em saber que minha filha sabe fazer sexo, deu um resultado incrível. Foram
planejados, querida? – Antes que eu respondesse eu gargalho junto com
todos.
Marcos, Alexandre, Kelvin, Henrique, Eric dominam a sala com suas
gargalhadas. As mulheres riem um pouco mais baixo, mas Eva ri tão alto
quanto os homens. Meu pai fica vermelho no começo e depois melhora.
– Menos pessoal, não foi tão engraçado assim. – Meus filhos
começam a chorar por causa do barulho.
Eles começam a pedir desculpas pelo barulho repentino e acham fofo
o choro dos dois.
– Não se preocupem, estava muito silêncio aqui. As gargalhadas
coloriram o corredor por uns segundos. E minha mãe que não consegue
controlar a língua. – Seguro o David enquanto o Marcos põe o Christian nos
braços de meu pai que chora novamente de emoção ao vê-lo.
– Velho chorão. – Minha mãe diz e dá um leve beijo apaixonado na
sua bochecha.
– Sua mãe não consegue controlar língua, Katherine.
– Dona Lorena é uma figura. – Henrique diz sorrindo com sua voz
grossa.
– Henrique reconhece que sou poderosa.
– Lorena, Henrique disse que é uma figura, não poderosa.
– Max, não se atreva a induzir que ele não me chamou de poderosa. –
Diz se virando para meu pai depois que ele fala enchendo seu saco como
sempre. – E Katherine, você não respondeu minha pergunta. Rio.
– Não, mãe. Não foram planejados.
– Então não sabe fazer sexo. – Ela ri comigo. – Estou brincando
minha querida, os gêmeos foram um acaso maravilhoso. Acaso não, uma
surpresa muito agradável – Eva pega o David do meu colo e Eric segura o
Christian sorrindo.
– Foram mesmo.
– Se precisarem de qualquer ajuda quero que me digam. – Marcos
abraça minha mãe. – Ouviu grandão? Sei como o orgulho de macho é grande,
principalmente o de vocês.
– Não tenho orgulho de macho.
– Tem sim, eu sei que tem.
– Como sabe, Lorena? – David vai para os braços de Maria e o
Christian para o de Kelvin
– Ela é mulher, Marcos. E mulheres sabem das coisas, não no geral,
claro, mas a maioria. – Jade diz sorrindo.
– Homens também sabem das coisas, sem generalizar, nossa intuição
masculina é uma beleza. – Marcos diz sorrindo e os homens concordam.
– Poderia dizer, que pelo menos a nossa, é 100% confiável –
Alexandre diz e mostra seu belo sorriso cafajeste de canto.
– Tão confiável que vocês juraram de pé juntinhos que ia nascer uma
menina. – Falo e levanto as mãos para as mulheres baterem rindo da vitória.
– Ocorreu um incidente, isso foi exceção, essa pequena falha foi
corrigida.
Rimos baixinho desta vez para não assustar meu bebezinhos.
Enquanto eles iam passando de mãos em mãos cuidadosamente para não
se agitarem muito, nós íamos começando uma discussão saudável e
engraçada com os homens chamada “meu pau é maior que o seu” vendo qual
dos sexos tem mais razão. Chegamos à conclusão de que eles realmente são
prendados e sabem das coisas tanto quanto nós mulheres. Falamos dos
costumes de homens que eles têm e dos romantismos que já fizeram.
E de todos Marcos e Alexandre são realmente os que não gostam
muito de sair arrotando por aí. Enquanto os outros fazem competições de
arroto direto. As nossas são raras. Recebi uma massagem de Kelvin
supervisionada pelos meus maridos mega ciumentos que não gostaram nada
da ideia. Eles mesmos se ofereceram, mas antes eu quis saber se o negão
sabia mesmo fazer massagem, queria saber se Kelvin tinha a pegada forte
como Eva diz toda vez em nossas festinhas de mulheres. E ele está aprovado.
Marcos e Ale juraram quebrar o nariz dele se ousasse triscar em algo acima
do tornozelo. A reação deles foi engraçada e eu adoro esse ciúme. Quando a
visita acabou estávamos mais calmos, e já conversávamos sobre negócios,
bebês e mais negócios.
Christian volta para os meus braços e o David é aninhado nos grandes
braços do Ale. Depois amamentar os dois e ter uma breve conversa com o Dr.
Cláudio eu adormeço rápido com um sorriso no rosto e o coração quente e
coberto pelo amor que sinto por Christian e David.
∞∞∞
Katherine
Ontem à noite nós três estávamos sedentos uns pelos outros, quase
esquecemos que eu estava de quarentena e nos deixamos levar. Só mais um
pouco, só mais uns dias e eu faço amor com os dois em qualquer superfície
plana que achar.
Muitos me disseram que depois que os filhos nascem a mulher fica
cansada, sem vontade e tem de esperar um tempo para transar. A parte de
esperar e ficar cansada eu entendo, mas a parte de ficar sem vontade de amar
na cama e se enroscar em meus maridos não deu certo em mim. Também me
disseram que quando já estiver liberado eu não vou querer, acho que isso é
totalmente ao contrário. Mesmo estando de cabeça cheia e ocupada o dia
todo, eu ainda desejo Marcos e Alexandre. Sinto falta de nossas briguinhas
que acabavam em sexo. Não que eu queira brigar, odeio fazer isso, mas
quando é uma de leve por coisa boba e sabemos que não é sério eu endoido
quando penso que a qualquer momento alguns deles vai acabar com a
discussão e me beijar ferozmente.
Eu me levanto e olho no relógio, são 7h. Dou um beijo no Marcos e
vou ao banheiro me espreguiçando. O Alexandre deve ter acordado mais
cedo, senti falta de algo duro e gostoso na minha coxa esquerda. Faço minha
higiene, arrumo meu cabelo e quando volto à suíte vejo Marcos já acordado.
– Bom dia papai.
– Bom dia mamãe. – Diz com sua voz rouca e quando percebe que
me causou um bom efeito ele sorri e morde o lábio me observando. –
Tenho que ir trabalhar. – Revira os olhos. – Queria ficar aqui com os meninos
o dia todo.
– Também queria que vocês ficassem aqui comigo, iam me tirar
bastante a concentração, mas seria ótimo. – Chego perto dele. – Por falar
neles vamos ver como estão os príncipes.
Ele me puxa e me faz sentar em seu colo.
– Mas antes vem cá com essa boquinha linda e me dá um beijo.
Deixa eu sentir seu gosto.
– Marcos, eu dou depois, vamos ver os meninos. – Falo tentando com
muito esforço levantar de seu colo.
– Só um... – Faz biquinho e lambe minha bochecha. – É apenas um
beijo. Você dá beijos no Alexandre e não dá em mim...
– Que mentira...
Eu mordo o lábio e pego na sua nuca passando a mão em sua pele
quente como ele. Colo nossos lábios com vontade e ele põe a língua na
minha boca. Estremeço quando sua língua roça na minha lentamente e ele
agarra minha bunda no mesmo ritmo dando uma palmada e apalpando no
final. Marcos beija tão bem quanto o Alexandre. Ele me rodeia com seus
braços fortes dando me oportunidade para me aninhar mais ainda ali. Ele é
tão viril, tão grande que me deixa louca e toda mole quando me beija e me
acaricia. Sinto-me delicada.
Com outra palmada ele me faz montar nele e espremer meus seios
contra seu peito. Marcos me segura na cintura com mãos firmes e eu sinto
quanto ele está rígido e do jeito que eu gosto. Marcos é tentador e um perigo.
Pondo minha calcinha para o lado, ele passa o dedo em meu ponto sensível
com seus dedos habilidosos. Cadê o Alexandre numa hora dessas? Sexo
matinal com os dois é uma coisa de outro mundo.
Aprofundando o beijo e abocanhando a minha boca como se não
houvesse amanhã ele agarra meu corpo enquanto puxo de leve seu cabelo.
Gemo contra sua boca e o aperto mais. Concentro-me em seus dedos que
fazem pressão em meu clitóris e massageiam-no rapidamente. Ele me beija,
me aperta e me ama neste momento com imensa volúpia. Venera minha boca
e acaricia minha intimidade me provocando quase uma asfixia de tanto ar que
falta nos pulmões. Céus, Marcos!
Ele começa a adorar meu pescoço e tira a mão de minha intimidade
me apertando contra seu vigoroso corpo. Marcos agarra minha bunda com as
duas mãos e mordisca a curva dos meus seios.
– Marcos! – Choramingo e olho em seus olhos. – Continua, meu
amor. – Ele morde meus lábios e sorri.
– Quer que eu continue?
– Sim! – Guio sua mão até minha intimidade bastante lubrificada. –
Continue, Marcos.
– Me fala o que você quer que eu faça. – Morde minha orelha e fala
com a voz rouca.
Sinto sua ereção latejante. Ele está muito excitado, quero fazê-lo
gozar, mas preciso que ele continue o que começou. Estou suando e arfando.
– Me fala... – Volta a fazer movimentos circulares em minha
intimidade e eu fecho os olhos jogando a cabeça para trás. Quando ele para
novamente, e me olha com seus olhos penetrantes, eu choramingo de novo. –
Fala, quero ouvir você falar. Quero ouvir seu pedido para que eu possa
atender. Anda, me manda fazer algo, gostosa.
Louca de prazer e superexcitada eu encosto minha testa na dele.
– Me faça gozar, Marcos. Agora, agora. – Seus dedos trabalham mais
uma vez facilmente.
Marcos apalpa meu quadril e ele toma minha boca com a sua e me
beija como um animal selvagem. Gemo alto e fecho os olhos com força
quando chego ao clímax em seus dedos e montada em meu grande homem.
Marcos sorri para mim e me abraça forte enterrando o rosto em meu pescoço.
Respirando ofegante eu beijo sua bochecha e o olho tirando o cabelo suado
da testa.
– Isso foi... – Não termino de falar pois não acho palavras para isso.
– Gostoso?
– Muito mais que isso. – Passo a mão em seu corpo e tiro seu lençol.
Ele segura minha mão antes que eu o agarrasse e beija.
– Vamos ver nossos filhos.
– Olha seu estado, não quer que eu o alivie? Sabe que sou boa nisso.
– Sei muito bem que é boa nisso. Sou um felizardo por isso. Mas
gosto de ver você favorecida.
– Gosto de ver nós dois favorecidos.
– Gosto de ver meus filhos. – Diz levantando-se comigo no colo.
Ponho os pés no chão e ele trata de pôr uma cueca. Vai até o banheiro
e sai algum tempo depois com o rosto um pouco molhado, mas novinho em
folha. Tão lindo. Vamos até o quarto dos gêmeos e vejo o David acordando.
Um sorriso enorme toma conta do meu rosto e do rosto do meu marido.
– Oi, amor. – Pego ele no colo. – Meu príncipe já está acordado. –
Olho para ele e beijo sua bochecha.
Ele fica agitado mexendo as perninhas e dou risada com o Marcos.
– Você é tão gordinho. É gordinho sim. – Ponho meu nariz no seu. –
É meu gordinho.
Começa a olhar para o Marcos com seus olhos atentos.
– Vem com o papai, vem. – O Marcos estende as mãos para pegar ele
no colo e da vários beijos na sua bochecha quando tem o pequeno em seus
braços gigantes. David abre a boquinha e solta um grunhido fofo de bebê.
Pego seu paninho e limpo a babinha que escorre em seu queixo...
– Cadê o Christian? – Pergunto olhando para o berço vazio.
– Deve estar com o Alexandre.
Marcos respira fundo e faz uma cara feia. Levanta o pequeno de
olhos azuis no ar e cheira sua fralda.
– Minha nossa, é um bebezinho podre. Que cocô fedido, David. –
Beija sua bochecha novamente. – O que a mamãe te dá pra comer em? –
Marcos o coloca deitado no trocador e troca sua fralda todo orgulhoso de si.
Ele e Alexandre sabem fazer direitinho e são ótimos pais. Marcos
ainda faz cara feia, mas o Alexandre nem liga. Toco em meus seios e noto o
quanto estão doloridos... tenho que alimentar esses dois... quatro .
Quando chegamos na sala, vemos o Alexandre jogando Xbox com o
Christian no colo. Surpreendo-me por não o ver com algum livro. Fazia
tempo que não o via jogando.
– Bom dia, meu amor. – Dou beijo leve em seus lábios, porém cheio
de ternura, luxúria e amor. O beijo é profundo e ele sorri ao final dele.
– Bom dia, linda. – Beijo meu Alexandre mais uma vez por
não resistir a ele e quando sinto o coração quentinho eu o solto.
Passo a mão em sua barba lenhador, um pouco aparada, e olho seu
rosto irresistível.
– Tão bonito. – Lá vamos nós mais uma vez. Beijo novamente, mas
paro a demonstração de paixão quando Christian e David começam a chorar
juntos... É fome.
– Ué, fiz alguma coisa? – Marcos diz olhando-o confuso.
– E só fome seu bobo. – Levanto-me. – Meus príncipes estão com
fome.
Eu pego o David dou o peito para ele, Alexandre põe o Christian do
outro lado e eu me acomodo o mais confortável o possível. Meus seios
doem... às vezes intensamente, mas como tenho gêmeos, doem em dobro,
principalmente quando amamento os dois ao mesmo tempo. Esse é o preço
por ter gêmeos, mas confesso que apesar da dor, adoro fazer isso, e sei que
quando estiverem maiores vou sentir saudade desse tempo.
– Estou com inveja desses dois. – Alexandre diz rindo e beijando
minha testa depois beijar a cabeça de seus filhos.
– Não sintam, a hora de vocês vai chegar e quando chegar espero que
tenham ânimo.
– Vou cobrar isso depois em... – Marcos diz e os dois sobem.
Respiro fundo e olho para baixo, ouço a risada da Rebecca e ela se
aproxima com uma bandeja nas mãos com meu café da manhã. Ela se senta
ao meu lado depois de pôr a bandeja na mesa de centro. Olha para os dois e
passa as mãos nas cabecinhas deles. Seus olhos brilham e ela sorri muito.
– Olha como estavam com fome. São fascinantes e bem gulosinhos.
– Eu sei, consigo senti-los mamar rápido. Sério, David é o guloso. – Olho
pra seus olhos azuis quase fecham aos poucos. – É o meu gulosinho. E o
Christian é mais calmo, faz a pega mais correta que o David. – Christian fica
atento me olhando com seus olhos âmbar.
– Sente menos dores quando Christian mama?
– Sim.
– Mesmo assim, nossos gêmeos são uns fofos.
– Nossos?
– Claro, eu cuido, são meus. Ainda vou sequestrar esses gordinhos.
∞∞∞
∞∞∞
Um mês depois
Hoje o Alexandre disse que o Eitan – seu amigo da empresa – virá
aqui para que eles terminem um trabalho. Tive que ouvi-lo dizer o quanto o
seu amigo é safado e que eu terei de cortar as brincadeirinhas dele se me
sentir incomodada, caso contrário ele mesmo teria de fazer isso. Eu já
conversei algumas vezes com ele e ele me pareceu bem-comportado. Bom,
ele ainda não chegou e eu sai da quarentena infernal. Eu ia esperar até eles
chegarem, mas o Marcos disse que vai chegar mais cedo e eu duvido um
pouco de que ele espere o irmão para nós começarmos a matar a
saudade. Alexandre também disse que tentaria chegar mais cedo com o
mesmo propósito, mas ambos estão competindo para ver quem transa
primeiro. Já disse que quero os dois.
Saio do banho e me enrolo na toalha. Hidrato meu corpo e borrifo um
perfume novo em mim. O vapor do banheiro invade o quarto inteiro e as
janelonas ficam um pouco embaçadas, não me dou ao trabalho de fechar as
cortinas, ninguém vai me ver pelada mesmo, pois a janela de nosso quarto
nos dá uma visão fantástica de montanhas, lagos e bem lá no fundo há
algumas casas, mas bem no fundo. Temos vizinhos, claro, mas daqui não tem
como eles verem.
Viro-me e tomo um susto quando vejo o Marcos encostado no
batente da porta do banheiro, dou um pulinho para trás e ponho a mão no
peito, minha toalha cai e eu respiro fundo. Ele está com os braços cruzados,
sorrindo para mim, sua camisa feita sob medida está com os três botões
abertos e as mangas erguidas até o cotovelo. Sorrio para ele de volta e pego a
toalha me cobrindo. Safado! Ele quer me excitar!
– Oi, quase me matou de susto.
– Oi. – Diz com a voz rouca e começa a tirar a roupa. – Sabe que dia
é hoje?
– Sei... – Ele tira a calça e logo depois a cueca ficando
nu... Ahh Marcos... – E vamos esperar o Alexandre, quero os dois. – Marcos
está muito duro e eu posso sentir ele exalando excitação.
– Ele ficou com você dois dias seguidos, pois tive que chegar mais
tarde da empresa. – Vou indo até a porta do quarto. – E não posso fazer nada
se nós podemos foder justo no abençoado dia em que eu tenho a oportunidade
de ter você inteirinha. – Marcos vem atrás de mim enquanto tento correr. Ele
me agarra e eu o sinto. – Aonde pensa que vai? – Fala no meu ouvido.
– Quero esperar o Ale... e ao mesmo tempo não quero, mas vamos
esperar. Ele esperaria... – Alexandre não esperaria nada. Ele teve a ideia de
me atacar e se não fosse o Eitan ele já estaria aqui. Alexandre é ligeiro!
– Você sabe que não!
Ele me puxa pelo braço antes que eu ponha o pé no primeiro degrau
da escada e gruda seu corpo no meu.
– Acha mesmo que eu vou deixar você andando pela casa assim?
Toda gostosa e excitada. Acha mesmo que eu não devorar você todinha aqui
mesmo?
– Tinha esperança. – Ele põe a mão na minha nuca e puxa meu
cabelo para baixo expondo meu pescoço.
Ele aproxima o rosto e eu sinto sua respiração... Eu me arrepio toda e
quando ele encosta a boca com os dentes eu sinto um imenso frio na barriga.
Minhas mãos ficam pousadas em seus braços e começo a suar. Ele deposita
beijos e mordidas me enlouquecendo.
– Sabe o que eu vou fazer agora, safada?
– Não, o que? – Minha voz sai num sussurro trêmulo e eu fecho os
olhos sentindo a gostosa sensação da sua língua na minha orelha.
– Vou me enterrar na sua bocetinha gostosa e não vou sair por tão
cedo.
– Aí Deus, me ajuda com um homem desse.
Ponho as mãos na sua nuca e recheio sua boca com a minha língua,
nosso beijo é feroz e profundo. Marcos me suspende em seus braços e eu
abraço seu quadril com minhas pernas, encostando nossas intimidades.
Percebo o quanto ele está ereto e o quanto eu tenho saudade de sentir ele me
preenchendo. Mal posso esperar para me entregar para ele e para o
irmão. Sinto o gelado do chão se proliferar em minha pele, arqueio ao sentir
minhas costas no gelo, mas endoido ao sentir o corpo quente dele sobre o
meu, sua língua gelada em minha boca e ele me possuindo ali mesmo no chão
em frente a escada como um animal. Marcos é viril e tentador... Só de pensar
que Alexandre é assim também eu endoido.
– Ahh, Marcos. – Gemo quando ele faz uma trilha de beijos até meu
seio.
Eles ganham tremenda atenção. Todos os nossos movimentos são
desesperados. Minha boca está vermelha, meu corpo todo apertado por suas
mãos grandes e firmes e eu estou ficando louca de excitação. Marcos desce a
trilha até minha intimidade, abre bem minhas pernas pousando suas mãos sob
meus joelhos me deixando mais que exposta. Fecho os olhos e arqueio quase
dando um grito quando ele me abocanha com vontade, aperto meus seios e
puxo seus cabelos, ele me chupa e suga como se não houvesse amanhã. Os
lábios da minha intimidade ficam ao redor dos seus e ele me dá beijos de
língua sem desencostar a boca de mim. Qualquer contato que fazemos nos
torna um só, somos unidos não só pelo corpo, mas pela alma também. Aquele
sentimento inexplicável que eu sinto quando estou com ele ou com Alexandre
invade meu corpo penetrando meus ossos e eu respiro ofegante.
Quando ele volta a me dar beijos pela barriga, seios e pescoço eu
solto o ar que estava segurando.
– Ainda continua deliciosa. – Diz me beija desesperadamente.
Ele me acompanha nos gemidos, aperto suas nádegas, durinhas e
redondas, arranhando suas costas depois.
– Marcos, agora. Eu quero você.
– Quer? – Mordisca meus seios novamente.
– Céus, Marcos, me fode. – Falo e quando o sinto me penetrar e
gemer bem alto comigo nós nos olhamos e ficamos parados em silêncio não
acreditando no que aconteceu.
Ele me penetra fundo e eu apenas olho para seus olhos âmbar e me
embriago nessa mistura de sensações, é tão intenso. Não pensei que seria tão
gostoso assim depois de um tempo. Meio tonta eu passo os dedos em seu
cabelo respirando forte igual ele. Nossas testas ficam encostadas e eu relaxo
os dedos que ficaram cravados em sua bunda por algum tempo. Minhas
pernas tremem e meu clitóris pulsa, ele desaba em cima de mim e respira
ofegante. Uma camada de suor cobre nossos corpos e eu relaxo o corpo.
– Gozamos?
– Por incrível que pareça, Katherine, gozamos sim.
– Nossa, em pleno chão, na primeira estocada.
Marcos tira nossa conexão e vemos o quanto ele ainda está duro.
Acho que ele não é humano, não pode ser. Ele me olha com os olhos
arregalados e sorri. Está perfeitamente em pé... eu é que não vou deixar de
aproveitar isso. Empurro seu corpo no chão e monto nele.
– Ainda não estou satisfeita, quero você em mim de novo, e de novo,
e de novo. E quando o Alexandre chegar, quero os dois até eu não conseguir
mais, até ficarmos exaustos e meu corpo ficar mole. E depois que você ficar
cansado vou foder com o Alexandre mais ainda.
O agarro e posiciono em minha entrada, minhas mãos pousam em seu
peitoral musculoso e as mãos dele seguram minha cintura firme. Começo a
cavalgar nele mexendo o quadril e olhando diretamente em seus olhos. Ele
faz sua cara de foda extremamente linda e eu gemo sem parar. Ele fica
hipnotizado com o balançar dos meus seios e eu sorrio. Eu me entrego de
corpo e alma a essa foda pulando nele do jeito que ele gosta. Suados e
excitados é como estamos... Suas mãos agarram minha bunda me ajudando a
cavalgar mais rápido. Que cacete gostoso!
– Ah, isso. – Ele geme e roda os braços ao redor do meu corpo.
Deito em cima dele envolvendo seu pescoço com meus braços e
assim Marcos me leva a loucura dando gostosas e habilidosas investidas.
Cada vez mais rápidas me fazem delirar e gemer cada vez mais alto. O
barulho de suas coxas batendo em minha bunda é alto, mas não é mais alto
que o choro vindo do quarto dos gêmeos. Nos olhamos e eu fecho os olhos.
Droga, Christian. Outro choro mais escandaloso é emitido e ele para de
estocar, ofegantes nos damos um selinho demorado.
– Cacete
– Cacete. – Falo em seguida. – Bem agora...– Ele me beija ofegante
novamente.
– Vamos terminar, vai?
– Não podemos...
– Tem razão. – Outro selinho e uma palmada bem dada me fazem
gemer.
Resistimos a tentação de ficarmos ali e nos levantamos com muito
esforço. Nós vamos até o quarto deles e eu vou tentando dar um jeito no
cabelo que está para o alto, já o do Marcos está perfeito e ele não parece que
acabou transar. Eu estou quase detonada, quase... queria estar por completo.
Entramos e vamos até os berços. Colocamos um roupão e respiramos fundo,
sinto uma pequena dor no meio das minhas pernas e sorrio.
– Amorzinho, não chora... Porque quem vai chorar sou eu. Tantos
momentos para meu bebê chorar... – Falo pegando o Christian – Mamãe está
aqui. – Beijo a cabecinha dele e faço carinho nas suas costas.
– Está chorando por quê? Em garotão?... Chora não. – Fala beijando a
testa do David.
– Amor. – Falo chamando o Marcos. – Ele fica tão pequeno nas suas
mãos grandes. Vocês ficam lindos assim.
– Tenho outra coisa aqui que é grande além das mãos. – Ele fala
mordendo os lábios e rindo. Pego o travesseirinho do David e jogo nele que
pega em cheio e joga em mim acertando no meu rosto. Dou risada com ele.
– Para de ser safado. – Sorrio.
Nós vamos para o nosso quarto e colocamos eles deitados no meio da
cama um do lado do outro depois de fazermos eles pararem de chorar, o que
por sorte não demora muito. Beijo a mãozinha do Christian e sorrio para ele
que acaba voltando a dormir com o David aos poucos, suas pálpebras vão
pesando e eles dormem. Não é fome, eu os amamentei antes de tomar banho
e colocá-los para dormir. E também não é fralda, Marcos checou agora a
pouco... É apenas saudade de beijinhos e carinho.
– Querida, já que eles estão aqui pertinho vamos para o banheiro
terminar o que começamos?
– Marcos! Não! Já perdi a vontade. – Falo rindo e colocando a
calcinha, ele ainda está pelado e sua ereção ainda está dura e enorme, mas eu
tenho que resistir aos encantos desse Deus grego. Ou talvez não, seria uma
boa ideia... Não, não, não.
– Vem. – Beija meu pescoço. – Rapidinho. – Morde minha orelha e
eu pego no seu membro começando a masturbá-lo. – Você está louca de
vontade.
– Rapidinho e no banheiro... Não vou fazer isso na frente deles... É
estranho. E também não devemos de jeito nenhum. – Falo puxando ele. – E
sim, estou louca de vontade. – Tiro a calcinha que eu não deveria ter
colocado e jogo longe.
Assim que entramos Marcos fecha a porta, me envolve em seus
braços quentes me pegando no colo e pondo em cima da pia. Fica entre
minhas pernas e possui minha boca, mas desta vez de forma lenta calma e
amorosa.
Sem enrolação ele me penetra devagar e começa a dar lentas
estocadas. Ele desliza facilmente dentro de mim e eu novamente me sinto nas
nuvens com sua boca esmagando a minha e ele me preenchendo
deliciosamente. Começa a ficar quente aqui dentro então percebo que o calor
todo é exalado por nós dois. Marcos aumenta a velocidade e com o seu
jeitinho me dá boas e estonteantes investidas.
Um deles chora de novo, pelo choro é o David...
– Marcos... – Falo ofegante, mas ele não para os movimentos. – O
David... annnh. É melhor parar?
Ele começa a lamber meus seios, sinto que estou quase lá. Marcos
põe os dedos em meu ponto mais sensível do corpo e massageia
rapidamente... Nossa, só mais um pouquinho, estou quase, quase lá...
– Tem certeza que quer que eu pare? – Pergunta pondo o dedo que
me acariciava em minha boca e geme ao me ver chupando o seu dedo inteiro.
– Você me dá tanto tesão... Quer mesmo que eu pare?
Olho para ele e uivo quando novamente seu
dedo fodidamente habilidoso me leva loucura e ao caminho de um orgasmo
incrível.
– Não ouse... Continua, Marcos... Continua. – Faz o que eu mando e
mexe no meu clitóris cada vez mais rápido também.
Em segundos sinto meu corpo relaxar no meio de um orgasmo
múltiplo. Meus pés ficam contraídos e ponho um braço no seu pescoço e
junto nossas testas. Isso foi incrível. Nós estamos arfando de prazer e meio
embriagados com o clímax prazeroso que chegamos. Damos tudo de nós na
transa e às vezes cansa.
– A gente deveria ter parado... – Digo. – Não acha?
– Você que mandou continuar e não dava para parar, meu amor, não
pela segunda vez, não dá para resistir a você – Ele diz sorrindo. – Ele parou
de chorar.
Quando saímos do banheiro eles estavam dormindo já. Jogo uma
água no corpo e ponho uma roupa junto com o Marcos. Ele pega
o Christian no colo e faz uma careta ao cheirar perto da fralda. Marcos
sempre tem essa sorte!
– Katherine, Christian deixou um presentinho pra você na fralda.
– Para mim nada, foi para você e você vai limpar.
– Por que eu? Sabe que não levo jeito.
– Leva sim, já te vi fazendo isso e ainda por cima conversando com
seu filho dizendo para ele não contar para mim que você sabe trocar uma
fralda.
Pego o David no colo e sinto um cheirinho nada agradável vindo de
sua fralda. Olho para o malandrinho que me olha de volta com os olhos
sonolentos.
– Até você, David? Já é a segunda vez hoje.
– Cagãozinho. – Marcos diz beija sua testa colocando ele em cima da
cama.
– Vamos aproveitar e dar um banho neles. – Falo pegando a bolsa
deles com as coisas que precisamos para limpá-los.
– Não tomaram hoje?
– Sim, mas de manhã.
Ver o Marcos trocar uma fralda me fez rir, suas caras e bocas são
hilárias e ouvi-lo praguejar também é engraçado.
– Que fedor, o que você anda dando para esse bebê, Katherine?
Nossa, meu filho está podrinho, que cocozinho fedido. – Gargalho. Marcos
enrola a fralda suja e pega uma outra
– Cala boca e troca a fralda dele, Marcos.
– Estou tentando, não vejo a hora de ele ficar grandinho e começar a
usar o pinico.
– Sabe que ainda vai ter que limpar o bumbum dele, não sabe?
– Sei. – Terminamos. – Reclamo, mas eu amo fazer isso. É uma boa
fase.
– Uma ótima fase, queria eles bebezinhos assim para sempre. São tão
fofos.
– Fofos são, mas não quando roubam seus seios.
– Não fala besteira, meu amor.
Pego o David no colo e o Marcos pega o Christian, levamos os dois
para o quartinho deles e enchemos a banheira. Dar banho nós dois é
maravilhoso, eles se agitam e sorriem o tempo todo, sempre abrem as
boquinhas e se divertem aqui dentro. Na maioria das vezes Alexandre dá
banho neles, e eu adoro participar. Ambos são bem presentes e fazem um
ótimo papel de pai. A gente abusa passando talco nos dois e colocamos seus
macacões iguais. Dessa vez, coloquei certo e o Marcos soube diferenciar
quem é quem. Descemos lentamente fazendo os dois, bem acordados, darem
sorrisinhos, Christian fica bem entretido com a barba rala do Marcos. Ele e o
Ale fizeram recentemente, pinica um pouco.
Vejo o Alexandre entrando na sala de estar com o Eitan, eles estão
gargalhando. Eitan me olha por inteira, e sorri de canto. Sorrio de volta sendo
bem simpática, Alexandre me dá um beijo leve me
cumprimentando. Ahh que vontade de agarrar esse homem. Sinto a excitação
entre minhas pernas e salivo pelo Alexandre.
– Oi, Katherine. – Eitan diz beijando minha mão.
– Que cavalheiro. – Marcos diz com deboche antes de cumprimentá-
lo com um toque na mão.
– Oi, Eitan – Ele olha para o pequeno em meu colo e sorri. – Esse é o
David.
– Que maravilha, parabéns. Não sabia que eram tão lindos, Ale. São
idênticos.
Marcos e Alexandre ficam orgulhosos e exibem um pouco mais os
filhos, contam sobre a raridade que eles são com todo o ego e orgulho
masculino. Sorrio ao vê-los com o peito estufado. Christian começa a chorar
e eu o pego. Acho que é fome. Alexandre entende o recado e leva
o Eitan para o escritório. Já era de se esperar, duvido muito que ele deixaria
o Eitan me ver amamentando. Olho para o Ale antes de ele ir e pisco. Quero
fazer amor com ele a noite toda e aproveitar. Ahh, Ale! Justo hoje você tinha
que terminar um trabalho?
Já são 20h35, faz um tempinho em que os dois estão no escritório
trabalhando. Já que estou sem fazer nada, com a ajuda da Rebecca, preparo
um jantar para os dois. Como sei que estão atolados, acho que não vão poder
sair de lá nem para comer.
Termino em um tempinho considerável, vou servir o jantar para eles
lá mesmo. Tem uma mesa grande além da que ele usa e o escritório dele é
bem arrumado e aconchegante.
Quando eu vou entrar no escritório eu olho para a minha roupa. Eu
estou com uma camisola longa de seda, branca, ela fica meio colada em meu
corpo, adoro essa acho bem sexy. Ele adoraria me ver assim, mas não com o
amigo dele, ainda mais quando ele diz que o amigo é safado. Vou ter que
trocar de roupa ou...
– Amor? – O Marcos me chama me tirando dos pensamentos. – Está
fazendo o que?
– Marcos leva para mim, o Ale vai me matar se eu entrar com essa
roupa. Disse para Rebecca que eu fazia questão de levar.
– Ele não vai te matar, você está linda e... – Ele me observa inteira. –
Incrivelmente sexy, se eu o conheço bem, no mínimo, no mínimo ele vai tirar
sua roupa em três
segundos e vai abusar do seu corpo em cima daquela mesa, e eu estou quase
te atacando agora.
– Mesmo se ele estiver lá dentro com o Eitan fazendo trabalho? – Ele
tira o sorriso do rosto.
– Eu levo. – Ele tira a bandeja da minha mão. – Sei que está em casa
e fica do jeito que quer, mas fica bem longe do campo de visão dele. – Ele diz
e eu dou risada. – Esse Eitan é safado.
∞∞∞
Um ano depois
Os meus filhos já estão bem grandinhos, eles já sabem andar e vão
para lá e para cá, não param um minuto. Às vezes eles engatinham, mas são
bastante espoletas e bem agitados, quando dormem a casa fica em
silêncio, ai em vez de cuidar deles tenho que cuidar dos meus maridos e tratar
de ter fogo o suficiente para os dois que me prensam diariamente nas paredes
da casa.
Meu corpo está igual antes, minha bunda cresceu um pouco, não
está malhadona, mas está bonita e eles adoram assim. Na verdade, eles amam
meu corpo de qualquer jeito, me sinto sexy de qualquer jeito graças a esses
dois, claro que tenho meus dias de desleixada. Creio que você também
tenha... Me corrija se eu estiver errada. Gargalho mentalmente, eu nunca
estou errada, mesmo quando estou errada, estou certa... Estou brincando,
reconhecer os erros e aprender com eles eu sei isso que é essencial, mas
adoro falar isso, principalmente no meio de uma briga com os dois grandões.
Hoje a Rebeca teve que ficar com eles o dia inteiro, o que não foi
sacrifício algum, ela ama ficar com eles e se pudesse adotava os dois. Mas
finalmente Marcos, Alexandre e eu chegamos em casa juntos, ou quase,
quando cheguei os dois estavam conversando na garagem e travando os
carros.
Depois que fui atacada por bocas sedentas, que me sugaram toda,
mãos grandes que me apalparam e me veneraram inteira, por duas ereções
grandes que roçaram em mim e me levaram a loucura, tomamos um banho
juntos e viemos dar atenção aos nossos bebezinhos. Estamos até agora na sala
com eles brincando perto da cerquinha. Eles tentam correr e pular, e quando o
Marcos e o Ale fazem alguma gracinha qualquer os gêmeos se acabam de rir
caindo de bunda no tatame. A risada dos meus pequenos é tão gostosa de
ouvir, é fofa e ilumina todo o lugar. A risada de uma criança preenche o lugar
de modo que faz com que o clima fique como se fosse... como se fosse o
Natal. Cheio de amor, alegria, esperança e felicidade. Sempre que eles abrem
as boquinhas para rir, eu gargalho junto com eles batendo palminhas fazendo-
os me imitarem.
– Amor, vem com a mamãe, vem? – Chamo o Christian. Ele vem
tentando correr com a boquinha aberta e gritando. – Ahh, meu lindo. – Encho
ele de beijo que faz o mesmo segurando meu rosto com suas mãos pequenas.
– David, vem com papai Ale? Vem? – Alexandre o chama que sorri.
– David, vem bebê, vem com o papai Marcos? – Marcos o chama
com as mãos estendidas.
Ele fica no meio, ambos começam a chamar o David que fica
dividido e olhando para os dois. Eu tento a sorte e o chamo também.
– Vem com a Mamãe David, eu tenho bala, te dou sorvete. – Ele abre
a boquinha gritando e sorrindo. – É, mamãe te dá sorvete. Mamãe te dá
beijo.
– Katherine, sua safada chantagista. – Alexandre diz rindo. – Isso não
vale.
Mas o David não vem com nenhum de nós. Ele fica dividido entre a
gente, o Christian levanta a mãozinha abrindo e fechando devagar.
– Vem Deid – O Christian fala e o David sorri. Ele não
sabe falar muito bem o nome do irmão e eu acho Deid um ótimo apelido.
O Christian levanta do meu colo, os dois correm e se abraçam. Tenho
um ataque de fofura e quase vomito arco–íris. Que vontade de apertar os dois.
Eles não falam muito, mas o básico, a primeira palavra deles foi mamãe, mas
isso de tanto que eu falava mamãe para eles e às vezes Marcos e Alexandre
me chamavam assim também.
– Deid e Christian vai lá na frente da lareira, vai ali. – O Marcos fala
apontando e colocando eles em frente. Deixa os dois ali paradinhos um do
lado do outro. – Fica ai, paradinhos.
Bom parados não estão, os dois são ligados no 220w, mas estão um
do lado do outro pelo menos. Nós continuamos sentados no chão e olhando
para eles.
– De quem vocês gostam mais? Mamãe. – Ele diz apontando. – Papai
Ale ou Papai Marcos? – Olho para o Alexandre de olhos serrados.
Eles vão para o colo dos dois. Alexandre e Marcos dão a risada
vitoriosa e erguem a duplinha nos braços abraçando e dando vários beijos.
Marcos dá um beijo na barriguinha do Christian enquanto o Alexandre dá um
beijo e uma mordidinha na bochecha do David.
– E a Mamãe? Ninguém gosta? – Faço cara de triste. – Mamãe vai
chorar.
– Mamãe... Não. – Os dois se soltam dos pais e correm para me
agarrar.
Sinto-os fazendo uma forcinha para me abraçar com intensidade,
respiro forte deixando a sensação de bem-estar invadir meu corpo todo. Eu
mostro a língua para o Marcos e para o Ale.
– Mas é safada, traiçoeira... Porra, mulher. – Marcos diz rindo
olhando a cena.
– Nossa. – Deid diz assustado e fofo como sempre. Os dois me
observam com os olhos esbugalhados, depois olham para os pais e tornam a
me encarar. – Não fala palavão.
– Não pode, a... a... mamãe biga, ela não gosta quando fala. –
Christian fala para o Marcos também.
Rimos juntos e eu beijo o topo da cabecinha dos dois.
– Está vendo, Marcos? Seus filhos têm consciência disso. – Eu falo
rindo. Marcos me mostra o dedo do meio. E o David mostra de volta.
– Não faz isso, David! É feio, não pode. Eu fico triste quando faz
isso. – Ele assente com a cabecinha dizendo que entendeu e eu olho para o
Marcos. – E nem você, Marcos! – Jogo uma almofada no Marcos e o
Alexandre dá risada.
– Marcos é um péssimo exemplo para eles. – Alexandre diz rindo.
– Cala boca, sou um excelente pai.
– Os dois são.
Os dois pequenos bocejam juntos e me olham.
– Mamãe, eu tô com sono... – Diz esfregando os olhinhos. –
O Deid também.
– Então vamos dormir, meus anjinhos. – Beijo a testa dos dois.
O Marcos pega o Christian no colo e eu o David... ou melhor o Deid.
Alexandre pega a fralda deles e os seus ursinhos preferidos, não dormem sem
e quando não acham ficam chorando até achar. Houve dias que perdemos
pela casa e os dois choraram tanto, se esgoelaram tanto que acabaram
dormindo, e quando acordaram ambos despertam chorando. Achávamos que
ambos tivessem perdido no shopping, pois sumiu no dia em que fomos
passear e eles perceberam a noite. Quando abro a porta do carro no dia
seguinte para colocar os dois na cadeirinha vejo os ursos no banco.
Estávamos indo comprar outros iguais e dizer que achamos. Eu sei, são
mimados e eu tenho medo disso! Estamos corrigindo isso aos poucos, mas
nessa fase é impossível não mimar!
Entramos no quarto deles e trocamos as roupas, depois de pôr um
pijaminha fresco nos dois, demos um beijo de boa noite e os deitamos no
bercinho. David acorda bem na hora em que o coloco deitado no berço, olha
em volta e faz carinha de choro.
– Cadê o Chlistian? – Eles são iguais a mim quando pequena na hora
de falar, mamãe me dizia que eu trocava as letras, principalmente o R pelo L.
Ela achava fofo.
– O Christian está no bercinho dele, meu amor. – Faz carinha de
choro e tenta olhar para ele. – Quer dormir com ele? – Assente que sim e eu
o pego no colo.
Ponho-o ao lado do irmão com os ursinhos, ele agarra o irmão que
faz o mesmo meio sonolento.
– Amo vocês, meus amores. – Falo passando a mão no cabelo lindo e
macio deles.
Apagamos as luzes e fomos para nossa suíte. Jogo-me na cama
sorrindo e olho para meus maridos, foi quase agora que mandamos ver na
sala de jantar, nossa, foi tão bom. Não tivemos uma foda, ou rapidinha,
fizemos amor e eu amei. Eles tiram as roupas e eu também.
– Dia maravilhoso e um pouco cansativo. – Alexandre murmura e se
deita ao meu lado.
– É, cuidar de gêmeos é incrível, mas gasta as energias, eles são bem
elétricos e olha que brincamos todo o dia com ele. – Marcos diz e se deita do
outro lado.
– É... Nossos filhos são arteiros e bem animadinhos. Obrigada, por
me darem filhos lindos. – Digo e beijo a boca Marcos de leve e depois a do
Alexandre.
– Eu que agradeço, doidinha.
– Não sou doidinha, Ale. – Os dois se escoram nos cotovelos e me
encaram com as sobrancelhas arqueadas. – Tá bom, talvez um pouco.
Eles riem e beijam minhas bochechas fazendo uma trilha até o
pescoço. Aninho-me no meio dos dois que deitam as cabeças em meus seios
e adormeço feliz como na maioria das noites.
Capítulo trinta e um
Marcos
Katherine está de TPM hoje, só que não é uma TPM qualquer... ela
está um saco, chegou ao ponto de nem eu e nem o Ale termos paciência.
Brigamos, para variar, não sei bem como aconteceu, só sei que estávamos na
cozinha conversando... Tá bom, estávamos nos bicando, mas isso é normal
quando ela está nesses dias, ai quando percebi estávamos discutindo feio. O
Alexandre quis entender o que estava acontecendo, mas ela disse que seria
melhor nem saber porque senão ele ia me defender como sempre, e isso foi o
ponto de partida para brigarmos os três por muita coisa, como ciúmes,
casamento, a empresa, dinheiro e esses assuntos chaves. Nossa briga foi
longe, até eu e o Alexandre cansarmos e não aguentarmos mais a ouvir sobre
ela dizendo que a gente possivelmente a traiu. Ahh, essa mulher me tira do
sério às vezes, deve ser por isso que a amo tanto, ela desperta sentimento em
mim que eu nem sabia que era possível sentir. Sei que agora que casamos e
amamos temos que aturar, mas essa TPM está foda.
Eu e o Ale decidimos que vamos sair com os rapazes para espairecer
e esfriar a cabeça, pois já vi que hoje não dá para fazer as pazes com o bicho
que tomou conta da minha mulher. Toda vez que tentamos conversar, fomos
atacamos, ela está um cu hoje, então é melhor deixá-la se acalmar. A única
vez hoje que ficamos em paz foi na hora do almoço, Katherine queria atenção
e demos para ela... Depois daí ficamos em pé de guerra o dia todo.
Passo o perfume e seco o cabelo. Alexandre faz o mesmo e acho que
já podemos ir. Saímos do banheiro e encontramos a Katherine passando
hidratante no corpo. A maldita é sensual e linda, ainda mais brava, dá
vontade de pegar ela com força e domar na cama em uma foda exaustiva e
prazerosa. Ela põe uma de suas lingeries sexy e um baby doll liganete preto
todo trabalhado em renda que valoriza suas curvas e a deixa deliciosa. Solta
os longos, cheirosos e macios cabelos castanhos e põe para o lado...
Essa mulher quer me matar com tanta beleza, só pode.
Alexandre, também maravilhado com ela, me dá um toque e eu fecho
a boca voltando a realidade. Pego o celular junto com o Ale. Nos olhamos,
estamos prontos.
– Tchau, Katherine. – Falo junto com o Ale, mas antes de sairmos,
atravessamos o quarto e damos um beijo bem demorado na sua bochecha.
– Tchau, toma cuidado. – Diz seca e se soltando de nós dois.
Bufo e saio do quarto. Vejo que Alexandre tenta arrancar um beijo
dela, mas Katherine vira o rosto e ele dá um na testa dela.
– Eu amo você, tá?
– Eu também, Alexandre.
Ele vem até mim e nós vamos em direção as escadas.
Katherine
Sério, esses dois hoje estão me tirando do sério... Estão enchendo o
saco. Não estou boa hoje e ainda tenho que ter paciência para tudo. Christian
e David estão um terror hoje, dormiram faz um tempo, mas não me deram
sossego.
Marcos entra no quarto e começa a procurar algo em tudo quanto é
lugar.
– Katherine, onde está minha carteira?
– E sou eu quem tem que saber onde está sua carteira, Marcos?
Procura.
– Perguntei numa boa, não precisava ser arrogante.
Meu sangue borbulha mais que antes e eu me sinto vermelha e como
uma bomba que vai explodir agora. Fico muito brava e irritada e me viro para
ele para poder olhá-lo bem.
– E você, Marcos, não precisava ser tão desorganizado, porra tudo
sou eu nessa merda. Fode a paciência. Você e o seu irmão não acham porra
nenhuma. Toda hora me pergunta onde estão as coisas. Katherine, onde está
isso? Katherine onde está aquilo? Cadê tal coisa? Meu, se vira, eu não sou
obrigada a saber onde estão as coisas, se organiza, você e o Alexandre, são
dois imprestáveis para achar as coisas, estou de saco cheio, não acha nem os
próprios filhos... – Ele serra os olhos e me dá as costas saindo do quarto. –
Isso, me deixa falando sozinha, a palhaça e louca aqui já é acostumada.
Ele volta e procura novamente.
– Você está um cú hoje, chata para caralho com essa TPM maldita.
Satisfeita? Estamos brigando de novo e ainda por cima falando um monte
palavrões.
– Tenho uma solução para isso tudo. – Ele para de procurar a carteira,
e me olha
– Qual?
– Se separa, dá um tempo, some, se divorcia, é uma ótima solução.
– Quer o divórcio? – Ele ri sarcasticamente. – É isso mesmo?... Você
é impressionante.
– E se eu quiser? – Tiro a aliança do dedo e jogo nele. – E se eu
estiver de saco de cheio disso tudo, de saco cheio de vocês? – Ele arregala os
olhos e olha para o objeto em seus dedos. Um nó gigante se forma na minha
garganta. Odeio essa sensação. Odeio brigar com ele.
– Katherine, você está se ouvindo? Está ouvindo a estupidez e
idiotice que está falando? Está ficando doida, mulher?
– Doida, Marcos? Então é isso o que eu sou para você? Uma doida?
– Mulher é foda... Distorce tudo. – Diz mais para você do que para
mim e cruza novamente seus olhos com os meus. – Está parecendo uma
falando essas coisas... Olha, eu não vou ficar aqui discutindo com você, vou
sair e vou deixar isso, aqui. – Levanta a aliança e põe na cama. – Só para caso
você volte a ficar sã, volte a ter consciência das coisas e perceber que essa
sua solução é ridícula e está completamente fora de cogitação.
– Pode ir, e quando chegar, não precisa vir para o quarto fica no sofá
mesmo.
– Está maluca se pensa que eu vou dormir no sofá.
– Não quer o sofá? Tudo bem, temos quartos de hospedes, essa
mansão é imensa, tem muitas camas e muitos lugares para vocês dormirem.
Escolham à vontade.
– A mansão que eu te dei, que eu comprei.
– Que, Marcos? O que você acabou de falar? – Chego perto dele e
fico cara a cara.
– Você ouviu, ou será que além ficar brincando de ser louca, está
querendo dar uma de surda?
– Eu pedi para você comprar essa casa, Marcos? Pedi? – Ele fica em
silêncio e olha para o lado passando a mão no rosto. – Responde? Pedi?
Aliás, me fala qual foi o dia que eu abri a boca para te pedir alguma joia,
alguma viagem, algum carro, alguma roupa? Nunca, nunca te pedi nada
disso. – Meus olhos começam a lacrimejar e eu me sinto exausta de tanto
brigar. – Pega tudo de volta se quiser, tudo que me deu pega todo o seu
dinheiro de volta. Eu não pedi um tostão dele, não me casei como seu
dinheiro, não me casei com essa casa, não me apaixonei pelas coisas me deu,
me apaixonei por você e eu não permito que você abra a boca para dizer ou
dar a entender que você me sustenta porque é mentira. Eu não preciso do seu
dinheiro, sou muito grata por tudo o que me deu, principalmente nosso filhos,
por tudo o que fez por mim, sei que nenhuma pessoa no mundo faria o que
vocês fizeram, por isso eu te amo tanto, mas por favor, não me fala que eu te
pedi tudo isso, e mesmo se tivesse pedido eu odiei ver você jogando isso na
minha cara. – Eu limpo minhas lágrimas e o vejo respirar fundo.
– Não disse que você pediu tudo isso, fez o discursinho à toa.
Ele diz saindo do quarto depois de socar a porta com tanta força e fazer um
buraco. Caio em cima da cama e começo a chorar. Droga, droga, droga,
droga. Parece que se passaram horas enquanto eu encarava o teto com a
aliança na mão e tentando me acalmar, aos poucos vou parando de ouvir as
batidas de meu coração, aos poucos meu sangue para de borbulhar e aos
poucos minha respiração volta ao normal. Olho para o relógio... Horas... Se
passaram 15 minutos. Ponho uma roupa bem devagar, pois não consegui por
mais depressa. Vou até o quarto dos meus filhos e os acordo. Pego os dois no
colo ainda sonolentos e ponho os dois no carro. Eles dormem iguais anjos e
eu não resisto ao impulso de beijar a testa dos dois.
Volto apenas parar pegar minha bolsa e dirijo até a casa da minha
mãe... Quero beber algo forte para aliviar tudo isso o que está acontecendo e
preciso que meus filhos fiquem bem, não arriscaria ficar bêbada com os dois
em casa e somente eu tomando conta. Explico para ela uma parte no caminho
e quando estaciono em frente à casa, ela já vem em direção ao carro. Pulo
para fora e me aninho em um abraço apertado. Recebo um beijo na cabeça e
sinto que uma parte dos problemas foi embora apenas com o abraço dela. É
gostoso, reconfortante e me deixa tranquila, é como uma tarde numa praia
vazia, só você e o barulho do mar.
– Vai ficar tudo bem, minha filha.
– Espero, me ajuda a pegar os meninos?
– Claro.
Abro a porta do carro e pego o Christian nos braços enquanto minha
mãe pega o clone. Vamos em passos lentos até a sala. Deixo os dormindo em
meu antigo quarto e desço depois de beijar os dois pela milésima vez no dia.
Meu pai já está dormindo em seu quarto então ponho uma roupa confortável
e me sento ao lado de minha mãe quando ela traz as bebidas.
– Vou fazer um drink para você, está precisando.
– E como.
Conto o que aconteceu, os detalhes das brigas que rolaram hoje o dia
todo. Hoje o dia foi horrível. Contei que não estava nada bem, pelo fato de ter
discutido tão feio com os dois e também sobre os pimentinhas.
– Meu amor, um casamento tem seus altos e baixos, acho que não
precisava você ter tirado a aliança e também Marcos não precisada ter dito
aquilo sobre a casa. Ambos estavam exaustados e acho que devem tentar
conversar amanhã, vão estar mais calmos, com a cabeça no lugar.
– Ele me chamou de doida o tempo inteiro.
– Posso te falar uma coisa, se um homem não te chamar de doida
começar a se preocupar. Ele não quis dizer isso várias vezes, estava
sobrecarregado e você também, e aposto que você não quis dizer que estava
de saco cheio deles. Qual é? Você ama esses dois mais que tudo nesse
mundo, deve amar mais do que ama a mim. – Rio um pouco mais animada...
É a bebida fazendo efeito.
– Não exagera mãe, amo tanto os dois que chegam a doer, mas você e
o papai estão acima.
– Fico feliz em saber minha linda. Agora, vê se dorme, por que você
já está ficando animadinha. – Dou risada;
O plano da Dona Lorena era dormir, mas acabamos bebendo mais um
pouco e conversando por mais tempo, até que o telefone toca e ela atende.
Olho no relógio e vejo que já são três da manhã... Nossa.
– Alo. Oi Ale, tudo bom? Já chegou em casa? A Katherine? – Faço
não com a cabeça. – Ela não está aqui não, já ligou no celular dela, meu bem?
– Vejo meu celular e encontro 18 chamadas perdidas. – Ale espera só um
momentinho. – Olha para mim. – Kat, pega mais vinho. – Diz sussurrando e
volta a falar com o Ale.
Levanto-me e vou em direção a cozinha, mas paro no corredor e ouço
ela falando ainda. A velha vai dizer que eu estou aqui, conheço a peça.
– Ale, ela está aqui sim, fica tranquilo, meus netinhos também,
amanhã os três vão para a casa. – Sabia!
Pego mais uma garrafa e volto para sala, ela já terminou de falar com
ele e está virando o resto da vodka na boca, faz uma careta e depois suaviza o
rosto. Respira fundo e sorri aliviada. Ouvimos um barulho de chave na porta
e o Max entra. Ué, ele não estava dormindo?
– Max, você não estava dormindo, safado? – Minha mãe pergunta já
meio alterada. Nós duas estamos.
– Eu estava no mundo com os rapazes e os maridos da nossa filha. Eu
estava na bagunça. – Diz e dá risada. – Vamos fazer amor, Lorena, quero
ficar agarrado com você.
Dou risada dos dois e ajudo minha mãe levantar, meu pai me beija na
testa e eu começo a dançar com ele. Damos risada e meu pai canta Bob
Marley.
– I wanna love you... – Diz arrastado e muito engraçado.
– and treat you right – Completo.
– I wanna love you. – Minha mãe canta e levanta a garrafa
rebolando.
– Every day and every night – Meu pai responde e beija ela de leve.
Começo a empurrar os dois escada a cima e eles vão cantando
agarrados e aos pequenos beijos... Eles não vão conseguir fazer amor, nem
subir as escadas direito conseguem, mas dormir agarradinhos eu tenho
certeza que vão.
Por preguiça de subir até meu quarto eu deito no sofá cansada e tento
dormir. Estou com a cabeça cheia, amanhã tenho que falar com
os estressadinhos, ou pelo menos tentar. Vai ser difícil ter uma conversa com
os dois, hoje foi um inferno. Pelo menos sabem onde eu estou, ou virariam o
mundo de cabeça para baixo em poucas horas só para me achar. Rodo a
aliança em meu dedo e beijo, amanhã será um outro longo dia.
Marcos
Saio quase cuspindo fogo da suíte depois de socar a porta e deixar um
buraco. Desço as escadas rapidamente e encontro o Alexandre. Ele me vê
alterado e enxerga as fumaças saindo do meu nariz. Olha para minha mão
vermelha e me olha confuso.
– O que aconteceu?
– Ela tirou a aliança, jogou em mim e disse que quer o divórcio, não
está falando coisa com coisa.
– E porque sua mão está vermelha? Marcos, você fez alguma coisa?
– Tipo o que? Acha que eu fiz o que?
– Com uma mão dessa você acertou algo ou...
– Eu soquei a porta, retardado. Não tenho coragem de levantar um
dedo para ela no intuito de ferir.
– Tá, mas vou falar com ela.
– Não vai, melhor não. Deixa ela sozinha para pensar um pouco nas
coisas que me disse. Vamos logo que preciso de algo forte, já vi que hoje não
tem conversa nesse mundo que faça a gente fazer as pazes.
– Ok, vamos. – Ele paga a chave do carro. – Não está doendo?
– Não estava, mas agora que falou sim.
– Tem de ir ao hospital, já pensou na possibilidade de ter quebrado a
mão?
– Não... só vamos. Depois vejo o estado da minha mão.
– Você é louco, Marcos.
Vamos para a entrada de casa e vemos o Eduardo já pronto para dar
partida. Entramos no carro e ele dá partida imediatamente. Percebeu que não
estamos muito de papo hoje por isso nos deu um breve boa noite e dirigiu em
silêncio o caminho inteiro. Vamos nos encontrar com Max, Eric,
Kelvin e Henrique.
Ainda não acredito que a Katherine disse que quer o divórcio. Sério,
sei que ela estava brava, mas chegar ao ponto de pedir o divórcio e dizer que
está de saco cheio é demais. Mas depois falamos com ela e se ela pensa que
eu vou dormir no sofá quando eu chegar ela está muito
enganada. Alexandre me chama já fora do carro, não percebi que já tinha
chego, minha mão está doendo, droga, para que fui socar a porta? Merda.
Saio do carro e vejo que a fila do barzinho está cheia. Vejo os rapazes na
porta e me aproximo junto com o Ale. Kelvin nos vê de longe e a fica
animado dando uns pulos.
– Fica todo ouriçadinho quando me vê – Alexandre diz e
cumprimenta todos.
– Claro, um homem gatão desse merece o respeito.
– Eva sabe que está virando gay?
– Não, ainda vou contar, quero ter certeza. – Não importa quando e
nem onde, o negão sempre me arranca boas risadas.
– E como vai fazer isso?
– Vou embebedar vocês dois e vamos mandar ver. – Ele ri.
– Para de falar besteira vamos entrar.
Por sermos VIP eles já liberam nossa entrada e vamos para uma área
reservada. É o teto do bar. Aqui em cima é incrível, uma parte do chão é de
vidro dando para ver o mar de pessoas lá em baixo e no camarote. Há muitos
dançando, bebendo e se divertindo. Sento-me na poltrona ao lado de Eric.
Alexandre faz os pedidos de todos e retorna a mesa. Eric olha para minha
mão e cruza seus olhos com os meus. Mesmo estando um pouco escuro ainda
dá para ver minha mãe vermelha.
– Vou chegar nessa parte, vou contar uma coisa para todos.
– Então, desembucha. – Todos me olham atentos.
– Katherine e nós brigamos feio e...
– Bateu na minha filha, desgraçado? – Os meninos seguram Max que
quase me socou pela ideia.
– Calma aí, vovô, não bati na Katherine, não seria capaz de levantar
um dedo para ela com o propósito de agressão física. Nunca faria isso com
qualquer mulher, se acalma Max – Falo desesperado e relaxo quando ele
senta. – As palmadinhas ela mesma pede! Como ia dizendo, brigamos feio, o
dia todo, por causa da TPM dela, dessa vez a coisa corroeu minha esposa e a
transformou num bicho, porque hoje ela estava uma coisa. Aquele anjo que
conhecemos como Katherine Miller Clark Walker, virou um verdadeiro
demônio. Não tivemos uma conversa pacífica hoje, a não ser no almoço, até
no café da manhã brigamos, e chegamos ao ponto de ela tirar a aliança jogar
em mim e dizer que queria um divórcio, eu também fui um idiota em chegar
nela e perguntar onde estava minha carteira. – Eles fazem uma careta e
voltam a me olhar atentos. – Ela virou um monstro supersexy e... e... nossa. –
Respiro fundo. – Falou para eu dormir no sofá. – Prossigo. – Eu disse que
não, me mantive firme, eu que não ia dormir no sofá com uma puta cama
projetada na suíça lá na nossa suíte com espaço de sobra, ela disse que a
mansão imensa tinha quartos de hóspedes. – Fica um silêncio. – Ai eu abri a
boca e falei merda novamente, sabe ela estava falando merda o tempo todo,
mas ao invés de eu limpar a bagunça, eu peguei a merda e joguei no
ventilador, falei que a mansão tinha sido eu quem tinha comprado ai fodeu
tudo, vocês já imaginam o discurso dela, fiquei putão e soquei a porta do
quarto antes de sair, nossa, eu preciso de Vodka. – Pego a garrafa e viro
tomando dois goles de uma vez.
Ficou quente e o liquido desce queimando...
– Caralho, Marcos. Você estava parecendo uma mulher falando. –
Eric diz – Não durma no sofá, se mantenha firme, isso é essencial. E foi
burrice ter falado que você tinha comprado a casa, ela distorceu tudo não
distorceu? Encheu a paciência falando mais coisas?
– Sim.
– Mulher é uma coisa complicada, é tipo uma bomba, tem que saber
manusear qualquer coisa errada que nós, meros mortais, fazemos é o
suficiente para explodir, aí a gente fica sem entender o porquê da explosão e
só vai entender Deus-sabe-lá-quando, e as cretinas são sensacionais, não vivo
sem elas. O que me deixa puto, é isso que aconteceu com você. Elas ficam
bravas e sexy, quando estão brigando com você, elas são maravilhosas. –
Henrique diz.
– Da vontade de pegar de jeito e destrui-las na cama. São seres
incríveis que só os bons conseguem desvendar. E a Katherine é uma poesia
que só o poeta dos poetas consegue desvendar essa mulher e eu fico doido
com ela, e isso me faz amá-la ainda mais. Aí ela vem com papinho
de divórcio eu fico quebrado. – Alexandre diz e vira o conteúdo do copo.
– E você Max, o que tem a dizer sobre sua filha? – Falo
– Que se esse bicho que ela virou não pode ser destruído com beijos e
carinho eu não sei o que eu posso falar para ajudar vocês. Lembro dela
criança, sempre que ficava brava comigo por alguma coisa eu enchia ela de
beijo e abraço, algumas vezes ela já cedia, mas outras ela ficava de marra e
depois vinha falar comigo. Eu enfrentei as TPMs dela, sempre que começava
a explodir eu a abraçava bem forte. Faço isso com a Lorena, ela me bate um
pouquinho e chora, mas no final sempre passa. Mimo bastante ela e não me
canso disso.
– Nós sempre mimamos ela, mas dessa vez o negócio é sério, é caso
de exorcismo. – Eles riem e eu não resisto.
– Quando chegarem em casa, durmam na cama, se ela reclamar
finjam que não estão escutando e depois agarrem a ferinha, beijem aos
poucos, vai funcionar. Isso se ela não pedir desculpas antes, olha, conheço a
Katherine tanto quanto vocês, sei que ela sempre brinca dizendo que está
certa em tudo, mas ela sabe reconhecer os erros quando necessário, e vai, é só
esperar, cada mulher tem seu tempo.
– Jade por exemplo é um bicho todo dia. – Rimos. – Tá, quase todo
dia e para mim é um desafio domar aquela safada peituda, mas eu amo fazer
isso quase todo dia, ela está ficando cada vez menos bicho, às vezes irrito
de propósito para vê-la brava.
– E também pode ser que ela ficou brava porque nenhuma das
discussões acabou em sexo, é gostoso fazer isso e muitas vezes brigo com
Eva feio assim porque a gente não acabou uma discussão dizendo eu te amo e
suados na cama. Ela deu indícios de que queria isso?
Olho para o Ale e ficamos pensando... sim ela deu, o dia inteiro, na
verdade.
– Sim, no almoço enquanto estávamos brigando ela tirou o vestido
dizendo que ficou com calor e saiu rasgando da cozinha, não fomos atrás, ela
tomou banho e andou pelada pela casa por um tempo depois colocou roupas
bem curtas que a deixaram maravilhosa. E de noite tomou banho e passou
hidratante no corpo na nossa frente e colocou um baby-doll supercolado. Era
isso... – Ale diz e olha para todos. – Marcos, faz quanto tempo que não
trepamos?
– Uma semana e alguns dias por causa dos gêmeos.
– E faz quanto tempo que não recebemos a atenção que gostamos e
vice-versa?
– Alguns dias.
– Porra é isso, estávamos separados de uma certa forma. E não nos
demos conta, pois estávamos distraídos com os filhos, por isso não ficamos
tristes, só veio à tona porque ela ficou de TPM, por isso ficou um bicho.
– Caso encerrado. – Henrique diz e sorri
– Agora que achamos uma solução para o trio, precisamos resolver o
problema do negão. Kelvin está surtando. – Eric diz para todo mundo.
– Qual o problema? – Pergunto.
– Esse cara, que tem a jeba do tamanho e grossura de um tronco de
árvore quer fazer anal na Eva e ficou puto quando ela não quis.
Todos olhamos para ele sério que olha de volta intrigado.
– Que foi gente? É só a cabecinha.
– Já viu o tamanho da cabeça do seu pau, Kelvin? – Alexandre
pergunta e bebe mais.
– Quer arrombar a Eva? – Henrique diz e nós rimos.
– Tá, vamos com calma nesse assunto... – Ale diz e botamos as
cabeças para funcionar. Todas as cabeças.
Katherine
Estaciono o carro na garagem e passo a mão no rosto, dormi mal essa
noite. Ainda bem que é domingo e vou ter tempo de sobra para descansar.
Meus pequenos não pararam um minuto de conversar, eles até gritaram.
Estou com dor de cabeça ainda por causa do tanto de bebida que tomei
ontem, e foi bom. Eu estava precisando daquilo.
Ponho os dois no chão e eles andam bem devagar até a porta. Sobem
a rampa se divertindo enquanto eu caminho quase que parecendo um zumbie.
Fecho a porta e deixo os dois soltos por aí, não vão muito longe, mas quando
vejo que ambos vão para a cerquinha acolchoada, eu fico mais tranquila. Vou
até meu quarto e encontro a cama vazia... ué. Eles voltaram para a casa.
Começo a procurá-los pelo andar e encontro-os no quarto do Christian
e Deid. Estão no chão, jogados e juntinhos. Será que acordo os dois? Não,
vou deixá-los aí enquanto tomo um banho. Vão acordar morrendo de dor nas
costas.
Vou até o banheiro e preparo a banheira. Rebecca me manda
mensagem dizendo que está cuidando dos gêmeos e eu relaxo mais ainda.
Quando meu lento e demorado banho de beleza termina me sinto disposta e
com mais energia, finalmente despertada. Ponho uma roupa qualquer de ficar
em casa e vou acordar os grandões. Entro no quarto e me ajoelho.
– Marcos, Ale? – Mexo neles. – Gente acorda. – Eles começam a se
movimentar devagar até que o Alexandre abre os olhos. – Ei levanta e vai
dormir na cama. Marcos. – Mexo nele que vai acordando aos poucos. –
Dormiu no chão, Marcos? Por quê? – Olha-me e se senta fazendo cara de dor
com o Ale. – Por que dormiu no chão, Alexandre? – Pergunto passando a
mão em seu cabelo.
– Enchemos a cara. – Marcos passa a mão no próprio cabelo e então
percebo que está enfaixada. – E chegamos tarde.
– Marcos, sua mão.
– Vai ficar de boa, não quebrou, médico disse que foi muita sorte. –
Por impulso eu beijo os nós de seus dedos.
– Vamos os dois, levantem, vão dormir na cama. – Beijo a testa do
Alexandre antes de ele levantar.
Ajudo meus maridos e os levo para o quarto, os deito na cama e faço
carinho no rosto de ambos. Não demora muito para eles dormirem de novo.
Aproveito que estão de bruços e massageio as costas dos dois para aliviar um
pouco a dor que devem estar sentindo. Beijo as costas do Marcos e a nuca do
Alexandre. Que besteira eu ter tirado a aliança... vamos conversar quando
acordarem.
Fico um bom tempo lendo na sala enquanto Christian e Deid brincam
juntos. Deixo o livro de lado e beijo os dois abraçando e fazendo cosquinha.
Eles fazem o mesmo comigo, são tão lindos. Deixo os dois na sala e vou até a
cozinha. Rebecca está fazendo o prato dos pequenos e comendo chocolate.
Ela põe suco para os dois e sorri quando me vê.
– Está melhor, querida?
– Estou sim.
– Tem certeza? – Pergunta enquanto pego o que vou precisar para
fazer um lanche.
– Tenho, Rebecca, obrigada por se preocupar.
– Sabe que me preocupo com vocês naturalmente. – Recebo um beijo
na bochecha. – Os danadinhos estão com fome?
– Devem estar, desde a hora em que acordaram não pararam um
minuto.
– Ok, vou alimentar os anjinhos. – Ela some atrás da porta e eu
continuo a fazer meu lanche.
Escolho a música All night long da Aretha Franklin e ponho para
tocar no sistema de som da cozinha. Fecho os olhos por um momento e deixo
a música me levar. Sem perceber começo a mexer o quadril
sensualmente. Começo a mexer o corpo do mesmo jeito e canto
baixinho. Jogo o cabelo para o lado e termino de fazer meu lanche com
sucesso.
– O jeito mais sexy que já vi de fazer um lanche. – Alexandre diz e
eu tomo um susto virando de frente para eles. Ponho a mão no peito e respiro
fundo.
– Me assustou.
Ambos sentam no banco alto da ilha. Faço quase um exame clinico
nos dois e me sento também. É hora de conversarmos, mesmo não estando
tão preparada para essa conversa, quero fazer as pazes.
– Acho que temos que conversar. – Falo
– Muito, podemos começar pedindo desculpas. – Alexandre dá a
ideia e passa a mão no cabelo sedoso. Seus olhos azuis me encaram. – Quer
começar?
– Na verdade, não, mas tudo bem. Desculpa por ter gritado com
vocês o dia inteiro ontem, apesar de que vocês...
– Amor, sem defensiva. – Marcos diz e sorri de leve.
– Ok. Desculpa por ter gritado, desculpa por ter jogado a aliança
em você – Olho para o Marcos. – Foi realmente estupido e eu não queria ter
dito que estava de saco cheio de vocês, pois era mentira. Desculpa pelos
desentendimentos e as brigas que provavelmente comecei... – Faço uma
pausa. – Desculpa também por ter sigo arrogante com os dois algumas vezes,
eu estava errada e reconheço isso. Mesmo estando certa e vocês sabem disso,
afinal sou a mulher. – Eles riem. – Brincadeira a parte, desculpa for
quebrar um dos votos do casamento, não respeitei vocês como devia. –
Mantenho contato visual com os dois e à medida que vou pedindo desculpas
vou tirando um peso das costas. – Eu não queria dizer que são emprestáveis e
nem desorganizados, na verdade, é o contrário, vocês tem muito o pé no chão
e são muito organizados, são maravilhosos e homens sérios, e eu, na
verdade, adoro quando as falhas de homens fazem efeito em vocês, como o
fato de não acharem nada em casa, eu gosto quando me perguntam as coisas,
me faz achar que precisam de mim tanto quanto eu preciso de vocês. –
Ambos me olham admirados e com olhares apaixonados. – Marcos e Ale é a
vez de vocês.
– Vou falar por mim e pelo Ale. Desculpa, por ter te chamado de
doida, louca, estupida e todas essas coisas que não é. Doida é só um
pouquinho, você sabe disso. Desculpa por ter dito, ou dado a entender, que eu
e o Ale sustentamos você, quando, na verdade, você é uma mulher guerreira,
que conseguiu as conquistas com suor e determinação. Sei que eu e o Ale
compramos, mas você ajuda muito com as despesas que as nossas vidas caras
e cheias de luxos têm. Sem você sabemos que não seriamos o que somos. Eu
não queria dizer que estou sufocado com a relação ontem à tarde, e também
não te acho grudenta, eu amo, na verdade, quando fica comigo e com o
Alexandre o dia todo, ou quando me enche de perguntas. Não acho que encha
o saco, sei como se preocupa com a gente e eu amo isso em você. E também
desculpa por nós não percebermos que fazia um tempo em que não dávamos
atenção um para o outo, acho que nem você percebeu. E isso pode ter sido a
causa das brigas, pode ter ajudado, porque o maior causador foi a TPM que
comeu minha mulher e transformou naquele bicho. – Rimos. – Na verdade,
quando brigamos e vocês está brava eu me encontro num desafio, uma coisa
excitante, na verdade, só queria te agarrar e domar você na cama junto com o
Alexandre. E me desculpa se eu esqueci de algo. Como falei por mim e por
ele, isso tudo vem de nós dois.
Alexandre levanta e fica ao lado irmão. Fico relaxada e parece que
um peso saiu das minhas costas, a sensação de bem-estar fica por toda a
cozinha e o clima ruim em que estávamos despareceu. O amor que sentimos
um pelo outro se prolifera pelo lugar e um vento um pouco forte passar por
nós, meus cabelos balançam um pouco e ele vai embora levando consigo toda
a raiva e mal-entendido. O vento purificou o ar e fez uma limpeza ao redor.
Ando lentamente até os dois, sorrio de canto e fecho os olhos quando o
Alexandre me abraça por trás e me envolve em seus braços. Sinto-me em
casa e confortável. Fico entre as pernas do Marcos e ponho as mãos em seu
rosto.
– Nos amamos? – Pergunto para os dois.
Depois de encarar o Marcos olho para o Ale, ele encosta os lábios nos
meus de leve e morde meu lábio. Encaro o Marcos e nossas bocas se juntam
como se fossem imã. Como é bom beijar esses dois.
– Com certeza. – Marcos responde. – Só falta o Ale me beijar. – Dou
risada com a cara que ele faz.
– Esse Marcos é gay e ainda quer praticar incesto.
– Eu já disse que ia adorar se algum de vocês fossem gay – Falo, mas
paro e penso em uma coisa. – Não podem, se não, não posso mais ter os dois
ao mesmo tempo, vão querer se pegar e eu vou ficar sobrando. Ia ser incrível
ver os dois se beijando, mas aí eu não iria chamar a atenção de vocês com os
meus atributos físicos.
– Isso aqui são dádivas. – Ale pega nos meus seios e o Marcos na
minha bunda. – Amamos tudo isso em você, mas se tem algo que me fascina
e eu fico bobo quando está em ação é isso aqui. – Ale põe o dedo em minha
cabeça e o Marcos a mão no meu coração.
– Vamos foder ou fazer amor? – Pergunto suspirando.
– O que quer? – Marcos pergunta.
– Quero fazer amor com vocês, bem intenso, gostoso e lento .
Alexandre beija minha nuca e começa a tirar o vestido básico e
colado ao corpo que peguei emprestado da minha mãe faz tempo. Gostei
dele. Marcos beija minha boca e arrasta a boca até meu pescoço. Alexandre
faz o mesmo eu sinto uma corrente passar pelo meu corpo, meu sangue
começa a esquentar, minha xota pulsar, meus seios endurecer e eu arfar de
prazer com mãos grandes me pegando firmes e bocas famintas me chupando.
Sou encoxada pelos dois e me dou ao luxo de apalpar suas ereções grandes
que me satisfazem tão bem. Eu senti falta disso, senti falta deles me pegando
desse jeito.
Dizem que mulheres não gostam do cara bem-dotado, mas eu digo o
contrário, é uma maravilha. Marcos e Alexandre são a oitava maravilha do
mundo, como eu amo ser casada com esses dois.
Capítulo trinta e dois
Alexandre
Acordei com o sol no meu rosto, esqueci de fechar a janela do quarto.
Como sempre eu já acordo duro e estou com meu precioso roçando na perna
da Katherine. Ontem foi maravilhoso, foi o melhor sexo de reconciliação que
tivemos... Passamos a tarde toda transando. Olho para seu corpo. Droga,
como ela consegue ser tão gostosa? Mesmo depois da gravidez ela ficou linda
e com um corpo fabuloso. E mais, seus seios ficaram fartos.
Olho no relógio são 6h, tenho que levantar vou dar uma olhada nos
meus campeões e depois me arrumar, vou ter um dia cheio hoje na empresa,
vou ficar ocupado o dia todo, tenho várias reuniões, documentos para ler e
assinar, relatórios e planilhas para ver.
Dou uma palmada na bunda dela que solta um gemido dengoso e me
levanto. Deliciei-me com essa lua cheia ontem na cozinha mesmo. Jogo uma
água no rosto e escovo os dentes. Alongo-me um pouco e vou até o quarto
dos meus lindos. A cada vez que me aproximo ouço gritinhos, risadas, nomes
e alguns sons. Assim que entro no quarto vejo os dois acordados e meio
elétricos. Ambos segurando na grade e almofada presa à grade. Estavam cada
um em seu berço conversando, na verdade, tentando falar alguma coisa e
sorrindo. Eles falam o básico e nas conversas deles só saem gritos o nome
deles e algumas palavras incluindo mamãe e papai. Eles dão tanta risada que
caiam para trás com as perninhas para cima. Quando eu acendo a luz eles me
olham.
– Papai. – Eles falam e batem palma.
– Bom dia, bonitões. – Eu pego o David no colo, beijo sua testa e o
ponho no chão. – Bom dia, Christian – Pego ele também e dou um beijo,
ponho-o sentadinho ao lado do irmão e me sento com eles. – Vocês já estão
bem cabeludinhos, hein. Muito cabeludinhos para falar a verdade, vamos dar
um jeito nisso aí depois.
Eles põem a mão no cabelo.
– Mas ó – Ponho o dedo indicador na boca. – Segredo, a mãe de
vocês não pode saber... É surpresa. – Eles imitam o gesto e sorriem.
– O que é que eu não posso saber? – Katherine pergunta sentando ao
meu lado.
– Nada mamãe. – Christian fala.
– Nada? – Pergunta olhando para eles. – Então eu vou fazer
cosquinha em vocês até vocês falarem. – Começa a fazer cosquinha neles
dois que se contorcem dando sua risadinha gostosa.
– Para mamãe. – Eles gargalham me fazendo rir. – Papai. – Deid grita
e eu agarro essa mulher.
– Christian e David vão no quarto e acordem o papai Marcos. – Eles
saem rindo.
Katherine
Quando o Alexandre me agarra eu consigo senti-lo duro. Sorrio, ele
fica apetitoso pela manhã. Os meninos saem do quarto tentando correr e rindo
muito.
– Não corre que vocês vão cair. – Falo quase gritando, mas o
Alexandre me põe no chão e segura meus pulsos ficando entre minhas
pernas.
– Agora a fera está sobe controle.
– Fera? Alexandre, eu vou te matar. – Falo tentando me soltar o que é
falho, pois o Ale fisicamente é bem mais forte que eu e ainda por cima é
pesado. – Ale, o portãozinho da escada está fechado? – Ele não responde e
começa a fazer a boca trabalhar em meu pescoço. – E se eles caírem?
Alexandre me deixa levantar. – Dou risada.
Ele começa a beijar minha boca de forma profunda e lenta, sinto sua
respiração quente no meu rosto, estremeço com o roçar de sua ereção dura
igual cimento em minha intimidade e gemo de prazer provando sua boca
como se eu estivesse provando a coisa mais deliciosa do mundo. É uma
delas.
A barba do Alexandre roça em mim e eu começo a ficar
excitada. Beijo sua boca com vontade respirando fundo e ficando doida por
não tocar nele. Ele ainda segura meus pulsos e me mantém no chão com seu
peso gostoso em cima de mim, desvio a boca e dou chupões no seu pescoço
cheiroso e macio, mordisco ficando com calor e abraço seu quadril com
minhas pernas soltando um gemido alto quando ele desliza forte em mim.
Alexandre aperfeiçoa o beijo virando o rosto num ângulo perfeito e põe a
mão na minha perna dobrada. Com a mão livre puxo seu cabelo, estou suando
frio e começo a enlouquecer no momento em que sua caricia vai subindo.
– Uou... – Ofego. – Que beijo... Você ainda me surpreende. – Solta-
me para se apoiar nos cotovelos e me encara.
Dou uma leve risada e olho para a porta involuntariamente e quase
que tenho um enfarto.
– MEU DEUS, CHRISTIAN E DAVID NÃO, SAI DE PERTO DA
ESCADA. – Grito tentando levantar. – ALEXANDRE.
O Alexandre levanta num pulo quando vê, mas os dois correm para
mais perto dos degraus. Fico desesperada quando o Alexandre para de andar
eles também. Alexandre dá um passo e os dois vão andando para trás. Eles
estão pulando e rindo, se eles caem daqui de cima eu não sei o que faço.
Forma-se um nó na minha garganta, meu coração aperta e eu não consigo
pensar em nada. Eles são tão inocentes e estão achando graça disso. A gente
deveria ter fechado a grade que tem no começo da escada, que descuido da
nossa parte.
– Amores, vem com o papai, vamos brincar aqui no quarto? – Diz
chamando os dois.
Eles ficam olhando para gente e para baixo, Christian ameaça descer
o degrau, que é muito alto para suas perninhas curtas, quando Alexandre
tenta ir pegar os dois.
– Christian e David, papai não está brincando. Sai dai... – Tenta dar
mais um paço, mas os dois vão mais para trás sem olhar para os degraus.
– Christian, vem cá. Vem com a mamãe. – Começo a chamá-lo. Ele
sorri, olha para o irmão e anda devagar até mim. – Isso meu amor, vem com a
mamãe. – Pego-o e aperto num abraço. Fico um pouco aliviada por ele
estar bem... Mas ainda falta o David... cacete como esse menino é esperto o
Alexandre dá um passo e ele dá dois para trás. Ele está achando graça nisso
tudo.
– Será que dá para correr e pegar ele? – Pergunta.
– Não, a gente está longe e se você correr ele vai achar que
é brincadeira, vai correr e cair.
– Puta merda. David, não, volta aqui. – Da mais um passo e o David
faz o mesmo sorrindo. Ale esfrega a cara. – DAVID, VEM AQUI AGORA. –
Ele grita... É tão sexy bravo, mas não dá para pensar nisso agora...
Assustado com o grito ele anda de costas, Alexandre corre e ele faz o
mesmo com cara de choro, meu coração aperta e eu prendo a respiração... ele
vai cair.
– Peguei. – O Marcos agarra ele no último segundo.
Eu solto o ar aliviada e abraço forte o Christian... Marcos põe
o Deid no chão que vem até mim. Agarro os dois e beijo suas cabeças.
– David – Ele me olha com os olhinhos esbugalhados e azuis como
os do Ale. Brilham igual um diamante. – Você sabe que não pode ficar
brincar perto da escada, mamãe já falou muito para você... – Ele me olha
triste.
– É Deid, mamãe biga. – O Christian fala para ele.
– Desculpa, mamãe.
– Não foi culpa sua, meu amor. Não foi, só não fica brincando ali. –
Ele é tão fofo, que não tem como não desculpar, mesmo não sendo culpa
dele. Não foi... se eu tivesse lembrado de fechar o portãozinho. – Quando o
pai e a mãe mandarem fazer algo vocês fazem! Entenderam? Tem que
obedecer.
Ale e Marcos me olham abrandecidos e eu aproveito o máximo do
abraço e beijinhos que ganho, esses dois são minhas preciosidades. Meus
filhos, apesar de pequenos, são uma grande parte de minha vida. São o sol de
cada dia, eles são minhas felicidades, e quando sorriem para mim é como se
estivessem me relembrando de um momento inesquecível em minha vida e
abrindo portas para outros. Eles me completam mais que nunca e eu os amo
muito.
Alexandre
Quase morri agora, se esses meninos caem eu não sei o que seria de
mim. Eles são só bebês, são frágeis e são minhas raridades. Não quero nem
pensar no que poderia ter acontecido se o Marcos não tivesse pego o David,
eu não chegaria a tempo, na verdade, não cheguei a tempo.
– Deid – Eu o chamo com uma voz suave me agachando ao lado da
Katherine, mas ele chora e aperta a Katherine com medo. – Amor, não faz
isso. Deid, olha para o papai.
Ver o David com medo de mim e me deixa triste e péssimo. Não
quero que fique assim.
– Papai. – Christian me chama e abraça. Beijo sua bochecha e o
aperto em meus braços.
Katherine
Depois que amamento meus filhos, ao mesmo tempo para variar,
deixamos os gêmeos com a Rebecca e vamos nos arrumar para mais um dia
de trabalho. Tomamos um banho juntos de banheira. Marcos e Alexandre me
lavaram e eu os lavei. Uma pena o tempo não estar em sobra.
– Quase morri hoje. – Falo para os dois colocando meus saltos.
– Eu sei... Eu também. – Alexandre passa a mão no cabelo e me olha
inteira com um olhar depravado e um sorriso de libertino tarado no rosto. –
Você fica muito sexy assim. – Ponho as mãos na cintura.
– Assim como? – Pões as mãos no bolso e trava o maxilar.
– Usando a saia lápis com uma fenda atrás, desenhando sua cintura,
saltos altíssimos e sexy, amo te ver de salto alto, me excita saber que é
poderosa, de meia calça e com o mini corpete preto de renda, eles deixam os
seios deliciosos... – Faz uma pausa. – Ah... e também tem o bobs enrolando
apenas sua franja, esse batom vinho deixa sua boca tentadora. – Umedece os
lábios e morde de leve. – Você tem cílios enormes, sabia?
Eu coro e dou um sorriso olhando para mim mesma no espelho.
– Fica linda quando cora. – Marcos diz me fazendo rir. Ele me olha
apaixonado e pisca para mim.
Pego minha blusa em cima do divã e visto. Já usamos esse divã para
tanta coisa... Meus lábios se curvam ao lembrar e meus olhos se fecham
quando os dois me pegam um de cada lado e beijam a pele de meu pescoço.
Fico toda arrepiada com o toque dos dois. Magníficos como sempre, vestem
uma de seus ternos italianos, as pulseiras masculinas que enfeitam seus
pulsos, os deixam belos e dão um toque a mais ao visual. Os perfumes
masculinos me embriagam e o pacote dos dois rocando na minha bunda
fazem meu coração bater mais forte e o meu desejo infinito por eles ficar
mais ávido. Esses dois precisam fazer pouco para molhar minha calcinha e
deixar o bico dos meus seios durinhos.
– Alguém está com vontadinha de transar. – Ale diz rindo.
– Vocês fazem isso comigo.
– Vou ir lá em baixo para ver como estão os dois. – Marcos diz e eu
dou um selinho nele.
– Eu também, vou ir fazer as pazes com o David, ele está meio que
com medo de mim ainda.
– Com o grito que você deu, Alexandre, eu teria medo, mas eu acho
vocês mais sexy bravos do que assustadores então não tem como sentir medo.
Só tesão. – Falo pondo meus brincos.
Ambos me dão uma palmada e desaparecem atrás da porta com um
furo enorme causado pelo punho do Marcos. Temos que mandar consertar
isso logo, não gosto de olhar, traz lembranças ruins.
Alexandre
Nós vamos até a cozinha e pegamos café. Como uma rosquinha junto
com o Marcos tomando o máximo de cuidado para não sujar o terno. Marcos
joga uma uva passa em mim e eu sou um soquinho entre suas pernas, pelo
menos tento dar, ele desvia nas duas vezes.
– Maldito, tenho reunião hoje, tenho que estar apresentável.
– Alexandre, você é todo estragado não tem como ficar
apresentável.
– Fala isso porque o mais novo é mais bonito e mais alto.
– Você é do mesmo tamanho que eu.
– Querido, eu tenho 1,98, você 1,97, me respeita tampinha.
– É um centímetro.
– é uma grande diferença.
– O tamanho da sua pica fina comparada a minha jeba também é uma
grande diferença.
Antes que eu pudesse rebater a essa mentira lavada que ele disse a
Rebecca aparece advertindo nós dois.
– Meninos, não precisa disso. Já pegaram a mamadeira de vocês? Fiz
com carinho. – Diz se referindo aos cafés. – Bom dia, bonitões.
– Bom dia, Rebecca. – Nos falamos juntos.
– Cadê os meninos? – Pergunto.
– Estão na sala, acabaram de comer. Ah e o David está bem tristinho,
ele mal comeu o café da manhã, não sei se é porque a Katherine amamentou e
ele está cheio, ou se é o Christian que come demais e ainda estava com fome.
Foi um susto enorme, mas acho que eles não têm ideia do quando é perigoso,
são apenas crianças, não sei o que pode tê-lo deixado assim – Meu grito. –
Será que é o sentimento de culpa porque fez coisa perigosa? Não sei, mas ele
não costuma ser assim de manhã. – Assim que ela fala eu mais uma vez fico
péssimo. Eu percebi que ele estava taciturno e quieto demais antes de mamar
e depois, já o Christian continuou elétrico.
– Tudo bem obrigado. – Falo.
Marcos e eu terminamos de tomar o café e vamos para sala aonde
estão brincando na cerquinha juntos, Deid dá alguns sorrisinhos, mas nada
tão radiante e esbelto quando aos seus sorrisos diários.
– Oi filhotes. – O Marcos diz beijando os dois e bagunçando seus
cabelos.
– Papai, tô com fome. – O Christian diz manhoso.
– Então vamos comer mais um pouquinho, gordinho. – Antes dele ir
eu o beijo, e recebo um abraço.
O David me olha e depois olha para baixo. Sento-me no chão e passo
a mão em seu cabelo liso.
– David, amor olha para mim. – Olha e assim consigo ver seus olhos
cheios de lágrimas, mas nenhuma cai, ele tem meus olhões azuis. É tão lindo.
– David não chora, lindo. – Arrisco pegá-lo no colo e faço com sucesso, pois
ele não esquivou.
– Você gritou comigo. – Diz chorando e eu o abraço.
– Desculpa... Eu não queria gritar com você – Sussurro. Beijo sua
bochecha gordinha e arrumo seu cabelo. – Eu não queria gritar, Deid. Meu
filho lindo... Desculpa o papai? – Pergunto e ele não responde. – Em? – Olho
em seus olhos e sorrio. Pego um chocolate na bomboniere e mordo um
pedaço dando o resto para ele. – Desculpa o papai. – Ele assente que sim e
limpa as lágrimas com as costas da mão, põe o seu cabelo liso com alguns
cachos de leve para trás e me olha atento. Quando termina de comer, pede
mais um chocolate e eu dou. – Agora dá um sorrisão para o papai. – Ele sorri.
– Não é o suficiente, eu acho que vou ter que fazer cosquinha em você.
Eu começo a fazer e ele se contorce em meu colo gargalhando e
gritando. Fica todo vermelho e eu paro beijando seu rosto todo.
– É assim que eu quero ver você, com esse sorriso lindo que você
tem. Amo você, meu filho.
– Amo você, papai. – Diz com a voz fofa e suave. Ele come o bom–
Bom todo feliz e me abraça forte.
Katherine
Quando já estou pronta para ir a empresa, despeço-me dos meus
filhos, claro que depois de limpar a baba que escorre em seus queixinhos e
depois de tirar um brinquedo da boca Christian, o menino fominha, que põe
tudo que vê pela frente na boca. Um dia esse menino viu cocô de cachorro na
calçada do parque e se eu não pego no colo ele encosta. Um dia vi os dois
espremendo a banana e pondo no cabelo um do outro, ficou uma melequeira.
Eu tive que dar um banho bem dado nos dois com a ajuda dos paizões, mas
não antes de entrar na brincadeirinha nojenta e por banana amassada neles
também.
Despeço-me da Rebecca e dos meus maridos beijando os dois e vou
para a empresa, hoje minha agenda está tranquila e acho que posso visitar os
dois. Vamos almoçar juntos no nosso restaurante preferido.
∞∞∞
Quando são 16h eu acabo meu trabalho e resolvo ligar para os dois.
Tenho trabalhos adiantados e a saudade é uma coisa que pega forte às
vezes. Amanhã é nosso aniversário de casamento, e eles sempre fazem
surpresa e eu também, algumas vezes viajamos, saímos para jantar, demos até
uma festinha umas ou duas vezes. Nada muito extravagante sabem como os
dois não são nada exagerados... Acho que entenderam. Alexandre atende no
terceiro toque eu sorrio.
– Amor, está tudo bem? – Pergunta.
– Está sim, estou ligando para saber se você está ocupado agora.
– Não muito. Eu estou em uma reunião de negócios, mas... –
Interrompo.
– Alexandre! Por que você atendeu no meio de uma reunião e... – Faz
o mesmo.
– Porque você é mais importante... – Fico sem palavras
– Amo você.
– Eu também.
– Tchau, presta atenção nessa reunião.
Eu desligo e decido que vou fazer uma surpresa para ele. Tiro minhas
roupas intimas e guardo na bolsa, retoco o batom e me apresso. Sentindo-
me confiante, sexy e poderosa desfilo até meu carro e dou partida. Não
demora muito, mas assim que chego peço que seu secretário não me
anuncie, eu apenas bato e abro a enorme porta de madeira, entrando em
seguida. Lá está ele, bonito, despojado e tentador. E é meu marido...
Ele ainda não levantou a cabeça para ver quem é, está lindo como
sempre. Seu cabelo se encontra bagunçado, Ale deixou seu paletó no grande
sofá de couro preto e com as mangas da camisa levantadas agracia a visão de
qualquer pessoa com suas bonitas tatuagens. Tão sexy... Começa a falar me
tirando dos devaneios. Sua voz rouca me faz tremer e querê-lo mais e mais.
– Posso saber o porquê o Joseph não anunci... – Para de falar quando
me olha e abre seu sorriso mais cafajeste. – Uou que surpresa
agradável Sra. Clark Walker.
– Sabia que você iria gostar. – Falo rodando a sua mesa, pondo minha
bolsa em cima e me coloco atrás de sua cadeira. Beijo seu pescoço e faço
massagem em seus ombros largos e definidos. – Você está tenso, Ale, precisa
relaxar um pouco. – Minhas mãos descem até seu peitoral definido e voltam.
– Não estou tenso, mas duro e com uma vontade imensa de foder
você gostoso em cima dessa mesa. É diferente.
Locomovo-me até ficar em sua frente e sento na mesa cruzando as
pernas. Faço tudo em movimentos lentos e provocantes, quero que ele fique
louco. Alexandre olha para as minhas coxas descobertas pela meia calça,
folga a gravata molhando e mordendo os lábios e fica inquieto na cadeira.
Sua ereção começa a ganhar formato e ficar grande. Nós dois em uma sala
sozinhos já é o suficiente para soltar faíscas, e a qualquer momento pode
pegar fogo. Eu espero que pegue fogo. Tem que pegar fogo.
– Sabe Katherine, hoje eu ainda não vi a cor da sua calcinha. – Ele
murmura olhando para o meu corpo. Diz paciente, mas seu peito infla
pesadamente, sua respiração vai ficando mais pesada e ele mais excitado
ainda.
Sentada bem na frente dele com os olhos cravados aos seus, com um
movimento lento, porém ágil levanto o máximo que consigo a saia e abro as
pernas, colocando meu salto em cada apoio e braço de sua cadeira de rei.
Alexandre olha sorrindo e observando atentamente como se fosse a primeira
vez que ele observa, segundo ele, a coisa mais linda do mundo.
– E nem vai ver. Estou sem, mas para matar a curiosidade é da
mesma cor que esse sutiã – Eu tiro da bolsa e jogo nele. – Ah, olha aqui a
danada. – Digo me referindo a calcinha fio dental a qual jogo nele também.
Ele está boquiaberto, ele tenta conter um sorriso, mas falha. Pega a
calcinha, pendura em seus dedos e cheira me olhando com as pálpebras
pesadas.
– Aí papai... – Ele fala olhando para cima. – Essa mulher me mata de
tesão, se foi você quem me deu essa dádiva, muito obrigado. – Inclina o
corpo para frente, mas eu ponho o salto no seu peitoral definido e empurro o
seu tronco que encosta na cadeira. Sorrio.
– Que foi agora?
– Tira a camisa primeiro. Você é muito gostoso para ficar se
cobrindo.
Ele tira a camisa devagar me provocando, ele se livra da minha saia e faz uma
trilha de beijos desde o peito do meu pé até minha intimidade, ele dá um
beijo bem no meio e depois escancara minhas pernas como sempre. Põe sua
boca perto deixando alguns poucos malditos centímetros entre a gente. Quero
ele me tocando agora! Abre um pouco a boca põe a língua para fora e quando
eu penso que vai me levar à loucura, Alexandre para o que está fazendo e me
olha. Um sorriso safado brota em seu rosto, estou me contorcendo toda e
ansiosa por seu toque.
– Antes tira essa camisa. – Sua voz soa como deboche.
Eu pego a nuca dele puxando sua boca para deslizar em mim e sua
língua cai em cheio em cima do meu clitóris. Solto um gemido bem longo.
– Quietinho, faz o que você tem que fazer. – Seus olhos ficam
cravados nos meus e ele sorri movimentando sua boca determinado a me
fazer gozar. Sorrio tímida de volta e logo depois perco a timidez...
Ele dá vários chupões e faz algumas sucções, uma atrás da outra.
Meus lábios ficam ao redor dos seus enquanto ele mantém a boca grudada em
mim e sua língua dança ali dentro. Fecho os olhos, querendo sentir cada
carícia prazerosa e gostosa que ele faz, mordo o lábio e tudo ao meu redor
some. Ele coloca três dedos em mim e eu gemo mais ainda. Uma energia
positiva passa pelo meu corpo todo me fazendo estremecer.
Sua boca faminta me abocanha mais uma vez e eu arqueio. Pequenos
choques brotam em meu corpo todo e meu corpo se contrai todo. Está vindo...
está vindo... QUASE LÁ. Abro meus lábios e minhas pernas. Alexandre
acaricia meu seio e põe um dedo na minha boca, eu chupo agarro sua mão.
– Katherine goza para mim. – Ouço o sussurrar. Minha cabeça cai
para trás e eu puxo seu cabelo de leve.
Olho bem em seus olhos, ele entende na hora que vou gozar e volta a
fazer as pequenas sucções que eu adoro. Meu último gemido sai um pouco
alto demais e eu ofego. Meu marido se põe de pé e meus olhos se arrastam
pelo seu corpo até cair em seu membro bem marcado e desenhado na calça
social. Pega minhas pernas com delicadeza e as junta pondo escoradas em seu
ombro direito. Olha-me com desejo e abre o seu zíper exibindo a sua ereção
enorme, rígida e já soltando seu líquido pré-ejaculatório... O Alexandre é tão
lindo, tão gostoso, é um homem incrível assim como o Marcos... Vou fazer
uma visita para ele também.
Ele me penetra sem demora alguma, me faz sentir cada centímetro,
me invadindo de forma profunda e com tamanha habilidade e volúpia me
deixando doida e arfando. Segura minhas pernas com o braço e começa a
estocar... Suas investidas são prazerosas e me fazem querer mais, me fazem
ficar sedenta por mais. É tão bom sentir ele dentro de mim, ainda mais aqui
na mesa do seu escritório, é tão proibido e por isso é mais excitante.
– Katherine, você está mais apertadinha amor. – O Alexandre fala
– Impossível Ale, depois dos gêmeos impossível. Você deve estar
mais grosso, tudo em você anda crescendo.
– Só sei que está perfeito. Apertada, quentinha e molhada para mim.
Eu sinto as estocadas ficarem cada vez mais rápidas e eu gemo mais
alto, tão alto que acho que dá para ouvir se chegar perto da porta. Por isso me
controlo e tento manter minha bocona fechada. Imagino que os funcionários
dele devem saber o que nós fazemos aqui dentro, mas o Alexandre manda em
tudo mesmo. Ele é o chefão, não é nada certo fazer isso aqui. Viola muitas
regras da empresa, mas é tão gostoso ficar deitada em sua mesa com ele me
dando suas bombadas prazerosas. Seu desejo carnal por mim me deixa boba
de felicidade e me faz quero mais e mais. E isso é sentido em dobro, pois os
dois são assim.
Fazer isso é totalmente impudico, mas eu não me canso. Ele aumenta
a velocidade e eu arqueio as costas para trás... Estão ficando mais fundas e
mais intensas. Capaz de me fazer contrair os pés novamente. Sinto outro
orgasmo arrebatador encarando seu olhar lascivo em cima de mim.
∞∞∞
∞∞∞
Katherine
Assim que entro no closet eu piro, todas que as minhas lingeries estão
jogas no chão. Odeio bagunça com as minhas coisas. Sei até quem foram os
malandrinhos que fizeram isso. Depois que grito, eu saio e vou até a beirada
da cama. Cruzo os braços olhando para os dois. Os pequenos me olham e
quando veem que não estou sorrindo fazem o mesmo.
– Mamãe tá bava? – Christian pergunta com sua voz doce de
criança. Ele mexe nos próprios dedinhos e inclina a cabeça junto com o
irmão.
– Estou, vem comigo os dois. – Ando até a porta do closet, me
ajoelho e ponho os dois de frente para a bagunça. Marcos e Alexandre ficam
do outro lado olhando para a gente. – Que bagunça é essa, dupla?
Quando vejo um Marquinhos e um Alexandrinho me olhando com os
olhos esbugalhados e aquelas carinhas de choro, minha raiva vai embora, são
crianças, eu sei. Mas eu não posso ceder, eles têm que saber que é errado e
que não podem fazer isso. Infelizmente dessa vez não vou poder passar a mão
na cabeça deles. O olhar deles de culpa corta o coração.
– Quem fez isso, Christian? – Pergunto séria para ele. Alexandre e
Marcos põem as mãos nos bolsos ficando tentadores assim.
Christian levanta os ombros e as mãos fazendo sinal de que não
sabe.
– Não sabe? E você David? Sabe quem fez isso? Pode me falar?
– Foi o papai. – Ele responde.
– Mentir é bonito, David? – Marcos pergunta e ele fala que não
apenas balançando a cabeça.
– É bonito mentir, Christian? – O Alexandre pergunta, e o Christian
também fala que não com a cabeça.
– Então quem fez isso? – Eu falo ficando sentando com as pernas
dobradas de lado. – Pode falar a verdade, não vou brigar. – Aviso com uma
voz calma.
– Desculpa, mamãe. – Os dois me abraçam e começam a chorar.
Não tem como ficar brava com eles. São meus bebês, mas pelo
menos reconheceram que fizeram coisa errada e pediram desculpas. Isso já é
algo bom. Faço os dois sentarem perto de mim e beijo cada um deles que me
abraçam forte.
– Eu desculpo amores. Está tudo bem. – Beijo a cabeça dos dois
novamente. – Olha para a mamãe. – Pego no rostinho dos dois e limpo as
lágrimas. – Não pode fazer isso, tudo bem? Mamãe ama vocês e não gosta
quando vocês choram. – Eu beijo a testa deles e a bochecha. – Não tem
problema mexer nas minhas coisas e nem brincar aqui no quarto, mas não
bagunça as coisas assim. Tem que fazer igual vocês fazem com os
brinquedos. Pegou, brincou e guardou. – Beijo os dois. – Não precisa mais
chorar. Não estou brava com vocês. – Abraço meus filhos e sorrio.
Um dia essa fase vai passar e eu vou sentir saudade, espero que eu ria
muito disso anos depois.
– Mamãe, eu te amo. – O Christian e Deid falam juntos.
Espero que isso nunca passe.
Christian segura minhas bochechas com suas mãozinhas e me dá um
selinho. O Deid também faz e sorri quando sorrio para os dois. São
meus filhos arteiros e danadinhos.
– Só a mamãe ganha beijo? – Marcos e Ale se agacham sorrindo para
os dois que vão para perto deles pisando em todas as minhas lingeries.
Eles também seguram as bochechas deles com as mãozinhas e dão
um selinho nos pais também. Quando voltam para perto de mim, os gêmeos
me agarram no pescoço e eu beijo a testa dos dois novamente. Não me canso
de beijá-los e dar carinho.
– Meus filhos. Já comeram? – Pergunto olhando atenciosa para os
dois.
– Já. – O Christian diz
– A mamãe vai fazer um bolo de chocolate agora, eu sei que vocês
adoram. – Falo mexendo no cabelo deles e colocando o topete para trás. –
Com bastante cobertura e recheio. Vou colocar até morango e M&M. Me
ajudam? – Os dois balançam a cabeça dizendo sim e sorrindo. – Vão para o
quarto brincar que eu vou trocar de roupa e já chamo. – Dou um beijo nos
dois que correm.
– Incrível que com a gente você não perdoa fácil assim. – O
Alexandre murmura me fazendo sorrir.
– Perdoo sim... Vocês sabem bem como. Sabem que quando vocês
começam com o charme de vocês eu não resisto. – Eu me levanto.
– Quando a gente chega perto assim. – O Marcos diz se aproximando.
Vou andando para trás até bater propositalmente as costas no espelho. A voz
grossa dele é incrível.
– Beijo seu pescoço. – Os dois me beijam e mordem. – Mordo seu lábio. –
Mordem e voltam a chupar meu pescoço. A voz do Ale está rouca e eu adoro
ouvi-la assim.
– Mamãe, vamos. – O David vem gritando.
Eles se afastam de mim um pouco para olhar o toquinho de gente
falando. Ele é bochechudinho e fofo. Eu ponho outra roupa mais
confortável e vou até a cozinha conversando com os dois e deixando meus
maridos no quarto. Christian e David me contaram tudo o que fizeram o dia
inteiro, tem muita história. Faço o bolo com os dois e me divirto tanto quanto
me divirto com Marcos e Alexandre quando cozinham. A gente sujou a
cozinha toda. E eles tiveram que ir para o banho, pois se sujaram inteirinhos
de chocolate e morango, ficaram bem grudentos.
As ajudantes da Rebecca vão ter um trabalhinho para limpar.
Alexandre
Depois que a Katherine sai do quarto para fazer o bolo para os
meninos, Marcos e eu ficamos olhando a bagunça. É muita, Katherine tem
inúmeras lingeries, uma mais bonita que a outra e ficam excelentes em seu
corpo. Meus filhos são bem arteiros, sempre aprontam alguma coisa, outro
dia os dois se sujaram todos de tinta e além deles terem sujado eles mesmos
sujaram o chão do corredor, nós três endoidamos com eles, mas depois
acabamos brincando com gêmeos e sujando os mais ainda de tinta, detalhe
sujei meu terno caro com tinta, mas por eles dois valeu a pena. Olho ao redor
e... puta que pariu. Aquilo é o que eu estou pensando?
– Marcos, olha para aquela direção e vê se eu estou realmente vendo
o que estou vendo. Vê se eu estou vendo essa trairagem que a Katherine está
fazendo com a gente. – Ele olha procurando e depois de uns segundos fecha a
cara se manifestando.
– Eu não acredito.
A Katherine tem um pinto de borracha na gaveta de lingerie, não
gostei disso, ela tem dois à disposição, para que esse intruso? Vou jogar pela
janela ela nunca mais vai ver esse malandrinho.
– Eita mulherzinha insaciável. Só a gente não basta? Precisa de mais
um?
– Porra. – Murmuro passando a mão no rosto.
Não estou acreditando que ela está me trocando por uma coisa dessa
de borracha e ainda menor que o meu. Ando até o brinquedinho e me agacho
para pegá-lo.
– Alexandre, assim que os meninos dormirem a gente fala com ela.
– Com certeza. – Falo encarando a coisa.
– Essa merda é menor que o nosso...
Katherine
Alexandre e o Marcos entram na cozinha usando
apenas moletom. Marcos usa um preto e o Alexandre cinza, ambas estão
penduradas em seus quadris. Olho para seus rostos e percebo pela expressão e
pelo jeito que eles estão estranhos e com a cara fechada, parecem bravos ou
incomodados com algo. O que aconteceu? Será que foi do trabalho?
– Ale, Marcos, aconteceu alguma coisa?
– Não. – Eles falam num tom seco.
Seguro o rosto dos dois para eles olharem para mim, ambos desviam
o olhar, estão bravos... O que aconteceu? Dou um selinho neles que não
correspondem, mas me dão um sorriso forçado. O QUE PORRAS
ACONTECEU? Porque não querem me falar? Está mais que na cara que
estão incomodados.
– Mamãe o bolo. – O Deid grita da sala de TV.
– Alexandre, leva bolo para os seus filhos? – Ele pega os dois
pratos e some atrás da imensa porta de madeira.
O Marcos fica sentado na bancada da cozinha olhando para o mármore, em
um gesto de consolo passo minha mão no cabelo sedoso e macio que
tem, adoro fazer isso, quando me olha dou um sorriso, mas em vez de
retribuir ele tira minhas mãos de seu cabelo. Marcos nunca fez isso. Agora eu
estou mais que preocupada. O que eu fiz?
– Marcos o que aconteceu? Me fala, conversa comigo, vocês dois
ficando em silêncio não vai adiantar.
– Já falei que nada, Katherine. – Diz pegando um generoso pedaço de
bolo.
– Ah nada? Não aconteceu nada, Marcos? – Pergunto calma e pego
bolo para mim também. – Há cinco minutos atrás você estava superbem
comigo, me beijando e abraçando. Agora você e o Alexandre ficam estranhos
comigo, e você ainda por cima me responde seco e rejeita quando eu mexo no
seu cabelo. – Ele nem me olha no rosto. – Marcos, olha para mim. – Ele não
olha, eu viro o rosto dele e o encaro, mas ele tira minha mão do seu rosto, se
levanta me dá um selinho sem vontade, mas com sentimento. Isso não posso
negar.
– Depois a gente conversa.
– Espero mesmo, vocês têm até a hora de dormir para falar comigo e
dizer a verdade, não vou engolir esse papinho de que não aconteceu nada,
conheço muito bem vocês dois para saber quando algo aconteceu ou não, e
também me recuso a dormir a mesma cama que vocês com a gente em pé de
guerra. – Ele vai para sala depois que falo sem dizer nada em resposta.
Sério, desde o nosso namoro até agora nunca tinha visto os dois
assim, e estão bravos comigo. Não faço ideia do que fiz e quero saber.
Quando eu fico brava por alguma atitude deles eu falo na hora, não fico de
conversinha. Saio da cozinha dando uma última olhada nos quatro.
Christian e David estão dando bolo para os dois na boca e brincando com
eles. Marcos e Alexandre sorriem e eu me derreto toda. Volto para o meu
quarto e vejo que está tudo arrumado. Decido tomar um banho de banheira
com bastante espuma. Esses banhos me relaxam e eu adoro,
ainda estou angustiada e querendo saber o que houve com os dois, essa
enrolação só me deixa com um peso nas costas. Saio do banho depois de ficar
um bom tempo ali e ponho calcinha e sutiã apenas.
Ouço ambos dando boa noite para os pequenos, antes de entrarem no
quarto fechando a porta atrás de si e jogar na cama o pinto de borracha da
Jade. O que que eles estavam fazendo com ele? Ponho as mãos na cintura
depois olho confusa para os dois.
– Começa a falar Katherine. – O Alexandre diz sério.
– Sobre?
– Isso. – Ele aponta para o brinquedinho.
Não acredito que estão fazendo esse suspense todo por causa de um
consolo. Além dos meninos tenho que lidar com dois grandões
adolescentes?
– Não é meu. – Falo tirando o sutiã que começou a incomodar.
– Vai mentir agora? Porque há vinte minutos atrás você estava
fazendo os seus filhos falarem a verdade. Você precisa de mais um? A gente
é pouco para você? – Marcos pergunta pondo as mãos na cintura.
– Para sua informação, isso é da Jade, ela não queria que o Henrique
descobrisse que ela tem esse consolo. Então pediu para eu guardar... – Faço
uma pausa. – Agora se vocês vão ficar aí com a cara fechada para mim, me
respondendo seco e me rejeitando, vocês podem sair do quarto, porque assim
eu não vou dormir na mesma cama que vocês.
– Isso é verdade? – Ale me pergunta calmo dessa vez.
– Para que que eu ia mentir para vocês? E puta merda olha o tamanho
disso, para eu gozar com isso ia demorar umas três horas. Prefiro um de
carne, ou melhor dois, agora tira isso da minha cama e sai do quarto.
Eles saem do quarto em silêncio e eu me deito na cama dando risada
quando percebo que já estão longe.
Marcos
Alexandre e eu descemos para o salão de jogos e começamos a
jogar Xbox. Acho que pegamos pesado com ela...
– Acha que a gente tem que pedir desculpas, Ale? – Pergunto
olhando para ele
– Eu estava pensando a mesma coisa. Devemos? A culpa é toda
nossa?
– Mas a gente estava com dúvida, não é? – Eu falo
– Sim, acho que estávamos e ela poderia ter avisado antes.
– Sim, e também a gente não teve culpa... – Digo tomando
refrigerante.
– Você sabe que a gente tem culpa sim e que nós temos que ir pedir
desculpa, não sabe? – Diz pondo o controle em cima do sofá e me olhando.
– Sim, sei...
– Somos idiotas. – Levanta a mão esperando que eu bata.
– Para de ser idiota, Alexandre, vamos logo.
– Espera, vou levar um pedaço de bolo, ela vai ceder com o bolo.
Alexandre vai até a cozinha pegar um pedaço de bolo e nós nos
encontramos na escada. Paramos em frente a porta que está fechada e eu
desconfio de que esteja trancada. Respiramos fundo e nos olhamos.
– Vai lá, Ale.
– Por que eu se você também fez merda?
– Porque sou o mais velho e estou mandando... – Ele me olha sério. –
Só vai primeiro, depois eu vou. – Antes que ele arraste a grande porta eu
tenho uma ideia. – Entra só de cueca... Se ela resistir, a gente tenta um plano
B.
– E qual é o plano B?
– Não sei ainda, mas vai logo. – Ele entra.
Katherine
Do mesmo jeito que deitei na cama fiquei, coloquei os fones de
ouvido para ouvir minhas músicas enquanto leio, estava tudo silêncio até o
sussurro atrás da porta chamar minha atenção e logo em seguida o Alexandre
entra no quarto. Olho de relance enquanto ele fecha a porta e vejo que está só
de cueca.
– Katherine? – Canta. – Doidinha linda, meu amorzinho, minha
gostosinha linda, anjo.
– Para que todos esses apelidos?
– Quer bolo? – Ignorando minha pergunta, fala com um sorriso no
rosto. Evito olhar muito e uso minha visão periférica. Tentador.
– Não.
Tento me concentrar na leitura, mas está difícil então apenas finjo
estar lendo. Alexandre deita na cama do meu lado ficando bem perto.
– Quer um beijo? – Fala no meu ouvido e morde me arrepiando toda.
Claro que quero, Ale, quero seu corpo agarrado no meu.
– Não. – Ele me beija na bochecha depois que respondo e eu resisto a
vontade de dar um sorriso.
– Você é linda, sabia?
– Alexandre era só isso? Se for, pode ir! – Não, não vai, fica aqui, me
beija, me agarra, você está tão cheiroso.
Alexandre deixa o bolo em cima da cama, levanta e sai do quarto.
Cheiro onde ele estava deitado e sorrio. Passo os dedos na minha orelha onde
ele mordeu e dou uma risadinha. Fico pensando nele com um sorriso bobo no
rosto. Não vou ceder, eles me rejeitaram... vão sofrer um pouco.
Alexandre
Assim que saio do quarto, Marcos me olha esperançoso. Faço não
com a cabeça e ele bufa.
– Não deu certo, mas ela ficou mexida, se arrepiou toda quando eu
mordi a orelha dela.
– Plano B então.
– Que seria?
– Vou entrar pelado e tentar falar com ela, jogar charminho. Comigo
pelado quem resiste? – Ele diz todo vitorioso tirando a bermuda e a cueca.
– Convencido, se for assim eu entro pelado. Por que vai você?
– Porque meu pau é maior, da licença. – Ele me tira da passagem e
entra peladão.
Katherine
A porta se fecha e não demora muito para ser aberta novamente, mas
desta vez quem vem me atentar é o Marcos. Arrependo de ter virado de
posição e ficar de frente para porta, ele entra todo gostoso pelado e passando
a mão no cabelo para trás. Respiro fundo e novamente finjo estar concentrada
na leitura.
– Oi amor. – Dá-me um beijo no ombro... droga ele também está
cheiroso.
– Oi. – Respondo indiferente.
Ele pega o celular e se deita do meu lado me agarrando. Não movo
um músculo, mas também não deixo a entender de que estou gostando.
– Katherine, você está tão linda assim. Vamos tirar uma foto? –
Pergunta.
– Não
– Por quê?
– Porque você está pelado e eu não vou tirar foto só de calcinha.
– E desde quando isso é problema? A última foto
sensual sua sozinha ou de nós três ficou linda.
– Não quero saber de foto.
– Não quer tirar foto? – Chega perto do meu ouvido, sua mão me
alisa e eu resisto a vontade de dar um sorriso.
– Não.
– Quer um beijo? – Sussurra no meu ouvido e eu não respondo nada.
– Amor? – Ele me dá um selinho, mas não correspondo, não sei de onde tiro
forças para isso. – Quer fazer sexo? – Põe a mão na minha nuca e puxa um
pouco meu cabelo me fazendo olhá-lo.
Aproxima seus lábios do meu devagar e me dá um beijo terno...
Resiste... Falo para mim mesma. Marcos me olha sorrindo e quando vai
roubar mais um beijo, pego o bolo que o Alexandre trouxe e esmago em seu
rosto. Ele fecha os olhos absorvendo a situação e me olha humorado. Sorrio
um pouco e viro o rosto para frente.
– Pode sair. – Marcos dá risada e me agarra forte quando fica sério.
Antes de sair, esmaga minha boca com a sua me dando um beijo doce
por causa do bolo. Viro o rosto lambendo os lábios e ponho minhas mãos em
seu rígido peitoral empurrando o um pouco.
– Sai, abusado. – Ele se levanta da cama e sai do quarto.
Marcos
Assim que eu saio o Alexandre começa a rir da minha cara. Ele me
estende a cueca e a calça, pego de sua mão com uma certa força e começo a
colocar.
– O que você fez? – Pergunta rindo. Vejo que está vestido com uma
blusa e a pego para limpar meu rosto. Alexandre para de rir e me olha sério,
mas depois sorri – Marcos, é sua blusa, não sei se sabe disso.
– Eu sei e não ri não, porque além de um sorrido dela consegui um
beijo, dois, na verdade. Roubados, mas o importante é que consegui. – Digo
orgulhoso e animado.
– Mas ela ainda está brava com a gente, não está?
– Está.
– Então cala a boca.
– Cala você e o que a gente faz agora? – Pergunto. – Ela quer, mas de
um jeito que eu não entendo ela está resistindo.
– Não sei, o que ela não resiste? Sem ser a gente? Tem que ser uma
coisa que amoleça o coração dela... – Pensamos juntos e eu tenho uma
ideia maravilhosa. Como não pensei nisso antes?
– Está pensando o mesmo que eu? – Alexandre pergunta.
– Despende. O que você está pensando?
– Que quero uma pizza e quero que você pague.
– Idiota. – Dou um soquinho nele e dou risada.
Katherine
Esses dois me matam... Ponho o prato o criado mudo e me levanto da
cama. Atravesso o quarto entrando no closet e pondo minha camisola longa
de seda branca. Deito na cama novamente e quando vejo a porta se abrir
fecho os olhos. Ouço passinhos e depois uma voz doce que me embriaga
toda. O perfume de bebê me faz sorrir.
– Mamãe. – Abro os olhos e vejo o David e Christian esfregando os
olhinhos e com carinha de sono. Estavam dormindo.
– Bebezinhos. – Pego os dois e ponho na cama deitados. Faço carinho
no cabelo macio e cheiroso deles com um sorriso enorme no rosto, são tão
lindos. – Acordaram por quê? Fome? Quer ir no banheiro? Querem dormir
aqui?
– Não, o papai Ale e o papai Marcos que... que acordaram eu e
o Deid – Agora, com os olhos arregalados como sempre me olham atentos. –
Mamãe, deculpa o papai.
– Ele que mandou você falar isso amor?
– Foi, ele deu pirulito também. – Deid diz tirando do bolsinho do
pijama.
Beijo a testa dos dois e me levanto da cama. Vou até a porta sorrindo
e com o coração derretido. Abro a porta e me deparo com os dois em pé com
as mãos no bolso, Alexandre se desencosta da parede e sorri mais ainda.
– Minha linda. – Marcos diz e se aproxima. Ponho a mão em seu
peito sorrindo para os dois.
– Chantageou os próprios filhos.
– Doidinha, desculpa. – Marcos me pega pelo cabelo da nuca e me
beija.
A primeira coisa que reparo quando ele esmaga minha boca é
seu hálito de hortelã que está uma delícia, puxo a sua nuca aprofundando o
beijo... Marcos me aperta bastante fazendo seu corpo ficar colado no meu e
geme um pouco quando aperto sua bunda redonda e malhada. Esse homem é
uma coisa. Sinto sua mão na minha bunda e depois uma palmada. Nosso
beijo de reconciliação é maravilhoso e eu amo fazer as pazes com eles. São
meus não posso ficar sem, ele puxa minha cintura roçando a sua ereção em
mim e me dá um selinho.
– Estou desculpado? – Marcos pergunta.
– Está sim.
– Quero me desculpar também– Alexandre diz – Desculpa, safada. –
Ele morde minha orelha sorrindo.
Dou risada deslizando meus braços para apoiá-los em seu pescoço e
junto nossas bocas que se parecem imã. Um turbilhão de sentimentos explode
dentro de mim e eu chupo sua língua. Eu literalmente amo fazer as pazes com
os dois. Suas mãos grandes apalpam minha bunda e seu corpo rígido e
hercúleo é chocado contra meu corpo. Seu cheiro assim como o do Marcos é
uma delícia. Nosso beijo que é rápido e feroz termina em pequenos selinhos
lentos e gostosos. Ele me dá um cheiro no pescoço com o Marcos e eu gemo
baixinho.
– Papai. – O Christian grita.
Rimos baixinho e entramos no quarto abraçados. Christian
e Deid coçam os olhinhos juntos num movimento perfeito.
– Papai, posso dormir com você? – David diz todo dengoso e olhando
para a gente.
– Claro que pode amor. – Marcos responde pegando-o no colo e
beijando sua bochechinha.
– E eu? Vou dormir sozinho? – O Christian pergunta com seu jeito
fofo e meigo de ser.
– Você também vai ficar aqui, meu príncipe lindo. Galãzinho. – Ale
diz enchendo ele de beijos e fazendo cosquinhas em sua barriga.
Nos ajeitamos na cama para dormir e nos colocamos numa sequência
favorável e amorosa. Marcos, Christian, eu, Deid e Alexandre. Tivemos a
esperança de que eles fossem dormir, mas quem disse que esses pimentas
quiseram. Ambos ficaram pulando na cama, gritando, rindo e conversando
com a gente. Disseram até que queriam mais um irmãozinho para brincar...
Fechei a fábrica, e parece que Marcos e Ale gostaram da ideia de mais um
filho. Quando já estamos quase pegando no sono e os dois ainda estão ligados
no 220W, desligamos as luzes em sinal de que era o momento de dormir.
Eles param de pular e olham para cima abraçados um no outro.
– Deid, vem dormir filho. – Alexandre diz pegando o Deid no colo e
pondo do seu lado.
– Vem Christian, vamos dormir já. –Christian pula em cima do
Marcos fazendo-o rir.
– Mamãe, dá beijo?
Meu bebezinho de olhos cor âmbar pede. Tiro seu cabelo da testa e
beijo, ver seu sorrisinho é gratificante para mim. Meu coração se derrete todo
quando se trata dos gêmeos. Isso é o que os filhos causam na gente, quando
crianças são pessoinhas que nos amam incondicionalmente e nos matam de
tanta fofura, e quando aprontam nos deixam furiosos, mas lembramos que são
crianças então deixamos passar. Nos pedem desculpas e parece que o erro
que cometeram foi corrigido e jamais fizeram tal coisa, eles são
minhas dádivas. São meus preciosos.
– No Deid também, dá beijo nele. – Sorrio e beijo meu filho.
Fecho os olhos e não demora muito para duas mãos apalparem meu
seio empurrá-las rindo antes de finalmente embarcar em um sonho
relaxante.
∞∞∞
MKA
Que esse forte amor seja eterno
∞∞∞
∞∞∞
Marcos
Quando vi os dois fazendo tal ato me toquei que teremos de nos
controlar mais na frente das crianças. Na verdade, mais do que já nos
controlamos. Controlar não é bem a palavra certa, pois não somos
desesperados, apenas no amamos muito e gostamos de demonstrar isso a
maior parte do tempo. Podemos ter feitos alguns gestos na frente dos dois
sem perceber, a mãe deles sorriu e assim devem ter pensados que pode fazer
isso em todas as mulheres.
– Christian. – Eu o chamo.
– David.
Alexandre e eu nos agachamos para ficar na mesma altura que os
dois. Passo a mão em sua bochecha e ponho seu cabelo para trás.
– O que vocês fizeram ali? – Pergunto.
– A gente deu a flor para elas, papai – O David responde.
– E depois? – Alexandre incentiva os dois a continuarem.
– Dei beijo na bochecha. – Christian responde tímido como sempre.
– E depois do beijo? – Pergunto.
Eles ficam em silêncio até o David quebrar.
– Papai Ale está bravo? Não briga não... tenho medo. – Ele ainda fica
meio mexido desde aquele dia em que gritei com ele por brincar perto da
escada, está bem melhor, mas às vezes ainda lembra disso. Ele faz cara de
choro olhando para o Alexandre.
– Não estou bravo, e não vou brigar com você, não precisa ter medo
de mim, não quero isso meu amor, desculpa. – Ale beija o topo de sua cabeça
e eu olho para eles dois em seguida. – Mas o papai está triste, o que é pior do
que ficar bravo. O que fizeram é errado.
– Não pode apertar o bumbum das suas amiguinhas. Tá bom? Pode
dar flores, pode abraçar e beijar na bochecha, mas não pode fazer o que
fizeram, são muito novos para esse tipo de coisa. Entenderam? Você ainda
não tem idade e nem elas.
– Mas você fez isso na mamãe e ela gostou. – O Christian fala com uma
voz fofa e a minha vontade é de morder as bochechas dele.
Suspiro e olho para eles, ambos estão com carinhas de choro e com
os olhinhos esbugalhados, são realmente muito fofos. Sempre quando fazem
algo de errado, mesmo quando explicamos pacientemente o porquê de não
poder fazer isso eles fazem cara de choro.
– Papai faz porque é adulto, e a mamãe é nossa namorada.
– Ela é namorada?
– É Deid, namorada. E lembra quando te expliquei o que era esse
anelzinho? – Falo mostrando a aliança. – A gente tem isso porque se ama
muito e por isso papai faz isso na mãe de vocês. – Vamos combinar que
aquela mulher é espetacular. – E não é só porque a gente faz isso na mamãe
que você vai fazer também, tem coisas que crianças como vocês não podem
fazer... Entenderam? – Explico. – Criança não pode fazer isso.
– Sim. – Respondem em uníssono.
– Mas pode beijo na boca? – Christian pergunta. – Ela ia me dar um
beijo.
– Que? Como? – Pergunto e sorrio
– Assim papai. – Ele anda até mim, segura minhas
bochechas com suas mãozinhas e me dá um estalinho igual o ontem... É tão
fofo.
– Ainda não pode dar beijinho assim, só na mamãe e papai. Quando
for mais crescido pode. – Sorrio.
– Pode beijar na bochecha. Mas se elas quiserem. Se disserem não, é
não. – Alexandre diz.
– Estamos entendidos, meus amores? – Deid fala sim e o Christian
move a cabeça.
Assim que nos levantamos três mulheres se aproximam de nós
sorrindo, devem ser a mães das meninas. Elas nos cumprimentam com um
beijo na bochecha mesmo sem ter intimidade alguma e eu faço contagem
regressiva para ver a Katherine chegando aqui. A morena mais alta de todas e
bem longuínea se apresenta como Silvia. A mulher que usa óculos e usa
roupa de onça se chama Elsa e por último há uma loira bem robusta que se
apresentam mais formalmente, ela chama Rubia.
– São seus filhos? – A Sílvia pergunta sorrindo para os gêmeos.
– Sim, os dois. – Respondo sorrindo mais para Christian e Deid do
que para elas.
– E você tem filhos? – A Rubia pergunta para o Alexandre.
– Sim, eles. – Aponto com a mão da aliança.
Elas nos olham e olham para eles. Devem pensar que somos gays,
pelo menos assim não vão dar mais em cima da gente, certo?
– Mas são adotados? – Elsa pergunta.
– Não, são da mesma mãe. É raro isso, mas acontece, se
chama superfecundação heteropaternal. É muito interessante, podia pesquisar
sobre.
– Acho que vou precisar de ajuda. Vocês poderiam explicar mais
sobre. – A loira diz enrolando o cabelo no dedo.
– São casados?
Antes que pudéssemos responder, Katherine aparece com um meio
sorriso para nós dois e depois observa as três. Katherine juntas as mãos na
frente do corpo depois de jogar os incríveis, macios e longos fios de cabeleira
negra para o lado. Essa mulher é formidável.
Katherine
Assim que observo aquelas barangas safadas indo para perto deles eu
respiro fundo e observo. Pela cara deles não se conhecem, mas as
três cumprimentam os dois com beijos na bochecha. Levanto-me do balanço
e ando tranquilamente até o grupo, a medida que vou me aproximando
começo a ouvir a conversa até que uma delas pergunta se são casados. Os
grandões me olham imediatamente e sorriem para mim. Paro no meio deles e
me viro para as três.
– Oi. – Falo sorrindo. – Sou Katherine a...
– Estamos no meio de uma conversa, meu bem, não está vendo? –
Uma delas diz dando um passo à frente e olhando para os dois.
– Oh, me desculpe, que grosseiro da minha parte, não é mesmo? –
Falo fingindo culpa nitidamente. – Não se preocupem só vim conversar com
meu marido, senhoras. – Elas arregalam os olhos.
– Senhoras?
– Não se preocupe, tomo mundo chega nessa idade, não é mesmo?
Afinal, não dá para fugir da natureza. Mas não se preocupem para quem deve
ter quarenta anos vocês estão ótimas.
Depois dar um belo sorriso a elas, me viro para o Marcos e deixo um
pequeno beijo terno em seus lábios finos. Suas mãos pousam em minha
cintura delicadamente enquanto nossos lábios vão se movimentando
devagar. Nosso carinho é selado por alguns segundos e abro um grande
sorriso depois de inclinar um pouco a cabeça para o lado. Recebo um beijo no
nariz e outro queixo. Uma delas pigarreia para nós.
– Suponho que você seja solteiro, certo? – Sério isso? É sério que
elas vão continuar dando em cima deles? Querem pegar qualquer migalha a
qualquer preço, mas não vão conseguir.
– Então, na verdade...
– Não. – Respondo serena. – Olha que história engraçada, ele
também é casado comigo. Dá para acreditar? Não é, meu amor? – Falo
passando o braço pela cintura do Ale.
Ponho a mão em seu peitoral e o agracio com um beijo curto
e apaixonado. Damos um beijo de esquimó e sorrio para ele também.
– MAMÃE. – Meus pequenos gritam batendo palminhas e correm na
nossa direção.
– Oi meus filhos. – Abaixo fincando na mesma altura que eles e dou
um estalinho nos dois quando fazem biquinho para mim, ganho beijos na
bochecha e depois no nariz.
– São suas filhas ou... netas? – Pergunto. – Tão lindas.
– Filhas, e temos que ir agora, vamos Maria Clara. – Diz claramente
irritada. Pegam as meninas no colo e saem sem ao menos dar tchau.
– Tchau, foi um prazer, espero encontrá-las aqui novamente,
queridas. – Falo enquanto vão embora.
Ouço a gargalhada dos dois.
– Isso tudo foi ciúmes? – Marcos pergunta.
– Estou protegendo o que acho importante e elas não iam deixá-
los em paz. Me agradeçam,
Alexandre gargalha.
– Só porque eu ia pegar o número da mais alta... ahh Katherine, você
estragou meu esquema.
– Quer que eu peça para você, Alexandre? Sabe que elas me
adoraram... – Eles riem novamente. – Vamos grandões, vamos brincar com
os espoletas. – Falo me referindo ao Christian e David que correm em torno
na gente gargalhando.
∞∞∞
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∞∞∞
∞∞∞
Como eu havia previsto meu dia foi bem cheio, tive uma reunião
cansativa que quase me custou o dia inteiro. Não almocei com meus maridos,
pois hoje não saí de minha sala para nada. E o que me animou e me deixou
satisfeita foi o lanche cheio de bacon que comi junto com fritas mergulhadas
no barbecue. Para sobremesa o básico sorvete em grande quantidade me
refrescou e tornou as coisas um pouco mais coloridas. O final do expediente
demorou um pouco para chegar, mas eu não desaminei em momento algum.
Quando finalmente se encerra pego minha bolsa e dou uma última olhada em
meu terno antes de ir embora. Como se fosse uma grande cortina escura meus
cabelos cobrem minhas costas e meus ombros, coloco todos os fios para o
lado e passo um brilho labial.
Sorrio e suspiro ao olhar para o espelho e ver a mulher com um ar
poderoso que sempre quis ser. Quando eu era apenas uma menininha via
algumas mulheres impecáveis de lindas e com um ar tão delicado, limpo e
feminino. Usavam saltos, vestidos bonitos e colados ao corpo, porém, muito
comportados, os cabelos das mulheres brilhavam e eu imaginava um futuro
daquele para mim. Hoje posso dizer que sou uma dessas mulheres que eu
sempre quis ser e também a mulher que minha mãe sempre me
desenhou. Pareço muito com ela. Tenho seus olhos e seus fios escuros na
cabeça, o sorriso herdei de meu pai junto ao nariz pequeno.
Suspiro mais uma vez e apago a luz de minha sala, olho ao redor e
nem posso acreditar que todo o meu esforço e estudo me trouxeram até aqui.
Marcos e Alexandre me deram um grande empurrão claro, mas consegui
minha empresa por causa da minha determinação e coragem para me arriscar
a fazer coisas malucas.
Assim que chego em casa, ponho minha bolsa no aparador do hall de
entrada e vou direto para a sala de estar. Meus olhos brilham quando vejo os
gêmeos pintando no meio da sala com várias folhas e lápis de cor espalhados
pelo chão. Estava indo tudo bem, mas como irmãos sempre brigam eles
começam uma. Deid pega o lápis da mão do Christian.
– Deid, devolve.
– Não, eu vou pintar com esse.
– Deid, eu vou contar pra mamãe... – Diz com cara de choro.
– Deid, entrega o lápis para o seu irmão e peça desculpas. – Agacho
perto deles que sorriem para mim com os olhos esbugalhados me encarando
como se eu fosse o Papai Noel.
– Mamãe. – Eles agarram meu pescoço e me beijam na bochecha.
– Humm, que beijinho gostoso, meus lindos. – Beijo e mordo a
bochecha deles. Olho para o Deid e depois para o lápis. – Deid, faz o que eu
te pedi, meu amor. Não pode fazer isso com seu irmão. Além dele ser o mais
velho tem que respeitar e ter educação com as pessoas, principalmente o seu
irmão.
– Mamãe está brava?
– Não, mas se não devolver e pedir desculpas por isso, vou ficar
muito chateada e triste. Quer ver a mamãe triste ou feliz? – Ele olha para o
lápis e estica o braço para o Christian.
– Desculpa, Christian – Abraça o gêmeo e logo pega outros lápis do
chão entregando para ele. Christian pega com um sorrisinho e beija a
bochecha do meu caçulinha.
– O que vocês estão desenhando? Está tão bonito.
Eles pegam as folhas e me mostram um desenho de vários que
fizeram. O Christian fez um desenho de todo mundo junto em frente a nossa
casa, tem um cachorro também ao lado deles. É engraçado, pois eles
desenharam os pais tão altos que eles encostam em algumas nuvens. Meu
cabelo no desenho vai até minha coxa e minha cabeça bate na cintura de
Alexandre e Marcos, quanta diferença de altura. Até os olhos azuis do Ale
eles fizeram. Vou por este desenho na minha sala na empresa amanhã
mesmo.
– Que desenho lindo. – Concedo um beijo no topo da sua cabeça. –
Vou guardar comigo, Christian. E o seu Deid?
O David entrega um desenho de nós cinco também, mas no dele eu
sou um pouco mais alta e os pais um pouco mais fortes. Percebo que também
tem um cachorro no canto.
– O seu desenho também está muito bonito. É um cachorro? –
Pergunto olhando bem para os dois. Ambos me dão os sorrisos mais fofos
que podem e assentem dizendo sim.
Já entendi, eles querem um cachorro. Vou providenciar isso, eles vão
ficar doidos e ver os sorrisos nos rostos deles é minha meta de cada dia, até
mesmo porque o choro do David é muito escandaloso ele grita demais e
quando o Christian resolve ir no embalo eles conseguem deixar qualquer um
surdo. Colocamos outros desenhos na geladeira e depois disso eles
não saíram do pé. Enquanto eu brincava com os dois, eu conversava com as
meninas. Henrique e Eric estão dando muito trabalho para Maria e Jade, mas
é apenas uma fase e sei que vão tomar jeito e vão parar de deixar
toalha molhada em cima da cama. Sim, essa é uma das várias malcriações
que os dois estão fazendo. Resolvo ligar para minha mãe e ela não demora
nada para atender.
– Oi Katherine. Como está indo a semana? – Fala assim que atende.
– Está ótima, mãe, meus dias de segunda são sempre cansativos e
cheios, mas eu vou levando. E a sua? O que vem fazendo de bom?
– Seu pai fez reserva num restaurante, vamos jantar fora e não faço
ideia de qual vestido usar.
– Usa aquele preto colado ao corpo que compramos juntas.
– O de alcinhas? Ele é decotado, estou velha para isso.
– Não está nada, ainda é bonita e jovem espero ser assim quando tiver
sua idade.
– Tem certeza?
– Absoluta, ponha aquele vestido, enrole o cabelo e
pronto. Estará linda dona Lorena. – Os meninos olham para mim pela terceira
vez e sorriem. – Mãe, tem dois menininhos aqui doidos para falar com você –
Ponho no viva voz e eles pegam o celular.
– Oi vovó – Christian fala e espera a resposta de minha mãe.
Os deixo conversando com ela e vou até a cozinha. Rebecca está
preparando a sobremesa e está com uma cara ótima. Pego uma colher e roubo
um pouco da ganash que fez.
– Tire a mãozinha daí, dona Katherine.
– Sabe que amo ganash, Rebecca.
– Sei bem, seus filhos também, se sujaram inteirinhos com o
pouquinho que dei para eles. Tive que dar outro banho nos dois.
– E você odiou cuidar dos pequenos não odiou? – Pergunto irônica
e ela dá risada.
Volto para a sala de estar e ouço minha mãe se despedindo deles.
– Tchau, mãe, bom jantar. Amo você, manda beijo para o papai. –
Falo.
– Tchau, minha filha, eu também amo você. Beijos, mando sim. –
Despede-se dos meninos e eu desligo o celular.
Pegos os dois gordinhos no colo e os levo para meu quarto. Eles não
param de falar e me encher de pergunta, mas eu adoro as conversas infantis e
bobas que tenho com eles. Sinto um pequeno cansaço por conta do meu dia,
mas respiro fundo e os coloco em cima da cama. Enquanto ouço os dois me
contarem o que fizeram o dia todo, tiro meu terninho e prendo meu cabelo
num rabo de cabalo
– Mamãe, eu quero ir pra piscina.
– Mas agora, Christian? Está frio lá fora, meu amor.
– Não mamãe, essa. – Diz entrando no banheiro e apontando
para a grande banheira hidromassagem.
Sorrio para ele e preparo a banheira enquanto eles tiram suas roupas.
– Não põe no chããão. – Cantarolo para os dois que, já
peladinhos, pegam e põem em cima do baú.
Nos três entramos e eles ficaram brincando ali dentro. Depois de 20
divertidos e satisfatórios minutos repleto de risadas e brincadeiras, meus
gêmeos são pegos pelo sono e o cansaço. Levo os dois para dormir e quando
me certifico de que estão bem secos e quentinhos, deposito um beijo em suas
testas e apago a luz do quarto. Provavelmente acordarão no meio da noite
com fome. Depois deixarei o pratinho dos dois prontos. Assim que fecho a
porta do quarto ouço Marcos e Alexandre subindo as escadas, à medida que
chegam mais perto percebo a fúria e raiva em suas palavras que ficam cada
vez mais altas.
– ...PORRA, QUEM AQUELE IMBECIL PENSA QUE
É? ...IMPRESTÁVEL – Alexandre vocifera.
– QUEM MANDA NAQUELA PORRA SOMOS NÓS, SE A
GENTE DIZ QUE QUER OS DOCUMENTOS ASSINADOS HOJE, É PRA
ENTREGAR NA PORRA NO DIA EM QUE A GENTE MANDA.
QUANTA INSOLÊNCIA JOGAR OS PAPÉIS EM MIM SEM MOTIVO
ALGUM. AH, MAS ELE TEM SORTE DE EU TER SIDO O LIDER
DELE, SE FOSSE OUTRO JÁ TERIA METIDO UM MERECIDO SOCO
NA CARA DELE. – Marcos finalmente aparece no topo da escada e respira
fundo. – Ele tem muita sorte por eu ter me controlado e não ter esboçado
raiva alguma. Tento ser um líder bom para todos, um líder. Não um chefe e é
assim que ele me retribui?
– Ele é louco, completamente maluco. Está totalmente fodido...
– E ainda por cima tentou cuspir em você... – Fala indignado para o
Ale.
Não faço ideia de quem estão falando, mas eu não queria estar na
pele dele. E pelo o que ouvi já é o suficiente para que eu o odeie. Marcos e
Alexandre são homens de respeito, e levam muito a sério seus negócios e a
empresa. Neste assunto, além de sérios e determinados eles são companheiros
e muito amigos com qualquer funcionário de sua empresa. Abro espaço para
os dois entrarem no quarto e os observo. Estão furiosos. Tiram o paletó juntos
e passam a mão no cabelo já alto e totalmente bagunçado, essa deve ser a
milésima vez que fazem isso.
– Vocês estão bem? – Pergunto preocupada mesmo sabendo a
resposta.
– Não. – O Marcos responde grosso afrouxando a gravata. Ignoro o
tom que ele usou e reparo em toda sua beleza. Fica lindo quando bravo e
bem sexy.
– Querem conversar sobre isso? Desabafar talvez? – Pergunto e me
sento na cama.
– Não. – O Alexandre diz desabotoando os dois primeiros botões da
camisa colada no seu corpo musculoso.
– Virei mulherzinha agora para desabafar? – Marcos solta um
comentário machista que eu nunca desconfiava que ele falaria um dia. Ignoro
novamente.
Eles estão bravos, é normal falarem coisas idiotas e sem querer. Se eu
ficar brava vai tudo piorar. Vou apenas ignorar as respostas grossas e tentar
saber o que está acontecendo para ajudá-los. Sempre que estão bravos ou
tristes eu costumo perguntar o que aconteceu, eles gostam e isso
representa preocupação e afeto que eu tenho por eles.
– O que deixou vocês tão bravos?
– Problemas, Katherine, problemas. – Alexandre responde tirando o
sapato junto com Marcos.
– Que dor de cabeça. – Sussurra fala tomando um gole de whisky.
– Amor, não bebe. Isso só vai piorar, Marcos. – Falo calma e me
aproximando dele.
– Vai falar o que eu tenho que fazer agora, Katherine? – Ele diz seco
e baixo.
– Não, só estou dizendo que vai te dar mais dor de cabeça e...
– Você está me dando dor de cabeça, você e suas perguntinhas. –
No momento em que ele diz isso, me vem uma dor no peito.
Sei que ele está bravo e vai dizer as coisas sem pensar, mas isso foi
demais. Estou tentando ajudar, e é assim que mostro preocupação. Sei que
fazer perguntas agora não ajuda muito, mas no caso dos dois sim. Eles pedem
por isso e quando não faço sinto que estou despreocupada com o bem-estar
deles e eles pensam o mesmo. Marcos continua me olhando e quando leva o
copo cheio até a boca eu impeço deixando cair do chão. Ele me olha muito
bravo e respira fundo. Já passamos por isso algumas vezes e em conversas
anteriores combinamos que não importa o quão bravos estamos, vamos
policiar uns ao outros para não fazer besteiras. Nesse momento é a minha vez
de olhar os dois..., mas estou quase perdendo a cabeça. Geralmente sou bem
calma lidando com alguém que está bravo e uma pilha de nervos, mas os dois
estão brincando com a minha paciência.
– Ficou louca? Está me deixando mais bravo ainda, Katherine.
Não está vendo, porra. Minha dor de cabeça está cada vez mais forte e a
culpa disso é sua!
– A culpa é minha agora? Estou tentando ajudar vocês, saber o que
aconteceu, pois eu me preocupo muito com os maridos que tenho e com
o bem-estar deles. Aí vocês ficam mais bravinhos e sua dor de cabeça
aumenta, por consequência você joga a culpa em mim.
– Bravinhos? – O Alexandre fala e me olha sério com cara de
indignação e num tom que denuncia sua total repulsa e ódio pelo termo e tom
que usei. Ok, eu admito, não deveria menosprezar a raiva de alguém ou dizer
sobre ela como se não fosse nada. – Eu vou tomar um banho antes que eu fale
algo que me arrependa. – Ele entra no banheiro e fecha a porta com força.
Olho para o chão e sinto Marcos me olhando mais que bravo. Na
verdade, é algo maior que isso, um sentimento mais forte. Sinto um leve
medo estando sob seu olhar, mas eu respiro fundo e vou em direção a caixa
de medicamentos no closet. Com os dedos trêmulos pego um Lisador. Vou
até os copos e preparo um com o remédio e outro com água.
Sei que errei em ter ficado na cola deles agora e em ter usado o
termo bravinhos que irritou o Ale. Eu tinha que ficar calma e dar um
pouquinho de espaço a eles nesse momento até eles se acalmarem. Eu deveria
ter feito o que eu sempre fiz e o que eles sempre fazem quando estou brava.
Só que... ahh não sei. Não sei o porquê agi daquele jeito. Talvez possa ter
sido por causa das respostinhas que me deram. Marcos fica no mesmo lugar,
mas não observa minhas ações. Estendo os copos para ele que me olha sério.
Sei que não é hora para isso, mas ele é um homem muito bonito.
– Toma.
– O que exatamente é isso?
– Remédio para dor de cabeça. – Falo calma.
– Eu não preciso disso, eu preciso de silêncio e sossego. E não é isso
o que você está me dando, só está me deixando mais irritado ainda.
– Marcos... Sei que está irritado com alguma coisa, mas não precisa
descontar em mim, querido. – Ele não fala nada. – Então tá, você quer
silêncio e sossego. Eu te dou silêncio e sossego. – Vou até o closet, pego um
cobertor e um pijama quente.
Marcos está de cabeça quente não vou ficar discutindo com ele, já
deveria ter parado faz tempo.
– Katherine, onde você vai? – Eu não respondo, apenas pego as
coisas e vou em direção a porta. – KATHERINE! – Ele pega no meu braço
com uma certa força... Dói um pouco, mas nada que tenha feito de propósito.
Suas mãos são grandes e ele me segura firme.
– Marcos, me solta. – Faz na mesma hora que peço e segura
delicadamente olhando para o mesmo lugar que apertou. Olha se desculpando
e faz carinho com o dedão no lugar. Deve estar se sentindo péssimo.
– Mamãe. – Ouço o David me chamar com sua voz doce e infantil.
– Mamãe. – Agora o Christian.
O Marcos tenta ir ver os gêmeos, mas eu barro seus 2 metros de
altura e digo para ele não ir.
– São meus filhos também.
– Você está de cabeça quente, e não vai encostar neles até que
esteja mais calmo. Eles talvez te acalmem, mas por favor. Esfria a
cabeça primeiro. Toma um banho para relaxar, toma o remédio ou se afoga
em bebida. Mesmo não sendo de propósito você apertou demais meu braço.
Respiro fundo olhando para ele e beijo sua bochecha antes de ir ao
quarto dos meninos. Já que estão acordados e elétricos deixo-os brincando no
berço do Christian e os observo. Sento na poltrona e tento me distrair.
Katherine
Depois de pensar bem sobre a situação em que estamos
chego a conclusão de que darei um tempinho a ele, o espaço e silêncio que
queria e que o melhor e ir pedir desculpa por tê-lo irritado mais. Beijo meus
filhos e atravesso o amplo salão que sapara nossos quartos. As janelas
enormes estão descobertas, pois as cortinas estão lavando. Dá para ver as
estrelas e uma lua cheia. Sorrio. Agora entendi. Meus maridos viraram
lobisomens e eu só os deixei mais danados do que estavam.
Assim que eu entro o Alexandre ainda está no banho e o Marcos
deitado com o braço cobrindo os olhos. Vejo que ele tomou o remédio que eu
pedi. Ando lentamente até a cama e sento ao seu lado. Passo a mão em seu
cabelo fazendo carinho e tiro seu braço de cima de seus olhos. Beijo sua boca
com um selinho demorado e arrasto meus lábios nos seus. Marcos segura em
minha cintura e me puxa para um bom abraço no qual eu me aninho nele.
– Desculpa ter te irritado. Deveria ter te dado espaço. Para você e
para o Alexandre.
– Desculpa ter machucado o seu braço. Não era a minha intenção, por
um momento alucinei você me deixando, bobo eu, não? Aonde você iria
usando um roupão e um cobertor? Você só queria ajudar e eu agi como um
escroto. Não podia ter descontado a raiva em você. Sou um idiota, meu amor.
– Eu sei que é. Também sou. Não precisa falar mais nada. – Eu
ponho a mão na nuca dele e deslizo para de baixo da orelha passando pelo
seu maxilar.
– Você é tão linda. – Sorrio para ele passo o dedão pela sua boca. –
Nunca me daria dores de cabeça, Katherine... talvez às vezes, mas você sabe
que eu te amo, não sabe?
– Sei sim.
– E o braço? Dói?
– Não dói, você e o Alexandre já me pegaram mais forte em outras
ocasiões. Sabe que eu gosto.
– Você me deixa muito excitado... não deveríamos ter pedido
desculpas, apenas tínhamos que foder.
– Podemos foder agora.
– E o Alexandre?
– Vou me reconciliar com ele também, e depois com os dois juntos só
para ter certeza de que estamos bem. Ai depois de novo, de novo e de novo. –
Beijo sua boca ferozmente antes dele me responder.
Ele puxa minha nuca e me beija na mesma intensidade. As borboletas
ficam mais agitadas e o meu centro começa a pedir por atenção de um
segundo para outro. Suas mãos são curiosas e não deixam de passar pelo meu
corpo. Nossas bocas não desgrudam um momento e fazem uma conexão que
me fazem transbordar de prazer e tesão. O beijo fica calmo e tão bom,
Marcos põe devagar a língua na minha boca e eu retribuo colocando na dele
também com toda a sede e amor que posso. Meu marido morde meu lábio e
me empurra na cama me fazendo deitar. Seu corpo se encaixa no meio das
minhas pernas que ficam abertas querendo recebê-lo e mostrar que é mais
que bem-vindo aqui. Minha vagina e eu esperamos por ele com toda a
vontade e desejo disponível nesse momento... Ahh Marcos.
Marcos termina de abrir meu roupão e pega em meu seio parando
nosso beijo conectante apenas para abocanhar meu mamilo esquerdo. Sua
boca macia e quente me acaricia e eu gemo com o carinho.
– São deliciosos. – Fala e mordisca o outro seio logo em seguida.
Meu clitóris está pulsando e eu já estou ofegante e agoniada de tão
excitada. Imaginar a língua dele em mim me deixa ainda mais atordoada. Seu
cheiro natural me embriaga e o sexo em si paira no ar. Marcos é todo viril e
hercúleo assim como o irmão. Ele é quente e sexy. Ahh Marcos, por que
demora tanto para me tocar?
Marcos me olha sorrindo e morde o lábio.
– Está tão excitada assim? Quer que sua bocetinha seja tocada a
qualquer custo, não quer?
Mordo o lábio em resposta e o olho bem fixo em seus olhos âmbar.
Desabotoo sua calça e abro seu zíper. Não é preciso me desfazer muito dela e
de sua boxer preta da Calvin Klein, pois quando puxo sua ereção para fora ela
fica livre e perfeita. Expeço e delicioso, seu pênis fica perfeito com minha
mão em torno dele. Agarro Marcos e pincelo meu ponto sensível com sua
cabeça marcada. Nossa, como isso é bom...
– Me põe dentro de você, gostosa. – Fala e eu faço sem pensar duas
vezes. – Me deixa foder você todinha.
Marcos geme comigo quando me penetra fundo tomando minha
∞∞∞
Acordo no meio da noite com o Alexandre me carregando para o
quarto. Ele me atacou no sofá e eu indefesa e totalmente submissa ao prazer
não tive a coragem de dizer não, também não deveria. A boca dele na minha
pele me deixa atordoada e quando ele me agarrou forte como um animal eu
não resisti. Seu cheiro me deixou muito atraída por ele e apesar de estar todo
suado eu achei muito excitante. Alexandre é meu homem e eu tenho muito
orgulho. Fora que ele faz loucuras com a boca. Ele me deu um orgasmo tão
bom que senti a imensa vontade de dar o mesmo para ele e como
sempre, consegui. Fiz bem feito. Entreguei-me de corpo e alma para ele e
pedi desculpas mais uma vez por tê-lo irritado. Ele disse novamente que eu
não deveria pedir desculpas, e também disse que ele foi um macho babaca e
escroto.
Quando chegamos na suíte, vemos o Marcos dormindo com Christian
e David em cima do peito. Os três dormem tranquilamente, então, resisto a
vontade de beijar a testa deles e correr o riso de acordá-los. Alexandre me
põe na cama e se deita ao meu lado. Beijo seu maxilar e me aninho em seu
corpo.
– Amo você, Alexandre. – Sussurro e por conta do sono durmo, mas
antes ouço ele me respondendo bem baixinho e me dar vários beijos na
têmpora.
Hoje é minha folga assim eu posso passar o dia
todo com os quatro homens minha vida. Na verdade, eu me dei uma folga,
hoje por milagre não tenho reuniões e meu trabalho está bem adiantado. A
vida de uma empresária é muito corrida e cheia de coisas
a fazer, mas por incrível que pareça
eu consegui deixar tudo em dia e adiantar algumas coisas. Agora é só esperar o prazo para
– Bom dia, gostosa. – O Marcos dá uma palmada e eu o olho.
– Bom dia, Marcos.
– Bom dia, Mamãe. – O David fala subindo na cama com a ajuda do
pai e me concede um beijo... molhado. – Bom dia, papai. – Faz o mesmo com
o Marcos
– Bom dia, meu amor. – Eu agarro o pequeno e o abraço. Marcos e eu
enchemos ele de beijos esmagando suas bochechas.
– Cadê o Ale filho? – Marcos pergunta e eu sinto falta dele e do
Christian.
– Papai está no quarto com o Christian.
Ele põe os bracinhos em torno do meu
pescoço e quando vê meu colar com um pingente de dois meninos começa a
mexer nele. Sorri e olha para mim novamente. Retribuo encarando suas
covinhas e ele olha bem em meus olhos. Os olhos do
Alexandre em seu rostinho são vidrantes e belos.
– Mamãe você é muito bonita, o papai Ale e o papai Marcos tem
sorte.
– É a gente tem mesmo. – O Alexandre diz entrando no quarto com o
Christian no colo. – Sua mãe é realmente muito bonita.
– Eu é quem tenho sorte, meu filho. – Beijo seu nariz e me sento na
cama já sorrindo para o Christian que me olha com a carinha de levado que
ele tem.
– Bom dia, mamãe. – O Christian fala andando pela enorme cama e
vindo até mim.
– Bom dia, amor. – Eu beijo sua testa abraçando seu corpo gordinho.
– Bom dia papai. – Beija o Marcos na bochecha e fica em seu colo.
Quanto bom dia, não?
Vejo que o Christian está mais agitado que o normal. Meu instinto de
mãe diz que aconteceu alguma coisa ou vai acontecer. Ele olha para o
Alexandre que me beija e deita na cama apoiando a cabeça em minha coxa,
claro que ele tem que tirar uma casquinha de mim então morde e bate de leve.
Fico olhando para o pequeno Christian no colo do Marcos e levanto a
sobrancelha encorajando ele a falar. E funciona, pois, ele olha novamente
para o Ale não se aguentando mais, então, quando Alexandre assente ele me
olha com seus olhinhos brilhando. Pego na mão do Marcos e beijo
sua aliança.
– Mamãe, o papai disse que a gente vai aprender a andar de... de... –
Olha para o Alexandre.
– Skate... – Alexandre completa e ele dá risada.
– É, eu não sei o que é isso, mas o papai disse que é legal.
– Que legal, vocês vão aprender muito rápido, porque são muito
espertos. – Ambos riem e se dispersam na cama brincando juntos e pulando.
– Não acham que são pequenos de mais para isso. Eles têm quase
dois anos, são muito evoluídos para a idade, eu sei, mas não acham que são
muito novinhos? – Pergunto bem baixinho para que os gêmeos não ouçam e
também não fiquem tristes. São crianças e podem achar errado, podem achar
que eu vou impedir e isso é a última coisa que quero, eles estão muito
animados com a ideia.
– Não, é para se familiarizar, eles vão adorar. E é desde de pequenos
que se aprende.
– E vão aprender cedo que quando você cai, tem que erguer a cabeça
e tentar de novo. Dependendo da queda você até chora, mas não vai desistir
fácil. E depois das aulinhas de natação, vão aprender a surfar também... o
skate ajuda.
– Nunca pensei por esse lado. Então tá, não ia implicar com isso, só
achei que eram novos demais, mas pensando assim é bom. – Olho para o
Marcos e depois para o Alexandre que senta cama me encarando com um
sorrisinho no rosto. – Adoro isso em vocês, na verdade, amo.
– Isso o que? – Alexandre pergunta.
– Vocês são dois homões sérios, responsáveis e pé no chão. Tem
bastante poder e quem olha pensa que são bem durões. – Dão risada. – Talvez
um pouco.
– Minha terceira perna é bem dura.
– Eu estava falando da personalidade, Marcos! Posso continuar? –
Prossigo. – Bom, vocês têm essa postura toda e elegância, mas por dentro
vocês são dois adolescentes bobões de 18 anos. Gosto deste espírito jovial.
Vocês me fazem rir muito com as merdas que falam.
– A gente não fala merdas Katherine, não faço ideia do que você está
falando. – Alexandre diz e eu não resisto a uma bela e bem dada gargalhada...
uma gargalhada muito alta.
– Merdas. – Deid fala rindo e depois o Christian repete.
– Não pode falar isso. – Alexandre fala ainda rindo por causa de
mim. – Ahh que influência vamos dar para essas crianças?
– Se depender de vocês dois serão as piores. – Eles riem com vontade
junto comigo. – É palavrão, não pode falar isso. – Falo para os pequenos que
me olham sorrindo. – É sério, não pode. – Beijo o nariz dos dois e torno a
sentar.
Marcos e Alexandre ainda não risada. Alexandre respira fundo e
chega mais perto.
– Falou a Sra. Isso Me Fode Bem Gostoso. – Fico boquiaberta.
– Eu nunca falei isso, Alexandre. – Pego o travesseiro e dou dois
golpes nele. – Ouviu errado.
– Não ouvimos errado não, meu amor, ouvimos isso muito.
– Estão falando demais. Quer saber, vamos todos lavar
os rostos e escovar os dentes. Vamos. – Levanto sorrindo e eles continuam
rindo de mim.
Entro no banheiro e ambos entram atrás. Eles ajudam os gêmeos a
escovarem os dentes enquanto faço minha higiene. Arrumo o cabelo e saio do
banheiro atravessando o quarto e indo até o closet para pegar meu robe de
seda preto. Visto e depois calço minhas pantufas. Quando volto ao banheiro
vejo que Marcos e Ale estão fazendo a barba e Christian e Deid estão com os
rostos cheios de creme de barbear iguais aos pais.
– Vão raspar tudo? – Pergunto quando me dou conta.
– Sim. – Marcos fala.
– Gente, não! Gosto da barba de vocês. – Beijos as costas do
Alexandre e passo a mão pela barriga dele subindo até o peitoral.
– Nós também, mas ela tem que crescer alinhada. – Marcos fala e eu
o abraço desta vez.
– E não estava?
– Não. – Alexandre responde.
– Mas vocês não costumam tratar a barba em casa. Estamos falindo e
querem economizar dinheiro? – Eles dão risada.
– Vai ser bem difícil a gente falir. E sobre a barba, hoje vamos tratar
ela em casa... está perguntando demais, não acha? – Marcos diz e me olha.
– Não acho, Marcos. – Digo sorrindo e dou palmada nele. – Safada
gostosa. – Dou uma no Alexandre que dá risada. – Você também cachorra. –
Saio do banheiro e vou descendo devagar as escadas indo até a cozinha.
Quando chego até a cozinha sento-me a mesa e sorrio para a mesa já
posta pela Rebecca. Por falar nela, aparece colocando bacon na mesa. Sorrio
para ela que me retribui.
– Bom dia, Rebecca.
– Bom dia, Katherine, se bem que já são 11h56, então é quase boa
tarde. Por que não dormiu até mais tarde?
– Marcos me deu uma boa palmada de bom dia, isso me tirou o sono.
– Falo e ela dá risada.
– Estão falando de mim... – Ele entra na cozinha com o rosto
liso. É... ficou mais lindo que antes.
Christian está no seu colo e quando vê Rebecca se anima. Alexandre
entra logo atrás com o David no colo que também sorri para a Rebecca.
Alexandre também está com o rosto todo liso. Zero barba. Pelo menos os dois
ficam lindos e sexy de qualquer jeito. Os quatro beijam a bochecha de
Rebecca e depois estão sentados à mesa.
– Nem um bigodinho? – Pergunto e passo os dedos no maxilar do Ale
que senta do meu lado.
Olho para o Marcos na minha frente e sorrio.
– Nem um bigodinho! – Diz e coloca uma tira de bacon na boca.
– Vou proibir vocês de comer bacon no café da manhã.
– Não é doida. – Marcos diz e o Alexandre pousa uma mão em minha
coxa. – Sabe que podemos comer igual uma baleia azul e não engordamos,
fora que nossa saúde é de ferro. A gente até se entope de bacon e guloseimas,
mas sabe que comemos muita coisa saudável.
– Está por algum acaso insinuando que eu não posso comer o que
quiser, pois eu engordo, Marcos?
– Eu? Insinuando uma coisa dessas? Não quero perder o pau, muito
menos minha mulher, estou muito bem casado.
– E a gente adora seus pneuzinhos, não deveria ter diminuído eles. Eu
gostava de apertar.
– Era uma delícia, Katherine. Principalmente quando estava de quatro
ou cavalgando.
– Vocês viajam muito às vezes. – Levanto-me.
Separo o café da manhã dos meninos e começo a dar para eles.
Depois do café ambos sobem com os quatro para tomar um banho.
Eu acabo comendo mais um pouco, pois eu não me mato numa esteira para
me regular uma saladinha de fruta com bastante chocolate por cima. Acabo
repetindo a salada, mas desta vez, peço a taça de sobremesa com essa
maravilha dentro e vou até a biblioteca. Escolho um novo livro, já que os que
eu estava lendo eu terminei.
Nossa, faz um tempinho que eu não leio.
Acabo escolhendo uma trilogia romântica. Sento-me em minha
poltrona e me preparo para começar a leitura.
Ponho a taça na pia e quando vou até a sala vejo os quatro. Marcos e
Alexandre exalam um cheiro divino. Mal desceram a escada e eu já consigo
sentir. Eles estão distraídos dando atenção aos filhos em seus colos. No
momento em que acabam os infinitos degraus dessa escada imensa, os
pequenos vão para o chão e correm para me abraçar. Depois de receber o meu
beijo, ambos correrem para a área social e eu olho meus dois maridos de cima
a baixo.
Bermuda pendurada no quadril, sem camisa, descalços, cabelos
bagunçados e molhados e corpos definidos. Esses gomos estão cada dia mais
trabalhados e a linha do V que esses dois cultivam é de fazer babar. Fora as
tatuagens que os deixam mais bonitos ainda... eu podia lamber os dois e...
– Já podemos ir ver os gêmeos ou temos que ficar
aqui de estátua mais um pouquinho? – Marcos fala e cruza os braços.
– Você estava admirando bem a paisagem.
Fui pega!
Olho para os dois e levanto as sobrancelhas colocando as mãos na
cintura logo em seguida. Molho os lábios e contenho o riso.
– Olhar não arranca pedaço e eu poderia ficar horas olhando vocês
desse jeitinho.
– Ela está doida para ser pega bem forte. – Alexandre diz e chega
perto junto com o irmão. Alexandre me abraça por trás e o Marcos agarra
minha cintura beijando minha testa.
– Fica tranquila que eu tenho a vida inteira para te dar atenção. –
O Marcos sussurra no meu ouvido e ambos me soltam indo até a grande porta
de vidro que leva a área social.
– Tarados. – Falo um pouco mais alto e quando olham para trás eu
subo as escadas rindo.
Alexandre
Depois da nossa segunda rodada, ficamos um bom tempo agarrados
na Katherine, fiquei de conchinha com ela enquanto Marcos concedia seu
peito como travesseiro. Queria me enterrar mais uma vez nela, porém a
doidinha já está cansada e com sono. Precisamos descansar, pois essa foda foi
muito boa e exaustiva embora não parecesse.
– Amor, vou te levar para cama. – Falo e responde apenas Ok com os
olhos fechados.
Eu ergo ela no colo e o Marcos pega nossas roupas do chão. Levo-a
até o quarto observando cada traço de seu corpo desenhado por um Deus.
Katherine me mata de amor e desejo. Que mulher! Quando chegamos ao
quarto, eu ajudo ela a escovar os dentes por causa de seu sono e a coloco na
cama.
– Você é tão forte, você e o Marcos. – Nos olha e boceja.
– É para proteger nossa boneca gostosa. – O Marcos fala pondo
Christian e David do lado dela.
– E para te mimar do jeito que mimamos nossos filhos.
– Gosto de ficar no colo de vocês e ser mimada.
Deitamos ao seu lado depois de colocar uma cueca. Katherine junta
as sobrancelhas e eu espero ela protestar algo. Lá vem.
– Por que eu tenho que dormir peladona?
– Porque você fica maravilhosa assim. – Ponho a cabeça do Deid em
meu braço e beijo sua testa.
– Vocês acabaram comigo. – Ela dá risada. – Que foda em... – Diz
baixinho. – A gente tem que ter mais dessas.
– E teremos.
Capítulo quarenta
Uma semana depois
Marcos
Acordo com um sol na cara e o Deid pulando em cima das minhas
costas. Porque a cortina está aberta tão cedo e porque tem um dos gêmeos
pulando nas minhas costas? Acho que dormimos olhando as estrelas, mas o
espoleta nas minhas costas ainda não estou entendo.
– Acorda, papai, acorda. – Ele para de pular e me dá um beijo.
– Papai já está acordado. – Falo me virando para fica de frente para
ele.
Seu sorriso é contagiante, então sorrio também colocando seu cabelo
para trás e beijando sua bochecha. Ele está tão cheiroso. Seu cheirinho de
bebê me causa bem-estar. Ahh que menino lindo. Meu filho.
Olho para o lado e reparo que a Katherine, o Alexandre e Christian
ainda estão dormindo... Dou uma palmada no bundão da Katherine que
resmunga meu nome e se cobre. Sorrio mais uma vez e levanto indo até o
banheiro para fazer minha higiene com o David. Quando terminamos eu beijo
meu Christian diversas vezes e digo que o amo. Ainda sonolento ele me
responde e eu sorrio. Dou uma palmada no Alexandre bem dada e o chamo
de gostosa... Katherine dá risada ainda de olhos fechados e ele resmunga.
– Vai se foder, Marcos. Me deixa dormir, desgraça.
Deid e eu vamos até a cozinha conversando. Deid fala demais, mais
que o Christian (apronta também), mas eu adoro suas conversar fantasiosas.
Coloco-o na bancada e dou bom dia para a Rebecca junto com ele.
– Bom dia. – Diz sorridente. – O que vão comer hoje? Ainda não
preparei nada, não sabia que iam acordar tão cedo.
– Sem problemas Rebecca. Quer comer o que filhão?
– Eu quero panqueca com chocolate.
– Hum... Boa escolha, também quero. – Pego-o no colo. – Vou estar
na sala de TV Rebecca. – Beijo sua bochecha.
– Tudo bem, Marcos. Chamo quando estiver tudo pronto, farei
algumas a mais, sei como é a fome dessa família. – Gargalho.
– É por isso que te amo Rebecca. – Digo saindo da cozinha.
Sento-me no sofá e ligo a TV no jornal, gosto de ver as notícias pela
manhã. A única diferença é que antes eu conseguia ver em paz, agora tenho
o Deid e o Christian, que não param quietos, ou eles querem ver os desenhos,
ou querem atenção, ou querem que eu brinque com eles, meus bebes não
param. Por milagre hoje consigo assistir, pois Deid fica quietinho no sofá ao
meu lado com seus brinquedos. Desse jeito parece até o irmão... (que é um
pouquinho menos arteiro) ou seja, tenho menos que 5 minutos para ver as
notícias até ele ficar elétrico novamente.
Ok, não consigo assistir, Katherine desce as escadas toda gostosa
com um baby doll branco transparente. Ohh, como é formosa além de ser
uma bela distração. Seus seios redondos e fartos dão leves pulinhos quando
ela acelera sua decida nos últimos degraus... Merda. Olho para meu pau...
Sim, duro! Não controlo, viver com a Katherine dá nisso. Um mulherão
sensual desse seduz sem fazer esforço.
Katherine
Enquanto vou descendo as escadas sorrio ao ver o Deid brincando na
cerquinha com seus brinquedos, mas percebo que Marcos está me devorando
com os olhos, ele está sem camisa e mordendo o lábio com uma expressão
que adoro. Ontem ele foi maravilhoso. Que homem é esse?
Seu marido, sua idiota, para de babar e ataca.
– Bom dia linda. – Antes que eu pudesse responder ou ao menos
chegar bem perto, ele me puxa pela cintura e me dá um beijo comigo
montada em seu colo. Que maravilha. Um beijo intenso, muito bom e
envolvente é o que ganho. Sinto suas mãos grandes pelo meu corpo, seu
peitoral está encostado em seus seios enquanto nossos sexos se roçam no
mesmo momento em que ele aperta minha bunda. Minha língua roça na sua
lentamente, no entanto, lembro do Deid e o fôlego em falta.
– Doidinha, me beija. – Põe a mão em meu cabelo e me faz encará-
lo.
– O Deid está aqui, Marcos. Tenha vergonha nessa cara. – Sussurro.
– Sabe que não tenho. – Olho para o Deid que está de costas e
distraído demais.
Marcos começa a venerar meu pescoço com sua boca a medida que
suas mãos adoram minha bunda. Dou uma risadinha e tento sair de seu colo
com muita dificuldade.
– Bom dia, amor. – Falo para o Deid que me olha já com um sorriso e
orelha a orelha.
– Mamãe. – O David vem me abraçar, ele gruda os braços no meu
pescoço e eu levanto com ele no colo.
– Hoje é o dia de dois meninos muito, muito lindos irem
para escolinha, sabia?
Ele me dá um sorriso lindo e me abraça... Nós já conversamos com os
gêmeos sobre isso e eles estão bem animados. Sei que vão chorar, mas espero
que não. Ontem falaram o dia todo sobre isso e estão ansiosos. Mal posso
esperar para ver os dois de uniforme.
∞∞∞
Epílogo
4 meses depois
Acabei acordando no meio da noite com um enjoo fodido. Minha
barriga está doendo e eu vomitei toda a pizza que tinha comido. Marcos e
Alexandre acabaram acordando com o barulho e estão preocupados comigo.
Afinal, é a segunda vez. Meus seios estão doendo tanto... acho que vou
menstruar! Droga, para piorar, vou menstruar.
Marcos prende meu cabelo num coque e da descarga. Alexandre me
levanta do chão e beija minha bochecha. Eu escovo os dentes novamente e
lavo me rosto. Alexandre me dá remédio e depois que tomo e respiro fundo
algumas vezes eu volto para a cama.
– Da última vez que eu comi dessa pizzaria eu também vomitei,
lembra?
– Lembro sim, Alexandre. Espero que passe logo.
– Como se sente, amor? – Marcos pergunta.
– Agora um pouco melhor. Ainda enjoada, mas incrivelmente com
fome e meu corpo todo dói.
– Vai ficar doentinha bem no Natal?
– Nossa doidinha precisa de cuidados. – Os dois me abraçam e me
beijam deitando bem colados comigo.
– Acho que preciso apenas dormir. A doidinha está cansada. – Falo. –
Quero chocolate.
Alexandre vai até o frigobar e pega uma barra de chocolate. Deito do
meu lado e me dá um pedaço.
– Manhosa! Vai te fazer melhor, mesmo. Vai tirar sua fome.
Chocolate sempre é bom. – Devoramos a barra. Eu estava salivando pelo
cacau e sentir o gosto foi maravilhoso.
Marcos
Eu achei meio estranho a Katherine ter vomitado pela segunda vez,
na verdade, fiquei preocupado. Porém, hoje ela acordou bem melhor e
radiante. O remédio deve ter feito efeito e ela dormiu bem. Hoje teremos a
ceia de natal aqui em casa e a Katherine faz questão de estar por dentro da
organização. Na verdade, ela sumiu faz um tempinho, acho que foi tomar
banho.
Olho para a grande árvore de natal. Sorrio ao lembrar de como
foi engraçado e gostoso montar ela. Os meninos adoraram e os cachorrinhos
quase derrubaram no chão. Por falar neles os quatro correm para lá a para cá
com Christian e Deid que estão bem arrumados.
Enquanto o buffet arruma tudo, Katherine aparece linda como sempre
e elegante num macacão pantalona bege e com as costas nuas. Por ter
alcinhas bem finas ela o usa sem sutiã. Adoro ver essa mulher elegante. Que
mulherão da porra!
– Vai para onde tão linda assim mocinha, posso saber? – Pergunto.
– Pode. – Ela me mostra um sorrisinho e mira minha boca
concedendo um beijo gostoso e lento. Minha língua entra na sua e seu corpo
cola no meu. Ter ela em meus braços me deixa tranquilo e completo. Gosto
de como ela cabe dentro de mim. Dentro dos meus braços, gosto de ser
grande e ela ficar delicada com as palmas das mãos em meu peitoral
enquanto me beija. – Que delicia de beijo. – Ela me dá um selinho. – Eu vou
ao médico e depois vou levar os meninos ao pediatra.
– Você está linda assim – Alexandre fala. – Tira as mãos da minha
mulher. – Diz e a puxa de meus braços sorrindo.
– Idiota você em, Alexandre!
– Eu sei... – Beija a Katherine com intensidade e paixão. Também
a envolve nos braços e vejo que ela fica delicada dentro dele também, sorrio.
– Outra delícia de beijo.
– Marcou médico e não avisou? Quer que eu ou o Marcos vá
com você?
– Vou por uma roupa... – Falo.
– Não precisa. – Fala antes que eu possa subir para o quarto. – Eu
vou ficar bem. O motorista vai levar e estarei de volta em breve.
– A gente se preocupa.
– Eu sei que sim, Alexandre! Mas relaxem. Se precisarem de algo me
liguem, quero saber como estão as coisas por aqui. – Se solta dos braços do
Alexandre, me dá um selinho também e pega a bolsa.
Alexandre e eu pegamos os espoletas que estão correndo para lá e
para cá e os levamos para o carro. Arrumo o Deid na cadeirinha e beijo sua
testa.
– Liga se precisar, doidinha. – Ela sorri manda um beijo.
– Tchau, papai. – Os dois falam e acenam com a mãos. Acenamos
de volta e só entramos quando o carro sai pelo enorme portão.
No meio da festa
A festa está correndo muito bem. Todos estão calmos, felizes e muito
sorridentes. O ambiente também está muito bom, o espírito natalino veio com
todos e isso é perfeito... Alexandre e eu nos controlamos para não beber
muito e acabar sem roupa como no nosso casamento, afinal, ainda não é a
hora de ficar bêbado.
Tentei perguntar para a Katherine o que aconteceu, ela não me disse
nada, nem se tinha uma surpresa, ou se estava apenas se sentindo mal, mas
não disse para não estragar tudo. Nunca estragaria. Não a pressionei, ela
odeia isso e reconheço que preciso dar um espaço a ela.
Vou até a mesa e pego outra taça de champanhe. Tomo em três goles
e pego outra. Ando pelo hall e vou até a o salão me sentar ao lado dos
amigos. Eva e Kelvin estão mais felizes que nunca. Jade
está apaixonadérrima pelo Henrique, ele está com um pé para trás nessa
relação. Está com medo de assumir compromisso seríssimo, mas
mesmo assim é louco por ela. Eric continua firme e forte com a Maria,
ainda mais agora que ela colocou silicone e está peituda para caralho. Que
foi? EU SEI QUE SOU CASADO! Desculpa, mas não pude evitar, ela está
com novos melões. Até que ficaram com um aspecto natural.
Mesmo grandes eu não curto silicone. Gosto dos seios naturais, ou
seja, os da Katherine. Os mais lindos que já vi.
Katherine
– Querida, está tudo uma maravilha. Tudo lindo. É
uma ceia melhor que a outra. Meus netinhos estão tão
felizes. – Minha mãe diz e beija minha
bochecha. Christian e David aparecem com os cachorrinhos
atrás e abraçam a as pernas a minha mãe. – Ainda mais
agora que tenho mais 4 netinhos e uma
bem rechonchudinha igual a minha filha. – Que fofo...
que?
– Não sou rechonchuda. – Falo e dou risada.
– É sim, gata. – Eva diz e eu belisco o seio dela que
sorri.
– É mesmo? – Pergunto.
– Lógico que não. – Eva diz – Acho que você
ficaria linda rechonchuda.
– Eu sei que sim. – Falo. – Tem uma nova
estagiaria na empresa, ela é bem gordinha, mas pensa numa
mulher linda e confiante. Já eu? Sou magra e tenho mais
insegurança que tudo.
– Você insegura? – Alexandre diz e beija minha
bochecha. – Acho que não. E já vi a estagiaria, ela é linda.
Eu pegaria. – Minha mãe dá risada comigo e dá um
tapinha nele.
Respeita minha filha seu malandro.
– Quer morrer, Alexandre?
– Cadê o espírito natalino, meu amor? – Dá risada.
– Katherine, vamos na cozinha pegar mais champanhe. –
Ele diz com uma voz rouca num tom que conheço bem e
com um olhar que conheço mais ainda. Isso é uma maneira
educada de ele dizer que quer transar na frente de várias
pessoas.
– Não precisa, Ale. Tem vários alí. – Provoco.
Ele sorri se esticando e mostrando toda sua altura,
porte e pose de bem-sucedido.
– Precisa sim, meu anjo. Vamos? – Ele olha para as
duas. – Com licença, damas.
– Que cavalheiro, quem vê pensa.
– Vai me dizer que o seu negão não é bruto, Eva?
– Não, ele não faz mal a ninguém, só tem tamanho.
– Olhamos para o Kelvin dando um de seus
sorrisos branquíssimos e rindo de algo que o Gibi
ambulante falou. Acreditam que ele fez mais 5 tatuagens?
Eric é inacreditável – Tá, só quando eu peço, Ale.
– AHH, então você é das que gostam de levar
umas palmadinhas? Gosta quando ele te prende e está no
controle?
– Alexandre, não começa. – Falo. Gargalho
baixinho com a minha mãe.
– Katherine ama palmadinhas, quando fica de quaro
toda assanhada ela... – Tampo sua boca.
– Acho que a gente precisa pegar os
champanhes agora. – Falo.
– Ahh, precisa?
– Licença senhoras. – Falo.
– Senhora é sua mãe Katherine. – A própria diz –
Você é adotada. – Dá-me um beijão na minha bochecha e a
Eva também.
Alexandre
Finalmente vemos a Katherine vindo em nossa direção. Fico com frio
na barriga e minhas pernas bambeiam por causa da beleza dessa mulher. Ele
sorri para nós dois e um lágrima solitária corre pela sua linda e macia
bochecha rosada. Ela tem brilho nos olhos e se apressa quando já está perto
de nós.
– Feliz Natal, meu amor. – Falamos juntos envolvendo ela em nossos
braços formando um abraço gostoso.
Ficamos em silêncio por um tempo enquanto os fogos estavam
explodindo no céu sendo uma linda atração. A cada vez que explode, meu
coração se enche de amor por esse momento, pela Katherine e Marcos.
Christian e David correm em nossa direção, então Marcos e eu os pegamos
no colo. Nossos 4 novos filhos estão em um cômodo da casa por causa do
barulho. Daqui a pouco vamos ficar com eles. Olhamos para ela e beijamos
sua têmpora ficando do seu lado para assistir melhor os fogos.
– Estou grávida. – Olhamos para ela no mesmo momento e ela sorri
olhando para o céu. – Feliz Natal, família.