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21 dias de Jejum pela

Edificação da Casa de
Deus
Primeiro Dia
Por que minha montanha
não se move?
Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este mon-te: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se
fará o que diz, assim será com ele. Mc. 11:22-23
Frequentemente encontro irmãos passando por uma grande aflição. Em tempos assim as pessoas se enchem de questionamentos sobre sua fé. E uma pergunta que sempre fazem é essa:
“porque minha montanha não está se movendo?”
A resposta a essa questão é extremamente importante. Eu sempre lhes respondo que algumas montanhas em sua vida você as comandará e elas serão lançadas no mar. Outras montanhas
deverão ser escaladas e conquistadas pela força do combate espiritual. A essas montanhas você simplesmente não poderá ordenar que sejam lançadas fora, mas você terá de lutar para
conquistá-las. Finalmente existem montanhas que você não poderá escalar, nem contornar ou mesmo comandar, mas elas deverão simplesmente ser evitadas porque o seu acesso a elas lhe
foi negado por Deus.
Se você não pode comandar, conquistar, ou escalar uma montanha é porque ela lhe foi negada. Deus colocou na frente dela um sinal de acesso negado. Saber que tipo de Montanha você
está enfrentando é fundamental para determinar a sua atitude diante dela.
É certo que nesses dias há uma montanha diante de você. Que o Senhor lhe dê sabedoria para enfrentar corretamente ao monte que se colocou na sua vida.
As montanhas nas escrituras falam de desafios, obstáculos e também de lugares de uma comunhão íntima e especial com Deus. Deus dá as planícies férteis para aqueles cuja força e
constituição são pequenas. Mas Ele reserva montanhas para aqueles que são mais resistentes na natureza e mais ousados na sua disposição. Montanhas embora difíceis de conquistar são
uma bênção privilegiada que Ele dá àqueles que especialmente encontraram o seu favor.
Montanhas também nos falam de dificuldades, obstruções e barreiras. Essas barreiras tentam nos separar daquilo que desejamos. Outras vezes nós mesmos desejamos conquistar
montanhas. Calebe, por exemplo, pediu a Josué uma montanha. Quando você pede uma montanha, você está pedindo por guerra, mas uma guerra que tem grande recompensa porque
montanhas falam do nosso destino projetado por Deus.
“Agora, pois, dá-me este monte de que o SENHOR falou naquele dia” (Js. 14:12). Esse foi o pedido de Calebe. Aquela herança já lhe havia sido dada, mas ainda assim ele pediu. Dessa
forma ele reconheceu que mesmo Deus tendo nos dado algo isso não retira a necessidade de orar e se apropriar pela fé da bênção.
As montanhas são bonitas de se ver e são traiçoeiras de se atravessar. Mas graças a Deus, que Ele prometeu fazer os nossas pés como os da corça e nos fazer caminhar nas nossas
maiores alturas (Sl. 18:33).

1. Algumas montanhas devem ser escaladas


O primeiro aspecto que quero compartilhar é que existem montanhas na vida que não são para serem comandadas, mas devem ser escaladas um passo de cada vez.
Sinai ou Horebe, como também é chamado nas Escrituras é o lugar onde Deus deu a Moisés os Dez mandamentos. Foi para lá também que Elias fugiu quando fugia de Jezabel. O consenso
comum é que o Sinai corresponde a um monte que hoje é conhecido como Gebel Musa (Montanha de Moisés). Já estive ali por três vezes. É um percurso de quase 4.000 metros a partir da
base até o cume, que é um pico de quase 3 mil metros de altura. Peregrinos no local são avisados de que eles devem tomar bastante água durante a caminhada que dura cerca de três horas
e é sempre feita a noite.
Agora pense por um momento o que deve ter sido para Moisés escalar o Monte Sinai. Lembre-se que ele tinha 80 anos, e não existia uma escada esculpida na rocha para que ele pudesse
escalar. A viagem provavelmente envolveu em muitos momentos suas mãos e joelhos.
Deus poderia ter falado com Moisés onde ele estava, mas o Senhor em vez disso disse a ele: “sobe para cá!” (Ex. 24:12). Isso nos mostra o princípio espiritual de que todas as coisas de
Deus nos são dadas pela graça, mas todas elas envolvem um trabalho com Deus em perseverança. A oração é comparada ao trabalho de escalar uma montanha. Para ouvir e receber de
Deus Moisés precisou escalar a montanha.
A subida de Moisés ao monte é um símbolo da oração. Para a sua subida não havia escadas, nem corrimão, nem elevador, nem atalhos e nenhuma maneira fácil de chegar até em cima. Isso
nos ilustra pelo menos três princípios sobre a oração:

a. Não há nenhum substituto para a oração


Nós somos a geração dos substitutos. Temos um substituto para o sal, açúcar, manteiga, leite e também temos um substituto para os dentes, cabelo, para a visão ruim e audição ruim. Mas
não há absolutamente nenhum substituto no mundo para a oração! Jesus disse em Mateus 17:21 que certas castas de demônios somente saem pela oração e o jejum.
Deus não aceita oferta de dinheiro como um substituto para a oração. Deus não aceita participar do culto da igreja como um substituto para a oração. Deus não aceita a empatia para com as
pessoas como um substituto para orar por elas.
O fato é que se Moisés não tivesse escalado o Monte Sinai, ele não teria recebido tudo o que Deus tinha para ele. Não havia outro caminho para Moisés receber de Deus as suas promessas.
Ele tinha de obedecer e subir o monte. Da mesma forma simplesmente não há outra forma de obter nosso milagre a não ser por meio de oração. Há algumas coisas na vida que
simplesmente não vão mudar até que você suba ao monte para ter comunhão com o Senhor. Ore e ore até que algo aconteça.

b. Não há nenhum atalho para a oração


A oração é uma montanha na vida para a qual não existe atalhos. Eu desejaria poder dizer que nunca tive dificuldade para orar, mas a luta é real. Parece que nunca tenho o momento
apropriado para orar, minha mente vagueia, sinto-me indisposto e às vezes a oração me parece um verdadeiro fardo. Algumas vezes a oração flui facilmente, mas quase sempre a oração
exige disciplina e perseverança semelhante a uma subida à montanha. A oração é um trabalho com Deus que grande parte das vezes será exaustivo e extenuante.
Para mim, os primeiros cinco minutos de oração são os mais difíceis. É como se eu tivesse que romper para um nível mais elevado antes que eu sinta maior liberdade na oração. Moisés,
porém, deve ter achado a sua escalada mais difícil quanto mais perto do cume ele chegava. De qualquer maneira esta é a analogia: Deus não falou a Moisés até que ele tivesse terminado a
sua escalada. Às vezes, temos de insistir diante de Deus, antes de percebermos o testificar da sua resposta.
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6
Tiago 5:16 diz: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” A palavra grega traduzida por “eficaz” nesse versículo é “energeo” de onde provem a palavra energia. A oração simplesmente
libera a energia celestial do trono de Deus.
Muitos sonham que existisse na vida um botão para se apertar e facilmente se ligar e desligar as coisas. Mas com relação a oração não existe tal botão fácil. A bênção porém é que quanto
mais você ora, mais fácil e agradável a oração vai se tornando. Quanto mais vezes subimos a montanha, mais fácil se torna a escalada.

c. Não há recompensa fácil, mas os que oram recebem


A montanha pode ser difícil de escalar, mas o topo da montanha é um lugar de recompensa. Somos recompensados com as respostas às nossas orações, mas melhor ainda somos
recompensados com a comunhão com o Pai.

2. Algumas montanhas devem ser conquistadas


Nós gostamos quando as montanhas são lançadas no mar. Também gostamos quando, pela graça de Deus, estamos autorizados a subir o monte e desfrutar de comunhão em Sua presença,
mas existem montanhas que você deve conquistar. São montanhas que lhe foram dadas por Deus, mas ainda assim você precisa conquistá-las.
Não adianta tentar evitar essas montanhas. Se foi Deus quem a colocou para ser conquistada e nos desviamos dela, lá na frente o Senhor a calocará novamente em nosso caminho.
Calebe disse a Josué: “dá-me a minha montanha”. Se você tentar falar a uma montanha que deve ser conquistada, nada irá acontecer.
Agora, pois, dá-me este monte de que o SENHOR falou naquele dia, pois, naquele dia, ouviste que lá estavam os anaquins e grandes e fortes cidades; o SENHOR, porventura, será comigo,
para os desapossar, como prometeu. Js 14:12
Os anaquins eram gigantes que viviam em cidades fortificadas na montanha. Quando os espias viram aqueles homens o coração deles derreteu de medo.
Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos. Nm
13:33
Calebe, porém, era um homem cheio da visão celestial. Ele viu o impossível e creu que o Senhor poderia lhe dar a montanha. Ele não considerou nem por um instante a possibilidade de
seguir o caminho mais fácil.
Algumas coisas na vida simplesmente nunca serão nossas se não pagarmos o preço. Mesmo que sejam coisas que o Senhor já nos deu, existe uma conquista a ser feita. A terra de Canaã foi
dada ao povo de Deus, mas eles deveriam se apropriar dela enfrentando cada inimigo e derrotando-os. Eu sempre gosto de dizer que a parte de Deus é dar, mas a nossa parte é apropriar.
Muitos têm recebido bênçãos tremendas de Deus, mas não tiveram fé e ousadia para se apropriarem delas ou simplesmente esperavam que elas não envolvessem esforço algum.
A Palavra de Deus diz que o Senhor enviou vespas para expulsar alguns dos inimigos que habitavam Canaã, mas muitos outros foram deixados para que Israel exercitasse fé para se
apropriar da herança (Ex. 23:28).
A triste verdade, porém, pode ser vista no livro de Juízes. Os filhos de Israel não expulsaram os inimigos como o Senhor já lhes havia advertido que deveriam fazê-lo.
Porém, se não desapossardes de diante de vós os moradores da terra, então, os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinhos nos vossos olhos e como aguilhões nas vossas ilhargas e vos
perturbarão na terra em que habitardes. Nm 33:55
Muitos cristãos guardam lugares no seu coração de onde eles nunca expulsaram o inimigo, e o resultado são problemas constantes. Normalmente permitimos áreas não conquistadas em
nossas vidas por causa de desculpas incrédulas que damos a nós mesmos.
Quando entraram em Canaã a tribo de Efraim procurou a Josué dizendo que precisavam de mais espaço, pois eram numerosos. Josué mandou que eles conquistassem mais território, mas a
postura deles era de tomar algo que já tivesse sido conquistado.
Então, o povo dos filhos de José disse a Josué: Por que me deste por herança uma sorte apenas e um quinhão, sendo eu tão grande povo, visto que o SENHOR até aqui me tem abençoado?
Disse-lhe Josué: Se és grande povo, sobe ao bosque e abre ali clareira na terra dos ferezeus e dos refains, visto que a região montanhosa de Efraim te é estreita demais. Então, disseram os
filhos de José: A região montanhosa não nos basta; e todos os cananeus que habitam na terra do vale têm carros de ferro, tanto os que estão em Bete-Seã e suas vilas como os que estão no
vale de Jezreel. Falou Josué à casa de José, a Efraim e a Manassés, dizendo: Tu és povo numeroso e forte; não terás uma sorte apenas; porém a região montanhosa será tua. Ainda que é
bosque, cortá-lo-ás, e até às suas extremidades será todo teu; porque expulsarás os cananeus, ainda que possuem carros de ferro e são fortes. Js. 17:14-18
A tribo de Efraim reclamou que eles não tinham espaço suficiente. Josué lhes responde, dizendo para conquistarem a montanha. Eles, porém, tinham uma desculpa: “mas eles têm carros de
ferro!” Todos nós temos em nossa estante uma coleção de desculpas que usamos quando queremos explicar o nosso fracasso em conquistar nossa montanha pessoal.
O problema é que essas desculpas só funcionam com outros que também gostam de usá-las. Com Josué as coisas foram diferentes.
Josué em um momento de inspiração pastoral lhes diz: “vocês são um grande povo, com grande poder. Vocês podem estender as suas fronteiras e vão expulsá-los, mesmo que eles sejam
fortes e tenham carros de ferro.”
Não sei se aquela tribo queria um território mais fácil ou se queria que Josué fosse lutar por eles. Mas Josué não tirou deles a responsabilidade nem por um instante. Nós também não
podemos nos eximir, pois temos promessas superiores: “Maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo” (I Jo. 4:4).
Enquanto você se concentra nos carros de ferro, você vai caminhar em derrota. Mas quando você se volta para Cristo que está em nós, você experimentará a vitória.
Há momentos em que Deus sobrenaturalmente lida com os nossos problemas, outras vezes ele é o nosso líder de torcida nos dizendo para sermos ousados e fortes no Senhor. Ele nos
observa para ver o que faremos.
O Senhor quer nos ensinar a pelejar, por isso ele permite que haja diante de nós montanhas dominadas pelo inimigo. As montanhas são nossas, mas precisamos tomá-la das mãos do
adversário. Isso certamente é um teste para todos nós.
São estas as nações que o SENHOR deixou para, por elas, provar a Israel, isto é, provar quantos em Israel não sabiam de todas as guerras de Canaã. Isso tão-somente para que as
gerações dos filhos de Israel delas soubessem (para lhes ensinar a guerra), pelo menos as gerações que, dantes, não sabiam disso. Jz 3:1-2
É um fato de que quando nascemos de novo fomos feitos nova criatura, mas também é um fato que estamo sendo transformados pela renovação da mente. Há uma medida que é realizada
unicamente pelo Senhor, mas há uma grande parte que exige a nossa cooperação. O Senhor já nos deu a montanha, mas precisamos subir e conquistá-la.
Deus permite que alguns problemas e lutas continuem em sua vida para testá-lo. Não perca tempo esperando que o Senhor os livre deles, mas posicione-se agora mesmo e os expulse para
fora da sua montanha.
Da próxima vez que você sentir vontade de dizer: “Deus se tu me amas expulse esse inimigo daqui!” Lembre-se que Ele pode estar dizendo: “Se você me ama, lute e conquiste esta
montanha!”
Quero que você receba as palavras de Josué para si: “você é um grande povo. Você pode despojar os seus inimigos. Você pode perdoar quando é difícil. Você pode ofertar e ser fiel nas
finanças. Você pode perder peso. Você pode parar de fumar. Você pode ter um casamento melhor. Você pode vencer as opressões do inferno!” A montanha já lhe foi dada! Conquiste-a!

3. Algumas montanhas devem ser comandadas


Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e
lança-te no mar, tal sucederá. Mt 21:21
A verdade que o Senhor nos ensina claramente nesse texto é que podemos ordenar que montanhas sejam lançadas no mar. Evidentemente este versículo não é um cheque em branco para
cumprir todos os nossos desejos carnais, mas é uma visão da maneira de como Deus quer que as coisas sejam feitas.
Muitos ensinam que há poder em nossas palavras, mas eu não creio que nossas palavras tenham algum poder, eu creio que a Palavra de Deus tem poder. E quando a Palavra de Deus está
em nossos lábios, montanhas podem ser lançadas ao mar.
Os sete filhos de Ceva descobriram que o poder não está em nossas palavras, mas em nosso relacionamento com Deus.
Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço a Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E o possesso do espírito maligno saltou sobre eles, subjugando a todos, e, de tal modo
prevaleceu contra eles, que, desnudos e feridos, fugiram daquela casa. At. 19:15-16
Existem montanhas que devem ser escaladas e outras conquistadas, mas há outras montanhas que devem ser ordenadas para que saiam de sua frente.
O pastor Eddy Leo da Indonésia certa vez me contou algo interessante que aconteceu em sua Igreja. Havia uma célula que ficava na casa de um irmão que tinha uma mangueira plantada
bem na entrada da casa. Aquela mangueira já tinha muitos anos e nunca tinha produzido nenhuma manga sequer. As pessoas da vizinhança se referiam a ela como uma árvore estéril e
inútil. Eles viviam mandando o dono da casa cortar aquela árvore.
O fato é que depois que a célula se mudou para aquela casa os irmãos começaram a ordenar que a mangueira frutificasse. Para a surpresa da vizinhança a árvore floriu e meses depois
estava carregada de mangas. Todos queriam saber o que havia acontecido e aquilo foi uma grande oportunidade de testemunhar do poder de Deus.
John Robb da Visão Mundial conta que as pessoas que viviam às margens do rio Awash na Etiópia, duas horas ao norte de Adis-Abeba, estavam sofrendo com fome por causa de uma
grande seca. Ele conta que o povo adorava uma árvore gigante pedindo por ajuda. Eles adoravam a árvore gigante, acreditando que um espírito tinha lhe dado poderes divinos. As pessoas
beijavam o seu grande tronco e ficavam diante da árvore em tom de reverência. Certa manhã, a equipe da Visão Mundial orou baseados na promessas de Jesus em Mateus 21:21-22, que se
cressem poderiam ordenar que a árvore secasse. Logo toda a comunidade ficou sabendo que os cristãos estavam orando sobre a árvore. Seis meses depois, a árvore começou a secar. Sua
folhagem desapareceu e, finalmente, entrou em colapso como um gigante caído no rio. O povo ficou atônito: "Seu Deus fez isso!", disseram. Dentro de poucas semanas, centenas de
moradores receberam a Jesus Cristo porque eles tinham visto Seu poder demonstrado na resposta espetacular à oração dos cristãos.
Precisamos ordenar ao monte. Em Marcos 11 o Senhor disse: “Tende fé em Deus, porque se alguém disse a esse monte: ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer
que se fará o que diz, assim será com ele”.
Essas palavras não são uma oração comum. Não diz a Deus: “ó Deus, por favor, tira esta montanha e lança-a no mar.” Mas o que diz ele, realmente? Diz: “Se alguém disser a este monte:
Ergue-te e lança-te ao mar”.
Aqui o Senhor Jesus não nos manda falar com Deus; mas nos instrui a dar ordens ao monte. Não um falar com Deus, mas um ordenar ao monte: “Ergue-te e lança-te no mar”. Falar ao monte
ordenando-lhe que se lance no mar é um tipo de oração que chamamos de oração de fé ou oração de autoridade. Oração de autoridade não é pedir algo a Deus, mas usar a autoridade de
Deus a fim de lidar diretamente com os problemas. Tal oração precisa ser aprendida por cada vencedor. Todos os vencedores precisam aprender a falar ao monte.
Qual é o significado de um “monte”? Monte pode representar a dificuldade que se põe em nosso caminho; é tudo o que bloqueia a nossa vida de modo que não podemos prosseguir. Quando
você e eu encontramos um monte, que fazemos com ele? Muitos, quando o encontram em suas vidas ou trabalhos, começam a orar, pedindo que Deus o remova. Contudo, Deus mesmo nos
ensina que nós devemos falar ao monte. É preciso ordenarmos ao monte: “Ergue-te e lança-te no mar”.
Pedir a Deus que remova o monte e ordenar ao próprio monte que se mova são duas coisas inteiramente diferentes. Vir a Deus e pedir-lhe que aja, é uma coisa; comandar diretamente o
monte, para que se retire, é completamente outra. Você não deve ignorar essa palavra de ordem. Use a autoridade de Deus e fale diretamente à dificuldade, dizendo: “Em nome do Senhor
Jesus, eu lhe ordeno que me deixe” ou “Não permitirei que continue na minha vida”. Você pode usar a oração de autoridade contra tudo o que o atrapalhe dizendo: “Sai da minha vida!” Você
pode, por exemplo, falar ao seu mau humor assim: “Sai da minha vida agora”; ou ordenar à sua doença: “Sai de mim, pois pela vida do Senhor eu me levantarei”. Não é falar a Deus, mas ao
monte que o atrapalha, declarando: “Ergue-te e lança-te no mar”. Isto é oração de fé e autoridade.
O que capacita você a fazer a oração de autoridade é a completa fé sem duvidar de que o que faz está de acordo com a vontade de Deus. Sempre que não sabemos a vontade de Deus,
somos incapazes de ter fé. Assim a oração de autoridade está baseada no conhecimento claro da perfeita vontade de Deus que enche o nosso coração de fé.
Tenho visto carros quebrados funcionarem, dinheiro aparecer, pessoas serem curadas e milagres acontecerem. Às vezes preferimos orar sobre os problemas, mas há problemas a respeito
dos quais precisamos ordenar que saiam. A menos que você faça as coisas do jeito de Deus, você não vai obter resultados de Deus. Existe uma estratégia diferente para lidar com cada tipo
de montanha.
Disse o SENHOR a Moisés: Toma o bordão, ajunta o povo, tu e Arão, teu irmão, e, diante dele, falai à rocha, e dará a sua água; assim lhe tirareis água da rocha e dareis a beber à
congregação e aos seus animais. Então, Moisés tomou o bordão de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado. Moisés e Arão reuniram o povo diante da rocha, e Moisés lhe disse: Ouvi,
agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha para vós outros? Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e bebeu a
congregação e os seus animais. Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este
povo na terra que lhe dei. Nm 20:7-12
Deus instruiu a Moisés que falasse à rocha e ela daria as suas águas. Moisés, porém, em vez de falar à rocha, ele a fere duas vezes. Por causa disso não lhe foi permitido entrar na terra de
Canaã.
Alguns acham muito pouco ordenar a montanha, eles simplesmente sentem que precisam fazer mais alguma coisa. Uma pessoa desempregada deve fazer todo o possível para encontrar
trabalho, mas ela precisa também ordenar a montanha para que uma porta de emprego seja aberta.
Deus muitas vezes leva as pessoas a lugares onde elas ficam completamente impotentes para que somente Ele possa receber a glória e ser santificado diante de seus olhos.
As pessoas doentes devem aproveitar todas as oportunidades disponíveis para ficarem melhores, mas há um momento em que Deus espera que elas falem à montanha.
Para a maioria de nós o pensamento de não fazer nada sobre uma situação importante da vida, mas apenas comandar a montanha para que caia no mar, é uma coisa muito difícil. Preferimos
bater na rocha, consultar o médico, procurar entrevistas de emprego, reter os dízimos para pagar a conta de energia elétrica. Às vezes a coisa mais difícil na vida cristã é “ficar parado, e ver a
salvação de Deus.” Falar à montanha exige fé e dependência de Deus.
Spurgeon diz que a escritura pode ser um grande estimulante ou um poderoso narcótico. Pode movê-lo à ação, ou alguns podem usá-la como desculpa para a preguiça. Eles não vão
procurar emprego porque “Deus proverá”. Algumas pessoas dizem ser espirituais, quando na verdade nada mais tem que preguiça e medo.
Há outros, porém, que nunca permitem que Deus mostre o seu grande poder provedor, porque eles sempre lidam com as coisas com as próprias mãos.
Sabedoria é a correta aplicação do conhecimento. A sua montanha pode ser escalada, conquistada, comandada ou isolada. Que Deus lhe dê a graça de conhecer e agir apropriadamente. Se
todos os seus esforços falharam, talvez é porque você não entendeu que precisa dar uma ordem para que a montanha saia.

4. Algumas montanhas nos foram proibidas


“Descendo o SENHOR para o cimo do monte Sinai, chamou o SENHOR a Moisés para o cimo do monte. Moisés subiu, e o SENHOR disse a Moisés: Desce, adverte ao povo que não
traspasse o limite até ao SENHOR para vê-lo, a fim de muitos deles não perecerem. Também os sacerdotes, que se chegam ao SENHOR, se hão de consagrar, para que o SENHOR não os
fira. Então, disse Moisés ao SENHOR: O povo não poderá subir ao monte Sinai, porque tu nos advertiste, dizendo: Marca limites ao redor do monte e consagra-o.” Ex 19:20-23
Nesta passagem, vemos Moisés e Arão sendo chamados para o topo do Monte Sinai para se encontrar com Deus, mas o resto da nação não foi autorizado a subir e somente podiam ver o
que estava acontecendo à distância. Moisés, na verdade foi instruído a isolar a montanha, para que ninguém, nem mesmo acidentalmente tocasse nela.
Eu me pergunto quantas pessoas naquele dia desejaram subir a montanha com Moisés? Mas a verdade é que eles estavam absolutamente proibidos de fazê-lo.
Alguma vez você já desejou ter algo que alguém possuía? Você já lutou por algo que outros receberam e você não? Existem certas coisas que simplesmente não podemos mudar. Você
certamente já deve ter ouvido falar na oração de Niehbuhr que diz:
“Deus, conceda-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,
Coragem para modificar aquelas que posso,
E sabedoria para saber a diferença.”
Quase todas as coisas podem ser mudadas pela oração, mas há algumas que não podem ser mudadas. Não podemos mudar, por exemplo, nosso parentesco, nossa cor ou nossa história
passada, ainda que essas coisas nos tragam problemas. E há aquelas que o Senhor simplesmente nos negou o acesso. Por mais apaixonado que esteja por uma pessoa, se ela não for
convertida o Senhor me negou o casamento. É uma montanha proibida.
Se pensarmos em montanhas como oportunidades e sonhos que gostaríamos de ter vivido é fácil ver como as circunstâncias às vezes nos são negadas.
Mas não somente as circunstâncias podem impedir-nos de algumas coisas que queremos, mas o próprio Deus pode e muitas vezes o faz. Por outro lado Ele pode dar-nos as coisas que pelas
circunstâncias nunca seríamos capazes de alcançar.
“Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá.” Ap. 3:7
Quando o Senhor nos abre uma porta ninguém pode fechá-la, mas quando ele nos fecha uma porta nós fazemos bem em nos aquietar, pois ela certamente não poderá ser aberta de forma
alguma. Se insistirmos podemos sofrer duras conseqüências
Eu quero compartilhar dois princípios breves sobre montanhas que nos foram negadas.

a. Se Deus não quer você lá, não deseje ir para lá


É um fato da vida que aquilo que você alimenta cresce, mas aquilo que não é alimentado, morre. Se Deus fecha uma porta para nós, ou nos diz não a algo ou alguém, temos de perceber que
Seu caminho é o melhor e simplesmente nos render e submeter. Se pararmos de alimentar o desejo ele eventualmente desaparecerá.
Em outras palavras, se existe um relacionamento que você sente que Deus não autorizou você perseguir ou entrar nele, você precisa parar e reconhecer o Seu senhorio e o Seu amor por
você. O Pai sempre escolhe o melhor caminho para você. Uma coisa é fazer a sua vontade, outra coisa é amar a sua vontade. Se chegarmos ao ponto de amar a sua vontade não vamos
desejar aquilo que Ele não tem para nós.
Quando o povo de Israel vinha caminhando no deserto o Senhor ordenou que eles contornassem a montanha de Esaú. Aquela montanha havia si do dada a outro e a eles não seria permitido
nem mesmo pisar nela.
Depois, viramo-nos, e seguimos para o deserto, caminho do mar Vermelho como o SENHOR me dissera, e muitos dias rodeamos a montanha de Seir. Então, o SENHOR me falou, dizendo:
Tendes já rodeado bastante esta montanha; virai-vos para o norte. Ordena ao povo, dizendo: Passareis pelos limites de vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir; e eles terão
medo de vós; portanto, guardai-vos bem. Não vos entremetais com eles, porque vos não darei da sua terra nem ainda a pisada da planta de um pé; pois a Esaú dei por possessão a
montanha de Seir. Dt. 2:1-5
Deus isola montanhas não porque Ele quer que sejamos infelizes. Muito pelo contrário, Ele está tentando nos impedir de dar à luz a um Ismael. Ismael foi o filho nascido a Abraão e a escrava
de sua esposa que se chamava Hagar. Dele descendem muitos dos povos árabes que hoje são problemas para a nação judaica. Se Abraão tivesse sido paciente e esperado em Deus, em
vez de agir por conta própria, ele e sua descendência teriam sido poupados de muitos dos seus problemas.

b. Se Deus não lhe deu essa montanha, procure outra


Davi queria construir uma casa para Deus. O Senhor, porém, disse que ele não poderia fazê-lo. O porquê Deus não permitiu não importa, o que importa é o que Deus disse sobre o assunto e
o que Davi fez sobre isso.
Porém o SENHOR disse a Davi, meu pai: Já que desejaste edificar uma casa ao meu nome, bem fizeste em o resolver em teu coração. Todavia, tu não edificarás a casa, porém teu filho, que
descenderá de ti, ele a edificará ao meu nome. 1Rs 8:18-19
Primeiro Deus disse a Davi que era bom o que estava em seu coração, o desejo de edificar-lhe uma casa, porém o Senhor não o permitiu fazê-lo. O ponto é que, por vezes, Deus não quer
que façamos coisas que, em si mesmas, não são erradas. O fato de termos bons desejos certamente honra a Deus, mas a maior honra é obedecer a sua vontade.
Pois dizia Davi: Salomão, meu filho, ainda é moço e tenro, e a casa que se há de edificar para o SENHOR deve ser sobremodo magnificente, para nome e glória em todas as terras;
providenciarei, pois, para ela o necessário; assim, o preparou Davi em abundância, antes de sua morte. 1Cr 22:5
Davi não poderia fazê-lo, mas ele poderia tornar mais fácil a obra para Salomão! Talvez você não possa ir ao campo missionário, mas você pode torná-lo mais fácil para alguém ir. Talvez
você não seja um músico bom o suficiente para estar na equipe de louvor, mas você pode orar por aqueles que são. Talvez seu livro nunca seja publicado, mas continuar escrevendo pode
ajudá-lo a crescer no Senhor. Enfocar o que você não pode fazer pode levá-lo à frustração e depressão, em vez disso peça a Deus para lhe abençoar naquilo que Ele o liberou para fazer.
Segundo Dia
O milagre da Cura
Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém
leproso. Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do
profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.
Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua
carne será restaurada, e ficarás limpo. Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus,
moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso. Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me
neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação. Então, se chegaram a ele os seus oficiais e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a
farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo. Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou
como a carne de uma criança, e ficou limpo. Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há
Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo. 2 Reis 5:1-3 e 9-15

Hoje vamos ver como um homem chamado Naamã recebeu o seu milagre. Naamã era comandante militar do exército sírio. Ele era um herói de guerra em seu país. Por causa de suas
vitórias extraordinárias em campo de batalha, ele havia recebido o favor do rei da Síria.

“Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém
leproso.” II Rs. 5:1

Mas mesmo sendo retratado de uma forma tão grandiosa, havia algo errado com ele, e seu problema nos é introduzido por uma pequena palavra: “porém”. Essa pequena palavra muda tudo.
Quantos de nós temos essa pequena palavra em nossas vidas? Ela é a modelo mais bonita do mundo, porém o seu temperamento é terrível. Ele é muito bem sucedido profissionalmente, faz
muito dinheiro, porém sua esposa e filhos o odeiam. Os psicólogos dizem que não importa o elogio que recebemos, se ele vem seguido de um “porém”, nós ouvimos apenas o que vem
depois.

Infelizmente todos nós temos esta palavra em nossas vidas, pelo simples fato de que nenhum de nós é perfeito. Ninguém possui todas coisas. E no caso de Naamã, a despeito de todas as
suas realizações, seu poder e seu prestígio, havia algo a mais que realmente controlava e definia a sua vida. Naamã era leproso.

A lepra era a AIDS dos dias de Naamã. Embora a sua lepra não fosse provavelmente a forma mais grave da doença, era uma doença de pele que certamente trazia consigo um estigma
social.

Um leproso era visto como um objeto de repulsa. Isso significa que Naamã era um pária, uma pessoa a ser evitada, alguém que estava afastado de todo contato humano mais próximo.

Mas vivia na casa de Naamã uma pequena garota hebréia que tinha sido levada cativa da terra de Israel. Ela era serva da mulher da Naamã. O que eu admiro nessa garota é que ela não
assumiu uma atitude rancorosa e amarga. Ela poderia simplesmente pensar: “Deixe-o morrer! Ele está recebendo exatamente o que merece.” Em vez disso ela informa sua senhora que havia
um profeta em Samaria que poderia curar Naamã de sua lepra.

A atitude dessa garota é extraordinária. Naamã talvez fora o responsável pela morte de muitos dos seus amigos e por ela estar ali na condição de escrava. Todos compreenderiam se ela
tivesse rancor no coração para com o inimigo do seu povo, mas em vez disso ela demonstrou a graça de Deus para aquele homem. Aquela garotinha simplesmente não imaginava que
aquela sua atitude simples iria mudar a vida de Naamã para sempre.

A menina não escondeu sua fé, antes ela ministrou fé na vida de sua senhora. Você não pode imaginar o que Deus pode fazer através daqueles que compartilham a sua fé de forma simples
e convicta.

Existem muitos Naamãs em nosso mundo hoje. Eles são nossos vizinhos, nossos colegas, nossos parentes, nossos professores, nossos amigos. Todos eles estão mutilados pela lepra do
pecado em suas vidas. Estão todos desfigurados pela culpa, uma lembrança dolorosa, uma dor que não cessa ou uma enfermidade prolongada. Eles precisam de alguém que vá até eles e
possa tocá-los, amá-los, que compreenda a sua dor e possa dizer-lhes onde encontrar o milagre. Como aquela menina, nós somos chamados para ser um canal dos milagres do Senhor.

1. A cura vem da fé
“Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.” II Reis 5:3

A menina começou o milagre. Ela acreditava que Eliseu poderia curar seu senhor se ele pudesse chegar lá. Todos os milagres começam com a fé de alguém, seja a fé daquele que sofre ou a
fé de outra pessoa.

Certa ocasião o Senhor curou um paralítico que havia sido levado pelos seus amigos que o baixaram pelo telhado até o lugar onde Jesus estava pregando. Quando o Senhor Jesus viu a fé
deles imediatamente curou o paralítico (Mateus 9:2).

A fé de Naamã foi despertada para buscar um milagre por causa da fé desta menina. A Palavra de Deus edifica a fé e gera santas expectativas.

2. A cura vem de graça


“Ele partiu e levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais.” II Reis 5:5

A cura é um dom gratuito, o dinheiro não pode comprá-la. Naamã pensava que ele tinha que comprar sua cura, tinha que fazer algo para merecê-la. Esse é um engano comum das pessoas.
Muitas deixam de receber o milagre porque presumem que não merecem. Mas a verdade é que o Senhor Jesus pagou nossa cura na cruz: “Pelas suas chagas fostes sarados” (I Pe 2:24).
Precisamos expulsar de nossas mentes todo pensamento de que somos indignos, de que precisamos ter primeiro boas obras, antes devemos nos posicionar apenas para receber.

Naamã partiu para casa de Eliseu, em Samaria, levando consigo um grande tesouro. Agora, o dinheiro pode fazer muita coisa, mas nunca pode comprar a bênção de Deus para uma pessoa.

Certa vez assistia um programa onde um apresentador entrevistava um dos homens mais ricos do mundo. O entrevistador então perguntou para aquele bilionário já idoso o que mais ele
gostaria de ter na vida. A resposta do homem foi rápida: “Mais tempo para poder desfrutar de minhas riquezas.” Pouco tempo depois aquele homem morreu. O que aquele homem desejava o
dinheiro não podia lhe comprar: uma vida longa. Apenas o Senhor Jesus pode nos dar o que realmente necessitamos.

Somente o Senhor pode nos dar uma vida de paz, abundância e a salvação do pecado. Outras religiões podem até falar de verdades profundas e bonitas, mas não têm poder para salvar o
homem ou lhe dar vida. Há um só Deus que é capaz de purificar nossas almas da lepra do pecado.
Você nunca poderá merecer o amor de Deus. Simplesmente creia na sua graça que nos dá todas as coisas livremente. Ele é o Pai que deseja nos receber como seus filhos.

Não existe nada mais importante para um filho pequeno do que a atenção de seu pai. Mas nem sempre o pai consegue dar toda a atenção de que o filho pede e gostaria. Algumas vezes
chegava em casa e minhas filhas ainda pequenas faziam de tudo para chamar a minha atenção. Envolvido como estava algumas vezes lendo um livro ou trabalhando em alguma coisa
apenas respondia quando elas falavam alguma coisa.

Mas elas não desistiam. Desenhavam uma pequena obra de arte com lápis de cera e vinham me mostrar, mas eu olhava com o canto do olho e fazia um elogio qualquer. Não desanimavam e
queriam mostrar a mais nova brincadeira que tinham aprendido. Mas ainda assim minha atenção era curta, pois havia tanta coisa para fazer. Por fim desistiam e saíam correndo pelo quintal,
mas de repente depois de um tropeção ela gritava: Paiê!!! Num pulo eu estava lá para ver o que havia acontecido. A atenção que ela não conseguiu ter com todas as outras coisas ela
conseguiu com um único grito de “pai”.

Muitos estão tentando ter a atenção de Deus pelas muitas coisas boas que fazem, pelas extraordinárias obras que desenvolvem, mas nada disso chama a atenção do Pai. Experi menta
apenas gritar: “Pai, me machuquei!” Não tenha dúvida de que ele, como um relâmpago, virá sobre você e lhe tomará nos braços curando sua ferida. Nada atrai mais a atenção de Deus do
que um coração contrito que apenas clama pelo Pai.

3. A cura vem quando nos humilhamos


“Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu. Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua
carne será restaurada, e ficarás limpo. Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus,
moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso.” II Rs. 5:9-11

Naamã chegou na casa de Eliseu com sua bagagem cheia de riquezas e acompanhado de muitos assistentes. Mas o que Naamã esperava encontrar? Que tipo de saudação ele esperava?

Ele esperava que Eliseu saísse, se curvasse diante dele e reconhecesse que ele era um grande homem. Se é isso que Naamã estava esperando, ele teve um grande choque. Eliseu nem o
atendeu, mas mandou alguém lhe dizer que deveria se banhar no rio Jordão sete vezes para ser curado da lepra.

Naamã ficou furioso! Ele era uma celebridade na Síria. Ele esperava que um comitê de recepção estivesse a postos. O mínimo que ele merecia era um tapete vermelho na entrada da casa e
a cura instantânea pelas mãos do profeta.

Mas Deus nem sempre faz as coisas da maneira que queremos. O Senhor muitas vezes escolhe o inesperado para cumprir o Seu propósito para nossas vidas.

O orgulho de Naamã tinha sido ferido, então ele se virou com raiva desapontado. Ele simplesmente não podia acreditar. Havia rios muito mais limpos e melhores em Damasco. Mas o ponto
central era o orgulho de Naamã. Esse era o seu problema e frequentemente é o nosso também. Quando o nosso orgulho fica no caminho nós perdemos as bênçãos de Deus.

Muitos não recebem o milagre porque não admitem receber oração de um pregador. Outros deixam de receber porque pensam que não foram bem tratados pela igreja.

Certa vez Mohamed Ali, quando ele ainda se chamava Cassius Clay, estava em um avião. A aeromoça se aproximou e lhe disse: “Por favor, aperte o cinto de segurança.” Ele então
respondeu com orgulho: “Superman não precisa de cinto de segurança.” Ela firmemente respondeu: “Superman não precisa de nenhum avião também.”

Todos nós precisamos de Deus, ainda que muitas vezes o orgulho nos impeça de admitir isso. Hoje o Senhor pode estar dizendo para você que em vez de se banhar sete vezes no rio Jordão
você deve orar durante 21 dias pela sua cura. Ou que você deve primeiro se converter e ser parte da Igreja. Mas a mente moderna continua cheia de argumentos do que é necessário ou não
para receber a cura. Não consegue simplesmente se submeter ao governo do Senhor.

É mais fácil procurarmos as respostas na TV, em filmes, em nossas carreiras, nos nossos investimentos financeiros, em nossa própria filosofia e desculpas. Muitas vezes pensamos em nós
mesmos como pessoas poderosas que não precisam de Deus. Mas quer admitamos ou não, todos têm o desejo de ser curado.

Felizmente, os servos de Naamã foram capazes de convencê-lo a atender o comando de Eliseu para ir e se lavar sete vezes no Jordão. O argumento deles foi simples, mas convincente. Eles
simplesmente argumentaram que aquilo não era algo difícil de fazer. Se Eliseu tivesse pedido para Naamã fazer algo difícil, ele certamente teria feito. Se ele faria algo difícil por que então
rejeitar fazer algo mais fácil? Se mergulhar no Jordão significasse a cura completa, então era um sacrifício muito pequeno comparado com a grande bênção.

Esse é muitas vezes o nosso problema com o evangelho de Jesus Cristo. Quando nos pedem para receber a Jesus como Senhor e salvador crendo simplesmente, nós resistimos dizendo
que é algo muito simples. Preferimos acreditar nas obras difíceis e nas penitências. Deveríamos ponderar no argumento dos servos de Naamã. Se Deus nos pedisse para fazer algo difícil,
nós certamente faríamos, então porque não fazer algo tão simples que ele nos pede?

Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Imaginamos que Deus usará uma determinada coisa ou pessoa para curar-nos em um determinado momento, mas ele então resolve
fazer algo diferente. Jesus sempre fazia coisas incomuns em obediência a Deus, mas cada vez que uma pessoa lhe obedecia, essa pessoa era curada.

Faça o que Deus está lhe ordenando hoje: humilhe-se, perdoe os outros, seja ungido com óleo, confesse seus pecados. Estas são coisas fáceis de fazer, quando comparadas com o milagre
que estamos prestes a receber.

Naamã se deixou convencer e se humilhou em completa obediência a Deus, e ao fazê-lo ele foi completamente curado. A sua carne foi restaurada e tornou-se limpa como a de uma criança.

4. A cura vem da perseverança


“Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo”. II Reis 5:14

Na Bíblia, o número sete simboliza algo completo e perfeito. Nesse caso os sete mergulhos apontam para uma obediência completa. O fato de termos de fazer algo sete vezes aponta para a
perseverança em fé. Josué, por exemplo, marchou ao redor de Jericó sete vezes, mas foi só no sétimo dia que as muralhas ruíram (Js 6:15). Elias orou sete vezes para que voltasse a chover
em Israel, mas foi só na sétima vez que apareceu no horizonte uma nuvem do tamanho da mão de um homem (I Rs 18:44).

A cura pode vir como resultado de uma atitude de perseverança. Os sintomas podem desaparecer instantaneamente ou gradualmente, mas eles devem desaparecer! Se a sua cura ainda não
chegou, continue a crer nela!

5. A cura continua através da fidelidade


“Disse Naamã: Se não queres, peço-te que ao teu servo seja dado levar uma carga de terra de dois mulos; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros
deuses, senão ao SENHOR.” II Reis 5:17
Naamã experimentou a maravilhosa graça de Deus e foi curado instantaneamente, mas a história não termina aí. A Palavra do Senhor diz nos verso 15 que Naamã “voltou
ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que emtoda a terra não há Deus, senão em Israel.”

Aquele foi o momento decisivo na vida de Naamã, foi o momento quando ele se converteu, reconheceu que apenas o Senhor é Deus e foi salvo. Ele sentiu o toque de Deus e foi
completamente mudado.

Não devemos pensar que uma vez que somos curados o problema nunca mais voltará. Certa vez depois de curar um homem paralítico o Senhor Jesus se encontrou com ele e lhe
disse: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior” (Jo. 5:14). Depois que você é curado, você deve dar glória a Deus e viver uma vida de dedicação a Ele
pelo resto de seus dias. A cura se destina a trazer-nos de volta a Deus para sempre!

Naamã era um homem poderoso, porém... Nós também podemos ter todos os tipos de coisas acontecendo para nós, porém...

Porém há algo faltando. Há um vazio na vida de todas as pessoas que só pode ser preenchido por Deus. A escolha de Naamã é a nossa escolha também. É a escolha de ser obediente ou
desobediente. E isso é sempre uma escolha.

A escolha é a de humilhar-nos diante de Deus, para que possamos receber o toque de poder. Quando cremos e obedecemos ao Senhor, nós recebemos a vida, e vida em abundância!

Se abrirmos o nosso coração para Jesus, nos arrependermos de nossos pecados, e segui-Lo. Se a cada semana, nos banharmos na comunhão e aprendizado do Senhor, na adoração a
Deus. Se cada dia mergulharmos na Bíblia fazendo dela a nossa experiência real e nos consagrando oração. Então o milagre que aconteceu com Naamã vai acontecer verdadeiramente
conosco também.

Todos nós temos coisas que entram em nossas vidas que estão fora do nosso poder e que a nossa posição e o nosso dinheiro não podem mudar. É exatamente isso que nos impulsiona a
buscar um milagre. O Senhor o trouxe a esse ponto para mudar a sua história e trazer glória para o nome Dele.
Terceiro Dia
Entre a promessa e
o milagre
Temos avançado por esse tempo de jejum buscando o Senhor para recebermos um milagre.
Estou feliz porque sei que chegamos ao ponto onde cremos
de todo o coração que o Senhor Deus pode fazer o milagre em nossa vida.

O Senhor nos deu poder e autoridade para operarmos milagres. Em Marcos 16


lemos que “estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome,
expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se
alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem
as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Mc. 16:17-18).

Precisamos porém lembrar que esse poder não é um tipo de cheque em branco para usarmos
de acordo com o nosso capricho e vontade. O Espírito nos dá poder e
opera através de nós para demonstrar a verdade do evangelho de forma que as pessoas possa
m crer que Jesus é o Senhor e salvador. A proclamação é seguida da demonstração.

Todavia, embora a Palavra de Deus esteja saturada de evidências de que a unção e


o poder nos pertencem como cristãos, precisamos reconhecer que os milagres têm
sido mais uma exceção do que a regra. E isto não é porque o poder de Deus tenha
diminuído ou porque ele não mais queira curar ou operar milagres como fez
no passado. Mas é pelo simples fato de que temos falhado em tomar a sua Palavra crendo e
confiando completamente de que ele fará aquilo que prometeu fazer. Mas o que torna as coisa
s realmente complicadas é que frequentemente nós somos impacientes. Nós queremos
as coisas do nosso jeito e queremos que sejam feitas agora.

Através das escrituras nós encontramos muitas ilustrações de milagres e curas acontecendo
instantaneamente, mas muitas vezes falhamos em atentar para aqueles milagres que acontece
ram de forma gradual. O melhor exemplo de um milagre gradual é
a cura do cego em Marcos 8:22.

Então, chegaram a Betsaida; e lhe trouxeram um cego, rogando-lhe que o tocasse. Jesus,
tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e
impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu:
Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando. Então, novamente lhe pôs
as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia
de modo perfeito. Mc. 8:22-25

Eu poderia mencionar centenas de exemplos de pessoas que receberam o milagre e


a cura. Mas os milagres nem sempre aconteceram instantaneamente.
E também não aconteceram para entreter as pessoas.
Existe um plano e um propósito por detrás de cada ato sobrenatural de Deus.

Em algum lugar, ao longo da caminhada, a fé e as promessas de Deus estarão envolvidas.


E este é o ponto onde normalmente ficamos confusos.
Existe um período de tempo onde você deve confiar que Deus está
operando mesmo sem ver coisa alguma.
Abraão tinha uma promessa de Deus de que seria pai de multidões, mas teve que esperar mai
s de 20 anos até ver o milagre do nascimento do seu filho. É preciso continuar crendo
na promessa entendendo que o Senhor fará no seu tempo. Isso pode ser algo realmente difícil.

Existe um intervalo entre a promessa e o milagre. Nós queremos


o milagre instantâneo, mas nem sempre acontece tão rápido quanto gostaríamos. O tempo é
o maior teste da fé. Esperar em oração pode ser um tempo duro.

Deus testa a nossa fé através dos aparentes atrasos


Se todas as orações fossem respondidas imediatamente, se todas
as suas necessidades fossem atendidas automaticamente, se todos os problemas fossem
resolvidos de imediato, você não precisaria
de fé e sua fé não precisaria ser aumentada. Mas não é assim. Temos
de esperar as coisas. Mas é da natureza humana odiar esperar. Eu odeio esperar.

Nós odiamos filas de espera. Nós odiamos o tráfego. Odiamos consultórios. No entanto,
uma grande porcentagem de sua vida é gasto em espera.
Se você não perceber que Deus quer aumentar a sua fé durante os tempos de espera; você pe
rderá muitas das lições que Ele quer lhe ensinar.

Um bom exemplo desse princípio é o povo de Israel no Antigo Testamento. A jornada do


Egito até a terra prometida poderia ser feita em duas ou três semanas. Mas acabou levando
quarenta anos. Por que todo esse tempo perdido? Porque Deus estava mais interessado em d
esenvolver a sua fé do que levá-los do ponto A
ao ponto B pelo caminho mais rápido. Então ele demorou quarenta anos.

A Bíblia diz em Deuteronômio 8:2:

“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes
quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se
guardarias ou não os seus mandamentos.”

Isso é o que acontece em tempos de espera. Deus quer ver o que está em nosso coração.
Você já se encontrou em situações onde você sente pressa, mas definitivamente parece que
Deus não está com pressa? Por que isso acontece? Porque Deus está mais interessado no
crescimento da nossa fé do que em qualquer outra coisa.

Então nós começamos a perguntar “quando?” Ficamos cheios de perguntas e questionamentos


enquanto estamos esperando. Quando é que o meu casamento vai ficar melhor? Quando é
que eu vou encontrar a pessoa certa e me casar? Quanto tempo vai demorar até eu ficar
saudável? Ou, quando vamos ter um bebê? Quando é que eu vou encontrar o trabalho certo?

Eu diria que é nessa área de espera que Deus tem trabalhado para desenvolver a nossa fé
mais do que em qualquer outra área.

Alguns estão esperando por muito tempo. Enquanto você está esperando Deus está lá. Ele não
o abandonou. Ele está te testando. Deus usa os aparentes atrasos para edificar a sua fé.

Isaías 64:4 diz:


“ Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos
se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.”.

Vale a pena ser paciente. Apenas lembre-se: enquanto você está esperando Deus está
trabalhando. Você não está esperando sozinho. Espere crendo que Deus está trabalhando.
Deus está fazendo as coisas nos bastidores, de uma forma que você não pode ver agora. Se
eu realmente quero aprender a viver pela fé, eu tenho que aprender a esperar pacientemente.

Tempo de perseverar
A chave para o sucesso é se levantar e correr contra todos os obstáculos sempre mantendo os
olhos no alvo. Precisamos de nos lembrar disso enquanto esperamos pelo milagre que o
Senhor nos prometeu.

Mas por que Deus faz com que seja tão difícil para nós? Por que ele não faz as coisas
acontecerem mais rápido? Por que precisamos lutar até receber a resposta para a nossa
necessidade? Na verdade existe uma boa resposta para essa pergunta, mas você certamente
não vai gostar dela. Isso acontece para aperfeiçoar a nossa fé e nos ensinar a perseverança.

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que
a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve
ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Tg. 1:2-4

Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por
várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do
que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação
de Jesus Cristo. I Pe. 1:6-7

Na maior parte do tempo nós lutamos com Deus e isso acontece porque não vemos as coisas
da perspectiva divina. O que você precisa entender é que nesse intervalo Deus está
preparando você para o milagre.

Abraão teve de esperar vinte anos para ver o milagre acontecer. Aquele tempo de espera,
porém, não foi um tempo perdido, o Senhor o estava treinando. Foi nesse tempo de espera que
ele entendeu como andar por fé.

Na medida em que o tempo passava, Abraão e Sara resolveram fazer algo por iniciativa própria
para cumprir o plano de Deus. Abraão creu que Deus lhe daria um filho, mas não percebeu que
precisava também abandonar toda a sua capacidade humana. A questão já não era se Abraão
teria um filho mas, sim, por meio de quem o filho seria gerado.

É certo gerar filhos, mas a questão de Deus é quem os está gerando e com qual força, pois,
para Deus, a origem do que fazemos é tão importante quanto o que estamos fazendo. Se
fazemos algo por intermédio de nós mesmos, isso é Ismael, é obra da carne. Mas, se fazemos
algo por meio de Deus, é Isaque, é obra do espírito. Sabemos que Deus sempre rejeita Ismael.
O milagre não virá na nossa força natural, pois assim nem seria mesmo um milagre. O que
vem de Deus, flui da dependência e da fé dEle. Antes do milagre vir Abraão teve de aprender
que Deus não queria dar-lhe apenas um filho, mas uma descendência inumerável.

José teve de esperar e suportar muitas dificuldades como um escravo egípcio e depois como
prisioneiro antes de ver seu sonho se tornando realidade. Davi também passou pelo mesmo
processo. Demorou pelo menos treze anos desde o dia em que ele foi ungido por Samuel até o
dia em que se sentou no trono.

Todos esses homens receberam a promessa, mas cada um teve de passar por um intervalo
entre a promessa e o cumprimento. Mas essa é a parte boa da história, todos eles foram
transformados nesse processo e foram preparados para receberem a promessa. Reconheça
que Deus está preparando você também para o milagre.

Aja por fé
Numa certa ocasião o rei Senaqueribe da Assíria invadiu Judá durante o reinado do rei
Ezequias. Senaqueribe enviou mensageiros para insultar ao rei Ezequias dizendo: “dar-te-ei
dois mil cavalos, se de tua parte achares cavaleiros para os montar” (Is. 36:8). Essa é uma
afirmação bem interessante. Eu te dou cavalos se você tiver cavaleiros para os montar.

Essa afirmação é bem espiritual: se você aprender a cavalgar o Senhor lhe dará cavalos. Em
outras palavras, se você se preparar para o milagre o Senhor lhe concederá. Sei que você
deve estar se perguntando: “como posso aprender a cavalgar sem ter um cavalo?” Se você crê
que o Senhor lhe tem dado uma promessa simplesmente aja por fé.

Muitas pessoas esperam pelo cumprimento da promessa, mas não se preparam para o
milagre. Eu me lembro de ouvir, há muitos anos atrás, a respeito de cristãos que haviam
programado uma reunião de oração da igreja para orar para que Deus enviasse chuva.
Estavam atravessando um período longo de estiagem e precisavam de um milagre do Senhor.

Eles sabiam que o Senhor ouve as orações e pode operar o milagre, mas quando chegaram
tiveram uma surpresa quando o pastor perguntou quem tinha trazido um guarda-chuva. O
pastor mandou de volta para casa todos os que não tinham trazido o guarda-chuva. Eles não
tinham se preparado para receber o milagre.

É no processo de agir por fé que as promessas do Senhor são confirmadas no seu coração. É
como o leme de um navio, ele não faz nada até que o navio esteja se movendo.

Simplesmente obedeça
Obediência à Palavra de Deus é um ingrediente essencial para que um milagre aconteça. O
anjo Gabriel, depois de dizer para Maria que ela iria conceber pelo poder do Espírito Santo,
disse a ela: “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas”
(Lc. 1:37).

Tudo o que o Senhor nos promete é possível. Tudo o que Deus fala com você é possível. Eu
acredito que há sempre um milagre ao nosso alcance. Todavia ele nem sempre acontece da
mesma forma e nem sempre acontece no momento que imaginamos.

Certa vez depois de voltar de uma pescaria onde não havia pescado nada, Pedro foi
surpreendido por Jesus.

“Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para
pescar. Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos,
mas sob a tua palavra lançarei as redes.” Lucas 5:4-6
É sobre a palavra do Senhor que apoiamos a nossa fé, mas a nossa fé precisa ser
acompanhada de obediência. De nada adianta dizer que crê e não lançar as redes na água.
Não há milagres sem fé e a fé sempre corre o risco de fazer aquilo que o Senhor manda.

Em todo milagre você encontrará fé, obediência e disposição a correr o risco. E isso representa
as três coisas que você precisa vencer para receber o milagre: dúvida, medo e pensar que já s
abe tudo. A fé vence
a dúvida. Mesmo a pessoa mais cheia de fé precisa vencer a dúvida. Não pense que está tudo
acabado se apareceu em sua mente alguma dúvida, apenas persevere em crer.
A obediência, por sua vez, vence
o medo. Ter medo é algo natural, mas quando obedecemos ele se vai. E por fim precisamo
de correr riscos com Deus para vencer nossos conceitos naturais.

Seria mais fácil para aqueles homens ignorarem a sugestão de Jesus


presumindo que eram bons pescadores e entendiam do seu ofício.
Pedro não tinha nenhuma razão para crer que pegariam alguma coisa depois de
tentarem toda a noite. Ele talvez pensasse: “afinal, o que Jesus
sabe sobre pescaria? Ele é apenas um carpinteiro.” Eles eram pescadores profissionais. Muitos
perdem o milagre por causa de pensamentos como esse.

Aqueles homens decidiram crer e lançaram as redes exclusivamente baseados na Palavra de


Jesus. Esta é a chave! O Senhor pode querer que demos um passo de fé e façamos
alguma coisa que vai contra nossa própria idéia do que deveria ser feito.

Lançar a rede ao largo simboliza aceitar um risco substancial. E


o maior obstáculo para caminhar em fé é tentar ser à prova de falhas.
A procura por algum método ou fórmula é para pessoas que querem calcular o seu risco. Mas s
eguir a Deus é totalmente imprevisível. Abraão saiu de Ur dos
Caldeus, sem um plano ou um mapa rodoviário. Ele apenas obedeceu a voz.

Muitos estão
ansiando por um milagre do Senhor em suas vidas. Mas o problema para muitos é que, se
o Senhor falar eles não estão dispostos a obedecer. Se
o Senhor fizer desafios ... eles não vão correr o risco.

Quando o desafio vem, eles dizem: “eu só preciso de um sinal,


de mais uma confirmação de que Deus quer realmente me tocar”. Mas não há sentido em pedi
r a Deus um milagre se você não obedecer quando ouvi-Lo.

Toda vez que eu experimentei um milagre em minha vida, é porque eu assumi o risco e
obedeci a liderança do Espírito. Existe algo que o Espírito Santo está falando no seu coração
agora? Se há, então obedeça. Corra o risco com Deus. Nossa obediência é o sinal visível de
nossa fé. Se você crê que o Senhor vai mandar chuva, não se esqueça de trazer o guarda-
chuva.
Quarto Dia
A espera do milagre
Eu odeio esperar. Eu não gosto de esperar por comi-da quando estou com fome. Eu não gosto
de esperar no trânsito. Eu não gosto de esperar numa loja. Eu não gosto de esperar a luz
verde no sinaleiro. Eu não gosto de esperar nem mesmo um elevador chegar. Já viu como
ficamos pressionando o botão, mesmo sabendo que isso não vai fazer o elevador vir mais
rápido? Eu creio que não sou eu apenas, nenhum de nós gosta realmente de esperar.

Mas os milagres de Deus simplesmente não acontecem se desistirmos no meio do caminho.


Eu sei que muitos confundem milagre com mágica. Mas há um mundo de diferenças entre as
duas coisas. Mágica é o sonho de todo preguiçoso, apenas tocar com uma varinha mágica e
todas as coisas acontecem. Eu me lembro quando era criança e ainda não existiam
enceradeiras. Nós tínhamos de usar um equipamento de ferro chamado escovão para limpar e
lustrar o piso de madeira de nossa casa. Eu era o responsável por essa tarefa e isso não me
agradava nenhum um pouco. Eu me lembro que nessa época passava na TV um seriado de
um feiticeira que apenas mexia o nariz e tudo se arrumava sozinho. Como eu sonhei ter aquele
poder e fazer com que a casa ficasse limpa sozinha e o escovão se movimentasse por si só.
Mas acredite, foi bom para mim manusear o escovão.

Todos ouvimos desde criança as histórias de pessoas que faziam tudo porque possuíam as
palavras mágicas: abre-te sézamo! Abracadabra! Pir lim pim pim! E crescemos com o falso
conceito de que os milagres são a mesma coisa. Mágica é coisa da carne, é fantasia de
preguiçoso. Milagres, por outro lado, exigem trabalho, fé e muita batalha espiritual. Exercitar fé
não é falar palavras mágicas e o poder de Deus não é para nos fazer passivos.

Mágica sempre é algo instantâneo, mas milagres exigem que esperemos confiantemente,
exige que creiamos mesmo quando parece demorado. Na verdade o milagre é o prêmio da
perseverança. É passar pela noite declarando que o dia vem. E se o dia vier nublado é
continuar declarando que o sol está lá, mesmo que não possamos vê-lo.

O que aconteceria se os discípulos tivessem parado de orar um dia antes? E se eles tivessem
desistido no terceiro ou no sétimo dia? Eu creio que eles teriam perdido o milagre que estava
logo depois da esquina.

Eu odeio esperar, mas esse é o segredo. Se você quiser experimentar um milagre você não
pode simplesmente buscar, crer e depois esquecer. Você tem que estar disposto a esperar.
Geralmente há um período de espera antes do milagre acontecer. Infelizmente, a maioria dos
milagres são perdidos porque nós desistimos cedo demais. Aprender a esperar é tão
importante quanto aprender a buscar e aplicar fé.

Mil anos
II Pedro 3:8 diz: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o
Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a sua
promessa, como alguns a julgam demorada.”

Eu amo a história que ouvi há alguns anos atrás sobre um homem que estava tendo uma
conversa com Deus. O homem disse: “Senhor, quanto tempo é um milhão de anos para você?”
Deus disse: “Um milhão de anos é como um segundo.” O homem perguntou novamente:
“Quanto é um milhão de dólares para o Senhor?” Deus disse: “Um milhão de dólares é como
uma moeda de um centavo.” O homem então disse: O Senhor poderia me dar um centavo?”
Deus então lhe responde: “Claro, espere só um segundo.”

Creio que todos nós buscamos respostas fáceis para as nossas questões e soluções fáceis
para os nossos problemas. Mas respostas fáceis e soluções fáceis produzem convicções
rasas. Queremos mágicas a respeito das quais não precisamos trabalhar com Deus em oração
e fé. Eu creio que milagres fáceis produzem uma fé superficial. Nós nos dispomos a trabalhar
por aquilo que é difícil e quanto mais tempo investirmos orando mais fé teremos para o milagre.

Quando fomos comprar o prédio onde nos reunimos em Goiânia, enfrentamos uma longa
batalha espiritual. Foram mais de dois anos perseverando em oração. Eu ficava todos os dias
parado com o meu carro de frente ao prédio orando e imaginando todas as coisas que
faríamos ali. Mas tivemos de perseverar e crer contra as evidências. Não tínhamos o dinheiro
necessário e os proprietários não eram muito flexíveis. Por fim conseguimos que eles
parcelassem o valor do imóvel, mas não tínhamos como pagar a prestação que eles pediram.
Depois de orar e ouvir do Espírito, o Senhor nos deu paz e convicção de que deveríamos
encarar o desafio. Eu preferiria um milagre daqueles espetaculares onde o Senhor nos
mandasse todo o dinheiro e pudéssemos comprar tudo a vista. Mas o Senhor tem os seus
meios de nos ensinar. No dia de fechar o negócio um irmão foi conosco e, no final ele declarou
que iria pagar as prestações todos os meses até a quitação. Foi extraordinário! Por três anos
ele pagou as prestações todos os meses. Mas só ficamos sabendo que ele faria isso depois
que demos o passo de fé aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo.

O nosso Deus é um Deus de emoções fortes. Caminhar com o Senhor é avançar no meio de
muitas emoções. Eu me lembro de ir com a minha família de férias para Fortaleza uns anos
atrás. Quando chegamos decidimos fazer um passeio de bugue. Quando entramos no carro o
motorista nos perguntou: “Vocês querem com emoção ou sem emoção?” Como não sou de
ficar para traz, imediatamente falei: “Com emoção, claro!” Mas essa foi uma das escolhas mais
aterrorizadoras da minha vida. Aquele homem desceu com o bugue uma duna de mais de 50
metros de altura que era completamente vertical. E o medo da segurança do carro? Não sei se
um bugue cearense é exatamente um modelo de segurança. Mas foi eu quem escolhi.

Eu penso que quando começamos a seguir o Senhor ele também nos pergunta: “você quer
com emoção ou sem emoção?” Quem não busca o milagre, não crê no poder de Deus e se
contenta com uma vida medíocre certamente terá uma vida sem emoção. Mas aqueles que
decidem buscar pelo poder de Deus, ver seus milagres acontecendo e enfrentar as resistências
do inimigo certamente terão muitas emoções. Você deve concordar comigo que com emoção é
muito melhor!

A equação do milagre
O Senhor não nos promete milagres fáceis. Deus não usa varinha de condão. Os milagres
exigem de nós oração e dependência de Deus, exigem busca e muita fé para perseverar.

O Senhor disse ao povo de Israel que daria a eles a terra prometida. Mas depois de ouvir essa
promessa o povo não podia ir tirar férias nas praias do mar vermelho. Os israelitas tinham de
lutar pelo milagre. Eu gosto de colocar da seguinte forma: “a parte de Deus é dar, a minha
parte é apropriar!”

Os dons e os presentes de Deus são de graça, mas não são fáceis de abrir. Você já viu uma
criança tentar abrir um presente muito bem embrulhado? Isso é o mesmo que abrir os dons de
Deus. Eles exigem muito esforço e determinação.
Se pensarmos que vai ser fácil, logo desanimaremos. Os israelitas tiveram que lutar pela terra.
Eles tinham que ocupá-la e eliminar os inimigos, depois teriam de plantar e colher além de
defendê-la de outros inimigos. É isso mesmo, depois de apropriar temos de guardar o que
ganhamos.

Você percebe que a atitude de apropriação é vital para se alcançar o milagre? Os milagres são
pela graça, mas eu preciso trabalhar com Deus. Sei que é difícil conciliar a graça de Deus com
o esforço humano, mas tem uma maneira fácil de você entender isso: ore como se tudo
dependesse de Deus e depois trabalhe como se tudo dependesse de você.

“Deuteronômio 8:7 diz: “Porque o SENHOR, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de
ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas;
terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra
em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de
cujos montes cavarás o cobre.

Há um princípio poderoso na última frase: o milagre está enterrado em algum lugar. O que
temos a fazer é cavar. Deus não disse: “Haverá tubos de cobre perfeitamente adaptados e
moedas de cobre que acharás nas calçadas.” Ele disse que havia minas de cobre nas colinas,
mas os israelitas teriam que escavar para encontrar a promessa.

Não fique passivo


Esperar não significa ficar sentado estalando seus polegares. Esperar significa tomar a
iniciativa de acordo com a fé. Quem crê avança para dentro do mar vermelho. Se ficamos
parados na praia esperando, o mar nunca se abrirá. Esse tipo de atitude passiva é muitas
vezes confundida com fé. Não adianta tentar atravessar o mar se não temos uma promessa,
mas se o Senhor já liberou a sua palavra, ficar parado na praia é pura perda de tempo. O mar
não se abre sozinho, é preciso os pés de homens de fé para afastar as águas.

Nós devemos ser o povo mais cheio de otimismo sobre a terra. Nós temos centenas de
promessas grandiosas escritas na Palavra de Deus e por isso devemos viver constantemente
cheios de uma santa expectativa de que algo bom está por acontecer. Homens e mulheres
cheios do Espírito vivem assim.

Em Lucas 2, lemos a respeito de dois heróis de cabelos brancos que eu amo muito. Simeão e
Ana são neotênicos. Eles provavelmente dependiam de suas bengalas para apoiar-se
fisicamente, mas eles eram jovens no coração. Lucas 2:25 diz o seguinte sobre Simeão. “Havia
em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a
consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. Revelara-lhe o Espírito Santo que
não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo; e,
quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão
o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu
servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação.”

A palavra “esperar” significa “aguardar com confiança e paciência”. É viver em constante


expectativa. É essa é a atitude que agrada a Deus. E isso só é possível quando nos
concentramos nas promessas de Deus.

Esperar também não significa se conformar com a situação e nos acostumar com o problema.
Muitos não recebem de Deus porque já se acostumaram com a infelicidade. Estão
acostumados com um casamento ruim, com um emprego ruim ou uma saúde ruim.
Uma das mais impressionantes características do homem é a sua imensa capacidade de se
adaptar. O que pode ser uma grande bênção pode tornar-se também uma maldição porque nos
acostumamos com tudo. Acostumamos com a enfermidade, com a infelicidade, com a dor, com
a violência e até mesmo com a morte.

Certa vez vi uma reportagem sobre os africanos mortos em Ruanda na fronteira com o Zaire.
Eu fiquei completamente consternado, nunca tinha visto nada parecido. Mais de 750 mil
pessoas foram mortas em poucos dias. Foi um genocídio. Chegou a um ponto que não havia
como enterrar tantas pessoas, então um trator abria uma vala e empurrava aquela montanha
de corpos lá para dentro. Foi quando um homem chegou carregando um embrulho e
simplesmente o jogou ali, virou-se e foi embora. O fotógrafo que estava fazendo o
documentário perguntou aos outros que estavam ali: – quem é este homem e porque jogou ali
aquele embrulho? Eles disseram que não era um embrulho, mas uma criança e foi o seu pai
quem a trouxe. Mas o jornalista não se conformou e perguntou: ele chegou aqui jogou a
criança e foi embora? Não fez luto, não fez nada? Aqueles homens então responderam:
“depois que você perde um, dois, três, quatro, cinco, dez familiares em poucos dias, você não
faz luto, mas, você se acostuma, os seus olhos secam e você já não chora mais.” A triste
verdade é que é possível se acostumar até com a morte.

Quantos de nós temos nos conformado com um casamento ruim, por um, dois, três, dez, vinte
anos? Quantos têm se acostumado com uma vida ruim, uma vida angustiada, uma vida triste e
miserável. Porque o tempo passa e a gente se adapta, nos acostumamos com a infelicidade,
nos habituamos com a tristeza. Mas eu preciso alertar você: recuse-se a acostumar-se com
aquilo que não é a vontade Deus, recuse-se a se conformar com aquilo que não é o propósito
de Deus para você, para o qual você não foi criado. Jesus veio para nos dar vida, e vida em
abundância. Não aceite menos que isso.

Você sabe quem é aquele que experimenta o milagre de Deus? É aquele que diz: eu não vou
me conformar com isso. Não vou aceitar. “Eu prefiro a morte a continuar vivendo assim.”

Esse tem sido o segredo da vitória de muitos e pode ser o seu segredo também. Esse é o
tempo de você dar um basta. Chega de viver infeliz. Há poder de Deus disponível para aquele
que crê. Você não precisa se acostumar com a morte, Jesus veio para lhe dar vida.

Tire o Zoom
Aqueles que trabalham com computador estão habituados a um recurso de ampliação e
redução de imagem chamado “zoom”. Não sei se essa palavra já se integrou ao nosso idioma,
mas é comum as pessoas dizerem que vão dar um zoom na imagem, ou seja, vão ampliar a
visualização delas. Nós podemos fazer a mesma coisa em nosso dia-a-dia. Podemos dar ou
tirar o zoom de certas coisas.

Esse é um dos meus segredos para me manter positivo e cheio de fé, sem me deixar
desanimar quando as coisas não acontecem na hora e do jeito que eu gostaria. Quando estou
desanimado geralmente é porque eu tenho dado zoom em alguma coisa negativa na minha
vida. Se eu perco a paciência com meus filhos, então a minha tendência é dar um zoom na
impaciência, o que me enche de acusação e culpa. O que faço é tirar o zoom do erro e colocá-
lo no trabalho do Espírito Santo em minha vida. A obra dele na minha vida ainda não acabou.
O que ele está fazendo em mim é de longo prazo. Isso me ajuda a colocar as coisas em
perspectiva.

Muitos de nós ficamos desanimados quando Deus não atende os nossos prazos. Normalmente
uma de duas coisas acontece. Ou nós simplesmente desistimos de buscar o milagre. Ficamos
desanimados, deixamos de acreditar, e já não oramos e nem esperamos coisa alguma. Ou
então ficamos amuados com Deus. Fazemos uma greve de Igreja e de oração. No fundo
sabemos que estamos errados, mas alimentamos a idéia tola de que isso possa tocar a Deus.

Sete vezes
A maioria dos milagres são perdidos porque nós desistimos. Naamã teve que mergulhar no rio
Jordão sete vezes antes que sua lepra fosse curada. Elias orou por chuva, sete vezes perante
um horizonte completamente limpo. Os israelitas rodearam a cidade de Jericó sete vezes antes
de as muralhas virem abaixo. Então, eu me pergunto. E se Naamã tivesse mergulhado apenas
seis vezes no Jordão? E se Elias tivesse orado apenas seis vezes para que chovesse? E se os
israelitas tivessem marchado ao redor de Jericó apenas seis dias? A resposta é simples: eles
teriam perdido o milagre, porque eles teriam desistido cedo demais. É sempre muito cedo para
desistir de Deus. Mas se continuarmos buscando e continuarmos crendo e perseverando,
vamos experimentar o milagre!

Uma das minhas passagens favoritas sobre a importância de prevalecer em oração está em
Daniel 10. Daniel teve uma visão de Deus e ele respondeu ao Espírito e decidiu jejuar. Por três
semanas ele orou e jejuou, mas era como se os céus se calassem. Eu muitas vezes me sinto
assim quando jejuo. Eu me pergunto porque eu estou mesmo fazendo isso, pois parece que
Deus não está falando nada para mim. Mas geralmente o jejum rompe o mundo espiritual
depois de alguns dias. Para Daniel isso aconteceu no vigésimo primeiro dia. Isto é muito
fascinante! No último dia Daniel é visitado por um anjo. O anjo lhe diz: “Não temas, Daniel,
porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te
perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu
vim. Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos
primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia” (Dn. 10:12-
13).

Assim, a oração foi ouvida no momento em que Daniel começou a orar. Mas levou
vinte um dias para que a resposta da oração chegasse, por causa de oposição espiritual.
No final do vigésimo dia ainda não havia nenhum entendimento. Eu creio que Daniel poderia te
r pensado consigo mesmo que aquele jejum não estava passando de
uma greve de fome. Mas no final dos vinte um dias o anjo lhe trouxe a resposta. Levou
vinte dias para que Daniel
tivesse clareza da visão. Nós queremos ter clareza agora, imediatamente. Mas às vezes temos
que esperar para que a visão faça sentido. Às vezes temos que esperar que a promessa seja
cumprida. Às vezes temos que esperar para que o milagre aconteça.

Não tente fabricar o milagre


O primeiro erro é desistir. Devemos orar até o fim! O segundo erro é tentar fabricar um milagre.

Você deve saber o que fez Abraão quando pareceu que Deus estava
demorando muito a fazer o milagre em sua vida. Ele tentou fabricar o milagre. Em vez de esper
ar em Deus, Abraão tomou o problema em suas próprias mãos e decidiu dormir com a serva de
Sara chamada Hagar. A sua tentativa de fabricar o milagre causou mais problemas ainda.

Não tenha dúvida que a parte mais difícil da fé é esperar. O problema é que se não
percebemos Deus agindo nós tentamos resolver o problema por nós mesmos, o que
normalmente causa maiores problemas ainda. Isso é exatamente o que Abraão fez. Nós
acabamos complicando ainda mais a situação, o que vai demandar mais um milagre de Deus
para corrigi-lo. É sempre melhor esperar que Deus faça a obra, pois tudo o que ele faz é
sempre perfeito. E nunca se esqueça, no tempo certo!
Quinto Dia
A vida por um toque
Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém
tinha podido curar e que gastara com os médicos todos os seus haveres, veio por trás dele e
lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia. Mas Jesus disse: Quem me
tocou? Como todos negassem, Pedro com seus companheiros disse: Mestre, as multidões te
apertam e te oprimem e dizes: Quem me tocou?. Contudo, Jesus insistiu: Alguém me tocou,
porque senti que de mim saiu poder. Vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se
trêmula e, prostrando-se diante dele, declarou, à vista de todo o povo, a causa por que lhe
havia tocado e como imediatamente fora curada. Então, lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-
te em paz. (Lc 8.43-48)
Cada vez que nos reunimos, em Seu nome, o Senhor Jesus se faz presente entre nós. Ele é
fiel e disse: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt
18.20). O Senhor também disse: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos
séculos” (Mt 28.20).
A coisa mais preciosa na vida do cristão é a unção e a presença viva do Senhor Jesus. Há
quem goste da pregação, outros gostam de cantar corinhos, muitos gostam de comunhão, de
estar junto aos irmãos, mas o que me interessa é a presença viva do Senhor Jesus. Sem Ele,
essas coisas são completamente vazias e destituídas de sentido. Todavia, a presença e a
unção do Senhor Jesus não é a mesma para todos entre nós.
O texto bíblico nos mostra uma mulher e também uma multidão ao redor de Jesus. Essa
passagem aconteceu no auge de Seu ministério, no ápice de Sua fama, que corria por toda a
Terra naqueles dias. Havia, com certeza, muita gente ao redor de Jesus para vê-lO e ouvi-lO. A
maioria era de curiosos que queriam ver algum milagre, alguma coisa especial. Mas apareceu
uma mulher em meio à multidão. E, para ela, o toque de Jesus foi diferente dos demais.
Também hoje muitos erguem as mãos nos cultos, cantam corinhos, mas quantos tocam o
Senhor? Estão ao redor do Senhor, mas estão recebendo virtude do céu? Deus não faz
acepção de pessoas, mas nem todos O tocam ao ponto de receberem poder. Todavia, aquela
mulher O tocou, diferente de todos os outros que encostavam e pegavam no Senhor Jesus.
Somente quando aquela mulher tocou em Jesus saiu virtude do Senhor.
Hoje, milhões de pessoas cantam reunidas no nome de Jesus e o Senhor se faz presente no
meio delas. É algo precioso, maravilhoso, mas quantos vão para casa tendo recebido da
virtude de Deus? Quantos saem diferentes de como entraram? Quantos têm recebido algo da
parte de Deus? Há um toque que faz diferença.
Se o fluir da bênção não depende do Senhor, mas sim de nós; o que houve de especial
naquela mulher? Qual era o seu segredo? Vejamos agora uma descrição do que estava
acontecendo no momento, essa descrição nos desvendará o segredo da bênção daquela
mulher, que será para nós a chave para descobrirmos o toque que faz diferença. E, assim
como a vida daquela mulher, a sua vida pode ser completamente transformada. Basta que
você toque no Senhor.

1. Ela não encontrou obstáculos em sua busca


Esse é um dos segredos da bênção dela e pode ser o nosso também.
Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. (Jr 29.13)
Muitos não recebem porque não procuram realmente, não aplicam o coração em uma decisão
resoluta e irreversível, não empenham sua alma na busca.
Aquela mulher tinha hemorragia há doze anos, era como uma menstruação que nunca
passava. Você faz idéia do que seja para uma mulher esgotar sangue durante doze anos?
Você consegue imaginar a sua aparência? Ela certamente não era assim como eu e você,
robusta, corada e forte. Não é difícil imaginá-la como uma mulher franzina, anêmica, sofrida e,
provavelmente, envelhecida pelo sofrimento que a doença produzia nela. A fraqueza e a
debilidade física eram as suas marcas.
Mas essa mulher fraca, frágil, enfrentou a multidão – provavelmente grande, com gente de todo
tipo – para tocar em Jesus. Ela encarou o obstáculo e disse: “Eu vou tocar nEle! Ninguém vai
me impedir de tocar nEle!”.
A multidão estava cheia de pessoas agressivas e ásperas, empurrando e acotovelando uns
aos outros. Ela poderia retroceder diante dessa multidão. Ela tinha tudo contra si, mas não
retrocedeu.
Muitos não tocam em Deus por falta da atitude definida e resoluta de tocá-lO pela fé. Não
importa onde estou, que música está tocando, que pregador está falando, não importa coisa
alguma, eu simplesmente tocarei no Senhor. Não importa a minha condição, se estou fraco,
débil, com dificuldades. Nada disso importa. Eu tocarei no Senhor.
Essa atitude foi o segredo dela. O que agradou o coração de Deus foi ver que ela não se
intimidou diante da dificuldade que estava à sua frente. Ela se propôs a tocar no Senhor
dizendo: “Se eu apenas tocar nas suas vestes eu serei curada”.
O Senhor Jesus não parou para facilitar que ela O tocasse. Ele certamente sabia de todas as
coisas e poderia ter ido ao encontro dela, vendo a sua condição de fraqueza. O Senhor Jesus
deixou que ela se esforçasse. Todos sabemos como é difícil enfrentar uma multidão, mas
aquela mulher desconsiderou sua fraqueza e embrenhou-se no meio do povo. Talvez tenha
recebido cotoveladas, chutes e empurrões, mas nada a impediria de receber a cura do Senhor.
Até onde vai a sua disposição de receber de Deus, de tocar em Deus? O Senhor deseja ver até
onde você está disposto a ir. Ao chegar no ponto certo, você tocará o Senhor e receberá as
virtudes das vestes dEle. Esse tempo de jejum pode mudar a sua vida, a sua história, a sua
situação e o seu problema. Não há nada que o poder de Deus não possa resolver.

2. Ela enfrentou a morte para ter vida


Aquela mulher perdia sangue diariamente. Ela tinha uma anemia profunda e uma fraqueza
constante. O sangue é símbolo da vida. Seu diagnóstico era sombrio. Ela parecia morrer pouco
a pouco; a vida parecia esvair-se aos borbotões do seu corpo. Ela não apenas estava
perdendo sua vida, como também não podia gerar vida. Seu ventre, em vez de ser um canteiro
de vida, havia se tornado o deserto da morte.
Além de enfrentar a morte, a mulher hemorrágica enfrentou a segregação por causa de sua
enfermidade. Em primeiro lugar, ela enfrentou a segregação conjugal. Segundo a lei judaica, a
mulher com fluxo de sangue não podia se relacionar com ninguém. Se ela era solteira, não
poderia se casar; se era casada, não poderia se relacionar com o marido.
Em segundo lugar, a segregação social. Uma mulher com hemorragia não podia se relacionar
com as pessoas; antes, devia viver confinada, na caverna da solidão, no isolamento, sob a
triste realidade do ostracismo social. Essa mulher era tratada quase como se estivesse com
lepra. Por doze anos ela não pudera abraçar nenhum familiar sem causar-lhe dano. Doze anos
sem ir ao culto. Ela vivia na agonia da vergonha, a auto-estima destruída. Por isso, chegou
anonimamente para tocar em Jesus, com medo de ser rejeitada, pois quem a tocasse ficaria
impuro.
Em terceiro lugar, havia a segregação religiosa. Uma mulher com fluxo de sangue não podia
entrar no templo nem na sinagoga para adorar. Ela estava proibida de participar do culto
público, visto que estava em constante condição de impureza ritual (Lv 15.25-33). Ela era
considerada impura, portanto impedida de participar das festas e dos cultos.
Segundo a lei, qualquer mulher que padecesse de fluxo era considerada imunda. Uma pessoa
nessas condições não poderia misturar-se na multidão sob pena de ser apedrejada se fosse
descoberta. Mas ela não fez caso da própria vida. É como se ela dissesse: “Eu prefiro morrer a
continuar vivendo assim.”.
Alguém poderia ponderar: é melhor suportar uma hemorragia, mas continuar viva. Mas, na
concepção dela, era preferível morrer a continuar vivendo aquela vida.
Ela pensou: “Não importa o que venha a acontecer, eu não vou viver assim. Eu vou enfrentar a
multidão e vou receber do Senhor. Eu vou correr o risco. Pode ser que, antes que eu toque
nEle, eu seja apedrejada, mas prefiro morrer do que continuar nesse sofrimento”.

3. Ela não se conformou em ser infeliz


A atitude dela mostrou sua imensa indignação com aquela condição de vida. Muitos não
recebem de Deus porque se acostumaram com a infelicidade, com o casamento ruim, o
emprego ruim, a saúde ruim.
Ela tinha hemorragia e gastou tudo com os médicos. Ela não era conformada, ela tentou, bateu
em todas as portas, forçou todas as entradas. Ela tentou tudo, foi ao médico durante doze anos
e os médicos tomaram tudo o que ela tinha. Ela não poupou dinheiro e nem esforços para se
livrar daquele desconforto. Ela não se acostumou com sua condição miserável.
Uma das mais impressionantes características do ser humano é a sua imensa capacidade de
se adaptar. Nós nos acostumamos a tudo, com a enfermidade, com a dor, com a violência e,
até mesmo, com a morte.
Em 1994 um conflito político em Ruanda levou à morte quase um milhão de pessoas em
apenas cem dias. Eu fiquei completamente consternado, nunca vi nada parecido. Em
determinado momento do genocídio, não havia como enterrar tantas pessoas. Então tratores
abriam valas e empurravam montanhas de corpos para dentro, cobrindo-os em seguida.
Assisti a uma reportagem que mostrava um homem caminhando até a vala carregando um
embrulho, chegando à beira, ele simplesmente o jogou lá dentro, virou-se e foi embora. O
fotógrafo Sebastião Salgado, que estava fazendo o documentário, perguntou aos outros que
estavam presentes quem era o homem e por que jogou ali aquele embrulho. Eles disseram:
“Não era um embrulho, era uma criança e o homem era pai da criança morta”. O fotógrafo não
se conformou: “Ele chegou aqui, jogou a criança e foi embora? Não houve luto, não fez nada?”.
Os moradores responderam: “Depois que você perde um, dois, três, quatro, cinco, dez
familiares em poucos dias, você não faz luto mais, você se acostuma, os seus olhos secam e
você já não chora mais”. Esse triste exemplo nos mostra algo terrível: é possível se acostumar
até com a morte.
Depois de doze anos, a mulher hemorrágica bem que poderia já estar adaptada e conformada
com a sua situação. Depois de gastar tudo com a medicina, seria de se supor que ela se
conformasse com a situação. Na verdade, o fato de gastar tudo mostra a sua disposição de
não se conformar com a enfermidade. Muitos cristãos têm se conformado com casamentos
ruins por um, dois, três, dez, doze anos. Uma mulher com doze anos de hemorragia poderia se
acostumar, arrumar um absorvente especial, se habituar, ir levando a vida. Mas aquela mulher
não se acostumou. Quantos têm se acostumado com uma vida ruim, uma vida angustiada,
uma vida triste e miserável? O tempo passa e as pessoas se adaptam, se acostumam com a
infelicidade, se habituam com a tristeza. Mas preciso alertá-lo: recuse acostumar-se com o que
não é a vontade de Deus, recuse conformar-se com o que não é o propósito de Deus para
você, para o qual você não foi criado. Jesus veio para nos dar vida, e vida em abundância. Não
aceite menos que isso (Jo 10.10).
Esse era o seu segredo, dia após dia ela dizia: “Eu não vou me conformar com isso. Não vou
morrer assim. Não nasci com isso e não irei morrer com isso. Não vou aceitar”. Tocamos nas
vestes de Jesus quando dizemos: “Eu prefiro a morte a continuar vivendo assim.”
Talvez esse possa ser o seu segredo. Esse também é o tempo de você dar um basta. Chega
de viver infeliz.

4. Ela tocou na orla da veste de Jesus


O texto de Mateus 9.20-22 nos conta um detalhe a mais. Aquela mulher tocou na orla da roupa
de Jesus. Ela não tocou em qualquer lugar, ela não tocou na manga, no peito ou na perna, mas
sim tocou na barra, “na orla da veste”.
Lendo Números 15.37, entendemos que a orla tem um significado.
Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos das suas
vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto, presas por um cordão
azul. E as borlas estarão ali para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do
SENHOR e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos
olhos, após os quais andais adulterando, para que vos lembreis de todos os meus
mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus. (Nm 15.37-40)
O texto nos mostra três aspectos: todo judeu devia usar roupas com a barra ou a orla azul.
Com certeza a roupa de Jesus tinha a orla azul porque Ele cumpriu toda a lei. E por que azul?
O azul nos aponta para o céu, o nosso destino, mas também nos lembra de onde vem o nosso
socorro. O salmista diz: “Para os montes vou erguer o meu olhar, porque Deus vem de lá me
ajudar” (Sl 121.1). Não basta ficar insatisfeito e inconformado, é preciso tocar no lugar certo,
olhar para a direção certa e a direção certa é o céu. É de lá que virá o seu socorro, é de lá que
virá a sua cura, é de lá que virá a sua restauração e a sua mudança. Basta tocar na orla da
veste, que é azul e aponta para o céu. A Bíblia diz:
... E as orlas vos serão para que vendo-as vos lembreis [lembrar-se de quê?] de todos os
mandamentos do Senhor e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os
dos vossos olhos, após os quais andais adulterando, para que vos lembreis de todos os meus
mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus. (Nm 15.39)
A roupa de Jesus tinha uma orla azul para que nos lembremos de todo mandamento do Senhor
e que não devemos seguir os desejos do nosso coração e dos nossos olhos. Pode ser que a
causa da sua hemorragia seja porque você não tem tocado na orla, para lembrar-se de que
você não pode ficar andando segundo os desejos de seus olhos, segundo o desejo do seu
coração.
Ela não podia tocar em outro lugar, porque a cura está na obediência, a cura está na
santidade, a cura está na fidelidade, na pureza, na obediência à Palavra de Deus. Quando
obedecemos e nos lembramos de praticar, há cura, libertação e mudança. Por isso ela tocou
na orla que era azul.

5. Ela tocou pela fé


Há o toque da emoção, o toque da curiosidade e o toque do conhecimento intelectual. Mas
somente o toque da fé libera a virtude e o poder de Deus sobre nós. Jesus disse que a fé
daquela mulher foi a chave de sua bênção.
A fé genuína possui todos os quatro elementos anteriores. A fé genuína desconsidera os
obstáculos e as dificuldades, se dispõe a pagar até o preço da própria vida, não se conforma e
se dispõe ao arrependimento e à obediência.
Há um poder disponível para mudar a sua vida. Basta um simples toque. Um toque de fé. A
sua história pode ser completamente mudada por causa de um único toque. Outros estarão
apenas erguendo as mãos, mas pela fé você pode tocar nas vestes do Senhor.
Sexto Dia
Criados segundo a espécie de Deus

No início do relato da criação, vemos que Deus criou milhões de formas de vida, mas nenhuma dessas criaturas era
como Ele. Porém, em Gênesis 1.26, vemos que Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança. Assim, o homem foi
criado segundo a espécie de Deus. De todos os animais se diz que foram criados segundo a sua espécie, mas a
respeito do homem, se diz que foi feito à imagem de Deus, do tipo de Deus.

Depois de criar cada coisa, a cada dia, Deus deu Seu veredicto de que tudo era bom. Mas, após a criação de Adão e de
sua esposa, no sexto dia, Deus olhou para eles e disse que era “muito bom” (Gn 1.31), demonstrando, assim, Seu
prazer, porque Adão e Eva eram Sua satisfação e Seu deleite, pois somente eles eram de Sua espécie. Porém, a obra
de Deus com Adão ainda não estava completa, pois o homem tinha apenas a imagem e semelhança de Deus, mas não
Sua vida e Sua natureza. O homem tinha a imagem de Deus, mas não tinha o próprio Deus dentro de si. Para isso,
ainda precisava comer do fruto da Árvore da Vida e receber o próprio Deus como sua vida. Sabemos, contudo, que o
homem caiu e, dep*-ois da queda, o Senhor prometeu a Adão que Ele viria como a semente da mulher (Gn 3.15). Está
claro que a intenção de Deus era criar o homem, mas hoje nós percebemos que Seu verdadeiro intuito era tornar-se um
homem.

Aproximadamente dois mil anos depois de fazer a promessa registrada em Gênesis 3.15, Deus apareceu a Abraão e lhe
prometeu uma semente que seria uma bênção para todas as nações (Gn 22.18). Essa semente era o próprio Deus que
se tornaria homem em Cristo para abençoar toda a terra. Após outros mil anos, o Senhor encontrou Davi, um homem
segundo o Seu coração, e lhe disse que ele teria uma semente que seria o Filho de Deus (2Sm 7.12-13). Esse Filho é,
na verdade, o próprio Deus.

Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que
procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o
trono do seu reino. (2Sm 7.12,13)

Finalmente, mil anos depois de Davi, Deus veio para ser um homem, concebido do Espírito Santo e nascido de uma
virgem (Mt 1.20-23). Ele era Emanuel, Deus que havia se tornado homem, um homem-Deus. Ele se tornou o que nós
éramos para que nós nos tornássemos o que Ele é. Um dia, o Senhor Jesus, o homem-Deus, disse que Ele era um grão
de trigo que caiu nesta terra para morrer e, assim, gerar muitos grãos (Jo 12.24). Esses muitos grãos são, na realidade,
a reprodução de Deus.

Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer,
produz muito fruto. (Jo 12.24)

O primeiro grão, o Senhor Jesus, era o protótipo, e nós, hoje, somos os muitos grãos que foram gerados por Ele. Por
meio de Sua morte e ressurreição, Sua Vida foi liberada a nós e, hoje, somos feitos filhos de Deus semelhantes a Jesus.
Temos o mesmo tipo de vida que Ele, pois Ele é o primeiro filho, o primogênito, mas nós somos os muitos irmãos que
foram gerados. Esta é a grande verdade revelada por Jesus em João 12.24: o Unigênito de Deus agora é o primogênito,
pois compartilhou sua natureza divina com muitos outros filhos que foram gerados. Muitos podem questionar, dizendo
que não somos como Jesus e que basta dar uma olhada ao redor para constatarmos nossa imperfeição, mas a verdade
é que ainda estamos em processo de transformação, porém já temos Sua vida e Sua natureza dentro de nós. Na
verdade, ainda não se manifestou o que haveremos de ser (1Jo 3.2). Muitos ainda não vivem de acordo com a nova
natureza durante todo o tempo, e há aqueles que até mesmo dão lugar à carne e ao diabo, mas isso não invalida a
grande verdade de que somos da mesma natureza que Ele. Sem dúvida precisamos ser transformados – e essa é
exatamente a obra que Deus está fazendo hoje em nós, a obra de transformação.

Saber o que somos e perceber quem somos certamente tem o poder de nos transformar. Grande parte de nossos
problemas acontece porque acreditamos que somos terrenos e carnais. Nós tendemos a nos comportar de acordo com
o que acreditamos, por isso o diabo procura o tempo todo lançar setas de condenação e acusação em nossa mente
para que acreditemos que não somos realmente aquilo que a Palavra de Deus afirma que somos. Porém, quando temos
revelação de que somos filhos de Deus e, portanto, do mesmo tipo de Cristo, e carregamos a natureza de Deus dentro
de nós, mudamos radicalmente nossa conduta. A atmosfera e tudo o que está relacionado a nós também é mudado. Se
todos os cristãos de hoje percebessem que são do tipo de Deus, tendo Sua vida e Sua natureza divina, a Igreja e o
mundo inteiro seriam diferentes. Nosso desafio é permanecer na posição onde fomos colocados, rejeitando toda
afirmação maligna contrária à verdade do eterno propósito de Deus.

Deus se fez homem para que pudéssemos ser como Ele é. O Senhor Jesus se tornou filho do homem para que nós nos
tornássemos filhos de Deus. Esta é a essência da Igreja, somos essa nova raça caminhando sobre a terra. Precisamos
repetir esta verdade constantemente até que ela se torne viva em nosso espírito: o Deus eterno teve um “sonho” na
eternidade, segundo o propósito eterno do Seu coração (1Tm 1.4; Ef 1.10; 3.9). Então, Ele criou o universo e formou o
homem como a expressão do desejo do Seu coração, isto é, que esse homem fosse da mesma espécie de Deus (Gn
1.26), e que pudesse se reproduzir e encher toda a terra (v. 28).

O Senhor Jesus é o grão de trigo que se tornou homem, morreu e, por meio de Sua morte e ressurreição, fez uma
reprodução em massa de Si mesmo. Ele, como o único grão, tornou-se os muitos grãos (Jo 12.24) que são moídos em
fina farinha e misturados para se tornarem um só pão (1Co 10.17). Esse pão é a Igreja, o Seu Corpo.

Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão.
(1Co 10.17)

O Senhor Jesus, como o Filho unigênito de Deus, era o único grão, e Ele nos fez os muitos grãos, Seus muitos irmãos
(Rm 8.29), para sermos unidos com Ele em um único pão, um só Corpo. Entre nós não há diferença de nacionalidade,
raça ou nível social (Cl 3.11). Somos uma nova espécie, trazemos a vida e a natureza de Deus.

Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. (Rm 8.29)

Em Cristo, Deus e o homem tornaram-se uma unidade. Pedro diz que nós fomos feitos “participantes da natureza divina”
(2Pe 1.4). É por causa disto que a Palavra tornou-se homem, e o Filho de Deus tornou-se o Filho do homem: para que o
homem, ao receber a Palavra e a vida de Deus no novo nascimento, possa tornar-se um filho de Deus.

Pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-
participantes da natureza divina... (2Pe 1.4)

O Filho de Deus é o protótipo e nós somos a produção em série. Cristo é o molde, a forma. Deus nos colocou nele para
sermos moldados em sua imagem e forma. O processo de ser colocado na forma envolve sofrimento porque as arestas
devem ser aparadas e o que está faltando, acrescentado. Assim vemos que o propósito eterno de Deus revelado em
Gênesis se cumpre no Novo Testamento: temos o Espírito dentro de nós e estamos sendo trabalhados para sermos a
imagem e semelhança do Filho de Deus. Somos vaso e expressão para representarmos Deus e reinarmos com Cristo.
Sétimo Dia
Regras para alcançar o impossível
Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E,
tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre
as águas. E ele disse: Vem! E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou:
Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? Subindo ambos para o barco, cessou o vento.” Mt 14:25-32
Perto da minha casa tinha uma borracharia que tinha o seguinte slogan: “o impossível fazemos na hora; milagres demoram mais um pouco”. Você é alguém que necessita de um milagre? Há
quanto tempo você não ousa buscar algo que seja humanamente impossível?
No texto que lemos encontramos a história do dia que Jesus e Pedro andaram sobre as águas. A respeito de todos os outros milagres de Jesus podemos perceber uma razão ou uma necessidade,
mas nesse milagre não percebemos rapidamente o motivo do Senhor andar sobre as águas. Eu creio que a única razão foi nos ensinar uma profunda lição de fé através de Pedro e também nos
convidar a viver uma vida onde o sobrenatural seja algo presente. A vontade do Senhor é que a palavra impossível seja riscada do nosso relacionamento com Ele. Crendo nisso, eu gostaria de
compartilhar com você quatro regras para alcançar o impossível.

Regra um: Não siga o conselho dos que ficam no barco


“Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar. E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados
de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!” (vs. 25-27)
Para comprovar essa idéia como um conceito bíblico, devemos perceber que não temos todas as palavras que foram ditas na conversa entre os discípulos e Simão ou entre Simão e Jesus. O
evangelho de João afirma que se todas as palavras de Cristo fossem escritas, talvez todos os livros do primeiro século não poderiam contê-las. (João 21:25).
Você consegue imaginar o tipo de conselho que os demais discípulo deram a Pedro quando ele fez menção de sair do barco para começar a andar sobre a água? Dá até para ouvir o comitê de
água fria, dando conselhos para Pedro. Até consigo ouvi-los, dizendo: “Ninguém nunca fez isso, Simão, você não será o primeiro. É mais sensato ficar no barco, Pedro. Quem vai pagar o seu
tratamento hospitalar, se você se machucar?” Ou talvez: “Há um fantasma lá fora”.
Se você estiver buscando o impossível, haverá muitos que irão lhe dizer como você não pode recebê-lo. Não comece seguindo o conselho de seus detratores. Comece ouvindo o conselho de
pessoas espirituais.
Seus relacionamentos nunca são neutros em sua vida. Aquele que não ajuda você a buscar o milagre, inevitavelmente vai atrapalhá-lo. Sempre se pergunte: “esta pessoa está contribuindo para
que eu tenha mais fé para receber de Deus?” Se elas não fazem o melhor, vão acabar fazendo o pior.
Precisamos ter cuidado com pessoas que não nos acrescentam coisa alguma, mas que acabam por nos levar a perder coisas. Existem muitos tipos de relacionamentos perigosos, mas as pessoas
mais perigosas são aquelas que nos levam a perder a fé no poder de Deus. Por isso não compartilhe seu problema com alguém incapaz de resolvê-lo. Mas também não compartilhe seus sonhos
com quem não pode compreendê-los. Não jogue pérolas a porcos.
Guarde o ambiente ao seu derredor. O ambiente que você permitir ao seu redor vai determinar o seu milagre. Guarde o ambiente ao seu redor permitindo apenas pessoas que possuem o mesmo
tipo de fé que você possui. Escolha cuidadosamente aqueles que vão andar perto de você.
Antes de ressuscitar a filha de Jairo, Jesus mandou que todos saíssem do quarto, exceto Pedro, João e Tiago. Os demais criavam um ambiente de morte e incredulidade que impedia a
manifestação do poder de Deus.
Outro dia estava lendo uma pesquisa que dizia que uma pessoa magra que anda com amigos gordos tem uma chance muito grande de ficar gorda também. Isso acontece não porque a obesidade
seja contagiosa, mas por duas razões. As pessoas sempre se acham magras perto de um gordo e assim se permitem passar do limite no prato. E a segunda razão é que sempre tendemos a nos
ajustar ao nosso grupo.
Por isso ande com gente motivada e você será contagiado. Permita apenas pessoas de fé perto de você e a sua fé também crescerá. Fuja do crítico, do pessimista e do negativista. Ande com
homens e mulheres de Deus e você colherá o que eles colhem.
Alguns estão buscando um milagre como cura ou restauração de vida, mas pode ser também que você esteja buscando a Deus por algo que está muito acima da sua capacidade. Pode ser um
concurso muito concorrido ou uma promoção muito improvável. Esses também são milagres que o Senhor que operar na sua vida.
Mas tenha muito cuidado para não permitir ao seu lado pessoas que diminuem a sua fé em vez de estimulá-la. Há pessoas que estão sempre ao derredor para diminuir nossa confiança ou para
dizer que somos um caso perdido. Não aceite isso! A sua vida pode ser um milagre!
Eu gosto sempre de pensar naqueles que foram considerados um caso perdido, mas que se superaram.
• Einstein não conseguia falar até os quatro anos e não foi capaz de ler antes dos sete anos.
• O professor de música de Beethoven disse sobre ele: “Como compositor, ele é improvável.”
• Quando Thomas Edison era um menino, seus professores disseram que ele era tão estúpido que ele nunca poderia aprender alguma coisa.
• Walt Disney quando jovem, foi despedido por um editor de jornal, porque não era capaz de ter “nenhuma boa idéia.”
• Caruso, o famoso cantor de ópera, foi avaliado pelo seu professor de música como “alguém que não pode cantar. Simplesmente não tem voz.”
Estes são apenas alguns exemplos de indivíduos que obtiveram reconhecimento e sucesso em suas vidas, apesar do negativismo e da crítica dos outros. Recusaram-se a dizer: “Eu não posso.”
Todos nós em algum momento precisamos tentar algo que parece impossível. Seja na obra do ministério, seja no compromisso espiritual, vida profissional ou estudantil, em algum momento
você se colocará de frente com algo que lhe parece impossível. Esse será o momento do milagre na sua vida. Lembre-se sempre que o seu sucesso vai depender também das pessoas que estão ao
seu redor. As pessoas ao seu redor vão determinar em grande medida as experiências que você terá em Deus.

Regra dois: Não tente o impossível na sua força própria


“Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. E ele disse: Vem!” (v.28-29a)
Um desejo profundo é o ponto de partida de todas as realizações. Se você e eu temos um desejo ardente de fazer o impossível, nós já começamos a realizá-lo. Mas nunca devemos pensar que
podemos fazê-lo em nossa própria força ou poder. Simão Pedro perguntou: “Senhor, se és tu, manda-me ir contigo sobre a água.” Simão não começou a caminhar sobre as águas até que Jesus
ordenou-lhe que viesse. Portanto, o impossível foi tentado somente depois que o Senhor deu a palavra de comando e a força para fazê-lo.
Simão não pulou na água simplesmente; antes ele esperou que o Senhor lhe desse a Palavra. Muitos têm medo desse momento de crise, mas a verdade é que é melhor estar com o Senhor no
meio de mar tempestuoso, do que num barco sem ele.
Nenhuma tempestade é muito grande se nós podemos sentir a presença de Deus, e independentemente da tempestade, se prestarmos atenção, podemos ouvir a sua voz. Veja a história de Davi
contra Golias em I Samuel 17:31-58. Pense em Davi dizendo a Golias: “você é tão pequeno, mas meu Deus é tão grande!”
Depois de Pedro pedir para andar sobre as águas o Senhor apenas disse: vem! Tudo o que necessitamos é de uma palavra de Deus. Se temos a palavra teremos fé. E fé é simplesmente agir de
acordo com a palavra de Deus. É tomar a palavra como um fato.
Regra três: Não fique no barco
“...E Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. ” (v.29b)
No versículo 29 diz a Palavra de Deus que Pedro saiu do barco. Talvez esta seja a regra mais estratégica. Se você não sair do barco, você nunca poderá andar sobre as águas. Fazer o que parece
ser impossível nunca será uma realidade a menos que nós comecemos a avançar pela fé.
A maioria de nós não quer sair do barco para receber a bênção do Senhor. Temos dificuldade em aceitar os desafios. Por quê? Porque estamos confortáveis dentro de nossos barcos.
Se o Senhor nos chama para fora do barco, mas nós recusamos o convite e ainda permanecemos ali, então o barco torna-se um problema para nós. Recusamos sair do barco porque não
queremos deixar a nossa zona de segurança. Mas a fé implica em ousadia e os ousados não buscam segurança, eles desejam ver a manifestação do poder de Deus.
O barco também pode representar a nossa comodidade e os tímidos são invariavelmente acomodados. Quem você pensa que recebe mais do Senhor, os tímidos cautelosos ou os ousados?
Certamente os ousados recebem mais de Deus, pois fogem da comodidade, estão sempre aceitando os desafios de fé.
O barco pode representar também a nossa tradição. Talvez os demais discípulos que ficaram no barco pensassem: “isto não é o normal, não precisamos andar sobre as águas. Certamente isto
não é para nós”. A tradição estreita a nossa mente e nos impede de nos aventurarmos pela fé e andar sobre as águas.
Mas o pior é que quando o Senhor diz: “vem!”, e nós insistimos em continuar no barco. Nesse caso estamos pecando. Depois que recebemos uma palavra de Deus nos chamando para andar
sobre as águas, continuar no barco é incredulidade.

Regra quatro: Não olhe as circunstâncias


“Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé,
por que duvidaste?” (vs.30-32)
Quando Simão Pedro pediu para andar sobre as águas, ele não deixou que a sua mente e atitude seguissem a lógica das circunstâncias. As circunstâncias nunca são favoráveis, sempre há alguma
razão pela qual não se deve tentar.
Pedro tomou a decisão certa, ele resolveu tentar e saiu do barco para encontrar-se com Jesus. O problema é que logo em seguida ele começou a reparar na força do vento. Ele tirou a sua atenção
do Senhor e passou a olhar para a força do vento. E quando fez isso começou a afundar.
A única razão para o fracasso é desviar a atenção. Qualquer coisa que controla a sua atenção domina sobre a sua vida. Se você foca a sua atenção nos problemas, nas limitações, no fracasso e na
derrota, são essas coisas que vão dominar a sua vida. Mas se em vez disso passar a olhar para o Senhor e sua Palavra você vai caminhar sobre as águas.
O foco nos dá poder. Isto pode ser visto nas artes marciais. Lutadores conseguem quebrar blocos de concreto simplesmente se concentrando num foco. Eles apenas seguem leis espirituais.
Tire o seu foco do passado, coloque-o no presente. Tire o seu foco da morte, ponha-o na vida. Ponha a sua atenção nas coisas positivas e não nas negativas. Lembre-se que o seu foco determina a
sua atitude. O seu foco determina o que você produzirá em sua vida. O seu foco o levará a experimentar os milagres de Deus.
Uma das maiores estratégias do diabo contra você é distrai-lo do seu propósito, do seu foco. É desviar a sua atenção. Quando Pedro desviou a atenção ele começou a afundar.
Algumas pessoas deixam de receber o seu milagre porque presumem que o Senhor não vai atendê-la já que o seu problema não é tão importante. Considere a questão de caminhar sobre as
águas. Existe realmente alguma necessidade de Simão fazer esta caminhada? Será que realmente vai beneficiar alguém? Acho que a resposta seria: “Não.” Mas observe que o Senhor o encoraja a
fazê-lo de qualquer maneira.
No versículo 29 Jesus disse para Simão para ir a ele. Se Jesus convidou a Pedro para tentar o impossível, quando realmente isso nem parecia ser significativo, muito mais Ele nos encoraja a
tentar o impossível quando é algo importante e significativo para nossa vida.
O ponto chave é: na tentativa de alcançar o impossível, coloque o seu olhar apenas em Jesus! Quando Pedro olhou para as ondas, ele começou a afundar. Enquanto ele manteve os olhos em
Jesus, tudo ia bem, mas quando ele deu mais atenção ao vento e as ondas, ele afundou.
No verso trinta vemos que Pedro já estava andando sobre as águas quando começou a reparar na força do vento e teve medo. Precisamos caminhar apenas firmados na Palavra de Deus pela fé e
ignorarmos as circunstâncias.
Visto que andamos por fé e não pelo que vemos. II Cor. 5:7
Podemos criticar Pedro pela sua pequena fé, mas ele andou sobre a água mais do que qualquer outro na história, exceto o Senhor. Mas ele primeiro tinha que sair do barco. Alguém disse:
“Aqueles que não têm medo de sair do barco nunca se tornarão bem sucedidos.”
O Senhor não disse que a fé de Pedro era de uma qualidade ruim, ele apenas disse que era pequena. Uma fé grande não é uma fé de melhor qualidade, é uma fé que persevera apesar do vento
contrário.
Talvez pudéssemos dizer que a fé dos outros discípulos que ficaram no barco fosse uma fé inadequada. Mas a de Pedro foi uma fé pequena. Mas mesmo sendo pequena foi capaz de andar sobre
as águas. Não precisamos temer se temos ainda uma fé pequena, se clamamos por socorro o Senhor sempre nos ajudará. Com ele jamais afundaremos.
Creio que na igreja existem três tipos de pessoas com relação a fé:
• Primeiro temos os incrédulos como Tomé.
• Depois os tímidos e cautelosos como os outros discípulos que ficaram no barco.
• E por fim os ousados como Pedro.
Não se iluda, se não formos como Pedro nunca avançaremos e nem veremos o poder de Deus sendo liberado em nossas vidas. Precisamos tentar coisas grandes para Deus e esperar grandes
coisas nEle.
Oitavo Dia
Questões no meio da tempestade
Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem. E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. Ora,
levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava a encher-se de água. E Jesus estava na popa, dormindo sobre o
travesseiro; eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pereçamos? E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e
fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos?! Como é que não tendes fé? E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e
o mar lhe obedecem? Marcos 4:35-41
A tempestades não são raras no mar da Galiléia. Ele está rodeado de montes e ao norte está o maravilhoso morte Hermon com seu pico nevado. Algumas vezes o ar frio vindo do topo do
Hermon desce até se encontrar com as águas quentes do Mar da Galiléia. A força do vento frio se encontrando com o ar quente pode ser explosiva. E foi assim que aconteceu naquele dia.
Jesus e seus discípulos estavam no meio do lago quando a tempestade veio repentinamente. Era algo aterrorizante e pareceu aos discípulos que eles não iriam sobreviver.
Eu creio que o Senhor tinha em mente todo esse cenário para se revelar de uma forma que os discípulos ainda não o conheciam. Creio que hoje você também conhecerá aquele que tem o
poder de repreender os ventos e calar o mar. Pode ser que você esteja passando por uma tempestade e esteja lutando com as mesmas perguntas e questões dos discípulos. Para alguns a
tempestade é financeira. Para outros, é uma questão de saúde. Outros ainda estão sendo inundados na área dos relacionamentos. Você tentou ser uma boa pessoa e fazer a coisa certa, e
ainda assim você sente como se estivesse afundando, e você quer saber a mesma coisa que os discípulos queriam saber: "Jesus, o Senhor não se importa se eu me afogar?

As tempestades da vida
Há três coisas que a Palavra de Deus nos mostra a respeito das tempestades.
Em primeiro lugar as tempestades são inevitáveis. Elas simplesmente virão em algum momento. Todos nós passaremos por tempestades em algum momento de nossas vidas. Simplesmente
porque elas fazem parte da existência nesse mundo caído. Ninguém vai passar por essa vida em brancas nuvens e dormindo em plácido repouso. Todos enfrentaremos tempos difíceis.
Os discípulos tinham passado o dia ouvindo o Mestre e fazendo sua obra, mas isso não os isentou da tempestade. Eles amavam a Jesus e tinham deixado tudo para segui-lo, mas isso não
os poupou da tempestade. As aflições e as tempestades da vida fazem parte da jornada de todos nós.
Às vezes, Deus vai nos conduzir a uma tempestade. Este é o lugar onde nossas expectativas em Deus são testadas. Nós esperamos que Deus só nos leve para águas tranqüilas, pastos
verdejantes e céus ensolarados. Temos muita dificuldade de entender um Deus amoroso que nos permite passar por tempestades e lutas quando seguimos a sua vontade.
Em segundo lugar as tempestades são imprevisíveis. Elas desabam repentinamente. As pessoas tentam de todas as formas preverem como será o seu dia, se terão uma boa ou má semana,
mas simplesmente não é possível prever as calamidades da vida.
As tempestades podem transformar cenários domésticos em lugares ameaçadores. O Mar da Galiléia era um lugar muito conhecido daqueles discípulos. Alguns deles eram pescadores
profissionais e cruzaram aquele mar várias vezes lançando suas redes. Muitas vezes, as tempestades mais terríveis que enfrentamos na vida não vêm de horizontes distantes, mas apanham
aquilo que era comum em nossa vida e bota tudo de cabeça para baixo. Eu sempre me espanto como em um breve momento as nossas vidas podem ser mudadas para sempre. Um
telefonema, uma conversa, uma curva adiante e tudo muda.
Em terceiro lugar as tempestades não fazem acepção de pessoas. Elas acontecem a pessoas boas e a pessoas ruins. Acontecem com crentes e incrédulos, com pessoas educadas e
pessoas analfabetas, com ricos e com pobres. Elas vem sobre todos nós. Em Mateus 5:45 o Senhor diz que faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. Ser
cristão não nos isenta das tempestades.
Alguns imaginam que os problemas vêm somente sobre os desobedientes, mas isso não é verdade. Os discípulos enfrentaram a tempestade justamente porque obedeceram a ordem do
Senhor para passarem ao outro lado. Jonas enfrentou a tempestade porque fugia da vontade de Deus, mas Paulo enfrentou a tempestade justamente porque fazia a vontade de Deus. As
tempestades virão, mas como passaremos por elas já é uma outra questão.
Precisamos lembrar que os discípulos passaram pela tempestades mesmo com Jesus presente no barco. O fato de Jesus estar conosco não nos poupa das tempestades. Ser cristão não é
viver numa redoma de vidro, numa estufa espiritual. Jesus foi a uma festa de casamento e, mesmo ele estando lá, faltou vinho. Um crente que anda com Jesus pode também enfrentar
terríveis tempestades.
Por dois anos, os cientistas isolaram-se em um ambiente artificial chamado Biosfera 2. Dentro de sua comunidade auto-sustentável, eles criaram uma série de mini-ambientes, incluindo um
deserto, uma floresta tropical e até mesmo um lago. Quase todas as condições de tempo puderam ser simuladas com exceção de uma, o vento. Ao longo do tempo, os efeitos do seu
ambiente sem vento tornaram-se evidentes. Muitas árvores de acácia se curvaram e caíram mesmo estando num ambiente controlado. Sem o stress do vento para fortalecer a madeira, os
troncos cresceram fracos e ela não conseguia sustentar o seu próprio peso.
Não chegamos ainda no céu onde tudo será perfeito e onde a vontade de Deus é perfeitamente realizada. Nós temos escolhas e às vezes cometemos erros e por causa disso nos ferimos.
Esta é a razão porque temos de orar para que a vontade de Deus seja feita na terra assim como é feita no céu.
Vemos então que as tempestades são inevitáveis, imprevisíveis e imparciais. Então a questão fundamental é: qual será a minha resposta no meio da tempestade? Gostaria de compartilhar as
três perguntas que foram feitas no meio do temporal. Normalmente são as mesmas que fazemos no dia mal.

1. Mestre, não te importa que pereçamos? (4:38)


Essa é a primeira questão que levantamos no meio da tempestade. Simplesmente não entendemos a tranqüilidade de Jesus no meio da nossa tempestade. Você já teve a impressão de que
o Senhor o abandonou? Parece que suas orações não são ouvidas e ele se esqueceu de você? O maior drama dos discípulos não foi a tempestade, mas o fato de Jesus estar dormindo
durante a tempestade. Na hora do maior aperto dos discípulos, Jesus estava dormindo.
Nos últimos anos eu tenho viajado toda semana. Eu estou sempre dentro de um avião indo ou vindo de algum lugar. Nessas viagens já atravessei muitas turbulências. Numa delas muitos dos
compartimentos de bagagem acima das cadeiras se abriram e muitas malas caíram. A tensão foi muito grande. Várias vezes tem acontecido do piloto fazer a sua aproximação para pousar e
repentinamente ele acelera o avião e decola novamente. Eles dizem que é um procedimento normal, mas as pessoas sempre ficam assustadas. Numa ocasião, trinta minutos depois de
decolar de Brasília, o piloto avisou que uma luz que não podia acender estava piscando no painel. Por causa disso teríamos de voltar. Quando porém chegamos ele disse que não
poderíamos pousar pois havia muito combustível, então teríamos de dar voltas para gastá-lo. Pode parecer que não houve nenhum risco real, mas as pessoas ficaram angustiadas e dava
para ouvir o barulho das orações. Não foram poucas as vezes que passei por turbulências tão grandes que as pessoas começaram a gritar e até a orar em voz alta. Hoje eu entendo porque
muitas vezes as pessoas aplaudem quando o avião pousa, é uma maneira de liberar a tensão.
Em todas as minhas viagens eu sempre tenho confiado no piloto. Nunca me ocorreu dar uma olhada na cabine para ver se ele estava dormindo. Eu não creio que isso seja algo que eles
façam normalmente. Mas no texto que acabamos de ler nós temos Jesus, o piloto do barco, dormindo. Eu creio que isso não deu aos discípulos um sentimento muito confortável.
No meio da tempestade algumas vezes, temos a sensação de que Deus está dormindo. Equivocadamente pensamos que ele não está atento às nossas lutas e isso gera uma grande
angústia em nossa alma. Por causa disso os discípulos questionaram: “não te importas que pereçamos?”
Essa pergunta dos discípulos se parece mais com uma crítica do que com um pedido de ajuda. Isso é um perfeito retrato da atitude de muitos durante a tempestade. Preferem reclamar de
Deus do que orar com fé. Às vezes é mais fácil reclamar de Deus do que depositar a ansiedade aos seus pés e descansar no seu poder.
O diabo procura colocar em nossa mente a idéia de que o Senhor não se importa. Por isso a pergunta é também um grito de pânico. O perigo maior que enfrentavam não era a fúria do vento
ao redor deles, mas a incredulidade dentro deles. No meio da tempestade somos tentados a pensar que o Senhor não se importa com a nossa dor e o nosso sofrimento.
Precisamos sempre nos lembrar que não há Deus como o nosso que trabalha por aqueles que nele esperam. Quando ele permite a tempestade é porque quer nos levar a um novo nível de
fé, quando vermos o seu poder liberado sobre os ventos do diabo.
No meio da tempestade as pessoas sempre se perguntam: “o que fiz de errado? Onde está a brecha em minha vida? Por que tenho de passar por isso?” Os discípulos entraram no barco
porque Jesus lhes dera uma ordem e mesmo assim, enfrentaram a tempestade. Eles estavam no centro da vontade de Deus e ainda enfrentaram ventos contrários. Eles estavam onde Jesus
os mandou estar, fazendo o que Jesus os mandou fazer, indo para onde Jesus os mandou ir e mesmo assim, enfrentaram a luta. A tempestade veio mesmo tendo obedecido a Jesus (4:35).
Digo isso não para que você se conforme com as lutas, mas para que a sua fé não seja solapada pelas acusações na mente. Tenho acompanhado muitos irmãos passando por tempestades
e eles precisam sempre vencer os pensamentos de acusação de que são terríveis pecadores e que merecem o que estão passando. Ou então pensamentos de justiça própria, quando se
revoltam pensando que não merecem passar por essa tribulação pois são cristãos exemplares. As duas atitudes procedem do maligno e visam destruir a nossa fé. Precisamos rejeitar esses
tipos de pensamento.
Jonas enfrentou uma tempestade porque desobedecia a Deus; os discípulos porque obedeciam. Você tem enfrentado tempestade pelo fato de andar com Deus, de obedecer aos
mandamentos de Jesus? Ou você tem sofrido tribulação por causa de sua infidelidade a Deus?
Há momentos que sofremos, não por estarmos na contramão, mas por andarmos pelo caminho direito. O mundo odiou a Cristo e também vai nos odiar. Seremos perseguidos por vivermos na
luz.

2. Por que sois assim tímidos? Por que não tendes fé? (4.40)
Essa foi a segunda pergunta no meio da tempestade. Foi o Senhor quem perguntou aos seus discípulos: “por que vocês não crêem?”
A pergunta do Senhor não era meramente retórica. O Senhor queria lhes mostrar que eles não precisavam temer coisa alguma, pois havia muitas razões para que eles cressem e
descansassem.
Em primeiro lugar eles deviam crer na palavra de Jesus. O Senhor havia dito a eles: “passemos para a outra margem”. O Senhor não disse: “passemos para o meio do mar para
naufragarmos”. O Senhor já havia determinado que eles chegariam ao destino.
Nossa fé é sempre baseada na Palavra de Deus. No meio da tempestade somente podemos vencer o medo e o pânico se tivermos clareza a respeito da sua palavra. Os discípulos deveriam
se lembrar que quando o Senhor fala ele cumpre a sua palavra. Podem passar o céu e a terra, mas as palavras do Senhor não passarão. Ele não é homem para mentir. Ele é a verdade. Os
discípulos tinham ouvido o Senhor dizer isso, portanto o destino deles era a outra margem e não a morte no meio do mar.
Jesus não disse que a viagem seria calma e fácil, mas ele garantiu que chegariam ao destino. A Palavra de Deus não promete uma vida sem luta e sem tempestades, mas nos promete uma
vida de vitória no meio da luta.
Em segundo lugar eles deviam crer na presença de Jesus. Havia uma tempestade, mas o Senhor estava com eles no barco. As circunstâncias não são maiores que o nosso Deus. Não
estamos navegando sozinhos. Ele está conosco no barco.
Experimentar a presença do Senhor nos livra do medo. Davi diz que ainda que andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum (Sl 23:4). Não porque o vale seria um caminho
maravilhoso. Não porque a circunstância era fácil de enfrentar, mas porque a presença de Deus estava com ele. “Tu estás comigo”! Esse deve ser o seu grito no meio da tempestade. Na
verdade precisamos declarar para o vento e para o mar quem está conosco no barco.
O Senhor já havia dito que onde estivesse dois ou três reunidos no nome dele ali ele estaria (Mt. 18:20). Ele também disse aos seus discípulos: “Eis que estou convosco todos os dias até a
consumação dos séculos” (Mt 28:20). Os discípulos se entregaram ao medo porque esqueceram-se de que Jesus estava com eles. O Rei do céu e da terra estava no mesmo barco e por isso,
o barco não podia afundar.
Em terceiro lugar eles deviam crer na paz de Jesus. Ora o Senhor estava dormindo. Enquanto a tempestade rugia com toda fúria, Jesus estava dormindo um sono profundo. Jesus sabia que
a tempestade viria e mesmo assim foi dormir. Os discípulos deveriam saber que o Senhor não os abandonara, mas estava demonstrando como devemos lidar com as tempestades da vida.
No meio da luta precisamos crer e descansar.
Em quarto lugar eles deviam crer no poder de Jesus. O Senhor tem toda autoridade no céu e na terra. Ele mesmo disse que antes de Abraão existir “Eu Sou”! Ele é o criador do vento e do
mar. Nada pode estar fora do controle das suas mãos. Não devemos permitir que haja tempestade em nosso coração. Pode estar trovejando e ventando lá fora, mas dentro de nós deve
reinar a paz da presença do Senhor.
Por último eu creio que quando o Senhor acalmou a tempestade ele estava mostrando a seus discípulos que eles já tinham autoridade sobre os demônios. Certamente eles não perceberam
que aquela tempestade era algo espiritual. A palavra que o Senhor usou para repreender o vento e o mar é a mesma que ele usou para expulsar os demônios. Era como se Ele estivesse
dizendo para a tempestade: “seja amordaçada”! Como se estivesse amordaçando um cão com raiva. Isso dá indicação de que esta tempestade não era comum, mas um enviado de Satanás.
Já passei por tempestades na vida que certamente poderiam ser descritas como satânicas na origem. Você pode perceber dentro de você quando isso acontece. Quando essas tempestades
vêm, você deve proteger a sua mente, porque você vai começar a receber todo tipo de pensamento contrário. Precisamos lançar mão da autoridade do nome do Senhor e mandar que todo
espírito maligno saia.
Nossa maior tentação é pensar que as tempestades são apenas eventos naturais. Quando as tempestades acontecem em nossa vida elas sempre são o resultado da atuação dos espíritos
malignos. Você somente pode exercer fé se tiver clareza disso.
Então, se você estiver lendo esta mensagem e você perceber que há coisas acontecendo as quais você não sabe explicar, você deve silenciar as tempestades hoje.
Se você concluiu que em vez de ir para a frente, você está indo para trás, há uma tempestade que precisa ser silenciada.
Se você percebe que aqueles que não merecem o sucesso, estão superando você, enquanto você está sendo tirado da sua posição, há uma guerra para você lutar.
Se você tem enfrentado um problema que tem se tornado teimoso e não quer ir embora, então você tem uma tempestade diante de você.
Quando alguém está sendo governado por forças contrárias à sua vontade, há uma batalha para lutar.
Quando surge um ódio repentino entre marido e mulher, essa não é uma tempestade comum, mas uma batalha contra os espíritos nos ares.
Quando um aluno brilhante, repetidas vezes não consegue se sair bem durante o exame, há uma tempestade espiritual.
Quando uma pessoa normalmente feliz torna-se cada dia mais triste e deprimida, há vento espiritual soprando sobre o mar.
Quando uma criança que sempre foi obediente, de repente torna-se desobediente, a ventania precisa ser silenciada.
Quando você se vê escravizado por um hábito que você não pode controlar, há uma tempestade para ser vencida.
Não se iluda, as tempestades são produzidas pelos espíritos que atuam nos ares. Você pode usar da sua autoridade para amordaçar o vento e calar o mar.

3. Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? (4.41)


Essa foi a pergunta que todos fizeram. Esse milagre do Senhor foi completamente diferente de todos os outros que os discípulos haviam presenciado. Aqui o Senhor demonstrou claramente
que tem autoridade sobre todas as coisas, incluindo o vento e o mar. É somente no meio da tempestade que podemos conhecer quem de fato é o Senhor.
É terrível ser cego, mas o cego não podia ver quem era Jesus, até que ele foi curado. O surdo não podia ouvir Jesus, até que seus ouvidos se abriram. A aflição do homem coxo trouxe Jesus
para o seu lado e ele foi capaz de pular e dançar para expressar que ele amava o Mestre e queria segui-lo. O pecado tinha arruinado Maria Madalena até que Jesus a libertou e ela foi capaz
de entender quem ele era.
É em momentos de crise que nós realmente compreendemos quem é Jesus. Se você colocar sua fé e confiança no Senhor, você terá uma maior compreensão de si, uma relação mais
profunda com ele, e um novo amor para ele quando a tempestade acabar. Você vai ver o seu poder sobre a escuridão e a profundidade do seu amor para você. Jesus está nos dizendo para
viver pela fé, não pelo medo.
Disseram-me há muitos anos que a melhor madeira para fazer móveis é encontrada nas montanhas frias onde os ventos sopram constantemente, e as tempestades caem com freqüência. Da
mesma forma, algumas das pessoas mais fortes que conheci são aquelas que têm sido constantemente exposta às tempestades da vida. Lembro-me de ouvir um militar dizendo que no
exército eles o colocavam em todo tipo de situação difícil que podiam imaginar, de modo que pudesse estar preparado para a guerra. O Senhor também nos permite atravessar tempestades
para nos dar firmeza e força para a guerra espiritual. Na verdade as tempestades são sempre pedagógicas. É no meio da tempestade que temos a revelação de quem é o Filho de Deus.
Assim nossa fé é fortalecida e depois de passarmos pela luta e vermos o poder de Deus nunca mais seremos os mesmos.
A pergunta que os discípulos fizeram é essa: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Agora eles sabiam quem ele era.
Quem é ele? Ele é Jesus o filho do homem. Ele está dormindo no barco no meio da tempestade. Ele é o verbo que se fez carne. O Deus que se fez homem. Aquele que nem o céu dos céus
podem conter foi enfaixado em panos e colocado numa tumba. Mas ao terceiro dia ressuscitou porque é Senhor sobre a vida e a morte.
Quem é ele? Ele é Jesus o Filho de Deus. É aquele que se levanta e repreende o vento e o mar. Toda a natureza foi feita por ele e está debaixo da sua autoridade. Ele é o verdadeiro Deus
que subjuga as obras do inferno e manifesta a realidade do reino dos céus.
Quem é ele? Ele é Jesus o Salvador que libera a sua vida para que experimentemos a sua autoridade na terra. Ele é o Cristo ressurreto que veio habitar em nós e ser a nossa vida. Ele é o
Senhor sobre todas as circunstâncias. Ele é o soberano sobre toda a criação.
No meio da sua tempestade você pode experimentar o milagre. Ele está vivo e está presente no barco da sua vida. Não tema os ventos do mal, nem o mar da morte pois o Senhor da vida
tem o controle e ele repreenderá o vento e levará você a salvo. Simplesmente creia. A tempestade vem, mas ele vai acalmá-la a qualquer momento.
Nono Dia
O quê o cego viu
E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho e, ouvindo
que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem
misericórdia de mim! Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama. Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi
ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver
e seguia a Jesus estrada fora. Marcos 10:46-52
Bartimeu era um cego que enxergava melhor que a maioria das pessoas ao seu derredor. Ele foi capaz de perceber a oportunidade do seu milagre quando ouviu o Senhor Jesus passando.
O Senhor estava vindo da Galiléia rumo a Jerusalém e nesse caminho passou por Jericó. Este é o lugar onde ele encontrou Zaqueu, o cobrador de impostos e também se deparou com
Bartimeu, o mendigo cego.
Bartimeu vivia em Jericó. A cidade de Jericó tornou-se conhecida como lugar amaldiçoado, porque Josué a amaldiçoou quando a conquistou. O Senhor, então, foi para um lugar de maldição.
O Senhor tinha o hábito de ir a lugares que outras pessoas evitavam. Bartimeu vivia num lugar assim.
Precisamos atentar também para o significado do nome Bartimeu. Bar é um prefixo que significa filho, portanto significa filho de Timeu. O nome Timeu, por sua vez, significa impuro, poluído,
desagradável, sujo e corrompido. Então Bartimeu significa aquele que é filho do impuro, do imundo e do corrompido. Ele não somente vivia num lugar amaldiçoado, mas ele próprio trazia uma
herança de morte e rejeição. Para completar tudo isso ele era cego e mendigo. Poucas pessoas tinham tantas coisas contra si como Bartimeu. Na verdade não são muitas as que conseguem
se identificar com ele.
O lugar que ele vivia era amaldiçoado, sua família era destruída e impura. Ele era cego, vivia da generosidade dos outros e estava esquecido ao lado de uma estrada. Mas um dia Jesus
passou por ali. E esse foi o dia em que a história de Bartimeu foi mudada. A sua história pode ser mudada também. Você pode receber o seu milagre. Creio que existem cinco princípios no
texto que precisamos considerar se queremos receber o mesmo milagre que Bartimeu recebeu.

1. Reconheça a sua oportunidade (v. 47)


A razão porque não recebemos nosso milagre é que muitas vezes ficamos tão focados em nossas deficiências, que ignoramos nossas oportunidades (v. 47). A Palavra de Deus diz que
quando ele ouviu que era Jesus passando... Aleluia! Ele ouviu!” Ele era cego, mas não era surdo!
Não gaste o seu tempo reclamando sobre a sua cegueira, ignorando o fato de que pode ouvir! Não viva a procura da piedade dos outros, gemendo e exagerando a própria necessidade.
Bartimeu sabia o que ele queria por isso ele se concentrou nos recursos que tinha.
É um fato científico de que quando perdemos um sentido, os outros se tornam mais fortes para manter o equilíbrio. Ele era cego, mas sua audição certamente era muito sensível. Deus irá
compensar a deficiência em sua vida, equilibrando-a em outras áreas.
Ele sabia que algo estava acontecendo na estrada, porque ele ouviu o barulho, então ele teve que perguntar a alguém o que estava acontecendo. Muitos não recebem o milagre por causa do
orgulho. Se você não consegue ir sozinho, pede alguém para levá-lo para receber a oração. Você precisa sair da comodidade e correr o risco. Muitos preferem ficar parados do que tentar.
Pare de inventar desculpas. Pare de culpar os outros. Apenas levante-se. Concentre-se na sua oportunidade. O Senhor está passando.
Depois que ele descobriu o que estava acontecendo, o texto diz que ele começou a gritar dizendo: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” Lembre-se que ele era cego e a única coisa
que ele poderia fazer para chamar a atenção de Jesus era clamar em voz alta. Ele não podia encontrar Jesus, mas Jesus agora podia encontrá-lo.
A primeira coisa que Bartimeu fez foi aproveitar a sua oportunidade. Ele clamou com toda a sua força e de toda a sua alma. Um homem sozinho conseguiu incomodar toda uma multidão, mas
ele conseguiu o que desejava, o Senhor parou para ouvi-lo.

2. Reconheça que Cristo é o Messias


A expressão "Filho de Davi" é usada entre os judeus como uma referência ao Messias. Na verdade as escrituras dizem no Velho Testamento que o Messias seria um descendente de Davi.
No Salmo 132:11, o Senhor disse a Davi que um de seus próprios descendentes seria colocado no trono. E em Jeremias 23:5, o Senhor diz: “ Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que
levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra.”
E em Mateus 22:42, Jesus levanta esta questão com os fariseus. Ele pergunta: “Que pensais vós do Cristo? De quem é filho?” E eles sem pestanejarem responderam: “O Filho de Davi”.
Então, quando o cego chama Jesus de “o Filho de Davi”, está reconhecendo que Jesus era o Messias.
O engraçado nesta história é que o cego pode ver Jesus melhor do que ninguém! Ele vê Jesus no caminho. Ele não era apenas alguém que precisava de um milagre, mas estava atento para
aproveitar a oportunidade.
Nós precisamos ver Jesus! Precisamos vê-lo como o Filho de Davi, o ungido Salvador. Ele é o rei ungido de Israel! O Messias, que responde às necessidades daquele que clama.
Exceto o apóstolo Pedro, ninguém no Evangelho de Marcos viu Jesus mais claramente do que o cego Bartimeu. Os fariseus viam Jesus com os olhos naturais, mas eles não podiam ver
Jesus com os olhos do coração. Eles não podiam vê-Lo como o Messias.
O jovem rico podia ver Jesus como um bom mestre, mas ele não podia ver como poderia renunciar tudo para segui-lo.
A multidão pode ver os milagres de Jesus, mas não consegue ver Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Eles não podem ver Jesus como aquele que precisa ir para a
cruz. Eles não conseguem ver que Jesus é o amigo dos pecadores, dos aleijados, dos cegos e dos coxos.
Eu preciso lhe fazer uma pergunta: Como você vê Jesus? Você o vê como um personagem distante nas páginas empoeiradas da história? Você o vê como uma figura distante pronto para
passar por você na estrada da vida? Ou você o vê como o Salvador misericordioso que Ele é? Você consegue vê-Lo como o Senhor dos céus e da terra que está vivo para operar na sua
vida?
O homem cego pôde ver quem é Jesus. Outra coisa que Bartimeu pôde ver é que Jesus é cheio de misericórdia. Creio que as pessoas precisam de misericórdia mais do que qualquer outra
coisa. Elas precisam saber que Deus se importa. Elas precisam saber que Ele está envolvido na sua situação. Elas precisam saber que não foram esquecidas. Elas precisam saber que são
amadas! Elas precisam saber que não importa quem são ou o que fizeram, a graça de Deus está pronta para alcançá-las em todos os momentos!
Como o cego, talvez você esteja sentado ao lado da estrada da vida. Você está sentado na poeira do fracasso, no pó de insegurança, no pó de infidelidade, no pó da ansiedade. E nós
precisamos ser lembrados de que o nosso Deus é cheio de misericórdia. E podemos clamar a ele para ajudar-nos assim como fez o cego Bartimeu. A Bíblia diz em Lamentações 3:23 que as
misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã! Todas as manhãs o Senhor renova sua misericórdia e sua graça em favor dos que crêem, não importa o que estejam passando, ou o que
tenham feito.

3. Não se permita ser desencorajado


Outra coisa que Bartimeu compreendeu é que ele não devia se permitir ser desencorajado pela multidão. O versículo 48 menciona que muitos diziam: “Fique quieto! Jesus tem muitas outras
coisas a fazer para se envolver com um mendigo como você!” A multidão não conseguia ver Jesus se envolvendo com aquele homem cego.
Mas Bartimeu dizia consigo mesmo: “eu não me importo com o que dizem essas pessoas. Esta pode ser a minha única chance de conseguir falar com Jesus Cristo. Talvez Ele nunca mais
passe por este caminho novamente! Eu não posso retroceder só porque algumas pessoas estão me resistindo. Depois de anos sendo cego, vivendo na pobreza e sendo marginalizado pela
sociedade, uma coisa que eu posso ver é que eu preciso de Jesus! Eu preciso de cura! Eu preciso de misericórdia! Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”
Bartimeu está mais preocupado com a sua cura do que em se encaixar nos padrões de etiqueta das pessoas ao derredor. É dessa maneira que precisamos agir. Não podemos deixar que
ninguém nos desanime de buscar o milagre do céu. Não podemos deixar que ninguém nos impeça de chegar a Deus para receber a cura e a misericórdia de que precisamos.
Sempre haverá incrédulos dizendo: “A religião é apenas uma muleta para os fracos. Você não precisa buscar a Deus. Você está no auge da sua vida! Aprenda a conviver com os seus
problemas!”
É nesse momento, que precisamos erguer a voz e gritar ainda mais alto: “Senhor Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim! ”
Se Bartimeu fosse ouvir a opinião das pessoas, ele ainda estaria cego. Nós temos que aprender a rejeitar a opinião daqueles que procuram resistir o nosso milagre.
Sempre que você está tentando avançar nas coisas de Deus, haverá gente tentando calar sua boca. Mas se você crê, não se cale, antes clame cada vez mais alto. Se você quer ouvir a
multidão, então o Senhor não o ouvirá.
Dizem que duas rãs caíram em uma panela de creme. Os lados da panela eram lisos e íngremes e o creme era profundo e frio. Uma das rãs então disse: “Ah! Eu desisto! Não dá para sair
daqui sem ajuda! Adeus meu amigo! Adeus mundo cruel! E ainda chorando, ela se afogou.” Mas a outra rã se esforçou ainda mais, tirou o creme dos olhos e continuou a bater as suas
pernas. E depois de muito bater as pernas ela por fim saltou para fora da manteiga!
Às vezes você tem que chutar e nadar até o creme virar manteiga! Às vezes você tem que chutar e nadar até o solo instável tornar-se sólido! Se você continuar se movendo, sua mudança
virá! Você tem que perseverar.
Aqui estava um cego, de uma cidade amaldiçoada, com uma família impura, sentado na beira da estrada. Mas ele foi capaz de parar a Jesus. Quando você aprender a rejeitar a opinião
humana, você será capaz de fazer Jesus parar.

4. Clame por Ele


No versículo 49, Jesus está a caminho de Jerusalém quando ele ouve o grito de Bartimeu e para. Embora haja todo um universo para governar, Deus está disposto a deixar o que está
fazendo para responder ao grito interior de um aflito.
Como Bartimeu, muitos precisam que Jesus pare para solucionar um problema específico em sua vida. Como ele, muitos precisam de Sua misericórdia agora. E eu lhe digo que Jesus vai
parar para aqueles que clamam cheios de fé.
Sempre que você quiser algo do Senhor, você tem que aprender a clamar de toda a sua alma. Precisa aprender a ser persistente. A intensidade do seu clamor será percebida no céu.
Bartimeu clamou cada vez mais alto: “Eu sei que tu estás me ouvindo... Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Eu moro num lugar maldito mas... Jesus, Filho de Davi, tem compaixão
de mim! A minha família é impura e corrompida, mas... Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Eu sou apenas um mendigo cego, mas... Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!
Eu sei que não sou digno de estar diante de ti, mas... Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Eu sei que nem sempre tenho feito a tua vontade, mas... Jesus, Filho de Davi, tem
compaixão de mim! "Eu sei que eu não amo o meu próximo como deveria, mas ... Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”
Então, Jesus para e chama o cego. A multidão diz: “Anime-se, ele está te chamando!” Então, Bartimeu lança sua capa de lado. A capa era um acessório muito importante para um mendigo
naqueles dias. Ela era feita de pelos de camelo e era usada para se proteger do frio e também para guardar as esmolas que ganhava. Bartimeu alegremente põe de lado a sua capa e todo o
dinheiro que estava nela e pula aos pés de Jesus.
Então, Jesus lhe pergunta: “O que você quer que eu faça por você?” Essa pode parecer uma pergunta estranha para se fazer a um homem cego. Mas você precisa ter em mente que
normalmente mendigos pedem esmola, não pedem para ser curado. Na verdade ser curado pode ser ruim para os negócios de um mendigo.
E em vez de pedir por misericórdia, por graça, perdão ou para obter ajuda financeira, ele simplesmente diz: “Eu quero tornar a ver!” Ali estava um homem que desejava mudar de vida. Já não
queria viver de esmolas, ele queria trabalhar e produzir. Assim, em um mundo onde as pessoas costumam fazer pedidos egoístas, não é de admirar que Jesus pergunte ao homem cego: “O
que você realmente quer que eu faça?”
A maneira como respondemos a essa pergunta vai revelar onde está o nosso coração. A resposta vai demonstrar se estamos pedindo apenas para suprir uma necessidade momentânea ou
se desejamos mesmo um milagre que mude a nossa vida.
E no versículo 51, o cego mostra a Jesus o que ele quer. Ele diz: “Mestre, eu quero ver.” E Jesus lhe diz: “Vai, tua fé te salvou.” Imediatamente, Bartimeu recebe a sua visão, e ele segue a
Jesus ao longo da estrada, todo o caminho até Jerusalém. O objetivo do milagre do Senhor é que você possa segui-lo pelo caminho até Jerusalém, o lugar da cruz. É hora de levantar-se e
abandonar a beira da estrada. É hora de vir a Cristo no caminho para Jerusalém. É hora de tomar a cruz e segui-Lo.

5. Livre-se da velha vida (vs. 50-52)


Finalmente, se você quiser receber o milagre completo você precisa deixar a sua capa.
Nos tempos antigos em todo o Oriente Médio (e até mesmo hoje) os mendigos usavam uma túnica feita de pelos de camelos. Era uma túnica usada como proteção contra os elementos.
Quando um mendigo se sentavam à beira da estrada, ele se cobria com a túnica para manter-se fresco no sol e seco na chuva. A túnica, portanto era a sua marca registrada, era o símbolo
visível do seu estilo de vida.
Então, quando disseram a Bartimeu no versículo 49, “Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.” A primeira coisa que ele fez foi jogar fora a sua túnica. Aquela foi a sua atitude fé. Ele
abandonou a túnica antes de ser curado. É como se dissesse: “hoje eu serei curado e não vou mais precisar dessa túnica. Hoje eu deixo minha velha vida e começo uma nova história!”
Hoje você precisa saber que Jesus pode curá-lo. Ele pode curá-lo não apenas fisicamente, mas espiritualmente também! Há poder no nome de Jesus!
Joga fora a sua túnica! Vem a Jesus para receber o seu milagre e uma nova vida com uma nova história.
Décimo Dia
A lepra da ingratidão
De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia. Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo:
Jesus, Mestre, compadece-te de nós! Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados. Um dos dez, vendo que fora curado, voltou,
dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano. Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram
curados? Onde estão os nove? Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? E disse-lhe: Levanta-te e vai; a tua fé te salvou. Lucas 17:11-19
Lendo o Novo Testamento encontramos Jesus realizando muitos milagres e compartilhando muitas parábolas. Nada foi realizado pelo Senhor por acaso. Um milagre está escondido atrás de
cada parábola, e uma parábola pode ser encontrada em cada milagre. Na superfície, Jesus cura dez homens leprosos e apenas um voltou para agradecer-Lhe. Mas por detrás desta cura
milagrosa, existem alguns princípios espirituais poderosos. Eu creio que há pelo menos sete importantes lições que mostram como esses leprosos apontam para nós mesmos.

1. Você tem um problema mortal que só Jesus pode resolver


Nos tempos bíblicos, a lepra era um problema terrível. A palavra foi usada muitas vezes para descrever uma variedade de doenças de pele, mas a maioria das pessoas sofriam do que hoje
chamamos de Hanseníase. Ela começa com uma mancha branca na pele que se torna insensível, tanto que os enfermos não podem nem mesmo sentir uma queimadura no local. A mancha
começa a se espalhar por todo o corpo e muitas vezes se manifesta no rosto, por isso a doença é impossível de ser escondida. Em seguida, começa a formar tumores na face e, ao mesmo
tempo, ataca os órgãos internos. A lepra em si não era fatal, os leprosos morriam mais de outras doenças contraídas por causa de sua condição enfraquecida.
Os leprosos eram vistos como mortos-vivos, e eram expulsos de suas casas e aldeias e forçado a viver em colônias com outros leprosos. Eles não podiam trabalhar ou adorar no templo.
Mesmo que nenhum de nós tenha lepra, todos nós nascemos com uma doença mortal que a Bíblia chama de pecado terminal, que nos transforma em párias espirituais. É parte do nosso
código genético. Nós recebemos essa doença de nossos pais que receberam de seus pais, e daí caminhamos de volta até um casal chamado Adão e Eva. A Bíblia diz: “Ai desta nação
pecaminosa, povo carregado de iniqüidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás. Desde a planta do pé até à
cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amol ecidas com óleo” (Isaías 1:4 e 6).
Essas palavras foram escritas há 2.700 anos, mas Deus poderia dizer exatamente a mesma coisa sobre os homens de nossa cultura de hoje. O Senhor declara que os indivíduos e as nações
são responsáveis pelo seu pecado e imoralidade. As pessoas vivem falando do fim do mundo, mas não ouvem Deus lhes chamando para o arrependimento do seus pecados. Você vive em
um mundo que está doente! Uma doença mortal chamada pecado.
Você pode sentir-se saudável hoje, mas se você não tiver um relacionamento pessoal com Jesus, existe um terrível câncer invisível, insidioso crescendo dentro de sua alma. Não há
ressonância magnética, tomografia computadorizada ou outra ferramenta de diagnóstico que possa detectá-lo, mas a Palavra de Deus diz que ele está lá. O que você vai fazer sobre isso?
Você deve fazer a mesma coisa que aqueles dez leprosos fizeram.

2. Você precisa admitir a sua necessidade e clamar a Jesus


Aqueles dez homens se uniram e decidiram que não iriam apenas desistir e morrer, assim eles se levantaram e se dirigiram a Jesus. Quando encontraram o Senhor eles não falaram sobre o
clima, a política entre judeus e romanos ou sobre corridas de bigas, mas eles gritaram a uma só voz: “Jesus, Mestre, compadece-te de nós!
Teria sido fácil para aqueles dez leprosos olharem um para o outro e pensarem: “Nós não estamos tão mal assim, afinal somos muitos vivendo aqui”. Um deles poderia ter dito: “minha lepra
não é tão ruim quanto a dele, eu até que estou bem.” Em vez disso, eles disseram: “nós temos um grande problema! Nós vamos morrer! Precisamos buscar ajuda!”
Muitas pessoas hoje estão vivendo num tipo de negação da realidade. Eles não querem admitir sua necessidade, porque olham em volta e geralmente encontram outros em pior estado do
que eles. Nós vivemos numa colônia de leprosos espirituais nesse mundo. Alguns porém preferem pensar: “Eu não sou assim tão ruim. Eu nunca roubei um banco, eu nunca matei ninguém.
Eu não sou um traficante de drogas ou um molestador de criança. Na verdade, eu sou melhor do que muitos desses hipócritas que vão a Igrejas aos domingos”. Depois de receber um convite
para ir à reunião da Igreja um homem respondeu: “eu não vou a igreja porque há muitos hipócritas lá! Ao que lhe responderam: “não se preocupe, temos espaço para mais um!”
Antes que Jesus possa ajudá-lo, você deve parar de enganar a si mesmo e admitir que você tem um problema. Mas apenas isso não é suficiente, você precisa clamar a Jesus. Em qualquer
programa de recuperação o primeiro passo é admitir o problema: “Eu sou um alcoólatra. Eu sou viciado em pornografia. Eu sou viciado em cocaína.” Mas isso não é suficiente, você deve
procurar ajuda. Antes que você possa ter um relacionamento com Jesus você deve dizer: “Eu sou um pecador! Jesus, tem misericórdia de mim! Ajude-me Jesus!”
Você já fez isso? Você tem feito exigências a Deus? Ou você tem se entregado totalmente? Você precisa chegar ao ponto de dizer: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!"

3. O poder de Deus não é liberado até que você dê um passo de fé


Jesus estava a caminho de Jerusalém para morrer na cruz para redimir a humanidade, mas ele ainda teve tempo para parar e ajudar esses dez homens. Deus está ocupado segurando o
universo, mas Ele ainda tem tempo para ouvir o seu grito de socorro.
Em vez de impor as mãos sobre aqueles leprosos, o Senhor simplesmente disse: “vai mostrar-te ao sacerdote.” Levítico 13 tem algumas regras muito detalhadas sobre como um sacerdote
judeu poderia declarar se uma pessoa era limpa ou impura. Estes dez homens sabiam que eram impuros, eles já haviam sido declarados leprosos. Jesus levou-os a uma crise de fé. Eles
poderiam ter dito: “Não, Jesus, o Senhor não pode nos tocar ou algo assim? Ou dizer algumas palavras, ou fazer uma oração?” Ou eles poderiam ter olhado para os seus membros infectados
e terem dito: “Mas mostrar o quê? Nós não fomos curados ainda! Basta olhar! Eu não vou lá para passar vexame!”
Em vez disso todos os dez se dirigiram para ver o sacerdote. E enquanto eles estavam indo, eles foram curados. Há uma grande lição de fé aqui. O milagre só aconteceu depois que eles
saíram e obedeceram a Jesus. Só experimentamos o poder de cura quando damos um passo de fé. Jesus deu-lhes a Palavra, eles saíram em fé e, enquanto estavam no caminho, foram
curados. Nenhum deles ficou sentado dizendo: “Bem, depois de receber a minha cura, então eu vou me apresentar ao sacerdote.”
É assim que a fé funciona. Fé é confiar e obedecer a Deus, mesmo quando você não tem nenhuma evidência visível para apoiar sua decisão.
Certa ocasião os discípulos estavam num barco no meio de uma noite de tempestade, quando Jesus veio caminhando sobre a água para encontrá-los. Eles estavam apavorados e pensaram
que Ele fosse um fantasma. Mas Jesus lhes disse: “Não tenham medo.” Simão Pedro, que estava sempre soltando a língua, deixou escapar: “Senhor, se és tu, manda-me caminhar sobre a
água contigo”. Jesus disse: “Venha !” Esta é uma imagem de fé: Pedro jogou sua perna para o lado do barco e começou a caminhar em direção a Jesus. Você pode pensar que Pedro estava
caminhando sobre a água, mas na verdade ele estava caminhando em cima da Palavra de Deus. Jesus disse-lhe para sair e andar, e Ele o fez. Se Jesus não tivesse lhe dito para sair do
barco, Pedro teria afundado como uma pedra. E quando Pedro tirou os olhos de Jesus e começou a olhar para o vento e as ondas, ele provavelmente começou a pensar: “Isto é impossível!
Não há nenhuma maneira de eu estar andando sobre esta água.” Quando ele tirou os olhos de Jesus e começou a duvidar, então el e começou a afundar. Jesus pegou-lhe pela mão e disse:
“Oh gente de pequena fé, por que você duvidou de mim?"
Fé é andar na Palavra de Deus. A fé não precisa de qualquer prova, ela simplesmente obedece. A Palavra de Deus está cheia de direções de Deus sobre como devemos viver, mas junto com
cada direção Ele também fornece o poder de realizá-la. Nosso trabalho é dar um passo de fé e simplesmente obedecê-Lo. Anos atrás, ouvi uma citação sobre a fé que eu nunca esqueci: “fé é
chegar na beira de tudo que você pode ver ou sentir e dar mais um passo na escuridão, confiando que Deus vai te pegar ou te ensinar a voar! "
O que Deus está dizendo hoje para você fazer em Sua Palavra? O que você está esperando? Dê um passo de fé e obedeça, e só então você experimentará o Seu poder.

4. Não busque apenas a bênção, mas o abençoador


No caminho para o sacerdote, um daqueles homens olhou para o outro e disse: “Ei, sua pele está limpa!” Então ele olhou para sua própria mão, e a cor tinha voltado ao normal. Eles
começaram a olhar uns para os outros e de repente perceberam que estavam curados. Até consigo vê-los pulando e abraçando uns aos outros!
Neste ponto, não sabemos o que aconteceu com 90% do grupo. Talvez eles viajaram para mostrar-se ao sacerdote, ou talvez eles correram de volta para suas famílias, não sabemos. Um
deles poderia ter dito: “Eu quero ver se isso realmente dura.” Ou: “Eu estava ficando cada vez melhor de qualquer maneira, eu sabia que era apenas uma questão de fazer exercício e dieta.”
Mas nós sabemos que apenas um deles fez a coisa certa. Ele não se contentava apenas em ir ver o sacerdote, ele virou-se, correu de volta a Jesus e caiu a Seus pés para Lhe dar graças.
Ele queria um relacionamento, não somente uma bênção!
Cair aos pés de alguém é uma imagem de submissão e adoração. Maria ficou aos pés de Jesus quando Ele foi jantar em sua casa. A mulher na casa de Simão ficou aos pés de Jesus
lavando-os com suas lágrimas. No livro do Apocalipse, os 24 anciãos se curvam diante do Cordeiro que está no trono. Todo aquele que busca precisa ficar aos pés do Senhor.
Aqui está um ponto-chave: dez homens foram expostos ao poder de Deus, mas somente um buscou um relacionamento pessoal com ele.
Nove dos homens estavam satisfeitos em receber a bênção de Deus, mas apenas um deles se importou o suficiente para voltar à fonte da bênção e adorar a Deus. Isso é tão verdadeiro hoje
quanto foi naquele dia. As bênçãos de Deus são derramadas sobre todas as pessoas. Se você buscá-lo você receberá por causa da Sua graça. Jesus disse que Deus faz chover sobre o justo
e o injusto da mesma forma. Mas poucas pessoas estão interessadas em ter um relacionamento pessoal com Deus.
Deus ama você e quer que você gaste tempo com ele. Ele deseja ter comunhão com você.

5. Sentir-se grato é diferente de dar graças


O homem se jogou aos pés de Jesus e lhe agradeceu. A coisa mais surpreendente sobre este milagre é que das dez pessoas que foram curadas, apenas um voltou para dizer “Obrigado”.
Jesus mesmo ficou perplexo quando perguntou: “Não foram dez os que foram curados? Onde estão os outros nove?” Observe com cuidado o que o Senhor diz logo em seguida. Ele
perguntou: “Não houve, porventura, quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?” Quando aquele homem voltou para agradecer, Jesus disse que ele estava dando glória a
Deus.
Creio que a ingratidão é algo que entristece o coração de Deus. As pessoas estão ocupadas demais para parar e reconhecer que Deus as tem abençoado e simplesmente dizer: “Obrigado,
Senhor!” Vivemos no meio de uma geração arrogante que se convenceu que merece tudo o que possui, então por que agradecer a Deus?
A chave é dar graças e não apenas se sentir grato. Eu tenho certeza de que os outros nove leprosos ficaram gratos por terem sido purificados. Como poderia alguém não se sentir grato
depois de ser curado de uma doença tão terrível? Mas apenas um dos dez fez a coisa certa ao voltar a Jesus para expressar agradecimento. Há uma enorme diferença entre simplesmente
sentir gratidão e expressar gratidão.
Matthew Henry foi um dos primeiros grandes pregadores americanos e muitos conhecem o seu comentário da Bíblia. Uma vez, durante uma viagem para pregar, Matthew Henry foi roubado.
A maioria das pessoas não pensaria que esta seria uma circunstância em que se deveria dar graças, mas ele o fez. Ele escreveu: “Eu sou grato porque durante estes anos nunca fui
assaltado antes. Além disso, sou grato porque mesmo que eles tenham levado o meu dinheiro, não levaram a minha vida. Embora eles tenham levado tudo que eu tinha, isso não era muito.
Finalmente, sou grato porque fui eu quem foi roubado e não quem roubou.”
Você poderia tentar isso. Se você estiver passando por um momento de dor e dificuldade, tente encontrar pelo menos cinco coisas sobre a sua situação a respeito das quais você pode
agradecer a Deus. Eu creio que esse milagre mostra a proporção daqueles que são gratos: um entre dez. Decida não fazer parte da multidão de ingratos. Determine que você será esse que
voltará para agradecer a Jesus.

6. Um relacionamento com Jesus faz de você um estrangeiro nesse mundo


Jesus enfatizou que o único homem que retornou era samaritano, um estrangeiro. Ele agiu de modo diferente dos outros nove leprosos. Eu acredito que isso também é uma verdade
espiritual. Aqueles que entraram em um relacionamento com Jesus não agem ou pensam como as outras pessoas. Estamos sempre em minoria sobre a nossa forma de agir e pensar. Nós
nunca realmente nos sentimos em casa neste mundo, e nem deveríamos. A Bíblia diz que “a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”
(Filipenses 3:20)
Não importa de onde você veio, é o seu destino que é mais importante. Apesar de sermos cidadãos brasileiros, a nossa cidadania verdadeira está nos céus. É por isso que muitas vezes nos
sentimos como estrangeiros neste mundo. Sempre que estou longe da minha esposa e da minha família em uma viagem, eu sempre me sinto atraído de volta para minha casa. Eu sinto que
estou numa terra estrangeira por pouco tempo, mas logo estarei de volta em minha casa. Eu me sinto da mesma forma sobre o céu. Este mundo não é o meu lar permanente, e eu muitas
vezes tenho saudade do céu. Pedro escreve: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (I Pedro
2:11).
Outro dia assistia um programa de vídeos divertidos. Num dos vídeos eles mostraram uma banda se apresentando em um desfile. Todos os membros da banda estavam andando no mesmo
ritmo perfeito, exceto um cara que estava totalmente fora de sintonia. Quando a câmara se aproximou era possível ver os fios do seu fone de ouvido. Ele tinha ligado o seu iPod e estava
ouvindo uma música diferente daquela que a banda tocava. Essa é uma imagem de nós mesmos: estamos marchando numa batida diferente do resto do mundo, porque estamos ouvindo
uma música diferente vinda do céu.

7. Deixa Jesus terminar o que ele começou em você


Olhe novamente as palavras finais de Jesus a este homem no versículo 19. Ele disse: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou.”
A palavra “salvo” aqui é a palavra “sozo” no grego. É a mesma palavra que o carcereiro de Filipos usou em Atos 16, quando disse: “o que devo fazer para que seja salvo?” (At. 16:30).
A palavra sozo significa ser restaurado completamente e por inteiro. Jesus veio para buscar e salvar o perdido. E essa salvação envolve a pessoa completa: corpo, alma e espírito.
Aqui está o resultado deste milagre: dez homens foram curados, mas apenas um homem tornou-se restaurado completamente, ou seja, foi salvo. Noventa por cento deles recebeu apenas
uma pequena parte do que poderiam ter recebido e apenas um recebeu a salvação completa.
O Senhor quer fazer o milagre na sua vida, mas ele deseja fazer mais do que isso, ele quer fazer de você uma pessoa completamente restaurada e transformada pelo seu poder.
O Senhor não exigiu nada e nem cobrou um bom comportamento dos leprosos antes de purificá-los e também não cobra coisa alguma de você. Ele quer fazer o milagre porque é gracioso,
faz parte da sua natureza paterna. Mas ele não quer apenas livrá-lo da sua aflição, quer também livrá-lo da condenação eterna. Ele quer limpar você do seu pecado e fazer de você uma nova
pessoa.
Décimo Primeiro Dia
O caminho da bênção
Eis que se chegou a ele um dos principais da sinagoga, chamado Jairo, e, vendo-o, prostrou-se a seus pés e insistentemente lhe suplicou: Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos
sobre ela, para que seja salva, e viverá. Jesus foi com ele. Grande multidão o seguia, comprimindo-o. Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia e
muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior, tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por
trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste. Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada. E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu
flagelo. Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes? Responderam-lhe seus discípulos: Vês que a
multidão te aperta e dizes: Quem me tocou? Ele, porém, olhava ao redor para ver quem fizera isto. Então, a mulher, atemorizada e tremendo, cônscia do que nela se operara, veio, prostrou-
se diante dele e declarou-lhe toda a verdade. E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.
Falava ele ainda, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, a quem disseram: Tua filha já morreu; por que ainda incomodas o Mestre? Mas Jesus, sem acudir a tais palavras,
disse ao chefe da sinagoga: Não temas, crê somente. Contudo, não permitiu que alguém o acompanhasse, senão Pedro e os irmãos Tiago e João. Chegando à casa do chefe da sinagoga,
viu Jesus o alvoroço, os que choravam e os que pranteavam muito. Ao entrar, lhes disse: Por que estais em alvoroço e chorais? A criança não está morta, mas dorme. E riam-se dele. Tendo
ele, porém, mandado sair a todos, tomou o pai e a mãe da criança e os que vieram com ele e entrou onde ela estava. Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te
mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a andar; pois tinha doze anos. Então, ficaram todos sobremaneira admirados. Mas Jesus ordenou-lhes expressamente que
ninguém o soubesse; e mandou que dessem de comer à menina. (Mc 5.22-43)
Neste texto, gostaria de compartilhar com você sobre o caminho para alcançar a bênção de Deus, ou seja, o caminho para que vejamos a concretização do que o Senhor quer realizar em
nossas vidas. Nesse caminho precisamos entender que na vida existem fatos e existe a verdade. O fato é o que podemos perceber com os nossos sentidos, a verdade é o que Deus diz.
Não importam os fatos, importa a verdade. Por exemplo, é fato que certas doenças são incuráveis, todavia a verdade é que Deus pode todas as coisas. Também é fato que vivemos no meio
de uma crise econômica, mas a verdade é que, para Jesus, o multiplicador de pães, não há crise.
Todos nós desejamos permanecer na verdade e ignorar os fatos, mas os obstáculos são muitos. Todavia, a fé não nega os fatos, apenas os transforma pela verdade da Palavra de Deus.
Mas alguém pode dizer: “Os fatos não são verdade?”. Não, os fatos são apenas o que está acontecendo, e o que está acontecendo cada um interpreta à sua maneira. Mas, quanto à verdade,
não cabe interpretação, a verdade é o que é. O Senhor Jesus é a verdade. Não é questão de interpretar, nem é questão de opinião. A verdade não é o que você vê ou ouve, não é o que você
sente ou toca, a verdade é a Palavra de Deus. Eu quero a verdade da Palavra de Deus e, embora saiba que os fatos existam, não quero viver em função dos fatos.
Há uma ilustração muito conhecida, que explica bem a diferença entre fatos e verdade. Ela fala do elefante e dos cegos. Havia um grupo de cegos em volta de um elefante e cada um deles
tentava descrevê-lo para os outros. Um cego, então, pegou no rabo do animal e disse: “O elefante é fininho”, o outro pegou na perna e disse: “Não, ele é largo, parece uma coluna de tão
forte”. Um terceiro cego agarrou a tromba e disse: “Não, ele é flexível, parece uma mangueira”. Ainda outro tentou abraçar o corpo do elefante e concluiu: “Todos estão errados, ele é macio e
largo, nem consigo sentir seus limites”. E eles não puderam chegar a uma conclusão, pois cada um tinha um fato. Em nosso exemplo, o elefante é a verdade, mas cada interpretação que
deram a ele é um fato, ou seja, a verdade é absoluta, mas os fatos são uma questão de interpretação. Fato é o que você consegue enxergar, é a parte com a qual você tem contato. É o que
você consegue explicar. A verdade, porém, é o que Deus diz.
A fé não nega os fatos, apenas se apega à verdade. A fé tem o poder de transformar os fatos pela verdade da Palavra de Deus. Jairo é um exemplo de alguém que teve que ignorar muitos
fatos e ficar exclusivamente com a Palavra de Jesus para, então, receber o seu milagre. Eu quero compartilhar com você sete obstáculos que ele enfrentou e teve que ignorar para poder
chegar ao fim e contemplar o que ele buscava, a verdade da promessa de Deus.

1. Ignore a tradição
E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés. (Mc 5.22)
O texto diz que Jairo era um dos chefes da sinagoga, ou seja, Jairo tinha uma posição a defender. Posição, às vezes, é um grande obstáculo, algo que tentará impedir você de alcançar a
bênção de Deus. Bem-aventurado é aquele que não tem posição nenhuma, porque ele facilmente se humilha para receber. Mas essa não era a situação de Jairo.
A Bíblia diz que, sendo um dos principais da sinagoga – ou seja, sendo chefe –, ele tinha muito o que perder, status, salário, o respeito da comunidade. Tudo porque ele era o chefe, alguém
importante, um dos principais da sinagoga. Jairo tinha uma posição, algo a defender, mas também tinha uma necessidade.
Às vezes, Deus coloca necessidades em sua vida. Se tem havido pressão, ela tem que ser suficientemente forte para que você abra mão da opinião das pessoas e da posição que você tem.
Alguns homens são tidos como conhecedores e intelectuais, como podem eles irem a uma reunião e buscar um milagre como qualquer pessoa? Simplesmente eles não se vêem algum dia
entrando em uma igreja evangélica. Outros não se imaginam tendo que implorar por uma bênção em uma reunião qualquer.
Todavia, Deus permite as pressões e, se quiser receber a bênção de Deus, você terá que abrir mão dessas coisas. Quantas vezes você sente o fluir de Deus, mas não lhe dá liberdade
porque você tem uma posição? O que pensarão de você? O que dirão de você? Não deixe que a opinião dos outros a seu respeito o impeça de receber a bênção.
O texto segue dizendo que Jairo veio e prostrou-se aos pés de Jesus (Mc 5.22). Isso era um problema na tradição judaica. Jairo era uma pessoa importante e prostrar-se diante de um homem
era a atitude própria para escravos, eles é que se curvavam diante de outros. Pessoas da posição de Jairo jamais se ajoelhariam diante de alguém. Um chefe da sinagoga se curvaria apenas
diante de Deus.
E foi justamente o que Jairo fez: ele adorou a Jesus, como está registrado em Mateus 9.18. Muitas pessoas buscam coisas de Deus, mas aqueles que O adoram descobriram a chave do Seu
coração. Jairo adorou a Jesus, reconhecendo-O como Deus.

2. Ignore a posição
A Palavra do Senhor diz que Jairo era um dos principais da sinagoga. Ele, portanto, tinha algo a perder. Ele poderia ser expulso da sinagoga. Naqueles dias, aquele que confessasse Jesus
poderia ser expulso da sinagoga. Depois que Jesus curou um cego de nascença, as escrituras dizem que seus pais estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se
alguém confessasse ser Jesus o Cristo, seria expulso da sinagoga (Jo 9.22).
Outros líderes judeus também procuraram a Jesus, mas o fizeram às ocultas, como Nicodemos que O procurou à noite, ou José de Arimatéia que o seguia escondido. Todos eles temiam
perder suas posições entre os judeus.
Para outros, perder a posição seria perder apenas o status; mas, para Jairo, significava perder salário, carreira e até o respeito da sociedade. Posição é a segunda coisa que você terá que
ignorar se deseja receber o toque e a bênção de Deus em sua vida. Jairo estava disposto a abrir mão de tudo isso. Jairo abriu mão da sua posição, se prostrou e adorou ao Senhor. Ele não
se importou com nada.
Para receber de Deus, você também precisa abrir mão de sua imagem, que tanto procura preservar. Como nós nos preocupamos com o que os outros vão pensar, com o que vão dizer! Se
você quer realmente algo de Deus, não meça esforços; ignore quem está por perto.
Mais adiante, o verso 24 diz que uma grande multidão o comprimia. Mas sua filha estava à morte. Dá até para imaginar a situação. Jairo estava em sua casa, ele já tentou de tudo, já buscou
ajuda de todo tipo de médico, mas não tem saída. Então, ele ouve falar que Jesus está na cidade fazendo milagres. Ele se levanta e diz: “Eu vou ter com o Senhor!”. O médico o adverte que
ela tem poucas horas de vida, ela pode morrer a qualquer momento. Jairo sai correndo, procurando Jesus e de repente ele encontra o Salvador. A multidão é grande, mas ele consegue
chegar perto do Senhor. Ele O adora e diz: “Mestre, se o Senhor for até a minha casa, estender a Sua mão e orar pela minha filha, eu tenho certeza que ela será curada”. E o Senhor lhe
responde: “Eu vou com você!”. Mas, a essa altura, uma grande multidão começou a comprimi-lo. Eu fico imaginando a cena. Jairo pega na mão de Jesus e diz: “Mestre, vamos! Precisamos
andar depressa!”. Jesus e ele tentam caminhar em meio à multidão, mas era muita gente. Jairo sabia que tinha pouco tempo. Parece uma cena de um filme de ação.

3. Ignore a multidão
E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava. (Mc 5.24)
A situação da filha de Jairo era realmente grave e cada segundo era precioso. Jairo tem pouco tempo, algo tem que acontecer. Mas antes ele teria que enfrentar aquela multidão. A multidão é
um obstáculo. Muitas pessoas querem milagres isolados, muitas pessoas querem que Deus faça algo escondido. Não querem ir a uma reunião da Igreja, não querem se expor no meio da
multidão. Mas às vezes é exatamente isso que Deus quer que você faça. É num ambiente como este que Deus quer operar o milagre na sua vida. Há pessoas que querem fugir, não querem
se expor, não querem aparecer, querem o milagre mas não querem se expor. Jairo não fez isso, ele encarou a multidão.

4. Ignore a impaciência
Quando menos se espera surge um outro obstáculo. A Bíblia diz que apareceu uma mulher hemorrágica no meio do caminho de Jesus até a casa de Jairo (Mc 5.25-34). Justamente quando a
multidão os comprimia aconteceu mais um milagre, aquela mulher fora curada de uma hemorragia. Jairo está precisando do milagre, sua filha está morrendo, mas agora aparece alguém na
frente. Não é difícil imaginar a agonia de Jairo.
No meio da multidão o Senhor fala: “Alguém me tocou!”. Dá para imaginar a reação de Jairo: “Senhor, é claro que alguém O tocou, olha a multidão que está aqui.”. E o Senhor explica:
“Alguém me tocou de um modo diferente, eu senti que saiu poder e virtude de mim.”. E a mulher, vendo que não podia se ocultar, se revelou: “Fui eu, aconteceu comigo!”.
Eu imagino o desespero de Jairo. Jesus pára e um longo testemunho é liberado pela mulher curada. A Bíblia diz que ela lhe declarou toda a verdade (v. 33). Imagine se aquela mulher fosse
como algumas irmãs que, ao dar o testemunho, contam tudo nos mínimos detalhes. Eu quase consigo ver Jairo angustiado, pensando: “Esta mulher poderia falar do milagre amanhã, minha
filha pode morrer agora mesmo. Por que o Senhor não trata dela depois? Por que o Senhor parou?”.
Mas Jairo não fez nada disso. Em nenhum momento ele tentou interromper o milagre dos outros. Certamente, aos seus olhos, a sua necessidade era primordial, mas ele soube vencer a
impaciência.
Muitas vezes nós nos exasperamos porque o Senhor parece demorar-se para atender-nos. É nesse momento que muitos desistem, mas, apesar de toda a sua aflição, Jairo superou sua
exasperação. Na verdade, observar como aquela mulher fora curada deve ter alimentado a fé de Jairo. Se Jesus curou a mulher sem nem orar por ela, muito mais sua filha será curada
quando Jesus impor Suas mãos sobre ela. O seu milagre certamente seria o próximo.
Às vezes ficamos questionando: “Por que Deus não faz na hora, por que demora tanto?”. Para nós, parece que o Senhor demora tanto para agir, parece que o Senhor está andando devagar
e queremos que Ele se apresse. Mas não sejamos afoitos. A impaciência é um obstáculo. A impaciência lhe afasta da comunhão com o Senhor. Apenas descanse o seu coração nas mãos
dEle e saiba: Deus está no controle de tudo.
Às vezes Deus permite que você veja outras pessoas recebendo a bênção antes de você, mas não interprete isso como se Deus fizesse acepção de pessoas, é só a maneira que Deus usa
para fortalecer a sua fé. Deus às vezes faz na vida de outros primeiro para lhe mostrar que fará em sua vida também. Mas muitos de nós temos outra postura: “Eu não entendo, por que Deus
fez nele e não fez em mim! O meu caso é muito mais grave do que o dessa mulher, a minha filha está morrendo. Por que Ele curou a ela e não curou a minha filha? Por que fez para ela e
ainda não fez pra mim?”.
Ao encontrar alguém que recebeu o milagre antes de você, proclame que essa é a prova que o seu milagre também está chegando, o próximo será você. Ele recebeu e essa é a prova de que
Deus está vivo e está operando.

5. Ignore os fatos
Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? (Mc 5.35)
Àquela altura chega alguém dizendo que a menina já havia morrido. Imagine a situação daquele homem, a sua angústia naquele mo mento. Certamente, Jairo deve ter desfalecido com a
notícia. Mas Jesus preocupou-se com a fé de Jairo e procurou protegê-la, do mesmo modo como Ele protege a nossa fé.
Tudo agora parecia sem esperança, pois não havia perspectiva do ponto de vista humano. Todavia, Jesus é quem tem a palavra fi nal e Ele diz: “Não temas, crê somente!”. Este é o teste da
fé, está na hora de você aprender a ignorar os fatos. Você vê a evidência natural e diz: “Acabou!”. Acabou para quem? Para Deus não existe a palavra “impossível”. Talvez você estivesse
orando por uma doença aguda e, de repente, ela se tornou crônica. Você estava como Jairo, orando pela cura da filha, mas agora ela está morta. Mas não se esqueça: o Senhor fez questão
de mostrar o poder de Deus naquele dia.
Certa vez disseram a Kathryn Kuhlman: “Você deve ser uma mulher de grande fé!”. Ao que ela respondeu: “Eu sou uma mulher com uma pequena fé em um grande Deus!”. A principal
questão não é o tamanho da sua fé, a questão é o tamanho de Deus. Jesus disse que, se tiver uma fé do tamanho do grão de mostarda, você dirá a este monte, lança-te ao mar, e acontecerá
o que você falou. Um grão de mostarda é menor do que uma cabeça de alfinete, a minha fé é menor do que um grão de mostarda, mas o meu Deus é grande e eu O tenho visto operar
milagres e sei que Ele pode fazer o mesmo na sua vida também.
As pessoas sempre dirão: “Não adianta orar mais”, ou “Nada pode ser feito”, mas a palavra “impossível” não está no vocabulário de Deus. Todos diziam que a menina estava morta, mas
Jesus disse que ela apenas dormia. As pessoas preferem crer no que os sentidos percebem em vez de crer na Palavra de Deus. Se ficamos com a Palavra de Jesus, receberemos o milagre.
Jairo podia ter ficado amargurado e ter largado o Senhor pelo caminho. Mas preste atenção! O final da historia é só quando a história acaba, e é Jesus que acaba a história, Ele é o Alfa e o
Ômega. Se a situação está difícil, é porque a história ainda não acabou, ela só acaba quando Jesus entra. O Senhor está no controle e fará em sua vida quando você menos esperar. Ele é
Deus de grandes emoções.
Jesus mostrou a Jairo que, se quisesse receber o milagre, ele precisaria ignorar as circunstâncias e crer no poder de Deus. Mesmo que a doença já tenha virado óbito, ou o problema agudo
se tornado crônico, ou a ameaça tenha se concretizado; nós perseveramos em crer no poder de Deus, que traz vida em meio à morte.
Mais à frente no texto bíblico, o verso 36 narra que o Senhor não acudiu aquelas palavras, ou seja, Ele as ignorou. Nós também temos que ignorar certas coisas para vencer. Temos de
ignorar tudo isso que Jairo ignorou. Primeiro, ele ignorou sua posição, depois as tradições, ignorou a multidão ao derredor, a demora e a impaciência. Por fim, agora ele está ignorando o fato.
Jesus lhe disse: “Ignore o fato, crê somente. A história não acabou. Eu não cheguei na sua casa ainda. Eu não orei com a sua filha. A história não acabou!”.
A mesma coisa acontece com você nas suas circunstâncias. Jesus já entrou na sua história? A história só acaba de duas maneiras: ou você desiste, o que é um direito seu; ou você vai até o
fim com Deus. Se você vai até o fim com o Senhor, você pode crer que Ele fará proezas. Todos que esperaram em Deus jamais foram envergonhados.
Deus tem uma reputação, de sempre ouvir a oração do Seu povo. Ele não manchará Sua reputação deixando de ouvir uma oração sua. Ele ouvirá a sua oração. Vá até o fim com Deus. Jairo
podia ter dito ao Senhor: “Muito obrigado, mestre. Desculpe ter incomodado, eu vou embora, acabou essa história mesmo, vamos lá enterrar a menina!”. Ele podia fazer isso, nada de errado,
mas o Senhor o fortaleceu e o incentivou a ignorar os fatos.
Eu sei que isso parece loucura para você, mas o fato é apenas uma questão de interpretação, a verdade é o que você contará depois que Deus intervir em sua história.

6. Ignore as emoções
E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço e os que choravam muito e pranteavam. (Mc 5.38)
O sexto obstáculo que você tem que vencer é a emoção. Há horas em sua vida em que você terá que escolher entre crer e sentir. Sentir é muito bom, principalmente arrepios e calafrios. É
muito bom sorrir, chorar, é muito bom sentir a ebulição das emoções, mas haverá horas em sua vida em que você não sentirá nada. O vento vai parar, o ar ficará pesado e você não sentirá
coisa alguma. Será um ato exclusivo de fé. Você crerá ou não? Esse é um teste no mundo espiritual. É o momento em que o mundo espiritual pára para ver sua decisão. No meio do teste
não há ninguém com você; é apenas você, Deus e a circunstância diante de si.
Ao chegar em sua casa, Jairo encontra um ambiente de tristeza e desespero no ar. O que fazer? É preciso guardar o próprio coração, ignorando o ambiente ao nosso redor, para não termos
as nossas emoções contaminadas.
Na hora do teste, ignore as emoções e fique com a Palavra de Deus. Mesmo que pareça absurdo, mesmo que pareça loucura, fique do lado da verdade da Palavra de Deus e ignore as
emoções. Todos nós temos de enfrentar a batalha das emoções em algum momento. Nunca permita que as emoções destruam a sua fé. Lembre-se que é a fé – não suas emoções – que
fará o milagre acontecer.

7. Ignore o ridículo
E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme. E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina e os
que com ele estavam e entrou onde a menina estava deitada. (Mc 5.39,40)
O texto, então, nos mostra que as pessoas riram de Jesus. É o momento do ridículo. É o ridículo de alguém que espera em Deus, de alguém que confessa crer na promessa de Deus. Nós
temos medo do ridículo, mas Jesus honra aqueles que permanecem com Ele no opróbrio da cruz.
Veja o que diz a Carta aos Hebreus:
Portanto, vamos para perto de Jesus, fora do acampamento, e soframos a mesma desonra que ele sofreu. (Hb 13.13 - NTLH)
São esses a quem Deus honra. Já outros temem ir até o fim com Deus. Quando Jesus entrar no seu quarto, haverá muita gente rindo. Você entrará no quarto com Ele para ver a
ressurreição? Jesus mandou que todos ficassem de fora. Sabe por quê? O ambiente ao nosso redor é fudamental para que Deus possa fazer o milagre. No verso 37 lemos que nem mesmo
os discípulos Jesus permitiu acompanhá-lO para fazer esse milagre, senão Tiago, Pedro e João. Mesmo os discípulos ainda eram incrédulos.
Por isso, você deve escolher com cuidado as pessoas com quem você anda. Ande com gente que levanta a sua fé. Se você deseja ver milagres de Deus, ande com pessoas que têm o
mesmo tipo de fé. Pessoas incrédulas destroem qualquer ambiente de unção e fé, impedindo o fluir do poder de Deus. Jesus sabia dessa verdade, por isso removeu o empecilho dos
incrédulos ao derredor para poder realizar o milagre.
Se a história parece que acabou para você, é porque você está no meio do caminho com Jesus, no meio da sua busca. Se alguém diz: “Não adianta orar mais, não tem mais jeito!”, lembre-
se, a história não acabou. A história só acaba quando Jesus diz o amém. A história só acaba com o Alfa e o Ômega, o começo e o fim. Mas para ver o Senhor Jesus mudando a sua história,
você terá que vencer os obstáculos no meio do caminho. Como vimos há muitos obstáculos: da posição, da reputação, da tradição, de esperar para receber oração no meio da multidão, de
ter que esperar em Deus e de ter que ir contra as evidências naturais do que é visível. Você terá que rir dos que riem de Deus, porque, nesse caso, é verdadeiro o ditado: com o Senhor nós
sempre rimos por último.
Décimo Segundo Dia
Os quatro equívocos
O livro de Jó é um livro extraordinário. Somente o Senhor poderia ter inspirado algo tão grandioso. Mas o que mais me impressiona na história de Jó é o fato de que todos os personagens
estavam equivocados. É impressionante ler uma história onde não há ninguém correto em seu pensamento. Todos os personagens, i ncluindo o próprio Jó, tinham conceitos equivocados a
respeito da verdade de Deus.
Uma idéia equivocada a respeito de Deus pode ser um grande impedimento para que você receba o seu milagre. Por isso a principal tática do maligno é trazer confusão na sua mente. Muitos
pensam equivocadamente que seja da vontade de Deus, por exemplo, que fiquemos doentes. E porque pensam assim vivem conformados com o seu sofrimento porque desconhecem a
vontade de Deus. Se você não tem convicção completa de que é a vontade de Deus curar, você não terá fé para receber o milagre.
Mas o pior é quando possuímos idéias absurdas e tolas. Você não é bobo. Não acredita em qualquer coisa. Sabe distinguir o possível daquilo que é mentira. Se eu lhe digo que no meu sítio
tem um pato que bota ovos quadrados, ou se lhe contam que lá na África existe um Elefante cor de rosa que sopra bolhas de sabão pela tromba, você não acredita. A inteligência testa as
idéias para saber se são dignas de crédito. Agora me responda: “porque, quando se trata de Deus, as pessoas estão prontas a acreditar em qualquer coisa? Para crer em Deus não
precisamos rejeitar a inteligência.
Outro dia li algo que ilustra bem o que as pessoas fazem em nome da fé. Para curar diabetes: pegue um mamão-macho, corte uma tampa, urine dentro e depois de tampar bem tampado
enterre o mamão. Para atrair muito dinheiro: na lua nova pegue a maior nota que tiver na mão levante a nota para a lua e diga três vezes: lua nova renove essa nota para mim em milhões.
Para se casar: pegue a imagem de santo Antônio e mergulhe-a de cabeça para baixo num balde d´água atrás da porta. Porque as pessoas fazem isso? Tentando ser benevolente eu imagino
que é uma tentativa do desespero. Um salto no escuro. A completa abdicação do bom senso. Isso não é fé. A verdadeira fé não abre mão do entendimento.
Outro dia alguém me enviou uma mensagem afirmando: “você sabia que é impossível morder o cotovelo?” Evidentemente eu duvidei e imediatamente tentei morder o cotovelo para checar.
No outro dia a mesma pessoa me mandou uma outra mensagem dizendo: “você não acreditou! Você tentou morder cotovelo!” Ele já sabia que eu iria tentar. Esse é o problema, tem muita
gente tentando morder o cotovelo.
Gostaria de mostrar como os quatro equívocos presentes no livro de Jó podem estar presentes em nossa mente. Se você deseja receber o milagre rejeite cada um desses pensamentos
errados.

1. O equívoco de Satanás
Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e
os seus bens se multiplicaram na terra. Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face. Jó 1:9-11
O diabo fez uma acusação a Deus. Ele disse: “não é em vão que Jó serve a Deus. Ele serve a Deus porque recebe muitas bênçãos. Tire as bênçãos e ele vai abandonar o Senhor”. Mas o
Senhor respondeu: “eu fico com o meu servo. Tenho certeza que ele me serve porque me ama.”
Eu passei por uma experiência que me levou a compreender bem a situação de Jó. Eu tinha sete anos de casado e tinha conseguido comprar um lote e um carro usado de cinco anos. Depois
de ver uma propaganda de venda casas de madeira, resolvi entregar o lote o carro e até a máquina de costura da minha esposa, em troca de uma casa. Eles pegaram tudo o que eu tinha,
mas a empresa faliu alguns meses depois e eu perdi tudo.
Nem preciso dizer o quanto fiquei abalado. Mas o que mais me entristeceu foi a forma como os irmãos lidaram com o meu problema. Alguns me disseram que eu deveria agora mudar a
minha teologia, uma vez que eu ensinava que a vontade de Deus é nos fazer prósperos. Houve até alguém que veio me dizer que eu deveria confessar meu pecado, pois somente pessoas
no pecado sofrem perdas assim. Não é fácil passar pela tribulação e ainda ser condenado pelos outros.
Naquela época eu era ministro de louvor e me lembro de sair de casa a tarde, com o sol quente, a pé, para ir ao culto. Lembro-me de dizer ao Senhor: “Não estou com vontade de louvar, nem
de ministrar ao Senhor.” Naquele momento o Espírito Santo falou forte no meu coração. O inimigo havia dito que eu somente servia a Deus quando tudo ia bem e que eu certamente me
calaria no meio da tribulação. Naquele dia eu resolvi adorar a Deus como nunca tinha feito em toda minha vida. Cheguei diante da Igreja e disse que naquele dia não haveria instrumentos,
mas que iríamos ministrar só com as vozes. A glória de Deus veio sobre nós. Uma coisa é adorar a Deus quando tudo vai bem, mas outra coisa é dizer: “Ainda que a figueira não floresça,
nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no
SENHOR, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3:17-18). Depois daquele dia o Senhor prometeu me restituir e um ano depois ele me deu uma nova casa. Eu creio que o segredo da vitória
foi honrar a Deus no meio da acusação do maligno.
O equívoco do inimigo foi acreditar que Jó servia a Deus apenas por interesse nas bênção. Satanás nunca acreditou na possibilidade de alguém servir a Deus por amor. Para ele, quando
alguém se aproxima de Deus, sempre tem um interesse escondido. Uma vez que existe tal acusação no universo, todos nós precisamos ter uma oportunidade de calar a boca do inferno. Isso
somente pode acontecer se passarmos pela tribulação. É no meio da fornalha da aflição que temos ocasião de honrar a Deus e declarar que o amamos pelo que ele é e não pelo que pode
nos dar.
O inimigo acusou a Jó de servir a Deus por interesse e além disso ele acusou a Deus de subornar a Jó com bênçãos.
As coisas do diabo nunca são de graça. É para satisfazer os desejos do Diabo que as pessoas são obrigadas a fazer trabalhos de bruxaria. Você já viu algum pai-de-santo ou mãe-de-santo
fazer qualquer coisa sem cobrar? Quando uma igreja cobra por algo ela está se fazendo semelhante a pessoas como essas. Na verdade quando um crente tenta fazer alguma barganha com
Deus ele está agindo como se Deus também cobrasse pelas suas bênção.
Este é o grande equívoco de Satanás! Ele pensa que servimos a Deus por obrigação. Imagina que nossas orações são motivadas pelo medo. É por isso que ele procura semear dúvidas em
nosso coração. Quando você se aproxima de Deus para pedir cura, libertação, ele sempre está junto para enfraquecer sua fé. Aprenda a enfrentá-lo afirmando o seu amor ao Senhor e
confiando inteiramente na graça.

2. O equívoco da esposa de Jó
Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não
receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. Jó 2:9-10
O equívoco da esposa de Jó foi pensar que a vida de Jó estava centrada nos bens e na saúde que ele possuía, suas propriedades, seus animais, seus servos e até mesmo seus filhos e
filhas. Uma vez perdidos, não havia mais razão para continuar servindo a Deus.
Você sabe que ainda hoje muitos vivem esse equívoco? Muitos se afastam de Deus por causa das perdas que sofrem. Não existe um teste maior para a nossa fidelidade do que o sofrimento.
Mesmo vivendo ao seu lado e vendo sua integridade e fidelidade a Deus, a esposa de Jó não conseguiu compreender.
Ouça. Esta lição é muito importante para nós. Não podemos nos equivocar, pensando que a vida verdadeira está nos bens que nos cercam.
Lembre-se do que o Senhor disse:
“Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.” (Lc 12.15).
Como Paulo, devemos afirmar: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Fp 1.21).

3. O equívoco dos amigos de Jó


O ponto central do argumento dos amigos de Jó é falso. A posição deles é que o justo nunca é afligido e que se vem uma calamidade ela deve ser por causa de algum pecado oculto. Assim,
se Jó estava sofrendo esse era o sinal inequívoco de que havia pecado oculto na vida dele. Devemos ter em mente que Deus não causou o sofrimento de Jó, mas o permitiu.
Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus; se lançares para longe a iniqüidade da tua mão e não permitires habitar na tua tenda a injustiça, então, levantarás o rosto sem
mácula, estarás seguro e não temerás. Pois te esquecerás dos teus sofrimentos e deles só terás lembrança como de águas que passaram. A tua vida será mais clara que o meio-dia; ainda
que lhe haja trevas, serão como a manhã. Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança; olharás em derredor e dormirás tranqüilo.
Deitar-te-ás, e ninguém te espantará; e muitos procurarão obter o teu favor. Mas os olhos dos perversos desfalecerão, o seu refúgio perecerá; sua esperança será o render do espírito. Jó
11:13-20
A argumentação de Zofar seria perfeita se ele não estivesse errado! Ele não conhecia verdadeiramente a Deus, julgava que as dores de Jó eram um castigo dos céus.
O equívoco dos amigos de Jó foi pensar que os sofrimentos de Jó eram conseqüência de seus pecados. Jesus disse que de fato o pecado pode trazer calamidades, mas não devemos julgar
a ninguém pelas suas lutas.
Depois de curar o paralítico o Senhor o encontra depois e lhe faz uma séria advertência.
Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior. Jo. 5:14
Parece bem evidente que a enfermidade daquele homem tinha sido conseqüência do seu pecado. Sendo assim, o Senhor nos mostra que o pecado pode sim trazer enfermidades sobre nós.
Mas não podemos chegar ao ponto de afirmar que toda pessoa enferma está doente por causa de algum pecado. Existem muitas causas para alguém ficar enfermo e no caso de Jó, ele não
ficou doente porque estava em pecado.
Infelizmente muitas pessoas se sentem constrangidas de pedirem oração ou de compartilharem seus problemas porque sentem o receio de serem julgadas e condenadas em nosso meio.
Infelizmente há ainda muitos amigos de Jó entre nós.
Numa ocasião houve uma grande tempestade em nossa cidade. No final do culto uma árvore havia caído em cima do carro de um irmão. Para a tristeza dele a primeira coisa que lhe
perguntaram foi se ele era fiel nos dízimos. O conceito comum é que aquele que é fiel no dízimo não passa por lutas. Mas o que eles disseram quando seis meses depois a prefeitura o
indenizou e ele comprou um carro novo muito melhor do que aquele que possuía? O equívoco dos amigos de Jó é sempre julgar segundo a aparência e segundo a sua teologia torta.
É preciso muito cuidado para perceber quando a nossa teologia se torna um problema. Temos a tendência de cair nos extremos co mo os bárbaros em relação a Paulo em Atos 28. Quando
algo de ruim acontece logo pensamos que isso deve ser o sinal de que a pessoa é pecadora, mas se alguém recebe uma bênção extraordinária presumimos que ela está mais perto de Deus
do que nós.
Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão. Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram uns
aos outros: Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a Justiça não o deixa viver. Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum; mas eles esperavam que
ele viesse a inchar ou a cair morto de repente. Mas, depois de muito esperar, vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudando de parecer, diziam ser ele um deus. At. 28:3-6
Certamente nem tudo o que acontece conosco é a vontade de Deus. Não podemos dizer que qualquer coisa ruim que acontece seja um castigo dos céus. Você já ouviu frases como essa?
“Foi da vontade de Deus que isso acontecesse.” Jesus nos ensinou a orar dizendo: “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt. 6:10). Ele nos ensinou a orar assim porque nem
tudo o que acontece é a vontade de Deus. Algumas coisas são obra do maligno. Deus não deseja que coisas ruins nos aconteçam. Precisamos orar para que ele nos livre do mal e também
para que a sua perfeita vontade seja feita.
Quando Jesus ressuscitou o filho da viúva de Naim, o povo exclamou: “Um grande profeta se levantou entre nós. Deus interveio em favor do seu povo” (Lc 7.16). E eles estavam corretos
porque Deus nos visita com cura, não com doenças! Ele nos visita com prosperidade e não com miséria! Visita-nos com libertação, não com opressão! Visita-nos com vitórias e não com
derrotas!
Não é o desejo de Deus que nos traz esses problemas. Eles ocorrem, mas não porque Deus os enviou por sua simples vontade. Jesus disse que os problemas estão aqui para que a glória de
Deus se manifeste.
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele
pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. Jo. 9:1-3
Os discípulos tinham a mesma idéia equivocada dos amigos de Jó. Presumiam que a doença daquele homem devia ser um tipo de castigo de Deus, sendo assim certamente seus pais tinham
pecado. Eles até perguntaram se o próprio cego tinha pecado para nascer assim. Isso mostra como não conseguiam pensar no problema a não ser para encontrar um culpado. Mas o Senhor
lhes dá uma resposta surpreendente. Aquela doença não era resultado do pecado de ninguém, mas era apenas uma oportunidade para que a glória de Deus se manifestasse.
Os amigos de jó estavam equivocados. Espero que você não continue equivocado. A vontade de Deus é operar o milagre na sua vida! O seu problema é apenas uma oportunidade para que a
glória de Deus se manifeste.

4. O equívoco de Jó
Depois de ler a respeito dos equívocos de todos os outros personagens da história, poderíamos concluir que Jó é quem estava correto. Mas surpreendentemente Jó também estava
equivocado.
Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Jó 42:5
“Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram”. Essa palavra parece contradizer tudo o que os primeiros versículos do livro registram. O Senhor mesmo
havia declarado que Jó era um homem íntegro. Como pode um homem íntegro, reto e temente a Deus não conhecer a bondade divina? Esse é o problema. O equívoco de Jó foi pensar que
integridade apenas é suficiente. Ele conhecia a Deus ouvindo de outros, mas ele mesmo nunca tinha tido uma experiência com Ele.
Esse é o grande perigo que ronda nossas vidas. Muitos só conhecem a Deus porque ouvem falar dele. Mas nunca tiveram uma experiência pessoal com ele. Quando as tempestades
desabam, a teoria sobre Deus não funciona!
Creio que foi exatamente por isso que o Senhor permitiu que Jó passasse por aquela tribulação. A tribulação era uma oportunidade de conhecer o Senhor de uma forma pessoal. Uma coisa é
saber que Deus cura, outra coisa é receber a cura no leito de um hospital. Uma coisa é conhecer a Deus de ouvir falar, outra completamente diferente é tê-lo junto consigo na fornalha.
É preciso ter os olhos da fé abertos para ver que o Deus que servimos está acima dos nossos sofrimentos. Ele é o Deus que tem poder para mudar a nossa vida. Ele pode nos curar e libertar
de qualquer doença ou crise.
Você pode contemplar a beleza do Senhor neste dia. Ele está aqui. Não se deixe levar pelo engano. Abra os olhos e veja a glória do Senhor brilhar em sua vida.
A Palavra de Deus diz que o Senhor apareceu para Jó do meio de um redemoinho (Jó 40:6). Creio que isso não foi por acaso. Todos nós já vimos um redemoinho nos dias empoeirados de
agosto. O redemoinho é o encontro de forças contrárias que se chocam. O redemoinho, portanto, é um ponto de tensão.
Quando ventos frios se encontram com ventos quentes, quando a pressão de baixo é maior que a de cima, então temos um redemoinho. Redemoinhos apontam para situações de tensão em
nossas vidas.
Quando o Senhor veio buscar Elias ele o levou ao céu no meio dum redemoinho (II Rs. 2:11). Ou seja, Elias subiu ao céu por meio da tensão. A tensão tem o poder de nos levar para cima, se
respondemos a Deus.
Se Deus levou Elias aos céus num redemoinho, pode também usar tensões de nossa experiência para elevar o nosso nível espiritual. Para nos levar para lugares mais altos.
O Senhor também falou com Jó no redemoinho. Jó estava passando por uma situações de extrema tensão. Perdera os seus filhos, os seus bens, estava terrivelmente enfermo e, para
completar, os seus amigos o acusavam de estar sendo castigado por Deus por causa dos seus pecados.
Deus usou a tensão para falar com Jó. Deus falou com ele no meio de um redemoinho. É no meio da tensão que Deus vai falar com você. A tensão porém, precisa ser direcionada para se
tornar uma oração intensa que toca o coração de Deus. O redemoinho precisa nos levar para cima. Você pode ter certeza que no meio do redemoinho poderá ouvir a voz de Deus falando con
você suavemente.
O livro de Zacarias diz que Deus vai no meio dos redemoinhos (Zc 9:14). Só Deus pode transformar a tragédia em bênção. O redemoinho tem o poder de bagunçar tudo e colocar tudo de
perna para cima. Mas é no meio desta situação caótica que conhecemos a Deus e o seu poder transformador.
Para Abraão Deus apareceu como o El Shaday, para mostrar que ele pode nos suprir em todas as nossas necessidades.
Para Jacó apareceu como um anjo guerreiro que tocou a sua coxa, para mostrar que ele pode mudar a nossa vida.
Para Moisés apareceu no meio de uma sarça ardente para mostrar o seu fogo que não depende do poder humano.
Para Elias apareceu no meio de um cicio suave para ser o nosso descanso.
Mas para Jó ele apareceu no meio do redemoinho, para mostrar que ele está presente no meio de nossas tribulações.
É na tensão que descobrimos a nossa fraqueza e incapacidade. É na tensão que aprendemos a confiar em Deus e a saber que sem ele nada podemos fazer.
Não sei quantos ventos contrários tem feito da sua vida um redemoinho nesses dias, contudo sei que no meio desta situação Deus vai elevar você e manifestar-se a você.
Você sairá dele mais amadurecido e mais resistente. Canalize o redemoinho para cima, não deixe que ele seja como a água sugada pelo buraco da pia que puxa tudo pra baixo. Ore e creia
mesmo que tudo pareça bagunçado. Deus se manifesta no meio do redemoinho.
Conquiste com o Senhor o seu milagre. Aproxime-se dele crendo que ele é bom é tem pensamentos bons a seu respeito!
Décimo Terceiro Dia
Sinais de que a bênção vem
Há coisas que acontecem repentinamente e sem aviso algum. Isto pode acontecer tanto nas coisas naturais, como nas espirituais. Todavia o normal é que todo evento seja precedido de sinais.
Antes de chover o céu escurece. Antes de um grande terremoto há uma série de pequenos tremores.
As coisas espirituais também são precedidas de sinais. Antes de Deus fazer qualquer coisa ele nos dá sinais de advertência. Os sinais, então, são também uma forma de ouvirmos de Deus. O
Senhor nos dá sinais de que a bênção está vindo para que não desistamos de buscar e orar. Não devemos esmorecer e desanimar, antes precisamos estar atentos para perceber os sinais da
bênção que está chegando.
Sendo assim é vital entendermos os sinais que ele nos dá. Todavia, assim como nem toda trovoada e ventania resulta em chuva, assim também nem tudo o que acontece conosco são sinais.
Precisamos ter sabedoria para interpretá-las. Não é minha intenção estimular você a agir de forma mística exageradamente. É importante valorizar as coisas espirituais e os sinais espirituais. É
importante crer no poder de Deus e na ação do Espírito Santo, o problema acontece quando identificamos um significado espiritual nas mínimas coisas que nos acontecem. Se tropeçam
nalguma coisa já logo imaginam que há um anjo os resistindo. Se ao mascarem o chiclete mordem a línguas, eles param imediatamente para avaliar o sentido daquilo. Mas as pessoas que estão
no extremo oposto também perdem muito. É ruim aquele que tropeça numa pedra e vê algo espiritual, mas é pior quando prédio cai e a pessoa não pondera em coisa alguma. As coisas do
Espírito também envolvem bom senso.
Depois que você começa a orar por um milagre você precisa ficar atento aos sinais. Na Palavra de Deus temos alguns exemplos de sinais. Esses sinais precederam o seu mover e a sua
manifestação. Quem sabe agora mesmo já há um sinal de Deus para você continuar avançando porque o milagre está chegando.
Gostaria de enumerar cinco tipos de sinais que encontramos na Palavra de Deus. Algum deles podem estar diante do você nesse momento. Minha oração é que você tenha discernimento para
percebê-los e assim ter a sua fé alimentada.

1. O sinal espetacular
O primeiro tipo de sinal que quero compartilhar é o sinal espetacular. Um exemplo bíblico foi o nascimento de Jesus. Naqueles dias apareceu uma estrela no céu, a estrela de Davi (Mateus 2:1-
9).
Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos
a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. Mt. 2:1-2
Aquele era um sinal espetacular, mas mesmo sendo assim espetacular não significava que todos perceberam. O céu todas as noites estava cheio de estrelas, mas houve um dia em que apareceu
uma estrela que não estava lá. Foi preciso um olhar atencioso para perceber uma nova estrela, mas foi preciso muito discernimento espiritual para entender que aquela era a estrela que
anunciava o nascimento de Jesus.
Para aqueles que caminham sempre olhando para o chão não há nada de diferente acontecendo. Para aqueles que olham apenas com o seu olhar natural e terreno não havia nada especial. Mas
para aqueles que estavam esperando o milagre aquela estrela era um sinal de Deus. Se você está esperando um milagre pode ser que o Senhor lhe dê um sinal espetacular de que a sua bênção
vem. O sinal é apenas para que você persevere e não desista de crer.
Observe ao seu derredor. Será que não existe algo novo que tenha sido acrescentado nas suas circunstâncias? Não há nada novo acontecendo? Talvez você esteja orando por alguém e
justamente agora acontece algo fora do comum com ele. Esse é um sinal. Estávamos orando pela salvação de uma pessoa, quando ouvimos dizer que ela tinha sido livrada de um grave acidente.
Todos percebemos que aquilo era um sinal de que a bênção já estava às portas.
Jesus viria, mas antes Deus mandou uma estrela como sinal. Se você ver a estrela você terá fé para ir a Belém vê-lo. A estrela era um sinal e também um sinalizador, ou seja, ela também
mostrava o caminho.
Os magos tinham discernimento para saber que a estrela era um sinal, mas não tiveram entendimento para saber que ela também sinalizava o caminho. Perceberam a estrela, mas foram parar
em Jerusalém. Quando perceberam o equívoco a Palavra de Deus diz que a estrela os guiou até onde o menino estava (Mt. 2:9).
Se você começou a orar preste atenção em acontecimentos incomuns que ocorrerem. Eles poderão ser um sinal de Deus de que a bênção está chegando. O Senhor fala conosco em sua Palavra,
nos dá direção em nosso espírito, mas também fala conosco através de sinais. Fique atento a eles. Se coisas incomuns acontecem justamente enquanto você ora por algo, aquilo pode ser um
sinal de Deus.
Um pastor amigo meu me contava algo interessante que aconteceu com ele. Ele estava passando por um momento de transição ministerial e estava enfrentando muitas lutas. Ele e sua esposa
estavam sentados na sala de sua casa falando a respeito disso. Enquanto conversavam a lâmpada da sala repentinamente estourou. Na havia chuva e nem queda de energia. Diante daquilo eles
tiveram a convicção que estavam diante de um sinal espiritual. Eles deviam avançar mesmo enfrentando muita oposição espiritual.

2. O Sinal sobrenatural
Um outro tipo de sinal que o Senhor nos dá é o sinal sobrenatural. Depois de ouvir o sonho dos soldados midianitas, Gideão percebeu que aquilo não era por acaso, mas era um sinal.
Se ainda temes atacar, desce tu com teu moço Pura ao arraial; e ouvirás o que dizem; depois, fortalecidas as tuas mãos, descerás contra o arraial. Então, desceu ele com seu moço Pura até à
vanguarda do arraial. Os midianitas, os amalequitas e todos os povos do Oriente cobriam o vale como gafanhotos em multidão; e eram os seus camelos em multidão inumerável como a areia
que há na praia do mar. Chegando, pois, Gideão, eis que certo homem estava contando um sonho ao seu companheiro e disse: Tive um sonho. Eis que um pão de cevada rodava contra o arraial
dos midianitas e deu de encontro à tenda do comandante, de maneira que esta caiu, e se virou de cima para baixo, e ficou assim estendida. Respondeu-lhe o companheiro e disse: Não é isto
outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de Joás, homem israelita. Nas mãos dele entregou Deus os midianitas e todo este arraial. Tendo ouvido Gideão contar este sonho e o seu significado,
adorou; e tornou ao arraial de Israel e disse: Levantai-vos, porque o SENHOR entregou o arraial dos midianitas nas vossas mãos. (Jz. 7:10-15)
Algumas pessoas recebem visões, outras têm sonhos e ainda outras vêem anjos. O sinal sobrenatural pode acontecer de muitas formas. É indiscutível que Deus fala conosco em sonhos, visões e
outras formas sobrenaturais. Quando começar a orar e jejuar esteja atento aos seus sonhos e aos sonhos de pessoas envolvidas na situação. Deus usa sonhos como sinais.
Gideão temia atacar o inimigo e o Senhor na sua misericórdia lhe deu um sinal. O sinal foi um sonho que outra pessoa teve, mas que ele entendeu ser o Senhor confirmando o milagre que iria
acontecer.
Obviamente nem tudo o que sonhamos procede de Deus. Não há valor naquele sonho que temos depois de comer um boa feijoada. Precisamos, porém, prestar atenção para aqueles sonhos que
se repetem dias seguidos e naqueles que nos deixam perplexos e incomodados.
Todas as vezes em meu ministério que começo a orar por determinados alvos, o Senhor me concede sinais. Quando fomos comprar o prédio onde nos reunimos, na noite anterior eu tive um
sonho e no sonho o Senhor em entregava o documento do prédio. Quando acordei eu entendi que de fato o Senhor nos daria o prédio e fui fazer a negociação cheio de alegria e fé. Já não havia
nenhum temor, pois eu havia entendido o sinal do céu. O objetivo do sinal é fortalecer a fé em nosso coração.
No caso de Gideão não foi ele mesmo quem sonhou, por isso fique atento. Pode ser que você mesmo não tenha tido um sonho, mas pode ser que sua esposa, filhos ou amigos tiveram. Eu nunca
desprezo sonhos. Todas as vezes que alguém diz que sonhou comigo eu faço questão de ouvir. A vida da Igreja é misteriosa, Deus fala coisas a meu respeito para o irmão que está do meu lado.

3. O Sinal espiritual
Já observou que muitas pessoas quando se convertem passam por muitas tribulações e dificuldades? Muitos até questionam dizendo: “não entendo o que está acontecendo, pois em vez da
minha vida melhorar parece que piorou.” Isso acontece porque Faraó está desesperado. Ele sabe que já perdeu a batalha, mas procura de alguma maneira reter aquele que o Senhor já livrou.
Isso pode ser visto na história do povo de Israel. O Senhor disse para Moisés ir a Faraó e dizer para deixar o povo sair. Mas em vez de Faraó obedecer ele fez foi piorar a situação do povo. Veja
que o Senhor já havia determinado a bênção, mas Faraó resolveu resistir. A resistência do inferno é apenas um sinal de que a bênção já foi decretada.
Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles
mesmos que vão e ajuntem para si a palha. E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso
Deus. Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que nele se apliquem e não dêem ouvidos a palavras mentirosas. (Ex. 5:1, 7-9)
Nem todo sinal espiritual é de Deus, mas eles também podem ser usados por Deus para nos sinalizar a resposta. Às vezes você terá de escolher qual sinal você quer olhar. Deus mandou, através
de Moisés, que Faraó deixasse o povo ir, mas em vez de deixar sair o povo ele piorou a situação de escravidão.
Isso também pode acontecer conosco. Pode ser que comecemos a orar e as coisas pareçam piorar. Isto também é um sinal. Se você ora e o maligno fica furioso, continue orando, porque algo já
está acontecendo nos céus. Você começou a orar pela libertação do seu marido alcoólatra, mas em vez dele melhorar ele quase teve um como alcoólico. A situação pareceu piorar, mas na
verdade trata-se de um sinal espiritual. Gosto de pensar que para o diabo cair ele precisa se levantar. Se você começou a orar e o maligno se levantou, esse é o sinal de que você deve continuar
buscando pois ele se levantou para cair.
Quando a bênção já está decretada o inimigo se levanta para resistir. Mas você não precisa ficar desanimado. Se ele não deixar sair o Senhor enviará dez pragas sobre ele e, no fim a vitória será
sua. Faraó sempre fica furioso, mas você precisa escolher se quer olhar a fúria maligna ou o poder de Deus sobre Faraó.
Você começou a orar buscando a restauração do seu casamento, mas em vez do seu cônjuge mudar de conduta, ele resolve sair de casa. Você fica perplexo e a tendência natural é desistir de orar
e dizer que não está adiantando. Mas é justamente nessa hora que você precisa aplicar mais fé, pois um sinal está sendo dado. Algo está acontecendo no mundo espiritual. Moisés não presumiu
que não era a vontade de Deus libertar o povo só porque Faraó se endureceu. Lembra que é o diabo esperneando para não soltar o seu marido. A bênção virá se você perseverar e conseguir
perceber que esse é apenas um sinal espiritual.
Por que esse é um sinal do milagre? Simplesmente porque o diabo está assustado. Se ele não percebesse o poder de Deus ele não estaria esperneando. Se começou a tremer é porque o remédio
está fazendo efeito. Há poder na oração. Se você perseverar até o fim você verá a glória de Deus.

4. O Sinal natural
A bênção às vezes vem gradualmente num processo. Jesus orou com o cego e ele começou a ser curado, mas a visão ainda não era perfeita porque ele via as pessoas como árvores. Mas o Senhor
continuou até ele ver perfeitamente.
Jesus, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: Vês alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu:
Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando. Então, novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito
(Mc. 8:23-25).
O problema é que algumas pessoas se contentam em ver as pessoas como árvores. Afinal para quem era cego isso já é um bom avanço. Mas não pare no meio do processo. O Senhor não faz sua
obra pela metade. Não é da vontade dele que você se acomode.
Mas é isso que muitos fazem. Eles estavam doentes e estão um pouco melhor. Antes tinham dores agudas, mas agora sentem pouca dor. Logo presumem que esse deve ser o milagre, mas não é.
Esse é apenas o sinal de que o Senhor quer completar a obra.
Se você já viu que algo começou a acontecer, então, não pare, continue orando. Você está orando para alguém parar de beber e de repente você ouve ele dizendo que vai beber apenas no final de
semana. É um sinal, não pare de orar. Você estava orando para que seu marido voltasse para casa. Ele voltou, mas está dormindo num quarto separado. Isso é apenas um sinal, ainda não é o
milagre. Veja o sinal, encha-se de fé e continue até receber tudo o que Deus tem para lhe dar. Não sabemos porque algumas vezes o milagre acontece num processo gradual, mas essa é a
verdade. Simplesmente não desista no meio do processo.
Certa vez Elias subiu no monte para orar para que chovesse. Ele orou seis vezes e não havia nem sinal de chuva, mas na sétima vez ele orou e apareceu no horizonte uma nuvem do tamanho da
palma da mão de um homem. Era uma nuvenzinha, mas ele percebeu nela o sinal de Deus.
À sétima vez disse: Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão do homem. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe: Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva não te
detenha. Dentro em pouco, os céus se enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande chuva. I Rs. 18:44-45
Pode ser que ainda não começou a chover, mas se já apareceu uma nuvenzinha no horizonte levante-se em fé, pois ela é um sinal da tempestade que virá.

5. O Sinal intencional
Um sinal intencional significa que eventualmente nós iremos atrás para investigar e ver o que está acontecendo no acampamento do inimigo. Não ficamos passivos esperando, mas mexemos
com a situação para ver se houve alguma mudança. Foi o que aconteceu com Josué. O povo estava prestes a invadir a terra prometida, a pressão era muito grande, mas antes de atacar ele enviou
dois espias. Ele manda os espias para por meio deles perceber um sinal de Deus.
E lhes disse: Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o SENHOR
secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes.
Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o SENHOR, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. (Js. 2:9-
11)
Depois de ouvirem o relatório de Raabe os espias se encheram de fé. As muralhas ainda estavam no mesmo lugar e o exército inimigo está fortemente armado, mas agora eles sabiam que o
Senhor já lhes havia liberado o milagre.
Muitas vezes teremos de investigar a situação para sabermos se algum sinal de Deus pode ser percebido. Josué mandou os espias para saber se o inimigo estava preparado. O relatório dos
espias era um sinal de que Deus já estava agindo. As muralhas caíram quando o coração do povo de Jericó desmaiou e perdeu o ânimo.
Se você está orando por um emprego é preciso investigar todas as portas. Leia todas as revistas e jornais procurando uma porta aberta. Procure antigos amigos, investigue empresas, espie a
terra. Se o milagre que você procura é prosperidade comece a investigar, veja se algo novo está acontecendo. Não fique parado passivo aguardando um outro tipo de sinal. Deus tem preparado
um sinal para encher o seu coração de fé.
Depois de aprender a respeito de todos esses tipos de sinais você consegue perceber algum sinal ao seu derredor? Pede ao Senhor para abrir os seus olhos. Quando você perceber o sinal pode ter
certeza que agora é apenas uma questão de tempo, a bênção certamente vem!
Décimo Quarto Dia
Todo o que pede recebe
Você certamente já percebeu como são feitos os roteiros de filmes de cinema. Primeiro eles colocam o personagem principal numa situação bem difícil onde parece não haver nenhuma
saída. E quando a situação parecer desesperadora, então eles fazem com que fique mais difícil ainda.
Eles fazem tudo isso com a intenção de despertar emoções. Deus frequentemente parece agir da mesma maneira, mas não para nos dar mais emoções simplesmente, mas para nos ensinar
suas verdades de forma que nunca mais as esqueçamos.
Servir a Deus realmente não é para os de coração fraco. Viver pela fé exige uma atitude de força e ousadia, mas requer de nós dependência completa do Senhor. Não poucas vezes o Senhor
nos permitirá entrar em situações que somente ele pode nos livrar.
Por isso você precisa aprender a orar. A oração deve ser o primeiro recurso, e não o último. O mais comum é as pessoas orarem depois de esgotarem todos os seus recursos. Oramos
quando percebemos que estamos sem saída.
Veja uma pessoa com problemas financeiros. Ela vai tentar usar todo o limite do cartão de crédito, depois do cheque especial, tentará pegar emprestado com amigos, depois com familiares e
deve até vender os móveis de sua casa. Por fim ela vai orar como quem diz: já não tenho mais nada a perder.
Deveríamos pensar o contrário: o que eu tenho perdido por não orar? Orar não deve ser o último recurso, mas sim a primeira coisa a ser feita. Ore pelo que Deus quer e não pelo que você
quer.
E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.
Nada está fora do alcance da oração, exceto aquilo que está fora da vontade de Deus. Jesus nos ensinou a orar: “seja feita a tua vontade...” E a maneira de conhecermos a vontade de Deus
é pelas Escrituras.
Quando oramos segundo a vontade de Deus podemos ser ousados na oração e determinar na terra a sua vontade. Mas lembre-se, somente podemos determinar a vontade de Deus e não a
nossa.

1. Pedi e dar-se-vos-á
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Mt. 7:7-8
O primeiro princípio para se receber o milagre é simplesmente pedir, pois todo o que pede recebe. Isso parece exageradamente simples, mas alguns nunca pediram por isso também nunca
receberam.
Para pedir corretamente o primeiro princípio é ser específico no seu pedido. Seja específico, mas em linha com a Palavra de Deus e com o Espírito. Se pedimos algo fora da Palavra de Deus
não temos como receber.
Cobiçais e nada tendes; matais, e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em
vossos prazeres. Tg. 4:2-3
Algumas vezes você não ora por algo específico, apenas ora pela bênção de Deus sobre si. O Espírito Santo é um cavalheiro. Ele não responde perguntas que não foram feitas, não dirige se
não foi solicitado, não se manifesta se não é desejado e não concede o que não foi pedido. Você não é mais abençoado simplesmente porque não pede pela bênção de Deus.
Se ontem não lhe pedimos a bênção, então não recebemos hoje o que poderíamos ter ganho. Há bênção pelas quais não precisamos de pedir, mas existem muitas outras, talvez as mais
importantes, que devem ser solicitadas.
Alguns acreditam que seu nome é sinônimo de dor e problema e não se consideram candidatos para a bênção de Deus. Outros acham que por serem salvos as bênçãos cairão
automaticamente nas suas cabeças. São dois conceitos equivocados. A natureza de Deus é abençoar. Ele nos quer abençoar muitíssimo. Mas precisamos orar pedindo.
Não importa quem você é ou quem seus pais decidiram que você seria. O que importa realmente é saber quem você quer ser, e pedir isso. Uma simples oração pode mudar o seu futuro.
Uma oração hoje pode liberar a bênção e mudar a sua história.
Em segundo lugar o seu pedido precisa proceder de um desejo profundo do coração. É preciso querer e pedir a Deus. A seqüência do pedir-buscar-bater fala de um desejo ardente no
coração. Na verdade Deus somente se deixa achar por aqueles que o buscam de todo o coração. Pedir, buscar e bater nos mostra uma seqüência ascendente de intensidade.
Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Jr. 29:13
Em terceiro lugar você precisa confiar que o Pai deseja lhe dar. Não duvide da bondade de Deus. No verso 11 a lógica é clara, se nós que somos maus sabemos dar boas coisas a nossos
filhos, quanto mais o Pai celestial. Tenha uma imagem correta de Deus. Veja-o como um pai amoroso interessado em nossas vidas.
Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas
aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? Mt. 7:9-11
A graça de Deus nos ensina que nada que diz respeito a nos é tão grande que Deus não possa fazer, mas também nada é tão pequeno que não seja importante para ele.
Deus se importa com o sapato que você usa, com a roupa que você veste, ele se importa com o seu trabalho e até mesmo com o carro que você anda. Deus se importa se você ficar doente,
e se importa se você passar necessidade. Deus se importa com tudo que diz respeito a sua vida. Porque se nós que somos maus, damos importância a tudo que diz respeito aos nossos
filhos, muito mais Deus cuidará dos seus próprios filhos.
Alguns religiosos dizem: “não fique incomodando a Deus com essas coisinhas insignificantes”. Mas isso é um erro. Deus tem prazer em ouvir a sua oração a respeito das suas necessidades.
Ele tem prazer de ouvir as suas histórias e ajudar nas suas lutas.
Deus é nosso Pai. Se Deus fosse apenas Deus, como é que ele iria se relacionar comigo? No dia que eu oro: Senhor! Estou precisando de um carro. Ele responderia: precisando de carro?
Que coisa mais tola! Porque você não ora por coisas mais importantes? Deus está tão acima de tudo que as coisas desse mundo nada significam para ele, pois ele não precisa de nenhuma
delas. Mas Deus, não é apenas Deus, ele é o nosso pai.
Não importa aquilo que você tem passado, não importa se as pessoas digam que isso é insignificante. A graça de Deus é do tamanho da sua necessidade.
Não há necessidade tão grande que ele não possa suprir, e nem há uma necessidade tão pequena que não seja também importante para ele. Oh, como é maravilhoso chamar a Deus de pai,
porque isso é mais que uma retórica teológica, isso é mais do que uma expressão bonita para se usada em uma oração solene. Não, isso é um fato.
As pessoas fazem esta oração do pai nosso todos os dias, mas quantas percebem que de fato têm um pai que cuida delas? Quantas de fato descansam na graça, na generosidade e na
abundância da casa deste pai? Quantos têm de fato sentido o aconchego de saber que estão juntos do pai?
Por último você precisa pedir de acordo com a Palavra de Deus. Jesus disse que se orarmos de acordo com a vontade de Deus certamente ele nos ouvirá.
“E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa SEGUNDO A SUA VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos,
estamos certos de que obtemos os pedidos que lhes temos feito...” I Jo 5.14,15.
Deus somente age de acordo com a sua Palavra. Se você orar tendo a Palavra de Deus como base você já começa com a resposta.

2. Você nunca terá o que você não busca


A prova do desejo é a busca. Qualquer coisa destruida pode ser restaurada; qualquer coisa fechada pode ser aberta, qualquer coisa perdida pode ser achada, mas é necessário haver busca.
A busca nos qualifica a receber a bênção. A necessidade não nos qualifica, mas a busca, sim. A necessidade não atrai a Deus, mas fé de quem busca o honra.
Você nunca terá um milagre se você se recusa a buscá-lo. Você nunca terá sucesso profissional a menos que o busque numa santa obsessão. Aquilo que você está buscando mostra o que
você terá. Muitos dizem que querem crescer, mas não oram, não meditam na Bíblia, não estudam, não trabalham duro, não possuem um discipulador. Estão mentindo para eles mesmos. O
lugar onde você investe o seu tempo mostra o que você está buscando. Quatro horas diante da Tv e cinco minutos diante de Deus. Aquilo que você está buscando mostra o que você terá.
Uma oração que não resulta em uma busca é um tipo de auto-engano.
Zaqueu teve que subir na árvore para ver Jesus. A mulher hemorrágica teve de buscar a cura. O cego Bartimeu teve de clamar em voz alta. A sua busca precisa encontrar uma expressão
exterior. Sem essa expressão a busca é apenas um vago desejo.

3. O milagre é pela graça mediante a fé


A bênção não é para quem merece, mas para quem confia na graça de Deus. A bênção não é para aquele que melhor se comporta, nem para o mais merecedor, a bênção é para aqueles
que confiam na graça de Deus.
Deus nunca consulta o seu passado para determinar o seu futuro. Não espere merecer para poder pedir uma grande bênção para o Senhor.
Muitos vivem debaixo de uma constante pressão na mente. Eles sempre sentem que não oraram o suficiente, não ofertaram o suficiente, não fizeram boas obras o suficiente. Simplesmente
não vivem debaixo da graça, mas debaixo da pressão de terem de agradar a Deus.
Quando tentamos agradar a Deus pelo nosso esforço simplesmente saímos da graça e caímos no padrão da lei. Ninguém jamais recebeu o milagre porque mereceu, mas porque justamente
reconheceu que não merecia e confiou exclusivamente na graça.
Já observou como algum dos que mais prosperam ou os que mais recebem bênçãos são justamente os que consideramos mais problemáticos? Os crentes mais íntegros e piedosos parece
que nunca recebem milagres. O motivo talvez seja o fato de que esses últimos se gloriam na sua justiça própria.
A lei diz “faça, mas a graça diz “eu faço por você”. A verdadeira vitória não é conquistada, mas nos é dada gratuitamente. Deus nos leva até ao ponto em que desistimos de confiar em nós
mesmo e passamos a crer pelo seu milagre.
Nós recebemos os milagres do mesmo modo que recebemos a salvação: de graça pela fé. Na verdade todas as coisas de Deus somente podem ser recebidas dessa forma. Fomos salvos
pela graça mediante a fé que se entrega, somos também vencedores pela graça mediante a fé que se entrega.
Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele. Cl. 2:6
A ordem do Senhor é muito clara: como recebestes a Cristo assim andai nele. Como recebemos a Cristo? Devemos continuar vivendo assim para vencer o pecado e nos santificar, para
prosperar, para ser feliz no casamento e para receber qualquer milagre.
A graça só é honrada na vida de crentes incapazes e limitados. O que não depende da graça é obra humana e pelas obras ninguém nunca receberá coisa alguma de Deus.

4. Não precisa barganhar com Deus


Um conhecido meu estava passando por uma dificuldade danada, então ele me disse que fez uma promessa para receber a bênção de Deus. Curioso como sou logo lhe perguntei que
promessa ele tinha feito. Ele disse que iria usar roupa de uma cor só durante um ano inteiro. Aquilo me deixou realmente intrigado. Porque as pessoas querem fazer barganha com Deus? E
se é uma barganha, o que Deus tem a ganhar com a cor da roupa que eu visto?
O mais assustador é que alguns fazem trocas ainda mais estranhas como andar descalço até uma certa cidade, carregar uma cruz numa peregrinação ou andar de joelhos por quilômetros a
fio. Será que Deus deseja isso? Deus quer que você prometa dar a ele uma casca de ferida? Outros, mais piedosos, prometem acender tantas velas para Deus como se Deus estivesse no
escuro. Porque toda promessa que fazem para Deus são promessas de sofrimento?
Deus não faz barganhas, mas aquilo que você promete para ele revela o que você pensa dele. É como se dissesse? “Se tu me deres o que necessito, te darei o que gostas.
As bênçãos de Deus são de graça, não precisamos fazer trocas, mas se é para trocar porque você não promete ser fiel à sua esposa para o resto da vida, ou ser carinhoso e afetuoso com
ela para sempre. Porque não promete brincar com seu filho pelo menos uma hora todos os dias ou falar algo de bom para seus colegas cada vez que chegar ao trabalho?
É bom dar presentes para pessoas amadas. Para uma pessoa amada, a gente pensa muito antes de comprar um presente, porque o que se deseja é que o presente lhe dê felicidade.
Quando dou um presente estou dizendo: “acho que você vai se alegrar”. O que você pensa que Deus gostaria de ganhar? Um grande sorriso de satisfação ou um semblante contorcido pela
dor?

5. Mas precisa crer...


Diante dos problemas há aqueles que se escondem, há outros que tolamente negam a existência deles e há os que ficam paralisados pela angústia e a ansiedade. Homens e mulheres de
Deus, porém, em vez de enxergar no problema a derrota, vêem no problema a oportunidade de Deus manifestar o seu poder.
Diante da ameaça do inimigo de destrui-lo, não retroceda. Essa guerra não é sua. A verdadeira vitória não é conquistada, mas nos é dada completamente pela graça. A verdadeira guerra é
Deus quem luta por nós, a nossa batalha é a batalha de permanecer na fé. A nossa guerra é perseverar crendo em oração. Você não pode mudar as circunstâncias na força do seu braço.
Não é a sua força que fará com que o milagre aconteça, mas você receberá isso das mãos de Deus. Tudo é fruto da graça.
O milagre não acontece enquanto focamos nossos olhos no natural. O vencedor é aquele que tem um olhar de fé. Mesmo diante de tantas coisas negativas a respeito de sua vida, ele
consegue dar graças a Deus pela vitória que já está diante dele.
É simplesmente uma questão de crer naquilo que Deus já determinou fazer na sua vida. É como se me alegrasse de antemão vendo a obra completa quando parece que ela ainda nem
começou.
Tire os seus olhos dos fatos diante de você e olhe para a verdade da Palavra de Deus. Você precisa entender que na vida existem fatos e existe a verdade. O fato é aquilo que podemos
perceber com os nossos sentidos, a verdade é aquilo que Deus diz.
Não importa os fatos, importa a verdade. É fato que certas doenças são incuráveis, a verdade é que Deus pode todas as coisas. É fato que vivemos no meio de uma crise econômica, mas a
verdade é que para o multiplicador de pães não há crise.
Todos nós desejamos permanecer na verdade e ignorar os fatos, mas os obstáculos são muitos. A fé não nega os fatos apenas os transforma pela verdade da palavra de Deus.
Mas alguém pode dizer, os fatos não são verdade? Não, os fatos são apenas aquilo que está acontecendo, e o que está acontecendo cada um interpreta à sua maneira. Cada um interpreta o
fato da sua maneira, mas quanto a verdade não cabe interpretação, a verdade é o que é. O Senhor Jesus é a verdade. Não é questão de interpretação e nem de opinião. A verdade não é o
que você vê, a verdade não é o que você ouve, não é o que você sente, não é algo que você toca, a verdade é a Palavra de Deus. Eu quero a verdade da palavra de Deus e não quero viver
em função dos fatos, todavia eu sei que os fatos existem.
Há uma ilustração muito conhecida do elefante e dos cegos. O elefante é um fato e havia um grupo de cegos tentando descrever o elefante uns para os outros. Um cego chegou e pegou no
rabo e disse o elefante é fininho, o outro pegou na perna e disse não é largo, parece uma coluna de tão forte. O outro pegou na tromba e disse não é flexível parece uma mangueira, e ainda
outro tentou abraçar o corpo do elefante e disse, não, ele é macio e largo, nem consigo ver os limites dele. E eles não puderam chegar a uma conclusão, pois cada um tinha um fato. O
elefante é tudo isso, como o fato ele é uma questão de interpretação. Fato é aquilo que você consegue enxergar, é a parte com a qual você tem contato. É aquilo que você consegue explicar.
A verdade, porém, é aquilo que Deus diz.
A fé não nega os fatos, apenas se apega à verdade. A fé tem o poder de transformar os fatos pela verdade da palavra de Deus.
Décimo Quinto Dia
A lei da expectativa em Deus
Jesus disse em Mateus 9:29, “Faça-se-vos conforme a vossa fé.” O que você espera que Deus faça na sua vida? Esta é a “lei da expectativa”. Nós tendemos a conseguir o que esperamos da vida.
Tendemos a ver o que esperamos ver. Tendemos a ouvir o que esperamos ouvir. E somente realizamos o que cremos que vamos realizar. Esta é a lei da fé. Porque “segundo a vossa fé é que vos
será feito”.
Outro verso importantes sobre a fé na Bíblia é Hebreus 11:6. “Sem fé é impossível agradar a Deus.” Somente a fé honra a Deus. Quando não cremos chamamos Deus de mentiroso.
“Tudo o que não vem de fé”, diz Romanos 14:23, “é pecado”. A fé é a coluna vertebral de nossa vida cristã. Por isso precisamos aprender a crescer em fé.
Em Lucas 17:5, os discípulos pediram a Jesus: “Senhor aumenta-nos a fé.” Como a nossa fé pode crescer? Aqui está o segredo. Deus edifica a nossa fé, testando-a. Ele faz com que a nossa fé
cresça colocando-a à prova. A fé é como um músculo que quando é exercitado se desenvolve.
Tiago 1:3-4 diz:
“Sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.
O objetivo dos testes e provas é fazer com que a nossa fé cresça até sermos maduros e completos. Jó 7:17-18 diz:
“Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado, e cada manhã o visites, e cada momento o ponhas à prova?”
Deus está provando você a cada momento. A cada momento do dia a sua fé é testada. A cada dia você tem oportunidades de edificar a sua fé. O problema é que nós não reconhecemos quando
estamos sendo testados. Nós somos reprovados no teste porque nem sequer percebemos que era um teste e que Deus estava tentando nos levar a crescer.
Deus edifica a sua fé testando-a e a pergunta natural é: como Ele faz isso? Deus testa a nossa fé através das dificuldades
Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o
ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. 1 Pedro 1:6-7
As provas, os problemas e as dificuldades vêem na sua vida para testar e provar a sua fé. Nada acontece por acaso na vida de um discípulo. Tudo é está controle do Pai. Eu não estou dizendo que
Deus planeja todas as coisas ruins que acontecem com você. Vivemos em um mundo caído. Existe uma série de problemas que trazemos sobre nós mesmos e há outros problemas que outras
pessoas trazem sobre nós, para não mencionar os ataques do maligno.
O que estou dizendo é que nada acontece em sua vida sem a permissão de Deus. Não há acasos na vida cristã. Deus permite os problemas para ensinar-lhe a fé, para testá-lo. Se a vida fosse fácil,
então não exigiria nenhuma fé. Se você pudesse sentir Deus o tempo todo, então você viveria por seus sentimentos. Às vezes Deus retira a sensação de Sua presença apenas para que você
aprenda a confiar nEle no meio das dificuldades.
Eis que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição. Isaías 48:10 (RC)
A Bíblia freqüentemente compara os nossos problemas e dificuldades a uma fornalha. A fornalha do ourives, que purifica o ouro e a prata eliminando as impurezas.
Certa vez perguntaram a um ourives idoso: “Como você sabe que as impurezas são queimadas e removidas da prata?” Ele disse: “Quando eu posso ver meu reflexo na prata.” Quando Deus pode
ver seu reflexo em você então, ele sabe que as impurezas de sua vida foram retiradas. Isso é um teste.
Então o que devo fazer quando eu estou passando pelo teste das dificuldades? Como devo responder?
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Tiago 1:2-3
Quando os problemas vêm para testar a sua fé você deve se encher de fé e alegria. Você deve reconhecer e declarar que o problema veio para que você veja a glória de Deus na sua vida. O
problema é uma oportunidade de ver o milagre de Deus. A primeira condição para que aconteça um milagre é justamente a existência de um problema. Quando os problemas são insolúveis e
estão além de nossa capacidade, temos a oportunidade de buscar pelo milagre.
A promessa do Senhor é clara: “Faça-se conforme a sua fé.” (Mateus 9:29). Em nossa vida tudo reflete o nosso nível de fé. É de acordo com a fé que os milagres acontecem. A chave que
desbloqueia tudo o que Deus quer fazer em sua vida é realmente simples: a fé.
A maioria das pessoas nunca desfruta dos recursos abundantes de Deus. Efésios. 3:20 na versão Amplificada diz: “Deus é capaz de fazer superabundantemente, muito acima e além, de tudo o
que ousamos pedir ou pensar. Infinitamente além de nossas mais ambiciosas orações, desejos, pensamentos, esperanças ou sonhos.”
Nós não tocamos nem uma gota dos tremendos recursos que Deus disponibilizou para nós. A nossa necessidade é um conta-gotas, mas o suprimento de Deus é um oceano inteiro.
A Lei das Expectativas diz basicamente que temos o que esperamos receber de Deus na vida. Nós tendemos a ver aquilo que esperamos ver, nós tendemos a sentir o que esperamos sentir,
tendemos a agir de acordo com as nossas expectativas, e, eventualmente, tendemos a conseguir o que esperamos alcançar. Suas expectativas influenciam a sua felicidade, que influenciam a sua
saúde. Suas expectativas influenciam seus relacionamentos e também a sua fé.

Duas maneiras de viver


Existem duas abordagens para a vida e você terá de escolher uma delas. Você pode escolher viver pelo medo, ou você pode escolher viver pela fé. Você pode ser um otimista, ou você pode ser
um pessimista. Pode andar baseado na fé ou no medo.
Jó parece que tinha uma atitude pessimista. Em Jó 3:25, ele diz: “ Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece.” Você conhece pessoas assim? Eles se concentram naquilo elas não
querem, não no que desejam.
Paulo, por outro lado, era um homem cheio de fé e otimismo. Em Filipenses 1:20, ele diz: “segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com
toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte.” Ele era cheio de fé e otimismo. Ele podia estar alegre, mesmo quando
parecia não haver motivo de alegria.
Quando você espera o melhor, você está honrando a Deus. Quando você espera o melhor você demonstra crer na graça de Deus. Uma boa expectativa também aumenta sua habilidade. Todo
atleta sabe que a diferença entre a vitória e a derrota é a atitude.
Você sabe que Mohammed Ali perdeu apenas duas lutas em sua vida? E ambas as lutas tinham uma coisa em comum diferente de todas as outras lutas: em uma conferência de imprensa antes
da luta, ele disse: “Agora, se eu perder essa luta ...” Foi a única vez que ele disse isso, e perdeu a ambas.
Davi saiu para lutar contra Golias e levou as pedras consigo. Cheio de fé e de confiança! Todo mundo estava dizendo: “Ele é muito grande! Não podemos matá-lo. “Davi estava dizendo:” Ele é
muito grande. Eu não posso errar! “Espere o melhor. Não apenas por causa de si mesmo, mas por que quando esperamos o melhor isso incentiva outros. A fé é contagiante.

Como ter uma santa expectativa


Como você se mantém cheio de fé quando tudo parece estar dando errado? Deixe-me dar-lhe seis passos simples:

1. Sempre comece o seu dia com Fé


A fim de permanecer positivo quando tudo parecer estar indo mal, quer seja no trabalho ou na família, quer seja em suas finanças ou com os seus relacionamentos, comece o dia com fé.
Estudos mostraram que os primeiros dez minutos do seu dia dão o tom para o resto do dia.
O Salmo 5:3, “De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando”. Comece o seu dia com fé. Não comece o seu dia lendo as notícias, mas comece
com poderosas declarações de fé.
Mas o que você deve confessar ? Há uma maneira bem simples de memorizarmos o que devemos estar constantemente confessando : Eu devo confessar:
• O que Deus diz que é.
• O que Deus diz que tem.
• O que Deus diz que faz.
• O que Deus diz que sou.
• O que Deus diz que tenho
• O que Deus diz que faço.
A base da nossa fé é aquilo que Deus diz. A palavra é o trilho do qual nós andamos. Aprenda tudo aquilo que Deus diz que é, e confesse constantemente, você vai perceber que a sua
fé gradualmente vai se fortificar e crescer.

2. Olhe para as circunstâncias de forma positiva


Nem tudo é bom, mas olhe para as situações procurando algo de bom. Romanos 8:28 Diz: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito.” Deus é especialista em extrair o bem do mal.
Quando Thomas Edison estava com sessenta e sete anos, um grande incêndio destruiu seu laboratório. Ele não só perdeu vários milhões de dólares em equipamentos, ele também perdeu todos
os registro e dados de suas experiência. Na manhã seguinte, ele caminhou entre as brasas carbonizados e disse o seguinte: “Existe um grande valor num incêndio. Todos os nossos erros também
são queimados.” Graças a Deus podemos começar de novo. Ele transformou uma pedra de tropeço em uma pedra de edificação. Olhe sempre procurando o melhor da situação.
O Senhor fecha uma porta para você hoje, para amanhã, abrir uma maior ainda. Muitas, se abrirão, porque o Senhor o conduz de glória em glória. Não desanime se porventura uma porta se
fechou.
“Estas coisas, diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá” (v. 7).
Isso é maravilhoso! É o que a Palavra de Deus diz. Ninguém pode fechar a porta que Ele abre. Se Deus nos colocou numa posição, só sairemos dali quando Ele quiser.
Conta-se que, certa vez, um homem estava viajando no mar quando o seu barco naufragou, e só ele escapou. Ele foi então parar numa ilha deserta. Ali, tentando sobreviver debaixo de chuva e
sol, clamou a Deus, e pediu a graça de poder construir uma choupana para se abrigar dos elementos da natureza. O Senhor o capacitou e ele construiu uma choupana. E lá vivia com
tranqüilidade, mas o seu desejo era ir embora. Até que um dia ele orou ao Senhor pedindo-O que enviasse alguém para resgatá-lo.
Numa manhã, ele estava na praia e começou a chover, quando de repente um raio caiu em cima da sua choupana incendiando-a. Aquilo o deixou desolado e chateado com Deus. Primeiro, o
barco afundara e agora a choupana tinha sido destruída. Numa ilha tão grande o raio tinha que cair justamente em cima da minha choupana? Lamentava ele. Parado na praia, se martirizando
vendo a choupana pegando fogo, percebeu que um navio vinha em sua direção. Finalmente seria resgatado. Depois de subir no navio, perguntou ao comandante: como é que vocês descobriram
que eu estava perdido aqui? O comandante respondeu: nós não sabíamos, mas de longe vimos uma choupana queimando e imaginamos que fosse o sinal de alguém pedindo socorro.
Às vezes, para o barco da salvação chegar, Deus tem de queimar sua choupana. Esse incêndio é só um sinal de que algo maior está vindo lá do mar. O Senhor tem as chaves.
3. Entregue seus problemas ao Senhor
Então, o que devo fazer quando a situação parece impossível? Leia II Cor. 1:8-11,
“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo,
já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos”.
Entregue a Deus o seu problema. Quando tudo parecer que está fora de seu controle, você deve se entregar a Deus.
“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. I Pe. 5:7

4. Elimine as palavras negativas


A Bíblia tem muito a dizer sobre isso. Efésios. 4:29 diz: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim,
transmita graça aos que ouvem.” Não use palavras venenosas em seu falar. Use somente palavras que edificam. O tipo que traz riqueza espiritual.
Agora, o texto diz “unicamente”. Circule esta palavra. Use unicamente palavras que edificam. Isso significa que você não deve ter palavras negativas em seu vocabulário.
Tiago 3:5 diz que a língua é um órgão pequeno, mas que pode fazer um grande estrago. A Bíblia diz que a língua é como um leme de um navio. É pequeno, mas define o rumo da sua vida. Pare
de falar e se concentrar no que você não quer que aconteça e se concentre naquilo que você busca.

5. Ande com pessoas de fé


É muito importante que em tempo de luta e tribulação você se junte a pessoas cheias de fé e de esperança. Essa é uma das razões pelas quais é tão importante participar de uma igreja
acolhedora e familiar. Somente permita ao seu redor pessoas positivas. I Coríntios 15:33 diz: “ Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” Se você quiser voar com as
águias, não ande com as galinhas. Assim como a fé é contagiante, o pessimismo pode rapidamente nos contaminar.
Se a sua atitude é positiva ao olhar para as circunstâncias, você terá condições de ministrar fé para vê-las sendo transformadas. Não basta porém uma atitude positiva, é preciso ter uma atitude
de fé.
Havia três homens num barco: um pessimista, um otimista e um homem de fé. De repente, o vento mudou e se tornou contrário. O pessimista é aquele que diz: “Para mim é sempre assim, nada
nunca dá certo. Olha só! Saí para velejar e agora o vento está contrário”. O otimista é aquele que senta no barco e diz: “Tenho certeza que esse vento vai mudar. Vou sentar e esperar, pois ele
mudará”. Mas o homem de fé é aquele que se levanta e posiciona as velas para aproveitar o vento que vier, seja ele um vento a favor ou um contrário.
Ser pessimista é algo muito ruim, mas ser otimista apenas não resolve, precisamos ser homens e mulheres de fé. Crer é muito mais que repetir para si mesmo que uma hora dessas o vento
muda.
Otimista qualquer um pode ser, mas homens de fé são somente aqueles que receberam a vida de Deus dentro de si. Aquele que está cheio do Espírito não olha as circunstâncias como os outros
olham, ele não vê os problemas como os outros vêem, mas procura enxergar tudo na ótica de Deus. Por isso ele vê aquilo que os outros não vêem, contempla o que os outros nem vislumbram.
Esse é o homem de fé.

6. Lembre-se do seu futuro


Quando você estiver desanimado e quiser mudar o ambiente, lembre-se do seu futuro. A Bíblia chama o nosso futuro de bendita esperança. Se você é crente, e você colocou a sua fé em Cristo, o
capítulo final de sua vida ainda não está escrito. Esta vida não é o fim. A sua verdadeira vida ainda está por começar quando o Senhor Jesus voltar.
Há uma história sobre um velho casal de missionários que tinha trabalhado na África durante anos e estavam retornando a Nova York para se aposentar. Eles não tinham nenhuma pensão; sua
saúde estava ruim e eles se sentiam desanimados e com medo. Eles descobriram que tinham sido colocados no mesmo navio como o presidente Theodore Roosevelt, que estava retornando de
um de suas grandes expedições.
Quando o navio chegou não havia ninguém esperando por eles, mas uma grande fanfarra veio para recepcionar a comitiva do presidente. O prefeito e outros dignitários estavam lá. Os jornais
estavam cheios de notícias da chegada do presidente, mas ninguém percebeu o casal de missionários. Eles saíram do navio e foram para um apartamento barato, esperando o dia seguinte para
ver o que se poderia fazer para ganhar a vida na cidade.
Naquela noite, o espírito do homem se abateu. Ele disse à sua esposa: “Eu não aguento isso, eu sinto que toda essa situação não é justa.” Sua esposa respondeu: “Por que você não vai ao quarto e
diz isso para o Senhor?”
Pouco tempo depois ele saiu do quarto, mas agora seu rosto estava completamente diferente. Sua esposa perguntou: “Querido, o que aconteceu?”
Ele respondeu: “eu disse ao Senhor como eu estava triste com a tremenda recepção que o presidente recebeu enquanto ninguém nos recepcionou em nossa volta para casa. Quando eu terminei
parece que o Senhor pôs o braço no meu ombro e disse amorosamente: “Mas filho, você não chegou em casa ainda!”
Você deveria dizer: “Por que eu fico desanimado quando eu sei o que está por vir? Eu deveria servir mais, contribuir mais, orar mais e ser mais o que Deus deseja que eu seja. Você não chegou
em casa ainda. Lembre-se do seu futuro.
Agora leia novamente este verso em Efésios 3:20: “Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.”
Ele pode fazer infinitamente além de nossas orações, desejos, pensamentos, esperanças ou sonhos. Isso é quase como um cheque em branco! De acordo com a sua fé, isso será feito para você.
Décimo Sexto Dia
A vontade de Deus é curar
O fundamento da nossa fé é o conhecimento da vontade de Deus. Quando temos convicção e
clareza a respeito da vontade de Deus sobre alguma coisa nós temos fé para entrar na posse
dela. Esta é a razão porque muitas pessoas não recebem a cura, elas não têm certeza de que a
vontade de Deus é curá-las.
Se mostramos para alguém a verdade de que por meio do sangue de Jesus nossos pecados são
perdoados eles rapidamente aceitam, mas quando mostramos que pela cruz ele são curados eles
ficam reticentes. Mas a mesma Bíblia que diz que se confessarmos os nossos pecados ele é fiel
para nos perdoar, também que diz que pelas pisaduras de Jesus nós somos sarados. É a mesma
Bíblia e a mesma cruz. Deus é verdadeiro e a obra de Jesus na cruz é perfeita, por isso podemos
crer nas duas verdades do mesmo modo.
A base que temos para orar pela cura é mesma que possuímos para declarar que alguém pode
ser batizados e salvo. A base é a cruz do Senhor Jesus. Não sei a resposta para todas as questões
sobre cura. Não sei porque pregamos e nem todos se convertem, também não sei porque oramos
por cura e nem todos são curados. Mas isso não pode nos impedir de continuar pregando e
também de continuar orando pelos enfermos.
Faz parte da nossa herança a cura da toda enfermidade. É da vontade de Deus que vivamos uma
vida plena e saudável. Porque o Filho de Deus veio para nos dar vida e vida em abundância. Mas
ainda vivemos em mundo caído e estamos sujeitos a enfermidades e a ataques do maligno, mas
podemos ter certeza de que a vontade de Deus é sempre a cura.
Eu gosto de ler a respeito do milagre onde um leproso disse a Jesus: “Se quiseres, podes
purificar-me.” A palavra de Deus diz que “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão,
tocou-o, e disse-lhe: Quero, fica limpo!” (Marcos 1.41). A resposta do Senhor foi enfática: “Eu
quero!”. Precisamos repetir para nós mesmo sempre essa verdade: Jesus quer curar. Ele não
mudou.
Aquele leproso tinha fé de que Jesus poderia curá-lo se Ele quisesse. Jesus respondeu de uma
vez por todas que realmente era a Sua vontade.
“E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa SEGUNDO A SUA
VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos
certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito...”1 João 5.14,15
Examine o seu próprio coração para ver se em você existe alguma resistência para receber a
cura. Você deve alegrar-se ao ficar sabendo que Deus fez provisões por meio do Seu Filho, para
aqueles que sofrem dores acharem alívio. A Igreja Primitiva estava “cheia de fé e de poder” e
esperavam-se grandes milagres. Depois de você receber provas suficientes de que a cura é para
todas as pessoas, você poderá orar a “oração da fé”.
Para que a sua fé seja alimentada e fortalecida, gostaria de enumerar algumas razões bíblicas
porque é a vontade de Deus curar os enfermos.

1. A cura demonstra o amor do Pai


Tudo o que Jesus fez foi para demonstrar o amor e a natureza do Pai. Assim ele só curou os
enfermos porque o Pai o comissionou para fazer isso. Enquanto Jesus estava na Terra ele curou
todas as pessoas enfermas que vieram a Ele. Não houve uma sequer que tivesse crido que ele
deixasse de curar. Ele fez isso porque era a vontade do Pai. Nós hoje podemos ter certeza que a
vontade do Pai não mudou, ele continua desejando curar a todos. Ele é o mesmo ontem, hoje e
eternamente. Ele nunca muda.
“O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o
que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” João 5.19
“E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.” João 12.45
Jesus apenas curou, ele nunca fez pessoa alguma adoecer para lhe ensinar uma lição de moral,
para trazê-la para mais perto dEle, ou para ela aprender a paciência. Nem castigou alguém com
enfermidades, em ocasião alguma.
Certa vez, depois terem sido rejeitados pelos samaritanos, Tiago e João perguntaram a Jesus:
“Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Assim como Tiago e João
nós imaginamos que a intenção de Deus seja exatamente essa, a destruição os pecadores. Mas o
Senhor os repreendeu dizendo: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do Homem não
veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” A intenção do Pai nunca é mandar
enfermidades, mas curá-las, nunca é oprimir, mas libertar o cativo.
Apesar disso, há aqueles que têm medo que a ira de Deus os atingirá nessa área. É “o ladrão
quem vem para roubar, matar, e destruir”; e não Deus!
A cura é proclamada pelo Pai em Êxodo 15.26:
“Eu sou o SENHOR que te sara.”
Esse único texto bíblico nos conta quem é Deus: Ele é aquele que cura. Também nos mostra
quem Deus curará: a ti, e por fim nos revela quando Deus curará: agora! O horário de Deus para
a cura, assim como no caso da salvação, é agora, não quando Ele resolver fazê-lo. Ele já
proclamou que Sua vontade é fazê-lo agora!

2. A enfermidade é uma obra do diabo


“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda parte,
fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” Atos 10.38
“Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.” 1 João 3.8
Estes trechos bíblicos, mostram não somente de onde provém a cura, como também de onde
provém a enfermidade. Que tipo de orpessão precisa de cura? Só pode ser a enfermidade.
Portanto, o diabo oprime as pessoas com doenças, mas Jesus veio para curar os oprimidos de
satanás. A enfermidade é uma obra do diabo, mas o Filho de Deus se manifestou para desafzer
as obras do inferno.
O ministério do Senhor foi movido pela Sua compaixão. Os enfermos eram curados porque o
Senhor se fez homem e soube o que é padecer. Ele nunca ficou enfermo, mas podia
compreender a dor do fardo da enfermidade. A Sua compaixão permanece sobre nós para nos
livrar de toda dor e maldição. Você precisa ter clareza de que o Senhor é compassivo e deseja
curar hoje como fez nos dias em que andou na terra.
Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos.
Mt. 14:14
A compaixão do Senhor está sobre você. Naqueles dias as pessoas estavam sofrendo, mas ainda
hoje estão sofrendo também. A boa notícia é que a sua compaixão permanece a mesma.

3. A cura é por causa do sacrifício de Cristo


A Palavra de Deus nos diz claramente que o Senhor Jesus levou as nossas enfermidades. Por
isso eu lhe digo que a vontade de Deus só pode ser curar você. Se ele enviou Jesus para levar a
suas doenças, porque agora ele mandaria enfermidades para você? Se Ele fizesse isso ele seria
completamente incoerente. Imagine um laboratório que produz remédios, mas que também
espalha enfermidades? Mesmo nesse mundo caído isso seria uma aberração.
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53.5
carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos
para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 1 Pedro 2.24.
Se você consegue crer que o laboratório quer curar doenças e não espalhá-las, então você precisa
admitir que o nosso Deus infinitamente mais santo e fiel deseja trazer cura e saúde. De uma vez
por todas está decretada a sua vontade, pois ele diz: “Eu sou o Senhor que te sara!”(Êxodo
15.26).
Se o Senhor Jesus morreu por você quando você sem sequer se lembrava dele e ainda era
rebelde contra Deus, porque ele lhe negaria agora apenas um toque de cura quando você está
buscando a sua face? Aquele não nos negou seu próprio Filho, agora vai nos negar a cura? Quem
decidiu nos dar o próprio Filho não nos nega coisa alguma que necessitamos.
Todavia o Senhor ainda permite que as pessoas fiquem enfermas, simplesmente porque as
pessoas ainda escolhem o pecado e amam os prazeres do diabo. Se elas amam as coisas do diabo
o Senhor permite que elas experimentem também as setas do inferno sobre elas. Mas se nos
voltamos para o Senhor em fé certamente recebemos a cura. Deus permite que muitas coisas
aconteçam, mas sua vontade é sempre curar.
No Salmo 103.2-3 a Palavra de Deus diz
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é
quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades...”
Se não for da vontade de Deus curar algumas enfermidades ou algumas pessoas, também não
deve ser Sua vontade perdoar alguns pecados ou algumas pessoas. A verdade do perdão mais
uma vez nos é apresentada juntamente com a verdade da cura.
Na cruz o Senhor Jesus nos redimiu do pecado e nos comprou de volta para Deus. Como
escravos do pecado éramos oprimidos por todo tipo de maldição, mas agora como servos de
Cristo experimentamos a sua bênção.
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque
está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro; para que a bênção de Abraão
chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido...
E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa.”
(Gálatas 3.13, 14, 29)
A maldição da lei a qual Paulo se refere nesse texto está alistada em Deuteronômio 28. Muitas
enfermidades estão colocadas individualmente na lista, e quanto àquelas que não estão na lista,
o versículo 61 se refere a qualquer outra enfermidade. .

4. A cura é parte da salvação


A palavra grega traduzida por “salvar” é “sozo”. Significa “salvar, libertar, proteger, curar,
preservar, estar saudável, tornar saudável.” É a palavra empregada em Lucas 9.56; 1 Coríntios
1.21; Tiago 5.15; Marcos 16.16; Lucas 7.50; João 3.17; Atos 4.12; Romanos 10.9, 3; Ef 2.8.
A palavra grega trazudia “curado” e “são” empregada em Marcos 5.23; Lucas 8.36; Atos 14.9;
Mateus 9.21; 22; Marcos 6.56; 10.52; Lucas 8.50; 17.19; Atos 4.9 também é “sozo”. Tem
exatamente o mesmo significado que tem na lista anterior de referências bíblicas.
Nunca Deus pretendeu que o homem separasse a cura da salvação. O Salvador era e continua
sendo Aquele que Cura.

5. A cura comprova que Jesus Cristo é o filho de Deus


Jesus disse que as curas que Ele fazia atestavam a Sua origem divina. Ele disse claramente que a
cura dos enfermos era um sinal evidente de que Ele era o Filho de Deus
“Então daquele a que o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas, porque declarei:
sou filho de Deus? Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis; mas, se faço, e não me
credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu
estou no Pai.” João 10.36-38

6. A cura demonstra que Jesus Cristo vive


Jesus nos deu autoridade para usar o Seu nome a fim de realizarmos as mesmas obras que Ele
fazia enquanto estava na Terra. Ele disse também, porém, que ele o faria. Ele ainda está vivo
fazendo aquilo que pedimos em nome dEle.
“Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu
vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.” João 14.12-14
Apenas argumentos teológicos não comprovarão diante dos homens que Jesus Cristo ainda vive.
Somente os milagres operados em Seu nome oferecem provas satisfatórias.
Por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito
andar?... tomai conhecimento vós todos e todo povo de Israel de que, em nome de Jesus Cristo,
o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu
nome é que este está curado perante vós.” Atos 3.12-16 e 4.10
Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje, e será para sempre. Hb 13.8
“Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda parte,
fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele”. Atos
10.38. (Veja também: Mt 12.15; Mt 14.36; Mt 8.16; Lc 4.40).
Se a cura era para todos, naqueles dias, e já que Jesus nunca mudou, logo, a cura é para todos
hoje também.

7. A cura é um sinal dos que crêem


O evangelho que Ele quer que preguemos a toda criatura, deve incluir a cura, porque aqueles
que crerem no evangelho imporão as mãos sobre os enfermos, e aqueles enfermos ficarão
curados:
Esta é a descrição que Deus fez de um crente bíblico que crê no poder de Deus.
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios; falarão
novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal;
se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” Marcos 16.17,18
“Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus
enfermos.” Mateus 14.14
Ouvir aquilo que Jesus fizera edificou a fé nos seus corações, para também receberem a cura.
“Benigno e misericordioso é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande clemência. O Senhor é bom
para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras.” Salmo 145.8,9

8. A cura mostra que o evangelho é verdadeiro


A salvação é invisível, mas para comprovar a realidade dela, Deus, na Sua misericórdia, mostra-
lhes algo que podem ver.
“Mas, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar
pecados - disse ao paralítico: Eu te ordeno: Levantate, toma o teu leito, e vai para casa.” Lucas
5.24
Disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te, e arruma o teu leito. Ele
imediatamente se levantou. Viram-no todos os habitantes de Lida e Sarona, os quais se
converteram ao Senhor.” Atos 9.34-35
Além disso a cura atrai os pecadores para ouvirem o evangelho. Os descrentes vêem para ouvir e
experimentar o amor de Deus através do Seu poder para curar, e também ouvem falar no Seu
amor através do Seu poder para salvar.
“Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos
enfermos.” João 6.2

9. A cura glorifica a Deus


(Depois de curado o paralítico)... “Imediatamente se levantou diante deles e, tomando o leito em
que permanecera deitado, voltou para casa, glorificando a Deus. Todos ficaram atônitos, davam
glória a Deus...” Lucas 5.25,26
A verdadeira alegria é o júbilo depois de um milagre. O verdadeiro louvor e adoração procedem
de um povo que tem experimentado o poder de Deus na cura e na libertação no meio da Igreja.

10. A cura edifica a fé das pessoas


(dito a respeito do leproso depois de ter sido milagrosamente curado)... “Mas, tendo ele saído,
entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, ao ponto de não mais poder Jesus entrar
publicamente em qualquer cidade...” Marcos 1.45
Ninguém deve discordar que a vontade de Deus é curar. Não compreendemos porque nem todos
são curados, mas sabemos com certeza que todo o que pede recebe e quem busca acha. O Senhor
Jesus veio para nos dar vida e vida em abundância. É inconcebível uma vida abundante cheia de
enfermidade.
Décimo Sétimo dia
É para a glória de Deus
Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram:
Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele
pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. É necessário
que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém
pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Dito isso, cuspiu na terra e,
tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque
de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo. Jo. 9:1-7
Cada milagre de Jesus em João é uma parábola viva. No capítulo 9 vemos como o Senhor
resolve a questão da cegueira. Sabemos que o Deus deste século cegou o entendimento das
pessoas, assim elas precisam da iluminação do evangelho para trazê-las das trevas para a luz.
Nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. II Cor. 4:4
Para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás
para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são
santificados pela fé em mim. At. 26:18
A cegueira não acontece por acaso, ela é fruto da obra do diabo que veio para cegar as
pessoas e produzir nelas um tipo de resistência espiritual que as impede de receber a verdade
da palavra de Deus.
A cegueira daquele homem, portanto, é muito mais do que uma doença física, mas aponta para
a cegueira espiritual. Precisamos compreender a experiência deste cego, porque a experiência
deste homem cego é a experiência de todos nós. É a experiência de qualquer um que deseja
seguir o Senhor.

A condição de cego
O verso primeiro diz que “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença”.
O cego é alguém que tem que ser visto, se não for visto não haverá esperança para ele. O
cego é alguém que precisa de alguém a quem recorrer, ele não tem esperança se alguém não
ajudá-lo. Essa é a situação do cego: se alguém não o levar pelo caminho, ele jamais poderá
encontrar o caminho sozinho. Se o Senhor não vier ao encontro dele, ele jamais poderia
chegar ao Senhor. Se ninguém lhe estender a mão ele ficará ali parado na beira da estrada,
alheio a tudo o que está acontecendo sem ninguém que se importe com ele.
Há muitas pessoas assim na vida. Elas estão envolvidas em uma completa cegueira a respeito
de Deus. Não sabem coisa alguma a respeito do evangelho e vivem em completa escuridão
espiritual. Assim éramos nós. Não entendíamos nada do amor de Deus, nunca poderíamos ir a
ele ou encontrá-lo, mas pela sua graça ele olhou para nós e veio ao nosso encontro.
Aquele cego vivia a margem de tudo, era desprezado e não podia nem mesmo se sustentar.
Para ele não havia esperança alguma, mas Jesus passou pelo caminho e olhou para ele.
Jesus está olhando hoje para você. Seu tempo de escuridão acabou. A luz do céu veio sobre a
sua vida.
Raramente Jesus respondia as perguntas da forma como eram feitas. Por quê? Há dois
caminhos neste mundo, o caminho da Árvore da Vida e o caminho da Árvore do Conhecimento
do Bem e do Mal. A Árvore da Vida nos fala de dependência de Deus, nos fala de fé, de
considerarmo-nos fracos e confiarmos na força de Deus, de nos considerarmos pobres e
confiarmos na provisão de Deus. Mas a Árvore do Conhecimento nos fala de opiniões e idéias,
de argumentos, debates e polêmicas. Jesus nunca andou por este caminho.
No capitulo 4 de João a mulher perguntou a Jesus: “Senhor eu vejo que és profeta. Os nossos
antepassados adoravam a Deus neste monte, mas vocês, judeus, dizem que Jerusalém é o
lugar onde devemos adorá-lo.” (Jo. 4:19-20) A resposta do Senhor foi completamente diferente
do que ela pensava. O Senhor disse: não é aqui e nem lá, mas o Senhor deve ser adorado em
espírito. O Senhor não entrou na polêmica humana. Não transitou pelo caminho da árvore do
conhecimento.
No capítulo 8 de João os fariseus trouxeram uma mulher pega em adultério e disseram a
Jesus: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. E na lei nos mandou Moisés
que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?” O Senhor não respondeu nem sim
e nem não. Não questionou a lei de Moisés, mas respondeu com uma questão de Vida: “Quem
não tem pecado atire a primeira pedra”. (Jo. 8:1-7).
Não é uma questão de responder sim ou não, mas era uma questão de dizer “qual é a sua
vida, qual é a sua condição?”. É a mesma coisa nesta pergunta que os discípulos fizeram:
“mestre, quem foi que pecou”? Foi ele ou seus pais? Vamos analisar a pergunta que é feita
aqui.

Quem pecou: ele ou seus pais?


Nesta pergunta os discípulos mostram suas muitas suposições teológicas para explicar a
causa do sofrimento do homem:
A primeira suposição é que o homem sofre por causa do pecado dos pais. A Palavra de Deus
diz claramente que cada um levará a sua própria iniqüidade e ninguém será castigado pelos
pecados dos pais.
A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade
do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. Ez.
18:20
Não estou dizendo com isso que dos filhos não tenham que suportar as conseqüências dos
pecados de seus pais. Na verdade a consequência do pecado é inevitável, mas esta em si não
é um castigo. Se uma moça solteira fica grávida, o filho vai nascer. Provavelmente a criança vai
carregar um estigma que de ser um filho sem pai. Isto é uma consequência do pecado e não
um castigo. E o resultado natural de escolhas que as pessoas fazem. Se um jovem vai a um
prostíbulo e ali contrai sífilis ou AIDS, isso não é realmente um castigo, mas o resultado natural
de uma relação sexual promíscua. Não coloque o Senhor nisto. Deus estabeleceu que aquele
pular do telhado vai cair. Se ao cai se machucar não diga que foi castigo do céu.
A segunda possibilidade que os discípulos colocaram é que ele mesmo tenha pecado ainda no
útero da sua mãe. Esta era uma suposição ensinada pelo Talmude. Os judeus criam em
algumas coisas muito estranhas, pois eles imaginavam que a criança poderia pecar desde o
útero, ou seja, o bebê na barriga da mãe poderia ter pecado e ali mesmo ser punido. (Jo. 9:34).
Sei que alguns supõem que os discípulos aqui tinham algum tipo de doutrina da reencarnação,
mas não creia nisso. Em Israel não havia tal tipo de ensino.
A terceira possibilidade era que o homem carregasse um carma pelos seus pecados de vidas
pregressas - os discípulos não tinham isso em mente porque não havia esse ensino em Israel.
Mas, mesmo que houvesse, Jesus contrariou o suposto carma e curou o cego.
O Senhor Jesus não se preocupou em corrigir a teologia deles, antes mostrou que a causa não
é o mais importante e sim, o propósito. Independente da causa do problema veja em cada
situação a oportunidade da manifestação da glória de Deus. Assim o Senhor nos mostra que a
abordagem correta diante do sofrimento não é o “por que”, mas o “para quê”. Diante das suas
situações e das suas lutas sempre pergunte: Para quê Senhor? Qual o teu propósito nisso?
Jesus nos ensina que algumas vezes o pecado pode produzir doenças. Depois de curar o cego
ele se encontra com ele e lhe diz: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te
suceda coisa pior.” (Jo. 5:14).
No entanto a Palavra de Deus diz que Jesus curou a todos os oprimidos do diabo.
Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda
parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. At.
10:38
Isso significa que há doenças que também são causadas pelo diabo. Nunca devemos julgar o
sofrimento de ninguém pelas aparências. Aqueles que padecem de enfermidade não são mais
pecadores que os médicos que cuidam deles. Todos nós estamos nesse mundo e nesse
mundo o diabo procura atacar a todos com enfermidade.
Os discípulos não criam em reencarnação. Mas se o homem não pecou e nem seus pais
pecaram, então pode ser que ele teve uma vida anterior. O ensino da reencarnação nasceu no
Egito, e se espalhou por todo o mundo antigo até a Índia. A reencarnação é uma ensino
perverso, pois coloca a pessoa debaixo de uma escravidão por algo que ela supostamente fez
em uma outra vida. Ela então é obrigada a se resignar e aceitar o seu carma, padecendo em
silêncio o seu sofrimento. Esse tipo de ensino defende que somos purificados pelo sofrimento.
Isso vai totalmente contra a Palavra de Deus. Se o sofrimento tivesse algum poder de nos
purificar, Jesus não precisava ter vindo para morrer na cruz. Baseado nesse ensino é
crueldade fazer o bem, já que ajudar alguém que está sofrendo lhe priva da suposta purificação
que poderia ter. Se a cegueira daquele homem fosse um carma, então Jesus acabou com ele,
pois o homem foi curado da sua cegueira.
Você não precisa suportar uma vida miserável e infeliz. Você não precisa viver na miséria, na
enfermidade porque alguém disse que esse seria o carma que você teria de suportar. Isso é
uma mentira do diabo para oprimi-lo. Esse é um engano maligno para subjugar as pessoas e
colocá-las debaixo de escravidão, opressão e tristeza. Mas para isso se manifestou o Filho de
Deus, para desfazer as obras do diabo.
Não foi ele quem pecou e nem seus pais pecaram, não interessa quem pecou, o que interessa
é que Jesus veio para libertar o homem do pecado. Não importa quais tenham sido os pecados
cometidos, há perdão pelo sangue de Jesus.
Aquele homem não é cego por causa do pecado dele ou dos seus pais. Ele está cego porque
esta é a oportunidade de Deus manifestar a Sua Glória e ser conhecido na terra. Na sua vida
há algo acontecendo? Esta é a oportunidade de Deus manifestar a Glória dele em você.

Como receber a luz

a. Pela luz da vida


João 8:12 diz que Jesus é a luz da vida. Quando a vida de Deus entra em nós esta vida torna-
se a nossa luz.
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Jo. 9:5
O primeiro passo de voltar a ver é quando a luz do Mundo que é Jesus entra na sua vida. Só
pelo fato de você o louvar, estar em comunhão, receber da palavra de Deus, a luz do mundo
está entrando em você nesses dias.

b. Pelo barro misturado com saliva


Romanos 9:21 diz que o barro ou lodo simbolizam a humanidade pois o homem que foi feito do
pó da terra (Gn. 2:7). E o que é a saliva? A saliva é algo que procede da boca e, o que procede
da boca do Senhor é a sua palavra que é espírito e vida (Mt. 4:4).
Sendo assim o poder curador está na união da palavra de Deus com o homem, de tal forma
que eles se tornam uma massa só. Se você permite à Palavra de Deus se misturar com você,
no seu coração, esse será o meio de cura para a sua vida, não importa o seu problema.
Quando a Palavra de Deus explode dentro de você então há luz. Se antes estava em trevas
você começa a ver, isso acontece por uma determinação de Deus, a maneira de Deus curar os
seu filhos e tirar a cegueira que prende as pessoas é por meio da Palavra.
Na verdade nós recebemos cura quando recebemos a Palavra viva em nosso coração.
Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. Não os
deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração. Porque são vida
para quem os acha e saúde, para o seu corpo. Pv. 4:20-22
Pode haver uma promessa de cura mais abrangente do que essa: “Saúde para todo seu
corpo”? Todas as partes de nosso corpo estão incluídas nessa frase, nada é omitido. Além
disso, a palavra “saúde”, no hebraico, também pode ser traduzida por “medicamento”. Assim,
Deus se comprometeu a prover completa cura física e saúde.
Nós poderíamos chamar esses três versos de “o grande medicamento de Deus”. Eles contêm
um medicamento que nunca foi composto por nenhum bioquímico sobre a terra – uma garantia
de cura para todas as doenças. No entanto esse remédio somente pode entrar em operação
quando “guardamos a palavra no mais íntimo do coração”.
Creio que o Senhor fez o lodo também para cada um perceber que Ele pode usar qualquer
coisa, mesmo as mais improváveis para realizar os seus propósitos. Jesus pode usar remédios
e médicos como meios de cura. Quem usa o lodo usa qualquer coisa.

c. Pelas águas do tanque


Depois de ungir os olhos do cego com o lodo o Senhor o mandou lavar-se no tanque de Siloé.
Siloé significa “enviado” e aponta para o Espírito Santo que nos foi enviado pelo Pai.
Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade,
que dele procede, esse dará testemunho de mim; Jo. 15:26
Depois que somos mergulhados no Espírito Santo nossos olhos se abrem definitivamente. O
Espírito Santo é esta água que tira a cegueira da morte e introduz
a luz da vida.
Se o Espírito Santo é o enviado de Deus para nós, isso quer dizer que precisamos ser
batizados no Espírito Santo. Ser batizado nada mais é que ser imerso. Precisamos mergulhar
no Espírito.
Alguns crêem que o batismo no Espírito Santo acontece no momento da conversão, mas isso
não é verdade. São duas experiências distintas. Uma é a experiência do novo nascimento, é
como ter a lâmpada acesa. Outra é ter o azeite sobrando na lâmpada. Uma coisa é ter o cálice
lavado, mas outra bem diferente é falar como Davi “o meu cálice transborda”. Uma coisa é
passar pelo Mar Vermelho, mas outra é ser batizado na nuvem e na coluna de fogo. Uma coisa
é ser batizado nas águas, outro coisa é ser batizado no Espírito Santo
Se você ainda não foi batizado no Espírito Santo você precisa obedecer a ordem de Jesus. Vá
lavar os seus olhos no tanque de Siloé. Enquanto você não lavar seus olhos no tanque de Siloé
você não irá enxergar apropriadamente. Jesus liberou a palavra na sua vida que é o lodo em
seus olhos, e isso incomoda você, mas se você lavar você será completamente curado e
passará a ver.

d. Pela obediência
Havia algo que o cego tinha de fazer, ele deveria obedecer à direção do Senhor. Se ele não
obedecesse não poderia voltar a ver.
É interessante observar que se ele não obedecesse, além de continuar cego se tornaria um
cego pior do que antes, porque agora havia algo nos seus olhos incomodando. Sempre que
deixamos de obedecer a nossa situação torna-se pior do que antes.
Mas Jesus é tão bom que não deixou alternativa ao cego senão obedecer. Você consegue
imaginar o desconforto dele com a terra nos olhos? Ou ele lavava por fé e obediência ou se
lavava para se livrar do desconforto mesmo. Mas de qualquer forma ele receberia o que Jesus
queria lhe dar.
Nesse sentido podemos dizer também que Siloé é a própria Igreja. Jesus quer trazer muitas
pessoas para serem livradas de algum desconforto. Pode ser a aflição, a insônia, a
enfermidade, o vício ou por causa de qualquer outro tipo de lodo. Na vida da Igreja podem ser
lavadas e curadas.
Hoje quando nos convertemos o Senhor também nos manda nos lavar. Esse lavar é o batismo
onde abandonamos o velho homem com todas as suas práticas. O batismo nas águas também
é o tanque de Siloé para aquele que estava cego e agora começa a ver.
e. Sendo um enviado
As pessoas que foram lavadas pelo Enviado, elas mesmas também se tornam um enviado.
Depois que recebemos o batismo do Espírito Santo, nos tornamos enviados também.
Primeira coisa que aconteceu com o cego, logo após ser curado, foi que os fariseus
esbravejaram e discutiram com ele. No verso 34 a Palavra de Deus diz que ele até foi expulso
da Sinagoga. Seus próprios os pais não quiseram defendê-lo diante dos Fariseus, pois eles
mesmos temiam ser expulsos.
Aquilo que o cego passou é uma analogia daquilo que todos nós passamos. Todos nós
precisamos estar preparados para sofrer perseguição por parte daqueles que ainda estão
cegos.
Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. II Tm. 3:12
Além disso a primeira coisa que se espera de um enviado é que ele testemunhe. Na verdade
fomos enviados para isso mesmo, para contar das tremendas obras de Deus em nossas vidas.
O cego não sabia muito sobre Jesus ou sua Palavra, mas o seu testemunho era forte e
verdadeiro: não sei dizer muito sobre Jesus, só sei que eu era cego e agora vejo.
Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo. Jo. 9:25
Décimo oitavo Dia
Exercitando a fé para receber as promessas
Por Ricardo Guimarães
Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. I Timóteo 4.8
A primeira lição que aprendemos no curso de maturidade no Espírito é que nós somos um espírito que possuímos uma alma e habitamos um corpo. Sabemos que o corpo precisa ser
disciplinado. A alma precisa ser transformada. Mas quanto ao espírito, o que precisamos fazer com ele? O nosso espírito precisa ser constantemente exercitado!
Tudo o que não é exercitado vai ficar atrofiado! Se você ficar com um braço engessado por muito tempo, sem movimentá-lo, depois que você retirar o gesso, será necessário fazer algumas
seções de fisioterapia para que ele retome a normalidade dos movimento. O fato dele ficar parado muito tempo, faz com que ele perca a mobilidade, diminua a massa muscular e fique
enfraquecido. Assim é o nosso espírito. A Bíblia diz que ele precisa ser exercitado constantemente!
O objetivo do exercício espiritual, não é tirar proveito dele. Mas em I Timóteo 4.8, o apóstolo diz que teremos a promessa da vida presente e da vida futura.
Quando você exercita o seu espírito você vai experimentar as promessas de Deus. E quais são essas promessas? Não são apenas para a vida futura, para a eternidade, mas para hoje.
Isso é muito importante, existem dois tipos de promessas para a nossa vida:
a. As promessas futuras: Essas nós receberemos na eternidade. Estão reservadas para aqueles que viverem uma vida aqui na terra para Deus;
b. Mas existem também as promessas presentes: Quando exercitamos o nosso espírito em relação a Deus, poderemos penetrar no reino do espírito e sacar todas as promessas que o
Senhor tem para os nossos dias. Essas promessas são para todas as áreas da nossa vida: família, negócios, finanças, saúde, ministério, relacionamentos, etc.
Então para experimentar a promessa de Deus a chave é exercitar a fé. Exercitar significa fazer um exercício de maneira repetida até que sejamos condicionados a fazer naturalmente o que
no início era um peso e demandava muito esforço. Isso acontece em nossa vida em relação a oração, ao jejum, a leitura da Palavra, a adoração ou qualquer outra atividade espiritual. No
início o nosso espírito não está treinado, então o corpo resiste. Mas quando exercitamos o espírito se torna mais fácil. Isso é um treinamento! Por isso, Paulo comprar o exercício da fé com o
exercício físico.
Ele diz que o exercício físico tem um pouquinho de proveito. Mas o exercício espiritual vai transformar você em um gigante espiritual. Muitos cristãos ficam na academia fazendo apenas
exercício físico. Mas nada acontece na vida espiritual dele. Estão lá exercitando todos os dias (um, dois, três... Um dois três!), mas são espiritualmente muito pobres. O físico está cada vez
mais poderoso. Mas eles não tem resistência espiritual. Por isso, precisamos exercitar a nossa fé!
Então hoje, nós vamos aprender como entrar no reino do Espírito e nos apropriar das promessas que Deus tem para nós. Paulo diz que o segredo para se apropriar no reino do Espírito é
exercitar o espírito.
E o que significa exercitar a sua fé para se apropriar no reino do espírito? Como podemos fazer isso de maneira apropriada?
Em primeiro lugar...

1. Precisamos exercitar os nossos olhos espirituais


Nós temos que olhar para as promessas de Deus. Porque Deus quer cumprir as suas promessas. Mas por que muitas pessoas não experimentam as promessas de Deus?
Vejamos o que diz Hebreus 11.3:
“ Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.”
O que é fé? Fé é enxergar. Fé é a habilidade de enxergar no mundo espiritual. Você precisa exercitar os seus olhos espirituais, porque para viver no reino de Deus, você precisa ir a sala do
trono, sentar ao lado de Jesus e enxergar com os seus olhos espirituais o que ele já fez por você!
Porque existem muitas coisas que o Senhor já fez por você. E quando você enxergar o que ele já fez, aquela promessa será sua. Tudo o que é visível veio a existir do invisível!
Muitos cristãos estão cegos. Eles andam por aí, eles não enxergam nada. Eles não vêem o reino de Deus. Por isso ficam correndo de um lado para o outro, atrás das bênçãos de Deus
O cachorro tem um rabo atrás, o rabo é como as bênçãos. Quando o cachorro anda o rabo o acompanha. Assim sãos as bênçãos de Deus na nossa vida. Mas tem cachorro que é tonto, ele
fica correndo atrás do próprio rabo.
Da mesma forma tem crente tonto por aí. Eles ficam correndo atrás das bênçãos. Mas a Bíblia diz que as bênçãos nos perseguirão e nos alcançarão. Ele já nos deu as promessas!
Jesus disse para Nicodemos: A menos que você nasça de novo você não pode ver o reino de Deus. Então, Deus quer que você veja a realidade do reino.
E uma vez que você enxergar, então você pode se apropriar daquilo que ele já deu a você por promessa. Isso é maravilhoso! Portanto, enxergar com os olhos espirituais é o primeiro passo
para se apropriar no reino do Espírito!
Então veja o que Deus já fez. É assim que devemos viver no reino de Deus. Primeiro enxergar o que Ele já fez por nós e para nós. E então podemos entrar no reino do espírito e nos apropriar
das bênçãos para esse tempo.
Fica até mais fácil orar, quando você compreende isso. Por que, o que é oração no reino de Deus? Oração não é chegar a Deus e dizer: “Deus, por favor, me dê isso!” Isso não é oração.
Oração é o que Jesus nos ensinou: Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade assim na terra como é feita no céu! E quando oramos assim, a Bíblia diz que o que ligamos ou desligamos na
terra terá sido ligado ou desligado no céu.
O que isso significa? Significa que se você quer ver a promessa de Deus acontecer na sua vida, você precisa descobrir o que Deus já determinou no céu e aí determinar o mesmo na terá.
Descubra o que Deus já desatou no céu e desate aqui na terra. É por isso que a oração no reino de Deus não é uma oração egocêntrica.
A oração egocêntrica é: “Deus me dê um carro. Um bom carro. Na verdade eu quero uma Mercedes novinha. Essa não é a forma correta de orar. Porque você não pode criar as cosias na sua
mente. Deixe Deus criar através da sua palavra na sua mente.
Deus é aquele que cria. E se você conseguir enxergar o que ele já criou então você pode pedir em linha com a sua vontade. Então não crie as coisas pela sua própria imaginação. Isso é nova
era. Não procure as bênçãos, procure o reino de Deus e a sua justiça e toda as coisas serão acrescentadas a você.
Então o nosso foco está no reino de Deus. Fique vendo o reino de Deus e não fique vendo uma Mercedes. Deus pode dar a você a visão de um carro. Mas não fique procurando isso. Procure
o reino de :Deus e a sua justiça e todas as coisas serão acrescentadas.
Vamos usar uma ilustração para ajudar a entender melhor como enxergar para sacar no reino do Espírito. Imagine que um pai, sabe que seu filho vai fazer aniversário daqui a uma semana. E
ele queria comprar um presente para o seu filho. Então ele pensou:
– O que eu poderia dar ao meu filho de aniversário?
Ele sabe o que é melhor para o seu filho. Então ele pensa:
– Meu filho vai a pé para a escola todos os dias. Eu acho que o que ele precisa é uma bicicleta.
Então o pai em segredo vai a loja e compra uma bicicleta e esconde para o filho não ver. Depois ele vai até o filho e fala:
– Filho, eu estou muito contente porque daqui a uma semana você vai fazer aniversário. Eu gostaria de lhe comprar um presente e quero saber, o que você quer ganhar de aniversário?
– Pai, você poderia comprar um monte de chocolate para mim?
O pai olha para ele e diz:
– Filho, muito chocolate não vai fazer bem para você. Peça outra coisa!
– Então compra mais carrinhos plásticos para mim.
– Filho, você já tem muitos desses carrinhos.
Então o filho olha para o pai e pergunta:
– Pai, o que o senhor acha que é melhor para mim? O que eu deveria pedir?
– Uma bicicleta!
Depois, desse pedido, você acha que o filho vai ganhar o que ele pediu ao pai? Será que no dia do aniversário dele ele terá uma bicicleta? Sim, porque o pai já havia comprado a bicicleta! E
já queria dar para o seu filho!
Assim é o reino de Deus. Procure o que Deus já projetou para você. Ele já fez os planos para você. Então oração é buscar a vontade de Deus. E quando você busca a vontade de Deus, você
vai receber sempre. Porque o pai já quer nos dar a suas promessas! É somente uma questão de tempo!
Em segundo lugar...

2. Precisamos exercitar os nossos lábios


Então, a regra número um é enxergar. O primeiro passo é enxergar com os olhos espirituais. Todavia, só a visão não trás a existência as promessas de Deus. Senão vejamos o que nos diz
Hb.11.2
“Pois, pela fé os nossos antepassados obtiveram bom testemunho”
Fé não é só ver. Fé é também um testemunho. Fé é confessar. Fé é confissão. Portanto, você precisa confessar o que você já viu. Isso é um princípio.
Mesmo sabendo que o reino virá, você precisa dizer: “Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade.” Você precisa dizer isso. Confesse a vontade de Deus para sua vida. Confesse em fé.
Quando você confessar você vai trazer a realidade do céu a existência presente. Então confesse. A fé é ativada pelo falar. Mas você só deve confessar aquilo que é da vontade de Deus e do
seu reino. E quando você faz isso, você está chamando a existência uma realidade do mundo espiritual invisível.
Nós já falamos muito sobre a confissão negativa. Tem pessoas que o dia inteiro fala coisas em desacordo com a vontade de Deus. Falam dos problemas como se eles não tivesse solução,
falam das enfermidades como se elas não tivesse cura. E se você for observar na sua vida, muitas coisas que você está vivendo hoje, é fruto do que você tem falou no passado.
Por isso, temos que disciplinar os nossos lábios, para fazer a confissão da fé. Paulo disse que o exercício da piedade para tudo é proveitoso, porque tem promessa presente e futura.
Quando uma esposa aprende isso, e começa a confessar a vontade de Deus para o seu casamento ela vai experimentar a cura no seu relacionamento conjugal; Quando um empresário
entender isso e começara confessar em linha com a palavra de Deus, sua empresa será totalmente sanada. Quando uma igreja entende isso e começa a exercitar, a vida das pessoas será
totalmente transformada!
Coisas poderosas vão acontecer na sua vida, na sua família, na sua saúde, nas suas finanças e no seu ministério quando você começar a aplicar esse princípio! Problemas que parecem sem
solução será solucionados.
De acordo com Hebreus 11.3, como Deus criou todas as coisas? Tudo foi criado através da palavra de Deus. Deus criou tudo no mundo espiritual primeiro. Então quando Deus fala no mundo
espiritual e ele chama à existência as coisas. Esse é o poder da Palavra de Deus!
Quando ele profere, quando ele fala, quando ele diz, a coisa já foi criada no mundo espiritual. Então o método de Deus é através da sua palavra. E por isso que precisamos ler a palavra de
Deus. E por isso que a palavra de Deus é extremamente importante. Se você nunca meditar na palavra de Deus, você não terá fé. Porque a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus.
Coisas tremendas vão acontecer na sua célula quando você começar a confessar em linha com a Palavra de Deus.
O fato de você não estar vendo algo, não quer dizer que esse algo não exista. No reino do espírito todas as promessas de Deus já estão disponíveis. Mas nós precisamos chamar à existência
pela palavra! Por isso, quando Deus leva você a enxergar algo no reino do espírito, o próximo passo que você precisa dar é confessar!
Confesse as promessas de Deus acerca de sua família!
Confesse as promessas de Deus acerca de suas finanças!
Confesse as promessas de Deus acerca de sua saúde!
Confesse as promessas de Deus acerca de seus negócios!
Confesse as promessas de Deus acerca de sua célula!
Confesse as promessas de Deus acerca do sue ministério!
Lembre-se sempre desse princípio espiritual: A fé vem pelo ouvir, mas ele é liberada para agir através da confissão, da palavra, dos lábios!
Muitos não tem se apropriado de nada, porque não confessam nada! Existe um grande depósito de bênçãos nos céus. Paulo diz, que lá existem promessa presentes e futuras. Muitos cristãos
estão esperando apenas para receber as bênçãos futuras na eternidade. Mas ele disse que há também bênçãos presentes. E se você não sacar essas bênçãos presentes elas ficarão
depositadas lá!
Você precisa enxergar e confessar para trazer a existência em sua vida! Vamos exercitar isso por alguns minutos?
Em terceiro lugar...

3. Precisamos perseverar nas promessas


“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Hb 11:6
Veja o que nos diz o texto. Quando nós nos aproximamos de Deus, precisamos crer. Cremos quando enxergamos, cremos quando confessamos, mas continuamos crendo até que as
promessas se concretizem.
Esse é o exercício da fé. Todo dia você tem que crer. Todo dia você tem que exercitar a sua fé. Até que você possa se acostumar a enxergar o reino do espírito, confessar e chamar a
existência as promessas de Deus, você precisa perseverar.
As promessas de Deus são grandes. As promessas de Deus são maravilhosas. E as promessas de Deus estão acima de qualquer lei e são inabaláveis.
O mundo pode ser abalado. A economia pode ser abalada. As leis da economia podem ser abaladas. A política pode ser abalada. Mas o reino de Deus e as suas promessas nunca serão
abalados.
Por que muitos cristãos não estão experimentando as promessas inabaláveis de Deus? Você quer experimentar as promessas inabaláveis do Senhor? Vamos ler Hebreus 6.11-12:
“Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança; para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles
que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.”
Esse texto nos mostra que muitas pessoas enxergam as promessas, até chegam a confessar, mas não recebem a promessa porque se tornam negligentes e não perseveram.
A pessoa caminha até certo ponto com Deus. Mas chega uma hora que ela desiste. E quem desiste não vai ter a concretização da promessa. Por isso, o autor de Hebreus nos exorta a imitar
o exemplo daqueles que alcançaram a promessa.
A Bíblia diz que fé e paciência herdarão as promessa de Deus. Todavia, muitas pessoas estão vivendo momentos difíceis. Eles oram uma vez, duas vezes, mas não permanecem fiéis
quando os problemas vêem.
E quando as tentações vêem pouco a pouco no meio dos problemas e tentações muitos acham que Deus não está cumprindo as sua promessas. Porque eles não têm a persistência, a
diligência de continuar. Quando você desiste, você nunca verá as promessas de Deus. Muitos não são diligentes para buscar as promessas.
Portanto, o primeiro passo para recebermos as promessas de Deus é enxergarmos. O segundo passo é confessarmos. Mas o terceiro é permanecer firme até o fim. E nunca desistir! Por isso
precisamos nos alimentar sempre com a palavra. Porque todas as promessas de Deus estão baseadas na Palavra de Deus, se nós não lermos a Palavra, nós não vamos encontrar a
promessa de Deus.
Tudo o que você precisa, e tudo o que você quer já está provido por Jesus. Se a economia está abalada. A economia pode ser abalada. O mundo inteiro pode ser abalado. Mas se voe tem as
promessas de Deus você estará seguro nas mãos do Pai.
Conta-se que num avião, durante um vôo a aeronave passou por uma turbulência. Todos passageiros ficaram apavorados enquanto um garoto viajava tranqüilamente lendo a sua revistinha
em quadrinhos. Uns oravam, outros se apertavam nas poltronas, mas o garoto parecia não se preocupar com nada. Quando um passageiro ao lado falou-lhe:
– A aeronave está balançando muito, e todos estão tenso, você não está com medo?
Ao que o garoto respondeu:
– Não senhor! Meu pai é o piloto!
Quando você tem as promessas de Deus de Deus, pode tudo chocalhar ao seu lado. O mundo todo pode ser abalado, mas você fica firme no Senhor, porque ele é o piloto. Você sabe que no
comando está o Senhor, e ainda que o mundo todo se levante contra você permaneça firme!
Uma vez que Deus lhe deu a visão das promessas. Não se cale. Calar é uma estratégia do diabo para impedir as promessa de Deus na nossa vida. Vá até o fim com o Senhor!
Décimo Nono Dia
Deus pode e Deus quer!
Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No
mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao
sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo. Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de
não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele. Marcos 1.40-45
Santo Agostinho dizia que a vida de um homem é mudada ou por um grande amor ou por uma grande dor. As pessoas pegaram essas palavras dele, e deram outra forma: “Quem não vem
pelo amor, vem pela dor”.
O que isso significa? Que Deus sempre usa as circunstâncias da nossa vida para nos aproximar dele. Alguns só ficam perto de Deus quando tudo está bem, quando a família está ajustada,
quando ele está ganhando dinheiro, quando está prosperando, quando todos de sua casa desfrutam de boa saúde. Nessa situação ele canta, ele louva, ele não falta ao culto. Ele está
exultante de alegria.
Outros, todavia, só se aproximam de Deus, quando as coisas estão muito ruins. A situação está “preta”. As finanças comprometidas, a saúde ameaçada, os relacionamentos se rompendo.
Por incrível que pareça, a perda de um ente querido, a demissão de um emprego, a rejeição familiar são situações que levam muitos buscam ao Senhor.
Eu creio que a maioria das pessoas responde mais rapidamente a Deus na dor. Eu não sei se esse é o seu caso, mas eu sei que a maioria de nós procura mais a Deus em situações de
aperto, de dor e de muita dificuldade.
E sabe, o que é maravilhoso nisso? É que Deus se aproveita dessas situações para operar milagres. Uma vez que nós cremos em milagres, Deus faz questão de provocá-los na nossa vida.
Tem gente que pensa que o milagre é queda de braço entre o homem e Deus. De um lado tem um homem que precisa desesperadamente de um milagre. Do outro um Deus indiferente a
necessidade desse homem. Mas de tanto esse homem clamar, Deus vai e atende.
Mas esse texto de Marcos 1.40-45 nos mostra que Jesus é um grande facilitador de milagres. Porque ele é um Deus que opera milagres.
Se existe algo, que o Senhor gosta de fazer é milagres. Ele fez isso durante todo o seu ministério e continua fazendo em nossos dias. Pois Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Por isso, com base no episódio de Jesus com o leproso, podemos afirmar que no que diz respeito ao milagre, Deus pode e Deus quer!
Deus pode e Deus quer, por isso...

1. Ele se coloca no caminho das pessoas


O texto diz, que Jesus sempre arranjava um jeito de se colocar no caminho das pessoas. Marcos diz que foi o leproso quem se aproximou de Jesus: “Aproximou-se dele um leproso...” (v.40).
Mas Mateus diz que Jesus é quem desceu do monte para encontrar-se com o leproso. (Mt.8.1)
Ou seja, o leproso só se aproximou de Jesus, porque ele permitiu, porque ele se tornou acessível a ele.
Naquele tempo, um leproso não podia chegar muito perto de uma pessoa. Se ele chegasse muito perto a pessoa poderia apedrejá-lo. Mas Jesus permitiu que fosse desse jeito.
Uma das coisas mais importante na vida e no mistério de Jesus. É que ele sempre se colocava no caminho das pessoas.
• Ele se colocou no caminho de Zaqueu
• Ele se colocou no caminho da Mulher samaritana
• Ele se colocou no caminho do cego Bartimeu
• Ele se colocou no caminho da viúva de Naim
• Ele se colocou no caminho do comandante Jairo
• Ele se colocou no caminho da mulher com fluxo de sangue
• Ele se colocou no caminho da cego de nascença
• Ele se colocou no caminho de Nicodemos
• Ele se colocou no caminho do paralítico de Betesda
• Ele se colocou no caminho do leproso
E da mesma forma, hoje ele se coloca no seu caminho. Ele está acessível a você para operar o milagre que você necessita.
Muitas pessoas dizem que vivem em busca de Deus. Mas quantas vezes, Jesus já se colocou em seu caminho e você o evitou ou se fez indiferente para com ele.
Hoje o Senhor está se pondo no seu caminho. E você tem novamente em suas mãos a oportunidade de adorá-lo, de se entregar a ele, de pedir a sua cura, a sua libertação, e a sua salvação.

O Desejo do Senhor de abençoar as pessoas é tão grande, que ele é quem toma a iniciativa de se colocar no caminho das pessoas. E hoje ele está se colocando no seu caminho!
Ele quer fazer um milagre em sua vida!
Deus pode e Deus quer, por isso...

2. Ele se identifica com as necessidades das pessoas - v.41


Senão observe o que diz o verso 41: “Jesus se compadeceu”
Compaixão é um sentimento difícil de explicar. Mas é uma comoção muito forte que você sente ao ver a dor dos outros. É mais do que sentir dó. É uma identificação profunda e um desejo de
fazer alguma coisa para mudar a situação daquela pessoa.
O mundo estabelece o tipo de relacionamento sempre da seguinte maneira: O que você pode fazer por mim. O que você pode me dar ou me favorecer. Mas Jesus ele sempre procura
ocasião para nos abençoar.
Muitas vezes você está em uma festa ou num evento e ali há muitas pessoas. E se naquele evento está alguém que pode abrir portas, que tem poder para fazer algo, alguém que as pessoas
julgam importantes, muitas pessoas estarão em volta dela por mero interesse pessoal. Mas Jesus sempre se aproximava das pessoas que possuíam necessidades a serem supridas.
Talvez você viveu assim muito tempo. Todas as pessoas que se aproximaram de você era sempre pelo motivo de querer algo em troca. E geralmente esse tipo de pessoa que se relaciona
por interesse desaparece quando estamos com problemas.
Mas Jesus disse: “Os sãos não precisam de médicos mas os doentes. Eu não vim para os são para os doentes”.
Se você está lendo esse texto é porque você precisa do médico maior que é Jesus. As pessoas que não precisam, que julgam saber tudo e que pensam ter alcançado tudo, essas não
precisam de Jesus. Mas se você se dispôs a caminha nessa campanha é porque você precisa.
Talvez você diga que ninguém entende você. Mas Jesus entende. Porque ele já passou por tudo o que um homem pode passar:
• Feridas
• Enfermidades
• Rejeição
• Chorar de noite
• Tentações
• Traições
Ao olhar para você nessas hora o Senhor lhe diz: “Eu sei o que você está passando, eu entendo você!” E mais do que isso, ele sente o que você sente.
Certa vez houve um atropelamento na rua. No momento que o acidente aconteceu estava passando um médico em seu carro de luxo, com insulfilme no vidro. Ele percebeu que
era um acidente, mas estava com muita pressa para chegar em casa, e não quis parar. Meia hora depois de chegar em casa, já de banho tomado seu telefone toca dizendo que seu filho
havia sido atropelado ao voltar da escola. Aquele homem foi correndo para o hospital. Mas quando chegou lá encontrou seu filho já morto. Ele ficou desesperado. Mas já era tarde para fazer
alguma coisa. Então ele perguntou aos colegas médicos: Porque ele morreu? Por que vocês não conseguiram salvar o meu filho? Ao que lhes responderam: “Infelizmente o socorro
demorou muito e ele perdeu muito sangue.”
A partir daquele momento o homem gritou de desespero. E para aliviar a sua culpa se dedicou mais intensamente a ajudar as pessoas.
Um dia, ele estava de plantão no hospital, quando chega um adolescente atropelado levado pelo pai. Ele com dedicação fez de tudo para salvar a vida do garoto, mas não
conseguiu. Ao dar a notícia ao pai de que a criança havia morrido, o médico com lágrimas no rosto presenciava o desespero daquele pai que gritava nos corredores do hospital: “Meu filho!
Meu filho!”
Depois de ter se acalmado, o pai do garoto morto perguntou-lhe: “O senhor já atua a tantos anos na profissão, como ainda consegue chorar por um paciente que morre. Ele foi
apenas mais um.”
Ao que o médico respondeu: Eu sei o que o senhor está sentindo, porque eu também já perdi um filho.
Muitas vezes nós pensamos que Deus não se importa com as nossas dores, com as nossas crises, com as nossas dificuldades. Muitas vezes seu marido não entende você,
seus filhos não entendem você ou talvez seus pais não o entendam. Seus colegas da escola classe não conseguem entender você. Mas eu quero dizer que existe um que o entende,
porque ele já passou por tudo o que você passou.
Talvez você diga: “minha vida é ,muito difícil”, “Minha família me abandonou”, “Eu sou órfã de pai ou de mãe”, “Meus amigos me traíram”, “Minha vida é muito dura”, “Ninguém
me entende.”. Todavia, há um que entende e se compadece de você porque já passou por tudo que você passou e muito mais. Senão veja o que nos diz o profeta Isaías:
Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos
caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela
cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido. Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua
morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca. Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado,
verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Isaías 53.3-10
Eu posso ouvir o Senhor lhe dizendo nesse hora: “Filho eu já passei por tudo isso. Eu compreendo o que você está passando. Eu sei o que é ser traído, eu sei o que ser
enfermado, eu sei o que é ser desprezado, eu sei o que é se sentir sozinho e abandonado. Portanto, “não temas, porque eu sou contigo, não te assombre porque eu sou teu Deus, eu te
sustento e te fortaleço com a destra da minha justiça”.
Há um Deus que entende você. Há um Deus que se compadece de sua vida. Há um Deus desejo de operar o milagre em usa vida.
Deus pode e Deus quer, por isso...

3. Ele toca as pessoas


A coisa mais fantástica nessa passagem é que Jesus tocou o leproso. Senão veja o que diz o verso 41: “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-
lhe: Quero, fica limpo!”
Eu amo essa passagem. Ninguém podia se aproximar de um leproso, nem o leproso de alguém. Ninguém podia tocá-lo, porque seria considerado imundo.
Quando uma pessoa fica leprosa, ela é obrigada a sair de casa, abandonara família e ir para o vale dos leprosos do lado de fora da cidade. De cima as pessoas lhe jogavam comida.
Quando um leproso ia caminhado, se encontrasse alguém deveria cobrir-se com um cobertor e gritar: Leproso! Leproso! Para que as pessoas não se aproximassem dele.
Por isso, aquele homem não era apenas leproso, mas também rejeitado, humilhado, inferiorizado e carente de amor. Jesus poderia simplesmente dizer àquele homem: “Sê curado”. Mas
Jesus fez questão de tocá-lo.
Com o toque Jesus curou enfermos. Com o toque Jesus perdoou pecados. Com o toque Jesus restaurou vidas. Com o toque Jesus ressuscitou mortos.
Até hoje Jesus continua tocando as pessoas. Ele pode tocar o seu coração enquanto você medita nessa Palavra. Mas ele também usa as mãos dos seus servos para tocar na vida das
pessoas e ministrar a sua graça e o seu poder.
Existe uma unção que flui das mãos daqueles que servem a Deus. Quando nós tocamos uma pessoa transferimos unção, graça e poder de Deus.
As nossas mãos são um dos mais importantes instrumentos que Deus usa para abençoar a vida das pessoas. Talvez, você esteja precisando que alguém imponha as mãos sobre a sua vida.
Ou quem sabe, talvez você precise impor as mãos sobre alguém.
A revista Times publicou o resultado de uma pesquisa, onde eles estudaram porque as pessoas que fazem parte de uma comunidade cristã em geral são mais saudável. E descobriram duas
causas: Eles se reúnem sistematicamente o que o faz sentir parte de um grupo se tocam muito, oram de mãos dadas, se abraçam, se cumprimentam...
A igreja precisa acreditar mais na transferência de unção e de bênção pela imposição das mãos. O batismo do Espírito Santo é ministrado com imposição de mãos. A cura física pode ser
ministrada com imposição de mãos. Você precisa descobrir o valor de uma mão sobre a sua cabeça!
Jesus tocou o leproso, porque ele não deseja curar apenas o seu corpo físico, mas a sua alma carente e o seu espírito abatido. Ele queria tocar o coração daquele homem.
Talvez como aquele homem leproso, você este necessitado de um toque de Jesus em sua vida. Ele deseja tocara sua vida hoje. Ele está tocando o seu coração.
Aquele homem teve uma dúvida acerca do amor e da bondade de Jesus. Ele cria no poder de Deus, mas ele não acreditava que Jesus fosse suficientemente bom. Então ele disse: “Se tu
quiseres podes curar-me.”
Muita gente também está dizendo: “Se Deus quiser, minha família será restaurada”, “ Se Deus quiser eu vou ficar curado”, “Se Deus quiser eu vou arranjar um emprego”.
Talvez você esteja entre aqueles que não duvidam do poder do Senhor para operar o milagre, mas da sua bondade, do seu desejo, da sua compai xão... Talvez por causa dessa dúvida, você
não tem tido fé nem para orar e pedir a ele. Mas ouça nessa hora o que ele disse ao leproso: “ Eu quero! Sê limpo!”
O mesmo Jesus está dizendo a você agora: “Eu quero! Sê liberto. Eu quero! Sê restaurado.”
Jesus quer fazer o milagre na sua casa, na sua família, na sua saúde, nas suas finanças. Ele mesmo disse àquele leproso: Eu quero!!!
Assim como Jesus se colocou no caminho daquele leproso, hoje ele se coloca em seu caminho. Assim como ele conhecia profundamente as necessidades daquele homem, ele conhece as
suas necessidades também. Assim como ele tocou a vida daquele homem, ele deseja tocar a sua vida também.
Receba o toque de Jesus em seu coração e sê curado, sê livre dos seus males, se liberto das algemas que prendem a sua vida. Creia no seu coração que Deus pode e Deus quer!

4. A vontade de Deus é curá-lo


O fundamento da nossa fé é o conhecimento da vontade de Deus. Quando temos convicção e clareza a respeito da vontade de Deus sobre alguma coisa nós temos fé para entrar na posse
dela. Esta é a razão porque muitas pessoas não recebem a cura, elas não têm certeza de que a vontade de Deus é curá-las.
Se mostramos para alguém a verdade de que por meio do sangue de Jesus nossos pecados são perdoados eles rapidamente aceitam, mas quando mostramos que pela cruz ele são curados
eles ficam reticentes. Mas a mesma Bíblia que diz que se confessarmos os nossos pecados ele é fiel para nos perdoar, também que diz que pelas pisaduras de Jesus nós somos sarados. É a
mesma Bíblia e a mesma cruz. Deus é verdadeiro e a obra de Jesus na cruz é perfeita, por isso podemos crer nas duas verdades do mesmo modo.
A base que temos para orar pela cura é mesma que possuímos para declarar que alguém pode ser batizados e salvo. A base é a cruz do Senhor Jesus. Não sei a resposta para todas as
questões sobre cura. Não sei porque pregamos e nem todos se convertem, também não sei porque oramos por cura e nem todos são curados. Mas isso não pode nos impedir de continuar
pregando e também de continuar orando pelos enfermos.
Faz parte da nossa herança a cura da toda enfermidade. É da vontade de Deus que vivamos uma vida plena e saudável. Porque o Filho de Deus veio para nos dar vida e vida em
abundância. Mas ainda vivemos em mundo caído e estamos sujeitos a enfermidades e a ataques do maligno, mas podemos ter certeza de que a vontade de Deus é sempre a cura.
O leproso disse a Jesus: “Se quiseres, podes purificar-me.” A palavra de Deus diz que “Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o, e disse-lhe: Quero, fica limpo!” (Marcos
1.41). A resposta do Senhor foi enfática: “Eu quero!”. Precisamos repetir para nós mesmo sempre essa verdade: Jesus quer curar. Ele não mudou.
Aquele leproso tinha fé de que Jesus poderia curá-lo se Ele quisesse. Jesus respondeu de uma vez por todas que realmente era a Sua vontade.
“E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa SEGUNDO A SUA VONTADE, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos,
estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito...” 1 João 5.14,15
Examine o seu próprio coração para ver se em você existe alguma resistência para receber a cura. Você deve alegrar-se ao ficar sabendo que Deus fez provisões por meio do Seu Filho, para
aqueles que sofrem dores acharem alívio. A Igreja Primitiva estava “cheia de fé e de poder” e esperavam-se grandes milagres. Depois de você receber provas suficientes de que a cura é para
todas as pessoas, você poderá orar a “oração da fé”.
Deus deseja curar porque ele é um Deus amoroso. Tudo o que Jesus fez foi para demonstrar o amor e a natureza do Pai. Assim ele só curou os enfermos porque o Pai o comissionou para
fazer isso. Enquanto Jesus estava na Terra ele curou todas as pessoas enfermas que vieram a Ele. Não houve uma sequer que tivesse crido que ele deixasse de curar. Ele fez isso porque
era a vontade do Pai. Nós hoje podemos ter certeza que a vontade do Pai não mudou, ele continua desejando curar a todos. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele nunca muda.
“O Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” João 5.19
“E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou.” João 12.45
Jesus apenas curou, ele nunca fez pessoa alguma adoecer para lhe ensinar uma lição de moral, para trazê-la para mais perto dEle, ou para ela aprender a paciência. Nem castigou alguém
com enfermidades, em ocasião alguma.
Certa vez, depois terem sido rejeitados pelos samaritanos, Tiago e João perguntaram a Jesus: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Assim como Tiago e
João nós imaginamos que a intenção de Deus seja exatamente essa, a destruição os pecadores. Mas o Senhor os repreendeu dizendo: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do
Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las.” A intenção do Pai nunca é mandar enfermidades, mas curá-las, nunca é oprimir, mas libertar o cativo.
Apesar disso, há aqueles que têm medo que a ira de Deus os atingirá nessa área. É “o ladrão quem vem para roubar, matar, e destruir”; e não Deus!
A cura é proclamada pelo Pai em Êxodo 15.26:
“Eu sou o SENHOR que te sara.”
Esse único texto bíblico nos conta quem é Deus: Ele é aquele que cura. Também nos mostra quem Deus curará: a ti, e por fim nos revela quando Deus curará: agora! O horário de Deus para
a cura, assim como no caso da salvação, é agora, não quando Ele resolver fazê-lo. Ele já proclamou que Sua vontade é fazê-lo agora!
Se a vontade de Deus é sempre curar, então precisamos dizer que a enfermidade é uma obra do diabo
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.” Atos
10.38
“Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo.” 1 João 3.8
Estes trechos bíblicos, mostram não somente de onde provém a cura, como também de onde provém a enfermidade. Que tipo de opressão precisa de cura? Só pode ser a enfermidade.
Portanto, o diabo oprime as pessoas com doenças, mas Jesus veio para curar os oprimidos de satanás. A enfermidade é uma obra do diabo, mas o Filho de Deus se manifestou para
desfazer as obras do inferno.
O ministério do Senhor foi movido pela Sua compaixão. Os enfermos eram curados porque o Senhor se fez homem e soube o que é padecer. Ele nunca ficou enfermo, mas podia
compreender a dor do fardo da enfermidade. A Sua compaixão permanece sobre nós para nos livrar de toda dor e maldição. Você precisa ter clareza de que o Senhor é compassivo e deseja
curar hoje como fez nos dias em que andou na terra.
Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos. Mt. 14:14
A compaixão do Senhor está sobre você. Naqueles dias as pessoas estavam sofrendo, mas ainda hoje estão sofrendo também. A boa notícia é que a sua compaixão permanece a mesma.
A Palavra de Deus nos diz claramente que o Senhor Jesus levou as nossas enfermidades. Por isso eu lhe digo que a vontade de Deus só pode ser curar você. Se ele enviou Jesus para levar
a suas doenças, porque agora ele mandaria enfermidades para você? Se Ele fizesse isso ele seria completamente incoerente. Imagine um laboratório que produz remédios, mas que também
espalha enfermidades? Mesmo nesse mundo caído isso seria uma aberração.
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53.5
carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 1 Pedro 2.24.
Se você consegue crer que o laboratório quer curar doenças e não espalhá-las, então você precisa admitir que o nosso Deus infinitamente mais santo e fiel deseja trazer cura e saúde. De
uma vez por todas está decretada a sua vontade, pois ele diz: “Eu sou o Senhor que te sara!” (Êxodo 15.26).
Se o Senhor Jesus morreu por você quando você sem sequer se lembrava dele e ainda era rebelde contra Deus, porque ele lhe negaria agora apenas um toque de cura quando você está
buscando a sua face? Aquele não nos negou seu próprio Filho, agora vai nos negar a cura? Quem decidiu nos dar o próprio Filho não nos nega coisa alguma que necessitamos.
No Salmo 103.2-3 a Palavra de Deus diz
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades...”
Se não for da vontade de Deus curar algumas enfermidades ou algumas pessoas, também não deve ser Sua vontade perdoar alguns pecados ou algumas pessoas. A verdade do perdão
mais uma vez nos é apresentada juntamente com a verdade da cura.
Na cruz o Senhor Jesus nos redimiu do pecado e nos comprou de volta para Deus. Como escravos do pecado éramos oprimidos por todo tipo de maldição, mas agora como servos de Cristo
experimentamos a sua bênção.
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro; para que a bênção de
Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos pela fé o Espírito prometido... E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a
promessa.” (Gálatas 3.13, 14, 29)
A maldição da lei a qual Paulo se refere nesse texto está alistada em Deuteronômio 28. Muitas enfermidades estão colocadas individualmente na lista, e o Senhor diz que fomos redimidos de
todas elas.
A cura é parte da nossa herança por causa da obra do Senhor na cruz. A palavra grega traduzida por “salvar” é “sozo”. Significa “salvar, libertar, proteger, curar, preservar, estar saudável,
tornar saudável.” É a palavra empregada em Lucas 9.56; 1 Coríntios 1.21; Tiago 5.15; Marcos 16.16; Lucas 7.50; João 3.17; Atos 4.12; Romanos 10.9, 3; Ef 2.8.
A palavra grega traduzida “curado” e “são” empregada em Marcos 5.23; Lucas 8.36; Atos 14.9; Mateus 9.21; 22; Marcos 6.56; 10.52; Lucas 8.50; 17.19; Atos 4.9 também é “sozo”. Tem
exatamente o mesmo significado que tem na lista anterior de referências bíblicas.
Nunca Deus pretendeu que o homem separasse a cura da salvação. O Salvador era e continua sendo Aquele que Cura. Deus pode e Deus quer! Nunca se esqueça disso!
Vigésimo Dia
A lógica do sofrimento
Nunca devemos reescrever a nossa teologia para tentar encaixar a calamidade. Você não pode
abrir mão da fé, mesmo que não tenha visto exatamente o milagre que queria. É preferível
morrer e chegar na glória declarando que ele é poderoso para nos ressuscitar dos mortos.
Quando Abraão subiu com Isaque para o monte ele foi crendo contra toda a tragédia. Ele não
negou o fato, mas também não negou o poder de Deus. Mesmo quando não conseguimos
explicar exatamente porque estamos sofrendo, precisamos sempre crer pelo milagre.
Buscar o milagre é se envolver numa intensa batalha espiritual. Sempre haverá guerra ao redor
do nascimento de um milagre. O inimigo quer impedir que você receba o milagre de Deus. É
preciso entrar na batalha espiritual para receber a bênção do céu.
Uma coisa que já aprendi lidando com os irmãos nos últimos vinte e cinco anos é que nunca
devemos tirar conclusões precipitadas sobre as razões porque enfrentamos lutas e sofrimentos.
Se você conversa com alguém que está passando por uma aflição a grande maioria dirá que não
sabe as razões daquele sofrimento, e ainda acrescentará que não merece passar por tantas
tribulações. Em outras palavras, sempre dirão que é uma injustiça. Mas a verdade é bem mais
complexa.
Os incrédulos acusarão a Deus e dirão que esse é justamente o motivo porque não crêem, pois se
houvessse Deus ele não permitiria que sofrêssemos.
Os crentes não culpam a Deus, mas encontraram um culpado mais fácil, o diabo. Antes era o
diabo que nos acusava diante de Deus, agora são os crentes que acusam o diabo diante do
Senhor. É verdade que o diabo se alegra com toda tragédia, mas precisamos admitir que somos
nós que damos lugar para a ação do maligno em nossa vida.
Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Tg. 4:7
Algumas vezes não nos sujeitamos a Deus e isso traz sofrimentos e outras vezes não temos
discernimento para resistir ao diabo e o resultado é que passamos por muito sofrimento. Diante
disso podemos dizer que nós mesmos somos responsáveis por grande parte das coisas que
sofremos.
Existem muitas razões que explicam as causas de nossos sofrimentos. Vamos enumerar algumas
delas.

1. Por causa de ataques do diabo


É um fato da vida que às vezes sofremos por conseqüência dos erros dos outros. Quantas
mulheres e homens sofrem por causa dos companheiros que têm, quantos pais por causa dos
filhos, quantos filhos por causa dos pais, pastores por causa da igreja, Igrejas por causa dos
pastores, povos por causa dos governos, e por aí afora. Situações de manipulação, mentiras,
roubos, corrupção, infidelidades nos fazem sofrer.
Nestas circunstâncias, temos que lembrar que é Deus a nossa justiça e é nEle que temos que
confiar e esperar por direção para a nossa vida. Apesar de tudo, nesses momentos devemos
considerar a mão cuidadosa de Deus e crer que a seu tempo nos fará justiça.
Por detrás de todos esses tipos de problemas está o diabo. Precisamos considerar essa a
primeira causa dos nossos problemas. O diabo e seus agentes estão ao nosso derredor
procurando uma ocasião para causar dor e sofrimento.
A Palavra de Deus nos ensina que:
• Não devemos dar lugar ao diabo - Efésios 4:27
• Devemos dar lugar a Deus e ao Seu Espírito - Gálatas 5:16
• O diabo anda ao nosso redor à espera de oportunidade - I Pedro 5:8
• Deus está à nossa porta pronto para entrar - Apocalipse 3:20
• Com a nossa língua, matamos ou damos vida - Provérbios 18:21

2. Para que se voltem para Deus


Há pessoas que só se achegam a Deus e o reconhecem no sofrimento. É a única maneira Dele ter
a atenção deles. A frase é antiga, mas continua sendo verdadeira: “Alguns vêm pelo amor, outros
pela dor”. Essa é a realidade de muitos. Mas não pense que isso se aplique apenas à conversão.
Alguns vão para o ministério pela dor, outros pelo amor. Alguns fazem a vontade de Deus por
amor, outros pela dor.
É a intolerância com o seu presente que cria o seu futuro. O filho pródigo não teria voltado para
casa se não tivesse ido comer com os porcos. Deus coordena a dor e a crise para mostrar o que
somos, mas é necessário que não nos conformemos com a dor. Não podemos nos acostumar
com o que é ruim. Aquele jovem não se conformou em viver como porco. Quando dizemos basta
à situação, então ela começará a mudar. Quando nos submetemos debaixo da mão de Deus, ele
nos exalta.
Lembre-se que não existe mudança sem dor. Toda mudança vem acompanhada por crises,
perdas e pressões. Não podemos ter a ilusão de que cresceremos sem dor. Aqueles que estão
buscando apenas o conforto e o prazer terão dificuldades em avançar. Naturalmente não
buscamos a dor, mas não temos a ilusão de que poderemos mudar sem provar dela. A perda leva
à mudança.
É um lugar comum dizer isso, mas precisamos repeti-lo: “alguns somente virão a Deus pela
dor”.

3. Por causa de escolhas erradas


Quando alguém faz escolhas erradas, quando resolve andar de acordo com o que lhe parece
melhor, quando as pessoas desistem de lutar, quando escolhem o pecado, quando pagam o mal
com mal, quando alimentam atitudes e motivos errados, quando falam de forma impensada, o
resultado é que abrem brechas para o diabo e para os problemas.
As suas decisões determinam as suas circunstâncias. A sua vida não muda a menos que você
entenda que você cria as suas circunstâncias. Você pode culpar as pessoas, pode culpar a Deus
ou até o diabo, mas o fato é que as suas decisões criam as suas circunstâncias. O maior exemplo
de sofrimento por escolhas erradas é o filho pródigo em Lucas 15:11-24.
Jesus certa vez contou a história de um jovem que num dia chegou ao seu pai e pediu para
receber a parte que lhe cabia da herança. O seu pai ficou triste, mas concordou em dar-lhe.
Depois de receber a herança ele saiu de casa e junto com os amigos caiu na farra e torrou todo o
dinheiro que possuía. A situação foi ficando cada dia pior até que ele chegou ao fundo do poço.
Ele passou a comer com os porcos. Comer com porcos é o fim da linha.
Vamos agora imaginar aquele jovem ali imundo comendo a lavagem dos porcos. O que diriam
algumas pessoas?
Um político passando por ali diria que a sua condição era culpa do governo. A situação fora
causada pela falta de educação apropriada e pelo desemprego crescente.
Um jornalista diria que a culpa é da globalização. Se não fosse a alta do dólar e a crise
financeira, aquele jovem não teria perdido toda sua fortuna de forma tão rápida.
Um psicólogo diria que a culpa certamente é do pai que o traumatizou. O pai foi irresponsável
porque deu ao filho a herança mesmo sabendo que ele ainda não tinha maturidade para lidar
com tanto dinheiro.
Um socialista diria que a culpa é do patrão que o explora. Certamente diriam que o cerne da
questão é a luta de classes, a opressão da classe operária pelos burgueses e latifundiários. Para
ele aquele jovem era o fruto desse mundo capitalista opressor.
O fatalista diria que a culpa é da sorte e do destino. Uns nasceram para ser pobres e nada pode
ser feito a respeito disso.
Um crente dos dias de hoje diria que aquilo é culpa do diabo que seduziu o jovem e o lançou na
sarjeta.
No final alguém dirá que o próprio Deus é o culpado pela condição daquele jovem. Se Deus é
amor, como pode ele permitir alguém comer com porcos? Diriam eles.
Mas quantos ousariam dizer que o jovem mesmo foi o responsável? No entanto esta é a verdade.
As decisões dele determinaram as suas circunstâncias.
Você é responsável pelas conseqüências de suas ações. Você fez as escolhas, então deve arcar
com as conseqüências. Não adianta culpar a quem quer que seja. As suas decisões determinam
as suas circunstâncias
Tantas vezes estamos orando para que Deus nos abençoe e mude as nossas circunstâncias,
sendo que devíamos primeiro era nos arrependermos e confessarmos os nossos pecados a Deus.
Quando assumimos a nossa responsabilidade o milagre começa a acontecer.

4. Porque não se cresce sem sofrimento


Crescer dói. Existe uma cena que se repete todo início de ano em nossa escola. As crianças que
vão começar estudar no primeiro ano são trazidas por seus pais e deixadas com uma professora
que fica na porta. Quando a criança vê que os pais vão embora ela começa a chorar
convulsivamente em extremo desespero. Quando percebe isso a mãe volta e tenta consolar o
menino prometendo que vai voltar para buscá-lo. Mas ele está inconsolável e para completar a
mãe começa a chorar também.
É um cena dramática e inegavelmente estão sentido dor, mas não há como evitar porque faz
parte do processo de crescimento.
Na vida cristã também existem dificuldades que não podemos evitar, são parte do processo de
amadurecimento, da formação de Cristo em nós e do cumprimento da Sua vontade.
A verdade, é que em todas as situações de sofrimento e crise, a vontade do Senhor, é o que está
revelado em I Pedro 5:10.
Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes
sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. I Pe.
5:10
Observe que o apóstolo diz que Deus tem um propósito no sofrimento que envolve pelo menos
quatro coisas:
a. Aperfeiçoar - Isso significa que a tribulação é um meio de nos tornamos mais parecidos com
Ele.
b. Confirmar - A vontade de Deus é que sejamos firmados e confirmados, ou seja nos
tornemos mais firmes e seguros. É apenas em tempo de sofrimento, crise e dificuldades, que
provamos a nossa fidelidade e somos confirmados na fé. Um casal não prova fidelidade na lua
de mel, mas nos tempos em que aparecem as diferenças e as adversidades. O mesmo se aplica a
nós em nossa relação com o Senhor. Esta é a razão porque muitos desistem e abandonam o
compromisso estabelecido da fé.
c. Fortificar - nossos músculos somente são fortalecidos quando submetidos ao esforço e ao
exercício. Qualquer atleta sabe que isso envolve dor. Nossa força espiritual também é checada e
forjada nos tempos difíceis. Não podemos ignorar o poder que tem o sofrimento não somente de
fazer crescer, mas também de nos tornar mais fortes.
d. Fundamentar - inevitavelmente as tempestades e enchentes da vida virão. O Senhor as
permite para checar se estamos alicerçados na rocha. Não é a tempestade que nos fundamenta,
mas ela é o teste definitivo da força da nossa edificação. A adversidade mostra-nos qual o nosso
tipo de alicerce, se na areia ou na rocha. Mostra-nos o valor real das coisas. Muitas vezes
priorizamos aquilo que é realmente secundário e no meio da adversidade vemos as coisas com
mais clareza numa perspectiva correta.

5. Para aprenderem a serem gratos por tudo


As pessoas de um modo geral só dão valor ao que perdem. Dificilmente têm uma atitude de
gratidão. Por isso o caminho mais rápido para aprender a gratidão é a perda.
Diante do que alcança na vida a pessoa medíocre reclama e murmura. Ela sempre pensa que não
tem o melhor e que não há motivos para se alegrar. A pessoa orgulhosa e arrogante, por outro
lado, pensa que merece tudo e que todas as coisas são fruto de seu trabalho e esforço. A pessoa
tola, por sua vez, não reclama e nem agradece, porque imagina que tudo é resultado da sorte e
do acaso. Pensa que não existe mérito e nem demérito, mas apenas o acaso e por isso também
não é grata.
O homem justo, porém, reconhece que tudo procede de Deus e que ele não poderia ter coisa
alguma se Deus não lhe tivesse dado. Por causa disso o justo é sempre grato. A gratidão é o
antídoto de Deus para vencer a arrogância, pois quando somos gratos reconhecemos que há um
Deus sobre nós.
A gratidão nos livra da murmuração. Todo murmurador é incrédulo, pois não reconhece o
controle de Deus sobre todas as coisas. A gratidão nos livra da indiferença de pensar que a vida é
sem sentido e que tudo é apenas fruto do acaso. Na verdade a gratidão nos livra do veneno de
pensarmos que somos Deus. A gratidão destrói o veneno do diabo na nossa carne.
Aquele que é grato precisa admitir sua impotência diante das coisas, e reconhecer que o Senhor
controla a sua vida. Mas quando não somos gratos precisamos passar pela perda para
entendermos a origem de toda bênção. A perda é o caminho mais rápido para aprendermos a
gratidão.

6 – Para que o Senhor tenha a nossa atenção


Algumas vezes para podermos compreender a verdade espiritual precisamos passar pela
tribulação. Um pastor amigo meu me contava que quando que ele ia passear no shopping, seu
filho pequeno sempre desaparecia e os deixava loucos de preocupação. Depois de o procurarem
eles o encontravam brincando na escada rolante. Mesmo depois de algumas broncas e até
palmadas, o menino continuava lhes passando susto toda vez que iam ao shopping.
Certo dia ele resolveu agir de forma diferente. Quando seu filho sorrateiramente escapou e foi
brincar na escada rolante, ele e sua esposa não foram atrás dele, mas ficaram de longe
observando sem que ele visse. Quando ele já estava cansado de brincar ele olhou para os lados
procurando os pais, mas dessa vez eles não estavam lá. O menino começou a chorar em
desespero, mas eles deixaram que ele sofresse por um tempo até que aparecessem para pegá-lo.
Ele disse que enquanto faziam isso a sua esposa chorava de dó, mas foi a única forma que
encontraram para que ele aprendesse a obedecer.
Eles deixaram que ele sofresse como forma de levá-lo a tomar consciência do perigo de seu
comportamento. Deus faz o mesmo conosco. Grande parte do que julgamos ser sofrimento é
extremamente educativo. Se somos filhos devemos esperar sermos disciplinados pelo Pai e a
disciplina sempre dói.

7 – Por não estar no centro da vontade de Deus


Será que todos nós temos consciência que não estar no centro da vontade de Deus traz ao
homem algum sofrimento e angustia? A história do povo de Israel nos serve de exemplo e
advertência.
Diz a Palavra de Deus no livro de Juízes que sempre que o povo se afastava do Senhor e caía na
idolatria, Deus permitia que um inimigo viesse para oprimi-los.
Também Jonas não precisaria ter estado na barriga do peixe se não tivesse fugido do centro da
vontade de Deus. O homem sofre sempre que ele se afasta de Deus e deixa de fazer a sua
vontade.
Este ponto é diferente do não estar fazendo a Sua vontade. É como se a situação fosse um sinal
de aviso. É um alarme, um certo mal estar, um incômodo que não sabemos explicar. À medida
que nós vamos nos afastando da Sua vontade, algum sofrimento vai aparecendo afim de nos
voltarmos para Deus novamente.
O Antigo Testamento é uma perfeita ilustração de tudo isto. O povo de Israel é nosso exemplo e
espelho. Quantas vezes o povo sofria por más escolhas, por andar por sentimentos, por
desobediência, por inação, porque se deixava influenciar por outras mentalidades, culturas e
formas de viver. Quantas vezes Deus permitiu que eles fossem afligidos e apertados para ver se
reconheciam o seu desvio da vontade do Senhor.
Todavia precisamos admitir também que alguns sofrem exatamente por fazerem a vontade de
Deus. Será que hoje se pode falar desta verdade na igreja do século XXI? A verdade, é que para
fazer a vontade de Deus e ser verdadeiramente um discípulo, eventualmente enfrentaremos
perseguições, rejeições e perdas.

8 – Para perceberem sua condição espiritual


Só no sofrimento, algumas pessoas percebem verdadeiramente quem são. O fogo manifesta a
realidade das coisas. Nossa realidade espiritual se manifesta no dia do sofrimento.
Quantos se lembram dos dias em que estávamos na escola e a professora de surpresa passava
um teste aos alunos? Era uma surpresa, não tínhamos sido avisados que o teste viria. Não falo
de exames marcados, falo de testes feitos de surpresa para aferir o nosso conhecimento sobre a
matéria. Sempre que a nota não era positiva, tínhamos mais oportunidade para voltar a repetir a
matéria do teste. Se por acaso continuávamos com nota negativa, a professora estava lá para o
próximo ano.
Essa é a razão, porque tanta gente, não passa da mesma situação em que se encontra. Seus
problemas nunca mudam. Estão sempre sendo reprovadas na mesma matéria e dizem que não
compreendem porque razão são sempre os mesmos testes e sempre nas mesmas coisas que lhes
acontece.
Todos nós estamos construindo a nossa casa, mas Jesus disse que alguns a constrói sobre a
areia. Se eu estiver construindo a minha casa sobre um terreno instável, eu gostaria de saber. Eu
creio que na sua graça é exatamente isso que o Senhor deseja nos mostrar.
Salomão disse que há um nível de problema, dificuldades e até de calamidades que todos nós
estamos sujeitos.
Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso; ao bom, ao puro e ao
impuro; tanto ao que sacrifica como ao que não sacrifica; ao bom como ao pecador; ao que jura
como ao que teme o juramento. Ec. 9:2
Quando está frio, está frio para todos, quando há um terremoto todos são afetados, se vem uma
enchente tanto a casa do ímpio quanto do justo são alagadas. Essas dificuldades da vida são
inerentes a todas as pessoas. Não devemos gastar energia e lamentarmos por coisas que têm que
ser enfrentadas, conquistadas e ultrapassadas.
Há porém uma diferença na forma como o justo e o ímpio passam pelo sofrimento. Jesus disse
que alguns constroem a sua casa sobre a areia e outros constroem sobre a rocha (Lucas 6:46-
49). Tanto o que constrói sobre a areia quanto o que constrói sobre a rocha vão enfrentar a
mesma enchente. Os dois sofrerão com a mesma tempestade e ambos certamente poderão ficar
aflitos e perturbados. Mas haverá uma diferença entre os dois: o que construiu na areia vai ver
tudo ruir, não terá onde abrigar a família, talvez perca parentes soterrados nos escombros da
casa, e terá de começar tudo de novo. O justo passará pela prova, mas continuará de pé e verá a
proteção de Deus.
Você percebe a diferença? Ambos passaram pela tempestade e pela enchente, mas aquele que
ignora a Palavra de Deus sofrerá de uma forma muito maior.

9. Para que saibam em quem confiam


É no dia da angústia que descobrimos em quem confiamos. Para onde vai a nossa atenção e o
nosso pensamento no dia difícil? Para quem ligamos e em quem pensamos no dia da
dificuldade? Nos tempos de sofrimento cada um descobre quem é ou onde está verdadeiramente
a sua confiança.

10. Para que ELE seja glorificado


Será que hoje ainda se pode falar disto? Pode Deus receber glória no meio das nossas
dificuldades? Deixamos que o processo passe por nós afim de que Ele receba glória?
Vigésimo primeiro Dia
Os problemas podem ser positivos
Devemos nos gloriar nas provações porque elas não ocorrem por acaso, antes, cumprem um propósito maior da parte de Deus.
Sabemos que o próprio Senhor teve de padecer para entrar na glória.
Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? Lc. 24:26
O que acontece com Cristo deve acontecer com o cristão. Paulo mesmo afirma que precisamos sofrer com Cristo para também com ele ser glorificado.
Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Rm. 8:17
O sofrimento que Cristo passou não foi a enfermidade, porque ele jamais ficou doente. Nem é o sofrimento das necessidade, porque ele foi suprido em tudo. Trata-se então do sofrimento da
perseguição e das pressões do mundo. Todavia, como vivemos ainda num mundo caído, estamos sujeitos a vários tipos de sofrimentos. Podemos porém ter certeza que o Senhor está no
controle de todas as coisas.
Tiago diz que deveríamos nos alegrar no meio das tribulações.
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Tg. 1:2-3
Tiago, porém, não está dizendo que devemos ser masoquistas e gostar do sofrimento. Percebemos o cumprimento de um propósito divino através de nossos sofrimentos. Não nos alegramos
pelo sofrimento em si, mas pelo que ele produz. Há um processo para desfrutarmos da glória.
Existem três palavras que descrevem o processo de tratamento de Deus conosco: santificação, transformação e conformação. A santificação é um separação e um infundir de Deus. A
transformação é uma restauração de algo que estava danificado, mas a conformação é processo de Deus nos fazer encaixar na fôrma que é Jesus. Tente pegar uma quantidade de massa
disforme e colocá-la num molde. Ao fazermos isso uma quantidade de massa sobra nas beiradas e precisa ser removida. É precisamente essa a nossa experiência. Quando somos colocados
na forma que é Cristo muitas coias em nossa vida como que sobram de fora da forma. Essas coisas então precisam ser removidas, mas o processo de removê-las invariavelmente produz dor
e sofrimento.
Gostamos de paz, graça e glória, mas fugimos das tribulações, mas a palavra de Deus diz que elas são necessárias para chegarmos à glória.
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Rm. 8:28
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Jo. 16:33
fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus. At. 14:22
Ninguém se inquiete com estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis que estamos designados para isto; pois, quando ainda estávamos convosco, predissemos que íamos ser afligidos, o
que, de fato, aconteceu e é do vosso conhecimento. I Ts. 3:3-4
Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Ap. 7:14
Podemos tirar coisas positivas do sofrimento e crescermos com ele. Não quero estimular você a aprender com o problema e não buscar um milagre de fé para resolve-lo. Devemos aprender
com o sofrimento até mesmo para podermos experimentar o milagre. Portanto, nada de conformismo ou acomodação com a dor. Deus tem uma vida abundante para você, mas é necessário
que você aprenda com a tribulação quando passar por ela.
Vamos ver pelo menos doze razões porque os problemas podem ser positivos.

1. Eles expõem a nossa realidade espiritual


As dificuldades e problemas mostram o nível de nossa profundidade ou superficialidade em Deus. Eles realçam onde estamos parados e onde precisamos avançar. O sofrimento mostra o
que nós realmente somos.
Daquilo que possuímos, somente é digno de confiança aquilo que pode suportar o teste das provações. Sim, algumas vezes a tribulação é um teste. E dependendo de como respondemos
seremos promovidos dentro do plano de Deus a lugares mais altos. Saul, por exemplo, foi um teste na vida de Davi e certamente uma grande fonte de sofrimento. Porque Davi foi aprovado
no teste ele foi promivido dentro do propósito de Deus.
As provações vêem para que a Palavra e a vida de Deus possam ser checadas e confirmados em nós. Depois de ouvir uma palavra sobre paciência, por exemplo, Deus permitirá
circunstâncias para que a nossa paciência seja testada. É fato que depois de pregar, ensinar ou aconselhar seremos checados por Deus para vermos a realidade das nossas palavras.
Ás vezes oramos por algo, mas Deus vai nos testar para ver se realmente desejamos aquilo ou para que as verdadeiras motivações se manifestem.
Há inumeras pessoas, que em determinados aspectos da vida pessoal, profissional ou até espiritual, julgam ser especialistas e que nesta ou naquela área pensam ser infalíveis. Temos que
vigiar também as áreas onde julgamos ser fortes e já ter aprendido todas as lições. A atitude vigilante, aplica-se a todas as áreas. Os médicos tambem podem ficar doentes, os advogados
podem ter problemas com a lei, psicólogos podem deprimir, pastores e avós também podem passar por divórcios se não vigiam nem estão atentos aos seus relacionamentos. Nada se
mantem ou melhora por si só.

2. Eles nos mostram os verdadeiros valores da vida


Quando perseguições e dificuldades se levantam elas colocam diante de nós o que realmente é importante e o que é apenas enfeite. O verdadeiro valor de qualquer coisa somente pode ser
percebido diante da morte. Na verdade as tribulações nos dão a perspectiva correta das coisas.
Existem doenças que só chateiam: resfriado, torcicolo, frieira, hemorróidas. Ninguém pensa que vai morrer por causa delas – só se for alguém perturbado da cabeça. Com essas doenças o
incômodo e o desconforto viram nossos companheiros.
Mas há outras doenças que inevitavelmente trazem consigo a possibilidade da morte. Quem tem leucemia pensa que morre. Quem tem insuficiência renal crônica pensa na possibilidade da
morte. Quem tem aids pensa em morte. E quando isso acontece o corpo se torna um lugar mal-assombrado.
Todavia alguns pensam que o remédio para afastar esse fantasma é não falar nele. Tenho um amigo que se recusa a ir a médicos. E a sua justificativa é simples: “vai que ele descobre
alguma coisa em mim”, diz ele meio ressabiado. Na cabeça dele a coisa só existe quando é falada. Assim, o remédio contra a morte é não falar.
Falemos sobre futebol, sobre música, falemos de flores. O remédio contra o fantasma da morte é a distração. Mas nada pode ser mais tolo que isso. Tem gente passando pela vida como se
ela fosse durar para sempre.
Conta-se que certa vez um homem encontrou com a morte num mercado árabe. Quando ele viu a morte ele se assustou muito e gritou. Também a morte quando o viu soltou o maior berro. O
homem aterrorizado saiu correndo e foi procurar o seu patrão e lhe disse: “Acerta comigo as minhas contas porque preciso de fugir. A morte está atrás de mim.” O seu patrão então lhe
perguntou: “ E para onde você vai?” Ele respondeu: “hoje mesmo eu vou embora para Bagdad.”
No outro dia o patrão daquele homem passeando pelo mercado encontrou com a morte e lhe disse: “dona morte, se a senhora não tinha intenção de levar meu empregado, porque a senhora
o assustou tanto?” A morte então lhe respondeu: “Eu não queria assustá-lo. É que fiquei muito surpresa ao vê-lo aqui, porque amanhã eu tenho um encontro marcado com ele..., lá em
Bagdad.”

3. Eles nos permitem conhecer mais a Deus


Só podemos conhecer o Deus que cura se passarmos pela enfermidade. Deus permite tribulações como uma forma dele se manifestar com poder em nossas vidas.
É no meio das tribulações que somos quebrantados e nos tornamos mais sensíveis a Deus.
É no meio dos problemas que conhecermos a Deus e o seu poder. A primeira condição para um milagre é ter um problema. Não gostamos dos problemas, mas eles são uma oportunidade de
conhecermos o poder de Deus.
Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de
Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte. II Cor.
12:9-10

4. Eles desenvolvem nossa fé


No meio das dificuldades é que aprendemos a confiar em Deus em vez de confiar em nós mesmos. Nós aprendemos a confiar em Deus que sempre se mostra fiel quando presenciamos a
sua fidelidade no meio da nossa luta.
Sua missão terá sempre um inimigo. A diferença entre a obscuridade e a significância é o inimigo que você precisa vencer. A glória de Davi era Golias. A nossa glória é a vitória no meio da
tribulação. Muitos querem a glória, mas não querem a luta, mas uma simplesmente não virá sem a outra.
A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo
um homem. Jo. 16:21
Todo propósito e missão são concebidos no meio de dores e aflição. Se não há dor é porque não houve gestação. O tamanho da dor não fala do tamanho da bênção, mas da iminência de vir
a luz.

5. Eles desenvolvem a perseverança espiritual


Se queremos vencer ou resolver nossos problemas nós temos de prosseguir e não desistir. Muitos desistem antes da vitória chegar.
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve
ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Tg. 1:2-4
Perseverança é a maior expressão de fé. Se o tempo é um grande teste, a perseverança pertence aos vencedores.
Em Lucas 18:1-8 Jesus contou a parábola do juiz iníquo e terminou com uma questão: “quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé (perseverante) na terra?”
Há ocasiões onde nós queremos um milagre, mas Deus quer que tenhamos fé. Tempos de tribulação são também tempos de sequidão. Tempos de seca são importantes para nós.
• Para aprendermos a andar por fé.
• Para não dependermos da força humana.
• Para não dependermos das emoções.
• Para não dependermos da empolgação da vontade.
• Para saber o que vai no coração (Dt. 8:2).
Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se
guardarias ou não os seus mandamentos. Dt. 8:2
É apenas nos tempos difíceis que a paciência e a perverança se desenvolvem. Eu não preciso de paciência quando tudo está ao meu agrado. Paciência é uma matéria aprendida nas
contrariedades, nas adversidades, nas surpresas da vida. Paciência é o produto da alguém humilde e calmo, de alguém que confia em Deus, de alguém que sabe que somos apenas
mordomos do que somos e temos.

6. Eles desenvolvem a nossa sensibilidade e compaixão


Desenvolvemos empatia para com as pessoas e suas necessidades, porque nós aprendemos pela experiência como é estar no lugar delas.
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os
que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande
medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também
para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos. II Cor. 1:3-6
Paulo disse qu ele tinha passado por tribulações para poder consolar os irmãos com a mesma consolação que ele recebeu. Consolo de quem não passou por lutas se tornam palavras vazias.

7. Eles refinam nossos dons e habilidades


A pressão dos problemas quebra nossa dureza quando lidamos com eles da maneira de Deus e pelo seu poder. A tribulação pode nos dar experiência desde que respondamos a ela da forma
correta.
E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Rm. 5:3-
4

8. Eles alargam a nossa capacidade em Deus


Os problemas nos esticam e nos distendem levando nossa fé a crescer.
Despreocupado esteve Moabe desde a sua mocidade e tem repousado nas fezes do seu vinho; não foi mudado de vasilha para vasilha, nem foi para o cativeiro; por isso, conservou o seu
sabor, e o seu aroma não se alterou. Jr. 48:11
Todo fruto precisa de tempo para amadurecer. O novo crente pode adquirir muito conhecimento rapidamente, todavia toma tempo para amadurecer. Alguns porém tem tomado um tempo
excessivamente longo.
Maturidade é ter a nossa capacidade expandida por Deus. Antes eu perdoava uma vez, depois passei a perdoar sete vezes, agora eu perdôo-o setenta vezes sete. Ninguém pode alcançar
maturidade sem ser expandido por Deus. Antes eu era capaz de perdoar uma dívida de um real, agora eu posso perdoar uma dívida de mil reais. Para expandir a nossa capacidade Deus
permite que passemos por situações difíceis várias vezes.
Quando queremos dessalgar uma carne nós a colocamos numa vazilha com água e depois de algum tempo trocamos para outra vazinha e repetimos o processo. Alguns crentes nunca foram
trocados de vasilha, por isso permanecem com o mesmo sabor. Se perdemos a paciência pelos mesmos motivos de cinco anos atrás isto é um sinal de que não fomos alargados por Deus.
Se você luta contra os mesmos inimigos e labuta contra as mesmas dificuldades, isso mostra que não houve amadurecimento.
A diferença entre um fruto maduro e um verde está no seu sabor. O fruto verde é azedo, mas o maduro é doce. Todavia um fruto não pode ser amadurecido artificialmente. Isto pode ser feito
com bananas, mas não com crentes. A nossa doçura deve ser desenvolvida em nós espontaneamente. Nós podemos retardar a obra de Deus em nossa vida, mas certamente não podemos
acelerá-la.
Ser alargado por Deus significa que depois de uma experiência ou situação você não consegue mais ser como era antes. Certos materiais possuem a propriedade física de serem expandidos
e não mais voltarem ao tamanho original. Foram enlarguecidos.
Não devemos buscar tratamentos, mas quando ele vier não devemos fugir dele. Estaremos perdendo a oportunidade de sermos alargados por Deus. Precisamos aceitar os tratamentos do
Espírito Santo em nossas vidas. A maturidade é a soma dos tratamentos de Deus em nossa vida. Conhecimento intelectual acumulado sem o tratamento de Deus possui muito pouco valor
espiritual.

9. Eles testam as nossas seguranças


As lutas nos ensinam que precisamos confiar em Deus e depender dele que é o único que não pode ser abalado. Acima de tudo os problemas nos testam e nos depuram.
Tudo o que pode suportar o fogo fareis passar pelo fogo, para que fique limpo; todavia, se purificará com a água purificadora; mas tudo o que não pode suportar o fogo fareis passar pela
água. Nm. 31:23
Áreas duras de nossa vida serão purificadas com fogo, mas áreas mais macias e maleáveis serão purificadas pela água.
A água aponta para a Palavra. Precisamos receber a Palavra e sermos purificados por ela. Mas não devemos pensar que não existem áreas mais duras e resistentes em nossa vida. Elas
certamente existem e serão purificadas pelo fogo. O fogo aponta para a disciplina do Espírito Santo.

10. Eles nos estimulam e nos livram da complacência e comodidade


Problemas são como um cachorro furioso atrás de nós, eles nos fazem correr.

11. Eles despertam criatividade e ajudam-nos a pensar e desenvolver novas


idéias
As tribulações frequentemente nos forçam a desafiar a maneira como sempre fizemos as coisas e assim descobrir novas e mais eficientes formas de realizá-las.

12. Eles desenvolvem sabedoria


Se esperamos em Deus em vez de reagirmos aos problemas precipitadamente, aprendemos os princípios de Deus.
Veja por exemplo as águas de Mara em Êxodo 15.
Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de
beber? Então, Moisés clamou ao SENHOR, e o SENHOR lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e ali
os provou, e disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos,
nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o SENHOR, que te sara. Ex. 15:23-26
As águas de Mara existem até hoje. Os cientistas fizeram pesquisas para saber os componentes da água e descobriram que apesar de amargas elas podem ser bebidas. Também
descobriram que aqueles elementos que tornam as águas de mara em águas amargas são vermífugos. Você consegue ver aqui o cuidado e a sabedoria de Deus? O povo fora escravo no
Egito e estava cheio de vermes e aquelas águas eram um meio de sará-los.
Deus os levou até ali para limpá-los, mas eles como crianças não quiseram o remédio amargo. Algumas vezes Deus permite tribulações que são como remédio para nós. Precisamos de
olhos abertos para percebermos o cuidado de Deus.
Outra sabecdoria é entendermos que suitas de nossas aflições e tribulações são colheitas de semaduras anteriores que fizemos. Tudo é uma questão de plantio e colheita.
• Se me dedicar ao trabalho vou subir na carreira.
• Se fizer muitas visitas farei muitas vendas.
• Se estudar a Bíblia e buscar a Deus terei um crescimento espiritual.
• Se comer tudo o que tenho vontade, vou engordar.
• Se gritar com as pessopas que gosto elas se afastarão de mim.
• Se não investir em treinamento não vou crescer profissionalmente.
• Se não controlar os gastos vou perder minha liberdade financeira.
Um respeito saudável pelas consequências faz coim que vivamos na realidade e sigamos na direção certa. Pelo lado negativo faz com que tenhamos medo de consequências ruins, o que
também é bom.
Num país como o nosso e em tempos como este, onde muitas tribulações, incidentes, tentações, riscos nos assolam todos os dias, lembre-se de nunca assumir as dificuldades como
irreversíveis.
Não cala em túneis sem fim. Se você cair na cisterna da depressão, da angústia, da ansiedade, da frustração, da derrota, saiba que sempre há um modo de sair dela.
Não acredite que existam situações imutáveis. As tribulações e lutas vêm na proporção da nossa força, e Deus nos dá a graça de enfrentá-las, sabedoria para superá-las e fé para vencê-las.

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