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TRABALHO 2 - FUNDAMENTOS EM MUSICOTERAPIA 1

Cássia Neivert

•“Um Musicoterapeuta formado em Pós presencial e estágio supervisionado. Não se


filiou a nenhuma vinculada a UBAM , AMT regional e logo não tem registro
profissional e nem carimbo para se identificar.
• Qualquer trabalho que surgiu ele assumiu, mesmo alguns destes exigirem mais
especialização e experiência e o musicoterapeuta não ter formação adequada para
estes. E tendo colegas da área mais especializados e experientes para encaminhar
os casos mais difíceis.
•Expõe seus clientes em redes sociais e propagandas em proveito próprio com
imagens e produções realizadas durante as sessões.
•Tem divulgado e ensinado técnicas musicoterápicas para quem o procura e paga
“cursos”. Mesmo não sendo Musicoterapeuta.”
•Analise com cuidado a situação e ações descritas e escreva a seu ver quais artigos
do Código de Ética não estão sendo seguidos por este profissional.
•ENVIE O TRABALHO ATÉ DIA DE 10 DE OUTUBRO PARA O EMAIL DESTA PROFESSORA
•monteironydia@gmail

O Código de Ética Nacional e o Musicoterapeuta

Atualmente, a regulamentação tem gerado diversas discussões sobre a qualificação


dos profissionais para atuarem na área da musicoterapia. A falta da mesma a nível nacional,
mesmo com a União das Associações Brasileiras de Musicoterapia (UBAM) e os registros nas
AMT’s regionais, deu abertura para muitos profissionais se sentirem no direito de atuarem
sem registro, sem formação adequada e sem qualificação, se apoiando no argumento de
que “o registro não é exigido no governo por falta de regulamentação”. Talvez por falta de
informação, talvez por motivos pessoais, necessidade por trabalhar para se sustentar, ou
por má fé , estes profissionais ignoram o Código de Ética Nacional e causam consequências
severas em seu meio de trabalho, tanto para pacientes, quanto para familiares e a própria
visão da profissão no país. E assim já iniciam ferindo a Sessão I e II do Código de Ética
Nacional, pois apenas o fato de atuar sem registro já fere vários pontos do código, como por
exemplo: : Capítulo I - Seção II “Art. 2 – Para o exercício profissional da Musicoterapia sugere-
se a inscrição no órgão de classe, [...]”; Art. 6 – São deveres do musicoterapeuta: a) assumir
responsabilidades somente por atividades para as quais esteja capacitado;” (página 8 e 9);
Capítulo II - Seção II - Art. 21 - “O musicoterapeuta deve conhecer e respeitar as normas
sociais, legais e morais da comunidade com que trabalha.” (página 12).
Outro crime grave que ele está cometendo, é a divulgação de materiais dos seus
pacientes em redes sociais, os expondo a perigos inimagináveis e quebrando o sigilo
Terapeuta - Paciente. Isso está muito bem descrito no Capítulo II, Seção I, Artigo 16: “Art. 16 –
Proteger o caráter confidencial das informações a respeito do cliente/paciente/usuário
atendido, mantendo em sigilo quaisquer registros produzidos por meios diversos (áudio,
vídeo, composições, textos, imagens plásticas, entre outros). Parágrafo Único – É proibida
qualquer forma de divulgação a respeito do cliente/paciente/usuário atendido e/ou do
atendimento sem a devida autorização prévia por escrito do cliente/paciente/usuário
atendido ou seu responsável.” (página 12). Também vemos uma seção somente sobre o
sigilo profissional, a Sessão IV que diz: “Art. 41 – O sigilo protegerá o atendimento
em tudo aquilo que o musicoterapeuta ouve, vê ou de que tem conhecimento como
decorrência do exercício da atividade profissional.” (página 15). E também vemos isso no
“Art. 43 – A utilização dos meios eletrônicos de registro audiovisual obedecerá às normas
deste Código, devendo o atendido, pessoas ou grupo, desde o início, ser informados e
autorizar por escrito sua utilização e forma de arquivamento das informações obtidas.”
(página 15).
Ou seja, o Código de Ética deixa muito claro e específico o cuidado com o uso de
meios eletrônicos e como a imagem do paciente deve ser protegida. A divulgação de
imagens de pacientes, seja por plataformas de mídia, sites, divulgação de cursos ou outros
canais, é uma violão séria do código de ética e demonstra a falta de integridade profissional
deste musicoterapeuta, que de fato, não está preparado para atuar sem a devida formação
e registro.
A respeito de cursos de “técnicas musicoterapêuticas”, o Código também prevê que
não se deve fazer no Capítulo II, SEÇÃO VII – Da utilização de técnicas musicoterapêuticas e
utilização de instrumentos de avaliação: “Art. 46 – O musicoterapeuta não deve divulgar,
ensinar, ceder, dar, emprestar ou vender a leigos instrumentos de avaliação e técnicas
musicoterápicas que permitam
ou facilitem o exercício ilegal da profissão.” Isso impacta em casos de complicações físicas e
psicológicas em mais pacientes, divulgação de técnicas impróprias por pessoas não
capacitadas e fere como esta área é vista aqui no país.
Dessa forma, é possível e provável que este profissional seja denunciado, e que ele
precise responder conforme suas ações, como está escrito no Capítulo IV, “ Art. 61 – Caso
esse Código de Ética, Orientação e Disciplina seja infringido, o musicoterapeuta ou
Associação envolvido (a) deverá responder ao Conselho de Ética da UBAM. Em caso de
necessidade serão tomadas as ações disciplinares justificadas.

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