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Aluna: Lorena Melo de Jesus.

Matrícula: 202010821.

Curso: Ciências Biológicas.

Bioma Amazônico.

A palavra bioma é definida como clímax de um biocoras, uma zona particular deste, de modo
que esse ecossistema possui características próprias. Assim, o geógrafo Bartoli (O Amazonas e
a Amazônia: geografia, sociedade e meio ambiente,2010) representa a ilustre floresta
amazônica com peculiaridades, como ser a floresta tropical mais extensa do mundo, além das
classificações: heterogênea (grande diversidade de espécies), ombrófila (muitas chuvas) ,
higrófila (elevado índice de umidade), densa, latifoliada (folhas grandes) e perenifólia, ou seja,
que nunca perde as folhas em estações definidas. De acordo com o autor, a floresta também é
estratificada com 4 subtipos vegetacionais: Mata de terra firme, de várzea, de igapó e
campinarana.
Primeiro, a mata de terra firme é caracterizada por não sofrer inundações, estar na porção
mais alta do relevo, formar a maior parte da Amazônia e é a área que mais sofre impactos
ambientais, como desmatamento e queimadas, em virtude do avanço da soja, pecuária,
madeireiras e garimpos na região.
Posteriormente, a mata de várzea é conhecida pelas suscetíveis cheias, a qual alaga
periodicamente a cada 6 meses, sendo um lugar ideal para a prática da agricultura de ciclo
curto. Ademais, há também a mata de igapó, que possui a peculiaridade de estar
constantemente alagada e, por fim, a vegetação campinarana, a qual é menor porte e
espacialmente mais dispersa se comparada com a terra firme e está localizada no extremo
norte do Amazonas.
Dessa forma, é notória a ampla biodiversidade do bioma amazônico e dentro dessas
características gerais temos a adaptação de algumas plantas, como as epífitas: Bromeliáceas ,
cactáceas , pteridófitas e orquidáceas(Mardegan et al., 2011). Essas plantas utilizam suas raízes
para viver, quase toda a sua vida(hemiepífitas) ou toda sua vida (Holoepífitas), sob troncos de
árvores ou galhos e sem parasitá-los. Uma relação ecológica de inquilinismo. Desse modo,
observa-se bromélias em regiões não alagadas constantemente(Mardegan et al., 2011) e
outras epífitas em regiões de mata de terra firme (Irume et al., 2013), o que demonstra o
epifitismo como uma adaptação de sobrevivência singular, para adquirir luz e nutrientes em
uma região de mata densa e com solos pouco férteis e ácidos, que conferiu conquista de
diversos ambientes dentro da floresta tropical amazônica.
Bibliografia:

BARTOLI, Estevan. O Amazonas e a Amazônia: geografia, sociedade e meio ambiente. Rio


de Janeiro, 2010.

Irume, M. V., Morais, M. de L. da C. S., Zartman, C. E., & do Amaral, I. L. (2013). Floristic
composition and community structure of epiphytic angiosperms in a terra firme forest in
central amazonia. Acta Botanica Brasilica, 27(2), 378–393. https://doi.org/10.1590/S0102-
33062013000200012
Mardegan, S. F., Nardoto, G. B., Higuchi, N., Reinert, F., & Martinelli, L. A. (2011). Variation in
nitrogen use strategies and photosynthetic pathways among vascular epiphytes in the
Brazilian Central Amazon. Revista Brasileira de Botânica, 34(1), 21–30.
https://doi.org/10.1590/s0100-84042011000100003

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