Você está na página 1de 10

Introdução

A Floresta do Maiombe é a segunda maior floresta do mundo. Está localizado


em África, a maior parte fica em território angolano. Descubra mais sobre uma das 7
Maravilhas de Angola.

1
Fundamentação Teórica

A floresta é o lugar ideal para os amantes de natureza, uma vez que os seus
290 mil hectares estão recheados com varias espécies de árvores que têm mais de 50
metros de altura. Pau-preto, Ébano e Sândalo Africano, são algumas das espécies de
árvores que pode ver nesta floresta.

Composta por uma fauna muito variada, nesta floresta encontrará chimpanzés,
gorilas, macacos, elefantes e várias aves raras.

A Floresta do Maiombe fica localizada em Cabinda, a norte do país, estando


ainda repartida pela República Democrática do Congo, República do Congo e Gabão.

Na República Democrática do Congo, Maiombe é parte da província de Bas-


Congo na margem direita do Rio Congo, aonde estão situadas as cidades e povoados
de Lukula, Seke Banza, Kangu e também Tshela.

A floresta do Maiombe é antiga, possuindo várias espécies vegetais de interesse


econômico, dada sua grande biodiversidade. Uma das espécies de árvores valiosas
encontradas nas florestas do Mayombe é a Limba.

Escultura com espelho advinda da região do Maiombe

2
Como Chegar
Para chegar até a Floresta do Maiombe, caso o seu ponto de partida seja na cidade
capital de Luanda. Primeiro é necessário viajar até a província de Cabinda através da TAA
– Companhia Aérea de Angola, no aeroporto doméstico de Luanda, ou por via marítima
através de uma embarcação de transportes públicos.

Floresta do Maiombe, Vai Ser Protegida

A floresta do Maiombe, em Cabinda, foi classificada como uma área restrita de


conservação ambiental, a fim de prevenir a degradação da sua biodiversidade, decidiu o
Ministério do Ambiente de Angola.

A decisão tomada pelo conselho consultivo do ministério, reunido desde terça-


feira na província do Huambo, surgiu na sequência da apresentação de um estudo
indicando que aquela floresta está actualmente sob ameaça devido à pressão humana, que
consiste fundamentalmente na exploração selectiva e não sustentável de madeira e
práticas de agricultura itinerante e caça furtiva.

Além do parque do Maiombe, o conselho consultivo aprovou também outras


duas áreas de conservação natural, o parque nacional do Mussuma (Moxico) e do Luiana
(Kuando Kubango).

De acordo com a ministra do Ambiente, Fátima Jardim, o sector está a realizar


trabalhos de investigação e levantamentos para que possa aprovar novas áreas e garantir,
através de políticas concertadas, a devida conservação daqueles espaços.

O segundo conselho consultivo do Ministério do Ambiente está a prestar


particular atenção à celebração da biodiversidade em Angola, e vai, entre outros aspectos,
abordar questões relacionadas com a restauração dos parques nacionais e propostas de
integração de novas reservas de conservação.

Está também a analisar o diploma legal regulador das actividades ambientais, os


mecanismos de fiscalização, o fomento de políticas de sensibilização e educação
ambiental.

O 2º conselho consultivo do Ministério do Ambiente encerra hoje os seus


trabalhos.

3
Riqueza e Beleza Natural

Em Maiombe abundam madeiras preciosas (ébano, pau-preto, sândalo africano)


e as árvores chegam a ultrapassar os 50 metros de altura.

A fauna é igualmente impressionante: espécies raras de pássaros, gorilas,


chimpanzés e até elefantes.

A madeira é a segunda riqueza do enclave angolano de Cabinda. A exploração é


essencial para a comunidade mas as autoridades locais alerta para a ausência de replantação.
Maior empresa do setor afirma já ter criado viveiros.

A floresta do Maiombe está em risco. Esta área rica em biodiversidade, com uma área
de 36 mil quilómetros quadrados, estende-se por quatro países do sudoeste africano e faz parte
da selva do Congo, a segunda maior do mundo depois da Amazónia.

A madeira é a segunda maior riqueza de Cabinda, depois do petróleo. As autoridades


locais temem a sobre-exploração deste recurso natural.

Aspectos Geográficos de Maiombe

Não podemos deixar de falar, também, sobre os aspectos geográficos dessa


floresta. Esse é um tipo de conteúdo que pode facilmente ser cobrado em uma questão
interdisciplinar!

A floresta do Maiombe tem como principais características:

 vegetação densa;
 grande biodiversidade;
 períodos de muita chuva;
 clima equatorial.

De certo modo, é possível dizer que ela é bastante parecida, em características,


com a nossa Floresta Amazônica.

Outro ponto importante é saber que ela está localizada separada do território de
Angola (mais ou menos como acontece com o Alasca e os Estados Unidos).

4
Rios e Montanhas

 Rios no Maiombe

A Floresta do Maiombe é banhada por vários rios, onde vivem diversas espécies
de animais. Estes rios também são responsáveis pelo equilíbrio do ecossistema.

Os 3 maiores rios da floresta são os seguintes:

 Rio Shiloango;
 Rio Lukula;
 Rio Lubizi.

Adicionalmente dispõe de magníficas cachoeiras e grutas.

A Floresta do Maiombe apresenta ainda várias elevações montanhosas, com


destaque para:

 Monte Foungout – Possui 930 metros de altura;


 Monte Bamba – Possui 810 metros de altura;
 Montanhas Kinoumbou – Possui 784 metros de altura;
 Montanhas Kanga – Possui 764 metros de altura;
 Monte Bombo – Possui 751 metros de altura;
 Pico Kiama – Possui 747 metros de altura.

Fauna e Flora
A Floresta do Maiombe é um encanto para os amantes da natureza, dado que é
possível encontrar espécies raras de plantas e animais.

Contexto Histórico

O contexto histórico de Maiombe reside na luta de Angola contra o domínio


português. Naquele momento, Salazar era o ditador de Portugal e gerava opressões ainda
mais incisivas sobre o povo angolano.

Por conta disso, é interessante observar que havia até mesmo portugueses
combatendo ao lado dos angolanos contra o domínio português. Esse foi um evento
bastante singular e marcado pela miscigenação das tropas.

Mundialmente, o contexto é marcado pela ocorrência da Guerra Fria.

5
Desflorestação do Parque Nacional do Maiombe

O agente José Puaty, do Parque Natural do Maiombe, explica que “não há


repovoamento da floresta”, que “as empresas madeireiras só tiram e já não remetem.” E lança
o alerta: “depois, ficaremos sem madeira como estão os outros países.”

Mas nem tudo é mau. José Puaty sublinha que a exploração ilegal na área
diminuiu desde que a fiscalização chegou à região.

A maior empresa madeireira a operar no enclave angolano, a Abílio de Amorim,


afirma estar consciente do problema e ter tomado medidas para o futuro.

O gerente da empresa, Abílio Nunes, diz que foram criados viveiros de árvores para
começar a plantar. Algo que deverá começar a ser feito ainda este ano.

O ambientalista Daniel Tati Luemba, ligado à Secretaria Provincial do


Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários do Governo de Cabinda,
defendeu, naquela cidade, exploração sustentável dos recursos vegetais, de modo a
preservar as espécies nativas da Floresta do Maiombe.

Em declarações ao Jornal de Angola, por ocasião do 21 de Março, Dia


Internacional da Árvore e Florestas, Daniel Tati Luemba disse que a exploração
sustentável das florestas deve basear-se num plano de gestão previamente elaborado, no
intuito de preservar as espécies vegetais raras e em vias de extinção, por parte das
empresas que intervêm na exploração da madeira.

"No plano de gestão sustentável é imprescindível que as empresas deixem de


usar licenças anuais e optem por áreas de concessões a longo prazo, o que permitiria
trabalhar mais anos", referiu.

O excesso de desperdícios de madeira valiosa, abatida e abandonada em áreas


de corte, devido à incapacidade das empresas em transportá-las para as zonas de
transformação.

Em cada árvore cortada, de acordo com o ambientalista, há sempre o risco de 40


por cento do seu conteúdo não ser aproveitado.

"Há desperdícios de até 40% de uma árvore que deveria ser aproveitada por
completo. As folhas que serviriam de compostagens para o fabrico de fertilizantes são
abandonadas na floresta.

Na semi-transformação também há desperdícios porque não se aproveita a


serradura.

Desde a exploração (corte) até a transformação os desperdícios aumentaram em


quase 80%, desde que se proibiu a exportação da madeira em toro".

6
Acrescentou que a exploração de madeira na Floresta do Maiombe não inquieta,
por enquanto, as autoridades e os ambientalistas, tendo em conta que as cifras de produção
estão muito aquém dos níveis de crescimento anual.

Deu a conhecer que 70 por cento da extensão da Floresta do Maiombe foram


declarados Parque Nacional Maiombe, resguardando no seu interior várias espécies de
madeira e animais.

Devido à intensa actividade que se desenvolve na floresta, segundo Daniel Tati


Luemba, o objectivo é rever a configuração do parque, de modo a transferi-lo para a
Reserva Florestal de Cacongo, numa extensão de 68 mil hectares.

"Entendemos que numa reserva não pode haver intervenções humanas, mas,
infelizmente, na floresta ocorrem muitas actividades.

Há vários assentamentos humanos, como as vilas de Buco-Zau e Belize. Do


nosso ponto vista, uma revisão da configuração do Parque Nacional Maiombe seria algo
necessário".

Garimpo

A Floresta do Maiombe é constantemente invadida por caçadores furtivos e


garimpeiros, que exploram ilegalmente valiosas espécies de madeira para a venda e
fabrico de carvão, bem como matam indiscriminadamente animais para comercializar.

Segundo a nossa fonte, a maneira como o carvão é produzido não é a mais


adequada, já que os autores se introduzem na floresta, cortam espécies de madeira valiosa
e comerciável e fabricam o carvão. "Os carvoeiros deveriam aproveitar os desperdícios
deixados na floresta pelas empresas, para a feitura do carvão vegetal, mas, infelizmente,
não ocorre assim. Há perda significativa de muita madeira abandonada na floresta".

Disse mais:

"quando se pratica o garimpo foge-se do conceito de


uma exploração sustentável. Todas as actividades económicas
desenvolvidas na floresta devem ser sustentáveis, senão corre-
se o risco de haver uma degradação que pode causar a extinção
de muitas espécies".

Enumerou o Pau-Rosa, Longui-vermelho, Undianunu, entre outras, como


espécies em vias de extinção, devido à sua exploração selectiva.

Apontou o número reduzido de fiscais como condicionante para conter a acção


ilegal de exploração de madeira e a caça furtiva em Cabinda, duas actividades que estão
a danificar a biodiversidade da Floresta do Maiombe.

7
Defendeu um repovoamento florestal nas áreas já exploradas, bem como nas
zonas onde é praticada a agricultura itinerante. "Nas florestas a regeneração natural seria
o processo mais adequado, porque as condições são favoráveis para o crescimento rápido
das espécies".

8
Conclusão

Verifica-se um maior número de superfície de solo ocupado e florestas em


clareiras devido ao aumento de habitação, campos agrícolas, exploração madeireira em
quase toda África Austral. Belize ocupa maior parte da floresta do Maiombe e pelos
recursos existente na floresta tem sofrido com a exploração.

Assim, diante das constantes transformações do uso do solo, associada a má


gestão de terra levando consigo problemas de âmbito sócio económico, este trabalho
visou caracterizar as áreas florestais no município de Belize (Cabinda) com base em
variáveis (biomassa, topografia e clima) geoespaciais.

Nesta vertente para uma contribuição científica, foram elaborados mapas de uso
de solo, cotas de altitudes e precipitação média anual, os mesmos foram elaborados na
ferramenta meu compositor de impressão do software Quantum Gis conforme a norma
padrão de cartografia temática, para a obtenção das áreas florestais, bem como a sua
dinâmica, foi necessário analisar os dados disponibilizados no servidor Global Forest
Watch, durante o período 2000-2017.

9
Referências
https://www.taag.com/pt-pt/destinations/destination guide/destination/cabinda/maiombe-forest/

https://reativarambiental.com.br/?p=2108

https://www.angonoticias.com/Artigos/item/27212/floresta-do-maiombe-vai-ser-protegida

https://www.botschaftangola.de/turismo/a-rica-biodiversidade-de-angola/

https://pt.euronews.com/2022/10/27/exploracao-de-madeira-ameaca-floresta-de-cabinda

Jornal de Angola_ 05/11/2023

10

Você também pode gostar