Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Edificação da Casa de
Deus
Primeiro Dia
Por que minha montanha
não se move?
Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este mon-te: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se
fará o que diz, assim será com ele. Mc. 11:22-23
Frequentemente encontro irmãos passando por uma grande aflição. Em tempos assim as pessoas se enchem de questionamentos sobre sua fé. E uma pergunta que sempre fazem é essa:
“porque minha montanha não está se movendo?”
A resposta a essa questão é extremamente importante. Eu sempre lhes respondo que algumas montanhas em sua vida você as comandará e elas serão lançadas no mar. Outras montanhas
deverão ser escaladas e conquistadas pela força do combate espiritual. A essas montanhas você simplesmente não poderá ordenar que sejam lançadas fora, mas você terá de lutar para
conquistá-las. Finalmente existem montanhas que você não poderá escalar, nem contornar ou mesmo comandar, mas elas deverão simplesmente ser evitadas porque o seu acesso a elas lhe
foi negado por Deus.
Se você não pode comandar, conquistar, ou escalar uma montanha é porque ela lhe foi negada. Deus colocou na frente dela um sinal de acesso negado. Saber que tipo de Montanha você
está enfrentando é fundamental para determinar a sua atitude diante dela.
É certo que nesses dias há uma montanha diante de você. Que o Senhor lhe dê sabedoria para enfrentar corretamente ao monte que se colocou na sua vida.
As montanhas nas escrituras falam de desafios, obstáculos e também de lugares de uma comunhão íntima e especial com Deus. Deus dá as planícies férteis para aqueles cuja força e
constituição são pequenas. Mas Ele reserva montanhas para aqueles que são mais resistentes na natureza e mais ousados na sua disposição. Montanhas embora difíceis de conquistar são
uma bênção privilegiada que Ele dá àqueles que especialmente encontraram o seu favor.
Montanhas também nos falam de dificuldades, obstruções e barreiras. Essas barreiras tentam nos separar daquilo que desejamos. Outras vezes nós mesmos desejamos conquistar
montanhas. Calebe, por exemplo, pediu a Josué uma montanha. Quando você pede uma montanha, você está pedindo por guerra, mas uma guerra que tem grande recompensa porque
montanhas falam do nosso destino projetado por Deus.
“Agora, pois, dá-me este monte de que o SENHOR falou naquele dia” (Js. 14:12). Esse foi o pedido de Calebe. Aquela herança já lhe havia sido dada, mas ainda assim ele pediu. Dessa
forma ele reconheceu que mesmo Deus tendo nos dado algo isso não retira a necessidade de orar e se apropriar pela fé da bênção.
As montanhas são bonitas de se ver e são traiçoeiras de se atravessar. Mas graças a Deus, que Ele prometeu fazer os nossas pés como os da corça e nos fazer caminhar nas nossas
maiores alturas (Sl. 18:33).
Hoje vamos ver como um homem chamado Naamã recebeu o seu milagre. Naamã era comandante militar do exército sírio. Ele era um herói de guerra em seu país. Por causa de suas
vitórias extraordinárias em campo de batalha, ele havia recebido o favor do rei da Síria.
“Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém
leproso.” II Rs. 5:1
Mas mesmo sendo retratado de uma forma tão grandiosa, havia algo errado com ele, e seu problema nos é introduzido por uma pequena palavra: “porém”. Essa pequena palavra muda tudo.
Quantos de nós temos essa pequena palavra em nossas vidas? Ela é a modelo mais bonita do mundo, porém o seu temperamento é terrível. Ele é muito bem sucedido profissionalmente, faz
muito dinheiro, porém sua esposa e filhos o odeiam. Os psicólogos dizem que não importa o elogio que recebemos, se ele vem seguido de um “porém”, nós ouvimos apenas o que vem
depois.
Infelizmente todos nós temos esta palavra em nossas vidas, pelo simples fato de que nenhum de nós é perfeito. Ninguém possui todas coisas. E no caso de Naamã, a despeito de todas as
suas realizações, seu poder e seu prestígio, havia algo a mais que realmente controlava e definia a sua vida. Naamã era leproso.
A lepra era a AIDS dos dias de Naamã. Embora a sua lepra não fosse provavelmente a forma mais grave da doença, era uma doença de pele que certamente trazia consigo um estigma
social.
Um leproso era visto como um objeto de repulsa. Isso significa que Naamã era um pária, uma pessoa a ser evitada, alguém que estava afastado de todo contato humano mais próximo.
Mas vivia na casa de Naamã uma pequena garota hebréia que tinha sido levada cativa da terra de Israel. Ela era serva da mulher da Naamã. O que eu admiro nessa garota é que ela não
assumiu uma atitude rancorosa e amarga. Ela poderia simplesmente pensar: “Deixe-o morrer! Ele está recebendo exatamente o que merece.” Em vez disso ela informa sua senhora que havia
um profeta em Samaria que poderia curar Naamã de sua lepra.
A atitude dessa garota é extraordinária. Naamã talvez fora o responsável pela morte de muitos dos seus amigos e por ela estar ali na condição de escrava. Todos compreenderiam se ela
tivesse rancor no coração para com o inimigo do seu povo, mas em vez disso ela demonstrou a graça de Deus para aquele homem. Aquela garotinha simplesmente não imaginava que
aquela sua atitude simples iria mudar a vida de Naamã para sempre.
A menina não escondeu sua fé, antes ela ministrou fé na vida de sua senhora. Você não pode imaginar o que Deus pode fazer através daqueles que compartilham a sua fé de forma simples
e convicta.
Existem muitos Naamãs em nosso mundo hoje. Eles são nossos vizinhos, nossos colegas, nossos parentes, nossos professores, nossos amigos. Todos eles estão mutilados pela lepra do
pecado em suas vidas. Estão todos desfigurados pela culpa, uma lembrança dolorosa, uma dor que não cessa ou uma enfermidade prolongada. Eles precisam de alguém que vá até eles e
possa tocá-los, amá-los, que compreenda a sua dor e possa dizer-lhes onde encontrar o milagre. Como aquela menina, nós somos chamados para ser um canal dos milagres do Senhor.
1. A cura vem da fé
“Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.” II Reis 5:3
A menina começou o milagre. Ela acreditava que Eliseu poderia curar seu senhor se ele pudesse chegar lá. Todos os milagres começam com a fé de alguém, seja a fé daquele que sofre ou a
fé de outra pessoa.
Certa ocasião o Senhor curou um paralítico que havia sido levado pelos seus amigos que o baixaram pelo telhado até o lugar onde Jesus estava pregando. Quando o Senhor Jesus viu a fé
deles imediatamente curou o paralítico (Mateus 9:2).
A fé de Naamã foi despertada para buscar um milagre por causa da fé desta menina. A Palavra de Deus edifica a fé e gera santas expectativas.
A cura é um dom gratuito, o dinheiro não pode comprá-la. Naamã pensava que ele tinha que comprar sua cura, tinha que fazer algo para merecê-la. Esse é um engano comum das pessoas.
Muitas deixam de receber o milagre porque presumem que não merecem. Mas a verdade é que o Senhor Jesus pagou nossa cura na cruz: “Pelas suas chagas fostes sarados” (I Pe 2:24).
Precisamos expulsar de nossas mentes todo pensamento de que somos indignos, de que precisamos ter primeiro boas obras, antes devemos nos posicionar apenas para receber.
Naamã partiu para casa de Eliseu, em Samaria, levando consigo um grande tesouro. Agora, o dinheiro pode fazer muita coisa, mas nunca pode comprar a bênção de Deus para uma pessoa.
Certa vez assistia um programa onde um apresentador entrevistava um dos homens mais ricos do mundo. O entrevistador então perguntou para aquele bilionário já idoso o que mais ele
gostaria de ter na vida. A resposta do homem foi rápida: “Mais tempo para poder desfrutar de minhas riquezas.” Pouco tempo depois aquele homem morreu. O que aquele homem desejava o
dinheiro não podia lhe comprar: uma vida longa. Apenas o Senhor Jesus pode nos dar o que realmente necessitamos.
Somente o Senhor pode nos dar uma vida de paz, abundância e a salvação do pecado. Outras religiões podem até falar de verdades profundas e bonitas, mas não têm poder para salvar o
homem ou lhe dar vida. Há um só Deus que é capaz de purificar nossas almas da lepra do pecado.
Você nunca poderá merecer o amor de Deus. Simplesmente creia na sua graça que nos dá todas as coisas livremente. Ele é o Pai que deseja nos receber como seus filhos.
Não existe nada mais importante para um filho pequeno do que a atenção de seu pai. Mas nem sempre o pai consegue dar toda a atenção de que o filho pede e gostaria. Algumas vezes
chegava em casa e minhas filhas ainda pequenas faziam de tudo para chamar a minha atenção. Envolvido como estava algumas vezes lendo um livro ou trabalhando em alguma coisa
apenas respondia quando elas falavam alguma coisa.
Mas elas não desistiam. Desenhavam uma pequena obra de arte com lápis de cera e vinham me mostrar, mas eu olhava com o canto do olho e fazia um elogio qualquer. Não desanimavam e
queriam mostrar a mais nova brincadeira que tinham aprendido. Mas ainda assim minha atenção era curta, pois havia tanta coisa para fazer. Por fim desistiam e saíam correndo pelo quintal,
mas de repente depois de um tropeção ela gritava: Paiê!!! Num pulo eu estava lá para ver o que havia acontecido. A atenção que ela não conseguiu ter com todas as outras coisas ela
conseguiu com um único grito de “pai”.
Muitos estão tentando ter a atenção de Deus pelas muitas coisas boas que fazem, pelas extraordinárias obras que desenvolvem, mas nada disso chama a atenção do Pai. Experi menta
apenas gritar: “Pai, me machuquei!” Não tenha dúvida de que ele, como um relâmpago, virá sobre você e lhe tomará nos braços curando sua ferida. Nada atrai mais a atenção de Deus do
que um coração contrito que apenas clama pelo Pai.
Naamã chegou na casa de Eliseu com sua bagagem cheia de riquezas e acompanhado de muitos assistentes. Mas o que Naamã esperava encontrar? Que tipo de saudação ele esperava?
Ele esperava que Eliseu saísse, se curvasse diante dele e reconhecesse que ele era um grande homem. Se é isso que Naamã estava esperando, ele teve um grande choque. Eliseu nem o
atendeu, mas mandou alguém lhe dizer que deveria se banhar no rio Jordão sete vezes para ser curado da lepra.
Naamã ficou furioso! Ele era uma celebridade na Síria. Ele esperava que um comitê de recepção estivesse a postos. O mínimo que ele merecia era um tapete vermelho na entrada da casa e
a cura instantânea pelas mãos do profeta.
Mas Deus nem sempre faz as coisas da maneira que queremos. O Senhor muitas vezes escolhe o inesperado para cumprir o Seu propósito para nossas vidas.
O orgulho de Naamã tinha sido ferido, então ele se virou com raiva desapontado. Ele simplesmente não podia acreditar. Havia rios muito mais limpos e melhores em Damasco. Mas o ponto
central era o orgulho de Naamã. Esse era o seu problema e frequentemente é o nosso também. Quando o nosso orgulho fica no caminho nós perdemos as bênçãos de Deus.
Muitos não recebem o milagre porque não admitem receber oração de um pregador. Outros deixam de receber porque pensam que não foram bem tratados pela igreja.
Certa vez Mohamed Ali, quando ele ainda se chamava Cassius Clay, estava em um avião. A aeromoça se aproximou e lhe disse: “Por favor, aperte o cinto de segurança.” Ele então
respondeu com orgulho: “Superman não precisa de cinto de segurança.” Ela firmemente respondeu: “Superman não precisa de nenhum avião também.”
Todos nós precisamos de Deus, ainda que muitas vezes o orgulho nos impeça de admitir isso. Hoje o Senhor pode estar dizendo para você que em vez de se banhar sete vezes no rio Jordão
você deve orar durante 21 dias pela sua cura. Ou que você deve primeiro se converter e ser parte da Igreja. Mas a mente moderna continua cheia de argumentos do que é necessário ou não
para receber a cura. Não consegue simplesmente se submeter ao governo do Senhor.
É mais fácil procurarmos as respostas na TV, em filmes, em nossas carreiras, nos nossos investimentos financeiros, em nossa própria filosofia e desculpas. Muitas vezes pensamos em nós
mesmos como pessoas poderosas que não precisam de Deus. Mas quer admitamos ou não, todos têm o desejo de ser curado.
Felizmente, os servos de Naamã foram capazes de convencê-lo a atender o comando de Eliseu para ir e se lavar sete vezes no Jordão. O argumento deles foi simples, mas convincente. Eles
simplesmente argumentaram que aquilo não era algo difícil de fazer. Se Eliseu tivesse pedido para Naamã fazer algo difícil, ele certamente teria feito. Se ele faria algo difícil por que então
rejeitar fazer algo mais fácil? Se mergulhar no Jordão significasse a cura completa, então era um sacrifício muito pequeno comparado com a grande bênção.
Esse é muitas vezes o nosso problema com o evangelho de Jesus Cristo. Quando nos pedem para receber a Jesus como Senhor e salvador crendo simplesmente, nós resistimos dizendo
que é algo muito simples. Preferimos acreditar nas obras difíceis e nas penitências. Deveríamos ponderar no argumento dos servos de Naamã. Se Deus nos pedisse para fazer algo difícil,
nós certamente faríamos, então porque não fazer algo tão simples que ele nos pede?
Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Imaginamos que Deus usará uma determinada coisa ou pessoa para curar-nos em um determinado momento, mas ele então resolve
fazer algo diferente. Jesus sempre fazia coisas incomuns em obediência a Deus, mas cada vez que uma pessoa lhe obedecia, essa pessoa era curada.
Faça o que Deus está lhe ordenando hoje: humilhe-se, perdoe os outros, seja ungido com óleo, confesse seus pecados. Estas são coisas fáceis de fazer, quando comparadas com o milagre
que estamos prestes a receber.
Naamã se deixou convencer e se humilhou em completa obediência a Deus, e ao fazê-lo ele foi completamente curado. A sua carne foi restaurada e tornou-se limpa como a de uma criança.
Na Bíblia, o número sete simboliza algo completo e perfeito. Nesse caso os sete mergulhos apontam para uma obediência completa. O fato de termos de fazer algo sete vezes aponta para a
perseverança em fé. Josué, por exemplo, marchou ao redor de Jericó sete vezes, mas foi só no sétimo dia que as muralhas ruíram (Js 6:15). Elias orou sete vezes para que voltasse a chover
em Israel, mas foi só na sétima vez que apareceu no horizonte uma nuvem do tamanho da mão de um homem (I Rs 18:44).
A cura pode vir como resultado de uma atitude de perseverança. Os sintomas podem desaparecer instantaneamente ou gradualmente, mas eles devem desaparecer! Se a sua cura ainda não
chegou, continue a crer nela!
Aquele foi o momento decisivo na vida de Naamã, foi o momento quando ele se converteu, reconheceu que apenas o Senhor é Deus e foi salvo. Ele sentiu o toque de Deus e foi
completamente mudado.
Não devemos pensar que uma vez que somos curados o problema nunca mais voltará. Certa vez depois de curar um homem paralítico o Senhor Jesus se encontrou com ele e lhe
disse: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior” (Jo. 5:14). Depois que você é curado, você deve dar glória a Deus e viver uma vida de dedicação a Ele
pelo resto de seus dias. A cura se destina a trazer-nos de volta a Deus para sempre!
Naamã era um homem poderoso, porém... Nós também podemos ter todos os tipos de coisas acontecendo para nós, porém...
Porém há algo faltando. Há um vazio na vida de todas as pessoas que só pode ser preenchido por Deus. A escolha de Naamã é a nossa escolha também. É a escolha de ser obediente ou
desobediente. E isso é sempre uma escolha.
A escolha é a de humilhar-nos diante de Deus, para que possamos receber o toque de poder. Quando cremos e obedecemos ao Senhor, nós recebemos a vida, e vida em abundância!
Se abrirmos o nosso coração para Jesus, nos arrependermos de nossos pecados, e segui-Lo. Se a cada semana, nos banharmos na comunhão e aprendizado do Senhor, na adoração a
Deus. Se cada dia mergulharmos na Bíblia fazendo dela a nossa experiência real e nos consagrando oração. Então o milagre que aconteceu com Naamã vai acontecer verdadeiramente
conosco também.
Todos nós temos coisas que entram em nossas vidas que estão fora do nosso poder e que a nossa posição e o nosso dinheiro não podem mudar. É exatamente isso que nos impulsiona a
buscar um milagre. O Senhor o trouxe a esse ponto para mudar a sua história e trazer glória para o nome Dele.
Terceiro Dia
Entre a promessa e
o milagre
Temos avançado por esse tempo de jejum buscando o Senhor para recebermos um milagre.
Estou feliz porque sei que chegamos ao ponto onde cremos
de todo o coração que o Senhor Deus pode fazer o milagre em nossa vida.
Precisamos porém lembrar que esse poder não é um tipo de cheque em branco para usarmos
de acordo com o nosso capricho e vontade. O Espírito nos dá poder e
opera através de nós para demonstrar a verdade do evangelho de forma que as pessoas possa
m crer que Jesus é o Senhor e salvador. A proclamação é seguida da demonstração.
Através das escrituras nós encontramos muitas ilustrações de milagres e curas acontecendo
instantaneamente, mas muitas vezes falhamos em atentar para aqueles milagres que acontece
ram de forma gradual. O melhor exemplo de um milagre gradual é
a cura do cego em Marcos 8:22.
Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse. Jesus,
tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e
impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu:
Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando. Então, novamente lhe pôs
as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia
de modo perfeito. Mc. 8:22-25
Nós odiamos filas de espera. Nós odiamos o tráfego. Odiamos consultórios. No entanto,
uma grande porcentagem de sua vida é gasto em espera.
Se você não perceber que Deus quer aumentar a sua fé durante os tempos de espera; você pe
rderá muitas das lições que Ele quer lhe ensinar.
“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes
quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se
guardarias ou não os seus mandamentos.”
Isso é o que acontece em tempos de espera. Deus quer ver o que está em nosso coração.
Você já se encontrou em situações onde você sente pressa, mas definitivamente parece que
Deus não está com pressa? Por que isso acontece? Porque Deus está mais interessado no
crescimento da nossa fé do que em qualquer outra coisa.
Eu diria que é nessa área de espera que Deus tem trabalhado para desenvolver a nossa fé
mais do que em qualquer outra área.
Alguns estão esperando por muito tempo. Enquanto você está esperando Deus está lá. Ele não
o abandonou. Ele está te testando. Deus usa os aparentes atrasos para edificar a sua fé.
Vale a pena ser paciente. Apenas lembre-se: enquanto você está esperando Deus está
trabalhando. Você não está esperando sozinho. Espere crendo que Deus está trabalhando.
Deus está fazendo as coisas nos bastidores, de uma forma que você não pode ver agora. Se
eu realmente quero aprender a viver pela fé, eu tenho que aprender a esperar pacientemente.
Tempo de perseverar
A chave para o sucesso é se levantar e correr contra todos os obstáculos sempre mantendo os
olhos no alvo. Precisamos de nos lembrar disso enquanto esperamos pelo milagre que o
Senhor nos prometeu.
Mas por que Deus faz com que seja tão difícil para nós? Por que ele não faz as coisas
acontecerem mais rápido? Por que precisamos lutar até receber a resposta para a nossa
necessidade? Na verdade existe uma boa resposta para essa pergunta, mas você certamente
não vai gostar dela. Isso acontece para aperfeiçoar a nossa fé e nos ensinar a perseverança.
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que
a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve
ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Tg. 1:2-4
Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por
várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do
que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação
de Jesus Cristo. I Pe. 1:6-7
Na maior parte do tempo nós lutamos com Deus e isso acontece porque não vemos as coisas
da perspectiva divina. O que você precisa entender é que nesse intervalo Deus está
preparando você para o milagre.
Abraão teve de esperar vinte anos para ver o milagre acontecer. Aquele tempo de espera,
porém, não foi um tempo perdido, o Senhor o estava treinando. Foi nesse tempo de espera que
ele entendeu como andar por fé.
Na medida em que o tempo passava, Abraão e Sara resolveram fazer algo por iniciativa própria
para cumprir o plano de Deus. Abraão creu que Deus lhe daria um filho, mas não percebeu que
precisava também abandonar toda a sua capacidade humana. A questão já não era se Abraão
teria um filho mas, sim, por meio de quem o filho seria gerado.
É certo gerar filhos, mas a questão de Deus é quem os está gerando e com qual força, pois,
para Deus, a origem do que fazemos é tão importante quanto o que estamos fazendo. Se
fazemos algo por intermédio de nós mesmos, isso é Ismael, é obra da carne. Mas, se fazemos
algo por meio de Deus, é Isaque, é obra do espírito. Sabemos que Deus sempre rejeita Ismael.
O milagre não virá na nossa força natural, pois assim nem seria mesmo um milagre. O que
vem de Deus, flui da dependência e da fé dEle. Antes do milagre vir Abraão teve de aprender
que Deus não queria dar-lhe apenas um filho, mas uma descendência inumerável.
José teve de esperar e suportar muitas dificuldades como um escravo egípcio e depois como
prisioneiro antes de ver seu sonho se tornando realidade. Davi também passou pelo mesmo
processo. Demorou pelo menos treze anos desde o dia em que ele foi ungido por Samuel até o
dia em que se sentou no trono.
Todos esses homens receberam a promessa, mas cada um teve de passar por um intervalo
entre a promessa e o cumprimento. Mas essa é a parte boa da história, todos eles foram
transformados nesse processo e foram preparados para receberem a promessa. Reconheça
que Deus está preparando você também para o milagre.
Aja por fé
Numa certa ocasião o rei Senaqueribe da Assíria invadiu Judá durante o reinado do rei
Ezequias. Senaqueribe enviou mensageiros para insultar ao rei Ezequias dizendo: “dar-te-ei
dois mil cavalos, se de tua parte achares cavaleiros para os montar” (Is. 36:8). Essa é uma
afirmação bem interessante. Eu te dou cavalos se você tiver cavaleiros para os montar.
Essa afirmação é bem espiritual: se você aprender a cavalgar o Senhor lhe dará cavalos. Em
outras palavras, se você se preparar para o milagre o Senhor lhe concederá. Sei que você
deve estar se perguntando: “como posso aprender a cavalgar sem ter um cavalo?” Se você crê
que o Senhor lhe tem dado uma promessa simplesmente aja por fé.
Muitas pessoas esperam pelo cumprimento da promessa, mas não se preparam para o
milagre. Eu me lembro de ouvir, há muitos anos atrás, a respeito de cristãos que haviam
programado uma reunião de oração da igreja para orar para que Deus enviasse chuva.
Estavam atravessando um período longo de estiagem e precisavam de um milagre do Senhor.
Eles sabiam que o Senhor ouve as orações e pode operar o milagre, mas quando chegaram
tiveram uma surpresa quando o pastor perguntou quem tinha trazido um guarda-chuva. O
pastor mandou de volta para casa todos os que não tinham trazido o guarda-chuva. Eles não
tinham se preparado para receber o milagre.
É no processo de agir por fé que as promessas do Senhor são confirmadas no seu coração. É
como o leme de um navio, ele não faz nada até que o navio esteja se movendo.
Simplesmente obedeça
Obediência à Palavra de Deus é um ingrediente essencial para que um milagre aconteça. O
anjo Gabriel, depois de dizer para Maria que ela iria conceber pelo poder do Espírito Santo,
disse a ela: “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”
(Lc. 1:37).
Tudo o que o Senhor nos promete é possível. Tudo o que Deus fala com você é possível. Eu
acredito que há sempre um milagre ao nosso alcance. Todavia ele nem sempre acontece da
mesma forma e nem sempre acontece no momento que imaginamos.
Certa vez depois de voltar de uma pescaria onde não havia pescado nada, Pedro foi
surpreendido por Jesus.
“Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para
pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos,
mas sob a tua palavra lançarei as redes.” Lucas 5:4-6
É sobre a palavra do Senhor que apoiamos a nossa fé, mas a nossa fé precisa ser
acompanhada de obediência. De nada adianta dizer que crê e não lançar as redes na água.
Não há milagres sem fé e a fé sempre corre o risco de fazer aquilo que o Senhor manda.
Em todo milagre você encontrará fé, obediência e disposição a correr o risco. E isso representa
as três coisas que você precisa vencer para receber o milagre: dúvida, medo e pensar que já s
abe tudo. A fé vence
a dúvida. Mesmo a pessoa mais cheia de fé precisa vencer a dúvida. Não pense que está tudo
acabado se apareceu em sua mente alguma dúvida, apenas persevere em crer.
A obediência, por sua vez, vence
o medo. Ter medo é algo natural, mas quando obedecemos ele se vai. E por fim precisamo
de correr riscos com Deus para vencer nossos conceitos naturais.
Muitos estão
ansiando por um milagre do Senhor em suas vidas. Mas o problema para muitos é que, se
o Senhor falar eles não estão dispostos a obedecer. Se
o Senhor fizer desafios ... eles não vão correr o risco.
Toda vez que eu experimentei um milagre em minha vida, é porque eu assumi o risco e
obedeci a liderança do Espírito. Existe algo que o Espírito Santo está falando no seu coração
agora? Se há, então obedeça. Corra o risco com Deus. Nossa obediência é o sinal visível de
nossa fé. Se você crê que o Senhor vai mandar chuva, não se esqueça de trazer o guarda-
chuva.
Quarto Dia
A espera do milagre
Eu odeio esperar. Eu não gosto de esperar por comi-da quando estou com fome. Eu não gosto
de esperar no trânsito. Eu não gosto de esperar numa loja. Eu não gosto de esperar a luz
verde no sinaleiro. Eu não gosto de esperar nem mesmo um elevador chegar. Já viu como
ficamos pressionando o botão, mesmo sabendo que isso não vai fazer o elevador vir mais
rápido? Eu creio que não sou eu apenas, nenhum de nós gosta realmente de esperar.
Todos ouvimos desde criança as histórias de pessoas que faziam tudo porque possuíam as
palavras mágicas: abre-te sézamo! Abracadabra! Pir lim pim pim! E crescemos com o falso
conceito de que os milagres são a mesma coisa. Mágica é coisa da carne, é fantasia de
preguiçoso. Milagres, por outro lado, exigem trabalho, fé e muita batalha espiritual. Exercitar fé
não é falar palavras mágicas e o poder de Deus não é para nos fazer passivos.
Mágica sempre é algo instantâneo, mas milagres exigem que esperemos confiantemente,
exige que creiamos mesmo quando parece demorado. Na verdade o milagre é o prêmio da
perseverança. É passar pela noite declarando que o dia vem. E se o dia vier nublado é
continuar declarando que o sol está lá, mesmo que não possamos vê-lo.
O que aconteceria se os discípulos tivessem parado de orar um dia antes? E se eles tivessem
desistido no terceiro ou no sétimo dia? Eu creio que eles teriam perdido o milagre que estava
logo depois da esquina.
Eu odeio esperar, mas esse é o segredo. Se você quiser experimentar um milagre você não
pode simplesmente buscar, crer e depois esquecer. Você tem que estar disposto a esperar.
Geralmente há um período de espera antes do milagre acontecer. Infelizmente, a maioria dos
milagres são perdidos porque nós desistimos cedo demais. Aprender a esperar é tão
importante quanto aprender a buscar e aplicar fé.
Mil anos
II Pedro 3:8 diz: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o
Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a sua
promessa, como alguns a julgam demorada.”
Eu amo a história que ouvi há alguns anos atrás sobre um homem que estava tendo uma
conversa com Deus. O homem disse: “Senhor, quanto tempo é um milhão de anos para você?”
Deus disse: “Um milhão de anos é como um segundo.” O homem perguntou novamente:
“Quanto é um milhão de dólares para o Senhor?” Deus disse: “Um milhão de dólares é como
uma moeda de um centavo.” O homem então disse: O Senhor poderia me dar um centavo?”
Deus então lhe responde: “Claro, espere só um segundo.”
Creio que todos nós buscamos respostas fáceis para as nossas questões e soluções fáceis
para os nossos problemas. Mas respostas fáceis e soluções fáceis produzem convicções
rasas. Queremos mágicas a respeito das quais não precisamos trabalhar com Deus em oração
e fé. Eu creio que milagres fáceis produzem uma fé superficial. Nós nos dispomos a trabalhar
por aquilo que é difícil e quanto mais tempo investirmos orando mais fé teremos para o milagre.
Quando fomos comprar o prédio onde nos reunimos em Goiânia, enfrentamos uma longa
batalha espiritual. Foram mais de dois anos perseverando em oração. Eu ficava todos os dias
parado com o meu carro de frente ao prédio orando e imaginando todas as coisas que
faríamos ali. Mas tivemos de perseverar e crer contra as evidências. Não tínhamos o dinheiro
necessário e os proprietários não eram muito flexíveis. Por fim conseguimos que eles
parcelassem o valor do imóvel, mas não tínhamos como pagar a prestação que eles pediram.
Depois de orar e ouvir do Espírito, o Senhor nos deu paz e convicção de que deveríamos
encarar o desafio. Eu preferiria um milagre daqueles espetaculares onde o Senhor nos
mandasse todo o dinheiro e pudéssemos comprar tudo a vista. Mas o Senhor tem os seus
meios de nos ensinar. No dia de fechar o negócio um irmão foi conosco e, no final ele declarou
que iria pagar as prestações todos os meses até a quitação. Foi extraordinário! Por três anos
ele pagou as prestações todos os meses. Mas só ficamos sabendo que ele faria isso depois
que demos o passo de fé aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo.
O nosso Deus é um Deus de emoções fortes. Caminhar com o Senhor é avançar no meio de
muitas emoções. Eu me lembro de ir com a minha família de férias para Fortaleza uns anos
atrás. Quando chegamos decidimos fazer um passeio de bugue. Quando entramos no carro o
motorista nos perguntou: “Vocês querem com emoção ou sem emoção?” Como não sou de
ficar para traz, imediatamente falei: “Com emoção, claro!” Mas essa foi uma das escolhas mais
aterrorizadoras da minha vida. Aquele homem desceu com o bugue uma duna de mais de 50
metros de altura que era completamente vertical. E o medo da segurança do carro? Não sei se
um bugue cearense é exatamente um modelo de segurança. Mas foi eu quem escolhi.
Eu penso que quando começamos a seguir o Senhor ele também nos pergunta: “você quer
com emoção ou sem emoção?” Quem não busca o milagre, não crê no poder de Deus e se
contenta com uma vida medíocre certamente terá uma vida sem emoção. Mas aqueles que
decidem buscar pelo poder de Deus, ver seus milagres acontecendo e enfrentar as resistências
do inimigo certamente terão muitas emoções. Você deve concordar comigo que com emoção é
muito melhor!
A equação do milagre
O Senhor não nos promete milagres fáceis. Deus não usa varinha de condão. Os milagres
exigem de nós oração e dependência de Deus, exigem busca e muita fé para perseverar.
O Senhor disse ao povo de Israel que daria a eles a terra prometida. Mas depois de ouvir essa
promessa o povo não podia ir tirar férias nas praias do mar vermelho. Os israelitas tinham de
lutar pelo milagre. Eu gosto de colocar da seguinte forma: “a parte de Deus é dar, a minha
parte é apropriar!”
Os dons e os presentes de Deus são de graça, mas não são fáceis de abrir. Você já viu uma
criança tentar abrir um presente muito bem embrulhado? Isso é o mesmo que abrir os dons de
Deus. Eles exigem muito esforço e determinação.
Se pensarmos que vai ser fácil, logo desanimaremos. Os israelitas tiveram que lutar pela terra.
Eles tinham que ocupá-la e eliminar os inimigos, depois teriam de plantar e colher além de
defendê-la de outros inimigos. É isso mesmo, depois de apropriar temos de guardar o que
ganhamos.
Você percebe que a atitude de apropriação é vital para se alcançar o milagre? Os milagres são
pela graça, mas eu preciso trabalhar com Deus. Sei que é difícil conciliar a graça de Deus com
o esforço humano, mas tem uma maneira fácil de você entender isso: ore como se tudo
dependesse de Deus e depois trabalhe como se tudo dependesse de você.
“Deuteronômio 8:7 diz: “Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de
ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas;
terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra
em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de
cujos montes cavarás o cobre.
Há um princípio poderoso na última frase: o milagre está enterrado em algum lugar. O que
temos a fazer é cavar. Deus não disse: “Haverá tubos de cobre perfeitamente adaptados e
moedas de cobre que acharás nas calçadas.” Ele disse que havia minas de cobre nas colinas,
mas os israelitas teriam que escavar para encontrar a promessa.
Nós devemos ser o povo mais cheio de otimismo sobre a terra. Nós temos centenas de
promessas grandiosas escritas na Palavra de Deus e por isso devemos viver constantemente
cheios de uma santa expectativa de que algo bom está por acontecer. Homens e mulheres
cheios do Espírito vivem assim.
Em Lucas 2, lemos a respeito de dois heróis de cabelos brancos que eu amo muito. Simeão e
Ana são neotênicos. Eles provavelmente dependiam de suas bengalas para apoiar-se
fisicamente, mas eles eram jovens no coração. Lucas 2:25 diz o seguinte sobre Simeão. “Havia
em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a
consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Revelara-lhe o Espírito Santo que
não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo; e,
quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão
o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu
servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação.”
Esperar também não significa se conformar com a situação e nos acostumar com o problema.
Muitos não recebem de Deus porque já se acostumaram com a infelicidade. Estão
acostumados com um casamento ruim, com um emprego ruim ou uma saúde ruim.
Uma das mais impressionantes características do homem é a sua imensa capacidade de se
adaptar. O que pode ser uma grande bênção pode tornar-se também uma maldição porque nos
acostumamos com tudo. Acostumamos com a enfermidade, com a infelicidade, com a dor, com
a violência e até mesmo com a morte.
Certa vez vi uma reportagem sobre os africanos mortos em Ruanda na fronteira com o Zaire.
Eu fiquei completamente consternado, nunca tinha visto nada parecido. Mais de 750 mil
pessoas foram mortas em poucos dias. Foi um genocídio. Chegou a um ponto que não havia
como enterrar tantas pessoas, então um trator abria uma vala e empurrava aquela montanha
de corpos lá para dentro. Foi quando um homem chegou carregando um embrulho e
simplesmente o jogou ali, virou-se e foi embora. O fotógrafo que estava fazendo o
documentário perguntou aos outros que estavam ali: – quem é este homem e porque jogou ali
aquele embrulho? Eles disseram que não era um embrulho, mas uma criança e foi o seu pai
quem a trouxe. Mas o jornalista não se conformou e perguntou: ele chegou aqui jogou a
criança e foi embora? Não fez luto, não fez nada? Aqueles homens então responderam:
“depois que você perde um, dois, três, quatro, cinco, dez familiares em poucos dias, você não
faz luto, mas, você se acostuma, os seus olhos secam e você já não chora mais.” A triste
verdade é que é possível se acostumar até com a morte.
Quantos de nós temos nos conformado com um casamento ruim, por um, dois, três, dez, vinte
anos? Quantos têm se acostumado com uma vida ruim, uma vida angustiada, uma vida triste e
miserável. Porque o tempo passa e a gente se adapta, nos acostumamos com a infelicidade,
nos habituamos com a tristeza. Mas eu preciso alertar você: recuse-se a acostumar-se com
aquilo que não é a vontade Deus, recuse-se a se conformar com aquilo que não é o propósito
de Deus para você, para o qual você não foi criado. Jesus veio para nos dar vida, e vida em
abundância. Não aceite menos que isso.
Você sabe quem é aquele que experimenta o milagre de Deus? É aquele que diz: eu não vou
me conformar com isso. Não vou aceitar. “Eu prefiro a morte a continuar vivendo assim.”
Esse tem sido o segredo da vitória de muitos e pode ser o seu segredo também. Esse é o
tempo de você dar um basta. Chega de viver infeliz. Há poder de Deus disponível para aquele
que crê. Você não precisa se acostumar com a morte, Jesus veio para lhe dar vida.
Tire o Zoom
Aqueles que trabalham com computador estão habituados a um recurso de ampliação e
redução de imagem chamado “zoom”. Não sei se essa palavra já se integrou ao nosso idioma,
mas é comum as pessoas dizerem que vão dar um zoom na imagem, ou seja, vão ampliar a
visualização delas. Nós podemos fazer a mesma coisa em nosso dia-a-dia. Podemos dar ou
tirar o zoom de certas coisas.
Esse é um dos meus segredos para me manter positivo e cheio de fé, sem me deixar
desanimar quando as coisas não acontecem na hora e do jeito que eu gostaria. Quando estou
desanimado geralmente é porque eu tenho dado zoom em alguma coisa negativa na minha
vida. Se eu perco a paciência com meus filhos, então a minha tendência é dar um zoom na
impaciência, o que me enche de acusação e culpa. O que faço é tirar o zoom do erro e colocá-
lo no trabalho do Espírito Santo em minha vida. A obra dele na minha vida ainda não acabou.
O que ele está fazendo em mim é de longo prazo. Isso me ajuda a colocar as coisas em
perspectiva.
Muitos de nós ficamos desanimados quando Deus não atende os nossos prazos. Normalmente
uma de duas coisas acontece. Ou nós simplesmente desistimos de buscar o milagre. Ficamos
desanimados, deixamos de acreditar, e já não oramos e nem esperamos coisa alguma. Ou
então ficamos amuados com Deus. Fazemos uma greve de Igreja e de oração. No fundo
sabemos que estamos errados, mas alimentamos a idéia tola de que isso possa tocar a Deus.
Sete vezes
A maioria dos milagres são perdidos porque nós desistimos. Naamã teve que mergulhar no rio
Jordão sete vezes antes que sua lepra fosse curada. Elias orou por chuva, sete vezes perante
um horizonte completamente limpo. Os israelitas rodearam a cidade de Jericó sete vezes antes
de as muralhas virem abaixo. Então, eu me pergunto. E se Naamã tivesse mergulhado apenas
seis vezes no Jordão? E se Elias tivesse orado apenas seis vezes para que chovesse? E se os
israelitas tivessem marchado ao redor de Jericó apenas seis dias? A resposta é simples: eles
teriam perdido o milagre, porque eles teriam desistido cedo demais. É sempre muito cedo para
desistir de Deus. Mas se continuarmos buscando e continuarmos crendo e perseverando,
vamos experimentar o milagre!
Uma das minhas passagens favoritas sobre a importância de prevalecer em oração está em
Daniel 10. Daniel teve uma visão de Deus e ele respondeu ao Espírito e decidiu jejuar. Por três
semanas ele orou e jejuou, mas era como se os céus se calassem. Eu muitas vezes me sinto
assim quando jejuo. Eu me pergunto porque eu estou mesmo fazendo isso, pois parece que
Deus não está falando nada para mim. Mas geralmente o jejum rompe o mundo espiritual
depois de alguns dias. Para Daniel isso aconteceu no vigésimo primeiro dia. Isto é muito
fascinante! No último dia Daniel é visitado por um anjo. O anjo lhe diz: “Não temas, Daniel,
porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te
perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu
vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia” (Dn. 10:12-
13).
Assim, a oração foi ouvida no momento em que Daniel começou a orar. Mas levou
vinte um dias para que a resposta da oração chegasse, por causa de oposição espiritual.
No final do vigésimo dia ainda não havia nenhum entendimento. Eu creio que Daniel poderia te
r pensado consigo mesmo que aquele jejum não estava passando de
uma greve de fome. Mas no final dos vinte um dias o anjo lhe trouxe a resposta. Levou
vinte dias para que Daniel
tivesse clareza da visão. Nós queremos ter clareza agora, imediatamente. Mas às vezes temos
que esperar para que a visão faça sentido. Às vezes temos que esperar que a promessa seja
cumprida. Às vezes temos que esperar para que o milagre aconteça.
Você deve saber o que fez Abraão quando pareceu que Deus estava
demorando muito a fazer o milagre em sua vida. Ele tentou fabricar o milagre. Em vez de esper
ar em Deus, Abraão tomou o problema em suas próprias mãos e decidiu dormir com a serva de
Sara chamada Hagar. A sua tentativa de fabricar o milagre causou mais problemas ainda.
Não tenha dúvida que a parte mais difícil da fé é esperar. O problema é que se não
percebemos Deus agindo nós tentamos resolver o problema por nós mesmos, o que
normalmente causa maiores problemas ainda. Isso é exatamente o que Abraão fez. Nós
acabamos complicando ainda mais a situação, o que vai demandar mais um milagre de Deus
para corrigi-lo. É sempre melhor esperar que Deus faça a obra, pois tudo o que ele faz é
sempre perfeito. E nunca se esqueça, no tempo certo!
Quinto Dia
A vida por um toque
Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém
tinha podido curar e que gastara com os médicos todos os seus haveres, veio por trás dele e
lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia. Mas Jesus disse: Quem me
tocou? Como todos negassem, Pedro com seus companheiros disse: Mestre, as multidões te
apertam e te oprimem e dizes: Quem me tocou?. Contudo, Jesus insistiu: Alguém me tocou,
porque senti que de mim saiu poder. Vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se
trêmula e, prostrando-se diante dele, declarou, à vista de todo o povo, a causa por que lhe
havia tocado e como imediatamente fora curada. Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-
te em paz. (Lc 8.43-48)
Cada vez que nos reunimos, em Seu nome, o Senhor Jesus se faz presente entre nós. Ele é
fiel e disse: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt
18.20). O Senhor também disse: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos
séculos” (Mt 28.20).
A coisa mais preciosa na vida do cristão é a unção e a presença viva do Senhor Jesus. Há
quem goste da pregação, outros gostam de cantar corinhos, muitos gostam de comunhão, de
estar junto aos irmãos, mas o que me interessa é a presença viva do Senhor Jesus. Sem Ele,
essas coisas são completamente vazias e destituídas de sentido. Todavia, a presença e a
unção do Senhor Jesus não é a mesma para todos entre nós.
O texto bíblico nos mostra uma mulher e também uma multidão ao redor de Jesus. Essa
passagem aconteceu no auge de Seu ministério, no ápice de Sua fama, que corria por toda a
Terra naqueles dias. Havia, com certeza, muita gente ao redor de Jesus para vê-lO e ouvi-lO. A
maioria era de curiosos que queriam ver algum milagre, alguma coisa especial. Mas apareceu
uma mulher em meio à multidão. E, para ela, o toque de Jesus foi diferente dos demais.
Também hoje muitos erguem as mãos nos cultos, cantam corinhos, mas quantos tocam o
Senhor? Estão ao redor do Senhor, mas estão recebendo virtude do céu? Deus não faz
acepção de pessoas, mas nem todos O tocam ao ponto de receberem poder. Todavia, aquela
mulher O tocou, diferente de todos os outros que encostavam e pegavam no Senhor Jesus.
Somente quando aquela mulher tocou em Jesus saiu virtude do Senhor.
Hoje, milhões de pessoas cantam reunidas no nome de Jesus e o Senhor se faz presente no
meio delas. É algo precioso, maravilhoso, mas quantos vão para casa tendo recebido da
virtude de Deus? Quantos saem diferentes de como entraram? Quantos têm recebido algo da
parte de Deus? Há um toque que faz diferença.
Se o fluir da bênção não depende do Senhor, mas sim de nós; o que houve de especial
naquela mulher? Qual era o seu segredo? Vejamos agora uma descrição do que estava
acontecendo no momento, essa descrição nos desvendará o segredo da bênção daquela
mulher, que será para nós a chave para descobrirmos o toque que faz diferença. E, assim
como a vida daquela mulher, a sua vida pode ser completamente transformada. Basta que
você toque no Senhor.
No início do relato da criação, vemos que Deus criou milhões de formas de vida, mas nenhuma dessas criaturas era
como Ele. Porém, em Gênesis 1.26, vemos que Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança. Assim, o homem foi
criado segundo a espécie de Deus. De todos os animais se diz que foram criados segundo a sua espécie, mas a
respeito do homem, se diz que foi feito à imagem de Deus, do tipo de Deus.
Depois de criar cada coisa, a cada dia, Deus deu Seu veredicto de que tudo era bom. Mas, após a criação de Adão e de
sua esposa, no sexto dia, Deus olhou para eles e disse que era “muito bom” (Gn 1.31), demonstrando, assim, Seu
prazer, porque Adão e Eva eram Sua satisfação e Seu deleite, pois somente eles eram de Sua espécie. Porém, a obra
de Deus com Adão ainda não estava completa, pois o homem tinha apenas a imagem e semelhança de Deus, mas não
Sua vida e Sua natureza. O homem tinha a imagem de Deus, mas não tinha o próprio Deus dentro de si. Para isso,
ainda precisava comer do fruto da Árvore da Vida e receber o próprio Deus como sua vida. Sabemos, contudo, que o
homem caiu e, dep*-ois da queda, o Senhor prometeu a Adão que Ele viria como a semente da mulher (Gn 3.15). Está
claro que a intenção de Deus era criar o homem, mas hoje nós percebemos que Seu verdadeiro intuito era tornar-se um
homem.
Aproximadamente dois mil anos depois de fazer a promessa registrada em Gênesis 3.15, Deus apareceu a Abraão e lhe
prometeu uma semente que seria uma bênção para todas as nações (Gn 22.18). Essa semente era o próprio Deus que
se tornaria homem em Cristo para abençoar toda a terra. Após outros mil anos, o Senhor encontrou Davi, um homem
segundo o Seu coração, e lhe disse que ele teria uma semente que seria o Filho de Deus (2Sm 7.12-13). Esse Filho é,
na verdade, o próprio Deus.
Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que
procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino. (2Sm 7.12,13)
Finalmente, mil anos depois de Davi, Deus veio para ser um homem, concebido do Espírito Santo e nascido de uma
virgem (Mt 1.20-23). Ele era Emanuel, Deus que havia se tornado homem, um homem-Deus. Ele se tornou o que nós
éramos para que nós nos tornássemos o que Ele é. Um dia, o Senhor Jesus, o homem-Deus, disse que Ele era um grão
de trigo que caiu nesta terra para morrer e, assim, gerar muitos grãos (Jo 12.24). Esses muitos grãos são, na realidade,
a reprodução de Deus.
Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer,
produz muito fruto. (Jo 12.24)
O primeiro grão, o Senhor Jesus, era o protótipo, e nós, hoje, somos os muitos grãos que foram gerados por Ele. Por
meio de Sua morte e ressurreição, Sua Vida foi liberada a nós e, hoje, somos feitos filhos de Deus semelhantes a Jesus.
Temos o mesmo tipo de vida que Ele, pois Ele é o primeiro filho, o primogênito, mas nós somos os muitos irmãos que
foram gerados. Esta é a grande verdade revelada por Jesus em João 12.24: o Unigênito de Deus agora é o primogênito,
pois compartilhou sua natureza divina com muitos outros filhos que foram gerados. Muitos podem questionar, dizendo
que não somos como Jesus e que basta dar uma olhada ao redor para constatarmos nossa imperfeição, mas a verdade
é que ainda estamos em processo de transformação, porém já temos Sua vida e Sua natureza dentro de nós. Na
verdade, ainda não se manifestou o que haveremos de ser (1Jo 3.2). Muitos ainda não vivem de acordo com a nova
natureza durante todo o tempo, e há aqueles que até mesmo dão lugar à carne e ao diabo, mas isso não invalida a
grande verdade de que somos da mesma natureza que Ele. Sem dúvida precisamos ser transformados – e essa é
exatamente a obra que Deus está fazendo hoje em nós, a obra de transformação.
Saber o que somos e perceber quem somos certamente tem o poder de nos transformar. Grande parte de nossos
problemas acontece porque acreditamos que somos terrenos e carnais. Nós tendemos a nos comportar de acordo com
o que acreditamos, por isso o diabo procura o tempo todo lançar setas de condenação e acusação em nossa mente
para que acreditemos que não somos realmente aquilo que a Palavra de Deus afirma que somos. Porém, quando temos
revelação de que somos filhos de Deus e, portanto, do mesmo tipo de Cristo, e carregamos a natureza de Deus dentro
de nós, mudamos radicalmente nossa conduta. A atmosfera e tudo o que está relacionado a nós também é mudado. Se
todos os cristãos de hoje percebessem que são do tipo de Deus, tendo Sua vida e Sua natureza divina, a Igreja e o
mundo inteiro seriam diferentes. Nosso desafio é permanecer na posição onde fomos colocados, rejeitando toda
afirmação maligna contrária à verdade do eterno propósito de Deus.
Deus se fez homem para que pudéssemos ser como Ele é. O Senhor Jesus se tornou filho do homem para que nós nos
tornássemos filhos de Deus. Esta é a essência da Igreja, somos essa nova raça caminhando sobre a terra. Precisamos
repetir esta verdade constantemente até que ela se torne viva em nosso espírito: o Deus eterno teve um “sonho” na
eternidade, segundo o propósito eterno do Seu coração (1Tm 1.4; Ef 1.10; 3.9). Então, Ele criou o universo e formou o
homem como a expressão do desejo do Seu coração, isto é, que esse homem fosse da mesma espécie de Deus (Gn
1.26), e que pudesse se reproduzir e encher toda a terra (v. 28).
O Senhor Jesus é o grão de trigo que se tornou homem, morreu e, por meio de Sua morte e ressurreição, fez uma
reprodução em massa de Si mesmo. Ele, como o único grão, tornou-se os muitos grãos (Jo 12.24) que são moídos em
fina farinha e misturados para se tornarem um só pão (1Co 10.17). Esse pão é a Igreja, o Seu Corpo.
Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão.
(1Co 10.17)
O Senhor Jesus, como o Filho unigênito de Deus, era o único grão, e Ele nos fez os muitos grãos, Seus muitos irmãos
(Rm 8.29), para sermos unidos com Ele em um único pão, um só Corpo. Entre nós não há diferença de nacionalidade,
raça ou nível social (Cl 3.11). Somos uma nova espécie, trazemos a vida e a natureza de Deus.
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. (Rm 8.29)
Em Cristo, Deus e o homem tornaram-se uma unidade. Pedro diz que nós fomos feitos “participantes da natureza divina”
(2Pe 1.4). É por causa disto que a Palavra tornou-se homem, e o Filho de Deus tornou-se o Filho do homem: para que o
homem, ao receber a Palavra e a vida de Deus no novo nascimento, possa tornar-se um filho de Deus.
Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-
participantes da natureza divina... (2Pe 1.4)
O Filho de Deus é o protótipo e nós somos a produção em série. Cristo é o molde, a forma. Deus nos colocou nele para
sermos moldados em sua imagem e forma. O processo de ser colocado na forma envolve sofrimento porque as arestas
devem ser aparadas e o que está faltando, acrescentado. Assim vemos que o propósito eterno de Deus revelado em
Gênesis se cumpre no Novo Testamento: temos o Espírito dentro de nós e estamos sendo trabalhados para sermos a
imagem e semelhança do Filho de Deus. Somos vaso e expressão para representarmos Deus e reinarmos com Cristo.
Sétimo Dia
Regras para alcançar o impossível
Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E,
tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre
as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou:
Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? Subindo ambos para o barco, cessou o vento.” Mt 14:25-32
Perto da minha casa tinha uma borracharia que tinha o seguinte slogan: “o impossível fazemos na hora; milagres demoram mais um pouco”. Você é alguém que necessita de um milagre? Há
quanto tempo você não ousa buscar algo que seja humanamente impossível?
No texto que lemos encontramos a história do dia que Jesus e Pedro andaram sobre as águas. A respeito de todos os outros milagres de Jesus podemos perceber uma razão ou uma necessidade,
mas nesse milagre não percebemos rapidamente o motivo do Senhor andar sobre as águas. Eu creio que a única razão foi nos ensinar uma profunda lição de fé através de Pedro e também nos
convidar a viver uma vida onde o sobrenatural seja algo presente. A vontade do Senhor é que a palavra impossível seja riscada do nosso relacionamento com Ele. Crendo nisso, eu gostaria de
compartilhar com você quatro regras para alcançar o impossível.
As tempestades da vida
Há três coisas que a Palavra de Deus nos mostra a respeito das tempestades.
Em primeiro lugar as tempestades são inevitáveis. Elas simplesmente virão em algum momento. Todos nós passaremos por tempestades em algum momento de nossas vidas. Simplesmente
porque elas fazem parte da existência nesse mundo caído. Ninguém vai passar por essa vida em brancas nuvens e dormindo em plácido repouso. Todos enfrentaremos tempos difíceis.
Os discípulos tinham passado o dia ouvindo o Mestre e fazendo sua obra, mas isso não os isentou da tempestade. Eles amavam a Jesus e tinham deixado tudo para segui-lo, mas isso não
os poupou da tempestade. As aflições e as tempestades da vida fazem parte da jornada de todos nós.
Às vezes, Deus vai nos conduzir a uma tempestade. Este é o lugar onde nossas expectativas em Deus são testadas. Nós esperamos que Deus só nos leve para águas tranqüilas, pastos
verdejantes e céus ensolarados. Temos muita dificuldade de entender um Deus amoroso que nos permite passar por tempestades e lutas quando seguimos a sua vontade.
Em segundo lugar as tempestades são imprevisíveis. Elas desabam repentinamente. As pessoas tentam de todas as formas preverem como será o seu dia, se terão uma boa ou má semana,
mas simplesmente não é possível prever as calamidades da vida.
As tempestades podem transformar cenários domésticos em lugares ameaçadores. O Mar da Galiléia era um lugar muito conhecido daqueles discípulos. Alguns deles eram pescadores
profissionais e cruzaram aquele mar várias vezes lançando suas redes. Muitas vezes, as tempestades mais terríveis que enfrentamos na vida não vêm de horizontes distantes, mas apanham
aquilo que era comum em nossa vida e bota tudo de cabeça para baixo. Eu sempre me espanto como em um breve momento as nossas vidas podem ser mudadas para sempre. Um
telefonema, uma conversa, uma curva adiante e tudo muda.
Em terceiro lugar as tempestades não fazem acepção de pessoas. Elas acontecem a pessoas boas e a pessoas ruins. Acontecem com crentes e incrédulos, com pessoas educadas e
pessoas analfabetas, com ricos e com pobres. Elas vem sobre todos nós. Em Mateus 5:45 o Senhor diz que faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Ser
cristão não nos isenta das tempestades.
Alguns imaginam que os problemas vêm somente sobre os desobedientes, mas isso não é verdade. Os discípulos enfrentaram a tempestade justamente porque obedeceram a ordem do
Senhor para passarem ao outro lado. Jonas enfrentou a tempestade porque fugia da vontade de Deus, mas Paulo enfrentou a tempestade justamente porque fazia a vontade de Deus. As
tempestades virão, mas como passaremos por elas já é uma outra questão.
Precisamos lembrar que os discípulos passaram pela tempestades mesmo com Jesus presente no barco. O fato de Jesus estar conosco não nos poupa das tempestades. Ser cristão não é
viver numa redoma de vidro, numa estufa espiritual. Jesus foi a uma festa de casamento e, mesmo ele estando lá, faltou vinho. Um crente que anda com Jesus pode também enfrentar
terríveis tempestades.
Por dois anos, os cientistas isolaram-se em um ambiente artificial chamado Biosfera 2. Dentro de sua comunidade auto-sustentável, eles criaram uma série de mini-ambientes, incluindo um
deserto, uma floresta tropical e até mesmo um lago. Quase todas as condições de tempo puderam ser simuladas com exceção de uma, o vento. Ao longo do tempo, os efeitos do seu
ambiente sem vento tornaram-se evidentes. Muitas árvores de acácia se curvaram e caíram mesmo estando num ambiente controlado. Sem o stress do vento para fortalecer a madeira, os
troncos cresceram fracos e ela não conseguia sustentar o seu próprio peso.
Não chegamos ainda no céu onde tudo será perfeito e onde a vontade de Deus é perfeitamente realizada. Nós temos escolhas e às vezes cometemos erros e por causa disso nos ferimos.
Esta é a razão porque temos de orar para que a vontade de Deus seja feita na terra assim como é feita no céu.
Vemos então que as tempestades são inevitáveis, imprevisíveis e imparciais. Então a questão fundamental é: qual será a minha resposta no meio da tempestade? Gostaria de compartilhar as
três perguntas que foram feitas no meio do temporal. Normalmente são as mesmas que fazemos no dia mal.
2. Por que sois assim tímidos? Por que não tendes fé? (4.40)
Essa foi a segunda pergunta no meio da tempestade. Foi o Senhor quem perguntou aos seus discípulos: “por que vocês não crêem?”
A pergunta do Senhor não era meramente retórica. O Senhor queria lhes mostrar que eles não precisavam temer coisa alguma, pois havia muitas razões para que eles cressem e
descansassem.
Em primeiro lugar eles deviam crer na palavra de Jesus. O Senhor havia dito a eles: “passemos para a outra margem”. O Senhor não disse: “passemos para o meio do mar para
naufragarmos”. O Senhor já havia determinado que eles chegariam ao destino.
Nossa fé é sempre baseada na Palavra de Deus. No meio da tempestade somente podemos vencer o medo e o pânico se tivermos clareza a respeito da sua palavra. Os discípulos deveriam
se lembrar que quando o Senhor fala ele cumpre a sua palavra. Podem passar o céu e a terra, mas as palavras do Senhor não passarão. Ele não é homem para mentir. Ele é a verdade. Os
discípulos tinham ouvido o Senhor dizer isso, portanto o destino deles era a outra margem e não a morte no meio do mar.
Jesus não disse que a viagem seria calma e fácil, mas ele garantiu que chegariam ao destino. A Palavra de Deus não promete uma vida sem luta e sem tempestades, mas nos promete uma
vida de vitória no meio da luta.
Em segundo lugar eles deviam crer na presença de Jesus. Havia uma tempestade, mas o Senhor estava com eles no barco. As circunstâncias não são maiores que o nosso Deus. Não
estamos navegando sozinhos. Ele está conosco no barco.
Experimentar a presença do Senhor nos livra do medo. Davi diz que ainda que andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum (Sl 23:4). Não porque o vale seria um caminho
maravilhoso. Não porque a circunstância era fácil de enfrentar, mas porque a presença de Deus estava com ele. “Tu estás comigo”! Esse deve ser o seu grito no meio da tempestade. Na
verdade precisamos declarar para o vento e para o mar quem está conosco no barco.
O Senhor já havia dito que onde estivesse dois ou três reunidos no nome dele ali ele estaria (Mt. 18:20). Ele também disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias até a
consumação dos séculos” (Mt 28:20). Os discípulos se entregaram ao medo porque esqueceram-se de que Jesus estava com eles. O Rei do céu e da terra estava no mesmo barco e por isso,
o barco não podia afundar.
Em terceiro lugar eles deviam crer na paz de Jesus. Ora o Senhor estava dormindo. Enquanto a tempestade rugia com toda fúria, Jesus estava dormindo um sono profundo. Jesus sabia que
a tempestade viria e mesmo assim foi dormir. Os discípulos deveriam saber que o Senhor não os abandonara, mas estava demonstrando como devemos lidar com as tempestades da vida.
No meio da luta precisamos crer e descansar.
Em quarto lugar eles deviam crer no poder de Jesus. O Senhor tem toda autoridade no céu e na terra. Ele mesmo disse que antes de Abraão existir “Eu Sou”! Ele é o criador do vento e do
mar. Nada pode estar fora do controle das suas mãos. Não devemos permitir que haja tempestade em nosso coração. Pode estar trovejando e ventando lá fora, mas dentro de nós deve
reinar a paz da presença do Senhor.
Por último eu creio que quando o Senhor acalmou a tempestade ele estava mostrando a seus discípulos que eles já tinham autoridade sobre os demônios. Certamente eles não perceberam
que aquela tempestade era algo espiritual. A palavra que o Senhor usou para repreender o vento e o mar é a mesma que ele usou para expulsar os demônios. Era como se Ele estivesse
dizendo para a tempestade: “seja amordaçada”! Como se estivesse amordaçando um cão com raiva. Isso dá indicação de que esta tempestade não era comum, mas um enviado de Satanás.
Já passei por tempestades na vida que certamente poderiam ser descritas como satânicas na origem. Você pode perceber dentro de você quando isso acontece. Quando essas tempestades
vêm, você deve proteger a sua mente, porque você vai começar a receber todo tipo de pensamento contrário. Precisamos lançar mão da autoridade do nome do Senhor e mandar que todo
espírito maligno saia.
Nossa maior tentação é pensar que as tempestades são apenas eventos naturais. Quando as tempestades acontecem em nossa vida elas sempre são o resultado da atuação dos espíritos
malignos. Você somente pode exercer fé se tiver clareza disso.
Então, se você estiver lendo esta mensagem e você perceber que há coisas acontecendo as quais você não sabe explicar, você deve silenciar as tempestades hoje.
Se você concluiu que em vez de ir para a frente, você está indo para trás, há uma tempestade que precisa ser silenciada.
Se você percebe que aqueles que não merecem o sucesso, estão superando você, enquanto você está sendo tirado da sua posição, há uma guerra para você lutar.
Se você tem enfrentado um problema que tem se tornado teimoso e não quer ir embora, então você tem uma tempestade diante de você.
Quando alguém está sendo governado por forças contrárias à sua vontade, há uma batalha para lutar.
Quando surge um ódio repentino entre marido e mulher, essa não é uma tempestade comum, mas uma batalha contra os espíritos nos ares.
Quando um aluno brilhante, repetidas vezes não consegue se sair bem durante o exame, há uma tempestade espiritual.
Quando uma pessoa normalmente feliz torna-se cada dia mais triste e deprimida, há vento espiritual soprando sobre o mar.
Quando uma criança que sempre foi obediente, de repente torna-se desobediente, a ventania precisa ser silenciada.
Quando você se vê escravizado por um hábito que você não pode controlar, há uma tempestade para ser vencida.
Não se iluda, as tempestades são produzidas pelos espíritos que atuam nos ares. Você pode usar da sua autoridade para amordaçar o vento e calar o mar.
1. Ignore a tradição
E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés. (Mc 5.22)
O texto diz que Jairo era um dos chefes da sinagoga, ou seja, Jairo tinha uma posição a defender. Posição, às vezes, é um grande obstáculo, algo que tentará impedir você de alcançar a
bênção de Deus. Bem-aventurado é aquele que não tem posição nenhuma, porque ele facilmente se humilha para receber. Mas essa não era a situação de Jairo.
A Bíblia diz que, sendo um dos principais da sinagoga – ou seja, sendo chefe –, ele tinha muito o que perder, status, salário, o respeito da comunidade. Tudo porque ele era o chefe, alguém
importante, um dos principais da sinagoga. Jairo tinha uma posição, algo a defender, mas também tinha uma necessidade.
Às vezes, Deus coloca necessidades em sua vida. Se tem havido pressão, ela tem que ser suficientemente forte para que você abra mão da opinião das pessoas e da posição que você tem.
Alguns homens são tidos como conhecedores e intelectuais, como podem eles irem a uma reunião e buscar um milagre como qualquer pessoa? Simplesmente eles não se vêem algum dia
entrando em uma igreja evangélica. Outros não se imaginam tendo que implorar por uma bênção em uma reunião qualquer.
Todavia, Deus permite as pressões e, se quiser receber a bênção de Deus, você terá que abrir mão dessas coisas. Quantas vezes você sente o fluir de Deus, mas não lhe dá liberdade
porque você tem uma posição? O que pensarão de você? O que dirão de você? Não deixe que a opinião dos outros a seu respeito o impeça de receber a bênção.
O texto segue dizendo que Jairo veio e prostrou-se aos pés de Jesus (Mc 5.22). Isso era um problema na tradição judaica. Jairo era uma pessoa importante e prostrar-se diante de um homem
era a atitude própria para escravos, eles é que se curvavam diante de outros. Pessoas da posição de Jairo jamais se ajoelhariam diante de alguém. Um chefe da sinagoga se curvaria apenas
diante de Deus.
E foi justamente o que Jairo fez: ele adorou a Jesus, como está registrado em Mateus 9.18. Muitas pessoas buscam coisas de Deus, mas aqueles que O adoram descobriram a chave do Seu
coração. Jairo adorou a Jesus, reconhecendo-O como Deus.
2. Ignore a posição
A Palavra do Senhor diz que Jairo era um dos principais da sinagoga. Ele, portanto, tinha algo a perder. Ele poderia ser expulso da sinagoga. Naqueles dias, aquele que confessasse Jesus
poderia ser expulso da sinagoga. Depois que Jesus curou um cego de nascença, as escrituras dizem que seus pais estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se
alguém confessasse ser Jesus o Cristo, seria expulso da sinagoga (Jo 9.22).
Outros líderes judeus também procuraram a Jesus, mas o fizeram às ocultas, como Nicodemos que O procurou à noite, ou José de Arimatéia que o seguia escondido. Todos eles temiam
perder suas posições entre os judeus.
Para outros, perder a posição seria perder apenas o status; mas, para Jairo, significava perder salário, carreira e até o respeito da sociedade. Posição é a segunda coisa que você terá que
ignorar se deseja receber o toque e a bênção de Deus em sua vida. Jairo estava disposto a abrir mão de tudo isso. Jairo abriu mão da sua posição, se prostrou e adorou ao Senhor. Ele não
se importou com nada.
Para receber de Deus, você também precisa abrir mão de sua imagem, que tanto procura preservar. Como nós nos preocupamos com o que os outros vão pensar, com o que vão dizer! Se
você quer realmente algo de Deus, não meça esforços; ignore quem está por perto.
Mais adiante, o verso 24 diz que uma grande multidão o comprimia. Mas sua filha estava à morte. Dá até para imaginar a situação. Jairo estava em sua casa, ele já tentou de tudo, já buscou
ajuda de todo tipo de médico, mas não tem saída. Então, ele ouve falar que Jesus está na cidade fazendo milagres. Ele se levanta e diz: “Eu vou ter com o Senhor!”. O médico o adverte que
ela tem poucas horas de vida, ela pode morrer a qualquer momento. Jairo sai correndo, procurando Jesus e de repente ele encontra o Salvador. A multidão é grande, mas ele consegue
chegar perto do Senhor. Ele O adora e diz: “Mestre, se o Senhor for até a minha casa, estender a Sua mão e orar pela minha filha, eu tenho certeza que ela será curada”. E o Senhor lhe
responde: “Eu vou com você!”. Mas, a essa altura, uma grande multidão começou a comprimi-lo. Eu fico imaginando a cena. Jairo pega na mão de Jesus e diz: “Mestre, vamos! Precisamos
andar depressa!”. Jesus e ele tentam caminhar em meio à multidão, mas era muita gente. Jairo sabia que tinha pouco tempo. Parece uma cena de um filme de ação.
3. Ignore a multidão
E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava. (Mc 5.24)
A situação da filha de Jairo era realmente grave e cada segundo era precioso. Jairo tem pouco tempo, algo tem que acontecer. Mas antes ele teria que enfrentar aquela multidão. A multidão é
um obstáculo. Muitas pessoas querem milagres isolados, muitas pessoas querem que Deus faça algo escondido. Não querem ir a uma reunião da Igreja, não querem se expor no meio da
multidão. Mas às vezes é exatamente isso que Deus quer que você faça. É num ambiente como este que Deus quer operar o milagre na sua vida. Há pessoas que querem fugir, não querem
se expor, não querem aparecer, querem o milagre mas não querem se expor. Jairo não fez isso, ele encarou a multidão.
4. Ignore a impaciência
Quando menos se espera surge um outro obstáculo. A Bíblia diz que apareceu uma mulher hemorrágica no meio do caminho de Jesus até a casa de Jairo (Mc 5.25-34). Justamente quando a
multidão os comprimia aconteceu mais um milagre, aquela mulher fora curada de uma hemorragia. Jairo está precisando do milagre, sua filha está morrendo, mas agora aparece alguém na
frente. Não é difícil imaginar a agonia de Jairo.
No meio da multidão o Senhor fala: “Alguém me tocou!”. Dá para imaginar a reação de Jairo: “Senhor, é claro que alguém O tocou, olha a multidão que está aqui.”. E o Senhor explica:
“Alguém me tocou de um modo diferente, eu senti que saiu poder e virtude de mim.”. E a mulher, vendo que não podia se ocultar, se revelou: “Fui eu, aconteceu comigo!”.
Eu imagino o desespero de Jairo. Jesus pára e um longo testemunho é liberado pela mulher curada. A Bíblia diz que ela lhe declarou toda a verdade (v. 33). Imagine se aquela mulher fosse
como algumas irmãs que, ao dar o testemunho, contam tudo nos mínimos detalhes. Eu quase consigo ver Jairo angustiado, pensando: “Esta mulher poderia falar do milagre amanhã, minha
filha pode morrer agora mesmo. Por que o Senhor não trata dela depois? Por que o Senhor parou?”.
Mas Jairo não fez nada disso. Em nenhum momento ele tentou interromper o milagre dos outros. Certamente, aos seus olhos, a sua necessidade era primordial, mas ele soube vencer a
impaciência.
Muitas vezes nós nos exasperamos porque o Senhor parece demorar-se para atender-nos. É nesse momento que muitos desistem, mas, apesar de toda a sua aflição, Jairo superou sua
exasperação. Na verdade, observar como aquela mulher fora curada deve ter alimentado a fé de Jairo. Se Jesus curou a mulher sem nem orar por ela, muito mais sua filha será curada
quando Jesus impor Suas mãos sobre ela. O seu milagre certamente seria o próximo.
Às vezes ficamos questionando: “Por que Deus não faz na hora, por que demora tanto?”. Para nós, parece que o Senhor demora tanto para agir, parece que o Senhor está andando devagar
e queremos que Ele se apresse. Mas não sejamos afoitos. A impaciência é um obstáculo. A impaciência lhe afasta da comunhão com o Senhor. Apenas descanse o seu coração nas mãos
dEle e saiba: Deus está no controle de tudo.
Às vezes Deus permite que você veja outras pessoas recebendo a bênção antes de você, mas não interprete isso como se Deus fizesse acepção de pessoas, é só a maneira que Deus usa
para fortalecer a sua fé. Deus às vezes faz na vida de outros primeiro para lhe mostrar que fará em sua vida também. Mas muitos de nós temos outra postura: “Eu não entendo, por que Deus
fez nele e não fez em mim! O meu caso é muito mais grave do que o dessa mulher, a minha filha está morrendo. Por que Ele curou a ela e não curou a minha filha? Por que fez para ela e
ainda não fez pra mim?”.
Ao encontrar alguém que recebeu o milagre antes de você, proclame que essa é a prova que o seu milagre também está chegando, o próximo será você. Ele recebeu e essa é a prova de que
Deus está vivo e está operando.
5. Ignore os fatos
Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? (Mc 5.35)
Àquela altura chega alguém dizendo que a menina já havia morrido. Imagine a situação daquele homem, a sua angústia naquele mo mento. Certamente, Jairo deve ter desfalecido com a
notícia. Mas Jesus preocupou-se com a fé de Jairo e procurou protegê-la, do mesmo modo como Ele protege a nossa fé.
Tudo agora parecia sem esperança, pois não havia perspectiva do ponto de vista humano. Todavia, Jesus é quem tem a palavra fi nal e Ele diz: “Não temas, crê somente!”. Este é o teste da
fé, está na hora de você aprender a ignorar os fatos. Você vê a evidência natural e diz: “Acabou!”. Acabou para quem? Para Deus não existe a palavra “impossível”. Talvez você estivesse
orando por uma doença aguda e, de repente, ela se tornou crônica. Você estava como Jairo, orando pela cura da filha, mas agora ela está morta. Mas não se esqueça: o Senhor fez questão
de mostrar o poder de Deus naquele dia.
Certa vez disseram a Kathryn Kuhlman: “Você deve ser uma mulher de grande fé!”. Ao que ela respondeu: “Eu sou uma mulher com uma pequena fé em um grande Deus!”. A principal
questão não é o tamanho da sua fé, a questão é o tamanho de Deus. Jesus disse que, se tiver uma fé do tamanho do grão de mostarda, você dirá a este monte, lança-te ao mar, e acontecerá
o que você falou. Um grão de mostarda é menor do que uma cabeça de alfinete, a minha fé é menor do que um grão de mostarda, mas o meu Deus é grande e eu O tenho visto operar
milagres e sei que Ele pode fazer o mesmo na sua vida também.
As pessoas sempre dirão: “Não adianta orar mais”, ou “Nada pode ser feito”, mas a palavra “impossível” não está no vocabulário de Deus. Todos diziam que a menina estava morta, mas
Jesus disse que ela apenas dormia. As pessoas preferem crer no que os sentidos percebem em vez de crer na Palavra de Deus. Se ficamos com a Palavra de Jesus, receberemos o milagre.
Jairo podia ter ficado amargurado e ter largado o Senhor pelo caminho. Mas preste atenção! O final da historia é só quando a história acaba, e é Jesus que acaba a história, Ele é o Alfa e o
Ômega. Se a situação está difícil, é porque a história ainda não acabou, ela só acaba quando Jesus entra. O Senhor está no controle e fará em sua vida quando você menos esperar. Ele é
Deus de grandes emoções.
Jesus mostrou a Jairo que, se quisesse receber o milagre, ele precisaria ignorar as circunstâncias e crer no poder de Deus. Mesmo que a doença já tenha virado óbito, ou o problema agudo
se tornado crônico, ou a ameaça tenha se concretizado; nós perseveramos em crer no poder de Deus, que traz vida em meio à morte.
Mais à frente no texto bíblico, o verso 36 narra que o Senhor não acudiu aquelas palavras, ou seja, Ele as ignorou. Nós também temos que ignorar certas coisas para vencer. Temos de
ignorar tudo isso que Jairo ignorou. Primeiro, ele ignorou sua posição, depois as tradições, ignorou a multidão ao derredor, a demora e a impaciência. Por fim, agora ele está ignorando o fato.
Jesus lhe disse: “Ignore o fato, crê somente. A história não acabou. Eu não cheguei na sua casa ainda. Eu não orei com a sua filha. A história não acabou!”.
A mesma coisa acontece com você nas suas circunstâncias. Jesus já entrou na sua história? A história só acaba de duas maneiras: ou você desiste, o que é um direito seu; ou você vai até o
fim com Deus. Se você vai até o fim com o Senhor, você pode crer que Ele fará proezas. Todos que esperaram em Deus jamais foram envergonhados.
Deus tem uma reputação, de sempre ouvir a oração do Seu povo. Ele não manchará Sua reputação deixando de ouvir uma oração sua. Ele ouvirá a sua oração. Vá até o fim com Deus. Jairo
podia ter dito ao Senhor: “Muito obrigado, mestre. Desculpe ter incomodado, eu vou embora, acabou essa história mesmo, vamos lá enterrar a menina!”. Ele podia fazer isso, nada de errado,
mas o Senhor o fortaleceu e o incentivou a ignorar os fatos.
Eu sei que isso parece loucura para você, mas o fato é apenas uma questão de interpretação, a verdade é o que você contará depois que Deus intervir em sua história.
6. Ignore as emoções
E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço e os que choravam muito e pranteavam. (Mc 5.38)
O sexto obstáculo que você tem que vencer é a emoção. Há horas em sua vida em que você terá que escolher entre crer e sentir. Sentir é muito bom, principalmente arrepios e calafrios. É
muito bom sorrir, chorar, é muito bom sentir a ebulição das emoções, mas haverá horas em sua vida em que você não sentirá nada. O vento vai parar, o ar ficará pesado e você não sentirá
coisa alguma. Será um ato exclusivo de fé. Você crerá ou não? Esse é um teste no mundo espiritual. É o momento em que o mundo espiritual pára para ver sua decisão. No meio do teste
não há ninguém com você; é apenas você, Deus e a circunstância diante de si.
Ao chegar em sua casa, Jairo encontra um ambiente de tristeza e desespero no ar. O que fazer? É preciso guardar o próprio coração, ignorando o ambiente ao nosso redor, para não termos
as nossas emoções contaminadas.
Na hora do teste, ignore as emoções e fique com a Palavra de Deus. Mesmo que pareça absurdo, mesmo que pareça loucura, fique do lado da verdade da Palavra de Deus e ignore as
emoções. Todos nós temos de enfrentar a batalha das emoções em algum momento. Nunca permita que as emoções destruam a sua fé. Lembre-se que é a fé – não suas emoções – que
fará o milagre acontecer.
7. Ignore o ridículo
E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme. E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina e os
que com ele estavam e entrou onde a menina estava deitada. (Mc 5.39,40)
O texto, então, nos mostra que as pessoas riram de Jesus. É o momento do ridículo. É o ridículo de alguém que espera em Deus, de alguém que confessa crer na promessa de Deus. Nós
temos medo do ridículo, mas Jesus honra aqueles que permanecem com Ele no opróbrio da cruz.
Veja o que diz a Carta aos Hebreus:
Portanto, vamos para perto de Jesus, fora do acampamento, e soframos a mesma desonra que ele sofreu. (Hb 13.13 - NTLH)
São esses a quem Deus honra. Já outros temem ir até o fim com Deus. Quando Jesus entrar no seu quarto, haverá muita gente rindo. Você entrará no quarto com Ele para ver a
ressurreição? Jesus mandou que todos ficassem de fora. Sabe por quê? O ambiente ao nosso redor é fudamental para que Deus possa fazer o milagre. No verso 37 lemos que nem mesmo
os discípulos Jesus permitiu acompanhá-lO para fazer esse milagre, senão Tiago, Pedro e João. Mesmo os discípulos ainda eram incrédulos.
Por isso, você deve escolher com cuidado as pessoas com quem você anda. Ande com gente que levanta a sua fé. Se você deseja ver milagres de Deus, ande com pessoas que têm o
mesmo tipo de fé. Pessoas incrédulas destroem qualquer ambiente de unção e fé, impedindo o fluir do poder de Deus. Jesus sabia dessa verdade, por isso removeu o empecilho dos
incrédulos ao derredor para poder realizar o milagre.
Se a história parece que acabou para você, é porque você está no meio do caminho com Jesus, no meio da sua busca. Se alguém diz: “Não adianta orar mais, não tem mais jeito!”, lembre-
se, a história não acabou. A história só acaba quando Jesus diz o amém. A história só acaba com o Alfa e o Ômega, o começo e o fim. Mas para ver o Senhor Jesus mudando a sua história,
você terá que vencer os obstáculos no meio do caminho. Como vimos há muitos obstáculos: da posição, da reputação, da tradição, de esperar para receber oração no meio da multidão, de
ter que esperar em Deus e de ter que ir contra as evidências naturais do que é visível. Você terá que rir dos que riem de Deus, porque, nesse caso, é verdadeiro o ditado: com o Senhor nós
sempre rimos por último.
Décimo Segundo Dia
Os quatro equívocos
O livro de Jó é um livro extraordinário. Somente o Senhor poderia ter inspirado algo tão grandioso. Mas o que mais me impressiona na história de Jó é o fato de que todos os personagens
estavam equivocados. É impressionante ler uma história onde não há ninguém correto em seu pensamento. Todos os personagens, i ncluindo o próprio Jó, tinham conceitos equivocados a
respeito da verdade de Deus.
Uma idéia equivocada a respeito de Deus pode ser um grande impedimento para que você receba o seu milagre. Por isso a principal tática do maligno é trazer confusão na sua mente. Muitos
pensam equivocadamente que seja da vontade de Deus, por exemplo, que fiquemos doentes. E porque pensam assim vivem conformados com o seu sofrimento porque desconhecem a
vontade de Deus. Se você não tem convicção completa de que é a vontade de Deus curar, você não terá fé para receber o milagre.
Mas o pior é quando possuímos idéias absurdas e tolas. Você não é bobo. Não acredita em qualquer coisa. Sabe distinguir o possível daquilo que é mentira. Se eu lhe digo que no meu sítio
tem um pato que bota ovos quadrados, ou se lhe contam que lá na África existe um Elefante cor de rosa que sopra bolhas de sabão pela tromba, você não acredita. A inteligência testa as
idéias para saber se são dignas de crédito. Agora me responda: “porque, quando se trata de Deus, as pessoas estão prontas a acreditar em qualquer coisa? Para crer em Deus não
precisamos rejeitar a inteligência.
Outro dia li algo que ilustra bem o que as pessoas fazem em nome da fé. Para curar diabetes: pegue um mamão-macho, corte uma tampa, urine dentro e depois de tampar bem tampado
enterre o mamão. Para atrair muito dinheiro: na lua nova pegue a maior nota que tiver na mão levante a nota para a lua e diga três vezes: lua nova renove essa nota para mim em milhões.
Para se casar: pegue a imagem de santo Antônio e mergulhe-a de cabeça para baixo num balde d´água atrás da porta. Porque as pessoas fazem isso? Tentando ser benevolente eu imagino
que é uma tentativa do desespero. Um salto no escuro. A completa abdicação do bom senso. Isso não é fé. A verdadeira fé não abre mão do entendimento.
Outro dia alguém me enviou uma mensagem afirmando: “você sabia que é impossível morder o cotovelo?” Evidentemente eu duvidei e imediatamente tentei morder o cotovelo para checar.
No outro dia a mesma pessoa me mandou uma outra mensagem dizendo: “você não acreditou! Você tentou morder cotovelo!” Ele já sabia que eu iria tentar. Esse é o problema, tem muita
gente tentando morder o cotovelo.
Gostaria de mostrar como os quatro equívocos presentes no livro de Jó podem estar presentes em nossa mente. Se você deseja receber o milagre rejeite cada um desses pensamentos
errados.
1. O equívoco de Satanás
Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e
os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. Jó 1:9-11
O diabo fez uma acusação a Deus. Ele disse: “não é em vão que Jó serve a Deus. Ele serve a Deus porque recebe muitas bênçãos. Tire as bênçãos e ele vai abandonar o Senhor”. Mas o
Senhor respondeu: “eu fico com o meu servo. Tenho certeza que ele me serve porque me ama.”
Eu passei por uma experiência que me levou a compreender bem a situação de Jó. Eu tinha sete anos de casado e tinha conseguido comprar um lote e um carro usado de cinco anos. Depois
de ver uma propaganda de venda casas de madeira, resolvi entregar o lote o carro e até a máquina de costura da minha esposa, em troca de uma casa. Eles pegaram tudo o que eu tinha,
mas a empresa faliu alguns meses depois e eu perdi tudo.
Nem preciso dizer o quanto fiquei abalado. Mas o que mais me entristeceu foi a forma como os irmãos lidaram com o meu problema. Alguns me disseram que eu deveria agora mudar a
minha teologia, uma vez que eu ensinava que a vontade de Deus é nos fazer prósperos. Houve até alguém que veio me dizer que eu deveria confessar meu pecado, pois somente pessoas
no pecado sofrem perdas assim. Não é fácil passar pela tribulação e ainda ser condenado pelos outros.
Naquela época eu era ministro de louvor e me lembro de sair de casa a tarde, com o sol quente, a pé, para ir ao culto. Lembro-me de dizer ao Senhor: “Não estou com vontade de louvar, nem
de ministrar ao Senhor.” Naquele momento o Espírito Santo falou forte no meu coração. O inimigo havia dito que eu somente servia a Deus quando tudo ia bem e que eu certamente me
calaria no meio da tribulação. Naquele dia eu resolvi adorar a Deus como nunca tinha feito em toda minha vida. Cheguei diante da Igreja e disse que naquele dia não haveria instrumentos,
mas que iríamos ministrar só com as vozes. A glória de Deus veio sobre nós. Uma coisa é adorar a Deus quando tudo vai bem, mas outra coisa é dizer: “Ainda que a figueira não floresça,
nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no
SENHOR, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3:17-18). Depois daquele dia o Senhor prometeu me restituir e um ano depois ele me deu uma nova casa. Eu creio que o segredo da vitória
foi honrar a Deus no meio da acusação do maligno.
O equívoco do inimigo foi acreditar que Jó servia a Deus apenas por interesse nas bênção. Satanás nunca acreditou na possibilidade de alguém servir a Deus por amor. Para ele, quando
alguém se aproxima de Deus, sempre tem um interesse escondido. Uma vez que existe tal acusação no universo, todos nós precisamos ter uma oportunidade de calar a boca do inferno. Isso
somente pode acontecer se passarmos pela tribulação. É no meio da fornalha da aflição que temos ocasião de honrar a Deus e declarar que o amamos pelo que ele é e não pelo que pode
nos dar.
O inimigo acusou a Jó de servir a Deus por interesse e além disso ele acusou a Deus de subornar a Jó com bênçãos.
As coisas do diabo nunca são de graça. É para satisfazer os desejos do Diabo que as pessoas são obrigadas a fazer trabalhos de bruxaria. Você já viu algum pai-de-santo ou mãe-de-santo
fazer qualquer coisa sem cobrar? Quando uma igreja cobra por algo ela está se fazendo semelhante a pessoas como essas. Na verdade quando um crente tenta fazer alguma barganha com
Deus ele está agindo como se Deus também cobrasse pelas suas bênção.
Este é o grande equívoco de Satanás! Ele pensa que servimos a Deus por obrigação. Imagina que nossas orações são motivadas pelo medo. É por isso que ele procura semear dúvidas em
nosso coração. Quando você se aproxima de Deus para pedir cura, libertação, ele sempre está junto para enfraquecer sua fé. Aprenda a enfrentá-lo afirmando o seu amor ao Senhor e
confiando inteiramente na graça.
2. O equívoco da esposa de Jó
Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não
receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. Jó 2:9-10
O equívoco da esposa de Jó foi pensar que a vida de Jó estava centrada nos bens e na saúde que ele possuía, suas propriedades, seus animais, seus servos e até mesmo seus filhos e
filhas. Uma vez perdidos, não havia mais razão para continuar servindo a Deus.
Você sabe que ainda hoje muitos vivem esse equívoco? Muitos se afastam de Deus por causa das perdas que sofrem. Não existe um teste maior para a nossa fidelidade do que o sofrimento.
Mesmo vivendo ao seu lado e vendo sua integridade e fidelidade a Deus, a esposa de Jó não conseguiu compreender.
Ouça. Esta lição é muito importante para nós. Não podemos nos equivocar, pensando que a vida verdadeira está nos bens que nos cercam.
Lembre-se do que o Senhor disse:
“Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lc 12.15).
Como Paulo, devemos afirmar: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Fp 1.21).
4. O equívoco de Jó
Depois de ler a respeito dos equívocos de todos os outros personagens da história, poderíamos concluir que Jó é quem estava correto. Mas surpreendentemente Jó também estava
equivocado.
Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Jó 42:5
“Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram”. Essa palavra parece contradizer tudo o que os primeiros versículos do livro registram. O Senhor mesmo
havia declarado que Jó era um homem íntegro. Como pode um homem íntegro, reto e temente a Deus não conhecer a bondade divina? Esse é o problema. O equívoco de Jó foi pensar que
integridade apenas é suficiente. Ele conhecia a Deus ouvindo de outros, mas ele mesmo nunca tinha tido uma experiência com Ele.
Esse é o grande perigo que ronda nossas vidas. Muitos só conhecem a Deus porque ouvem falar dele. Mas nunca tiveram uma experiência pessoal com ele. Quando as tempestades
desabam, a teoria sobre Deus não funciona!
Creio que foi exatamente por isso que o Senhor permitiu que Jó passasse por aquela tribulação. A tribulação era uma oportunidade de conhecer o Senhor de uma forma pessoal. Uma coisa é
saber que Deus cura, outra coisa é receber a cura no leito de um hospital. Uma coisa é conhecer a Deus de ouvir falar, outra completamente diferente é tê-lo junto consigo na fornalha.
É preciso ter os olhos da fé abertos para ver que o Deus que servimos está acima dos nossos sofrimentos. Ele é o Deus que tem poder para mudar a nossa vida. Ele pode nos curar e libertar
de qualquer doença ou crise.
Você pode contemplar a beleza do Senhor neste dia. Ele está aqui. Não se deixe levar pelo engano. Abra os olhos e veja a glória do Senhor brilhar em sua vida.
A Palavra de Deus diz que o Senhor apareceu para Jó do meio de um redemoinho (Jó 40:6). Creio que isso não foi por acaso. Todos nós já vimos um redemoinho nos dias empoeirados de
agosto. O redemoinho é o encontro de forças contrárias que se chocam. O redemoinho, portanto, é um ponto de tensão.
Quando ventos frios se encontram com ventos quentes, quando a pressão de baixo é maior que a de cima, então temos um redemoinho. Redemoinhos apontam para situações de tensão em
nossas vidas.
Quando o Senhor veio buscar Elias ele o levou ao céu no meio dum redemoinho (II Rs. 2:11). Ou seja, Elias subiu ao céu por meio da tensão. A tensão tem o poder de nos levar para cima, se
respondemos a Deus.
Se Deus levou Elias aos céus num redemoinho, pode também usar tensões de nossa experiência para elevar o nosso nível espiritual. Para nos levar para lugares mais altos.
O Senhor também falou com Jó no redemoinho. Jó estava passando por uma situações de extrema tensão. Perdera os seus filhos, os seus bens, estava terrivelmente enfermo e, para
completar, os seus amigos o acusavam de estar sendo castigado por Deus por causa dos seus pecados.
Deus usou a tensão para falar com Jó. Deus falou com ele no meio de um redemoinho. É no meio da tensão que Deus vai falar com você. A tensão porém, precisa ser direcionada para se
tornar uma oração intensa que toca o coração de Deus. O redemoinho precisa nos levar para cima. Você pode ter certeza que no meio do redemoinho poderá ouvir a voz de Deus falando con
você suavemente.
O livro de Zacarias diz que Deus vai no meio dos redemoinhos (Zc 9:14). Só Deus pode transformar a tragédia em bênção. O redemoinho tem o poder de bagunçar tudo e colocar tudo de
perna para cima. Mas é no meio desta situação caótica que conhecemos a Deus e o seu poder transformador.
Para Abraão Deus apareceu como o El Shaday, para mostrar que ele pode nos suprir em todas as nossas necessidades.
Para Jacó apareceu como um anjo guerreiro que tocou a sua coxa, para mostrar que ele pode mudar a nossa vida.
Para Moisés apareceu no meio de uma sarça ardente para mostrar o seu fogo que não depende do poder humano.
Para Elias apareceu no meio de um cicio suave para ser o nosso descanso.
Mas para Jó ele apareceu no meio do redemoinho, para mostrar que ele está presente no meio de nossas tribulações.
É na tensão que descobrimos a nossa fraqueza e incapacidade. É na tensão que aprendemos a confiar em Deus e a saber que sem ele nada podemos fazer.
Não sei quantos ventos contrários tem feito da sua vida um redemoinho nesses dias, contudo sei que no meio desta situação Deus vai elevar você e manifestar-se a você.
Você sairá dele mais amadurecido e mais resistente. Canalize o redemoinho para cima, não deixe que ele seja como a água sugada pelo buraco da pia que puxa tudo pra baixo. Ore e creia
mesmo que tudo pareça bagunçado. Deus se manifesta no meio do redemoinho.
Conquiste com o Senhor o seu milagre. Aproxime-se dele crendo que ele é bom é tem pensamentos bons a seu respeito!
Décimo Terceiro Dia
Sinais de que a bênção vem
Há coisas que acontecem repentinamente e sem aviso algum. Isto pode acontecer tanto nas coisas naturais, como nas espirituais. Todavia o normal é que todo evento seja precedido de sinais.
Antes de chover o céu escurece. Antes de um grande terremoto há uma série de pequenos tremores.
As coisas espirituais também são precedidas de sinais. Antes de Deus fazer qualquer coisa ele nos dá sinais de advertência. Os sinais, então, são também uma forma de ouvirmos de Deus. O
Senhor nos dá sinais de que a bênção está vindo para que não desistamos de buscar e orar. Não devemos esmorecer e desanimar, antes precisamos estar atentos para perceber os sinais da
bênção que está chegando.
Sendo assim é vital entendermos os sinais que ele nos dá. Todavia, assim como nem toda trovoada e ventania resulta em chuva, assim também nem tudo o que acontece conosco são sinais.
Precisamos ter sabedoria para interpretá-las. Não é minha intenção estimular você a agir de forma mística exageradamente. É importante valorizar as coisas espirituais e os sinais espirituais. É
importante crer no poder de Deus e na ação do Espírito Santo, o problema acontece quando identificamos um significado espiritual nas mínimas coisas que nos acontecem. Se tropeçam
nalguma coisa já logo imaginam que há um anjo os resistindo. Se ao mascarem o chiclete mordem a línguas, eles param imediatamente para avaliar o sentido daquilo. Mas as pessoas que estão
no extremo oposto também perdem muito. É ruim aquele que tropeça numa pedra e vê algo espiritual, mas é pior quando prédio cai e a pessoa não pondera em coisa alguma. As coisas do
Espírito também envolvem bom senso.
Depois que você começa a orar por um milagre você precisa ficar atento aos sinais. Na Palavra de Deus temos alguns exemplos de sinais. Esses sinais precederam o seu mover e a sua
manifestação. Quem sabe agora mesmo já há um sinal de Deus para você continuar avançando porque o milagre está chegando.
Gostaria de enumerar cinco tipos de sinais que encontramos na Palavra de Deus. Algum deles podem estar diante do você nesse momento. Minha oração é que você tenha discernimento para
percebê-los e assim ter a sua fé alimentada.
1. O sinal espetacular
O primeiro tipo de sinal que quero compartilhar é o sinal espetacular. Um exemplo bíblico foi o nascimento de Jesus. Naqueles dias apareceu uma estrela no céu, a estrela de Davi (Mateus 2:1-
9).
Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos
a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Mt. 2:1-2
Aquele era um sinal espetacular, mas mesmo sendo assim espetacular não significava que todos perceberam. O céu todas as noites estava cheio de estrelas, mas houve um dia em que apareceu
uma estrela que não estava lá. Foi preciso um olhar atencioso para perceber uma nova estrela, mas foi preciso muito discernimento espiritual para entender que aquela era a estrela que
anunciava o nascimento de Jesus.
Para aqueles que caminham sempre olhando para o chão não há nada de diferente acontecendo. Para aqueles que olham apenas com o seu olhar natural e terreno não havia nada especial. Mas
para aqueles que estavam esperando o milagre aquela estrela era um sinal de Deus. Se você está esperando um milagre pode ser que o Senhor lhe dê um sinal espetacular de que a sua bênção
vem. O sinal é apenas para que você persevere e não desista de crer.
Observe ao seu derredor. Será que não existe algo novo que tenha sido acrescentado nas suas circunstâncias? Não há nada novo acontecendo? Talvez você esteja orando por alguém e
justamente agora acontece algo fora do comum com ele. Esse é um sinal. Estávamos orando pela salvação de uma pessoa, quando ouvimos dizer que ela tinha sido livrada de um grave acidente.
Todos percebemos que aquilo era um sinal de que a bênção já estava às portas.
Jesus viria, mas antes Deus mandou uma estrela como sinal. Se você ver a estrela você terá fé para ir a Belém vê-lo. A estrela era um sinal e também um sinalizador, ou seja, ela também
mostrava o caminho.
Os magos tinham discernimento para saber que a estrela era um sinal, mas não tiveram entendimento para saber que ela também sinalizava o caminho. Perceberam a estrela, mas foram parar
em Jerusalém. Quando perceberam o equívoco a Palavra de Deus diz que a estrela os guiou até onde o menino estava (Mt. 2:9).
Se você começou a orar preste atenção em acontecimentos incomuns que ocorrerem. Eles poderão ser um sinal de Deus de que a bênção está chegando. O Senhor fala conosco em sua Palavra,
nos dá direção em nosso espírito, mas também fala conosco através de sinais. Fique atento a eles. Se coisas incomuns acontecem justamente enquanto você ora por algo, aquilo pode ser um
sinal de Deus.
Um pastor amigo meu me contava algo interessante que aconteceu com ele. Ele estava passando por um momento de transição ministerial e estava enfrentando muitas lutas. Ele e sua esposa
estavam sentados na sala de sua casa falando a respeito disso. Enquanto conversavam a lâmpada da sala repentinamente estourou. Na havia chuva e nem queda de energia. Diante daquilo eles
tiveram a convicção que estavam diante de um sinal espiritual. Eles deviam avançar mesmo enfrentando muita oposição espiritual.
2. O Sinal sobrenatural
Um outro tipo de sinal que o Senhor nos dá é o sinal sobrenatural. Depois de ouvir o sonho dos soldados midianitas, Gideão percebeu que aquilo não era por acaso, mas era um sinal.
Se ainda temes atacar, desce tu com teu moço Pura ao arraial; e ouvirás o que dizem; depois, fortalecidas as tuas mãos, descerás contra o arraial. Então, desceu ele com seu moço Pura até à
vanguarda do arraial. Os midianitas, os amalequitas e todos os povos do Oriente cobriam o vale como gafanhotos em multidão; e eram os seus camelos em multidão inumerável como a areia
que há na praia do mar. Chegando, pois, Gideão, eis que certo homem estava contando um sonho ao seu companheiro e disse: Tive um sonho. Eis que um pão de cevada rodava contra o arraial
dos midianitas e deu de encontro à tenda do comandante, de maneira que esta caiu, e se virou de cima para baixo, e ficou assim estendida. Respondeu-lhe o companheiro e disse: Não é isto
outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de Joás, homem israelita. Nas mãos dele entregou Deus os midianitas e todo este arraial. Tendo ouvido Gideão contar este sonho e o seu significado,
adorou; e tornou ao arraial de Israel e disse: Levantai-vos, porque o SENHOR entregou o arraial dos midianitas nas vossas mãos. (Jz. 7:10-15)
Algumas pessoas recebem visões, outras têm sonhos e ainda outras vêem anjos. O sinal sobrenatural pode acontecer de muitas formas. É indiscutível que Deus fala conosco em sonhos, visões e
outras formas sobrenaturais. Quando começar a orar e jejuar esteja atento aos seus sonhos e aos sonhos de pessoas envolvidas na situação. Deus usa sonhos como sinais.
Gideão temia atacar o inimigo e o Senhor na sua misericórdia lhe deu um sinal. O sinal foi um sonho que outra pessoa teve, mas que ele entendeu ser o Senhor confirmando o milagre que iria
acontecer.
Obviamente nem tudo o que sonhamos procede de Deus. Não há valor naquele sonho que temos depois de comer um boa feijoada. Precisamos, porém, prestar atenção para aqueles sonhos que
se repetem dias seguidos e naqueles que nos deixam perplexos e incomodados.
Todas as vezes em meu ministério que começo a orar por determinados alvos, o Senhor me concede sinais. Quando fomos comprar o prédio onde nos reunimos, na noite anterior eu tive um
sonho e no sonho o Senhor em entregava o documento do prédio. Quando acordei eu entendi que de fato o Senhor nos daria o prédio e fui fazer a negociação cheio de alegria e fé. Já não havia
nenhum temor, pois eu havia entendido o sinal do céu. O objetivo do sinal é fortalecer a fé em nosso coração.
No caso de Gideão não foi ele mesmo quem sonhou, por isso fique atento. Pode ser que você mesmo não tenha tido um sonho, mas pode ser que sua esposa, filhos ou amigos tiveram. Eu nunca
desprezo sonhos. Todas as vezes que alguém diz que sonhou comigo eu faço questão de ouvir. A vida da Igreja é misteriosa, Deus fala coisas a meu respeito para o irmão que está do meu lado.
3. O Sinal espiritual
Já observou que muitas pessoas quando se convertem passam por muitas tribulações e dificuldades? Muitos até questionam dizendo: “não entendo o que está acontecendo, pois em vez da
minha vida melhorar parece que piorou.” Isso acontece porque Faraó está desesperado. Ele sabe que já perdeu a batalha, mas procura de alguma maneira reter aquele que o Senhor já livrou.
Isso pode ser visto na história do povo de Israel. O Senhor disse para Moisés ir a Faraó e dizer para deixar o povo sair. Mas em vez de Faraó obedecer ele fez foi piorar a situação do povo. Veja
que o Senhor já havia determinado a bênção, mas Faraó resolveu resistir. A resistência do inferno é apenas um sinal de que a bênção já foi decretada.
Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles
mesmos que vão e ajuntem para si a palha. E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso
Deus. Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que nele se apliquem e não dêem ouvidos a palavras mentirosas. (Ex. 5:1, 7-9)
Nem todo sinal espiritual é de Deus, mas eles também podem ser usados por Deus para nos sinalizar a resposta. Às vezes você terá de escolher qual sinal você quer olhar. Deus mandou, através
de Moisés, que Faraó deixasse o povo ir, mas em vez de deixar sair o povo ele piorou a situação de escravidão.
Isso também pode acontecer conosco. Pode ser que comecemos a orar e as coisas pareçam piorar. Isto também é um sinal. Se você ora e o maligno fica furioso, continue orando, porque algo já
está acontecendo nos céus. Você começou a orar pela libertação do seu marido alcoólatra, mas em vez dele melhorar ele quase teve um como alcoólico. A situação pareceu piorar, mas na
verdade trata-se de um sinal espiritual. Gosto de pensar que para o diabo cair ele precisa se levantar. Se você começou a orar e o maligno se levantou, esse é o sinal de que você deve continuar
buscando pois ele se levantou para cair.
Quando a bênção já está decretada o inimigo se levanta para resistir. Mas você não precisa ficar desanimado. Se ele não deixar sair o Senhor enviará dez pragas sobre ele e, no fim a vitória será
sua. Faraó sempre fica furioso, mas você precisa escolher se quer olhar a fúria maligna ou o poder de Deus sobre Faraó.
Você começou a orar buscando a restauração do seu casamento, mas em vez do seu cônjuge mudar de conduta, ele resolve sair de casa. Você fica perplexo e a tendência natural é desistir de orar
e dizer que não está adiantando. Mas é justamente nessa hora que você precisa aplicar mais fé, pois um sinal está sendo dado. Algo está acontecendo no mundo espiritual. Moisés não presumiu
que não era a vontade de Deus libertar o povo só porque Faraó se endureceu. Lembra que é o diabo esperneando para não soltar o seu marido. A bênção virá se você perseverar e conseguir
perceber que esse é apenas um sinal espiritual.
Por que esse é um sinal do milagre? Simplesmente porque o diabo está assustado. Se ele não percebesse o poder de Deus ele não estaria esperneando. Se começou a tremer é porque o remédio
está fazendo efeito. Há poder na oração. Se você perseverar até o fim você verá a glória de Deus.
4. O Sinal natural
A bênção às vezes vem gradualmente num processo. Jesus orou com o cego e ele começou a ser curado, mas a visão ainda não era perfeita porque ele via as pessoas como árvores. Mas o Senhor
continuou até ele ver perfeitamente.
Jesus, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu:
Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando. Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito
(Mc. 8:23-25).
O problema é que algumas pessoas se contentam em ver as pessoas como árvores. Afinal para quem era cego isso já é um bom avanço. Mas não pare no meio do processo. O Senhor não faz sua
obra pela metade. Não é da vontade dele que você se acomode.
Mas é isso que muitos fazem. Eles estavam doentes e estão um pouco melhor. Antes tinham dores agudas, mas agora sentem pouca dor. Logo presumem que esse deve ser o milagre, mas não é.
Esse é apenas o sinal de que o Senhor quer completar a obra.
Se você já viu que algo começou a acontecer, então, não pare, continue orando. Você está orando para alguém parar de beber e de repente você ouve ele dizendo que vai beber apenas no final de
semana. É um sinal, não pare de orar. Você estava orando para que seu marido voltasse para casa. Ele voltou, mas está dormindo num quarto separado. Isso é apenas um sinal, ainda não é o
milagre. Veja o sinal, encha-se de fé e continue até receber tudo o que Deus tem para lhe dar. Não sabemos porque algumas vezes o milagre acontece num processo gradual, mas essa é a
verdade. Simplesmente não desista no meio do processo.
Certa vez Elias subiu no monte para orar para que chovesse. Ele orou seis vezes e não havia nem sinal de chuva, mas na sétima vez ele orou e apareceu no horizonte uma nuvem do tamanho da
palma da mão de um homem. Era uma nuvenzinha, mas ele percebeu nela o sinal de Deus.
À sétima vez disse: Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão do homem. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva não te
detenha. Dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva. I Rs. 18:44-45
Pode ser que ainda não começou a chover, mas se já apareceu uma nuvenzinha no horizonte levante-se em fé, pois ela é um sinal da tempestade que virá.
5. O Sinal intencional
Um sinal intencional significa que eventualmente nós iremos atrás para investigar e ver o que está acontecendo no acampamento do inimigo. Não ficamos passivos esperando, mas mexemos
com a situação para ver se houve alguma mudança. Foi o que aconteceu com Josué. O povo estava prestes a invadir a terra prometida, a pressão era muito grande, mas antes de atacar ele enviou
dois espias. Ele manda os espias para por meio deles perceber um sinal de Deus.
E lhes disse: Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o SENHOR
secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes.
Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o SENHOR, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. (Js. 2:9-
11)
Depois de ouvirem o relatório de Raabe os espias se encheram de fé. As muralhas ainda estavam no mesmo lugar e o exército inimigo está fortemente armado, mas agora eles sabiam que o
Senhor já lhes havia liberado o milagre.
Muitas vezes teremos de investigar a situação para sabermos se algum sinal de Deus pode ser percebido. Josué mandou os espias para saber se o inimigo estava preparado. O relatório dos
espias era um sinal de que Deus já estava agindo. As muralhas caíram quando o coração do povo de Jericó desmaiou e perdeu o ânimo.
Se você está orando por um emprego é preciso investigar todas as portas. Leia todas as revistas e jornais procurando uma porta aberta. Procure antigos amigos, investigue empresas, espie a
terra. Se o milagre que você procura é prosperidade comece a investigar, veja se algo novo está acontecendo. Não fique parado passivo aguardando um outro tipo de sinal. Deus tem preparado
um sinal para encher o seu coração de fé.
Depois de aprender a respeito de todos esses tipos de sinais você consegue perceber algum sinal ao seu derredor? Pede ao Senhor para abrir os seus olhos. Quando você perceber o sinal pode ter
certeza que agora é apenas uma questão de tempo, a bênção certamente vem!
Décimo Quarto Dia
Todo o que pede recebe
Você certamente já percebeu como são feitos os roteiros de filmes de cinema. Primeiro eles colocam o personagem principal numa situação bem difícil onde parece não haver nenhuma
saída. E quando a situação parecer desesperadora, então eles fazem com que fique mais difícil ainda.
Eles fazem tudo isso com a intenção de despertar emoções. Deus frequentemente parece agir da mesma maneira, mas não para nos dar mais emoções simplesmente, mas para nos ensinar
suas verdades de forma que nunca mais as esqueçamos.
Servir a Deus realmente não é para os de coração fraco. Viver pela fé exige uma atitude de força e ousadia, mas requer de nós dependência completa do Senhor. Não poucas vezes o Senhor
nos permitirá entrar em situações que somente ele pode nos livrar.
Por isso você precisa aprender a orar. A oração deve ser o primeiro recurso, e não o último. O mais comum é as pessoas orarem depois de esgotarem todos os seus recursos. Oramos
quando percebemos que estamos sem saída.
Veja uma pessoa com problemas financeiros. Ela vai tentar usar todo o limite do cartão de crédito, depois do cheque especial, tentará pegar emprestado com amigos, depois com familiares e
deve até vender os móveis de sua casa. Por fim ela vai orar como quem diz: já não tenho mais nada a perder.
Deveríamos pensar o contrário: o que eu tenho perdido por não orar? Orar não deve ser o último recurso, mas sim a primeira coisa a ser feita. Ore pelo que Deus quer e não pelo que você
quer.
E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.
Nada está fora do alcance da oração, exceto aquilo que está fora da vontade de Deus. Jesus nos ensinou a orar: “seja feita a tua vontade...” E a maneira de conhecermos a vontade de Deus
é pelas Escrituras.
Quando oramos segundo a vontade de Deus podemos ser ousados na oração e determinar na terra a sua vontade. Mas lembre-se, somente podemos determinar a vontade de Deus e não a
nossa.
1. Pedi e dar-se-vos-á
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Mt. 7:7-8
O primeiro princípio para se receber o milagre é simplesmente pedir, pois todo o que pede recebe. Isso parece exageradamente simples, mas alguns nunca pediram por isso também nunca
receberam.
Para pedir corretamente o primeiro princípio é ser específico no seu pedido. Seja específico, mas em linha com a Palavra de Deus e com o Espírito. Se pedimos algo fora da Palavra de Deus
não temos como receber.
Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em
vossos prazeres. Tg. 4:2-3
Algumas vezes você não ora por algo específico, apenas ora pela bênção de Deus sobre si. O Espírito Santo é um cavalheiro. Ele não responde perguntas que não foram feitas, não dirige se
não foi solicitado, não se manifesta se não é desejado e não concede o que não foi pedido. Você não é mais abençoado simplesmente porque não pede pela bênção de Deus.
Se ontem não lhe pedimos a bênção, então não recebemos hoje o que poderíamos ter ganho. Há bênção pelas quais não precisamos de pedir, mas existem muitas outras, talvez as mais
importantes, que devem ser solicitadas.
Alguns acreditam que seu nome é sinônimo de dor e problema e não se consideram candidatos para a bênção de Deus. Outros acham que por serem salvos as bênçãos cairão
automaticamente nas suas cabeças. São dois conceitos equivocados. A natureza de Deus é abençoar. Ele nos quer abençoar muitíssimo. Mas precisamos orar pedindo.
Não importa quem você é ou quem seus pais decidiram que você seria. O que importa realmente é saber quem você quer ser, e pedir isso. Uma simples oração pode mudar o seu futuro.
Uma oração hoje pode liberar a bênção e mudar a sua história.
Em segundo lugar o seu pedido precisa proceder de um desejo profundo do coração. É preciso querer e pedir a Deus. A seqüência do pedir-buscar-bater fala de um desejo ardente no
coração. Na verdade Deus somente se deixa achar por aqueles que o buscam de todo o coração. Pedir, buscar e bater nos mostra uma seqüência ascendente de intensidade.
Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Jr. 29:13
Em terceiro lugar você precisa confiar que o Pai deseja lhe dar. Não duvide da bondade de Deus. No verso 11 a lógica é clara, se nós que somos maus sabemos dar boas coisas a nossos
filhos, quanto mais o Pai celestial. Tenha uma imagem correta de Deus. Veja-o como um pai amoroso interessado em nossas vidas.
Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas
aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? Mt. 7:9-11
A graça de Deus nos ensina que nada que diz respeito a nos é tão grande que Deus não possa fazer, mas também nada é tão pequeno que não seja importante para ele.
Deus se importa com o sapato que você usa, com a roupa que você veste, ele se importa com o seu trabalho e até mesmo com o carro que você anda. Deus se importa se você ficar doente,
e se importa se você passar necessidade. Deus se importa com tudo que diz respeito a sua vida. Porque se nós que somos maus, damos importância a tudo que diz respeito aos nossos
filhos, muito mais Deus cuidará dos seus próprios filhos.
Alguns religiosos dizem: “não fique incomodando a Deus com essas coisinhas insignificantes”. Mas isso é um erro. Deus tem prazer em ouvir a sua oração a respeito das suas necessidades.
Ele tem prazer de ouvir as suas histórias e ajudar nas suas lutas.
Deus é nosso Pai. Se Deus fosse apenas Deus, como é que ele iria se relacionar comigo? No dia que eu oro: Senhor! Estou precisando de um carro. Ele responderia: precisando de carro?
Que coisa mais tola! Porque você não ora por coisas mais importantes? Deus está tão acima de tudo que as coisas desse mundo nada significam para ele, pois ele não precisa de nenhuma
delas. Mas Deus, não é apenas Deus, ele é o nosso pai.
Não importa aquilo que você tem passado, não importa se as pessoas digam que isso é insignificante. A graça de Deus é do tamanho da sua necessidade.
Não há necessidade tão grande que ele não possa suprir, e nem há uma necessidade tão pequena que não seja também importante para ele. Oh, como é maravilhoso chamar a Deus de pai,
porque isso é mais que uma retórica teológica, isso é mais do que uma expressão bonita para se usada em uma oração solene. Não, isso é um fato.
As pessoas fazem esta oração do pai nosso todos os dias, mas quantas percebem que de fato têm um pai que cuida delas? Quantas de fato descansam na graça, na generosidade e na
abundância da casa deste pai? Quantos têm de fato sentido o aconchego de saber que estão juntos do pai?
Por último você precisa pedir de acordo com a Palavra de Deus. Jesus disse que se orarmos de acordo com a vontade de Deus certamente ele nos ouvirá.
“E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa SEGUNDO A SUA VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos,
estamos certos de que obtemos os pedidos que lhes temos feito...” I Jo 5.14,15.
Deus somente age de acordo com a sua Palavra. Se você orar tendo a Palavra de Deus como base você já começa com a resposta.
A condição de cego
O verso primeiro diz que “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença”.
O cego é alguém que tem que ser visto, se não for visto não haverá esperança para ele. O
cego é alguém que precisa de alguém a quem recorrer, ele não tem esperança se alguém não
ajudá-lo. Essa é a situação do cego: se alguém não o levar pelo caminho, ele jamais poderá
encontrar o caminho sozinho. Se o Senhor não vier ao encontro dele, ele jamais poderia
chegar ao Senhor. Se ninguém lhe estender a mão ele ficará ali parado na beira da estrada,
alheio a tudo o que está acontecendo sem ninguém que se importe com ele.
Há muitas pessoas assim na vida. Elas estão envolvidas em uma completa cegueira a respeito
de Deus. Não sabem coisa alguma a respeito do evangelho e vivem em completa escuridão
espiritual. Assim éramos nós. Não entendíamos nada do amor de Deus, nunca poderíamos ir a
ele ou encontrá-lo, mas pela sua graça ele olhou para nós e veio ao nosso encontro.
Aquele cego vivia a margem de tudo, era desprezado e não podia nem mesmo se sustentar.
Para ele não havia esperança alguma, mas Jesus passou pelo caminho e olhou para ele.
Jesus está olhando hoje para você. Seu tempo de escuridão acabou. A luz do céu veio sobre a
sua vida.
Raramente Jesus respondia as perguntas da forma como eram feitas. Por quê? Há dois
caminhos neste mundo, o caminho da Árvore da Vida e o caminho da Árvore do Conhecimento
do Bem e do Mal. A Árvore da Vida nos fala de dependência de Deus, nos fala de fé, de
considerarmo-nos fracos e confiarmos na força de Deus, de nos considerarmos pobres e
confiarmos na provisão de Deus. Mas a Árvore do Conhecimento nos fala de opiniões e idéias,
de argumentos, debates e polêmicas. Jesus nunca andou por este caminho.
No capitulo 4 de João a mulher perguntou a Jesus: “Senhor eu vejo que és profeta. Os nossos
antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o
lugar onde devemos adorá-lo.” (Jo. 4:19-20) A resposta do Senhor foi completamente diferente
do que ela pensava. O Senhor disse: não é aqui e nem lá, mas o Senhor deve ser adorado em
espírito. O Senhor não entrou na polêmica humana. Não transitou pelo caminho da árvore do
conhecimento.
No capítulo 8 de João os fariseus trouxeram uma mulher pega em adultério e disseram a
Jesus: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés
que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?” O Senhor não respondeu nem sim
e nem não. Não questionou a lei de Moisés, mas respondeu com uma questão de Vida: “Quem
não tem pecado atire a primeira pedra”. (Jo. 8:1-7).
Não é uma questão de responder sim ou não, mas era uma questão de dizer “qual é a sua
vida, qual é a sua condição?”. É a mesma coisa nesta pergunta que os discípulos fizeram:
“mestre, quem foi que pecou”? Foi ele ou seus pais? Vamos analisar a pergunta que é feita
aqui.
d. Pela obediência
Havia algo que o cego tinha de fazer, ele deveria obedecer à direção do Senhor. Se ele não
obedecesse não poderia voltar a ver.
É interessante observar que se ele não obedecesse, além de continuar cego se tornaria um
cego pior do que antes, porque agora havia algo nos seus olhos incomodando. Sempre que
deixamos de obedecer a nossa situação torna-se pior do que antes.
Mas Jesus é tão bom que não deixou alternativa ao cego senão obedecer. Você consegue
imaginar o desconforto dele com a terra nos olhos? Ou ele lavava por fé e obediência ou se
lavava para se livrar do desconforto mesmo. Mas de qualquer forma ele receberia o que Jesus
queria lhe dar.
Nesse sentido podemos dizer também que Siloé é a própria Igreja. Jesus quer trazer muitas
pessoas para serem livradas de algum desconforto. Pode ser a aflição, a insônia, a
enfermidade, o vício ou por causa de qualquer outro tipo de lodo. Na vida da Igreja podem ser
lavadas e curadas.
Hoje quando nos convertemos o Senhor também nos manda nos lavar. Esse lavar é o batismo
onde abandonamos o velho homem com todas as suas práticas. O batismo nas águas também
é o tanque de Siloé para aquele que estava cego e agora começa a ver.
e. Sendo um enviado
As pessoas que foram lavadas pelo Enviado, elas mesmas também se tornam um enviado.
Depois que recebemos o batismo do Espírito Santo, nos tornamos enviados também.
Primeira coisa que aconteceu com o cego, logo após ser curado, foi que os fariseus
esbravejaram e discutiram com ele. No verso 34 a Palavra de Deus diz que ele até foi expulso
da Sinagoga. Seus próprios os pais não quiseram defendê-lo diante dos Fariseus, pois eles
mesmos temiam ser expulsos.
Aquilo que o cego passou é uma analogia daquilo que todos nós passamos. Todos nós
precisamos estar preparados para sofrer perseguição por parte daqueles que ainda estão
cegos.
Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. II Tm. 3:12
Além disso a primeira coisa que se espera de um enviado é que ele testemunhe. Na verdade
fomos enviados para isso mesmo, para contar das tremendas obras de Deus em nossas vidas.
O cego não sabia muito sobre Jesus ou sua Palavra, mas o seu testemunho era forte e
verdadeiro: não sei dizer muito sobre Jesus, só sei que eu era cego e agora vejo.
Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo. Jo. 9:25
Décimo oitavo Dia
Exercitando a fé para receber as promessas
Por Ricardo Guimarães
Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. I Timóteo 4.8
A primeira lição que aprendemos no curso de maturidade no Espírito é que nós somos um espírito que possuímos uma alma e habitamos um corpo. Sabemos que o corpo precisa ser
disciplinado. A alma precisa ser transformada. Mas quanto ao espírito, o que precisamos fazer com ele? O nosso espírito precisa ser constantemente exercitado!
Tudo o que não é exercitado vai ficar atrofiado! Se você ficar com um braço engessado por muito tempo, sem movimentá-lo, depois que você retirar o gesso, será necessário fazer algumas
seções de fisioterapia para que ele retome a normalidade dos movimento. O fato dele ficar parado muito tempo, faz com que ele perca a mobilidade, diminua a massa muscular e fique
enfraquecido. Assim é o nosso espírito. A Bíblia diz que ele precisa ser exercitado constantemente!
O objetivo do exercício espiritual, não é tirar proveito dele. Mas em I Timóteo 4.8, o apóstolo diz que teremos a promessa da vida presente e da vida futura.
Quando você exercita o seu espírito você vai experimentar as promessas de Deus. E quais são essas promessas? Não são apenas para a vida futura, para a eternidade, mas para hoje.
Isso é muito importante, existem dois tipos de promessas para a nossa vida:
a. As promessas futuras: Essas nós receberemos na eternidade. Estão reservadas para aqueles que viverem uma vida aqui na terra para Deus;
b. Mas existem também as promessas presentes: Quando exercitamos o nosso espírito em relação a Deus, poderemos penetrar no reino do espírito e sacar todas as promessas que o
Senhor tem para os nossos dias. Essas promessas são para todas as áreas da nossa vida: família, negócios, finanças, saúde, ministério, relacionamentos, etc.
Então para experimentar a promessa de Deus a chave é exercitar a fé. Exercitar significa fazer um exercício de maneira repetida até que sejamos condicionados a fazer naturalmente o que
no início era um peso e demandava muito esforço. Isso acontece em nossa vida em relação a oração, ao jejum, a leitura da Palavra, a adoração ou qualquer outra atividade espiritual. No
início o nosso espírito não está treinado, então o corpo resiste. Mas quando exercitamos o espírito se torna mais fácil. Isso é um treinamento! Por isso, Paulo comprar o exercício da fé com o
exercício físico.
Ele diz que o exercício físico tem um pouquinho de proveito. Mas o exercício espiritual vai transformar você em um gigante espiritual. Muitos cristãos ficam na academia fazendo apenas
exercício físico. Mas nada acontece na vida espiritual dele. Estão lá exercitando todos os dias (um, dois, três... Um dois três!), mas são espiritualmente muito pobres. O físico está cada vez
mais poderoso. Mas eles não tem resistência espiritual. Por isso, precisamos exercitar a nossa fé!
Então hoje, nós vamos aprender como entrar no reino do Espírito e nos apropriar das promessas que Deus tem para nós. Paulo diz que o segredo para se apropriar no reino do Espírito é
exercitar o espírito.
E o que significa exercitar a sua fé para se apropriar no reino do espírito? Como podemos fazer isso de maneira apropriada?
Em primeiro lugar...
O Desejo do Senhor de abençoar as pessoas é tão grande, que ele é quem toma a iniciativa de se colocar no caminho das pessoas. E hoje ele está se colocando no seu caminho!
Ele quer fazer um milagre em sua vida!
Deus pode e Deus quer, por isso...