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GEOGRAFIA DO AMAPÁ

O espaço natural do Amapá: vegetação


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O ESPAÇO NATURAL DO AMAPÁ: VEGETAÇÃO

Um bioma é um ecossistema que atua de maneira integrada, podendo existir uma ou


diversas vegetações.
Vale lembrar que a vegetação sempre responde ao clima. Quanto maior a umidade e a
luminosidade, maior a biodiversidade.
O Estado do Amapá (AP) é o estado brasileiro com a vegetação mais preservada. Além
disso, apresenta seis biomas diferentes:

• Floresta de Terra Firme;


• Floresta de Várzea;
• Mata de Igapó;
• Mangues;
• Campos Inundáveis;
• Cerrado.

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Florestas Densa de Terra Firme

Trata-se de uma vegetação que nunca é inundada e ocupa aproximadamente 71,86%, (em
torno de 103.236,22Km²) do espaço amapaense, concentra-se na porção Oeste do Estado.
5m
É tipo de vegetação mais expressivo do Estado, sendo densa, ombrófila (fechada), pere-
nifólia, higrófita e latifoliada (folhas longas).

Obs.: vale lembrar que a vegetação latifoliada possui maior transpiração e é adaptada a
ambientes de clima úmido, como é o caso do Estado do Amapá. Por outro lado, exis-
te a vegetação aciculifoliada, que transpira menos e é mais adaptada a regiões de
clima seco.

Destaca-se pela sua alta biodiversidade ainda não apresenta um quadro crítico, tendo em
vista a abrangência territorial desse ecossistema, contudo a madeira, garimpagem e extrati-
vismos são os alvos.
As espécies que se destacam são: angelins, acapu, sucupira, castanha do Brasil, sapu-
caia, breus, louros, copaíba, cipó titica etc.
Presença do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque com área de 3,8 mil hecta-
res amapaenses criado no dia 22/08/2002 (maior parque de florestas tropicais do mundo).

Floresta de Várzea

Periodicamente inundada, pois sofre a influência de marés.


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Configuram um ambiente primário florestal, de alto porte em plantas trepadeiras e epífitas
(raízes sobrepostas).
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É o segundo maior ambiente florestado do Estado – Representa cerca de 4,85%


do Estado.
O estrato emergente é formado por árvores de 30 a 35 m de altura.
Ex.: o Açaí (o Amapá é o segundo maior produtor do planeta), baacaba, andiroba, buriti,
Virola, seringueira, copaíba, arumã.
Economicamente é pressionada pela extração seletiva de madeiras, de palmitos e de
outros elementos típicos.
É alvo do movimento de transumância, que o movimento dos animais de acordo com as
estações do ano. Ou seja, durante o período de seca, os animais descem para as várzeas
(período de engorda), já quando começa a chover, os animais sobem para a mata de terra
firme (período de abate).
Compreende o canal do Norte do Rio Amazonas e áreas dos principais rios da região
sujeitas a inundações por ocasião do movimento das marés.
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Mata de Igapó (Mata Ciliar, Galeria, Igarapé)

É uma vegetação constantemente inundada.


São representados por áreas disjuntas (pulverizado e ecotoné), de difícil precisão de
seus limites e dimensões, com grandes limitações naturais em termos de uso e ocupação, e
por consequência, não ressentindo, até o momento de grandes pressões.
Localizam-se em regiões de igarapés.
Caracteriza-se pelo regime de alagamento permanente ou pelo menos com alto grau de
encharcamento do solo durante a maior parte do ano.
Corresponde a aproximadamente 2,72% da área do Estado do AP.

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Manguezal

Trata-se de uma vegetação que faz papel de filtro biológico. As áreas de manguezais
abrangem tanto espécies de água doce quanto de água salgada e são de grande importância
para a biodiversidade local.
O AP é o primeiro estado brasileiro que tem início o Oceano Atlântico (Amazônia Azul da
Ponta do Mosquito ao Arroio-Chuí – 7.735 Km).
20m
Localizado da ponta do mosquito a região de Sucuriju.
Ocupa 2% do Estado.
É caracterizado pela presença de bosques de 15 a 25 metros de altura.
Vegetação pneumatófila (raízes aéreas).

Obs.: essas raízes aéreas são conhecidas pela presença das bactérias nitrificadoras, que
captam o nitrogênio do ar e levam para as camadas mais profundas, aumentando a
fertilidade do solo.

Solos halófilos (com influência salina).

Ocorre na Costa amapaense de influência salgada (devido ao Oceano Atlântico).


25m
Espécies típicas: mangal, tintal, siriubal.
A caça indiscriminada do caranguejo (problema ambiental).
É um dos ecossistemas mais ativos, pois participa intensamente no aumento da produti-
vidade primária dos mares e estuários, constituindo berçário de espécies marinhas, crustá-
ceos, peixes, aves, dentre outros.

Obs.: ZCA “Zona Costeira do Amapá” = 400 Km de oceano.


 Atlântico + 350 Km sob influência do Rio Amazonas.

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Campo de várzea (ou inundáveis)

Ambiente influenciado pelo regime pluvial sazonal, e de marés cíclicas.


Os campos de Várzea são influenciados pelas águas das chuvas e pelo regime de marés.
Áreas deprimidas, interligada por uma intensa rede de canais com inúmeros pequenos
lagos temporários ou permanentes.
Ocorre com maior intensidade na região que vai do Rio Araguari até o Cabo Orange,
no Oiapoque.
É uma região com enorme volume de bubalinos.
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Cerrados

É um ambiente não amazônico. Corresponde a 6,87% do território do AP.


O cerrado é um bioma marcado por uma vegetação de médio e pequeno porte, com
raízes profunda, galhos tortuosos e casca grossa. Os galhos são tortos, pois o solo é ácido, o
que dificulta a absorção de nutrientes. A casca é grossa como uma forma de proteção contra
as queimadas. As raízes são profundas para melhorar a captação de água.
30m
Sua presença na região do AP é consequência de drásticas alterações climáticas que
marcaram a história.
Sua vegetação é do tipo savanítica (cobertura vegetal aberta).
Vegetação esparsa, estrato herbáceo-arbustivo presença de capões (porção de mata iso-
lado no meio dos campos).
Características morfológicas: raízes profundas, troncos retorcidos com casca grossa e
solos ácidos.
O Amapá tem se tornando um grande produtor de soja.
A AMCEL planta celulose no estado (Porto Grande, Santana, Ferreira Gomes).
No AP, prevalecem os tipos de cerrado conhecido como campo sujo e campo limpo. No
campo sujo, a vegetação é do tipo herbácea e arbustiva. Já no campo limpo, a vegetação é
apenas herbácea.
Mesmo possuindo um solo ácido, o cerrado é propício para o cultivo de soja, visto que
é possível corrigir essa acidez por meio do processo chamado calagem, que é a adição do
óxido de cálcio (cal viva ou cal virgem).
35m
Além disso, a grande luminosidade da região contribui para o sucesso da produção de soja.
O campo sujo é o mais propício para a soja, visto que a presença da floresta de terra
firme garante a umidade necessária para o desenvolvimento das lavouras, permitindo até
quatro safras anuais de soja.
Já no caso do campo limpo, em que estão presentes a floresta de várzea e a mata
de igapó, a umidade é um pouco menor, logo, é possível obter até duas safras de soja ao
longo do ano.

Obs.: O Amapá é marcado por sua vegetação ecotoné (floresta de transição), destacando
a Mata de Igapó e o Cerrado.
40m
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Árvores típicas: barbatimão, Murici-vermelho, Caju, Murici-branco.


Ocupa 6,87% do estado em uma faixa norte-sul.
Algumas críticas vêm sendo levantadas contra o projeto CHAMPION (CHAMFLORA) ins-
talado neste ecossistema, principalmente quanto à utilização de agrotóxicos no manejo da
vegetação de pinnus e eucaliptos (vegetação exótica) em substituição à vegetação original e
consequente contaminação dos mananciais, lagos e igarapés.

De oeste para leste, a vegetação do AP tem a seguinte ordem:

• Floresta de terra firme (71,86%);


• Floresta de várzea (4,85%);
• Mata de igapó (2,72%);
• Cerrado (6,87%);
• Campos inundáveis (11,20%); e
• Mangues (1,94%).

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Júlio Santos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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