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A RENÚNCIA DA VIOLÊNCIA NO ORIENTE MÉDIO VIR DOS

DOIS LADOS.

A situação em torno da Faixa de Gaza na zona do conflito


palestino-israelense continua extremamente tensa depois da
operação de exército realizada por Telavive e que resultou na
morte de dezenas de civis inocentes. A escalada da violência na
região confirma mais uma vez a exatidão da posição russa de
que a renuncia do emprego da força deve partir dos dois lados,
caso contrário poderá ser perdida a chance da reconciliação,
assinala nosso observador Alexander Vatutin.
Desde junho do ano passado que a Faixa de Gaza se tornou uma
dor de cabeça para a comunidade mundial. Depois que o poder
neste enclave foi tomado pelos radicais do movimento HAMAS,
ele se tornou incontrolável e não se submete a ninguém.
Aconteceu a divisão da sociedade palestina. De um lado, na
Cisjordânia está o líder moderado Mahmud Abbas que conta com
o apoio internacional, do outro, na Faixa de Gaza os
irreconciliáveis radicais dispostos a luta contra Israel até o último
projétil.
Tudo isso não colabora de forma alguma para que a sociedade
palestina consiga seu próprio Estado. E isso numa situação
quando Israel, usando como pretexto a luta contra o terrorismo,
ergueu o bloqueio contra a Faixa de Gaza e conseqüentemente
provocando a catástrofe humanitária. E alem disso Telavive pôs
sobre duvida as suas afirmações sobre a intenção de entrar num
acordo com os palestinos.
Os radicais do HAMAS também não colaboram para solução da
crise quando disparam os mísseis de fabricação caseira
«Kassam» contra o território de Israel. Tudo isso cria uma
situação nervosa e gera motivos para que as forças da
autodefesa israelense empreendam ações de resposta. E aqui é
o nível da equivalência que deixa perplexa a comunidade
mundial. Se durante todo o mês de disparos com os mísseis
«Kassam» morreram dois israelenses, então na operação de dois
dias pelo exercito de Israel na Faixa de Gaza os mortos são mais
de cem pessoas, sendo que entre eles estão bebes. E
justamente a desproporção e crueldade das ações de Telavive
que causaram a condenação solidária por parte dos membros do
Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo quem se
apressou para ir à região foi a Secretaria de Estado dos EUA,
Condoleezza Rice. É grande o ceticismo dos observadores com
relação às capacidades da Secretaria de fazer com que os
palestinos e israelenses retornem em breve à mesa das
conversações. E sobre isso fala nosso especialista, professor
Anatoly Egorin:
Condoleezza Rice foi à região a fim de por alguma forma mostrar
que os norte-americanos estão dispostos prosseguir as
atividades voltadas para a criação do Estado Palestino. E irá
condenar os terroristas. Aliás, ela chama o HAMAS de terrorista,
e não Israel. Neste caso este país permite não somente a política
anti-palestina, mas também expressa seu terrorismo a nível
regional declarando que defende seus interesses assim como
considera ser necessário.

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