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Universidade Federal do Pará - UFPA

Escola de Aplicação da UFPA

Tema: Argentina; Aspectos Físico, Socioculturais e


Econômicos.

Trabalho apresentado como avaliação parcial


da disciplina Geografia sob a orientação
do Professor Dr. Otavio do Canto

,Alunos: Caio Santos N°4


,Gabriel Mendes N°9
,Marcos Junior N°16
,Ryan de Jesus N°21
.Sidney Filho N°22
Turma: 9004

Belém/PA

2023
Aspectos Físicos da Argentina
O que é relevo?
Relevo é a forma como a superfície da Terra se eleva e se deprime, incluindo
montanhas, vales e planícies, devido a processos geológicos e ação dos
elementos naturais.

Relevo da Argentina:
O relevo da Argentina é marcado por uma diversidade impressionante, que
abrange desde as majestosas cordilheiras dos Andes até extensas planícies e
regiões costeiras. A presença imponente dos Andes, que se estende por mais
de 5.000 quilômetros ao longo da fronteira oeste do país, confere à Argentina
uma topografia montanhosa e deslumbrante.
A região dos Andes argentinos é pontuada por picos imponentes, destacando-
se o Monte Aconcágua, a montanha mais alta das Américas, com
aproximadamente 6.960 metros de altitude. Essa cadeia montanhosa não
apenas define a paisagem, mas também influencia o clima em diversas áreas
do país, contribuindo para a formação de diferentes ecossistemas.
Descendo das montanhas em direção ao leste, encontra-se a vasta Planície
Pampeana, uma extensa área de terras férteis que desempenha um papel
crucial na agricultura argentina. Essa região é caracterizada por extensas
planícies, proporcionando condições ideais para o cultivo de cereais, como
trigo e milho, além de pastagens extensas para a pecuária.
Ao norte, a Argentina abraça a região do Gran Chaco, uma área que combina
savanas, pântanos e florestas, contribuindo para a biodiversidade única do
país. A diversidade geográfica se estende até a região dos Pampas, onde as
vastas extensões de pastagens oferecem um cenário diferente, com uma rica
vida selvagem e um ecossistema equilibrado.
Na extremidade sul da Argentina, a Terra do Fogo destaca-se como uma ilha
peculiar, compartilhada com o Chile. Essa região é caracterizada por paisagens
subantárticas, glaciares e montanhas, proporcionando um contraste notável
com as áreas mais ao norte.
Além disso, a Argentina possui uma extensa linha costeira ao longo do Oceano
Atlântico, apresentando diversas características, desde praias de areia até
penínsulas rochosas. A diversidade do relevo argentino não apenas contribui
para a beleza cênica do país, mas também desempenha um papel crucial na
sua ecologia, economia e cultura.

O que é Hidrografia:
A hidrografia é a disciplina que se dedica ao estudo e mapeamento dos corpos
d'água da Terra, compreendendo rios, lagos, oceanos, mares e outros recursos
hídricos. Além de analisar sua distribuição, volume, qualidade e movimento, a
hidrografia desempenha um papel fundamental na gestão sustentável dos
recursos aquáticos e na compreensão de como a água influencia a geografia e
o ambiente terrestre.

Hidrografia da Argentina:
A hidrografia da Argentina é marcada por uma extensa rede de rios, lagos e
bacias que desempenham um papel vital na geografia e na vida do país. Os
rios argentinos desempenham um papel significativo na agricultura, no
abastecimento de água e na geração de energia. O Rio Paraná, um dos rios
mais longos do mundo, é uma artéria crucial que flui pelo nordeste da
Argentina. Ele se origina no Brasil e serve como fronteira natural entre
Argentina e Paraguai em parte de seu curso. O Paraná é vital para o transporte
fluvial, facilitando a movimentação de mercadorias e contribuindo para a
economia da região. O Rio Paraguai, afluente do Paraná, também desempenha
um papel importante na hidrografia argentina. Sua bacia abrange uma vasta
área, proporcionando condições para ecossistemas diversificados e
sustentando a vida selvagem na região do Chaco. Na região central do país, o
Rio Paraná se encontra com o Rio Uruguay, formando o estuário do Rio da
Prata. Esse estuário é um dos maiores do mundo e serve como ponto de
encontro para várias bacias hidrográficas, influenciando a dinâmica das águas
costeiras e proporcionando uma rica biodiversidade marinha. Além dos rios, a
Argentina é pontilhada por numerosos lagos, especialmente na região da
Patagônia. O Lago Nahuel Huapi e o Lago Argentino são exemplos notáveis,
sendo cercados por paisagens deslumbrantes e desempenhando um papel
importante no turismo e na preservação ambiental. A Cordilheira dos Andes
contribui para a formação de numerosos rios e lagos devido ao derretimento
sazonal das geleiras. Essas fontes de água são fundamentais para o
abastecimento de várias regiões, inclusive da capital Buenos Aires

O que é o clima?
Clima é o padrão de condições atmosféricas médias, como temperatura e
chuva, em uma região ao longo de um período longo, e difere do tempo, que se
refere a condições de curto prazo. É essencial para entender as tendências
climáticas e suas influências.

Clima da Argentina :
O clima da Argentina é tão diversificado quanto sua geografia, apresentando
uma variedade de zonas climáticas que vão desde subtropicais até subpolares,
influenciadas por fatores como a extensão norte-sul do país, a presença da
Cordilheira dos Andes e a proximidade com o Oceano Atlântico. No norte
argentino, nas regiões de Salta e Jujuy, predomina um clima subtropical com
estações bem definidas. Os verões são quentes e úmidos, enquanto os
invernos são amenos, caracterizados por temperaturas moderadas. Essa área
é conhecida por suas paisagens montanhosas, vales e cânions. À medida que
nos deslocamos para o centro do país, a região dos Pampas, que inclui
cidades como Buenos Aires, é marcada por um clima temperado, com verões
quentes e invernos suaves. As chuvas são distribuídas ao longo do ano,
favorecendo a agricultura nas vastas planícies dessa área. A Patagônia, no sul,
é famosa por seus ventos fortes e por um clima mais frio. As temperaturas
podem cair significativamente no inverno, especialmente nas áreas mais
elevadas. A presença de glaciares e lagos de origem glacial contribui para a
beleza única dessa região. À presença da Cordilheira dos Andes cria variações
climáticas notáveis. Do lado leste, a influência oceânica moderadora contribui
para climas mais suaves, enquanto do lado oeste, nas regiões de Mendoza e
San Juan, os vinhedos prosperam em um clima árido, com verões quentes e
invernos frios. A Terra do Fogo, no extremo sul, possui um clima subpolar
marítimo, com verões frescos e invernos rigorosos. A paisagem é caracterizada
por fiordes, montanhas e uma atmosfera única.

O que é Cobertura Vegetal?


Cobertura vegetal se refere à vegetação natural de uma área, incluindo
árvores, arbustos e plantas. Ela é fundamental para o equilíbrio ecológico,
proteção do solo e influência no clima. Sua preservação é crucial para a
biodiversidade e o meio ambiente.

Cobertura Vegetal da Argentina:


A cobertura vegetal da Argentina é tão variada quanto sua geografia
diversificada, abrangendo uma ampla gama de ecossistemas que vão desde
florestas tropicais até estepes áridas. Essa riqueza botânica contribui
significativamente para a biodiversidade do país. Na região do nordeste, a
Floresta Atlântica ou Mata Atlântica é notável por sua exuberância. Essa
floresta tropical abriga uma vasta diversidade de espécies, incluindo uma flora
e fauna únicas. Infelizmente, parte significativa dessa floresta foi impactada
pela expansão agrícola e urbana, mas ainda existem esforços de conservação
para proteger áreas remanescentes. À medida que nos deslocamos para o
norte, a região do Gran Chaco caracteriza-se por uma paisagem mais seca,
com extensas savanas, matagais e florestas sazonais. Essa área é o lar de
uma variedade de espécies adaptadas às condições mais áridas, incluindo
cactos e arbustos resistentes. A extensa região dos Pampas, no centro do país,
é dominada por pradarias e estepes, proporcionando condições ideais para a
agricultura. Essa vasta planície, conhecida por sua fertilidade, sustenta uma
cobertura vegetal adaptada a pastagens, sendo um dos celeiros agrícolas mais
importantes da Argentina. A Patagônia, no sul, exibe uma paisagem única, com
vastas estepes, bosques frios e a presença de arbustos resistentes ao vento. A
vegetação adaptada ao clima frio e ventoso contribui para a singularidade
dessa região, que inclui espécies como o lenga e o ñire. A presença da
Cordilheira dos Andes influencia as condições ecológicas em suas encostas,
apresentando uma transição de florestas temperadas para bosques de
coníferas em altitudes mais elevadas. Essa região é caracterizada por árvores
como o coihue e o lenga, adaptadas às condições de altitude e clima mais frio.
Além disso, a Argentina abriga áreas úmidas, como as da região da
Mesopotâmia, onde os Esteros del Iberá destacam-se como um importante
ecossistema aquático, lar de uma rica variedade de aves e fauna aquática.

Aspecto Socioculturais da Argentina


Manifestações Culturais da Argentina:
A Argentina, com sua rica história e diversidade étnica, tece um tapete cultural
extraordinário, onde as manifestações culturais se entrelaçam em uma
narrativa única. No coração dessa experiência está o tango, uma dança
apaixonada que nasceu nos bairros de Buenos Aires no século XIX. O tango
não é apenas uma forma de dança; é uma expressão visceral da alma
argentina, carregada de emoção e ritmo.
Além do tango, a Argentina é palco de festivais tradicionais que celebram as
raízes culturais do país. A Festa Nacional da Vendimia, realizada em Mendoza,
homenageia a colheita de uvas com espetáculos vibrantes, música folclórica e
desfiles coloridos. Esses festivais não apenas representam a diversidade
regional, mas também preservam tradições que remontam a séculos.
A influência indígena se faz presente nas manifestações culturais,
especialmente nas comunidades Mapuche. Suas habilidades artísticas,
evidenciadas nas coloridas peças de artesanato e nas intricadas tramas têxteis,
são testemunhos de uma herança preservada com orgulho.
A música e a dança folclóricas permeiam a Argentina, com o folclore
representando a expressão artística das diferentes regiões. Os ritmos
contagiantes da chacarera, zamba e cueca ressoam em festas e eventos por
todo o país, revelando uma celebração da identidade cultural.
A arquitetura argentina narra a história do país, desde as igrejas coloniais até
os edifícios modernos. Buenos Aires, com sua mistura de estilos arquitetônicos,
é um museu a céu aberto, onde cada esquina conta uma parte da narrativa
urbana.
O Carnaval de Gualeguaychú, com seus desfiles suntuosos e trajes
elaborados, é um espetáculo de cores e energia que transcende o
entretenimento, representando uma celebração coletiva da cultura argentina.
A presença africana na Argentina é evidente na música, na dança e na
culinária. O ritmo da milonga, parente do tango, tem raízes afro-argentinas,
enquanto pratos como a "mazamorra" carregam consigo a influência da
tradição culinária africana.
O patrimônio cultural imaterial da Argentina é reconhecido internacionalmente.
O tango e a tradição gaúcha foram proclamados pela UNESCO como
expressões que transcendem fronteiras, destacando a importância global
dessas manifestações.

Regime Politico na Argentina:


A Argentina, ao longo de sua tumultuada história política, testemunhou uma
sucessão de regimes que refletem não apenas as complexidades internas do
país, mas também sua busca contínua por uma identidade política estável.
Desde os primeiros anos após a independência em 1816, a nação sul-
americana enfrentou desafios decorrentes de lutas internas entre unitaristas e
federalistas.
Os caudilhos regionais, líderes carismáticos que frequentemente governavam
com mão de ferro, marcaram o século XIX, contribuindo para períodos de
instabilidade política e conflitos regionais. Nesse cenário, a Argentina oscilava
entre uma estrutura centralizada e o modelo federal que prevalece até hoje.
A promulgação da Constituição Nacional em 1853, embora tenha estabelecido
as bases para uma república democrática, não impediu que o país enfrentasse
instabilidades e golpes militares nas primeiras décadas do século XX. Cada
regime político, seja ele democrático ou ditatorial, deixou sua marca na
evolução da nação.
A década de 1940 marcou uma virada significativa com o surgimento do
peronismo, liderado por Juan Domingo Perón. Seu governo, iniciado em 1946,
implementou políticas populistas que enfatizavam os direitos dos trabalhadores
e a justiça social. O peronismo tornou-se um movimento político duradouro,
moldando a ideologia e a dinâmica política na Argentina.
A década de 1970 trouxe consigo turbulências sociais e econômicas,
culminando em um golpe militar em 1976. O regime militar, conhecido como "O
Processo", deixou um legado sombrio de violações aos direitos humanos,
repressão política e censura. A transição para a democracia em 1983 foi um
momento crucial, marcado por esforços para reconciliar o país com seu
passado autoritário.
As décadas subsequentes foram caracterizadas por uma alternância entre
governos democráticos e desafios persistentes, incluindo crises econômicas,
inflação e uma polarização política que moldou o cenário argentino. Os
governos de Néstor Kirchner e Cristina Fernández de Kirchner nos anos 2000
focaram em políticas sociais e econômicas, mas também enfrentaram críticas e
controvérsias.
O retorno do peronismo ao poder com a eleição de Alberto Fernández em 2019
marcou mais um capítulo na narrativa política argentina. Enquanto o país
enfrenta questões como a dívida externa, inflação e desafios sociais, a
complexidade política persiste, refletindo uma sociedade em constante
transformação e busca por equilíbrio.

Língua Falada na Argentina:


A linguística argentina é um fascinante reflexo da diversidade cultural e
histórica do país, apresentando uma rica tapeçaria de influências que se
entrelaçam para formar o tecido linguístico atual. O idioma predominante é o
espanhol, herdado da colonização espanhola que começou no início do século
XVI.
O espanhol argentino, no entanto, é distinto em muitos aspectos. A variação
regional e as influências culturais moldaram um sotaque único, conhecido
como "rioplatense", particularmente evidente na região de Buenos Aires e
arredores. Esse sotaque é caracterizado por uma pronúncia mais suave e pela
influência de elementos italianos devido à imigração maciça no final do século
XIX e início do século XX.
Além do espanhol, a Argentina abriga uma variedade de línguas indígenas,
embora sua presença tenha diminuído significativamente ao longo dos anos. O
mapudungun, falado pelo povo Mapuche, é uma dessas línguas, representando
uma parte importante do patrimônio linguístico do país.
A imigração desempenhou um papel crucial na diversificação linguística da
Argentina. A presença significativa de comunidades de imigrantes, como
italianos, alemães e árabes, contribuiu para a incorporação de palavras e
expressões de outras línguas no léxico cotidiano.
Uma expressão única do espanhol argentino é a utilização do "vos" em vez do
mais comum "tú" para se referir à segunda pessoa do singular. Essa
particularidade, conhecida como voseo, é uma característica distintiva do
espanhol rioplatense.
Além disso, a Argentina é um país onde a língua é usada de maneira vibrante e
expressiva. O uso criativo do espanhol é evidente no tango argentino, onde as
letras muitas vezes contam histórias intensas e apaixonadas, refletindo a
profunda conexão cultural entre a linguagem e a música.
A literatura argentina também desempenha um papel fundamental na
exploração da linguagem. Autores renomados como Jorge Luis Borges e Julio
Cortázar enriqueceram o panorama literário mundial com suas obras
inovadoras, explorando não apenas temas complexos, mas também
desafiando as convenções linguísticas.
A Argentina, como muitos países, está enfrentando desafios relacionados à
preservação de línguas indígenas e à manutenção da diversidade linguística
em um mundo globalizado. No entanto, a riqueza e a complexidade da
linguagem argentina continuam a ser uma parte vital da identidade nacional,
destacando a intrincada relação entre língua, cultura e história neste país sul-
americano fascinante.

Aspectos Econômicos da Argentina


Agricultura da Argentina:
A Argentina, dotada de vastas planícies e uma geografia diversificada,
estabeleceu-se como um dos principais protagonistas no cenário agrícola
mundial. A agricultura argentina é uma força motriz na economia do país,
fornecendo uma ampla gama de produtos agrícolas para mercados internos e
externos. Os Pampas, uma extensa planície que abrange grande parte do
centro do país, são o coração agrícola da Argentina. Essa região fértil,
caracterizada por solos profundos e clima favorável, é um celeiro natural que
sustenta a produção agrícola. A agricultura nas Pampas começou com a
criação extensiva de gado, e ao longo dos anos, evoluiu para uma produção
agrícola diversificada. O destaque na produção agrícola argentina é a soja. O
país é um dos maiores produtores e exportadores mundiais desse grão. A
expansão da soja na Argentina tem sido significativa nas últimas décadas,
impulsionada principalmente pela demanda internacional e pelo
desenvolvimento de variedades geneticamente modificadas. Além da soja, a
Argentina é um importante produtor de cereais, como milho e trigo. A região
das Pampas, com seu solo fértil, oferece condições ideais para o cultivo desses
grãos. O milho, em particular, é uma cultura-chave, sendo utilizado não apenas
para consumo interno, mas também para a produção de biocombustíveis. A
viticultura é outra atividade agrícola proeminente na Argentina, especialmente
nas regiões de Mendoza e San Juan. A qualidade dos vinhos argentinos
ganhou reconhecimento internacional, com variedades como o Malbec
conquistando destaque nos mercados globais. A produção de carne bovina
também desempenha um papel crucial na agricultura argentina. O país é
conhecido por seus rebanhos de gado, alimentados em pastagens extensas. A
carne bovina argentina é famosa por sua qualidade, sendo exportada para
diversos países ao redor do mundo. A diversidade climática e topográfica da
Argentina permite a produção de uma ampla variedade de frutas e vegetais.
Citrus, maçãs, peras e uvas são cultivados em várias regiões do país,
contribuindo para uma produção agrícola diversificada e exportações
significativas. A tecnologia desempenha um papel crescente na agricultura
argentina, com práticas modernas de cultivo, maquinário avançado e técnicas
de gestão agrícola sustentável. No entanto, desafios como as flutuações nos
preços das commodities, questões climáticas e debates sobre práticas
agrícolas sustentáveis continuam a moldar a dinâmica do setor.

Setor Industrial da Argentina:


A indústria argentina, ao longo do tempo, desempenhou um papel crucial na
formação da economia e no desenvolvimento do país. Com uma diversidade de
setores e uma base industrial robusta, a Argentina tem enfrentado desafios e
oportunidades no cenário global. O setor industrial argentino é variado e
abrange desde a produção de alimentos e bebidas até a manufatura de bens
de capital. A indústria alimentícia é especialmente significativa, com a Argentina
sendo uma das principais produtoras e exportadoras mundiais de alimentos,
incluindo carne bovina, grãos e produtos lácteos. A produção de automóveis é
outro segmento essencial da indústria argentina. O país possui uma presença
significativa na fabricação de veículos, com várias montadoras estabelecendo
operações locais. Isso não apenas contribui para a economia interna, mas
também gera empregos e promove a inovação tecnológica. O setor de
tecnologia da informação (TI) e software tem crescido rapidamente na
Argentina, especialmente em centros urbanos como Buenos Aires e Córdoba.
O país é reconhecido por sua força de trabalho qualificada em TI,
impulsionando a exportação de serviços de software e soluções tecnológicas. A
indústria química e petroquímica também desempenha um papel vital na
economia argentina. A produção de produtos químicos, plásticos e derivados
de petróleo contribui para a cadeia produtiva e atende tanto às demandas
internas quanto às exportações. No entanto, ao longo dos anos, a indústria
argentina enfrentou desafios, incluindo flutuações na economia global, políticas
internas e questões relacionadas à infraestrutura. Mudanças nas condições
econômicas globais, como variações nos preços das commodities, impactam
diretamente setores como o agrícola e o manufatureiro. A infraestrutura
logística é uma área em que a Argentina busca melhorias para impulsionar a
competitividade da indústria. Investimentos em portos, estradas e ferrovias são
essenciais para facilitar o transporte eficiente de mercadorias, tanto dentro do
país quanto para exportação. Outro desafio enfrentado pela indústria argentina
é a questão da inflação, que pode afetar os custos de produção e a
competitividade nos mercados internacionais. Políticas econômicas, incluindo
medidas para controlar a inflação, são frequentemente discutidas e ajustadas
para encontrar um equilíbrio entre estabilidade e crescimento.

Extrativismo na Argentina:
O extrativismo, como prática econômica, é uma manifestação intrínseca à
relação humana com o ambiente. Na Argentina, assim como em muitos países,
essa atividade abrange uma gama diversificada de setores que vão desde a
exploração de recursos minerais até a colheita de produtos naturais. No
contexto mineral, a Argentina é dotada de vastos recursos. A extração de
minerais como ouro, prata, cobre e lítio desempenha um papel preponderante
na economia do país. A região dos Andes, com sua geologia diversificada, é
particularmente propícia para atividades mineradoras, com projetos que variam
de grande escala a operações mais modestas. A exploração de petróleo e gás
é outro componente vital do extrativismo argentino. A bacia do Golfo San Jorge,
situada na Patagônia, é uma área-chave para a produção de hidrocarbonetos,
contribuindo substancialmente para as reservas nacionais de petróleo. A
agricultura e pecuária representam uma faceta tradicional do extrativismo na
Argentina. As vastas planícies das Pampas, com solo fértil e clima propício, são
o epicentro da produção agropecuária. Culturas como soja, milho e trigo são
cultivadas em larga escala, enquanto a criação de gado bovino é uma base
essencial para a produção de carne. Além do setor agrícola, o extrativismo
florestal desempenha um papel econômico, especialmente nas regiões do
Norte do país. A exploração sustentável da madeira e a produção de derivados
florestais, como papel e celulose, têm impacto tanto na economia quanto no
meio ambiente. A pesca ao longo da extensa costa atlântica argentina é uma
forma significativa de extrativismo. A captura de espécies como atum e
camarão não apenas contribui para a economia, mas também desempenha um
papel crucial no abastecimento de alimentos. No entanto, o extrativismo não
está isento de desafios. A sustentabilidade ambiental é uma preocupação
crescente, com a exploração excessiva de recursos naturais podendo resultar
em danos irreparáveis. A gestão cuidadosa dos ecossistemas e a
implementação de práticas sustentáveis tornam-se imperativas para equilibrar
as necessidades econômicas com a preservação ambiental. Além disso, o
extrativismo muitas vezes ocorre em áreas habitadas por comunidades locais e
povos indígenas. Isso levanta questões complexas sobre a justiça social, os
direitos à terra e a preservação das práticas culturais dessas comunidades. A
evolução tecnológica tem impactado o extrativismo, com a introdução de
métodos mais avançados para aumentar a eficiência e reduzir os impactos
ambientais. Inovações em práticas sustentáveis, reciclagem de resíduos e
métodos mais limpos tornam-se cruciais para mitigar os efeitos adversos do
extrativismo.

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