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PROBLEMAS

AMBIENTAIS
NO PAMPA
laura, lauren, kallyandra

geografia t.71
O QUE É PAMPA ?
OsPampas são um dos biomas brasileiros ,e estão localizados em uma área
bastante específica, no extremo Sul do território brasileiro, na fronteira com o
Uruguai. Os Pampas podem também ser chamados de “Campos naturais”, os
quais são constituídos basicamente por vegetações rasteiras ou herbáceas, com
capins de vários tipos. Há nos pampas também a ocorrência de áreas
alagadas, os chamados banhados, onde se desenvolvem plantas como juncos,
gravatás e aguapés, espécies próprias de áreas úmidas. No caso do Brasil, os
Pampas estão presentes apenas no estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63%
do território Leste.
Os Pampas do sul-americanos são eventualmente tratados como Estepes, que
são formações existentes em outras partes do mundo, sendo que no caso da
estepe sul-americana, está se estende para os territórios do Uruguai e da
Argentina também.
Quais os problemas ambientais nos Pampas?
 O Bioma Pampa sofre com a intervenção antrópica em sua área de
abrangência, ocasionando uma perda da biodiversidade do bioma,
contando, inclusive com espécies em processo de extinção. A
exploração dos Pampas tem início com a colonização ibérica na
região, com a implantação da pecuária extensiva pelos campos. Essa
atividade se tornou a principal fonte de renda na região, o que
aumentou demasiadamente a prática, ocasionando danos no
ecossistema do bioma, especialmente em relação aos solos que, por
serem muito pisoteados pelos animais, acabam ficando compactados,
perdendo sua fertilidade e capacidade produtiva.
 Destacam-se também a implantação das monoculturas e das pastagens com
espécies exóticas ao ambiente. As monoculturas ocasionam um uso intenso
dos solos, em muitas ocasiões sem permitir que os solos se regenerem entre
um plantio e outro, causando, com o passar do tempo, uma degradação
deste elemento da paisagem. A introdução de plantas
exóticas no Bioma Pampa ocasiona um desequilíbrio nos processos naturais
do ambiente, podendo causar a perda de espécies animais e vegetais.
Infelizmente os Pampas não contam com uma adequada atenção por parte
dos projetos de preservação, sendo que as áreas protegidas dos Pampas
representam apenas 0,4% do total das áreas continentais protegida por
unidades de conservação no Brasil, ou seja, é um valor pouco expressivo.
Em muitos casos isso ocorre porque em um primeiro momento a aparência
física dos Pampas não demonstra a complexidade do bioma, parecendo um
ecossistema bastante simples e, portanto, sem grande relevância ecológica.
No entanto, na prática não é isso o que ocorre, pois, os Pampas são sim
ambientes ricos em biodiversidade, e que necessitam de políticas específicas
para sua manutenção.
 O Pampa é o bioma brasileiro que proporcionalmente mais perdeu vegetação
nativa nas últimas três décadas. De acordo com dados do MapBiomas, o Pampa
perdeu 2,5 milhões de hectares de área verde nativa entre 1985 e 2020, um
decréscimo de 21,4%. Um dos
fatores por trás dessa perda está no avanço da agricultura, que ganhou mais de
1,9 milhão de hectares de lavoura nesse período. Atualmente, a atividade
agrícola abrange 39,9% do território, bem acima dos 29,9% de 1985. Já as
formações campestres ocupam hoje 32,6% do território do Pampa, abaixo dos
46,2% de 35 anos atrás.
“A substituição da formação campestre pela agricultura favorece a
perda de biodiversidade e liberação de carbono na atmosfera, contribuindo
para o efeito estufa. Mas é também um desvio de uma vocação econômica
natural do Pampa”, alertou Heinrich Hasenack, professor da UFRGS. “Ao
contrário da Amazônia ou do Cerrado, onde é preciso desmatar para criar
gado, no Pampa a vegetação nativa é um pasto natural, o que permite que a
pecuária se desenvolva preservando a paisagem”.
 O fogo que consome o Pantanal e a Amazônia não se restringe a esses
biomas. No Pampa, sul do Rio Grande do Sul, os incêndios se
multiplicaram e o cenário nunca foi tão caótico. A área queimada nos
nove primeiros meses deste ano é a maior já registrada na série histórica
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que acompanha os dados
desde 2002. Até setembro, a área devastada pelo fogo foi cinco vezes a
registrada no mesmo período de 2019 e totalizou 6.044 km² – o
equivalente a doze cidades de Porto Alegre.
O Pampa é uma região de grande biodiversidade, que ainda não
foi completamente descrita pela ciência. Segundo o Ministério do Meio
Ambiente, existem aproximadamente três mil espécie de plantas e quase
100 espécies diferentes de mamíferos no local. . Até 2008 restavam
apenas 36% da vegetação nativa do Pampa. O aumento dos incêndios
neste ano é mais um duro golpe no bioma mais desprotegido do Brasil.

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