O documento descreve as ações de um musicoterapeuta que: 1) não possui registro profissional devido à falta de formação adequada; 2) assume casos para além de sua capacitação; e 3) expõe pacientes em redes sociais e ministra cursos sem qualificação. Tais ações violam artigos do Código de Ética Nacional relacionados a responsabilidades profissionais, sigilo terapêutico e divulgação de técnicas.
O documento descreve as ações de um musicoterapeuta que: 1) não possui registro profissional devido à falta de formação adequada; 2) assume casos para além de sua capacitação; e 3) expõe pacientes em redes sociais e ministra cursos sem qualificação. Tais ações violam artigos do Código de Ética Nacional relacionados a responsabilidades profissionais, sigilo terapêutico e divulgação de técnicas.
O documento descreve as ações de um musicoterapeuta que: 1) não possui registro profissional devido à falta de formação adequada; 2) assume casos para além de sua capacitação; e 3) expõe pacientes em redes sociais e ministra cursos sem qualificação. Tais ações violam artigos do Código de Ética Nacional relacionados a responsabilidades profissionais, sigilo terapêutico e divulgação de técnicas.
•“Um Musicoterapeuta formado em Pós presencial e estágio supervisionado. Não se
filiou a nenhuma vinculada a UBAM , AMT regional e logo não tem registro profissional e nem carimbo para se identificar. • Qualquer trabalho que surgiu ele assumiu, mesmo alguns destes exigirem mais especialização e experiência e o musicoterapeuta não ter formação adequada para estes. E tendo colegas da área mais especializados e experientes para encaminhar os casos mais difíceis. •Expõe seus clientes em redes sociais e propagandas em proveito próprio com imagens e produções realizadas durante as sessões. •Tem divulgado e ensinado técnicas musicoterápicas para quem o procura e paga “cursos”. Mesmo não sendo Musicoterapeuta.” •Analise com cuidado a situação e ações descritas e escreva a seu ver quais artigos do Código de Ética não estão sendo seguidos por este profissional. •ENVIE O TRABALHO ATÉ DIA DE 10 DE OUTUBRO PARA O EMAIL DESTA PROFESSORA •monteironydia@gmail
O Código de Ética Nacional e o Musicoterapeuta
Atualmente, a regulamentação tem gerado diversas discussões sobre a qualificação
dos profissionais para atuarem na área da musicoterapia. A falta da mesma a nível nacional, mesmo com a União das Associações Brasileiras de Musicoterapia (UBAM) e os registros nas AMT’s regionais, deu abertura para muitos profissionais se sentirem no direito de atuarem sem registro, sem formação adequada e sem qualificação, se apoiando no argumento de que “o registro não é exigido no governo por falta de regulamentação”. Talvez por falta de informação, talvez por motivos pessoais, necessidade por trabalhar para se sustentar, ou por má fé , estes profissionais ignoram o Código de Ética Nacional e causam consequências severas em seu meio de trabalho, tanto para pacientes, quanto para familiares e a própria visão da profissão no país. E assim já iniciam ferindo a Sessão I e II do Código de Ética Nacional, pois apenas o fato de atuar sem registro já fere vários pontos do código, como por exemplo: : Capítulo I - Seção II “Art. 2 – Para o exercício profissional da Musicoterapia sugere- se a inscrição no órgão de classe, [...]”; Art. 6 – São deveres do musicoterapeuta: a) assumir responsabilidades somente por atividades para as quais esteja capacitado;” (página 8 e 9); Capítulo II - Seção II - Art. 21 - “O musicoterapeuta deve conhecer e respeitar as normas sociais, legais e morais da comunidade com que trabalha.” (página 12). Outro crime grave que ele está cometendo, é a divulgação de materiais dos seus pacientes em redes sociais, os expondo a perigos inimagináveis e quebrando o sigilo Terapeuta - Paciente. Isso está muito bem descrito no Capítulo II, Seção I, Artigo 16: “Art. 16 – Proteger o caráter confidencial das informações a respeito do cliente/paciente/usuário atendido, mantendo em sigilo quaisquer registros produzidos por meios diversos (áudio, vídeo, composições, textos, imagens plásticas, entre outros). Parágrafo Único – É proibida qualquer forma de divulgação a respeito do cliente/paciente/usuário atendido e/ou do atendimento sem a devida autorização prévia por escrito do cliente/paciente/usuário atendido ou seu responsável.” (página 12). Também vemos uma seção somente sobre o sigilo profissional, a Sessão IV que diz: “Art. 41 – O sigilo protegerá o atendimento em tudo aquilo que o musicoterapeuta ouve, vê ou de que tem conhecimento como decorrência do exercício da atividade profissional.” (página 15). E também vemos isso no “Art. 43 – A utilização dos meios eletrônicos de registro audiovisual obedecerá às normas deste Código, devendo o atendido, pessoas ou grupo, desde o início, ser informados e autorizar por escrito sua utilização e forma de arquivamento das informações obtidas.” (página 15). Ou seja, o Código de Ética deixa muito claro e específico o cuidado com o uso de meios eletrônicos e como a imagem do paciente deve ser protegida. A divulgação de imagens de pacientes, seja por plataformas de mídia, sites, divulgação de cursos ou outros canais, é uma violão séria do código de ética e demonstra a falta de integridade profissional deste musicoterapeuta, que de fato, não está preparado para atuar sem a devida formação e registro. A respeito de cursos de “técnicas musicoterapêuticas”, o Código também prevê que não se deve fazer no Capítulo II, SEÇÃO VII – Da utilização de técnicas musicoterapêuticas e utilização de instrumentos de avaliação: “Art. 46 – O musicoterapeuta não deve divulgar, ensinar, ceder, dar, emprestar ou vender a leigos instrumentos de avaliação e técnicas musicoterápicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão.” Isso impacta em casos de complicações físicas e psicológicas em mais pacientes, divulgação de técnicas impróprias por pessoas não capacitadas e fere como esta área é vista aqui no país. Dessa forma, é possível e provável que este profissional seja denunciado, e que ele precise responder conforme suas ações, como está escrito no Capítulo IV, “ Art. 61 – Caso esse Código de Ética, Orientação e Disciplina seja infringido, o musicoterapeuta ou Associação envolvido (a) deverá responder ao Conselho de Ética da UBAM. Em caso de necessidade serão tomadas as ações disciplinares justificadas.
Gisele Araujo, Marcia Baratto and Cassio Casagrande (Auth.) - O Estado Democrático de Direito em Questão. Teorias Críticas Da Judicialização Da Política (2011)